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Ano VIII - Número 89 - Junho de 2014 Chuva de Rosas Confiança plena em Jesus 2 Experiência Vicentina 100 anos de devoção 10 WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR em ação E Agora? Fé, mesmo na insegurança 11 Que delícia! Para celebrar os 100 anos, bolo de chocolate 12 Pe. Ladislau Klinicki, gratidão centenária

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Ano VIII - Número 89 - Junho de 2014

Chuva de Rosas

Confiança plena em Jesus

2Experiência Vicentina

100 anosde devoção

10

WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR

em ação

E Agora?

Fé, mesmo na insegurança

11Que delícia!

Para celebrar os 100 anos, bolo de chocolate

12

Pe. LadislauKlinicki,gratidão centenária

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EditoRiAl ChuVA dE RosAs

ExpEdiEntE em ação

O Jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

Capa: Pe. Ladislau Klinicki, sdb

Santa Teresinha Em Ação Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal SantanaDistribuição interna, sem fins lucrativos.

Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140,Santa Terezinha - Cep.: 02405-060 - São Paulo - SPTel.: (11) 2979-8161Site: www.paroquiasantateresinha.com.brDiretor: Pe. Camilo Profiro da Silva, SDBJornalista responsável: Daya Lima - MTb 48.108Egom Editora e Comunicação (11) 3263-1124Colaborador: Rafael Carreira

Arte e diagramação: Toy Box IdeasPesquisa: PASCOMRevisão: PASCOMFotos: PASCOM e Banco de ImagensImpressão: Gráfica AtlânticaTel. (11) 4615-4680Tiragem: 3.000 exemplaresemail:[email protected]

“O padre não gostadessas coisas de entrevista, fotografias, essas coisas. O padre só quer agradecer a Deus pelos 100 anos de vida.” Com essas palavras, Pe. Ladislau se levanta, me dá sua bênção e se despede, frustrando minha tentativa de entrevistá-lo para a última página do jornal. Os que me conhecem no entanto, sabem de minha persistência e ao tentar ainda mais uma vez conseguir algo, ele me entrega um exem-plar de seu livro e me diz: “Tudo que você quiser contar de minha vida, está aqui. Pode publicar tudo mas o principal é isto”. E abre o livro na página 76, onde está o texto GRATIDÃO, de sua autoria e que reproduzimos na última página. Em seguida cumpre o ritual já conhecido de todos que conversam consigo: entrega-me santinhos recomendando a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e balinhas para “adoçar a vida” e se despede, agradecendo a visita. Saio da re-sidência salesiana num primeiro momento frustrado, mas depois, em casa, olhando para o material recebido e lendo mais uma vez seu livro A um passo da morte reflito que uma pessoa que chega aos 100 anos, tendo passado por inúmeras situações que poderiam lhe causar revolta e abalar sua fé, pelo contrário, tem ainda forças e vigor para pregar a devoção, a bondade, a caridade e a fé em Je-sus Cristo, tem o direito de escolher o que quer relatar de sua vida, fazendo desse relato um exemplo de humildade e consciência de que nossa vida não está sob nosso controle e sim dAquele que nos criou. Entender que em cada hora da vida, seja de enorme sofri-mento ou grande alegria é, como já nos dizia Madre Mazzarello, “horas de louvar a Deus”, é talvez a maior sabedoria que possamos alcançar, sendo que Pe. Ladislau já a tem. Agradecemos então o dom da vida de Pe. Ladislau e resolvemos cumprir fielmente sua orientação de publicar trechos de seu livro, alegrando-nos por ter-mos entre nós esse exemplo de incansável trabalho na messe do Senhor. Parabéns, Pe. Ladislau. Em seu aniversário, quem ganha o presente somos nós, pois temos hoje em mãos uma edição de jornal para ser lida e guardada como lembrança de um salesiano que seguiu fielmente a orientação de nosso fundador Dom Bosco, quando disse “O Senhor colocou-nos no mundo para os outros”.

SC Carlos R. Minozzi

[email protected]

facebook.com/pascomst

Este mês pedimos licença a nossos leitores para relatar aqui uma graça recebida pela intercessão não de Santa Teresinha mas de Pe. Rodolfo Komórek

“No dia 12 de junho de 1996 viajei para Lo-rena, a fim de confessar os seminaristas salesianos, no retiro mensal. Chegado

ao trevo, pedi ao motorista que parasse para eu des-cer. Depois, seguiria a pé para a cidade. Ao tentar atravessar a pista (Via Dutra), nem bem dei uns três ou quatro passos, fui atingido violentamente nas pernas por um carro que ia para Cruzeiro. Vi como uma luz e caí totalmente inconsciente no chão. Sem poder mover-me, acreditei chegada a hora da morte. E rezei, como de costume: “Jesus, eu confio em vós!” e “Ó Jesus misericordioso, concedei-me as graças de que eu preciso, pela intercessão do Pe. Rodolfo Komórek”. Nessa hora um carro passou sobre ambas as pernas, e outra vez fiquei desacordado. Ao despertar mal entrevi algumas pesso-as, simples silhuetas, que me levantaram do chão, colocaram-me no próprio car-ro que me havia atingido e levaram-me à Santa Casa. Indiquei a casa salesiana e o sacerdote responsável Os médicos fizeram uma radiografia, imobilizaram as pernas e encaminharam-me para São Paulo, onde cheguei à uma da ma-drugada. No Hospital Santa Cecília fui cercado de atenções. Tive de ser sub-metido a uma operação. Penduraram pesos de três quilos em pinos coloca-dos nos pés para alinhá-los. Poste-riormente engessaram os pés. Dois meses depois, retirado o gesso, vim convalescer em casa. Voltei ao hos-pital várias vezes, porque retirado o gesso, não era capaz de andar de maneira nenhuma. Rezava sempre à misericórdia de Deus, por inter-cessão do Pe. Rodolfo, para que eu melhorasse e fosse capaz de fazer alguma coisa como salesiano e como confessor. Já

são passados cinco anos. Cinco vezes por semana ia ao Centro de Reabilitação, uma organização do SESI, onde já estive 40 vezes: como trincou a claví-cula esquerda, submetiam-me a raios ultravioleta, a um turbilhão de água quente e exercícios. A gra-ça maior que eu considero é Deus ter me salvado a vida e dado tranquilidade enquanto aguardava a hora da morte Nenhum desespero nem medo. Re-corro sempre a Jesus misericordioso, para que me conceda as graças que eu preciso, pela intercessão do Pe. Rodolfo.

(Nota da redação: Este relato de graça recebi-da foi feito por Pe. Ladislau Klinicki, em seu ani-versário de 89 anos e está contido em seu livro “A um passo da morte”.)

Jesus, euconfio em vós!

Apoiaram esta edição:Recolast Ambiental 3437-7450Bolos da Guria 2978-8581e outros 6 apoiadores

Horários das MissasSegundas-feiras, às 16h30 e 19h30De terça a sexta, às 8h e 19h30Aos sábados, às 8h e às 16hAos domingos, às 7h30, 9h30, 11h, 18h e 19h30

Adoração: todas as quintas, 8h e 19h30 e, nas primeiras sextas do mês, às 7h30

Horário da secretaria:De segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h às 19h30

Aos sábados, das 8h ao 12h e das 13h às 18hTel. (11) 2979-8161

2 • Santa Teresinha em Ação

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pAlAVRA do pAstoR

...pecaríamos se não a adorássemos (Santo Agostinho)

pAlAVRA do páRoCo

A resposta é simplesUm filão em contínuo crescimento, no mercado editorial, é o segmento da auto ajuda

Livros os mais variados, sugerindo todo tipo de técnicas, dando um leque am-plíssimo de conselhos, que deveriam

servir para colocar no rumo certo a vida de qualquer pessoa. Talvez o resultado fique aquém do esperado, uma vez que os livros continuam a ser editados, e as pessoas continuam a procurar uma resposta que endireite as próprias vidas.

Talvez seja o caso de procurar menos nos livros e mais na vida as respostas de que se necessita. Ou, pelo menos, na vida do P. Ladislau, que neste mês com-pleta cem anos. Nasceu quando o mun-do enfrentava a primeira grande guerra,

cresceu numa pátria dividida, sofreu todo o impacto da segunda guerra mun-dial. Tendo sobrevivido aos horrores do campo de concentração, reinventou-se como missionário. Trabalhou em países de língua hispânica, de língua inglesa, e, finalmente, entre nós, no Brasil.

