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_______________________________ P A R E C E R Ementa: CUMULAÇÃO DE RECEBIMENTO DE PROVENTOS DE APOSENTADORIA COM NOVO CARGO PÚBLICO. Professor aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social – Tempo de contribuição. Parecer no sentido da legalidade de cumulação nos casos permitidos pela Constituição Federal de 1988 em seu artigo 37, inciso XVI, alíneas a, b e c e da continuidade de contribuição ao INSS na forma da legislação aplicável.. RELATÓRIO Trata-se de pedido de parecer jurídico acerca da contratação funcionário público municipal aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS/INSS. O funcionário exercia cargo de professor superior e aposentou- se por tempo de contribuição ao INSS. Questionamento acerca da possibilidade/legalidade da cumulação e quanto ao cargo que poderia ocupar e qual o regime Previdenciário a ser adotado pela municipalidade contratante. É o relatório.

Parecer Cumulação de Cargos

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No presente caso, o Município pediu parecer sobre a cumulação de cargos em caso de servidor municipal - professor, já aposentado pelo INSS.

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P A R E C E R

Ementa: CUMULAÇÃO DE RECEBIMENTO DE PROVENTOS DE APOSENTADORIA COM NOVO CARGO PÚBLICO. Professor aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social – Tempo de contribuição. Parecer no sentido da legalidade de cumulação nos casos permitidos pela Constituição Federal de 1988 em seu artigo 37, inciso XVI, alíneas a, b e c e da continuidade de contribuição ao INSS na forma da legislação aplicável..

RELATÓRIO

Trata-se de pedido de parecer jurídico acerca da contratação funcionário público municipal aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS/INSS. O funcionário exercia cargo de professor superior e aposentou-se por tempo de contribuição ao INSS.

Questionamento acerca da possibilidade/legalidade da cumulação e quanto ao cargo que poderia ocupar e qual o regime Previdenciário a ser adotado pela municipalidade contratante.

É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

I – Cumulação de recebimento de proventos com rendimentos – possibilidade.

A Constituição Federal de 1988, a priori, proíbe a cumulação de recebimento de proventos de aposentadoria por cargo público com rendimentos. As exceções são, entretanto, previstas no próprio texto Constitucional.

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A regra é a inacumulabilidade, seja de proventos com rendimentos, seja de dois rendimentos por cargos diferentes. O texto constitucional enumera os casos onde se faz exceção à regra da inacumulabilidade, permitindo a cumulabilidade de cargos.

A Emenda Constitucional nº 20/98, publicada no DOU 16.12.1998, acrescentou o parágrafo 10 ao artigo 37, e considerou que a exceção de cumulabilidade se estende ao recebimento de proventos de aposentadoria.

Assim, o recebimento de proventos de aposentadoria será cumulável com o recebimento de remuneração por cargo público, desde que compatíveis para cumulação.

Segundo o artigo 37 da Constituição, são cumuláveis:

- dois cargos de professor;

- um cargo de professor com outro técnico ou científico

- a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.

Além dos casos acima, o parágrafo 10 do artigo 37 da Constituição Federal, estendeu a cumulatividade do recebimento de proventos de aposentadoria com cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

Uma vez que o funcionário aposentou-se por tempo de contribuição, exercendo o cargo de PROFESSOR SUPERIOR, ele poderá ser contratado pela Prefeitura Municipal de Rondon do Pará para exercer:

- cargo de professor,

- cargo técnico

- cargo científico

- cargo em comissão

Vale aqui lembrar as características do cargo técnico e científico. Não se tratando, ademais, de atividade meramente burocrática.

O cargo técnico é aquele onde o funcionário exerce atividade que apresenta certa complexidade, exigindo, para seu desempenho, discernimento técnico. Requer familiaridade com metodologia empregada para o exercício do mister. Existem decisões do STJ considerando legal, como exemplo, a

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cumulatividade de um cargo de professor com o de Gerente de Arquivo Permanente – Arquivologista.

O cargo científico por sua vez requer “aprofundamento dos conhecimentos específicos de forma sistematizada, a fim de enriquecer o conhecimento humano." (STJ, ROMS nº 7570/PB, Rel. Ministro GILSON Dipp, DJ de 22.11.1999, p. 163).

II – Regime Previdenciário

Uma vez que a Prefeitura do Município não possui sistema próprio de previdência, o servidor deverá ser contratado pelo RGPS que é o mesmo do setor privado, onde a contribuição será regida pela tabela do INSS, entre 7,65% e 11/5, em média, dependendo da faixa salarial.

