Peiras Explosivas

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Preveno e Controle dos Riscos com Poeiras Explosivas.

INTRODUO.

Neste artigo procuramos enfocar os efeitos dos incndios e exploses que acontecem com poeiras em suspenso ou acumuladas cujos efeitos podem ser de uma ou outra situao, inicialmente daremos um enfoque tcnico abrangendo os materiais objeto de nosso trabalho.Como nossa atividade esta bastante vinculada Agro Industria, e de madeiras, nossos exemplos so destas reas porm, lembramos que situaes to ou mais graves com poeiras explosivas acontecem tambm nas indstrias qumica, farmacutica e metal mecnica entre outros.

1. INCNDIOSOs incndios ocorrem com quaisquer materiais combustveis, porm, para que tal acontea necessrio que a quantidade de material combustvel seja muito grande, e as partculas, tenham pouco espao entre si, impedindo um contato direto e abundante com o oxignio do ar . As partculas devem, porm estar afastadas entre si, de maneira que apesar da existncia da fonte de ignio e da conseqente combusto local , no seja permitida a propagao instantnea do calor de combusto s partculas localizadas nas camadas mais internas, devido a insuficincia de ar. Desta forma, a queima se d por camadas, em locais onde poeiras estejam depositadas ao longo das jornadas de trabalho, ou numa das seguintes formas: Empilhados Em camadas Armazenados em tulhas Depsitos Outros A ignio que ocorre em camadas, deve ser controlada com cuidado, para evitar que o material depositado em estruturas, tubulaes e locais de difcil visualizao e limpeza, sejam colocados em suspenso, formando a nuvem de poeira , que evoluir para exploso pois h no ambiente os fatores de deflagrao da mesma, isto fogo e energia. O incndio por camadas, outrossim de difcil extino, podendo prolongar-se por vrias horas aps sua extino.2. EXPLOSESOcorrem freqentemente em unidades processadoras em referncia, onde as poeiras tenham propriedades combustveis; necessrio, porm que as mesmas estejam dispersas no ar e em concentraes adequadas. Isto ocorre em pontos das instalaes onde haja moagem, descarga, movimentao, transporte etc., desde que sem controle de exausto e desde que, obviamente existam os fatores desencadeantes.Ocorrem freqentemente em instalaes onde so processadas: Farinhas de : trigo, milho, soja, cereais etc.

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Particulados : acar, arroz ch, cacau, couro, carvo, madeira, enxofre, magnsio, eletrometal(ligas)2.1. EXPLOSES PRIMRIAS E SECUNDRIASA poeiradepositadaao longo dotempo nos mais diversos locais da planta industrial, quando agitada

oucolocada emsuspensoe na presena de uma fonte de ignio com energiasuficiente

paraaprimeira deflagrao, poder explodir, causando vibraes subsequentes pelaonda de

choque , isto far com que mais p depositado entre em suspenso e mais exploses aconteam , cada qual mais devastadora que a anterior, causando prejuzos irreversveis ao patrimnio, paradas no processo produtivo e o pior, vidas so ceifadas ou ficam alijadas de sua capacidade elaborativa com as conseqncias por todos conhecidas ( incapacidades totais e permanentes )3. TRANSFORMAO DE INCNDIO EM EXPLOSOA mudana de incndio para exploso , pode ocorrer facilmente, desde que poeiras depositadas nas cercanias do fogo, sejam agitadas , entrem em suspenso, ganhem concentrao mnima, e como o local j esta com os ingredientes necessrios, o prximo passo o desencadeamento das subseqentes exploses. Ao contrrio, se as poeiras em suspenso causarem uma exploso, as partculas de poeira que esto queimando saem da suspenso e espalham o fogo. Nestes termos os danos podem ser considervelmente maiores evoluindo ainda para incndios.ENSAIO DE COMBUSTIVIDADE COM POEIRAS.

O material esquerda um gro convencional de industria agrcola e que aps passar por uma peneira, resultou na poeira direita, poeira esta de propriedades inflamveis, obtidas em laboratrio para ensaio, para fins de ensaios de explosividade.