Onde encontrou a força, a energia necessária, para todo este esforço? A res-posta ele a dá de maneira simples: Jesus misericordioso. Quem conversa com ele, depois de dois minutos de diálogo, já ouve o infalível “Jesus, eu confio em Vós”. Ao final do encontro, seguramente,

vai ganhar de presente uma imagem ou um livro em que ele narra todas as suas peripécias. Sem esquecer as balinhas, naturalmente.

Manifestar as maravilhas do amor misericordioso em nossas vidas: eis aí um bom programa, que talvez não esteja nos livros de auto ajuda, mas está pre-sente na nossa vida de fé. Acreditarmos e vivermos que a providência de Deus ja-mais falha, e que Ele está conosco mes-mo nas situações mais desesperadoras.

São João Bosco, pai e mestre, para estimular a devoção ao Coração de Je-

sus, fez imprimir um livro chamado ‘O jardim dos eleitos’. Nele, diz que o Divi-no Coração é o lugar onde encontramos toda a paz, toda a tranquilidade que precisamos. E santa Teresinha, nossa pa-droeira, diz que o Coração de Jesus é o refúgio no qual ela encontrava o amparo em todas as circunstâncias.

Que o mês de junho, dedicado ao Coração de Jesus, nos relembre estas atitudes de vida e nos ajude a crescer no amor, vivido, manifestado, testemunha-do a todos.

Um abraço carinhoso

Pe. Camilo P. da Silva, sdb

Pároco

www.facebook.com/cpsdb

O bom Jesus, certo dia, estava rodeado de uma multidão a quem ensinava. Ele aproveitou a ocasião para falar de um grande mistério de amor, a Eucaristia, e disse: ‘Eu sou o pão da vida’

Essa verdade não agradou à multidão, por isso houve muita murmuração contra Jesus, até entre os discípulos(-

Cf. Jo 6,41-44); mas Jesus não esmoreceu e reafirmou diante de todos a grande verda-de e o grande presente de amor que estava nos doando, e continuou: ‘Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre. O pão que eu da-rei é a minha carne para a vida do mundo’

(Jo 6,51).A Igreja, desde o início, compreendeu

a profundidade dessas palavras de Jesus, a grandeza do Seu amor por nós, portanto professa, solenemente, que o pão e o vi-nho, pelas palavras de Cristo e pela invoca-ção do Espírito Santo, se tornam o Corpo eo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo (Cf. CIgC 1333), o Pão Vivo descido do céu, que dá aos homens e mulheres a vida em abundância.

Eis porque a Igreja, sem cansar, nos convida a olhar continuamente para o Senhor, presente no sacramento do altar, através da participação da santa Missa e comunhão eucarística e, também, atra-vés da adoração eucarística fora da Missa:

‘ninguém coma esta carne, sem antes a adorar; (....) pecaríamos se não a adorás-semos’ (Santo Agostinho).

O Papa Bento XVI disse que ‘A adora-ção eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja: receber a Eucaristia significa co-locar-se em atitude de adoração d’Aquele que comungamos. Precisamente assim, e apenas assim, é que nos tornamos um só com Ele e, de algum modo, saboreamos, antecipadamente, a beleza da liturgia ce-leste’ (SaC 66).

Neste mês de junho, em preparação à Festa de Corpus Christi, vamos organizar nas Comunidades uma SEMANA EUCA-RÍSTICA, onde os fiéis terão tempo para se demorar em oração diante do sacramento do altar e onde as pastorais, movimentos e serviços poderão promover momentos de adoração comunitária.

Sejamos generosos! Vamos fazer uma

semana e não apenas uma hora por dia de adoração, mesmo que haja murmurações e má vontade da parte de alguns. Queridos Pastores e Povo eleito, tenham fé, confian-ça e sejam ousados: Ele é o Pão Vivo e quer alimentar, dar vida aos que Lhe perten-cem.

Os frutos serão abundantes na vida da comunidade, porque a adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica. Com efeito, ‘somente na adoração pode maturar um acolhimento profundo e ver-dadeiro e amadurece também a missão social, que está encerrada na Eucaristia e deseja romper as barreiras não apenas en-tre o Senhor e nós mesmos, mas também, e sobretudo, as barreiras que nos separam uns dos outros’ (BENTO XVI, SaC 67).

Dom Sergio de Deus Borges

Vigário Episcopal para a Região Santana

facebook.com/sergio.borges.56211

A adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo

que se fez na própria celebração

Onde encontrou a força, a energia necessária, para todo este esforço?

A resposta ele a dá de maneira simples: Jesus misericordioso

Santa Teresinha em Ação • 3

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Eucaristia (missa): ritos finaisNo encerramento do último artigo, dizia da importância do silêncio após a comunhão...

Diz a Instrução Geral do Missal Ro-mano (IGMR): “Terminada a dis-tribuição da Comunhão, se for

oportuno, o sacerdote e os fiéis oram por algum tempo em silêncio. Se desejar, toda a assembleia pode entoar ainda um sal-mo ou outro canto de louvor ou hino” (n. 88).

Na verdade, são poucas as comunida-des que têm essa prática. O que mais se canta após a comunhão é um “canto de ação de graças”. As razões são tantas: a falta de formação litúrgica na compreen-são do que significa “ação de graças” e em que momento ela acontece na celebra-ção; a Oração Eucarística que não satisfaz no desejo de agradecer, criando essa ne-cessidade após a comunhão; a forma de preencher o incômodo silêncio com um canto; ou, pior ainda, colocar um canto para que as pessoas não fiquem conver-sando ou se distraindo.

Claro que não está proibido cantar. Porém, deve-se cantar um canto de lou-vor ou um hino. Por que? Porque a ação de graças, na celebração, já acontece na Oração Eucarística, como vimos no últi-mo artigo.

Pessoalmente, prefiro o silêncio. Pri-meiro, porque já se cantou o suficiente na celebração: é bom um momento de descanso para a assembléia. Depois, é um momento pessoal e único que temos com o Senhor, uma vez que, desde o iní-cio da celebração até aí, tudo é comuni-tário. Então, é hora do recolhimento, em que se medita sobre o grande Dom rece-bido, a celebração em si e, na intimidade, se prolonga o diálogo de amizade com o Senhor.

seguem-se os Ritos FinaisOs ritos iniciais (onde somos convo-

cados) remetem aos ritos finais (onde so-mos enviados em missão). Somos envia-dos para sermos sacramento de unidade e da salvação de todo o gênero humano, mensageiros de solidariedade, paz, justi-ça, transformação pascal, vida, salvação, aliança entre todos os povos e culturas.

Diz a IGMR: “Aos ritos de encerramen-

to pertencem: a) breves comunicações; b) saudação e bênção do sacerdote...; c) despedida do povo pelo diácono ou pelo sacerdote, para que cada qual retorne às suas boas obras, louvando e bendizendo a Deus; d) o beijo ao altar pelo sacerdote e o diácono e, em seguida, a inclinação profunda ao altar pelo sacerdote, o diáco-no e os outros ministros” (n. 90).

Algumas considerações1. Celebramos a memória do misté-

rio pascal que nos torna cada vez mais um corpo comunitário. Como membros da comunidade, devemos estar cientes e participar das iniciativas tomadas pelas pastorais e outros grupos da mesma. Daí a importância dos avisos. Eles devem ser feitos com objetividade, clareza, natura-lidade, em tom coloquial e com a devida motivação, para maior envolvimento da comunidade. Devem também ser poucos

e curtos: é impossível comunicar tudo o que aconteceu e vai acontecer... Pior ain-da seria comunicar encontros com nome de pessoas, endereços e telefones.

2. É bom também deixar a palavra aberta a outras pessoas da assembleia. De repente, alguém gostaria de dar um testemunho, comunicar algo importante que foi esquecido.

3. É oportuno também saudar os ani-versariantes e as pessoas homenageadas presentes na celebração. É o momento para estreitar laços, crescer em fraterni-dade, conhecer e valorizar pessoas. As-sim a gente cria a fraternidade.

4. A despedida feita por quem preside ou pelo diácono (Ide em paz...) dissolve a assembléia. É como um envio da comuni-dade para a missão. Ela, que foi convoca-da nos ritos iniciais, agora, nos ritos finais é enviada a continuar na vida aquilo que acaba de celebrar na fé.

