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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Subsecretaria de Regularização Ambiental - SURAM Superintendência Regional de Meio Ambiente do Sul de Minas 03419/2017/001/ 2017 07/11/2017 Pág. 1 de 17 Av. Manoel Diniz, nº145, BLOCO III SISEMA Varginha, MG, CEP: 37062-480 Telefax: (35) 3229-1958 PARECER ÚNICO Nº 1261503/2017 (SIAM) INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO: Licenciamento Ambiental 03419/2017/001/2017 Sugestão pelo Deferimento FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Instalação em Caráter Corretivo Concomitante com a Licença de Operação LIC+LO VALIDADE DA LICENÇA: 10 anos PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO: Outorga (Uso Insignificante) corpo hídrico 014420/2017 Parecer pelo deferimento EMPREENDEDOR: PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA CNPJ: 18.008.904/0001-29 EMPREENDIMENTO: PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA - ABATEDOURO MUNICIPAL CNPJ: 18.008.904/0001-29 MUNICÍPIO: Cruzília ZONA: Rural COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM): WGS 84 LAT/Y 21º 5255LONG/X 44º 4850LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO BACIA FEDERAL: Rio Grande BACIA ESTADUAL: Rio Verde UPGRH: GD4 - Bacia Hidrográfica do Rio Verde SUB-BACIA: Ribeirão do Quilombo CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE D-01-03-1 Abate de animais de médio e grande porte (suínos, ovinos, caprinos, bovinos, eqüinos, bubalinos, muares, etc.). 3 CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO: Engenheiro Químico: Márcio Mesquita Navarro CREA-MG: 0165854/D RELATÓRIO DE VISTORIA: 088/2017 DATA: 05/09/2017 EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA Fábia Martins de Carvalho Gestora Ambiental 1.364.328-3 Jandyra Luz Teixeira Analista Ambiental 1.150.868-6 Fabiano do Prado Olegário Analista Ambiental 1.196.883-1 De acordo: Cezar Augusto Fonseca e Cruz Diretor Regional de Regularização Ambiental 1.147.680-1 De acordo: Anderson Ramiro Siqueira Diretor Regional de Controle Processual 1.051.539-3

PARECER ÚNICO Nº 1261503/2017 (SIAM) …sistemas.meioambiente.mg.gov.br/licenciamento/uploads/Uz8R85dxws… · LAT/Y 21º52’ 55 ” ... e na ocasião verificou-se a necessidade

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PARECER ÚNICO Nº 1261503/2017 (SIAM)

INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Licenciamento Ambiental 03419/2017/001/2017 Sugestão pelo Deferimento

FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Instalação em Caráter Corretivo Concomitante com a Licença de Operação – LIC+LO

VALIDADE DA LICENÇA: 10 anos

PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Outorga (Uso Insignificante) – corpo hídrico 014420/2017 Parecer pelo deferimento

EMPREENDEDOR: PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA CNPJ: 18.008.904/0001-29

EMPREENDIMENTO: PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA - ABATEDOURO MUNICIPAL

CNPJ: 18.008.904/0001-29

MUNICÍPIO: Cruzília ZONA: Rural

COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM): WGS 84

LAT/Y 21º 52’ 55” LONG/X 44º 48’ 50”

LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:

INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO

BACIA FEDERAL: Rio Grande BACIA ESTADUAL: Rio Verde

UPGRH: GD4 - Bacia Hidrográfica do Rio Verde SUB-BACIA: Ribeirão do Quilombo

CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE

D-01-03-1 Abate de animais de médio e grande porte (suínos, ovinos, caprinos, bovinos, eqüinos, bubalinos, muares, etc.).

3

CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO:

Engenheiro Químico: Márcio Mesquita Navarro CREA-MG: 0165854/D

RELATÓRIO DE VISTORIA: 088/2017 DATA: 05/09/2017

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA

Fábia Martins de Carvalho – Gestora Ambiental 1.364.328-3

Jandyra Luz Teixeira – Analista Ambiental 1.150.868-6

Fabiano do Prado Olegário – Analista Ambiental 1.196.883-1

De acordo: Cezar Augusto Fonseca e Cruz – Diretor Regional de

Regularização Ambiental 1.147.680-1

De acordo: Anderson Ramiro Siqueira – Diretor Regional de Controle Processual

1.051.539-3

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1. INTRODUÇÃO

A PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA inscrita no CNPJ: 18.008.904/0001-29, é

responsável pelo ABATEDOURO MUNICIPAL instalado desde 1980 na Rodovia BR 383, km° 04,

Bairro: Kilombo, Zona Rural, CEP: 37.445-000, coordenadas: latitude 21° 52’ 55” S e longitude 44°

48’ 50” O WGS 84. A FIGURA 01 mostra a localização da empresa em 2014.

