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Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5 - Safra 2011/2012 Diretoria de Política Agrícola e Informações Superintendência de Informações do Agronegócio Brasília, 2013 ISSN 2318-3772

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

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Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil

Volume 5 - Safra 2011/2012

Diretoria de Política Agrícola e InformaçõesSuperintendência de Informações do Agronegócio

Brasília, 2013

ISSN 2318-3772

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Presidenta da RepublicaDilma Roussef

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Antônio Andrade

Presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)Rubens Rodrigues dos Santos

Diretoria de Política Agrícola e Informações (Dipai)Sílvio Isopo Porto

Superintendência de Informações do Agronegócio (Suinf)Aroldo Antônio de Oliveira Neto

Gerência de Levantamento e Avaliação de Safras (Geasa)Fracisco Olavo Batista de Sousa

Equipe Técnica da Geasa:Bernardo Nogueira SchlemperBrunno Augusto Cardoso CostaCleverton Tiago Carneiro de SantanaEledon Pereira de OliveiraJosé Cavalcante de NegreirosJuarez Batista de OliveiraMaria Beatriz Araújo de AlmeidaRoberto Alves de Andrade

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Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil

Volume 5 - Safra 2011/2012

Diretoria de Política Agrícola e InformaçõesSuperintendência de Informações do Agronegócio

Responsáveis técnicos: Ângelo Bressan Filho e Roberto Alves de Andrade

ISSN 2318-3772Perf. setor açúcar álcool Brasil,

Brasília, v.5, p. 1-88, 2013

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Copyright © 2013 – Companhia Nacional de Abastecimento - ConabQualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.Disponível também em: <http://www.conab.gov.br>ISSN: 2318-3772Tiragem: 1.000Impresso no Brasil

Responsáveis Técnicos: Ângelo Bressan Filho e Roberto Alves de AndradeEntrevistadores: AL - Genival Batista de Barros, Paulo Duarte de Oliveira, Alberthson Rodrigues HoulyAM - Daysilene Mello, Luciano GomesBA - Telma Ferreira da Silva, Jair Ilson dos Reis FerreiraCE - Davi Azim FilhoES - Kerley Mesquita de SouzaGO - Gerson Menezes de Magalhães, Fernando Wilson Ferrante, João Gomes da Silva, Sandra Silvestre PereiraMA - Humberto Menezes Souza Filho, Luiz Gonzaga Costa FilhoMG - Márcio Carlos Magno, Nestor Amâncio Júnior, Roberto A. de Andrade, Túlio Marcos de Vasconcellos, Warlen C. H. Maldonado, Carlos R. Bestteti, Pedro Pinheiro Soares.MS - Adirson Moreno Peixoto, Antônio Benedito Dotta, Fernando Zeferino, Lucas Fernández de SouzaMT - Ivando Luiz Araújo, Sizenando Miralla SantosPA - Alexandre Cidon, Rogério NevesPB - Ernandes Moreira FonsecaPR - Rosimeire Lauretto, Simone Gugelmim, Luiz Carlos VissociPI - Francisco Honorato de SouzaPE - Clóvis Afonso Ferreira Filho, José Martins Souza, Francisco Dantas de Almeida Filho RJ - Olavo GodoyRN - Manuel Edelson de OliveiraRO - João Adolfo KasperRS - Jaira Zanuzo TestaSE - Fausto Carvalho Gomes de AlmeidaSP - Alfredo Coli, Antônio Carlos Costa Farias, Celmo José Monteiro, Cláudio Lobo de Ávila, José Cavalcante de Negreiros, Marizete BelloliTO - Jorge Antônio de Freitas CarvalhoEditoração:Superintendência de Marketing e Comunicação – Sumac / Gerência de Eventos e Promoção Institucional - GepinDiagramação: Gustavo Felipe, Marília Yamashita e Núbia de CastroFotos:Arquivo Geosafras/Conab, Clauduardo Abade, Maurício Pinheiro, Roberto Andrade

Normalização: Adelina Maria Rodrigues – CRB-1/1739, Thelma das Graças Fernandes Sousa CRB-1/1843

Catalogação na publicação: Equipe da Biblioteca Josué de Castro

631.165(81)(05)C737p Companhia Nacional de Abastecimento. Perfil do setor do açúcar e do álcool no Brasil /responsáveis técnicos Ângelo Bressan Filho e Roberto Alves de Andrade. – v. 1(2008- ) – Brasília : Conab, 2008- v.

Disponível em: http://www.conab.gov.br

Anual

ISSN: 2318-3772

1. Cana-de-açúcar. 2. Etanol. 3. Agronegócio. I. Título.

Distribuição:Companhia Nacional de Abastecimento Gerência de Levantamento e Avaliação de Safras - Geasa/SuinfSGAS Quadra 901 Bloco A Lote 69, Ed. Conab - 70390-010 – Brasília – DF(61) 3312-6230http://www.conab.gov.br / [email protected]

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Lista de tabelas e gráficos

Tabela 1 - Dados da produção de cana, ATR, açúcar e álcool ........................................................................Quadro 1 - Índice de rendimento de açúcar e álcool por unidade de ATR ................................................Quadro 2 - Rendimento de açúcar e alcoól por tonelada de cana-de-açúcar nas grandes regiões do Brasil ....................................................................................................................................................................Tabela 2 - Período médio de funcionamento das unidades de produção na safra 2011/12 .................Gráfico 01 - Distribuição das unidades de moagem de cana-de-açúcar - Brasil 2011-12 ......................Tabela 3 - Volume de cana colhida de todos os cortes ..................................................................................Tabela 4 - Percentual do volume da cana colhida de acordo com a idade de corte ..............................Tabela 4.1 - Cana moída na safra 2011/2012 por região geográfica ...........................................................Tabela 5 - Indicadores da capacidade efetiva de moagem e dimensão das unidades de produção . Gráfico 02 - Distribuição do volume de cana moída - Brasil e regiões - 2011/12 ...................................Gráfico 03 - Distribuiçãopercentual do volume de produção por região ...............................................Tabela 6 - Cana processada por classe de unidade de produção ...............................................................Tabela 7 - Cana processada por classe de unidade de produção em porcentagem ..............................Tabela 7.1 - Distribuição percentual do volume de produção de acordo com a quantidade moída de moagem de cana-de-açúcar - 2011/12 ...............................................................................................................Tabela 7.2 - Distribuição percentual das unidades processadora de acordo com a quantidade moída.Gráfico 04 - Distribuição das unidades de moagem de cana-de-açúcar por tamanho .......................Tabela 8 - Classificação acumulada das unidades de produção por tamanho .......................................Tabela 9 - Classificação acumulada das unidades de produção por tamanho em percentual ..........Tabela 9.1 - Classificação por região das classes das unidades de produção em quantidade ............Tabela 9.2 - Classificação por região das classes das unidades de produção em porcentagem ........Tabela 10 - Procedência da cana processada na safra 2011/12 ....................................................................Tabela 11 - Área de 1º corte colhida na safra (hectares) .................................................................................Tabela 12 - Participação das variedades de cana no total de área colhida ..............................................Tabela 13 - Área de cana de todos os cortes colhida ......................................................................................Tabela 14 - Participação em percentagem da área de cana colhida de acordo com a idade de corte .Tabela 15 - Produtividade física da cana de 1º corte colhida ........................................................................Tabela 15.1 - Produção física de cana 1º corte colhida ....................................................................................Tabela 16 - Produtividade física de cana-de-açúcar de todos os cortes e colhida na safra ..................Quadro 3 - Cana de ano e meio (cana de 18 meses) .......................................................................................Quadro 4 -Cana de ano (cana de 12 meses) .....................................................................................................Tabela 17 - Distribuição em percentual dos volumes mensais plantados no período da safra 2011/12 .Tabela 18 - Área declarada de novos plantios de cana-de-açúcar ..............................................................Tabela 19 - Distribuição dos totais mensais plantados no período da safra 2011/12 .............................Gráfico 05 - Distribuição do plantio em hectares ..........................................................................................Tabela 20 - Distribuição percentual dos volumes mensais colhidos no período da safra ...................Tabela 21 - Distribuição dos volumes mensais colhidos no período da safra ..........................................Gráfico 06 - Volumes mensais colhidos no período da safra 2011/12 - Região Centro-Sul ..................Gráfico 07 - Volumes mensais colhidos no período da safra 2011/12 - Região Nordeste ......................Tabela 22 - Procedência das áreas colhidas de acordo com domínio .......................................................Tabela 23 - Área média de corte de acordo com a procedência da cana .................................................Tabela 24 - Participação da colheita mecânica e manual no total da área colhida ...............................Tabela 25 - Colhedeiras em uso na safra 2011/12 ............................................................................................Tabela 26 - Estimativas do número de cortadores em atividade na safra 2011/12 ................................Tabela 27 - Áreas dos canteiros de produção de mudas ...............................................................................Tabela 28 - Área de expansão da lavoura de cana com os produtos substituídos ................................Tabela 29 - Participação em percentual das lavouras substituídas pela cana de açúcar .....................Gráfico 08 - Participação das áreas substituídas na expansão da cana-de-açúcar ...............................Tabela 30 - Área de canaviais destinados à atividade sucroalcooleira e que não foi colhida .............

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Tabela 31 - Área total ocupada com canaviais destinados à atividade sucroalcooleira .........................Tabela 32 - Volume da cana processada e destinada à fabricação de açúcar e álcool etílico ..............Tabela 33 - Rendimento de açúcar e álcool etílico por tonelada de cana .................................................Tabela 34 - Rendimento de açúcar e álcool etílico por hectare de cana colhida .....................................Tabela 35 - Capacidade nominal declarada de moagem de cana-de-açúcar ...........................................Tabela 36 - Capacidade nominal declarada de produção total de açúcar..................................................Tabela 37 - Capacidade nominal declarada de produção álcool etílico anidro ........................................Tabela 38 - Capacidade nominal declarada de produção álcool etílico hidratado .................................Tabela 39 - Capacidade nominal declarada de produção total de álcool etílico .....................................Tabela 40 - Percentual da capacidade nominal declarada de produção utilizada .................................Tabela 41 - Distância média percorrida pela cana do ponto de colheita até a indústria ......................Tabela 42 - Idade média de corte dos canaviais ..............................................................................................Tabela 43 - Capacidade estática de armazenagem de álcool etílico ..........................................................Gráfico 09 - Distribuição da capacidade declarada de armazenagem de álcool etílico ........................Tabela 44 - Estimativa de produção de bagaço de cana-de-açúcar ............................................................

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Sumário

Apresentação ...........................................................................................................................................................

Introdução ...............................................................................................................................................................

1 - Perfil dos aspectos ligados à fase industrial ...............................................................................................1.1 - Produção física de açúcar total recuperável (ATR), açúcar e álcool por estado ...................................1.2 - Indicadores da capacidade efetiva de moagem das unidades de produção ......................................1.3 - Perfil das unidades de produção de acordo com o volume da cana moída ........................................1.4 - Perfil das unidades de produção de acordo com o tipo ..............................................................................1.5 - Procedência da cana-de-açúcar colhida por estado e região ....................................................................

2- Perfil dos aspectos ligados à fase agrícola ..................................................................................................2.1 - Perfil da área colhida na safra 2011/2012, por estado e região, de acordo com a idade do cana-vial ...............................................................................................................................................................................................2.2 - Produtividade física do canavial por estado e região de acordo com a idade de corte .................2.3 - Calendário de plantio por estado .........................................................................................................................2.4 - Calendário de colheita por estado .......................................................................................................................2.5 - Área de colheita da cana-de-açúcar nas unidades de produção e dos fornecedores .....................2.6 - Sistema de colheita utilizado por estado .........................................................................................................2.7 - Área de cultivo de mudas por estado .................................................................................................................2.8 - Áreas ocupadas na safra 2011/2012 com expansão das lavouras de cana-de-açúcar ....................2.9 - Estimativa da área total ocupada com cana-de-açúcar por estado e região ...................................

3 - Indicadores das características gerais da safra 2011/12 ..........................................................................3.1 - Rendimento médio por unidade de produto e de área por estado e região .......................................3.2 - Capacidade nominal de moagem de cana e produção de açúcar e álcool das unidades de pro-dução .........................................................................................................................................................................................3.3 - Distância média dos canaviais até a unidade de produção por estado e região .............................3.4 - Idade média dos canaviais por estado e região .............................................................................................3.5 - Capacidade de armazenamento de álcool por estado e região ...............................................................3.6 - Estimativa de produção de bagaço de cana-de-açúcar na safra 2011/12 .............................................

Fontes Bibliográficas .............................................................................................................................................

Anexos .......................................................................................................................................................................

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Apresentação

No período colonial, o setor canavieiro foi o mais importante no processo de ocupação agrícola. Entre os séculos XVI e XIX, o açúcar era produzido, principalmente, na Região Nordeste, por uma indústria caracterizada pelo grande atraso tecnológico e a utilização de mão de obra escrava.

Somente após 1870, com o início do pro-cesso abolicionista e o favorecimento das ex-portações com uma política cambial favorável, é que os senhores de engenho se viram for-çados a modernizar o setor. A grande mudança ocorreu na separação da atividade de cultivo da cana-de-açúcar do processo industrial, ini-ciando a fase de especialização de cada uma das etapas do sistema de produção. E, a partir de 1890, surgiram os engenhos centrais - um complexo canavieiro correspondente às atuais usinas.

Dentro deste contexto, é com satisfação que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) novamente traz a público o estudo “Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil”, realizado pela Companhia, no âmbito do acordo de cooperação que esta empresa mantém com a Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O presente documento traz as mesmas preocupações dos estudos anteriores e um grande conjunto de informações sobre a safra agrícola canavieira da temporada 2011/12 e a ca-racterização do setor sucroenergético em vários

aspectos ligados à fase industrial, agrícola e do próprio sistema de produção.

Este esforço conjunto, Conab/Mapa, tem o propósito fundamental de instrumentalizar o governo federal na tarefa de gerir as políticas públicas voltadas para o setor sucroalcooleiro e auxiliar todos os segmentos interessados na matéria, a formar um quadro abrangente de como está organizado e como funciona este importante setor do agronegócio brasileiro.

Elaborado a partir dos dados coletados por técnicos da Conab em visitas às unidades de produção, para o acompanhamento do com-portamento da safra, este estudo é o quinto de uma série, iniciada com a safra 2007/08.

A qualidade das informações publicadas é de alto nível, e isto se deve em grande parte à boa recepção e a deferência que a equipe de técnicos da Conab tem recebido por parte dos dirigentes das unidades de produção visitadas e da própria credibilidade que a empresa con-quistou na realização desse tipo de tarefa.

Existe também, atualmente, uma clara consciência da importância estratégica, econô-mica e de liderança que o setor sucroalcooleiro tem para o Brasil e para o mundo e da necessi-dade de ser mantida uma parceria permanente entre o setor público e o setor privado na con-dução deste assunto.

Portanto, é confortável afirmar que o nú-mero de unidades que se recusaram a cooperar

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com os técnicos foi insignificante e insuficiente para afetar a qualidade dos resultados finais. A equipe contou com 47 entrevistadores que co-letaram informações de todas as unidades em 23 estados. Deste total de unidades industriais, algumas estão desativadas ou paralisadas por diversos motivos e outras ainda estão em cons-trução. Portanto, deste total, nem todas es-tavam em atividade na safra 2011/12.

Este esforço foi transformado em um documento que consolida um farto conjunto de informações sobre este setor. Alguns resul-tados são conhecidos e podem ser encontrados em outras fontes, porém vários outros são ino-vadores. Ressalta-se que o grande mérito do estudo é juntar esta grande quantidade de in-formações no mesmo documento e difundí-las para o público interessado. Os dados estão dis-ponibilizados também no site www.conab.gov.br (produtos e serviços - publicações – outras publicações).

É mencionado ainda que esta publicação cumpre um papel subjacente muito impor-tante: revelar a todos os interessados, inclusive de outros países, que a liderança brasileira in-ternacional na produção de cana-de-açúcar e na fabricação e comercialização de açúcar e de álcool etílico é decorrente da vocação natural brasileira nesta área, da imensa tradição acu-mulada em muitos anos desta atividade e na capacidade de organização dos agentes econô-micos, industriais, comerciantes, agricultores e trabalhadores.

Por fim, é feito um agradecimento a todos os que colaboraram para a realização deste trabalho e a Conab coloca-se aberta às sugestões e críticas que ajudem a melhorar e ampliar o escopo dessa pesquisa. O nosso com-promisso com a confidencialidade dos dados e informações fornecidas e o respeito com as fontes de informação serão rigorosamente mantidas.

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Introdução

A NATUREZA DESTE ESTUDO

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) firmaram em 2005 um ajuste de cooperação e um plano de tra-balho para a promoção do acompanhamento sistemático do comportamento das safras agrí-colas da cana-de-açúcar no Brasil.

O propósito desse ajuste foi iniciar um trabalho conjunto de recuperação da longa tra-dição que marca a história do setor do açúcar e do álcool, de ser uma das atividades agroindus-triais mais estruturadas do agronegócio brasi-leiro e colocar em disponibilidade grande acervo de informações sobre seu funcionamento.

O rompimento dos fluxos de informa-ções está vinculado à extinção do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) em 1990, Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990 , e de todo o amplo pro-cesso de redução da intervenção do poder pú-blico na esfera privada que se seguiu desde então. A tentativa de reatar esta tradição tem também um novo sentido.

Desde o início dos anos 90, o Brasil tem aumentado sistematicamente suas exporta-ções de açúcar e, de uma participação pouco expressiva neste mercado, passou a representar uma parcela acima de 43,0% nesse comércio nos últimos anos e com tendência de ampliar este índice. Este surpreendente e contínuo cres-cimento está associado ao processo de redução das políticas públicas para o setor que se se-

guiu ao fim do IAA. Isso significou a completa liberação dos mercados da cana, do açúcar e do álcool e a transferência das decisões sobre a produção e o comércio destes produtos para a iniciativa privada, e com o enorme potencial competitivo que este setor dispunha em es-tado latente e estava represado pelo modelo econômico.

Este novo perfil transformou o Brasil no líder inconteste neste mercado, e colocou sob sua responsabilidade a tarefa de manter um comportamento comercial previsível de modo a prevenir crises de oferta, variações de-sordenadas no comportamento dos preços e uma eventual desorganização da produção. Este estudo, cujo escopo é organizar todos os dados estatísticos coletados, faz parte da pos-tura brasileira de ser um parceiro confiável e responsável.

METOLOGIA DE ELABORAÇÃO DO ESTUDO E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

O presente estudo foi elaborado exclu-sivamente com as informações recolhidas em entrevistas com funcionários escalados pela ad-ministração superior das unidades de produção. Não houve qualquer cruzamento de informa-ções ou alteração dos dados coletados. O único cuidado atentado foi fazer uma revisão geral nos números com o propósito de harmonizar os eventuais erros nas unidades de medida no pre-enchimento do questionário e também eliminar as raras informações que, por qualquer motivo,

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não se enquadravam nos padrões conhecidos. O resultado deste trabalho é o produto direto da competência e bom senso do informante nas indústrias e da acuidade do técnico da Conab no preenchimento do questionário.

Esta forma de coletar informações pode transmitir a impressão de que os resultados são muito frágeis e sujeitos a distorções esta-tísticas. Entretanto, se o trabalho é feito com seriedade e profissionalismo, esta preocupação não se sustenta. Neste sentido, o principal argu-mento para ter os resultados divulgados como bastante verossímeis está na sua consistência com o senso comum de quem atua nesse ramo de atividade e nas publicações de dados seme-lhantes em outras fontes, além de outros fatores que permitem assegurar sua credibilidade.

O primeiro ponto a ser mencionado está no grande número de unidades visitadas e no enorme conjunto de dados coletados. Todas as unidades envolvidas na atividade su-croalcooleira foram visitadas ou contatadas. Estatisticamente, pequenos erros eventuais, desde que não sistemáticos, são diluídos na massa dos dados e não têm como alterar, de forma significativa, os resultados apurados.

O segundo ponto a assegurar a qua-lidade das informações está no nível de orga-nização desse setor, cuja regra geral é ter um alto padrão administrativo no funcionamento das unidades, controle efetivo dos parâme-tros de seu funcionamento e na designação de membros de seu quadro de gerentes e técnicos habilitados a responder com proficiência às perguntas.

Finalmente, não podemos ignorar o papel dos entrevistadores, que além do elevado padrão profissional, acumulam grande experi-ência em tarefas desta natureza. É necessário notar que a Conab formou uma larga tradição em pesquisa de levantamento de safras em um considerável conjunto de lavouras, em nível nacional.

No que se refere ao número de infor-mantes, a pesquisa foi programada para incluir todo o universo das unidades de produção de açúcar e álcool no país, lembrando sempre que nem todas estas estão em atividades, tendo sido identificado a existência de 402 unidades. O questionário de captação de dados foi dese-

nhado para coletar o máximo de informações do cotidiano agrícola e industrial dessas em-presas e permitir descrever um amplo perfil de funcionamento e das características operacio-nais das mesmas.

Na análise dos questionários (há um modelo em anexo no final deste trabalho) procurou-se identificar todas as peculiaridades locais e dispor os resultados por estado, gru-pados em duas grandes regiões geográficas, as Regiões Norte-Nordeste e a Centro-Sul (que in-clui a Região Centro-Oeste, a Sudeste e a Sul). Os dados estão apresentados de forma estatística, conforme foram coletados, e não foram objeto de qualquer tipo de tratamento analítico.

No Item 1 estão concentrados os resul-tados referentes ao comportamento industrial, ao volume da cana-de-açúcar processada, a ca-pacidade média efetiva de processamento in-dustrial e dados sobre o volume médio de mo-agem das unidades de produção, indicando o grau de concentração da produção nos estados e regiões.

No Item 2 estão dispostos os dados com o perfil da área de cultivo da cana-de-açúcar, a produtividade física medida em quilos por hec-tare, os calendários locais de plantio e colheita, a forma de realizar a colheita da cana-de-açúcar, se através de trabalho manual ou mecanizado, as áreas destinadas à formação de mudas e as áreas planejadas de expansão dos canaviais.

No Item 3 estão consolidadas todas as demais informações, com indicadores de como as indústrias operam em seu cotidiano. Nela, estão descritos os parâmetros de rendimento físico por tonelada de cana-de-açúcar moída e por unidades de área; a capacidade nominal de-clarada de moagem, produção de açúcar e álcool etílico, a parcela da cana-de-açúcar destinada a cada um dos produtos finais, a distância que separa a cana-de-açúcar do ponto de moagem, a distribuição da área do canavial por idade de corte e a capacidade estática de armazenagem.

Uma observação que se faz necessária é que apesar de se examinar o que ocorre no âmbito da produção sucroalcooleira, em alguns momentos é usada a palavra etanol, que tem sido popularizada como um novo combustível automotivo e está aos poucos, substituindo a antiga expressão ‘álcool combustível’. O que

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ocorre é que o tipo de álcool extraído da cana-de-açúcar é o álcool etílico e, do ponto de vista químico, álcool etílico (que é o popular e tradi-cional álcool, quer seja de uso combustível ou outro uso, inclusive doméstico) e etanol são sinônimos.

COMENTÁRIO SOBRE O SETOR SUCROALCOOLEIRO NO BRASIL

Quando observada a indústria açuca-reira no mundo, constata-se que essa indús-tria, no Brasil, tem características próprias que a diferencia de suas congêneres em outros países, especialmente nos três pontos adiante indicados.

O primeiro ponto relevante está em que a maior parte das indústrias produz uma pro-porção bastante alta da cana-de-açúcar que processa. Esse indicador está mostrado na ta-bela 10 deste estudo, cujos resultados indicam que tão somente pouco mais de um terço (36%) da matéria-prima processada é adquirida de terceiros. O padrão internacional, ao contrário, mantém a atividade agrícola da produção de cana-de-açúcar separada da produção indus-trial. Esse modelo de organização está asso-ciado à enorme dimensão territorial do país, à grande disponibilidade de terras férteis e aptas para o cultivo da cana-de-açúcar e a tradição agrária do país. Todavia, este estudo não é o espaço adequado de discussão das vantagens e desvantagens desse modo de organizar a produção.

O segundo ponto relevante está na tra-dicional diversidade dos produtos comerciais que são fabricados a partir do caldo da cana-de-açúcar e dos resíduos líquidos e sólidos da moagem. Destacam-se nesta lista de produtos, além do açúcar e do álcool etílico, a cachaça e a rapadura, produtos extraídos do caldo e pro-duzidos em pequenas fábricas especializadas nesta atividade e a cogeração de energia elé-trica gerada com a queima do bagaço. No que diz respeito ao açúcar e ao álcool etílico, a maior parte de sua produção é oriunda de indús-trias equipadas para a fabricação de ambos os produtos.

Esta característica se estabeleceu a

partir da década de 1970 como decorrência das políticas macroeconômicas da época, que pos-sibilitaram a criação de programas inovadores e independentes de produção e uso mandatório de álcool etílico como combustível automotivo. Tais programas criaram um grande mercado in-terno para esse produto e permitiu que o Brasil desenvolvesse um modelo de indústria mista, capaz de destinar parte do caldo da cana-de-açúcar para a produção de açúcar e parte para a fabricação de álcool etílico, sem similar em ou-tros países produtores de cana-de-açúcar.

O desenvolvimento de novas tecnolo-gias de motorização automobilística permitiu introduzir no mercado brasileiro, em 2003, um novo tipo de veículo (flex-fuel) capaz de utilizar como combustível a gasolina, o álcool etílico, ou a mistura de ambos em qualquer proporção. Como o álcool etílico combustível produzido no Brasil apresentou inicialmente preços mais atraentes que a gasolina, este novo veículo tornou-se um sucesso comercial, e tornou-se o modelo dominante na frota nacional de ve-ículos leves. Com isso, o volume anual de con-sumo de combustível é bastante elevado.

Por questões de eficiência tecnológica de cada combustível, o álcool etílico é competi-tivo com a gasolina, em resumo, até 70% de seu preço e portanto, a decisão de consumo, salve pequenas exceções, estão limitados aos preços da gasolina. Consequentemente, a expansão e a consolidação deste setor está atrelada aos níveis de preços dos combustíveis do petróleo, além de ameaças de outras tecnologias inova-doras como os carros elétricos que estão come-çando a ser mais amplamente utilizados em escala comercial.

O terceiro ponto de destaque na organi-zação desse setor está na distribuição espacial das unidades de produção dentro do território nacional. A posição geográfica brasileira no globo terrestre possibilita a produção de cana-de-açúcar e seus derivados, num amplo espaço geográfico. A disposição de uma grande porção territorial no sentido Norte-Sul, concede ao país uma grande diversidade de microclimas que possibilita a produção em escala econômica da maior parte das lavouras comerciais em uso no mundo.

No caso da cana-de-açúcar, suas exi-gências agronômicas e climáticas facultam

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seu cultivo, com alto rendimento em sacarose, numa larga faixa geográfica e permite o funcio-namento de unidades de produção de açúcar e álcool que se estendem desde o paralelo 5 de latitude sul, no estado do Rio Grande do Norte, até o paralelo 23 de latitude sul, no estado do Paraná, e representam uma distância em linha reta de quase 3.000 quilômetros.

Esta possibilidade de produzir em muitas regiões do país, em diferentes períodos de tempo, facilita a manutenção de uma logís-tica de distribuição de álcool combustível com baixo custo de movimentação do produto, e

provém, sem maiores dificuldades, o abasteci-mento de todos os centros populosos que con-centram a maior parte da frota nacional de veí-culos leves.

Como consequência dessa distribuição das unidades produtivas e a combinação esta-dual dos períodos de colheita da cana-de-açúcar, o país mantém com diferentes intensidades, a produção de açúcar e álcool por praticamente todos os meses do ano, (conforme descrito nas Tabelas 20 e 21).

1 - Perfil dos aspectos ligados à fase industrial

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1 - Perfil dos aspectos ligados à fase industrial

Nesta parte do estudo está contem-plada a parte das informações catalogadas no questionário de captação de dados que tratam das características de funcionamento indus-trial das unidades de produção visitadas em todos os estados que desenvolvem esta ativi-dade. Estas informações, subpartidas em cinco temas, incluem: a) o volume da moagem da cana-de-açúcar e fabricação dos dois princi-pais produtos dessa atividade (açúcar e álcool etílico). b) Indicadores da moagem e produção efetiva das unidades de produção. c) perfil das unidades de produção de acordo com o volume de cana-de-açúcar moída. d) perfil das unidades de produção de acordo com o tipo de produção. e) perfil das unidades quanto à procedência da cana-de-açúcar colhida.

Estão inclusas também, informações sobre a importância relativa das unidades de produção de acordo com seu tamanho e vo-lume de cana-de-açúcar processada e, ainda, a proporção das unidades que são especializadas na fabricação de um único produto, açúcar ou álcool etílico, e aquelas que se dedicam à fabri-cação de ambos.

No tocante aos aspectos regionais, estão incluídas algumas informações sobre as regiões geográficas convencionais (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) e também as duas macrorregiões denominadas como Centro-Sul e Norte-Nordeste.

O ponto importante a ser notado está na grande quantidade de unidades de pro-

dução e na grande variação da capacidade de moagem da cana-de-açúcar e fabricação dos produtos finais nestas unidades em todos os estados. As maiores unidades representam apenas uma minúscula fração do total da cana-de-açúcar processada. Isto significa dizer que existe um limite físico natural que impede o gigantismo das unidades e o crescimento ili-mitado de sua capacidade de produção. Este limite está associado à disponibilidade de cana-de-açúcar na periferia da unidade, dentro de um raio onde a distância em quilômetros para o transporte da cana-de-açúcar (Quadro 41) não onere demasiadamente o custo dessa matéria-prima. Obviamente, em regiões onde existem unidades concorrentes menos distantes, que têm como oferecer preços mais elevados para a cana-de-açúcar, elas exercem uma inevitável atração sobre os produtores independentes das proximidades, dificultando ainda mais a ob-tenção do produto.

1.1 - PRODUÇÃO FÍSICA DE AÇÚCAR TOTAL RECUPERÁVEL (ATR), AÇÚCAR E ÁLCOOL POR ESTADO

Apresentamos neste item, os dados que se referem diretamente ao total da cana-de-açúcar moída e dos volumes de açúcar e álcool etílico fabricados, além do ATR (açúcar total recuperável). Na Tabela 01 estão consolidados os dados da moagem e produção industrial

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Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

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para todos os estados onde esta atividade está instalada, na safra 2011/12. Além desses dados constam também a produção total e o rendi-mento industrial médio do caldo da cana-de-açúcar medido em ATR e os produtos totais (açúcar e álcool etílico) produzidos .

O ATR é um importante índice que, além de variar enormemente entre estados e regiões, está também sujeito a variações de uma safra para outra, devido ao comportamento das con-dições climáticas sobre o desenvolvimento das lavouras de cana-de-açúcar, bem como do pró-prio processo de condução e colheita destas lavouras por cada unidade industrial. O ATR in-

dica a quantidade de produto final, açúcar ou álcool, que pode ser produzido com uma tone-lada da cana-de-açúcar.

O ATR, que representa a quantidade útil de sacarose no caldo da cana-de-açúcar, é a matéria-prima básica do processo de fabricação dos produtos finais. Tecnicamente, existe uma relação constante entre a quantidade de ATR e o produto final. Atualmente, no Brasil, consi-derando o padrão tecnológico em uso para o tratamento e purificação do caldo e as perdas que ocorrem no processo industrial, as relações convencionais entre quantidade de ATR e uma unidade do produto final são as seguintes:

Produto final Unidade de produção Quantidade de ATRAçúcar 1 kg 1,0495 kg

Álcool etílico anidro 1 litro 1,7651 kgÁlcool etílico hidratado 1 litro 1,6913 kg

Produto Região Centro-Sul Região Norte-NordesteAçúcar (1 kg) 7,4 kg de cana-de-açúcar 7,8 kg de cana-de-açúcar

Álcool etílico anidro (1 litro) 12,5 kg de cana-de-açúcar 13,0 kg de cana-de-açúcarÁlcool etílico hidratado (1 litro) 12,0 kg de cana-de-açúcar 12,5 kg de cana-de-açúcar

Com base nestes dados é possível cal-cular, nas duas regiões em destaque no estudo,

a quantidade de cana-de-açúcar necessária para produzir 1kg de açúcar ou 1 litro de álcool:

Obviamente, este rendimento industrial é um importante componente para o cálculo do custo de produção unitário dos produtos fi-nais. Assim, uma vez que o rendimento em ATR está basicamente associado aos fatores climá-ticos, a maior ou menor vocação regional para a lavoura de cana-de-açúcar está automatica-

mente determinada e não pode ser modificada, ou seja, regiões de clima temperado ou com excesso de umidade não são preferenciais para esta lavoura, pois não permitem uma alta con-centração de ATR no caldo da cana-de-açúcar. A tabela abaixo consolida todas as informações mencionadas.