“Ser comunidade, Corpo eclesial do Senhor, movido pelo sopro divino, sinal de instrumento de transformação pascal, é permanente dom do Pai, é graça, é exigên-cia e finalidade da Eucaristia, cujo sentido não se esgota na ação celebrativa, mas se prolonga nas lutas diárias da humanidade, até que o Reino de Deus chegue à sua rea-lização plena e definitiva” (Lourdes Zava-rez, “Ritos finais”, in Liturgia em Mutirão, edições CNBB, 2007, pg. 145).

Quem preside ou o diácono procure fazer com que as palavras do rito de envio estejam em sintonia com o mistério cele-brado, acrescentando uma frase ou outra antes do “Ide em paz”.

5. Enquanto as pessoas vão se reti-rando, elas vão se cumprimentando e confraternizando com naturalidade. O ministério de música, por sua vez, entoa um canto (eventualmente, um canto ma-riano) ou uma música instrumental.

Terminou a Missa (eucaristia). Come-çou nossa missão!

Pe. Osmar Bezutte, sdb

Diretor da comunidade saleaiana

de Rondonópolis - MT

facebook.com/osmar.bezutte

A missA

“Terminada a distribuição da Comunhão, se for oportuno, o sacerdote e os fiéis oram

por algum tempo em silêncio. Se desejar, toda a assembleia pode entoar ainda um salmo ou outro canto de louvor ou hino”

"Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe"

4 • Santa Teresinha em Ação

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EstREiA 2014

A união com DeusQueridos irmãos e irmãs, paz!

Continuemos o nosso diálogo a par-tir da vida e espiritualidade de Dom Bosco! Desta vez vamos refletir so-

bre a UNIÃO COM DEUS! Sim! Vemos em Dom Bosco um homem profundamente unido a Deus. Um homem que nos ensina que o encontro cotidiano com o Senhor e a frequência aos Sacramentos permitem abrir nossa mente e o nosso coração para Sua presença, a Sua palavra, a Sua ação. A oração não é somente o respiro da alma, mas para usar uma imagem, é também o oásis de paz no qual podemos tirar a água que alimenta nossa vida espiritual e transforma a nossa existência. E Deus nos atraia para si, nos faz subir o monte da santidade, para estarmos sempre mais próximos a Ele, oferecendo-nos, ao longo do caminho, luzes e consolações. Dian-te das horas mais fáceis e das horas mais

difíceis da vida de Dom Bosco e também das nossas vidas, vale o nosso relaciona-mento com o Senhor. Tal como a videira e os ramos... Estejamos unidos a Ele! Esta atitude de profunda humildade e confian-ça diante das manifestações de Deus é fundamental também para nossa oração e para nossa vida, para nossa relação com Deus e com as nossas fraquezas. Diante de Deus o que somos? Um “vaso de barro”, no qual Deus põe a riqueza e a potência de Sua Graça. Neste momento de intensa oração contemplativa, compreendemos com clareza como enfrentar e viver cada evento da vida, sobretudo o sofrimento, a dificuldade e a perseguição: no momento em que experimentamos a própria fra-queza, se manifesta a potência de Deus, que não abandona, não deixa sozinho, mas torna-se sustento e força. Então, na medida em que cresce nossa união com o Senhor, e intensifica-se a nossa oração,

também nós caminhamos para o essen-cial e compreendemos que não é a potên-cia dos nossos meios, das nossas virtudes, das nossas capacidades que realiza o Rei-no de Deus, mas é Deus que opera mara-vilhas justamente através da nossa fraque-za, da nossa inadequação à atribuição. Devemos, então, ter a humildade de não confiar simplesmente em nós mesmos, mas de trabalhar, com a ajuda do Senhor, na vinha que é Dele, confiando-nos a Ele como frágeis “vasos de barro”.

Dom Bosco, “vivia como se visse o invisível!”, a mística não o afastou da rea-lidade, ao contrário, lhe deu forças para viver cada dia por Cristo e pelos jovens, razão de sua vida!

A contemplação de Cristo na nossa vida não nos aliena da realidade, mas nos torna ainda mais participantes das questões humanas, porque o Senhor, atraindo-nos para si na oração, nos per-

mite fazer-nos presentes e próximos de cada irmão no seu amor.

Até o nosso próximo encontro! Abraços, e, em comunhão de preces,

P. Alexandre Luís de Oliveira – SDB

Diretor da comunidade salesiana

de Lorena - SP

facebook.com/alexandre.luisdeoliveira

Nesta ocasião, em nosso diálogo, contemplemos por um instante um digno filho de Dom Bosco: Pe. Ladislau Klinicki – 100 ANOS DE VIDA! Que sinal! Que testemunho mais transparen-te de alguém que experimenta esta união com Deus! Diante de sua pessoa, ressoam serenas e consoladoras as palavras da Sagrada Escritura: Terás vida longa... Pois, “basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força”. Como não aproximar estas duas vidas: Dom Bosco e Pe. Ladislau Klinick? Sim! Duas vidas... Duas histórias... Um único caminho espiritual: Amar a Deus e amar o próximo, itinerário seguro para a realização plena de uma vida!

Pe. Ladislau, celebramos os seus longos 100 anos de existência e fazemos um elogio merecido a quem vive dia a dia como nos ensina o nosso amado pai São João Bosco: Pés fincados no chão da história, olhos e corações voltados para o alto! Parabéns!!!

P. Alexandre Luís de Oliveira – SDB

Um digno filho de Dom Bosco! Um legítimo salesiano!

Pés fincados no chão da história,olhos e corações

voltados para o alto!

Por tudo que o que passou durante a 2a Guerra

Mundial, no campo de concentração, poderia ter se

revoltado. Mas pela graça de Nossa Senhora, a cada

dia, com alegria e determinação, demonstra a todos

nós, por meio do seu testemunho, o quanto Deus

nos ama e quer que sejamos felizes. Isso senti na sua

vida, desde o ano de 1975, quando o conheci

em Lavrinhas, já o admirava pelo seu teste-

munho e pelas aulas de Latim e religião que

nos ministrava. Ainda hoje, Pe. Ladislau põe

em prática o exemplo do Mestre: continua

servindo aos outros, por meio dos seus con-

selhos, trabalhos e de modo, muito especial,

nas confissões daqueles que o procuram

para receber o perdão e a Misericórdia de

Deus. Sem dúvida, este é o seu grande apos-

tolado. Desejo a você, Lalau, muita saúde,

paz e alegria nos seus 100 anos de vida que

Deus lhe concedeu até agora.

Pe. Aramis Francisco Biaggi

Pe. Lalau,

Santa Teresinha em Ação • 5

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CAmpAnhA dA FRAtERnidAdE

Construindo uma rede do bemCaros amigos e amigas,

Com a aproximação da Copa do Mun-do causando o impacto que todo evento internacional proporciona,

gostaria de refletir com vocês sobre a construção de uma “rede do bem” para a defesa dos Direitos Humanos, em espe-cial, o combate ao Tráfico de Pessoas.

Tenhamos presente o Salmo 85 o qual ilumina a utopia que permeia os sonhos da humanidade em busca de uma solida-riedade planetária:

“A Verdade e o Amor se encontrarão,A Justiça e a Paz se abraçarãoDa terra brotará a fidelidadeE a Justiça olhará dos altos céus.O Senhor nos dará tudo que é bomE a nossa terra nos dará suas colheitas.A Justiça andará na sua frenteE a salvação há de seguir os passos

seus”.A iniciativa de criar uma Rede de

Apoio Internacional para combater o Trá-fico de Pessoas é, na verdade, recente e multifacetada.

As Nações Unidas, partindo do pres-suposto que tem como valor supremo a proteção dos Direitos Humanos, em 1998,

criou um Comitê para a elaboração de um instrumento para combater o crime orga-nizado internacional. Foram 13 sessões de trabalho culminando em uma Conferên-cia que se realizou em Palermo, na Itália, entre 12 e 15 de dezembro de 2000.

O então Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, disse por ocasião dessa Conferência:

“Se o crime cruza fronteiras, a aplica-ção da lei também deve fazê-lo.”

Ao final dessa Conferência, foi adota-da a Convenção das Nações Unidas con-tra o Crime Organizado Transnacional e três Protocolos adicionais relativos ao tráfico de pessoas, tráfico de migrantes, tráfico de armas.

O Protocolo de Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas em espe-cial Mulheres e Crianças ficou conhecido como o Protocolo de Palermo, e é o marco inicial para toda e qualquer ação interna-cional ou nacional nesta linha.

Ele entrou em vigor em 25/12/2003, ou seja, a partir dessa data, estava aberta a adesão dos Estados-Membros. O Brasil adotou o Protocolo em 29/01/2004. Em 2012, já contava com 151 adesões.

