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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Subsecretaria de Gestão e Regularização Ambiental Integrada Superintendência Regional de Regularização Ambiental Central Metropolitana 2049383/2013 Data 13/11/2013 Pág. 1 de 18 Rua Espírito Santo, 495, Centro – Belo Horizonte – MG – Telefone: (31) 3228-7700 PARECER ÚNICO 316/2013 DOCUMENTO(SIAM) - 2049383/2013 INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO: Licenciamento Ambiental 928/2004/002/2012 Sugestão pelo deferimento FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação Corretiva – LOC VALIDADE DA LICENÇA: 6 anos PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: SITUAÇÃO: Outorga - 8249/2010 Conforme item 3.1 Reserva Legal - regularizada Reserva Legal Averbada Matricula 22226 – Avb. 13 EMPREENDEDOR: Paulo Roberto Pedrosa CPF: 89.106.426-53 EMPREENDIMENTO: Granja Pedrosa Inscrição Estadual: 0012 40967-91 MUNICÍPIO: Itatiauçu ZONA: Rural COORDENADAS GEOGRÁFICA Latitude 20º10’19’’ Longitude 44º 25’ 45 ‘’ LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO X USO SUSTENTÁVEL APEE Rio Manso NÃO BACIA FEDERAL: rio São Francisco BACIA ESTADUAL: rio Paraopeba UPGRH: SF 3 SUB-BACIA: rio Manso CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE G-02-04-6 Suinocultura (ciclo completo) 3 D -01-13-9 Fabricação de ração para alimentação animal 1 CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO: Paulo Guilherme Furtado Antônio Penha de Oliveira CRMV MG 0230/ Z CREA 17.427/TD Auto de fiscalização AF 85703/2012 DATA: 27/11/2012 EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA Thalles Minguta de Carvalho 1.146.975-6 Vladimir Rabelo Lobato e Silva 1.174.211-1 Dione de Menezes Guimarães 1.147.791-6 Roseli Aparecida Ferreira 1.312.400-3 De acordo: Anderson Marques Martinez Lara Diretor Regional de Apoio Técnico 1.147.779-1 De acordo: Bruno Malta Pinto Diretor de Controle Processual 1.220.033-3

PARECER ÚNICO 316 /2013 DOCUMENTO (SIAM) - …meioambiente.mg.gov.br/.../RioParaopeba/72/8.3-granja-pedrosa.pdf · composto orgânico ambos oriundos da atividade suinícola foi apresentada

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PARECER ÚNICO 316/2013 DOCUMENTO(SIAM) - 2049383/2013 INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Licenciamento Ambiental 928/2004/002/2012 Sugestão pelo deferimento

FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação Corretiva – LOC VALIDADE DA LICENÇA: 6 anos

PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: SITUAÇÃO:

Outorga - 8249/2010 Conforme item 3.1

Reserva Legal - regularizada Reserva Legal Averbada Matricula 22226 – Avb. 13

EMPREENDEDOR: Paulo Roberto Pedrosa CPF: 89.106.426-53

EMPREENDIMENTO: Granja Pedrosa Inscrição Estadual: 0012 40967-91

MUNICÍPIO: Itatiauçu ZONA: Rural

COORDENADAS GEOGRÁFICA Latitude 20º10’19’’ Longitude 44º 25’ 45 ‘’

LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:

INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO X USO SUSTENTÁVEL APEE Rio Manso NÃO

BACIA FEDERAL: rio São Francisco BACIA ESTADUAL: rio Paraopeba UPGRH: SF 3 SUB-BACIA: rio Manso

CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE

G-02-04-6 Suinocultura (ciclo completo) 3 D -01-13-9 Fabricação de ração para alimentação animal 1

CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO:

Paulo Guilherme Furtado Antônio Penha de Oliveira

CRMV MG 0230/ Z CREA 17.427/TD

Auto de fiscalização AF 85703/2012

DATA: 27/11/2012

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA

Thalles Minguta de Carvalho 1.146.975-6

Vladimir Rabelo Lobato e Silva 1.174.211-1

Dione de Menezes Guimarães 1.147.791-6

Roseli Aparecida Ferreira 1.312.400-3

De acordo: Anderson Marques Martinez Lara

Diretor Regional de Apoio Técnico 1.147.779-1

De acordo: Bruno Malta Pinto

Diretor de Controle Processual 1.220.033-3

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1. Introdução

O processo em questão foi formalizado em 19/09/2012, baseado no Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento (FCE – R232826/2012) e Formulário de Orientação Básico (FOB – 307156/2012A), visando à regularização ambiental das atividades de Suinocultura (ciclo completo) (G-02-04-6), classe 3 e formulação de ração para alimentação animal (D-01-13-9), classe 1, desenvolvidas pelo empreendedor Paulo Roberto Pedrosa / empreendimento Granja Pedrosa.

Ressalta-se que neste empreendimento também é desenvolvida atividade de silvicultura (cultivo do eucalipto) sendo classificado como de não passível.

A suinocultura já fora regularizada com licença de operação corretiva preteritamente (LO 136/2006 válida até 27-10-2012), porém não fora objeto de solicitação de requerimento de renovação bem como, ocorreu ampliação da criação neste ínterim.