Estado/ região

Dados da produção de cana, ATR, açúcar e etanol

Cana moída (t)

Total ATR (t)

ATR (médio) (kg/t cana)

Produção de açúcar (t)

Produção de álcool etílico anidro (m3)

Produção de álcool etílico

hidratado (m3)

Produção total de álcool etílico

(m3)SP 305.636.316 42.195.899 138,06 21.112.970 4.772.987 6.866.338 11.639.325 PR 40.519.301 5.560.770 137,24 3.008.029 365.888 1.039.446 1.405.334

MG 50.241.798 7.007.840 139,48 3.238.313 739.945 1.361.765 2.101.710 MS 33.859.650 4.457.669 131,65 1.587.746 425.824 1.206.000 1.631.824 GO 45.220.066 6.417.604 141,92 1.752.443 724.594 1.950.827 2.675.421 MT 13.153.709 1.869.020 142,09 398.191 329.533 514.078 843.611 RJ 2.207.855 273.279 123,78 129.666 - 81.118 81.118 RS 95.125 11.120 116,90 - - 6.575 6.575 ES 4.003.836 497.715 124,31 122.235 137.811 74.605 212.416

Total da Região Centro-Sul 494.937.656 68.290.917 137,98 31.349.593 7.496.582 13.100.752 20.597.334

Tabela 1 - Dados da produção de cana, ATR, açúcar e etanol - 2011/12

Quadro 1 - Índice de rendimento de açúcar e álcool por unidade de ATR

Quadro 2 - Rendimento de açúcar e alcoól por tonelada de cana-de-açúcar nas grandes regiões do Brasil

Fonte: Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)/Superintendência de Informações do Agronegócio (Suinf)/Gerência de Levantamento e Avaliação de Safras (Geasa)

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

(continua)

Page 17: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

17

Estado/ região

Dados da produção de cana, ATR, açúcar e etanol

Cana moída (t)

Total ATR (t)

ATR (médio) (kg/t cana)

Produção de açúcar (t)

Produção de álcool etílico anidro (m3)

Produção de álcool etílico

hidratado (m3)

Produção total de álcool etílico

(m3)AL 27.705.442 3.627.949 130,95 2.348.141 348.081 324.707 672.788 PE 17.642.236 2.173.507 123,20 1.481.510 187.571 170.035 357.606 PB 6.723.102 898.980 133,72 269.950 149.655 207.835 357.490 RN 2.973.301 393.652 132,40 200.743 57.552 48.121 105.673 BA 2.557.325 334.530 130,81 124.035 66.694 51.223 117.917 MA 2.265.572 320.453 141,44 9.383 147.699 29.505 177.204 PI 991.946 129.054 130,10 60.068 35.587 1.891 37.478 SE 2.548.110 328.545 128,94 96.077 39.585 93.325 132.910 CE 119.896 14.193 118,38 - - 8.392 8.392 AM 286.969 27.128 94,53 15.483 - 6.432 6.432 AC 52.622 4.534 86,17 - - 2.681 2.681 TO 1.366.152 193.785 141,85 - 77.353 33.849 111.202 RO 157.091 20.999 133,68 - - 12.416 12.416 PA 666.370 83.440 125,22 15.414 17.255 21.762 39.017

Total da Região Norte-Nordeste 66.056.134 8.550.748 129,45 4.620.804 1.127.032 1.012.174 2.139.206

Brasil 560.993.790 76.841.664 136,97 35.970.397 8.623.614 14.112.926 22.736.540

Tabela 2 - Período médio de funcionamento das unidades de produção - 2011/12

Devido à metodologia dos levanta-mentos da safra de cana-de-açúcar, cujo último levantamento ocorre no mês dezembro de cada ano-safra, e portanto ainda com possibilidade de alterações devido principalmente à safra das

Regiões Norte e Nordeste, para esta publicação foram adotados os números fechados da safra encerrada no mês de abril, de acordo com as apu-rações recebidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na Tabela 02 é mos-

Estado/região Número de unidades

Período médio de funcionamento das unidades de produção

Horas de moagem na safra por unidade

Dias corridos de atividade na safra

por unidade

Meses corridos de atividade na safra por

unidade

Tempo médio diário de moagem por unidade

(horas)SP 169 4.298 201 6,70 21,38PR 29 4.144 229 7,63 18,10

MG 45 4.162 186 6,20 22,38MS 21 4.108 222 7,40 18,50GO 34 3.783 183 6,10 20,67MT 9 3.991 173 5,77 23,07RJ 4 3.606 174 5,80 20,72RS 1 4.306 135 4,50 17,08ES 6 3.797 208 6,93 18,25

Região Centro-Sul 318 4.170 200 6,66 20,88

AL 24 3.891 185 6,17 21,03PE 22 3.803 175 5,83 21,73PB 9 4.190 195 6,50 21,49RN 4 3.277 145 4,83 22,60BA 6 3.503 172 5,73 20,37MA 4 3.362 145 4,83 23,19PI 1 3.304 170 5,67 19,44

Fonte: Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)/Superintendência de Informações do Agronegócio (Suinf)/Gerência de Levantamento e Avaliação de Safras (Geasa)

(continua)

Page 18: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

18

Estado/região Número de unidades

Período médio de funcionamento das unidades de produção

Horas de moagem na safra por unidade

Dias corridos de atividade na safra

por unidade

Meses corridos de atividade na safra por

unidade

Tempo médio diário de moagem por unidade

(horas)SE 6 3.488 168 5,60 20,76CE 3 1.080 103 3,43 10,49AM 1 1.946 120 4,00 16,22AC 1 700 48 1,60 14,58TO 1 4.384 198 6,60 22,14RO 1 2.688 140 4,67 19,20PA 1 3.270 160 5,33 20,44

Região Norte-Nordeste 84 3.605 171 5,71 21,04

Brasil 402 4.052 194 6,46 20,91

trada a distribuição das unidades industriais de moagem de cana-de-açúcar do setor sucroalco-oleiro nos estados da federação sem qualquer caracterização, o que será feito mais adiante.

Observa-se a concentração das unidades locali-zadas na Região Centro-Sul, com quase 80% do total, como pode ser observado no Gráfico 01.

Ressalta-se também que este total de indústrias contempla algumas unidades pa-ralisadas ou desativadas e outras em processo avançado de implantação.

Está incluído no questionário de levan-tamento o item que se refere ao período de funcionamento da unidade no período ativo da moagem, e que se desdobra em duas diferentes informações: horas efetivas de funcionamento das moendas e os dias corridos desde o mo-

mento inicial das operações, até o dia em que cessa o processamento da cana-de-açúcar. Os resultados por estado e por região, apurados a partir das informações declaradas pelos entre-vistados, são apresentados também na Tabela 02.

Com estes resultados é possível ob-servar um importante índice, que é o percen-tual de aproveitamento industrial do tempo de moagem em cada estado.

Mistas

Destilarias

Usinas

4180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

37

128

8

21

SP PR MG MS GO MT RJ ES AL PE PB RN BA MA SE CE

3

20

228

13

19

15 1 2 247

42

18 1575

531

2 2 2 2 314 434

4

Gráfico 1 - Distribuição das unidades de moagem de cana-de-açúcar - Brasil 2011/12

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Page 19: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

19

Outra informação que pode-se observar é a média das unidades produtivas de cada estado em meses de safra durante o ano por estado.

Foram apurados também nesta parte do trabalho os dados com relação ao volume da moagem da cana-de-açúcar de acordo com o ciclo de produção dos canaviais, por estado e por região. Ou seja, a idade do canavial colhido estabelecido pelo número de cortes.

A cultura da cana-de-açúcar, uma vez implantada, é colhida por vários anos até seu

rendimento não estar mais economicamente viável, quando então se faz o que se chama de reforma do canavial, que consiste no plantio de novas gemas ou toletes. Esse processo de cultivo gera uma divisão em classes de idade nas áreas exploradas com cana-de-açúcar. Essa divisão é relativamente importante, porque a produti-vidade de cada classe de idade é decrescente, como observa-se nas Tabelas 15 e 16, que serão discutidas mais adiante. Estes dados em tone-ladas e em participação percentual apurados em todas as unidades estão apresentados nas duas tabelas seguintes.

Tabela 3 - Volume de cana colhida de acordo com a idade de cortes (em tonelada) - 2011/12

Estado/regiãoVolume de cana colhida de todos os cortes (em t)

Cana de 1º corte

Cana de 2º corte

Cana de 3º corte

Cana de 4ª corte

Cana de 5º corte

Cana de 6º corte e demais

São Paulo 43.899.995 42.175.658 54.580.822 55.615.792 36.723.991 72.640.057 Paraná 6.001.699 4.516.657 8.580.057 9.382.455 6.080.742 5.957.691

Minas Gerais 8.435.612 9.164.239 8.829.541 11.724.848 4.890.470 7.197.088 Mato Grosso do Sul 8.407.544 8.112.337 8.167.841 4.297.366 2.338.577 2.535.987

Goiás 8.497.443 9.630.090 9.104.136 9.009.922 4.850.747 4.127.728 Mato Grosso 3.128.802 2.193.512 1.802.546 2.073.753 1.900.114 2.054.981 Rio de Janeiro 59.619 31.715 164.648 196.326 196.765 1.558.782

Rio Grande do Sul 17.326 19.547 13.883 13.050 14.993 16.326 Espírito Santo 931.982 277.095 736.745 1.004.815 527.640 525.559

Total da Região Centro-Sul 79.380.022 76.120.851 91.980.220 93.318.326 57.524.039 96.614.197

Alagoas 3.440.547 3.024.922 2.325.837 3.077.884 3.073.335 12.762.916 Pernambuco 1.993.099 1.629.008 1.677.158 2.078.779 1.797.827 8.466.364

Paraíba 952.628 781.092 627.374 700.529 738.813 2.922.666 Rio Grande do Norte 403.147 324.942 520.485 589.383 571.058 564.286

Bahia 465.155 644.575 501.205 306.500 245.154 394.736 Maranhão 325.342 729.710 119.991 404.554 292.175 393.799

Piauí 219.916 178.573 172.051 253.809 132.080 35.517 Sergipe 731.365 627.388 554.099 389.609 212.922 32.727 Ceará 25.257 21.365 20.978 12.473 9.111 30.712

Amazonas 41.856 107.525 47.750 38.134 43.606 8.097 Acre - - - - - 52.622

Tocantins 713.413 529.242 73.118 18.877 31.503 - Rondônia 72.045 32.109 7.986 44.951 - -

Pará 109.736 111.327 111.327 111.327 111.327 111.327

Total da Região Norte-Nordeste 9.493.506 8.741.779 6.759.360 8.026.809 7.258.911 25.775.770

Brasil 88.873.527 84.862.630 98.739.580 101.345.135 64.782.950 122.389.967 Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Page 20: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

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Tabela 4 - Volume de cana colhida de acordo com a idade de cortes (em tonelada) - 2011/12

Tabela 4.1 - Cana moída na safra 2011/2012 por região geográfica

Estado/regiãoPercentual do volume de cana colhida

Cana de 1º corte

Cana de 2º corte

Cana de 3º corte

Cana de 4ª corte

Cana de 5º corte

Cana de 6º corte e demais

São Paulo 14,36 13,80 17,86 18,20 12,02 23,77 Paraná 14,81 11,15 21,18 23,16 15,01 14,70

Minas Gerais 16,79 18,24 17,57 23,34 9,73 14,32 Mato Grosso do Sul 24,83 23,96 24,12 12,69 6,91 7,49

Goiás 18,79 21,30 20,13 19,92 10,73 9,13 Mato Grosso 23,79 16,68 13,70 15,77 14,45 15,62 Rio de Janeiro 2,70 1,44 7,46 8,89 8,91 70,60

Rio Grande do Sul 18,21 20,55 14,59 13,72 15,76 17,16 Espírito Santo 23,28 6,92 18,40 25,10 13,18 13,13

Região Centro-Sul 16,04 15,38 18,58 18,85 11,62 19,52 Alagoas 12,42 10,92 8,39 11,11 11,09 46,07

Pernambuco 11,30 9,23 9,51 11,78 10,19 47,99 Paraíba 14,17 11,62 9,33 10,42 10,99 43,47

Rio Grande do Norte 13,56 10,93 17,51 19,82 19,21 18,98 Bahia 18,19 25,21 19,60 11,99 9,59 15,44

Maranhão 14,36 32,21 5,30 17,86 12,90 17,38 Piauí 22,17 18,00 17,34 25,59 13,32 3,58

Sergipe 28,70 24,62 21,75 15,29 8,36 1,28 Ceará 21,07 17,82 17,50 10,40 7,60 25,62

Amazonas 14,59 37,47 16,64 13,29 15,20 2,82 Acre - - - - - 100,00

Tocantins 52,22 38,74 5,35 1,38 2,31 - Rondônia 45,86 20,44 5,08 28,61 - -

Pará 16,47 16,71 16,71 16,71 16,71 16,71 Região Norte-Nordeste 14,37 13,23 10,23 12,15 10,99 39,02

Brasil 15,84 15,13 17,60 18,07 11,55 21,82

O total de moagem da cana-de-açúcar pode ser agrupado por regiões geográficas, que também indicam a participação regional no total da cana-de-açúcar processada e a forte predominância da Região Sudeste, principal-mente pela importância do estado de São Paulo

e pela inexpressiva parcela de produção da Região Norte, onde as condições geográficas e de mercado não oferecem atrativos para o cul-tivo dessa gramínea e a produção de açúcar e álcool etílico.

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Região Volume (toneladas) ParticipaçãoSudeste 362.089.805 64,55%

Centro-Oeste 92.233.425 16,44%Sul 40.614.426 7,24%

Nordeste 63.526.930 11,33%Norte 2.476.582 0,44%Brasil 560.941.168 100%

Page 21: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

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Tabela 5 - Volume de cana colhida de acordo com a idade de cortes (em tonelada) - 2011/12

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

1.2 - INDICADORES DA MOAGEM E PRODUÇÃO EFETIVA DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO

Esta parte do trabalho dedicou-se a mostrar um pouco do perfil do setor, fazendo algumas comparações e médias dos dados apu-rados. Neste item foi examinada a combinação

dos totais produzidos na safra com o período de funcionamento das unidades e que permite calcular o volume efetivo em termos médio de moagem por dia de atividade, por estado e por unidade. Na mesma tabela pode ser mos-trada também uma análise mais detalhada da dimensão das unidades de produção e da con-centração industrial. Os principais pontos anali-sados podem ser observados na tabela seguinte, consolidados pelas duas regiões escolhidas:

Estado/ região

Indicadores da capacidade efetiva de moagem e dimensão das unidades de produção

Média aritmética do total de cana moída na safra por unidade (t)

Média aritmética

de moagem diária no

estado (t/dia)

Média aritmética de

moagem diária por unidade

(t/dia)

Mediana de moagem das unidades de produção do

estado (t)

Total da moagem da maior

unidade de produção (t)

Média da moagem das

3 maiores unidades (t)

Média da moagem das

10 maiores unidades (t)

SP 1.808.499 1.520.579 8.998 1.822.416 6.719.993 6.429.881 5.357.857 PR 1.397.217 176.940 6.101 1.443.878 3.213.884 3.046.079 2.305.457

MG 1.116.484 270.117 6.003 1.170.590 8.796.197 5.230.596 2.884.951 MS 1.612.364 152.521 7.263 1.637.238 3.838.049 3.429.691 2.542.243 GO 1.330.002 247.104 7.268 1.352.960 4.040.819 3.225.599 2.419.189 MT 1.461.523 76.033 8.448 1.440.812 4.366.753 2.692.956 - RJ 551.964 12.689 3.172 461.858 900.000 603.477 - RS 95.125 705 705 - 85.650 - - ES 667.306 19.249 3.208 701.954 1.431.294 1.137.444 -

Região Centro-Sul 1.556.408 2.478.585 7.794 1.377.378 6.719.993 6.429.881 5.377.590

AL 1.154.393 149.759 6.240 1.250.668 3.000.871 2.293.928 1.753.631 PE 801.920 100.813 4.582 851.221 1.700.230 1.593.906 1.301.819 PB 747.011 34.477 3.831 813.178 1.699.867 1.236.453 - RN 743.325 20.506 5.126 801.435 1.747.187 1.031.003 - BA 426.221 14.868 2.478 584.420 1.380.324 912.201 - MA 566.393 15.625 3.906 551.118 999.338 634.263 - PI 991.946 5.835 5.835 - 983.094 - - SE 424.685 15.167 2.528 506.690 917.700 787.165 - CE 39.965 1.164 388 102.209 188.825 102.209 - AM 286.969 2.391 2.391 - 280.331 - - AC 52.622 1.096 1.096 - 52.622 - - TO 1.366.152 6.900 6.900 - 1.049.180 - - RO 157.091 1.122 1.122 - 179.311 - - PA 666.370 4.165 4.165 - 691.350 - -

Região Norte-

Nordeste 786.383 385.595 4.590 765.209 3.000.871 2.293.928 1.869.751

Brasil 1.395.507 2.895.359 7.202 1.138.052 8.796.197 7.345.011 5.837.042

Segue um esclarecimento quanto ao uso de dois diferentes índices na capacidade de mo-agem para o período de safra e que têm signi-ficados estatísticos diferentes: a média aritmé-tica e a mediana:

A média aritmética representa o ponto da distribuição que torna nula a soma dos des-vios em relação à mesma. Em face desta defi-nição, ela é influenciada por valores extremos (muito altos ou muito baixos) na amostra. A

Page 22: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

22

mediana, ao contrário, é um conceito bastante simples e representa a unidade que ocupa a po-sição central na lista de todas as unidades. A di-ferença entre elas indica o quanto a média arit-mética está sendo influenciada pelos valores extremos, ou seja, quando a média é maior que a mediana, significa que particularmente na-quele estado existe uma concentração maior de grandes indústrias. Quando ocorre o inverso, o resultado indica que existe um contingente de pequenas unidades capaz de influenciar para baixo o comportamento da média aritmética. O significado estatístico da situação em que os dois indicadores estão próximos é que existe uma certa uniformidade na distribuição das unidades e ausência de um conjunto expressivo de unidades muito grandes ou muito pequenas. Os resultados confirmam o senso comum de que os investimentos realizados pela grande maioria das unidades estão aumentando de forma generalizada a capacidade média de mo-agem e fabricação dos produtos finais.

Os dados presentes revelam uma pe-quena diminuição generalizada no volume médio de cana moída por unidade na Região Centro Sul, comparado com o resultado da safra 2010/11. Essa redução já exprime a perda de fô-lego dos grupos industriais em manter as taxas de crescimento da atividade e por outro lado uma perda de produtividade das lavouras em função de fatores diversos como clima e falta de investimento.

1.3 - PERFIL DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DE ACORDO COM O VOLUME DA CANA MOÍDA

Um outro aspecto que o estudo abordou diz respeito à participação das classes de uni-

dades de produção divididas pela moagem da cana-de-açúcar nesta safra.

Os gráficos seguintes, que separam as indústrias em classes de acordo com o volume de cana moída em dimensão das unidades, va-riando em 500.000 a 1.000.000 de toneladas nas duas regiões escolhidas e no total do Brasil, totalizando 7 classes. Somando a moagem de cana-de-açúcar de todas as unidades em suas respectivas classes, é mostrado que existe uma grande dispersão entre a capacidade produtiva das mesmas.

O gráfico que apresenta a proporção da cana-de-açúcar moída na safra por indústrias classificadas de acordo com a dimensão mostra uma grande dispersão de classes. Um volume de 53,23% é processado em unidades de pequeno e médio porte, com capacidade de até 2,0 mi-lhões de toneladas por safra, enquanto que as maiores unidades, com processamento acima de 5,0 milhões de toneladas, representam 7,87% do total nacional de cana-de-açúcar moída. Este perfil da distribuição nacional é diretamente in-fluenciado pela composição das unidades pau-listas, que representam 61,5% de toda a cana-de-açúcar processada.

Quando se isola a Região Norte-Nordeste, que representa 11,8% da safra na-cional, fica evidenciado que a predominância das unidades de produção (95,81% do total da moagem) está naquelas de pequeno porte, com até um milhão de toneladas por safra.

Os dados estatísticos que permitem vi-sualizar a distribuição nacional das unidades de produção estão apresentados nas duas tabelas adiante, que mostram os volumes físicos da mo-agem por classe de unidade de produção e sua representação percentual no total da moagem.

Page 23: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

23

Gráfico 2 - Distribuição do volume de cana moída - Brasil e regiões - 2011/12

Gráfico 3 - Distribuição percentual do volume de produção por região

Total da Região Centro - Sul

Total da Região Norte-Nordeste

Brasil

140

120

100

80

60

40

20

0

cana

- m

ilhõe

s de

tone

lada

s

distribuição das unidades de produção por capacidade de moagem de cana-de-açúcar

Até 1 milhão de toneladas

1,0 a 1,5 milhão de toneladas

1,5 a 2,0 milhões de toneladas

2,0 a 3,0 milhões de toneladas

3,0 a 4,0 milhões de toneladas

4,0 a 5,0 milhões de toneladas

acima de 5,0 milhões de toneladas

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Total da Região Centro - Sul

Total da Região Norte-Nordeste

Brasil

40

35

30

25

20

15

10

5

-

percentual do volume de produção

Até 1 milhão de toneladas

1,0 a 1,5 milhão de toneladas

1,5 a 2,0 milhões de toneladas

2,0 a 3,0 milhões de toneladas

3,0 a 4,0 milhões de toneladas

4,0 a 5,0 milhões de toneladas

acima de 5,0 milhões de toneladas

Page 24: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

24

Tabela 6 - Distribuição do volume de produção (em toneladas) segundo a capacidade de moagem de cana-de-açúcar - 2011/12

Tabela 7 - Distribuição percentual do volume de produção de acordo com a quantidade moída de cana-de-açúcar - 2011/12

Estado/região

Volume de produção (em t)

Até 1 milhão de toneladas

1,0 a 1,5 milhão de toneladas

1,5 a 2,0 milhões de toneladas

2,0 a 3,0 milhões de toneladas

3,0 a 4,0 milhões de toneladas

4,0 a 5,0 milhões de toneladas

Acima de 5,0 milhões de toneladas

São Paulo 21.863.499 47.902.910 54.638.787 90.241.567 33.693.336 21.533.390 35.762.826 Paraná 8.154.559 7.016.434 9.895.401 9.276.269 6.176.639 - -

Minas Gerais 9.449.899 13.275.842 10.017.556 2.532.004 6.576.869 - 8.389.628 Mato Grosso do Sul 5.229.287 4.732.172 5.117.383 9.108.630 9.672.178 - -

Goiás 9.181.769 7.378.541 8.477.331 13.184.313 3.025.859 3.972.252 - Mato Grosso 2.123.732 1.157.493 3.385.481 2.057.479 - 4.429.523 - Rio de Janeiro 2.207.855 - - - - - -

Rio Grande do Sul 95.125 - - - - - - Espírito Santo 1.649.570 2.354.266 - - - - -

Total da Região Centro-Sul 59.955.295 83.817.658 91.531.939 126.400.264 59.144.881 29.935.166 44.152.454

Alagoas 5.254.586 10.108.771 9.572.217 - 2.769.868 - - Pernambuco 6.244.485 8.214.058 3.183.693 - - - -

Paraíba 3.732.817 1.233.539 1.756.745 - - - - Rio Grande do

Norte 240.186 1.112.611 1.620.504 - - - - Bahia 1.550.647 1.006.678 - - - - -

Maranhão 2.265.572 - - - - - - Piauí 991.946 - - - - - -

Sergipe 2.548.110 - - - - - - Ceará 119.896 - - - - - -

Amazonas 286.969 - - - - - - Acre 52.622 - - - - - -

Tocantins - 1.366.152 - - - - - Rondônia 157.091 - - - - - -

Pará 666.370 - - - - - - Total da Região Norte-Nordeste 24.111.299 23.041.809 16.133.158 - 2.769.868 - -

Brasil 84.066.594 106.859.467 107.665.097 126.400.264 61.914.749 29.935.166 44.152.454

Estado/região

Percentual do volume de produçãoAté 1

milhão de toneladas

1,0 a 1,5 milhão de toneladas

1,5 a 2,0 milhões de toneladas

2,0 a 3,0 milhões de toneladas

3,0 a 4,0 milhões de toneladas

4,0 a 5,0 milhões de toneladas

Acima de 5,0 milhões de toneladas

São Paulo 7,15 15,67 17,88 29,53 11,02 7,05 11,70 Paraná 20,13 17,32 24,42 22,89 15,24 - -

Minas Gerais 18,81 26,42 19,94 5,04 13,09 - 16,70 Mato Grosso do Sul 15,44 13,98 15,11 26,90 28,57 - -

Goiás 20,30 16,32 18,75 29,16 6,69 8,78 - Mato Grosso 16,15 8,80 25,74 15,64 - 33,68 - Rio de Janeiro 100,00 - - - - - -

Rio Grande do Sul 100,00 - - - - - - Espírito Santo 41,20 58,80 - - - - -

Total da Região Centro-Sul 12,11 16,93 18,49 25,54 11,95 6,05 8,92

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

(continua)

Page 25: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

25

Tabela 7.1 - Distribuição percentual do volume de produção de acordo com a quantidade moída de cana-de-açúcar - 2011/12

Estado/região

Percentual do volume de produçãoAté 1

milhão de toneladas

1,0 a 1,5 milhão de toneladas

1,5 a 2,0 milhões de toneladas

2,0 a 3,0 milhões de toneladas

3,0 a 4,0 milhões de toneladas

4,0 a 5,0 milhões de toneladas

Acima de 5,0 milhões de toneladas

Alagoas 18,97 36,49 34,55 - 10,00 - - Pernambuco 35,40 46,56 18,05 - - - -

Paraíba 55,52 18,35 26,13 - - - - Rio Grande do

Norte 8,08 37,42 54,50 - - - - Bahia 60,64 39,36 - - - - -

Maranhão 100,00 - - - - - - Piauí 100,00 - - - - - -

Sergipe 100,00 - - - - - - Ceará 100,00 - - - - - -

Amazonas 100,00 - - - - - - Acre 100,00 - - - - - -

Tocantins - 100,00 - - - - - Rondônia 100,00 - - - - - -

Pará 100,00 - - - - - - Total da Região Norte-Nordeste 36,50 34,88 24,42 - 4,19 - -

Brasil 14,99 19,05 19,19 22,53 11,04 5,34 7,87

A Tabela 7.1 e 7.2 mostram as unidades distribuídas nestas classes de acordo com seu

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

volume de moagem em números absolutos e em percentuais.

Estado/região

Distribuição das unidades de moagem de cana-de-açúcar por tamanho da capacidade de moagemAté 1

milhão de toneladas

1,0 a 1,5 milhão de toneladas

1,5 a 2,0 milhões de toneladas

2,0 a 3,0 milhões de toneladas

3,0 a 4,0 milhões de toneladas

4,0 a 5,0 milhões de toneladas

Acima de 5,0 milhões de toneladas

Total de unidades

SP 40 39 32 37 10 5 6 169PR 11 6 6 4 2 29

MG 24 11 6 1 2 1 45MS 7 4 3 4 3 21GO 15 6 5 6 1 1 34MT 4 1 2 1 1 9RJ 4 4RS 1 1ES 4 2 6

Região Centro-Sul 110 69 54 53 18 7 7 318

AL 8 9 6 1 24PE 13 7 2 22PB 7 1 1 9RN 2 1 1 4BA 5 1 6MA 4 4PI 1 1SE 6 6

(continua)

Page 26: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

26

Estado/região

Distribuição das unidades de moagem de cana-de-açúcar por tamanho da capacidade de moagemAté 1

milhão de toneladas

1,0 a 1,5 milhão de toneladas

1,5 a 2,0 milhões de toneladas

2,0 a 3,0 milhões de toneladas

3,0 a 4,0 milhões de toneladas

4,0 a 5,0 milhões de toneladas

Acima de 5,0 milhões de toneladas

Total de unidades

CE 3 3AM 1 1AC 1 1TO 1 1RO 1 1PA 1 1

Região Norte-

Nordeste53 20 10 - 1 - - 84

Brasil 163 89 64 53 19 7 7 402Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Tabela 7.2 - Distribuição percentual das unidades processadoras de acordo com a quantidade moída

Estado/região

Distribuição das unidades de moagem de cana-de-açúcar por tamanho da capacidade de moagem

Até 1 milhão de toneladas

1,0 a 1,5 milhão de toneladas

1,5 a 2,0 milhões de toneladas

2,0 a 3,0 milhões de toneladas

3,0 a 4,0 milhões de toneladas

4,0 a 5,0 milhões de toneladas

Acima de 5,0 milhões de toneladas

São Paulo 23,67% 23,08% 18,93% 21,89% 5,92% 2,96% 3,55%Paraná 37,93% 20,69% 20,69% 13,79% 6,90%

Minas Gerais 53,33% 24,44% 13,33% 2,22% 4,44% 2,22%Mato Grosso do Sul 33,33% 19,05% 14,29% 19,05% 14,29%

Goiás 44,12% 17,65% 14,71% 17,65% 2,94% 2,94%Mato Grosso 44,44% 11,11% 22,22% 11,11% 11,11%Rio de Janeiro 100,00%

Rio Grande do Sul 100,00%Espírito Santo 66,67% 33,33%

Total da Região Centro-Sul 34,59% 21,70% 16,98% 16,67% 5,66% 2,20% 2,20%

Alagoas 33,33% 37,50% 25,00% 4,17%Pernambuco 59,09% 31,82% 9,09%

Paraíba 77,78% 11,11% 11,11%Rio Grande do Norte 50,00% 25,00% 25,00%

Bahia 83,33% 16,67%Maranhão 100,00%

Piauí 100,00%Sergipe 100,00%Ceará 100,00%

Amazonas 100,00%Acre 100,00%

Tocantins 100,00%Rondônia 100,00%

Pará 100,00%Total da Região Norte-Nordeste 63,10% 23,81% 11,90% - 1,19% - -

Brasil 40,55% 22,14% 15,92% 13,18% 4,73% 1,74% 1,74%

Page 27: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

27

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Tabela 8 - Distribuição acumulada do volume de produção (em toneladas) segundo a capacidade de moagem de cana-de-açúcar - 2011/12

Gráfico 4 - Distribuição das unidades de moagem de cana-de-açúcar por tamanho

Até 1 milhão de toneladas

1,0 a 1,5 milhão de toneladas

1,5 a 2 milhões de toneladas

2 a 3 milhões de toneladas

3 a 4 milhões de toneladas

4 a 5 milhões de toneladas

Acima de 5 milhões de toneladas

40%

22%

16%

13%

5% 2% 2%

Pelo gráfico, pode-se observar que 78% das unidades industriais trabalham com a mo-agem de até 2 milhões de toneladas. Na Tabela 07 é possível observar que 53,23% do total de cana-de-açúcar moída na safra de 2011/12 foram feitas nestas unidades. Por outro lado, obser-va-se que 33,56% da moagem é feita em uni-dades que operam no intervalo de 2 a 4 milhões de toneladas, com 17,91% das unidades neste grupo. O restante de unidades que operam

acima de 4 milhões de toneladas (4%) são res-ponsáveis pela moagem de 13,21% do total de cana-de-açúcar moída.

A partir destes dados de classe é pos-sível construir uma tabela com os dados acu-mulados e que permite observar melhor o nível da concentração industrial em cada estado e a dimensão predominante das unidades. Estes dados estão apresentados nas Tabelas 08 e 09.

Estado/região

Volume acumulado de produção (em toneladas)Todas as unidadesAté 1 milhão

de toneladas

Até 1,5 milhão de toneladas

Até 2 milhões de toneladas

Até 3 milhões de toneladas

Até 4 milhões de toneladas

Até 5 milhões de toneladas

SP 21.863.499 69.766.409 124.405.196 214.646.763 248.340.100 269.873.490 305.636.316 PR 8.154.559 15.170.992 25.066.393 34.342.662 40.519.301 - 40.519.301

MG 9.449.899 22.725.740 32.743.296 35.275.300 41.852.170 41.852.170 50.241.798 MS 5.229.287 9.961.460 15.078.842 24.187.472 33.859.650 33.859.650 33.859.650 GO 9.181.769 16.560.311 25.037.642 38.221.955 41.247.814 45.220.066 45.220.066 MT 2.123.732 3.281.225 6.666.707 - - - 13.153.709 RJ 2.207.855 - - - - - 2.207.855 RS 95.125 - - - - - 95.125 ES 1.649.570 4.003.836 - - - - 4.003.836

Região Centro-Sul 59.955.295 141.469.973 228.998.076 346.674.153 405.819.034 390.805.376 494.937.656 AL 5.254.586 15.363.357 24.935.574 24.935.574 - - 27.705.442 PE 6.244.485 14.458.543 17.642.236 - - - 17.642.236 PB 3.732.817 4.966.357 - - - - 6.723.102 RN 240.186 1.352.797 2.973.301 - - - 2.973.301 BA 1.550.647 2.557.325 - - - - 2.557.325 MA 2.265.572 2.265.572 - - - - 2.265.572 PI 991.946 - - - - - 991.946 SE 2.548.110 - - - - - 2.548.110 CE 119.896 - - - - - 119.896 AM 286.969 - - - - - 286.969

(continua)

Page 28: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

28

Estado/região

Volume acumulado de produção (em toneladas)Todas as unidadesAté 1 milhão

de toneladas

Até 1,5 milhão de toneladas

Até 2 milhões de toneladas

Até 3 milhões de toneladas

Até 4 milhões de toneladas

Até 5 milhões de toneladas

AC 52.622 - - - - - 52.622 TO - 1.366.152 - - - - 1.366.152 RO 157.091 - - - - - 157.091 PA 666.370 - - - - - 666.370

Total da Região Norte-Nordeste 24.111.299 42.330.104 45.551.111 24.935.574 - - 66.056.134

Brasil 84.066.594 183.800.077 274.549.187 371.609.727 405.819.034 390.805.376 560.993.790 Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Tabela 9 - Distribuição percentual acumulada do volume de produção por capacidade de moagem de cana-de-açúcar - 2011/12

Estado/regiãoCapacidade de moagem de cana-de-açúcar

Até 1 milhão de toneladas

Até 1,5 milhão de toneladas

Até 2 milhões de toneladas

Até 3 milhões de toneladas

Até 4 milhões de toneladas

Até 5 milhões de toneladas

São Paulo 7,15 22,83 40,70 70,23 81,25 88,30 Paraná 20,13 37,44 61,86 84,76 100,00 -

Minas Gerais 18,81 45,23 65,17 70,21 83,30 83,30 Mato Grosso do Sul 15,44 29,42 44,53 71,43 100,00 -

Goiás 20,30 36,62 55,37 84,52 91,22 100,00 Mato Grosso 16,15 24,95 50,68 66,32 66,32 100,00 Rio de Janeiro 100,00 - - - - -

Rio Grande do Sul 100,00 - - - - - Espírito Santo 41,20 100,00 - - - -

Região Centro-Sul 12,11 29,05 47,54 73,08 85,03 91,08 Alagoas 18,97 55,45 90,00 90,00 100,00 -

Pernambuco 35,40 81,95 100,00 - - - Paraíba 55,52 73,87 100,00 - - -

Rio Grande do Norte 8,08 45,50 100,00 - - - Bahia 60,64 100,00 - - - -

Maranhão 100,00 - - - - - Piauí 100,00 - - - - -

Sergipe 100,00 - - - - - Ceará 100,00 - - - - -

Amazonas 100,00 - - - - - Acre 100,00 - - - - -

Tocantins 100,00 - - - - - Rondônia 100,00 - - - - -

Pará 100,00 - - - - - Região Norte-Nordeste 36,50 71,38 95,81 95,81 100,00 -

Brasil 14,99 34,03 53,23 75,76 86,79 92,13

Page 29: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

29

Tabela 9.1 - Distribuição das unidades de moagem de acordo com o perfil

1.4 - PERFIL DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DE ACORDO COM O TIPO

O objetivo desta parte do trabalho é es-tabelecer um perfil das unidades de produção de açúcar e de álcool etílico no Brasil e revelar a natureza dos produtos que fazem parte de suas atividades e a classificação dessas unidades de acordo com o volume da cana-de-açúcar moída na safra. A tabela a seguir mostra por estado esta distribuição.