No regime do setor privado – RGPS a maior remuneração possível está limitada a um teto de benefícios do INSS que atualmente é de R$ 1.869,34, o que não ocorre no setor público – RPP onde, de acordo com a Constituição Federal, o benefício é integral.

Como o servidor in casu, se aposentou por tempo de contribuição passando a receber 70% de seu benefício, de conformidade com o artigo 53 da Lei 8213/91, este poderá voltar a trabalhar para a prefeitura, respeitadas as proibições quanto à cumulação de cargos, para completar o tempo requerido para recebimento do benefício integral.

CONCLUSÃO

Acerca do exposto, CONCLUI-SE pela possibilidade/legalidade da contratação funcionário público municipal aposentado, regido pelo Regime Jurídico Único (estatutário) ou celetista (CLT) DESDE que o seja para exercer:

- cargo de professor,

- cargo técnico, exigindo para tal formação técnica,

- cargo científico,

- cargo em comissão de livre nomeação e exoneração pela Prefeitura Municipal.

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O regime previdenciário será o do RGPS uma vez que o Município não tem regime de previdência próprio. A contribuição do servidor será regida pela faixa salarial do cargo que for ocupar e poderá continuar a contribuir de forma a completar o tempo requerido para recebimento do benefício integral, benefício este que se submeterá ao teto de benefícios gerais do INSS.

É o parecer, salvo o melhor juízo.

ARTIGOS RELACIONADOS

Constituição Federal de 1988:

Art. 37 (...)

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI (Redação dada ao caput do inciso pela Emenda Constitucional nº 19/98)

a) a de dois cargos de professor; (Redação dada à alínea pela Emenda Constitucional nº 19/98)

b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (NR) (Redação dada à alínea pela Emenda Constitucional nº 34, de 13.12.2001, DOU 14.12.2001)

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada ao inciso pela

(...)

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do artigo 40 ou dos artigos 42 e

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142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Parágrafo acrescentado pela Emenda Constitucional nº 20/98, DOU 16.12.1998)

JURISPRUDÊNCIA VINCULADA

CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS. PROFESSOR APOSENTADO E AGENTE EDUCACIONAL. IMPOSSIBILIDADE. CARGO TÉCNICO OU CIENTÍFICO. 2. O Superior Tribunal de Justiça tem entendido que cargo técnico ou científico, para fins de acumulação com o de professor, nos termos do art. 37, XVII, da Lei Fundamental, é aquele para cujo exercício sejam exigidos conhecimentos técnicos específicos e habilitação legal, não necessariamente de nível superior. 3. Hipótese em que a impetrante, professora aposentada, pretende acumular seus proventos com a remuneração do cargo de Agente Educacional II – Interação com o Educando – do Quadro dos Servidores de Escola do Estado do Rio Grande do Sul, para o qual não se exige conhecimento técnico ou habilitação legal específica, mas tão-somente nível médio completo, nos termos da Lei Estadual 11.672/2001. Suas atribuições são de inegável relevância, mas denatureza eminentemente burocrática, relacionadas ao apoio à atividade pedagógica. 4. Recurso ordinário improvido.

ADMINISTRATIVO – SERVIDOR PÚBLICO – ACUMULAÇÃO DE CARGOS – PROFESSOR – ARQUIVOLOGISTA – CARGO TÉCNICO – POSSIBILIDADE – I – A Constituição Federal, em seu art. 37, XVI, estabeleceu o princípio da inacumulabilidade de cargos públicos, cujas exceções são estritamente previstas no texto constitucional. II – Possibilidade de se exercer cumulativamente o cargo de Professor com o de Gerente de Arquivo Permanente – Arquivologista – atividade que apresenta, sim, complexidade, exigindo, para seu desempenho, discernimento técnico, Não se tratando, ademais, de atividade meramente burocrática. Recurso provido. (STJ – ROMS . 12240 – DF – 5ª T. – Rel. Min. Felix Fischer – DJU 08.04.2002) JCF.37 JCF.37.XVI