FIGURA 01 - Imagem de satélite do local onde o ABATEDOURO MUNICIPAL DE CRUZÍLIA está instalado

Foi formalizado em 08 de Maio de 2017 o processo administrativo Nº

03419/2017/001/2017, requerendo a Licença de Instalação em Caráter Corretivo

Concomitante com a Licença de Operação – LIC+LO, com a finalidade de regularizar a

atividade de “Abate de animais de médio e grande porte (suínos, ovinos, caprinos, bovinos,

equinos, bubalinos, muares, etc.)”, que se enquadra no código D-01-03-1, conforme a

Deliberação Normativa do Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM nº 74 de 09

de setembro de 2004, de acordo com o informado no Formulário de Caracterização do

Empreendimento - FCE.

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De acordo com a DN COPAM 74/2004, a atividade de “Abate de animais de médio e

grande porte (suínos, ovinos, caprinos, bovinos, equinos, bubalinos, muares, etc.)” tem

Potencial Poluidor/Degradador geral Grande. Como o empreendimento possuirá capacidade

nominal instalada para abater 10 animais (bovinos e suínos) por dia, o seu porte (específico) é

considerado Pequeno. Da conjugação do Potencial Poluidor/Degradador geral Grande com o

porte (específico) Pequeno, o empreendimento enquadra-se na Classe 3.

A vistoria técnica ambiental foi realizada no dia 05 de Setembro de 2017 na unidade

industrial do ABATEDOURO MUNICIPAL DE CRUZÍLIA, conforme o Relatório de Vistoria Nº

088/2017, e na ocasião verificou-se a necessidade de solicitar informações complementares, o

que foi feito por meio do OF. SUPRAM-SM Nº 1046439/2017, em 06/09/2017. Em 06 de

Novembro de 2017, o empreendimento apresentou resposta à solicitação em documento com

Protocolo Nº R0283010/2017, na SUPRAM-SM.

Os documentos técnicos, Plano de Controle Ambiental – PCA e Relatório de Controle

Ambiental – RCA, que subsidiaram a elaboração deste parecer foram elaborados sob a

responsabilidade do Engenheiro Químico Márcio Mesquita Navarro – CREA/MG n° 0165854/D e

CRQ/MG n° 02300992, que certificou a sua responsabilidade na Anotação de Responsabilidade

Técnica – ART Nº 14201700000003747367, de 27 de Abril de 2017.

Este parecer tem o objetivo de analisar e avaliar tecnicamente os documentos que

compõem o processo COPAM Nº 03419/2017/001/2017, referente solicitação da Licença de

Instalação em Caráter Corretivo Concomitante com a Licença de Operação – LIC+LO do

ABATEDOURO MUNICIPAL DE CRUZÍLIA.

A implementação das medidas mitigadoras e o funcionamento e monitoramento das

mesmas são de inteira responsabilidade do empreendedor e/ou do responsável técnico pelo

empreendimento.

2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

As atividades do ABATEDOURO MUNICIPAL DE CRUZÍLIA, tiveram início em 01° de

Março de 1980, conforme informado nos estudos ambientais. No momento da vistoria não

encontrava-se em operação, Relatório de Vistoria Nº 088/2017. O empreendimento possui área

total do terreno de 01,0183 ha e 0,2033 ha de área de Reserva Legal, na Matrícula n° 5.218,

conforme Cadastro Ambiental Rural – CAR apresentado; com área útil/construída atual de 700,00

m². Possui, atualmente, 02 funcionários diretos.

A atividade principal do empreendimento é: “Abate de animais de médio e grande porte

(suínos, ovinos, caprinos, bovinos, equinos, bubalinos, muares, etc.)” e de acordo com os

estudos ambientais apresentados o empreendimento possuirá capacidade total instalada de 10

cabeças abatidas por dia.

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A matéria-prima principal utilizada no ABATEDOURO MUNICIPAL DE CRUZÍLIA são os

bovinos e suínos (adultos) vivos. Como insumos são utilizados, no processo produtivo: energia

elétrica, água, detergentes, desinfetantes, cloreto de sódio, peróxido de sódio e embalagens em

geral.

Os fluxogramas resumidos dos processos produtivos do empreendimento estão descritos

abaixo:

• Bovinos:

Os bovinos serão recebidos nos currais onde, depois de inspecionados e selecionados,

permaneceram em jejum e dieta hídrica por um período de 24 horas. Após esse período, serão

encaminhados ao abate, passando antes por um corredor onde serão lavados por jatos de água

proporcionados por aspersores localizados no corredor de passagem dos animais.