O Protocolo de Palermo define o que

é o tráfico de pessoas, elencando a forma, os meios e finalidade tornando possível a punição de pessoas e organizações que lucram com o tráfico dos seres humanos no mundo.

Este Protocolo não é só de caráter punitivo e criminalista, mas também de caráter social com o objetivo de proteger a dignidade da pessoa humana com a re-cuperação e tratamento das vítimas trafi-cadas, com medidas humanitárias como assistência médica e psicológica, oportu-nidade de inserção no mercado de traba-lho e proteção em caso de denúncia.

Apresenta um conceito, que nós cris-tãos chamaríamos de misericordioso, pois considera que o consentimento da vítima é irrelevante para a configuração do crime, porque entende que este con-sentimento foi obtido de forma ilícita ou opressiva, valendo-se da vulnerabilidade da pessoa.

Para colocar em prática o Protocolo de Palermo, nasce o UNODC – Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. Com a adesão dos países, o UNODC tem como possibilitar a articulação das ações, divulgação de informações e apresenta-ção de um panorama internacional dessa

modalidade criminosa. No Brasil, em 2006, é lançada a Políti-

ca Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, seguido do Primeiro Plano de Ação Nacional. Em 26/02/2013, foi apro-vado o II Plano Nacional (PNETP) mais experiente e assertivo.

Ainda existe muito por fazer, porém, vamos valorizar esse processo de constru-ção da Rede de Combate ao Tráfico, ou se preferirmos Rede de Defesa dos Direitos Humanos.

Num mundo em que retorna a barbá-rie de se fazer vingança com as próprias mãos, vamos valorizar os meios legais que foram construídos com a preocupação de ter uma base humanística de valores e de direitos em suas ações. Assim “a Justiça e a Paz poderão finalmente dar as mãos”.

Que o Coração Misericordioso de Je-sus nos abençoe e nos conduza pelas es-tradas da ousadia evangélica. Amém!

“De olho na Copa! Denuncie a explo-ração”.

Ir. Ana Beatriz Freitas de Mattos (FMA)

[email protected]

Torcendo e participando podemos vencer a Copa e o tráfico de pessoas“Jogue a favor da vida” tem, como objetivo, promover a campanha e incentivar que as pessoas denunciem

A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), no último dia 14, lan-çou a campanha “Jogue a favor da

vida – denuncie o Tráfico de Pessoas”. A CRB reuniu não só líderes da Igreja Ca-tólica, mas também também de igrejas cristãs, universidades, instituições e or-ganismos afins. Uma iniciativa da CRB Nacional, a Campanha é coordenada pela Rede um Grito pela Vida e visa aler-tar a sociedade brasileira sobre o Tráfico de Pessoas, a Exploração Sexual e outras formas de violação dos Direitos Huma-

nos que podem aumentar durante a Copa do Mundo.

Para se ter uma ideia da campanha, a Ir. Eurídes, durante o encontro com os jornalistas, explicou que as ações já co-meçaram em todo o Brasil desde o mês de fevereiro, com atividades como co-letivas de imprensa, debates, panfleta-gens, caminhadas e celebrações. Agora, a previsão é intensificar essas ações nas cidades-sedes da Copa. “Cada núcleo da Rede está mapeando lugares estraté-gicos, aeroportos, estações rodoviárias, corredores de ônibus, estações de trens, lugares de maior fluxo de turismos como capitais litorâneas e praias, para esta conscientização”, relatou. “Consideramos esta oportunidade um momento singular

para defender a vida e denunciar as for-mas de violação dos direitos humanos. Queremos mostrar aos turistas e aos bra-sileiros que o Brasil se opõe radicalmente à Exploração Sexual e ao Tráfico de Pes-soas. Existem leis e punições severas para os envolvidos”, ressaltou.

Além de apresentar o projeto tam-bém no Vaticano, para este mês, o grupo pretende, com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e da Arqui-diocese de Brasília, promover uma cami-nhada na Esplanada dos Ministérios em memória das vítimas do Tráfico de Pes-soas e da Escravidão Moderna.

O secretário-geral da CNBB, dom Le-onardo Steiner, avaliou que “a Campanha da Fraternidade (CF) ajudou o Brasil a

abrir os olhos para a realidade sofrida do Tráfico Humano onde as pessoas não são mais tratadas como pessoas, muito me-nos como filhos e filhas de Deus”. Segun-do o bispo, o tema da CF 2014 foi fruto do trabalho da Vida Religiosa, no enfrenta-mento do Tráfico de Pessoas. Dom Leo-nardo prevê que “o país abrirá ainda mais os olhos com o ‘gol’ que a CRB está fazen-do desde já, com esta Campanha e está incidindo como Vida Religiosa, lá onde as pessoas mais sofrem, de maneira dis-creta, mas muito eficaz e evangélica, con-soladora e samaritana”, complementou.

6 • Santa Teresinha em Ação

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pAlAVRA dE Amigo

Fazer tudo o que Ele nos disserOlá meus amigos, meus irmãos. A Paz esteja com todos vocês.

Ainda vivemos o tempo da ressurrei-ção do Senhor, tempo pascal. Com alegria somos envolvidos por sua

presença vigorosa. Este tempo também nos apresenta a figura carinhosa de Ma-ria, nossa mãe, durante o mês de maio. Ela nos ensina a olhar atentamente para o seu Filho Jesus. Maria é figura da Igreja que vai aprendendo a “ fazer tudo o que Ele nos disser...” Aprendizado nada fácil mas ex-tremamente eficaz. A docilidade à Vontade do Senhor é resultado da ação do Espíri-to Santo, Consolador, Pedagogo de todos aqueles chamados a serem discípulos do Senhor. Por que ele é quem nos ensina a melhor maneira de acolher a Palavra Da-quele que confia em nós. O Senhor Jesus nos envia o Espírito Santo como consola-dor mas principalmente como Aquele que educa, ensina a viver na fé. A Igreja nas-cente a partir da Páscoa vai aprendendo a viver sua missão e vocação no relacio-

namento com o Espírito Santo, o educa-dor. Ser santificada, podemos dizer, que é o mesmo que ser “educada” no Espírito Santo. Maria, modelo do que a Igreja deve ser, também foi aprendendo, foi sendo ensinada a ser “Serva do Senhor”, e ensi-na aos discípulos como fazê-lo, permane-cendo unidos como irmãos, como amigos. Por fim o Senhor, vivo e presente nos sa-cramentos, na Palavra, no convívio com os irmãos nos encoraja diante dos desafios do

tempo presente a mantermos viva a Espe-rança, pois somos os sinais desta sua pre-sença. O nosso pensar, falar, agir testemu-nham o que cremos e que buscamos viver como cremos.

Paz prá você!

Pe. Estevão Ferreira

Assessor eclesiástico para a

Pastoral Familiar na Região Santana

http://programapalavradeamigo.blogspot.com.br

CAminho dE EmAús

O tempo litúrgico segue seu rumo com as leituras e meditações próprias. Terminado o Tempo Pascal com a Solenidade de Pentecostes iniciamos o Tempo Comum

Cada festividade ou tempo litúr-gico tem os trechos próprios da Sagrada Escritura, mas a leitura e

meditação deles não ficam limitados a esse tempo próprio. Toda a Sagrada Escritura deve ser sempre meditada..

Gostaria de propor aos irmãos a leitura e meditação do texto em que Jesus se coloca em oração no Horto das Oliveiras conhecido como “Ora-ção Sacerdotal”momentos antes de sua prisão e Paixão e Morte,conforme o Evangelho segundo João em seu Ca-pitulo XVII.

Em sua imaginação torne aque-le momento como ocorrendo agora. Perceba Jesus em sua angústia ajo-elhado em meio as oliveiras orando por todos e por cada um de nós. Lem-bre-se que entre nós está você.

Jesus roga ao Pai para que não nos ocorra nenhum mal e que possamos ser um como Ele e o Pai são Um. Re-conhece que somos odiados pelo mundo porque não somos do mun-do assim como Ele não é do mundo. Roga para que sejamos santificados pela verdade.

A oração de Jesus nos dá coragem diante das coisas do mundo.

Diante de formadores de opinião descrentes que pregam licenciosida-des em nome de um suposto moder-nismo e não distinguem argumento de fé de atos de preconceito.

Diante de uma política que se ufa-

na do laicismo para fugir à responsa-bilidade da ética e justificar o descaso para com a moral e bons costumes.

Diante de uma crescente violência onde a vida parece não ter valor e se mata por menos de trinta moedas.