Um importante ponto observado está na predominância industrial das unidades mistas com produção de açúcar e álcool (anidro e/ou hidratado). Esta possibilidade de destinar a mesma matéria-prima (o caldo da cana-de-açúcar) para a fabricação de produtos alterna-tivos se traduz em evidentes benefícios empre-sariais e econômicos na gestão desse negócio, pois torna viável dar preferência ao produto que tenha, no momento, a melhor relação custo/benefício. Por exemplo, na época chuvosa e de muita umidade, quando o rendimento em saca-rose está com baixos níveis, é preferível atingir

o limite máximo de produção de álcool etílico e reduzir ao mínimo necessário a produção de açúcar. No período seco, quando o rendimento em sacarose está no auge, a decisão pode ser a inversa e privilegiar a produção de açúcar. Obviamente, isto ocorre desde que esta van-tagem técnica não seja contraposta por uma eventual relação de preços que favoreça o pro-duto menos indicado.

Uma questão que é importante escla-recer a respeito desta possibilidade técnica e econômica à disposição dessas unidades está no limite dessa flexibilidade empresarial entre produzir mais ou menos açúcar e/ou mais ou menos álcool. Como as unidades de produção sempre têm um volume de cana-de-açúcar determinado a ser moído no período viável de safra (em torno de seis a sete meses) e uma ca-pacidade nominal diária limitada de fabricação de açúcar e de álcool, não é factível concentrar a produção num único produto, sob pena de remanescer cana-de-açúcar madura e pronta para o corte. Ou seja, as condições operacionais do processo produtivo obrigam essas unidades mistas a produzirem, simultaneamente açúcar e álcool.

Estado/regiãoDistribuição das unidades de moagem de acordo com o perfil de produção

Mistas Destilarias Usinas Total de unidades Mistas Destilarias Usinas

São Paulo 128 37 4 169 75,74% 21,89% 2,37%Paraná 21 8 0 29 72,41% 27,59% 0,00%

Minas Gerais 22 20 3 45 48,89% 44,44% 6,67%Mato Grosso do Sul 13 8 0 21 61,90% 38,10% 0,00%

Goiás 15 19 0 34 44,12% 55,88% 0,00%Mato Grosso 4 4 1 9 44,44% 44,44% 11,11%Rio de Janeiro 2 2 0 4 50,00% 50,00% 0,00%

Rio Grande do Sul 0 1 0 1 0,00% 100,00% 0,00%Espírito Santo 2 4 0 6 33,33% 66,67% 0,00%

Total da Região Centro-Sul 207 103 8 318 65,09% 32,39% 2,52%

Alagoas 18 2 4 24 75,00% 8,33% 16,67%Pernambuco 15 2 5 22 68,18% 9,09% 22,73%

Paraíba 5 3 1 9 55,56% 33,33% 11,11%Rio Grande do Norte 2 2 0 4 50,00% 50,00% 0,00%

Bahia 2 4 0 6 33,33% 66,67% 0,00%Maranhão 1 3 0 4 25,00% 75,00% 0,00%

Piauí 1 0 0 1 100,00% 0,00% 0,00%Sergipe 2 4 0 6 33,33% 66,67% 0,00%Ceará 0 3 0 3 0,00% 100,00% 0,00%

Amazonas 1 0 0 1 100,00% 0,00% 0,00%(continua)

Page 30: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

30

Estado/regiãoDistribuição das unidades de moagem de acordo com o perfil de produção

Mistas Destilarias Usinas Total de unidades Mistas Destilarias Usinas

Acre 0 1 0 1 0,00% 100,00% 0,00%Tocantins 1 0 0 1 100,00% 0,00% 0,00%Rondônia 1 0 0 1 100,00% 0,00% 0,00%

Pará 1 0 0 1 100,00% 0,00% 0,00%Total da Região Norte-Nordeste 50 24 10 84 59,52% 28,57% 11,90%

Brasil 257 127 18 402 63,93% 31,59% 4,48%Fonte: Conab/Suinf/Geasa

A margem de inversão entre os dois pro-dutos, quando existe o propósito de moagem de toda a cana-de-açúcar disponível no período de safra, é, em geral, estimado em até 20%.

Outra vantagem evidente das unidades mistas está na possibilidade de reaproveita-mento do melaço residual, subproduto da fa-bricação de açúcar que, após passar por um processo de reidratação, pode ser destinado à fabricação de álcool.

O melaço constitui-se no principal sub-produto da indústria do açúcar, sendo produ-zido na proporção de 40 a 60 quilos por tone-lada de cana processada. No Brasil, devido ao elevado teor de açúcares totais e demais com-ponentes, o melaço é utilizado, principalmente, na fabricação de álcool etílico, sendo aprovei-tado, também, em outros processos biotecnoló-gicos como matéria-prima para a produção de proteína, rações, levedura prensada para pani-ficação, antibióticos, entre outros. Esse uso adi-

ciona valor ao melaço, cujo preço de comércio representa apenas uma fração do preço do pro-duto principal, o açúcar.

Quando consideradas as duas regiões de produção da cana-de-açúcar, a Região Centro-Sul e a Norte-Nordeste, pode-se observar a forte predominância das unidades mistas em ambas as regiões.

Quando observada a dimensão média dessas unidades, medida pelo volume de cana-de-açúcar processado na safra, é possível per-ceber que existe grande semelhança com as unidades que se dedicam à fabricação de um produto singular. Este fato pode ser observado nos dados das tabelas, que mostram que as unidades mistas representam 63,93% no total de unidades e são responsáveis pela moagem de 67,44% da estimativa da cana-de-açúcar co-lhida na safra. As destilarias representam 31,6% das unidades em produção e 28,7% da cana-de-açúcar processada.

Tabela 9.2 - Volume moído de de cana-de-açúcar de acordo com o perfil de produção e percentual

Estado/regiãoDistribuição das unidades de moagem de cana-de-açúcar de acordo com o perfil de produçãoMistas Destilarias Usinas Total moagem Mistas Destilarias Usinas

São Paulo 231.487.861 66.914.460 7.233.996 305.636.316 75,74% 21,89% 2,37%Paraná 29.341.563 11.177.738 0 40.519.301 72,41% 27,59% 0,00%

Minas Gerais 24.562.657 22.329.688 3.349.453 50.241.798 48,89% 44,44% 6,67%Mato Grosso do Sul 20.960.736 12.898.914 0 33.859.650 61,90% 38,10% 0,00%

Goiás 19.950.029 25.270.037 0 45.220.066 44,12% 55,88% 0,00%Mato Grosso 5.846.093 5.846.093 1.461.523 13.153.709 44,44% 44,44% 11,11%

Rio de Janeiro 1.103.928 1.103.928 0 2.207.855 50,00% 50,00% 0,00%Rio Grande do Sul 0 95.125 0 95.125 0,00% 100,00% 0,00%

Espírito Santo 1.334.612 2.669.224 0 4.003.836 33,33% 66,67% 0,00%

Total da Região Centro-Sul 334.587.477 148.305.206 12.044.972 494.937.656 67,60% 29,96% 2,43%

Alagoas 20.779.082 2.308.787 4.617.574 27.705.442 75,00% 8,33% 16,67%Pernambuco 12.028.797 1.603.840 4.009.599 17.642.236 68,18% 9,09% 22,73%

Paraíba 3.735.057 2.241.034 747.011 6.723.102 55,56% 33,33% 11,11%(continua)

Page 31: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

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Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Estado/regiãoDistribuição das unidades de moagem de cana-de-açúcar de acordo com o perfil de produçãoMistas Destilarias Usinas Total moagem Mistas Destilarias Usinas

Rio Grande do Norte 1.486.651 1.486.651 0 2.973.301 50,00% 50,00% 0,00%Bahia 852.442 1.704.883 0 2.557.325 33,33% 66,67% 0,00%

Maranhão 566.393 1.699.179 0 2.265.572 25,00% 75,00% 0,00%Piauí 991.946 0 0 991.946 100,00% 0,00% 0,00%

Sergipe 849.370 1.698.740 0 2.548.110 33,33% 66,67% 0,00%Ceará 0 119.896 0 119.896 0,00% 100,00% 0,00%

Amazonas 286.969 0 0 286.969 100,00% 0,00% 0,00%Acre 0 52.622 0 52.622 0,00% 100,00% 0,00%

Tocantins 1.366.152 0 0 1.366.152 100,00% 0,00% 0,00%Rondônia 157.091 0 0 157.091 100,00% 0,00% 0,00%

Pará 666.370 0 0 666.370 100,00% 0,00% 0,00%Total da Região Norte-Nordeste 43.766.319 12.915.631 9.374.184 66.056.134 66,26% 19,55% 14,19%

Brasil 378.353.796 161.220.838 21.419.156 560.993.790 67,44% 28,74% 3,82%

Unidades que apenas fabricam açúcar, representam a fração modesta de 4,48% das unidades e apenas 3,82% da cana-de-açúcar processada.

1.5 - PROCEDÊNCIA DA CANA-DE-AÇÚCAR COLHIDA POR ESTADO E REGIÃO

A cana-de-açúcar, matéria- prima das indústrias, deve ser classificada em dois tipos destintos quanto a sua origem:

a) a cana-de-açúcar produzida pela pró-pria indústria em terras próprias ou arrendadas nos mais diversos tipos de arrendamento. Os números da cana-de-açúcar de produção pró-pria, incluem a cana-de-açúcar cultivada em terras de propriedade das unidades e também a parcela da cana-de-açúcar que é cultivada por elas em terras arrendadas de terceiros. Neste ultimo caso, as indústrias se encarregam de todas as tarefas agrícolas necessárias para a produção como se fosse em suas propriedades e pagam pelo uso da terra.

b) a cana-de-açúcar de fornecedores re-presentada pela parcela produzida e vendida às indústrias por produtores chamados de inde-pendentes em função de deter toda a respon-sabilidade do processo produtivo.

Estes produtores independentes, em sua maioria, estabelecem com as indústrias contratos de fornecimento por vários anos nas mais variadas formas. Nos principais centros produtores como São Paulo entre outros, o pagamento é feito pela qualidade da matéria prima em termos de qualidade e quantidade de ATR com cálculos definidos pela metodologia desenvolvida pelo Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Consecana-SP), que é uma asso-ciação formada por representantes das indús-trias de açúcar e álcool e dos plantadores de cana-de-açúcar.

Neste item estão apresentados os dados relacionados com a procedência da cana-de-açúcar, se de produção própria das unidades ou de produção de fornecedores independentes.

Observa-se que tanto para a Região Centro-Sul, como Norte e Nordeste, os percen-tuais de cana-de-açúcar própria é bem maior que a parcela de fornecedores. Nos es-tados com pouca representatividade nesta ati-vidade, geralmente com apenas uma unidade, quase sempre, toda a produção de cana-de-açúcar é própria.

Outro ponto a observar é que nas regiões de expansão de novas unidades os percentuais de cana-de-açúcar própria vêm aumentando a cada ano.

Page 32: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

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Estado/regiãoOrigem declarada da cana moída na safra

Cana das áreas de con-trole das unidades (t)

Cana adquirida de terceiros (t)

Total de cana moída na safra (t)

Participação da cana própria (%)

Participação da cana de terceiros (%)

São Paulo 173.160.987 132.475.329 305.636.316 56,7 43,3 Paraná 36.406.796 4.112.505 40.519.301 89,9 10,1

Minas Gerais 28.997.538 21.244.260 50.241.798 57,7 42,3 Mato Grosso do Sul 24.868.670 8.990.980 33.859.650 73,4 26,6

Goiás 34.730.437 10.489.629 45.220.066 76,8 23,2 Mato Grosso 11.411.563 1.742.146 13.153.709 86,8 13,2 Rio de Janeiro 337.629 1.870.226 2.207.855 15,3 84,7

Rio Grande do Sul 95.125 - 95.125 100,0 - Espírito Santo 2.192.072 1.811.764 4.003.836 54,7 45,3

Total da Região Centro-Sul 312.200.817 182.736.839 494.937.656 63,1 36,9

Alagoas 19.449.374 8.256.068 27.705.442 70,2 29,8 Pernambuco 11.474.070 6.168.166 17.642.236 65,0 35,0

Paraíba 4.094.067 2.629.035 6.723.102 60,9 39,1 Rio Grande do Norte 2.352.663 620.638 2.973.301 79,1 20,9

Bahia 1.887.336 669.989 2.557.325 73,8 26,2 Maranhão 2.231.587 33.985 2.265.572 98,5 1,5

Piauí 820.815 171.131 991.946 82,7 17,3 Sergipe 1.937.040 611.070 2.548.110 76,0 24,0 Ceará 82.965 36.931 119.896 69,2 30,8

Amazonas 286.969 - 286.969 100,0 - Acre 52.622 - 52.622 100,0 -

Tocantins 1.366.152 - 1.366.152 100,0 - Rondônia 130.809 26.282 157.091 83,3 16,7

Pará 666.370 - 666.370 100,0 - Total da Região Norte-Nordeste 46.832.837 19.223.297 66.056.134 70,9 29,1

Brasil 359.033.654 201.960.136 560.993.790 64,0 36,0 Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Tabela 10 - Procedência da cana processada - 2011/2012 2 - Perfil dos aspectos ligados à fase agrícola

Page 33: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

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2 - Perfil dos aspectos ligados à fase agrícola

São apresentados nesta parte do estudo os dados catalogados no questionário de cap-tação de informações que dizem respeito aos aspectos da atividade agrícola na produção da matéria-prima processada nas unidades de pro-dução visitadas em todos os estados que desen-volvem esta atividade. Estas informações estão dispostas em temas tratados de diferentes ân-gulos desta parte da cadeia produtiva.

No item 1 é mostrado o perfil da área efe-tivamente colhida de cana-de-açúcar na safra, por estado e região. A área total está distribuída de acordo com a idade em número de cortes que os canaviais apresentam na safra.

A questão da área de cultivo de cana-de-açúcar no Brasil necessita de alguns co-mentários para a sua melhor qualificação. Esta gramínea, por sua característica de lavoura se-miperene permite seu aproveitamento agronô-mico por vários ciclos consecutivos antes de sua total renovação através de uma substituição por novas mudas.

A reforma do canavial é uma atividade complexa que envolve fatores de ordem téc-nica, operacional, e financeiro da empresa. Estes fatores afetam o planejamento da lavoura no tocante às variedades, áreas de viveiros para mudas, área de colheita e do volume de maté-ria-prima para atender a demanda industrial.

Todavia, o seu primeiro ciclo, do plantio à fase de maturação, se prolonga por um pe-ríodo que varia de 12 a 18 meses, dependendo da variedade genética utilizada, seu grau de

precocidade e a época de plantio. Nos ciclos subsequentes, o período de maturação é seme-lhante e próximo de doze meses, permitindo o corte anual. O número de cortes que é feito em sua vida produtiva depende da queda de rendi-mento físico ao longo dos ciclos sucessivos e da vantagem econômica que a renovação do ca-navial oferece. Em condições normais, e se não houver uma perda muito acentuada no estande de plantas por causa de problemas de clima ou de manejo, o número de cortes está em torno de seis na maioria dos estados. A produtividade média dos canaviais por idade de corte e por es-tado está apresentada nas Tabelas 15 e 16.

Quando a renovação dos canaviais é feita com variedades de ciclo precoce, em torno de doze meses, não há interrupção na colheita da mesma área física na safra subsequente. Este tipo de renovação sempre é feito no período normal de colheita (junho a novembro na Região Centro-Sul) para facultar que no ano seguinte, na mesma ocasião, a cana-de-açúcar esteja madura e pronta para o novo corte. Entretanto, as variedades de ciclo curto são menos produ-tivas que aquelas de ciclo mais longo e ocupam sempre uma fração pequena do total da área de corte, conforme a Tabela 15.

Na renovação com variedades de ciclos médio e longo necessário que o canavial recém plantado permaneça uma temporada de safra sem ser cortado. O momento do plantio deste novo canavial em um determinado ano safra deve ser programado de forma que a maturação da nova cana-de-açúcar ocorra no período de co-lheita da cana-de-açúcar da safra subsequente.

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Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

34

Portanto, o período convencional de plantio destas variedades na Região Centro-Sul se con-centra nos meses de janeiro a maio de um de-terminado ano, possibilitando seu corte dentro do período de colheita da safra seguinte.

Em virtude desta característica peculiar da cana-de-açúcar a apresentação dos dados da área sempre está referida como área de corte que é diferente da área total de cultivo. A área total de cultivo correta precisa somar as áreas de corte e as áreas dos canaviais que por mo-tivos variados, não foram cortados. Esta dis-tinção não é usualmente feita nas estatísticas de área ocupada com esta gramínea. A estima-tiva dessas áreas consta na Tabela 30.

Nesta parte do trabalho estão apresen-tados também os dados referentes à produtivi-dade física da cana-de-açúcar de acordo com a idade de corte, o calendário de plantio de novas áreas com cana-de-açúcar, áreas de renovação dos canaviais, o calendário estadual de colheita e moagem, a participação das áreas de domínio das unidades de produção e de produtores in-dependentes, denominados na tradição brasi-leira como fornecedores, o sistema de colheita utilizado, se com o corte manual ou com corte

mecanizado, a área destinada à formação de mudas e finalmente, a área declarada de ex-pansão e renovação dos canaviais por estado, inclusive com a participação das lavouras erra-dicadas que cedem espaço para a nova cultura de cana-de-açúcar.

2.1 - PERFIL DA ÁREA COLHIDA POR ESTADO E REGIÃO, DE ACORDO COM A IDADE DO CANAVIAL - SAFRA 2011/12

As áreas declaradas de colheita de cana-de-açúcar por idade de corte na safra estão apresentadas neste item.

Na Tabela 11, constam as áreas correspon-dentes à cana-de-açúcar de primeiro corte co-lhidas na safra 2011/12 separando as variedades precoces das variedades médias e tardias nas áreas de renovação e nas áreas de expansão. Esta separação é estatisticamente interessante porque permite observar as características dos canaviais brasileiros e também a taxa de cres-cimento dessa lavoura nas unidades visitadas. Os dados da colheita da cana-de-açúcar de pri-meiro corte são os seguintes:

Tabela 11 - Área colhida de cana de 1º corte (em ha) - 2011/2012

Estado/regiãoÁrea de cana de 1º corte colhida (em ha)

Variedades precoces (12 meses) Variedades médias e tardias (15 a 18 meses)Total

Área de renovação Área de expansão Área de renovação Área de expansãoSão Paulo 145.568 23.253 218.051 71.781 458.653

Paraná 37.013 7.216 20.651 5.502 70.383 Minas Gerais 10.332 16.343 24.346 43.187 94.208

Mato Grosso do Sul 9.259 26.554 22.330 34.715 92.858 Goiás 6.187 24.755 17.526 48.859 97.325

Mato Grosso 2.779 2.509 17.801 15.456 38.545 Rio de janeiro 109 239 474 - 822

Rio Grande do Sul 200 44 - - 244 Espírito Santo 1.571 404 6.263 2.865 11.104

Total da Região Centro-Sul 213.017 101.317 327.444 222.365 864.142

Alagoas 20.513 1.482 16.097 1.774 39.866 Pernambuco 7.288 107 16.864 392 24.650

Paraíba 6.340 - 5.771 - 12.111 Rio Grande do Norte 2.625 - 3.300 - 5.925

Bahia 3.406 219 108 705 4.438 Maranhão 1.920 1.119 1.161 - 4.200

Piauí 2.492 - - - 2.492 Sergipe 4.439 4.458 221 126 9.243 Ceará - 185 80 - 265

(continua)

Page 35: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

35

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Tabela 12 - Participação das variedades de cana de 1º corte no total de área colhida (em ha) - 2011/12

Estado/regiãoÁrea de cana de 1º corte colhida (em ha)

Variedades precoces (12 meses) Variedades médias e tardias (15 a 18 meses)Total

Área de renovação Área de expansão Área de renovação Área de expansãoAmazonas 503 - - - 503

Acre - - - - - Tocantins - 6.640 - 3.736 10.376 Rondônia - 666 321 193 1.180

Pará 1.995 - - - 1.995 Total da Região Norte-Nordeste 51.520 14.874 43.923 6.926 117.244

Brasil 264.537 116.191 371.367 229.291 981.386

Se a apresentação destes dados for re-organizada, será possível ser observada a pro-porção da cana-de-açúcar de variedades pre-coces das demais variedades de ciclos médios e longos, as quais têm recebido a preferência dos plantadores, especialmente na Região Centro-Sul.

Esta preferência está associada ao ren-dimento físico por unidade de área, (como pode ser visto no próximo item) dos benefícios eco-nômicos projetados e do manejo do canavial que precisa ter disponível cana-de-açúcar ma-dura e pronta para o corte por todo o longo pe-ríodo da colheita, conforme a Tabela 12.

Estado/região

Participação das variedades de cana de 1º corte (em ha)Variedades precoces (12

meses)

Variedades médias e tardias (15 a 18

meses)Total

Variedades precoces (12 meses) (%)

Variedades médias e tardias (15 a 18

meses) (%)São Paulo 168.821 289.832 458.653 36,81 63,19

Paraná 44.230 26.153 70.383 62,84 37,16 Minas Gerais 26.675 67.533 94.208 28,31 71,69

Mato Grosso do Sul 35.812 57.045 92.858 38,57 61,43 Goiás 30.941 66.384 97.325 31,79 68,21

Mato Grosso 5.288 33.257 38.545 13,72 86,28 Rio de Janeiro 348 474 822 42,29 57,71

Rio Grande do Sul 439 - 244 179,64 - Espírito Santo 1.975 9.129 11.104 17,79 82,21

Total da Região Centro-Sul 314.528 549.808 864.142 36,40 63,62 Alagoas 21.995 17.871 39.866 55,17 44,83

Pernambuco 7.395 17.255 24.650 30,00 70,00 Paraíba 6.340 5.771 12.111 52,35 47,65

Rio Grande do Norte 2.625 3.300 5.925 44,30 55,70 Bahia 3.624 813 4.438 81,67 18,33

Maranhão 3.039 1.161 4.200 72,35 27,65 Piauí 2.492 - 2.492 100,00 -

Sergipe 8.896 347 9.243 96,25 3,75 Ceará 185 80 265 69,73 30,27

Amazonas 503 - 503 100,00 - Acre - - - - -

Tocantins 6.640 3.736 10.376 63,99 36,01 Rondônia 666 515 1.180 56,40 43,60

Pará 1.995 - 1.995 100,00 - Total da Região Norte-Nordeste 66.394 50.850 117.244 56,63 43,37

Brasil 380.922 600.658 981.386 38,81 61,21

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Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

36

Nas tabelas seguintes estão apresen-tados os dados referentes à cana-de-açúcar de todos os demais cortes, em volume e em parti-cipação percentual.

Observando estes dados pode-se notar um leve envelhecimento dos canaviais, evi-denciando a falta de investimento nas últimas safras.

Tabela 13 - Área colhida de cana de todos os cortes (em ha) - 2011/12

Tabela 14 - Participação percentual da área de cana colhida por idade do corte - 2011/12

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Estado/regiãoÁrea colhida de cana de todos os cortes (em ha)

Cana de 1º corte

Cana de 2º corte

Cana de 3º corte

Cana de 4º corte

Cana de 5º corte

Cana de 6º corte e demais

Total declarado de área colhida

São Paulo 458.653 521.053 789.418 874.300 606.195 1.085.648 4.335.267Paraná 70.383 57.762 121.519 142.074 99.782 100.090 591.609

Minas Gerais 94.208 126.950 134.797 177.261 82.759 123.418 739.394Mato Grosso do Sul 92.858 103.569 117.027 71.076 40.465 47.049 472.043

Goiás 97.325 127.854 130.108 138.103 81.386 81.825 656.600Mato Grosso 38.545 33.882 32.487 41.989 36.611 39.054 222.567Rio de Janeiro 822 482 2.890 4.115 5.411 35.573 49.293

Rio Grande do Sul 244 355 278 278 333 389 1.877Espírito Santo 11.104 3.902 10.549 15.671 10.143 12.570 63.939

Total da Região Centro-Sul 864.142 975.808 1.339.072 1.464.866 963.084 1.525.617 7.132.589Alagoas 39.866 39.406 32.265 46.423 48.788 221.201 427.949

Pernambuco 24.650 22.823 25.676 35.817 33.372 169.418 311.755Paraíba 12.111 11.276 10.232 12.569 14.943 65.552 126.684

Rio Grande do Norte 5.925 5.443 9.634 12.073 12.341 12.285 57.700Bahia 4.438 7.306 7.791 5.317 4.324 8.273 37.448

Maranhão 4.200 10.344 1.932 6.861 5.947 8.870 38.154Piauí 2.492 2.150 2.389 4.044 2.255 706 14.036

Sergipe 9.243 7.989 8.398 6.901 4.167 1.187 37.884Ceará 265 277 285 164 125 594 1.710

Amazonas 503 1.213 702 587 703 162 3.871Acre 0 0 0 0 0 526 526

Tocantins 10.376 6.964 988 300 525 0 19.153Rondônia 1.180 606 148 832 0 0 2.767

Pará 1.995 2.024 2.024 2.024 2.024 2.024 12.116Total da Região Norte-

Nordeste 117.244 117.820 102.465 133.913 129.514 490.797 1.091.754

Brasil 981.386 1.093.628 1.441.537 1.598.780 1.092.598 2.016.414 8.224.343

Estado/regiãoParticipação percentual da área de cana colhida por corte

Cana de 1º corte

Cana de 2º corte

Cana de 3º corte

Cana de 4º corte

Cana de 5º corte

Cana de 6º corte e demais

São Paulo 10,58 12,02 18,21 20,17 13,98 25,04 Paraná 11,90 9,76 20,54 24,01 16,87 16,92

Minas Gerais 12,74 17,17 18,23 23,97 11,19 16,69 Mato Grosso do Sul 19,67 21,94 24,79 15,06 8,57 9,97

Goiás 14,82 19,47 19,82 21,03 12,39 12,46 Mato Grosso 17,32 15,22 14,60 18,87 16,45 17,55 Rio de Janeiro 1,67 0,98 5,86 8,35 10,98 72,17

Rio Grande do Sul 13,02 18,93 14,79 14,79 17,75 20,71 Espírito Santo 17,37 6,10 16,50 24,51 15,86 19,66

(continua)

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37

Tabela 15 - Produtividade física da cana colhida de 1º corte (t/ha) - 2011/12

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Estado/regiãoParticipação percentual da área de cana colhida por corte

Cana de 1º corte

Cana de 2º corte

Cana de 3º corte

Cana de 4º corte

Cana de 5º corte

Cana de 6º corte e demais

Total da Região Centro-Sul 12,12 13,68 18,77 20,54 13,50 21,39 Alagoas 9,32 9,21 7,54 10,85 11,40 51,69

Pernambuco 7,91 7,32 8,24 11,49 10,70 54,34 Paraíba 9,56 8,90 8,08 9,92 11,80 51,74

Rio Grande do Norte 10,27 9,43 16,70 20,92 21,39 21,29 Bahia 11,85 19,51 20,80 14,20 11,55 22,09

Maranhão 11,01 27,11 5,06 17,98 15,59 23,25 Piauí 17,75 15,31 17,02 28,81 16,07 5,03

Sergipe 24,40 21,09 22,17 18,22 11,00 3,13 Ceará 15,48 16,19 16,69 9,60 7,32 34,73

Amazonas 12,99 31,35 18,14 15,16 18,17 4,18 Acre - - - - - 100,00

Tocantins 54,17 36,36 5,16 1,56 2,74 - Rondônia 42,67 21,90 5,35 30,09 - -

Pará 16,47 16,71 16,71 16,71 16,71 16,71 Total da Região Norte-

Nordeste 10,74 10,79 9,39 12,27 11,86 44,95

Brasil 11,93 13,30 17,53 19,44 13,28 24,52

2.2 - PRODUTIVIDADE FÍSICA DO CANAVIAL POR ESTADO E REGIÃO DE ACORDO COM A IDADE DO CORTE

A produtividade física dos canaviais, medida em toneladas por hectare está apresen-tada no item a seguir em classes de acordo com a idade do canavial.

Na tabela a seguir estão separados os números do primeiro corte da cana-de-açúcar que é maior do que os cortes posteriores da chamada ‘‘cana soca’’. Eles estão referidos ao tempo de maturação das variedades utilizadas, onde fica evidenciado o ganho proporcionado pelo material genético de ciclo mais longo na Região Centro-Sul. Na Região Nordeste, o com-portamento das variedades precoces e não pre-

coces não mostra variação significativa entre si.

Fazendo um comparativo com a safra anterior, pode-se notar que este ano não foi muito bom para as lavouras de cana-de-açúcar.

Outro ponto a ser observado é que as variedades de ciclo mais longo ou a cana-de-açúcar considerada de 18 meses sempre é mais produtiva que a cana-de-açúcar de áreas com lavouras de 12 meses independente da varie-dade cultivada.

Na tabela 15.1 é mostrada a produção física das áreas de primeiro corte, tanto de 12 meses quanto de 18 meses.

Estado/região

Produtividade fisíca da cana colhida de 1º corteVariedades precoces

(12 meses)Variedades médias e

tardias (15 a 18 meses)Produtividade

média das variedades

precoces

Produtividade média das variedades

médias e tardias

Produtividade média de todas as

variedadesÁrea de

renovaçãoÁrea de

expansãoÁrea de

renovaçãoÁrea de

expansãoSP 81,63 75,84 105,27 101,67 80,84 104,37 70,50PR 76,44 89,47 94,24 105,59 78,56 96,63 68,49

MG 83,37 74,87 95,21 93,39 78,16 94,05 67,95MS 80,49 82,62 104,61 90,23 82,07 95,86 71,73GO 78,08 78,81 94,41 90,24 78,66 91,34 68,87

(continua)

Page 38: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

38

Estado/região

Produtividade fisíca da cana colhida de 1º corteVariedades precoces

(12 meses)Variedades médias e

tardias (15 a 18 meses)Produtividade

média das variedades

precoces

Produtividade média das variedades

médias e tardias

Produtividade média de todas as

variedadesÁrea de

renovaçãoÁrea de

expansãoÁrea de

renovaçãoÁrea de

expansãoMT 89,63 67,85 89,98 71,68 79,29 81,47 59,10RJ 84,94 50,00 81,05 0,00 60,91 81,05 44,79RS 70,00 75,00 0,00 0,00 70,91 0,00 50,68ES 79,16 90,00 87,96 76,93 81,37 84,50 62,62

Região Centro-Sul (média) 80,74 79,00 101,88 93,46 80,18 98,47 69,39

AL 87,21 87,58 85,01 86,58 87,23 85,16 64,74PE 79,14 89,26 81,62 77,39 79,28 81,62 56,59PB 78,64 0,00 78,69 0,00 78,64 78,69 53,07RN 58,60 0,00 75,56 0,00 58,60 75,56 51,53BA 113,78 80,00 100,00 70,00 111,74 73,99 68,29MA 78,70 68,58 83,98 0,00 74,97 83,98 59,38PI 88,25 0,00 0,00 0,00 88,25 0,00 70,67SE 75,54 82,29 84,02 85,00 78,92 84,37 67,26CE 0,00 95,55 95,00 0,00 95,55 95,00 70,10AM 83,22 0,00 0,00 0,00 83,22 0,00 74,14AC 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100,00TO 0,00 63,00 0,00 79,00 63,00 79,00 71,33RO 0,00 60,00 65,00 58,00 60,00 62,37 56,78PA 55,00 0,00 0,00 0,00 55,00 0,00 55,00

Região Norte-Nordeste (média) 82,75 71,15 81,57 68,72 80,15 79,82 60,50

Brasil (média) 81,14 78,00 99,48 92,71 80,18 96,89 68,21Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Tabela15.1 - Produção física de cana 1º corte colhida (toneladas/hectares)

Estado/região

Produção física da cana de 1º corte colhida na safra 2011/12Variedades precoces

(12 meses)Variedades médias e

tardias (15 a 18 meses) Produção das variedades

precoces

Produção das variedades médias e tardias

Produção de todas as variedadesÁrea de

renovaçãoÁrea de

expansãoÁrea de

renovaçãoÁrea de

expansãoSão Paulo 11.883.185 1.763.525 22.953.372 7.297.588 13.646.710 30.250.961 43.897.671

Paraná 2.829.125 645.627 1.946.278 580.926 3.474.752 2.527.204 6.001.956Minas Gerais 861.294 1.223.642 2.318.052 4.033.163 2.084.936 6.351.215 8.436.151

Mato Grosso do Sul 745.265 2.193.781 2.336.051 3.132.267 2.939.046 5.468.317 8.407.363Goiás 483.038 1.950.805 1.654.512 4.408.902 2.433.843 6.063.414 8.497.257

Mato Grosso 249.083 170.227 1.601.657 1.107.895 419.310 2.709.553 3.128.862Rio de Janeiro 16.981 2.221 0 0 19.202 0 19.202

Rio Grande do Sul 7.598 17.926 0 0 25.524 0 25.524Espírito Santo 124.336 36.365 550.905 220.441 160.701 771.346 932.047

Região Centro-Sul 17.199.905 8.004.119 33.360.827 20.781.183 25.204.024 54.142.010 79.346.034Alagoas 1.788.848 129.773 1.368.373 153.623 1.918.622 1.521.996 3.440.617

Pernambuco 576.743 9.509 1.376.437 30.317 586.251 1.406.753 1.993.004Paraíba 498.579 0 454.074 0 498.579 454.074 952.652

Rio Grande do Norte 153.815 0 249.364 0 153.815 249.364 403.179Bahia 387.476 17.503 10.805 49.366 404.979 60.171 465.150

Maranhão 151.089 76.747 97.521 0 227.836 97.521 325.357(continua)

Page 39: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

39

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Tabela 16 - Produtividade física de cana-de-açúcar por corte - 2011/12

Estado/região

Produção física da cana de 1º corte colhida na safra 2011/12Variedades precoces

(12 meses)Variedades médias e

tardias (15 a 18 meses) Produção das variedades

precoces

Produção das variedades médias e tardias

Produção de todas as variedadesÁrea de

renovaçãoÁrea de

expansãoÁrea de

renovaçãoÁrea de

expansãoPiauí 219.903 0 0 0 219.903 0 219.903

Sergipe 335.295 366.827 18.591 10.687 702.122 29.278 731.401Ceará 0 17.642 7.615 0 17.642 7.615 25.257

Amazonas 41.858 0 0 0 41.858 0 41.858Acre 0 0 0 0 0 0 0

Tocantins 0 41.948 0 15.283 41.948 15.283 57.231Rondônia 0 398.386 0 216.684 398.386 216.684 615.070

Pará 109.736 0 0 0 109.736 0 109.736Região Norte-

Nordeste 4.263.342 1.058.335 3.582.778 475.960 5.321.677 4.058.738 9.380.415

Brasil 21.463.247 9.062.455 36.943.605 21.257.142 30.525.701 58.200.747 88.726.449

A tabela seguinte mostra os dados do comportamento da produtividade média de acordo com a idade de corte da cana-de-açúcar, desde o primeiro corte até as áreas com seis ou mais cortes e a perda paulatina de produti-vidade de acordo com o envelhecimento. Esta tabela também mostra a produtividade média de todo o canavial por estado produtor, eviden-ciando que as condições agronômicas locais e regionais se constituem em fator importante na determinação deste valor.

