PERFIL DO DISTRITO DE MAGOÉ PROVÍNCIA DE TETE · 1 Breve Caracterização do Distrito 1.1 Localização, Superfície e População O distrito de Mágoe, localiza-se no Sudoeste

República de Moçambique

Ministério da Administração Estatal

Edição 2014

PERFIL DO DISTRITO DE MAGOÉ

PROVÍNCIA DE TETE

MARAVIA ZUMBU

MAGOE

CHIUTA MOATIZE

CHIFUNDE MACANGA

CHANGARA

ANGONIA

MUTARARA

CAHORA_BASSA

TSANGANO

CIDADE_DE_TETE

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL

Direcção Nacional de Administração Local

Maputo - Moçambique

Primeira edição, primeira impressão 2012

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Índice ________________________________________________________________________________________________

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Índice

Prefácio v

Siglas e Abreviaturas vii

1 Breve Caracterização do Distrito 1 1.1 Localização, Superfície e População 1 1.2 Clima, Relevo e Solos 1 1.3 Recursos Naturais 2 1.4 Infraestruturas 2 1.5 Economia e Serviços 4 1.6 História, Cultura e Sociedade Civil 6

2 Demografia 8 2.1 Estrutura etária e por sexo 8 2.2 Traço sociológico 9 2.3 Analfabetismo e Escolarização 10

3 Habitação e Condições de Vida 11

4 Organização Administrativa e Governação 15 4.1 Governo Distrital 15 4.2 Síntese das atribuições e da actividade dos órgãos distritais 18 4.2.1 Secretaria Distrital 18 4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas 19 4.2.2.1 Agricultura e Desenvolvimento Rural 19 4.2.2.2 Indústria, Comércio e Turismo 23 4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia 23 4.2.3.1 Educação 23 4.2.3.2 Cultura e Desporto 27 4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social 27 4.2.4.1 Saúde 27 4.2.4.2 Acção Social 29 4.2.4.3 Género 31 4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas 33 4.2.5.1 Ordenamento Territorial 34 4.2.5.2 Infraestruturas 34 4.3 Finanças Públicas e Investimento 35 4.4 Justiça, Ordem e Segurança pública 37 4.5 Constrangimentos e Perspectivas 39

5 Actividade Económica 41 5.1 População economicamente activa 41 5.2 Pobreza e Segurança Alimentar 44 5.3 Infraestruturas de base 45

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Índice ________________________________________________________________________________________________

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5.4 Uso e Cobertura da Terra 47 5.5 Sector Agrário 50 5.5.1 Produção agrícola e sistemas de cultivo 50 5.5.2 Pecuária 51 5.5.3 Pescas, Florestas e Fauna bravia 51 5.6 Indústria, Comércio e Serviços 52

6 Visão e Estratégia de Desenvolvimento Local 53 6.1 Visão 53 6.2 Problemas e Potencialidades 53 6.3 Objectivos estratégicos 54

Lista de quadros

Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012 8 Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento 8 Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão 9 Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico 9 Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil 9 Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo 9 Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português 10 Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 10 Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade 11 Quadro 10. Tipo de habitações 11 Quadro 11. Habitações segundo o material de construção 12 Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia 14 Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis 14 Quadro 14. Bens destruídos pela fauna bravia feroz 21 Quadro 15. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar 23 Quadro 16. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino 24 Quadro 17. Taxas de escolarização 25 Quadro 18. Escolas e alunos , 2011 25 Quadro 19. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído 26 Quadro 20. Indicadores de cuidados de saúde, 2010-2011 28 Quadro 21. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007 29 Quadro 22. População deficiente, 2007 29 Quadro 23. População portadora de deficiência, segundo a causa 29 Quadro 24. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais) 32 Quadro 25. Novos furos abertos em 2011 35 Quadro 26. Execução orçamental (em ‘000 MT) 36

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Índice ________________________________________________________________________________________________

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Quadro 27. Projectos de iniciativa local financiados 36 Quadro 28. Investimento local em estradas 37 Quadro 29. População segundo a condição de actividade 41 Quadro 30. População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 42 Quadro 31. População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 43 Quadro 32. Uso e Cobertura da Terra 47 Quadro 33. Produção agrícola, por principais culturas: 2009-2011 50

Lista de figuras

Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna ........................................ 10 Figura 2. Tipo de habitações ................................................................................................. 12 Figura 3. Habitações segundo o material de construção .................................................. 13 Figura 4. Habitações e condições básicas existentes ......................................................... 13 Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado ......................... 24 Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído ........................... 26 Figura 7. Quadro epidémico, 2011 ....................................................................................... 28 Figura 8. Indicadores de escolarização por sexos .............................................................. 31 Figura 9. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo ............................. 32 Figura 10. População segundo a posição no trabalho e sexo ........................................... 33 Figura 11. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade ................................. 42 Figura 12. População activa, segundo a ocupação principal ............................................ 43 Figura 13. População activa, segundo o ramo de actividade ............................................ 44 Figura 14. Explorações segundo a sua utilização ............................................................... 49 Figura 15. Explorações por classes de área cultivada ........................................................ 49

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Siglas e Abreviaturas

APEs Agentes Polivalentes Elementares

BCI Banco Comercial e de Investimentos

BIM Banco Internacional de Moçambique

CDPRM Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique

CENACARTA Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção

CFM Caminhos de Ferro de Moçambique

CGRN Comité de gestão de recursos naturais

CISM Centro de Investigação em Saúde da Malária

CL’s Conselhos Locais

CNCS Conselho Nacional de Combate ao SIDA

COVs Crianças Órfãs e Vulneráveis

DNAL Direcção Nacional da Administração Local

DNPO Direcção Nacional do Plano e Orçamento

DPOPH Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação

DPPF Direcção Provincial do Plano e Finanças

DPS Direcção Provincial de Saúde

DTS Doença de Transmissão Sexual

EDM Electricidade de Moçambique

EN Estrada Nacional

EN1 Estrada Nacional nº 1

EP1 Ensino Primário do 1º Grau

EP2 Ensino Primário do 2º Grau

EPC Escola Primária Completa

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ESG1 Ensino Secundário Geral do 1º ciclo

ESG2 Ensino Secundário Geral do 2º ciclo

ET Ensino Técnico

FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital

GD Governo Distrital

IAF Inquérito aos agregados familiares, sobre o orçamento familiar

IFP Instituto de Formação de Professores

INE Instituto Nacional de Estatística

IPCC’s Instituições de participação e consulta comunitária

ITS’s Infecções de Transmissão Sexual

LOLE Lei dos Órgãos Locais do Estado

MAE Ministério da Administração Estatal

Mcel Moçambique Celular

MF Ministério das Finanças

MINAG Ministério da Agricultura

MPD Ministério da Planificação e Desenvolvimento

ONGs Organizações Não Governamentais

ORAM Organização de Ajuda Mútua

PA Posto Administrativo

PARPA Plano de Acção Para Redução da Pobreza Absoluta

PEDD Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PPFD Programa de Planificação e Finanças Descentralizadas

PQG Programa Quinquenal do Governo

PRM Polícia da República de Moçambique

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PSAA Pequeno Sistema de Abastecimento de Água

SD Secretaria Distrital

SDAE Serviço Distrital de Actividades Económicas

SDEJT Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia

SDPI Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas

SDSMAS Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social

SIFAP Sistema de Formação em Administração Pública

STV Soico Televisão

TDM Telecomunicações de Moçambique

VODACOM Operadora de telefonia móvel

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1 Breve Caracterização do Distrito

1.1 Localização, Superfície e População

O distrito de Mágoe, localiza-se no Sudoeste da província de Tete, limitando-se a Norte

com os Distritos de Zumbo e Marávia a Este e Sul com a República do Zimbabwe e a Este

com o Distrito de Cahora Bassa.

A superfície do distrito1 é de 8.583 km2 e a sua população está estimada em 87 mil

habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 10,2

hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 120 mil habitantes.

A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1, isto é,

por cada 10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa. Com uma população

jovem (45%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 102% (por cada 100

pessoas do sexo feminino existem 102 do masculino) e uma matriz rural acentuada.

1.2 Clima, Relevo e Solos

O clima é predominantemente do tipo “Seco de Estepe com Inverno Seco - BSw”

(classificação de Köppen), com duas estações distintas, a estação chuvosa (muito curta) e a

seca (muito longa).

A precipitação média anual na estação mais próxima (Chicôa) é cerca de 635 mm, enquanto

a evapotranspiração potencial média anual está na ordem de 1.623 mm. A maior queda

pluviométrica ocorre sobretudo no período compreendido entre Dezembro de um ano a

Fevereiro do ano seguinte, variando significativamente na quantidade e distribuição, quer

durante o ano, quer de ano para ano, e a temperatura média está na ordem dos 26.1ºC. As

médias anuais máxima e mínima são de 34.1 e 18.1ºC, respectivamente.

Geomorfologicamente o distrito ocorre parcialmente na Bacia Sedimentar compreendendo

sedimentos do Cretácico Superior e Karroo inferior complementados ainda rochas

extrusivas do Karroo Superior, dando origem a terrenos predominantemente colinosos e

solos argilosos castanho-avermelhados, caracterizados pela presença de afloramentos de

rochas sedimentares do Karroo, Cretácio ou Terciário. É comum a ocorrência de solos

aluvionares ao longo dos cursos de água, por exemplo, no rio Mukumbura.

1 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com

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1.3 Recursos Naturais

Flora

Em termos de flora, o distrito de Mágoè possui um potencial muito rico. As suas florestas

são compostas por árvores valiosas para a exploração de madeira, tais como, Chanfuta,

Mopane, Pau-ferro, Ntondo, Monzo e outras espécies. Os produtos florestais são, também,

uma fonte importante de fornecimento de energia (lenha e carvão), materiais para a

construção de casas para as populações e produção de madeira não processada. Contudo,

devido à intensa exlploração para fins agrícolas, lenha e carvão, bem como aos efeitos

nocivos das queimadas descontroladas,tem-se vindo a notar uma reduҫão significativa de

muitasespécies florestais.

Fauna Bravia

O Distrito de Magoé possui uma diversidade faunística que contribui para o

desenvolvimento económico do Distrito, através do turismo e caça, com destaque para as

seguintes espécies: Elefantes, Búfalos, Cudos, Impalas, Gazelas, Cabrito montês, Pala-pala,

Hipopótamos, Crocodilos, Cães do mato, Leões, Macacos, Fococeros e outros. Estas

espécies estão em perigo constante devido às actividades de caça furtiva e às queimadas

descontroladas que ocorrem um pouco por todo o Distrito.

A gestão e conservação dos recursos faunisticos são feitas através do projecto Tchuma-

Tchathu, onde estão envolvidas as Comunidades locais.

Recursos Minerais

No distrito há a destacar a existência de restos de extensas florestas petrificadas, onde, por

vezes ressalta a presença de troncos de árvores silicificados exibindo bom estado de

conservação. No entanto, no Posto Administrativo de Mucumbura (Dewetewe),há a registar

a existência de agatíferos, com interesse económico para o distrito.

1.4 Infraestruturas

O distrito é servido por estradas terciárias de terra batida numa extensão de 211 Km.

Embora não tenham sido reabilitadas, todas elas estão em condições aceitáveis, excepto na

época das chuvas em que ficam intransitáveis.

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O Distrito encontra-se ligado por uma rede viária que se estende de Daque a Mucumbura;

de Mucumbura a Luia; de Mucumbura a Mussenguezi; de Mussenguezi a Chinthopo e

Chinthopo a Bawa.

A rota mais movimentada é a de Daque a Mucumbura, por onde circulam em média, por

dia, 10 transportes públicos e camiões de média e grande tonelagem. Em Mucumbura estão

registadas cerca de 40 viaturas privadas. As outras rotas ainda não estão a ser exploradas

com a devida intensidade.

As Estradas Regionais 601 e 602 atravessam o Distrito num troço de 90 km, de Daque a

Mucumbura, passando pela sede do Distrito de Mágoé.

A ER 601 atravessa o povoado de M´phende numa extensão de 2 Km, aproximadamente,

sendo asfaltada no troço Chitima-M´phende.

Para além destas vias, existem outras estradas internas ou estradas não classificadas, todas

em terra natural, evidenciando falta de manutenção.

Em geral, o estado das vias de acesso é precário. Muitas vias de acesso ficam intransitáveis

durante a época chuvosa. Por outro lado, há necessidade de se construir uma ponte sobre o

rio Mussenguezi ou alocar-se um batelão para a travessia do rio Mussenguezi, para além da

reabilitação das estradas Mphende-Mucumbura-Chinthopo e Mucumbura-Luia.

O Distrito é servido actualmente por três operadoras de telefonia móvel e fixa das TDM.

Operam, ainda, seis rádios transmissores-receptores, permitindo a comunicação com todo

o país, sendo estes pertencentes à Administração, Comando Distrital da P.R.M., S.D.A.E,

Partido Frelimo, Postos Administrativos de Mucumbura e Chinthopo e ADRM.

O povoado de Bawa no Posto Administrativo de Chinthopo dispõe de uma Rádio

Comunitária, de momento avariada.

O Distrito é, basicamente, servido por fontes dispersas de abastecimento de água, sendo:

• 62 poços operacionais e 39 inoperacionais;

• 53 furos mecânicos (44 operacionais e 9 inoperacionais);

• 1 pequeno sistema de abastecimento de água e 1 inoperacional; e

• 3 nascentes de abastecimento de água.

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O Distrito é servido pela rede nacional de energia eléctrica na Sedes do Distrito e na

Localidade de Daque, para além da Povoação de Nhangome, com 857 ligações domésticas e

industriais.

A Sede do Posto Administrativo de Mucumbura é servida a partir do Zimbabwe, com 250

ligações, elevando para 1.107 o número total de consumidores do distrito. Importa salientar

que a energia de Mucumbura tem sido fornecida deficientemente, com cortes sistemáticos e

baixa qualidade.

O distrito possui 48 escolas (das quais, 36 do ensino primário nível 1), e está servido por 7

unidades sanitárias, que possibilitam o acesso progressivo da população aos serviços do

Sistema Nacional de Saúde, apesar de a um nível bastante insuficiente como se conclui de

um índice de cobertura média de 1 unidade sanitária por cada 12.495 pessoas.

Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e

manutenção das infraestruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água

a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das

chuvas, tem problemas de transitabilidade.

1.5 Economia e Serviços

A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares. Dos

858 mil hectares da superfície do distrito, estima-se 2 em 400 mil hectares o potencial de

terra arável deste distrito. Existem conflitos de terra no distrito de Mágoè, principalmente ao

longo da fronteira com o Zimbabwe.

De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações

familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.

A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, nem sempre

bem sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas é alto, dada a baixa capacidade de

armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas.

Devido à grande variação na data de início do período de crescimento e, portanto, na data

de sementeira, e dado que o período de crescimento é de pequena duração, os camponeses

recorrem ao uso de variedades de ciclo curto.

Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos como o pousio

2 Conforme JVA Cenacarta-IGN France International, Estatísticas de Uso e Cobertura da Terra, Nov. 1999 (escala 1:250,000)

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das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Para além das

questões climáticas, os principais constrangimentos à produção são as pragas, a seca, a falta

ou insuficiência de sementes e pesticidas.

O sistema de produção mais dominante compreende mapira/mexoeira. O milho é

produzido em consociação com feijão nhemba em solos com boas capacidades de retenção

de humidade e em micro-climas específicos. Observa-se ainda o domínio de criação do gado

caprino bovino e aves.

O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e

algumas infraestruturas existentes, verificou-se um crescimento do efectivo bovino.

Dada a existência de boas áreas de pastagem, há condições para o desenvolvimento da

pecuária, sendo as doenças e a falta de fundos e de serviços de extensão, os principais

obstáculos ao seu desenvolvimento.

A lenha é a fonte de energia mais utilizada para a confecção de alimentos. Espécies como o

mopane, micaias e pau-ferro são a principal fonte local de energia e de madeira de

construção.

Nos PA’s de Mphende e Mucumbura predominam as maçaniqueiras e o baobab, vulgo

mulambe e em Chintopo a Ntsanha, a Chanfuta e o pau-preto.

O baobab é uma árvore cujo aproveitamento é total; o seu tronco constitui importante

matéria-prima para o fabrico de papel. As suas folhas e frutos servem de alimento e

medicamento para doenças como diabetes e hipertensão

Frutos frescos tais como maçanicas, mbondes, nozes, bananas, mangas e papaias são

produzidos e consumidos pela população local.

A maçanica, para além de ser consumida seca, é comercializada tanto fresca como seca, e

usada no fabrico de aguardente.

A falta de sementes, a seca e a insuficiente qualidade da terra são questões que impedem um

maior aproveitamento desta potencialidade.

A caça e a pesca são também recursos de que o distrito dispõe para enriquecimento da dieta

das famílias. As gazelas, cudos, búfalos, impalas, javalis e o cabrito montês são os animais

mais caçados e importantes na dieta.

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A pequena indústria local (pesca, carpintaria e artesanato) surge como alternativa à

actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.

Nas áreas sob controlo do programa do “Tchuma-Tchato” operam 3 empresas,

nomeadamente: África Hunt Safari, Thuvi Safari e Moçambique Safari que têm contribuído

sobremaneira para o desenvolvimento das comunidades e melhoramento das condições de

vida das populações do distrito, através dos rendimentos de recursos naturais

compartilhados entre o sector privado, comunidades e Governo.

A actividade turística tende a crescer mercê do potencial faunístico que o distrito de Mágoè

possui.

Nenhuma instituição bancária se faz representar no distrito de Mágoè, existindo um balcão

da Autoridade Tributária no Posto Administrativo de Mucumbura.

Os operadores económicos locais têm utilizado os bancos comerciais localizados na cidade

de Tete ou Distrito de Cahora Bassa, para depósito dos seus valores e para acesso ao crédito

formal e pagamento de obrigações fiscais, havendo necessidade de potenciar cooperativas

de crédito e organizações de poupança e crédito, no distrito.

1.6 História, Cultura e Sociedade Civil

Grande parte da população de Mágoè pertence à etnia M’tawara, encontrando-se distribuída

pelos Postos Administrativos de Mphende-sede, Mucumbura e Chintopo.

As línguas mais faladas são o Chona, nas zonas fronteiriças, e o Nhúnguè ao longo da

albufeira de Cahora-Bassa.

A cultura expressa exactamente o quão é importante a tradição do povo de Mágoè. Possuem

danças milenares, tais como, o NHAU, MAFUE, BENDI e GOTECA. A família rural é,

em média, composta por 5 membros.

O regime alimentar é baseado no elevado consumo de hidratos de carbono, obtidos a partir

da farinha de milho/mapira/mexoeira, que é acompanhada de quiabo, feijão manteiga e

nhemba, verduras, peixe e carne.

Exceptuando-se as sedes dos PA’s, a maioria da população vive em habitações de

construção precária. Esta habitação é de pau-a-pique coberta de capim , com uma única

divisão.

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O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital presidido pela Administradora Distrital.

No Distrito funcionam três Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, presididos

pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes

envolvem os membros dos 8 Conselhos Consultivos de Localidade.

Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do

PEDD e PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local,

bem como no que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local, e

projectos com impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são

submetidos posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital.

No âmbito da implementação do Decreto 15/2000 sobre as autoridades comunitárias, de

acordo com as entidades distritais, foi levado a cabo um trabalho de divulgação do mesmo

em todos os Postos Administrativos, Localidades, Aldeias e Povoações, tendo sido

envolvidas todas as camadas sociais. Este trabalho culminou com a legitimação pelas

respectivas comunidades dos Líderes Comunitários e com o seu reconhecimento pela

autoridade competente.

A relação entre a Administração e as autoridades comunitárias é positiva e tem contribuído

para a solução dos vários problemas locais, nomeadamente os surgidos devido aos conflitos

de terras existentes no distrito.

A população, devidamente mobilizada pelas autoridades comunitárias, participa activamente

na abertura de estradas terciárias, que tem facilitado o escoamento dos excedentes agrícolas,

na construção de escolas com material precário, casas para alguns Presidentes das

Localidades e enfermeiros, na conservação de fontes de água, na denúncia de malfeitores e

na localização de terrenos para vários fins socioeconómicos e culturais, sempre que

necessário.

A religião dominante é a Sião/Zione, praticada pela maioria da população do distrito.

Existem outras crenças no distrito, sendo prática corrente que os representantes das

hierarquias religiosa se envolvam, em coordenação com as autoridades distritais, em várias

actividades de índole social.

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2 Demografia333 A superfície do distrito4 é de 8.583 km2 e a sua população está estimada em 87 mil

habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 10,2

hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 120 mil habitantes.

2.1 Estrutura etária e por sexo A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1, isto é,

por cada 10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa. Com uma população

jovem (45%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 102% (por cada 100

pessoas do sexo feminino existem 102 do masculino) e uma matriz rural acentuada.

Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012

TOTAL Grupos etários

0 - 4 5 - 14 15 - 44 45 - 64 65 e mais Distrito de Magoé 87,465 14,996 24,458 37,690 7,392 2,929 Homens 44,096 7,464 12,289 19,300 3,543 1,500 Mulheres 43,369 7,532 12,169 18,390 3,849 1,429 P.A. de Mapheende 17,179 3,103 4,827 7,444 1,348 457 Homens 8,757 1,536 2,384 3,978 648 212 Mulheres 8,431 1,566 2,443 3,475 700 246 P. A. de Chinhopo 31,539 5,473 9,044 13,020 2,718 1,285 Homens 15,763 2,774 4,520 6,555 1,285 630 Mulheres 15,773 2,701 4,524 6,459 1,432 656 P.A. de Mukumbura 38,747 6,420 10,587 17,226 3,327 1,187 Homens 19,576 3,155 5,385 8,768 1,610 658 Mulheres 19,166 3,264 5,202 8,456 1,717 527 Fonte : INE, Dados do Censo de 2007.

Das pessoas residentes no distrito, 81% nasceram no próprio distrito, o que denota fluxos

de migração significativos.

Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento

Local de Nascimento

No próprio distrito

Noutro distrito da mesma província

Noutra Província

Total 80.7% 17.5% 1.8% -‐ Homens 79.1% 18.6% 2.3% -‐ Mulheres 82.2% 16.4% 1.4%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

3 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 4 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com

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2.2 Traço sociológico

Das 19 mil famílias5 do distrito, o tipo sociológico familiar principal é o nuclear com filhos

(48%), isto é, com um ou mais parentes para além de filhos e têm, em média, 4.5 membros.

Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão % de agregados, por dimensão

1 - 2 3 - 5 6 e mais

18.0% 51.9% 30.1% Fonte : INE, Dados do Censo de 2007 e Pro je c ções g lobais da população .

Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico TIPO SOCIOLÓGICO DE AGREGADO FAMILIAR

Unipessoal Monoparental (1) Nuclear

Alargado (2) Masculino Feminino Com filhos Sem filhos

7.0% 1.8% 11.8% 48.3% 5.7% 25.4%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. 1) Família com um dos pais. 2) Família nuclear ou monoparental com ou sem filhos e um ou mais parentes.

Na sua maioria casados após os 12 anos de idade, têm crença religiosa, dominada pela

religião Sião/Zione.

Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil

Com 12 anos ou mais, por Estado civil

Total Solteiro Casado ou

união Separado/ Divorciado Viúvo

100.0% 31.3% 59.2% 3.6% 5.9%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. Tendo o Cishona como língua materna dominante, constata-se que 43% da população do

distrito (com 5 ou mais anos de idade) tem conhecimento da língua portuguesa, sendo este

domínio predominante nos homens, dada a sua maior inserção na vida escolar e no

mercado de trabalho.

Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo

TOTAL GRUPO ETÁRIO

5 - 9 10 - 14 15 - 19 20 - 44 45 e mais TOTAL 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% Cinyanja 2.1% 0.6% 0.9% 0.9% 1.3% 3.9% Cinyungwe 8.1% 4.4% 4.6% 6.1% 8.0% 11.9% Cishona 39.2% 40.6% 40.8% 42.8% 43.7% 35.4% Português 2.0% 1.7% 2.9% 2.8% 2.3% 1.5% Outras 48.5% 52.7% 50.7% 47.3% 44.7% 47.4%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. 5 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007.

Magoe

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Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna


Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português

Sabe falar Português Não sabe falar Português

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Total 42.7% 50.7% 34.7% 57.3% 49.3% 65.3%

5 - 9 anos 31.8% 31.4% 32.2% 68.2% 68.6% 67.8%

10 - 14 anos 66.8% 67.3% 66.3% 33.2% 32.7% 33.7%

15 - 44 anos 60.7% 68.6% 52.9% 39.3% 31.4% 47.1%

45 anos ou mais 34.9% 48.0% 22.0% 65.1% 52.0% 78.0%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca .

2.3 Analfabetismo e Escolarização

Com 55% da população alfabetizada, predominantemente homens, o distrito tem uma taxa

de escolarização normal, constatando-se que 59% dos seus habitantes declararam no Censo

2007 que frequentavam ou já frequentaram antes a escola, ainda que maioritariamente

somente até ao nível primário.

Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 Taxa de analfabetismo

TOTAL Homens Mulheres

Total 44.6% 30.8% 58.3% 15 - 19 anos 25.8% 19.4% 32.1% 20 - 24 anos 34.9% 23.7% 45.0% 25 - 29 anos 38.1% 27.2% 50.2% 30 - 44 anos 46.0% 28.1% 64.2%

45 anos ou mais 72.1% 52.0% 91.1% P.A. de Mapheende 40.4% 25.9% 55.5%

P. A. de Chinhopo 57.2% 40.4% 73.1% P.A. de Mukumbura 36.6% 25.5% 47.7%


Cinyanja, 2,1%

Cinyungwe, 8,1%

Cishona, 39,2%

Português, 2,0%

Outras, 48,5%

Magoe

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3 Habitação e Condições de Vida666 As características físicas das habitações, especialmente o material usado na sua construção e

o acesso a serviços básicos de água, saneamento e energia, são indicadores importantes do

nível de vida das famílias. As características do parque habitacional duma sociedade

constituem um indicador bastante relevante do nível de desenvolvimento socioeconómico.

Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade

Total de Habitações 100.0% -‐ Próprias 95.4% -‐ Alugadas 1.8% -‐ Cedidas ou emprestadas 1.8% -‐ Outro regime 1.0%

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

A maioria (95%) das cerca de 19 mil habitações7 existentes no distrito são de propriedade

própria. O tipo de habitação dominante é a palhota (74%). A casa mista, que é um tipo de

habitação que combina materiais de construção duráveis e materiais de origem vegetal,

representa 21% do parque habitacional do distrito.

Quadro 10. Tipo de habitações

Casa convencional8 ou apartamento9 0.3% Casa mista10 20.9% Casa básica11 4.6% Palhota12, casa improvisada13 e outras 74.3% Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

6 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 7 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007. 8Casa convencional - é uma unidade habitacional unifamiliar que tenha quarto(s), casa de banho, cozinha dentro de casa, e

construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Pode ser de rés do chão,

mais de 1 ou 2 pisos. 9Flat/apartamento - é uma unidade habitacional que tenha quarto(s) casa de banho, cozinha pertencente a uma unidade

habitacional multifamiliar com 1 ou mais pisos podendo ser de um bloco ou conjunto de blocos. 10Casa mista – é uma casa construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão),

materiais de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu, caniço, paus maticados, madeira, etc) e adobe. 11Casa básica – é uma unidade habitacional que só tem quarto(s) e não tem casa de banho e ou cozinha, sendo construída com

materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Inclui-se nesta categoria o conjunto de

quartos geminados (casa comboio) que utilizam os mesmos serviços (casa de banho, cozinha e água). 12Palhota – é uma casa cujo material predominante na construção é de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu,

caniço, adobe, paus maticados, etc). 13Casa improvisada – são habitações construídas com material improvisado e precário, tal como papel, saco, cartão,, latas, cascas de

árvores, etc.

Magoe

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Figura 2. Tipo de habitações


Verifica-se um padrão comum dos materiais de construção caracterizado por:

• O principal material usado nas paredes das casas é caniço/paus (62%);

• O principal material usado na cobertura das casas é capim ou palha (91%); e

• O principal material usado no pavimento das casas é adobe (88%).

Quadro 11. Habitações segundo o material de construção

Em % Total Urbano Rural Paredes 100.0% n.a 100.0% -‐ Blocos de cimento ou tijolo 21.7% n.a 21.7% -‐ Blocos de adobe 15.5% n.a 15.5% -‐ Caniço / Paus 62.4% n.a 62.4% -‐ Madeira / Zinco 0.0% n.a 0.0% -‐ Outro material 0.4% n.a 0.4% Cobertura 100.0% n.a 100.0% -‐ Chapas ou telhas 8.7% n.a 8.7% -‐ Laje de betão 0.1% n.a 0.1% -‐ Capim ou outro material 91.3% n.a 91.3% Pavimento 100.0% n.a 100.0% -‐ Cimento, parquet ou mosaico 5.1% n.a 5.1% -‐ Adobe 87.6% n.a 87.6% -‐ Sem nada 7.3% n.a 7.3%


Casa convencional

ou Apartamento ,

0,3%

Casa mista , 20,9%

Casa básica , 4,6%

Palhota , 74,3%

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Figura 3. Habitações segundo o material de construção


O gráfico e quadro seguintes mostram a distribuição percentual das habitações segundo o

grau de acesso aos serviços básicos.

• A principal fonte de energia usada pelas famílias é a lenha (54%);

• Cerca de 29% das famílias tem acesso a fontes de água potável14; e

• Cerca de 3% das famílias usam sistemas de saneamento melhorados15.

Figura 4. Habitações e condições básicas existentes


14Água canalizada (dentro e fora da casa), fontenário e poço/furo protegido c/ bomba. 15Retrete ligada a fossa séptica, Latrina melhorada e Latrina tradicional melhorada.

21,7% 15,5%

62,4%

0,0% 8,7%

91,3%

5,1%

87,6%

7,3%

Casas com energia

eléctrica, 0,7%

Casas que usam fontes de água potável,

28,6%

Casas com sistemas de saneamento melhorados,

3,4%

Magoe

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Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia

HABITAÇÕES E CONDIÇÕES BÁSICAS EXISTENTES TOTAL Casa convencional

Casa mista

Casa básica Palhota

ENERGIA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Electricidade 0.7 12.5 0.8 6.5 0.2 Gerador/placa solar 0.7 18.8 0.8 6.1 0.2 Gás 0.1 0.0 0.1 0.3 0.0 Petróleo/parafina/querosene 34.3 28.1 50.2 45.6 29.1 Velas 9.2 21.9 8.7 23.3 8.3 Baterias 0.7 1.6 0.6 1.8 0.6 Lenha 53.8 17.2 38.4 16.1 61.0 Outras 0.5 0.0 0.5 0.4 0.5 ÁGUA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Água canalizada 0.3 12.5 0.1 0.3 0.3 - dentro da casa 0.1 12.5 0.1 0.0 0.0 - fora de casa 0.2 0.0 0.0 0.3 0.3 Não-canalizada 99.7 87.5 99.9 99.7 99.7 - fontenário 6.3 20.3 6.0 10.8 6.0 - poço/furo protegido c/ bomba 22.1 15.6 40.7 44.3 15.3 - poço sem bomba 26.7 31.3 27.6 20.7 26.8 - rio/lago/lagoa 43.6 18.8 25.6 23.3 50.3 - chuva 0.0 1.6 0.0 0.0 0.0 - mineral 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 - outros 1.0 0.0 0.1 0.6 1.3 SANEAMENTO 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Retrete ligada a fossa séptica 0.1 15.6 0.1 0.0 0.0 Latrina melhorada 0.7 3.1 0.6 9.8 0.1 Latrina tradicional melhorada 2.6 14.1 3.5 10.5 1.8 Latrina não melhorada 17.4 14.1 23.9 36.0 14.3 Não tem retrete/latrina 79.1 53.1 71.9 43.7 83.8

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

No que diz respeito a posse de bens, a incidência da posse de bens duráveis pelas famílias

residentes no distrito é apresentada na tabela seguinte.

Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis Casa

própria Rádio Televisor Telefone

fixo Computador Carro Motorizada Bicicleta Nenhum

bem

95.4% 34.9% 2.1% 0.1% 0.1% 0.3% 0.6% 34.1% 50.3% Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Constata-se que, exceptuando a casa própria, metade das famílias não possuem nenhum dos

bens listados na tabela e observados aquando do Censo da População de 2007.

Magoe

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4 Organização Administrativa e Governação O distrito tem três Postos Administrativos: M´Phende, Chinthopo e Mucumbura que, por

sua vez, estão subdivididos em 8 Localidades.

Postos Administrativo Localidades M’PHENDE

M’PHENDE-SEDE

CAZINDIRA

DAQUE

MUCUMBURA

MUCUMBURA-SEDE

DEWETEWE

CHINTHOPO

MUSSENGUEZI

CHINTHOPO-SEDE

CHITETE

4.1 Governo Distrital

O Governo Distrital é dirigido pela Administradora de Distrito e, ao abrigo da Lei nº

8/2003 de 19 de Maio, está estruturado na Secretaria Distrital e nos seguintes Serviços

Distritais:

• Actividades Económicas;

• Saúde, Mulher e Acção Social;

• Educação, Juventude e Tecnologia; e

• Planeamento e Infraestruturas.

De acordo com o Estatuto Orgânico do Governo Distrital aprovado pelo Decreto nº

6/2006 de 12 de Abril, a Estrutura Tipo do Governo Distrital é apresentada em seguida.

Estrutura Tipo do Governo Distrital

Fonte: Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril

Magoe

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Magoe

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Para além destes serviços, funcionam ainda as seguintes instituições públicas:

• Tribunal Judicial;

• Registo e Notariado;

• Comando Distrital da PRM;

• Procuradoria Distrital da República;

• Alfândegas;

• Migração;

• SISE.

Com um total de 603 funcionários em 2011 (dos quais, 176 são mulheres), o pessoal da

Administração Distrital apresenta a seguinte distribuição por serviços:

• 53 no Gabinete do Administrador/ Secretaria Distrital (GA/SD);

• 468 no Serviço Distrital de Educação Juventude e Tecnologia (SDEJT);

• 56 no Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social (SDSMAS);

• 11 no Serviço Distrital de Actividades Económicas (SDAE); e

• 15 no Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas.

Em 2011, o total de funcionários e agentes do Estado apresenta a seguinte distribuição:

Técnicos Superiores 16

Técnicos Médios 214

Técnicos Básicos 331

Técnicos Elementar 42

De referir que do número global dos funcionários existentes no Distrito, 344 são Agentes

do Estado e 259 são funcionários do quadro.

O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital presidido pela Administradora Distrital.

No Distrito funcionam três Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, presididos

pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes

envolvem os membros dos 8 Conselhos Consultivos de Localidade.

Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do

PEDD e PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local,

bem como no que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de

iniciativa local, e projectos com impacto directo nas comunidades, no

Magoe

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âmbito de investimento local, que são submetidos posteriormente para decisão do Conselho

Consultivo Distrital.

No contexto da reforma do sector público, foi nomeado o Secretário Permanente Distrital,

foram institucionalizados os Conselhos Locais (Localidade, Posto Administrativo e

Distrito), Balcão de Atendimento Único Distrital (BAUD), descentralizados os

investimentos no distrito, tramitados os expedientes para a nomeação de directores dos

serviços distritais bem como dos chefes de Localidade.

A governação tem por base os Presidentes das Localidades, Autoridades Comunitárias e

Tradicionais. Os Presidentes das Localidades são representantes da Administração e

subordinam-se ao Chefe do Posto Administrativo e, consequentemente, ao Administrador

Distrital, sendo coadjuvados pelos Chefes de Aldeias, Secretários de Bairros, Chefes de

Quarteirões e Chefes de Blocos.

4.2 Síntese das atribuições e da actividade dos órgãos distritais

Nesta secção, sem pretender ser exaustivo transcrevendo o rol de tarefas realizadas, focam-

se as principais actividades de intervenção pública directa que contribuem para o

desenvolvimento social e económico do distrito.

4.2.1 Secretaria Distrital

A Secretaria Distrital dirigida por um Secretário Permanente Distrital é o órgão do Governo

Distrital que tem como principais funções e realizou actividades no âmbito de (a) prestar

assistência técnica e administrativa ao Governo Distrital; (b) assegurar a gestão dos recursos

humanos, materiais e financeiros do Governo Distrital; (c) assistir na organização e controlo

das actividades do Governo distrital, bem como na elaboração de relatórios de análise de

actividades do Governo Distrital; e (d) garantir a assistência técnica e administrativa

necessária ao funcionamento dos postos administrativos, localidades e povoações.

Estrutura Orgânica da Secretaria Distrital

Fonte: MAE/DNAL.

SecretariaGeral

Repartição de Planificaçãoe Desenvolvimento Local

Secretário PermanenteDistrital

Repartição deFinanças

Repartição de Administração Locale Função Pública

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4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)

a promoção do uso adequado do solo e a gestão florestal; (b) o incentivo da produção

alimentar e de culturas de rendimento; (c) o fomento pecuário e a construção comunitária

de tanques carracicidas; (d) a emissão de emitir licenças de pesca artesanal, caça e de abate,

bem como o combate a caça furtiva; (e) a promoção da piscicultura e da apicultura; (f) a

divulgação do potencial económico, industrial, turístico e cinegético local; (g) a promoção da

pequena indústria e mineração artesanal; (h) a emissão de pareceres sobre pedidos de

licenciamento de actividades económicas, licenciar actividades comerciais e emitir licenças

turísticas; (i) efectuar o recenseamento das actividades de artesanato; e (j) promover

mecanismos de financiamento das actividades produtivas.

4.2.2.1 Agricultura e Desenvolvimento Rural

Aprovisionamento de Insumos Para fazer face ao Plano de Produção da Campanha Agrícola 2010-11, o SDAE recebeu da

Direcção Provincial de Agricultura de Tete e do Ministério da Agricultura, no âmbito do

Plano de Acção de Produção de Alimentos (PAPA), 35 toneladas de semente de mapira

(Variedade Macia), 22 toneladas de milho (Variedade matuba), 50 Kg de amendoim, 100 Kg

de gergelim, 500 Kg de feijão nhemba, para a primeira época e 5.0 toneladas de milho, 10

Kg de tomate, 5 Kg de Cebola (Texas grano) branca, 5 Kgs de Cebola (Red creole)

vermelha, 2 Kg de alface, 2 kg de pimento, 4 Kg de Quiabo, 2 Kg de abóbora, 5 Kgs de

couve tronchuda e 5 Kgs de repolho, para a segunda época. Estas quantidades foram

distribuídas em todos os três Postos Administrativos.

