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PARECER TÉCNICO COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br Nº 033/17/IPSR Cód.: SO598V03 07/08/2009 1/40 PROCESSO: Nº 053/2014 INTERESSADO: TCL Tecnologia e Construções Ltda. MUNICÍPIO: Adamantina ASSUNTO: Análise da viabilidade ambiental das Obras de Implantação da Central de Tratamento e Destinação de Resíduos - CTDR Adamantina DATA: 09.06.2017 1 INTRODUÇÃO O presente Parecer Técnico trata da Análise da Viabilidade Ambiental das Obras de Implantação da Central de Tratamento e Destinação de Resíduos CTDR - Adamantina, no município de Adamantina, sob responsabilidade da empresa TCL Tecnologia e Construções Ltda. O projeto do empreendimento proposto contempla a implantação de um aterro sanitário em regime de codisposição de Resíduos Industriais Classe IIA e IIB, um aterro para Resíduos Industriais Perigosos Classe I, uma autoclave para tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e uma Central de Triagem de resíduos recicláveis, com o intuito de atender aos resíduos gerados no município de Adamantina e nos municípios do entorno. A elaboração deste Parecer foi fundamentada no Estudo de Impacto Ambiental EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA elaborado pela empresa consultora Resitec Serviços Industriais Ltda., sob responsabilidade do Biólogo e Tecnólogo em Saneamento Ambiental Paulo Roberto Tobiezi (Anotação de Responsabilidade Técnica ART n° 92221220140987421 e CREA n° 5060342342-SP), bem como na vistoria técnica realizada em 12.08.2015 e nos documentos constantes no Processo nº 053/2014 (volumes I - XI), destacando-se: - Cópia do documento intitulado “Memorial Descritivo, emitido pela empresa Resitec Serviços Industriais Ltda., em 18.02.2014, referente à Fazenda Aguapeí, localizada no município de Adamantina (fl. 1083 a 1.085); - Cópias das Matrículas n os 23.777, 16.774, 16.775 e 17.606 do Registro de Imóveis da Comarca de Adamantina SP, referentes à área da CTDR Adamantina (fl. 1.086 a 1.109); - Cópias das Anotações de Responsabilidade Técnica ARTs dos profissionais que elaboraram o EIA/RIMA (fl. 1.111 a 1.137); - Cópia da Carta RBO/079/2014 emitida pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SABESP em 21.03.2014 à empresa TCL Tecnologia e Construções Ltda., aceitando o recebimento de chorume na Estação de Tratamento de Esgotos Oeste de Adamantina (fl. 1.171 a 1.172); - Cópia da Certidão nº 001/2015, emitida pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Departamento de Engenharia da Prefeitura de Adamantina em 20.01.2015, na qual consta que: “(...) a empresa TCL Tecnologia e Construções Ltda. (...) protocolizou projeto visando implantação de Aterro Sanitário (...), Sistema de Tratamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (autoclave), a serem instalados no imóvel denominado Fazenda Santo Expedito (...). Tal área encontra-se em Zona Mista, conforme Artigo 33 da Lei Complementar nº 080 de 19/10/2006, “Plano Diretor de Adamantina”. A Prefeitura Municipal de Adamantina declara que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação municipal aplicável ao uso e ocupação do solo, conforme prevê o §1º do Artigo 1º da Resolução SMA 22 de 15/04/2009, e o Artigo 5º da Resolução CONAMA nº 237/1997, não se opondo essa Municipalidade quanto à referida instalação.(fl. 1.462); - Cópia da Declaração Municipal nº 001/2015, emitida pela Secretaria de Obras e Serviços Departamento de Gestão de Resíduos da Prefeitura de Adamantina em 02.03.2015, na qual consta que: “(...) a Prefeitura Municipal de Adamantina vem por meio desta declarar que não possui corpo

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PARECER TÉCNICO

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C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7 Site: www.cetesb.sp.gov.br

Nº 033/17/IPSR

Cód.: SO598V03 07/08/2009 1/40

PROCESSO: Nº 053/2014 INTERESSADO: TCL – Tecnologia e Construções Ltda. MUNICÍPIO: Adamantina ASSUNTO: Análise da viabilidade ambiental das Obras de Implantação da Central de Tratamento e

Destinação de Resíduos - CTDR Adamantina DATA: 09.06.2017

1 INTRODUÇÃO O presente Parecer Técnico trata da Análise da Viabilidade Ambiental das Obras de Implantação da Central de Tratamento e Destinação de Resíduos CTDR - Adamantina, no município de Adamantina, sob responsabilidade da empresa TCL – Tecnologia e Construções Ltda. O projeto do empreendimento proposto contempla a implantação de um aterro sanitário em regime de codisposição de Resíduos Industriais Classe IIA e IIB, um aterro para Resíduos Industriais Perigosos – Classe I, uma autoclave para tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e uma Central de Triagem de resíduos recicláveis, com o intuito de atender aos resíduos gerados no município de Adamantina e nos municípios do entorno. A elaboração deste Parecer foi fundamentada no Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA elaborado pela empresa consultora Resitec Serviços Industriais Ltda., sob responsabilidade do Biólogo e Tecnólogo em Saneamento Ambiental Paulo Roberto Tobiezi (Anotação de Responsabilidade Técnica – ART n° 92221220140987421 e CREA n° 5060342342-SP), bem como na vistoria técnica realizada em 12.08.2015 e nos documentos constantes no Processo nº 053/2014 (volumes I - XI), destacando-se: - Cópia do documento intitulado “Memorial Descritivo”, emitido pela empresa Resitec Serviços Industriais Ltda., em 18.02.2014, referente à Fazenda Aguapeí, localizada no município de Adamantina (fl. 1083 a 1.085); - Cópias das Matrículas nos 23.777, 16.774, 16.775 e 17.606 do Registro de Imóveis da Comarca de Adamantina – SP, referentes à área da CTDR Adamantina (fl. 1.086 a 1.109); - Cópias das Anotações de Responsabilidade Técnica – ARTs dos profissionais que elaboraram o EIA/RIMA (fl. 1.111 a 1.137); - Cópia da Carta RBO/079/2014 emitida pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP em 21.03.2014 à empresa TCL – Tecnologia e Construções Ltda., aceitando o recebimento de chorume na Estação de Tratamento de Esgotos Oeste de Adamantina (fl. 1.171 a 1.172); - Cópia da Certidão nº 001/2015, emitida pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento – Departamento de Engenharia da Prefeitura de Adamantina em 20.01.2015, na qual consta que: “(...) a empresa TCL Tecnologia e Construções Ltda. (...) protocolizou projeto visando implantação de Aterro Sanitário (...), Sistema de Tratamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (autoclave), a serem instalados no imóvel denominado Fazenda Santo Expedito (...). Tal área encontra-se em Zona Mista, conforme Artigo 33 da Lei Complementar nº 080 de 19/10/2006, “Plano Diretor de Adamantina”. A Prefeitura Municipal de Adamantina declara que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação municipal aplicável ao uso e ocupação do solo, conforme prevê o §1º do Artigo 1º da Resolução SMA – 22 de 15/04/2009, e o Artigo 5º da Resolução CONAMA nº 237/1997, não se opondo essa Municipalidade quanto à referida instalação.” (fl. 1.462); - Cópia da Declaração Municipal nº 001/2015, emitida pela Secretaria de Obras e Serviços – Departamento de Gestão de Resíduos da Prefeitura de Adamantina em 02.03.2015, na qual consta que: “(...) a Prefeitura Municipal de Adamantina vem por meio desta declarar que não possui corpo

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Nº 033/17/IPSR

Cód.: SO598V03 07/08/2009 2/40

técnico capacitado para realizar o exame e manifestação relativa aos impactos ambientais do empreendimento denominado “Central de Tratamento e Destinação de Resíduos (CTDR – Adamantina) em Regime de Codisposição com Resíduos Industriais Classe I, IIA e IIB” da Empresa TCL – Tecnologia e Construções Ltda. (...). Nesse sentido, o requerente deverá proceder com o licenciamento ambiental junto aos órgãos da esfera estadual, conforme estabelece a legislação vigente.” (fl. 1.465); - Publicações do pedido de Licença Ambiental Prévia – LP (fl. 1.807 a 1.810); - Informação Técnica – PJ nº 080/2015 emitida em 10.06.2015 pelo Instituto Geográfico e Cartográfico – IGC (fl. 1.825); - Parecer Técnico nº 110/IPRS/15 emitido em 17.07.2015 pelo Setor de Avaliação e Apoio ao Gerenciamento do Uso do Solo – IPRS (fl. 1.827); - Cópia da Ata da Audiência Pública sobre o EIA/RIMA do empreendimento realizada em 23.07.2015 no município de Adamantina (fl. 1.830 e verso); - Informações complementares ao EIA/RIMA, protocolizadas em 15.07.2015 (fl. 1.823 a 1.825), 23.10.2015 (fl. 1.918 a 1.957), 29.11.2016 (fl. 1.965 a 2.010 verso), 12.01.2017 (fl. 2.017 a 2.021), 23.02.2017 (fl. 2.023 a 2.026) e em 20.03.2017 (fl. 2.033 a 2.054); - Parecer Técnico n° 045/2015/IPA emitido em 19.10.2015 pela Divisão de Avaliação do Ar, Ruído e Vibração – IPA (fl. 1.916 a 1.917); - Cópia da Carta nº CEROC 26/2016, emitida em 23.11.2016 pela Cooperativa de Eletrificação Rural da Região de Osvaldo Cruz, por meio da qual informa que existe viabilidade técnica para a relocação da rede de média tensão existente no interior da propriedade referente à área do empreendimento (fl. 2.002); - Cópia do Despacho do Superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE de 08.10.2016 aprovando os estudos apresentados com demanda do recurso hídrico subterrâneo, de acordo com o abaixo descrito, com a finalidade de solução alternativa Tipo I para viabilizar o empreendimento SISTEMA DE ABASTECIMENTO POR ÁGUA SUBTERRÂNEA localizado na Estrada ADM 337, Km 1,5 – Bairro Aidelândia, município de Adamantina, requerida por TCL – TECNOLOGIA E CONSTRUÇÕES LTDA., publicado no Diário Oficial do Estado – DOE em 05.10.2016 (fl. 2.004 a 2.006); - Cópia da Correspondência A LASCA-IPHAN/SP 09/06/2016, emitida pelo arqueólogo Dr. Luiz Fernando Erig Lima em 09.06.2016, foi submetido Relatório Final de Diagnóstico Arqueológico da Central de Tratamento e Destinação de Resíduos de Adamantina, para análise e considerações do IPHAN (fl. 2.008); - Cópia do Ofício nº 3109/SCA/12278, emitido em 16.06.2016 pelo Quarto Comando Aéreo Regional, do Comando da Aeronáutica do Ministério da Defesa, por meio do qual esse órgão da Aviação Civil conclui que não se opõe à implantação do empreendimento (fl. 2.010); - Cópia do Ofício n° 0296/2017 GAB-IPHAN/SP emitido em 17.02.2017 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, Superintendência do IPHAN em São Paulo, favorável à emissão da Licença Ambiental Prévia – LP (fl. 2.025); - Parecer Técnico n° 010/2017/IPA emitido em 06.03.2017 pela Divisão de Avaliação do Ar, Ruído e Vibração – IPA (fl. 2.028 a 2.030);

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PARECER TÉCNICO

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Nº 033/17/IPSR

Cód.: SO598V03 07/08/2009 3/40

- Parecer Técnico nº 017/2017/IPA emitido em 24.03.2017 pela Divisão de Avaliação do Ar, Ruído e Vibração – IPA (fl. 2.056 a 2.057); - Relatório de Vistoria n° 006/17/IPSR referente à vistoria técnica realizada em 12.08.2015 na área de implantação do empreendimento e entorno (fl. 2.058 e 2.059). A elaboração do presente parecer contou com a colaboração do estagiário deste Setor – IPSR, Daniel Cinta Nishimura, registro nº 020390.

2 HISTÓRICO DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO O processo de licenciamento ambiental do empreendimento em referência teve início a partir da apresentação do Plano de Trabalho nesta Companhia em 27.02.2014, nos termos da Resolução SMA n° 54/04. Em 18.08.2014 foi emitido o Parecer Técnico nº 054/14/IPSR, com a definição do Termo de Referência para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. Em 31.03.2015 foi protocolizado o EIA/RIMA, sendo que as publicações do pedido de Licença Ambiental Prévia – LP foram apresentadas em 10.04.2015. Em 02.06.2015 foi solicitado pelo IP ao Conselho Estadual de Meio Ambiente – CONSEMA, o agendamento de Audiência Pública, a qual foi realizada em 23.07.2015, no município de Adamantina. Em 12.08.2015 foi realizada vistoria técnica na área de implantação do empreendimento pelos técnicos deste Setor de Avaliação de Sistemas de Tratamento de Resíduos - IPSR e da Agência Ambiental de Dracena - CFD, acompanhados por representantes do empreendedor e da empresa consultora. Em 15.07.2015, 23.10.2015, 29.11.2016, 12.01.2017, 23.02.2017 e 20.03.2017 foram protocolizadas informações complementares por parte do empreendedor. 3 JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO De acordo com as informações apresentadas no EIA, a implantação da Central de Tratamento e Destinação de Resíduos - CTDR Adamantina é justificada por meio dos seguintes argumentos: - Com a implantação da CTDR, será possível atender à crescente demanda de locais adequados para a destinação de resíduos sólidos de origem domiciliar e industrial não perigosos, resíduos sólidos de origem industrial perigosos e tratamento de resíduos de serviços de saúde gerados na Microrregião de Adamantina, com a possibilidade de se atender futuramente os municípios da Mesorregião de Presidente Prudente e demais regiões próximas; - A implantação do empreendimento irá promover a manutenção ou melhoria da qualidade ambiental do município onde está inserido e municípios da região, já que poderá ser considerado como uma alternativa ambientalmente adequada de disposição de resíduos sólidos; - A implantação do empreendimento está em consonância com os princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10) e da Política Estadual de Resíduos (Lei Estadual nº 12.300/06), uma vez que, além da disponibilidade de locais adequados para a disposição dos resíduos industriais e domiciliares, a CTDR também dispõe de uma Central de Triagem para valorização dos resíduos e aproveitamento máximo dos seus componentes, além de reduzir o volume a ser destinado ao aterro.

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Nº 033/17/IPSR

Cód.: SO598V03 07/08/2009 4/40

Segundo o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos (CETESB, 2015), no ano de 2015 as Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos UGRHIs 20 e 21 – Aguapeí/Peixe, nas quais o empreendimento está inserido, apresentou 56 municípios em condições adequadas de disposição dos resíduos sólidos urbanos e 2 municípios em condições inadequadas. A existência de uma unidade para tratamento e disposição adequada dos resíduos sólidos domiciliares, resíduos industriais não-perigosos e perigosos gerados na região, proporcionaria uma nova alternativa para eventuais encerramentos de unidades que estejam em fase final de sua vida útil. 4 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLÓGICAS Nos termos da Resolução CONAMA n° 001/86, o EIA e o RIMA apresentados contemplam a alternativa zero e estudo de alternativas locacionais e tecnológicas para a implantação do empreendimento. 4.1 Alternativa Zero Segundo o EIA, a não implantação do empreendimento proposto poderá agravar os problemas de destinação final de resíduos e comprometer a qualidade ambiental no município de Adamantina e região, tendo em vista a proximidade do final da vida útil do atual aterro sanitário municipal em operação. A não implantação da CTDR impossibilitaria a instalação do aterro para resíduos industriais perigosos, o que implicaria na insuficiência de aterros industriais licenciados, no não atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e na redução da atração de investimentos econômicos nos municípios, comprometendo o desenvolvimento da região. Além disso, a não implantação da CTDR impossibilitaria a instalação da Unidade de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde, a qual seria uma alternativa para o tratamento de tais resíduos gerados no município de Adamantina e região. Considerando-se a perspectiva de crescimento populacional e industrial nos próximos anos, pode-se dizer que o empreendimento proposto é uma alternativa viável para a Microrregião de Adamantina. 4.2 Alternativas Locacionais O estudo de alternativas locacionais apresentado no EIA/RIMA teve como premissa a busca de uma área que apresentasse condições ambientais capazes de suportar os impactos causados pelo aterro. De acordo com o informado, as soluções para destinação final de resíduos sólidos nos municípios da Microrregião e entorno do município de Adamantina resumem-se a aterros em valas, com pouca capacidade de recebimento de resíduos, ou com restrições para recebimento apenas de resíduos domiciliares gerados localmente, ou seja, somente no próprio município. Nesse sentido, Adamantina foi escolhida para sediar uma CTDR de caráter regional, por ser o município melhor avaliado em comparação à sua região e de maior representatividade econômica, conforme dados do IBGE. Inicialmente, foram desenvolvidos estudos nas áreas rurais de Adamantina com o levantamento de estudos oficiais que demonstram interferências ambientais e socioeconômicas neste município, como por exemplo, áreas com proibição de implantação de aterros sanitários, em atendimento ao Plano Básico de Gerenciamento do Risco Aviário (PBGRA, 2011). A partir deste primeiro levantamento, foram pré-selecionadas oito áreas potenciais, conforme indicado na Tabela 1.