O abate terá início com o atordoamento dos animais por pistola de ar comprimido, com o

animal imobilizado em box apropriado. Após o atordoamento, o animal será içado num trilho

aéreo, a nória, pelas patas traseiras, para o início da sangria. Após a retirada do sangue, o animal

será encaminhado, ainda içado na nória, para as etapas seguintes: esfola (retirada do couro),

corte das patas e decapitação.

Após a retirada total do couro e a decapitação, será feita a serragem do osso externo por

meio de serra elétrica. A operação seguinte é a abertura do abdome para a retirada da "barrigada"

e dos órgãos, os intestinos serão conduzidos para a triparia, onde se fará o esvaziamento,

lavagem, remoção de gorduras e da mucosa. Os estômagos serão tratados na bucharia, onde

serão esvaziados e lavados, a seguir serão fervidos, lavados, embalados e congelados. Após a

completa evisceração, a carcaça bovina é dividida em meias carcaças.

• Suínos:

As etapas de Recepção, Condução e Lavagem dos animais serão similares aos Bovinos e

Suínos.

O abate tem início com o atordoamento dos animais por descarga elétrica, com o animal

imobilizado em esteiras ou cilindros rolantes apropriados. Após o atordoamento, o animal será

pendurado em trilho aéreo para o início da sangria. Após a retirada do sangue, os animais seirão

do trilho e serão imersos em um tanque com água quente, para facilitar a remoção dos pelos e

das unhas ou cascos, após os animais serão depilados mecanicamente e manualmente, e

chamuscados para completar a depilação.

O osso do peito será aberto com serra e remover-se-á o coração, pulmões e fígado; as

vísceras serão separadas, inspecionadas e processadas de acordo com o resultado da inspeção.

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Após a evisceração ocorrerá a divisão das carcaças, em duas meias carcaças, seguindo-

se a espinha dorsal; as meias carcaças serão lavadas com água, desossadas e

cortadas/porcionadas.

O ABATEDOURO MUNICIPAL DE CRUZÍLIA utiliza energia elétrica proveniente da

concessionária local CEMIG DISTRIBUIÇÃO S/A, sendo seu consumo médio mensal de 86,00

kW, segundo o Plano de Controle Ambiental – PCA e o Relatório de Controle Ambiental – RCA.

O empreendimento possui Certificado de Regularidade – CR emitido pelo Cadastro

Técnico Federal (IBAMA) para a atividade de matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas

e derivados de origem animal sob registro n° 6851397.

3. UTILIZAÇÃO E INTERVENÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS

A demanda máxima e média diária de água para o ABATEDOURO MUNICIPAL DE

CRUZÍLIA é de 11,35 e 10,00 m³/dia, respectivamente. Foi informado em Vistoria Técnica,

Relatório de Vistoria n° 088/2017, que esta demanda é suprida por meio de uma captação em

corpo d’água (uso insignificante). A TABELA 01 apresenta a demanda média e máxima diária de

água para cada etapa do processamento do empreendimento.

TABELA 01 - Balanço Hídrico do ABATEDOURO MUNICIPAL DE CRUZÍLIA

Finalidade do uso Demanda Média Diária

(m³/dia) Demanda Máxima Diária

(m³/dia)

Consumo humano 0,20 0,25

Lavagem de matérias-primas 01,00 01,30

Lavagem de produtos intermediários

04,90 05,40

Lavagem de pisos e/ou equipamentos e curral

03,90 04,40

Total 10,00 11,35

O processo N°. 014420/2017 foi formalizado pelo ABATEDOURO MUNICIPAL DE

CRUZÍLIA, que autoriza captação da vazão de 0,20 l/s; 0,72 m³/h; das águas públicas superficiais

da Bacia do Rio Verde, para fins de Consumo Humano e Industrial, com tempo de captação de

20:00 horas/dia, totalizando 14,40 m³/dia, e por 12 meses/ano, por meio de corpo hídrico, no

ponto compreendido pelas coordenadas geográficas Latitude 21º 52’ 55” S e de Longitude 44º 48’

50” O.

Cabe observar que os Art. 12 e 13 da Resolução SEMAD nº 390, de 11 de agosto de

2005, dizem o seguinte:

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Art. 12 - A concessão da Outorga do Direito de Uso de Recursos Hídricos

condicionará sua validade à obtenção da Licença de Operação – LO, salvo

nos casos previstos no artigo 4º, § 3º, desta Resolução, ou nos casos

previstos parágrafo único, do artigo 9º, do Decreto nº 39.424, de 05 de

fevereiro de 1998, com a redação dada pelo Decreto nº 43.905, de 26 de

outubro de 2004, quando a concessão de outorga condicionará sua validade

à obtenção da LI.

