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Paulo de Tarso Paulo de Tarso, também chamado de Apóstolo Paulo, Saulo de Tarso e São Paulo, foi um dos mais influ- entes escritores do cristianismo primitivo, cujas obras compõem parte significativa do Novo Testamento. A influência que exerceu no pensamento cristão, chamada de "paulinismo", foi fundamental por causa do seu pa- pel como proeminente apóstolo do Cristianismo durante a propagação inicial do Evangelho pelo Império Ro- mano [4] . Conhecido também como Saulo , se dedicava à perseguição dos primeiros discípulos de Jesus na região de Jerusalém [nota b] . De acordo com o relato na Bíblia, durante uma viagem entre Jerusalém e Damasco, numa missão para que, encontrando fiéis por lá, “os levasse pre- sos a Jerusalém”, Saulo teve uma visão de Jesus envolto numa grande luz, ficou cego, mas teve a visão recuperada após três dias por Ananias que também o batizou. Co- meçou então a pregar o Cristianismo [nota c] . Juntamente com Simão Pedro e Tiago, o Justo, ele foi um dos mais proeminentes líderes do nascente cristianismo [5] . Era também cidadão romano, o que lhe conferia uma situação legal privilegiada [6] . Treze epístolas no Novo Testamento são atribuídas a Paulo, mas a sua autoria em sete delas é contestada por estudiosos modernos [4] . Agostinho desenvolveu a ideia de Paulo que a salvação é baseada na fé e não nas “obras da Lei" [4] . A interpretação de Martinho Lutero das obras de Paulo influenciou fortemente sua doutrina de "sola fide" [4] . A conversão de Paulo mudou radicalmente o curso de sua vida. Com suas atividades missionárias e obras, Paulo acabou transformando as crenças religiosas e a filosofia de toda a região da bacia do Mediterrâneo. Sua liderança, influência e legado levaram à formação de comunidades dominadas por grupos gentios que adoravam o Deus de Israel, aderiam ao código moral judaico, mas que aban- donaram o ritual e as obrigações alimentares da Lei Mo- saica por causa dos ensinamentos de Paulo sobre a vida e obra de Jesus e seu “Novo Testamento”, fundamentados na morte de Jesus e na sua ressurreição [nota d] . 1 Fontes de informação A principal fonte para informações históricas sobre a vida de Paulo são as pistas encontradas em suas epístolas e nos Atos dos Apóstolos. Os Atos recontam a carreira de Paulo, mas deixam de fora diversas partes de sua vida, Conversão do procônsul Sérgio Paulo, de quem Saulo pode ter tomado emprestado o nome. Por Rafael, no Victoria and Albert Museum, em Londres. como a sua alegada execução em Roma [4] . Estudiosos como Hans Conzelmann e o teólogo John Knox (não deve ser confundido com John Knox do sé- culo XVI), disputam a confiabilidade histórica dos Atos dos Apóstolos [7][8] . O relato do próprio Paulo sobre seu passado está principalmente na Epístola aos Gálatas. De acordo com alguns acadêmicos, o relato da visita de Paulo a Jerusalém em Atos 11 contradiz o relato nas epístolas paulinas [4] . Outros consideram o relato de Paulo nas epís- tolas como sendo mais confiável do que os encontrados nos “Atos” [2] :p. 316-320 . 2 Nomes O nome original de Paulo era “Saulo” (em hebraico: לּ אוָׁ ש- Sha'ul; tiberiano: Šāʼûl - “o que se pediu, o que se orou por” e traduzido em grego antigo: Σαούλ - Saul - ou Σαῦλος - Saulos) [9][10] , nome que divide com o bíblico Rei Saul, um outro benjaminita e primeiro rei de Israel, que foi sucedido pelo Rei Davi, da tribo de Judá [6][11] . Segundo suas próprias palavras, era um fariseu [nota e] . O uso de “Paulo” (em grego: Παῦλος - Paulos; em latim: Paulus ou Paullus - “baixo"; “curto” [12] ) apa- rece nos “Atos” pela primeira vez quando ele começou sua primeira jornada missionária em território desconhe- cido. Em Atos 13:6-13, Paulo aparece, juntamente com Barnabé e João Marcos, conversando com Sérgio Paulo, um oficial romano em Chipre que será convertido por ele. Paulus era um sobrenome romano e alguns argumentam 1

Paulo de Tarso

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Paulo de Tarso

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Page 1: Paulo de Tarso

Paulo de Tarso

Paulo de Tarso, também chamado de Apóstolo Paulo,Saulo de Tarso e São Paulo, foi um dos mais influ-entes escritores do cristianismo primitivo, cujas obrascompõem parte significativa do Novo Testamento. Ainfluência que exerceu no pensamento cristão, chamadade "paulinismo", foi fundamental por causa do seu pa-pel como proeminente apóstolo do Cristianismo durantea propagação inicial do Evangelho pelo Império Ro-mano[4].Conhecido também como Saulo , se dedicava àperseguição dos primeiros discípulos de Jesus na regiãode Jerusalém[nota b]. De acordo com o relato na Bíblia,durante uma viagem entre Jerusalém e Damasco, numamissão para que, encontrando fiéis por lá, “os levasse pre-sos a Jerusalém”, Saulo teve uma visão de Jesus envoltonuma grande luz, ficou cego, mas teve a visão recuperadaapós três dias por Ananias que também o batizou. Co-meçou então a pregar o Cristianismo[nota c].Juntamente com Simão Pedro e Tiago, o Justo, elefoi um dos mais proeminentes líderes do nascentecristianismo[5]. Era também cidadão romano, o que lheconferia uma situação legal privilegiada[6].Treze epístolas no Novo Testamento são atribuídas aPaulo, mas a sua autoria em sete delas é contestada porestudiosos modernos[4]. Agostinho desenvolveu a ideiade Paulo que a salvação é baseada na fé e não nas “obrasda Lei"[4]. A interpretação de Martinho Lutero das obrasde Paulo influenciou fortemente sua doutrina de "solafide" [4].A conversão de Paulo mudou radicalmente o curso de suavida. Com suas atividades missionárias e obras, Pauloacabou transformando as crenças religiosas e a filosofiade toda a região da bacia doMediterrâneo. Sua liderança,influência e legado levaram à formação de comunidadesdominadas por grupos gentios que adoravam o Deus deIsrael, aderiam ao código moral judaico, mas que aban-donaram o ritual e as obrigações alimentares da Lei Mo-saica por causa dos ensinamentos de Paulo sobre a vida eobra de Jesus e seu “Novo Testamento”, fundamentadosna morte de Jesus e na sua ressurreição[nota d].

1 Fontes de informação

Aprincipal fonte para informações históricas sobre a vidade Paulo são as pistas encontradas em suas epístolas enos Atos dos Apóstolos. Os Atos recontam a carreira dePaulo, mas deixam de fora diversas partes de sua vida,

Conversão do procônsul Sérgio Paulo, de quem Saulo pode tertomado emprestado o nome.Por Rafael, no Victoria and Albert Museum, em Londres.

como a sua alegada execução em Roma[4].Estudiosos como Hans Conzelmann e o teólogo JohnKnox (não deve ser confundido com John Knox do sé-culo XVI), disputam a confiabilidade histórica dos Atosdos Apóstolos[7][8]. O relato do próprio Paulo sobre seupassado está principalmente na Epístola aos Gálatas. Deacordo com alguns acadêmicos, o relato da visita de Pauloa Jerusalém em Atos 11 contradiz o relato nas epístolaspaulinas[4]. Outros consideram o relato de Paulo nas epís-tolas como sendo mais confiável do que os encontradosnos “Atos”[2]:p. 316-320.