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Nº 033/17/IPSR

Cód.: SO598V03 07/08/2009 5/40

Tabela 1 - Localização das áreas pré-selecionadas para implantação da CTDR Adamantina

Área Coordenadas Geográficas (Lat/Long)

01 S 21°44’32” W 51°06’58” 02 S 21°40’43” W 51°06’44” 03 S 21°36’57” W 51°03’54” 04 S 21°34’13” W 51°02’27” 05 S 21°33’34” W 51°00’48” 06 S 21°31’52” W 50°39’34” 07 S 21°28’29” W 50°59’49” 08 S 21°27’55” W 51°04’30”

Fonte: Adaptado de EIA/RIMA (RESITEC, 2015).

Conforme apresentado no EIA, das áreas pré-selecionadas algumas apresentam fragmentos florestais no seu interior ou no limite externo, de acordo com levantamento do Inventário Florestal (2010), a saber: áreas 01, 02, 07 e 08. Além disso, foi considerado estudo preliminar de hidrologia do IGC, que apontou a existência de cursos d’água temporários e/ou açudes em todas as áreas. Foram considerados ainda no estudo de alternativas locacionais aspectos como a dimensão da área e distância dos centros urbanos, conforme descrito a seguir: a área 01 possui extensão superficial de 0,49 Km², característica que poderia inviabilizar a disposição de resíduos por um longo período, não atendendo a ABNT NBR 13.896:1997, que recomenda a implantação de um aterro com vida útil de no mínimo 10 anos. A distância de 6,38 km a ser percorrida entre o empreendimento e o centro urbano, incorreria em impactos no tráfego local, caracterizado por chácaras e pequenos sítios. As áreas 02 e 03 possuem respectivamente 0,58 Km² e 1,84 Km², e distam 1,66 km e 5,56 km do centro urbano, sendo que o aspecto do impacto na etapa de transporte de resíduos permanece como um possível problema socioambiental. Quanto ao risco aviário, as três áreas acima descritas encontram-se dentro do raio de 9 Km do Aeroporto Público Everaldo Moraes Barreto, localizado na porção sul do município de Adamantina, inviabilizando a implantação desta tipologia de empreendimento devido ao seu potencial atrativo de aves. Adicionalmente, para o estudo das áreas pré-selecionadas, foram adotados critérios quanto à avaliação de impactos ambientais, tais como: zoneamento ambiental, distância do núcleo populacional, uso e ocupação do solo, disponibilidade de comercialização e acessos, distância dos cursos d’água e impactos na fauna e na flora. Com o objetivo de se classificar as 8 áreas pré-selecionadas, foram atribuídos pontos conforme as condições de cada um dos critérios, sendo que, para as condições mais adequadas foram atribuídos 3 pontos, para as adequadas com restrições, 2 e para inadequada, 1 ponto. Ao final da análise, a área denominada “04” apresentou maior pontuação, portanto, alternativa mais adequada por possuir condições mais favoráveis dentre as alternativas elencadas, destacando-se a não existência de fragmentos florestais no seu interior, de acordo com o Inventário Florestal, 2010. Existem somente pequenos fragmentos em estágio inicial de sucessão e no limite externo da propriedade, Florestas Estacionais Semideciduais. Além disso, a área 04 encontra-se a aproximadamente 9,96 km do centro urbano, com acesso pela Rodovia Plácido Rocha e é a única área que se encontra fora do raio de 9 km do aeródromo público Everaldo Moraes Barreto e do aeródromo particular da Usina Branco Peres. Dessa forma, considerando que o empreendedor apresentou estudo de alternativas locacionais e que o município de Adamantina não apresenta restrições quanto ao uso e ocupação do solo, a escolha da área para implantação da CTDR Adamantina, dentre as cotejadas para a atividade, foi considerada a mais adequada pelos critérios legais e ambientais estabelecidos no EIA.

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4.3 Alternativas Tecnológicas O EIA contemplou como alternativas tecnológicas para cada tipologia de resíduo, dentre as principais metodologias utilizadas para a destinação final de resíduos, as seguintes aplicáveis para o empreendimento em questão: Resíduos Sólidos Urbanos (RSU): • Aterro Sanitário para Resíduos Não Perigosos; • Usina de Triagem e Compostagem; • Estações de Transbordo e Ecoponto; Resíduos Sólidos Industriais (RSI): • Aterro Sanitário para Resíduos Perigosos e Não Perigosos; • Incineração; • Blendagem e Co-processamento; • Plasma; Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde: • Incineração; • Microondas; • Autoclave e Hidroclave; e • Pirólise. Para os resíduos sólidos urbanos, a opção por um aterro sanitário associado a uma central de triagem que possibilite a separação de materiais reaproveitáveis, quando comparada às opções apresentadas, mostrou-se a mais viável em termos técnicos, ambientais e, sobretudo, econômicos. Para os resíduos industriais não perigosos Classe IIA e IIB, a opção por um aterro sanitário em regime de codisposição, quando comparada às opções apresentadas, também mostrou-se a mais viável. Para os resíduos industriais perigosos, conclui-se pelo Aterro Classe I. Para tratamento dos resíduos provenientes de serviços de saúde, optou-se pela Autoclave, em função de fatores como: volume dos resíduos produzidos na região, viabilidade econômica e sustentabilidade do sistema. Além disso, todas as demais tecnologias disponíveis necessitam de um aterro para destinação de seus resíduos. 5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O objeto deste licenciamento é a implantação da Central de Tratamento e Destinação de Resíduos - CTDR Adamantina, sob responsabilidade da empresa TCL – Tecnologia e Construções Ltda., em gleba de 129,1312 ha localizada na Estrada Municipal ADM, 337, km 1,5, no bairro Aidelândia, município de Adamantina. O empreendimento será composto por duas unidades de disposição de resíduos: um aterro Classe I e outro Classe II, segundo as Classificações dadas pela NBR 10.0041. Ressalta-se que está prevista a implantação de uma Central de Triagem, para reaproveitamento de materiais recicláveis. Também está prevista uma unidade de tratamento de resíduos de serviços de saúde por autoclavagem.

1 ABNT NBR 10.004 (2004): Resíduos Sólidos – Classificação

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O aterro Classe II, funcionará em regime de codisposição de resíduos urbanos e industriais, sendo previsto o recebimento de 1.000 t/dia. Será implantado em 03 fases: a Fase 1 será implantada sobre área de 251.388 m² e terá a capacidade de 7.499.461 m³ em 15 camadas. A fase 2 será implantada sobre área de 140.689 m² e terá a capacidade de 2.353.274 m³ em 9 camadas. Finalmente, a Fase 3 será implantada sobre área de 93.606 m² e terá a capacidade de 2.180.744 m³ em 12 camadas. A vida útil prevista para esse maciço, considerando que massa específica dos resíduos dispostos será de 1,0 t/m³, será de aproximadamente 48 anos. Todas as camadas terão 5 m de altura, sendo que a largura das bermas e inclinações dos taludes, apesar de não esclarecidas no projeto básico, poderão ser esclarecidas no projeto executivo do aterro na ocasião da solicitação da LI. Os sistemas de proteção ambiental previstos para o aterro Classe II são os de impermeabilização inferior, drenagem de líquidos percolados e gases, armazenamento temporário de líquidos percolados, drenagem de águas pluviais e monitoramentos ambiental e geotécnico. O aterro Classe I foi concebido para receber 120 t/dia de resíduos. Conforme se observa no material gráfico do projeto básico, em sua conformação final e na região de maior espessura será constituído por 5 camadas de resíduos e se desenvolverá aproximadamente da cota 414 a 434 m. Contará com sistema de impermeabilização inferior com dreno testemunho associado, sistema de drenagem de águas pluviais, sistema de impermeabilização superior e monitoramento ambiental. Para monitorar o desempenho adequado do empreendimento no que diz respeito ao funcionamento dos sistemas de proteção ambiental e aspectos operacionais do aterro, o empreendedor propõe a execução dos seguintes Planos e Programas:

Programa de monitoramento de qualidade das águas; Programa de compensação ambiental; Plano de gestão ambiental das obras Plano de Monitoramento de Líquidos Percolados; Programa de monitoramento geotécnico do maciço de resíduos; Plano de controle de prevenção de acidentes; Plano de gerenciamento de resíduos; Plano de controle de recebimento de resíduos; Programa de recomposição vegetal; Programa de monitoramento e minimização de incômodos à fauna; Programa de capacitação e treinamento da mão de obra; Programa de comunicação e participação social e; Plano de encerramento do aterro Classe I e do aterro Classe II.

Tais Planos e Programas contêm as diretrizes para desenvolvimento e aplicação das medidas mitigadoras apresentadas para minimização dos impactos negativos, ou adversos, bem como potencialização dos impactos positivos e benéficos e a compensação por impactos que não podem ser mitigados. Na ocasião da solicitação da LI o conteúdo destes Planos e Programas deverá ser detalhado de modo a atender as fases de instalação e operação do empreendimento. Quanto à unidade de tratamento de RSS, prevê-se o recebimento de 4 t/dia de resíduos do Grupo A2 a serem tratados em autoclave com capacidade de tratamento de 4 m³/ciclo. O regime de trabalho previsto para os ciclos no interior da câmara da autoclave será de temperatura de 134ºC e pressão de 33 psi. Após o ciclo de tratamento os resíduos serão descaracterizados de modo a apresentarem partes com área inferior a 2 cm², as quais serão dispostas no aterro Classe II.

2 Resolução CONAMA 358 (2005) e RDC ANVISA 306 (2004).

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Finalmente, segundo o EIA a Central de Triagem de resíduos recicláveis será capaz de triar 35 t/dia de resíduos oriundos da coleta domiciliar, não seletiva, em galpão de 800 m², com piso de concreto impermeabilizante. Os equipamentos a serem instalados para processar os resíduos serão: silo, esteira equipada com rasga saco, peneira, indutor Foucault, eletroímã, soprador, separador balístico, esteira de catação e prensas. Não foram propostas metas para a triagem de resíduos recicláveis. 6 ÁREAS DE INFLUÊNCIA De acordo com as informações apresentadas no EIA, as áreas de influência do empreendimento são as seguintes: - Área Diretamente Afetada – ADA: corresponde à área de intervenção das obras de implantação do empreendimento. Dessa forma, foi considerada a área a ser utilizada para a disposição final de resíduos sólidos, além de estruturas de apoio, áreas de empréstimo e armazenagem de solo, com extensão superficial de 97 ha. - Área de Influência Direta – AID: trata-se do entorno imediato da área de implantação, a qual será diretamente afetada pelos impactos decorrentes do empreendimento. Para os parâmetros relacionados ao meio socioeconômico, foi definida pelo limite do município de Adamantina. Para os parâmetros relacionados aos meios físico e biótico, foram adotadas as sub-bacias do Baixo Aguapeí e Médio Aguapeí, abrangendo uma área de 41.357 ha. - Área de Influência Indireta – AII: definida como o espaço territorial onde poderão incidir os impactos indiretos decorrentes da implantação do aterro, dependendo dos parâmetros relacionados ao meio físico, biótico e socioeconômico. Para o meio socioeconômico foi considerada a Microrregião de Adamantina, que abrange os municípios de Irapuru, Pacaembu, Flórida Paulista, Adamantina, Lucélia, Salmourão, Osvaldo Cruz, Sagres, Inúbia Paulista, Pracinha, Mariápolis e Flora Rica. Para os meios físico e biótico, foram consideradas as bacias hidrográficas referentes às UGRHIs 20 e 21, Aguapeí e Peixe. 7 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS E PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS Os principais potenciais impactos ao meio ambiente, decorrentes das fases de planejamento, instalação, operação e encerramento do empreendimento, bem como as principais medidas mitigadoras e/ou compensatórias propostas pelo empreendedor e as exigidas pela CETESB, são apresentadas a seguir. Salienta-se que, conforme as informações apresentadas no EIA, a área de implantação do empreendimento não está inserida em Unidades de Conservação – UCs e nem em Zonas de Amortecimento – ZAs de UCs previstas na Lei Federal n° 9985/00, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. 7.1 FASE DE PLANEJAMENTO 7.1.1. EXPECTATIVA DA POPULAÇÃO QUANTO A IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E GERAÇÃO DE EMPREGOS

A possibilidade de implantação do aterro poderá gerar apreensões e expectativas na população residente nas suas áreas de influência, quanto à: incidência dos potenciais impactos ambientais; eventuais transtornos relacionados às obras de instalação e operação do empreendimento; melhorias a serem realizadas nas regiões afetadas, além de expectativas quanto à geração de novos empregos. Segundo informado no EIA, na fase de implantação do empreendimento está prevista a contratação de 67 funcionários, sendo 27 para as obras de terraplenagem, 33 para execução de obras civis e 7 para o paisagismo, que deverão receber cursos, palestras e treinamentos específicos, dentro de suas especialidades. Para a fase de operação do empreendimento, serão necessários aproximadamente 56

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funcionários. Destaca-se que tanto as contratações diretas como de terceiros serão realizadas somente no município de Adamantina. Quanto à população residente no entorno, foi informado pelo empreendedor que a distância entre a área da CTDR e o bairro residencial mais próximo é de 10,3 km. Além disso, o entorno imediato da área do aterro é caracterizado principalmente por pastagens, cultivo de cana de açúcar, reflorestamento de eucaliptos e fragmentos de mata esparsos. O empreendedor propõe um Programa de Comunicação e Participação Social, com o intuito de intensificar o contato com os moradores da região, visando informar a população quanto à necessidade do empreendimento, todos os impactos decorrentes de sua implantação/operação e as medidas para minimizá-los, além de facilitar atividades de educação ambiental. Nesse sentido, o programa proposto deverá manter a população informada quanto aos aspectos específicos do empreendimento, principalmente em relação às ações de controle ambiental adotadas. Terá como público alvo a população da Microrregião de Adamantina e Mesorregião de Presidente Prudente, mais especificamente autoridades locais, moradores do município, proprietários rurais vizinhos, lideranças formais e informais, organizações comunitárias, além dos funcionários da CTDR. No âmbito do Programa de Comunicação e Participação Social, estão previstas ações como realização de audiência pública; apresentações e palestras durante as fases de implantação e operação do empreendimento; Programa Portas Abertas, com visitas agendadas durante toda a fase de operação do empreendimento; bem como eventos, cursos e informativos à população em geral. Ainda no âmbito deste Programa, será desenvolvida por todo o período de operação até o encerramento do empreendimento uma sistemática de comunicação para as partes interessadas no Sistema de Gestão Ambiental (SGA), composta por comunicação interna (intranet, informativos internos, murais, dentre outros) e externa (internet, Balanço Ambiental, Publicações, dentre outras) à CTDR. Quanto à contratação de funcionários, foi proposto pelo empreendedor um Programa de Capacitação e Treinamento da Mão de Obra com o objetivo de promover qualificação profissional continuada dos trabalhadores envolvidos, para ampliar seus conhecimentos, capacidades e habilidades. Dentre os treinamentos que poderão ser aplicados, destacam-se: execução dos trabalhos em campo; segurança do trabalho; utilização e manutenção dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI); instrução de operação de ferramentas como roçadeiras e prensas; controle de formigas cortadeiras e manutenção de equipamentos utilizados em campo. As atividades deste Programa relacionadas à segurança, saúde, conservação e preservação ambiental possuem interface com o Plano de Gestão Ambiental das Obras. Além disso, este Programa possui grande interface com o Programa de Comunicação e Participação Social, no que tange à apresentação de questões educativas aos funcionários sobre meio ambiente, segurança e saúde. Face ao exposto, entende-se que a proposta apresentada pelo empreendedor é adequada e deverá ser implementada, contemplando, no âmbito do Programa de Comunicação e Participação Social, o Programa de Capacitação e Treinamento da Mão de Obra. Por ocasião da solicitação da LI, cabe ao empreendedor apresentar o detalhamento do Programa de Comunicação e Participação Social, que contemple no mínimo: estratégias e ações para divulgação do empreendimento; informações sobre as medidas de mitigação dos impactos adotadas; indicadores de desempenho; cronograma; andamento de todos os Planos e Programas ambientais em desenvolvimento, incluindo o Programa de Capacitação e Treinamento da Mão de Obra. Por ocasião da solicitação da Licença de Operação – LO, cabe ao empreendedor apresentar um balanço das ações realizadas no âmbito do Programa de Comunicação e Participação Social, incluindo o Programa de Capacitação e Treinamento da Mão de Obra durante a fase de execução das obras de implantação do empreendimento. Por ocasião da renovação da Licença de Operação, apresentar um balanço das ações realizadas no âmbito do Programa de Comunicação e Participação

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Social, incluindo os Programa de Capacitação e Treinamento da Mão de Obra, durante a operação do empreendimento. Exigências: Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação – LI - Apresentar o detalhamento do Programa de Comunicação e Participação Social, que contemple no mínimo: estratégias e ações para divulgação do empreendimento; informações sobre as medidas de mitigação dos impactos adotadas; indicadores de desempenho; cronograma; andamento de todos os Planos e Programas ambientais em desenvolvimento, incluindo o Programa de Capacitação e Treinamento da Mão de Obra. Por ocasião da solicitação da Licença de Operação - LO - Apresentar um balanço das ações realizadas no âmbito do Programa de Comunicação e Participação Social, incluindo Programa de Capacitação e Treinamento da Mão de Obra durante a fase de execução das obras de implantação do empreendimento. Por ocasião da renovação da Licença de Operação – LO - Apresentar um balanço das ações realizadas no âmbito do Programa de Comunicação e Participação Social, incluindo Programa de Capacitação e Treinamento da Mão de Obra, durante a operação do empreendimento.