Na primeira vistoria, após a formalização do processo em questão, a suinocultura estava em operação descoberta da devida licença de operação e por isto foi lavrado Auto de Infração nº59.061/2012, pela operação sem licença, com multa pecuniária e determinação de cronograma para suspensão das atividades, que originou o PA 00928/2004/003/2013.

O objetivo desse parecer único é de opinar sobre a viabilidade da regularização ambiental deste empreendimento que consiste em uma granja de suínos em ciclo completo para 300 matrizes classificado como porte médio e classificado como classe 3.

Os estudos ambientais apresentados foram o Relatório de Controle Ambiental – RCA e o Plano de Controle Ambiental – PCA, elaborado pela consultoria Furtado & Associados Consultoria Ambiental Ltda, tendo como responsável técnico o profissional Paulo Guilherme Furtado – zootecnista/ CRMV – MG 0230/Z com as respectivas anotações de responsabilidades técnicas: ART: nº 1050/12 de 22 de abril de 2012 referente a licenciamento ambiental com a elaboração de RCA e PCA bem como responsabilidade técnica pelo funcionamento dos sistemas de controle ambiental Referente ao projeto técnico de uso agronômico dos efluentes líquidos tratados e do composto orgânico ambos oriundos da atividade suinícola foi apresentada ART nº 1403/2013 de 28/08/2013 2. Caracterização do Empreendimento

Este empreendimento, denominado Granja Pedrosa, ocupa área total de 13,4159 ha, está inserido na zona rural do município de Itatiaiuçu.

Imagem com a delimitação do empreendimento

Fonte: Adaptado Site Google Eart

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O uso e ocupação do solo no empreendimento está discriminado na tabela 1, conforme planta topográfica atualizada. Tabela 1. Distribuição aproximada do uso e ocupação de solo do imóvel sob a matrícula 22.226, que compõe a Granja Pedrosa.

Uso e ocupação do solo Área em ha Percentual

Rede elétrica 0,6457 4,81 Áreas de Preservação Permanente (APP - brejo) 1,3519 10,08 Áreas de Preservação Permanente (APP erosão vegetada divisa) 0,2291 1,71 Reserva Legal* 2,6832 20,00 Eucalipto 5,2098 38,83 Área remanescente (benfeitorias, acesso e área não utilizada) 3,2962 24,57 Total 13,4159 100

Fonte: planta topográfica junto ao estudo ambiental RCA pág. 163. *Observação: A reserva Legal demarcada e averbada considerando área a maior mensura em planta topográfica.

2.1 Atividades desenvolvidas

2.1.1 Suinocultura

No empreendimento é desenvolvida a atividade suinocultura em ciclo completo e sob confinamento. O requerimento é para 300 matrizes (fêmeas reprodutoras). Pela DN COPAM 74/2004, o potencial poluidor e o porte são médios e a classe é 3 (três). A tabela 2 apresenta a característica do plantel neste empreendimento. A criação é feita em oito galpões, sendo seis para reprodução (gestação, maternidade e creche) e dois para recria/ terminação. A seguir tabela 2.

Tabela 2. Plantel da suinocultura Granja Pedrosa - Itatiaiuçu.

Classe de animais Número Leitões lactantes 448 Leitões desmamados (6 a 15 kg) 430 Leitões em crescimento (15 a 23kg) 978 Suínos em terminação (23 a 105kg) 1.095 Fêmeas gestantes e reposição 240 Fêmeas lactantes 60 Reprodutores e rufião 8 Total de animais na granja 3.259

Fonte: Estudo ambiental RCA pág. 18.

O rebanho é alimentado com ração preparada na própria granja e o consumo de água é feito por bebedouros tipo chupeta, calha no piso, concha ou pendulares. Os leitões são aquecidos por resistência elétrica e sistema a gás “GLP”.

A suinocultura é desenvolvida por 10 funcionários. No empreendimento existem duas famílias de funcionários que residem no empreendimento.

2.1.2 Fábrica de ração para alimentação animal

Há produção de ração para consumo interno da fazenda, com capacidade instalada de 10 toneladas por dia. Pela DN COPAM 74/2004, o potencia poluidor e o porte é pequeno e a classe é 1 (um).

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A fábrica de ração é desenvolvida em um galpão de 168,7m2, por um funcionário e o objetivo é a produção apenas para o consumo das criações desenvolvidas pelo empreendedor.

Atualmente o processo de armazenagem e distribuição de matérias primas e rações encontra-se parcialmente granelizado.

2.1.3 Abastecimento e manutenção de veículos e máquinas agrícolas

Não existe estrutura física para abastecimento ou lavagem de máquinas ou equipamentos. Ressalva-se que manutenções de pequena complexidade são realizadas eventualmente. Para isto existe uma pequena oficina e serralheria instalada com atividade eventual.

Além disso, outros serviços de manutenções, tais como; troca de óleo e serviços mecânicos são realizados fora deste empreendimento, na cidade de Itatiaiuçu, há 4 km de distância.

2.2 Infra estrutura

Neste empreendimento existe escritório, morada de funcionários, refeitório, vestiário, os galpões das criações animais, fabrica de ração, setor de manutenção e sistema de tratamento de efluentes, com separação de sólido seguido de “lagoas de estabilização, composteira entre outros.