Diante, enfim, de um quadro as-sustador o cristão precisa sair de certo marasmo e começar a surpreender o mundo pela fé, pela esperança e pela caridade, virtudes que Deus distri-buiu gratuitamente aos batizados.

Coragem meu irmão Jesus já nos consagrou ao Pai.

Paulo Henriques

[email protected]

www.facebook.com/paulo.

henriques.3192

A oração no Horto das Oliveiras

ouça pe. Estevão diariamente às 14h00 no programa "palavra de Amigo" na Rádio 9 de Julho - Am 1600 e aos sábados às 19h00 no programa "tocando em Frente" com orientações sobre dependência química a familiares e usuários.

Santa Teresinha em Ação • 7

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dEstAQuE

Pe. Ladislau em sua ordenação sacerdotal em 14 de fevereiro de 1943

Pedro André Sdb Conheci o P. Ladislau no ano 2000, eu

tinha 12 anos de idade, era aspirante salesiano e ele foi

a Campos do Jordão para atender confissões. Ganhei

dele o famoso livro “A um passo da morte”, que já li

muitas vezes, e me impressionou ver a força que tinha

aquele ancião que viveu os horrores da segunda guerra.

Desde 2012, quando iniciei os estudos teológicos, tenho

alegria de tê-lo como confessor fixo. Grande divulgador

da devoção a Jesus Misericordioso, ele se vira como

pode para propagar sua mensagem. Nessa foto, que fiz

no ano passado, o vemos montando a capa de uma das

suas famosas apostilas que ele entrega para quem vai

se confessar. Além dos seus escritos, nunca faltam as

“balitas” e um olhar cheio de ternura de um homem de fé.

#ladislaueeu

Curtir · Responder · 1 · 7 de maio às 23:14

Sandra Sca Padre Ladislau, também fui presenteada pelo

Sr. com seu livro “A um passo da morte”, confesso que já

o li mais de uma vez, emprestei e sempre peço de volta.

Li em uma noite, chorei muito e agradeci a Deus pela sua

vitória. Sua fé, força, confiança na misericórdia de Deus

é sempre uma inspiração na minha vida. Em momentos

muito difíceis lembrei da sua força e repeti no fundo do

meu coração “Eu confio em Vós Jesus”. Parabéns pelos

100 anos de vida e de exemplo de vida...

Curtir · Responder · 1 · 7 de maio às 23:35 · Editado

Rebeca Fraga Lembro de ver o Pe. Ladislau surgindo no

patio de Salesiano ST e sendo rapidamente cercado por

alunos em busca de balinhas, santinhos ou apenas um

aperto de mão. E anos depois me lembro de compartilhar

com meus colegas de faculdade o livro dele A UM PASSO

DA MORTE enquanto ensaiávamos uma peça sobre o

nazismo. Foi inspirador. #ladislaueeu

Curtir · Responder · 1 · 7 de maio às 22:51 · Editado

“Jesus, eu confio em vós” E como confia! Pe. Ladislau, já com seus muito bem vividos 100 anos e em plena saúde, fala um pouco de como foi sua longa vida até aqui. Exemplo para muitos e respeitado por todos, este querido padre viveu dias de terror nos campos de concentração da Alemanha de Hitler. Contudo, nunca perdeu a fé e sempre confiou em Jesus Cristo e em Maria Auxiliadora, a quem tem expressa e fervorosa devoção

Sim, ele é uma lenda. Uma lenda que todo mundo gosta de mencionar. Lenda esta que distribui balinhas e santinhos. Pe. Ladislau, um salesiano centenário que tem muita história para contar, claro.

Quem conhece Pe. Ladislau apenas das confissões, não faz ideia da história de vida que tem. Ele seria aquele avô, e faz isso muito bem, que viveria cercado de netos seden-tos para ouvir suas histórias. Histórias essas tristes, mas que são perfeitos milagres.

o início de tudoPe. Ladislau nasceu na Polônia, em 1o de junho de 1914. Em 1939 já era seminarista

e estava prestes a partir para Roma para estudar teologia. Foi aí que sua saga começou. A Segunda Guerra Mundial pegou a Europa de surpresa e a Alemanha, de Hitler, foi cená-rio para um período da história que todos gostariam de esquecer.

Apesar de já ter sofrido, um pouco, com o início da Segunda Guerra, durante os dois primeiros anos, Pe. Ladislau pode se dedicar aos estudos, como queria, em Roma. Os russos tinham entregue a cidade aos lituanos e, por isso, a paz até então estava garanti-da. Porém, em 1941 a cidade foi ocupada pelo poderoso exército alemão, de Hitler, que de cara já apareceu na casa salesiana, isso em 4 de março de 1942, e já foi levado para a “prisão” de Hitler. Ele e os outros colegas.

dias de prisãoNão foi nenhuma novidade para eles. Depois de declarada a guerra russo-alemã, to-

dos tinham em mente que as tropas poderiam começar a exterminar os católicos após fazerem isso com os judeus: prisão, campo de extermínio, crematório. Os homens da Polícia Secreta Estadual prenderam todos os professores e estudantes de Teologia, que foram convidados a ocupar seus lugares nos caminhões cobertos de lonas e levados à prisão chamada Lukiszki, mas somente após todas as investigações é que poderiam ser libertados.

“A maior ajuda espiritual para nós foi a confiança na Misericórdia de Deus e a oração.” (A um Passo da Morte, p. 13)

Todos que estavam na cela foram interrogados e, para provar que a misericórdia de Deus é, de fato, infinita, os próprios alemães chegaram à conclusão de que as acusações feitas a eles eram falsas. Decidiram então, o mais depressa possível, resolver o assunto. Todos foram libertados, os alunos seriam enviados para a Alemanha, com o intuito de fazê-los trabalhar em fábricas daquele país e os professores foram deportados para a Lituânia.

Menos de um ano depois disso, como meio de tentar salvar os futuros sacerdotes da Alemanha Nazista, Pe. Ladislau, no dia 14 de fevereiro de 1943, foi ordenado sacerdote. Trabalhou apenas um ano como catequista da Casa Inspetorial de Varsóvia e teve de voltar à prisão e até o fim da Guerra viveu nos campos de concentração de Gross-Rosen, Dora e Nordhausen.

“Nas provas e sofrimentos sempre é útil conservar a calma, a prudência e invocar a ajuda de Deus, dizendo as palavras do salmo 54; Quanto a mim. “Senhor, é em vós que ponho a minha confiança.” (A Um Passo da Morte, p.22)

Acostumado com a morte iminente A partir daí, Pe. Ladislau esteve, por várias vezes, a um passo da morte. Para se ter

uma ideia, certa vez, ainda no colégio salesiano em Varsóvia, foram despertados pelos soldados alemães. Eles queriam achar qualquer indício que provassem que os padres e alunos eram “amigos” dos guerrilheiros e, com isso, justificariam todo aquele desrespei-to. Revistaram salas, quartos e acharam vinhos, tâmaras, dinheiro: tudo que precisavam para celebrar missas, comprar comidas, etc. Os soldados, por sua vez, os acusavam de contrabandistas, de espiões, de ilegais. Sob forte ameaça de fuzilamento, todos os pa-dres e alunos foram levados para o pátio do colégio, aguardando o apertar dos gatilhos. Os soldados alemães, adorando tudo aquilo, amedrontavam ainda mais todos com a contagem regressiva. “Falando humanamente, nossos minutos de vida estavam conta-dos. “Eu, porém, não tinha medo de morrer.”

Obediente, tal como é ainda hoje, Pe. Ladislau rezou o ato de contrição tal como pe-

diu o superior, Pe. José Oleksy. “Persuadido de que chegara minha última hora, rezei o ato de contri-ção e disse a Jaculatória: Jesus, eu confio em vós!”

Mais um exemplo de estar a um passo da morte foi no dia 4 de abril de 1945, quando poderia ter sido atingido a qualquer momento por estilhaços de bombas que explodiam por todo lugar. Mais uma vez, protegido por Cristo e, claramente, por uma missão, foi absolvido. Diferentemente, de muitos amigos, tal como Pe. Estevão Wojciechowski que, um dia antes de sua morte, conversou muito com Pe. Ladislau, dando-lhe um pouco mais de ânimo e o encorajando-o para a vida.

o fim do terrorDepois de viver dias de agonia e muito sofri-

mento, vendo seus amigos e escapando da morte dia após dia, Pe. Ladislau se viu livre. Foi no dia 12 de abril de 1945, por volta das 10h da manhã. Sol-dados americanos anunciavam o fim da guerra e a derrota dos alemães. “Atenção, atenção! A todos os prisioneiros de guerra, de campo de concentra-ção e a todos os trabalhadores estrangeiros infor-mamos que a guerra chegou ao fim. Em todas as frentes, o inimigo foi derrotado”.