2 Nomes

O nome original de Paulo era “Saulo” (em hebraico:אוּל -ׁשָ Sha'ul; tiberiano: Šāʼûl - “o que se pediu, o quese orou por” e traduzido em grego antigo: Σαούλ - Saul -ou Σαῦλος - Saulos)[9][10], nome que divide com o bíblicoRei Saul, um outro benjaminita e primeiro rei de Israel,que foi sucedido pelo Rei Davi, da tribo de Judá[6][11].Segundo suas próprias palavras, era um fariseu[nota e].O uso de “Paulo” (em grego: Παῦλος - Paulos; emlatim: Paulus ou Paullus - “baixo"; “curto”[12]) apa-rece nos “Atos” pela primeira vez quando ele começousua primeira jornada missionária em território desconhe-cido. Em Atos 13:6-13, Paulo aparece, juntamente comBarnabé e João Marcos, conversando com Sérgio Paulo,um oficial romano em Chipre que será convertido por ele.Paulus era um sobrenome romano e alguns argumentam

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2 4 CONVERSÃO E A SUA MISSÃO

que Paulo o adotou como seu primeiro nome[13]. Outrateoria, apontada pelo Vaticano, afirma que era costumepara os judeus romanizados da época adotarem um nomeromano e o pai de Paulo provavelmente quis agradar à fa-mília dos Pauli[14]. Por fim, há ainda os que considerampossível a homenagem a Sérgio Paulo e mais provável quea mudança esteja mais relacionada a um desejo do após-tolo em se distanciar da história do Rei Saul, que perse-guiu Davi[15].

3 Antes da conversão

Em “Atos dos Apóstolos”, Paulo afirma ter nascido emTarso (na província de Mersin, na parte meridional daTurquia central) e faz breves menções à sua família. Umsobrinho é mencionado em Atos 23:16 e sua mãe é ci-tada entre os que moram em Roma em Romanos 16:13.É ali também que o apóstolo confessa que «Saulo asso-lava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homense mulheres, os entregava à prisão.» (Atos 8:3) [nota f].Mesmo tendo nascido em Tarso, foi criado em Jerusa-lém, “aos pés de Gamaliel"[nota r], que é considerado umdos maiores professores nos anais do judaísmo” e cujoequilibrado conselho (Atos 5:34-39), pedindo que os ju-deus contivessem a fúria contra os discípulos, contrastacom a temeridade de seu estudante que, após a mortede Estevão, saiu num rompante perseguindo os “santos”[nota g].

4 Conversão e a sua missão

A conversão de Paulo pode ser datada entre os anos de31 e 36[16][17][18] pela referência que ele fez em uma desuas epístolas[4]. De acordo com os “Atos dos Apósto-los”, sua conversão (metanoia) ocorreu na “estrada paraDamasco”, onde ele afirmou ter tido uma visão de Jesusressuscitado que o deixou temporariamente cego [nota h].

4.1 Testemunho pós-conversão

Nos versículos iniciais da Epístola aos Romanos, Paulonos dá uma litania de sua própria alegação apostólica ede suas convicções pós-conversão sobre a ressurreição deCristo.Os seus próprios textos nos dão alguma ideia sobre oque ele pensava de sua relação com o Judaísmo. Se porum lado se mostrava crítico, tanto teologicamente quantoempiricamente, das alegações de superioridade moral oude linhagem dos judeus[nota s], por outro defendia forte-mente a noção de um lugar especial reservado aos filhosde Israel[nota t].Ele ainda afirmou que recebeu as “boas novas” não dequalquer um, mas por uma revelação pessoal de Jesus

Conversão de Saulo.Em Damasco, na Síria.

Cristo[nota i]. Por isso, ele se entendia independente dacomunidade de Jerusalém[2]:p. 316 - 320 (possivelmente noCenáculo), embora alegasse sua concordância com ela noque tangia ao conteúdo do Evangelho [nota j]. O que é maisimpressionante nessa conversão é a mudança na formade pensar que ocorreu. Ele teve que mudar seu conceitosobre quem o Messias era e, particularmente, aceitar aideia, então absurda, de um Messias crucificado. Ou tal-vez o mais difícil tenha sido a mudança de seus conceitossobre a superioridade dos judeus. Ainda há debates sobrese Paulo já se considerou como o veículo de evangeliza-ção dos gentios no momento de sua conversão ou se istose deu mais tarde[19].

4.2 Primeiros anos de ministério

Após a sua conversão, Paulo foi para Damasco, onde os“Atos” afirmam que foi curado de sua cegueira e batizadopor Ananias deDamasco[20]. Paulo afirma em 2Coríntios11:32 que foi em Damasco que ele escapou por pouco damorte, indo em seguida primeiro para a Arábia e depoisde volta para Damasco[nota u][21]. Esta viagem de Paulopara a Arábia não é mencionada em nenhum outro lugarno Novo Testamento e alguns autores acreditam que eletenha na realidade viajado até o Monte Sinai para me-ditar no deserto[22][23]. Ele descreve em Gálatas como,três anos após a sua conversão, ele viajou para Jerusa-lém, onde se encontrou com Tiago, o Justo, e ficou comSimão Pedro por 15 dias[nota v].A narrativa em Gálatas continua afirmando que, qua-torze anos após a sua conversão, ele foi de novo a

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4.4 Segunda viagem missionária 3

Batismo de Paulo por Ananias.Na casa de Ananias, em Damasco, na Síria.

Jerusalém[nota w]. Não se sabe exatamente o que acon-teceu neste período, conhecido como “anos desconheci-dos”, mas tanto os Atos quanto os Gálatas nos dão algu-mas pistas[24]. Ao final deste período, Barnabé foi ao en-contro de Paulo e o trouxe de volta para Antioquia[nota x].O autor F. F. Bruce sugeriu que os quatorze anos podemser contados a partir da conversão de Paulo ao invés desua primeira visita a Jerusalém[25].Quando uma grande fome ocorreu na Judeia[26], Paulo eBarnabé viajaram para Jerusalém para entregar a ajudafinanceira da igreja de Antioquia[27]. De acordo com osAtos, Antioquia já tinha se tornado um centro importantepara os fiéis após a dispersão dos crentes que se seguiu aomartírio de Estêvão[2] e foi lá que os seguidores de Jesusforam, pela primeira vez, chamados de cristãos[nota k].

4.3 Primeira viagem missionária

Nos Atos, relatam-se três viagens de Paulo: a primeira,liderada primeiro por Barnabé, levou Paulo de Antioquiaaté Chipre, passando depois pela Ásia Menor (Anatólia)e de volta a Antioquia. Em Chipre, Paulo enfrenta e cegaElimas, o mago, que estava criticando seus ensinamen-tos ao procônsul Sérgio Paulo. Deste ponto em diante,passa a ser chamado de Paulo e aparece como o líderdo grupo[28]. Quando chegaram em Perge, João Mar-cos, que acompanhava o grupo, voltou para Jerusalém eos dois foram para Antioquia na Pisídia, Paulo profereum longo discurso e converte muitos, mas o grupo acabaexpulso da cidade (Atos 13). Em Icônio, foram nova-

Primeira viagem.

mente expulsos e seguiram para Listra, onde foram con-fundidos com os deuses romanos Júpiter e Mercúrio de-pois que Paulo curou um coxo. Por conta da intriga dosjudeus, Paulo foi preso e apedrejado, mas sobreviveu e,com Barnabé, seguiu para Derbe. De lá, retornaram pas-sando novamente pelas mesmas cidades para reforçar ascomunidades recém-fundadas e terminaram a viagem emAntioquia (Atos 14).

4.4 Segunda viagem missionária

Segunda viagem.