7.2 FASE DE INSTALAÇÃO

7.2.1 IMPACTOS SOBRE PROPRIEDADES

De acordo com o EIA a área de implantação do empreendimento localiza-se na Estrada Municipal ADM, 337, Km 1,5, no bairro Aidelândia, município de Adamantina. Trata-se de área formada pelos imóveis descritos nas matrículas nos 16.774, 16.775, 17.606 e 23.777, todas de propriedade da TCL Tecnologia e Construções Ltda., cujo somatório das extensões superficiais informadas totaliza 129,1312 ha. Foram apresentados memorial descritivo da área do empreendimento e matrículas dos imóveis que a compõe, a saber:

Imóvel Matrícula Área informada na

Matrícula (ha)

Antigo Sítio São Miguel, alterado para Fazenda Santo Expedito

N° 23.777 21,0540

Antigo Sítio Andorinha, alterado para Fazenda Santo Expedito

Nº 16.774 31,7504

Antigo Sítio Pitanga, alterado para Fazenda Santo Expedito

Nº 16.775 40,0268

Antiga Fazenda Aguapeí, alterado para Fazenda Santo Expedito

N° 17.606 36,300

Total 129,1312

De acordo com a Certidão nº 001/2015, emitida pelo Departamento de Engenharia da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento da Prefeitura de Adamantina em 20.01.2015, a área de implantação do empreendimento encontra-se em Zona Mista, conforme Artigo 33 da Lei Complementar nº 080 de 19.10.2006, “Plano Diretor de Adamantina”. Esta Prefeitura declara ainda que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação municipal aplicável ao uso e ocupação do solo e não se opõe quanto à referida instalação.

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7.2.2 SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO NATIVA E INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE – APP

De acordo com as informações constantes no EIA, a região de implantação do empreendimento era originalmente ocupada pela Floresta Estacional Semidecidual, do Bioma Mata Atlântica, e por manchas de Savana, sendo que atualmente verifica-se que grande parte dessa vegetação, hoje restrita a pequenos fragmentos florestais, foi substituída por extensas áreas destinadas à agricultura, silvicultura e pecuária. Da mesma forma, a Área Diretamente Afetada – ADA do empreendimento, de aproximadamente 97 ha, em área rural, é atualmente ocupada em sua maior parte pela cultura de eucalipto e área de pastagem, podendo ser encontrados, ainda, quatro pequenos fragmentos florestais descontínuos, sem conexões ou formações de corredores, em estágio inicial de regeneração de Floresta Estacional Semidecidual, manchas de vegetação gramíneo-arbustiva, árvores isoladas e ocupação humana. Ao leste da propriedade encontra-se uma área brejosa oriunda de nascente difusa e sua respectiva Área de Preservação Permanente – APP, a qual não sofrerá intervenção. Para a implantação do empreendimento proposto, segundo o EIA, está prevista a supressão de 12.832 m2 de vegetação secundária em estágio sucessional inicial de regeneração do Bioma Mata Atlântica e corte de 73 árvores isoladas cadastradas e georreferenciadas no interior da ADA, fora de Área de Preservação Permanente – APP. Salienta-se que, de acordo com o EIA, não foram identificadas espécies vegetais com algum grau de ameaça no âmbito da legislação federal e estadual. Foi proposto no EIA e nas complementações ao EIA, a implementação de uma barreira vegetal (cortina vegetal) ao redor do empreendimento e a manutenção com cobertura vegetal nativa de 21,49% (268.000 m²) da área total do imóvel a título de Reserva Legal da propriedade. Além disso, foi proposto como medida compensatória pela supressão de vegetação nativa, a implementação de um Programa de Recomposição Vegetal, contemplando o plantio compensatório de 6,5 ha a serem recompostos com 10.900 mudas nativas, incluindo as Áreas de Preservação Permanente – APPs da propriedade e o enriquecimento da Reserva Legal. A área de compensação selecionada visa aumentar a conectividade da paisagem na propriedade, integrando dois fragmentos florestais a um fragmento em estágio médio de regeneração na propriedade vizinha. Dessa forma, após a análise das informações apresentadas quanto à supressão de vegetação pretendida, verificou-se que não há óbices quanto à implantação do empreendimento proposto do ponto de vista da legislação florestal em vigor. Face ao exposto, por ocasião da Solicitação da Licença de Instalação – LI, cabe ao empreendedor obter autorização para a supressão de 12.832 m2 de vegetação secundária em estágio inicial de regeneração e corte de 73 indivíduos arbóreos nativos isolados, sendo 3 mortos, ocasião em que deverá ser apresentado projeto detalhado do plantio compensatório, incluindo a recuperação das Áreas de Preservação Permanente – APPs da propriedade, o enriquecimento da Reserva Legal e a implementação da barreira vegetal (cerca viva), conforme proposto no EIA e na complementação ao EIA, devendo ser apresentado juntamente com o respectivo cronograma de manutenção e Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do responsável. Salienta-se que no plantio compensatório referente à vegetação nativa a ser suprimida deverá ser considerado o disposto na Resolução SMA nº 7, de 18.01.2017 que dispõe sobre os critérios e parâmetros para compensação ambiental de áreas objeto de pedido de autorização para supressão de vegetação nativa, corte de árvores isoladas e para intervenções em Áreas de Preservação Permanente no Estado de São Paulo. Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação – LI, o empreendedor deverá, ainda, efetuar a inscrição do imóvel no Cadastro Ambiental Rural – CAR referente à instituição da Reserva Legal – RL

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nos termos da Lei nº 12.651/2012, bem como firmar o Termo de Responsabilidade de Preservação de Reserva Legal – TRPRL na Agência Ambiental de Dracena – CFD. Exigências: Por ocasião da Solicitação da Licença de Instalação – LI - Obter autorização para a supressão de 12.832 m2 de vegetação secundária em estágio inicial de regeneração e corte de 73 indivíduos arbóreos nativos isolados, sendo 3 mortos, ocasião em que deverá ser apresentado projeto detalhado do plantio compensatório, incluindo a recuperação das Áreas de Preservação Permanente – APPs da propriedade, o enriquecimento da Reserva Legal e a implementação da barreira vegetal (cerca viva), conforme proposto no EIA e na complementação ao EIA, devendo ser apresentado juntamente com o respectivo cronograma de manutenção e Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do responsável. Salienta-se que no plantio compensatório referente à vegetação nativa a ser suprimida deverá ser considerado o disposto na Resolução SMA nº 7, de 18.01.2017 que dispõe sobre os critérios e parâmetros para compensação ambiental de áreas objeto de pedido de autorização para supressão de vegetação nativa, corte de árvores isoladas e para intervenções em Áreas de Preservação Permanente no Estado de São Paulo. - Efetuar a inscrição do imóvel no Cadastro Ambiental Rural – CAR referente à instituição da Reserva Legal – RL nos termos da Lei nº 12.651/2012, bem como firmar o Termo de Responsabilidade de Preservação de Reserva Legal – TRPRL na Agência Ambiental de Dracena – CFD. 7.2.3 USO DE ÁREA DE EMPRÉSTIMO E DE ARMAZENAMENTO DE SOLO De acordo com as informações do EIA, as obras de terraplenagem para preparação do terreno disponibilizarão 2.281.645 m³ de solo para utilização em parte no empreendimento, dos quais 1.402.844 m³ serão utilizados para cobertura durante a operação do aterro e 557.916 m³ serão utilizados na construção do aterro Classe I. Os 320.885 m³ de material excedente serão doados a municípios vizinhos. Na ocasião da solicitação da LI, o empreendedor deverá esclarecer qual quantidade e a proveniência do solo necessário para a construção da camada inferior de solo compactado do sistema de impermeabilização inferior e demais estruturas comuns a esse tipo de empreendimento como diques de solo compactado, uma vez que se menciona no projeto básico a utilização do solo escavado apenas como material de cobertura. Devem ser apresentados ensaios de caracterização geotécnica que comprovem a adequabilidade do solo para os fins a que se destinam. Os quantitativos de solo deverão ser esclarecidos e integrar o balanço de solo do aterro no projeto executivo a ser apresentado, o qual deve considerar inclusive o detalhamento por fase de ocupação do maciço. Também deverá ser detalhado na mesma ocasião como se dará o gerenciamento do solo excedente. Mesmo considerando a intenção de doá-lo haverá a necessidade de disposição temporária em bota espera no interior do empreendimento. Assim, este local de armazenamento temporário deverá ser devidamente locado e seus sistemas de proteção ambiental projetados para essa finalidade. Salienta-se que a gestão das áreas de obtenção e de armazenamento temporário do solo ao longo da implantação do empreendimento deverá estar contemplada no âmbito do Plano de Gestão Ambiental das Obras, conforme item INTENSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE DINÂMICA SUPERFICIAL deste Parecer. Exigências: Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação - LI - Apresentar, no âmbito do projeto executivo da implantação do aterro a quantidade e a proveniência do solo necessário para a construção da camada inferior de solo compactado do sistema de impermeabilização inferior e demais estruturas comuns a esse tipo de empreendimento como diques de solo compactado, uma vez que se menciona no projeto básico a utilização do solo escavado apenas como material de cobertura. Tais quantitativos deverão integrar o balanço de solo do aterro, o qual deve considerar inclusive o detalhamento por fase de ocupação do maciço.

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- Apresentar, no âmbito do projeto executivo da implantação do aterro os ensaios geotécnicos que comprovem a adequabilidade do solo das áreas de escavação e/ou jazidas de empréstimo para os fins a que se destinam. - Apresentar, no âmbito do projeto executivo da implantação do aterro como se dará o gerenciamento do solo excedente. Mesmo considerando a intenção de doá-lo a outros municípios haverá a necessidade de disposição temporária em bota espera no interior do empreendimento. Assim, este local de armazenamento temporário deverá ser devidamente locado e seus sistemas de proteção ambiental projetados para essa finalidade. Salienta-se que a gestão das áreas de obtenção e de armazenamento temporário do solo ao longo da implantação do empreendimento deverá estar contemplada no âmbito do Plano de Gestão Ambiental das Obras.

7.2.4 INTERFERÊNCIAS SOBRE O PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO

Foi apresentado pelo empreendedor documento intitulado “Programa de Diagnóstico Arqueológico da Central de Tratamento e Destinação de Resíduos – CTDR – Adamantina”, de março/2014 e de responsabilidade técnica dos Arqueólogos Luiz Fernando Erig Lima e Job Lôbo. Este Programa foi protocolizado no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN em 26.02.2015, tendo sido obtido a Portaria nº 19 de 02.04.2015, publicada no DOU de 06.04.2015, autorizando sua execução pelo prazo de 03 (três) meses, com o apoio institucional da Prefeitura Municipal de Jahu – Museu Municipal de Jahu. Conforme cópia da Correspondência A LASCA-IPHAN/SP 09/06/2016, emitida pelo arqueólogo Dr. Luiz Fernando Erig Lima em 09.06.2016, foi submetido Relatório Final de Diagnóstico Arqueológico da Central de Tratamento e Destinação de Resíduos de Adamantina, para análise e considerações do IPHAN. Em 17.02.2017, a Superintendência do IPHAN em São Paulo manifestou-se por meio do Ofício nº 0296/2017 GAB-IPHAN/SP, no qual consta que “(...) o levantamento de campo consistiu na realização de caminhamento para reconhecimento de aspectos fisiográficos do terreno e abertura de intervenções de subsuperfície de caráter amostral (...), em conclusão, relata o resultado negativo quanto à identificação de vestígios arqueológicos, em todas as intervenções realizadas (...). A título de Programa de Educação Patrimonial, o relatório apresenta para esta etapa um Diagnóstico Sociocultural, seguido das ações a serem desenvolvidas junto à comunidade escolar e moradores, por meio dos contatos realizados com a Secretaria Municipal de Educação, Biblioteca Municipal e Associação de Moradores do bairro de Aidelândia, além de 4 escolas municipais e 3 escolas estaduais. Tendo em vista o exposto, e na perspectiva de salvaguarda do Patrimônio Arqueológico, nos manifestamos pela acolhida do relatório e anuência da Licença Prévia (LP) para o empreendimento em tela. A anuência das demais Licenças fica condicionada à realização e resultados da próxima etapa de estudos, qual seja, o Programa de Prospecções Intensivas, cujo projeto deverá ser protocolado nesta Superintendência para fins de obtenção de portaria autorizativa”. Exigência: Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação – LI - Atender diretamente no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN o Ofício n° 0296/2017 GAB-IPHAN/SP de 17.02.2017, referente à realização e resultados da próxima etapa de estudos, qual seja, o Programa de Prospecções Intensivas, cujo projeto deverá ser protocolado nesta Superintendência para fins de obtenção de portaria autorizativa.

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7.2.5 INTERFERÊNCIAS EM ÁREAS DE MINERAÇÃO Foi informado pelo empreendedor que ele possui uma autorização de pesquisa mineral na área do empreendimento, com número de processo no Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM 820.429/2014. No âmbito deste processo DNPM, foi obtido Alvará de Pesquisa nº 10.549 em 28.09.2015, com validade de 2 anos, sendo a detentora dos direitos minerários a empresa TCL – Tecnologia e Construções Ltda. 7.3 FASE DE INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO 7.3.1 INTENSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE DINÂMICA SUPERFICIAL A movimentação de solo durante as fases de instalação e operação do empreendimento poderá favorecer o surgimento de processos erosivos e o transporte de sedimentos para as drenagens locais. Para mitigação desses impactos está previsto no empreendimento um sistema de drenagem de águas pluviais o qual contém elementos provisórios e definitivos. Os elementos provisórios têm a função de minimizar a quantidade de água em contato com os resíduos na frente de trabalho. Serão utilizadas leiras, denominadas no projeto como “pirâmides”, para esta finalidade. Consta no projeto básico que os elementos definitivos serão constituídos por canaletas tipo meia-cana, descidas em colchões de gabião, travessias de berma em tubulação de concreto, caixas de passagem e elementos dissipadores de energia intermediários e à jusante do maciço. Também contribui para a minimização de processos erosivos a proposição de cobertura das superfícies finais do maciço de resíduos por camada de solo compactado com 0,40 m de espessura, 0,60 m de solo orgânico e o plantio de gramíneas. Na ocasião da solicitação da LI o empreendedor deverá apresentar um Plano de Gestão Ambiental das Obras que permita verificar o atendimento aos critérios técnicos do projeto e as práticas adequadas de engenharia para garantir o desempenho previsto ao maciço de resíduos ao longo da implantação e operação do empreendimento. O Plano de Gestão Ambiental das Obras deverá conter um conjunto de diretrizes e medidas para a execução das obras de modo a não comprometer a qualidade ambiental da área e seu entorno, contemplando as medidas mitigadoras e de controle apropriadas, a indicação dos responsáveis pela sua execução e suas atribuições gerenciais, além do cronograma de e os registros fotográficos e descritivos das atividades realizadas. Deverá ser incluída neste Plano a gestão das áreas de obtenção e de armazenamento do solo utilizado ao longo da instalação e operação do empreendimento, bem como deverá ser disponibilizado no empreendimento os relatórios de acompanhamento associados à sua execução. Por ocasião da solicitação da LO, cabe ao empreendedor apresentar relatório fotográfico e descritivo do Plano de Gestão Ambiental das Obras, contendo o andamento e a comprovação da completa recuperação das áreas afetadas pelas intervenções na fase de instalação do empreendimento. Exigências: Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação - LI - Apresentar o Plano de Gestão Ambiental das Obras contendo o conjunto de diretrizes e medidas para a execução das obras de modo a não comprometer a qualidade ambiental da área e seu entorno, contemplando as medidas mitigadoras e de controle apropriadas, a indicação dos responsáveis pela sua execução e suas atribuições gerenciais, além do cronograma e os registros fotográficos e descritivos das atividades realizadas. Deverá ser incluída neste Plano a gestão das áreas de obtenção e de armazenamento do solo utilizado ao longo da instalação e operação do empreendimento.