Art. 13 - Os procedimentos descritos nos artigos anteriores também se

aplicam ao licenciamento de natureza corretiva e à revalidação de Licença de

Operação – LO.

Portanto, o deferimento do processo de outorga (uso insignificante) acima citado foi

analisado concomitantemente a este processo administrativo.

Observa-se que o consumo total de água pelo empreendimento é compatível com sua

fonte de abastecimento.

4. AUTORIZAÇÃO PARA INTERVENÇÃO AMBIENTAL (AIA)

Conforme se depreendeu da vistoria, Relatório de Vistoria Nº 088/2017, bem como dos

estudos apresentados, o ABATEDOURO MUNICIPAL DE CRUZÍLIA não se encontra em Área de

Preservação Permanente - APP, bem como não se verificou a necessidade de eventual supressão

de vegetação para continuidade de sua operação.

5. RESERVA LEGAL

O ABATEDOURO MUNICIPAL DE CRUZÍLIA está localizado na área rural do município

possuindo Reserva Legal delimitada, de 0,2033 ha, Matrícula N°. 5.218, conforme Cadastro

Ambiental Rural – CAR apresentado.

6. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS POTENCIAIS NAS FASES: LICENÇA DE INSTALAÇÃO

EM CARÁTER CORRETIVO E DA LICENÇA DE OPERAÇÃO E SUAS RESPECTIVAS

MEDIDAS MITIGADORAS

6.1. LICENÇA DE INSTALAÇÃO EM CARÁTER CORRETIVO - LIC

Os impactos ambientais negativos pertinentes às atividades do ABATEDOURO

MUNICIPAL DE CRUZÍLIA na fase de Licença de Instalação em Caráter Corretivo – LIC são

resultantes da geração de efluentes líquidos sanitários e disposição dos resíduos sólidos de

construção civil gerados.

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6.1.1. EFLUENTES LÍQUIDOS

Os efluentes sanitários gerados na fase de instalação corretiva do ABATEDOURO

MUNICIPAL DE CRUZÍLIA serão provenientes dos trabalhadores da obra.

Medida mitigadora: Os efluentes sanitários gerados pelo empreendimento na fase de

instalação devem ser destinados corretamente, o que figura como condicionante desta licença

ambiental.

6.1.2. RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos sólidos que serão gerados na fase de instalação corretiva do ABATEDOURO

MUNICIPAL DE CRUZÍLIA serão resíduos de construção civil.

Medida mitigadora: Os resíduos sólidos gerados pelo empreendimento na fase de

instalação devem ser destinados para empreendimentos ambientalmente regularizados, o que

figura como condicionante desta licença ambiental.

6.2. LICENÇA DE OPERAÇÃO - LO

Os impactos ambientais negativos pertinentes às atividades do ABATEDOURO

MUNICIPAL DE CRUZÍLIA na fase de operação são resultantes da geração e lançamento de

efluentes líquidos sanitários e industriais, disposição dos resíduos sólidos gerados no processo

produtivo e intervenções ambientais.

6.2.1. EFLUENTES LÍQUIDOS

O ABATEDOURO MUNICIPAL DE CRUZÍLIA gerará, segundo informado no Plano de

Controle Ambiental – PCA e no Relatório de Controle Ambiental – RCA, em média 16,00 m³ por

operação diária, a qual dura aproximadamente 08:00 horas, de efluentes líquidos industriais,

processo industrial, lavagem de pisos e demais equipamentos envolvidos direta e indiretamente

no processo produtivo.

Os efluentes sanitários do empreendimento serão provenientes dos banheiros presentes

no empreendimento, sendo previsto a geração da vazão máxima e média deste efluente de: 0,30

m3/dia e 0,20 m3/dia, respectivamente, para seus 02 funcionários, conforme informado nos

estudos ambientais.

Medida mitigadora: O ABATEDOURO MUNICIPAL DE CRUZÍLIA possui projeto para

instalação de Estação de Tratamento de Efluentes Industriais – ETEI, composta de: gradeamento,

caixa de desarenação e gordura, tanque de equalização, reator anaeróbio de fluxo ascendente -

UASB, e filtro anaeróbio, para o tratamento dos efluentes líquidos industriais. Para os efluentes

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líquidos sanitários será instalado um conjunto de tratamento composto de tanque séptico e filtro

anaeróbio.

Os projetos, memoriais de cálculos e dimensionamentos dos sistemas de tratamento dos

efluentes líquidos foram realizados sob responsabilidade do Engenheiro Químico Senhor Márcio

Mesquita Navarro, que certificou a sua responsabilidade na Anotação de Responsabilidade

Técnica – ART Nº. 14201700000003747367, registrada em 24 de Março de 2017, conforme

apresentado no Plano de Controle Ambiental – PCA e no Relatório de Controle Ambiental – RCA.

De acordo com os projetos apresentados, verifica-se que os mesmos, uma vez executados

como projetados, terão capacidade para tratar os efluentes líquidos gerados pelo empreendimento

de forma adequada.

6.2.2. RESÍDUOS SÓLIDOS E OLEOSOS

Os resíduos sólidos gerados no ABATEDOURO MUNICIPAL DE CRUZÍLIA são: sangue,

lodo da ETE, resíduos de gradeamento, esterco, conteúdo ruminal, chifres e cascos, ossos,

vísceras não comestíveis, carcaças e vísceras condenadas, embalagens não recicláveis e

recicláveis, Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s usados, lixo tipo doméstico, couro, e

Materiais Especiais de Risco - MER’s.

Medidas mitigadoras: O empreendimento implantará depósito temporário de resíduos

sólidos.

7. CONTROLE PROCESSUAL

Este processo foi devidamente formalizado e contém um requerimento de Licença de

Instalação Corretiva – LIC, concomitante com licença de operação - LO, que será submetido para

decisão da Superintendência Regional de Meio Ambiente – SUPRAM.

A regularização ambiental, por intermédio do licenciamento, tem início, se for preventivo, com

a análise da licença prévia – LP, seguida pela Licença de Instalação - LI e licença de operação – LO.

A licença de Instalação Corretiva será obtida desde que uma condição seja atendida

plenamente, a comprovação de viabilidade ambiental do empreendimento, de acordo com a

reprodução do artigo 14 do Decreto Estadual 44.844/08, que estabelece normas para o

licenciamento ambiental:

“Art. 14. O empreendimento ou atividade instalado, em instalação ou em operação, sem a licença ambiental pertinente deverá regularizar-se obtendo LI ou LO, em caráter corretivo, mediante a comprovação de viabilidade ambiental do empreendimento.”

Quando o licenciamento é corretivo e a fase é de instalação deve-se ter em mente que estão

em análise as duas fases do licenciamento, a que foi suprimida, neste caso a LP e a fase atual do

empreendimento que já se encontra instalado – LI, conforme parágrafo segundo do artigo 14:

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“§2º A demonstração da viabilidade ambiental do empreendimento dependerá de análise pelo órgão ambiental competente dos documentos, projetos e estudos exigíveis para a obtenção das licenças anteriores...”

Nos incisos I e II do artigo 8º da Resolução CONAMA nº. 237/1997 encontra-se a definição de

licença prévia e da licença de instalação, o apontamento do que deve ser analisado nestas fazes do

licenciamento, bem como a discriminação do que se aprova em cada uma das licenças:

“Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação; II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante;

Reproduzidas as definições das licenças passa-se a análise de cada um dos seus requisitos,

iniciando-se pela licença prévia:

1. A licença prévia aprova a localização do empreendimento.

A LP aprova a localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os

requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação,

de acordo com o inciso I, art. 8º da Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA

Nº237/97.

A viabilidade ambiental na fase de LP se constitui na viabilidade locacional, ou seja, se o

projeto, que resultou no empreendimento, observou as restrições quanto a sua localização, se o local

onde está é viável, propício ao desenvolvimento da sua atividade; se não existe impedimento quanto

a sua localização como: estar localizada em área destinada a conservação da natureza ou de

interesse ambiental que possa inviabilizar a localização;

No item 4 deste parecer, que trata sobre intervenção em Área de Preservação Permanente –

APP e supressão de vegetação, consta informação de que o empreendimento está fora de APP e

que nenhuma supressão de vegetação acontecerá.

A Prefeitura emitiu declaração atestando que o tipo de atividade e o local de instalação do

empreendimento estão de acordo com as leis e regulamentos administrativos do município, doc. de

fls. 16 do processo.

Portanto o local onde se encontra instalado o empreendimento possui viabilidade locacional.

2 ) A licença prévia aprova a concepção do projeto.

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Do item 6.2 foi extraída a informação seguinte:

“Os projetos, memoriais de cálculos e dimensionamentos dos sistemas de tratamento dos

efluentes líquidos foram realizados sob responsabilidade do Engenheiro Químico Senhor Márcio

Mesquita Navarro, que certificou a sua responsabilidade na Anotação de Responsabilidade

Técnica – ART Nº. 14201700000003747367, registrada em 24 de Março de 2017, conforme

apresentado no Plano de Controle Ambiental – PCA e no Relatório de Controle Ambiental – RCA.