Situação Fitossanitária e Pragas Apesar da interrupção da queda pluviométrica prolongada que assolou o distrito, não se

registaram casos de eclosão de pragas de carácter migratório, houve sim casos isolados de

pássaros, galinhas do mato, gafanhoto elegante e jasídeos que atacaram as culturas, não

tendo provocado, porém, danos severos, graças à disponibilização atempada de pesticidas

da Direcção Provincial de Agricultura e da pronta intervenção da equipa técnica distrital.

Para atender estes casos de eventual eclosão de pragas e doenças, o distrito recebeu da

DPA, 60 litros de insecticida Cypermetrina 20% E.C, 6 litros de Protet 20%, 20 litros de

Thiamethoxam e 20 litros de Avi-cyluthrin.

Magoe

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Extensão Rural

A assistência técnica aos produtores no distrito de Mágoè é assegurada pela rede de

extensão pública com apenas 3 técnicos e a rede de extensão privada da OLAM (empresa

fomentadora da cultura do Algodão) com 5 técnicos. A rede de extensão pública assistiu, até

ao período em referência, 795 produtores, tendo a rede privada assistido 3.521 produtores.

Pecuária

Durante o período em referência foi reintroduzida a marcação de gado com a marca

nacional, tendo sido marcados 445 bovinos, dos quais 450 no Posto Administrativo de

Mucumbura e 100 no Posto Administrativo de Mphende.

Foram tratados 430 bovinos com banhos carracicidas no Posto Administrativo de

Mucumbura e reabilitado o tanque Carracicida de Luia no mesmo Posto Administrativo.

Florestas e Fauna Bravia

Foram realizadas várias actividades, destacando-se o atendimento de casos de conflito

homem/fauna bravia na defesa de pessoas e bens, levantamento de áreas de machambas

destruídas pelos elefantes, identificação de zonas com maior incidência de caçadores

furtivos, reuniões de sensibilização das comunidades sobre a caça furtiva, palestras sobre

queimadas descontroladas, fiscalização de recursos florestais e faunísticos através de

patrulhas, e produção de mudas de fruteiras e espécies nativas envolvendo as escolas.

O número de patrulhas subiu em mais 45% e o efectivo de caçadores furtivos capturados

também subiu em mais 182,6% comparado com igual período do ano passado. Furtivos

estrangeiros foram os que registaram maior afluência, devido ao comércio ilegal de marfim

de que o Distrito de Mágoè é vítima.

Durante a fiscalização foram encontradas carcaças de animais nas florestas, tendo o seu

número aumentado em mais de 70%, comparativamente a igual período do ano anterior.

Este é um indicador da forte presença da caça furtiva na zona.

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Conflito homem fauna bravia

Quadro 14. Bens destruídos pela fauna bravia feroz Tipo de Destruição 2010 2011 Animal

Machambas 341 278 Elefantes, hipopótamos, porcos

Celeiros 8 2 Elefantes

Palhotas 3 5 Elefantes

Redes de pesca 170 201 Hipopótamos e crocodilos

Anzóis 6 2 Peixes

Canoas 3 5 Hipopótamos, crocodilos

Bois 3 1 Crocodilos e hienas

Cabritos 8 10 Crocodilos e hienas

Burros 1 3 Hienas

Cães 22 11 Crocodilos/Elefantes

Total 568 618 Várias Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

Os bens destruídos pela fauna bravia feroz subiram em mais 9% porque as pessoas

continuam a fixar-se desordenadamente no meio da floresta e a manter as suas machambas

muito dispersas.

Comparado com igual período do ano passado, o índice das pessoas feridas baixou em

41%,tendo o número de mortes reduzido em 26%, o que se deveu à rápida intervenção dos

fiscais e à disponibilização de armas e munições. O hipopótamo e o crocodilo são as duas

espécies que mais mortes e ferimentos causam nas pessoas.

Concessão de Terras

Durante o período em referência, foram realizadas várias consultas comunitárias para a

fixação de pequenos projectos de Pesca Semi-industrial, em coordenação com os técnicos

dos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro da DP de Agricultura de Tete, tendo sido

realizadas em 2011, 2 consultas comunitárias, das quais uma para um projecto de produção

agrícola de 9.500 hectares, na localidade de Cazindira e outra para a construção de um

depósito de venda de combustíveis e lubrificantes na Sede do distrito.

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Pecuária

• Foi reabilitado o tanque carracicida de Luia, no Posto Administrativo de Mucumbura.

• Foram marcadas 1.200 cabeças de gado bovino com marca nacional.

• Foram tratados 430 bovinos contra várias doenças no Posto Administrativo de

Mucumbura, contra 393 do ano anterior.

• Foram vacinados 1.006 cães contra 815 do ano anterior contra a raiva.

• Foram banhadas 710 cabeças de gado bovino contra as doenças provocadas por

carraças, sendo 115 no tanque carracicida de Luia, contra 1.231 cabeças do ano anterior.

• Foram treinados 36 criadores sobre o uso de drogas para o banho dorsal .

Administração Pesqueira

Foram licenciados até ao mês de Dezembro de 2011, 300 pescadores artesanais contra 20

do ano anterior e 873 artes de pesca. Foi arrecadada uma receita de 78.780,00 Mt (setenta e

oito mil setecentos e oitenta meticais) de licenças e 3.939,00 Mt (três mil novecentos e trinta

e nove meticais) de imposto de selo.

Fiscalização Pesqueira

Durante o período em referência, foram confiscadas, por não serem recomendadas, 10

redes mosquiteiras na localidade de Daque; 3 redes de arrasto, em Cazindira; 8 redes

mosquiteiras e 2 redes de arrasto, em Saradza na localidade de Mussenguezi.

Extensão pesqueira

Durante o período em análise, várias actividades foram realizadas, com destaque para a

criação de grupos de interesse, conselhos comunitários de pesca, identificação de grupos

para a promoção de PCR (poupança e crédito rotativo), acompanhamento e sensibilização

em várias matérias ligadas ao processamento e manuseamento do pescado, assim como

palestras sobre HIV/SIDA.

Foram efectuados nas Localidades de Cazindira, (Camuahuco, Thuvi, Changuena, Mtendezi

e Déwe) e de Daque, (Cazewe e Caiye) vários encontros de sensibilização com os

pescadores sobre o perigo do uso de artes não recomendadas, como a rede

de arrasto e a rede mosquiteira.

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4.2.2.2 Indústria, Comércio e Turismo

O sector da Indústria e Comércio licenciou um total de 9 estabelecimentos comerciais, 7 na

localidade de Mphende e 2 na Localidade de Daque, tendo resultado na arrecadação de uma

receita de 4.092,00 Mt.

A comercialização de produtos diversos tem ocorrido em todo o distrito, porém o seu

controlo ainda é muito fraco.

Foram construídos 3 lodges, designadamente, Cazindira lodge, Mfundúmue lodge e

Nhamadzaga lodge. Os dois últimos localizam-se no Posto de Chinthopo e o primeiro no

Posto de Mphende. No total, o distrito conta com 7 lodges.

4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia


garantir o funcionamento de estabelecimentos de ensino, formação de professores,

alfabetização, educação de adultos e educação não formal; (b) realizar estudos sobre cultura,

diversidade cultural, valores locais e línguas nacionais; (c) promover o fabrico de

instrumentos musicais tradicionais; (d) incentivar o desenvolvimento de associações juvenis,

bem como promover iniciativas geradoras de emprego, auto-emprego e outras fontes de

rendimento dos jovens; e (e) promover o uso de novas tecnologias.

4.2.3.1 Educação

Da população com 15 anos ou mais de idade 55% é alfabetizada e 59% das pessoas com 5

anos ou mais de idade, predominantemente homens, frequentam ou já frequentaram o nível

primário do ensino. A análise por sexos revela um melhor padrão nos homens.

Quadro 15. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar

P O P U L A Ç Ã O Q U E:

FREQUENTA FREQUENTOU NUNCA FREQUENTOU

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Total 28.1% 30.2% 26.1% 31.4% 37.9% 25.0% 40.5% 32.0% 48.9%

P.A. de Mapheende 31.6% 32.7% 30.6% 33.2% 40.3% 26.0% 35.2% 27.1% 43.4%

P. A. de Chinhopo 25.4% 28.1% 22.8% 24.7% 32.5% 17.2% 49.9% 39.5% 60.0%

P.A. de Mukumbura 28.8% 30.7% 26.9% 36.1% 41.1% 31.1% 35.1% 28.2% 42.0%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 1997. A análise do nível de ensino frequentado pela população que actualmente atende a escola,

revela uma concentração significativa no nível primário de ensino.

Magoe

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Quadro 16. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino

NÍVEL DE ENSINO QUE FREQUENTA

Total AEA EP1 EP2 ESG1 ESG2 Técnico Superior TOTAL 100.0% 4.4% 77.4% 11.9% 5.6% 0.6% 0.1% 0.0% 5 - 9 anos 100.0% 0.7% 99.3% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 10 - 14 anos 100.0% 0.4% 89.0% 9.7% 0.9% 0.0% 0.0% 0.0% 15 - 19 anos 100.0% 1.8% 51.2% 31.1% 14.6% 1.2% 0.1% 0.0% 20 - 24 anos 100.0% 17.4% 20.5% 24.5% 31.7% 5.0% 0.9% 0.0% 25 e + anos 100.0% 50.6% 19.7% 11.7% 15.3% 1.4% 1.1% 0.2% HOMENS 100.0% 3.4% 75.6% 13.5% 6.6% 0.7% 0.1% 0.0% MULHERES 100.0% 5.5% 79.5% 10.0% 4.5% 0.3% 0.1% 0.0% EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos; ESG2 - 11º e 12º Anos; ET – Ensino técnico; CFP – Curso de formação de professores; AEA -Alfabetização e educação de adultos.


Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado

Fonte de dados : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Um aspecto importante é a observação das taxas de escolarização bruta e líquida. A

primeira taxa calcula-se dividindo o total de alunos de um determinado nível de ensino

(independentemente da idade) pela população do grupo etário correspondente à idade

oficial para o referido nível16. Para calcular a segunda taxa , divide-se o total de alunos cuja

idade coincide com a idade oficial para o nível pela população do grupo etário

correspondente a esse nível. Estas são as medidas mais comuns para estimar o

desenvolvimento quantitativo do sistema educativo.

16EP1 – 6 a 10 anos; EP2 – 11 a 12 anos; ESG1 – 13 a 15 anos; ESG2 – 16 a 17 anos; Superior – 18 a 22 anos.

Alfab., 4,4%

EP1, 77,4%

EP2, 11,9%

ESG1, 5,6%

ESG2, 0,6% Técnico, 0,1% Superior, 0,0%

Magoe

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Quadro 17. Taxas de escolarização

Taxas de escolarização

Taxa Bruta de Escolarização Taxa Líquida de Escolarização

TOTAL H M TOTAL H M EP1 117.2 122.9 111.5 55.6 55.6 55.5 EP2 53.4 63.2 43.0 5.0 5.1 4.8 ESG1 18.3 22.6 13.9 2.5 2.3 2.8 ESG2 3.2 4.5 1.8 0.5 0.5 0.5

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007 .

Como se pode observar, a taxa bruta de escolarização do Ensino Primário do 1º Grau é de

117%, o que indica um elevado nível de cobertura escolar neste nível. Atendendo a que a

idade ideal para frequentar o EP1 é de 6 a 10 anos (para terminar este nível sem nenhuma

reprovação), este indicador acima dos 100% reflecte a entrada tardia na escola, a reprovação

e desistência escolar, levando a que exista um elevado número de alunos no EP1, com

idades superiores a 10 anos.

Efectivamente, a taxa líquida de escolarização no EP1 confirma aquele facto ao indicar que

56% das crianças de 6 a 10 anos frequentam o nível de ensino correspondente a sua idade,

neste caso o EP1, e que somente 5% das crianças de 11 a 12 anos frequentam o nível de

ensino correspondente a idade, o EP2. Em geral, os rapazes apresentam melhores

indicadores.

A situação global descrita reflecte, para além de factores socioeconómicos, o facto de a rede

escolar existente e o efectivo de professores, apesar de terem vindo a evoluir a um ritmo

significativo, serem insuficientes, o que é agravado por baixas taxas de aproveitamento e

altas taxas de desistência em algumas localidades do distrito, devido ao facto de haverem

muitos casamentos prematuros e emigração de jovens.

Quadro 18. Escolas e alunos , 2011

NÍVEIS DE ENSINO N.º de N.º de Alunos Escolas M HM

TOTAL DO DISTRITO 48 9079 17974 EP1 36 7680 14750 EP2 11 939 2103 ESG I 1 460 1121

Fonte : Adminis tração do Distr i to e Direc ção Provinc ia l da Educação EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos.

Na área da AEA – Alfabetização e educação de adultos, funcionaram 3

programas, designadamente, Regular, Alfa-rádio e PROFASA que

Magoe

PÁGINA26

funcionam nas EPC’s e ESG1. Em 2011 existiam 75 Centros de Alfabetização e Educação

de adultos, sendo 55 Centros regulares e 20 Centros de escuta.

Dos 3.444 alfabetizandos que chegaram ao fim do ano, 3.081 foram aprovados,

correspondendo a 89.4%. Dos aprovados, 1937 são mulheres, representando uma taxa de

88.3%. De realçar que, comparativamente ao ano 2010, registou-se um crescimento em

19.4%, no geral, e 15.3% nas mulheres.

Em termos de grau de ensino concluído, constata-se que do total de população com 10 anos

ou mais de idade, 27% concluiu algum nível de ensino, na sua maioria o nível primário.

Quadro 19. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído

NÍVEL DE ENSINO CONCLUÍDO

Nenhum TOTAL Alfab. Primário Secund. Técnico C.F.P. Superior

TOTAL 27.1% 0.1% 22.8% 4.0% 0.1% 0.1% 0.0% 72.9%

10 - 14 anos 11.6% 0.0% 11.4% 0.2% 0.0% 0.0% 0.0% 88.4% 15 - 19 anos 37.9% 0.1% 34.4% 3.3% 0.0% 0.0% 0.0% 62.1% 20 - 24 anos 39.9% 0.2% 32.6% 6.9% 0.1% 0.1% 0.0% 60.1%

25 - 29 anos 37.9% 0.2% 30.0% 7.2% 0.2% 0.2% 0.0% 62.1%

30 e + anos 21.6% 0.2% 17.1% 4.0% 0.1% 0.1% 0.0% 78.4%

HOMENS 34.1% 0.2% 28.2% 5.4% 0.2% 0.1% 0.0% 65.9%

MULHERES 20.2% 0.1% 17.3% 2.6% 0.0% 0.1% 0.0% 79.8%


Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído


Alfab., 0,1%

Primário, 22,8%

Secund., 4,0%

Técnico, 0,1%

C.F.P., 0,1%

Superior, 0,0% Nenhum, 72,9%

Magoe

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4.2.3.2 Cultura e Desporto

Na área da cultura existem vários grupos que praticam diverso tipo de danças e cânticos

típicos de toda a região.

No concernente à juventude, destaca-se a existência de grupos activistas e associações

juvenis que de dedicam a motivar boas práticas entre os seus concidadãos.

Do levantamento feito pelo SDEJT sobre as expressões culturais usuais no distrito

destacam-se as danҫas Djiti, Goteca, Nhau e Mafuwe.

O distrito participou na fase provincial de Nhau gulewankulu, realizada no distrito de

Macanga, tendo apresentado a sua dança típica, Djiti.

No mesmo levantamento foram identificados 5 grupos musicais que promovem

espectáculos no distrito.

No âmbito do desporto, decorreu o campeonato distrital recreativo nos Postos

Administrativos, envolvendo 45 equipas locais. Ao nível das escolas funcionaram 12 clubes

escolares. Seis atletas do distrito foram apurados para a fase nacional da modalidade de

voleibol.

Ao nível do distrito existem 46 campos de futebol de onze e 3 de Voleibol, onde as

comunidades e alunos praticam o desporto.

4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social


assegurar o funcionamento das unidades sanitárias e incentivar a medicina tradicional; (b)

promover acções de apoio e protecção da criança, da pessoa portadora de deficiência e do

idoso; (c) desenvolver acções de prevenção da violência doméstica e de abuso de menores; e

(d) promover a igualdade e equidade do género.

4.2.4.1 Saúde

A rede de saúde do distrito é insuficiente, abrangendo 7 unidades sanitárias e evidenciando

um índice de cobertura média de 1 unidade sanitária por cada 12.495 pessoas.

A Direcção Distrital de Saúde distribui regularmente por cada Centro de Saúde “Kits A e B”

e pelos Postos de Saúde “Kits B”. A tabela seguinte apresenta, para o ano de 2003, a

posição de alguns indicadores que caracterizam o grau de acesso e de

cobertura dos serviços do Sistema Nacional de Saúde.

Magoe

PÁGINA28

Quadro 20. Indicadores de cuidados de saúde, 2010-2011

Indicadores 2010 2011 Partos 1.570 1.636 Vacinação 14.483 16.507 Saúde materno-infantil 31.998 25.064 Consultas externas 74.262 63.977 Fonte : SDSMAS

No âmbito da emergência nutricional foram triadas 14.235 crianças dos 6-59 meses em 2011

contra 12.593 em 2010, representando um aumento de 13%. Destas, 314 são crianças com

crescimento insuficiente, contra 268 em 2010.

De referir ainda a existência de vários programas de cuidados de saúde primários a vários

níveis que denotam uma evolução positiva nos últimos anos, nomeadamente:

• Saúde ambiental: Esta actividade está sendo realizada em todas as unidades sanitárias,

bem como em brigadas móveis e nos locais de interesse público

• Saúde Ocupacional: Realizadas visitas de trabalho as empresas para vacinação aos

trabalhadores, bem como a todos os outros que manipulam géneros alimentícios

• Saúde reprodutiva

• Saúde Infantil, Nutrição, Saúde Escolar

• Suplementação de Vitamina ‘A’

• Programa alargado de vacinação

• Saúde Mental.

O quadro epidémico do distrito é dominado pela malária, diarreia e DTS e SIDA que, no

seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças notificados no distrito.

Figura 7. Quadro epidémico, 2011

Fonte : Adminis tração do Distr i to e Direc ção Provinc ia l da Saúde

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000

3901

629

6074

1976

55 58

Magoe

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4.2.4.2 Acção Social

No distrito existem, segundo os dados do Censo de 2007, cerca de 5 mil órfãos (na sua

maioria órfãos de pai e entre os 10 e 14 anos de idade) e cerca de 1.600 pessoas portadoras

de deficiência (89% com debilidade física e 11% com doenças mentais).

Quadro 21. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007

População Órfão de: 0-‐14 anos Total Mãe Pai Pai e Mãe Total 100.0% 16.6% 4.5% 9.8% 2.3% -‐ Homens 100.0% 16.3% 4.3% 9.8% 2.2% -‐ Mulheres 100.0% 16.9% 4.6% 9.8% 2.5% Grupos etários: -‐ 0 a 4 anos 100.0% 5.7% 1.2% 4.1% 0.4% -‐ 5 a 9 anos 100.0% 17.5% 4.7% 10.4% 2.4% -‐ 10 a 14 anos 100.0% 31.6% 9.0% 17.5% 5.1%


Quadro 22. População deficiente, 2007

Grupos de Idade População Sem Com deficiência

Total Deficiência Total Física Mental Total 100.0% 97.7% 2.3% 2.1% 0.2% 0 - 14 100.0% 98.8% 1.2% 1.1% 0.2% 15 - 44 100.0% 97.9% 2.1% 1.8% 0.3% 45 e mais 100.0% 92.8% 7.2% 6.9% 0.3%


A tabela seguinte apresenta a distribuição percentual das 1.600 pessoas portadoras de

deficiência, segundo a causa.

Quadro 23. População portadora de deficiência, segundo a causa

TOTAL Física Mental

Total 100.0% 100.0% 100.0%

À nascença 20.7% 20.0% 27.1%

Doença 52.8% 51.8% 61.8%

Minas/Guerra 2.6% 2.9% 0.0%

Serviço Militar 3.0% 3.3% 1.2%

Acidente de Trabalho 6.1% 6.7% 0.6%

Acidente de Viação 3.0% 3.3% 0.6%

Outras 11.8% 12.1% 8.8% Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza

absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes,

Magoe

PÁGINA30

doentes crónicos e portadores do HIV-SIDA, toxicodependentes e regressados.

Tem existido coordenação das acções de algumas organizações não governamentais,

associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidade e de

direito entre homem e mulher todos aspectos de vida social e económica, e a integração,

quando possível, no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida

escolar.

Subsídio de alimento (INAS)

O programa iniciou com 1.056 beneficiários, número que aumentou em 2011 para 1.106

idosos. Ainda em 2011 foram beneficiadas 57 pessoas portadoras de deficiência, dos quais 7

beneficiaram de material de compensação proveniente do INAS, Igreja de Deus em Cristo e

Missionários Combonianos. No que respeita aos doentes crónicos, foram beneficiados 68,

sendo 17 do sexo masculino e 51 do sexo feminino. Em comparação com 2010, o subsídio

aumentou de 100,00 para 130,00MT.

Assistência alimentar

No total, 7.630 pessoas receberam assistência alimentar, dos quais 636 foram crianças órfãs

e vulneráveis (COVs) que receberam do PMA: milho (15Kg) e feijão (2Kg).

Um número total de 54 mães chefes de agregados familiares beneficiaram de Projectos nas

Associações de Matafome e Cazindira.

A partir de Setembro de 2011, 15 crianças mal nutridas, sendo 8 de Mphende e 7 de

Mucumbura, passaram a receber do INAS, arroz, farinha de milho, leite em pó, óleo de

cozinha e açúcar. As mesmas receberam, também, barras de sabão mainato.

Apoio social directo

Nas comunidades de Mucumbura, M´phende, Cazindira e Chinthopo, este serviço realizou

24 palestras contra a droga, 32 de combate ao HIV/SIDA, 14 sobre saneamento do meio,

29 referentes aos direitos da criança, pessoas idosas e à não discriminação da P.P.D (Pessoa

Portadora da Deficiência).

A Acção Social, em coordenação com a Igreja de Deus em Cristo, reabilitaram 22 poços de

água no Posto Administrativo de Mucumbura (povoados de Zambeze, Massala, Mapalo,

Missão, Chicomola) e nos 3 bairros da sede Mucumbura.

Magoe

PÁGINA31

Foram atribuídas duas cadeiras de rodas e um par de muletas a beneficiários de Mphandwe,

no Posto Administrativo de Mucumbura.

4.2.4.3 Género

O distrito tem uma população estimada de 87 mil habitantes - 43 mil do sexo feminino -

sendo 15% dos agregados familiares do tipo monoparental chefiados por mulheres.

Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de algumas organizações

não governamentais, associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de

oportunidades e direitos entre sexos em todos aspectos de vida social e económica, e a

integração da mulher no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida

escolar.

Esta coordenação recorre a mecanismos de troca de informação, diálogo e concertação da

acção, evitando a sobreposição de actividades e racionalizando recursos de forma a

melhorar a eficácia e eficiência das acções governamentais e das iniciativas da comunidade e

do sector privado.

Tendo por língua materna dominante o Cishona, 35% das mulheres do distrito com 5 ou

mais anos de idade têm conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio mais

acentuado nos homens (51%), dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de

trabalho. A taxa de analfabetismo na população feminina é de 58%, sendo de 31% no caso

dos homens.

Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 49% nunca frequentaram a escola (no caso

dos homens só 32% nunca estudaram) e 17% concluíram o ensino primário (no caso dos

homens, 28% terminaram o primário).

Figura 8. Indicadores de escolarização por sexos


31%

51%

32% 28%

58%

35%

49%

17%

Taxa de analfabeYsmo

Sabe falar Português

Sem frequencia escolar

Ensino primário concluído

Homens Mulheres

Magoe

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No que diz respeito ao acesso a novas tecnologias também se verifica um desequilíbrio entre

sexos, como se pode deduzir da tabela seguinte.

Quadro 24. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais)

Número de pessoas que usou: % de pessoas

Computador Internet c/ Telemóvel

Total 0.1% 0.0% 1.2% -‐ Homens 0.1% 0.1% 2.1% -‐ Mulheres 0.0% 0.0% 0.4%


No tocante a actividade económica, de um total em 2012 de 43 mil mulheres, 24 mil estão

em idade de trabalho (mais de 15 anos), das quais 17 mil são economicamente activas17. A

população não economicamente activa de mulheres com 15 anos ou mais (29%) é

constituída principalmente por senhoras domésticas (20%) e estudantes a tempo inteiro

(6%). O nível da participação no trabalho das mulheres (71%) é inferior ao dos homens

(80%).

Figura 9. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo


A distribuição das mulheres economicamente activas residentes no distrito de acordo com a

posição no processo de trabalho e o sector de actividade é a seguinte:

Cerca de 95% são trabalhadoras agrícolas, familiares ou por conta própria;

2% são comerciantes, artesãs, ou empresárias; e 17Segundo recomendações internacionais, a PEA é considerada como a população que participa na actividade económica e que

tenha 15 anos de idade e mais. Dito por outras palavras, a PEA compreende as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram

activamente um trabalho (desocupadas), incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez.

Trabalha, 75,7% Trabalha, 80,4%

Trabalha, 71,1%

Só estuda, 8,0% Só estuda, 10,5%

Só estuda, 5,6% DomésYco(a),

11,7% DomésYco(a), 3,7%

DomésYco(a), 19,6%

Total Homem Mulher

Magoe

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As restantes 3% são, na maioria, trabalhadoras do sector de serviços, incluindo

empregadas do sector comercial formal e informal.

Figura 10. População18 segundo a posição no trabalho e sexo


4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas


elaborar propostas de Plano de Estrutura e de Ordenamento Territorial; (b) promover a

construção de fontes de abastecimento de água potável bem como a gestão dos respectivos

sistemas de abastecimento; (c) assegurar, em colaboração com outras entidades, a

disponibilidade do sistema de fornecimento de energia eléctrica e a promoção do

aproveitamento energético dos recursos hídricos e uso de energias renováveis; (d) assegurar

a reabilitação, manutenção das estradas não classificadas, pontes e outros equipamentos de

travessia; (e) promover a construção, manutenção e reabilitação de infraestruturas e edifícios

públicos, bem como de valas de irrigação, jardins públicos, infraestruturas desportivas e

parques de estacionamento; (f) promover o uso da bicicleta e da tracção animal; (g) elaborar

propostas de gestão ambiental; e (g) garantir a prestação dos serviços públicos tais como

cemitérios, matadouros, mercados e feiras, limpeza e salubridade, iluminação pública, jardins

campos de jogos e parques de diversão.

18 Com 15 anos ou mais.

Homem, 8,5% Homem, 3,3%

Homem, 70,2%

Homem, 0,3%

Homem, 17,6%

Mulher, 2,4% Mulher, 2,3%

Mulher, 94,5%

Mulher, 0,1% Mulher, 0,7%

Assalariados Comerciantes e artesaos Camponeses Empresarios Outras

Magoe

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4.2.5.1 Ordenamento Territorial No âmbito do Ordenamento Territorial, a sede do Distrito e a Sede do Posto

Administrativo de Mucumbura possuem Planos Parciais de Ordenamento Territorial já

aprovados, os quais se encontram em fase de implementação.

Neste contexto, durante o período em análise foram demarcados 105 talhões, de um total

de 204 talhões planificados, tendo 24 sido implantados na Sede do distrito e 8 demarcados

na Sede do Posto Administrativo de Chinthopo.

4.2.5.2 Infraestruturas

Foram realizadas várias obras, entre construções e reabilitações, a saber:

• Construção da Residência do Chefe do Posto Administrativo de Chinthopo;

• Construção da Residência do Chefe da Localidade de Chitete;

• Construção de uma residência na Localidade de Dewetewe;

• Construção de Latrinas Duplas no mercado Tchuma-Tchato;

• Vedação dos fontenários públicos em M’Phende;

• Conclusão da pavimentação do recinto da Secretaria Distrital de Mágoè;

• Inauguração do edifício da Autoridade Tributária de Moçambique em Mucumbura.

Em 2011, foram abertos 8 novos furos mecânicos para o reforço do abastecimento de água

à população, elevando para 53 o número de furos existentes.

Magoe

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Quadro 25. Novos furos abertos em 2011 POSTO ADMINISTRATIVO LOCAL Nº de FUROS

Posto Administrativo de Mphende Localidade de Mphende 3

Posto Administrativo de Mucumbura Mucumbura Sede 1

Mapalo 1

Posto Administrativo de Chinthopo

(Localidade de Mussenguezi)

Chimonhe 1 1

Chimonhe 2 1

Thambwe 1 1

TOTAL 8 Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

Numa iniciativa do Governo do Distrito com o apoio da Igreja Menonita foram reabilitadas

33 fontes de água em 2 Postos Administrativos, designadamente Mucumbura e Mphende.

Foi ainda reabilitado o pequeno sistema de água canalizada no Posto Administrativo de

Mucumbura.

As Obras de Construção do Posto de Abastecimento de Combustível líquido, encontram-

se numa fase bastante avançada e, de acordo com as previsões do cronograma de trabalho,

espera-se que as mesmas estejam concluídas e entregues em 2012.

4.3 Finanças Públicas e Investimento

O financiamento do funcionamento dos Governos Distritais e das funções para eles

descentralizadas é assegurado por via de:

(i) Receitas próprias19que provém da comparticipação das receitas fiscais e consignadas ao

nível Distrital e as correspondentes taxas, licenças e serviços cobrados pelo Governo

Distrital; e

19 Receitas próprias do distrito provenientes de serviços e licenças cobradas fora do território das autarquias locais são: (a) utilização do património

público sob gestão do distrito; (b) ocupação e aproveitamento do domínio público e aproveitamento de bens de utilidade pública; (c) pedidos de uso e

aproveitamento da terra nas áreas cobertas por planos de urbanização; (d) loteamento e execução de obras particulares; (e) realização de infraestruturas

simples; (f) ocupação da via pública por motivo de obras e utilização de edifícios; (g) exercício da actividade de negociante e comércio a título precário;

(h) ocupação e utilização de locais reservados nos mercados e feiras; (i) autorização de venda ambulante nas vias e recintos públicos; (j) aferição e

conferição de pesos, medidas e aparelhos de medição; (k) autorização para o emprego de meios de publicidade destinados a propaganda comercial; (l)

licenças de pesca artesanal marítima e em águas interiores; (m) licenças turísticas nos termos de legislação específica; (n) licenças para a realização de

espectáculos públicos; (o) licenças de caça e abate; (p) licenças e taxas de velocípedes com ou sem motor; (q) estacionamento de veículos em parques ou

outros locais a esse fim destinados; (r) utilização de instalações destinadas ao conforto, comodidade ou recreio público; (s) realização de enterros,

concessão de terrenos e uso de instalações em cemitérios.

Constituem ainda receitas do distrito as taxas e tarifas por prestação dos serviços, nos casos em que os órgãos do distrito tenham sob sua

administração directa, a prestação de serviço público: (a) abastecimento de água; (b) fornecimento de energia eléctrica; (c) utilização de matadouros; (d)

Magoe

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(ii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas correntes;

(iii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas de investimento (Fundo

de Desenvolvimento Distrital, Fundo de Investimento em Infraestruturas);

(iv) Fundos Sectoriais Descentralizados, nomeadamente dos sectores de águas, estradas,

educação e agricultura;

(v) Donativos provenientes de ONGs, cooperação internacional ou entidades privadas.

O Governo Distrital teve em 2011 a seguinte execução orçamental.

Quadro 26. Execução orçamental (em ‘000 MT)

Rubricas 2011

DESPESA TOTAL 72.787

Despesa corrente 57.544 - Despesas com pessoal 49.999 - Bens e serviços 7.347 - Outros gastos materiais 198

Despesa de Investimento 15.243 - Fundo de desenvolvimento distrital 8.223 - Fundo de investimentos em infraestruturas 7.020 - Fundos sectoriais descentralizados s.i.

Fonte: Ministério das Finanças, Conta Geral do Estado, 2011.

No âmbito do investimento de iniciativa local (vulgo 7 milhões) o Governo Distrital tem

aprovado e/ou implementado projectos locais de desenvolvimento, cuja evolução é

apresentada na tabela seguinte, consoante a principal finalidade.

Quadro 27. Projectos de iniciativa local financiados

Finalidade dos Projectos

No de Projectos Financiados

Número de Beneficiários

Desembolsos (em ‘000 MT)

Taxa de Reembolso

(em %) 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011

Produção de comida 40 46 58 Geração de Emprego e Rendimento

42 54 11

Total 82 100 99 189 225 378 8.223 7.400 8.223 2.52 4.62 6.39 Fonte: Secretaria Distrital

Em 2010 e 2011, no âmbito de aplicação dos fundos de manutenção de rotina e dos fundos

direccionados ao sector agrário, foram concluídas as seguintes intervenções de estradas.

recolha, depósito e tratamento de resíduos sólidos de particulares e instituições; (e) ligação, conservação e tratamento dos esgotos; (f) utilização de infra

estruturas de lazer e gimnodesportivas; (g) utilização de latrinas públicas; (h) transportes urbanos; (i) construção e manutenção de ruas privadas; (j)

limpeza e manutenção de vias privadas; (k) utilização de tanques carracicidas; (l) registos determinados por lei.

Magoe

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Quadro 28. Investimento local em estradas Posto Administrativo Troço Kms

Posto Administrativo de

Mphende

A partir da Residência Oficial do

Administrador distrital até às Bancas

2


Mucumbura

Mucumbura Sede a Chicomola 65

Luia Mucumbura Sede 68


Chinthopo

Musseguezi a Chinthopo Sede 20

TOTAL 155

Fonte: SDPI

Durante o período em análise, haviam sido planificados 155Km para manutenção periódica

das estradas vicinais, sendo 2 Km no Posto Administrativo de Mphende, 133Km no Posto

Administrativo de Mucumbura e 20 Km no Posto Administrativo de Chinthopo.

De salientar que nos troços de Mucumbura a Chicomola e Luia a Mucumbura foram

realizadas manutenções rotineiras em 133Km, encontrando-se em execução, desde o mês

de Dezembro, as obras de manutenção dos 20 Km do troço Mussenguezi-Chinthopo e dos

2 Km que partem da Residência Oficial do Administrador.

4.4 Justiça, Ordem e Segurança pública

A situação de segurança e tranquilidade públicas foi caracterizada por um ambiente de

acalmia, facto que permitiu que a população produzisse sem perturbação, tendo as pessoas e

bens circulado livremente por todo o território de Mágoè.

São causas da criminalidade, a falta de cultura moral dos cidadãos, sobretudo na camada

jovem, ciúme, consumo e abuso de bebidas alcoólicas e consumo de estupefacientes

(suruma), vingança entre vizinhos, desemprego, elevado custo de vida, e proliferação de

negócios nos mercados informais onde são transacionados produtos de proveniência

duvidosa.

A força da guarda fronteira deste distrito realizou em 2011, 11.612 patrulhas contra 5.670,

no ano de 2010.

Durante o ano 2011, o Serviço Distrital de Identificação Civil atendeu 974 pedidos de BI’s

contra 351 de igual período de 2010, tendo sido levantados 368 B.Is. pelos

Magoe

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respectivos titulares, contra 152 em 2010. A receita colectada em 2011 totalizou

236.200,00mt, contra 100.600,00mt do ano 2010, vidé o quadro abaixo.

Actividades realizadas 2011 2010 Diferença

Pedidos de B.I.s 974 351 623

Levantamento de B.I.s 368 152 216

Valor arrecadado 236.200,00 100.600,00 135.600,00 Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

O serviço de registos e notariado desenvolveu, até ao fim do ano, as seguintes actividades:

ACTOS REGISTADOS 2011 2010

Assentos de nascimento maior de 1 ano 392 1027

Assentos de nascimento menor de 1 ano grátis 37 120

Assentos de óbito maior de 1 ano 12 25

Registo de casamento 0 2

Cédulas pessoais segunda via 130 168

Certidões de narrativa completa 97 61

Certidões para bilhete de identidade 555 295

TOTAL 1223 1698 Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

Durante o ano de 2011 os Tribunais Comunitários julgaram 707 casos com maior destaque

para:

• Conflito de valores, com 111 casos;

• Injúrias, com 80 casos;

• Conflito de interesses, com 67 casos.

Ao longo do ano em referência, foram realizadas 10 reuniões em todos os Tribunais

Comunitários do distrito, com o objectivo de auscultar os problemas e dificuldades

existentes.

Magoe

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4.5 Constrangimentos e Perspectivas No geral, de acordo com o Governo Distrital, são os seguintes os princ ipais

constrangimentos observados durante a governação dos últimos anos:

Falta de fundos de investimentos para manutenção das vias de acesso;

Falta de fundos de investimento para manutenção dos PS de Água e dos furos nas

aldeias;

Falta de infraestruturas de educação e saúde para a população do distrito;

Falta de viaturas para a Administração e de motorizadas para locomoção dos Chefes

dos Postos Administrativos; e

Ausência de um programa de construções para atender o crescimento do aparelho

de estado.

As minas constituíram, em algumas zonas identificadas, uma ameaça à segurança da

população e ao desenvolvimento económico. A acção de desminagem em curso no país

desde 1992, tem permitido diminuir o seu risco, sendo hoje a situação existente no país e

neste distrito mais controlada e conhecida.

No geral, de acordo com o Governo Distrital, as princ ipais perspec t ivas para 2012 são:

Conclusão e aprovação do 2º PEDD de Mágoè em 2012;

Conclusão do PDU – Plano de Uso de Terra de Mágoè em 2012;

Conclusão de mais casas mãe-espera nas unidades sanitárias periféricas;

Conclusão e inauguração do Centro de saúde de Chitete;

Criação de condições para a introdução, em 2013, do 2º Ciclo do ensino secundário

em M’Phende;

Criação de condições para a introdução de EPC’s em 30 Escolas Primárias do

Distrito em 2012;

Criação de condições para a introdução do 1ºCiclo do Ensino Secundário em

Chinthopo em 2013 (Massomo em 2013 e Chinthopo-Sede em 2014);

Uso da Internet nas duas Escolas Secundárias do Distrito de Mágoè e em todos os

Serviços Distritais;

Construção de 30 salas de aulas como resposta à demanda do EP2 no Distrito;

Construção de um pequeno sistema de abastecimento de água em M’Phende;

Redução de focos de conflito homem-fauna bravia;

Construção de represas para o aumento da produção.

Magoe

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A participação comunitária tem sido essencial para suprir várias necessidades em matéria de

construção, reabilitação e manutenção de infraestruturas, nomeadamente estradas interiores,

postos de saúde e escolas, bem como residências para professores e enfermeiros.

Na sua actuação, o Governo Distrital tem tido apoio de vários organismos de cooperação,

que promovem programas sociais de assistência, protecção do ambiente e desenvolvimento

rural, que desempenham um papel activo e importante no apoio à reconstrução e

desenvolvimento locais.

Magoe

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5 Actividade Económica 5.1 População economicamente activa

De um total em 2012 estimado de 87 mil habitantes, 48 mil estão em idade de trabalho

(mais de 15 anos).

Quadro 29. População segundo a condição de actividade20

Total Homens Mulheres

Total 48,011 24,343 23,668 Trabalhou 65.5% 70.5% 60.6% Não trabalhou, mas tem emprego 3.0% 2.9% 3.0% Ajudou familiares 7.3% 7.0% 7.5% Procurava novo emprego 0.0% 0.0% 0.0% Procurava emprego pela 1ª vez 0.2% 0.4% 0.1% População economicamente activa 21 75.9% 80.8% 71.2% Doméstico(a) 11.7% 3.7% 19.6% Somente estudante 8.0% 10.5% 5.6% Reformado(a) 0.1% 0.1% 0.1% Incapacitado(a) 1.3% 1.4% 1.2% Outra 2.9% 3.5% 2.3% População não activa 24.1% 19.2% 28.8%


Verifica-se que 76% da população de 15 anos ou mais (36 mil pessoas) constituem a

população economicamente activa (PEA) do distrito. O nível da participação masculina na

PEA é superior à feminina: 81% contra 71%.

A população não economicamente activa (24%) é constituída principalmente por mulheres

domésticas e estudantes a tempo inteiro.

20Referido a situação na semana anterior a realização do Censo 2007. 21Segundo recomendações internacionais, a PEA é a população que participa na actividade económica com 15 anos de idade e mais.

A PEA compreende, pois, as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram activamente um trabalho (desocupadas),

incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez. A análise da PEA que é apresentada nesta secção seguiu esta recomendação.

Magoe

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Figura 11. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade


A distribuição da população economicamente activa indica que 82% são camponeses por

conta própria, na sua maioria mulheres. A percentagem de trabalhadores assalariados é de

6% da população activa e é dominada por homens (as mulheres assalariadas representam

2% da população activa feminina e 9% no caso dos homens).

Quadro 30. População activa22, ocupação e ramo de actividade, 2007

RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL

OCUPAÇÃO PRINCIPAL

Assalariados Comerciantes

& Trabalhadores Empresário Outras e

Total Técnicos Operários Serviços Artesãos Camponeses Patrão desconhecido

Total 100.0% 5.6% 1.4% 0.5% 3.7% 2.9% 81.7% 0.2% 9.6%

- Homens 100.0% 8.5% 2.0% 0.8% 5.7% 3.3% 70.2% 0.3% 17.6%

- Mulheres 100.0% 2.4% 0.6% 0.1% 1.6% 2.3% 94.5% 0.1% 0.7% Agricultura, silvicultura e pesca 100.0% 1.2% 0.0% 0.0% 1.1% 0.0% 88.9% 0.1% 9.8% Indústria, energia e construção 100.0% 90.5% 0.9% 0.8% 88.8% 0.0% 1.0% 0.5% 7.9% Comércio, Transportes Serviços 100.0% 37.0% 24.7% 8.3% 4.0% 52.5% 1.3% 1.9% 7.3% [1] Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.


22Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.

Trabalhou 76%

DomésYco(a) 12%

Somente estudante

8%

Outra 4%

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Figura 12. População activa, segundo a ocupação principal


A distribuição segundo o ramo de actividade reflecte que a actividade dominante no distrito

é agrária, que ocupa 92% da população activa do distrito. O comércio e outros serviços tem

tido uma importância crescente, ocupando já 5% da população activa do distrito.

Quadro 31. População activa23, ocupação e ramo de actividade, 2007

RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL

OCUPAÇÃO PRINCIPAL

Assalariados Comerciantes Trabalhadores Empresário Outras e

Total Técnicos Operários Serviços e Artesãos Camponeses Patrão desconhecido

Total 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%

- Homens 52.6% 80.0% 77.7% 86.7% 79.9% 61.4% 45.2% 85.5% 96.6%

- Mulheres 47.4% 20.0% 22.3% 13.3% 20.1% 38.6% 54.8% 14.5% 3.4% Agricultura, silvicultura e pesca 91.8% 19.3% 0.5% 7.0% 27.8% 0.6% 99.9% 40.0% 93.6% Indústria, energia e construção 2.8% 44.9% 1.8% 4.2% 66.3% 0.0% 0.0% 7.3% 2.3% Comércio, Transportes Serviços 5.4% 35.9% 97.7% 88.8% 5.8% 99.4% 0.1% 52.7% 4.1%

[1] Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez. Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

23Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.

Assalariados, 5,6%

Comerciantes e artesaos, 2,9%

Camponeses, 81,7%

Empresarios, 0,2%

Outras, 9,6%

Magoe

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Figura 13. População activa, segundo o ramo de actividade


5.2 Pobreza e Segurança Alimentar Este distrito apresenta uma forte redução no Índice de Incidência da Pobreza24 desde um

nível de 81% em 1997 para 31% no ano de 200725.

Este distrito é frequentemente alvo de calamidades naturais que afectam profundamente a

vida social e económica da comunidade.

Estes desastres, associados à fraca produtividade agrícola, conduzem a níveis de segurança

alimentar de risco, sobretudo os camponeses de menos posses, idosos e famílias chefiadas

por mulheres, numa situação potencialmente vulnerável.

Efectivamente, dadas as tecnologias primárias utilizadas e, consequentemente, os baixos

rendimentos das culturas, a colheita principal é, em geral, insuficiente para cobrir as

necessidades de alimentos básicos, que só são satisfeitas com a ajuda alimentar, a segunda

colheita, rendimentos não agrícolas ou outros mecanismos de sobrevivência.

24O Índice de Incidência da Pobreza (poverty headcount índex) é a proporção da população cujo consumo per capita está abaixo da linha

da pobreza. 25Relatório da Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional - Ministério da Planificação e Desenvolvimento,

Direcc ̧a ̃o Nacional de Estudos e Ana ́lise de Poli ́ticas, Outubro de 2010(District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and

2007Based on consumption adjusted for calorie underreporting).

Agricultura, silvicultura e pesca, 91,8%

Indústria, energia e construção,

2,8%

Comércio, Transportes Serviços, 5,4%

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Nos períodos de escassez, as famílias recorrem a uma diversidade de estratégias de

sobrevivência que incluem a participação em programas de "comida pelo trabalho", a

recolha de frutos silvestres, a venda de lenha, carvão, estacas, caniço, bebidas e a caça.

As famílias com homens activos recorrem ao trabalho remunerado nas cidades mais

próximas, já que as oportunidades de emprego no distrito são reduzidas, dado que a

economia ter por base, essencialmente, as relações familiares.

Apesar do aumento da produção de cereais nas últimas campanhas agrícolas, no Distrito, os

excedentes agrícolas não cobrem as necessidades de consumo da população. Esta situação

deve-se à queda irregular de chuvas nos últimos anos, admitindo-se que a produção do

sector familiar de alimentos essenciais é deficitária.

Por outro lado, devido ao número reduzido de extensionistas, os camponeses ressentem-se

da falta de assistência técnica, especialmente na divulgação e disseminação de novas

tecnologias de produção, desde a preparação dos solos até ao armazenamento pós-colheita,

assim como o uso de variedades melhoradas e tolerantes à seca, o uso de pequenos sistemas

de irrigação e agricultura de conservação.

5.3 Infraestruturas de base

O distrito é servido por estradas terciárias de terra batida numa extensão de 211 Km.

Embora não tenham sido reabilitadas, todas elas estão em condições aceitáveis, excepto na

época das chuvas em que ficam intransitáveis.

O Distrito encontra-se ligado por uma rede viária que se estende de Daque a Mucumbura;

de Mucumbura a Luia; de Mucumbura a Mussenguezi; de Mussenguezi a Chinthopo e

Chinthopo a Bawa.

A rota mais movimentada é a de Daque a Mucumbura, por onde circulam em média, por

dia, 10 transportes públicos e camiões de média e grande tonelagem. Em Mucumbura estão

registadas cerca de 40 viaturas privadas. As outras rotas ainda não estão a ser exploradas

com a devida intensidade.

As Estradas Regionais 601 e 602 atravessam o Distrito num troço de 90 km, de Daque a

Mucumbura, passando pela sede do Distrito de Mágoé.

A ER 601 atravessa o povoado de M´phende numa extensão de 2 Km, aproximadamente,

sendo asfaltada no troço Chitima-M´phende.

Magoe

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Para além destas vias, existem outras estradas internas ou estradas não classificadas, todas

em terra natural, evidenciando falta de manutenção.

Em geral, o estado das vias de acesso é precário. Muitas vias de acesso ficam intransitáveis

durante a época chuvosa. Por outro lado, há necessidade de se construir uma ponte sobre o

rio Mussenguezi ou alocar-se um batelão para a travessia do rio Mussenguezi, para além da

reabilitação das estradas Mphende-Mucumbura-Chinthopo e Mucumbura-Luia.

O Distrito é servido actualmente por três operadoras de telefonia móvel e fixa das TDM.

Operam, ainda, seis rádios transmissores-receptores, permitindo a comunicação com todo

o país, sendo estes pertencentes à Administração, Comando Distrital da P.R.M., S.D.A.E,

Partido Frelimo, Postos Administrativos de Mucumbura e Chinthopo e ADRM. O povoado

de Bawa no Posto Administrativo de Chinthopo dispõe de uma Rádio Comunitária, de

momento avariada.

O Distrito é, basicamente, servido por fontes dispersas de abastecimento de água, sendo:

• 62 poços operacionais e 39 inoperacionais;

• 53 furos mecânicos (44 operacionais e 9 inoperacionais);

• 1 pequeno sistema de abastecimento de água e 1 inoperacional; e

• 3 nascentes de abastecimento de água.

Na sede do Distrito existe um pequeno sistema de abastecimento de água com 1 fontenário

público com 8 torneiras, 10 torneiras espalhadas pelos bairros, 4 torneiras instaladas em

residências e 1 na Cadeia, estimando-se que este pequeno sistema beneficie cerca de 10.000

pessoas, nos quatro bairros da sede distrital.

O Distrito é servido pela rede nacional de energia eléctrica na Sedes do Distrito e na

Localidade de Daque, para além da Povoação de Nhangome, com 857 ligações domésticas e

industriais.

A Sede do Posto Administrativo de Mucumbura é servida a partir do Zimbabwe, com 250

ligações, elevando para 1.107 o número total de consumidores do distrito. Importa salientar

que a energia de Mucumbura tem sido fornecida deficientemente, com cortes sistemáticos e

baixa qualidade.

Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e

Magoe

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manutenção das infraestruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água

a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das

chuvas, tem problemas de transitabilidade.

5.4 Uso e Cobertura da Terra A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares.

Quadro 32. Uso e Cobertura da Terra Classe Área (ha) (%)

Cultivado Sequeiro 14785.46 1.72 Área Habitacional Não Urbanizada 121.68 0.01 Solo Sem Vegetação 8803.24 1.03 Formação Herbácea Inundável 4220.44 0.49 Formação Herbácea Inundada 8085.52 0.94 Formação Herbácea 23099.88 2.69 Moita (arbustos baixos) 10451.94 1.22 Matagal Médio 118988.06 13.86 Matagal Aberto 141312.0 16.46 Formação Herbácea Arborizada 148574.29 17.31 Floresta de Baixa Altitude Aberta 287716.72 33.52 Albufeira 92167.7 10.74 TOTAL 858332.69 10.74

Fonte : Centro Nacional de Cartogra f ia e Teledete c ção (CENACARTA).

A restante informação desta secção26 foi extraída dos resultados do Censo Agropecuário

realizado pelo INE em 2009/10 e tem por objectivo descrever os traços gerais que

caracterizam a base agrícola do distrito.

26Apesar das reservas a colocar na representatividade dos dados ao nível distrital, a sua análise permite observar tendências e os principais aspectos estruturais.

Magoe

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Magoe

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O distrito possui cerca de 17 mil explorações agrícolas com uma área média é de 1.8

hectares, sendo cerca de 95% ocupadas com a exploração de culturas alimentares.

Figura 14. Explorações segundo a sua utilização

Fonte de dados : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Censo agropecuár io , 2009-2010

Com um grau de exploração familiar dominante, 68% das explorações do distrito têm

menos de 2 hectares.

Figura 15. Explorações por classes de área cultivada

Fonte de dados : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Censo agropecuár io , 2009-2010

Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar,

têm como responsável o homem da família, apesar de na maioria dos casos ser explorada

por mulheres a trabalharem sozinhas ou com a ajuda das crianças da família. A maioria da

terra é explorada em regime de consociação de culturas alimentares.

100,0% 95,4%

63,9%

Total Com culturas alimentares Com árvores de fruta

< 1 ha 28,0%

1 a 2 ha 40,0%

2 a 5 ha 24,7%

5 a 20 ha 7,3%

>= 20 ha 0,0%

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5.5 Sector Agrário

5.5.1 Produção agrícola e sistemas de cultivo De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações

familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.

A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, nem sempre

bem sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas é alto, dada a baixa capacidade de

armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas.

Devido à grande variação na data de início do período de crescimento e, portanto, na data

de sementeira, e dado que o período de crescimento é de pequena duração, os camponeses

recorrem ao uso de variedades de ciclo curto.

Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos como o pousio

das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Para além das

questões climáticas, os principais constrangimentos à produção são as pragas, a seca, a falta

ou insuficiência de sementes e pesticidas.

O sistema de produção mais dominante compreende mapira/mexoeira. O milho é

produzido em consociação com feijão nhemba em solos com boas capacidades de retenção

de humidade e em micro-climas específicos. Observa-se ainda o domínio de criação do gado

caprino bovino e aves.

Quadro 33. Produção agrícola, por principais culturas: 2009-2011

Principais 2009-10

Produção 2010-11

Produção

Culturas (Toneladas) (Toneladas)

Milho 5.344 2.587

Mapira 1.178,7 3.582 Mexoeira 807,2 3.068 Arroz 0 4 Feijão Manteiga 0 25 Feijão Nhemba 0 194 Feijão Bóer 0 26 Amendoim 286,8 65 Soja 0 25 Gergelim 3,6 351 Mandioca 381 270 Batata Doce 1.950 660 Algodão 2.500 1.740 Girassol 0 6 Frutas 0 2.319 TOTAL DO DISTRITO 12.451 14.922

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5.5.2 Pecuária

O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a existência de boas áreas de

pastagem, há condições para o desenvolvimento da pecuária, sendo as doenças e a falta de

fundos e de serviços de extensão, os principais obstáculos ao seu desenvolvimento.

Os animais domésticos mais importantes para o consumo familiar são as galinhas, os patos

e os cabritos, e para a comercialização, são os bois, os cabritos, os porcos e as ovelhas.

Segundo o arrolamento de 2011, o Distrito detém cerca de 14.707 bovinos, 36.958 caprinos,

1.607 ovinos, 4.373 suínos, 41.059 aves e 1.218 asininos. Estes animais constituem uma

fonte de rendimento para o sustento das famílias, já que lhes permite satisfazer as suas

necessidades básicas, assim como manter a segurança alimentar e nutricional das famílias.

Têm ocorrido doenças que afectam as espécies em criação, como é o caso da Newcastle nas

aves, febre aftosa, dermatose nodular, carbúnculo sintomático e hemático nos bovinos,

peste suína africana nos suínos e a raiva nos caninos. Estas doenças, contudo, não têm

provocado grandes prejuízos aos criadores, graças às campanhas de vacinação obrigatórias

gratuitas que o Governo tem desenvolvido ao longo dos últimos anos, assim como à

disponibilidade de stocks de medicamentos no Serviço Distrital de Actividades Económicas

em Mphende e no Posto Administrativo de Mucumbura.

5.5.3 Pescas, Florestas e Fauna bravia

A lenha é a fonte de energia mais utilizada para a confecção de alimentos. Espécies como o

mopane, micaias e pau-ferro são a principal fonte local de energia e de madeira de

construção.

Nos PA’s de Mphende e Mucumbura predominam as maçaniqueiras e o baobab, vulgo

mulambe e em Chintopo a Ntsanha, a Chanfuta e o pau-preto.

O baobab é uma árvore cujo aproveitamento é total; o seu tronco constitui importante

matéria-prima para o fabrico de papel. As suas folhas e frutos servem de alimento e

medicamento para doenças como diabetes e hipertensão

Frutos frescos tais como maçanicas, mbondes, nozes, bananas, mangas e papaias são

produzidos e consumidos pela população local. A maçanica, para além de ser consumida

seca, é comercializada tanto fresca como seca, e usada no fabrico de

aguardente.

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A falta de sementes, a seca, a insuficiente qualidade da terra são questões que impedem um

maior aproveitamento desta potencialidade.

Existe uma vasta gama de animais selvagens, destacando-se dentre eles os cudos, búfalos,

elefantes, impalas, pala-palas, leões, leopardos, hipopótamos, zebras, macacos-cães de cara

preta, cabritos, porcos bravos, coelhos, changos, répteis (serpentes, jibóias), entre outras

espécies.

A caça e a pesca são também recursos de que o distrito dispõe para enriquecimento da dieta

das famílias. As gazelas, cudos, búfalos, impalas, javalis e o cabrito montês são os animais

mais caçados e importantes na dieta.

O Distrito de Mágoè possui um grande potencial pesqueiro por ser banhado pelas águas do

rio Zambeze, na sua parte norte e oeste. Esta actividade é praticada predominantemente por

pescadores artesanais e semi-industriais ao longo do rio, com destaque para a captura da

tilápia ou pende, como é mais conhecida, e da capenta, vulgo matemba, comercializadas

dentro e fora do País. De acordo com os dados do Censo da Pesca artesanal de 2007, o

distrito possui 53 Centros de pesca, 1.500 artes de pesca, 2.796 pescadores permanentes e

571 eventuais e 7 associações formadas, mas não legalizadas.

5.6 Indústria, Comércio e Serviços

A pequena indústria local (pesca, carpintaria e artesanato) surge como alternativa à

actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.

Em termos de pequenas actividades comerciais e de indústria em pequena escala, as

mulheres vendem produtos e estão engajadas na confecção e venda de pão. Os homens

dedicam-se à serralharia, carpintaria, moagem e venda. Outras fontes de rendimento no

distrito são a pesca e a madeira.

A actividade turística tende a crescer mercê do potencial faunístico que o distrito de Mágoè

possui. O Distrito de Mágoè, ostenta uma belíssima paisagem ao longo das margens do rio

Zambeze e nas zonas do interior, com destaque para as zonas de reprodução de animais

que fazem com que o Distrito atraia turistas provenientes de todas as partes do mundo.

Operam no Distrito 3 (três) empresas de safaris, nomeadamente, a África Hunt and Tours

na Localidade de Daque, Sable Hills em Cazindira e Safaris de Moçambique no Posto

Administrativo de Chinthopo, com um total de 7 lodges, com 212 camas.

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6 Visão e Estratégia de Desenvolvimento Local Este capítulo tem como base as conclusões do PEDD - Plano Estratégico de

Desenvolvimento Distrital.

6.1 Visão

“Assegurar o crescimento e desenvolvimento humano do Distrito”

6.2 Problemas e Potencialidades

PROBLEMAS POTENCIALIDADES AGRICULTURA

• Baixa produção; • Uso de instrumentos rudimentares e sementes

de baixo poder germinativo; • Dependência de condições climatéricas (clima

não favorável a prática de agricultura); • Criação de gado de forma rudimentar que não

favorece o aumento da produção; • Gado propensos a contrair várias doenças; • Falta de medicamentos pata tratamento do

gado; • Existência de mosca tsé-tsé

• Distrito atravessado pelo rio Zambeze para além de outros;

• Postos Administrativos de Chinthopo e Mucumbura possuem solos férteis;

• Existência de rios que possibilitam o desenvolvimento da actividade piscatória;

• O distrito possui nascentes de água não explorada; • O distrito e rico em florestas com árvores valiosas

para exploração de madeira (Chanfuta, Umbila, Pau-ferro, Ntondo entre outras)

INDÚSTRIA E COMÉRCIO • Indústria e comércio pouco desenvolvida,

baseando apenas em moageiras e extracção de madeira;

• Não ha sistema formal de crédito

• Muitos recursos naturais inexplorados; • O poder de compra das populações tende a crescer, a

mercê da venda dos produtos agrícolas de rendimento

TURISMO • Diversos animais em perigo devido a prática de

caça furtiva em todo o distrito • Diversidade de espécies faunísticas favorecem o

desenvolvimento de actividade turística e de caça; • Projecto Tchuma Tchato aposta na gestão e

conservação dos recursos faunísticos; • A Fortaleza, o Palácio construídos aquando da

ocupação Portuguesa e ainda locais de evocação espiritual, constituem um marco histórico que pode promover visitas turísticas, de estudo.

ACÇÃO SOCIAL E GÉNERO • Número elevado de pessoas portadoras de

deficiência e outras vulneráveis • Falta de emprego para os jovens

• Existência de Organizações Não-governamentais que beneficiam as pessoas necessitadas em produtos de primeira necessidade

SAÚDE • Pessoal não suficiente; • Não há médico.

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EDUCAÇÃO • Longas distância entre as escolas e alguns

aglomerados populacionais reduz a frequência dos alunos nas escolas;

• Insuficiência de professores; • As raparigas afluem em menor número,

comparativamente aos rapazes, ao ensino.

• Terreno para construção de mais escolas e residências para professores;

• Crescimento de número de crianças a escola

TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO • As estradas do interior do distrito são de terra

batida e necessitam de manutenção periódica • Existe uma pista de aterragem de avionetas na

sede distrital • Existem 6 rádios através das quais comunica-se

com o resto do país

6.3 Objectivos estratégicos

A estratégia principal do Distrito tem em vista elevar os níveis de emprego, riqueza, a

segurança alimentar e nutricional das famílias bem como o crescimento económico e social

do distrito, utilizando de forma sustentável os recursos disponíveis.

Assentam, fundamentalmente, na melhoria da renda, segurança alimentar e nutricional das

populações através da modernização da pecuária e agricultura, promoção do turismo e

gestão sustentável dos recursos naturais; incluem igualmente o acesso da população à

infraestruturas e serviços sociais de qualidade, bem como a melhoria da eficiência e eficácia

do funcionamento das instituições do distrito, através de uma boa governação.

O PEDD identifica como vectores estratégicos do distrito: o Desenvolvimento Económico

Local, o Acesso a Infraestruturas e Serviços Básicos e a Boa Governação, traduzidos em três

objectivos:

• Desenvolv imento Económico Local : Assegurar o desenvolvimento económico das

comunidades do distrito, através do incremento do turismo, mecanização da agricultura,

produção pecuária intensiva e do agro- processamento.

• Boa Governação : Assegurar a boa governação e o desenvolvimento institucional

sustentável através do envolvimento das comunidades, criação de capacidades, ambiente

de paz, concórdia e inclusão.

• Acesso a Infraestruturas e Servi ços Básicos : Assegurar o desenvolvimento

sociocultural sustentável das comunidades, potenciando-as em infraestruturas e serviços

básicos.

- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2010, Governo

Distrital.

- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2011, Governo

Distrital.

- CENACARTA - http://www.cenacarta.com

- Conta Geral do Estado 2011 e 2010 – Ministério das Finanças, Direcção Nacional

do Orçamento.

- District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and 2007 - Based on

consumption adjusted for calorie underreporting - Ministério do Plano e Finanças,

Direcção Nacional de Estudos e Análise de Políticas.

- Estrutura Tipo do Governo Distrital - Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril.

- Fichas estatísticas para o perfil distrital – Serviços Distritais

- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo agropecuário, 2009-2010.

- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Recenseamento da População de 2007.

- Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março.

- Ministério da Educação, Estatísticas Escolares.

- Ministério da Saúde, Estatísticas da Saúde.

- Perfil Distrital de 2005, Ministério da Administração Estatal, Direcção Nacional da

Administração Local.

- Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital, Governo Distrital (Plano para

cinco anos)

- Regulamento da Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março.

- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2010,

Governo Distrital.


Governo Distrital.


SDAE


SDPI


SDSMAS


SDEJT

- Relatório sobre Pobreza e Bem-estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional

(Outubro de 2010), Ministério do Plano e Finanças, Direcção Nacional de Estudos e

Análise de Políticas.

- Revista de Marketing Territorial – Ministério da Administração Estatal, Direcção

Nacional de Promoção do Desenvolvimento Rural.

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informativa.

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Direcção Nacional de Administração Local

Maputo - Moçambique

Primeira edição, primeira impressão 2012

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PERFIL DO DISTRITO DE MAGOÉ PROVÍNCIA DE TETE · 1 Breve Caracterização do Distrito 1.1 Localização, Superfície e População O distrito de Mágoe, localiza-se no Sudoeste