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Durante a instalação do empreendimento - Disponibilizar na área do empreendimento os relatórios do Plano de Gestão Ambiental das Obras. Por ocasião da solicitação da Licença de Operação - LO - Apresentar relatório fotográfico e descritivo do Plano de Gestão Ambiental das Obras, contendo o andamento e a comprovação da completa recuperação das áreas afetadas pelas obras na fase de instalação do empreendimento. 7.3.2 INTERFERÊNCIAS NA FAUNA SILVESTRE Conforme descrito no EIA, a área de implantação do empreendimento encontra-se alterada, com poucas áreas naturais circundadas por uma matriz antrópica utilizada, principalmente, para pastagens e silvicultura. Da mesma forma, a área do entorno apresenta interferências antrópicas evidentes, sendo ocupada predominantemente por extensas áreas destinadas à agricultura, silvicultura e pecuária, enquanto a vegetação nativa encontra-se restrita a pequenos fragmentos florestais descontínuos. Para o diagnóstico da fauna da região de implantação do empreendimento, segundo o EIA, foram realizados levantamentos de campo (primários) qualitativos e quantitativos para as aves, mamíferos, répteis e anfíbios da região em estudo na ADA e AID e levantamentos bibliográficos regionais (secundários). No âmbito dos levantamentos de campo, foram apresentadas as metodologias utilizadas (métodos diretos e indiretos), bem como o período e os pontos/locais de levantamento das espécies de ocorrência local. De acordo com os resultados obtidos, foram registradas 126 espécies de aves, 19 espécies de mamíferos, 12 espécies de anfíbios e 2 de répteis. Foi concluído no diagnóstico de fauna constante no EIA que a maioria das espécies é generalista, com baixa sensibilidade às alterações ambientais e independente de ambientes florestais. Entretanto, os resultados obtidos indicam que a área ainda apresenta alguma integridade, tendo em vista a riqueza e a composição expressiva de espécies registradas, bem como a presença de algumas espécies ameaçadas, dependentes de ambientes florestais e com alguma sensibilidade. Considerando o Decreto Estadual nº 60.133/2014, que declara as espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção, as quase ameaçadas e as deficientes de dados para avaliação no Estado de São Paulo e dá providências correlatas, das espécies levantadas, foram registradas 10 espécies com algum grau de ameaça ou com dados insuficientes para a determinação do seu grau de ameaça, sendo elas, a jaguatirica (Leopardus pardalis), a onça-parda (Puma concolor) e a curica (Amazonica amazonica), ameaçadas; a jacupemba (Penelope superciliaris), o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), o uí-pi (Synallaxis albescens) e o ferreirinho-de-cara-parda (Poecilotriccus latirostris), quase ameaçadas; e o furão (Galictis cuja), o rato-do-mato (Coendou prehensilis) e o tapeti (Sylvilagus brasiliensis), que não possuem informações suficientes para análise do grau de conservação. Foram propostas no EIA como medidas preventivas e/ou mitigadoras para minimizar interferências na fauna de ocorrência na área de implantação do empreendimento: programa de educação ambiental com palestras educativas para funcionários do empreendimento e caminhoneiros, de modo a minimizar o atropelamento de animais; implantação de um projeto de recuperação e enriquecimento de habitats e micro-habitats, visando à substituição gradual de eucaliptos por espécies arbóreas nativas; implantação de cercas do tipo alambrado e de cercas-vivas no entorno do empreendimento, de modo a evitar a entrada de animais domésticos e/ou silvestres na área do empreendimento; fiscalizar e monitorar as áreas naturais da propriedade, de modo a coibir a caça ilegal; manejo de espécies peçonhentas que venham a oferecer perigo aos funcionários e/ou visitantes em área de uso público do aterro; conservação dos fragmentos de vegetação ao redor dos aterros; e implantação de um Programa de monitoramento e de Minimização de Incômodos à Fauna (masofauna, avifauna e herpetofauna), a ser desenvolvido na área do empreendimento e seu entorno imediato.

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Salienta-se que, no âmbito do Programa de Monitoramento e de Minimização de Incômodos à Fauna, a relação dos métodos de monitoramento a serem empregados, a periodicidade e o esforço amostral, assim como a identificação de não conformidades, constam no documento apresentado. Após a análise das informações apresentadas, verifica-se que a implantação proposta ocorrerá em área já alterada pela ocupação antrópica e que não apresenta comunidade faunística restritiva. No entanto, segundo o estudo apresentado, as áreas no entorno apresentam uma riqueza e composição de espécies expressivas, embora a maioria de baixa sensibilidade a perturbações antrópicas. Dessa forma, entende-se que, com a adoção das medidas preventivas e mitigadoras propostas, aliadas à implantação do Programa de Monitoramento e de Minimização de Incômodos à Fauna apresentado, não são esperadas interferências na fauna. Assim sendo, por ocasião da solicitação da LI, cabe ao empreendedor reapresentar o Programa de Monitoramento e de Minimização de Incômodos à Fauna (avifauna, mastofauna e herpetofauna) já apresentado, incluindo: localização dos pontos de coleta plotados em mapa (cartografia oficial, imagem de satélite ou foto aérea) com escala compatível; a definição dos métodos de coleta a serem utilizados para a avifauna; manutenção de esforço amostral semelhante entre as diferentes campanhas, de forma a garantir a comparação entre os dados obtidos; Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do(s) profissional(is) reponsável(is); além de prever a inclusão, nos relatórios a serem emitidos, de conclusão parcial e/ou final quanto ao monitoramento e as recomendações dadas ao empreendedor tendo em vista os resultados obtidos, bem como as respectivas medidas mitigadoras e corretivas adicionais adotadas. Por ocasião da solicitação da LO, o empreendedor deverá apresentar o primeiro relatório de andamento do Programa de Monitoramento e de Minimização de Incômodos à Fauna, com os dados obtidos na fase de instalação do empreendimento, incluindo as medidas preventivas adotadas, a eventual identificação de não conformidades e respectivas medidas corretivas. Tal relatório, bem como os demais a serem produzidos, deverá contemplar conteúdo fotográfico, descritivo e a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do profissional responsável. Durante a operação, o empreendedor deverá disponibilizar na área do empreendimento, relatórios semestrais do Programa de Monitoramento e de Minimização de Incômodos à Fauna, salientando-se que ao longo do monitoramento e com base em seus resultados, o empreendedor deverá avaliar a eficiência das medidas adotadas no empreendimento e caso estas não se mostrem eficientes, deverão ser adotadas outras medidas, de forma que sejam minimizados os incômodos à fauna. A equipe responsável pela EIA/RIMA recomenda que sejam utilizadas metodologias de levantamento não interventivas, ou seja, que minimizem a coleta e captura de espécimes. Havendo a necessidade, o uso de metodologias interventivas de levantamento deverá ser devidamente justificado no âmbito do referido Programa. Ressalta-se que as atividades de coleta e captura dependem de autorização específica do Departamento de Fauna – DeFau da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais – CBRN da Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SMA. Exigências: Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação – LI - Reapresentar o Programa de Monitoramento e de Minimização de Incômodos à Fauna (avifauna, mastofauna e herpetofauna) já apresentado, incluindo: localização dos pontos de coleta plotados em mapa (cartografia oficial, imagem de satélite ou foto aérea) com escala compatível; a definição dos métodos de coleta a serem utilizados para a avifauna; manutenção de esforço amostral semelhante entre as diferentes campanhas, de forma a garantir a comparação entre os dados obtidos; Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do(s) profissional(is) responsável(is); além de prever a inclusão, nos relatórios a serem emitidos, de conclusão parcial e/ou final quanto ao monitoramento e as recomendações dadas ao empreendedor tendo em vista os resultados obtidos, bem como as respectivas medidas mitigadoras e corretivas adicionais adotadas.

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Por ocasião da solicitação da Licença de Operação - LO - Apresentar o primeiro relatório de andamento do Programa de Monitoramento e de Minimização de Incômodos à Fauna, com os dados obtidos na fase de instalação do empreendimento, incluindo as medidas preventivas adotadas, a eventual identificação de não conformidades e respectivas medidas corretivas. Tal relatório, bem como os demais a serem produzidos, deverá contemplar conteúdo fotográfico, descritivo e a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do profissional responsável. Durante a operação do empreendimento - Disponibilizar na área do empreendimento, relatórios semestrais do Programa de Monitoramento e de Minimização de Incômodos à Fauna, salientando-se que ao longo do monitoramento e com base em seus resultados, o empreendedor deverá avaliar a eficiência das medidas adotadas no empreendimento e caso estas não se mostrem eficientes, deverão ser adotadas outras medidas, de forma que sejam minimizados os incômodos à fauna. 7.3.3 PRESSÃO NA INFRAESTRUTURA VIÁRIA, INCÔMODOS À POPULAÇÃO E RISCO DE ACIDENTES Devido à presença e movimentação de veículos pesados, como caminhões, escavadeiras, retroescavadeiras e veículos coletores, durante a instalação e operação de empreendimentos desta tipologia, poderão ocorrer incômodos à população, tais como tráfego intenso, geração de poeira e espalhamento de lama na área de influência, deterioração das vias de acesso, principalmente nos meses de chuva, além de riscos de acidentes. Visando mitigar os impactos causados pela movimentação dos veículos e maquinários durante as obras de instalação e operação do aterro, o empreendedor propõe adotar medidas, tais como: umectação periódica de vias de acesso não pavimentadas; revestimento dos acessos provisórios com cascalho ou brita, onde necessário, manutenção periódica de máquinas, equipamentos e veículos, dentre outras. Será implantada iluminação permanente nos trechos dos acessos com curvas e outras singularidades, bem como placas sinalizadoras de limites de velocidade, limitações, proibições, indicações de mão de direção. Um sistema de iluminação móvel também será implantado, principalmente para a operação noturna das frentes de operação, uma vez que a coleta de resíduos domiciliares é efetuada inclusive neste período. No que se refere ao incremento de tráfego nas vias de acesso local, para o recebimento de 1.000 t/dia de resíduos, está previsto o tráfego de caminhões e carretas da ordem de 60 viagens por dia, o que equivale a 4 viagens por hora, considerando um dia de trabalho de 15 horas, no sentido do aterro. Quanto aos possíveis incômodos à população e riscos de acidentes, a CTDR Adamantina localiza-se a 10,3 km de distância do bairro residencial mais próximo, conforme informado pelo empreendedor, reduzindo a probabilidade de ocorrência deste tipo de incômodo. Está previsto no EIA um Plano de Controle de Prevenção de Acidentes, com o objetivo de prevenir possíveis ocorrências relacionadas a acidentes, que possam causar efeitos adversos ao meio ambiente e a ser desenvolvido durante toda a fase de operação do empreendimento. Neste plano estão contempladas atividades tais como: palestras de conscientização quanto às regulamentações de trânsito, cuidados com a fauna, procedimentos em caso de emergência, dentre outras. Estão contempladas ainda medidas de monitoramento dos veículos e equipamentos para verificação dos caminhões transportadores de resíduos em trânsito nas instalações da CTDR Adamantina. No caso de implementação de medidas de ordenação do fluxo de veículos e de segurança das pessoas nas vias municipais ou rodovias, ressalta-se que tais medidas deverão ser definidas em conjunto com autoridade municipal ou concessionária responsável, bem como o Departamento de Estradas de Rodagens (DER), conforme previsto no EIA.

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Quanto à capacitação dos responsáveis envolvidos na coleta, carregamento, transporte, descarregamento e respectivos registros, foi informado no EIA que estes funcionários deverão ser capacitados para desenvolver suas atribuições, deverão ter habilitação vigente, além de cursos e treinamentos para transporte de resíduos perigosos, direção defensiva e como agir em caso de acidente com resíduo que está sendo transportado, dentre outros. No âmbito do Plano de Controle de Prevenção de Acidentes, está previsto um programa de Educação Ambiental no Trânsito com o objetivo de formar agentes multiplicadores de ideias e conceitos voltados à preservação ambiental, por meio de distribuição de material em formato eletrônico ou impresso, além de palestras sobre regulamentações de trânsito, locais de travessia, cuidados com fauna silvestre e doméstica, procedimento em caso de acidentes/emergências, dentre outras. Está previsto ainda um Programa de Monitoramento dos Veículos e Equipamentos que deverá seguir uma lista de procedimentos de verificação dos caminhões transportadores de resíduos em transito no empreendimento, prevendo ainda medidas para correção de irregularidades. Este Plano possui interface com o Plano de Gestão Ambiental das Obras. Face ao exposto, entende-se que a proposta apresentada é adequada e deverá ser implementada. Assim sendo, cabe ao empreendedor, por ocasião da solicitação da LI, apresentar um Programa detalhado de Minimização de Incômodos à População e Risco de Acidentes a ser implementado durante a instalação e operação do empreendimento, contemplando além das medidas previstas, no mínimo: manutenção periódica da via de acesso considerando o tráfego de caminhões transportadores de resíduos ao empreendimento, treinamento dos motoristas quanto à direção defensiva e o atendimento das normas de trânsito vigentes para o deslocamento nas vias externas e internas ao empreendimento; sinalizações dos acessos à obra. Tal Programa deverá contemplar a indicação da periodicidade de emissão de relatórios fotográficos e descritivos de andamento devendo ser elaborado por profissional habilitado. Além disso, tal Programa deverá contemplar as medidas propostas no âmbito do Plano de Controle de Prevenção de Acidentes, do Programa de Educação Ambiental no Trânsito e do Programa de Monitoramento dos Veículos e Equipamentos. Por ocasião da solicitação da Licença de Operação – LO, cabe ao empreendedor apresentar um balanço das ações realizadas no âmbito Programa de Minimização de Incômodos à População e Risco de Acidentes. Exigências: Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação - LI - Apresentar um Programa detalhado de Minimização de Incômodos à População e Risco de Acidentes a ser implementado durante a instalação e operação do empreendimento, contemplando além das medidas previstas, no mínimo: manutenção periódica da via de acesso considerando o tráfego de caminhões transportadores de resíduos ao empreendimento, treinamento dos motoristas quanto à direção defensiva e o atendimento das normas de trânsito vigentes para o deslocamento nas vias externas e internas ao empreendimento; sinalizações dos acessos à obra. Tal Programa deverá contemplar a indicação da periodicidade de emissão de relatórios fotográficos e descritivos de andamento devendo ser elaborado por profissional habilitado. Além disso, tal Programa deverá contemplar as medidas propostas no âmbito do Plano de Controle de Prevenção de Acidentes, do Programa de Educação Ambiental no Trânsito e do Programa de Monitoramento dos Veículos e Equipamentos. Por ocasião da solicitação da Licença de Operação - LO - Apresentar um balanço das ações realizadas no âmbito Programa de Minimização de Incômodos à População e Risco de Acidentes. 7.3.4 INTERFERÊNCIAS EM INFRAESTRUTURAS EXISTENTES - Trecho de distribuição de energia elétrica