Novamente, ao fazer um comparativo com a safra anterior, pode-se notar uma re-dução na média de produtividade neste ano safra. Enquanto a média geral nesta safra está em 68,21 toneladas por hectare, na temporada passada esta média estava em 77,6 toneladas por hectare.

O comportamento de produtividade é muito variável de uma safra para outra por ser altamente dependente das condições climáticas.

Estado/regiãoProdutividade fisíca da cana de todos os cortes (t/ha)

Cana de 1º corte

Cana de 2º corte

Cana de 3º corte

Cana de 4º corte

Cana de 5º corte

Cana de 6º corte e demais

Produtividade média total área colhida

São Paulo 95,71 80,94 69,14 63,61 60,58 66,91 70,50Paraná 85,28 78,20 70,61 66,04 60,94 59,53 68,49

Minas Gerais 89,55 72,19 65,51 66,15 59,10 58,32 67,95Mato Grosso do Sul 90,54 78,33 69,79 60,46 57,79 53,90 71,73

Goiás 87,31 75,32 69,97 65,24 59,60 50,44 68,87Mato Grosso 81,17 64,74 55,49 49,39 51,90 52,62 59,10

Rio de Janeiro 72,53 65,84 56,97 47,70 36,36 43,82 44,79Rio Grande do Sul 70,91 55,00 50,00 47,00 45,00 42,00 50,68

Espírito Santo 83,94 71,01 69,84 64,13 52,03 41,81 62,62Região Centro-Sul 91,86 78,01 68,69 63,70 59,73 63,33 69,39

Alagoas 86,30 76,76 72,09 66,30 62,99 57,70 64,74Pernambuco 80,85 71,37 65,32 58,04 53,87 49,97 56,59

Paraíba 78,66 69,27 61,32 55,73 49,44 44,59 53,07Rio Grande do Norte 68,05 59,71 54,03 48,82 46,28 45,94 51,53

Bahia 104,82 88,23 64,33 57,64 56,70 47,71 68,29Maranhão 77,46 70,55 62,12 58,96 49,14 44,40 59,38

Piauí 88,25 83,07 72,00 62,76 58,56 50,29 70,67(continua)

Page 40: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

40

Estado/regiãoProdutividade fisíca da cana de todos os cortes (t/ha)

Cana de 1º corte

Cana de 2º corte

Cana de 3º corte

Cana de 4º corte

Cana de 5º corte

Cana de 6º corte e demais

Produtividade média total área colhida

Sergipe 79,13 78,54 65,98 56,46 51,11 27,58 67,26Ceará 95,39 77,18 73,49 75,95 72,81 51,71 70,10

Amazonas 83,22 88,62 68,00 65,00 62,00 50,00 74,14Acre 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100,00 100,00

Tocantins 68,76 76,00 74,00 63,00 60,00 0,00 71,33Rondônia 61,03 53,00 54,00 54,00 0,00 0,00 56,78

Pará 55,00 55,00 55,00 55,00 55,00 55,00 55,00Região Norte-Nordeste 80,97 74,20 65,97 59,94 56,05 52,52 60,50

Brasil 90,56 77,60 68,50 63,39 59,29 60,70 68,21Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

2.3 - CALENDÁRIO DE PLANTIO POR ESTADO

A cada ano-safra, a indústria precisa renovar áreas já existentes com cana-de-açúcar e/ou fazer plantios de novas áreas de expansão de seus canaviais. Neste item estão apresentados os resultados referentes ao cro-nograma de plantio das unidades de produção.

A escolha adequada da época de plantio é fundamental para o bom desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar, que necessita de condições climáticas ideais para se desenvolver e acumular açúcar. Para o seu crescimento, a cana necessita de alta disponibilidade de água, temperaturas elevadas e alto índice de radiação solar.

A cultura pode ser plantada em três

épocas diferentes: sistema de ano e meio ou cana de 18 meses, sistema de ano ou cana de 12 meses e plantio de inverno.

No sistema de ano e meio (cana de 18 meses), a cana-de-açúcar é plantada entre os meses de janeiro e março. Nos primeiros três meses, a planta inicia seu desenvolvimento, e com a chegada da seca e do inverno o cresci-mento passa a ser muito lento durante cinco meses (abril a agosto), vegetando nos sete meses subsequentes (setembro a abril), para, então, amadurecer nos meses seguintes, até completar 16 a 18 meses. Este período (janeiro a março) é considerado ideal para o plantio da cana-de-açúcar, pois apresenta boas condições de temperatura e umidade, garantindo o de-senvolvimento das gemas. Essa condição possi-bilita a brotação rápida, reduzindo a incidência de doenças nos toletes.

Quadro 3 - Cana de ano e meio (cana de 18 meses)

Quadro 4 - Cana de ano (cana de 12 meses)

2011 2012jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Plantio Desenvolvimento lento Bom desenvolvimento Maturação/colheita

2011 2012out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Plantio Desenvolvimento Colheita

No sistema de ano (cana de 12 meses), em algumas regiões a cana-de-açúcar pode ser plantada no período de outubro a novembro. Esse sistema de plantio precisa ser utilizado de forma restrita, pois apresenta algumas vanta-gens e desvantagens. As principais vantagens estão relacionadas com a possibilidade de poder se dividir esse processo em dois períodos

distintos, otimizando assim, máquinas e pes-soal. Por outro lado as desvantagens estão rela-cionadas com menor produtividade em relação à cana de 18 meses, uma vez que a cana de ano tem apenas sete ou oito meses de crescimento efetivo, além de uma maior dificuldade de pre-paro do solo, entre outras.

Page 41: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

41

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Tabela 17 - Distribuição percentual dos volumes mensais plantados - 2011/12

No Plantio de inverno, com o uso da torta de filtro que contém cerca de 70 a 80% de umi-dade aplicada no sulco de plantio, é possível plantar a cana-de-açúcar mesmo no período de estiagem. A torta fornece a umidade neces-sária para a brotação. Se ainda for feita uma fertirrigação com vinhaça, ou mesmo irrigação, o plantio da cana pode ocorrer praticamente o ano todo.

O questionário de captação de dados le-vanta com o entrevistado qual a programação da unidade em termos de renovação dos cana-viais já existentes e o plantio de novas áreas de expansão. Questiona-se a distribuição percen-tual da área de cana-de-açúcar que é plantada a cada mês do ano safra. A consolidação dos percentuais por mês para todos os estados pro-dutores está apresentada na Tabela 17, abaixo.

Estado/regiãoCalendário declarado de plantio na safra 2011/12 (em %)

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezSP 3,86 12,20 15,09 16,41 12,67 7,98 6,13 3,91 4,91 7,55 6,47 2,81 PR 6,01 7,51 10,94 7,52 8,82 8,79 8,26 9,36 9,50 8,17 7,35 7,78

MG 5,72 12,42 14,69 16,89 10,03 6,31 6,22 7,02 5,73 5,33 6,00 3,64 MS 5,55 9,45 14,36 14,10 7,58 7,68 6,41 5,80 7,07 8,95 8,46 4,60 GO 4,09 13,82 14,84 20,54 7,83 5,30 3,79 4,23 5,13 7,95 7,08 5,39 MT - 6,07 14,78 19,09 12,59 7,19 7,15 7,08 7,91 8,21 5,03 4,89 RJ - 15,00 50,00 35,00 - - - - - - - - RS - - - 15,00 35,00 35,00 10,00 5,00 - - - - ES 2,58 2,94 17,34 19,31 19,37 7,61 6,63 4,70 3,58 5,33 6,31 4,29

Região Centro-Sul 4,33 11,45 14,76 16,10 10,97 7,44 6,11 5,13 5,72 7,44 6,65 3,90 AL 8,47 6,98 3,12 - 1,64 8,51 16,71 14,60 10,37 9,99 9,73 9,88 PE 3,41 2,78 3,29 2,73 9,90 17,69 20,69 15,11 6,99 5,24 6,15 6,03 PB 3,45 3,45 2,25 8,29 14,06 23,52 14,45 7,33 5,38 6,45 5,87 5,49 RN 2,61 1,96 1,96 - 13,72 17,04 17,04 13,72 8,04 8,04 8,04 7,84 BA 8,16 5,34 3,22 8,31 11,42 13,06 13,86 6,14 7,97 7,17 7,39 7,96 MA 0,05 0,02 12,20 32,07 11,94 4,20 4,98 2,31 2,22 1,86 13,10 15,06 PI 1,60 - 1,00 14,09 20,86 18,53 10,51 10,00 10,00 4,00 4,00 5,41 SE - - - - 5,81 14,52 29,55 27,03 11,29 4,87 3,68 3,25 CE - - - - - - 2,00 29,00 17,00 14,00 23,00 15,00 AM 25,00 7,00 - - - - - 5,00 29,00 17,00 17,00 - AC - - - - - - - - - - - - TO 8,00 6,00 8,00 8,00 14,00 6,00 3,00 2,00 4,00 9,00 17,00 15,00 RO 2,00 7,00 11,00 9,00 11,00 6,00 7,00 7,00 12,00 13,00 8,00 7,00 PA - - - - - - - - - - - -

Região Norte-Nordeste 5,21 4,11 3,66 4,76 7,88 12,63 16,23 12,85 8,27 7,36 8,62 8,43

Brasil 4,41 10,75 13,70 15,02 10,68 7,94 7,07 5,86 5,96 7,43 6,84 4,34

As áreas de plantio informadas pelas unidades de produção estão apresentadas na Tabela 18. Neste ano safra de 2011/12, somando as áreas de renovação e expansão chega-se perto de 1,5 milhão de hectares. Comparando

este resultado ao total de áreas destinadas à colheita e moagem de 8.047.962 hectares, esti-ma-se uma renovação e/ou expansão de 18,52% nas áreas para a próxima safra.

Page 42: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

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Tabela 18 - Área declarada de novos plantios de cana (em ha) - 2011/12

Tabela 19 - Distribuição dos totais mensais plantados (em ha) - 2011/12

Estado/regiãoÁrea programada de cana para ser plantada na safra (em ha)

Áreas programadas de renovação Áreas programadas de expansão TotalSão Paulo 497.610 211.445 709.055

Paraná 89.914 39.557 129.471 Minas Gerais 67.230 109.646 176.876

Mato Grosso do Sul 23.811 94.626 118.437 Goiás 40.805 110.970 151.775

Mato Grosso 24.849 15.705 40.554 Rio de Janeiro 1.232 6.396 7.628

Rio Grande do Sul 250 50 300 Espírito Santo 9.080 6.131 15.211

Total da Região Centro-Sul 754.781 594.526 1.349.307 Alagoas 45.213 3.543 48.756

Pernambuco 28.625 1.450 30.075 Paraíba 12.550 350 12.900

Rio Grande do Norte 8.685 500 9.185 Bahia 4.120 1.462 5.582

Maranhão 9.859 349 10.208 Piauí 1.900 725 2.625

Sergipe 6.239 5.019 11.258 Ceará - 560 560

Amazonas 1.376 - 1.376 Acre - - -

Tocantins - 8.500 8.500 Rondônia - 718 718

Pará - - - Total da Região Norte-Nordeste 118.567 23.176 141.743

Brasil 873.348 617.702 1.491.050 Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Com base nestas informações de plantio e distribuição percentuais mensais, pode-se cal-cular a área de cana-de-açúcar nova a ser plan-

tada no decorrer do ano-safra, tanto nas áreas de expansão, como de renovação, apresentados na Tabela 19, e ilustrado no gráfico seguinte.

Estado/região

Calendário declarado de plantio (em ha) Área de plantioJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

SP 27.341 86.524 107.012 116.380 89.850 56.584 43.476 27.727 34.813 53.523 45.898 19.927 709.055 PR 7.780 9.725 14.159 9.740 11.419 11.381 10.691 12.120 2.294 10.579 9.513 10.071 129.471

MG 10.109 21.965 25.982 29.881 17.746 11.166 10.994 12.424 10.130 9.431 10.617 6.431 176.876 MS 6.569 11.194 17.012 16.698 8.973 9.099 7.591 6.863 8.373 10.595 10.022 5.447 118.437 GO 6.215 20.980 22.519 31.181 11.888 8.045 5.750 6.426 7.792 12.064 10.739 8.175 151.774 MT - 2.462 5.995 7.743 5.105 2.914 2.899 2.871 3.209 3.329 2.041 1.984 40.554 RJ - 1.144 3.814 2.670 - - - - - - - - 7.628 RS - - - 45 105 105 30 15 - - - - 300 ES 392 448 2.637 2.937 2.947 1.158 1.009 714 545 811 960 646 15.204

Região Centro-Sul 58.406 154.443 199.131 217.275 148.032 100.452 82.440 9.160 77.155 100.332 89.790 2.690 1.349.307

(continua)

Page 43: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

43

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Estado/região

Calendário declarado de plantio (em ha) Área de plantio (em Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

AL 4.130 3.404 1.520 - 799 4.151 8.145 7.121 5.055 4.870 4.746 4.815 48.756 PE 1.025 836 988 821 2.977 5.320 6.223 4.544 2.103 1.577 1.849 1.813 30.075 PB 445 445 290 1.070 1.814 3.034 1.864 946 695 833 758 708 12.900 RN 240 180 180 - 1.260 1.565 1.565 1.260 739 739 739 720 9.185 BA 456 298 180 464 637 729 774 343 445 400 412 444 5.582 MA 5 2 1.246 3.274 1.218 429 508 236 226 190 1.337 1.537 10.208 PI 42 - 26 370 548 486 276 263 263 105 105 142 2.625 SE - - - - 654 1.634 3.327 3.043 1.271 548 414 366 11.258 CE - - - - - - 11 162 95 78 129 84 560 AM 344 96 - - - - - 69 399 234 234 - 1.376 AC - - - - - - - - - - - - - TO 680 510 680 680 1.190 510 255 170 340 765 1.445 1.275 8.500 RO 14 50 79 65 79 43 50 50 86 93 57 50 718 PA - - - - - - - - - - - - -

Região Norte-

Nordeste 7.381 5.822 5.188 6.743 11.176 17.902 22.999 18.207 11.716 10.432 12.224 11.953 141.743

Brasil 65.787 60.266 204.319 224.018 159.208 118.354 105.439 87.367 88.871 110.764 102.014 64.643 1.491.050

Total da Região Centro-Sul

Total da Região Norte-Nordeste

250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

-Jan Fev Mar Abr Mai Jun AgoJul Set Nov DezOut

Gráfico 5 - Distribuição do plantio em hectares

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

2.4 - CALENDÁRIO DE COLHEITA POR ESTADO

O questionário traz também, como no plantio, a informação do percentual mensal da colheita para todos os estados produtores. Como

está disponível também o volume total colhido na safra, pode-se calcular o montante mensal da cana-de-açúcar que é colhida e processada pelas unidades de produção. Inicialmente, são apresentados os percentuais da colheita mensal dos estados e regiões, conforme Tabela 20 abaixo:

Page 44: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

44

Tabela 20 - Distribuição percentual dos volumes mensais colhidos no período da safra

Tabela 21 - Distribuição percentual dos volumes mensais colhidos no período da safra

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Estado/região

Calendário declarado de colheita na safra 2011/12 (em %)2011 2012

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar AbrSP 4,4% 15,5% 17,0% 16,4% 16,1% 16,5% 8,5% 3,8% 1,8% - - - - PR 8,6% 14,9% 13,8% 12,4% 13,8% 18,6% 6,2% 8,9% 2,3% 0,5% - - -

MG 2,3% 12,7% 15,3% 17,8% 17,7% 14,5% 9,3% 8,0% 1,5% 0,5% 0,2% 0,1% - MS 6,3% 13,5% 15,5% 11,7% 15,0% 14,1% 9,2% 10,2% 2,4% 1,1% 1,0% - - GO 3,7% 15,3% 16,7% 17,4% 17,1% 14,7% 10,2% 2,7% 2,2% - - - - MT 3,6% 16,1% 17,1% 17,1% 19,8% 15,4% 8,1% 2,0% 0,6% 0,1% 0,1% 0,1% - RJ - - 8,0% 24,1% 19,2% 20,8% 13,8% 8,6% 5,5% - - - - RS - - 4,5% 14,1% 10,5% 29,4% 16,4% 15,6% 9,5% - - - - ES 2,4% 10,1% 14,4% 13,5% 14,5% 13,5% 9,1% 6,2% 5,8% 6,22% 4,00% 0,14% -

Centro-Sul 4,5% 14,9% 16,4% 16,0% 16,2% 16,1% 8,6% 5,0% 1,9% 0,2% 0,1% 0,0% -

AL - - - - - 7% 18% 16% 18% 16,2% 15,0% 8,9% 0,1%PE - - - - - 12% 19% 17% 18% 12,3% 14,0% 6,7% 0,6%PB - - - - - 21% 19% 12% 14% 9,7% 11,5% 13,1% 0,4%RN - - - - - 21% 13% 18% 15% 14,1% 18,4% - 0,5%BA - 7,5% 7,9% 9,0% 15,6% 14% 15% 11% 5% 2,7% 10,7% 1,9% - MA - 6,3% 10,2% 18,4% 18,5% 26% 10% 10% 1% - - - - PI - - 2,4% 8,7% 29,1% - 25,8% 24,3% 7,9% 1,8% - - - SE - - - - - 0,70% 4,2% 14,3% 25,3% 27,0% 19,1% 8,4% 0,9%CE - - - - - 3,61% 20,4% 34,1% 41,9% - - - - AM - - - 12,1% 27,7% 24,8% 22,0% 13,4% - - - - - AC - - - - - - - - - - - - - TO - - 28,3% 24,6% 14,7% 15,5% 12,6% 4,2% - - - - - RO - - 9,6% 26,3% 23,6% 17,5% 11,6% 10,3% 1,1% - - - - PA - - 7,0% 16,1% 18,1% 15,3% 14,5% 12,5% 15,4% 1,1% - - -

Norte-Nordeste - 0,5% 1,4% 1,9% 2,3% 11,4% 17,3% 15,4% 16,1% 12,9% 13,2% 7,3% 0,3%

Brasil 4,0% 13,2% 14,6% 14,3% 14,5% 15,6% 9,7% 6,2% 3,6% 1,7% 1,7% 0,9% 0,0%

Na Tabela 21 abaixo estão calculados os volumes físicos da colheita mensal nos estados e nas regiões.

Pode se observar que a grande concen-tração da colheita no Centro-Sul ocorre a partir de abril, se intensificando até outubro, come-

çando a declinar até novembro e praticamente fechando em dezembro. Já na Região Nordeste, o início ocorre em setembro, com fechamento em abril do ano seguinte. Em alguns estados da Região Norte, o calendário de colheita pratica-mente acompanha a Região Centro-Sul.

Estado/região

Calendário declarado de colheita na safra 2011/12 (em mil toneladas) 2011 2012

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar AbrSP 13.365 47.341 52.086 49.978 49.062 50.479 26.101 11.588 5.636 - - - - PR 3.483 6.018 5.597 5.041 5.605 7.528 2.518 3.620 924 186 - - -

MG 1.176 6.358 7.710 8.930 8.914 7.273 4.686 4.006 759 263 93 74 - MS 2.140 4.575 5.261 3.970 5.076 4.778 3.121 3.442 797 371 328 - - GO 1.676 6.936 7.567 7.848 7.733 6.631 4.626 1.219 985 - - - - MT 473 2.122 2.248 2.244 2.602 2.032 1.064 267 79 7 8 7 -

(continua)

Page 45: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

45

Gráfico 6 - Distribuição dos volumes mensais colhidos no período da safra 2011/2012 - Região Centro-Sul

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Estado/região

Calendário declarado de colheita na safra 2011/12 (em mil toneladas) 2011 2012

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar AbrRJ - - 176 533 424 459 305 191 121 - - - - RS 0 - 4 13 10 28 16 15 9 - - - - ES 98 404 576 542 579 541 366 249 233 249 160 5 -

Centro-Sul 22.410 73.755 81.226 79.099 80.005 79.749 42.803 24.596 9.543 1.076 589 86 -

AL - - - - - 2.012 5.020 4.503 5.051 4.476 4.162 2.468 15 PE - - - - - 2.134 3.396 3.018 3.166 2.178 2.467 1.183 101 PB - - - - - 1.396 1.252 806 938 654 773 879 24 RN - - - - - 633 382 525 452 420 547 - 14 BA - 193 202 231 400 349 376 279 137 68 274 48 - MA - 142 231 416 419 585 233 219 21 - - - - PI - - 24 87 289 - 256 241 78 18 - - - SE - - - - - 18 108 365 646 687 487 214 24 CE - - - - - 4 24 41 50 - - - - AM - - - 35 79 71 63 38 - - - - - AC - - - - - - - - - - - - - TO - - 387 336 201 212 172 58 - - - - - RO - - 15 41 37 27 18 16 2 - - - - PA - - 46 107 121 102 97 84 103 7 - - -

Norte-Nordeste - 335 906 1.253 1.546 7.543 11.398 10.193 10.643 8.508 8.709 4.792 178

Brasil 22.410 74.090 82.131 80.352 81.551 87.292 54.201 34.789 20.187 9.584 9.298 4.878 178

Com as informações de colheita mensal da Tabela 21, é possível visualizar os gráficos abaixo, divididos nas duas grandes regiões pro-dutivas que mostram o quanto é colhido a cada mês de safra.

Na Região Centro-Sul a colheita começa a partir de abril e finaliza, praticamente, até o final de dezembro.

SP

PR

MG

MS

GO

MT

RJ

RS

ES

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0Jan JanFev FevMar MarAbr AbrMai MaiJun JunAgoJul Set Nov DezOut

Volu

me

men

sal c

olhi

do (e

m to

nela

das)

Page 46: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

46

Gráfico 7 - Distribuição dos volumes mensais colhidos no período da safra 2011/2012 - Região Norte-Nordeste

Tabela 22 - Procedência das áreas colhidas de acordo com o domínio - 2011/12

22

17

12

7

2

Jan JanFev FevMar MarAbr AbrMai Jun AgoJul Set Nov DezOutVolu

me

men

sal c

olhi

do (e

m m

ilhõe

s de

tone

lada

s)

AL

PE

PB

RN

BA

MA

PI

SE

CE

AM

TO

RO

PA

Na Região Norte e Nordeste, a colheita tem seu início a partir de maio, com pequena representatividade, e em termos de volume sig-nificativo nos principais estados produtores, só a partir de setembro, se estendendo até abril do ano posterior, como mostrado no Gráfico 07.

2.5 - ÁREA DE COLHEITA DA CANA-DE-AÇÚCAR NAS UNIDADES DE PRODUÇÃO E DOS FORNECEDORES POR ESTADO E REGIÃO

Esta parte do trabalho faz uma distinção da cana-de-açúcar quanto a sua origem em re-lação ao seu domínio. Neste item estão mos-trados os dados referentes à cana-de-açúcar originada das próprias unidades de produção e daquela adquirida de agricultores indepen-dentes (fornecedores).

A cana-de-açúcar originada de produção

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

das próprias usinas está referida como “cana própria”. Esta produção advém das áreas pró-prias das indústrias e/ou de áreas arrendadas por estas e com total controle da produção por parte das próprias indústrias. Uma parte im-portante da cana-de-açúcar, cujo montante não é conhecido, é cultivada em terras arrendadas de terceiros. As indústrias se encarregam de todas as tarefas agrícolas necessárias para a produção, como se fosse em suas propriedades, e pagam pelo uso da terra.

A cana considerada de fornecedores in-dependentes é aquela que os próprios produ-tores se encarregam de cuidar por seus próprios meios, da produção da cana-de-açúcar que é vendida às unidades de produção. No entanto, em geral a colheita e o transporte da cana-de-açúcar madura são feitos pelas unidades de produção de acordo com a sua programação de moagem. Os dados por estado e região que indicam a área dessas duas classes de agentes produtores estão descritos na Tabela 22.

Estado/regiãoÁrea de corte declarada nos questionários (em ha)

Área cortada de cana própria das unidades de produção

Área cortada de cana de fornecedores independentes Total Propria

(%)Fornecedores

(%)São Paulo 2.481.073 1.854.194 4.335.267 57,23 42,77

Paraná 529.904 61.705 591.609 89,57 10,43 Minas Gerais 426.186 313.207 739.394 57,64 42,36

(continua)

Page 47: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

47

Tabela 23 - Área média de corte de acordo com a procedência da cana - safra 2011/12

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

A partir das informações sobre a colheita das unidades de produção de área total própria e dos produtores independentes, é possível cal-

cular a área média da cana-de-açúcar que é pro-cessada por cada unidade nos estados produ-tores, conforme mostrado na tabela seguinte:

Estado/regiãoÁrea de corte declarada nos questionários (em ha)

Área cortada de cana própria das unidades de produção

Área cortada de cana de fornecedores independentes Total Propria

(%)Fornecedores

(%)Mato Grosso do Sul 352.947 119.096 472.043 74,77 25,23

Goiás 514.315 142.285 656.600 78,33 21,67 Mato Grosso 195.347 27.220 222.567 87,77 12,23 Rio de Janeiro 5.353 43.942 49.295 10,86 89,14

Rio Grande do Sul 1.877 - 1.877 100,00 - Espírito Santo 36.228 27.711 63.939 56,66 43,34

Total da Região Centro-Sul 4.543.230 2.589.360 7.132.591 63,70 36,30 Alagoas 281.591 146.359 427.949 65,80 34,20

Pernambuco 188.300 123.455 311.755 60,40 39,60 Paraíba 69.397 57.286 126.684 54,78 45,22

Rio Grande do Norte 45.543 12.157 57.700 78,93 21,07 Bahia 25.996 11.452 37.448 69,42 30,58

Maranhão 37.551 603 38.154 98,42 1,58 Piauí 11.619 2.417 14.036 82,78 17,22

Sergipe 27.993 9.892 37.884 73,89 26,11 Ceará 1.053 657 1.710 61,59 38,41

Amazonas 3.871 - 3.871 100,00 - Acre 526 - 526 100,00 -

Tocantins 19.153 - 19.153 100,00 - Rondônia 2.329 438 2.767 84,17 15,83

Pará 12.116 0 12.116 100,00 - Total da Região Norte-

Nordeste 727.038 364.716 1.091.754 66,59 33,41

Brasil 5.270.269 2.954.076 8.224.344 64,08 35,92

Estado/região

Área média de corte das unidades de produção (em ha)Área própria de cultivo

das unidades de produção

Área de cultivo dos produtores independentes

Área média de cultivo das unidades de

produção

Área média de corte das 3 maiores unidades de

produçãoSão Paulo 14.680,91 10.971,56 25.652,47 85.792,00

Paraná 18.272,56 2.127,75 20.400,31 43.573,00Minas Gerais 9.470,81 6.960,16 16.430,97 56.584,00

Mato Grosso do Sul 16.806,98 5.671,26 22.478,24 44.103,00Goiás 15.126,91 4.184,86 19.311,77 45.253,00

Mato Grosso 21.705,23 3.024,44 24.729,67 42.563,00Rio de Janeiro 1.338,32 10.985,42 12.323,37 13.433,00

Rio Grande do Sul 1.876,97 - 1.876,97 -Espírito Santo 6.037,94 4.618,50 10.656,44 18.082,00

Região Centro-Sul 14.286,89 8.142,64 22.429,53 85.792,00Alagoas 11.732,95 6.098,28 17.831,22 30.422,00

Pernambuco 8.559,10 5.611,60 14.170,70 26.125,00Paraíba 7.710,81 6.365,15 14.075,96 22.864,00

(continua)

Page 48: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

48

Estado/região

Área média de corte das unidades de produção (em ha)Área própria de cultivo

das unidades de produção

Área de cultivo dos produtores independentes

Área média de cultivo das unidades de

produção

Área média de corte das 3 maiores unidades de

produçãoRio Grande do Norte 11.385,73 3.039,37 14.425,10 20.076,00

Bahia 4.332,74 1.908,60 6.241,34 12.207,00Maranhão 9.387,74 150,71 9.538,45 10.603,00

Piauí 11.619,26 2.417,05 14.036,31 -Sergipe 4.665,47 1.648,61 6.314,08 11.097,00Ceará 351,14 218,98 570,12 1.458,00

Amazonas 3.870,64 - 3.870,64 -Acre 526,22 - 526,22 -

Tocantins 19.152,56 - 19.152,56 -Rondônia 2.328,74 437,97 2.766,72 -

Pará 12.115,82 - 12.115,82 -Região Norte-

Nordeste 8.655,21 4.341,85 12.997,07 33.300,00

Brasil 13.110,12 7.348,45 20.458,56 64.966,00Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Um aspecto a ser notado neste caso está em que, com exceção dos estados com pouca tra-dição nessa atividade, a área cultivada de cana-de-açúcar das unidades por estado, em média, está em padrões bastante próximos entre si e variam no intervalo de 10 a 20 mil hectares de cultivo. Esse fato indica que existem padrões que otimizam os ganhos de escala de produção e apropriação das externalidades no dimensio-namento agrícola e industrial das unidades.

Outra informação incluída na tabela apresentada se refere às áreas de corte, asso-ciadas às três maiores unidades de produção dos estados produtores e das regiões conside-radas. Os números revelam que as maiores uni-dades mencionadas na apresentação do item 2 estão próximas de seu limite viável de cres-cimento, e muito acima dos padrões médios, especialmente nos maiores estados produtores da Região Centro-Sul.

2.6 - SISTEMA DE COLHEITA UTILIZADO POR ESTADO

Dentre todas as etapas de produção da cana-de-açúcar, a colheita é a fase que mais sofre mudanças devido às novas exigências so-cioambientais e pela necessidade de redução de custos. O tipo de colheita da cana-de-açúcar pode influenciar a produção e longevidade da cultura, os atributos físicos, químicos e bio-

lógicos do solo, o meio ambiente e a saúde pública.

No sistema de colheita manual, ge-ralmente é realizada a queimada que elimina cerca de 30% da matéria seca, diminuindo o teor de matéria orgânica no solo. O Decreto Lei Estadual 47.700, de 11 de março de 2003, regulamenta a Lei Estadual 11.241, de 19 de se-tembro de 2002, que determinou prazos para a eliminação gradativa do emprego do fogo para despalha da cana-de-açúcar nos canaviais pau-listas, sendo de grande interesse agrícola e eco-lógico, estabelecendo prazos, procedimentos, regras e proibições que visam a regulamentar as queimas em práticas agrícolas.

A colheita mecanizada da cana-de-açúcar está cada vez mais presente nos sis-temas de produção no Brasil. No sistema de colheita mecanizada sem queima, as folhas, bainhas, ponteiro, além de quantidade variável de pedaços de colmo são cortados, triturados e lançados sobre a superfície do solo, formando uma cobertura de resíduo vegetal denominada palha ou palhada. Observa-se também que não é uma regra geral que a colheita de cana-de-açúcar mecanizada seja sempre crua, ou seja, sem queima. É comum ser feita a colheita me-canizada com a queima dos canaviais para a melhoria do rendimento das colhedeiras.

São apresentados nesta parte do tra-balho os dados coletados sobre o sistema de co-

Page 49: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

49

lheita da cana-de-açúcar, se através do método tradicional de corte manual, carregamento da cana-de-açúcar inteira nos caminhões com o uso de guinchos mecânicos ou através de co-lhedeiras mecânicas e transporte da cana-de-açúcar picada em pequenos toletes em carretas apropriadas para esta tarefa.

O ponto central da discussão sobre este assunto está na necessidade da queima da palha previamente ao corte quando o sistema é manual, fato que provoca a emissão de gases. No caso da colheita mecânica, esta queima não é necessária, apesar de que se a cana-de-açúcar for previamente queimada, aumenta o rendimento da máquina e facilita o processo. Neste caso, ocorre a perda da palha da mesma forma que na colheita manual. As questões ambientais associadas ao sistema de corte da cana-de-açúcar, se manual ou mecanizado, são assuntos na agenda de discussão em vários es-tados. Isso decorre do fato de que na colheita manual a queima prévia da palha é essencial para facilitar a tarefa de corte e aumentar em quase três vezes a quantidade diária de cana-de-açúcar que poderia ser cortada sem o uso da queimada, além de reduzir o esforço físico despendido no trabalho. No entanto, a fumaça, os gases e o material particulado que emanam dos incêndios controlados criam problemas am-bientais que têm provocado ampla discussão

sobre seus efeitos sobre a saúde humana da po-pulação circunvizinha e a forma de equacionar este assunto.

Como o corte da cana-de-açúcar crua, devido às dificuldades operacionais que apre-sentam e pela relutância dos cortadores em aceitar este tipo de trabalho, não é uma opção viável e a alternativa que resta está na colheita mecânica com o uso de colhedeiras especial-mente desenhadas para este fim, sem a neces-sidade de queima da cana-de-açúcar.

Considerando esse aspecto do setor sucroalcooleiro, os números coletados nas uni-dades de produção visitadas estão consolidados na Tabela 24 seguinte.

De acordo com as informações decla-radas pelos interlocutores das unidades de produção, o processo de substituição do corte manual pelas máquinas está ocorrendo de forma bastante rápida e já representa 71,6% do total da área com colheita mecânica na safra 2011/12 na Região Centro-Sul. Nos estados da Região Nordeste, onde as áreas de produção são acidentadas e com declives acentuados (especialmente o estado de Pernambuco) e por outro lado existe maior disponibilidade de mão de obra, esta transformação está mais lenta e apenas em seu início.