Teste de combustividade do material, embora no haja contato entre a chama e o material depositado no disco de amianto, o p libera seus volteis que com um fator inicializante adequado podem entrar em combusto ou em ambientes confinados resultar em exploses.As misturas combustveis finamente pulverizadas so, em geral muito perigosas. Os depsitos de poeira combustveis sobre vigas, sobre mquinas em torno dos locais de transferencia no transporte, so suscetveis de incendiar com chamas. Ao entrar em ignio, as poeiras combustveis suspensas no ar

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podem produzir fortes exploses. Por outra parte, se as poeiras so agentes oxidantes e se acumulam sobre superfcies combustveis, o processo de combusto se acelera consideravelmente no caso de incndio. Si se mistura um agente oxidante finamente pulverizado com outras poeiras combustveis, a violncia da exploso resultante ser muito mais grave que se faltasse tal agente oxidante. Para sufocar ou deter os incndios ou deflagraes de poeiras combustveis se empregam materiais inertes, tais como a pedra cal, gases inertes etc.Embora as exploses de poeiras se tenham contabilizado desde 1795 e os mtodos para controla-las tenham sido publicados, ainda hoje seguem produzindo graves acidentes. Em menos de uma semana, produziram-se importantes exploses em armazns de gros em dezembro de 1977, com 54 vitimas fatais,. Nos meses seguintes foi contabilizado outras exploses com nmero adicional de mortes.3.1. FATORES QUE INFLUEM SOBRE A EXPLOSO DE PA possibilidade da exploso de uma nuvem de p est condicionada pela dimenso de suas partculas, sua concentrao, as impurezas, a concentrao de oxignio e a potncia da fonte de ignio.As exploses de p se produzem Frequentemente em srie; muitas vezes a deflagrao inicial e muito pequena em quantidade, porm de suficiente intensidade para colocar o p das cercanias em suspenso, ou romper peas de mquinas ou instalaes dentro do edifcio, como os coletores de p, com o que se cria uma nuvem maior atravs do qual podem se propagar exploses secundarias. No raro, produzir-se uma srie de exploses que se propaguem de um edifcio a outro.RISCOS DAS POEIRAS CATSTROFE RECENTE.

Exploses recentes causadas por poeiras de cereais, neste caso os danos provocados foram aos pavilhes, aos equipamentos de beneficiamento e aos elementos transportadores, o que evidencia que a exploso iniciou dentro internamente, ganhando propagao e aumentando seus efeitos ate atingir os pavilhes que foram os finais.O perigo de uma classe determinada de poeira est relacionado com sua facilidade de ignio e com a gravidade da exploso resultante. Para tal, foi criado nos EE.UU. um equipamento experimental para testar poeiras explosivas, com sensores diversos para permitir conhecer as caractersticas das poeiras explosivas. A sensibilidade de ignio funo da temperatura de ignio e da energia necessria, enquanto que a gravidade de exploso vem determinada pela presso mxima de exploso e pela mxima velocidade de crescimento da presso. Para facilitar as comparaes dos dados de explosividade derivados dos ensaios mencionados, todos os resultados se relacionam com uma poeira de carvo conhecida como de Pittsburg tomando uma amostra uma concentrao de 0,5 kg/ m3 , kg de p de carvo por m3 de ar, exceto dos ps metlicos.A Sensibilidade de ignio ( Si. ) e a gravidade de exploso ( Ge. ) se definem da seguinte forma.Si. = Ti. x E min. x Conc. min. do p Pittsburg / Ti. x E min. x Conc. min. ( p em teste).

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Ge. = Ti. x E min. x Conc. min. ( p em teste). / Ti. x E min. x Conc. min. (do p Pittsburg).ndice de explosividade ( Ie. ) o produto da (Si. x Ge.). Pelo qual nos permitido classificar os riscos relativos da poeira como segue:Tipo da ExplosoSiGi.Ie.