4.4.1 Concílio de Jerusalém

Paulo partiu para sua segunda viagem de Jerusalém, ondeestava sendo realizado o concílio com os outros apósto-los no qual a obrigatoriedade da circuncisão foi retirada.A maior parte dos acadêmicos concorda que houve umareunião vital entre Paulo e a igreja de Jerusalém em algummomento entre os anos de 48 e 50[4], descrita em Atos15:2 e geralmente entendido como o mesmo evento men-cionado por Paulo em Gálatas 2:1[4]. A principal questãodiscutida ali foi se os gentios convertidos precisavam ounão ser circuncidados, conforme o relato nos Atos e emGálatas. Paulo alega em sua epístola que terá sido nesteencontro que Pedro, Tiago e João aceitaram a missão dePaulo aos gentios[29].Com o objetivo de levar a Antioquia o resultado do con-cílio, os fiéis realizaram uma eleição para escolher dois

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4 4 CONVERSÃO E A SUA MISSÃO

mensageiros que acompanhariam Paulo e Barnabé nessamissão. Os eleitos então foram Silas e Judas, “chamadoBarsabá"[nota y].Paulo, Barnabé, Judas e Silas partiram então deJerusalém levando os decretos dos apóstolos aos fiéis emAntioquia e nas províncias romanas da Síria e Cilícia.Chegando a Antioquia, eles cumprem a missão quelhes foi dada, sendo que Judas retorna para Jerusaléme desaparece da história, enquanto Silas permanece nacidade[nota z].

Paulo e Barnabé em Listra.Por Nicolaes Berchem, 1650. Atualmente no Musée d'Art etd'Industrie, em Saint-Étienne, na França.

4.4.2 Paulo e Silas

EmAntioquia, Paulo e Barnabé tiveram uma dura discus-são sobre se deveriam levar João Marcos com eles. EmAtos 13, é mencionado que o menino já os tinha deixadoem uma viagem anterior para retornar para casa. Pauloacreditava que ele ainda não estava pronto para este tipode evangelização e, por isso, ele e Barnabé decidiram seseparar. Barnabé acabou levando João Marcos consigopara Chipre e Silas se juntou a Paulo[30].Paulo e Silas viajaram para diversas cidades diferentes,como Tarso, Derbe e Listra (todas na ÁsiaMenor). Nestaúltima, eles encontraram Timóteo, um discípulo que ti-nha uma boa reputação, e decidiram levá-lo com eles.Em Filipos (na Grécia), uma multidão incitada por ho-mens insatisfeitos com o exorcismo de uma escrava quedava muitos lucros aos seus patrões com suas adivinha-ções, se insurgiu contra os missionários, açoitando e pren-dendo Paulo e Silas. Após um milagroso terremoto, osportões da prisão se abriram e os dois puderam escapar,

o que levou por sua vez à conversão do carcereiro[nota a1].Eles seguem então para Bereia, de onde Paulo segue paraAtenas, deixando ali Silas e Timóteo[nota b1]. Na capitalgrega, Paulo prega no Areópago contra os muitos ído-los que encontra, converte Dionísio, o Areopagita e parte[nota c1].Por volta de 50 a 52, Paulo passou 18 meses emCorinto[4], onde reencontrou Timóteo e Silas. A refe-rência nos Atos ao procônsul Gálio permite inferir a data(vide Inscrição de Gálio[4]). Lá ele trabalhou com Silas eTimóteo[4] e conheceu Priscila e Áquila, que se tornaramfiéis crentes e ajudaram Paulo em suas viagens missioná-rias. A dupla seguiu Paulo e seus companheiros até Éfesoe o grupo permaneceu ali para iniciar aquela que seria amais forte e fiel igreja cristã daquele tempo, um impor-tante centro da cristandade a partir do ano 50. Em 52,Partiu para Cesareia Marítima, passou por Jerusalém efinalmente chegou em Antioquia[30].

4.5 Terceira viagem missionária

Terceira viagem.

Paulo iniciou sua terceira viagem missionária passandopor toda a região da Galácia e da Frígia para reforçar afé e ensinar para os fiéis, além de repreender os que es-tavam em erro. Quando chegou em Éfeso, ficou ali porpouco menos de três meses e realizou uma série de mila-gres, como curas e exorcismos. Depois de provocar umarevolta na cidade, o apóstolo seguiu para aMacedônia[31],passando novamente por Corinto, onde permaneceu portrês meses. Quando ele estava pronto para retornar paraa Síria, mudou de ideia por conta de um plano que os ju-deus tinham feito contra sua vida, voltando então para aMacedônia e dali seguiu para a Trôade, onde ressuscitouo jovem Êutico depois de ele ter caído três andares eter sido «levantado morto» (Atos 20:9)[32]. A viagem dePaulo, que pretendia chegar em Jerusalém para celebraro Pentecostes (entre maio e junho), continuou passandopor Assos, Mitilene, Quios, Samos e Mileto (Atos 20).A dura jornada passou ainda por Cós, Rodes e Pátara,onde Paulo embarca num navio com destino à Tiro, naFenícia. Depois de sete dias na cidade, o grupo de Paulosegue para Ptolemaida, Cesareia, onde visitaram Filipe,o Evangelista, e finalmente Jerusalém (Atos 21).

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Embora Paulo tenha escrito sobre uma visita que fez aIlíria, ele estava se referindo ao que hoje chamamos deIlíria Grega[33], parte da província romana daMacedônia,onde hoje está atualmente a Albânia[34].

4.6 Viagem a Roma

Paulo e seus companheiros seguiram então para Roma,naquela que foi provavelmente a última das viagens mis-sionárias, em 60. A viagem começou em Jerusalém, ondeos irmãos foram recebidos em festa. Lá, Paulo foi espan-cado e quase morto, preso e enviado para Cesareia Ma-rítima, onde esteve detido durante aproximadamente umano e meio. Foi transferido para Roma depois de apelara César, um direito que tinha por ser cidadão romano, aoperceber que não receberia julgamento justo de seu povo.Paulo passou então a pregar na capital imperial[35].

4.7 O Incidente em Antioquia

Apesar do acordo encontrado no Concílio de Jerusalém,como tinha entendido Paulo, o apóstolo relata como eledepois confrontou publicamente Pedro, no que ficou co-nhecido como “Incidente em Antioquia”, por causa darelutância dele em realizar suas refeições com os cristãosgentios em Antioquia[36].Escrevendo depois sobre o incidente, relata ter dito a Pe-dro e os demais presentes «Se tu, sendo judeu, vives comogentio, e não como judeu, como obrigas os gentios a vivercomo os judeus?» (Gálatas 2:11-14). Paulo tambémmen-ciona que até mesmo Barnabé, seu companheiro de via-gem até aquele momento, ficou do lado de Pedro[36][nota l].O resultado final do incidente permanece incerto. AEnciclopédia Católica afirma que “o relato de Paulo so-bre o incidente não deixa dúvidas de que Pedro viu justiçana reprimenda”. Em contraste, a obra “From Jesus to Ch-ristianity”, de L. Michael White, alega que “o confrontocom Pedro foi uma falha completa, uma bravata política,e Paulo logo deixou Antioquia como persona non gratapara nunca mais voltar”[37].

4.8 Visitas a Jerusalém nos Atos e nasEpístolas

Esta tabela foi adaptada da obra de White, From Jesusto Christianity[29]. Este pareamento entre as viagens dePaulo como narradas nos Atos e nas Epístolas não é con-senso entre os acadêmicos.