3. Caracterização Ambiental

3.1 Utilização dos Recursos Hídricos

A propriedade esta inserida na sub-bacia do Rio Manso que pertence a Bacia Hidrográfica Estadual do Rio Paraopeba e Bacia Hidrográfica Federal do Rio São Francisco.

A demanda de água estimada no empreendimento tem a seguinte as seguintes utilizações e vazões:

Dessedentação dos animais (suínos) 28,8 m3/dia Consumo humano (sanitário e dessedentação) 2,0 m3/dia *Higienização e ambiência das instalações e dos animais 15,20 m3/dia Outros usos 4,00 m3/dia

*Em razão disto, o consumo total de água para este empreendimento seria de 50m3/dia para atender totalmente a necessidade máxima prevista do empreendimento.

O consumo de água utilizado para a higienização e ambiência foi retificado por ocasião da última informação complementar apresentada (doc R0440928/2013 de 10/10/2013). Esta otimização se deu em razão da redução de lavagens das lâminas d’águas e das instalações.

A regularização do uso ou intervenção de recursos hídricos neste empreendimento prevê as seguintes vazões, para as regularizações para atendimento da demanda hídrica do empreendimento.

Tabela 03. Regularização do uso ou intervenção em recurso hídrico na granja Pedrosa.

Tipo de regularização Processo Portaria/cadastro Vazão Horas/ dia Volume m3

Outorga subterrânea 8249/2010 A expedir 6,5 m3/hora 8 52

Uso insignificante – barramento

(Reserva)

23769/2013 Expedida certidão

0,4l/s 24 34,54

Não é realizada no empreendimento qualquer outra modalidade de uso de recursos hídrico que não estas explotações.

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Diante da concessão vigente e do processo de outorga subterrânea (renovação) com a viabilidade verificada no escopo deste processo de regularização ambiental, entende-se que o uso de recursos hídricos encontra-se adequadamente regularizado.

3.2 Aspectos do Meio Físico e Sócio-econômico

O empreendimento está localizado na zona rural do município de Itatiaiuçu, na região Central de Minas Gerais, possuindo área de 295,64 km2. O município está inserido no bioma Cerrado. O clima é Tropical de Altitude, caracterizado pela ocorrência de duas estações do ano, sendo o verão chuvoso (Outubro a Março) e o inverno (abril a setembro). O trimestre de maior precipitação é novembro a janeiro e o de menor precipitação é junho a agosto.

A topografia é caracterizada como 5% plana, 80% ondulada e 15% montanhoso. O índice pluviométrico é de 1.480mm anuais. A temperatura media anual é de 20,5 °C.

3.2 Aspectos do Meio Biótico

3.2.1 Zoneamento Ecológico Econômico, Unidades de Conservação e Relatório de Restrição Ambiental .

Em consulta ao Zoneamento Ecológico e Econômico – ZEE no site http://geosisemanet.meioambiente.mg.gov.br/# tendo como referência o polígono relativo à área do empreendimento em tela foi avaliado diversos critérios, como apontados os considerados de maior relevância na interpretação desta consulta.

De acordo com o ZEE, o empreendimento situa-se inserido no bioma da Mata Atlântica, com sua vulnerabilidade natural variando de baixa (maior parte) a média e este empreendimento encontra dentro da área de proteção especial Rio Manso.

Com relação a áreas prioritárias de proteção a biodiversidade, foi apontada a indicação de baixa para a biodiversidade a exceção para mastofauna com o status de alta.

Na área do empreendimento e áreas próximas por ocasião das vistorias técnicas não foi verificado nenhum ponto de interesse histórico, cênico cultural ou relacionado a cavidades o que foi corroborado na consulta do ZEE.

Foi solicitado por meio do oficio nº 2375/2012 de informação complementar a anuência da entidade gestora da unidade de conservação supracitada.

A Superintendência de Meio Ambiente e Recurso Hídrico – SPAM/COPASA concedeu a devida anuência (protocolo 384318/2013 de 20-05-2013), ratificando que o empreendimento Granja Pedrosa encontra-se dentro da APEE rio Manso, condicionando-a ao cumprimento, pelo empreendedor, das condicionantes impostas pelo órgão ambiental.

Não se verifica no empreendimento qualquer possibilidade de mudança do uso e ocupação do solo que necessite supressão de vegetação nativa.

3.2.2 Reserva Legal

O empreendimento em tela localiza-se em um imóvel rural registrado sob a matrícula 22.226 do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Itaúna. Este imóvel está situado no município de Itatiaiuçu e possui Reserva Legal averbada desde 16 de dezembro de 2009, por meio da Averbação nº 13 na supracitada matrícula de imóvel.

A área da Reserva descrita na averbação é 2,6832 ha e o imóvel todo 8,8 ha (matrícula nº 22 226). Com a realização de medição do imóvel, foi verificado que houve acréscimo de área total, sendo a mesma de 13,4159ha. A adequação disto depende da retificação do valor no registro do

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imóvel no CRI. Ratifica-se que foi adotada ao valor a maior para a determinação da área de reserva legal, logo atendendo a legislação aplicável.

A Reserva Legal foi demarcada em uma área de pastagem formada em estágio inicial de regeneração, sendo que parte desta se tratava de uma área de cultivo de eucalipto, já explorada que está em fase de regeneração com sub-bosque nativo. Esta área está contigua a APP de curso d’água sendo restrito ao acesso do gado e com potencial de regeneração natural.