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CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO – ACUMULAÇÃO DE CARGO DE AGENTE DE PORTARIA EM ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL COM CARGO DE PROFESSOR PRIMÁRIO ESTADUAL – IMPOSSIBILIDADE – CARGO NÃO-TÉCNICO – VEDAÇÃO – ART 37, XVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 – 1. "A Carta Política de 1988 em seu artigo 37, XVI, "b" estatui a possibilidade de acumulação de um cargo de professor com outro, técnico ou científico. O primeiro requer familiaridade com a metodologia empregada no exercício do mister, a fim de demonstrar conhecimento específico em uma área artística ou do saber. O segundo requer aprofundamento dos conhecimentos específicos de forma sistematizada, a fim de enriquecer o conhecimento humano." (STJ, ROMS nº 7570/PB, Rel. Ministro GILSON Dipp, DJ de 22.11.1999, p. 163). 2. O cargo de "agente de portaria" não tem natureza técnica, com atividades meramente burocráticas, não exigindo nenhuma formação específica para ser provido e não atendendo, portanto, à exceção disposta no inciso XVI do art. 37 da Constituição Federal de 1988. 3. Apelação a que se nega provimento. (TRF 1ª R. – AC 01000003136 – PA – 1ª T.Supl. – Rel. Juiz Conv. Manoel José Ferreira Nunes – DJU 21.11.2002 – p. 60) JCF.37 JCF.37.XVI JCF.37.XVI.B

ADMINISTRATIVO – CONSTITUCIONAL – MANDADO DE SEGURANÇA – ACUMULAÇÃO REMUNERADA DE CARGOS PÚBLICOS – CAIXA EXECUTIVO -ESCRITURÁRIA DO BRB COM O DE PROFESSORA – CARACTERIZAÇÃO DE CARGO TÉCNICO – 1. Para que a acumulação de cargos públicos seja lícita, além da compatibilidade de horário, necessário verificar se a situação detida pela servidora se enquadra na hipótese excepcional prevista na alínea "b", do art. 37, inciso XVI, da Constituição Federal. 2. Observando as atribuições inerentes do cargo de caixa executivo, escriturária do BRB, não há como enquadrá-lo como de natureza técnica, por não exigir conhecimentos científicos, doutrinários ou tecnológicos específicos, impedindo sua acumulação com o de professora da feDF. 3. Apelação improvida. Sentença mantida. (TJDF – APC 20010110114032 – DF – 3ª T.Cív. – Rel. Des. Jeronymo de Souza – DJU 12.06.2002 – p. 189) JCF.37 JCF.37.XVI.B

ADMINISTRATIVO – SERVIDOR PÚBLICO – ACUMULAÇÃO DE CARGOS – PROFESSOR DA REDE PÚBLICA ESTADUAL E CARGO TÉCNICO – Nos termos do artigo 37, inciso XVI, da Constituição Federal, alterado pela Emenda Constitucional nº 19, configura-se como lícita a acumulação de um cargo técnico com um cargo de professor, observada a compatibilidade de horários, e o disposto no inciso XI do retrocitado artigo. (TJMG – AC 000.269.724-1/00 – 5ª C.Cív. – Relª Desª Maria Elza – J. 24.10.2002) JCF.37 JCF.37.XVI

CARGO PÚBLICO – ACUMULAÇÃO – CARGO DE PROFESSOR E CARGO TÉCNICO – POSSIBILIDADE – APLICAÇÃO DA NORMA DO ART. 37, INCISO XVI, 'B', DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – PROFESSOR DESIGNADO –

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Faculdade da administração de renovar ou não o contrato, desde que respeitado o prazo. Sentença parcialmente reformada, em reexame necessário, prejudicado o recurso voluntário. (TJMG – AC 000.267.806-8/00 – 7ª C.Cív. – Rel. Des. Pinheiro Lago – J. 05.08.2002) JCF.37 JCF.37.XVI.B

ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS – PROGRAMADOR DE COMPUTADORES – ENQUADRAMENTO NA HIPÓTESE DE CARGO TÉCNICO OU CIENTÍFICO – POSSIBILIDADE – A função de "programador de computadores" não é de atribuição meramente administrativa, de cunho predominantemente burocrático, já que para o seu desempenho exige-se conhecimento científico específico que não pode ser exercido por qualquer pessoa com conhecimentos à nível de 2º grau e que não tem o condão de habilitá-lo a tal mister. Por isto, perfeitamente acumulável a outro cargo público, de professor, conforme a exceção prevista na letra "b ", do inciso XVI, do art. 37 da CR. (TJMG – AC 000.269.150-9/00 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Geraldo Augusto – J. 13.08.2002) JCF.37 JCF.37.XVI.B

