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Percepção, Percepção, existência existência e essênciae essência
Carmem Angela Corrêa AraujoJunho / 2011
Pretende-se, com este trabalho, denominado
“Percepção, existência e essência”, mostrar que a
diversidade se faz presente em todos os lugares. Até
mesmo onde se julga não existir vida, pode-se
perceber a presença dela preenchendo o local.
A essência da vida pode ser notada nas
marcas deixadas. São registros existenciais de
muitas gerações marcados com a presença da
ancestralidade de um lugar, seu povo, seus heróis,
enfim, o arquivamento histórico de uma população.
Nesse lugar, por meio da observação pode-se
sentir e perceber traços do poder econômico, pelos
materiais utilizados; a crença e a religiosidade, pelos
símbolos que se fazem presente; o senso estético; as
origens culturais de um povo, representadas nos
detalhes arquitetônicos, bem como, perceber a
presença ou a ausência de seus descendentes,
registrada nos cuidados dispensados aos seus
mortos.
Para a concretização desse trabalho foram
utilizadas imagens do cemitério das Irmandades em
Jaguarão/RS, textos encontrados no local, citações
de autores que se encontram devidamente
referenciadas e excertos do texto "As tecnologias de
comunicação e informação: dispositivos híbridos a
constituir subjetividades", escrito pela professora
Rosária Ingenfritz Sperotto, indicado nas referências
bibliográficas.
“O sol nasce... se põe e volta a nascer...
Sonhando retê-lo, a mão do
homem construiu o
‘Trono do Sol’ neste cerro
olímpico onde repousam
nossos deuses mortos e as
gerações contemplam a cidade e o rio.”
Eduardo Alvares de Souza Soares
De onde viemos?
Para onde vamos?
O que estamos fazendo aqui?
Qual a essência da vida?
Por que existe a morte?
Tudo acaba com a morte?
Forças e
formas
constituem
o que
somos!
Numa viagem há um ponto
de partida...
Um ponto de
chegada.
Um início...
... um fim.
Um retorno
ao mesmo lugar.
A gente vai e volta.
...não se repete nunca do mesmo
jeito.
...mas o que se
vive,
O que
sentimos
ao viver...
... o modo
como
somos
afetados...
...não possibilita um “rewind”.
Em cada repetição
de cena, ou de som,
nós escutamos,
olhamos, sentimos,
percebemos
sensações e coisas
de acordo com o
modo como estamos
sendo hoje.
Mas, o que a gente vive, não tem como reviver.
Nós estabelecemos relações pessoalmente ou virtualmente, sentimos necessidades, desejos, vontades, mas, ao mesmo tempo,
...não sabemos muito sobre nós próprios, pois somos aquilo que estamos deixando de ser.
Os “corpos” [...] são “meios” onde operam alguns dispositivos de produção
de subjetividade...
...corpo que não é uma essência e
muito menos uma substância biológica...
...é um jogo de forças, uma superfície de
intensidades, simulacros puros sem originais.
O outro é o molar, o outrem é hibridação e o que me faz ser outrem é a interação...
É multiplicidade, é coletivo, não sendo nem um sujeito, nem um objeto em particular.
Quando acontece nova desconexão, o que eu carrego comigo é meu corpo individual que sai todo marcado por essas linhas de vida que me afetam e que eu carrego comigo.
Ao me deslocar eu carrego comigo todo esse emaranhado de fios, sensações, de
percepções, de emoções, vontades, desejos...
E o que fica?
O que resta?
... é com isso tudo que tecemos a nossa subjetividade, com as marcas dos
acontecimentos que provocam conexões, desencontros, encontros e outras conexões.
O residual são os fios de afecções, de prazeres, de desprazeres, de alegrias, de desejos; e ...
Eu tenho um corpo, mas não estou
fechado nele e a outra pessoa também não é fechada em si.
Me produzo entre aquilo que eu penso que eu sou junto com o que o outro
pensa que eu seja.
Sou um
tempo que
se esgota e
só tenho
essa
existência
para ser
quem sou.
Josué Cândido da Silva
A natureza
humana não
passa de uma
matéria-prima
maleável que
só adquire
forma por
influência da
cultura ou da
história.
Edgar Morin
Esvaziada por todos os lados de virtudes, de riqueza, de dinamismo, a natureza humana surge como um resíduo amorfo, inerte, monótono: aquilo de que o homem se desfez, e não aquilo que o constitui.
Edgar Morin
O conhecimento
é um
entrelaçamento
de significados.
Nilson José Machado
A percepção é a primeira das
qualidades a se trabalhar em um
processo educacional.
Eugênio Mussak
Josemaria Escrivá
Já viste, numa tarde de Outono, cair as folhas mortas?
Assim caem todos os dias as almas na eternidade.
Um dia, a folha caída serás tu.
Orai por todos que para o além partiram.
Quando o homem ora, Deus põe a
onipotência a serviço da criatura.
Aquilo a que a
lagarta chama fim do mundo, o homem
chama borboleta.
Richard Bach
"É apenas com o
coração que se pode ver
direito; o essencial é
invisível aos olhos."
Antoine de Saint Exupéry
Aqui esvaece orgulho, ódio e
vaidade...
Reina a paz, o
sossego e a
igualdade.
Se Deus quisesse uniformidade, não teria criado a diversidade...
Daniela Raffo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GREGÓRIO, Sérgio Biagi. Vida: Essência e Existência. Disponível em: <http://www.ceismael.com.br/filosofia/vida-essencia-e-existencia.htm> - Acessado às 23h20min do dia 04/06/2011.
MORIN, Edgar. O Paradigma Perdido: A Natureza Humana. Disponível em: <http://ruipaz.pro.br/textos/paradigma.pdf> - Acessado às 23h55min do dia 04/06/2011.
MUSSAK, Eugênio. Escola do Saber / Anote Pensar. Disponível em: <http://www.escoladosaber.xpg.com.br/AnotePensar.htm> - Acessado às 23h33min do dia 04/06/2011.
Pensamentos na Aldeia / Pensamentos / Morte. Disponível em <http://pensamentos.aaldeia.net/pensamentos/morte/> - Acessado às 23h do dia 04/06/2011.
SILVA, Josué Cândido da. Filosofia da existência. Heidegger, medo e angústia. UOL Educação. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/filosofia/filosofia-da-existencia-heidegger-medo-e-angustia.jhtm> - Acessado às 22h30min do dia 04/06/2011.
SPEROTTO, Rosária Ingenfritz. "As tecnologias de comunicação e informação: dispositivos híbridos a constituir subjetividades". Disponível em: <http://secad.ufpel.edu.br/moodle/pluginfile.php/2093/mod_resource/content/8/As%20Tecnologias%20de%20Comunica%C3%A7%C3%A3o%20e%20informa%C3%A7%C3%A3o%20dispositivos%20h%C3%ADbridos%20%20a%20constituir%20%20subjetividades.pdf> - Acessado às 23h15min do dia 27/11/2011.