3.2.3 Áreas de Preservação Permanente

Na fazenda existem áreas de preservação permanente referente a proteção de recursos hídricos. Esta APP tem situação variável de vegetação onde existe área em estágios iniciais de regeneração vegetação, área remanescentes com parte em pastagem abandonadas e eucalipto com certo sub bosque além de outra parte razoavelmente preservada e diversificada.

Na vistoria realizada em novembro de 2012, observou-se Áreas de Preservação Permanente (APP) estavam devidamente isoladas de acesso livre de bovinos.

Em razão do vigor das áreas nativas preservadas contiguas entende-se que existe potencial de regeneração da APP.

3.2.4 Autorização para Intervenção Ambiental (AIA)

Atualmente não há potencial/solicitação para novas supressões de vegetação nativa ou intervenções em áreas de preservação permanente neste empreendimento.

4. EMISSÃO DE RESÍDUOS E EFLUENTES GERADOS E DESTINAÇÃO FINAL

4.1 Resíduos sólidos

Na suinocultura, parte das fezes/dejetos é raspada nas baias ou retida em tanques seguida de separador mecânico de sólidos. O restante fica diluído nos efluentes dos galpões para posterior tratamento. Os dejetos sólidos raspados ou retidos são destinados para a estabilização via compostagem para serem transformados em adubo orgânico ou distribuídos no solo desta forma.

As carcaças de suínos que morrem durante o ciclo de produção e restos placentários são destinadas para câmaras de compostagem, misturadas com serragem de madeira ou outro material absorvente, baseada em modelo proposto pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O composto produzido é utilizado para adubação de cultivos.

Os resíduos sólidos domésticos e do escritório são encaminhados para reciclagem ou aterro sanitário do município, conforme informado no Plano de Controle Ambiental.

As embalagens vazias, produtos veterinários vencidos, restos de medicamento e vacinas classificados com resíduos com risco biológico e instrumentos perfuro cortantes são armazenadas temporariamente em local especifico para este fim. O empreendedor destina estes resíduos na cidade de Itaúna via uma clinica veterinária, com destinação específica.

4.2 Efluentes líquidos

Na criação de suínos há geração de efluentes líquidos, resultante do uso de água para lavagem de fezes, urina, ração desperdiçada e outros, nas baias de criação. Esses efluentes são direcionados para sistema de tratamento composto por estruturas de retenção de sólidos grosseiros ( tanque de decantação seguido de sistema mecânico de prensagem),seguindo para um sistema de

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lagoas de tratamento e no final são aplicados em áreas de pastagens e culturas anuais próprias e de vizinhos.

A eficiência deste sistema e o potencial de impacto dos efluentes estão descrito no item 5.3 deste parecer (impactos potenciais e medidas mitigadoras no solo e água).

Os efluentes sanitários são destinados para tratamento em sistemas de fossas sépticas.

4.3 Emissões atmosféricas/ sonoras

Na fabricação de ração e na movimentação de veículos em estradas de terra há geração de poeira de grãos e do solo, respectivamente.

Com relação a emissões sonoras são originadas na operação do empreendimento principalmente da fabrica de ração e na movimentação de caminhões e de um trator.

Entendemos que são consideradas de impacto secundário com relação ao meio ambiente. A abordagem deste aspecto é de caráter ocupacional. O uso de equipamentos de proteção individual (EPI), obrigatório por lei, é visto como a principal forma de mitigação desses impactos.

4.4 Impactos específicos pelo uso de agrotóxicos

Se não utilizado em conformidade com a legislação, o uso de agrotóxicos e fertilizante apresenta potencial para contaminação dos solos e dos cursos d’água, impactos negativos sobre a fauna e a flora da região e efeitos prejudiciais à saúde das pessoas envolvidas direta ou indiretamente com esse sistema de produção. Assim, é fundamental que o uso destes produtos neste empreendimento seja de acordo com as normas e legislações vigentes.

Neste empreendimento com relação ao uso de agrotóxicos o mesmo foi informado que ele é inexistente.

4.5 Impactos sobre a fauna e a flora

Este empreendimento encontra-se em operação desde o inicio dos anos 90 e grandes alterações e impactos negativos à flora e a fauna ocorreram na época da implantação, no momento das supressões da vegetação existente, o que hoje nãos nos permite avaliar os impactos ocorrido na época e vinculados a sua instalação.

Atualmente não há previsão de supressões e a conservação das áreas de Reserva Legal e APP são fundamentais para preservação da fauna de flora no local.

5. IMPACTO MAIOR RELEVÂNCIA IDENTIFICADO E MEDIDAS MITIGADORAS

5.1 Impactos sobre o solo e corpos d’água

5.1.1 Efluente líquido da suinocultura

O maior potencial poluidor na suinocultura é o efluente gerado da lavagem dos galpões, que apresenta carga orgânica e mineral bastante elevada, com potencial para impactos no solo, recursos hídricos, fauna e flora.

O volume de geração 35 m3/dia sendo a fração líquida de 34 m3/dia e 1 m3/dia relativo a fração sólida. A fração líquida totaliza uma volume anual de 12.410 m3 e a fração sólida cerca de 365 m3.

O sistema de tratamento dos efluentes da suinocultura da granja Pedrosa consiste de um tratamento preliminar através de tanque de decantação seguido de separação mecânica de sólidos e direcionamento do efluente líquido para um sistema de lagoas em série e impermeabilizadas

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comportando um volume de 3.270 m3. Considerando geração diária corresponderia a 96 dias de retenção, antes da envio a fertirrigação.

Neste empreendimento, o efluente é direcionado para sistema de tratamento e depois é lançado no solo (via irrigação por aspersão e chorumeira) em áreas próprias de pastagens bem como área de pastagens e cultivos de vizinhos e assim sendo usado como fertilizante.

Os resultados da última análise (23/03/2012) do efluente suinícola “bruto” e “tratado” estão descrito na tabela a seguir. Tabela 4. Eficiência de tratamento do efluente bruto versos efluente tratado (coletado em 22/03/2012)/Granja Pedrosa.

Fase do Efluente

pH DBO DQO SST SS O&G N total

P Cu Zn total

- ------------------------------------------ mg/L ---------------------------------------------------- bruto 6,37 17.000 28.900 15.650 160 160- 2.820 348- 14,23 74,04

tratado 8,12 1.324 2.250 810 3,5 0 2.160 11,4 1,21 3,79 Eficiência

em %* NA 92,2 92,2 94,8 97,8 100 23,40 96,7 91,5 94,9

Legenda:Não avaliado(NA), Demanda Biológica de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio (DQO), Sólidos em Suspensão Total (SST), Sólidos Sedimentáveis (SS), Óleo e Graxas (O&T), Nitrogênio Amoniacal (N H), Fósforo total (P), Cobre dissolvido (Cu), Zinco total (Zn)

Foi apresentado como informação complementar os relatórios de ensaio nº 1123/2013 e 1124/2013 elaborados pelo laboratório de análises de fertilizantes e correios do IMA para a caracterização do “efluente tratado” com fertilizante e por conseguinte realizar a devida prescrição. (Doc R0440928/2013 de 10/10/2013).

5.1.2 Aplicação do efluente no solo

A aplicação do efluente no solo é o destino final e exclusivo do efluente da suinocultura atualmente gerado.

Considerando a adoção da retiradas de dejetos de forma sólida, minimização de uso da água (varrição dos dejetos sólidos e uso de equipamento pressurizado para limpezas, redução da troca de lâmina d’água) e do indicativo do desempenho do tratamento exposto na tabela 4 entendemos que, respeitados os critérios técnicos agronômicos a prescrição deste efluente como fertilizante, incluídos ainda os cuidados ambientais para tal uso, entendemos que esta destinação é potencialmente possível.

A utilização de efluente suinícola tratado somente deverá ser viável para ser usado na fertilização nas culturas e pastagens se realizado a partir de referenciais agronômicos embasado em um balanço de nutrientes e o escalonamento da aplicação, bem como adoção de práticas de mitigação de risco,que são questões fundamentais a serem atendidas.

Neste empreendimento existe a circunstância de possuir apenas 8 ha de pastagens com cultivo de eucalipto bem como de certo grau de saturação de nutrientes. Esta situação de pouca área própria acrescida da recomendação da suspensão da aplicação de efluente nesta área resultou em desafio em como viabilizar a destinação destes resíduos oriundo do empreendimento.

Este problema foi superado com a realização de parceria para a disposição em áreas de vizinhos ao empreendimento bem como adoção de outra área não contígua do próprio empreendedor. Após a elaboração e execução de um plano agronômico particularizado para cada gleba e resumido na tabela 5 – a seguir:

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Tabela 5. Informações relativas ás áreas próprias e de terceiros que são destinatárias do efluente tratado oriundo da Granja Pedrosa.

Nome do proprietário Área disponível para uso em ha

Uso da Área Dosagem efluente/ha/ano

Total de efluente destinado ano

Ronaldo de Souza Neves 15,70 *milho 200 3140 Plínio Buarque Vogas 10,00 *pastagem 80 800

Flávio Rodrigues Siqueira 20,00 *pastagem 80 1600

Osvaldo Cipriano 7,00 *pastagem 80 560

Nivair Queiroz de Carvalho Jr. (10,10) *pastagem suspensa -

Iraci Rodrigues de Souza 50,00 sendo 30 past.20 milho

*Pastagem + milho

80 e 200 2400 +4000 =6400

João Patrício da Silva 5,63 *pastagem 60 337,8

Paulo Roberto Pedrosa ( área I) (8) *pastagem suspensa -

Paulo Roberto Pedrosa ( área II)

15,00 pastagem 80 1200

Total de área recebe aplicação 123,33 - - 14037,8

Fonte:Informações complementares R 381568/2013 de 13-05-2013 e doc R0440928/2013 de 10/10/2013. OBS: *No caso das pastagens formadas (brachiaria) foi considerado o nível tecnológico médio com p que referencia a demanda de nutrientes pelo livro de recomendação para uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais 5ª aproximação. Idem cultivo de milho.

Foi solicitado ao empreendedor e apensado ao processo as devidas anuências formais para documentar e garantir a destinação do efluente bem como sendo prevista a adoção do monitoramento do solo eventualmente homologado pela URC seja incluso estas áreas e sob responsabilidade do empreendedor gerador, no caso a Granja Pedrosa. Ressalta se que estão apensadas as imagens de satélite Goggle Earth, destacando as áreas e nomeando aos proprietários parceiros que estão selecionadas para receber a fertirrigação.

Nas análises de solo referenciada no programa de adubação informam a realização de análise de solo em cada área e indicam a suspensão do aporte de nutrientes na área própria junto a granja (8 ha de pastagens com eucalipto) bem como a área disponibilizado pelo vizinho Sr Nivair Queiroz de Carvalho Jr ( 10,10 ha de pastagens).

Nestas áreas os valores apurados e contrapostos com os valores de referência de fertilidade do solo verificou que os teores de Fósforo, Potássio, Cobre e Zinco classificado como altos, logo dentro de um critério de precaução nestas áreas a disposição de efluente suinícola deve ser paralisada e re-avaliada após um ano.

O cálculo de adubação para aplicação do efluente nas áreas de pastagens foi apresentado no Plano de Controle Ambiental (PCA) e retificado por meio de informações complementares, pelo responsável técnico Paulo Guilherme Furtado. O cálculo considerou os nutrientes nitrogênio (N), fósforo(P) e potássio (K).

A aplicação inicialmente prevista foi de 150kg de N/ha/ano, visando uma lotação animal de 4 U.A. (Unidades Animal), a ser aplicado de forma parcelada, em três a quatro vezes, seguindo o manual de fertilidade de Minas gerais (5ª Aproximação).

Considerando que a demanda prevista de efluente líquido tratado para fertirrigação é maior que quantidade gerada pelo empreendimento, entende-se pertinente esta forma de destinação relevada a importância dos cuidados e acompanhamentos técnicos pertinentes.

A aplicação do efluente no solo é realizada por meio da irrigação por aspersão via sistema de aspersão ou como forma auxiliar em áreas não contemplados pelo sistema de irrigação é adotada a chorumeira tracionada por trator.

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5.1.3 Efluente sólido da suinocultura

A fração sólida recolhida via varrição e decantação e prensagem do efluente suinícola bruto é estimada em cerca de 1 m3 dia o que totaliza 365 m3 ano somada a cerca de 2 T/ mês gerado na compostagem de cadáveres.

Foi realizada a análise deste resíduos para fins agronômicos (relatório nº 1125/2013 de 19/09/2013 realizado pelo laboratório de análises de fertilizantes do IMA.

Este material está sendo destinado na recuperação do solo em área de pastagem em outra propriedade arrendada pelo empreendedor (fazenda Nova na localidade de Angicos zona rural de Itaúna).

Foi justificada a recomendação da adoção de 19 T/ ano por ha referenciada pela recomendação técnica de responsabilidade do ART.

Esporadicamente, ocorrem doações de composto orgânico aos interessados para fins de adubação orgânica. Estes doações estão sendo documentadas com os dados do interessado bem como o uso a ser dado. Em razão da excepcionalidade e pequena escala, tolera-se tal destinação não sistemática.

6. Compensações Ambientais

Não está sendo requerida compensação ambiental, considerando, principalmente, que este empreendimento esta inserido em área anteriormente antropizado, corroborada pela mitigação tecnológica e sustentáveis adotada na abordagem dos impactos relevantes gerados.

Não existe qualquer ocupação antrópica significativa próxima ao empreendimento que possa sofrer algum efeito deletério das atividades ali realizadas. Considera-se nesta opinião que as dimensões e as características das criações zootécnicas e cultivos realizados não comprometem a qualidade de vida da região e nem causam danos significativos aos recursos naturais.

Em razão disto entendemos que não é pertinente a incidência da compensação ambiental, salvo melhor juízo.

Com relação à compensação pela supressão de Mata Atlântica, considerando que o empreendimento foi instalado anteriormente à legislação e, por conseguinte à obrigação da compensação, e em razão da impossibilidade da comprovação da data e da forma como ocorreu esta supressão, entendemos não ser aplicável a cobrança.

7. Controle Processual

O PA COPAM nº. 00928/2004/002/2012, sob a responsabilidade de PAULO ROBERTO PEDROSA, encontra-se devidamente formalizado e instruído com a documentação exigida no FOB 307156/2012 A, para as atividades de suinocultura (ciclo completo), código G-02-04-6, enquadramento classe 3 da DN COPAM nº. 74/04 e formulação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais, código D-01-13-9, enquadramento classe 1 da DN COPAM nº 74/04.

Garantiu-se, em cumprimento às determinações da Deliberação Normativa Nº. 13, de 24 de outubro de 1995, publicidade ao pedido de Licença de Operação Corretiva, conforme cópia da publicação inserida nos autos. O requerimento de LOC foi veiculado, ainda, no Diário Oficial de Minas Gerais, pelo órgão ambiental competente.

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Através da certidão nº. 754454/2012, expedida pela Diretoria Operacional dessa Superintendência em 19/09/2012, não se constatou, até a referida data, neste estado de Minas Gerais, a existência de débito decorrente de aplicação de multas por infringência à legislação ambiental.

O empreendimento se localiza em um imóvel inserido na zona rural do município de Itatiaiuçu/MG, tendo sido documentada, no bojo do processo, a averbação de sua reserva legal, de acordo com o ordenamento jurídico ambiental.

Os custos de análise do Processo Administrativo foram integralmente quitados, conforme consulta realizada junto ao SIAM e documentos acostados aos autos.

Não se faz necessária, para a operação atual do empreendimento, qualquer supressão de vegetação e/ou intervenção em APP.

A utilização de recursos hídricos se dá de acordo com o disposto no item 3.1 desse Parecer.

A análise técnica conclui pelo deferimento do pedido de LOC, nos termos desse Parecer Único, pelo prazo de 6 (seis) anos.

Em caso de descumprimento de condicionantes e/ou qualquer alteração, modificação ou ampliação realizada sem comunicação prévia ao órgão ambiental competente, estará o empreendedor sujeito a autuação. 8. Conclusão

A equipe interdisciplinar da Supram Supram Cm sugere o deferimento do processo de licença de operação em caráter corretivo- LOC, para o empreendimento Granja Pedrosa instada no município de Itatiauçu, do empreendedor Paulo Roberto Pedrosa para as atividades de suinocultura (ciclo completo) (G-02-04-6), classe 3 e formulação de ração para alimentação animal (D-01-13-9), classe I MG, pelo prazo de 06 anos, vinculada ao cumprimento das condicionantes e programas propostos.

As orientações descritas em estudos, e as recomendações técnicas e jurídicas descritas neste parecer, através das condicionantes listadas em Anexo, devem ser apreciadas pela Unidade Regional Colegiada do Copam URC Rio Paraopeba.

Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração, modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a Supram CM, tornam o empreendimento em questão passível de autuação.

Cabe esclarecer que a Superintendência Regional de Regularização Ambiental Central Metropolitana não possui responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais apresentados nesta licença, sendo a elaboração, instalação e operação, assim como a comprovação quanto a eficiência destes de inteira responsabilidade da(s) empresa(s) responsável(is) e/ou seu(s) responsável(is) técnico(s).

Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima conste do certificado de licenciamento a ser emitido.

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9. Anexos Anexo I. Condicionantes para licença de operação em caráter corretivo (LOC) da Granja Pedrosa. Anexo II. Programa de Automonitoramento relativo ao empreendimento Granja Pedrosa Anexo III. Relatório Fotográfico Granja Pedrosa

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ANEXO I Condicionantes Licença de Operação em caráter corretivo (LOC) da Granja Pedrosa Empreendedor: Paulo Roberto Pedrosa Empreendimento: Granja Pedrosa CPF: 089.106.426-53 Municípios: Itatiaiuçu Atividade(s): suinocultura em ciclo completo (300 matrizes) e fabricação de ração para alimentação animal (10 t/dia) Código(s) DN 74/04: G-02-04-6 e D-01-13-9 Processo: 928/2004/002/2012 Validade: 06anos

Item Descrição da Condicionante Prazo*

1

Re-avaliar anualmente por meio de relatório técnico firmado por profissional competente com a respectiva ART o Plano de Aplicação de Efluente suinícola tratado na área própria e de vizinhos que recebem o efluente suinícola Deverá ser enviado relatório técnico anualmente a Supram CM.

Anualmente durante a validade da

licença

2

Monitorar o processo de revegetação das áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL) Deverá ser enviar relatório técnico relatório fotográfico anualmente para este órgão ambiental.

Durante 3 (três) anos iniciais

3

Comprovar a instalação de horímetro e hidrômetro do poço subterrâneo do empreendimento (1 poço) Deverá ser encaminhada cópia deste ao processo de outorga 8249/2010.

90 dias

4

Comunicar ao SISEMA/SUPRAM CM a respeito de qualquer modificação nos equipamentos e/ou processos que causem qualquer mudança em algum parâmetro ambiental e relatar formalmente todos os fatos que ocorram no empreendimento que causem ou possam causar impacto ambiental negativo imediatamente à constatação.

Durante a validade da licença

5 Destinar integralmente os resíduos sólidos não segregáveis exclusivamente a aterro sanitário ou ao aterro industrial devidamente regularizado ambientalmente.

Durante a vigência da Licença

6 Executar o Programa de Auto-monitoramento, conforme definido no Anexo II.

Durante a vigência da Licença

7

Usar no empreendimento somente agrotóxicos cadastrados pelo IMA, armazenados de forma adequada conforme premissas técnicas, sendo que deverão ser mantidos disponíveis os devidos receituários agronômicos, bem como a comprovação da destinação das embalagens vazias de produtos agrotóxicos utilizados no empreendimento, para fins de fiscalização.

Durante a vigência da Licença

Obs. Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas nos anexos deste parecer poderão ser resolvidos junto à própria Supram, mediante análise técnica e jurídica, desde que não altere o seu mérito/conteúdo.

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ANEXO II Programa de Automonitoramento da Licença de Operação em caráter corretivo (LOC) Granja Pedrosa Empreendedor: Paulo Roberto Pedrosa Empreendimento: Granja Pedrosa CPF: 089.106.426-53 Municípios: Itatiaiuçu Atividade(s): suinocultura em ciclo completo (300 matrizes) e fabricação de ração para alimentação animal (10 t/dia) Código(s) DN 74/04: G-02-04-6 e D-01-13-9 Processo: 928/2004/002/2012 Validade: 06anos Referencia: Programa de Automonitoramento da Licença de Operação em caráter corretivo(LOC)

I - Solo – Deverá realizar análises do solo (agronômica) das áreas que recebem adubação orgânica ( área própria e de terceiros que são destinatários do material orgânico oriundo deste empreendimento, nas profundidades de 0-20 cm.