De acordo com os projetos apresentados, verifica-se que os mesmos, uma vez executados

como projetados, terão capacidade para tratar os efluentes líquidos gerados pelo empreendimento

de forma adequada.”

Nenhum comentário técnico que desabone o projeto proposto foi observado. Portanto o

projeto apresentado possui viabilidade para execução e obtenção do resultado proposto.

Tendo sido demonstrados os requisitos necessários para obtenção da LP, este controle

sugere a concessão da LP

3) A Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de

acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as

medidas de controle ambiental.

No âmbito da licença de instalação analisa-se as medidas de controle ambiental propostas

para mitigar, diminuir os impactos negativos da fase de instalação do empreendimento.

Os impactos negativos ocasionados pelas obras de instalação, bem como da operação da

mesma, foram listados no item 6 do parecer.

Dentre os impactos ambientais negativos está a geração de resíduos sólidos, caracterizados

como rejeitos, ou seja, resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de

tratamento e recuperação, por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não

apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada, segundo inciso

XV do artigo 3 da Lei 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

No que diz respeito ao rejeito, de acordo com consulta ao Portal da Fundação Estadual de

Meio Ambiente – Feam, junto a Classificação e Panorama da Destinação dos Resíduos Sólidos

Urbanos em Minas Gerais, ano base 2015, no município de localização do empreendimento, Cruzília,

a disposição do rejeito se faz em aterro sanitário localizado na cidade de Barra Mansa. Portanto, a

disposição do rejeito é considerada ambientalmente correta.

Infere-se, portanto, que as medidas de controle ambiental estão aptas para serem aprovadas.

Confrontando-se os impactos negativos com as medidas de controle ambiental informadas no

item 6, verifica-se que o empreendimento conta com as medidas de controle ambiental para

proporcionar a mitigação dos impactos negativos ao meio ambiente, demonstrando assim viabilidade

ambiental, condição para obter a licença ambiental.

Assim sendo, o empreendimento faz jus a licença requerida e pelo prazo de dez anos,

conforme Deliberação Normativa COPAM nº 17, de 17 de dezembro de 1996.

3 – Passa-se para a análise da operação da empresa.

A licença de operação autoriza a operação do empreendimento, desde que demonstrada a

viabilidade ambiental:

Estabelece o artigo 14 do Decreto Estadual nº44.844/08 que:

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“Art. 14. O empreendimento ou atividade instalado, em instalação ou em

operação, sem a licença ambiental pertinente deverá regularizar-se

obtendo LI ou LO, em caráter corretivo, mediante a comprovação de

viabilidade ambiental do empreendimento.”

No item 6 deste parecer foram explicitados os impactos ambientais negativos que o

empreendimento ocasiona no meio ambiente.

A operação está condicionada a demonstração de que, para os impactos negativos, foram

adotadas medidas de controle ambiental capazes de diminuir os impactos negativos da sua

atividade.

A implantação efetiva de medidas de controle ambiental, bem como a demonstração da

eficácia destas medidas, por intermédio de laudos de monitoramento, possibilita a demonstração da

viabilidade ambiental, entendida esta viabilidade ambiental como a aptidão do empreendimento

operar sem causar poluição ou degradação e, se o fizer, que seja nos níveis permitidos pela

legislação.

Confrontando-se os impactos negativos com as medidas de controle ambiental informadas no

item 6, verifica-se que o empreendimento contará com as medidas de controle ambiental para

proporcionar a mitigação dos impactos negativos ao meio ambiente, demonstrando assim viabilidade

ambiental, condição para obter a licença ambiental.

O processo fora inicialmente formalizado como Licença de Operação Corretiva - LOC.

Durante análise e vistoria foi constatado que o empreendimento ainda necessita de instalação de

grande parte de sua infraestrutura. A partir dessa constatação o processo foi reorientado para

LIC+LO, para que haja possibilidade de se finalizar a instalação do empreendimento e agilizar o

início da operação mediante a análise de um único processo.

Observando – se, contudo, o que dispõe o Decreto Estadual nº44.844/2008, que estabelece

normas para licenciamento ambiental, no parágrafo segundo do artigo 10, o prazo para que se

comprove a instalação definitiva do empreendimento é de seis anos.

Assim sendo, o empreendimento faz jus a licença requerida, pelo prazo de dez anos,

conforme estabelecido no inciso V do artigo 10 do Decreto Estadual nº44.844/2008.