Tabela 24 - Participação da colheita mecânica e manual no total da área colhida e da produção - 2011/12

Estado/região

Participação da colheita mecânica e manual no total da área colhida e da produção

Percentual de colheita

manual

Área estimada de colheita

manual (ha)

Percentual de colheita mecânica

Área estimada de colheita

mecânica (ha)

Volume declarado de

colheita manual (t)

Volume declarado

de colheita mecânica (t)

Total cana colhida (t)

São Paulo 27,76 1.203.470 72,24 3.131.797 84.844.641 220.791.675 305.636.316 Paraná 51,68 305.744 48,32 285.865 20.940.375 19.578.926 40.519.301

Minas Gerais 26,83 198.379 73,17 541.014 13.479.874 36.761.924 50.241.798 Mato Grosso

do Sul 10,09 47.629 89,91 424.414 3.416.439 30.443.211 33.859.650 Goiás 20,43 134.143 79,57 522.457 9.238.459 35.981.607 45.220.066

Mato Grosso 24,89 55.397 75,11 167.170 3.273.958 9.879.751 13.153.709 Rio de Janeiro 81,30 40.076 18,70 9.218 1.794.986 412.869 2.207.855

Rio Grande do Sul 100,00 1.877 - - 95.125 - 95.125

Espírito Santo 60,45 38.651 39,55 25.288 2.420.319 1.583.517 4.003.836 Região

Centro-Sul 28,40 2.025.366 71,60 5.107.223 139.504.177 355.433.479 494.937.656

Alagoas 84,92 363.415 15,08 64.535 23.527.461 4.177.981 27.705.442 Pernambuco 98,44 306.892 1,56 4.863 17.367.017 275.219 17.642.236

Paraíba 88,63 112.280 11,37 14.404 5.958.685 764.417 6.723.102 (continua)

Page 50: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

50

Estado/região

Participação da colheita mecânica e manual no total da área colhida e da produção

Percentual de colheita

manual

Área estimada de colheita

manual (ha)

Percentual de colheita mecânica

Área estimada de colheita

mecânica (ha)

Volume declarado de

colheita manual (t)

Volume declarado

de colheita mecânica (t)

Total cana colhida (t)

Rio Grande do Norte 50,91 29.375 49,09 28.325 1.513.708 1.459.593 2.973.301 Bahia 99,06 37.096 0,94 352 2.533.286 24.039 2.557.325

Maranhão 74,78 28.531 25,22 9.622 1.694.195 571.377 2.265.572 Piauí 100,00 14.036 - - 991.946 - 991.946

Sergipe 100,00 37.884 - - 2.548.110 - 2.548.110 Ceará 33,90 580 66,10 1.131 40.645 79.251 119.896

Amazonas 14,64 567 85,36 3.304 42.012 244.957 286.969 Acre 100,00 526 - - 52.622 - 52.622

Tocantins - - 100,00 19.153 - 1.366.152 1.366.152 Rondônia 44,13 1.221 55,87 1.546 69.324 87.767 157.091

Pará 100,00 12.116 - - 666.370 - 666.370 Região Norte-

Nordeste 86,51 944.519 13,49 147.234 57.005.381 9.050.753 66.056.134

Brasil 36,11 2.969.885 63,89 5.254.458 196.509.558 364.484.232 560.993.790 Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Os números referentes à quantidade de colhedeiras em uso, conforme declarado nos questionários, e uma simulação de sua capaci-dade operacional estão mostrados na Tabela 25.

Os dias efetivos de operação de cada máquina foram estimados como sendo 90,0% dos dias corridos de moagem, conforme apresentado na Tabela 02.

Tabela 25 - Colhedeiras em uso - 2011/12

Estado/região

Indicadores sobre a colheita mecanizadaQuantidade média de

cana cortada por dia de operação (t)

Dias efetivos de operação de cada máquina na safra

Total médio de cana colhida por máquina no período da

safra (t)

Número de colhedeiras em

atividadeSão Paulo 440,78 181 79.736,97 2.769

Paraná 405,97 206 83.670,62 234Minas Gerais 450,93 167 75.486,50 487

Mato Grosso do Sul 383,80 200 76.683,15 397Goiás 443,14 165 72.985,00 493

Mato Grosso 524,41 156 81.650,83 121Rio de Janeiro 263,65 157 41.286,89 10

Rio Grande do Sul - 122 - - Espírito Santo 422,95 187 79.175,86 20

Região Centro-Sul 436,49 180 78.444,82 4.531Alagoas 492,02 167 81.921,19 51

Pernambuco 582,47 158 91.739,63 3Paraíba - 176 - 9

Rio Grande do Norte 399,45 131 52.128,34 28Bahia - 155 - 1

Maranhão - 131 - 7Piauí - 153 - -

Sergipe - 151 - - Ceará 71,24 93 6.604,27 12

Amazonas 226,81 108 24.495,67 10(continua)

Page 51: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

51

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

No que diz respeito ao corte manual, como não se tem a quantidade de trabalha-dores utilizados na safra, assume-se alguns pressupostos que permitiram simular o nú-mero de cortadores em atividade nos estados produtores e a quantidade de indivíduos que são substituídos com a entrada em operação de

Tabela 26 - Estimativa do número de cortadores em atividade - 2011/12

Estado/região

Indicadores sobre a colheita mecanizadaQuantidade média de

cana cortada por dia de operação (t)

Dias efetivos de operação de cada máquina na safra

Total médio de cana colhida por máquina no período da

safra (t)

Número de colhedeiras em

atividadeAcre - 43 - -

Tocantins 365,07 178 65.054,86 21Rondônia 69,66 126 8.776,67 10

Pará - 144 - - Região Norte-

Nordeste 386,20 154 59.544,42 152

Brasil 446,33 174 77.831,35 4.683

uma nova máquina. Neste sentido admite-se que a semana de trabalho é de cinco dias úteis e que a quantidade média da cana-de-açúcar cor-tada por dia de trabalho está em 7 a 8 toneladas diárias, de acordo com o estado. Os resultados estão apresentados na Tabela seguinte:

Estado/região

Indicadores sobre a colheita manualQuantidade estimada

de cana cortada por dia de trabalho (t)

Cana colhida manualmente (t)

Dias úteis de trabalho no período

da safra (dias)

Total médio de cana cortada por trabalhador no

período da safra (t)São Paulo 8,0 84.844.641 144 1.149

Paraná 8,0 20.940.375 164 1.309Minas Gerais 8,0 13.479.874 133 1.063

Mato Grosso do Sul 8,0 3.416.439 159 1.269Goiás 8,0 9.238.459 131 1.046

Mato Grosso 8,0 3.273.958 124 989Rio de Janeiro 7,0 1.794.986 124 870

Rio Grande do Sul 7,0 95.125 96 675Espírito Santo 7,0 2.420.319 149 1.040

Região Centro-Sul 8,0 139.504.177 143 1.141Alagoas 7,0 23.527.461 132 925

Pernambuco 7,0 17.367.017 125 875Paraíba 7,0 5.958.685 139 975

Rio Grande do Norte 7,0 1.513.708 104 725Bahia 7,0 2.533.286 123 860

Maranhão 7,0 1.694.195 104 725Piauí 7,0 991.946 121 850

Sergipe 7,0 2.548.110 120 840Ceará 6,0 40.645 74 441

Amazonas 7,0 42.012 86 600Acre 7,0 52.622 34 240

Tocantins 7,0 - 141 990Rondônia 7,0 69.324 100 700

Pará 7,0 666.370 114 800Região Norte-Nordeste 7,0 57.005.381 122 857

Brasil 7,7 196.509.558 138 1.066

Page 52: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

52

Dos resultados encontrados, é chamada a atenção para dois pontos importantes: o pri-meiro diz respeito ao número de cortadores em atividade na safra 2011/12, estimados em 186.205 pessoas, que é 18,7% menor que os 229.020 tra-balhadores calculados na safra 2010/11. Na safra passada esse percentual de perda de postos de trabalho ficou em 8,02% com a mecanização da colheita. A diferença entre os números indica que o crescimento do total da área de cana-de-açúcar colhida mecanicamente está avançando firme na região.

Em segundo, a quantidade estimada de cortadores que são substituídos por cada má-quina adicionada no processo está entre 60 e 80 indivíduos, ou seja, a mudança provoca a perda de uma grande quantidade de postos de trabalho para uma classe de trabalhadores com poucas opções de emprego.

2.7 - ÁREA DE CULTIVO DE MUDAS POR ESTADO

As mudas são canas jovens, com oito a dez meses, plantadas em condições ótimas, bem fertilizadas, com controle de pragas e doenças.

Constituindo o pilar da cultura canavieira, os estudos e pesquisas de novas variedades as-sociadas ao clima, solo e manejo com excelente

desempenho dos programas desenvolvidos por instituições do setor levaram ao significativo avanço no desenvolvimento de novas varie-dades de cana-de-açúcar cada vez mais pro-dutivas, com maior potencial de acúmulo de sacarose, resistentes às principais doenças e adaptadas às condições atuais de manejo como, por exemplo, a colheita de cana crua. Tudo isso tem colaborado significativamente para o au-mento da competitividade do setor.

Neste momento de renovação e/ou ex-pansão é que se incorpora estas novas tecnolo-gias para melhoria do setor.

A renovação periódica e a expansão dos canaviais requerem a disponibilização de mudas de boa qualidade e do material genético adequado para o plantio. A consecução de um estande adequado de plantas está associada à quantidade de gemas viáveis que os colmos das mudas apresentam. Desta forma, a quan-tidade de mudas necessárias para o plantio de um hectare de cana-de-açúcar pode variar de 12 a 18 toneladas por hectares, dependendo do sistema de plantio de cada unidade (se manual ou mecânico). Para facilitar a realização desse procedimento, todas as unidades de produção dispõem de áreas próprias de cultivo de mudas de acordo com suas necessidades. Estas áreas, que são coletadas nos questionários, e a quanti-dade de cana-de-açúcar disponível para plantio estão apresentadas na tabela abaixo.

Estado/regiãoÁreas, rendimento e produção declarada de mudas

Área destinada aos canteiros de mudas (ha) Produtividade média (t/ha) Produção de mudas (t)

São Paulo 129.199,30 79,17 10.228.449,61 Paraná 23.366,99 75,16 1.756.241,07

Minas Gerais 40.692,42 74,44 3.029.299,00 Mato Grosso do Sul 22.616,57 66,03 1.493.442,72

Goiás 34.535,34 76,48 2.641.169,93 Mato Grosso 10.352,48 78,14 808.990,61 Rio de Janeiro 1.400,00 75,00 105.000,00

Rio Grande do Sul 45,00 60,00 2.700,00 Espírito Santo 2.116,79 68,83 145.690,46

Total da Região Centro-Sul 264.324,89 76,46 20.210.983,40 Alagoas 11.301,34 70,18 793.137,60

Pernambuco 5.567,38 55,92 311.301,60 Paraíba 2.163,36 69,82 151.042,70

Rio Grande do Norte 1.936,67 54,43 105.416,85 Bahia 1.345,00 61,86 83.200,00

Tabela 27 - Áreas, rendimento e produção declarada de muda

(continua)

Page 53: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

53

Estado/regiãoÁreas, rendimento e produção declarada de mudas

Área destinada aos canteiros de mudas (ha) Produtividade média (t/ha) Produção de mudas (t)

Maranhão 1.883,13 74,16 139.654,50 Piauí 400,00 70,00 28.000,00

Sergipe 2.861,00 63,25 180.950,00 Ceará 135,00 98,70 13.325,00

Amazonas 197,00 75,00 14.775,00 Acre - 0,00 -

Tocantins 1.597,23 80,00 127.778,40 Rondônia 388,00 65,00 25.220,00

Pará - 0,00 - Total da Região Norte-Nordeste 29.775,11 66,29 1.973.801,65

Brasil 294.100,00 75,43 22.184.785,05 Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Observa-se que, apesar da cana-de-açúcar oriunda dessas áreas não ser destinada à mo-agem, com exceção das mudas descartadas, tais áreas, apesar de não fazerem parte das áreas de corte, devem ser incluídas no total de área culti-vada. Esse total estimado em 294.100 hectares, representa 3,56% da área total de colheita das indústrias. Outro ponto a ser notado está na re-lativamente baixa produtividade média dessas áreas. Este fato decorre das mudas utilizadas, em geral, serem bastante jovens (em torno de 10 meses) e terem alto poder germinativo. O total informado da produção de mudas, em torno de 22,18 milhões de toneladas, é suficiente para o plantio aproximado de 1,5 milhão de hectares de novos canaviais com uma média de 14,72 to-neladas de mudas por hectare.

2.8 - ÁREAS OCUPADAS NA SAFRA 2011/12 COM EXPANSÃO DAS LAVOURAS DE CANA-DE-AÇÚCAR POR ESTADO E REGIÃO.

Nesta parte do trabalho é preciso fazer uma observação. Existe uma preocupação geral de que os biocombustíveis tomem áreas de terras férteis para produzir a cana-de-açúcar e álcool e reduza a área destinada às culturas tra-dicionais de grãos.

No caso do Brasil, essa alegação é frágil, visto que apenas uma parcela pequena da área agricultável é utilizada para produzir o combus-tível a partir da cana-de-açúcar. Além disso, os canaviais vêm avançando principalmente sobre

áreas degradadas de pastagens, e não con-correm com a produção de grãos diretamente.

É bem evidente a existência de ampla disponibilidade de terras para produção de ali-mentos e o que se pode observar é que a regu-lação da ampliação e/ou diminuição de áreas cultivadas com alimentos como arroz, feijão ou milho, entre outras culturas, em uma região é determinada por um conjunto de fatores como: custos de produção e rentabilidade envolvendo fatores tecnológicos, a demanda por estes pro-dutos e preços, logística de transporte e mer-cado, entre outros.

Apresentamos a seguir as áreas que foram substituídas para a expansão da cana-de-açúcar, considerando os dados informados pelos entrevistados, que se referem aos planos de crescimento da área com o plantio de novos canaviais, conforme já apresentado na Tabela 18.

A cana-de-açúcar, em condições normais, não tem na tradição brasileira o papel de lavoura pioneira em áreas virgens da fronteira agrícola. Dessa forma, os planos de expansão para esta safra das unidades de produção visitadas se-guem o padrão tradicional e se expande, na quase totalidade, em áreas já ocupadas por ou-tras atividades agropecuárias. Para conhecer um pouco melhor a natureza desse processo foram incluídas no questionário algumas dessas ati-vidades agropecuárias que pudessem indicar o papel das principais culturas que estão sendo substituídas, inclusive sua participação percen-tual. Estes números, por estado, constam das Tabelas 28 e 29.

Page 54: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

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Tabela 28 - Áreas de expansão das lavouras substituídas pela cana-de-açúcar - 2011/12

Tabela 29 - Participação percentual das lavouras substituídas pela cana de açúcar - 2011/12

Estado/regiãoLavoura substituídas na expansão da safra 2011/12 (em ha)

Milho Soja Café Laranja Pasto Novas Outros TotalSão Paulo 888 7.549 550 13.659 155.116 - 33.683 211.445

Paraná 459 4.272 2.943 - 27.397 - 4.486 39.557 Minas Gerais 1.261 29.813 - - 62.608 - 15.964 109.646

Mato Grosso do Sul 6.482 10.163 - - 77.291 - 691 94.626 Goiás 2.075 36.531 - - 67.403 - 4.960 110.970

Mato Grosso - 2.255 - - 13.450 - - 15.705 Rio de Janeiro - - - - 396 - 6.000 6.396

Rio Grande do Sul - - - - - - 50 50 Espírito Santo - - - - 6.021 - 110 6.131

Total da Região Centro-Sul 11.165 90.583 3.493 13.659 409.682 - 65.944 594.526

Alagoas - - - - - - 3.543 3.543 Pernambuco - - - - 634 - 816 1.450

Paraíba - - - - - - 350 350 Rio Grande do Norte - - - - - - 500 500

Bahia - - - - 1.241 - 221 1.462 Maranhão - - - - 349 - - 349

Piauí - - - - - - 725 725 Sergipe - - - - 5.019 - - 5.019 Ceará - - - - - - 560 560

Amazonas - - - - - - - - Acre - - - - - - - -

Tocantins - 6.800 - - 1.700 - - 8.500 Rondônia - - - - - - 718 718

Pará - - - - - - - - Total da Região Norte-

Nordeste - 6.800 - - 8.943 - 7.433 23.176

Brasil 11.165 97.383 3.493 13.659 418.625 - 73.377 617.702 Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Estado/regiãoLavoura substituídas na expansão da safra 2011/12 (em %)

Milho Soja Café Laranja Pastagem Novas Outros TotalSão Paulo 0,42 3,57 0,26 6,46 73,36 - 15,93 -

Paraná 1,16 10,80 7,44 - 69,26 - 11,34 - Minas Gerais 1,15 27,19 - - 57,10 - 14,56 -

Mato Grosso do Sul 6,85 10,74 - - 81,68 - 0,73 - Goiás 1,87 32,92 - - 60,74 - 4,47 -

Mato Grosso - 14,36 - - 85,64 - - - Rio de Janeiro - - - - 6,19 - 93,81 -

Rio Grande do Sul - - - - - - 100,00 - Espírito Santo - - - - 98,21 - 1,79 -

Total da Região Centro-Sul 1,88 15,24 0,59 2,30 68,91 - 11,09 -

Alagoas - - - - - - 100,00 - Pernambuco - - - - 43,75 - 56,25 -

Paraíba - - - - - - 100,00 - Rio Grande do Norte - - - - - - 100,00 -

(continua)

Page 55: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

55

Gráfico 8 - Participação percentual das áreas substituídas da cana de açúcar

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Estado/regiãoLavoura substituídas na expansão da safra 2011/12 (em %)

Milho Soja Café Laranja Pastagem Novas Outros TotalBahia - - - - 84,85 - 15,15 -

Maranhão - - - - 100,00 - - - Piauí - - - - - - 100,00 -

Sergipe - - - - 100,00 - - - Ceará - - - - - - 100,00 -

Amazonas - - - - - - - - Acre - - - - - - - -

Tocantins - 80,00 - - 20,00 - - - Rondônia - - - - - - 100,00 -

Pará - - - - - - - - Total da Região Norte-Nordeste - 29,34 - - 38,59 - 32,07 -

Brasil 1,81 15,77 0,57 2,21 67,77 - 11,88 -

Para o plantio ocorrido em novas áreas este ano, os dados foram apresentados pelos próprios responsáveis e indicam o tipo de ati-vidade que existia nas novas áreas ocupadas. O total declarado para a Região Centro-Sul, de 594,5 mil hectares, representa 8,3% do total da área de cana-de-açúcar nessa região (estimada em 7,1 milhões de hectares, conforme Tabela 22) e superior ao declarado na safra anterior, que somou 389.7 mil hectares renovados.

Como pode ser observado na Tabela 28, a atividade e/ou cultivo predominante subs-tituído foi pastagem, com 428,3 mil hectares, 67,7% do total. Como a área estimada de pas-tagem no Brasil está próxima de 170 milhões

de hectares, de acordo com o censo de 2006 do IBGE, a fração substituída significa 0,6% desse total. Em seguida estão a soja e o milho com 15,8% e 1,8%, respectivamente. Estes dados confirmam o senso comum dos especialistas que acompanham a atividade sucroalcooleira e revela que as áreas de produção de alimentos substituídas, particularmente soja e milho, com um total de 108.6 mil hectares, representam apenas uma fração ínfima da área brasileira dessas lavouras, estimada em 40 milhões de hectares na safra 2011/12. Estes números podem ser observados no gráfico abaixo que mostra a participação das lavouras substituídas no total de expansão de cana-de-açúcar no país.

milho

soja

café

laranja

pastagem

outros

67%

16%12%

1%2%

2%

Em resumo, os dados acima indicam que o processo de expansão do plantio de novos canaviais segue o mesmo padrão dos anos an-

teriores. Pode-se notar que a nova área a ser incorporada este ano, de 617.702 hectares, é 48,22% maior que os 416.754 hectares da safra passada.

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Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

56

Nestas condições, a taxa de crescimento das novas áreas de cana-de-açúcar nos anos recentes, ocupando principalmente áreas de pecuária, não parece ser suficiente para modi-ficar o panorama agrícola e pecuário do país. As questões que merecem ser examinadas com mais cautela, referem-se às mudanças na paisagem local que a construção de novas unidades de produção e o crescimento dos ca-naviais provocam, cujos efeitos positivos e ne-gativos devem ser objeto de discussão com as representações comunitárias e autoridades lo-cais envolvidas.

2.9 - ESTIMATIVA DA ÁREA TOTAL OCUPADA COM CANA-DE-AÇÚCAR POR ESTADO E REGIÃO

Para encerrar a apresentação dos dados sobre os aspectos agrícolas da cadeia sucroal-cooleira, é feita, a partir dos dados coletados no levantamento, uma estimativa da área total ocupada com cana-de-açúcar para todos os es-tados que desenvolvem esta atividade no país. Observa-se que os números dispostos adiante referem-se ao total da área da cana-de-açúcar destinada à atividade sucroalcooleira. Portanto, tais resultados não incluem áreas desta gra-mínea que tenham destinos alternativos como a produção de rapadura, cachaça e alimentação animal, entre outros usos.

Como está mostrado nas tabelas se-guintes, o total cultivado com esta cultura, em

decorrência de vários fatores, é maior do que a parcela que é cortada e processada a cada ano-safra. Os números apresentados mostram as áreas cultivadas com cana-de-açúcar que não é colhida para a produção, áreas de mudas para plantios de renovação e expansão, as áreas de renovação que precisa de um ano-safra sem co-lher (cana de 18 meses) e áreas de expansão que ainda não entraram no processo de produção e até áreas bisadas (áreas prontas, mas que não deve ser colhidas, ficando para o próximo ano safra).

A área de renovação a cada ano se di-vide em áreas de cana-de-açúcar chamada de 12 meses e cana-de-açúcar de 18 meses. A cana-de-açúcar de 12 meses nem sempre exige um ano-safra sem colheita nesta área e portanto esta parcela de áreas renovadas já está na soma das áreas colhidas para produção, devendo ser subtraída de um possível somatório de área total de cana-de-açúcar.

De acordo com o calendário de plantio, pode-se separar o que é cana-de-açúcar de 12 e 18 meses e obter, assim, um dado bem real da área total efetiva de cana-de-açúcar total cul-tivada em cada estado pelo setor sucroalcoo-leiro. Observa-se que a área total de cana-de-açúcar cultivada em cada estado deve ser um pouco maior que esta do setor sucroalcooleiro e de acordo com a exploração de outras ativi-dades dependentes da cana-de-açúcar, como produção de cachaça, rapadura, alimentação animal e até a garapa.

Tabela 30 - Área de canaviais destinada à atividade sucroalcooleira e que não foi colhida - 2011/12

Estado/região

Área de canaviais destinados à atividade sucrooalcoleira que não foi colhida (em ha)Área destinada à produção de

mudas

Área de renovação com cana-de-açúcar

Área nova de expansão de cana

plantada nesta safra

Área de cana madura não

colhida (bisada)

Total de área de cana não disponível para

corte e moagemSão Paulo 129.199 497.610 211.445 53.316 891.570

Paraná 23.367 89.914 39.557 - 152.838 Minas Gerais 40.692 67.230 109.646 517 218.085

Mato Grosso do Sul 22.617 23.811 94.626 2.641 143.695 Goiás 34.535 40.805 110.970 4 186.314

Mato Grosso 10.352 24.849 15.705 129 51.035 Rio de Janeiro 1.400 1.232 6.396 - 9.028

Rio Grande do Sul 45 250 50 - 345 Espírito Santo 2.117 9.080 6.131 15 17.343

Total da Região Centro-Sul 264.325 754.781 594.526 56.622 1.670.254

Alagoas 11.301 45.213 3.543 188 60.245 (continua)

Page 57: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

57

A Tabela 30 apresenta um resumo de como estão distribuídas as áreas agrícolas ocu-padas com cana-de-açúcar em todos os estados produtores e que não foram destinadas ao corte e moagem. Os dados apresentados na Tabela 30, referem-se às áreas informadas nos ques-tionários e os resultados reproduzem as infor-mações declaradas pelas unidades de produção nas entrevistas.

Tabela 31 - Área total ocupada com canaviais destinados à atividade sucrooalcoleira - 2011/12

Estado/região

Área de canaviais destinados à atividade sucrooalcoleira que não foi colhida (em ha)Área destinada à produção de

mudas

Área de renovação com cana-de-açúcar

Área nova de expansão de cana

plantada nesta safra

Área de cana madura não

colhida (bisada)

Total de área de cana não disponível para

corte e moagemPernambuco 5.567 28.625 1.450 - 35.642

Paraíba 2.163 12.550 350 - 15.063 Rio Grande do Norte 1.937 8.685 500 - 11.122

Bahia 1.345 4.120 1.462 - 6.927 Maranhão 1.883 9.859 349 - 12.091

Piauí 400 1.900 725 - 3.025 Sergipe 2.861 6.239 5.019 - 14.119 Ceará 135 - 560 - 695

Amazonas 197 1.376 - - 1.573 Acre - - - - -

Tocantins 1.597 - 8.500 - 10.097 Rondônia 388 - 718 - 1.106

Pará - - - - - Total da Região Norte-

Nordeste 29.775 118.567 23.176 188 171.706

Brasil 294.100 873.348 617.702 56.810 1.841.960 Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Uma vez calculada, a área da cana-de-açúcar vinculada ao setor sucroalcooleiro que não foi cortada, é possível montar uma tabela agrupando as áreas de cana-de-açúcar asso-ciadas ao setor sucroalcooleiro e dimensionar a área total deste produto ocupada na safra 2011/12. Esses dados constam da Tabela 31.

Estado/região

Área total de canaviais destinados à atividade sucrooalcoleira (em ha)Área de cana

colhida e processada na

safra

Área ocupada com cana e não disponível para

corte e moagem

Total geral de área ocupada com cana vinculada ao setor

sucrooalcoleiro

Participação da área da cana

colhida e proces-sada (%)

Participação da área ocupada

com cana e não colhida (%)

São Paulo 4.335.267 891.570 5.226.837 82,94% 17,06%Paraná 591.609 152.838 744.447 79,47% 20,53%

Minas Gerais 739.394 218.085 957.479 77,22% 22,78%Mato Grosso do Sul 472.043 143.695 615.738 76,66% 23,34%

Goiás 656.600 186.314 842.915 77,90% 22,10%Mato Grosso 222.567 51.035 273.602 81,35% 18,65%Rio de Janeiro 49.293 9.028 58.321 84,52% 15,48%

Rio Grande do Sul 1.877 345 2.222 84,47% 15,53%Espírito Santo 63.939 17.343 81.281 78,66% 21,34%

Total da Região Centro-Sul 7.132.589 1.670.254 8.802.843 81,03% 18,97%Alagoas 427.949 60.245 488.195 87,66% 12,34%

Pernambuco 311.755 35.642 347.398 89,74% 10,26%Paraíba 126.684 15.063 141.747 89,37% 10,63%

Rio Grande do Norte 57.700 11.122 68.822 83,84% 16,16%Bahia 37.448 6.927 44.375 84,39% 15,61%

(continua)

Page 58: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

58

Estado/região

Área total de canaviais destinados à atividade sucrooalcoleira (em ha)Área de cana

colhida e processada na

safra

Área ocupada com cana e não disponível para

corte e moagem

Total geral de área ocupada com cana vinculada ao setor

sucrooalcoleiro

Participação da área da cana

colhida e proces-sada (%)

Participação da área ocupada

com cana e não colhida (%)

Maranhão 38.154 12.091 50.245 75,94% 24,06%Piauí 14.036 3.025 17.061 82,27% 17,73%

Sergipe 37.884 14.119 52.003 72,85% 27,15%Ceará 1.710 695 2.405 71,11% 28,89%

Amazonas 3.871 1.573 5.444 71,10% 28,90%Acre 526 0 526 100,00% 0,00%

Tocantins 19.153 10.097 29.250 65,48% 34,52%Rondônia 2.767 1.106 3.873 71,44% 28,56%

Pará 12.116 0 12.116 100,00% 0,00%Total da Região Norte-

Nordeste 1.091.754 171.706 1.263.460 86,41% 13,59%

Brasil 8.224.343 1.841.960 10.066.303 81,70% 18,30%Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Page 59: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

59

3 - Indicadores das características gerais da safra 2011/12

Levantou-se a partir deste estudo, al-guns indicadores sobre o processo operacional das unidades de produção por estado que, em decorrência de sua importância e caracterís-ticas no funcionamento do processo produtivo, foram separadas das fases industrial e agrícola.

Inicialmente, na parte 1, foram feitos os cálculos do rendimento médio agrícola e in-dustrial por tonelada de cana-de-açúcar e por hectare. Esses cálculos revelam que a vocação dos estados para a produção de cana-de-açúcar, açúcar e álcool varia bastante e concede a al-guns estados um rendimento físico muito su-perior às médias regionais.

Na parte 2 é feito um esforço de men-surar a capacidade nominal instalada das uni-dades de produção e a intensidade de utilização dos equipamentos disponíveis.

Na parte 3 estão apresentados os dados sobre o transporte da cana-de-açúcar a ser feito do ponto de coleta até às moendas das unidades.

Na parte 4 está calculada a idade média das lavouras de cana-de-açúcar nos estados produtores.

Na parte 5 está mensurada a capacidade estática de armazenamento de álcool à dispo-sição das destilarias.

3.1 - RENDIMENTO MÉDIO POR UNIDADE DE PRODUTO E DE ÁREA POR ESTADO E REGIÃO

São apresentados abaixo os números que indicam como foi a destinação da cana-de-açúcar na temporada 2011/12 para a fabricação de açúcar e álcool e qual a produção predomi-nante nos estados. Como pode ser observado na Tabela 32, com exceção dos estados do Nordeste, que têm longa tradição na produção de açúcar, como Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte, alem de São Paulo e Paraná no Centro Sul, todos os demais estados apresentam uma tendência de destinar mais matéria-prima para a produção de álcool do que para a produção de açúcar. Essa tendência é mais acentuada nos estados da Região Centro-Oeste onde está se concentrando boa parte das novas unidades de produção. No estado de São Paulo, maior estado produtor e líder do processo de expansão, esta tendência alcooleira não se manifesta nesta safra destinando mais cana para a produção de açúcar.

A capacidade que cada região tem de pro-duzir uma determinada quantidade de açúcar ou álcool a partir de um hectare de lavoura de cana-de-açúcar depende do rendimento agrí-cola e do rendimento industrial obtido. Outro fator que pode influenciar essa capacidade é o tempo de aproveitamento industrial.

Page 60: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

60

O rendimento agrícola é medido em to-neladas por hectare de cana-de-açúcar. Esta produtividade de campo depende não apenas do comportamento do clima, mas também da qualidade do solo, das variedades de cana-de-açúcar cultivadas, da idade média do canavial e dos tratos culturais aplicados.

O rendimento industrial está ligado à quantidade de açúcar total recuperável (ATR) que é obtido por tonelada de cana-de-açúcar. Este índice está diretamente associado ao com-portamento do clima que interfere no grau de concentração de sacarose que a planta con-segue realizar.

A cana-de-açúcar, planta rústica da fa-mília das gramíneas e muito resistente às con-dições de clima, pode ser produzida em muitos ambientes. Os fatores climáticos que facilitam seu desenvolvimento vegetativo incluem um nível de precipitação pluviométrica anual entre 1.100 a 1.500 milímetros e uma amplitude tér-mica entre 21 a 34 graus centígrados. Entretanto, o grau de concentração de sacarose depende de fatores climáticos como baixas temperaturas ou estresse hídrico quando a planta já atingiu sua maturidade. O efeito destes fatores pro-voca o repouso vegetativo da planta, que passa a acumular sacarose em seu caldo.

Este processo é muito semelhante ao que ocorre com a uva, que precisa de clima pro-pício para concentrar frutose e possibilitar a fermentação natural de seu caldo e a produção de vinho.

Na produção de cana-de-açúcar, o pro-cesso mais oneroso é a produção de sacarose, que depende quase exclusivamente de fatores climáticos do que do manejo da cultura. Assim, a tabela abaixo, que calcula a quantidade de açúcar e de álcool que é produzido por estado, de acordo com os dados coletados, indica também onde estão as regiões mais vocacionadas para o cultivo produtivo da cana-de-açúcar e maior acúmulo de ATR.

São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, que têm verões chuvosos e invernos frios, são estados mais produtivos.

A Região Nordeste, com temperaturas mais quentes e com amplitude térmica menor ao longo do ano, e o estado do Amazonas, como região quente e muito úmida, têm rendimentos em açúcar e álcool menor que os outros es-tados mencionados. As produtividades físicas médias de campo e o rendimento em ATR por estado, estão especificados nas Tabelas 16 e 01, respectivamente.

Com condições ambientais e climáticas mais favoráveis, além de dispor de maior va-riedade e qualidade de material genético para suas lavouras, e por outro lado a proximidade do mercado consumidor, não é de surpreender que novas áreas de produção e a maior parte das novas unidades de produção esteja atualmente se instalando nos estados da Região Centro-Sul, especialmente São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, e sem previsão de que a direção deste movimento venha a se mo-dificar num futuro previsível.

A partir desses dados de rendimento agrícola médio e industrial por estado é possível calcular a parcela equivalente da cana-de-açúcar moída que se destinou à fabricação de açúcar ou álcool no processo de industrialização.

A elaboração destes cálculos é feita a partir da mensuração do volume total de açúcar total recuperável (ATR), utilizado na fabricação do açúcar e do álcool e do volume de ATR ne-cessário para a produção de um quilograma de açúcar (1,0495 kg), de um litro de álcool etílico anidro (1,7651 kg) e de álcool etílico hidratado (1,6913). A multiplicação do total do açúcar e do álcool (etílico e hidratado) produzido por estes indicadores das quantidades unitárias informa a quantidade total de ATR destinada à fabri-cação de cada um dos produtos finais.

A divisão destes totais destinados a cada produto pelo volume médio de ATR obtido em cada estado indica o volume da cana-de-açúcar equivalente processada e destinada a cada um daqueles produtos.