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Para a implantação do empreendimento proposto, existe a possível necessidade de relocação ou remoção de um trecho de rede de média tensão, localizado dentro da área pleiteada, de responsabilidade da Cooperativa de Eletrificação Rural da Região de Osvaldo Cruz - CEROC. Nesse sentido, foi apresentada pelo empreendedor cópia da Carta nº CEROC 26/2016, emitida em 23.11.2016 pela CEROC, por meio da qual esta cooperativa informa que existe a viabilidade técnica de relocação da rede de média tensão existente no interior da propriedade mediante a disponibilização dos recursos financeiros da solicitante, ou seja, a empresa TCL Tecnologia e Construções Ltda. 7.4 FASE DE OPERAÇÃO 7.4.1 POTENCIAIS IMPACTOS NO SOLO E SOBRE AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Conforme informações constantes no EIA, tanto o solo quanto o subsolo da região foram objeto de estudos, tendo sido realizado levantamento planialtimétrico da área de implantação e ensaios de campo, incluindo 22 sondagens a percussão (SPT) realizadas em fevereiro de 2014 e ensaios geofísicos (Caminhamento elétrico – CE e Sondagens Elétricas Verticais – SEVs). Os boletins de sondagem apresentados pelo empreendedor indicam que o solo na gleba apresenta um perfil bem homogêneo, com horizontes bem definidos onde prepondera uma espessa camada de arenito sobreposta por solo residual com presença de matéria orgânica com espessura variando de 0,20 a 5,00 m. Quanto à permeabilidade há informações que ensaios de campo resultaram em coeficientes de permeabilidade (k) da ordem de 10-4 a 10-7 cm/s, tal como apontado nos boletins dos ensaios. Salientamos que na elaboração do projeto executivo dos aterros deverão ser atendidas as diretrizes da NBR 101573 e NBR 138964 as quais estabelecem a condição hidrológica mínima para áreas de implantação de aterros. Quanto à interferência em recursos hídricos subterrâneos, informa-se que a carta do Instituto Geográfico e Cartográfico – IGC indicou drenagens na ADA. No entanto, conforme o empreendedor, não foi observado nascente ou curso d’água, uma vez que foram realizadas sondagens, estudos hidrogeológicos e vistorias no local. Assim, após solicitação de manifestação do empreendedor ao IGC, foi emitida a Informação Técnica P.J. 080/2015 em 10.06.2015 pelo IGC, informando que a indicação de drenagens na base cartográfica do IGC trata-se, em verdade, de talvegues, cuja característica principal é drenar águas pluviais e encontrando-se secos. Isto posto, tem-se que no projeto apresentado, não são previstas interferências em corpos hídricos subterrâneos. Para a proteção do solo e das águas subterrâneas, os aterros propostos serão dotados de sistemas de impermeabilização inferior. O aterro Classe I contará com sistema constituído pelas seguintes camadas em sua base, da mais inferior para a superior:

Camada de solo argiloso compactado com 1,00 m de espessura a 95% da energia normal (GC) do ensaio de Proctor e coeficiente de permeabilidade k inferior a 1x10-7

cm/s; Geomembrana de Polietileno de Alta Densidade – PEAD com espessura 2 mm Geogrelha com função drenante; Geocomposto bentonítico (GCL); Geomembrana de Polietileno de Alta Densidade – PEAD com espessura 2 mm;

3 ABNT NBR 10157 (1987): Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projeto, construção e operação

4 ABNT NBR 13896 (1997): Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação

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Geotextil não tecido com gramatura 600 g/m² para proteção mecânica da geomembrana de PEAD;

Camada de 10 cm de areia grossa. Nos taludes das células do aterro Classe I serão instalados os seguintes elementos:

Camada de 0,40 m de solo compactado a 95% do GC do ensaio de Proctor Normal; Geomembrana de PEAD de 2 mm de espessura; Geogrelha com função drenante; Geocomposto bentonítico (GCL); Geotêxtil não tecido com gramatura 600 g/m² para proteção mecânica da geomembrana de

PEAD; Geogrelha com função drenante; Geotêxtil não tecido com gramatura 200 g/m² para evitar a colmatação da geogrelha.

Cabe ressaltar que o aterro Classe I contará com sistema de impermeabilização superior o que evitará a lixiviação de componentes dos resíduos dispostos. A impermeabilização superior será composta por:

Camada de 0,60 m de solo argiloso compactado com k inferior a 1x10-5 cm/s; Manta de PVC de 1 mm de espessura; Geogrelha drenante; Geotêxtil não tecido com gramatura 200 g/m²; Camada de terra vegetal com 0,40 m de espessura; Plantio de gramíneas.

Devidos às incertezas quanto à manutenção de estanqueidade e das propriedades mecânicas de membranas sintéticas de PVC, recomenda-se que essa membrana seja substituída por mantas de PEAD. Também, no sentido de minimizar a infiltração das águas pluviais, as superfícies dos platôs devem ter uma declividade mínima, a ser especificada nos projetos executivos. Para o aterro Classe II o sistema de impermeabilização inferior proposto é constituído por:

Camada de 0,60 m de solo compactado com permeabilidade máxima de 1x10-6 cm/s; Geomembrana de PEAD de 2,5 cm de espessura; Geotêxtil não tecido com gramatura 600 g/m² para proteção mecânica da geomembrana de

PEAD. Para a drenagem dos estimados 0,16 l/s de líquidos percolados a serem gerados no interior do maciço, a concepção do projeto também prevê a implantação de um sistema de drenagem, armazenamento temporário e destinação para tratamento em ETE externa. O sistema de drenagem especificamente também tem a função de permitir a drenagem dos gases gerados. Sobre o sistema de impermeabilização inferior será implantado um colchão drenante por toda a base do maciço, constituído por 0,40 m de brita nº 4. Sobre a brita será instalado geotêxtil não tecido com gramatura 200 g/m², o qual estará em contato direto com os resíduos. Nos taludes de escavação a drenagem será provida por meio da instalação de geogrelha sotoposta por geotêxtil não tecido com gramatura 600 g/m², o qual estará em contato direto com os resíduos. Para coleta dos líquidos percolados e gases nas camadas de alteamento do maciço serão construídos drenos horizontais de 1,0 x 1,0 m, distribuídos no formato de espinha de peixe. A condução dos líquidos percolados em direção ao colchão drenante na base do aterro, bem como dos gases em

direção à superfície será realizada por drenos verticais constituídos por tubos de 0,30 m em PEAD, perfurados, envoltos por 1,50 m de rachão contido por tela de aço do tipo Telcon. Estes drenos interceptarão e conduzirão os líquidos para uma bacia de armazenamento temporário em uma bacia de 10 x 10 m e 2 m de profundidade, nas cotas inferiores do maciço e, posteriormente a três

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reservatórios de armazenamento temporário com capacidade de 100 m³ cada a partir dos quais será realizada a destinação final para tratamento em ETE externa. Foi apresentada cópia da Carta RBO/079/2014 emitida pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP em 21.03.2014 à empresa TCL – Tecnologia e Construções Ltda., aceitando o recebimento de chorume na Estação de Tratamento de Esgotos Oeste de Adamantina. Foram projetados e locados em planta 1 poço de monitoramento de águas subterrâneas denominado de montante e 3 denominados de jusante. De fato, a normatização vigente5 estabelece que para o monitoramento das águas subterrâneas devam ser construídos no mínimo 1 poço à montante e 3 poços à jusante da potencial fonte de poluição, no entanto, por haver a intenção de se implantar dois aterros com tipologias diferentes, entende-se que no âmbito do projeto executivo a ser apresentado por ocasião da solicitação da LI a proposição da rede de poços de monitoramento deverá ser ampliada de modo que seja passível de monitorar cada maciço independentemente, uma vez que sua principal função é identificar falhas nos sistemas de proteção ambiental dos aterros. O número de poços e sua locação deverão ser realizados a partir do estudo dos fluxos definidos no mapa potenciométrico já elaborado e apresentado pelo empreendedor no EIA. O empreendedor propõe a aplicação de um Plano de Monitoramento da Qualidade das Águas Subterrâneas que deverá ter início concomitantemente à operação do aterro, com o objetivo de acompanhar a qualidade dessas águas visando à identificação de não conformidades e a adoção de medidas corretivas. Os parâmetros a serem monitorados foram apresentados no EIA, sendo que foi proposta a realização de campanhas trimestrais de amostragem até dois anos depois do encerramento das atividades do empreendimento, prazo que entendemos deva ser estendido até que haja a anuência da CETESB para sua interrupção. Por ocasião da solicitação da LI, no âmbito do projeto executivo cabe ao empreendedor apresentar o Plano de Monitoramento das Águas Subterrâneas, revisado de acordo com os parâmetros e a periodicidade conforme roteiro constante no Anexo I deste Parecer, a ser executado durante a instalação, a operação e após o encerramento do empreendimento até que haja a anuência da CETESB para sua interrupção. Durante a operação deverão ser disponibilizados na área do empreendimento os relatórios do Monitoramento das Águas Subterrâneas com a tabulação e interpretação dos resultados analíticos obtidos. Os relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. Durante a operação do empreendimento e após o encerramento, o empreendedor deverá apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios do Monitoramento das Águas Subterrâneas. Tais relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. Face ao exposto, considerando que estão previstos sistemas de proteção ambiental e a implementação de monitoramento da qualidade das águas subterrâneas nos aterros, aliados à adequada operação e acompanhamento do empreendimento, entende-se que não é esperada a contaminação do solo e das águas subterrâneas da área. Quanto à unidade de tratamento de RSS, caso não contemple adequados sistemas de infraestrutura para o adequado armazenamento dos resíduos antes e após o tratamento, bem como o adequado gerenciamento dos efluentes gerados durante o processo, poderá contaminar o solo e consequentemente as águas subterrâneas. Isto posto, na ocasião da solicitação da LI do empreendimento o interessado deverá apresentar o projeto executivo da unidade de tratamento de RSS, bem como atender às diretrizes do Roteiro estabelecido pela Norma CETESB E15010.

5 ABNT NBR 15.495-1 (2007): Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulados. Parte I

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Muito embora a Central de Triagem de resíduos recicláveis não apresente o potencial de causar impactos negativos significativos, o principal aspecto a se considerar é a eventual lixiviação de líquidos oriundos dos resíduos, caso armazenados inadequadamente, principalmente porque está previsto o recebimento de resíduos da coleta municipal regular. Assim, por ocasião da solicitação da LI deverá ser apresentado o projeto executivo desta unidade, contemplando os sistemas de proteção ambiental para impedir a infiltração de líquidos no solo, bem como a emanação de odores além dos limites do empreendimento. A Central de Triagem para valorização dos resíduos e aproveitamento máximo dos seus componentes, além de reduzir o volume a ser destinado ao aterro, deverá seguir metas evolutivas em consonância com a Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, em todas as fases do licenciamento e de sua operação. Exigências: Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação – LI - Considerar no detalhamento do projeto executivo dos aterros Classe I e Classe II o atendimento as diretrizes da NBR 101576 e NBR 138967. - Substituição da manta de PVC prevista para compor o sistema de impermeabilização superior do aterro Classe 1 por mantas de PEAD; - Prever nos projetos executivos declividade mínima dos platôs finais dos aterros de forma a minimizar possíveis infiltrações; - Ampliar a proposição da rede de poços de monitoramento de modo que seja passível de monitorar os aterros Classe I e Classe II de maneira independente, uma vez que sua principal função é identificar falhas nos sistemas de proteção ambiental de cada um dos aterros. O número e a locação desses poços deverão ser realizados a partir do estudo dos fluxos definidos no mapa potenciométrico já elaborado e apresentado pelo empreendedor no EIA; - Apresentar o Plano de Monitoramento das Águas Subterrâneas, revisado de acordo com os parâmetros e a periodicidade conforme roteiro constante no Anexo I deste Parecer, a ser executado durante a instalação, operação e após o encerramento do empreendimento até que haja a anuência da CETESB para sua interrupção. - Apresentar o projeto executivo da unidade de tratamento de RSS, bem como apresentar as informações solicitadas por meio do Roteiro contido na Norma CETESB E15.0108. - Apresentar o projeto executivo da Central de Triagem de resíduos recicláveis, contemplando os sistemas de proteção ambiental para impedir a infiltração de líquidos no solo, bem como a emanação de odores além dos limites do empreendimento e indicando também metas evolutivas de redução de volume e volume esperado de reaproveitamento, em consonância com a Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Por ocasião da solicitação da Licença de Operação – LO - Apresentar relatório fotográfico e descritivo demonstrando a implantação da Central de Triagem em condições de iniciar a operação.

6 ABNT NBR 10157 (1987): Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projeto, construção e operação

7 ABNT NBR 13896 (1997): Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação

8 Norma CETESB E 15.010 (2011): Sistemas de tratamento térmico sem combustão de resíduos de serviços de saúde

contaminados biologicamente: procedimento

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Durante a operação do empreendimento - Disponibilizar na área do empreendimento os relatórios do Monitoramento das Águas Subterrâneas com a tabulação e interpretação dos resultados analíticos obtidos. Os relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. - Apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios do Monitoramento das Águas Subterrâneas. Os relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. - Apresentar relatório fotográfico e memorial descritivo comprovando a evolução das metas de redução de volume e volume esperado de reaproveitamento indicados, em consonância com a Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Por ocasião da renovação da Licença de Operação – LO - Apresentar relatório fotográfico e memorial descritivo demonstrando o atingimento das metas evolutivas de redução de volume, em consonância com a Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Após o encerramento do empreendimento - Apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios do Monitoramento das Águas Subterrâneas. Os relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. 7.4.2 ALTERAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS O empreendedor propõe a adoção de um plano de monitoramento da qualidade das águas superficiais que deverá ter início concomitantemente à operação do aterro, com o objetivo de acompanhar a qualidade do córrego a oeste da gleba. Os parâmetros a serem monitorados foram apresentados no EIA, sendo que foi proposta a realização de campanhas trimestrais de amostragem até dois anos depois do encerramento das atividades do empreendimento, prazo que se entende deva ser estendido até que haja a anuência da CETESB para sua interrupção. Por ocasião da solicitação da LI, no âmbito do projeto executivo cabe ao empreendedor apresentar o plano de monitoramento das águas superficiais, revisado de acordo com os parâmetros e a periodicidade conforme roteiro constante no Anexo II deste Parecer, a ser executado durante a instalação, a operação e após o encerramento do empreendimento até que haja a anuência da CETESB para sua interrupção. Durante a operação deverão ser disponibilizados na área do empreendimento os relatórios do monitoramento das águas superficiais com a tabulação e interpretação dos resultados analíticos obtidos. Os relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. Durante a operação do empreendimento e após o encerramento, o empreendedor deverá apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios referentes ao monitoramento das águas superficiais. Tais relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. Informa-se que foi solicitada manifestação do Comitê da Bacia Hidrográfica dos rios Aguapeí e Peixe – CBH-AP nos termos da Resolução SMA n° 054/08, tendo o prazo de 60 dias para manifestação do Comitê expirado em 07.08.2015. Assim sendo, conforme Artigo 5º da referida Resolução, as manifestações com sugestões que eventualmente sejam recebidas fora deste prazo serão contempladas na próxima fase do licenciamento (Licença de Instalação).

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Face ao exposto, considerando que estão previstos sistemas de proteção ambiental e a implementação de monitoramento da qualidade das águas superficiais, aliados à adequada operação e acompanhamento do empreendimento, entende-se que não é esperada a contaminação de cursos d’água no entorno do empreendimento. Exigências: Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação – LI - Apresentar o Plano de monitoramento das águas superficiais, revisado de acordo com os parâmetros e a periodicidade conforme roteiro constante no Anexo II deste Parecer, a ser executado durante a instalação, operação e após o encerramento do empreendimento até que haja a anuência da CETESB para sua interrupção. Durante a operação do empreendimento - Disponibilizar na área do empreendimento os relatórios do monitoramento das águas superficiais com a tabulação e interpretação dos resultados analíticos obtidos. Os relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. - Apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios referentes ao monitoramento das águas superficiais. Tais relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. Após o encerramento do empreendimento - Apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios referentes ao monitoramento das águas superficiais. Tais relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. 7.4.3 RISCO DE INSTABILIZAÇÃO GEOTÉCNICA DO MACIÇO DE RESÍDUOS Maciços de resíduos podem ter sua estabilidade geotécnica comprometida por diversos fatores, tais como a má operação, a ineficiência dos sistemas de proteção ambiental, a baixa capacidade de suporte do solo e/ou concepção geométrica inadequada. A tomada de decisão sobre quais ações devem ser tomadas por ocasião de um evento crítico pode ser tardia no caso de ausência, falha ou monitoramento geotécnico inadequado. No caso do empreendimento em questão, o aterro Classe II, em face do seu porte, é o qual as questões afetas à estabilidade geotécnica seriam mais relevantes. Sua face com maior altura apresentará um desnível de 75m aproximadamente, a partir da cota 410m até a cota 485 m. A seção crítica e os parâmetros geotécnicos do solo e dos resíduos constam na documentação apresentada e podem ser considerados satisfatórios. As análises de estabilidade geotécnica efetuadas indicam que uma eventual ruptura ocorreria no maciço de resíduos e não no solo de fundação. O empreendedor informa ainda que não haverá necessidade de substituição do solo em nenhuma das áreas do aterro. Foram consideradas duas situações de pressões neutras no interior do maciço. Primeiramente admitiu-se uma situação onde o sistema de drenagem funcionaria com 100% de eficácia. Uma segunda situação considerou o desenvolvimento de uma superfície piezométrica, o que levou a um Fator de Segurança – FS≈1,5 para uma altura de percolados de 50% da altura total do aterro. As condicionantes do estudo de estabilidade consideradas pelo empreendedor devem ser plenamente atendidas durante a operação do aterro, sendo que o monitoramento geotécnico deverá ser realizado com base em instrumentação específica a ser instalada sobre o maciço, de modo a subsidiar a adequada disposição de resíduos e eventuais intervenções adicionais para garantir a segurança ambiental e das pessoas envolvidas na operação do empreendimento. Neste sentido foi proposto um

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Plano de Monitoramento Geotécnico do maciço de resíduos, que contempla a instalação de instrumentos (marcos superficiais e piezômetros) para o acompanhamento de seu comportamento geomecânico, bem como, avaliação periódica das medições, além de recomendações e soluções, caso sejam detectadas possíveis tendências de instabilidades. Desta forma, por ocasião da solicitação da LI, cabe ao empreendedor no âmbito do projeto executivo apresentar o Programa de Monitoramento Geotécnico detalhado, contemplando: inspeções visuais periódicas e sistemáticas; a localização dos instrumentos em planta planialtimétrica; os valores de alerta em função dos deslocamentos e níveis piezométricos/pressão de gás; as medidas preventivas, mitigadoras e de controle a serem adotadas para cada etapa do projeto; os responsáveis pela implantação e suas atribuições gerenciais; as formas de monitoramento e controle; as formas de registro; e o cronograma de implementação. Prever, ainda, neste Plano a emissão de relatórios mensais durante a operação a serem disponibilizados na área do empreendimento. Anualmente, durante a operação e após o encerramento do empreendimento, deverá ser apresentado relatório consolidado e interpretado dos relatórios mensais do Monitoramento Geotécnico do maciço de resíduos.