MANDADO DE SEGURANÇA – SERVIDOR PÚBLICO – CUMULAÇÃO DE PROVENTOS E VENCIMENTOS – PROFESSORA ESTADUAL APOSENTADA EM DOIS CARGOS DO MAGISTÉRIO – RETORNO À ATIVIDADE POSTERIORMENTE À APOSENTADORIA, EM CARGO DO MAGISTÉRIO, MEDIANTE CONCURSO PÚBLICO – DIREITO LÍQUIDO E CERTO INEXISTENTE – ORDEM DENEGADA – 1. A jurisprudência é pacífica no sentido de não ser possível a acumulação de proventos e vencimentos correspondentes a três cargos. O máximo permitido são dois, nos casos definidos, em numerus clausus, na Constituição da República. 2. As normas constitucionais têm aplicabilidade imediata, não se podendo invocar contra elas a figura do direito adquirido. (TJPR – Mand Seg 0116901-1 – (3807) – Curitiba – 1º G.C.Cív. – Rel. Des. Antonio Prado Filho – DJPR 22.04.2002)

MANDADO DE SEGURANÇA – CARGO DE PROFESSOR – CUMULAÇÃO – HORÁRIO – COMPATIBILIDADE – É possível a acumulação de dois cargos de professor, desde que haja compatibilidade de horários. (TJRO – RN 02.002848-2 – C.Esp. – Rel. Des. Rowilson Teixeira – J. 30.10.2002)

ADMINISTRATIVO – PROFESSOR – CUMULAÇÃO DE CARGOS – COMPATIBILIDADE DE HORÁRIO – POSSIBILIDADE – A teor do mandamento constitucional, é possível a cumulação de dois cargos de professor, uma vez inexistente qualquer incompatibilidade de horários. (TJRO – RN 02.002707-9 – C.Esp. – Rel. Des. Rowilson Teixeira – J. 30.10.2002)

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ADMINISTRATIVO – CUMULAÇÃO DE APOSENTADORIAS E CARGO PÚBLICO – NULIDADE – RECONHECIMENTO PELA ADMINISTRAÇÃO – SÚMULA 473-STF – 1. A Constituição Federal autoriza a cumulação de apenas dois cargos de professor, seja na ativa ou na inatividade, conforme já decidido pelo STF (RE nº 163.204/MG). 2. Na espécie, o recorrente, mesmo após aposentado por tempo de serviço e por invalidez, em cargos de magistério de 1º e 2º graus, continuou ocupando emprego público em fundação estadual que, posteriormente foi transformado em cargo público (estatutário), no qual também se aposentou, sendo-lhe, inclusive, assegurado opção pelas aposentadorias mais favoráveis. 3. A Administração Pública Estadual, mais tarde, constatando a ilegalidade da situação, corrigiu seus atos (súmula 473. STF) e, corretamente, determinou a volta ao status quo ante, inexistindo, pois, qualquer direito líquido e certo à manutenção da perplexa cumulação ou da imprópria opção. 4. Recurso ordinário improvido. (STJ – ROMS 10645 – PR – 6ª T. – Rel. Min. Fernando Gonçalves – DJU 13.08.2001 – p. 00269)

PROFESSOR – ACUMULAÇÃO DE CARGOS – OPÇÃO – I – A Constituição Federal no art. 37, § 10, veda a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40, ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública. Ressalva, contudo, os casos de cargos cuja acumulação é permitida, na forma da própria Constituição, além de cargos eletivos e cargos em comissão de livre nomeação e exoneração. II – Detendo o agravado dois cargos de professor e sendo, ainda, inativo de uma autarquia educacional, impõe que faça opção por duas remunerações, renunciando a terceira. (TRF 2ª R. – AI 97.02.13215-0 – 3ª T. – Rel. Juiz Fed. Conv. Luiz Antônio Soares – DJU 29.07.1999 – p. 90) JCF.37.10

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO – SERVIDOR PÚBLICO – CIÊNCIA DO ATO IMPUGNADO – VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE – CUMULAÇÃO DE CARGOS – ART. 37, XVI DA CARTA MAGNA – Decisão proferida em processo administrativo publicada em boletim de serviço de circulação interna da instituição, fere o princípio da publicidade que deve nortear todos os atos administrativos, não sendo válido para contagem de prazo decadencial. A Constituição vede a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto para dois cargos de professor, um de professor e outro técnico ou científico e dois de médico, desde que haja compatibilidade de carga horária. Apelação provida. (TRF 5ª R. – AMS 00543899 – (05174932) – RN – 3ª T. – Rel. Juiz José Maria Lucena – DJU 28.06.1996 – p. 44938) JCF.37 JCF.37.XVI

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