Os resultados dessas ponderações estão apresentados resumidamente na tabela seguinte:

Page 61: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

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Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Tabela 32 - Volume de cana processada e destinada à fabricação de açúcar e álcool etílico - 2011/12

Tabela 33 - Quantidade média de açúcar e álcool etílico por tonelada de cana processada - 2011/12

Estado/região

Volume da cana processada para a frabricação de açúcar e etanol etílico

Cana destinada à fabricação

de açúcar (t)

Cana destinada à fabricação de

álcool etílico anidro (t)

Cana destinada à fabricação de

álcool etílico hidratado (t)

Cana destinada à fabricação

de ácool etílico total (t)

Total de cana moída

(t)

Percentual de cana

destinada para açúcar

Percentual de cana destinada

para álcool etílico

SP 160.496.840 61.023.102 84.116.374 145.139.476 305.636.316 52,51 47,49 PR 23.003.369 4.705.919 12.810.013 17.515.932 40.519.301 56,77 43,23

MG 24.365.891 9.363.749 16.512.158 25.875.907 50.241.798 48,50 51,50 MS 12.657.213 5.709.185 15.493.252 21.202.437 33.859.650 37,38 62,62 GO 12.959.393 9.012.024 23.248.649 32.260.673 45.220.066 28,66 71,34 MT 2.941.089 4.093.572 6.119.048 10.212.620 13.153.709 22,36 77,64 RJ 1.099.442 - 1.108.413 1.108.413 2.207.855 49,80 50,20 RS - - 95.125 95.125 95.125 - 100,00 ES 1.031.985 1.956.809 1.015.042 2.971.851 4.003.836 25,77 74,23

Total da Região

Centro-Sul238.555.222 95.864.361 160.518.074 256.382.434 494.937.656 48,20 51,80

AL 18.819.607 4.691.952 4.193.882 8.885.835 27.705.442 67,93 32,07 PE 12.620.592 2.687.371 2.334.273 5.021.644 17.642.236 71,54 28,46 PB 2.118.778 1.975.515 2.628.809 4.604.324 6.723.102 31,51 68,49 RN 1.591.290 767.284 614.726 1.382.011 2.973.301 53,52 46,48 BA 995.125 899.927 662.273 1.562.200 2.557.325 38,91 61,09 MA 69.621 1.843.150 352.801 2.195.951 2.265.572 3,07 96,93 PI 484.553 482.810 24.583 507.393 991.946 48,85 51,15 SE 782.034 541.905 1.224.171 1.766.076 2.548.110 30,69 69,31 CE - - 119.896 119.896 119.896 - 100,00 AM 171.893 - 115.076 115.076 286.969 59,90 40,10 AC - - 52.622 52.622 52.622 - 100,00 TO - 962.557 403.595 1.366.152 1.366.152 - 100,00 RO - - 157.091 157.091 157.091 - 100,00 PA 129.193 243.235 293.942 537.177 666.370 19,39 80,61

Total da Região Norte-

Nordeste

37.782.686 15.095.707 13.177.741 28.273.448 66.056.134 57,20 42,80

Brasil 276.337.908 110.960.068 173.695.815 284.655.882 560.993.790 49,26 50,74

Outro indicador relevante na análise de desempenho do setor está na quantidade de produto que é possível obter por tonelada de cana-de-açúcar processada e que depende do percentual de ATR produzido por tonelada da cana-de-açúcar. Este cálculo é feito através

da divisão da quantidade de cana-de-açúcar destinada a cada um dos produtos finais, pelo volume total da produção obtida de cada um deles. Os resultados encontrados por estado são os seguintes:

Estado/região

Quantidade média de produto por tonelada de cana processadaQuantidade de açúcar por to-

nelada de cana processada (kg)

Quantidade de álcool etílico anidro por tonelada de cana

processada (l)

Quantidade de álcool hidratado por tonelada de cana processada (l)

Quantidade de álcool etílico total por tonelada

de cana processada (l)

São Paulo 131,55 78,22 81,63 80,19Paraná 130,76 77,75 81,14 80,23

(continua)

Page 62: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

62

Estado/região

Quantidade média de produto por tonelada de cana processadaQuantidade de açúcar por to-

nelada de cana processada (kg)

Quantidade de álcool etílico anidro por tonelada de cana

processada (l)

Quantidade de álcool hidratado por tonelada de cana processada (l)

Quantidade de álcool etílico total por tonelada

de cana processada (l)

Minas Gerais 132,90 79,02 82,47 81,22Mato Grosso do Sul 125,44 74,59 77,84 76,96

Goiás 135,23 80,40 83,91 82,93Mato Grosso 135,39 80,50 84,01 82,60Rio de Janeiro 117,94 - 73,18 73,18

Rio Grande do Sul - - 69,12 69,12Espírito Santo 118,45 70,43 73,50 71,48

Média da Região Centro-Sul 131,41 78,20 81,62 80,34

Alagoas 124,77 74,19 77,42 75,71Pernambuco 117,39 69,80 72,84 71,21

Paraíba 127,41 75,75 79,06 77,64Rio Grande do Norte 126,15 75,01 78,28 76,46

Bahia 124,64 74,11 77,34 75,48Maranhão 134,77 80,13 83,63 80,70

Piauí 123,97 73,71 76,92 73,86Sergipe 122,86 73,05 76,24 75,26Ceará - - 69,99 69,99

Amazonas 90,07 - 55,89 55,89Acre - - 50,95 50,95

Tocantins - - 83,87 81,40Rondônia - - 79,04 79,04

Pará 119,31 70,94 74,04 72,63Média da Região Norte-

Nordeste 122,30 74,66 76,81 75,66

Brasil 130,17 77,72 81,25 79,87Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Da mesma forma, com a produção por tonelada de cana-de-açúcar processada, se multiplicado este indicador pelo volume desta matéria-prima obtido em cada hectare de la-voura, tem-se o volume total de cada produto que é obtido na mesma unidade de área. Este indicador é bastante relevante porque indica

o volume da receita total que é possível obter em cada hectare colhido desta gramínea. Estes dados estão mostrados na Tabela 34 e revelam que a ação combinada da tecnologia agrícola e industrial em uso do manejo da lavoura e dos fatores climáticos é decisiva para gerar os resul-tados econômicos desta atividade.

Tabela 34 - Quantidade média de açúcar e etanol etílico por hectare de cana colhida - 2011/12

Estado/região

Quantidade média de produto por hectare de cana colhidaQuantidade de

açúcar por hectare de cana colhida (kg)

Quantidade de etanol etílico anidro por hectare

e cana colhida (l)

Quantidade de etanol etílico hidratado por

hectare e cana colhida (l)

Quantidade de etanol etílico total por hectare

e cana colhida (l)São Paulo 9.274 5.514 5.755 5.654

Paraná 8.956 5.325 5.558 5.495Minas Gerais 9.031 5.370 5.604 5.519

Mato Grosso do Sul 8.998 5.350 5.583 5.521Goiás 9.313 5.537 5.779 5.711

Mato Grosso 8.001 4.758 4.965 4.882(continua)

Page 63: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

63

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Estado/região

Quantidade média de produto por hectare de cana colhidaQuantidade de

açúcar por hectare de cana colhida (kg)

Quantidade de etanol etílico anidro por hectare

e cana colhida (l)

Quantidade de etanol etílico hidratado por

hectare e cana colhida (l)

Quantidade de etanol etílico total por hectare

e cana colhida (l)Rio de Janeiro 5.282 - 3.278 3.278

Rio Grande do Sul - - 3.503 3.503Espírito Santo 7.417 4.410 4.603 4.476

Média da Região Centro-Sul 9.149 5.420 5.639 5.558

Alagoas 8.078 4.803 5.012 4.902Pernambuco 6.643 3.950 4.122 4.030

Paraíba 6.762 4.020 4.196 4.120Rio Grande do Norte 6.501 3.865 4.034 3.940

Bahia 8.512 5.061 5.282 5.155Maranhão 8.003 4.758 4.966 4.792

Piauí 8.761 5.209 5.436 5.220Sergipe 8.263 4.913 5.128 5.062Ceará - - 4.907 4.907

Amazonas 6.678 - 4.144 4.144Acre - - 5.095 5.095

Tocantins - - 5.982 5.806Rondõnia - - 4.488 4.488

Pará 6.562 3.902 4.072 3.995Média da Região Norte-Nordeste 7.412 4.524 4.617 4.568

Brasil 8.882 5.284 5.551 5.447

3.2 - CAPACIDADE NOMINAL DE MOAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR E PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E ÁLCOOL DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO POR ESTADO

As unidades de produção de açúcar e/ou álcool constituem-se num complexo produtivo que precisam associar a quantidade de cana-de-açúcar disponível para ser colhida ao longo do período de safra com a sua capacidade de moagem e sua capacidade de processamento industrial do caldo obtido, isto medido em dias de funcionamento.

Embora as capacidades de moagem, processamento e produção das indústrias sejam funções pouco variáveis, o período anual da safra pode variar tanto para menos como para mais, dependendo do volume da cana-de-açúcar disponível para corte e das paradas das máquinas por diversos motivos técnicos.

O que denomina-se de “capacidade de

moagem anual da indústria” é uma função que considera a capacidade diária e o tempo total em dias de operação. Por este motivo, a forma adequada de conhecer seu limite máximo de produção está na mensuração de sua capaci-dade nominal diária que, relacionada com a in-dicação do total dos dias corridos de operação, permite calcular a estimativa da capacidade no-minal da industria anualmente.

Estas variáveis permitem ao final da safra, calcular o nível efetivo de utilização e efi-ciência dos equipamentos e da indústria. Assim, no questionário de coleta está previsto o levan-tamento das informações sobre a capacidade diária de processamento da cana-de-açúcar e extração do caldo, bem como a fabricação dos produtos finais.

A posse destes dados permitiu construir as tabelas adiante que apresentam esta capaci-dade para os estados em todo o período da safra, conforme os dias de atividade já informados na Tabela 02, bem como a capacidade diária total do estado e também a capacidade média entre as unidades.

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Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

64

Tabela 35 - Capacidade nominal declarada de moagem de cana-de-açúcar - safra 2011/12

Estado/região

Capacidade nominal de processamento declarada

Capacidade nominal total do estado para a moagem

da cana-de-açúcar (t)

Capacidade nominal diária do estado para a moagem da cana-de-

açúcar (t/dia)

Capacidade nominal média diária das unidades para a moagem da cana-

de-açúcar (t/dia)São Paulo 404.522.550 2.012.550 11.909

Paraná 61.811.222 269.918 9.308Minas Gerais 59.366.550 319.175 7.093

Mato Grosso do Sul 56.849.760 256.080 12.194Goiás 65.327.340 356.980 10.499

Mato Grosso 17.568.150 101.550 11.283Rio de Janeiro 4.819.800 27.700 6.925

Rio Grande do Sul 121.500 900 900Espírito Santo 5.984.160 28.770 4.795

Total da Região Centro-Sul 673.663.712 3.373.623 10.609Alagoas 37.000.000 200.000 8.333

Pernambuco 24.631.250 140.750 6.398Paraíba 7.956.000 40.800 4.533

Rio Grande do Norte 3.552.500 24.500 6.125Bahia 5.173.760 30.080 5.013

Maranhão 2.629.140 18.132 4.533Piauí 1.101.600 6.480 6.480

Sergipe 3.714.480 22.110 3.685Ceará 751.900 7.300 2.433

Amazonas 420.000 3.500 3.500Acre 360.000 7.500 7.500

Tocantins 2.376.000 12.000 12.000Rondônia 490.000 3.500 3.500

Pará 672.000 4.200 4.200Total da Região Norte-Nordeste 89.226.908 520.852 6.201

Brasil 754.578.751 3.894.475 9.688Fonte: Conab/Suinf/Geasa

A capacidade nominal diária de moagem de cana-de-açúcar de cada estado apresentada na Tabela 35 é calculada a partir da soma da ca-pacidade individual de cada unidade. Por outro lado, a capacidade nominal do estado para mo-agem de cana-de-açúcar é calculada a partir de multiplicação da capacidade diária de cada unidade industrial pela quantidade de dias corridos de operação destas mesmas unidades operacionais.

Cada unidade industrial, de acordo com o seu porte e suas áreas disponíveis de cana-de-açúcar, tem uma programação ideal de dias de operação, podendo variar desde pouco mais de um mês até mais de 240 dias corridos. Consequentemente, a capacidade nominal total

do estado para moagem pode variar de acordo com a disponibilidade de cana e a programação de atividade de cada unidade. Teoricamente, se todas as unidades tivessem a mesma dis-ponibilidade de cana com o mesmo período de operação poder-se-ia multiplicar a capacidade diária total pela quantidade média de dias de operação. Entretanto, na prática, há uma grande variação nestes fatores e consequentemente a necessidade desta ponderação para a obtenção deste resultado.

Outro dado apresentado na Tabela 35 é a média de moagem por unidade no ano safra calculado a partir da divisão da capacidade total diária do estado pela quantidade de unidades em operação no estado indicado na Tabela 02.

Page 65: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

65

Tabela 36 - Capacidade nominal declarada de produção total de açúcar - 2011/12

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Estado/região

Capacidade nominal de processamento declarada

Capacidade nominal total do estado para a pro-

dução de açúcar (t)

Capacidade nominal diária do estado para a

produção de açúcar (t/dia)

Capacidade nominal média de produção diária das

unidades para a produção de açúcar (t/dia)

São Paulo 28.542.000 142.000 840 Paraná 4.809.000 21.000 724

Minas Gerais 4.092.000 22.000 489 Mato Grosso do Sul 2.664.000 12.000 571

Goiás 2.104.500 11.500 338 Mato Grosso 605.500 3.500 389 Rio de Janeiro 168.780 970 243

Rio Grande do Sul - - - Espírito Santo 147.056 707 118

Total da Região Centro-Sul 43.132.836 213.677 672 Alagoas 3.266.175 17.655 736

Pernambuco 2.360.750 13.490 613 Paraíba 327.600 1.680 187

Rio Grande do Norte 232.000 1.600 400 Bahia 189.888 1.104 184

Maranhão 25.375 175 44 Piauí 76.500 450 450

Sergipe 144.816 862 144 Ceará - - -

Amazonas 30.000 250 250 Acre - - -

Tocantins - - - Rondônia - - -

Pará 48.000 300 300 Total da Região Norte-Nordeste 6.701.104 37.566 447

Brasil 49.833.940 251.243 625

A capacidade nominal diária de pro-dução de açúcar de cada estado apresentada na Tabela 36 é calculada a partir da soma das capacidades individuais de cada unidade. Por outro lado, a capacidade nominal do estado para produção de açúcar é calculada a partir de multiplicação da capacidade diária de cada unidade industrial pela quantidade de dias cor-ridos de operação destas unidades operacio-nais. Cada unidade industrial tem uma capaci-dade nominal instalada de produção de açúcar

de acordo com seu porte, podendo variar muito. Consequentemente, a capacidade total do es-tado para produção de açúcar é função que pode variar de acordo com a programação de atividade de cada unidade.

Outro dado apresentado na Tabela 36 é a média de produção de açúcar por unidade, calculada a partir da divisão da capacidade total diária do estado pela quantidade de unidades que produzem açúcar no estado.

Page 66: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

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Tabela 37 - Capacidade nominal declarada de produção álcool etílico anidro - 2011/12

Tabela 38 - Capacidade nominal declarada de produção de álcool etílico hidratado - 2011/12

Estado/região

Capacidade nominal de processamento declarada Capacidade nominal total do estado para a produção de etanol

anidro (l)

Capacidade nominal diária do estado para a produção de etanol

anidro (l/dia)

Capacidade nominal média de produção diária das unidades

para a produção de etanol anidro (l/dia)

São Paulo 8.040.000.000 40.000.000 236.686 Paraná 1.305.300.000 5.700.000 196.552

Minas Gerais 1.506.600.000 8.100.000 180.000 Mato Grosso do Sul 1.110.000.000 5.000.000 238.095

Goiás 1.024.068.000 5.596.000 164.588 Mato Grosso 672.278.000 3.886.000 431.778 Rio de Janeiro - - -

Rio Grande do Sul - - - Espírito Santo 260.000.000 1.250.000 208.333

Total da Região Centro-Sul 13.918.246.000 69.532.000 219.185 Alagoas 483.960.000 2.616.000 109.000

Pernambuco 332.500.000 1.900.000 86.364 Paraíba 319.800.000 1.640.000 182.222

Rio Grande do Norte 68.150.000 470.000 117.500 Bahia 88.580.000 515.000 85.833

Maranhão 200.825.000 1.385.000 346.250 Piauí 39.100.000 230.000 230.000

Sergipe 82.320.000 490.000 81.667 Ceará - - -

Amazonas - - - Acre - - -

Tocantins 148.500.000 750.000 750.000 Rondônia - - -

Pará 40.000.000 250.000 250.000 Total da Região Norte-Nordeste 1.803.735.000 10.246.000 125.346

Brasil 15.721.981.000 79.778.000 201.849 Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Teoricamente, se todas as unidades ti-vessem a mesma disponibilidade de cana com o mesmo período de operação seria possível apenas multiplicar a capacidade diária total pela quantidade média de dias de operação, mas na prática há uma grande variação nestes fatores, portanto, a necessidade desta ponde-ração para este resultado.

Outro dado apresentado na Tabela 37 é a média de produção de álcool etílico anidro por unidade, calculada a partir da divisão da capaci-dade total diária do estado pela quantidade de unidades que produzem álcool etílico anidro no estado.

Estado/região

Capacidade nominal de processamento declarado

Capacidade nominal total do estado para a produção

de álcool hidratado (l)

Capacidade nominal diária do estado para a produção de álcool hidratado (l/dia)

Capacidade nominal media de produção diária das unidades

para a produção de álcool hidratado (l/dia)

São Paulo 14.572.500.000 72.500.000 428.994Paraná 2.748.000.000 12.000.000 413.793

Minas Gerais 3.013.200.000 16.200.000 360.000Mato Grosso do Sul 2.775.000.000 12.500.000 595.238

(continua)

Page 67: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

67

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Estado/região

Capacidade nominal de processamento declarado

Capacidade nominal total do estado para a produção

de álcool hidratado (l)

Capacidade nominal diária do estado para a produção de álcool hidratado (l/dia)

Capacidade nominal media de produção diária das unidades

para a produção de álcool hidratado (l/dia)

Goiás 3.294.000.000 18.000.000 529.412Mato Grosso 832.303.000 4.811.000 534.556Rio de Janeiro 174.000.000 1.000.000 250.000

Rio Grande do Sul 8.100.000 60.000 60.000Espírito Santo 258.960.000 1.245.000 207.500

Total da Região Centro-Sul 27.676.063.000 138.316.000 435.844Alagoas 618.640.000 3.344.000 139.333

Pernambuco 390.950.000 2.234.000 101.545Paraíba 331.500.000 1.700.000 188.889

Rio Grande do Norte 129.050.000 890.000 222.500Bahia 312.180.000 1.815.000 302.500

Maranhão 232.000.000 1.600.000 400.000Piauí 85.000.000 500.000 500.000

Sergipe 119.280.000 710.000 118.333Ceará 56.135.000 545.000 181.667

Amazonas 13.200.000 110.000 110.000Acre 4.800.000 100.000 100.000

Tocantins 297.000.000 1.500.000 1.500.000Rondônia 42.000.000 300.000 300.000

Pará 51.200.000 320.000 320.000Total da Região Norte-Nordeste 2.682.935.000 15.668.000 186.444

Brasil 30.358.998.000 153.984.000 389.768

A capacidade nominal diária de produção de álcool etílico hidratado de cada estado apre-sentada na Tabela 38 é calculada a partir da soma da capacidade individual de cada uni-dade. Por outro lado a capacidade nominal do estado para produção de álcool etílico hidra-tado é calculada a partir de multiplicação da ca-pacidade diária de cada unidade industrial pela quantidade de dias corridos de operação destas unidades operacionais.

Cada unidade industrial tem uma capa-cidade nominal instalada de produção de ál-cool etílico hidratado de acordo com seu porte, podendo variar muito. Consequentemente, a capacidade total do estado para produção de álcool etílico hidratado é função que pode va-

riar de acordo com a programação de atividade de cada unidade. Teoricamente, se todas as uni-dades tivessem a mesma disponibilidade de cana com o mesmo período de operação seria possível apenas multiplicar a capacidade diária total, pela quantidade média de dias de ope-ração, mas na prática há uma grande variação nestes fatores, portanto, a necessidade desta ponderação para este resultado.

Outro dado apresentado na Tabela 38 é a média de produção de álcool etílico hidra-tado por unidade calculada a partir da divisão da capacidade total diária do estado, pela quan-tidade de unidades que produzem álcool etílico hidratado no estado.

Page 68: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

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Tabela 39 - Capacidade nominal declarada de produção total de álcool etílico - 2011/12

Tabela 40 - Distribuição percentual da capacidade nominal declarada de produção utilizada - 2011/12

Estado/ regiãoDados da produção de cana, ATR, açúcar e etanol

Cana moída (t) Total ATR (t) ATR (médio) (kg/t cana) São Paulo 305.636.316 42.195.899 138,06

Paraná 40.519.301 5.560.770 137,24 Minas Gerais 50.241.798 7.007.840 139,48

Mato Grosso do Sul 33.859.650 4.457.669 131,65 Goiás 45.220.066 6.417.604 141,92

Mato Grosso 13.153.709 1.869.020 142,09 Rio de Janeiro 2.207.855 273.279 123,78

Rio Grande do Sul 95.125 11.120 116,90 Espírito Santo 4.003.836 497.715 124,31

Total da Região Centro-Sul 494.937.656 68.290.917 137,98 Alagoas 27.705.442 3.627.949 130,95

Pernambuco 17.642.236 2.173.507 123,20 Paraíba 6.723.102 898.980 133,72

Rio Grande do Norte 2.973.301 393.652 132,40 Bahia 2.557.325 334.530 130,81

Maranhão 2.265.572 320.453 141,44 Piauí 991.946 129.054 130,10

Sergipe 2.548.110 328.545 128,94 Ceará 119.896 14.193 118,38

Amazonas 286.969 27.128 94,53 Acre 52.622 4.534 86,17

Tocantins 1.366.152 193.785 141,85 Rondônia 157.091 20.999 133,68

Pará 666.370 83.440 125,22 Total da Região Norte-Nordeste 66.056.134 8.550.748 129,45

Brasil 560.993.790 76.841.664 136,97 Fonte: Conab/Suinf/Geasa

A disponibilidade destas informações permite fazer um cotejo com a cana-de-açúcar efetivamente moída no período da safra e também com a quantidade de açúcar e álcool

etílico anidro e hidratado produzido. Os nú-meros encontrados, medindo o percentual de utilização da capacidade instalada por estado, consta na tabela seguinte.

Estado/região

Percentual da capacidade nominal de produção declarada pela indústriaCapacidade de moagem

utilizada

Capacidade de produção de

açúcar utilizada

Capacidade de produção de álcool

anidro utilizada

Capacidade de produção de álcool hidratado utilizada

Capacidade de produção de álcool

total utilizadaSão Paulo 75,55 73,97 59,37 47,12 51,47

Paraná 65,55 62,55 28,03 37,83 34,67 Minas Gerais 84,63 79,14 49,11 45,19 46,50

Mato Grosso do Sul 59,56 59,60 38,36 43,46 42,00 Goiás 69,22 83,27 70,76 59,22 61,96

Mato Grosso 74,87 65,76 49,02 61,77 56,07 Rio de Janeiro 45,81 76,83 - 46,62 46,62

Rio Grande do Sul 78,29 - - 81,17 81,17 Espírito Santo 66,91 83,12 53,00 28,81 40,93

Total da Região Centro-Sul 73,47 73,47 53,99 47,43 49,52(continua)

Page 69: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

69

Tabela 41 - Distância média percorrida pela cana do ponto de colheita até a indústria - 2011/12

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Estado/região

Percentual da capacidade nominal de produção declarada pela indústriaCapacidade de moagem

utilizada

Capacidade de produção de

açúcar utilizada

Capacidade de produção de álcool

anidro utilizada

Capacidade de produção de álcool hidratado utilizada

Capacidade de produção de álcool

total utilizadaAlagoas 74,88 71,89 71,92 52,49 61,02

Pernambuco 71,63 62,76 56,41 43,49 49,43 Paraíba 84,50 82,40 46,80 62,70 54,89

Rio Grande do Norte 83,70 86,53 84,45 37,29 53,59 Bahia 49,43 65,32 75,29 16,41 29,42

Maranhão 86,17 36,98 73,55 12,72 40,94 Piauí 90,05 78,52 91,02 2,22 30,20

Sergipe 68,60 66,34 48,09 78,24 65,93 Ceará 15,95 - - 14,95 14,95

Amazonas 68,33 51,61 - 48,73 48,73 Acre 14,62 - - 55,85 55,85

Tocantins 57,50 - - 11,40 24,96 Rondônia 32,06 - - 29,56 29,56

Pará 99,16 32,11 43,14 42,50 42,78 Total da Região Norte-

Nordeste 74,03 71,80 64,21 37,71 47,68

Brasil 74,35 73,89 55,79 47,30 49,34

3.3 - DISTÂNCIA MÉDIA DOS CANA-VIAIS ATÉ A UNIDADE DE PRODUÇÃO POR ESTADO E REGIÃO

O questionário de coleta de informações interroga o interlocutor sobre a distância apro-ximada das áreas de corte da cana-de-açúcar colhida até o ponto de recepção na unidade. O propósito de apuração deste indicador decorre do fato de que o transporte da cana-de-açúcar,

em face de seu peso e volume, não pode ultra-passar distâncias que importem num gasto exagerado de frete na formação do preço final do produto.

Por este motivo, os canaviais próprios ou de agricultores independentes, tendem a estar nas áreas circunvizinhas das unidades de pro-dução, conforme pode ser visto na Tabela 41 abaixo:

Estado/região

Distância média do canavial da cana transportada em volume

Distância média do canavial da cana transportada em volume (em

percentagem) Distância

média geral (km)

Até 20 km De 20 a 40 km Acima de 40 km Total Até 20 km De 20 a 40 km

Acima de 40 km

SP 134.105.767 112.123.825 59.406.724 305.636.316 43,88 36,69 19,44 25,99 PR 21.198.491 15.163.591 4.157.219 40.519.301 52,32 37,42 10,26 22,63

MG 25.473.477 18.620.826 6.147.495 50.241.798 50,70 37,06 12,24 23,32 MS 16.374.579 7.560.860 5.949.141 29.884.579 48,36 22,33 17,57 24,12 GO 21.868.493 14.411.736 8.939.837 45.220.066 48,36 31,87 19,77 25,25 MT 7.582.042 3.912.294 1.659.373 13.153.709 57,64 29,74 12,62 22,15 RJ 873.345 725.199 609.311 2.207.855 39,56 32,85 27,60 28,40 RS 61.551 33.574 0 95.125 64,71 35,29 - 18,35 ES 1.373.242 1.292.216 1.338.378 4.003.836 34,30 32,27 33,43 30,51

Região Centro-Sul 228.910.987 173.844.122 88.207.476 490.962.585 46,62 35,41 17,97 25,20

AL 18.624.053 7.821.483 1.259.907 27.705.442 67,22 28,23 4,55 18,81 (continua)

Page 70: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

70

Os dados coletados permitiram estimar que esta distância em média está próxima de 25,20 quilômetros na Região Centro-Sul e de 18,75 quilômetros na Região Norte-Nordeste. Também permitem estimar que o volume de cana-de-açúcar que está mais distante do ponto de recepção (acima de 40 km) é uma fração pe-quena do total.

Nos estados da Região Nordeste, onde as condições geográficas limitam as áreas aptas ao plantio da cana-de-açúcar na região lito-rânea, essas distâncias são naturalmente mais curtas, como pode ser observado na Tabela 41.

Estado/região

Distância média do canavial da cana transportada em volume

Distância média do canavial da cana transportada em volume (em

percentagem) Distância

média geral (km)

Até 20 km De 20 a 40 km Acima de 40 km Total Até 20 km De 20 a 40 km

Acima de 40 km

PE 11.108.829 4.974.220 1.559.187 17.642.236 62,97 28,19 8,84 20,43 PB 5.210.146 1.306.409 206.547 6.723.102 77,50 19,43 3,07 16,67 RN 2.301.851 220.725 450.725 2.973.301 77,42 7,42 15,16 19,10 BA 2.213.771 285.201 58.353 2.557.325 86,57 11,15 2,28 14,87 MA 2.063.160 202.412 0 2.265.572 91,07 8,93 - 13,61 PI 696.279 295.667 0 991.946 70,19 29,81 - 17,37 SE 1.288.728 802.416 456.966 2.548.110 50,58 31,49 17,93 24,48 CE 106.137 11.400 2.359 119.896 88,52 9,51 1,97 14,46 AM 286.969 0 0 286.969 100,00 - - 12,00 AC 52.622 0 0 52.622 100,00 - - 12,00 TO 1.036.661 329.491 0 1.366.152 75,88 24,12 - 16,34 RO 85.128 45.635 26.328 157.091 54,19 29,05 16,76 23,60 PA 666.370 0 0 666.370 100,00 - - 12,00

Região Norte-

Nordeste45.740.704 16.295.058 4.020.372 66.056.134 69,25 24,67 6,09 18,75

Brasil 274.651.691 190.139.181 92.227.847 557.018.719 49,31 34,14 16,56 24,44 Fonte: Conab/Suinf/Geasa

3.4 - IDADE MÉDIA DOS CANAVIAIS POR ESTADO E REGIÃO

As condições peculiares de exploração da atividade canavieira no Brasil permitem aos produtores uma sequência de cortes anuais da cana-de-açúcar a partir do primeiro corte, quando a cana-de-açúcar, depois de cumprir seu período de crescimento vegetativo, está pronta para ser utilizada. Esse tempo varia de acordo com sua linhagem genética. Os dados sobre a proporção da cana-de-açúcar por número de cortes estão mostrados nas Tabelas 13 e 14. A partir dessas informações, é possível calcular a idade média dos canaviais em meses, desde o plantio ou em número de cortes já realizados. Estes números são os seguintes.

Tabela 42 - Idade média de corte dos canaviais - 2011/12Estado/ região Idade média do canavial (em meses) Idade média do canavial (em número de cortes)

São Paulo 47,2 3,9Paraná 45,3 3,7

Minas Gerais 43,0 3,5Mato Grosso do Sul 36,8 3,0

Goiás 40,7 3,3Mato Grosso 43,4 3,5Rio de Janeiro 65,2 5,4

Rio Grande do Sul 45,3 3,7Espírito Santo 45,8 3,7

(continua)

Page 71: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

71

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Tabela 43 - Capacidade estática de armazenagem de álcool etílico - 2011/12

Estado/ região Idade média do canavial (em meses) Idade média do canavial (em número de cortes)Região Centro-Sul 45,3 3,7

Alagoas 55,6 4,6Pernambuco 57,1 4,7

Paraíba 55,6 4,6Rio Grande do Norte 48,1 4,0

Bahia 43,4 3,6Maranhão 44,6 3,7

Piauí 39,0 3,3Sergipe 33,6 2,8Ceará 46,0 3,8

Amazonas 36,8 3,1Acre 72,0 6,0

Tocantins 20,7 1,6Rondônia 27,9 2,2

Pará 42,1 3,5Região Norte-Nordeste 52,9 4,4

Brasil 46,3 3,8

3.5 - CAPACIDADE DE ARMAZENA-MENTO DE ÁLCOOL POR UF E REGIÃO

Outra informação coletada no levan-tamento refere-se à capacidade de armazena-mento de álcool das unidades de produção. Os números mostram que a capacidade disponível de armazenamento atual, de 16,16 milhões de

metros cúbicos, representa 56,47% do total da produção da safra. Esta é uma informação re-levante porque informa que o país tem uma si-tuação confortável para a estocagem de álcool etílico combustível e atende as necessidades do consumo e do fluxo de comercialização durante todo o ano safra. Os números coletados são os seguintes.

Estado/regiãoCapacidade declarada de

armazenagem de álcool etílico (m3)

Capacidade média de armazenagem por unidade

(m3)

Relação entre a capacidade de armazenagem e a produção de

álcool (%)São Paulo 9.419.134 55.735 80,9

Paraná 940.963 32.447 67,0Minas Gerais 1.377.602 30.613 65,5

Mato Grosso do Sul 1.185.800 56.467 72,7Goiás 951.596 27.988 35,6

Mato Grosso 583.500 64.833 69,2Rio de Janeiro 69.000 17.250 85,1

Rio Grande do Sul 6.000 6.000 91,3Espírito Santo 145.860 24.310 68,7

Total Centro-Sul 14.679.455 315.643 71,3Alagoas 480.100 20.004 71,4

Pernambuco 241.716 10.987 67,6Paraíba 223.200 24.800 62,4

Rio Grande do Norte 72.700 18.175 68,8Bahia 91.000 15.167 77,2

Maranhão 146.100 36.525 82,4Piauí 18.000 18.000 48,0

Sergipe 59.400 9.900 44,7(continua)

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Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

72

Estado/regiãoCapacidade declarada de

armazenagem de álcool etílico (m3)

Capacidade média de armazenagem por unidade

(m3)

Relação entre a capacidade de armazenagem e a produção de

álcool (%)Ceará 34.000 11.333 405,1

Amazonas 11.200 11.200 174,1Acre 6.000 6.000 223,8

Tocantins 60.000 60.000 54,0Rondônia 10.000 10.000 80,5

Pará 24.000 24.000 61,5Total Norte-Nordeste 1.477.416 276.091 69,1

Brasil 16.156.871 591.734 71,1

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Nota-se que as usinas que compõem a Região Norte-Nordeste possuem em média uma capacidade de armazenagem de 76,9% em relação à produção, principalmente por se tratarem de usinas mais antigas, com tanques construídos durante a fase do Proálcool. Na época, o governo exigia no mínimo 60% de capacidade de armazenagem em relação à produção de álcool, além do fato de tais usinas

apresentarem menor escala de produção deste produto.

No gráfico a seguir pode-se ver em termos percentuais onde se concentra a capa-cidade de armazenagem de álcool etílico, assim como a Tabela 43 mostra esse quantitativo por estado e região.

Gráfico 9 - Capacidade declarada de armazenagem de álcool etílico (m3)

SP (58,30%)

GO (5,89%)

MG (8,53%)

MT (7,34%)

PR (5,82%)

MT (3,61%)

AL (2,97%)

PE (1,50%)

PB (1,38%)

ES (0,90%)

MA (0,90%)

SE (0,37%)

BA (0,56%)

TO (0,37%)

RN (1,50%)

RJ (1,38%)

PA (0,90%)

PI (0,90%)

RO (0,37%)

CE (0,56%)

RS (0,37%)

AM (0,07%)

AC (0,04%)

3.6 – PRODUÇÃO DE BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR

O bagaço de cana-de-açúcar é um dos subprodutos da indústria da cana, assim como a sacarose e a palha. É constituído por 32-50% celulose, 19-25% hemicelulose, 23-32% lignina, 2% de cinzas, 46% fibra, 50% umidade (CTC, 2010). Atualmente o bagaço gerado na usina é consumido para produção de energia por meio da cogeração, tornando a maioria das usinas autossustentável energeticamente e, em alguns casos, sobra energia para venda de eletricidade. Essa atividade de comerciali-zação da energia produzida com a queima do bagaço, além das complicações burocráticas,

exigem investimentos vultosos na renovação de equipamentos.

O bagaço pode servir também como matéria prima na produção de álcool etílico por meio da hidrólise, especialmente a enzimática, e nas quais as frações de celulose e hemicelulose são convertidas a hexoses e pentoses. Após os processos de purificação, a mistura obtida pode ser fermentada para a produção do etanol. Esse processo da produção de álcool a partir do ba-gaço está em fase de viabilidade econômica e o desafio é superar essa barreira.

Com relação ao rendimento, os culti-vares de cana-de-açúcar apresentaram dife-

Page 73: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

73

renças para os valores médios de produção e no comportamento ao longo da safra, entre-tanto, obtêm comportamentos semelhantes ao longo da safra, caracterizada por progressiva diminuição.

Hoje no Brasil existem mais de 400 usinas sucroalcooleiras operando e o bagaço produzido pode ser considerado um potencial energético adormecido. Uma usina que pro-cessa 2,0 milhões de toneladas de cana por ano e que hoje gera 24GWH/ano para atender suas necessidades próprias poderá vender ao sis-tema até 300GWH/ano, com tecnologia domi-nada no país.

Estudos mostram que o uso do bagaço de cana-de-açúcar para a geração de energia elétrica poderá ser muito relevante. Segundo especialistas, o terceiro produto da indústria sucroenergética é relativamente tão rentável quanto o açúcar e o álcool. As usinas têm como um fator importante a localização próxima às cargas, propiciando redução de custos de trans-missão de distribuição. Muitas usinas ainda podem gerar no período de estiagem, sendo um complemento ideal ao regime das hidrelétricas instaladas.

As vantagens de se usar os resíduos da cana como fonte de energia primária para ge-ração de eletricidade são muitas e afetam posi-tivamente diversos grupos de interesses, tanto em nível micro quanto macroeconômico.

As vantagens para o país na adoção da cogeração através do bagaço e palha de cana-de-açúcar podem ser enumeradas a seguir:

Complementaridade à geração hi-dráulica: a safra da cana-de-açúcar na Região Centro-Sul do país coincide com a época da seca (baixa incidência de chuva). Isso significa que enquanto os reservatórios de água das usinas hidroelétricas estão vazios e, portanto, gerando pouca energia, as usinas de cogeração com ba-gaço estão operando;

Baixos custos logísticos: como as ins-talações da planta de cogeração são anexas às usinas de açúcar e álcool, o custo logís-tico do combustível (bagaço de cana) é muito pequeno;

Rápida implementação: o tempo médio de instalação de uma planta deste tipo é de cerca de 18 meses;

Tecnologia brasileira: os equipamentos de cogeração podem ser adquiridos no Brasil, diminuindo o risco cambial e facilitando a obtenção de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e

Energia limpa: o bagaço e a palha da ca-na-de-açúcar são combustíveis renováveis.

Os números apurados nos levanta-mentos da Conab estão apresentados na Tabela 44. Um fator importante a ser observado é o percentual de rendimento por tonelada de ca-na-de-açúcar. Esse índice, como já mencionado anteriormente, fica entre 24 e 32% do volume de cana-de-açúcar moída com 50% de umidade.

Tabela 44 - Estimativa de produção de bagaço de cana-de-açúcar

Estado/região Estimativa de produção de bagaço (1.000 t)

Relação bagaço/cana moída (%) Total de cana-de-açúcar moída (1.000 t)

São Paulo 88.757 29,04% 305.636,3Paraná 11.567 28,55% 40.519,3

Minas Gerais 14.615 29,09% 50.241,8Mato Grosso do Sul 9.286 27,42% 33.859,7

Goiás 12.737 28,17% 45.220,1Mato Grosso 3.768 28,65% 13.153,7Rio de Janeiro 553 25,05% 2.207,9

Rio Grande do Sul 28 29,43% 95,1Espírito Santo 1.255 31,34% 4.003,8

Total Centro-Sul 142.566 28,80% 494.937,7Alagoas 8.803 31,77% 27.705,4

(continua)

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Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

74

Estado/região Estimativa de produção de bagaço (1.000 t)

Relação bagaço/cana moída (%) Total de cana-de-açúcar moída (1.000 t)

Pernambuco 5.796 32,85% 17.642,2Paraíba 1.977 29,41% 6.723,1

Rio Grande do Norte 967 32,52% 2.973,3Bahia 750 29,33% 2.557,3

Maranhão 692 30,54% 2.265,6Piauí 330 33,27% 991,9

Sergipe 820 32,18% 2.548,1Ceará 35 29,19% 119,9

Amazonas 75 26,14% 287,0Acre 15 28,51% 52,6

Tocantins 365 26,72% 1.366,2Rondônia 53 33,74% 157,1

Pará 160 24,01% 666,4Total Norte-

Nordeste 20.838 31,55% 66.056,1

Brasil 163.404 29,13% 560.993,8Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Outro fator que pode-se apontar é que, apesar de praticamente todas as unidades pro-duzirem a energia elétrica que consomem com a queima do bagaço, nem todas vendem exce-dente de energia, e isto tem uma grande dife-rença no aproveitamento deste total de bagaço produzido.

Este é o quinto anuário publicado pela Conab traçando este perfil do setor sucroalcoo-

leiro. Para as próximas edições planeja-se trazer outras informações que ainda não foram con-templadas, como variedades de cana-de-açúcar mais cultivadas e a energia elétrica produzida com a queima do bagaço.

O objetivo do trabalho é cada vez tornar mais claras as demandas e benefícios do setor sucroalcooleiro para o Brasil e com a certeza de cumprir esse objetivo.

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75

Fontes de informações

ANDREOLI, C.; SOUZA, P. S. Cana-de-Açúcar; a Melhor Alternativa para Conversão de Energia Solar e Fóssil em Etanol. Economia & Energia, v. 59, p. 26-33, dez. 2006-jan. 2007.

BASQUEROTTO, Cláudio Henrique Cerqueira Costa. Cogeração de Energia Elétrica com Bagaço de Cana-de-Açúcar Compressado (Briquete). Araçatuba, SP: Fatec, 2010. 56 p.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Anuário Estatístico de Agroenergia 2012: statistical yearbook of agrienergy / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Produção e Agroenergia. Bilíngüe. – Brasília : MAPA/ACS, 2013. 284 p.

BRASIL. Lei 8.029 de 12 de abril de 1990. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 13 abr. 1990. Seção 1, p. 1

CONSELHO DOS PRODUTORES DE CANA-DE-AÇÚCAR , AÇÚCAR E ÁLCOOL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Manual de Instruções. Piracicaba-SP, CONSECANA-SP, 2006. 112 p.

MARQUES, P. V. Et al. Custo de Produção Agrícola e Industrial de Açúcar e Álcool no Brasil. Piracicaba-SP: PECEGE/ESALQ/USP, Departamento de Economia, Administração e Sociologia, 2009. 197 p.

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil: Safra2010/2011. Brasília: Conab, 2013. 64 p.

________.Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil: Safra 2009/2010. Brasília: Conab, 2012. 61 p.

________. A Geração Termoelétrica com a Queima do Bagaço de Cana-de-Açúcar no Brasil. Análise do Desempenho da safra 2009/10. Brasília-DF: Conab, mar. 2011. 157 p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo agropecuário 2006. Brasília: Rio de Janeiro, 2006.

SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 47.700, de 11 de março de 2003. Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 12 mar. 2003, Seção 1, p. 03-05

SÃO PAULO (Estado). Lei nº 11.241, de 19 de setembro de 2002. Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 20 set. 2002, Seção 1, p. 02

SOUZA, Z. J. Geração de Energia Elétrica Excedente no Setor Sucroalcooleiro: Entraves Estruturais e Custos de Transação. 2003, 163f. Tese (Doutorado em Engenharia da Produção). Departamento da Engenharia da produção- UFSCAR - São Carlos, SP.

UNITED STATES DEPARTMENT OF AGRICULTURE – USDA. Country Crop Years. Disponível em: <http://www.fas.usda.gov/htp/sugar/tmarketingyears.pdf>

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Anexos

Anexo 01 - Questionários de levantamento de safra de cana-de-açúcar – Conab 2011/12

(%)

A - INFORMAÇÕES - CADASTRO

03-Empresa

LEVANTAMENTO PARA AVALIAÇÃO DE SAFRA 01 - Nº Questionário PR-02-13DE CANA-DE-AÇÚCAR 02 - Ano / Safra 2011/2012

12 - Nº do CNPJ 04-N. Fantasia05-Endereço 11- Perfil da Empresa

10 - CEP

06-Município

08-E-mail : Usina Mista 17 - Ano Inicio Operação

Usina07-Fone/fax Destilaria 16 - Longitude

14 - código IBGE13 - Código Mapa

15 - Latitude

1ª Aval.

19-

Info

rman

te

2ª Aval.

3ª Aval.

Renovação (ha)

B - INFORMAÇÕES - AGRÍCOLAS

21 - Área / Produtividade / Produção e ATR

3ª Avaliaçãociclo Itens (área e rendimento)

Safra Anterior Safra AtualFechamento

18-Entrevistador20-Cargo /

Função

Cana de 12 meses

1ª Avaliação 2ª Avaliação

Produtividade (t/ha)

Produtividade (t/ha)

Expansão (ha)

FornecedoresPrópria Fornecedores Própria Fornecedores Própria Fornecedores Própria

Produtividade (t/ha)

Renovação (ha)

Cana de 18 meses Expansão (ha)

Produtividade (t/ha)

2º corteÁrea (ha)

Produtividade (t/ha)

Produtividade (t/ha)

4º corteÁrea (ha)

3º corteÁrea (ha)

Produtividade (t/ha)

Produtividade (t/ha)5º corte

Área (ha)

6º corte e demais

Área (ha)

Produtividade (t/ha)

0,00 0,000,000,00 0,00

0,000,00 0,00

0 0 0

TOTALÁrea Total (ha) 0,00 0,00

Produtividade Média (t/ha) 0,00 0,00

0Estimativa de Cana Bisada (em mil t)

Total = Própria + Forn. (em mil t) 0 0 00 0

0,00 0,00 0,00 0,000 00

Áreas Safra anterior 1ª Aval. 2ª Aval.

ATR (kg/t de cana)

22- Área de Plantio no ano safra (ha)

Total de Cana Moída (em mil t)

%27 - Censo de Variedades em (%) da áreaPrecoce % MédiaIAC-862210

% Tardia3ª Aval.

SP84-5257

Expansão

Renovação

SP83-2847

SP90-1638

0,00 SP91-1049

IAC-873396

SP81-3804

SP82-3150

23 - Áreas ocupadas no plantio de EXPANSÃO (%) SP83-5073 SP80-1816 SP74-4764

0,00 SP80-3280Total 0,00 0,00

Milho Soja Café SP78-4768 SP71-6949Laranja Pastagem Outros SP81-3250

RB 935794SP80-1842 SP78-4767

Área (ha) Área (ha) Produtividade (t/ha) Produção (t) SP77-5181

24 - Sementes / Mudas SP79-1011 SP78-4764 RB 867515

Própria - RB 966928

SP70-1143 RB 863129

Fornecedores - RB 925211

RB 867015 RB 845197

Total - - - RB 855453

RB 855536 RB 835089

RB 765710

25 - Sistema de Colheita RB 855156 RB 845257

(%) RB 835486

RB 855113

Sistema (mil t)

RB 72454

RB 75126

RB 845210 RB 72458

Manual C/ Queima S/ Queima RB 763710RB 835054

Mecânico C/ Queima S/ Queima

OUTRAS OUTRAS OUTRAS

SUBTOTAL 0,00%Safra anterior

RB 813804 RB 703710

0,00%

RB 535089

TOTAL GERAL

26- Número de colheitadeiras SUBTOTAL 0,00% SUBTOTAL

0,00%1ª Aval. 2ª Aval. 3ª Aval.

09 - UF

(continua)

Page 78: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

78

dez

28 - Precipitação Pluviométrica Ideal e Ocorrida (em mm)Precipitação Jan fev mar novoutjul ago

Ideal

abr mai jun set

Ocorrida

29 - Calendário de Plantio (em %)0,00%

30 - Calendário de Colheita (em %)0,00%

31 - Comentários e observações (Agrícola):

Número de Fornecedores (produtores) de cana-de-açúcar Independentes que entregam nesta unidade:

Distância média Safra Anterior Safra Atual Origem da Cana1ª aval 2ª aval 3ª aval

C - INFORMAÇÕES - INDÚSTRIA

32 - Cana a ser transportada do campo até indústria (mil t) 37 - Estimativa de esmagamento - ano safra (em mil t)

1ª Aval.

Própria

Safra Anterior Safra Atual2ª Aval 3ª Aval

Até 20 km

mais de 40 km Adquirida outras fontesde 20 a 40 km

0 Total 0

Fornecedores

33 - Destinação da cana esmagada (em %) 38 - Estimativa de Produção

Total 0 0 0 0

2ª Aval 3ª AvalDestinação Safra Anterior Safra Atual Produção Safra Anterior Safra Atual1ª aval 2ª aval 3ª aval 1ª Aval.

Açúcar Açúcar total (t)

Álcool Anidro ÁLCOOL TOTAL(em m3)

Álcool Hidratado Anidro (em m3)

Álcool Neutro Hidratado (em m3)

Neutro (em m3)

Outros Outros

Produto Safra Anterior Safra Atual Discriminação3ª aval1ª aval 2ª aval

34 - Capacidade Industrial Instalada (diária) 39 - Geração de Energia Elétrica

Capacidade geração (kw)2ª Aval 3ª AvalSafra Anterior Safra Atual

1ª Aval.Esmagamento (t)

Previsão de geração (mwh)Açúcar (t)

Álcool Anidro (m 3) Previsão de Consumo (mwh):

En. elét. a ser vendida (mwh):

Equipamento Tipo Marca Quantidade Capacidade

Álcool Hidratado

35 - Tancagem (em m3) 40 - Equipamentos (só perguntar na 1ª avaliação)

Álcool hidratado (m 3)

PressãoÁlcool Anidro

TurbinaCaldeira

Produto Safra Anterior Safra Atual1ª aval 2ª aval 3ª aval

Total Gerador

2ª Aval 3ª Aval

36 - Produção de Bagaço (em mil t) 41 - Período de Funcionamento

Discriminação Safra Anterior Safra Atual Período em Safra Anterior Safra Atual

Uso no processo ind.

3ª aval 1ª Aval.1ª aval 2ª avalProdução estimada

Horas de Operação (h)Dias corridos (dias)

Outros usos

42 - Comentários e observações (Indústria):

Esta Unidade Pertence a Algum Grupo Econômico : Sim ( ) Não ( ) Qual ?Quantas unidades têm o grupo:

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Page 79: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

79

Anexo 02 - Mapa georreferenciado das unidades sucroalcooleiras - safra 2011/12.

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

Page 80: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

80

Nº UF Município Empresa Nome Fantasia CNPJ CEP Código MAPA LAT LON

1 AC Capixaba Álcool Verde - Grupo Farias Alcool Verde 07.591.836/0001-57 69.922-000 17.751 -10,401 -67,725

2 RO Santa Luzia D’Oeste Usina Boa Esperança Açúcar e Álcool Ltda. Usina Boa Esperança Açúcar e Álcool Ltda. 03.325.704/0001-22 98.995-000 17.112 -12,006 -61,577

3 AM Presidente Figueiredo Agropecuária Jayoro Ltda.. AGROPECUÁRIA JAYORO Ltda. 05.827.977/0001-09 69.735-000 15.540 -2,049 -60,055

4 PA Ulianópolis PAGRISA - Pará Pastoril e Agrícola Ltda.. PAGRISA 05.459.177/0001-74 68.632-000 13.502 -3,718 -47,488

5 TO Pedro Afonso BUNGE Açúcar e Álcool S/A BUNGE Açúcar E Álcool S/A 77.710-000 17.891 -9,096 -48,089

6 MA Aldeias Altas TG Agroindustrial Ltda. TG AGRO IndústriaL Ltda. 02.126.558/0002-24 65.610-000 17.051 -4,624 -43,613

7 MA Coelho Neto Usina Itajubara Açúcar e Álcool Usina ITAJUBARA 06.110.605/0001-11 65.620-000 13.513 -4,283 -42,988

8 MA São Raimundo das Mangabeiras Agropecuária Indústrial Serra Grande Ltda.. AGROSerra 11.035.672/0001-59 65.840-000 13.591 -6,763 -45,894

9 MA Campestre do Maranhão Maity Bioenergia S/A MAITY BioEnergia S/A 07.007.398/0002-18 65.968-000 17.011 -6,122 -47,284

10 PI União COMVAP – Açúcar e Álcool Ltda.. GRUPO OLHO D’ÁGUA 05.343.207/0001-82 64.120-000 13.568 -4,854 -42,886

11 CE Aquiraz Colonial Indústria de Bebidas Ltda.. COLONIAL 07.208.259/0004-14 61.700-000 17.027 -4,008 -38,401

12 CE Paraipaba Ypioca Agroindustrial Ltda.. YPIOCA 05.373.212/0005-61 62.685-000 17.123 -3,497 -39,191

13 CE Jaguaruana Ypioca Agroindustrial Ltda.. YPIOCA 05.373.212/0009-95 62.823-000 17.512 -4,828 -37,775

14 RN Arez Louis Dreyfus Commodities Bioenergia S/A FILIAL ESTIVAS 15.527.906/0008-02 59.170-000 13.614 -6,231 -35,207

15 RN Baía Formosa Vale Verde Empreendimentos Agrícolas Ltda. Usina Vale VERDE 02.414.858/0003-90 59.194-000 15.786 -6,416 -35,056

16 RN Ceará Mirim Ecoenergias do Brasil Indústria e Comércio Ltda.. ECOEnergiaS 08.247.507/0001-56 59.570-000 17.067 -5,630 -35,414

17 RN Ceará Mirim Ypioca Agroindustrial Ltda.. YPIOCA 05.373.212/0006-42 59.570-000 17.105 -5,504 -35,517

18 PB Sapé Una Açúcar e Energia Ltda. Destilaria U N A 40.830.648/0004-52 58.340-000 17.026 -6,989 -35,205

19 PB Rio Tinto PEMEL-Empreendimentos Agroindustrial e Comércio Ltda. Destilaria P E M E L 12.909.214/0001-64 58.297-000 13.759 -6,612 -35,058

20 PB Santa Rita JAPUNGU Agroindustrial S/A JAPUNGU 09.357.997/0001-06 58.300-970 13.737 -6,991 -35,024

21 PB Caaporã Agroindustrial Tabu S/A Destilaria TABU 09.053.646/0001-01 58.326-000 13.760 -7,509 -34,876

22 PB Mamanguape Usina Monte Alegre S/A Usina MONTE ALEGRE 09.094.632/0001-36 58.290-000 14.885 -6,859 -35,128

23 PB Pedras de Fogo Louis Dreyfus Commodities Bioenergia S/A G I A S A 15.527.906/0009-93 58.328-000 13.704 -7,352 -35,027

24 PB Santa Rita Companhia Usina São João Usina São JOÃO 08.974.214/0001-70 58.300-000 13.692 -7,133 -35,010

25 PB Santa Rita Miriri Alimentos Bioenergia S/A Destilaria MIRIRI 09.090.259/0001-45 58.300-000 13.748 -6,945 -35,130

26 PB Santa Rita AGROVAL - Agroindustrial Vale do Paraíso Ltda.. AGROVAL 01.165.715/0001-67 58.300-970 13.681 -7,090 -34,983

27 PE Vicência Usivale Indústria e Comércio Ltda.. Usina LARANJEIRAS 10.842.672/0003-60 55.850-000 15.764 -7,661 -35,340

28 PE Igarassu Usina São José S/A Usina São José 10.362.820/0001-87 53.600-000 14.010 -7,552 -35,035

29 PE Timbaúba Usina Cruangi S/A Usina CRUANGI 11.809.134/0001-74 55.870-000 13.917 -7,551 -35,273

30 PE Goiana Companhia Agroindustrial de Goiana - CAIG Usina Santa TERESA 10.319.853/0001-44 55.900-000 14.852 -8,343 -35,282

31 PE Camutanga Usina Central Olho D’água S/A Usina Central OLHO D´AGUA 11.797.222/0001-01 55.930-000 13.906 -7,422 -35,254

32 PE Lagoa de Itaenga Usina Petribu S/A Usina PETRIBÚ 10.645.075/0001-83 55.830-000 13.984 -8,400 -35,300

33 PE Catende Companhia Industrial do Nordeste Brasileiro Central NOSSA SONHORA DE FÁTIMA 10.815.827/0001-07 55.400-000 13.816 -8,670 -35,719

34 PE Serinhaém Usina Trapiche S/A Usina TRAPICHE 10.820.645/0008-09 55.580-000 14.021 -8,581 -35,127

35 PE Maraial Una Álcool Export Ltda.. UNA Álcool 06.297.528/0002-31 55.405-000 17.007 -7,889 -35,316

36 PE Tamandaré Uma Açúcar e Energia Ltda.. UNA AÇUCAR 40.830.648/0002-90 55.578-000 14.830 -8,765 -35,315

37 PE Joaquim Nabuco Usina Pumaty S/A Usina PUMATY S/A 10.803.815/0011-34 55.535-000 13.995 -8,117 -35,030

38 PE Rio Formoso Zihuatanejo do Brasil Açúcar e Álcool S/A Usina CUCAU 03.794.600/0002-48 55.575-000 15.775 -8,641 -35,271

39 PE Palmares Norte Sul Construções e Agro Florestal Ltda.. Usina NORTESUL 03.995.531/0001-50 55.540-000 15.641 -8,682 -35,596

40 PE Amaraji BM Agrindustrial Ltda.. Destilaria CAMPO BELO 05.694.422/0001-28 55.515-000 16.058 -8,365 -35,476

41 PE Ipojuca Usina Salgado S/A Usina SALGADO S/A 10.383.780/0001-43 55.900-000 14.009 -8,393 -35,092

42 PE Cabo de Santo Agostinho Usina Bom Jesus S/A Usina BOM JESUS 10.785.202/0001-40 54.500-000 13.805 -8,282 -35,038

43 PE Cortês Vale Verde Empreendimentos Agrícolas Ltda.. Usina PEDROSA 02.414.858/0001-28 55.525-000 15.854 -8,672 -35,726

44 PE Ribeirão Interiorana Serviços e Construções Ltda.. Usina ESTRELIANA 01.490.787/0001-80 55.520-000 15.607 -8,523 -35,377

45 PE Vitória de Santo Antão Companhia Álcoolquímica Nacional Usina JB 11.427.572/0001-78 55.600-000 14.054 -7,661 -35,340

46 PE Ipojuca Usina Ipojuca S/A Usina IPOJUCA 10.384.022/0001-56 55.900-000 13.940 -7,822 -35,011

47 PE Primavera Usina União Indústria S/A Usina UNIÃO Indústria S/A 10.204.485/0001-99 55.500-000 14.032 -8,327 -35,357

48 PE Jaboatão dos Guararapes Companhia Usina Bulhões Usina BULHÕES 10.420.446/0001-29 54.080-000 13.872 -8,426 -35,015

49 AL Rio Largo Usina Santa Clotilde S/A Usina Santa CLOTILDE 12.607.842/0001-95 57.100-000 14.144 -9,455 -35,848

50 AL Atalaia Laginha Agro-Indústrial S/A Usina URUBA 12.274.379/0005-30 57.690-000 14.920 -9,482 -35,959

51 AL Cajueiro Companhia Açucareira Usina Capricho Usina CAPRICHO 12.213.922/0001-66 57.770-000 14.896 -9,338 -36,160

52 AL Boca da Mata Triunfal Agroindustrial Ltda.. Usina TRIUNFO 12.733.937/0001-55 57.680-000 14.199 -9,627 -36,199

53 AL Marechal Deodoro Companhia Açucareira Central Sumauma Usina SUMAUMA 12.478.095/0002-13 57.160-000 14.177 -9,672 -35,828

54 AL Rio Largo S/A Leão Irmãos Açúcar E Álcool Central LEÃO UTINGA 12.275.715/0029-37 57.000-115 14.234 -9,553 -35,867

55 AL Maceió Usina Caeté S/A Usina CACHOEIRA - filial caeté 12.282.034/0006-00 57.030-000 14.212 -9,442 -35,733

56 AL São Luiz do Quitunde Central Açucareira Santo Antônio S/A Usina SANTO ANTONIO 12.718.011/0001-90 57.920-000 14.313 -9,290 -35,566

57 AL Matriz do Camaragibe Central Açucareira Santo Antonio S/A Usina CAMARAGIBE 12.718.011/0010-81 57.910-000 14.874 -9,131 -35,548

58 AL Porto Calvo Central Açucareira Usina Santa Maria S/A Usina Santa MARIA 05.158.542/0001-00 57.900-000 16.003 -9,011 -35,431

59 AL Colonia Leopoldina Destilaria Autônoma Porto Alegre Ltda.. Destilaria PORTO ALEGRE 12.411.864/0001-85 57.975-000 14.346 -8,897 -35,667

60 AL União dos Palmares Laginha Agroindustrial S/A Usina LAGINHA 12.274.379/0001-07 57.800-000 14.278 -9,182 -36,044

61 AL São José da Lage Usina Serra Grande S/A Usina Serra Grande 12.706.289/0001-48 57.865-000 14.324 -8,984 -36,063

anexo 03 - Lista de usinas pesquisadas safra 2011/12

(continua)

Page 81: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

81

Nº UF Município Empresa Nome Fantasia CNPJ CEP Código MAPA LAT LON

62 AL Colonia Leopoldina Usina Taquara Ltda.. Usina TAQUARA 12.217.246/0001-07 57.975-000 14.908 -8,910 -35,729

63 AL São Miguel dos Campos Mendo Sampaio S/A Roçadinho 10.776.540/0043-74 57.240-500 14.290 -9,762 -36,141

64 AL Coruripe Usina Coruripe Açúcar e Álcool S/A Usina CORURIPE 12.229.415/0002-20 57.230-000 14.256 -10,113 -36,277

65 AL Coruripe Cooperativa de Colonização Agro-Pecuária Ind. Pindorama Ltda. PINDORAMA 12.229.753/0001-52 57.230-000 14.391 -10,160 -36,349

66 AL Coruripe Laginha Agroindustrial S/A GUAXUMA 12.274.379/0004-50 57.230-000 14.267 -9,982 -36,225

67 AL Jequiá da Praia Usina Cansanção de Sinimbu SINIMBU 12.272.498/0002-01 57.244-000 14.122 -9,885 -36,160

68 AL Campo Alegre Indústrial Porto Rico S/A Usina PORTO RICO 12.217.832/0001-73 57.021-150 14.133 -9,816 -36,215

69 AL Penedo Penedo Agro Indústrial S/A Usina PAISA 12.382.008/0001-49 57.200-000 14.335 -10,289 -36,498

70 AL Igreja Nova Usina Caeté S/A Usina MARITUBA 12.282.034/0003-67 57.280-000 14.379 -10,149 -36,543

71 AL São Miguel dos Campos Usina Caeté S/A Usina CAETÉ 12.282.034/0002-86 57.240-000 14.223 -9,762 -36,141

72 AL Teotônio Vilela Usinas Reunidas Seresta S/A Usina SERESTA 12.265.245/0001-20 57.100-000 14.166 -9,913 -36,334

73 SE Laranjeiras Usina São José do Pinheiro Ltda.. Usina São José do Pinheiro Ltda.. 13.324.215/0001-00 49.170-000 14.425 -10,769 -37,214

74 SE Japoatã Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool Agrissul Agrícola Ltda.. 02.995.097/0004-98 49.950-000 17.069 -10,539 -36,771

75 SE Capela Engenho Junco Novo Ltda.. Engenho Junco Novo Ltda.. 02.963.399/0001-31 49.700-000 17.072 -10,561 -37,040

76 SE Capela Usina Termo Elétrica Lolando Leite UTE Iolando Leite 06.941.800/0001-93 49.700-000 17.076 -10,563 -37,039

77 SE Capela Agroindustrial Capela Ltda.. Usina Taquarí 07.461.344/0001-47 49.700-000 17.146 -10,605 -37,061

78 SE Nossa Senhora das Dores Agroindustrial Campo Lindo Ltda.. Usina Campo Lindo. 07.454.414/0001-30 49.160-000 17.153 -10,483 -37,118

79 BA Medeiros Neto Usina Santa Maria Ltda.. Usina Santa Maria Ltda.. 04.588.246/0001-87 45.960-000 17.020 -17,458 -40,139

80 BA Santa Cruz de Cabrália Usina Santa Cruz Santa Cruz Açúcar e Álcool Ltda.. 03.333.102/0001-17 44.230-000 15.416 -16,182 -39,334

81 BA Lajedão União Indústria Açucareira Ltda.. Usina União 03.333.102/0004-60 45550-000 18.151 -17,613 -40,345

82 BA Ibirapuã Ibirálcool – Destilaria de Álcool Ibirapuã Ltda.. IbirÁlcool 07,434,824/0001-19 45.940-000 18.071 -17,687 -40,106

83 BA Juazeiro Agro Indústrias do Vale do São Francisco S/A Agrovale 13.642.699/0001-35 50.050-540 14.458 -9,498 -40,366

84 BA Amélia Rodrigues União Indústria Açucareira Ltda.. Usina União 03.333.102/0001-17 44.230-000 15.562 -12,457 -38,680

85 MT São José do Rio Claro Destilaria de Álcool Libra Destilaria DE Álcool LIBRA 00.297.598/0001-22 78.435-000 11.777 -13,811 -56,525

86 MT Barra do Bugres Usina Barrálcool S/A Usina BARRÁlcool S/A 33.664.228/0001-35 78.390-000 11.711 -15,032 -57,211

87 MT Nova Olimpia Usina Itamarati Usina ITAMARATI 15.009.178/0001-70 78.370-000 11.766 -14,758 -57,195

88 MT Campo Novo do Parecis Coop. Agr. Dos Prod. de Cana de Campo Novo dos Parecis Ltda.. COPRODIA 15.043.391/0001-07 78.360-000 11.744 -13,785 -57,850

89 MT Campos de Júlio Agropecuária Morocó AGROPECUÁRIA MOROCÓ 07.670.089/0001-42 78.307-000 17.031 -14,253 -59,219

90 MT Lambari D’Oeste Coop. Agr. Dos Prod. de Cana de Rio Branco - COPERB COOP. AGRIC.DE PROD. DE CANA Rio BRANCO - COOPERB 15.059.231/0001-48 78.279-000 11.687 -15,398 -57,949

91 MT Jaciara Usina Pantanal de Açúcar e Álcool Ltda.. Usina PANTANAL DE AÇUCAR E Álcool Ltda. 01.321.793/0002-94 78.820-000 11.182 -15,925 -55,224

92 MT Poconé ALCOOPAN - Álcool do Pantanal ALCOOPAN - Álcool DO PANTANAL 37.497.237/0001-30 78.715-000 11.722 -16,057 -56,720

93 MT Alto Taquari BRENCO - Central Energética Alto Taquari - Alcool e Energia Elétrica BRENCO 78.785-000 17.851 -17,753 -53,304

94 MS Iguatemi Destilaria Centro Oeste Iguatemi Ltda.. Usina D’ECOIL 05.102.534/0001-42 79.960-000 17.075 -23,890 -55,430

95 MS Navirai Usina Usinavi S/A Usina UsinaVI S/A 07.929.985/0001-83 79.950-000 17.071 -23,130 -54,202

96 MS Rio Brilhante Louis Dreyfus Commodities Usina PASSATEMPO 15.527.906/0007-21 79.130-000 11.519 -21,728 -54,501

97 MS Rio Brilhante Louis Dreyfus Commodities Usina Rio BRILHANTE 15.527.906/0035-85 79.130-000 17.104 -21,518 -54,711

98 MS Vicentina Central Energética Vicentina Usina VICENTINA 07.863.768/0001-38 79.710-000 17.150 -22,479 -54,417

99 MS Maracaju Louis Dreyfus Commodities Usina MARACAJU 15.527.906/0006-40 79.150-000 11.799 -21,353 -55,439

100 MS Sidrolândia Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool AGRISUL Agrícola Ltda. 02.995.097/0003-07 79.170-000 17.019 -20,754 -55,046

101 MS Dourados São Fernando Açúcar e Álcool Ltda.. Usina São Fernando 05.894.060/0002-08 79.843-000 17.328 -22,230 -54,810

102 MS Maracaju Tonon Bioenergia S/A VISTA ALEGRE Açúcar E Álcool Ltda. 07.914.230/0001-05 79.150-000 17.308 -21,618 -55,167

103 MS Ponta Porã Monteverde Agroenergética SA MONTEVERDE AGRO-Energética SA 00.143.381/0001-68 79.900-000 17.469 -22,537 -55,721

104 MS Caarapó Nova América S/A Agrícola Caarapó Nova América S/A Agrícola Caarapó 09.538.989/0001-66 79.940-000 17.514 -22,630 -54,825

105 MS Nova Alvorada do Sul SAFI Brasil Energia Ltda.. SAFI BRASIL Energia Ltda. 07.574.178/0002-76 79.140-000 17.077 -21,432 -54,372

106 MS Rio Brilhante Usina Eldorado Usina ELDORADO 05.620.523/0002-35 79.130-000 17.039 -21,855 -54,025

107 MS Angélica Angélica Agroenergia Ltda.. ANGELICA AGROEnergia Ltda. 07.903.169/0001-09 79.785-000 17.129 -22,156 -53,771

108 MS Nova Andradina Energética Santa Helena ENERGETICA Santa HELENA 37.216.363/0002-50 79.750-000 12.151 -22,000 -53,431

109 MS Brasilândia Agrisul Agrícola Ltda.. AGRISUL Agrícola Ltda. 02.995.097/0007-30 79.670-000 17.044 -21,459 -52,321

110 MS Batayporã Usina Laguna Álcool e Açúcar Ltda.. Usina LAGUNA 07.912.062/0001-19 79.760-000 17.369 -22,298 -53,268

111 MS Nova Alvorada do Sul Agro Energia Santa Luzia Santa LUZIA I 08.906.558/0001-42 79.140-000 17.510 -21,464 -54,384

112 MS Sonora Rio Corrente Agrícola S/A Usina SONORA 47.902.283/0001-20 79.415-000 11.520 -17,618 -54,764

113 MS Aparecida do Taboado Alcoovale S/A Álcool e Açúcar Usina ALCOOVale 15.444.904/0001-83 79.570-000 13.300 -20,087 -51,299