Em função das estimativas de Fatores de Segurança obtidos para o maciço de resíduos, associado à adequada operação dos sistemas de drenagens de líquidos percolados, gases e águas pluviais, além da execução do Plano de Monitoramento Geotécnico, entende-se que, neste primeiro momento, não são esperados riscos de instabilização geotécnica do maciço de resíduos. Exigências: Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação - LI - Apresentar o Plano de Monitoramento Geotécnico do Maciço de Resíduos detalhado, contemplando: inspeções visuais periódicas e sistemáticas; a localização dos instrumentos em planta planialtimétrica; os valores de alerta em função dos deslocamentos e níveis piezométricos/pressão de gás; as medidas preventivas, mitigadoras e de controle a serem adotadas para cada etapa do projeto; os responsáveis pela implantação e suas atribuições gerenciais; as formas de monitoramento e controle; as formas de registro; e o cronograma de implementação. Durante a operação do empreendimento - Disponibilizar na área do empreendimento os relatórios mensais do Monitoramento Geotécnico do maciço de resíduos. - Apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios mensais do Monitoramento Geotécnico do maciço de resíduos. O relatório deverá avaliar a efetividade das medidas de estabilidade geotécnica adotadas durante a operação do aterro. Após o encerramento do empreendimento - Apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios mensais do Monitoramento Geotécnico do maciço de resíduos. O relatório deverá avaliar a efetividade das medidas de estabilidade geotécnica adotadas durante a operação do aterro. 7.4.4 GERAÇÃO E EMANAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ODORÍFERAS

Durante a operação do empreendimento poderão ocorrer episódios de geração e exalação de odores, decorrentes, sobretudo, do processo de decomposição da matéria orgânica presente nos resíduos destinados ao aterro. Tais odores poderão causar desconforto à população residente nas proximidades do empreendimento, principalmente se a direção predominante dos ventos for favorável à dispersão na direção destes receptores (população).

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Quanto à dispersão dos odores, foi informado no EIA/RIMA que a direção predominante dos ventos é de sudeste-este, sendo que nessa direção não ocorre a presença de população nas proximidades. Com relação aos possíveis receptores, foi informado ainda que o bairro residencial mais próximo ao empreendimento dista 10,3 km, conforme mencionado anteriormente. Além disso, a ocupação do entorno imediato corresponde ao cultivo de cana-de-açúcar e pastagens para a criação de gado, sem a presença de habitações. Visando a minimização de geração e emanação de odores, estão previstas no projeto proposto a cobertura diária dos resíduos com solo, a captação e futura queima de biogás em queimadores tipo flare e a implantação de um cinturão verde em todo o perímetro do empreendimento. Tal aspecto foi objeto de análise da Divisão de Avaliação de Ar, Ruídos e Vibrações – IPA, a qual se manifestou por meio dos Pareceres Técnicos nº 045/2015/IPA de 19.10.2015 e nº 010/2017/IPA de 06.03.2017. De acordo com os referidos Pareceres Técnicos, a proposta de cinturão verde poderá ser adotada para evitar a entrada de animais silvestres, porém, para os impactos relacionados a odores deverão ser adotadas outras medidas mitigadoras para que não haja odor perceptível fora dos limites do empreendimento. A unidade de tratamento de RSS também possui o potencial de emanação de odores, o que poderá ser mitigado por meio de adequado projeto e operação da unidade, conforme solicitado no item 7.4.1 deste Parecer. Assim sendo, entende-se que com a implantação do empreendimento e a sua adequada operação, que inclui o recobrimento diário dos resíduos em frentes de trabalho reduzidas aliadas à drenagem e queima de gases, não são esperados incômodos à população ocasionados pela geração e emanação de substâncias odoríferas, salientando que os possíveis receptores encontram-se afastados da ADA, fora da direção preferencial dos ventos na região. Exigências: Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação – LI - Apresentar nos Projetos executivos e nos planos de operação e manutenção dos Aterros medidas adicionais mitigadoras para garantir a não emissão de substâncias odoríficas além dos limites da propriedade em conformidade com o Art. 33 do Decreto 8468/76. Por ocasião da solicitação da Licença de Operação - LO - Tomar todas as medidas necessárias para evitar a emissão de substâncias odoríferas em quantidades que possam ser perceptíveis fora dos limites da área de propriedade do empreendimento. 7.4.5 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS E RUÍDOS A análise das emissões atmosféricas e ruídos foi realizada pela Divisão de Avaliação do Ar, Ruído e Vibrações – IPA da CETESB, que se manifestou por meio dos Pareceres Técnicos nº 045/2015/IPA de 19.10.2015, nº 010/2017/IPA de 06.03.2017 e nº 017/2017/IPA de 24.03.2017. As emissões atmosféricas provenientes da formação e emissão do biogás do aterro, além das movimentações dos veículos transportadores de resíduos e equipamentos utilizados na operação do empreendimento representam um potencial impacto na qualidade do ar. Quanto às emissões atmosféricas, está prevista a implantação de um sistema de drenagem, captura e queima dos gases em queimadores (flare), visando seu aproveitamento energético, bem como evitar sua dispersão no meio. A partir da geração de 600 m³/h de biogás, estimado para ocorrer entre o 2º e 5º ano, o empreendedor estará utilizando todo o biogás gerado no aterro e efetuando a sua queima de forma controlada, atendendo ao Decreto Estadual nº 59.113, de 23.04.2014. Desta forma, o IPA afirma que o empreendedor deverá, por ocasião da solicitação da Licença de Instalação – LI, apresentar projeto em que os drenos de gases gerados sejam interligados de maneira que a combustão se

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processe em um único flare, em substituição aos 225 flares previstos. No que tange ao flare, é solicitado um melhor detalhamento do tipo a ser usado e a eficiência de queima do mesmo deverá ser compatível com as eficiências de queima utilizadas nos cálculos. Conforme consta nos pareceres acima mencionados, as estimativas de emissão apresentadas estão abaixo dos níveis críticos de emissão estipuladas no Artigo 12 do Decreto nº 59.113, de 23.04.2013, não havendo, dessa forma, necessidade de estudo com modelos de dispersão. Conclui o IPA que a documentação apresentada é suficiente para esta fase do licenciamento. Em relação aos ruídos, foi proposto um programa de controle e manutenção das máquinas, equipamentos e veículos empregados na obra, implantação de placas para controle de velocidade e uso de buzinas. A cortina vegetal a ser instalada no entorno do empreendimento também deverá contribuir para o controle da propagação do ruído. Embora a área do empreendimento encontre-se afastada dos centros urbanos, o controle do ruído dos veículos deverá se estender ao longo da rodovia municipal para evitar o acréscimo de incômodo à população do entorno da rodovia. Exigência: Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação – LI - Apresentar projeto em que os drenos de gases gerados sejam interligados de maneira que a combustão se processe em um único flare, em substituição aos 225 flares previstos. No que tange ao flare, é solicitado um melhor detalhamento do tipo a ser usado e a eficiência de queima do mesmo deverá ser compatível com as eficiências de queima utilizadas nos cálculos. 7.4.6 INTERFERÊNCIA EM SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA Relativo à segurança aeroportuária, a Resolução CONAMA n° 004/95 estabelece as “Áreas de Segurança Aeroportuária – ASAs” e a necessidade de proteção de áreas de entorno de aeródromo, quanto à implantação de atividades de natureza perigosa, que sirvam como foco de atração de aves. Nos termos da Lei Federal n° 12.725/2012, que dispõe sobre o controle da fauna nas imediações de aeródromos, a ASA é definida como área circular do território de um ou mais municípios, definida a partir do centro geométrico da maior pista do aeródromo ou do aeródromo militar, com 20 km (vinte quilômetros) de raio, cujos usos e ocupação estão sujeitos às restrições especiais em função da natureza atrativa de fauna. De acordo com o PCA 3-2 - Plano Básico de Gerenciamento do Risco Aviário – PBGRA, aprovado pela Portaria n° 249/GC5 de 06.05.2011 do Comando da Aeronáutica do Ministério da Defesa, a AGRA – Área de Gerenciamento do Risco Aviário é uma área circular com centro no ponto médio da pista do aeródromo e raio de 20 km. A AGRA possui um setor interno, também chamado de núcleo, com raio de 9 km, e um setor externo, compreendido entre o núcleo e o seu limite. Foi verificado que a área prevista para a implantação do empreendimento está localizada a cerca de 14 km do Aeroporto Everaldo Moraes Barreto, no município de Adamantina e a cerca de 19 km do Aeroporto de Lucélia, no município de Lucélia. Nesse sentido, foi apresentado pelo empreendedor o Ofício nº 3109/SCA/12278, emitido em 16.06.2016 pelo Quarto Comando Aéreo Regional do Comando da Aeronáutica do Ministério da Defesa. No referido documento consta que: “(...) o Comando da Aeronáutica não se opõe à implantação do empreendimento, desde que sejam mantidos procedimentos operacionais que caracterizem o local como aterro sanitário, não atraindo de forma significativa espécies-problema ao empreendimento, de acordo com as normas vigentes”. De acordo com o diagnóstico da avifauna apresentado no EIA, na ADA e AID foram registradas 126 espécies de aves, incluindo urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus), urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura), garça-branca-grande (Ardea alba), gavião-carijó (Rupornis magnirostris), carcará (Caracara plancus), entre outras.

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Visando à segurança aeroportuária, foi proposto pelo empreendedor a implementação de um programa de monitoramento da avifauna, denominado “Programa de Monitoramento da Avifauna que oferecem Risco às Aeronaves”, a ser seguido durante toda a vida útil do empreendimento. O Programa inclui a avaliação qualitativa e quantitativa regular da avifauna na área de estudo e adjacências, censos de populações de aves que venham a se beneficiar com a implantação do empreendimento e avaliação de aspectos de frugivoria na área de estudo e adjacências. Nesse sentido, ainda que tenha sido emitida manifestação favorável do órgão da Aviação Civil, verifica-se adequada, como medida preventiva, a implantação de um programa de monitoramento da avifauna que ofereça risco às aeronaves. No entanto, é necessária, ainda, a apresentação de justificativa para as espécies selecionadas, localização dos pontos de coleta plotados em mapa, esforço amostral e as medidas preventivas, corretivas e de controle a serem adotadas na área do empreendimento, visando à segurança aeroportuária. Dessa forma, por ocasião da solicitação da LI, o empreendedor deverá reapresentar o Programa de Monitoramento e Controle da Avifauna já apresentado, incluindo: justificativa das espécies selecionadas para o monitoramento; localização dos pontos de coleta de dados plotados em mapa (cartografia oficial, imagem de satélite ou foto aérea) com escala compatível; esforço amostral; medidas preventivas, corretivas e de controle; Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do profissional responsável pela elaboração e implementação do Programa; além de prever a identificação de não conformidades e a inclusão, nos relatórios a serem emitidos, de conclusão parcial e/ou final quanto ao monitoramento e as recomendações dadas ao empreendedor tendo em vista os resultados obtidos, bem como as respectivas medidas mitigadoras e corretivas adicionais adotadas. Durante a operação do empreendimento, o empreendedor deverá apresentar o primeiro Relatório anual fotográfico e descritivo do Programa de Monitoramento e Controle da Avifauna visando à segurança aeroportuária, aprovado na fase da LI. Além disso, o empreendedor deverá, ainda, disponibilizar na área do empreendimento os relatórios semestrais do Programa de Monitoramento e Controle da Avifauna, salientando-se que ao longo do referido Programa e com base em seus resultados, o empreendedor deverá avaliar a eficiência dos métodos empregados no empreendimento e caso estes não se mostrem eficientes, deverão ser adotados outros métodos, inclusive integrados, de forma que o empreendimento não se constitua em foco atrativo de aves. Por ocasião da renovação da Licença de Operação – LO, o empreendedor deverá apresentar um balanço das ações realizadas durante a operação do empreendimento no âmbito do Programa de Monitoramento e Controle da Avifauna. Exigências: Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação – LI - Reapresentar o Programa de Monitoramento e Controle da Avifauna já apresentado, incluindo: justificativa das espécies selecionadas para o monitoramento; localização dos pontos de coleta de dados plotados em mapa (cartografia oficial, imagem de satélite ou foto aérea) com escala compatível; esforço amostral; medidas preventivas, corretivas e de controle; Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do profissional responsável pela elaboração e implementação do Programa; além de prever a identificação de não conformidades e a inclusão, nos relatórios a serem emitidos, de conclusão parcial e/ou final quanto ao monitoramento e as recomendações dadas ao empreendedor tendo em vista os resultados obtidos, juntamente com as medidas preventivas/mitigadoras adotadas no empreendimento. Durante a operação do empreendimento - Apresentar o primeiro Relatório anual fotográfico e descritivo do Programa de Monitoramento e Controle da Avifauna visando à segurança aeroportuária, aprovado na fase da LI, até 15 meses da data de emissão da LO. - Disponibilizar na área do empreendimento os relatórios semestrais do Programa de Monitoramento e Controle da Avifauna, salientando-se que ao longo do referido Programa e com base em seus resultados, o empreendedor deverá avaliar a eficiência dos métodos empregados no empreendimento e caso estes

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não se mostrem eficientes, deverão ser adotados outros métodos, inclusive integrados, de forma que o empreendimento não se constitua em foco atrativo de aves. Por ocasião da renovação da Licença de Operação - LO - Apresentar um balanço das ações realizadas durante a operação do empreendimento no âmbito do Programa de Monitoramento e Controle da Avifauna. 7.4.7 RISCOS À SAÚDE PÚBLICA Áreas de recebimento de resíduos, tais como o empreendimento proposto, possuem o potencial de atratividade de animais que desempenham papéis de vetores e reservatórios de diversas doenças, tais como roedores, pombos, mosquitos, moscas, baratas, entre outros. Dessa forma, o empreendimento poderia se constituir em foco de doenças e, consequentemente, oferecer riscos à saúde da população residente em seu entorno. De acordo com as informações constantes no EIA, o entorno da ADA apresenta, de forma geral, extensas áreas ocupadas por agricultura, silvicultura e pecuária, destacando-se o cultivo de cana-de-açúcar, sendo que o bairro residencial mais próximo ao empreendimento dista 10,3 km, conforme informado. Além disso, conforme descrito anteriormente, o empreendimento proposto será dotado de sistemas de proteção ambiental, tais como: impermeabilização de base; drenagem e queima dos gases gerados; coleta, drenagem, armazenamento e destinação final dos líquidos percolados; e drenagem de águas superficiais. Está prevista, ainda, a compactação e cobertura diária de resíduos em frente de operação reduzida e a implementação dos monitoramentos ambientais, tais como o monitoramento geotécnico do maciço de resíduos, da qualidade das águas (superficiais e subterrâneas) e das estruturas do aterro, de modo a garantir o atendimento das condições estabelecidas no projeto e planos propostos. Face ao exposto, entende-se que, com as medidas de controle ambiental citadas, aliadas à implementação de um Programa de Controle de Reservatórios e Vetores, não é esperada a atração e proliferação de animais da fauna sinantrópica nociva. Nesse sentido, em caráter preventivo e com vistas ao resguardo da saúde da população, cabe ao empreendedor, por ocasião da solicitação da LI, apresentar um Programa de Controle de Reservatórios e Vetores a ser implementado durante a operação do empreendimento. Tal Programa deverá ser elaborado por profissional devidamente habilitado e abordar, no mínimo: medidas preventivas, corretivas e de controle, incluindo desratização e desinsetização; responsáveis pela implementação do Programa; monitoramento de sua presença através de vistorias periódicas; formas de registro; emissão de relatórios periódicos e cronograma de implementação. Além disso, durante a operação do empreendimento deverão ser disponibilizados na área do empreendimento os relatórios de acompanhamento do Programa de Controle de Reservatórios e Vetores. Por ocasião da renovação da Licença de Operação – LO deverá ser apresentado Relatorio consolidado das ações realizadas no âmbito do Programa de Controle de Reservatórios e Vetores durante a operação do empreendimento. Exigências: Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação - LI - Apresentar um Programa de Controle de Reservatórios e Vetores a ser implementado durante a operação do empreendimento. Tal Programa deverá ser elaborado por profissional devidamente habilitado e abordar, no mínimo: medidas preventivas, corretivas e de controle, incluindo desratização e desinsetização; os responsáveis pela implementação do Programa; monitoramento de sua presença através de vistorias periódicas; formas de registro; emissão de relatórios periódicos e cronograma de implementação.

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Durante a operação do empreendimento - Disponibilizar na área do empreendimento os relatórios de acompanhamento do Programa de Controle de Reservatórios e Vetores. Por ocasião da renovação da Licença de Operação - LO - Apresentar Relatório consolidado das ações realizadas no âmbito do Programa de Controle de Reservatórios e Vetores durante a operação do empreendimento. 7.5 FASE DE ENCERRAMENTO 7.5.1 IMPACTOS ASSOCIADOS AO ENCERRAMENTO DO EMPREENDIMENTO Mesmo quando encerrados, os aterros podem vir a causar impactos ambientais caso medidas preventivas e corretivas não sejam adotadas no intuito de manter seus sistemas de proteção e monitoramento (geotécnico e ambiental) ambiental em pleno funcionamento, haja vista que principalmente a geração de gases e percolado, bem como os riscos associados à estabilidade geotécnica não cessam com a interrupção das atividades de disposição de resíduos. Nesse sentido, o empreendedor prevê a instalação dos sistemas de impermeabilização inferior nos Aterros Classe II e Classe I, conforme especificado no item 7.4.1, com a finalidade de evitar que os líquidos percolados atinjam as águas subterrâneas. Sobre o aterro Classe II será instalado um sistema de cobertura superior composto por 0,40 m de argila compactada sobreposta por 0,60 m de solo orgânico com plantio de gramíneas, com o objetivo de proteger a superfície final do aterro, evitando a ocorrência de processos erosivos e minimizando a infiltração de águas pluviais em seu interior. No caso do aterro classe I, é prevista a utilização de uma cobertura móvel temporária de lonas que se deslocará à medida que a frente de descarga avançar, sendo que a camada final de cobertura será composta por uma camada de 0,60 m de argila compactada com k ≤10-5 cm/s, sobreposta por manta de PVC de 1,0 mm, geogrelha drenante, manta geotêxtil de 200 g/m² e mais 0,40 m de terra vegetal onde será efetuado o plantio de gramíneas. Salienta-se que a manta de PVC deverá ser substituída por outra de PEAD. Estão previstas ainda as seguintes atividades: monitoramento geotécnico do maciço, a ser executado durante toda sua operação e tendo continuidade após o seu encerramento pelo período necessário para a comprovação de sua estabilidade, monitoramento da qualidade das águas subterrâneas por um período mínimo de 2 anos após o encerramento das operações de disposição de resíduos; manutenção e conservação dos sistemas de drenagem de águas superficiais, de líquidos percolados e gases. Salienta-se que:

O monitoramento das águas subterrâneas deverá ter continuidade até que sua interrupção seja autorizada pela CETESB;

O monitoramento geotécnico deverá ter continuidade até observar-se a interrupção das movimentações e da geração de líquidos percolados e gases;

Deve ser garantida a conservação e eventual manutenção também do sistema de cobertura superior e revestimento vegetal do aterro, bem como do isolamento do local.

Quanto ao uso futuro da área, o EIA aponta algumas opções tais como recomposição paisagística da área pelo plantio de gramíneas e árvores de pequeno porte, e possíveis sistemas de lazer simples. Em função da área do aterro Classe I apresentar maior potencial de periculosidade, não está previsto qualquer tipo de utilização futura. Salienta-se que não será permitida em nenhuma hipótese a escavação ou perfuração da camada de cobertura final do aterro.

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Assim sendo, antes do encerramento do aterro o empreendedor deverá apresentar um Plano de Encerramento do empreendimento, contemplando o detalhamento das medidas a serem adotadas para a proteção da área, da continuidade da manutenção e monitoramento dos sistemas de proteção ambiental e também do uso futuro pretendido. Exigência: Antes do encerramento do empreendimento - Apresentar um Plano de Encerramento detalhado do empreendimento, contemplando as medidas a serem adotadas para a proteção da área e da continuidade da manutenção e monitoramento dos sistemas de proteção ambiental a serem instalados, além de eventual proposta detalhada de uso futuro. Salienta-se que no escopo deste Plano deve-se considerar que: o monitoramento das águas subterrâneas deverá ter continuidade até que sua interrupção seja autorizada pela CETESB; o monitoramento geotécnico deverá ter continuidade até que sejam observadas a interrupção das movimentações e da geração de líquidos percolados e gases e; seja garantida a conservação e eventual manutenção também do sistema de cobertura superior e revestimento vegetal do aterro, bem como do isolamento do local. 8 COMPENSAÇÃO AMBIENTAL Foi apresentado pelo empreendedor um Programa de Compensação Ambiental, conforme estabelecido pela Lei nº 9.985/2000, regulamentada pelo Decreto Federal nº 4.340/2002 e alterada pelo Decreto Federal n° 6.848/2009. De acordo com o referido Programa, foram pré-selecionadas as seguintes Unidades de Conservação por questão de proximidade ao empreendimento: Estação Ecológica Mico Leão Preto, Parque Estadual Aguapeí, Parque Estadual do Rio do Peixe e Estação Ecológica de Marília. Conforme informado no EIA, o custo total da implantação do empreendimento, excetuando o custo dos planos/programas de monitoramento ambiental, corresponde a R$ 35.423.134,50 (trinta e cinco milhões, quatrocentos e vinte e três mil, cento e trinta e quatro reais e cinquenta centavos). Informa-se que as atribuições referentes à definição e destinação das verbas compensatórias são da Câmara de Compensação Ambiental – CCA da Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SMA, nos termos da Resolução SMA n° 24/2012. Para a emissão da LI, deverá ser apresentado comprovante do depósito bancário no valor referente à compensação ambiental definida na Memória de Cálculo elaborada pela CETESB e aprovada pelo empreendedor, para atendimento à Lei Federal nº 9.985/2000 regulamentada pelo Decreto Federal nº. 4.340/2002 e alterada pelo Decreto Federal n° 6.848/2009 e a assinatura de um Termo de Compromisso de Compensação Ambiental – TCCA conforme estabelecido no Decreto Estadual n° 60.070 de 15.01.2014, conforme indicação da Câmara de Compensação Ambiental – CCA da SMA. Por ocasião da solicitação de LO, deverá ser apresentado após a apuração final do custo do empreendimento, o relatório contábil, comprovando o montante efetivamente despendido, visando à realização de ajustes no valor destinado à compensação ambiental do empreendimento, cujo depósito, se houver, deverá ser realizado no mesmo fundo no qual foi efetuado o depósito originário. Exigências: Antes da emissão da Licença de Instalação - LI - Apresentar o comprovante do depósito bancário no valor referente à compensação ambiental definida na Memória de Cálculo elaborada pela CETESB e aprovada pelo empreendedor e a assinatura de um Termo de Compromisso de Compensação Ambiental – TCCA conforme estabelecido no Decreto Estadual n° 60.070 de 15.01.2014, conforme indicação da Câmara de Compensação Ambiental – CCA da SMA.

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Por ocasião da solicitação da Licença de Operação - LO - Apresentar, após a apuração final do custo do empreendimento, o relatório contábil, comprovando o montante efetivamente despendido, visando à realização de ajustes no valor destinado à compensação ambiental do empreendimento, cujo depósito, se houver, deverá ser realizado no mesmo fundo no qual foi efetuado o depósito originário. 9 CONSONÂNCIA COM AS POLÍTICAS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Com o advento da publicação da Lei Federal nº 12.305/2010 e Lei Estadual nº 12.300/2006 que estabelecem respectivamente as políticas nacional e estadual de residuos sólidos, a gestão e disposição de residuos devem priorizar a valorização dos resíduos e aproveitamento máximo dos seus componentes, além de reduzir o volume a ser destinado a aterros.

Conforme descrito no item 5 deste parecer, já está prevista a implantação de uma Central de Triagem de resíduos recicláveis.

De forma a maximizar a eficiência de aproveitamento dos resíduos recicláveis e a sua valorização é desejável que os resíduos sejam segregados na origem, por meio da coleta seletiva, tal como preconizado nas políticas nacional e estadual de residuos sólidos.

Assim sendo, em consonância com estas políticas, no que se refere aos resíduos sólidos urbanos, só poderão ser aceitos no empreendimento aqueles provenientes de municípios que possuam programas de coleta seletiva.

Exigência: Durante a operação do empreendimento - No que se refere aos resíduos sólidos urbanos, só poderão ser aceitos no empreendimento aqueles provenientes de municípios que comprovadamente possuam programas de coleta seletiva, em consonância com as políticas nacional e estadual de residuos sólidos.

10. CONCLUSÕES E EXIGÊNCIAS

Considerando que: - O empreendimento promoverá a continuidade da disposição adequada dos resíduos sólidos domiciliares e industriais não perigosos (Classes IIA e IIB), resíduos sólidos industriais perigosos e o tratamento de resíduos de serviços de saúde gerados na Microrregião de Adamantina; - Trata-se de empreendimento que visa à prevenção e o controle da poluição, a proteção e a recuperação da qualidade ambiental, além da promoção da saúde pública; - O empreendimento está em consonância com os princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10) e da Política Estadual de Resíduos (Lei Estadual nº 12.300/06), uma vez que, além da disponibilidade de locais adequados para a disposição dos resíduos industriais e domiciliares, a CTDR dispõe ainda de uma Central de Triagem para valorização dos resíduos e aproveitamento máximo dos seus componentes além de reduzir o volume a ser destinado ao aterro; - Foram previstas na documentação analisada e no presente Parecer Técnico, medidas de proteção ambiental para promover a operação segura do empreendimento com vistas ao resguardo da população, da flora e fauna, das águas subterrâneas e superficiais e do solo; e - Não são esperadas alterações significativas para a região sob influência do empreendimento. a equipe técnica concluiu que as Obras de Implantação da Central de Tratamento e Destinação de Resíduos - CTDR Adamantina, de responsabilidade da empresa TCL – Tecnologia e Construções Ltda. são ambientalmente viáveis, desde que implementados os planos, programas e as medidas ambientais apresentados no EIA e condicionadas ao atendimento das exigências técnicas constantes neste Parecer Técnico.

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Salienta-se que deverá ser informada a localização dos pontos de monitoramento no âmbito dos programas ambientais (informar a coordenada geográfica e UTM no DATUM SIRGAS - 2000). Além disso, os resultados analíticos deverão ser apresentados nos termos da Resolução SMA nº 100/2013 a qual “Regulamenta as exigências para os resultados analíticos, incluindo-se a amostragem, objeto de apreciação pelos órgãos integrantes do Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais – SEAQUA”. Para a continuidade do licenciamento ambiental do empreendimento, o empreendedor deverá atender as exigências técnicas elencadas a seguir, em seus respectivos períodos de atendimento e em conformidade com a Decisão de Diretoria – DD n° 069/2016/P de 12.04.2016, que dispõe sobre a apresentação de informações técnicas à CETESB. Por ocasião da solicitação da Licença de Instalação – LI - Apresentar o detalhamento do Programa de Comunicação e Participação Social, que contemple no mínimo: estratégias e ações para divulgação do empreendimento; informações sobre as medidas de mitigação dos impactos adotadas; indicadores de desempenho; cronograma; andamento de todos os Planos e Programas ambientais em desenvolvimento, incluindo o Programa de Capacitação e Treinamento da Mão de Obra. - Obter autorização para a supressão de 12.832 m2 de vegetação secundária em estágio inicial de regeneração e corte de 73 indivíduos arbóreos nativos isolados, sendo 3 mortos, ocasião em que deverá ser apresentado projeto detalhado do plantio compensatório, incluindo a recuperação das Áreas de Preservação Permanente – APPs da propriedade, o enriquecimento da Reserva Legal e a implementação da barreira vegetal (cerca viva), conforme proposto no EIA e na complementação ao EIA, devendo ser apresentado juntamente com o respectivo cronograma de manutenção e Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do responsável. Salienta-se que no plantio compensatório referente à vegetação nativa a ser suprimida deverá ser considerado o disposto na Resolução SMA nº 7, de 18.01.2017 que dispõe sobre os critérios e parâmetros para compensação ambiental de áreas objeto de pedido de autorização para supressão de vegetação nativa, corte de árvores isoladas e para intervenções em Áreas de Preservação Permanente no Estado de São Paulo. - Efetuar a inscrição do imóvel no Cadastro Ambiental Rural – CAR referente à instituição da Reserva Legal – RL nos termos da Lei nº 12.651/2012, bem como firmar o Termo de Responsabilidade de Preservação de Reserva Legal – TRPRL na Agência Ambiental de Dracena – CFD. - Apresentar, no âmbito do projeto executivo da implantação do aterro a quantidade e a proveniência do solo necessário para a construção da camada inferior de solo compactado do sistema de impermeabilização inferior e demais estruturas comuns a esse tipo de empreendimento como diques de solo compactado, uma vez que se menciona no projeto básico a utilização do solo escavado apenas como material de cobertura. Tais quantitativos deverão integrar o balanço de solo do aterro, o qual deve considerar inclusive o detalhamento por fase de ocupação do maciço. - Apresentar, no âmbito do projeto executivo da implantação do aterro os ensaios geotécnicos que comprovem a adequabilidade do solo das áreas de escavação e/ou jazidas de empréstimo para os fins a que se destinam. - Apresentar, no âmbito do projeto executivo da implantação do aterro como se dará o gerenciamento do solo excedente. Mesmo considerando a intenção de doá-lo a outros municípios haverá a necessidade de disposição temporária em bota espera no interior do empreendimento. Assim, este local de armazenamento temporário deverá ser devidamente locado e seus sistemas de proteção ambiental projetados para essa finalidade. Salienta-se que a gestão das áreas de obtenção e de armazenamento temporário do solo ao longo da implantação do empreendimento deverá estar contemplada no âmbito do Plano de Gestão Ambiental das Obras.