(P) Pequena< 0,2< 0,5< 0,1

(M) Moderada0,2 - 1,00,5 - 1,00,1 - 1,0

(F) Forte1,0 - 5,01,0 - 2,01,0 - 10

(MF) Muito forte> 5,0> 2,0> 10

As prximas tabelas mostram os valores:Ie. ndice de ExplosividadeGe. Gravidade de Exploso

Si. Sensibilidade de ignioPmp. Presso mx. de expl. Kg/Cm2

Ge. Gravidade de explosoVmp. Velocidade Max. de aumento da presso. Kg/Cm2

T1. Temp. ig. do leito C.T2. Temp. Ig. da nuvem C.

E. Energia de ignio JoulesC. Concentrao Gr/m3 P.% de O2 mnimo.

ALGUMAS POEIRAS AGRCOLAS (Outras consultar o manual da NFPA)Tipo de pIe.Si.Ge.PmpVmpT1T2ECP

Acar em p9,642,47,6350370400(3)0,0346,7-

Algodo bruto< 0,1< 0,1< 0,15,128520-1,9519C21

Alho desidratado0,20,21,2491360-0,24104-

Amido de milho9,52,83,47,4525400-0,0446,7-

Amido de milho malha 32523,24,35,4106653903500,0341,5C11

Amido de trigo17,75,23,47455430-0,0346,7C12

Amido de trigo tratado3510,63,38,2455380-0,0331,1-

Arroz0,30,50,53,3495104500,188,2-

Cacau 19% gordura0,60,51,14,8845102400,177,8-

Caf Instantneo< 0,10,10,14,835410350-290-

Caf torrado< 0,10,20,12,710,57202700,288,2C17

Canela5,82,52,38,52734402300,0362,2-

Casca de amndoa0,30,90,37,1984502100,0867,4-

Casca de amendoim4228,25604602100,0546,7-

Casca de arroz2,71,61,77,62804502200,0557-

Casca de coco4,222,18,12,94702200,0636,3-

Casca de noz de cacau13,73,63,85,42314703700,0341,5-

Casca de semente de

pssego7,13,12,38,13294402100,0531,1-

Casca noz preta5,131,77,92804502200,0531,1-

Cebola desidratada< 0,1< 0,1< 0,12,535410--135-

Celulose2,812,89,13154802700,0857,4C13

Celulose alfa>102,748,25604103000,0446,7-

3.3. DIMENSES DA PARTCULA.Quanto menor for a dimenso da partcula de p, mais fcil a nuvem entrar em ignio, visto ser maior a superfcie exposta por unidade de peso da matria (superfcie especfica). As dimenses da partcula influem tambm sobre a velocidade de crescimento da presso: para uma concentrao dada de p em peso, um p formado por partculas grossas mostra uma velocidade de aumento de presso mais baixa