Com ajuda do Vigário no Santíssimo Sacra-mento, Pe. Ladislau pode ser cuidado em uma casa salesiana em Kassel, onde conseguiu roupas novas e a recuperação de sua saúde. Essa viagem mudou os caminhos de seu apostolado e anulou seus pla-nos de retorno à Polônia, detendo-o na Alemanha

por cinco anos ainda, facilitando sua decisão de emigrar para a América do Sul.

Aprendendo a rezar a missa, de novo“Reconquistada a saúde, eu ia visitar a igreja

diariamente e assistir à Missa celebrada pelo Vi-gário, cônego Werner. No campo de concentração, devido à desnutrição prolongada, sofri grande per-da de memória. Tive de aprender de novo como se celebra a Santa Missa.”

Foi em maio que Pe. Ladislau voltou a celebrar, sozinho, a Santa Missa e, no campo de concentra-ção, depois da perda da memória, só se lembrava desta oração, que rezava em latim:

“Oferecemos-te. Senhor, o cálice da salvação, pedindo tua misericórdia, para que suba, qual per-fume agradável, pela nossa salvação e a de todo mundo.”

Suas raízes são fincadas no Brasil mas, antes, passou pelo Equador: primeiro país a conhecer quando veio para a América do Sul.

nos dias de hojePe. Ladislau continua o mesmo. Mesma fé.

Mesma obediência. Distribui balinhas e atende a confissões. Aliás, é o padre confessor dos Arautos do Evangelho, uma associação internacional de Direito Pontifício. Vive na Casa Salesiana de Santa Teresinha onde, todos os dias na hora do almoço conta piadas para a alegria de todos que vivem com ele.

Livro onde Pe. Ladislau narra suas agruras como prisioneiro de guerra e que ele escreveu para ser distribuído gratuitamente, proibindo sua venda. Quem desejar um exemplar basta pedir ao padre

“Falando humanamente, nossos

minutos de vida estavam contados.

Eu, porém, não tinha medo de morrer”

PE. LADISLAU KLINICKI FARÁ 100 ANOS!

E nossa próxima edição naturalmente vai comemorar isso.Se você quer prestar sua homenagem a ele, ou tem algum fato carinhoso, significativo, ou até mesmo curioso ou engraçado com ele a relatar, comente aqui com a #ladislaueeu e você pode ter seu relato publicado.

MAS NÃO ESQUEÇA A #ladislaueeu

8 • Santa Teresinha em Ação Santa Teresinha em Ação • 9

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FAmíliA sAlEsiAnA

ExpERiênCiA ViCEntinA

São José Cafasso: mestre e formador de sacerdotes

Neste mês de junho, celebramos uma das figuras que mais influenciou nosso Pai e Mestre Dom Bosco: São José Cafasso

Ele nasceu em Castelnuovo d’Asti, o mesmo povoado de São João Bosco, no dia 15 de

Janeiro de 1811. Era o terceiro de quatro filhos. Nasceu na Piemon-te do século XIX, caracterizada por graves problemas sociais, mas tam-bém por muitos Santos que se com-prometiam na busca da solução dos mesmos. Cafasso fora diretor espiri-tual de Dom Bosco de 1841 a 1860. Se hoje existimos como Família Sa-lesiana devemos muito a Cafasso

que orientou Dom Bosco nos seus primeiros anos de padre e foi voz de Deus e testemunho coerente de discípulo-missionário. Dom Bos-co destaca três virtudes marcantes desse santo: calma, sagacidade e prudência, assim ele diz: “A virtu-de extraordinária de Cafasso foi a de praticar constantemente e com fidelidade maravilhosa as virtudes ordinárias”. Podemos ver, portanto, a fonte da nossa espiritualidade do cotidiano. Cafasso, além de instruir os novos sacerdotes no Colégio Ecle-siástico de São Francisco de Assis, em Turim, estava sempre atento às necessidades dos últimos, ajudan-do-os inclusive economicamente. Desses últimos tinha uma estima

especial pelos encarcerados e os que eram condenado à morte. Bento XVI destaca: “O seu segredo era simples: ser um homem de Deus; realizar, nos pequenos gestos diários, ‘aquilo que pode ser para a maior glória de Deus e para o benefício das almas’. Amava o Senhor de modo total, era animado por uma fé bem arraigada, sustenta-do por uma oração profunda e pro-longada, e vivia uma caridade since-ra para com todos”. Amemos a Deus nos pequenos gestos de caridade no nosso dia-a-dia como fez São José Caffasso, exemplo para Dom Bosco, hoje referência para nós também.

Dc. Rafael Galvão Barbosa, sdb

facebook.com/rafael.galvaobarbosa

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

A espiritualidade de cada membro da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) é fundamental,

pois, segundo a Regra, todo vicentino tem a missão evangelizadora.

Mas, como falar da Misericórdia de Jesus Cristo e ser misericordiosa se eu não tiver uma profunda experiência com Ele? Claro que participar bem da missa é a melhor maneira de ser infla-mada pelo amor de Deus. Entretanto, viver o cristianismo vai muito além da missa dominical. A Igreja Católica é ri-quíssima de orações, terços, devoções, sacramentos...

Quero ressaltar, neste texto, o Sacra-mento da Reconciliação. Toda vez que reconheço e confesso meus pecados ao sacerdote, tenho vontade de ser uma

pessoa cada vez melhor e aumenta o ânimo em servir ao Senhor, para um dia estar ao lado Dele no Céu.

Confissão sempre é muito boa e dá muitos frutos. Através dela, o padre Ca-milo falou a mim da existência de uma Conferência da SSVP na nossa paróquia. E, com isso, descobri minha vocação vi-centina.

Outra graça foi conhecer um santo na terra, padre Ladislau. Chegar aos 100 anos, atender confissões todos os dias, das 15h às 16h (hora da Misericórdia) é um privilégio para poucos.

Sua devoção a Jesus Misericordioso

é tão evidente que, ao sair do confessio-nário, sinto que sou lavada pelo Sangue e pela Água jorrados do coração de Je-sus. O livro autobiográfico “A um passo da morte”, mostra justamente como Je-sus ivra do Mal todo aquele que confia plenamente no seu Amor, na sua infinita Misericórdia.

Pelo Sacramento da Confissão, ao mesmo tempo em que recebo de Jesus a paz, também meu olhar às pessoas se torna diferente, isto é, troco o julgamen-to pela misericórdia. E isso ajuda, e mui-to, para que a “Experiência Vicentina” aconteça. É um processo de conversão

e de cura.Fazendo uma analogia, acredito que

não teria recebido a “promoção vicenti-na”, pois sei que por mim mesma é difícil ser uma pessoa melhor e fazer a diferen-ça num mundo cheio de mentiras, pre-conceitos e desconfianças. Eu preciso frequentar muito ainda o Confessioná-rio.

Por todo o trabalho de Caridade, agradeço a Deus pela vida do padre La-dislau. E em nome da Conferência Santa Margarida Maria Alacoque, parabenizo padre Ladislau pelo seu centenário e desejo que a paz de Cristo continue rei-nando em sua vida.

Jesus, eu confio em vós!

Renata Sayuri Habiro

Consócia Vicentina

facebook.com/renata.habiro

Cem anos de devoção

“Parabenizo padreLadislau pelo seu centenário e desejo

que a paz de Cristo continue reinando em sua vida”

10 • Santa Teresinha em Ação

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E AgoRA?

E A FAmíliA, Como VAi?

Vivemos a ditadura da insegurança?Este ano comemoramos 100 anos de vida do nosso querido Pe. Ladislau

Testemunha viva dos horrores dos campos de concentração duran-te a 2° Guerra Mundial, relata em

seu livro “A um passo da morte” terríveis acontecimentos nas prisões da Gestapo na Polônia e nos Campos de Extermínio da Alemanha Nazista, o qual na contra capa podemos ler: ”...Seu depoimento é um alerta à humanidade contra todo tipo de violência que degrada a pessoa humana...”

Olhemos para os dias de hoje, res-peitadas as devidas diferenças...

Incrédulos, ouvimos através da mí-dia notícias de crimes hediondos, en-volvendo crianças vítimas de adultos

que deveriam protegê-las, famílias des-pedaçadas, intolerâncias.

