Peixes+Cerrado eBook

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    PEIXESDO CERRADO

    PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL

    RIO ARAGUAIA, MT

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    PEIXESDO CERRADO

    PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL

    RIO ARAGUAIA, MT

    PAULO CESAR VENEREVALDENER GARUTTI

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    Direitos reservados desta edioRiMa Editora

    Fotos capa: Markos Alexandrou

    Processo FAPEMAT: 300176/2010

    2011 dos autores COMISSO EDITORIALDirlene Ribeiro Martins

    Paulo de Tarso Martins

    Carlos Eduardo M. Bicudo (Instituto de Botnica SP)Evaldo L. G. Espndola (USP SP)

    Joo Batista Martins (UEL PR)

    Jos Eduardo dos Santos (UFSCar SP)

    Michle Sato (UFMT MT)

    Rua Virglio Pozzi, 213 Santa Paula

    13564-040 So Carlos, SPFone/Fax: (16) 3411-1729

    www.rimaeditora.com.br

    V449p Venere, Paulo Cesar

    Peixes do Cerrado Parque Estadual da Serra Azul Rio

    Araguaia, MT / Paulo Cesar Venere e Valdener Garutti So

    Carlos : RiMa Editora, FAPEMAT , 2011.

    220 p. il.

    ISBN 978-85-7656-206-1

    1. Peixes. 2. Cerrado. 3. Rio Araguaia. 4 . PESA.

    I. Autores. II. Ttulo.

    CDD 597

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    Os autores agradecem: ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), pela concesso da Bolsa dePesquisador Visitante para o autor jnior, que possibilitou sua estadia junto ao Instituto de Cincias e Letras do Mdio Araguaia(Campus Universitrio do Araguaia UFMT); Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT), no apenaspelos recursos que permitiram esta publicao, mas, fundamentalmente, pelos esforos que tem dedicado no sentido de apoiar a

    pesquisa no estado de Mato Grosso em suas diferentes facetas; Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), instituio que, decerta forma, propiciou condies para nos fixarmos nessa regio, dando-nos a aportunidade de concluir um trabalho que preencheimportante lacuna nos estudos ictiofaunsticos da grande rea de Cerrado do Brasil Central; a Humberto Pereira Rgo (Humberto),que, apesar de no mais se encontrar entre ns, foi sempre um ferrenho defensor de nossos peixes, tendo se transformado depescador inveterado a grande protetor do Araguaia, e Jason Leolino de Oliveira (Brutus), tambm um pescador inveterado, que hojeconduz ecoturistas que se aventuram pelo Araguaia ambos foram sempre grandes apoiadores e grandes amigos, sempre prontos

    a participar de nossos projetos, muitas vezes deixando seus afazeres pelo simples prazer de colaborar com a preservao dessemaravilhoso rio Araguaia; a Valdsio de Oliveira (Valdsio), ex-aluno do curso de Cincias Biolgicas da UFMT Pontal do Araguaia,que jamais mediu esforos para nos auxiliar no que fosse necessrio; a Francisco Langeani (UNESP), Mrio Csar Cardoso de Pinna(MZUSP) e Ricardo C. Benine, pela identificao de alguns gneros/espcies de peixes; e, finalmente, ao ndio Xavante MarinhoTemtr, pelo auxlio na citao de nomes populares dos peixes no seu idioma. Sem a colaborao dessas pessoas e instituies, estetrabalho dificilmente teria sido concludo. Muito obrigado!

    AGRADECIMENTOS

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    Paulo Cesar VenereGraduado em Cincias Biolgicas pela Universidade Federal de So Carlos UFSCar(1986). Recm-graduado, iniciou sua carreira como bilogo no Reservatrio de Tucuru (Par, Brasil), onde

    trabalhou no levantamento de dados sobre a pesca comercial junto s colnias de pescadores locais. Cursouo mestrado em Ecologia e Recursos Naturais na UFSCar (1991), doutorado em Gentica e Evoluo nessamesma instituio (1998) e ps-doutorado junto ao Departamento de Morfologia da Universidade EstadualPaulista Jlio de Mesquita Filho (UNESP) de Botucatu, SP. professor associado da Universidade Federal deMato Grosso (UFMT). ictilogo, atuando principalmente com marcadores cromossmicos e moleculares empeixes de gua doce, biologia de peixes, levantamento e caracterizao da ictiofauna. credenciado nos

    Programa de Ps-Graduao em Ecologia e Conservao da Biodiversidade da UFMT, Cuiab, e Ecologia eConservao da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Nova Xavantina, MT. Atualmente bolsitade produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq).

    Valdener Garutti Licenciado em Histria Natural (1971) pela Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras de

    So Jos do Rio Preto (SP), atual Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho UNESP. Mestre emCincias Biolgicas (Zoologia) pela Universidade de So Paulo USP (1983). Doutor em Cincias Biolgicas(Zoologia) pela USP (1988). Livre-docente pela UNESP (1996). Experincia nas reas de Sistemtica Animal,Ecologia e Piscicultura, com nfase na taxonomia do gneroAstyanaxgrupo bimaculatus(Characiformes:Characidae), Ecologia de Ecossistemas (especialmente em Ecologia de Peixes do alto rio Paran) e cultivointensivo do lambari (A. altiparanae). Atualmente professor aposentado pela Universidade Estadual Paulista

    Jlio de Mesquita Filho.

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    IX

    INTRODUOOs peixes so conhecidos pelo grande pblico, principalmente, como fonte de alimento e lazer. Assim, a ideia que se faz da sua

    riqueza ou, de outra maneira, dos seus diferentes modelos e diferentes espcies, est relacionada na maioria das vezes somente aospeixes utilizados como alimento e, portanto, direta ou indiretamente com algum valor comercial. No lazer, apenas os peixes esporti-vos ou de grande porte so interessantes, ou eventualmente aqueles que apresentam alguma peculiaridade marcante.

    Em outras palavras, apenas os peixes que so comumente pescados so conhecidos do grande pblico. Os pequenos peixes, viade regra, ou os peixes que no caem nas redes, ou que no so atrados pelas iscas dos apetrechos de pesca, passam despercebi-dos maioria das pessoas. Eles so ilustres desconhecidos, mesmo para os pescadores profissionais experientes, diariamente nasbarrancas dos rios, que nunca se preocupam em avaliar os tipos de peixes locais e desconhecem as formas que normalmente no sopescadas. A execuo deste trabalho deixa claro que, no universo do grande pblico, poucos compreendem a riqueza e a diversidadeefetivas dos peixes. Essa ideia prtica traz no seu bojo um enorme equvoco. Os peixes de grande porte, de interesse comercial e,

    principalmente, na pesca esportiva, constituem geralmente o topo da cadeia alimentar daquele ambiente. Os pequenos peixes, ou ospeixes que por sua morfologia/anatomia digestria no so pescados com os apetrechos convencionais, so importantes elos da cadeiaalimentar e sua frequncia de ocorrncia interfere diretamente na disponibilidade dos peixes.

    Os peixes situados no pice da cadeia alimentar resultam da disponibilidade dos demais elos da cadeia. Geralmente hrelao direta: nos ambientes em que a cadeia alimentar rica, a disponibilidade dos peixes tambm elevada, e o local conhecido como bom de pesca, piscoso. O inverso tambm , infelizmente, verdadeiro.

    Pouca gente se d conta de que para ter um ambiente piscoso necessrio ter uma cadeia alimentar rica. Rica significa terabundncia de organismos. E, geralmente, quando se tem abundncia de organismos, tem-se tambm uma diversidade1 de organis-mos, ou seja, numerosas espcies de organismos, diferentes tipos de organismos.

    1. No sentido literal, no no sentido ecolgico.

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    XII

    preservao e conservao da natureza. Que se concilie desenvolvimento com qualidade de vida. Que as medidas implementadasno impliquem a perda do patrimnio gentico que a natureza nos disponibiliza, tesouro vivo que a me Terra levou milhares de

    anos para produzir. Trata-se de um bem que no meu, no seu, no nosso. da Humanidade.No prive seus filhos, seus netos, enfim, seus descendentes, dessa grandeza incomensurvel. No h valor monetrio para

    compr-la. No prive seu prprio futuro desses bens naturais nicos. No prive os seus futuros anos (de vida) de ter qualidade devida, a qual est intimamente relacionada qualidade do ambiente. Faa sua parte. Procure entender como e como funciona anatureza. Tome partido: o partido da qualidade, da sua vida e de seus descendentes, e acima de tudo o da autossustentabilidade doplaneta Terra.

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    PARQUE ESTADUALDA SERRA AZUL (PESA)

    READE ESTUDOO Parque Estadual da Serra Azul (PESA) localiza-se inteiramente no municpio de Barra do Garas e est inserido no Leste do

    Estado de Mato Grosso, aproximadamente entre 1545-15o53S e 5207-52o17W. Ocupa rea de 11.002,4 hectares e insere-seno bioma Cerrado. integrante do planalto dos Guimares, limitando-se ao norte com a depresso do Paranatinga, a leste coma depresso do Araguaia e a nordeste com o planalto dos Parecis. Pertence drenagem da bacia Araguaia-Tocantins e estsituado s margens do rio Araguaia.

    Essa rea de preservao ambiental foi implantadaem 31 de maio de 1994, de acordo com a Lei EstadualMT 6.439, e representa uma importante Unidade de Con-servao (UC) na regio leste do estado do Mato Grosso,incluindo em sua rea diversas fitofisionomias do Cerra-do brasileiro como matas de galeria, matas semidecduas,cerrado sentido restrito, cerrado rupestre e veredas(FEMA, 2000).

    Figura 1 Vista geral da entrada do PESA no municpio de

    Barra do Garas, MT. Foto: P. C. Venere.

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    CLIMAO clima do tipo tropical chuvoso Aw, na classificao de Kppen, e caracteriza-se por duas estaes bem definidas: uma

    chuvosa (outubro a abril) e outra seca (maio a setembro). A precipitao mdia anual de 1.528 mm, e a temperatura mdia de 25,5oC (Pirani et al., 2009).

    GEOMORFOLOGIA

    A feio geomorfolgica mais evidente do Parque Estadual da Serra Azul o Planalto dos Guimares, um conjunto de relevode aspecto geralmente tabular, com altitudes mdias de 535 m (Figura 2). O PESA est constitudo predominantemente porsedimentos ordo-silurianos, do grupo Iva, e por sedimen-tos devonianos, do grupo Paran. A cobertura detrtico-latritica, do Tercirio-Quaternrio. O relevo suave apre-senta formas tabulares amplas.

    Ocorrem cristas alongadas a nordeste, com uma gran-de variedade de feies erosivas de direo NW-SE e ocor-rncias de ravinamentos e vales estreitos formando peque-nos canyons (FEMA 2000).

    Figura 2 Diferentes paisagens mostrando alguns aspectos dorelevo do PESA. Acima esquerda, tem-se uma vistado parque obtida a partir da cidade de Barra do Gar-as. Abaixo direita, observa-se uma parte da cidadevista do alto do PESA. Fotos: P. C. Venere.

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    HIDROGRAFIAO Parque Estadual da Serra Azul uma importante rea de recarga do aqufero. rico em drenagens de 1a e 2a ordens, com

    padres geralmente dendrticos, todos tributrios da bacia hidrogrfica dos rios Araguaia e das Mortes. Alguns crregos desem-bocam diretamente nos volumosos rios das Garas ou Araguaia; outros, no entanto, vo se juntado e somando suas guas emcrregos maiores. As guas do Parque Estadual da Serra Azul, no geral, variam de cidas a neutras, com baixa condutividade, egeralmente apresentam guas cristalinas durante os perodos de estiagem (FEMA, 2000).

    Os principais cursos de gua, cujas nascentes situam-se na rea do PESA, esto relacionados a seguir e podem ser visualizados

    na Figura 3.

    TRIBUTRIOSDO RIO ARAGUAIA1. Crrego Fundo aproximadamente 25,0 km de extenso. Forma-se a oeste/sudoeste. Tem como principais afluentes quenascem no PESA os crregos da Ona (1a), Barreirinho (1b), da Lontra (1c) e do Peixinho (2).

    2. Crrego Peixinho aproximadamente 4,3 km de extenso. Forma-se na poro sudoeste e por este quadrante corta parteda zona urbana de Barra do Garas. Desemboca na margem esquerda do crrego Fundo, tributrio da margem esquerda do rioAraguaia.

    3. Crrego Avoadeira aproximadamente 11,7 km de extenso. Forma-se nas pores centrais e corre para o limite sul. Cortaparte da zona urbana de Barra do Garas. Desemboca diretamente na margem esquerda do rio Araguaia. o principal formador

    de cachoeiras do Parque Estadual da Serra Azul cerca de uma dzia delas, sendo que as mais conhecidas recebem as denomi-naes de P da Serra, Usina, Gnomos, Bolo de Noiva, Amor e Prefeitura. Essas cachoeiras so muito utilizadas para atividades delazer e turismo. O crrego Avoadeira tem em mdia 2 m de largura, fundo arenoso nas reas planas e rochoso prximo s quedasdgua. Em sua extenso existem nove declividades marcantes, que variam de 4 m a 17 m de altura. A profundidade mdia docrrego 0,5 m e chega a 4 m na base de algumas cachoeiras.

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    4. Crrego das guas Quentes aproximadamente 7,0 km de extenso. Nasce na poro Leste e desce por este quadrante,cortando parte da rea urbana de Barra do Garas. Desgua diretamente no rio Araguaia. Em seu curso inferior apresenta fontesde guas quentes, exploradas pela municipalidade que ali construiu um balnerio, muito visitado pela comunidade local e porturistas.

    5. Crrego Fundo II aproximadamente 6,5 km de extenso. Nasce nas pores leste/sudeste do PESA, indo desaguardiretamente no rio Araguaia. Recebe guas do crrego Buritirana, que tambm nasce no PESA. Corta parte da zona rural de Barrado Garas. curso intermitente, secando completamente na poca seca.

    6. Crrego Pitomba aproximadamente 16,5 km de extenso. Nasce na poro leste, sai por este quadrante e corta parte dazona rural de Barra do Garas. Desemboca na margem esquerda do rio Araguaia.

    7. Crrego Ouro Fino aproximadamente 28,0 km de extenso.Nasce nas pores nordeste do PESA, sai por este quadrante e de-sgua diretamente no rio Araguaia. Recebe os crregos gua Limpae das Araras, que nascem no Parque.

    TRIBUTRIOSDO RIODAS MORTES8. Crrego Jos Dias nasce nas pores nordeste do PESA. um importante afluente do crrego Grande. um dos mais interes-santes cursos de gua por abrigar uma ictiofauna muito diversa.

    Figura 3 Os principais cursos de gua, cujas nascentes situam-se na reado PESA. Os cursos dgua marcados com linhas brancas sotributrios do rio Araguaia e os marcados com linhas amarelasso tributrios do rio das Mortes.

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    9. Crrego Barro Preto aproximadamente 10,0 km de extenso. Nasce a nordeste do Parque. Desgua no crrego Jos Dias,que flui em direo ao crrego Grande, bacia do rio das Mortes.

    10. Crrego Fogaa aproximadamente 38,5 km. Nasce a nordeste do Parque. Sai pelo limite norte e flui em direo ao ribeironsula, do qual tributrio. Tem vrios pequenos afluentes de cabeceira situados no PESA.

    11. Ribeiro nsula aproximadamente 40,7 km de extenso. Nasce na poro noroeste e sai pelo limite norte. Tem comoafluentes que nascem no PESA os crregos Mata Seca, Aldeia, Araras e Barreiro. Faz parte dos tributrios da margem direita dorio das Mortes.

    12. Crrego Areia aproximadamente 11,5 km de extenso. Forma-se na poro oeste, por onde sai. Tem como afluentes quenascem no PESA os crregos Melancia, da Areia e Santa Rosa. Por sua vez, afluente do Ribeiro nsula, drenagem da bacia dorio das Mortes.

    DIVERSIDADEDEAMBIENTESAQUTICOSNo Parque, ocorrem nascentes de mais de 20 crregos, com deze-

    nas de belas cachoeiras (Figura 4) e uma diversidade fantstica demicroambientes aquticos.

    Os numerosos crregos do PESA apresentam uma marcanteheterogeneidade ambiental. Os substratos podem ser rochosos, areno-

    sos, argilosos, com muita matria orgnica, passando por grande varie-dade de seixos rolados. Formam pequenas poas ou grandes poes deguas estagnadas ou correntosas.

    Figura 4 Uma das dezenas de cachoeiras do crrego Avoadeira,situado dentro do PESA. Foto: P. C. Venere.

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    Apresentam desnveis pouco acentuados a cachoeiras com mais de 30 m de altura. Variam em profundidade de guas rasasa relativamente profundas, cerca de dois metros a cinco metros, em pocas de cheias (Figura 5). As margens podem ser desnu-das, quando o cerrado rupestre chega at a linha dgua, ou com vegetao de galeria. Em muitos trechos existe abundantevegetao de macrfitas aquticas e algas que formam enormes tapetes submersos (Figura 6).

    Figura 5 a) Cachoeira em rea totalmente sombreada. b)Trecho com guas correntosas e fundo rocho-so, em rea totalmente iluminada. c) Cachoei-ras Bolo de Noiva. d) P-da-Serra. Todas no

    crrego Avoadeira, PESA. Fotos: P. C. Venere.

    Figura 6 Diferentes ambientes encontrados nos crregos do PESA.a) Trecho de nascente de um dos crregos do PESA. b)Substrato rochoso com guas correntosas e cristalinas. c)Trecho iluminado, com tapete submerso de algas

    filamentosas. Fotos: P. C. Venere.

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    Os crregos apresentam uma marcada sazonalidade emrelao s suas vazes, podendo at ser intermitentes. No pe-rodo da seca, muitas chegam a secar completamente. No pe-rodo das guas, tm volumes aumentados 10, 20 ou maisvezes (Figura 7).

    Figura 7 a) Regio da foz do crrego Avoadeira em perodo de guasaltas (ao fundo se observa uma das elevaes que for-mam o PESA). b) Um trecho do crrego Fundo em perodode estiagem. c) A mesma regio mostrada em (a), pormde ngulo reverso (de costas para o PESA e de frente parao rio Araguaia, MT); alm disso, a imagem retrata o crregoem perodo de estiagem. Fotos: P. C. Venere.

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    O Parque Estadual da Serra Azul apresenta diversas fitofisionomias do bioma Cerrado, como florestas de galeria, florestas

    semidecduas, cerrado tpico e, predominantemente, cerrado rupestre.

    No PESA j foram identificadas 761 espcies vegetais, includas em 289 gneros e 107 famlias. As famlias que apresentam

    maior riqueza em espcies so Fabaceae (107), seguida de Myrtaceae (69), Asteraceae (50), Rubiaceae (37) e Malpighiaceae

    (31).

    1. Mata de galeria no-inundvel situa-se nos vales e acompanha os cursos dgua. As matas de galeria apresentam

    trechos longos com topografia fortemente acidentada, sendo poucos os locais planos (Figura 8a e b). A textura do solo areno-

    argilosa, o que lhe confere boa drenagem. A rochosidade pode variar entre 10% e 50%. O estrato arbreo tem altura mdia deaproximadamente 9 m, podendo atingir at 30 m. Em alguns trechos, a mata circundada por faixas de vegetao no

    florestal, ocorrendo transio abrupta para formaes savnicas. Em alguns locais, a vegetao circundante mata semidecdua,

    localizada na parte mais alta do relevo. Na mata de galeria, ocorrem 116 espcies pertencentes a 45 famlias, 66 gneros. As

    famlias mais ricas so Fabaceae (20 espcies) Myrtaceae (12) e Rubiaceae (6).

    Apresentaram maiores abundncias as famlias Rubiaceae (111 indivduos), Leguminosae (53) e Sapotaceae (42). Dentre asarbreas, destacam-se espcies como angico (Anadenanthera falcata), copaba (Copaifera langsdorffii) e mamoninha-do-mato

    (Mabea fistulifera). Algumas espcies herbceas e arbustivas so exclusivas desse ambiente, ocorrendo nas margens (Tococa

    formicaria) ou nas corredeiras (Augusta longifolia) (Figura 8c e d).

    Maryland Sanchez & Fernando Pedroni*

    FITOFISIONOMIAS

    * Curso de Cincias Biolgicas, Campus Universitrio do Mdio Araguaia, Universidade Federal de Mato Grosso, Pontal do Araguaia, MT.

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    2. Mata semidecdua A floresta

    estacional semidecidual (Figura 9a) lo-

    caliza-se nas partes mais altas do PESA

    (648 m) e ocorre em relevo com incli-

    nao entre 10o e 30o. A superfcie do

    solo recoberta com serapilheira, o que

    propicia condies propagao de

    fogo. O solo tem textura areno-argilosa

    com rochosidade variando entre 2% e10%. A grande maioria das rvores apre-

    senta altura entre 4 e 16 m, mas ocor-

    rem indivduos com at 32 m. Nessa

    fitofisionomia, ocorrem 97 espcies per-

    tencentes a 89 gneros e 49 famlias de

    plantas arbreas. As famlias mais ricasso Fabaceae (16 espcies), Rubiaceae,

    Sapotaceae, Sapindaceae (5 cada) e

    Myrtaceae (4). Dentre as arbreas, as

    mais abundantes so o tarumanzinho

    (Cordia selowiana), cafeeiro-do-mato

    (Coussarea hydrangeifolia), guatambu

    Figura 8 a) e b) Mata de galeria no inundvel do crrego Avoadeira em trechos de topo-

    grafia plana. c) e d)Augusta longifolia(Rubiaceae). Fotos: MS & FP.

    (Aspidospermum subincanum), jatob-da-mata (Hymenaea courbaril) e angico (Anadenanthera falcata) (Figura 9b). O subosque

    formado principalmente pelo estrato de regenerao, composto pelas plntulas e jovens do componente adulto da floresta. No

    entanto, muitas espcies herbceas, arbustivas e trepadeiras ocorrem tipicamente nesse ambiente, como variadas espcies de

    orqudeas (Habenariaspp.), marantceas (Calatheaspp.), malpiguiceas (Peixotoa cordistipula) (Figura 9c) e pteridfitas (Lygodium

    venustrum).

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    Figura 9 Mata semidecdua. a) Aspecto do subosque da mata.

    b) Tronco e copa do angico (Anadenanthera

    falcata). c) Peixotoa cordistipula, uma das espciesde trepadeira que ocorrem nesta fitofisionomia.

    Fotos: MS & FP.

    3. Cerrado sentido restrito Ocorre como pequenas man-

    chas no alto da serra (557 a 562 m de altitude), em relevo

    relativamente plano (Figura 10a). O solo predominante o

    latossolo com textura areno-argilosa, profundo e com boa dre-

    nagem. Nessa fitofisionomia do PESA, j foram registradas 86

    espcies lenhosas, includas em 60 gneros e 37 famlias. As

    famlias com o maior nmero de espcies so Fabaceae (16

    espcies), Myrtaceae (15), Annonaceae, Apocynaceae e

    Malpighiaceae (4 cada).

    Figura 10 Cerrado sentido restrito no PESA. a) Aspecto geral de

    sua vegetao. b) Mirindiba (Buchenavia tomentosa).

    c) Lixeirinha (Davilla elliptica). d) Sensitiva (Mimosasp.).

    e) Pitanga (Eugeniasp.). Fotos: PC, MS & FP.

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    5. Veredas Podem ser encontradas em nascentes de alguns crregos, mas

    ocorrem predominantemente na parte final das matas de galeria onde o leito

    se torna indefinido. Ocorrem sobre solos hidromrficos e saturados durante a

    maior parte do ano. Um dos elementos mais marcantes que compem a vege-

    tao das veredas o buriti (Mauritia flexuosa) (Figura 12a).

    Na regio, ocorre tambm uma espcie arbrea de distribuio amaz-

    nica (Qualea ingens) seletiva de ambientes brejosos (Figura 12b e c). Alm

    disso, agrupamentos densos de gramneas e ciperceas dominam o compo-

    nente herbceo das veredas.

    Figura 12 Vista geral de um pequeno

    trecho de vereda em regioprxima rea de influncia do

    Parque Estadual da Serra Azul.

    Fotos: PC, MS & FP.

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    METODOLOGIA

    Constam deste manual as espcies efetivamente capturadas durante o perodo 2005-2006, por meio de coletas amostrais(qualitativas) realizadas nos diferentes riachos e crregos que drenam o Parque Estadual da Serra Azul (PESA) e na maioria deseus pequenos afluentes localizados no entorno que se apresentam como dependentes diretos dessa rica rea de preservao.Com a finalidade de ter um quadro mais rico sobre os pequenos peixes habitantes de crregos de Cerrado na regio, algumascoletas foram tambm expandidas para outros pequenos crregos que fazem parte das mesmas microbacias, ainda que alguns

    deles, como, por exemplo, o Taquaralzinho, tenham suas nascentes na Serra do Taquaral, uma extenso da Serra Azul.O material coletado encontra-se depositado nas instituies: 1. Museu de Ictiologia do Mdio Araguaia (MIMA), constitudo

    e mantido pelo Grupo de Estudos de Peixes do Mdio Araguaia (GEPEMA) da Universidade Federal de Mato Grosso CampusUniversitrio do Araguaia, Pontal do Araguaia, MT (UFMT-PROARAGUAIA); 2. Museu de Zoologia da Universidade de So Paulo,So Paulo, SP (MZUSP); e 3. Colees do Departamento de Zoologia e Botnica (DZSJRP) da Universidade Estadual Paulista,

    Instituto de Biocincias, Letras e Cincias Exatas, So Jos do Rio Preto, SP (UNESP-IBILCE).Para a execuo dos trabalhos, a medida inicial implementada foi solicitar no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos

    Recursos Naturais Renovveis (IBAMA) a competente licena para a coleta e transporte do material (Licena no 068/2005 DIFAP/IBAMA).

    A seguir, com apetrechos diversos (anzis, peneiras, tarrafas, pequenas redes de arrasto, pus), os peixes foram captura-

    dos. Aps a captura, foram imediatamente colocados em recipientes com formol 10% para a fixao. conveniente observar quea colocao dos peixes de imediato na formalina auxilia na preparao do material para posteriores anlises. As nadadeiras ficamdistendidas e as escamas bem aderidas, minimizando suas perdas. Assim, as contagens dos raios das nadadeiras e escamas dalinha lateral e do corpo ficam facilitadas. O formato natural do peixe tambm preservado.

    Vale esclarecer ainda que formol 10% a concentrao mais adequada para esse tipo de trabalho. Enrijece e desidrata aspeas sem deform-las. obtido a partir do formol concentrado, ou seja, aquele que tem entre 36-38% de formaldedo em suaconcentrao (o formol comercial geralmente tem 37%). Como se trata de uma soluo gasosa, esta a concentrao mxima do

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    O nome popular que acompanha cada espcie neste manual o nome corrente na regio objeto da pesquisa. O nome nalinguagem da etnia Xavante uma homenagem aos povos indgenas que vivem na rea e uma tentativa de resgatar um pequenotrao da cultura indgena, pressionada e dilapidada pelo avano da civilizao do homem branco. Infelizmente, o espao do ndio cada vez menor no Brasil, e sua cultura est lamentavelmente fadada ao desaparecimento.

    As informaes relacionadas alimentao so provenientes de exames estomacais qualitativos efetuados e da literaturadisponvel, assim como as informaes relativas ocorrncia de dimorfismo sexual, isto , machos e fmeas diferirem externa-mente. Esta ltima informao suprimida quando no se coletaram exemplares suficientes, especialmente no perodo reprodutivo,ou quando, aparentemente, no h informao disponvel na literatura.

    O tamanho apresentado para cada espcie corresponde ao encontrado na literatura ou o medido em exemplares capturadosna presente pesquisa. Na maioria das vezes refere-se ao comprimento padro, isto , comprimento medido da ponta do focinhoat o comeo (base) da nadadeira caudal (excluda a nadadeira caudal).

    A sequncia de apresentao dos grupos maiores Ordens, Famlias e Subfamlias segue a ordem filogentica, de acordocom o livro CHECK LIST OF THE FRESHWATER FISHES OF SOUTH AND CENTRAL AMRICA (CLOFFSCA), organizado por Reis et

    al. (2003). A sequncia vai dos grupos considerados menos evoludos, cientificamente falando, mais primitivos, para os maisevoludos, isto , mais derivados. Dentro de cada Famlia ou Subfamlia, a sequncia seguida para os gneros e espcies alfabtica. Fica aqui outra sugesto para o leitor: quando se referir a espcies pertencentes a vrios grupos, animais ou vegetais,alm de informar o(s) nome(s) do(s) autor(es) das espcies e a data, organize a relao na sequncia filogentica. Voc enrique-ce e valoriza consideravelmente seu trabalho.

    A informao sobre a importncia de cada espcie est baseada no exame do contedo estomacal de peixes carnvoros, empesquisas junto s comunidades ribeirinhas, mercados de peixes e feiras livres, aquariofilistas e literatura. A referncia a poten-cial para aquariofilia utilizada quando a espcie, por alguma caracterstica (de cor, estrutura ou forma, comportamento, etc.),sobressai-se dentre as demais.

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    P P E S A S

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    PEIXESDO PARQUE ESTADUALDA SERRA AZUL: SINOPSE

    NMERODEESPCIESPORFAMLIAETOTALFamlia Esp. Famlia Esp.

    1. Potamotrygonidae 01 20. Callichthyidae 05

    2. Engraulidae 01 21. Loricariidae 17

    3. Pristigasteridae 01 22. Pseudopimelodidae 02

    4. Parodontidae 02 23. Heptapteridae 07

    5. Curimatidae 07 24. Pimelodidae 05

    6. Prochilodontidae 01 25. Doradidae 04

    7. Anostomidae 08 26. Auchenipteridae 03

    8. Chilodontidae 02 27. Gymnotidae 02

    9. Crenuchidae 01 28. Sternopygidae 02

    10. Hemiodontidae 05 29. Rhamphichthyidae 01

    11. Gasteropelecidae 01 30. Apteronotidae 01

    12. Characidae 50 31. Rivulidae 01

    13. Acestrorhynchidae 02 32. Poeciliidae 01

    14. Erythrinidae 02 33. Belonidae 01

    15. Lebiasinidae 01 34. Synbranchidae 0116. Ctenoluciidae 01 35. Sciaenidae 01

    17. Cetopsidae 01 36. Cichlidae 12

    18. Aspredinidae 01 37. Achiridae 01

    19. Tricho mycteridae 06 38. Tetraodontidae 01

    Total de espcies 162

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    SINOPSEDASORDENS, FAMLIAS, SUBFAMLIAS, GNEROSEESPCIES

    RAJIFORMESPotamotrygonidaePotamotrygonaff. motoro(Natterer inMller & Henle, 1841).

    CLUPEIFORMESEngraulidae

    Anchoviellacf. carrikeriFowler, 1940.Pristigasteridae

    Pristigaster cayanaCuvier, 1829.

    CHARACIFORMESParodontidae

    Apareiodon argenteusPavanelli & Britski, 2003.Parodonpongoensis(Allen, 1942).

    CurimatidaeCurimata inornataVari, 1989.Curimatella immaculata(Fernndez-Ypez, 1948).

    Cyphocharax gouldingiVari, 1992.Cyphocharax notatus(Steindachner, 1908).Psectrogaster amazonicaEigenmann & Eigenmann, 1889.Steindachnerina amazonica(Steindachner, 1911).Steindachnerina gracilisVari & Vari, 1989.

    Prochilodontidae

    Prochilodus nigricansAgassiz, 1829.

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    AnostomidaeAbramites hypselonotus(Gnther, 1868).LaemolytafernandeziMyers, 1950.Leporellus vittatus(Valenciennes, 1850).Leporinuscf. klausewitziGry, 1960.Leporinus friderici(Bloch, 1794).Leporinussp.1Leporinus geminisGaravello & Santos, 2009

    Schizodon vittatus(Valenciennes, 1850).ChilodontidaeCaenotropus labyrinthicus(Kner, 1858).Chilodus punctatusMller & Troschel, 1844.

    CrenuchidaeCharacidiumaff. zebraEigenmann, 1909.

    HemiodontidaeAnodus orinocensis(Steindachner, 1887).Bivibranchia velox(Eigenmann & Myers, 1927).Hemiodus gracilisGnther, 1864.Hemiodus microlepisKner, 1858.Hemiodus unimaculatus(Bloch, 1794).

    GasteropelecidaeThoracocharaxcf. stellatus(Kner, 1858).

    CharacidaeIguanodectinae

    Iguanodectes spilurus(Gnther, 1864).

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    BryconinaeBrycon falcatusMller & Troschel, 1844.

    SerrasalminaeMetynnis argenteusAhl, 1923.Myleus torquatus(Kner, 1858).Serrasalmus spilopleuraKner, 1858.

    AphyocharacinaeAphyocharaxalburnus(Gnther, 1869).

    Aphyocharaxsp.1CharacinaeAcestrocephalus acutusMenezes, 2006.Charax leticiaeLucena, 1987.Cynopotamus tocantinensisMenezes, 1987.Galeocharax gulo(Cope, 1870).

    Phenacogastersp.Roeboides myersiiGill, 1870.

    StethaprioninaePoptella compressa(Gnther, 1864).

    TetragonopterinaeTetragonopterusaff. argenteusCuvier, 1816.Tetragonopterus chalceusSpix & Agassiz, 1829.

    CheirodontinaeSerrapinnus micropterus(Eigenmann, 1907).

    TriportheinaeTriportheus albusCope, 1872.Triportheus auritus(Valenciennes inCuvier & Valenciennes, 1850).Triportheus trifurcatus(Castelnau, 1855).

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    Incertae SedisAstyanax argyrimarginatusGarutti, 1999.Astyanax asuncionensisGry, 1972.Astyanax elachylepisBertaco & Lucinda, 2005.Astyanaxsp.1Astyanaxsp.2Astyanax xavanteGarutti & Venere, 2009.Bryconops alburnoidesKner, 1858.

    Bryconopscf. giacopinii(Fernndez-Ypez, 1950).Bryconopscf. melanurus(Bloch, 1794).Creagrutus figueiredoiVari & Harold, 2001.Creagrutus menezesiVari & Harold, 2001.Creagrutus seductusVari & Harold, 2001.Exodon paradoxusMller & Troschel, 1844.

    Hemigrammusaff. levisDurbin, 1908.Hemigrammuscf. rodwayiDurbin, 1909.HemigrammuslevisDurbin, 1908.Hyphessobryconaff. maculicaudaAhl, 1936.Hyphessobryconaff. tenuisGry, 1964.Hyphessobrycon eques(Steindachner, 1882).Jupiaba polylepis(Gnther, 1864).Knodussp.Moenkhausiacf. commaEigenmann, 1908.Moenkhausiacollettii(Steindachner, 1882).Moenkhausiadichroura(Kner, 1858).Moenkhausia lepidura(Kner, 1858).

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    Moenkhausiaoligolepis(Gnther, 1864).MoenkhausiapyrophthalmaCosta, 1994.Moenkhausiasp.Salminus hilariiValenciennes, 1850.Thayeria boehlkeiWeitzman, 1957.

    AcestrorhynchidaeAcestrorhynchus falcatus(Bloch, 1794).Acestrorhynchus microlepis(Schomburgk, 1841).

    ErythrinidaeHoplerythrinus unitaeniatus(Agassiz, 1829).Hopliascf. malabaricus(Bloch, 1794).

    LebiasinidaePyrrhulina australisEigenmann & Kennedy, 1903.

    Ctenoluciidae

    Boulengerella cuvieri(Agassiz inSpix & Agassiz, 1829).

    SILURIFORMESCetopsidae

    Cetopsis coecutiens(Lichtenstein, 1819).Aspredinidae

    Bunocephalussp.Trichomycteridae

    TrichomycterinaeItuglanis macunaimaDatovo & Landim, 2005.

    StegophilinaeHenonemus intermedius(Eigenmann & Eigenmann, 1889).

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    Ochmacanthussp.Parastegophilussp.Pseudostegophilussp.

    VandelliinaeVandellia cirrhosaValenciennes, 1846.

    CallichthyidaeAspidoraspauciradiatus(Weitzman & Nijssen, 1970).Brochis splendens(Castelnau, 1855).Corydoras araguaiaensisSands, 1990.Corydoras maculiferNijssen & Isbrcker, 1971.Megalechis personata(Ranzani, 1841).

    LoricariidaeHypoptopomatinae

    Hisonotussp.

    Parotocinclusbritskii Boeseman, 1974.LoricariinaeFarlowellaaff. oxyrryncha(Kner, 1853).Loricariasp.1Loricariasp.2Loricariasp.3RineloricariahasemaniIsbrcker & Nijssen, 1979.Spatuloricariasp.Sturisomaaff. nigrirostrumFowler, 1940.

    HypostominaeHypostomusaff. cochliodonKner, 1854.HypostomusfaveolusZawadzki, Birindelli & Lima, 2008.

    H t 1

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    Hypostomussp.1Hypostomussp.2Pterygoplichthyscf. gibbiceps(Kner, 1854).Pterygoplichthys joselimaianus(Weber, 1991).Squaliforma emarginata(Valenciennes, 1840).

    AncistrinaeHemiancistrusspilommaCardoso & Lucinda, 2003.

    PseudopimelodidaeMicroglanissp.Pseudopimeloduscf.pulcher(Boulenger, 1887).

    HeptapteridaeImparfinis miriniHaseman, 1911.MastiglanisasoposBockmann, 1994.Phenacorhamdia somnians(Mees, 1974).

    Pimelodellasp.1Pimelodellasp.2Pimelodellasp.3Rhamdiaquelen(Quoy & Gaimard, 1824).

    PimelodidaeHemisorubim platyrhynchos(Valenciennes inCuvier & Valenciennes, 1840).

    Megalonema platicephalumEigenmann, 1912.Pimeloduscf. blochii(Valenciennes inCuvier & Valenciennes, 1840).PropimelodusaraguayaeRocha, Oliveira & Py-Daniel, 2007.Sorubim lima(Bloch & Schneider, 1801).

    DoradidaeAnadoras regani(Steindachner, 1908).

    H o e ti (St i d h 1875)

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    Hassar orestis(Steindachner, 1875).Hassar wilderiKindle, 1895.Leptodorascf. cataniaiSabaj, 2005.

    AuchenipteridaeAgeneiosus inermis(Linnaeus, 1766).Auchenipterus nuchalis(Spix & Agassiz, 1829).Parauchenipterus galeatus(Linnaeus, 1758).

    GYMNOTIFORMESGymnotidae

    Electrophorus electricus(Linnaeus, 1766).Gymnotuscf. carapoLinnaeus, 1758.

    SternopygidaeEigenmanniacf. trilineataLpez & Castello, 1966.

    Sternopygus macrurus(Bloch & Schneider, 1801).RhamphichthyidaeGymnorhamphichthys petitiGry & Vu-Tn-Tu, 1964.

    ApteronotidaeApteronotus albifrons(Linnaeus, 1766).

    CYPRINODONTIFORMESRivulidae

    Rivulus zigonectesMyers, 1927.Poeciliidae

    Pamphorichthys araguaiensisCosta, 1991.

    BELONIFORMES

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    BELONIFORMESBelonidae

    Pseudotylosurus microps(Gnther, 1866).

    SYNBRANCHIFORMESSynbranchidae

    Synbranchus marmoratusBloch, 1795.

    PERCIFORMESSciaenidae

    Pachypops fourcroi(La Cepde, 1802).Cichlidae

    Aequidens tetramerus(Heckel, 1840).Biotodomaaff. cupido(Heckel, 1840).

    Crenicichlaaff.johannaHeckel, 1840.Crenicichla labrina(Spix & Agassiz, 1831).Crenicichla reticulata(Heckel, 1840).Crenicichlasp.1Herosaff. efasciatus Heckel, 1840.Hypselecara temporalis(Gnther, 1862)

    Laetacara araguaiaeOttoni & Costa, 2009Mesonauta festivus(Heckel, 1840).Retroculus lapidifer(Castelnau, 1855).Satanopercajurupari(Heckel, 1840).

    PLEURONECTIFORMES

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    PLEURONECTIFORMESAchiridae

    Hypoclinemus mentalis(Gnther, 1862).

    TETRAODONTIFORMESTetraodontidae

    Colomesus asellus(Mller & Troschel, 1849).

    DESCRIO E COMENTRIOS SOBRE AS ESPCIES

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    Dimetro do disco: 64,5 cm

    NOME COMUM: arraia, arraia-de-fogo, raia.

    NOME XAVANTE: tpb.

    NOMECIENTFICO: Potamotrygonaff. motoro(Natterer inMller & Henle,1841).

    FAMLIA: Potamotrygonidae.

    TAMANHO: pode atingir mais de 70,0 cm de dimetro do disco.ALIMENTAO: carnvora, com preferncia por peixes e crustceos.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: os machos apresentam clsper oupterigopdio, i.e., uma modificao das nadadeiras plvicas eque serve como rgo copulador. uma estrutura dotada de

    sulco, por onde fluem os espermatozoides durante a cpula. de carter permanente (vide fotos comparativas de macho efmea).

    COMENTRIOS: esqueleto cartilaginoso; corpo e cabea achatados, em forma de disco, revestidos por diminutas escamas placides(da a sensao de lixa ao toc-la); nadadeiras peitorais profundamente modificadas, formando uma orla em volta do disco,

    unidas na parte anterior do focinho; cauda estreita, distintamente separada do disco, e de tamanho aproximadamente igual aodimetro do disco; espinhos mdio-dorsais relativamente grandes na cauda, geralmente dispostos em uma srie longitudinal;fenda bucal situada ventralmente; cinco pares de aberturas branquiais situadas na regio ventral; um par de olhos situadosdorsalmente; uma abertura de cada lado do olho, o espirculo. Superfcie dorsal do disco variando de marrom-olivceo a cinza-escuro, com manchas ocelares amarelas ou alaranjadas circundadas de negro, maiores na regio central do disco e diminuindode tamanho em direo s margens. As raias so ovovivparas, i.e., a fecundao e o desenvolvimento so internos, mas sem

    a formao de uma placenta, de maneira que a fmea libera filhotes; cerca de trs meses de

    DESCRIOE COMENTRIOSSOBREAS ESPCIES

    gestao. Na cpula, o macho introduz apenas um clsper.

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    gestao. Na cpula, o macho introduz apenas um clsper.Preferem guas paradas, relativamente rasas e de substratoarenoso ou argiloso, no qual permanecem apoiadas ou

    semienterradas. Espcie pouco frequente ou rara nos cursossuperior e mdio, ocorrendo mais nos cursos inferiores dosriachos e crregos do PESA, principalmente na poca dasguas altas.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; aquariofilia.

    Vista ventral: macho (detalhedo clsper) e fmea.

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    NOME COMUM: manjuba, sardinha-de-gato. NOME XAVANTE: peawaippare.

    NOMECIENTFICO: Anchoviellacf. carrikeriFowler, 1940. FAMLIA: Engraulidae.

    TAMANHO: at 6,8 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: carnvora, com preferncia por pequenos peixes e crustceos.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo alongado e comprimido lateralmente; recoberto por escamas ciclides, grandes; focinho cnico e prolongado

    num pequeno rostro acima da boca, a qual estreita e largamente fendida para trs; dentes em srie nica no dentrio e nopr-maxilar; nadadeira caudal furcada. Corpo algo prateado; faixa lateral prateada conspcua no flanco. Espcie frequente noscursos inferiores dos riachos e crregos do PESA, onde adentra principalmente em perodo de guas altas.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP: 6,8 cm

    NOME COMUM: papuda.

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    CP: 11,6 cm

    COMENTRIOS: corpo relativamente alto, comprimido lateralmente e recoberto por escamas ciclides; peito desenvolvido, com quilhapr-ventral; espinho pr-dorsal (firmemente inserido na musculatura) presente; nadadeiras plvicas e adiposa ausentes;escamas perfuradas da linha lateral ausentes; boca ligeiramente voltada para cima, com dentes bem desenvolvidos em ambasas maxilas e dentes diminutos sobre a lngua; caudal bifurcada, com lobos longos. Corpo prateado homogneo, em sua maiorparte. Espcie frequente nos cursos inferiores dos riachos e crregos do PESA, principalmente em pocas de guas altas.

    IMPORTNCIA: esta espcie no muito apreciada como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    NOME XAVANTE: pedzarbtmr.

    NOME CIENTFICO: Pristigaster cayana Cuvier,1829.

    FAMLIA: Pristigasteridae.

    TAMANHO: at 14,5 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: insetvora, alimentando-se princi-

    palmente de insetos terrestres.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

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    NOME COMUM: canivete. NOME XAVANTE: pedzatrewawi.

    NOMECIENTFICO:Apareiodon argenteusPavanelli & Britski, 2003. FAMLIA: Parodontidae.

    TAMANHO: at 7,6 mm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: raspadores de algas e organismos que se desenvolvem sobre elas (epfitos), junto ao substrato.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo fusiforme; boca subinferior e fenda bucal (vista ventralmente) reta; mandbula na forma de p e desprovida de

    dentes; nadadeiras peitorais e plvicas largas, permitindo boa aderncia ao substrato; linha lateral completa, 40-42 escamas.Listra longitudinal negra estreita correndo sobre a linha lateral e quatro a cinco barras transversais negras no dorso; reaprateada abaixo da faixa negra. Preferem guas correntes, rpidas, com cerca de 0,20 a 1 m de profundidade, e bem ilumina-das. Permanecem sobre o substrato, raspando e ingerindo o epilton (organismos que se desenvolvem sobre as rochas,especialmente algas). Espcie pouco frequente nos riachos e crregos do PESA.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP: 3,7 cm

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    NOME COMUM: canivete. NOME XAVANTE: pedzatre.

    NOMECIENTFICO: Parodonpongoensis(Allen, 1942). FAMLIA: Parodontidae.

    TAMANHO: at 10,7 cm de comprimento padro.ALIMENTAO: omnvora, raspadores de algas e organismos que se desenvolvem sobre elas (epfitos), junto ao substrato.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo fusiforme; boca subinferior e fenda bucal (vista ventralmente) reta; mandbula em forma de p e desprovida dedentes anteriormente, mas com dois ou trs dentes de cada lado; dentes com muitas cspides arredondadas; nadadeiras

    peitorais e plvicas largas, permitindo boa aderncia ao substrato; linha lateral completa. Duas listras longitudinais escuras noflanco do corpo, entremeadas por faixa clara: uma delas no dorso, outra na regio mediana do corpo, estendida desde os olhosat a extremidade dos raios caudais medianos; flanco inferior esbranquiado. Preferem guas correntes, rpidas, com cercade 0,20 a 0,50 m de profundidade, e bem iluminadas; permanecem sobre o substrato, raspando e ingerindo o epilton. Espciefrequente nos riachos e crregos do PESA; abundante nas reas abertas, de guas rpidas e substrato rochoso.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 7,8 cm

    NOME COMUM: branquinha.

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    NOME XAVANTE: dawatsa.

    NOME CIENTFICO: Curimata inornataVari, 1989.FAMLIA: Curimatidae.

    TAMANHO: at 13,6 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: ilifaga, i. e., alimenta-se de par-tculas dispersas no substrato, principal-mente micro-organismos de origem ani-mal ou vegetal e matria orgnica em de-composio; por isso, muitos autores pre-ferem classific-la como detritvora.Estes peixes possuem um aparelho digestrio adaptado para selecionar o que interessa ou no sua alimentao.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo pouco alongado, recoberto por escamas ciclides, menores acima da linha lateral e maiores abaixo desta; bocainferior, desprovida de dentes; linha lateral completa, 55 a 60 escamas perfuradas; nadadeira caudal nua, bifurcada. Coloraoprateada uniforme, sem mculas. Espcie rara nos cursos superior e mdio dos crregos do PESA, mas frequente no inferior,principalmente em perodos de guas altas.

    IMPORTNCIA: os curimatdeos, de maneira geral, formam grandes cardumes que migram rio acima, principalmente na poca dareproduo. Nesta oportunidade, podem ser capturadas em grande quantidade, representando boa parcela na pesca desubsistncia. Constituem elo importante nas cadeias alimentares, uma vez que formam parte avultada dos peixes forrageiros.Por esse comportamento, podem ser consideradas espcies-chave na ciclagem de nutrientes nos ambientes onde soencontradas.

    CP 13,0 cm

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    NOME COMUM: branquinha. NOME XAVANTE: peawaip.

    NOMECIENTFICO: Curimatella immaculata (Fernndez-Ypez, 1948). FAMLIA: Curimatidae.

    TAMANHO: at 9,3 cm de comprimento padro.ALIMENTAO: ilifaga, i. e., alimenta-se de partculas dispersas no substrato, principalmente micro-organismos de origem animal ou

    vegetal e matria orgnica em decomposio; por isso, muitos autores preferem classific-la como detritvora. Esses peixespossuem um aparelho digestrio adaptado para selecionar o que interessa ou no sua alimentao.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: sem traos bvios. Os machos emitem um tipo de ronco na poca em que se encontram prontos para

    a eliminao dos gametas.COMENTRIOS: corpo relativamente alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclides; boca terminal, desprovida de dentes; linha

    lateral completa, com menos de 50 escamas; nadadeira caudal bifurcada, com lobos inteiramente recobertos por escamaspequenas. Colorao prateada uniforme, sem mculas. Espcie pouco comum nos cursos superior e mdio dos riachos ecrregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em perodos de guas altas.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 7,2 cm

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    NOME COMUM: branquinha. NOME XAVANTE: penhnre.

    NOMECIENTFICO: Cyphocharax gouldingiVari, 1992. FAMLIA: Curimatidae.

    TAMANHO: at 8,7 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: ilifaga, i. e., alimenta-se de partculas dispersas no substrato, principalmente micro-organismos de origem animal ouvegetal e matria orgnica em decomposio; por isso, muitos autores preferem classific-la como detritvora. Esses peixespossuem um aparelho digestrio adaptado para selecionar o que interessa ou no sua alimentao.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo alongado, relativamente alto, fusiforme, recoberto por escamas ciclides, relativamente grandes; boca terminaldesprovida de dentes; linha lateral completa, 30-33 escamas; nadadeira caudal nua. Colorao prateada uniforme, com mcu-la negra na base da nadadeira caudal (o que facilita o reconhecimento da espcie). Espcie pouco frequente nos cursossuperior e mdio dos riachos e crregos do PESA, mas abundante no inferior, principalmente em perodos de guas altas;comum nas lagoas marginais.

    IMPORTNCIA: pode ser esporadicamente consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 6,7 cm

    NOME COMUM: branquinha.

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    NOME XAVANTE: peadzarbtmr.

    NOME CIENTFICO: Cyphocharax notatus(Steindachner, 1908).

    FAMLIA: Curimatidae.

    TAMANHO: at 12,3 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: ilifaga, i. e., semelhante aos de-mais curimatdeos. Trata-se de peixes quese alimentam de partculas dispersas nosubstrato, que podem ser de composio variada, desde micro-organismos at matria orgnica em decomposio. Possuemaparelho digestrio adaptado para selecionar o que interessa ou no sua alimentao.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: sem traos bvios. Os machos emitem um tipo de ronco na poca em que se encontram prontos para

    a eliminao dos gametas.COMENTRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclides; boca desprovida de dentes, em posio anterior; linha

    lateral completa, 30-35 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Colorao prateada uniforme. a nica espciedo gnerocom pigmentao na poro distal dos raios da nadadeira dorsal, alm de mculas na poro distal dos lbulos danadadeira caudal, o que facilita seu reconhecimento. Pouco frequente no curso superior dos riachos e crregos do PESA, mas

    abundante nas lagoas marginais ao longo do curso mdio dos crregos que fluem em direo ao rio das Mortes.IMPORTNCIA: tambm representa um importante elo nas cadeias alimentares, uma vez que se constitui em parcela considervel dos

    peixes forrageiros nos ambientes onde se encontra.

    CP 7,1 cm

    NOME COMUM: branquinha

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    NOME XAVANTE: peanhhiware.

    NOME CIENTFICO: Psectrogaster amazonicaEigenmann & Eigenmann, 1889.

    FAMLIA: Curimatidae.

    TAMANHO: at 16,7 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: ilifaga, i. e., semelhante aos de-mais curimatdeos. Trata-se de peixes quese alimentam de partculas dispersas nosubstrato cuja composio variada, desde micro-organismos at matria orgnica em decomposio. Possuem aparelhodigestrio adaptado para selecionar o que interessa ou no sua alimentao.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo relativamente alto, recoberto por escamas ciclides; boca terminal desprovida de dentes; regio ps-ventralquilhada com escamas terminando num processo espiniforme; linha lateral completa, 41 a 62 escamas; nadadeira caudal nua,bifurcada. Colorao uniforme sem mculas, esverdeada acima da linha lateral, prateada abaixo. Espcie rara nos cursos superiore mdio dos riachos e crregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em perodos de guas altas.

    IMPORTNCIA: atinge porte maior que as espcies dos gneros Cyphocharaxe Steindachnerina, e, portanto,desempenha papel

    ligeiramente maior na pesca de subsistncia. Como as demais forrageiras, P. amazonicarepresenta um elo importante nacadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

    CP 13,0 cm

    NOME COMUM: branquinha.

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    NOME XAVANTE: penhnrehire.

    NOME CIENTFICO: Steindachnerina amazonica(Steindachner, 1911).

    FAMLIA: Curimatidae.

    TAMANHO: at 9,9 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: esta tambm uma espcie

    ilifaga, i.e., semelhante aos demaiscurimatdeos. Trata-se de peixes que sealimentam de partculas dispersas no substrato. As partculas podem ser de composio variada, desde micro-organismos atmatria orgnica em decomposio. Possuem aparelho digestrio adaptado para selecionar o que interessa ou no suaalimentao.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.COMENTRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclides; boca subinferior, desprovida de dentes; linha lateral

    completa, 36-41 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada, com os raios longos do lobo inferior de colorao mais escura.Colorao prateada uniforme, com indistinta faixa lateral negra na altura da linha lateral e mcula negra na base da poromediana dos raios da nadadeira dorsal. Espcie pouco frequente nos cursos superiores dos riachos e crregos do PESA;

    abundante nas pequenas lagoas marginais dos cursos mdios; e abundante nos cursos inferiores, principalmente em perodosde guas altas.

    IMPORTNCIA: por ser de pequeno porte, esta espcie nodesempenha papel importante na pesca. Como as demais forrageiras, S.amazonicarepresenta um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

    CP 9,2 cm

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    NOME COMUM: branquinha. NOME XAVANTE: peadzarbpr.

    NOMECIENTFICO: Steindachnerina gracilisVari & Vari, 1989.

    FAMLIA: Curimatidae. TAMANHO: at 10,2 cm de comprimento padro.ALIMENTAO: ilifaga, i.e., semelhante aos demais curimatdeos. Alimenta-se de partculas dispersas no substrato, cuja composio

    variada desde micro-organismos de origem animal ou vegetal at matria orgnica em decomposio. Possui aparelhodigestrio adaptado para selecionar o que interessa ou no sua alimentao.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclides; boca inferior, desprovida de dentes; linha lateral comple-ta, 50-54 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada com o lobo inferior escuro. Colorao geral prateada uniforme; nadadeiradorsal com mcula enegrecida na poro mediano-basal. Espcie rara nos cursos superior e mdio dos riachos e crregos doPESA, mas frequente no inferior, principalmente em perodos de guas altas.

    IMPORTNCIA: por ser de pequeno porte, essa espcie nodesempenha papel importante na pesca. Como as demais forrageiras, S.

    gracilisrepresenta um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde encontrada.

    CP 10,2 cm

    NOME COMUM: papa-terra, curimat.

    N X t

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    NOME XAVANTE: petmr.

    NOMECIENTFICO: Prochilodus nigricansAgassiz,1829.

    FAMLIA: Prochilodontidae.

    TAMANHO: at 37,0 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: ilifaga, i.e., raspadora de algas

    e comedora de matria orgnicafinamente particulada.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos b-vios; as fmeas atingem maior porte que os machos.

    COMENTRIOS: corpo relativamente alongado e recoberto por escamas ctenides; boca terminal, com lbios espessos, mveis e

    providos de numerosos dentculos, dispostos em uma nica srie lateralmente e em duas sries medialmente; membranasbranquiais unidas entre si e livres do istmo; espinho pr-dorsal presente; nadadeira adiposa presente; linha lateral completa,44-49 escamas; nadadeira caudal bifurcada. Espcie frequente nos cursos inferiores dos riachos e crregos do PESA, principal-mente nos perodos de guas altas.

    IMPORTNCIA: bastante consumida como alimento; potencial para aquariofilia; de grande importncia nos elos das cadeias alimenta-

    res dos ambientes onde vive.

    CP 10,2 cm

    NOME COMUM: piauzinho.

    N X i

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    NOME XAVANTE: pea warmire.

    NOME CIENTFICO: Abramites hypselonotus(Gnther, 1868).

    FAMLIA: Anostomidae.

    TAMANHO: at 14,0 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: onvora, principalmente vermes,

    algas, plantas aquticas e crustceos.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traosbvios.

    COMENTRIOS: corpo alto e comprimido, recoberto por escamas ciclides; cabea afunilada; boca pequena, terminal, com trs dentesassimtricos cuspidados no pr-maxilar e trs incisiviformes, de borda lisa, no dentrio; nadadeira caudal com escamasapenas na base; linha lateral completa, 37-40 escamas. Corpo atravessado por oito barras inclinadas irregulares a terceirafundindo-se com a quarta, e continuando-se na base da nadadeira dorsal. Ocupa sempre posio de 45o, com a cabea voltadapara baixo. Espcie rara nos riachos e crregos do PESA.

    IMPORTNCIA: espcie muito atraente, no s pelo belo padro de colorido, mas tambm pelo hbito de manter seu corpo inclinado,sendo assim bastante interessante para o comrcio aquariofilista. Como as demais espcies de pequeno porte, Abramites

    tambm representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 8,9 cm

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    NOME COMUM: piau-de-loca, piau-boca-fina. NOME XAVANTE: pedzatuwa.

    NOMECIENTFICO: Laemolyta fernandezi Myers, 1950. FAMLIA: Anostomidae.TAMANHO: at 25,0 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: herbvora, principalmente vegetais terrestres, algas filamentosas e restos orgnicos.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: sem traos bvios; as fmeas atingem maior porte que os machos.

    COMENTRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclides; boca pequena, sub-superior, com quatro dentesassimtricos cuspidados no pr-maxilar e quatro planos no dentrio; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linhalateral completa, 49-58 escamas. Corpo com quatro barras transversais escuras, conspcuas ou no. Espcie pouco frequentenos cursos superior e mdio dos riachos e crregos do PESA, porm frequente nos cursos inferiores, principalmente no perodode guas altas.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

    CP 17,4 cm

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    NOME COMUM: solteira. NOME XAVANTE: danhhuiwa.

    NOMECIENTFICO: Leporellus vittatus(Valenciennes, 1850). FAMLIA: Anostomidae.

    TAMANHO: at 24,5 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: insetvora.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclides; boca pequena, com quatro dentes assimtricos, no

    cuspidados no pr-maxilar e no dentrio; lobos da nadadeira caudal recobertos por escamas pequenas. Mancha negra nanadadeira dorsal e barras negras inclinadas na nadadeira caudal. Espcie muito rara nos riachos e crregos do PESA; encon-trada em crregos com corredeiras e pedrais onde busca seu alimento. Pode tambm ser capturada nas corredeiras do rioAraguaia, logo abaixo da foz do crrego Avoadeira que drena o PESA.

    IMPORTNCIA: tambm espcie vistosa, com um colorido incomum; logo, potencialmente importante para aquariofilia; consumida

    como alimento; elo importante na cadeia alimentar de peixes maiores.

    CP 10,0 cm

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    NOMECOMUM: piau, piauzinho, piau-trs-pintas. NOME XAVANTE: pedzatdzarebepr.

    NOMECIENTFICO: Leporinuscf. klausewitziGry, 1960. FAMLIA: Anostomidae.TAMANHO: at 25,0 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: omnvora, com preferncia para frutos, sementes e larvas de insetos.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: sem traos bvios; as fmeas alcanam maior porte que os machos.

    COMENTRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclides, grandes; boca pequena, com quatro dentes assimtricos,no cuspidados no pr-maxilar e no dentrio; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 37 a 41escamas. Corpo com trs mculas escuras conspcuas, arredondadas sobre a linha lateral (o que a diferencia facilmente deLeporinussp.1 e Leporinus geminis); nadadeiras adiposa e anal negras (o que a distingue prontamente de L. friderici). Espcierara nos cursos superior e mdio dos riachos e crregos do PESA e tambm pouco frequente nos inferiores.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 9,5 cm

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    NOME COMUM: cabea-gorda, piau-trs-pintas. NOME XAVANTE: pedzatdzarebepr.

    NOMECIENTFICO: Leporinus friderici (Bloch, 1794). FAMLIA: Anostomidae.

    TAMANHO: at 40,0 cm de comprimento padro.ALIMENTAO: omnvora, com preferncia para frutos, sementes e larvas de insetos.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: sem traos bvios; as fmeas alcanam maior porte que os machos.

    COMENTRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclides, grandes; boca pequena, com quatro dentes assimtricos,no cuspidados no pr-maxilar e no dentrio; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 37 a 41

    escamas. Corpo com trs mculas escuras conspcuas, arredondadas sobre a linha lateral (o que a diferencia facilmente deLeporinussp.1 e L. geminis); nadadeira adiposa amarelo-avermelhada e anal amarelada (o que a distingue prontamente de L.cf. klausewitzi). Espcie frequente nos cursos superior e mdio dos riachos e crregos do PESA e abundante nos inferiores,principalmente nos perodos de vazante, na foz de diversos crregos que desguam no Araguaia, quando formam grandescardumes que so intensivamente pescados juntamente com L. trifasciatus.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; importante na pesca turstica; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 11,4 cm

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    NOMECOMUM: aracu, aracu-pintado, piauzinho. NOME XAVANTE: pedzat.

    NOME CIENTFICO: Leporinus sp.1. FAMLIA: Anostomidae.

    TAMANHO: at 12,4 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: herbvora, principalmente folhas, flores, frutos, sementes e algas filamentosas.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: sem traos bvios; as fmeas alcanam maior porte que os machos.

    COMENTRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclides, grandes; boca pequena, com trs dentes assimtricos,

    no cuspidados no dentrio e quatro no pr-maxilar; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 36a 37 escamas. Mculas escuras conspcuas sobre a linha lateral e acima e abaixo nos flancos, cuja forma principal horizon-talmente ovalada (o que a diferencia facilmente de L. friderici, L. cf.klausewitzi e L. geminis). Espcie de porte pequeno;machos maduros com 9,6 cm. Frequente nos riachos e crregos do PESA.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; pelo seu padro de mculas pode desempenhar importante papel na aquariofilia; elo

    importante na cadeia alimentar dos riachos e crregos que habita.

    CP 9,4 cm

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    NOME COMUM: piau, piau-loqueiro. NOME XAVANTE: pedzatware.

    NOMECIENTFICO: Leporinus geminisGaravelo & Santos, 2009. FAMLIA: Anostomidae.

    TAMANHO

    : at 13,9 cm de comprimento padro.ALIMENTAO: omnvora, principalmente frutos e sementes e larvas de insetos.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: sem traos bvios; as fmeas alcanam maior porte que os machos.

    COMENTRIOS: corpo alongado, relativamente espesso, recoberto por escamas ciclides, grandes; boca subinferior, pequena, comquatro dentes assimtricos, no cuspidados no pr-maxilar e quatro no dentrio; nadadeira caudal com escamas apenas na

    base; linha lateral completa, 37 a 42 escamas. Corpo de colorao castanho-amarelada no dorso e prateada na poro abaixoda linha lateral (o que a diferencia facilmente de L. friderici, L. cf. klausewitzie Leporinussp.1); manchas escuras ocasionais,alongadas, na altura da linha lateral; nadadeiras dorsal, ventral e adiposa escuras; caudal bifurcada, com borda avermelhada.Espcie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e crregos do PESA, onde ocorre principalmente no perodo deguas altas. Corresponde a Leporinussp.2 citada por Santos & Jegu, 1989.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 13,9 cm

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    NOME COMUM: piau-cago, piau-vara. NOME XAVANTE: pedzat wawi tpr.

    NOMECIENTFICO: Schizodon vittatus (Valenciennes, 1850). FAMLIA: Anostomidae.

    TAMANHO: at 35,0 cm de comprimento padro.ALIMENTAO: herbvora, principalmente razes, folhas, frutos, sementes e algas filamentosas.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: sem traos bvios; as fmeas atingem maior porte que os machos.

    COMENTRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclides; boca pequena, terminal, quatro dentes multicuspidadosno pr-maxilar e quatro no dentrio; linha lateral completa, 43 a 45 escamas; quatro fileiras de escamas acima da linha lateral

    e quatro abaixo; nadadeira caudal com escamas apenas na base. Quatro barras transversais escuras no corpo e uma faixaescura sobre o flanco. Espcie pouco frequente nos cursos superior e mdio dos riachos e crregos do PESA, mas abundantenos inferiores, principalmente no perodo de guas altas.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; importante na pesca turstica no final das guas altas, quando facilmente capturada na fozde vrios crregos afluentes do rio Araguaia; representa importante elo na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 17,0 cmCP 17,0 cm

    NOMECOMUM: cabea-dura, durinho, escama-grossa.

    NOME XAVANTE: peahihir.

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    CP 13,1 cm

    NOMECIENTFICO: Caenotropus labyrinthicus(Kner,1858).

    FAMLIA: Chilodontidae.

    TAMANHO: at 15,2 cm de comprimento padro(alguns aquaristas citam at 20,0 cm).

    ALIMENTAO: omnvora, alimentando-se de peque-nos invertebrados, algas e detritos.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas crenuladas, grandes; cabea afilada; boca pequena, com dentesminsculos fracamente implantados nos lbios; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 29-30

    (raramente 27 ou 28) escamas perfuradas. Numerosas mculas puntiformes escuras pequenas pelo corpo prateado e faixalongitudinal interceptada na regio umeral por mcula escura. Espcie rara nos cursos superior e mdio dos riachos e crregosdo PESA, mas frequente no inferior, principalmente em perodos de guas altas. Comum nas lagoas marginais.

    IMPORTNCIA: por ser de pequeno porte, esta espcie nodesempenha papel relevante na pesca. Como as demais forrageiras,Caenotropusrepresenta um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive; alm disso, por seu padro de

    colorido, uma espcie interessante para a aquariofilia.

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    NOME COMUM: durinho, escama-grossa. NOME XAVANTE: peanh rr.

    NOMECIENTFICO: Chilodus punctatusMller & Troschel, 1844. FAMLIA: Chilodontidae.

    TAMANHO: at 7,9 cm de comprimento padro.ALIMENTAO: omnvora, alimentando-se de pequenos invertebrados, algas e detritos.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclides, grandes; cabea afilada; boca pequena, com dentesminsculos fracamente implantados nos lbios; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 28-29

    escamas. Numerosas mculas puntiformes escuras pelo corpo e pela nadadeira dorsal; dorsal e caudal avermelhadas; olhocom barra horizontal preto-avermelhada. Espcie frequente nas lagoas marginais dos riachos e crregos do PESA.

    IMPORTNCIA: esta espcie nodesempenha papel de destaque na pesca. Como as demais forrageiras, Chilodusrepresenta um eloimportante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive; alm disso, pelo seu porte e pelo padro de colorido, muitorequisitada para a aquariofilia.

    CP 5,4 cm

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    NOME COMUM: durinho. NOME XAVANTE: pedzatuihr.

    NOMECIENTFICO: Characidiumaff. zebraEigenmann, 1909. FAMLIA: Crenuchidae.

    TAMANHO: at 4,9 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: omnvora, principalmente insetos aquticos e terrestres, pedaos de folhas e flores.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo alongado, estreito e rolio; nadadeiras peitorais e ventrais largas, com as quais se apoia no substrato; boca

    pequena, subinferior; linha lateral completa, 36-38 escamas. Flanco do corpo com oito a dez faixas transversais; faixa estreitalongitudinal negra do focinho, passando pelo olho, at o fim do pednculo caudal; mancha avermelhada na parte superior dooprculo; dorsal alaranjada nos raios proximais. Prefere guas correntes, com cerca de 0,20 a 0,50 m de profundidade.Espcie frequente nos riachos e crregos do PESA.

    IMPORTNCIA: interessante para a aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos crregos onde vive.

    CP 4,5 cm

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    NOME COMUM: lapix-banana. NOME XAVANTE: wat.

    NOME CIENTFICO: Anodus orinocensis(Steindachner, 1887). FAMLIA: Hemiodontidae.

    TAMANHO: at 27,5 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: zooplanctvora, ingerindo principalmente cladceros e coppodos.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclides, pequenas; boca terminal; fenda bucal (vista ventralmen-te) arredondada; dentes ausentes tanto na maxila superior quanto na mandbula; linha lateral completa, com 94-116 escamasperfuradas; nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Corpo prateado; mcula escura no meio do flanco, atrs da dorsal.Espcie rara nos cursos superiores e mdios dos riachos e crregos do PESA, mas frequente nos cursos inferiores no perodode guas altas.

    IMPORTNCIA: apreciada na pesca de subsistncia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 25,0 cmCP 25,0 cm

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    NOME COMUM: lapix. NOME XAVANTE: peadzarbeprere.

    NOMECIENTFICO: Bivibranchia velox(Eigenmann & Myers, 1927). FAMLIA: Hemiodontidae.

    TAMANHO: at 15,2 cm de comprimento padro.ALIMENTAO: omnvora, principalmente algas e invertebrados em geral.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo alongado, prateado, recoberto por escamas ciclides, pequenas; fenda bucal (vista ventralmente) arredondada;dentes tricspides na maxila superior; mandbula desprovida de dentes; linha lateral completa, 110 a 120 escamas; nadadeiracaudal nua, bifurcada, lobos pontudos, avermelhados. Corpo algo prateado; faixa prateada no flanco. Espcie rara nos cursossuperior e mdio dos riachos e crregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em perodos de guas altas.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 10,4 cm

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    NOME COMUM: voador, cruzeiro-do-sul. NOME XAVANTE: peadzarbtsitsaridi.

    NOMECIENTFICO: Hemiodus gracilisGnther, 1864. FAMLIA: Hemiodontidae.

    TAMANHO: at 16,3 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: espcie adaptada a se alimentar raspando algas do substrato, sendo por isso tambm classificada como ilifaga, uma

    vez que o alimento ingerido juntamente com partculas de diferentes naturezas dispersas no substrato.DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo alongado, baixo, fusiforme, recoberto por escamas ciclides; boca terminal; fenda bucal (vista ventralmente) arredon-dada; maxila superior no protrctil, com dentes multicspides e de coroa larga; mandbula desprovida de dentes; linha lateralcompleta, 45-47 escamas (o que a diferencia facilmente de H. microlepise H. unimaculatus); nadadeira caudal nua, bifurcada,

    pontuda. Mcula mdio-lateral, prolongando-se para trs como uma faixa at a margem do lobo caudal inferior (o que tambm adistingue prontamente de H. microlepise H. unimaculatus); uma faixa estreita inconspcua tambm no lobo caudal superior; lobosvermelhos, principalmente o inferior; mculas negras na adiposa e anal; cerca de trs barras escuras inconspcuas no dorso docorpo. Espcie frequente no curso inferior dos riachos e crregos do PESA e comum nas lagoas marginais.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; representa importante grupo de peixes com grande potencial para a aquariofilia; elo

    importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 12,0 cm

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    NOME COMUM: voador, lapix. NOME XAVANTE: peadzarbwatsa.

    NOMECIENTFICO: Hemiodus unimaculatus(Bloch, 1794). FAMLIA: Hemiodontidae.

    TAMANHO: at 21,5 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: omnvora, ingerindo organismos bentnicos.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclides, pequenas no flanco superior e grandes no inferior (o quea diferencia facilmente de H. gracilise H. microlepis); fenda bucal (vista ventralmente) arredondada; maxilar superior no

    protrctil e com dentes multicspides e de coroa larga: mandbula desprovida de dentes; linha lateral completa, 71-77 escamas(o que tambm a distingue de H. gracilise H. microlepis); nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Corpo prateado; lobos dacaudal com faixa escura, larga no inferior (o que a separa prontamente de H. microlepis); mcula mdio-lateral (o queprontamente a diferencia de H. gracilis). Espcie rara nos cursos superior e mdio dos riachos e crregos do PESA, masfrequente nos inferiores no perodo de guas altas.

    IMPORTNCIA: apreciada como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 14,2 cm

    NOME COMUM: papudinha.

    NOME XAVANTE: pedzaptwatsd.

    N Th h f t ll t

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    NOME CIENTFICO: Thoracocharax cf. stellatus(Kner, 1858).

    FAMLIA: Gasteropelecidae.

    TAMANHO: at 6,7 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: insetvora, principalmente insetos

    terrestres.DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos b-

    vios; as fmeas atingem maior porte queos machos.

    COMENTRIOS

    : corpo alto e excessivamente comprimido; peito muito desenvolvido, em virtude da expanso do osso coracide; bocaligeiramente superior, com duas sries de dentes no pr-maxilar; nadadeira peitoral muito longa, atingindo a ponta dos primei-ros raios da anal; nadadeiras ventrais (plvicas) diminutas; nadadeira adiposa presente; linha lateral inclinada, voltando-se emdireo origem da anal. Corpo prateado. Espcie frequente nos cursos inferiores dos riachos e crregos do PESA, em pocasde guas altas.

    IMPORTNCIA: espcie bastante interessante para a aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 6 cm

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    NOME COMUM: piabinha. NOME XAVANTE: peawp.

    NOMECIENTFICO: Iguanodectes spilurus(Gnther, 1864). FAMLIA: Characidae.

    TAMANHO: at 10,2 mm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: omnvora, principalmente algas e insetos.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: no foi possvel a confirmao da existncia de ganchos nas nadadeiras anal e plvicas de machosmaduros no material examinado.

    COMENTRIOS: corpo alongado, comprimido lateralmente; escamas pequenas, ciclides; membranas branquiais unidas entre si mas

    livres do istmo; boca terminal, srie nica de dentes no dentrio; pr-maxilar com srie nica, porm com dente deslocadopara fora junto snfise; linha lateral completa, 62 a 68 escamas; nadadeira adiposa presente; anal longa, 35 a 37 raiosramificados. Corpo prateado, mcula negra nos raios medianos e no lobo superior da caudal. Espcie pouco frequente nosriachos e crregos do PESA, mas comum nas lagoas marginais.

    IMPORTNCIA: elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive, alm de representar uma espcie potencialmente interes-

    sante para a aquariofilia.

    CP 6,2 cm

    NOME COMUM: voadeira.

    NOME XAVANTE: pehirea.

    NOME CIENTFICO: Brycon falcatus Mller &

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    NOME CIENTFICO: Brycon falcatus Mller &Troschel, 1844.

    FAMLIA: Characidae.

    TAMANHO: at 37,0 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: omnvora, ingerindo peixes, crust-

    ceos, insetos aquticos e terrestres, peda-os de folhas, flores, frutos e sementes.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: os machos maduros geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras anal e plvicas, i.e., as nada-deiras tornam-se speras; carter transitrio.

    COMENTRIOS: corpo relativamente alongado, forte, recoberto por escamas ciclides; boca terminal, com trs sries de dentes

    multicspides no pr-maxilar e duas no dentrio, sendo a externa composta por dentes multicspides e a interna composta porum par de dentes cnicos pequenos junto snfise e afastada dele. Posteriormente, uma fileira de dentes cnicos muitopequenos e pouco visveis; linha lateral completa, 51 a 64 escamas; nadadeira caudal nua. Corpo algo prateado; manchaumeral negra; caudal com faixa negra transversal e alaranjada nos raios medianos; adiposa avermelhada; mancha avermelhadasobre a pupila. Espcie rara nos cursos superiores, frequente nos mdios e abundante nos inferiores dos riachos e crregos doPESA, principalmente no perodo de guas altas.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; principalmente os indivduos jovens representam bom potencial para aquariofilia; eloimportante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 18,5 cm

    NOME COMUM: pacu, pacu-marreca.

    NOME XAVANTE: pedzapta.

    NOME CIENTFICO: Metynnis argenteus Ahl 1923

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    NOMECIENTFICO: Metynnis argenteusAhl, 1923.

    FAMLIA: Characidae.

    TAMANHO: at 14,0 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: herbvora, preferencialmente frugvora, i. e.,comedora de frutos.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo alto, comprimido lateralmente erecoberto por escamas pequenas, ciclides; quilhapr-ventral dotada de espinhos; espinho pr-dorsalpresente; base da nadadeira adiposa longa, mais

    ou menos igual distncia que a separa da dorsal;boca terminal, com duas sries de dentes no pr-maxilar e no dentrio; a srie interna do dentrio constituda por um nico dente junto snfise. Corpo prateado. Espcieabundante nas lagoas marginais que se formam ao longo dos cursos mdios e inferiores dos riachos e crregos do PESA.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se

    encontra.

    CP 6,2 cm

    NOME COMUM: pacu-branco.

    NOME XAVANTE: pedzapd.

    NOME CIENTFICO: Myleus torquatus (Kner 1858)

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    NOMECIENTFICO: Myleus torquatus(Kner, 1858).

    FAMLIA: Characidae.

    TAMANHO: at 30,0 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: herbvora, preferencialmente fru-tos e sementes.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos b-vios.

    COMENTRIOS: corpo bastante elevado, compri-mido lateralmente e recoberto por esca-mas ciclides, pequenas; boca terminal,

    com duas sries de dentes no pr-maxilare no dentrio: a srie interna do dentrio constituda por um nico dente junto snfise; quilha pr-ventral, dotada de

    espinhos; espinho pr-dorsal presente; caudal emarginada; base da nadadeira adiposa curta, menor que a distncia que asepara da dorsal; nadadeira anal falcada. Colorao prateada uniforme; extremidades das nadadeiras anal e caudal negras;espcie frequente na parte baixa dos riachos e crregos do PESA, no perodo de guas altas.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde seencontra.

    CP 13,6 cm

    NOME COMUM: piranha.

    NOME XAVANTE: wawatpr.

    NOME CIENTFICO: Serrasalmus spilopleura Kner

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    NOME CIENTFICO: Serrasalmus spilopleura Kner,1858.

    FAMLIA: Characidae.

    TAMANHO: at 23,0 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: carnvora, principalmente peixes,

    insetos e invertebrados.DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: sem traos bvios.

    COMENTRIOS: corpo alto, fortemente comprimi-do lateralmente e recoberto por escamasciclides, pequenas; quilha serrilhada no

    peito formada por espinhos; perfil dorsalanterior reto sobre a cabea; boca ligeiramente superior, com dentes tricspides em srie nica no pr-maxilar e no dentrio;nadadeira anal longa e adiposa de base curta. Manchas negras difusas pelo corpo; caudal com faixa negra submarginal, aponta dos raios clara; anal com faixa escura submarginal menos conspcua. Espcie frequente e numerosa nas lagoas margi-nais dos riachos e crregos do PESA.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; classicamente inferida como elo importante na cadeia alimentar de jacars.

    CP 8,0 cm

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    NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: peatmtsiwapt.

    NOMECIENTFICO:Aphyocharaxalburnus(Gnther, 1869). FAMLIA: Characidae.

    TAMANHO: at 3,5 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: omnvora, principalmente algas, crustceos, larvas (inclusive de peixes) e insetos aquticos.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: os machos maduros apresentam ganchos na nadadeira anal, provavelmente um carter transitrio.

    COMENTRIOS: corpo estreito e comprimido lateralmente; boca terminal; dentes tricspides, cspide mediana maior, em srie nica

    na mandbula (13-20 dentes) e na maxila (9-20 dentes); nadadeira adiposa presente; nadadeira caudal nua; origem danadadeira anal atrs da vertical da origem da dorsal; dorsal prxima da metade do corpo; linha lateral incompleta. Corpoprateado; mancha umeral negra lembrando uma barra (o que a diferencia facilmente deAphyocharaxsp.1); conspcua caudalvermelha; demais nadadeiras incolores (o que a distingue prontamente deAphyocharaxsp.1). Espcie pouco frequente noscursos superiores e mdios dos riachos e crregos do PESA, mas comum nos inferiores.

    IMPORTNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 3,1 cm

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    NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: peadzarbwapr.

    NOME CIENTFICO: Aphyocharax sp.1. FAMLIA: Characidae.

    TAMANHO: at 3,0 cm de comprimento padro.ALIMENTAO: omnvora, principalmente algas, crustceos, larvas e insetos aquticos e terrestres.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: os machos maduros apresentam ganchos na nadadeira anal, provavelmente um carter transitrio.

    COMENTRIOS: corpo estreito e comprimido lateralmente; boca terminal; dentes tricspides, com a cspide mediana maior, em srienica na mandbula e na maxila; nadadeira dorsal prxima da metade do corpo; origem da anal atrs da vertical da origem dadorsal; adiposa presente; caudal nua; linha lateral incompleta. Corpo prateado; caudal, anal e plvicas vermelhas (o que adistingue facilmente deA.alburnus); sem mcula umeral (o que tambm a distingue prontamente deA.alburnus). Espcie raranos riachos e crregos do PESA, mas comum nas lagoas marginais.

    IMPORTNCIA: aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

    CP 2,7 cm

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    NOME COMUM: cigarra, cachorrinha. NOME XAVANTE: (pea)aitmnhr wa.

    NOME CIENTFICO: Acestrocephalus acutusMenezes, 2006. FAMLIA: Characidae.

    TAMANHO: at 10,2 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: carnvora, principalmente peixes.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: os machos sexualmente maduros apresentam ganchos na nadadeira anal.

    COMENTRIOS: corpo com perfil dorsal moderadamente elevado, sem gibosidade, comprimido; escamas pequenas, ctenides; boca

    terminal; fenda bucal oblqua, grande; sem dentes no palato; duas fileiras de dentes na mandbula; linha lateral completa, 70-77 escamas; anal 29-35 raios. Corpo algo prateado; mcula negra na origem da nadadeira dorsal; mcula losangular negra,grande, no pednculo caudal, no estendida at a extremidade dos raios caudais medianos; mcula negra no mento; faixaprateada ao longo do flanco. Espcie rara nos riachos e crregos do PESA drenados para o Araguaia, mas comuns emcabeceiras de alguns tributrios da bacia do rio das Mortes.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar de peixes maiores.

    CP 8,7 cm

    NOME COMUM: cacunda, saicanga, cigarra.

    NOME XAVANTE: pedzarbr.

    NOME CIENTFICO: Charax leticiaeLucena, 1987.

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    FAMLIA: Characidae.

    TAMANHO: at 10,0 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: carnvora, principalmente peixes,insetos e outros invertebrados.

    DIMORFISMO SEXUAL SECUNDRIO: os machos se-xualmente maduros das espcies deste g-nero e de gneros relacionados geralmen-te apresentam ganchos nas nadadeiras anale plvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se speras; carter transitrio.

    COMENTRIOS: corpo com perfil dorsal moderadamente elevado, com gibosidade, comprimido; escamas pequenas, ciclides; origemda anal frente da origem da dorsal; boca terminal; fenda bucal oblqua, grande, sem dentes no palato; uma nica fileira dedentes na mandbula e na maxila; a mandbula possui quatro dentes caniniformes intercalados por vrios dentes menores; namaxila isso se repete; entretanto, quando a boca se fecha, os dentes caninos da maxila se encaixam entre os caninos damandbula; maxilar com dentes cnicos pequenos em toda a sua extenso; linha lateral completa, 50-60 escamas; anal longa,49-57 raios. Corpo prateado; mcula negra prxima da regio umeral; mcula negra na base da caudal, no estendida at aextremidade dos raios caudais medianos. Espcie pouco frequente nos riachos e crregos do PESA, mas comum nas lagoasmarginais.

    IMPORTNCIA: pode ser consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

    CP 9,0 cm

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    NOME COMUM: cacunda, cigarra. NOME XAVANTE: pewanh ptia.

    NOMECIENTFICO: Cynopotamus tocantinensisMenezes, 1987. FAMLIA: Characidae.

    TAMANHO: at 21,0 cm de comprimento padro.

    ALIMENTAO: piscvora, principalmente pequenos peixes.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: os machos sexualmente maduros apresentam ganchos na nadadeira anal, provavelmente um car-ter transitrio.

    COMENTRIOS: perfil dorsal muito elevado atrs da cabea, formando uma gibosidade bem caracterstica; corpo revestido por esca-mas ctenides, pequenas; boca terminal; dentrio com duas sries de dentes, a externa formada por quatro dentes grandes,anteriormente, e vrios dentes pequenos, posteriormente; a srie interna com um a trs dentes pequenos; anal longa, 40-45raios. Corpo prateado; mancha umeral negra trapezoidal conspcua; faixa prateada ao longo do flanco. Espcie pouco frequen-te nos riachos e crregos do PESA.

    IMPORTNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar de peixes maiores.

    CP 11,3 cm

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    NOME COMUM: cacunda, saicanga. NOME XAVANTE: pewanh ptihir.

    NOME CIENTFICO: Galeocharax gulo (Cope, 1870). FAMLIA: Characidae.

    TAMANHO: at 22,0 cm de comprimento padro.ALIMENTAO: omnvora, principalmente insetos, adultos e larvas, camares e peixes.

    DIMORFISMOSEXUALSECUNDRIO: os machos sexualmente maduros das espcies desse gnero geralmente apresentam ganchos nasnadadeiras anal e plvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se speras; carter transitrio.

    COMENTRIOS

    : perfil dorsal do corpo moderadamente elevado, sem gibosidade; comprimido; escamas pequenas, ctenides; fendabucal ampla, oblqua; dentrio com duas sries de dentes, a externa com quatro dentes grandes, anteriormente, e vriosdentes pequenos, posteriormente, a srie