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que o mesmo p fino. A concentrao mnima necessria para que haja exploso, a temperatura de ignio, e a energia necessria para ignio por sua vez diminuem ao diminuir a dimenso da partcula de p. Numerosos estudos indicam este efeito em grande variedade de poeiras.A dimenso do tamanho da partcula, faz aumentar tambm a capacidade eltrica das nuvens de p, ou seja o tamanho das cargas eltricas que se pode acumular na partcula da nuvem. Como a capacidade eltrica dos slidos funo de sua superfcie, a possibilidade que se produzam descargas eletrostticas de suficiente intensidade para colocar em ignio a nuvem de p, aumenta ao diminuir a dimenso mdia da partcula. Porm para que se produzam descargas eletrostticas se requer, entre outros, considerveis quantidades de p em grandes volumes com foras dieltricas relativamente altas e consequentemente, longos perodos de relaxao. Devido as altas energias de ignio necessrias para incendiar a nuvem, em comparao com as que requerem os gases. A causa de uma exploso de p deve atribuir-se a outros fatores, a no ser que existam provas definitivas que demonstrem que esta foi a causa provvel.3.4. CONCENTRAO.Como acontece com os vapores e os gases inflamveis, existe uma margem especfica de concentrao de p dentro do qual pode ocorrer a exploso.Os valores da concentrao podem expressar-se em peso por unidade de volume, embora ao no conhecer-se a dimenso da partcula da amostra, esta expresso pouco significativa. Os valores apresentados nas tabelas acima foram passados em uma peneira de malha 200 (partculas < ou = a 74 microns). Ao trocar o dimetro, se produziro variaes na concentrao mnima de exploso, esta se reduz ao diminuir o dimetro das partculas. A pureza da amostra, a concentrao de O2, a potncia da fonte de ignio, a turbulncia da nuvem e a uniformidade da disperso influem tambm nos limites inferiores de explosividade da nuvem (LIE).O limite superior de explosividade (LSE) das nuvens de p no foram determinados devido a dificuldades experimentais, tambm se questiona se ele existe para poeiras e do ponto de vista pratico sua utilidade duvidosa. As curvas que se obtm ao relacionar graficamente a Pmp. e a Vmp. , com a concentrao, demonstram que estes valores so mnimos no limite inferior de explosividade e que depois aumentam at seu valor mximo ao dar-se a concentrao tima, em cujo ponto comeam a diminuir lentamente. Tambm se verifica que a Pmp. e a Vmp., no se do precisamente em igual concentrao. O efeito destrutivo se determina em primeiro lugar pela Vmp.Se observa que as exploses mais violentas se produzem com uma concentrao ligeiramente superior a necessria para que se tenha a reao com todo o oxignio que haja na atmosfera. A concentraes menores se gera menos calor e se criam menores presses de ponta. Com concentraes maiores das que causam exploses violentas, a absoro do calor pela poeira no queimada pode ser a razo que se produzam presses menores de exploso, que a mxima.3.5. UMIDADEA umidade contida nas partculas de p faz aumentar a temperatura de ignio delas devido ao calor absorvido durante o aquecimento e a vaporizao da umidade. A umidade do ar tem pouco efeito sobre a

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deflagrao, depois que se produzir a ignio, existe porm uma relao direta entre o contedo de umidade, a energia mnima necessria para a ignio, a concentrao de exploso mnima, a Pmp., e a Vmp. Por exemplo, a temperatura de ignio do amido de milho pode aumentar at 50 C. com um aumento de umidade de 1,6 a 12,5%. Do ponto de vista pratico, a umidade no pode considerar-se como meio efetivo de preveno contra exploses, pois a maior parte das fontes de ignio, proporcionam energia suficiente para aquecer e evaporar a umidade que pode estar presente no p. Para que a umidade3.6. MATERIAIS INERTESA presena de um slido inerte no p, reduz a combustividade do mesmo, pois absorve calor, porm a quantidade necessria para impedir a exploso considerada maior que as concentraes que possam ser encontradas ou toleradas como corpos estranhos ao processo. A adio de corpos inertes reduz a Vmp. E aumenta a concentrao mnima de p necessria para a exploso. Um exemplo a pulverizao de rocha nas minas de carvo para impedir as exploses dos ps combustveis. Geralmente a pulverizao se faz na entrada das minas com uma concentrao de poeira de rocha de 65% da quantidade total do p.O gs inerte eficaz na preveno das exploses de ps, uma vez que dilui o O2 a uma concentrao muito baixa. Ao selecionar o gs inerte mais adequado, deve-se cuidar para que este no reacione com o p, o caso de certas poeiras metlicas que reacionan com o CO2 ou com o N2, neste caso deve usar-se o Hlio(He) ou Argnio (A).3.7. CONCENTRAO DE O2 TURBULNCIA E EFEITO DE GASES INFLAMVEIS.As variaes da concentrao do O2 afetam a facilidade de ignio das nuvens de p e suas presses de exploso. Ao diminuir a presso parcial de O2, a energia necessria para exploso aumenta, a temperatura, tambm, e as Pmp., diminuem. O tipo de gs inerte empregado como diluente para reduzir a concentrao do O2 tem um efeito aparentemente relacionado com a capacidade molar.A combusto do p se produz na superfcie das partculas. A velocidade de reao, portanto, depende do ntimo contato do p com o O2. Por este fato, o fator turbulncia propicia exploses mais violentas, que as em atmosferas mais tranqilas.A adio de uma pequena quantidade de gs inflamvel nuvem de p, pe em ignio o aerossol resultante, reforando a violncia da exploso, sobretudo a baixas concentraes. As Vmp., resultantes so mais altas que as previsveis em condies normais. Sem contar o p, a frao restante do total do combustvel suspenso no ar , representada pelo vapor inflamvel, estaria por si s abaixo de seu (LIE). Em algumas operaes de secagem que impliquem na evaporao de uma substncia inflamvel extrada da poeira combustvel, se produzem exploses muito mais violentas que as consideradas apenas pelo vapor inflamvel. Tem acontecido ainda exploses em misturas de vapor inflamvel-p combustvel-ar em que a proporo da mistura de ar vapor estava abaixo do (LIE), ante tal situao necessrio prever medidas de proteo especial, tal como a diluio com gs inerte, utilizao de supressores de exploso, instalao de elementos de ventilao de grandes dimenses e a adoo de mtodos cuidadosamente estudados da eliminao da eletricidade esttica (aterramento).