5 Prisão e morte

Paulo chegou em Jerusalém em 57 com uma coleta dedinheiro que tinha feito para a comunidade local[4] e, se-

Tiago, irmão de Jesus[nota q], líder dos cristãos de Jerusalém,que avisou Paulo sobre os riscos de pregar contra a Torá emJerusalém[4].

gundo Atos, ele foi recebido calorosamente. Porém, o re-lato continua afirmando que ele foi interrogado por Tiagopor ensinar a «...todos os judeus que estão entre os gentiosa apostatarem de Moisés, dizendo-lhes que não circunci-dem seus filhos nem andem segundo os nossos ritos» (Atos21:22). Paulo então realizou um ritual de purificação paranão dar aos judeus nenhum motivo para acusá-lo por nãoseguir os mandamentos da Lei[4].Paulo porém continuava a pregar contra a circuncisão,contra as restrições alimentares e contra os requerimen-tos da Torá e isto provocou o rompimento final comos judeus[4]. Paulo causou um alvoroço ao aparecerno Templo e somente escapou da morte por ter sidopreso[4]. Ele foi então mantido prisioneiro por dois anosem Cesareia até que um novo governador reabrisse seucaso em 59[4]. Quando Paulo foi acusado de traição ape-lou ao César, alegando seu direito, como cidadão romano,de ser levado a um tribunal apropriado e de se defenderdas acusações[4].Atos 28:1 relata que no caminho para Roma, Paulo sofreuum naufrágio em “Melite” (Malta)[4], onde ele se encon-trou com Públio[nota o1] e foi recebido pelos habitantes dailha com “muita humanidade”[nota p1]. Ele chegou a Romapor volta do ano 60 e passou mais dois anos em prisão

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6 5 PRISÃO E MORTE

domiciliar[nota q1]. Contando esta vez, Paulo passou entrecinco e seis anos preso em celas ou prisioneiro em casa.Ireneu de Lyon acreditava que Pedro e Paulo tinham sidoos fundadores da Igreja de Roma, sendo eles a nominaremSão Lino como bispo e sucessor:Paulo, porém, não foi bispo de Roma e nem levou ocristianismo para lá, pois já havia cristãos em Romaquando ele chegou lá[nota r1]. É evidente também quePaulo já tinha escrito uma epístola para a Igreja de Romaantes de ter visitado a cidade[nota o]. Porém, Paulo podeter tido um importante papel na formação da Igreja nacapital romana.

5.1 Tradição sobre a morte de Paulo

Decapitação de São Paulo.Por Enrique Simonet, 1887

Nem a Bíblia e nem outra história qualquer conta explici-tamente como ou quando Paulo morreu. De acordo coma tradição cristã, Paulo foi decapitado em Roma duranteo reino do imperador Nero em meados dos anos 60 naAbadia das Três Fontes (em italiano: Tre Fontane)[39]. Otratamento mais “humano” dado a Paulo, em contrastecom a crucificação invertida de São Pedro, foi graças àsua cidadania romana[40].Vários autores cristãos da Antiguidade já propuserammais detalhes sobre a morte de Paulo. I Clemente, umacarta escrita pelo bispo de Roma, Clemente, por volta doano 90 d.C. relata o seguinte sobre Paulo[41]:Comentando sobre esta passagem, Raymond Brown es-creve que, ainda que ela não afirme categoricamente quePaulo foi martirizado em Roma, "...algo assim é a maisprovável interpretação”.[42]

Eusébio de Cesareia, que escreveu no século IV d.C.,afirma que Paulo foi decapitado durante o reino doimperador romano Nero[43]. Este evento tem sido datadoou no ano de 64 d.C., quando Roma foi devastada por umincêndio, ou alguns anos depois, em 67 d.C. A festa deSão Pedro e São Paulo, da Igreja Católica, é comemoradaem 29 de junho, o que pode refletir uma data tradicionalpara o seu martírio. Outras fontes também apontaramuma tradição de que Pedro e Paulo teriam morrido no

Basílica de São Paulo Extra-Muros com a estátua de Paulo nafrente. Na basílica encontram-se as alegadas relíquias do após-tolo.Em Roma.

mesmo dia (e, possivelmente, no mesmo ano)[44].O apócrifo Atos de Pedro sugere que Paulo sobreviveu aRoma e viajou para o oeste, para a Hispânia[45]. Algunsmantém o ponto de vista que ele poderia ter visitado aGrécia e a Ásia Menor após a sua viagem à Hispânia eque ele pode ter sido finalmente preso em Troas e enviadoa Roma para ser executado[46](veja-se a discussão acimasobre as epístolas a Timóteo).

5.2 Túmulo e relíquias

A tradição cristã mantém que Paulo foi enterrado comSão Pedro ad Catacumbas na Via Ápia e lá permane-ceu até seu corpo ser levado para a Basílica de SãoPaulo Extra-Muros, em Roma. O venerável Beda, emsua Historia ecclesiastica gentis Anglorum, escreveu que oPapa Vitaliano, em 665, deu algumas relíquias de Paulo(incluindo a cruz feita com as correntes que o prenderam)ao rei Oswiu da Nortúmbria, no norte da Inglaterra[47].Ainda segundo a tradição, o túmulo de Paulo estarialocalizado na Basílica de São Paulo Extra-Muros, emRoma[48]. Escavações foram realizadas conforme o re-lato feito em um comunicado da Agência Católica Inter-nacional de Imprensa (APIC - Agence de Presse Interna-tionale Catholique), de 17 de fevereiro de 2005[49]:Em junho de 2009 o Papa Bento XVI anunciou os re-sultados das escavações ali realizadas. O sarcófago em sinão foi aberto, mas foi examinado por meio de uma sondae revelou pedaços de incenso e de linho, azul e púrpura,assim como pequenos fragmentos de osso, que foram da-tados por radiocarbono como sendo do século I ou II d.C.De acordo com o Vaticano, isto é uma evidência a fa-vor da tradição de que ali está efetivamente o túmulo dePaulo.[50].

Page 7: Paulo de Tarso

6.1 Atribuição de suas obras 7

6 Obras

Epístola aos Gálatas.Novo Testamento de 1524.

Quatorze epístolas do Novo Testamento são atribuídas aPaulo, das quais sete têm a autoria quase que universal-mente aceita, enquanto que as outras sete são disputadas:Efésios, Colossenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, Titoe Hebreus. Destas, quatro são consideradas como sendode outro autor que não Paulo por razões textuais e gra-maticais, enquanto que as outras três são disputadas poralguns acadêmicos[2]. Paulo aparentemente ditou todasas suas epístolas (exceto Gálatas) através de um secretá-rio (ou amanuense), que geralmente parafraseava o tomde sua mensagem, como era a prática entre os escribas doséculo I d.C.[2]:316-320[51].Estas epístolas circularam entre as comunidades cristãs eeram lidas em público por membros da igreja, juntamentecom outras obras[52]. Elas foram citadas ainda no séculoI, por volta de 96 d.C., por Clemente de Roma em suaepístola Clemente aos Coríntios[41].

6.1 Atribuição de suas obras

Paulo escrevendo suas epístolas.Valentin de Boulogne ou Nicolas Tournier, século XVI, atual-mente na Blaffer Foundation Collection, Houston, Texas.

As epístolas paulinas foram na sua maioria escritas para

igrejas que Paulo visitou e o apóstolo era um grande vi-ajante. Ele passou por Chipre, por toda a Ásia Menor,pela Grécia, Creta e Roma. Elas estão repletas de expo-sições sobre o que os cristãos deveriam acreditar e comodeveriam viver, ao passo que ele não relata ao destinatá-rio (e aos leitores modernos) muito sobre a vida de Je-sus. Suas mais explícitas referências são passagens sobrea Última Ceia[nota s1] e a crucificação e ressurreição[nota t1].As referências aos ensinamentos de Jesus são tambémesparsos[nota u1], levantando a questão, ainda em disputa,sobre o quão consistente é seu relato sobre a fé com o queestá nos quatro evangelhos canônicos, os Atos e a Epístolade Tiago. O ponto de vista de que o Cristo de Paulo é di-ferente do Jesus histórico foi proposta pelo teólogo AdolfHarnack[53]. De toda maneira, ele nos dá o primeiro re-lato escrito do que é ser cristão e da espiritualidade cristã.Das catorze cartas atribuídas a Paulo e incluídas nocânone do Novo Testamento, há pouca ou nenhuma dis-puta de que Paulo tenha escrito pelo menos sete[54]:p. 411:

• Epístola aos Romanos

• Primeira Epístola aos Coríntios

• Segunda Epístola aos Coríntios

• Epístola aos Gálatas

• Epístola aos Filipenses

• Primeira Epístola aos Tessalonicenses

• Epístola a Filêmon

A Epístola aos Hebreus, que foi atribuída a ele ainda naantiguidade, já era questionada na época, e atualmentenão é considerada como tendo sido escrita por ele pelamaior parte dos especialistas (veja Antilegomena). A au-toria das demais epístolas tem variados graus de disputaa respeito da autoria[55].A autenticidade da Epístola aos Colossenses tem sidoquestionada[56] por conter uma descrição de Jesus nãoencontrada em nenhuma outra de Paulo, descrevendo-o como a “imagem do Deus invisível”[nota v1], umacristologia que só tem paralelo no Evangelho deJoão[nota w1]. Evidências internas demonstram uma co-nexão próxima com a Epístola aos Efésios[57], que émuito similar a Colossenses (dos 155 versículos, 78 sãoidênticos[57]), mas quase sem referências pessoais. O es-tilo de Colossenses é único entre as epístolas paulinas,não se encontrando a ênfase na cruz que se vê nas de-mais e nem referência à Segunda vinda de Cristo, além deuma exaltação do casamento que contrasta com a encon-trada em 1 Coríntios 7:8-9. Finalmente, segundo R.E.Brown, ela exalta a Igreja de uma forma que só se tor-naria comum numa segunda geração de cristãos, “cons-truída sobre a fundação deixada pelos apóstolos e pro-fetas”, já passada[58]. Os defensores da autoria paulinaargumentam que ela foi escrita para ser lida uma quanti-dade grande de igrejas (daí a similaridade com Efésios)

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8 6 OBRAS

e marca um estágio final do desenvolvimento de Paulo deTarso. Deve ser lembrado também que a porção moralda epístola, que é composta dos dois últimos capítulos,tem uma afinidade muito maior com os trechos equiva-lentes em outras epístolas enquanto que o restante casaperfeitamente com os detalhes que conhecemos sobre avida de Paulo, dando-nos ainda mais pistas sobre ela[57].Ela confirma, por exemplo, que ele estava preso quandoa escreveu[nota x1].

Paulo de Tarso.Estátua na Praça de São Pedro, no Vaticano.

As epístolas pastorais, 1 Timóteo, 2 Timóteo e Epístolaa Tito também já tiveram a autoria questionada. As trêsprincipais razões são:

• As diferenças em vocabulário, estilo e teologia emrelação às demais obras de Paulo. Os defensores daautenticidade afirma que elas foram provavelmenteescritas em nome do apóstolo sob sua autoridade poralgum de seus discípulos, a quem ele teria explicadoclaramente o que deveria ser escrito, ou a quem elehavia passado um sumário por escrito dos pontos aserem desenvolvidos, e que, uma vez escritas, Pauloas teria lido, aprovado e assinado[46].

• A dificuldade de alinhá-las com a biografia conhe-cida de Paulo[59]. Estas epístolas, assim como asdirigidas aos Colossenses e aos Efésios, foram es-critas no período em que Paulo estava preso, masao contrário delas, afirmam que o apóstolo foi soltoe viajou depois disso. Os defensores argumentamque Paulo foi preso pela primeira vez não por algum

crime contra os romanos, mas para salvá-lo da pri-são. Em Filêmom, ele parece ter a esperança de serlibertado logo[nota y1] e haveria bastante tempo paraele ter visitado Creta e escrever as epístolas a Ti-móteo antes de sua segunda - e final - prisão pelosromanos[46].

• Finalmente, foram levantadas diversas objeções so-bre o estado avançado da Igreja que a epístola deixatransparecer. Novamente, os defensores alegam quea epístola usa termos como “bispo”, “diácono” e “pa-dres” como sinônimos para indicar os que foram le-gados pelos apóstolos com amissão evangélica e nãono sentido organizacional que termo viria a adquirirnos anos seguintes. Alegam também que se estasepístolas fossem mesmo, como alegam os críticos,uma defesa da sucessão apostólica pelos bispos, elasjá deveriam ter sido atacadas como fraudes na anti-guidade, argumenta que não encontra nenhum su-porte evidencial[46].

O principal argumento contra a autoria de Paulo daSegunda Epístola aos Tessalonicenses é que a suaescatologia parece contradizer a da Primeira Epístola aosTessalonicenses[60]. Enquanto a primeira epístola pareceindicar que a parousia é iminente[nota z1], na segunda ele acoloca num futuro desconhecido[nota a2], o que implicarianum “erro” do apóstolo em uma epístola que, segundo oscrentes, teve inspiração divina. A defesa principal é quea frase mais polêmica, «Então nós que estivermos vivos,e formos deixados, seremos arrebatados em nuvens...» (1Tessalonicenses 4:17) teve tradução problemática já naVulgata (em latim: Nos, qui vivimus, qui residui sumus),mas que o texto original em grego não deixa dúvidas, he-meis oi zontes oi paraleipomenoi, ama syn autois arpage-sometha, que seria melhor traduzido como “Nós, se esti-vermos vivos - se deixados para trás - [na terra], seremosarrebatados...”[60].

6.2 Redenção

A teologia da redenção foi um dos principais assuntosabordados por Paulo[61]. Paulo ensinou que os cristãosforam redimidos da Lei (veja supersessionismo) e dopecado pela morte de Jesus e sua ressurreição[61]. Suamorte foi uma expiação e, pelo sangue de Cristo, a paz foiestabelecida entre Deus e o homem[61]. Pelo batismo, umcristão toma sua parte na morte de Jesus e na sua vitóriasobre a morte, recebendo, gratuitamente, uma renovadacondição de filho de Deus[61].

6.3 Relação com o judaísmo

A teologia de Paulo sobre o evangelho acelerou a sepa-ração da seita messiânica dos cristãos do judaísmo, algoque Paulo não desejava[4]. Ele escreveu que somente a féem Cristo (como Messias) era suficiente e decisiva para

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6.5 Papel das mulheres 9

Paulo pregando em Atenas.Pintura na parede do auditórioWeise-Gymnasium, em Zittau, naSaxônia.

a salvação, tanto de judeus quanto de gentios, tornando ocisma entre os cristãos e os judeus não só inevitável, maspermanente[4]. Ele argumentou que os gentios converti-dos não precisavam se tornar judeus ou ser circuncidados,nem tampouco seguir as leis alimentares[4]. Porém, emRomanos, ele insiste numa visão positiva do valor da LeiMosaica como um guia moral[nota b2].

6.4 Escatologia

De acordo com Ehrman, Paulo acreditava que Jesus iriaretornar ainda durante a sua vida[11]. Ele afirma quePaulo acreditava que os cristãos que tinham morridonesse meio tempo seriam ressucitados para poder partici-par do Reino de Deus. Acreditava também, segundo ele,que os salvos seriam transformados e assumiriam formassobrenaturais[11].O ensinamento de Paulo sobre o fim do mundo apa-rece muito claramente nas suas epístolas à igreja deTessalônica. Muito perseguidos, é possível que eles te-nham escrito para o apóstolo primeiro perguntando sobreos que já tinham morrido e sobre o que deveriam esperarno final. Paulo então os assegura que os mortos se le-vantarão primeiro e serão seguidos pelos que ainda estãovivos[nota c2]. Veja a discussão mais acima sobre as epísto-las aos tessalonicenses, o que pode sugerir uma iminên-cia do fim, mas ele não foi específico sobre a cronolo-gia e encoraja seus ouvintes a terem paciência na epístolaseguinte[62]. O final dos tempos será uma batalha entreJesus e o "Homem da iniquidade" [nota p], cuja conclusãoserá o triunfo final de Cristo.

6.5 Papel das mulheres

Um verso na Primeira Epístola a Timóteo[nota d2], tradi-cionalmente atribuída a Paulo (vide acima), é frequente-mente utilizada como maior fonte de autoridade na bí-blia para que às mulheres seja vedado o sacramento da

Ícone de São Paulo.No mosteiro de Spaso-Preobrazhensky, em Iaroslavl, na Rússia.

ordem, além de outras posições de liderança e ministériono cristianismo. A Epístola a Timóteo é também mui-tas vezes utilizada por muitas igrejas para negar-lhes ovoto em assuntos eclesiásticos e posições de ensino parapúblico adulto e também a permissão para o trabalhomissionário[63].Esta passagem parece estar dizendo que as mulheres nãodevem ter na igreja nenhum papel de liderança frente aoshomens[64]. Se ela também proíbe as mulheres de ensinaroutras mulheres ou crianças é duvidoso, pois até mesmoas igrejas católicas - que proíbem o sacerdócio feminino -permitem que abadessas ensinem e assumam posições deliderança sobre outras mulheres. Qualquer interpretação

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10 8 VISÕES CRÍTICAS

desta parte das escrituras tem que se confrontar com asdificuldades teológicas, contextuais, sintáticas e léxicasdestas poucas palavras[65].O teólogo J. R. Daniel Kirk encontrou um importante pa-pel para as mulheres na igreja antiga, como por exem-plo quando Paulo elogia Febe por seu trabalho comodiaconisa[nota e2] e também Júnia[nota f2], considerada poralguns como sendo a única mulher citada no Novo Testa-mento entre os apóstolos[66][67]. Kirk aponta para estudosrecentes que levaram alguns a concluir que a passagemque obriga as mulheres a “ficarem caladas nas igrejas”em 1 Coríntios 14:34 foi uma adição posterior, aparen-temente por um autor diferente e não era parte da cartaoriginal de Paulo à igreja de Corinto. Outros, como Gi-ancarlo Biguzzi, alegam que a restrição de Paulo sobre asmulheres em Coríntios é genuína, mas aplica-se ao casoparticular de proibi-las de fazerem perguntas ou de con-versar, e não uma proibição generalizada contra as mu-lheres falarem, pois em 1 Coríntios 11:5 Paulo afirma odireito das mulheres de profetizar[68].

Conversão no Caminho para DamascoPor Caravaggio, na Igreja de Santa Maria del Popolo, em Roma.

O terceiro exemplo de Kirk de uma visão mais inclusivaestá em «Não pode haver judeu nem grego, não pode ha-ver escravo nem livre, não pode haver homem nem mu-lher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus» (Gálatas3:28). Ao anunciar um fim dentro da igreja das divisõesque eram tão comuns no mundo todo, ele conclui des-tacando que "...havia mulheres do Novo Testamento queensinaram e tinham autoridade na igreja antiga e que es-tes ensinamentos e esta autoridade eram sancionadas porPaulo e que o apóstolo mesmo oferece um paradigma teo-

lógico dentro do qual a superação da subjugação da mu-lher é um resultado esperado” [69].

7 Influência no cristianismo

A influência de Paulo no pensamento cristão é possivel-mente o mais importante dentre todos os outros autoresdo Novo Testamento[4]. Paulo declarou que sua fé emCristo tornou a Torá desnecessária para a salvação, exal-tou a igreja cristã como sendo o corpo de Cristo e mostrouo mundo fora da igreja como estando sob julgamento[4].

7.1 Tradição oriental

No oriente, os padres da Igreja reduziram a eleição di-vina presente Romanos 9:11 à onisciência de Deus[4] e otema da predestinação presente na teologia ocidental nãoaparece no oriente[4].

7.2 Tradição ocidental

As obras fundamentais de Agostinho sobre a "boa nova"como um presente (graça), sobre a moralidade como avida no Espírito, sobre a predestinação e sobre o pecadooriginal se baseiam todas em Paulo, especialmente naEpístola aos Romanos[4].Durante a Reforma protestante, Martinho Lutero expres-sou a doutrina de Paulo sobre a fé como elemento maisimportante como justificação para a sua doutrina da solafide (apenas a fé)[4].

8 Visões críticas

Elaine Pagels, professora de religião na Universidadede Princeton e uma autoridade reconhecida sobre ognosticismo, argumenta que Paulo era um gnóstico eque as epístolas pastorais, antignósticas, são falsificações“pseudo-paulinas”, escritas para refutar esta crença aindana antiguidade[70].O acadêmico britânico e judeu Hyam Maccoby argu-menta que o Paulo como descrito nos Atos dos Apóstolose o Paulo que aparece em suas próprias obras são pessoasmuito diferentes. Algumas dificuldades foram apontadasno relato de sua vida, por exemplo. O Paulo dos Atosestá muito mais interessado na história factual e menosna teologia e ideias como a justificação pela fé não es-tão ali, assim como não estão as referências ao Espírito,de acordo com Maccoby. Ele também afirma que nãoexistem referências a João Batista nas epístolas paulinas,enquanto Paulo o menciona diversas vezes nos Atos[71].Maccoby teoriza ainda que Paulo sintetizou o judaísmo,o gnosticismo e o misticismo para um cristianismo comouma religião com um salvador cósmico. De acordo com

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Reconstituição facial de Paulo feita pelos especialistas do LKARenânia do Norte-Vestfália, Alemanha.

ele, o farisaísmo de Paulo foi sua própria invenção e queele, na verdade, teria se associado com os saduceus. Mac-coby atribui ainda as origens do antissemitismo cristão aPaulo e alega que a visão das mulheres que o apóstolodefendia, embora inconsistente, refletia seu gnosticismo(em seus aspectos misóginos)[71].Outros autores lembram que linguagem nos discursos dePaulo é muito parecida com a de Lucas no estilo. Alémdisso, George Shillington escreve que o autor dos Atosprovavelmente criou os discursos de acordo com esteestilo e eles contêm sua marca teológica e literária[72].Contrariamente, o historiador e apologista cristão Chris-topher Price argumenta que o estilo de Lucas nos Atosrepresenta o estilo dos historiadores da época que reco-nhecidamente relatavam discursos em suas obras[73].F. C. Baur (1792–1860), professor de teologia emTubinga, na Alemanha, o primeiro acadêmico a criti-car os Atos e as epístolas paulinas, e fundador da Escolade Tubinga de teologia, argumentou que Paulo, comoo “Apóstolo dos gentios”, estava em violenta oposiçãocom os doze apóstolos originais. Baur considera os Atoscomo uma obra tardia e pouco confiável[74]. O debate queele iniciou continua até hoje, com Adolf Deissmann[75](1866 - 1937) e Richard Reitzenstein[76] (1861–1931)enfatizando a herança grega de Paulo e Albert Schweitzerdestacando a sua dependência do Judaísmo[77].O professor Robert Eisenman da Universidade da Cali-fórnia em Long Beach, argumenta que Paulo era mem-bro da família de Herodes, o Grande[78]. Eisenmanfaz uma conexão entre Paulo e um indivíduo identifi-cado por Flávio Josefo como “Saulus”, um “parente de

Agripa”[79]. Outro elemento bastante citado como su-porte a esta tese está em «Saudai a Herodião, meu com-patriota.» (Romanos 16:11) (em latim: Salutate Herodio-nem cognatum meum.).Entre os críticos do apóstolo Paulo também está ThomasJefferson, um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos,que escreveu que Paulo foi o “primeiro que corrompeu asdoutrinas de Jesus” [80].F.F. Powell argumenta que Paulo, em suas epístolas,fez uso de muitas ideias do filósofo grego Platão, che-gando até mesmo a usar as mesmas metáforas e a mesmalinguagem[81]. Por exemplo, em Fedro, Platão colocouSócrates dizendo que os ideais celestes são percebidoscomo “se através de um vidro, vagamente”[82]. Estas pa-lavras são ecoadas por Paulo em «Pois agora vemos comopor um espelho em enigma» (1 Coríntios 13:12).

9 Ver também• Concílio de Jerusalém

• Nova Perspectiva sobre Paulo

10 Notas[nota a] ^ Atos 22:3.

[nota b] ^ Atos 8:1; Atos 9:13; Atos 9:21; Atos26:10.

[nota c] ^ Atos 9:1 e seguintes.

[nota d] ^ «Por isso ele é mediador de uma novaaliança, para que, tendo intervindo a mortepara a redenção das transgressões que haviadebaixo da primeira aliança, os que têm sidochamados, recebam a promessa da eterna he-rança.» (Hebreus 9:15).

[nota e] ^ «circuncidado ao oitavo dia, da raçade Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de he-breus. Quanto à Lei, fui fariseu;» (Filipenses3:5).