Vivemos a ditadura da insegurança?Reféns do medo, passamos a con-

viver com ele, quase sem perceber, e medos crônicos podem debilitar uma pessoa tanto física quanto emocional-mente.

Assim, estamos sempre em alerta, com medo, e nos acostumamos.

A Psicopatia, transtorno de perso-nalidade antissocial, que leva à condu-ta psicopática, caracterizada por um desvio de caráter, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, nar-cisismo, egocentrismo , falta de remor-so para atos cruéis, e inflexibilidade a punição, esse tipo de personalidade tão comum nos campos de concentração, parece bem presente nos tempos atuais.

A falta de empatia num mundo apa-rentemente individualista respalda as relações. Mas, Pe. Ladislau, enfrentan-do toda sorte de sofrimentos nos cam-pos de extermínio nos exorta a oração ...”Jesus eu confio em Vós”...

Essa confiança em Jesus deve nos impelir a fazer um mundo melhor, de paz. Reunidos na oração, na Santa Mis-sa, comungando na Sagrada Eucaristia acendemos uma luz, a luz da esperança em meio a toda escuridão. Levar essa esperança para fora da Igreja é nossa tarefa, multiplicá-la, promovendo pe-quenas mudanças de atitudes.

“Ser do bem”, pode ser um conceito transformador de ações simples, como ética, respeito, educação.

Semeando pequenas mudanças, coisas maiores acontecerão, cidadãos

mais unidos e conscientes podem fazer a diferença. Uma criança regada a esses preceitos, certamente se tornará um agente de mudanças maiores. E quem sabe esse tal de “mundo melhor” pas-se a não ser mais uma utopia, mas seja real.

Talvez seja esse o desejo de nosso querido Pe. Ladislau, quando afirma: “...Felizes os que não perderam a sua fé em Deus, convencidos que a nossa úni-ca e segura proteção está no nome do Senhor...”

Rose Meire de Oliveira

Psicóloga

[email protected]

facebook.com/Rose.rsgo

“Você que é batizado, você que pertence ao povo de Deus, nunca deve permitir que os

problemas que você tem, que você passou se coloquem como pedras para o trope-ço no seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antes de você ser pecador, você é filho, você pertence a essa nação santa e não deve permitir que as dificuldades e si-tuações de sua vida impeçam o seguimen-to do Senhor, o Salvador. Fazemos parte da nação santa e da raça escolhida.”

Foi com estas palavras inspiradoras de São Máximo de Turim que D. Sergio de Deus Borges animou os casais separados e recasados presentes à missa de encer-ramento do 18º Encontro com Jesus, o Bom Pastor. D. Sergio colocou a posição da Igreja, que conclama seus fiéis a aco-lherem os casais que se encontram nessa situação com todo o amor, inserindo-os de maneira completa na comunidade.

Cabe a nós, comunidade, fazermos

nossa parte. Um casamento desfeito não pode ser motivo para casais que recons-truíram suas vidas não serem bem rece-bidos em nossas missas, pastorais e mo-vimentos. Ainda há restrições da Igreja para separados e recasados terem uma participação completa nos sacramentos, mas em tudo o mais sua participação é muito bem vinda e seus filhos têm o di-reito de conhecer e receber Cristo em seu coração.

E esta participação não se deve dar por meio de uma “pastoral dos casais de 2ª união”, como alguns imaginam. Uma pastoral com esta conotação seria dis-criminatória, isolando seus membros. A proposta de Cristo é de amor, sendo suas manifestações máximas a misericórdia e a compaixão. E é com misericórdia e compaixão que devemos recebe-los, da mesma forma como devemos receber qualquer outra pessoa.

Lembremos, por fim, que a situação dos separados e recasados perante os sacramentos é exatamente igual ao dos que nunca foram casados, mas têm vida sexual ativa. Alguns fiéis tendem a con-siderar natural a participação irregular destes na mesa da comunhão, mas se escandalizam se aqueles apresentam-se para receber o Santíssimo. Por que? Lembremos que não cabe a nós julgar a regularidade da situação sacramen-tal das pessoas, esta é uma questão de foro íntimo e deve ser resolvida entre a pessoa e Deus, o único que, além dela, conhece o que vai de verdade em seu co-ração.

Luiz Fernando e Ana Filomena

[email protected]

facebook.com/anafilomenag

facebook.com/lzgarcialz

Não seja pedra de tropeço

Santa Teresinha em Ação • 11

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QuE dElíCiA!

CidAdAniA

Celebrar a vida e com bolo de chocolate!

Neste mês vamos falar de um tipo muito especial de exercício da cidadania. O acolhimento social

A grandeza e a pujança da região metropolitana de São Paulo foi construída a partir do esforço e

dos sonhos dos migrantes e imigrantes que a ela afluíram em busca de dias me-lhores.

De fato para nossa região metropoli-tana vieram imigrantes de diversos paí-ses como Itália, Portugal, Espanha, Ale-manha, Armênia, Polônia, China, Japão, Coreia (apenas para citar alguns) , bem como migrantes de outras regiões do Brasil, como Bahia, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Goiás, Paraná, Minas Gerais,

dentre outras.Em sua esmagadora maioria, os re-

cém chegados foram recebidos por co-nhecidos, amigos ou familiares oriundos dos mesmos locais de origem, que lhes ofereceram abrigo, alimentação e as pri-meiras orientações de como e onde se estabelecerem.

Este acolhimento social termina por reforçar ainda mais o vinculo entre aco-lhedores e acolhidos de forma tal, que estes laços se perpetuam ao longo do tempo.

Se você não é migrante ou imigrante, pergunte a um amigo ou parente. Certa-mente ele confirmará esta afirmação.

Mesmo com algum respaldo o imi-grante sofre com a barreira da língua e as diferenças culturais.

Melhor sorte não tem os migrantes,

que embora não tenham maiores difi-culdades com a língua, sofrem com as barreiras culturais de nossa região.

Atualmente em nossa cidade existe uma certa xenofobia , ou seja, uma aver-são ou profunda antipatia em relação á pessoas de outros lugares, em especial de outras regiões do Brasil. Embora exis-ta também um certo preconceito contra estrangeiros.

Contudo não podemos nos esquecer das lições do Cristo: “Quem vos acolhe, acolhe a mim e quem me acolhe, acolhe Aquele que me enviou” (Mt 10,40).

São Paulo em sua carta aos Roma-nos também nos ensina: “Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a glória do Pai” (Rom 15,7).

O verdadeiro seguidor de Jesus deve então acolher àqueles oriundos de ou-

tros lugares, pois foi assim que o próprio Cristo nos ensinou.

De nada adiante pedir a misericórdia do Pai, se não conseguimos ser miseri-cordiosos com nossos semelhantes.

Muitos paulistanos recentemente sofreram como imigrantes em outras partes do mundo e podem relatar a im-portância do acolhimento social para o recém chegado.

Pergunte a um amigo ou conhecido que viveu esta situação no exterior.

Reflita bem sobre este tema.

Aloísio Oliveira

Advogado

facebook.com/aloisio.oliveira.54

O acolhimento social

Bolo de Chocolate Delicioso125 g de manteiga 350 g de açúcar 350 g de farinha de trigo 125 g de chocolate em pó 4 ovos 1 colher (chá) de canela moída 1 colher (chá) de cravo moído 1 xícara (chá) de leite 1 colher (sopa rasa) de fermento

Modo de fazer: bater a manteiga com o açúcar e as gemas, juntar a farinha, o leite, o chocolate, o fermento e as especiarias. Por último acrescentar as claras em neve. Levar assar em forno baixo mais ou menos 1 hora.

Comemoram-se aniversários desde 3000 aC, quando egip-cios e gregos adotaram o costume somente para os “espe-ciais”: faraós e deuses. O hábito contaminou os Romanos,

mas também os restringiam ao imperador, a sua família e aos senadores. No início do Cristianismo, o costume foi abolido por causa de suas origens pagãs e somente no século 4, quando Igreja começou a celebrar o nascimento de Cristo, ressurgiu o hábito de festejar aniversários e surgem os símbolos: o bolo, as velinhas, o “Parabéns a Você”.

Nosso comunidade tem uma boleira de mão cheia, a Rosa-ne, ou Guria, como a chamamos, com muito carinho. Sua paixão pelos bolos surgiu ainda quando criança, observando a mãe que sempre fazia bolo nos aniversários. No casamento de sua irmã mais velha, um mês depois de seu próprio casamento, a sua mãe que iria fazer o bolo adoeceu e ela assumiu a tarefa. Pronto, a vo-cação virou sonho e logo realidade, conforme podemos constatar no site www.bolosdaguria.com.br! Ela diz que não troca São Pau-lo por nada, e nem a gente quer que ela troque. Afinal, quantos bolos maravilhosos saboreamos em nossas festas em Santa Te-resinha, feitos com talento e dedicação. E, nesta edição, ela dá a receita do bolo que fez para o aniversário do Pe. Ladislau.

Então, mão na massa com esta receita maravilhosa da Guria e vamos celebrar a vida!

Rosângela Melatto, chef de cozinha

[email protected]

facebook.com/rosangela.melatto

Recheio e cobertura

1 litro de creme de leite fresco 3 colheres de açúcar 1 lata de pêssegos em calda

Modo de montar: cortar o bolo apenas 1 vez. Bater o creme de leite fresco com o

açúcar. Picar os pêssegos e colocar uma camada de creme e uma camada de pêssegos.

Cobrir com o restante do creme de leite e colocar alguns pedaços de pêssegos para enfeitar.

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AContECE

Nota de esclarecimento"Venho através desta esclarecer sobre os boatos de extinção do

coral Santa Teresinha. Informo que os trabalhos irão continuar pois o coral desempenha um papel de extrema importância para cum-prir as atividades como missas, casamentos e concertos.

O coral comemora este ano 57 anos de existência e neste tem-po muita coisa mudou. Contudo, o mais importante continuará a existir que é a manutenção da arte expressada através de músicas de qualidade feitas com muito respeito e amor pela nossa Paróquia. Contem conosco sempre. A tradição viverá pois a arte é perene.

Deus abençoe a todos.”Visite nosso site:http://www.designfaz.com.br/coralst/

Maestro Sandro RibeiroCoral Santa Teresinha

Durante o Capítulo Geral 27 , em Roma, mais precisamente no dia 21 de março, Pe. Fábio At-tard, Conselheiro Geral para a Pastoral Juvenil

Salesiana apresentou aos capitulares o novo Quadro Referencial para a Pastoral Juvenil, que após passar por tradução, chegou este mês às mãos dos salesia-nos no Brasil.

“Não se trata de acrescentar ou modificar algumas coisas. Trata-se antes de recentrar os processos da educação à fé como missão da nossa Congregação", explicou o Pe. Miguel Àngel Garica, do mesmo setor. "Pretende-se, além disso, pensar concretamente nas diversas obras e serviços, e restituir uma autêntica capacidade de formação ao educador salesiano, religioso e leigo, e uma formação que vise a missão."

O volume articula o patrimônio salesiano em um instrumento útil, dirigido, antes de tudo, aos Sale-sianos, mas também a todos aqueles que assumem uma responsabilidade dentro da missão educativo-evangelizadora. É, esse texto, o ápice do trabalho pastoral feito nos últimos cinco anos; mas é também ponto de partida para toda uma série de opções, empenhos, perspectivas, caminhos de desenvolvi-

mento de quanto foi elaborado e amadurecido até agora.Para esse trabalho, foram interpelados todos os Cen-

tros de Estudo da Congregação; os Centros Nacionais de Pastoral Juvenil; os Centros de Formação Permanente, mais os Salesianos especialistas na matéria; cada Ins-petoria, com a contribuição de todos os Conselhos Inspetoriais e de uma equipe (30 pessoas) que elabo-raram a redação da presente edição. Privilegiou-se o estilo e a linguagem próprios das Constituições Sale-sianas, pastoral e espiritualmente mais envolvedora, tudo iluminado por um fio condutor e pelo ícone da Palavra de Deus.

Segundo o Pe. Roque Sibioni, Vice-Inspetor Sale-siano e Coordenador da Articulação da Juventude Sa-lesiana em São Paulo, esse documento vem reforçar a identidade carismática da Família Salesiana, a mis-são que se realiza na Igreja e como Igreja com os jo-vens, conforme entrevista concedida à Pascom, que você confere na íntegra em http://goo.gl/A45BGi.

Lançamento da revista Santa Teresinha de Lisieux

Revista oficial do Santuário de Lisieux, na França, agora no Brasil, trazendo as principais informa-ções sobre Santa Teresinha, peregrinações, tes-

temunhos... Ao adquirir o exemplar da revista, o leitor leva gra-

tuitamente um calendário 2014 ilustrado, exclusivida-de da 1ª edição!

De R$ 14,90 por R$ 9,90

Confira no http://goo.gl/8dSyvd

Ficha técnica: Autor: Santuário Santa Teresinha - FrançaIdioma: PortuguêsDivisões/formato: 21 x 28 cmAcabamento: GrampoNúmero de páginas: 24

Pastoral juvenil salesiana tem novo Quadro Referencial

Lançamento

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AContECE

Novena de Auxiliadora - Melhores Momentos

Veja mais fotos e assista às entrevistas em http://goo.gl/IOFC4J

14 • Santa Teresinha em Ação

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Festa de Auxiliadora -Imensa participação

Veja todas as fotos em http://goo.gl/IOFC4J

Santa Teresinha em Ação • 15

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Gratidão EspECiAl

Pela Misericórdia Divina completei 100 anos de vida. Já há muito, faço parte do que chamamos "TERCEIRA IDADE". Terceira e última, porque a Sagrada Escritura diz: "Setenta

anos é o tempo da nossa vida. Oitenta anos. se ela for vigorosa; e a maior parte deles é fadiga e mesquinhez, pois passam depressa e nós voamos" (SI 89.10).

Vivendo por muito tempo, adquirimos mais experiência e ficamos mais conscientes de que perderemos nossa existência. Nós também dizemos sinceramente como Jó bíblico: "Minha vida é um sopro" (Jó 7,7).

"A vida é uma dádiva de Deus Misericordioso e por isso de-vemos esforçar-nos cada vez mais para torná-la a melhor que pudermos, pelo uso sábio das oportunidades que Deus nos ofe-rece." Sim, a vida é um dom sagrado, no qual Deus faz luzir seu mistério e seu amor.

Esta é a voz sincera da minha experiência dos meus cem anos, que vivi na Rússia, Polônia, Alemanha, Equador e aqui no Brasil por 46 anos.

Por certo, no decorrer dos anos da infância e da juventude na Polônia, da idade madura na Alemanha e no Equador, como também aqui no Brasil, muitas alegrias e sofrimentos, mas em to-dos. os lugares prevalece nas recordações o que houve de melhor e, por conseguinte, isto me permite sinceramente não conservar amargura alguma do passado. Ao contrário, sinto a imensa gra-tidão e impulso de agradecer a Deus, por haver me prolongado a vida de maneira milagrosa, afastando sempre os piores perigos e sofrimentos, caminhando A UM PASSO DA MORTE, especial-mente nos anos da Primeira e Segunda Guerra Mundial.

Agora já sei, por minha própria experiência, que a terceira idade da vida é do relativo repouso e reflexão, admirando a bon-dade e paciência de meus irmãos que. exonerando-me de gran-des responsabilidades, deixam para mim a liberdade de assumir as pequenas tarefas e compromissos, para não sentir eu mesmo o pior na vida: a inércia absoluta.

"Feliz de quem atravessa a vida tendo mil razões para viver."Realmente, há ainda tantas coisas a fazer também na terceira

idade, há multidão de pequenos serviços a prestar. Existem inú-meros corações a serem compreendidos, perdoados e amados pelo sacerdote. velho confessor e amigo. Há tantos sofrimentos a serem consolados e compartilhados, infundindo em tantos co-rações a confiança em Jesus Misericordioso. para que todos pu-dessem dizer "SENHOR, POR MAIS DURO QUE SEJA O MEU CA-MINHO. FAZE! COM QUE EU ANDE. QUERO SEGUIR-VOS ATÉ A CRUZ. VINDE. TOMAI A MINHA MÃO".

E eu mesmo deveria dizer todos os dias: "O que retribuirei ao Senhor por tudo o que Ele fez por mim? Receberei o cálice da salvação, invocando o nome do Senhor."

Texto escrito por Pe. Ladislau Klinicki em seu aniversário de 88 anos e adaptado aos seus 100 anos de vida, publicado a pedido do próprio Pe. Ladislau

“Feliz de quem atravessa a vida tendo mil razões para viver”

Imagem do Sagrado Coração de Jesus que Pe. Ladislau gosta de distribuir a todos que o procuram

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