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3.8. FONTES DE IGNIO DAS NUVENS DE POEIRAAs nuvens de poeira podem incendiar-se pela ao de chamas abertas, luzes, produtos defumadores, arcos eltricos, filamentos incandescentes, fascas de frico, condutos de vapor de alta presso, e outras superfcies quentes, fascas eletrostticas, aquecimento espontneo, Solda e corte oxi-acetilnico, e fascas procedentes destas operaes. A maior parte das temperaturas necessrias para por em ignio as nuvens de p, que esto nas tabelas , situam-se entre 300 e 600 C. e a grande maioria das potncias, esto entre 10 e 40 milijoules. Comparando-se estes dados com as energias de ignio necessrias para inflamar vapores que so de 0,2 a 10 milijoules. As poeiras necessitam de 20 a 50 vezes mais energia que os gases.Como a temperatura e a fonte de ignio necessrias para explodir poeiras so muito mais baixas que as produzidas pela maior parte das fontes de ignio comuns, a eliminao de todas as fontes um principio bsico na preveno de acidentes por exploso. Estas fontes esto identificadas e descritas nas normas NFPA.3.9. DESTRUTIVIDADE DAS EXPLOSES DE POEIRASEmbora a destrutividade das exploses de poeiras, depender fundamentalmente da Vmp. intervm outros fatores como a presso mxima desenvolvida durante a sobrepresso, o grau de confinamento do volume da exploso e a concentrao de oxignio.3.10. EFEITOS DA VELOCIDADE DE AUMENTO DE PRESSOA Vmp. pode definir-se como a relao entre o aumento de presso de exploso e o perodo de tempo em que sucede. o fator mais importante para avaliar os riscos de uma poeira e determinar a gravidade da sua deflagrao.Tambm importante como dado para calcular as dimenses dos elementos de ventilao para casos de exploso. Uma vmp. (velocidade mxima de aumento de presso) demasiado alta indica com freqncia que a instalao dos elementos de ventilao so ineficientes. Os dados empricos de ge.(gravidade de exploso) tabelados acima so indicadores de grande valor na anlise do projeto. ndices entre 2 e 4 necessitam elementos de ventilao muito grandes, alm de cuidar da resistncia do edifcio e dos equipamentos das mquinas. Um ndice maior que 4 exclui na maioria dos casos a possibilidade de projetar-se um sistema de alvio de exploses, e exige o emprego de dispositivos de proteo com o emprego de gases inertes e outros sistemas de supresso de exploses.3.11. EFEITOS DA PRESSO MXIMA DE EXPLOSOAs presses mostradas nas tabelas acima so em sua grande maioria maiores que 3,5 kg/cm2 e em alguns casos chegam a 7 kg/cm2 considerando que uma parede comum calculada para resistir presses de 0,07 kg/cm2 fica evidente que no seria prtico construir edifcios que pudessem resistir a tais fenmenos.