Em consulta ao Portal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis verificou-se que o empreendimento está registrado sob o nº 5925450, e possui

certificado de regularidade válido.

A taxa de indenização dos custos de análise do processo foi recolhida conforme previsto na

Resolução Conjunta SEMAD/IEF/FEAM nº 2.125, de 28 de julho de 2014, que estabelece os critérios

de cálculo dos custos para análise de processos de Regularização Ambiental e dá outras

providências.

A Resolução SEMAD 412/1995, que disciplina procedimentos administrativos dos processos

de licenciamento e autorização ambientais, determina que o Conselho não poderá deliberar sobre o

pedido de licença caso seja constato débito de natureza ambiental:

“Art. 13 - O encaminhamento do processo administrativo

de licença ambiental para julgamento na instância competente só

ocorrerá após comprovada a quitação integral da indenização

prévia dos custos pertinentes ao requerimento apresentado e a

inexistência de débito ambiental.”

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Foi verificada a existência de débito relativo ao auto de infração 10579/15.

Realizada consulta no Sistema Integrado de Informação Ambiental – SIAM, bem como no

Controle de Auto de Infração – CAP foi verificada a inexistência de débito de natureza ambiental e,

portanto, o processo está apto para decisão da Superintendência Regional de Meio Ambiente –

SUPRAM.

8. CONCLUSÃO

A equipe interdisciplinar da SUPRAM Sul de Minas sugere o deferimento da Licença de

Instalação em Caráter Corretivo Concomitante com a Licença de Operação – LIC+LO, para o

empreendimento ABATEDOURO MUNICIPAL DE CRUZÍLIA para a atividade de “Abate de

animais de médio e grande porte (suínos, ovinos, caprinos, bovinos, equinos, bubalinos,

muares, etc.)”, no município de Cruzília, MG, pelo prazo de 10 anos, vinculada ao cumprimento

das condicionantes e programas propostos.

Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer

condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I e II) e qualquer alteração,

modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a Supram Sul de Minas, tornam o

empreendimento em questão passível de autuação.

Cabe esclarecer que a Superintendência Regional de Regularização Ambiental do Sul de

Minas, não possui responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais apresentados

nesta licença, sendo a elaboração, instalação e operação, assim como a comprovação quanto a

eficiência destes de inteira responsabilidade da(s) empresa(s) responsável(is) e/ou seu(s)

responsável(is) técnico(s).

Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção,

pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima

conste do certificado de licenciamento a ser emitido.

9. ANEXOS

Anexo I. Condicionantes para a Licença de Instalação em Caráter Corretivo – LIC da

PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA - MATADOURO MUNICIPAL.

Anexo II. Condicionantes para a Licença de Operação – LO da PREFEITURA

MUNICIPAL DE CRUZÍLIA - MATADOURO MUNICIPAL.

Anexo III. Programa de Automonitoramento da Licença de Operação – LO da

PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA - MATADOURO MUNICIPAL.

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ANEXO I

Condicionantes para a Licença de Instalação em Caráter Corretivo - LIC da PREFEITURA

MUNICIPAL DE CRUZÍLIA – MATADOURO MUNICIPAL

Empreendedor: PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA

Empreendimento: PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA – MATADOURO MUNICIPAL

CNPJ: 18.008.904/0001-29

Município: Cruzília

Atividade: Abate de animais de médio e grande porte (suínos, ovinos, caprinos, bovinos, equinos, bubalinos, muares, etc.).

Código DN 74/04: D-01-03-1

Processo: 03419/2017/001/2017

Validade: 10 anos

Item Descrição da Condicionante Prazo*

01 Apresentar comprovante da destinação ambientalmente adequada dos resíduos sólidos de construção civil.

Antes do início da operação das atividades

02 Apresentar comprovante da destinação ambientalmente adequada dos efluentes líquidos sanitários, durante a fase de instalação corretiva.

Antes do início da operação das atividades

03

Apresentar cópia do protocolo do Projeto de Prevenção e

combate a Incêndio e Pânico – PCIP, junto ao Corpo de

Bombeiros.

60 dias após a

concessão da Licença

de Instalação em

Caráter Corretivo

Concomitante com a

Licença de Operação –

LIC+LO

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ANEXO II

Condicionantes para a Licença de Operação - LO da PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA –

MATADOURO MUNICIPAL

Empreendedor: PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA

Empreendimento: PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA – MATADOURO MUNICIPAL

CNPJ: 18.008.904/0001-29

Município: Cruzília

Atividade: Abate de animais de médio e grande porte (suínos, ovinos, caprinos, bovinos, equinos, bubalinos, muares, etc.).

Código DN 74/04: D-01-03-1

Processo: 03419/2017/001/2017

Validade: 10 anos

Item Descrição da Condicionante Prazo*

01

Executar o Programa de Automonitoramento, conforme definido

no Anexo III, demonstrando o atendimento dos parâmetros

estabelecidos nas normas vigentes.

Durante a vigência da

Licença de Operação

- LO

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ANEXO III

Programa de Automonitoramento da Licença de Operação - LO da PREFEITURA MUNICIPAL

DE CRUZÍLIA – MATADOURO MUNICIPAL

Empreendedor: PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA

Empreendimento: PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZÍLIA – MATADOURO MUNICIPAL

CNPJ: 18.008.904/0001-29

Município: Cruzília

Atividade: Abate de animais de médio e grande porte (suínos, ovinos, caprinos, bovinos, equinos, bubalinos, muares, etc.).

Código DN 74/04: D-01-03-1

Processo: 03419/2017/001/2017

Validade: 10 anos

1. Efluentes Líquidos

Local de amostragem

Parâmetro Frequência de Análise

Na entrada e na saída da ETE

Vazão média, Sólidos Suspensos, Sólidos Sedimentáveis, DBO*, DQO*, Temperatura, pH, Óleos e Graxas, Surfactantes (ABS), Eficiência de Remoção de DBO e DQO, Nitrogênio Amoniacal Total e Sulfeto Total.

01 (uma) análise vez a cada 02 (dois) meses

(Bimestral)

Na entrada e na saída do sistema de tratamento do

efluente sanitário

Vazão média, Sólidos Suspensos, Sólidos Sedimentáveis, DBO*, DQO*, Temperatura, pH, Óleos e Graxas, Surfactantes (ABS), Eficiência de Remoção de DBO e DQO.

01 (uma) análise vez a cada 02 (dois) meses

(Bimestral)

*O plano de amostragem deverá ser feito por meio de coletas de amostras compostas para os parâmetros

DBO, DQO pelo período de no mínimo 8 horas, contemplando o horário de pico. Para os demais parâmetros

deverá ser realizada amostragem simples.

Relatórios: Enviar até o último dia do mês subsequente à 6ª análise a SUPRAM-SM os

resultados das análises efetuadas. O relatório deverá ser de laboratórios em conformidade com a DN

COPAM nº. 167/2011 e deve conter a identificação, registro profissional e a assinatura do

responsável técnico pelas análises.

Na ocorrência de qualquer anormalidade nos resultados nas análises realizadas durante o

ano, o órgão ambiental deverá ser imediatamente informado.

Método de análise: Normas aprovadas pelo INMETRO ou, na ausência delas no Standard

Methods for Examination of Water and Wastewater, APHA-AWWA, última edição.

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2. Resíduos Sólidos e Oleosos

Enviar até o último dia do mês subsequente ao 12ª relatório a SUPRAM-SM, os relatórios

mensais de controle e disposição dos resíduos sólidos gerados contendo, no mínimo os dados do

modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico

pelas informações.

Resíduo Transportador Disposição final Obs. (**)

Denominação Origem Classe NBR

10.004 (*)

Taxa de geração kg/mês

Razão social

Endereço completo

Forma (*)

Empresa responsável

Razão social

Endereço completo

(*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la.

(**) Tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem industrial

1- Reutilização

2 - Reciclagem

3 - Aterro sanitário

4 - Aterro industrial

5 - Incineração

6 - Co-processamento

7 - Aplicação no solo

8 - Estocagem temporária (informar quantidade estocada)

9 - Outras (especificar)

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá

comunicar previamente à SUPRAM-SM, para verificação da necessidade de licenciamento

específico.

As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo

empreendedor. Fica proibida a destinação dos resíduos Classe I, considerados como Resíduos

Perigosos segundo a NBR 10.004/2004, em lixões, bota-fora e/ou aterros sanitários, devendo o

empreendedor cumprir as diretrizes fixadas pela legislação vigente.

Comprovar a destinação adequada dos resíduos sólidos de construção civil que deverão ser

gerenciados em conformidade com as Resoluções CONAMA nº. 307/2002 e 348/2004.

As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de

resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser

mantidos disponíveis pelo empreendedor.

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IMPORTANTE

• Os parâmetros e frequências especificadas para o programa de Automonitoramento

poderão sofrer alterações a critério da área técnica da Supram-SM, face ao desempenho

apresentado;

Qualquer mudança promovida no empreendimento que venha a alterar a condição original do

projeto das instalações e causar interferência neste programa deverá ser previamente informada e

aprovada pelo órgão ambiental.