[nota f] ^ Veja também «quanto ao zelo, per-segui a igreja, tendo-me tornado irrepreensívelquanto à justiça que há na Lei.» (Filipenses 3:6)e «Ouvistes falar do meu modo de viver no ju-daísmo em outro tempo, de como perseguia ex-cessivamente a igreja de Deus e a assolava,»(Gálatas 1:13).

[nota g] ^ Principalmente «Tendo recebido au-toridade dos principais sacerdotes, eu não so-mente encarcerei muitos santos, como também

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12 10 NOTAS

dei o meu voto contra estes quando os mata-vam;» (Atos 26:10), mas também Atos 9:13.

[nota h] ^ Atos 9:1-31, Atos 22:1-22 e Atos26:9-24.

[nota i] ^ «pois eu nem o recebi, nem o aprendi dehomem algum, mas sim mediante a revelaçãode Jesus Cristo.» (Gálatas 1:12).

[nota j] ^ «Somente ouviram dizer: Aquele quedantes nos perseguia, agora prega a fé que ou-trora combatia;» (Gálatas 1:23).

[nota k] ^ «...e em Antioquia os discípulos pelaprimeira vez foram chamados cristãos» (Atos11:26).

[nota l] ^ «Pois antes de chegarem alguns daparte de Tiago, ele comia com os gentios; masquando eles vieram, subtraía-se e separava-setemendo os que eram da circuncisão. Os outrosjudeus também dissimularam juntamente comele, de modo que até Barnabé foi levado comeles na sua dissimulação.» (Gálatas 2:12-13)

[nota m] ^ Paulo não diz claramente que esta foia sua segunda visita. Em Gálatas, ele lista trêsimportantes encontros com Pedro e este foi osegundo de sua lista. O terceiro encontro se deuem Antioquia. Por outro lado, ele também nãonega claramente ter visitado Jerusalém entre asua “primeira” e “segunda” visitas.

[nota n] ^Note que Paulo apenas escreve que eleestava a caminho de Jerusalém, ou apenas pla-nejando a visita. Ele pode ou não ter feito vi-sitas adicionais após esta visita, se é que ele defato esteve lá desta vez.

[nota o] ^ Principalmente nos versículos «todosos que estão em Roma, queridos de Deus, cha-mados para serem santos» (Romanos 1:7) e«assim, quanto é em mim, estou pronto paraanunciar o Evangelho também a vós que estaisem Roma.» (Romanos 1:7), entre outras cita-ções na Epístola aos Romanos.

[nota p] ^ «Ninguém de modo algum vos engane;porque o dia não chegará sem que venha pri-meiro a apostasia e seja revelado o homem dainiquidade, o filho da perdição, aquele que seopõe e se levanta contra tudo o que se chamaDeus ou é objeto de adoração, de sorte quese assenta no santuário de Deus, ostentando-secomo Deus» (2 Tessalonicenses 2:3-4)

[nota q] ^ Como Jesus é chamado por Paulo em«mas dos apóstolos não vi a nenhum, senão aTiago, irmão do Senhor.» (Gálatas 1:19). Parauma discussãomais ampla sobre o assunto, vejaTiago, o Justo e Irmãos de Jesus[83].

[nota r] ^ Atos 22:3

[nota s] ^ Como em Romanos 2:16-26

[nota t] ^ Romanos 9-11

[nota u] ^ Gálatas 1:17

[nota v] ^ Gálatas 1:13-24

[nota w] ^ Gálatas 2:1-10

[nota x] ^ Atos 11:26

[nota y] ^ Atos 15:22

[nota z] ^ Atos 15:30-35

[nota a1] ^ Atos 16:16-34

[nota b1] ^ Atos 17:14

[nota c1] ^ Atos 17:34

[nota d1] ^ Atos 9:23-27

[nota e1] ^ Atos 1:18-20

[nota f1] ^ Atos 11:29-30 e Atos 12:25

[nota g1] ^ Atos 15:1-19

[nota h1] ^ Atos 15:36-40

[nota i1] ^ Gálatas 2:1-10

[nota j1] ^ Gálatas 2:11-14

[nota k1] ^ Atos 18:21-22

[nota l1] ^ Atos 21:17 e seguintes

[nota m1] ^ Atos 24:17

[nota n1] ^ Romanos 15:25, 2 Coríntios 8:−9 e1 Coríntios 16:1-3

[nota o1] ^ Atos 28:7

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13

[nota p1] ^ Atos 28:2

[nota q1] ^ Atos 28:16

[nota r1] ^ Atos 28:14-15

[nota s1] ^ 1 Coríntios 11:17-34

[nota t1] ^ 1 Coríntios 15:1

[nota u1] ^ 1 Coríntios 7:10-11 e 1 Coríntios9:14

[nota v1] ^ Colossenses 1:15

[nota w1] ^ João 1:1-14

[nota x1] ^ Colossenses 4:3; Colossenses 4:10

[nota y1] ^ Filemon 1:22

[nota z1] ^ 1 Tessalonicenses 4:14 até 1 Tessalo-nicenses 5:13

[nota a2] ^ 2 Tessalonicenses 2:2-12

[nota b2] ^ Romanos 2:12 e seguintes

[nota c2] ^ 1 Tessalonicenses 4:16 e seguintes

[nota d2] ^ 1 Timóteo 2:11-14

[nota e2] ^ Romanos 16:1

[nota f2] ^ mais adiante, em Romanos 16:7

11 Referências[1] Peter and Paul. In the Footsteps of Paul . Tarsus . 1 (em

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[12] Paulus (em inglês) Surname Database. Visitado em22/04/2011.

[13] Veja, por exemplo, Lewis Loflin. The Apostle Paul Foun-der of Christianity (em inglês). Visitado em 22/04/2011.

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[16] Bromiley, GeoffreyWilliam. International Standard BibleEncyclopedia: A-D (International Standard Bible Ency-clopedia (Wbeerdmans)). [S.l.]: Wm. B. Eerdmans Pu-blishing Company, 1979. p. 689. ISBN 0-8028-3781-6

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[42] Brown, Raymond Edward; John Paul Meier. Antiochand Rome: New Testament Cradles of Catholic Christia-nity. Mahwah, NJ: Paulist Press, 1983. p. 124. ISBB0809125323

[43] Eusébio cita Dionísio de Corinto em Eusébio de Cesa-reia. História Eclesiástica: The Persecution under Nero inwhich Paul and Peter were honored at Rome with Martyr-dom in Behalf of Religion. (em inglês). [S.l.: s.n.]. Capí-tulo: 25. , vol. II.

[44] Lactâncio, João Crisóstomo e Sulpício Severo concordamcom a alegação de Eusébio de que Pedro e Paulo morre-ram sob Nero. Lactâncio. “Sobre a forma como os perse-guidores morreram” (em inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: II.,; João Crisóstomo. Sobre a inferioridade da mente (eminglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 4. ,; Sulpício Severo, Chro-nica II 28–29

[45] James, M.R.. The Apocryphal New Testament: Transla-tion and Notes (em inglês). Oxford: Clarendon Press,1924., Atos de Pedro (texto completo) em EarlyChristi-anWritings.com

[46] "Epistles to Timothy and Titus" na edição de 1913 daCatholic Encyclopedia (em inglês)., uma publicação agoraem domínio público.

[47] Beda. História eclesiástica do povo inglês: How the priestWighard was sent from Britain to Rome, to be ordainedarchbishop; of his death there, and of the letters of theApostolic Pope giving an account thereof. [667A.D.] (eminglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 29. , vol. 3.

[48] (2007) "" (em francês). Le Monde de la Bible (178).

[49] Rome : Des archéologues du Vatican ont identifié le tom-beau de saint Paul sous la basilique (em francês) Apic(17/02/2005). Visitado em 21/04/2011.

[50] St Paul’s tomb unearthed in Rome (em inglês) BBC News(08/12/2006). Visitado em 18/04/2011.

[51] Joseph Barber Lightfoot, em seu “Commentary on theEpistle to the Galatians” escreveu: “Neste ponto [ Gálatas6:11 ] o apóstolo toma a caneta de seu amanuensis e o pa-rágrafo final foi escrito pela sua mão. A partir do tempoque suas cartas passaram a ser falsificadas em seu nome (2Tessalonicenses 2:2 e 2 Tessalonicenses 3:17) parece que setornou seu costume finalizar com algumas palavras escritascom sua própria letra como precaução contra elas. No casoem questão, ele escreveu um parágrafo inteiro, resumindoas principais lições da epístola em sentenças concisas, ansi-osas e desconexas. Ele escreveu também em letras grandes,negritas (em grego: pelikois grammasin, de forma que sualetra pode refletir a sua energia e a determinação de suaalma.

[52] "Scripture" na edição de 1913 da Catholic Encyclopedia(em inglês)., uma publicação agora em domínio público.(seção Epistle)

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[53] Williamson, Clark M.. A guest in the house of Israel: post-Holocaust church theology (em inglês). [S.l.]: Westmins-ter John Knox Press, 1993. 344 páginas p. p. 184. Páginavisitada em 24/05/2011.

[54] Ehrman, Bart D.. The New Testament: A Historical Intro-duction to the Early Christian Writings (em inglês). NewYork: Oxford, 2004. ISBN 0-19-515462-2

[55] Embora Hebreus quase certamente não tenha sido escritapor Paulo, ela tem sido parte das epístolas paulinas “desdeo início”, cf. Wallace, Daniel B.. Hebrews: Introduction,Argument, and Outline. (em inglês). [S.l.: s.n.].

[56] MacDonald, Margaret Y. Sacra Pagina: Colossians andEphesians (em inglês). [S.l.]: Liturgical Press, 2000.ISBN 978-0-8146-5819-2

[57] "Epistle to the Colossians" na edição de 1913 da CatholicEncyclopedia (em inglês)., uma publicação agora emdomínio público.

[58] Brown, R. E. The Churches the Apostles left behind (eminglês). [S.l.: s.n.]. p. 48.

[59] Barrett, C. K. The Pastoral Epistles (em inglês). [S.l.:s.n.]. 4 e seguintes p.

[60] "Epistles to the Thessalonians" na edição de 1913 daCatholic Encyclopedia (em inglês)., uma publicação agoraem domínio público.

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[80] In: H. A. Washington. The Writings of Thomas Jefferson:Being his Autobiography, Correspondence, Reports, Mes-sages, Addresses, and Other Writings, Official and Private:From the Original Manuscripts, Deposited in the Depart-ment of State, With Explanatory Nites, Tables of Con-tents, and a Copious Index to Each Volume, as well asa General Index to the Whole (em inglês). Washington,D.C.: Order of the Joint Committee of Congress on theLibrary, 1854. vol. VII.

[81] Powell, F. F.. Saint Paul’s Homage to Plato (em inglês)Worldandi.com. Visitado em 21/04/2011.

[82] Platão. Benjamin Jowett: Phaedrus (em inglês). Visitadoem 21/04/2011.

[83] Em Comentários sobre Gálatas 1:19 (em inglês) Bi-blos.com. Visitado em 01/05/2011., por exemplo, é pos-sível encontrar a versão deste texto em grego e em latim,assim como o comentário feito em traduções bíblicas paradiversas línguas e denominações cristãs diferentes.

12 Bibliografia

• Étienne Trocmé. L'enfance du christianisme (emfrancês). [S.l.]: Hachette, 1999.

Page 16: Paulo de Tarso

16 13 LIGAÇÕES EXTERNAS

13 Ligações externas• Peter and Paul. In the Footsteps of Paul . Tarsus . 4(em inglês) PBS. Visitado em 17/04/2011.

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14 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem

14.1 Texto• Paulo de Tarso Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso?oldid=43889300 Contribuidores: Robbot, Joaotg, Mschlindwein,

Rui Silva, Gbiten, Gaf.arq, Diego UFCG~ptwiki, Andreas Herzog, E2mb0t, Juntas, LeonardoRob0t, Mateuszica~ptwiki, Pedrassani,Leonardo Alves, Alexg, Thecpozzoli, Lusitana, Santana-freitas, NTBot, RobotQuistnix, Rei-artur, Sturm, Epinheiro, Leandromartinez,333~ptwiki, André Koehne, OS2Warp, 555, Ozymandias, Adailton, Zwobot, Život~ptwiki, YurikBot, Gpvos, Tonyjeff, FlaBot, Edu-ardoferreira, Joseolgon, Robertowilliams, PatríciaR, Chlewbot, Dantadd, LijeBot, Jairinho, Servitiu, Steelman, Pikolas, Dverzolla, JoãoSousa, Reynaldo, FSogumo, Yanguas, Thijs!bot, MachoCarioca, Rei-bot, GRS73, AlexSP, Escarbot, Belanidia, Wmarcosw, Daimore,Fjanzen, Eduardo.alv.alb, JSSX, Garavello, JAnDbot, Capmo, Ramontessmann, Luiza Teles, AdriAg, Bisbis, Albmont, CommonsDe-linker, MayTheForce, Stego, Braz Leme, Idioma-bot, Luckas Blade, TXiKiBoT, Tumnus, VolkovBot, SieBot, Pelagio de las Asturias,Francisco Leandro, BOTijo, Teles, Vini 175, BotMultichill, Jeferson, AlleborgoBot, GOE, Kaktus Kid, GOE2, Tetraktys, Leandro Drudo,Rutmar, Pedro P. Oliveira, Maañón, Rrcdrums, Wagnerygor, Beria, Rodrigo Devolder, RafaAzevedo, Vmss, Alexbot, Tiago de JesusNeves, BodhisattvaBot, SilvonenBot, Italojr, Vitor Mazuco, Silvio.nor, Anjo-sozinho, Richard Melo da Silva, NjardarBot, Numbo3-bot,Luckas-bot, LaaknorBot, Nallimbot, Amirobot, Danielcz, Leosls, Zenman, Sway 2, Vanthorn, Salebot, DSisyphBot, Paul Whitney, LordMota, Xqbot, GhalyBot, Rubinbot, Darwinius, SassoBot, RibotBOT, Ishiai, TobeBot, Stegop, Dinamik-bot, Marcos Elias de OliveiraJúnior, KamikazeBot, HVL, TjBot, Victor caldas santos, EmausBot, Joshpeter, Laura Nielsen, JackieBot, Renato de carvalho ferreira,Developer.breno, Luanbot, Jbribeiro1, Stuckkey, WikitanvirBot, Mjbmrbot, MerlIwBot, Dionisiuspetrus, Antero de Quintal, Aleth Bot,Épico, Rafael Franco Martins, Renan Julimar, Cel. Morpheus, Zoldyick, N4TR!UMbr, Dexbot, Leon saudanha, Julianovento7, Ramon-3d,Robert Rosário, Legobot, Jordeň, Josemarcus33, Orelha seca e Anónimo: 184

14.2 Imagens• Ficheiro:Battesimo_di_San_PaoloHPIM3213_2.JPG Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/02/Battesimo_di_

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18 14 FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENÇAS DE TEXTO E IMAGEM

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• Ficheiro:Voyage_Paul_3-pt.gif Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/41/Voyage_Paul_3-pt.gif Licença: CC0Contribuidores: This file was derived from Voyage Paul 3.png: <a href='//commons.wikimedia.org/wiki/File:Voyage_Paul_3.png'class='image'><img alt='Voyage Paul 3.png' src='https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/66/Voyage_Paul_3.png/50px-Voyage_Paul_3.png' width='50' height='29' srcset='https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/66/Voyage_Paul_3.png/75px-Voyage_Paul_3.png 1.5x, https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/66/Voyage_Paul_3.png/100px-Voyage_Paul_3.png 2x' data-file-width='449' data-file-height='263' /></a>Artista original: HB (Discussão · contribs)

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14.3 Licença• Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0