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Uma das razes pelas quais o grau de destruio de muitas exploses de p no chega a ser maior que o p no est dispersado uniformemente atravs do volume circundante. Raras vezes se incendeia uma nuvem de p em condies ideais para a formao de presses observadas empiricamente.3.12. EFEITOS DA DURAO DA SOBREPRESSOO tempo durante o qual atua a sobrepresso sobre o espao circundante est intimamente relacionado com a presso mxima e com a velocidade mxima de aumento de presso. A rea que fica abaixo da curva de presso - tempo determina o impulso total exercido. O impulso total, no a fora exercida em um dado momento, que determina a grandeza da destruio. A relao entre a destrutividade e o impulso total demonstram em parte porque as exploses de p, que em geral tem velocidades de aumento de presso mais baixas que as exploses de gases, podem ser mais destrutivas.3.14. EFEITOS DO CONFINAMENTO.Quando se produz uma exploso de p, formam-se produtos gasosos e libera calor que faz aumentar a temperatura do ar contido no recinto. Como os gases expandem-se ao aquecerem, exercem presses destrutivas no espao circundante, a no ser que se proporcionem reas de alivio suficientes para evacuar os gases quentes antes que atinjam nveis de presso perigosos.Desta forma um sistema de alivio adequado deve ser previsto para aliviar os gases formados no inicio, evitando danos maiores. Em algumas situaes no resulta pratico estas medidas aconselhando a processar estas operaes em ambientes abertos, atmosferas inertes ou de supressores automticos. Os supressores consistem em um sistema formado por detetores de presso ou de chamas e um agente extintor que deve atuar rapidamente na fase incipiente de exploso.3.15. EFEITOS DA INERTIZAO.Os ensaios levantados indicam que a reduo do O2 na atmosfera de trabalho e uma mistura de poeira inerte ou umidificao no p combustvel reduzem a Pmp., e a Vmp. Como pode ser visto nas curvas abaixo. Elas mostram que poeiras de amido de milho concentrado a 0,5 kg/m3 de ar. Em relao com a presso de exploso, uma ligeira reduo na concentrao de O2 ou adio de uma pequena quantidade de p inerte ou umidade reduzem os efeitos.4. DEFLAGRAO E DETONAO 4.1. DEFLAGRAO o fenmeno de exploso que ocorre com velocidade de chama de 1 a 100 m/s e o que acontece com maior freqncia nas indstrias.4.2. DETONAO o fenmeno de exploso em que a velocidade da chama igual ou superior velocidade do som chegando aos 1000 m/s. No caso das exploses em cadeia a deflagrao inicial evolui para detonao nas fases posteriores.5. GASES TXICOS.

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As chamas e os efeitos do aumento de presso numa exploso, no so os nicos problemas a enfrentar. Na atmosfera do evento ocorre uma deficincia de oxignio e a formao de gases txicos em virtude da combusto, particularmente o CO. A concentrao de gases pode ser suficientemente alta durante alguns momentos, e assim causar inconscincia, ainda que momentnea, s pessoas presentes e conduzi-las morte por asfixia.5.1. ANALISE DE UM MODELO SIMULADO:Um dos locais mais susceptveis de eventos desastrosos na plantas de rao, so os tneis subterrneos com a movimentao e transporte dos cereais, sob as moegas de gros, nestes esto localizados os transportadores responsveis pelo recolhimento do cereal e seu destino planta.Como dimenses adotaremos os de 2 m. de altura, por 1,5 m. de largura por 30m. de comprimento, e est localizado sob as moegas a uma profundidade que varia de 6 a 20 m.Para caracterizar bem nosso exemplo e suas conseqncias, adotaremos quatro tipos de poeiras, comuns nestas plantas da agro industria; Arroz, milho, soja e Trigo.Os dados informados na tabela N. I , em negrito, foram retirados das tabelas anexas a este trabalho da NFPA.Dados:Tnel de descarga da moega com:2 x 1,5 x 30 m.