Deverão estar contemplados no mínimo os seguintes parâmetros: densidade aparente, granulometria, pH, N, P, K, Al, Na, Cu, Zn, Ca, Mg, CTC, matéria orgânica, saturação de bases, com periodicidade anual. Qualquer alteração(saída/entrada) entre os empreendimentos receptores deve ser comunicada bem como devidamente suportada pela analise e apresentação do Plano agronômico de destinação para esta gleba.

Estas análises de solo comporão o relatório anual de acompanhamento mérito da condicionante nº 01 deste parecer. 2. Efluentes Líquidos

Efluentes da Suinocultura – as amostras (duas) deverão ser coletadas: uma do efluente bruto e outra do efluente tratado antes da disposição final, contemplando no mínimo os seguintes parâmetros: DBO, DQO, pH, Oxigênio dissolvido, sólidos sedimentáveis, sólidos suspensos, sólidos dissolvidos, nitrogênio total, fósforo, sódio, cobre, zinco e óleos e graxas, com periodicidade mensal .

Relatórios: Enviar trimestralmente a Supram-CM os resultados das análises efetuadas. O relatório deverá ser de laboratórios em conformidade com a DN COPAM n.º 167/2011 e deve conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises.

Na ocorrência de qualquer anormalidade nos resultados nas análises realizadas durante o ano, o órgão ambiental deverá ser imediatamente informado.

Método de análise: Normas aprovadas pelo INMETRO ou, na ausência delas no Standard Methods for Examination of Water and Wastewater, APHA-AWWA, última edição.

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3. Resíduos Sólidos e Oleosos

Enviar semestralmente a Supram-CM, os relatórios de controle e disposição dos resíduos sólidos gerados contendo, no mínimo os dados do modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações.

Resíduo Transportador Disposição final Obs. (**)

Denominação Origem Classe NBR

10.004 (*)

Taxa de geração kg/mês

Razão social

Endereço completo

Forma (*)

Empresa responsável

Razão social

Endereço completo

(*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la. (**) Tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem industrial 1- Reutilização 2 - Reciclagem 3 - Aterro sanitário 4 - Aterro industrial 5 - Incineração 6 - Co-processamento 7 - Aplicação no solo 8 - Estocagem temporária (informar quantidade estocada) 9 - Outras (especificar)

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá comunicar previamente à Supram-CM, para verificação da necessidade de licenciamento específico.

As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo empreendedor. Fica proibida a destinação dos resíduos Classe I, considerados como Resíduos Perigosos segundo a NBR 10.004/04, em lixões, bota-fora e/ou aterros sanitários, devendo o empreendedor cumprir as diretrizes fixadas pela legislação vigente.

Comprovar a destinação adequada dos resíduos sólidos de construção civil que deverão ser gerenciados em conformidade com as Resoluções CONAMA n.º 307/2002 e 348/2004.

As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor.

4- Acompanhamento da explotação de água subterrânea ( um poços). - realizar o controle diário do tempo e vazão explotada do poço devidamente identificado. Estes dados deverão ser arquivados no empreendimento para eventuais fiscalizações bem como revalidação da outorga de usos de água. periodicidade diária .

OBSERVAÇÂO: Não foi preconizada a análise de caracterização da água superficial em razão da inexistência de curso d’água superficial próximo a atividade de suinocultura em ciclo completo, que tecnicamente justifique.

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IMPORTANTE

• Os parâmetros e frequências especificadas para o programa de Automonitoramento poderão sofrer alterações a critério da área técnica da Supram-CM, face ao desempenho apresentado;

• A comprovação do atendimento aos itens deste programa deverá estar acompanhada da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo(s) responsável(eis) técnico(s), devidamente habilitado(s);

Qualquer mudança promovida no empreendimento que venha a alterar a condição original do

projeto das instalações e causar interferência neste programa deverá ser previamente informada e

aprovada pelo órgão ambiental.

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ANEXO III Relatório Fotográfico Granja Pedrosa (LOC) Empreendedor: Paulo Roberto Pedrosa Empreendimento: Granja Pedrosa CPF: 089.106.426-53 Municípios: Itatiaiuçu Atividade(s): suinocultura em ciclo completo ( 300 matrizes) e fabricação de ração para alimentação animal ( 10 t/dia) Código(s) DN 74/04: G-02-04-6 e D-01-13-9 Processo: 928/2004/002/2012 Validade: 06 anos

Visão geral do empreendimento Foto 01. ---

Visão da instalação de engorda. Foto 02. ---

Pré tratamento do dejeto –

tanque de decantação Foto 03

. Prensa mecânica para a separação de

sólidos do dejeto. Foto 04

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Visão da composteira modelo Embrapa para a destinação de natimortos, restos

placentários e animais mortos na criação. Foto 05.

Visão do conjunto de lagoas impermeabilizada para estabilização do

efluente liquido suinícola. Foto 06.