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- Atender diretamente no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN o Ofício n° 0296/2017 GAB-IPHAN/SP de 17.02.2017, referente à realização e resultados da próxima etapa de estudos, qual seja, o Programa de Prospecções Intensivas, cujo projeto deverá ser protocolado nesta Superintendência para fins de obtenção de portaria autorizativa. - Apresentar o Plano de Gestão Ambiental das Obras contendo o conjunto de diretrizes e medidas para a execução das obras de modo a não comprometer a qualidade ambiental da área e seu entorno, contemplando as medidas mitigadoras e de controle apropriadas, a indicação dos responsáveis pela sua execução e suas atribuições gerenciais, além do cronograma e os registros fotográficos e descritivos das atividades realizadas. Deverá ser incluída neste Plano a gestão das áreas de obtenção e de armazenamento do solo utilizado ao longo da instalação e operação do empreendimento. - Reapresentar o Programa de Monitoramento e de Minimização de Incômodos à Fauna (avifauna, mastofauna e herpetofauna) já apresentado, incluindo: localização dos pontos de coleta plotados em mapa (cartografia oficial, imagem de satélite ou foto aérea) com escala compatível; a definição dos métodos de coleta a serem utilizados para a avifauna; manutenção de esforço amostral semelhante entre as diferentes campanhas, de forma a garantir a comparação entre os dados obtidos; Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do(s) profissional(is) responsável(is); além de prever a inclusão, nos relatórios a serem emitidos, de conclusão parcial e/ou final quanto ao monitoramento e as recomendações dadas ao empreendedor tendo em vista os resultados obtidos, bem como as respectivas medidas mitigadoras e corretivas adicionais adotadas. - Apresentar um Programa detalhado de Minimização de Incômodos à População e Risco de Acidentes a ser implementado durante a instalação e operação do empreendimento, contemplando além das medidas previstas, no mínimo: manutenção periódica da via de acesso considerando o tráfego de caminhões transportadores de resíduos ao empreendimento, treinamento dos motoristas quanto à direção defensiva e o atendimento das normas de trânsito vigentes para o deslocamento nas vias externas e internas ao empreendimento; sinalizações dos acessos à obra. Tal Programa deverá contemplar a indicação da periodicidade de emissão de relatórios fotográficos e descritivos de andamento devendo ser elaborado por profissional habilitado. Além disso, tal Programa deverá contemplar as medidas propostas no âmbito do Plano de Controle de Prevenção de Acidentes, do Programa de Educação Ambiental no Trânsito e do Programa de Monitoramento dos Veículos e Equipamentos. - Considerar no detalhamento do projeto executivo dos aterros Classe I e Classe II o atendimento as diretrizes da NBR 101579 e NBR 1389610. - Substituição da manta de PVC prevista para compor o sistema de impermeabilização superior do aterro Classe 1 por mantas de PEAD; - Prever nos projetos executivos declividade mínima dos platôs finais dos aterros de forma a minimizar possíveis infiltrações; - Ampliar a proposição da rede de poços de monitoramento de modo que seja passível de monitorar os aterros Classe I e Classe II de maneira independente, uma vez que sua principal função é identificar falhas nos sistemas de proteção ambiental de cada um dos aterros. O número e a locação desses poços deverão ser realizados a partir do estudo dos fluxos definidos no mapa potenciométrico já elaborado e apresentado pelo empreendedor no EIA;

9 ABNT NBR 10157 (1987): Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projeto, construção e operação

10 ABNT NBR 13896 (1997): Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação

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Nº 033/17/IPSR

Cód.: SO598V03 07/08/2009 35/40

- Apresentar o Plano de Monitoramento das Águas Subterrâneas, revisado de acordo com os parâmetros e a periodicidade conforme roteiro constante no Anexo I deste Parecer, a ser executado durante a instalação, operação e após o encerramento do empreendimento até que haja a anuência da CETESB para sua interrupção. - Apresentar o projeto executivo da unidade de tratamento de RSS, bem como apresentar as informações solicitadas por meio do Roteiro contido na Norma CETESB E15.01011. - Apresentar o projeto executivo da Central de Triagem de resíduos recicláveis, contemplando os sistemas de proteção ambiental para impedir a infiltração de líquidos no solo, bem como a emanação de odores além dos limites do empreendimento e indicando também metas evolutivas de redução de volume e volume esperado de reaproveitamento, em consonância com a Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. - Apresentar o Plano de monitoramento das águas superficiais, revisado de acordo com os parâmetros e a periodicidade conforme roteiro constante no Anexo II deste Parecer, a ser executado durante a instalação, operação e após o encerramento do empreendimento até que haja a anuência da CETESB para sua interrupção. - Apresentar o Plano de Monitoramento Geotécnico do Maciço de Resíduos detalhado, contemplando: inspeções visuais periódicas e sistemáticas; a localização dos instrumentos em planta planialtimétrica; os valores de alerta em função dos deslocamentos e níveis piezométricos/pressão de gás; as medidas preventivas, mitigadoras e de controle a serem adotadas para cada etapa do projeto; os responsáveis pela implantação e suas atribuições gerenciais; as formas de monitoramento e controle; as formas de registro; e o cronograma de implementação. - Apresentar nos Projetos executivos e nos planos de operação e manutenção dos Aterros medidas adicionais mitigadoras para garantir a não emissão de substâncias odoríficas além dos limites da propriedade em conformidade com o Art. 33 do Decreto 8468/76. - Apresentar projeto em que os drenos de gases gerados sejam interligados de maneira que a combustão se processe em um único flare, em substituição aos 225 flares previstos. No que tange ao flare, é solicitado um melhor detalhamento do tipo a ser usado e a eficiência de queima do mesmo deverá ser compatível com as eficiências de queima utilizadas nos cálculos. - Reapresentar o Programa de Monitoramento e Controle da Avifauna já apresentado, incluindo: justificativa das espécies selecionadas para o monitoramento; localização dos pontos de coleta de dados plotados em mapa (cartografia oficial, imagem de satélite ou foto aérea) com escala compatível; esforço amostral; medidas preventivas, corretivas e de controle; Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do profissional responsável pela elaboração e implementação do Programa; além de prever a identificação de não conformidades e a inclusão, nos relatórios a serem emitidos, de conclusão parcial e/ou final quanto ao monitoramento e as recomendações dadas ao empreendedor tendo em vista os resultados obtidos, juntamente com as medidas preventivas/mitigadoras adotadas no empreendimento. - Apresentar um Programa de Controle de Reservatórios e Vetores a ser implementado durante a operação do empreendimento. Tal Programa deverá ser elaborado por profissional devidamente habilitado e abordar, no mínimo: medidas preventivas, corretivas e de controle, incluindo desratização e desinsetização; os responsáveis pela implementação do Programa; monitoramento de sua presença através de vistorias periódicas; formas de registro; emissão de relatórios periódicos e cronograma de implementação. 11

Norma CETESB E 15.010 (2011): Sistemas de tratamento térmico sem combustão de resíduos de serviços de saúde contaminados biologicamente: procedimento

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Cód.: SO598V03 07/08/2009 36/40

Antes da emissão da Licença de Instalação – LI - Apresentar o comprovante do depósito bancário no valor referente à compensação ambiental definida na Memória de Cálculo elaborada pela CETESB e aprovada pelo empreendedor e a assinatura de um Termo de Compromisso de Compensação Ambiental – TCCA conforme estabelecido no Decreto Estadual n° 60.070 de 15.01.2014, conforme indicação da Câmara de Compensação Ambiental – CCA da SMA. Durante a instalação do empreendimento - Disponibilizar na área do empreendimento os relatórios do Plano de Gestão Ambiental das Obras. Por ocasião da solicitação da Licença de Operação – LO - Apresentar um balanço das ações realizadas no âmbito do Programa de Comunicação e Participação Social, incluindo Programa de Capacitação e Treinamento da Mão de Obra durante a fase de execução das obras de implantação do empreendimento. - Apresentar relatório fotográfico e descritivo do Plano de Gestão Ambiental das Obras, contendo o andamento e a comprovação da completa recuperação das áreas afetadas pelas obras na fase de instalação do empreendimento. - Apresentar o primeiro relatório de andamento do Programa de Monitoramento e de Minimização de Incômodos à Fauna, com os dados obtidos na fase de instalação do empreendimento, incluindo as medidas preventivas adotadas, a eventual identificação de não conformidades e respectivas medidas corretivas. Tal relatório, bem como os demais a serem produzidos, deverá contemplar conteúdo fotográfico, descritivo e a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do profissional responsável. - Apresentar um balanço das ações realizadas no âmbito Programa de Minimização de Incômodos à População e Risco de Acidentes. - Apresentar relatório fotográfico e descritivo demonstrando a implantação da Central de Triagem em condições de iniciar a operação. - Tomar todas as medidas necessárias para evitar a emissão de substâncias odoríferas em quantidades que possam ser perceptíveis fora dos limites da área de propriedade do empreendimento. - Apresentar, após a apuração final do custo do empreendimento, o relatório contábil, comprovando o montante efetivamente despendido, visando à realização de ajustes no valor destinado à compensação ambiental do empreendimento, cujo depósito, se houver, deverá ser realizado no mesmo fundo no qual foi efetuado o depósito originário. Durante a operação do empreendimento - Disponibilizar na área do empreendimento, relatórios semestrais do Programa de Monitoramento e de Minimização de Incômodos à Fauna, salientando-se que ao longo do monitoramento e com base em seus resultados, o empreendedor deverá avaliar a eficiência das medidas adotadas no empreendimento e caso estas não se mostrem eficientes, deverão ser adotadas outras medidas, de forma que sejam minimizados os incômodos à fauna. - Disponibilizar na área do empreendimento os relatórios do Monitoramento das Águas Subterrâneas com a tabulação e interpretação dos resultados analíticos obtidos. Os relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias.

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- Apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios do Monitoramento das Águas Subterrâneas. Os relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. - Apresentar relatório fotográfico e memorial descritivo comprovando a evolução das metas de redução de volume e volume esperado de reaproveitamento indicados, em consonância com a Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. - Disponibilizar na área do empreendimento os relatórios do monitoramento das águas superficiais com a tabulação e interpretação dos resultados analíticos obtidos. Os relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. - Apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios referentes ao monitoramento das águas superficiais. Tais relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. - Disponibilizar na área do empreendimento os relatórios mensais do Monitoramento Geotécnico do maciço de resíduos. - Apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios mensais do Monitoramento Geotécnico do maciço de resíduos. O relatório deverá avaliar a efetividade das medidas de estabilidade geotécnica adotadas durante a operação do aterro. - Apresentar o primeiro Relatório anual fotográfico e descritivo do Programa de Monitoramento e Controle da Avifauna visando à segurança aeroportuária, aprovado na fase da LI, até 15 meses da data de emissão da LO. - Disponibilizar na área do empreendimento os relatórios semestrais do Programa de Monitoramento e Controle da Avifauna, salientando-se que ao longo do referido Programa e com base em seus resultados, o empreendedor deverá avaliar a eficiência dos métodos empregados no empreendimento e caso estes não se mostrem eficientes, deverão ser adotados outros métodos, inclusive integrados, de forma que o empreendimento não se constitua em foco atrativo de aves. - Disponibilizar na área do empreendimento os relatórios de acompanhamento do Programa de Controle de Reservatórios e Vetores. - No que se refere aos resíduos sólidos urbanos, só poderão ser aceitos no empreendimento aqueles provenientes de municípios que comprovadamente possuam programas de coleta seletiva, em consonância com as políticas nacional e estadual de residuos sólidos. Por ocasião da renovação da Licença de Operação – LO - Apresentar um balanço das ações realizadas no âmbito do Programa de Comunicação e Participação Social, incluindo Programa de Capacitação e Treinamento da Mão de Obra, durante a operação do empreendimento. - Apresentar relatório fotográfico e memorial descritivo demonstrando o atingimento das metas evolutivas de redução de volume, em consonância com a Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. - Apresentar um balanço das ações realizadas durante a operação do empreendimento no âmbito do Programa de Monitoramento e Controle da Avifauna.

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- Apresentar Relatório consolidado das ações realizadas no âmbito do Programa de Controle de Reservatórios e Vetores durante a operação do empreendimento. Antes do encerramento do empreendimento - Apresentar um Plano de Encerramento detalhado do empreendimento, contemplando as medidas a serem adotadas para a proteção da área e da continuidade da manutenção e monitoramento dos sistemas de proteção ambiental a serem instalados, além de eventual proposta detalhada de uso futuro. Salienta-se que no escopo deste Plano deve-se considerar que: o monitoramento das águas subterrâneas deverá ter continuidade até que sua interrupção seja autorizada pela CETESB; o monitoramento geotécnico deverá ter continuidade até que sejam observadas a interrupção das movimentações e da geração de líquidos percolados e gases e; seja garantida a conservação e eventual manutenção também do sistema de cobertura superior e revestimento vegetal do aterro, bem como do isolamento do local. Após o encerramento do empreendimento - Apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios do Monitoramento das Águas Subterrâneas. Os relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. - Apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios referentes ao monitoramento das águas superficiais. Tais relatórios deverão avaliar a efetividade das medidas de controle adotadas durante a operação do empreendimento, indicando eventuais melhorias. - Apresentar anualmente relatório consolidado e interpretado dos relatórios mensais do Monitoramento Geotécnico do maciço de resíduos. O relatório deverá avaliar a efetividade das medidas de estabilidade geotécnica adotadas durante a operação do aterro. Geog. Gisele Akemi Kohata Reg. 7470 – CREA: 5063838644

Eng. Thiago Campi Reg. 6756 – CREA: 5061209868

Biol. Larissa Harumi Eto Reg. 7670 - CRBio: 72092/01-D

Ciente e de acordo Eng. Alfredo Rocca Gerente do Departamento de Avaliação Ambiental de Projetos e Processos – IP Reg. 3264 – CREA: 0600963855

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ANEXO I

PARÂMETROS INDICADORES DE CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

A análise das águas com a listagem completa deve ser efetuada na primeira amostragem e repetida anualmente.

A análise das águas com a listagem mínima será realizada trimestralmente a partir da segunda amostragem, e se repetirá, por três vezes, até ser complementado o ciclo de um ano, ocasião em que serão analisados os parâmetros da listagem completa.

Esse procedimento se repetirá pelo tempo necessário, a ser estipulado em função das condições de cada empreendimento.

Os resultados obtidos serão submetidos à apreciação da CETESB que, a seu critério, poderá alterar a periodicidade e os parâmetros das análises.

Listagem Completa

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS 1. Condutividade elétrica, 2. Sólidos totais dissolvidos, 3. Dureza total, 4. pH, 5. Óleos e graxas, 6. Cor aparente, 7. Turbidez. 8. DBO

COMPONENTES INORGÂNICOS 1. Alumínio total, 2. Alumínio dissolvido, 3. Arsênio 4. Bário, 5. Cádmio, 6. Cobre, 7. Chumbo, 8. Cloretos, 9. Cromo total, 10. Ferro total, 11. Ferro dissolvido 12. Fosfato total, 13. Magnésio, 14. Manganês total,

15. Manganês dissolvido 16. Mercúrio, 17. Nitrogênio nitrito, 18. Nitrogênio nitrato, 19. Nitrogênio amoniacal 20. Nitrogênio kjeldahl, 21. Potássio, 22. Sulfato, 23. Selênio, 24. Sódio, 25. Zinco. COMPONENTES ORGÂNICOS 1. BTEX, por faixa, 2. Fenol, 3. Diclorometano, 4. Tricloroetileno, 5. Cloreto de metileno, 6. Cloreto de vinila BACTERIOLÓGICOS 1. Coliformes totais e termotolerantes 2. Pseudomonas aeruginosa 3. Salmonella. 4. Bactérias Heterotróficas 5. e. coli

Listagem Mínima

1. Condutividade elétrica, 2. Sólidos totais dissolvidos, 3. pH, 4. Óleos e graxas, 5. Cloreto, 6. Alumínio, 7. Cromo total, 8. Chumbo, 9. Mercúrio, 10. Cádmio, 11. Ferro total, 12. Ferro dissolvido, 13. Manganês total, 14. Manganês dissolvido, 15. BTEX, por faixa 16. Diclorometano, 17. Tricloroetileno,

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ANEXO II

PARÂMETROS INDICADORES DE CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS

A análise das águas com a listagem completa deve ser efetuada na primeira amostragem e repetida anualmente.

A análise das águas com a listagem mínima será realizada trimestralmente a partir da segunda amostragem, e se repetirá, por três vezes, até ser complementado o ciclo de um ano, ocasião em que serão analisados os parâmetros da listagem completa.

Esse procedimento se repetirá pelo tempo necessário, a ser estipulado em função das condições de cada empreendimento.

Os resultados obtidos serão submetidos à apreciação da CETESB que, a seu critério, poderá alterar a periodicidade e os parâmetros das análises.

Listagem Completa

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, BIOLÓGICAS E ORGANOLÉPTICAS

1. Condutividade elétrica, 2. DBO/DQO, 3. OD, 4. Óleos e graxas 5. pH, 6. SS, 7. Turbidez.

COMPONENTES INORGÂNICOS

1. Alumínio total, 2. Alumínio dissolvido 3. Bário, 4. Cádmio, 5. Chumbo, 6. Cloretos, 7. Cobre, 8. Cromo total, 9. Ferro total, 10. Ferro dissolvido 11. Fósforo total,

12. Manganês total, 13. Manganês dissolvido 14. Mercúrio, 15. Níquel, 16. Nitrogênio amoniacal, 17. Nitrogênio kjeldahl, 18. Nitrogênio nitrato, 19. Nitrogênio nitrito, 20. Selênio, 21. Zinco.

COMPONENTES ORGÂNICOS

1. BTEX, 2. Cloreto de metileno, 3. Cloreto de vinila, 4. Fenóis totais, 5. Tricloroetileno,

BACTERIOLÓGICOS

1. Coliformes termotolerantes, 2. Pseudomonas aeruginosa 3. Salmonella.

Listagem Mínima

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, BIOLÓGICAS E ORGANOLÉPTICAS

1. Condutividade elétrica, 2. DBO/DQO 3. OD 4. Óleos e graxas, 5. pH.

COMPONENTES INORGÂNICOS

1. Alumínio total, 2. Alumínio dissolvido, 3. Cádmio, 4. Chumbo, 5. Cloretos, 6. Cromo total, 7. Ferro total, 8. Ferro dissolvido, 9. Fosfato total,

10. Manganês total, 11. Manganês dissolvido, 12. Mercúrio, 13. Níquel, 14. Nitrogênio amoniacal, 15. Nitrogênio kjeldahl, 16. Nitrogênio nitrato, 17. Nitrogênio nitrito,

COMPONENTES ORGÂNICOS

1. BTEX, 2. Fenóis totais, 3. Tricloroetileno, 4. Cloreto de vinila,

BACTERIOLÓGICOS

1. Coliformes termotolerantes.