Volume interno do tnel= 90 m3

rea interna das paredes do tnel= 210 m2

P. Mat. = Material necessrio para uma exploso =Conc. x v.arroz= 50,3 x 90=4527grs. ou 5,57 kg. de p por exploso.

milho= 25 x 90 =2250 grs. ou 2,25 kg. de p por exploso.

soja= 35,5 x 90=3195grs. ou 3,195 kg. de p por exploso.

trigo= 65 x 90 =5850grs. ou 5,87 kg. de p por exploso.

P.Int. = Presso interna exercida no sistema pela exploso = Pmp. x 10 = Kg/m2P.par. = Presso exercida nas paredes durante a exploso = Pmp. x S/1000 = Toneladas Fora sobre a superfcie do tnelP.h. = Presso da exploso sobre o homem com S=1m2 = Pmp./1000 = Toneladas fora exercida sobre um operrio envolvido no evento.---Kg/cm2Kg/cm2CJoulesGr./m3

Tipo de pIeSiGePmpVmpTEConc.

Arroz0,30,50,53,3495100,1050,3

Milho6,92,33,95,27218,154800,0425

Soja0,70,61,16,6565500,1035,5

Trigo2,61,02,66,43154,85000,0665

Tabela I

Kg.kg./m2Ton.Ton.

Tipo de pP.mat.P.int.P. parP.h.iesige.

Arroz5,633693033MMM

Milho2,2552,71106774FFMF

Soja3,2661386066MMF

Trigo5,964,31350368FFMF

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Tabela II Efeito das exploses do exemploTipo da Explosoie.sige.

(P) Pequena< 0,1< 0,2< 0,5

(M) Moderada0,1 - 1,00,2 - 1,00,5 - 1,0

(F) Forte1,0 - 101,0 - 5,01,0 - 2,0

(MF) Muito forte> 10> 5,0> 2,0

Tabela III, reatados para analise comparativaTabela parametral de comparao. 5.2. Concluses:5.2.1. ordem de grandeza dos produtosComparando os nossos feitos com a ndices da tabela parametral, com os encontrados temos que: ie(ndice de explosividade) seqncia em ordem crescente; arroz, soja trigo e milho.si (sensibilidade de ignio) seqncia em ordem crescente; arroz, soja, trigo e milho. ge. (grau de explosividade) seqncia em ordem crescente; arroz, soja trigo e milho.Concluindo que o p de milho o que produz efeitos mais catrastoficos no tnel analisado, seguido pelo trigo, pelo soja e o menor o arroz porem tambm danosos.A tabela I a compilao dos dados conforme tabelas de propriedades dos cereais, anexas a este trabalho de matrias de nosso interesse; a tabela II retrata nosso exemplo para as situaes adotadas; a tabela III comparado os dados e indica para cada produto seu grau de segurana a observar na proteo..5.2.2. efeitos nos operrios envolvidos.Antes de tecermos nosso comentrios, anexamos a esta um quadro resumo dos efeitos das exploses nos elementos envolvidos em sinistros:5.3. efeito de exploses em seres humanosPRESSO ( bar )PARA PESSOAS

0,35................Limite ruptura tmpano

0,70/0,85.......Limite danos nos pulmes

1,05/1,4.........Ruptura tmpano 50% casos

2,11/2,95........Limite mortal

2,95/4,00.......Morte 50% dos casos

4,0/5,0..........Morte 100% dos casos

5.3.1. conclusesNo nosso exemplo com presses internas ate 3,3 kg/cm, teramos a morte de 50% dos envolvido na planta de arroz, nas demais todos morreriam.

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5.4. efeitos ao patrimnio.

EFEITO DE EXPLOSES EM ESTRUTURAS

PRESSO ( bar )Efeito em: