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 Primeira Epístola de Pedro AUTOR O autor se identifica como "Pedro, Apóstolo de Jesus Cristo" (1.1) e não há evidências de que a autoria de Pedro tenha alguma vez sido questionada na igreja primitiva. Descreve a si próprio como “testemunha dos sofrimentos de Cristo” ( 5.1) e existem ecos dos ensinamentos e dos feitos de Jes us na epistola (compare 3.14 com Mt 5.10-12; e 5.2-3 com João 21.1 5-17 ). Paralelos de pensamentos e frases entre 1 Pedro e os discursos de Pedro em Atos dão ainda mais apoio à autoria de Pedro (compare 2.7-8 com Atos 4.10-11). Silvano, que acompanhou Paulo em sua segunda viagem missionária, provavelmente tenha sido secretário de Pedro na escrita do livro (ver 5.12), o que explica o estilo polido do grego da carta. Pelos seus escritos, Paulo é chamado o Apóstolo da Fé, João, o Apóstolo do Amor, e Pedro, o Apóstolo da Esperança. DESTINATÁRIOS, LOCAL DE ESCRITA E DATA PROVÁVEL Pedro se dirige aos cristãos que vivem em várias partes da Ásia Menor: Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia. Muito embora descritos como peregrinos da dispersão (judeus espalhados pelo mundo), provavelmente eram, em sua maioria, gentios convertidos, pois Pedro afirma que eles não eram povo de Deus (2.10) e, também, sua antiga vida de obscenidades, bebedeira e idolatria (4.3) descrevia mais os pagãos gentios do que os judeus do Século I. Pedro diz que escreveu a carta de Babilônia (5.13), o que pode se tratar mesmo da localidade de Babilônia; outra possibilidade, como afirma a tradição primitiva, Babilônia poderia estar simbolizando Roma, como medida de prudência caso a carta caísse em mãos erradas. A tradição antiga também sugere que Pedro foi martirizado em Roma junto com a severa perseguição de Nero aos cristãos depois do incêndio de Roma em 64 dC. Esta carta foi escrita provavelmente perto do fim da vida de Pedro, mas enquanto ele ainda poderia dizer: “honrai ao rei” (2.17). O início dos anos 60 é uma boa estimativa para a composição da carta. CENÁRIO Pedro escreve aos cristãos que estão sofrendo rejeição no mundo devido à sua obediência a Cristo (4.3-4, 12-16). Refere-se a eles como “peregrinos e forasteiros” (1.1,17; 2.11) e relembra-os de que têm uma herança celestia l, e que o poder de Deus (certa mente o Espír ito Santo) haveria de guardá-los, mediante a fé, para a salvação que há de se revelar na segunda vinda de Cristo (1.3-7). Embora sofrer seja a “ardente prova” (4.12), aparentemente não há vinculação a martírio (3.13-14; 4.16). 1

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Primeira Epístola de Pedro

AUTOR

O autor se identifica como "Pedro, Apóstolo de Jesus Cristo" (1.1) e não há evidências deque a autoria de Pedro tenha alguma vez sido questionada na igreja primitiva . Descreve a si própriocomo “testemunha dos sofrimentos de Cristo” (5.1) e existem ecos dos ensinamentos e dos feitos deJesus na epistola (compare 3.14 com Mt 5.10-12; e 5.2-3 com João 21.15-17). Paralelos depensamentos e frases entre 1 Pedro e os discursos de Pedro em Atos dão ainda mais apoio àautoria de Pedro (compare 2.7-8 com Atos 4.10-11).

Silvano, que acompanhou Paulo em sua segunda viagem missionária, provavelmente tenhasido secretário de Pedro na escrita do livro (ver 5.12), o que explica o estilo polido do grego da carta.

Pelos seus escritos, Paulo é chamado o Apóstolo da Fé, João, o Apóstolo do Amor, ePedro, o Apóstolo da Esperança.

DESTINATÁRIOS, LOCAL DE ESCRITA E DATA PROVÁVEL

Pedro se dirige aos cristãos que vivem em várias partes da Ásia Menor: Ponto, Galácia,

Capadócia, Ásia e Bitínia.

Muito embora descritos como peregrinos da dispersão (judeus espalhados pelo mundo),provavelmente eram, em sua maioria, gentios convertidos, pois Pedro afirma que eles não erampovo de Deus (2.10) e, também, sua antiga vida de obscenidades, bebedeira e idolatria (4.3)descrevia mais os pagãos gentios do que os judeus do Século I.

Pedro diz que escreveu a carta de Babilônia (5.13), o que pode se tratar mesmo dalocalidade de Babilônia; outra possibilidade, como afirma a tradição primitiva, Babilônia poderia estar simbolizando Roma, como medida de prudência caso a carta caísse em mãos erradas.

A tradição antiga também sugere que Pedro foi martirizado em Roma junto com a severaperseguição de Nero aos cristãos depois do incêndio de Roma em 64 dC. Esta carta foi escritaprovavelmente perto do fim da vida de Pedro, mas enquanto ele ainda poderia dizer: “honrai ao rei”(2.17). O início dos anos 60 é uma boa estimativa para a composição da carta.

CENÁRIO

Pedro escreve aos cristãos que estão sofrendo rejeição no mundo devido à sua obediênciaa Cristo (4.3-4, 12-16). Refere-se a eles como “peregrinos e forasteiros” (1.1,17; 2.11) e relembra-osde que têm uma herança celestial, e que o poder de Deus (certamente o Espírito Santo) haveria deguardá-los, mediante a fé, para a salvação que há de se revelar na segunda vinda de Cristo (1.3-7).Embora sofrer seja a “ardente prova” (4.12), aparentemente não há vinculação a martírio (3.13-14;4.16).

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TEMA E PROPÓSITO

Estão descrito em 1Pe 5.12:

“Por meio de Silvano, que para vós outros é fiel irmão, como também o considero,vos escrevo resumidamente, exortando e testificando, de novo, que esta é averdadeira graça de Deus; nela estai firmes”.

A palavra traduzida por “exortando” tem a mesma raiz de “paracleto”, o que nos lembra o

ministério do Espírito Santo de consolar e encorajar. A palavra “testificando” significa“testemunhando” e tem a mesma raiz da palavra mártir. Podemos, então, explicitar o propósito dacarta:

“Pedro escreveu, resumidamente, com base em seu próprio testemunho, paraencorajar os irmãos a permanecerem firmes na graça de Deus, suportando compaciência seus sofrimentos e triunfando sobre as perseguições, aflições eprovações”.

CRISTO EM 1ª. PEDRO

• Preexistia antes da fundação do mundo (1.20);

• Em Espírito, pregou e profetizou no Antigo Testamento por intermédio dos profetas (1.10-11; 3.18-20; 4.6);

• Seu sangue nos redimiu do pecado e nos resgatou da nossa vã maneira de viver (1.18-19;3.18);

• Sua ressurreição nos deu uma nova vida, cheia de uma esperança incorruptível,incontaminável, imarcessível, reservada nos céus (1.3-5; 3.21);

• Sua revelação (em sua segunda vinda) será gloriosa, e deve ser fonte de graça para nossoviver (1.7,13;2.12; 4.13; 5.1,4);

Ele e a Pedra que os edificadores rejeitaram e que foi posta como a Pedra Angular (2.4-8);• Ele é a nossa “preciosidade” (2.7);

• Ele é o exemplo a ser seguido ao padecemos injustamente (2.21-23; 3.17-18; 4.1,13-14);

• Ele e o Pastor e Bispo das nossas almas (2.24-25).

PRINCIPAIS PALAVRAS DO LIVRO

• Peregrinos (1.1,17; 2.11)

Significa que, embora vivendo neste mundo, já não somos mais daqui. Nosso lar está

reservado nos céus (1.4). Este mundo há de se tornar hostil para nós (4.3-4,12-14);

• Revelação (De Jesus Cristo) (1.5,7,13; 4.13; 5.1)

Refere-se ao momento glorioso no último tempo, cheio de regozijo e alegria, que ocorrerána segunda vinda de Cristo, quando nossa salvação há de se completar, e quandotomaremos posse da nossa herança celestial.

• Salvação (1.5,9,10; 3.21; 4.18)

Não se refere à salvação inicial, que é operada em nosso espírito quando nascemos denovo (Ti 3.4-6). Trata-se da salvação da nossa alma e do nosso corpo, que é um processoque se inicia quando recebemos a Cristo e só vai se completar na Sua revelação.

• Provações (1.6-7, 4.12)

• Sofrer, Padecer, Sofrimento (1.11; 2.19-21, 23; 3.14,17-18; 4.1,13-15,19; 5.1,9-10 )

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Este é o principal tema do livro, referindo-se ao sofrimento de Cristo por nós, deixando-nosSeu exemplo, e ao nosso sofrimento por causa de Cristo e por causa de Sua justiça.

• Graça (1.2,10,13; 2.18,20; 3.7; 4.10; 5.5,10,12)

Juntamente com o tema do sofrimento, está o tema da graça. Deus dá graça para suportar o sofrimento àqueles que querem fazer Sua vontade. Nessa graça devemos permanecer firmes.

• Conduta, Procedimento (1.15,18; 2.11; 3.1,16)Conduta diz respeito à vida de santidade. Nossa conduta deve ser correta diante do mundoe diante das autoridades constituídas; os servos devem se sujeitar aos seus senhores; asmulheres devem ganhar seus maridos para Cristo através do seu procedimento exemplar.Se padecermos, que não seja por causa da nossa má conduta para com o mundo, mas por causa do nome de Cristo.

• Amados (2.11; 4.12)

O irmão Griffith Thomas, um grande mestre da Palavra de Deus, divide esta epístola emtrês partes, tendo como base a palavra “amados”. A primeira parte, 1.11 a 2.10, é intitulada“Privilégio”; a segunda parte, 2,11 a 4.11, é intitulada “Dever”; a terceira parte, 4.12 a 5.13,

“Provação”. Não trabalharemos com esse enfoque, mas capítulo a capítulo.

CAPÍTULO 1

• Saudação (1.1-2)

Pedro, apresentando-se como apóstolo de Jesus Cristo, destina a carta aos “peregrinos daDispersão”, afirmando àqueles que estavam sofrendo por causa do Evangelho, logo nasaudação, que aqui não é nosso lar, mas que somos como forasteiros nesta terra.

Afirma também a esses cristãos que eles eram escolhidos por Deus na santificação doEspírito (por possuírem o Espírito Santo) para viverem uma vida de obediência e santidade

(aspersão do sangue de Jesus Cristo – ver Hb 9.13-14).Em seguida abençoa os irmãos, para que a graça e a paz sejam multiplicadas em suasvidas.

• A Graça da Salvação e as Provações (1.3-12)

Pedro afirma que a ressurreição de Cristo dentre os mortos fez nascer em nós uma vivaesperança para uma herança incorruptível, incontaminável, imarcessível, reservada noscéus para nós. Também, que somos guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para asalvação que está preparada para se revelar no último tempo, na revelação de JesusCristo, isto é, em sua segunda vinda. A plena salvação é colocada no futuro, mas sua forçase mostra no já presente, porque o poder de Deus (a ação do Espírito Santo)há de nos

guardar para aquele dia.A respeito desta graça, que a nós foi destinada, os profetas indagaram e profetizaramdiligentemente, prevendo os sofrimentos que a Cristo haveriam de vir, e a glória quehaveria de resultar para nós.

No entanto, embora exultantes por essa esperança, por um pouco de tempo, é necessárioque passemos por provações, que tem em vista a prova da nossa fé. Assim como o fogopurifica o ouro, a nossa fé aprovada redundará em glória e honra na revelação de JesusCristo.

• Exortação à Santidade (1.13-24)

Sabendo destas coisas, Pedro nos exorta a sermos sóbrios e esperarmos na graça que nosé oferecida na revelação de Jesus Cristo, ou seja, na glória daquele dia e no poder de Deusque nos há de guardar até lá.

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Então, como fez na saudação da carta, nos exorta à obediência e à santidade em toda anossa conduta durante o tempo da nossa peregrinação (  paroikia= para+oicos),relembrando-nos:

Que fomos resgatados da nossa vã maneira de viver por meio da morte remidora deCristo, e que por Ele cremos em Deus;

Que a Sua ressurreição e Sua glorificação nos fazem ter esperança em Deus; Que temos purificado nossas almas na obediência à verdade, que leva ao amor fraternal não fingido;

Que, por isso mesmo, devemos nos amar ardentemente uns aos outros;

Que temos nascido de novo pela Palavra de Deus que permanece para sempre.

CAPÍTULO 2

• Necessidade de crescermos (2.1-3)

Como recém-nascidos, precisamos desejar o puro leite da palavra ( logikos) para podermoscrescer. Para crescermos precisamos de duas coisas: deixar a vã maneira de viver (malícia, engano,fingimento, inveja, maledicência) e buscar ardentemente a palavra deDeus. Temos que experimentar em nossa vida que o Senhor é bom.

• Igreja, o Edifício de Deus (2.4-10)

Pedro nos mostra que fomos feitos como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual,a igreja, onde somos sacerdócio santo, onde oferecemos sacrifícios espirituais agradáveisa Deus, através de Jesus Cristo, a pedra angular desse edifício.

Cristo se tornou pedra de tropeço para os que o rejeitaram, mas para nós, os que cremos,se tornou a pedra principal, o fundamento, a nossa preciosidade, em quem não nos

confundimos.Somos agora “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, paraanunciar as grandezas daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa lu z”.

• Conduta para com descrentes e autoridades (2.11-17)

Lembrando novamente nossa condição de peregrinos e forasteiros, Pedro nos exorta a nosabstermos dos desejos da carne, que combatem contra a alma, e para mantermos umaconduta correta para com os descrentes, para que o nosso bom testemunho diante delesseja motivo de louvor no “dia da visitação” (segunda vinda de Cristo).

Como servos de Deus, e por amor a Ele, somos exortados a nos sujeitarmos a todaautoridade humana, quer ao rei, como soberano, quer aos governadores, como seusenviados.

• Conduta dos servos cristãos (2.18-20)

Pedro exorta que os servos sujeitem-se aos seus senhores, não somente aos bons, mastambém aos maus.

Ensina que é “graça” que alguém, por causa da consciência para com Deus, suportetristeza, padecendo injustamente; ensina também que, se somos afligidos fazendo o bem esofrermos o dano com paciência, isso é “graça” de Deus, é o poder de Deus para asalvação preparada para o dia de Cristo.

• Cristo, nosso exemplo diante do sofrimento (2.21-25)

Temos que seguir as pegadas de Cristo: “Ele não cometeu pecado, nem na sua boca seachou engano; e sendo injuriado, não injuriava, quando padecia, não ameaçava, masentregava-se àquele que julga retamente”.

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Ele levou sobre o seu corpo os nossos pecados, para que pudéssemos viver para a justiça;pelas suas feridas fomos sarados.

Agora Ele é o Pastor e Bispo das nossas almas, e portanto, vai nos ajudar a sermosconduzidos para a vontade de Deus em momentos difíceis. Esta é a graça do poder deDeus sobre nós!

CAPÍTULO 3

• Conduta das mulheres e dos maridos cristãos (3.1-7)

Semelhantemente aos servos com os seus senhores, as mulheres devem ser submissasaos seus maridos, para que, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos, sempalavra, pela conduta santa de suas mulheres.

O adorno das mulheres não deve focar o traje exterior do corpo, mas o íntimo do coração,no incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que é precioso diante de Deus.

Igualmente, os maridos devem viver a vida comum do lar com discernimento, dando honraà mulher como vaso mais frágil, e como sendo elas co-herdeiras da graça da vida. Portanto

a herança deve ser conquistada em conjunto com a esposa. Sem esse padrão de condutaaté mesmo nossas orações ficam interrompidas.

• Conduta diante dos irmãos (3.8-13)

Finalmente, Pedro nos exorta para sermos todos de um mesmo sentimento, compassivos,cheios de amor fraternal, misericordiosos, humildes e não retribuído mal por mal; antes,pelo contrário, bendizendo, porque fomos chamados para herdar uma bênção com eles.

• Conduta diante da injustiça e ameaças do mundo (3.14-22)

Se padecermos por amor da justiça, somos bem-aventurados (Mt 5.10-12). Portanto, nãodevemos temer nem nos perturbar com as ameaças do mundo.

Antes, devemos santificar a Cristo em nossos corações e buscar estar preparados pararesponder com mansidão e temor a razão da esperança que há em nós. Devemos procurar ter uma boa consciência em relação à nossa boa conduta em Cristo, para que o mundo nãotenha motivo para falar contra nós e fiquem confundidos os que o fizerem. Se tivermos quesofrer, que seja, então, fazendo o bem.

Esse foi o exemplo de Cristo, o justo que morreu pelos injustos, para levar-nos a Deus,morto na carne, mas vivificado em Espírito.

Assim como nos dias de Noé oito pessoas se salvaram na arca através da água, o batismocristão é uma figura da nossa salvação, não só no despojamento da carne, mas naindagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo, aquem foi dada toda a autoridade nos céus e na terra.

CAPÍTULO 4

• Fazendo a vontade de Deus, não a dos homens (4.1-6)

Pedro nos exorta a nos determos em fazer a vontade de Deus e não a concupiscência doshomens, da qual fomos libertos, afirmando que essa atitude vai entrar em confronto com aspessoas do mundo, que haverão de blasfemar contra nós por não concorremos com elasem sua dissolução desenfreada.

Porém, Deus há de julgar a todos em futuro breve; portanto devemos ser sóbrios e vigiar em oração.

• Servindo uns aos outros em amor (4.7-11)

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Novamente, somos exortados a ter, antes de tudo, ardente amor uns para com os outros,porque o amor cobre uma multidão de pecados. Também, devemos ser hospitaleiros unspara com os outros, sem murmuração.

Também, devemos nos prontificar a servir uns aos outros em amor, como bonsdespenseiros da multiforme graça de Deus que é dada a cada um de nós.

Alguns de nós podem ter dons de proeminência, como o de falar. Se alguém falar, falecomo entregando palavra de Deus.

Outros, podem ter dons mais singelos, como o de servir. Se alguém serve, sirva segundo aforça que Deus concede.

Qualquer que seja o dom, que tudo seja feito para a glória de Deus.

• Sofrendo segundo a vontade de Deus (4.12-19)

Mesmo servindo a Deus e fazendo o bem, não devemos nos surpreender com o “fogoardente” que vem sobre nós para nos provar, como se fosse coisa estranha. Devemos, deantemão, nos alegrarmos por sermos participantes das aflições de Cristo, para quetambém, na revelação da Sua glória, nos regozijemos e exultemos.

Se pelo nome de Cristo formos rejeitados pelo mundo, bem-aventurados seremos, porque

sobre nós repousa o Espírito da Gloria, o Espírito de Deus, e isso é graça de Deus.Se padecemos como cristãos, não devemos nos envergonhar, antes, glorificar a Deus nonome de Cristo. Nosso sofrimento faz parte das aflições de Cristo.

É como se o julgamento de Deus sobre os homens já tivesse começado por nós, sua casa.E se a nossa salvação demanda nosso sofrimento por causa de Cristo como parte de Seusofrimento por nós, isto é, se os justos são salvos com dificuldade e sofrimento, comocomparecerá diante de Deus o ímpio e o pecador?

“Portanto, os que sofrem segundo a vontade de Deus confiem as suas almas ao fiel Criador, praticando o bem”.

CAPÍTULO 5

• Conduta dos anciãos e dos mancebos (5.1-9)

Aos anciãos, Pedro, como um ancião e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e comoparticipante da glória que há de se revelar, exorta que eles apascentem o rebanho de Deus:

Não por força (obrigado), mas espontaneamente (de coração);

Não por torpe ganância (porque tem algo a ganhar), mas de boa vontade;

Não como dominadores, mas servindo de exemplo.

A recompensa virá quando se manifestar o sumo Pastor.Semelhantemente, os mais novos, devem ser sujeitos aos mais velhos.

• A potente mão de Deus (5.1-1)

Todos, porém, devemos estar cingidos de humildade uns para com os outros, porque Deusresiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.

Temos que nos humilhar debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo nosexalte, isto é, para podermos ser sustentados pela sua graça e guardados, mediante a fé,para a salvação que está preparada para nós (1.5).

Por isso, temos que lançar sobre Deus toda a nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado denós, quer manifestar Seu poder e Sua graça em nossas vidas.

Porque o diabo, nosso adversário, anda em derredor, rugindo como leão e procurando aquem possa tragar, devemos ser sóbrios e vigilantes, resistindo firmes suas investidascontra nós, e contra sua igreja.

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E o Deus de toda a graça, que em Cristo nos chamou à Sua eterna glória, depois depadecermos por um pouco de tempo, Ele mesmo nos há de aperfeiçoar, confirmar efortalecer.

Esta é a verdadeira graça de Deus; nela permaneçamos firmes!

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