114 MS Chapadão do Sul Iaco Agrícola S/A Faz. Ribeirão 07.895.728/0006-82 79.560-000 17.389 -18,795 -52,622

115 GO Morrinhos Central Energética Morrinhos S/A CEM 75.650-000 17.106 -17,927 -49,234

116 GO Goiatuba Vale Verde Empreendimentos Agrícolas Ltda.. Usina BOM SUCESS 11.092.881/0001-34 76.680-000 17.131 -18,012 -49,367

117 GO Ipameri LASA Lago Azul S/A LASA LAGO AZUL S/A 02.678.100/0001-05 75.780-000 11.474 -17,060 -47,745

118 GO Goiatuba GOIASA Goiatuba Álcool Ltda.. GOIASA GOIATUBA Álcool Ltda. 02.773.950/0001-84 75.600-000 11.812 -18,071 -49,671

119 GO Quirinópolis Usina Boa Vista S/A Usina Boa VISTA S/A 07.603.999/0002-93 75.860-000 17.116 -18,546 -50,443

120 GO Itumbiara Usina Panorama S/A Usina PANORAMA S/A 08.704.527/0001-09 75.503-970 17.082 -18,353 -49,221

121 GO Quirinópolis Usina São Francisco Açúcar e Álcool S/A Usina São FRANCISCO Açúcar E Álcool S/A 44.209.336/0001-34 75.860-000 17.035 -18,429 -50,451

122 GO Vila Boa CBB Companhia Bioenergética Brasileira S/A ALDA PARTICIPAÇÕES E AGROPECUÁRIA S/A 37.848.595/0001-40 73.825-000 17.094 -14,515 -47,081

(continua)

Page 82: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

82

Nº UF Município Empresa Nome Fantasia CNPJ CEP Código MAPA LAT LON

123 GO Itumbiara CNAA-Central Itubiara de Bioenergia e Alimentos CNAA-Central ITUMBIARA DE BioEnergia E Alimentos 08.517.600/0001-33 75.503-970 17.152 -18,373 -49,270

124 GO Itapuranga Vale Verde Empreendimentos Agrícolas Ltda.. Vale VERDE 02.414.858/0006-32 76.680-000 17.085 -15,582 -49,885

125 GO Anicuns Anicuns S/A - Álcool e Derivados ANICUNS S/A 02.783.009/0001-41 76.170-000 11.845 -16,415 -49,946

126 GO Rubiataba Cooperativa Agroindustrial de Rubiataba Ltda.. COOPER-RUBI 03.347.747/0001-09 76.350-000 11.902 -15,179 -49,758

127 GO Carmo do Rio Verde CRV Industrial Ltda.. CRV 03.937.452/0001-92 76.340-000 15.843 -15,347 -49,730

128 GO Itapací Vale Verde Empreendimentos Agrícolas Ltda.. Vale VERDE 02.414.858/0001-09 76.360-000 15.900 -14,979 -49,540

129 GO Inhumas Centroálcool S/A CENASA 02.896.264/0001-09 75.400-000 11.856 -16,347 -49,485

130 GO Goianésia Jallles Machado S/A JALLES 02.635.522/0001-95 76.380-000 11.463 -15,211 -48,985

131 GO Goianésia Usina Goianésia S/A Usina GOIANÉSIA 02.460.988/0001-05 76.380-000 11.418 -15,215 -49,097

132 GO Turvelândia Vale do Verdão S/A - Açúcar e Álcool Vale DO VERDÃO S/A - Açúcar & Álcool 02.859.452/0002-30 75.970-000 11.823 -17,970 -50,316

133 GO Rio Verde Usina Rio Verde Ltda.. DECAL 02.043.917/0001-07 75.901-970 17.018 -17,821 -50,993

134 GO Montividiu Usina Serra do Caiapó S/A Usina Serra do Caiapó 07.959.708/0001-13 75.915-000 17.122 -17,368 -51,400

135 GO Edéia Tropical Bionergia S/A Usina Tropical 08.195.806/0001-94 75.940-000 17.126 -17,765 -50,164

136 GO Jandáia Destilaria Nova União Ltda.. Denusa 00.595.322/0001-20 75.950-000 11.890 -17,278 -50,148

137 GO Paraúna Usina Nova Gália Ltda. Nova Gália 07.300.906/0001-70 75.980-000 17.108 -16,965 -50,438

138 GO Vicentinópolis Caçú Indústria e Comércio de Açúcar e Alcool Ltda. Usina Caçú 07.996.345/0001-96 75.555-000 17.289 -17,735 -49,805

139 GO Santa Helena de Goiás Usina Santa Helena de Açúcar e Alcool S/A Usina Santa Helena 02.673.754/0002-19 75.920-000 11.913 -17,823 -50,539

140 GO Porteirão Usina São Paulo Energia e Metanol Ltda. Usina São Paulo 05.935.048/0001-05 75.603-000 17.093 -17,825 -50,164

141 GO Santo Antônio da Barra Usina Floresta S/A Usina FLORESTA S/A 08.048.772/0001-05 75.935-000 17.348 -17,560 -50,633

142 GO Jataí Cosan Centro-Oeste S/A - Açúcar E Álcool COSAN CENTROESTE S/A - Açúcar E Álcool 08.619.844/0003-99 75.800-970 17.529 -17,308 -51,752

143 GO Acreúna Usina Canadá S/A Usina Canadá 08.284.453/0001-07 75.960-000 17.134 -17,366 -50,335

144 GO Mineiros E T H - Bioenergia S/A E T H BioEnergia 75.830-000 17.791 -17,721 -53,041

145 GO Chapadão do Céu Usina Porto das Águas Ltda.. Usina PORTO DAS ÁGUAS Ltda. 08.322.396/0001-03 75.828-000 17.368 -18,469 -52,608

146 GO Serranópolis Energática Serranópolis Ltda. Energética Serranópolis Ltda.. 05.643.160/0001-72 75.820-000 17.023 -18,197 -51,922

147 GO Caçu Usina Rio Claro S/A Usina Rio Claro 08.598.391/0001-08 75.813-000 17.449 -18,550 -51,130

148 GO São Simão Energética São Simão S/A Energética São SIMÃO S/A 02.348.861/0001-90 75.890-000 17.128 -18,995 -50,548

149 MG Limeira D’Oeste Usina Coruripe Açúcar e Alcool S/A Usina Coruripe - Unidade Limeira D’Oeste 12.229.415/0016-05 38.295-000 17.014 -19,526 -50,658

150 MG Iturama Usina Coruripe Açúcar e Alcool S/A Usina Coruripe - Unidade Iturama 12.229.415/0010-01 38-280-000 13.311 -19,709 -50,338

151 MG Carneirinho Carneirinho Agroindustrial S/A Carneirinho Agroindustrial S/A 07.767.691/0001-00 38.290-000 17.119 -19,816 -50,785

152 MG Pirajuba Usina Santo Angelo Ltda. Açúcar e Alcool Usina Santo Angelo Ltda. Açúcar e Alcool 19.537.471/0001-61 38.210-000 13.401 -19,961 -48,567

153 MG Frutal Usina Frutal Açúcar e Alcool S/A Usina Frutal Açúcar e alcool S/A 07.455.944/0001-00 38.200-000 17.095 -20,083 -48,821

154 MG Itapagipe Usina Itapagipe Açúcar e Álcool Ltda. Usina Itapagipe Açúcar e Alcool Ltda. Bungue 06.059.962/0001-00 32.240-000 17.030 -19,889 -49,690

155 MG Campo Florido Usina Coruripe Açúcar e Alcool S/A Usina Coruripe Açúcar e Alcool S/A 12.229.415/0014-35 38.130-000 15.810 -19,813 -48,739

156 MG Delta Usina Caeté S/A Usina Caeté S/A Unidade Delta 12.282.034/0010-96 38.108-000 13.366 -19,976 -47,768

157 MG Conceição das Alagoas Usina Caeté S/A Usina Caeté S/A Unidade Volta Grande 12.282.034/0008-71 38.120-000 15.247 -19,980 -48,265

158 MG Frutal Usina Cerradão Ltda. Usina Cerradão Ltda. 08.056.257/0001-77 38.200-000 17.409 -20,024 -48,932

159 MG Limeira D’Oeste Cabreira Energética, Açúcar e Álcool Ltda. CABRERA 08.057.019/0001-86 38.295-000 17.513 -19,292 -50,742

160 MG Santa Vitória Campina Verde Bioenergia Ltda. Campina Verde BioEnergia Ltda. 08.215.996/0001-64 38325-000 17.409 -18,846 -50,126

161 MG Santa Juliana Agroindustrial Santa Juliana S/A Agroindustrial Santa Juliana S/A 05.980.986/0001-27 38.175-000 17.043 -19,306 -47,474

162 MG Conquista Usina Mendonça Agroindustrial e Comercial Ltda. Usina Mendonça Agro-industrial e Comercial Ltda. 19.702.448/0001-85 38.195-000 13.388 -19,922 -47,533

163 MG Tupaciguara Destilaria Cachoeira Ltda. Destilaria Cachoeira Ltda. 19.680.743/0001-88 38.430-000 17.050 -18,518 -48,727

164 MG Araporã Usina Alvorada Ltda. Açúcar e Álcool Usina Alvorada Ltda. Açúcar e Alcool 19.818.301/0001-55 38.435-000 13.344 -18,441 -49,190

165 MG Canápolis Lajinha Agroindustrial S/A Lajinha Agroindustrial S/A Unidade TriÁlcool 12.274.379/0007-00 38.380-000 13.399 -18,876 -49,262

166 MG Uberaba Usina Uberaba S/A Usina Uberaba S/A 07.674.341/0001-91 38.001-970 17.110 -19,395 -47,814

167 MG Canápolis DAMFI - Destilaria Antônio Monti Filho Ltda. DAMFI - Destilaria Antonio Monti Filho Ltda. 17.869.587/0001-72 38.380-000 17.029 -18,645 -49,241

168 MG Ituiutaba Ituiutaba Bioenergia Ltda. Ituiutaba BioEnergia Ltda. 08.164.344/0001-48 38.300-898 17.151 -19,015 -49,671

169 MG Tupaciguara Bioenergética Aroeira Ltda. Bioenergética Aroeira Ltda. 38.430-000 17.831 -18,750 -48,612

170 MG Lagoa da Prata Louis Dreyfus Commodities Usina Luciania 15.527.906/0029-37 35.590-000 11.373 -21,315 -46,343

171 MG Pompéu Agropeu – Agroindustrial de Pompéu Ltda. Agropeu 16.617.789/0001-64 35.640-000 11.328 -19,252 -44,985

172 MG Guaranésia Alvorada do Bebedouro S/A Açúcar e Álcool Usina Alvorada do Bebedouro 21.706.155/0001-18 37.810-000 11.339 -21,305 -46,854

173 MG Passos Usina Itaiquara de Açúcar e Álcool S/A Usina Itaiquara de Passos 72.111.321/0020-37 37.900-970 17.078 -20,548 -46,656

174 MG Monte Belo/Areado Usina Monte Alegre S/A Usina Monte Alegre 22.587.687/0001-46 37.115-000 11.384 -21,385 -46,246

175 MG Bambuí Total Agroindústria Canavieira S/A Usina BAMBUÍ 07.674.341/0001-91 38.001-970 17.489 -20,000 -45,970

176 MG Santo Hipólito Destilaria Senhora da Glória Destilaria Senhora da Glória 08.104.272/0001-43 39.210-000 17.070 -18,287 -44,219

177 MG João Pinheiro G5 - Agropecuária Destilaria Veredas 10.452.413/0001-60 38.770-000 17.099 -17,732 -45,834

178 MG João Pinheiro WD Agroindústria Ltda. WD Agroindústria Ltda. 01.105.558/0001-02 38.794-000 15.427 -18,182 -45,819

179 MG João Pinheiro Destilaria Rio do Cachimbo Destilaria Rio DO CACHIMBO 06.044.698/0008-08 39.508-000 17.038 -17,666 -46,350

180 MG Jaíba SADA Bioenergia Ltda. Usina São JUDAS TADEU 21.783.238/0001-00 38.770-000 13.100 -15,200 -43,884

181 MG João Pinheiro Bioenergética Vale do Paracatu S/A BEVAP - Bioenergética Vale do Paracatu S/A 38.770-000 17.732 -17,104 -46,303

182 MG Urucânia Usina Jatiboca Usina JATIBOCA 23.796.998/0001-88 35.380-000 11.351 -20,321 -42,752

183 MG São Pedro dos Ferros Companhia Agrícola Pontenovense FILIAL São PEDRO DOS FERROS 19.733.799/0004-04 35.360-000 11.924 -20,028 -42,558

184 MG Serra dos Aimorés DASA – Destilaria de Álcool Serra dos Aimorés S/A DASA 18.054.379/0001-88 39.868-000 13.434 -17,837 -40,188

(continua)

Page 83: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

83

Nº UF Município Empresa Nome Fantasia CNPJ CEP Código MAPA LAT LON

185 MG Nanuque ALCANA – Destilaria de Álcool Nanuque S/A ALCANA 18.614.602/0001-02 39.860-000 13.423 -17,941 -40,277

186 MG Fronteira Destilaria Rio Grande S/A Destilaria Rio Grande S/A 75.177.857/0002-61 38.230-000 13.243 -20,303 -49,207

187 MG Capinópolis Lajinha Agroindustrial S/A Lajinha Agroindustrial S/A Unidade Vale do Paranaíba 12.274.379/0006-11 38.360-000 16.069 -18,704 -49,686

188 MG Santa Vitória Santa Vitória Açúcar e Álcool Ltda. Santa Vitória Açúcar e Alcool Ltda. 08.215.996/0001-64 38325-000 17.429 -19,066 -50,372

189 MG Uberaba Usina Vale do Tijuco Ltda. Usina Vale do Tijuco Ltd 08.493.354/0001-27 38.056-050 17.690 -19,347 -48,244

190 MG Ibiá Destilaria Planalto Ltda. Destilaria PlanAlto 02.881.063/0001-20 38.950-000 17.012 -19,507 -46,540

191 MG São Sebastião do Paraíso Central Energética Paraíso S/A Cepar 07.752.894/0001-15 37.950-000 17.115 -20,845 -47,004

192 MG Varjão de Minas Destilaria Senhor do Bonfim Destilaria Senhor do Bonfim 01.105.558/0001-02 38.794-000 15.427 -18,215 -45,991

193 MG Matias Cardoso Ibabio Energia Ltda. IBA BioEnergia 09.211.482/0001-01 39.478-000 17.125 -15,084 -43,811

194 ES Boa Esperança Álcooleira Boa Esperança S/A ALBESA 27.397.892/0001-62 29.845-000 13.412 -18,508 -40,371

195 ES Conceição da Barra Companhia de Álcool de Conceição da Barra ALCON 30.974.737/0001-76 29.960-000 13.456 -18,457 -39,945

196 ES Linhares Linhares Agroindustrial S/A LASA 27.291.400/0001-50 29.900-970 13.478 -19,340 -40,010

197 ES Conceição da Barra DISA DISA-Destilaria ITAÚNAS S/A 27.575.950/0002-81 29.960-000 13.445 -18,495 -39,919

198 ES Aracruz Modenesi Agroindústrias e Serviços Ltda. Usina MODENESI 36.394.880/0001-75 29.193-000 -19,583 -40,176

199 ES Itapemerim Usina Paineiras S/A Usina PAINEIRAS e Cooperativa de Produtores 27.777.903/0001-30 29.342-000 13.489 -20,955 -40,952

200 RJ Cabo Frio AGRISA Agroindustrial São João AGRISA AGRO IndústriaL São JOÃO 28.851.889/0002-10 28.927-000 11.676 -22,604 -42,156

201 RJ Campos dos Goytacazes Companhia Açucareira Paraíso S/A Usina PARAÍSO 28.963.189/0001-37 28.148-000 11.553 -21,902 -41,288

202 RJ Campos dos Goytacazes Alcoolquímica Canabrava S/A CANABRAVA 05.627254/0001-58 28.000-099 17.509 -21,527 -41,262

203 RJ Campos dos Goytacazes Coagro COAGRO 05.500.757/0001-68 28.110-000 16.036 -21,750 -41,304

204 SP Araraquara Usina Maringá Indústria e Comércio Ltda. MARINGA 43.951.227/0001-25 14.800-000 11.036 -21,777 -48,095

205 SP Ariranha Virgolino de Oliveira S/A Açúcar e Álcool VIRGOLINO DE OLIVEIRA 44.330.983/0001-08 15.960-000 13.186 -21,129 -48,834

206 SP Américo Brasiliense Usina Santa Cruz S/A Açúcar e Álcool Santa CRUZ 43.948.488/0001-96 14.820-000 11.047 -21,755 -48,079

207 SP Novo Horizonte Usina São José da Estiva S/A Açúcar e Álcool São José DA ESTIVA 53.172.300/0001-14 14.960-000 13.197 -21,486 -49,187

208 SP Novo Horizonte Usina Santa Isabel Ltda. Usina Santa ISABEL 47.524.632/0001-18 14.960-000 13.175 -21,510 -49,210

209 SP Itápolis Irmãos Malosso Ltda. IRMÃOS MALOSSO 49.976.251/0001-03 14.900-000 15.023 -21,628 -48,830

210 SP Ariranha Colombo Açúcar e Álcool COLOMBO 44.330.975/0001-53 15.960-000 13.164 -21,216 -48,839

211 SP José Bonifácio Virgolino de Oliveira S/A Açúcar e Álcool VIRGOLINO DE OLIVEIRA 07.024.792/0002-64 15.275-000 17.037 -21,086 -49,921

212 SP Mendonça Virgolino de Oliveira S/A Açúcar e Álcool Santa ISABEL 47.524.632/0008-94 15.220-000 17.061 -21,153 -49,611

213 SP Nova Europa Usina Santa Fé Santa FÉ 45.281.813/0001-35 14.920-000 11.092 -21,818 -48,614

214 SP Palestina Usina Colombo S/A - Açúcar e Álcool COLOMBO 44.330.975/0022/88 15.470-000 17.083 -20,315 -49,599

215 SP Bernadino de Campos Destilaria Bernadino de Campos S/A BERNADINO DE CAMPOS 51.011.534/0001-54 18960-000 15.977 -22,988 -49,478

216 SP Lençois Paulista Usina Barra Grande BARRA Grande 60.855.574/0001-73 18.680-900 12.342 -22,625 -48,757

217 SP Bocaina Santa Cândida Santa CANDIDA 45.461.753/0001-32 17.240-000 11.159 -22,106 -48,482

218 SP Macatuba Açucareira Zilo Lorenzentti S/A ZILLO 51.422.988/0001-08 17.290-000 12.386 -22,488 -48,780

219 SP Itaí Indústria e Comércio Iracema Ltda. IRACEMA 53.906.384/0001-72 18.730-000 17.048 -23,443 -49,045

220 SP Bariri Della Coletta - Usina de Açúcar e Álcool Ltda. DELLA COLETTA 44.691.236/0001-97 17.250-000 11.160 -22,058 -48,712

221 SP Jaú Destilaria Grizzo Ltda. GRIZZO 50.749.399/0001-86 17.201-490 15.034 -22,239 -48,473

222 SP Cerqueira Cesar TGM Indústria e Comércio de Álcool e Aguardente Ltda. TGM 47.233.416/0001-13 18.760-000 17.006 -23,087 -49,168

223 SP Espírito Santo do Turvo Agroindustrial Espírito Santo do Turvo Ltda. AGREST 01.864.110/0001-64 18.935-000 17.000 -22,678 -49,420

224 SP Brotas Indústria e Comércio de Bebidas 6 Lagoas 6 LAGOAS 49.049.638/0001-06 17.380-000 17.141 -22,301 -48,091

225 SP Brotas Paraíso Bioenergia Ltda. PARAISO BioEnergia Ltda. 46.363.016/0001-60 17.380-000 11.171 -22,350 -48,109

226 SP São Manoel Usina Açucareira São Manoel S/A São MANOEL 60.329.174/0001-24 18.650-000 11.205 -22,670 -48,543

227 SP Manduri Agroindústria Santa Maria Ltda. AGROIndústria Santa MARIA Ltda. 06.046.699/0001-07 18.780-000 17.060 -23,081 -49,279

228 SP Ourinhos Usina São Luíz S/A Usina São LUIZ S/A 53.408.860/0001-25 19.900-970 12.397 -22,937 -49,769

229 SP Adamantina Branco Peres Açúcar e Álcool S/A BRANCO PERES AÇUCAR E Álcool S/A 43.619.832/0017-60 17.800-000 12.454 -21,490 -51,030

230 SP Tarumã Destilaria Água Bonita Ltda. Destilaria AGUA BONITA Ltda. 50.227.255/0001-60 19.820-000 12.678 -22,741 -50,598

231 SP Paraguaçu Paulista Cocal Comércio e Indústria Canaã Açúcar e Álcool Ltda. COCAL COM .IND. CANAÃ AÇUCAR E Álcool Ltda. 44.373.108/0001-03 19.700-000 12.230 -22,474 -50,789

232 SP Platina Destilaria Pyles Ltda. Destilaria PYLES Ltda. 49.381.734/0001-57 19.990-000 15.461 -22,664 -50,217

233 SP Palmital Antônio Fernando Tirolli e Companhia Ltda. ANTONIO FERNANDO TIROLLI E CIA Ltda. 53.800.200/0001-07 19.970-000 17.054 -22,887 -50,262

234 SP Ibirarema Usina Pau D’alho S/A PAU D’ALHO BioEnergia 43.204.643/0001-60 19.940-000 12.443 -22,768 -50,112

235 SP Narandiba Cocal Comércio e Indústria Canaã Açúcar e Álcool Ltda. COCAL COM. E IND. CANAÃ Açúcar E Álcool Ltda. 44.373.108/0006-00 19.220-000 17.130 -22,406 -51,525

236 SP Palmital Morante Bergamaschi EW Companhia Ltda. Destilaria SANTO ANTONIO 71.324.784/0001-51 14.177-970 17.127 -22,780 -50,220

237 SP Borá Ibéria Indústria e Comércio Ltda. IBÉRIA IND. COMÉRCIO Ltda. 04.839.268/0002-53 19.740-000 17.021 -22,166 -50,484

238 SP Quatá Açucareira Quatá S/A QUATÁ 60.855.574/0001-73 19.780-000 12.375 -22,262 -50,648

239 SP Florida Paulista Floracool Açúcar e Álcool Ltda. FLORALCOL 60.918.968/0001-23 17.830-000 12.319 -21,539 -51,141

240 SP Parapuã Parapuã Agroindustrial S/A Usina CALIFORNIA 07.969.961/0002-39 16.730-000 17.088 -21,915 -50,866

241 SP Sandovalina Destilaria Paranapanema S/A UMOE BIOENERGY 03.445.208/0004-55 19.250-000 17.228 -22,456 -51,762

242 SP Junqueirópolis Rio Vermelho Rio VERMELHO PARTICIPAÇÃO Ltda. 68.316.801/0002-85 17.890-000 17.032 -21,491 -51,370

243 SP Junqueirópolis Alta Paulista Indústria e Comércio Ltda. ALTA PAULISTA Indústria E COMÉRCIO Ltda. 04.728.642/0001-62 17.890-000 15.797 -21,589 -51,456

244 SP Dracena Dracena Açúcar e Álcool Ltda. DRACENA Açúcar E Álcool Ltda. 05.457.893/0001-12 17.900-000 17.033 -21,519 -51,634

(continua)

Page 84: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

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Nº UF Município Empresa Nome Fantasia CNPJ CEP Código MAPA LAT LON

245 SP Caiuá Destilaria de Álcool Caiuá S/A DECASA 44.917.284/0001-50 19.450-000 12.791 -21,931 -52,022

246 SP Santo Anastácio Usina Alvorada do Oeste ALVORADA DO OESTE 07.361.177/0001-62 19.360-000 17.045 -22,124 -51,766

247 SP Presidente Prudente Usina Alto Alegre S/A Açúcar e Álcool ALTO ALEGRE 48.295.562/0011-08 19.140-000 12.768 -21,865 -51,259

248 SP Teodoro Sampaio Destilaria Alcídia S/A ALCIDIA 46.448.270/0004-03 19.280-000 12.757 -22,350 -52,524

249 SP Mirante do Paranapanema Usina Conquista do Pontal S/A Usina CONQUISTA DO PONTAL 07.298.800/0001-80 19.260-000 17.511 -22,359 -52,107

250 SP Canitar Bioenergia do Brasil S/A COMANCHE 08.386.602/0001-30 18.990-000 17.132 -22,979 -49,793

251 SP Lucélia Bioenergia BIONERGIA 08.046.650/0001-80 17.780-000 17.063 -21,569 -50,969

252 SP Guaraci Usina Vertente Ltda. VERTENTE 05.242.560/0001-73 15.420-000 17.002 -20,406 -49,001

253 SP Orindiúva Usina Moema Açúcar e Álcool Ltda. MOEMA 49.972.326/0001-70 15.480-000 13.265 -20,235 -49,360

254 SP Pontes Gestal Usina Guariroba Ltda. GUARIROBA 07.398.533/0001-12 15.560-000 17.096 -20,114 -49,760

255 SP Onda Verde Onda Verde Agrocomercial Ltda. ONDA VERDE 04.248.016/0002-50 15.450-000 15.708 -20,602 -49,199

256 SP Monte Aprazível Agroindustrial Oeste Paulista Ltda. OESTE PAULISTA - Destilaria ÁGUA LIMPA 04.282.818/0002-86 15.150-000 15.720 -20,769 -49,667

257 SP Sebastianópolis do Sul Usina Noroeste Paulista Ltda. NOROESTE PAULISTA 06.315.338/0023-24 15.180-000 17.008 -20,590 -49,926

258 SP General Salgado Destilaria Generalco S/A GENERALCO 44.845.915/0001-73 15.300-000 13.322 -20,575 -50,384

259 SP Fernandópolis Alcoeste Destilaria Fernandópolis S/A ALCOESTE 43.545.284/0001-04 15.600-000 13.298 -20,237 -50,346

260 SP Sud Mennucci Pioneiros Bioenergia S/A PIONEIROS 51.096.477/0001-53 15.360-000 13.276 -20,730 -50,962

261 SP Tanabi Açúcar Guarani S/A Açúcar GUARANI 07.388.828/0001-08 15.170-000 17.098 -20,507 -49,561

262 SP Meridiano Usina Meridiano Ltda. MERIDIANO 15.625-000 17.771 -20,346 -49,570

263 SP Monções Açucareira Virgolino de Oliveira S/A Açucareira VIRGULINO DE OLIVEIRA 07.024.792/0002-64 15.275-000 17.138 -20,877 -50,121

264 SP Ouroeste Usina Ourooeste Açúcar e Álcool Ltda. Usina OUROESTE 05.553.456/0001-00 15.685-000 17.114 -20,000 -50,382

265 SP Pereira Barreto Usina Interlagos S/A Usina INTERLAGOS 50.376.938/0009-36 15.370-000 17.081 -20,816 -50,978

266 SP Suzanápolis Vale do Paraná S/A - Açúcar e Álcool Vale DO PARANÁ 05.938.884/0001-43 15.380-000 17.143 -20,413 -51,103

267 SP Castilho Virálcool Açúcar e Álcool Ltda. VIRÁlcool 53.811.006/0002-96 16.920-000 17.056 -20,910 -51,544

268 SP Nova Independência Pedra Agroindustrial S/A Usina IPÊ 71.304.687/0028-17 16.940-000 17.103 -21,104 -51,492

269 SP Valparaíso Da Mata S/A - Açúcar e Álcool DA MATA 08.110.543/0001-73 16.880-000 17.137 -21,326 -50,949

270 SP Paulicéia Biosauro Álcois e Biodiesel Ltda. Usina CAETÉ S/A 17.990-000 17.811 21,349 51,780

271 SP Guararapes Unialco S/A - Álcool e Açúcar UNIALCO 44.984.490/0004-26 16.700-000 11.261 -21,459 -50,794

272 SP Araçatuba Álcool Azul S/A ALCOAZUL 44.776.409/0001-70 16.001-970 11.216 -21,076 -50,544

273 SP Clementina Clealco Açúcar e Álcool S/A CLEALCO 45.483.450/0001-10 16250-000 12.218 -21,582 -50,431

274 SP Lins Usina Batatais S/A Açúcar e Álcool Usina LINS 54.470.679/0011-83 16.401-000 17.080 -21,427 -49,681

275 SP Promissão Destilaria Córrego Azul Ltda. CÓRREGO AZUL 47.427.257/0001-98 16.370-000 17.015 -21,560 -49,868

276 SP Promissão EQUIPAV S/A Açúcar e Álcool EQUIPAV 43.932.102/0005-81 16.370-000 11.148 -21,637 -49,837

277 SP Cafelândia Cafeálcool CAFEÁlcool 55.090.971/0001-61 16.500-000 17.118 -21,774 -49,611

278 SP Penápolis Companhia Açucareira de Penápolis CAMPESTRE 61.081.840/0002-00 16.300-000 11.104 -21,479 -50,121

279 SP Avanhandava Destilaria de Álcool Nova Avanhanduva Ltda. DIANA 45.902.707/0001-21 16.360-000 11.137 -21,401 -49,894

280 SP Presidente Alves Destilaria Guaricanga Ltda. GUARICANGA 47.807.797/0001-05 16.670-000 11.250 -22,058 -49,320

281 SP Iacanga Usina Iacanga Usina IACANGA 07.280.328/0001-58 17.180-000 17.087 -21,797 -49,012

282 SP Queiróz CLEALCO CLEALCO 45.483.450/0021-64 17590-000 17.073 -21,854 -50,257

283 SP Brejo Alegre BIOPAV BIOPAV 08.614.277/0001-16 16.265-000 17.164 -21,217 -50,207

284 SP Santa Albertina Usina Colombo S/A - Açúcar e Álcool Usina COLOMBO 44.330.975/0025-20 15.750-000 17.309 -20,031 -50,727

285 SP Itapira Virgolino de Oliveira S/A Açúcar e Álcool VIRGOLINO DE OLIVEIRA 49.911.589/0001-79 13.972-170 12.588 -22,412 -46,805

286 SP Charqueada Destilaria Granelli JOSE GRANELLI E FILHOS 56.624.174/0001-80 13515-000 15.887 -22,512 -47,775

287 SP Itapetininga Usina Vista Alegre Agroindustrial VISTA ALEGRE Ltda. 44.836.856/0001-77 18.209-600 12.511 -23,493 -48,134

288 SP Tietê Usina Perdeneiras Usina PEDERNEIRAS 72.455.876/0001-33 18.530-000 15.483 -22,974 -47,795

289 SP Santa Bárbara do Oeste Usina Furlan Usina Açucareira FURLAN S/A 56.723.257/0001-26 13.450-970 12.544 -22,762 -47,478

290 SP Boituva Usina Santa Rosa Usina Santa ROSA 45.483.146/0001-73 18.550-000 12.634 -23,284 -47,678

291 SP Cosmópolis Usina Ester Usina AçúcarEIRA ESTER S/A. 60.892.098/0001-60 13.150-970 12.735 -22,657 -47,211

292 SP Iracemápolis São Martinho S/A Usina IRACEMA 51.466.860/0029-57 13.495-000 12.566 -22,586 -47,531

293 SP Cerquilho Usina Santa Maria J.PILON S/A ÁÇUCAR E Álcool 47.254.396/0001-67 18.520-000 12.623 -23,162 -47,783

294 SP Rio das Pedras Usina São José Açúcar e Álcool S/A Usina São José Açúcar E Álcool S/A 56.563.729/0001-20 13.390-000 12.656 -22,824 -47,587

295 SP Avaré Agro Nova Geração AGRO NOVA GERAÇÃO 56.723.257/0002-07 17.702-310 17.147 -23,050 -49,043

296 SP Cerqueira Cesar Usina Rio Pardo Usina Rio PARDO 08.657.268/0001-02 18.760-000 17.144 -23,062 -49,126

297 SP Pirassununga Usina Abegoa S/A ABENGOA BioEnergia São LUIZ 56.617.244/0001-72 13.630-970 12.667 -21,885 -47,306

298 SP Araras Usina São João U.S.J.Açúcar E Álcool S/A 44.209.336/0035-83 13.600-970 12.645 -22,426 -47,358

299 SP Araras Usina Santa Lúcia Usina Santa LUCIA S/A 44.207.249/0001-48 13.600-970 12.612 -22,335 -47,405

300 SP Santa Rosa do Viterbo Usina Ibirá Usina IBIRÁ 71.304.687/0019-26 14.270-000 13.142 -21,439 -47,347

301 SP Serrana Da Pedra DA PEDRA 71.304.687/0001-05 14.150-000 12.926 -21,175 -47,630

302 SP Mococa Usina Santo Alexandre UsinaIPIRANGA DE Açúcar E Álcool Ltda.. 52.503.455/0001-23 13.730-000 12.959 -21,344 -47,156

303 SP Pirassununga Baldin Bioenergia S/A BALDIN BioEnergiaS/A 54.844.360/0001-07 13.630-000 15.528 -21,987 -47,450

304 SP Leme/Cascata Foltran Indústria E COMÉRCIO DE AGUARDENTE FOLTRAN 51.382.935/0001-10 13.610-000 15.494 -22,185 -47,348

305 SP Leme Louis Dreyfus Comodities Bioenergia LCD UNIDADE LEME 15.527.906/0036-66 13.610-970 12.533 -22,161 -47,259

306 SP São João da Boa Vista Usina São João ABENGOA BioEnergia São JOÃO 03.106.412/0001-07 13.870-672 12.746 -21,928 -46,925

(continua)

Page 85: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

85

Nº UF Município Empresa Nome Fantasia CNPJ CEP Código MAPA LAT LON

307 SP Pirassununga Alfa Agroenergia ALFA AGROEnergia S/A 51.050.763/0001-88 13.632-020 15.539 -21,995 -47,445

308 SP Tapiratiba Usina Itaiquara de Açúcar e Álcool Usina ITAIQUARA DE Açúcar E Álcool 72.111.321/0001-74 13.760-000 14.672 -21,476 -46,805

309 SP Santo Antônio de Posse Usina Abegoa S/A ABENGOA BioEnergia BRASIL 03.106.412/0017-66 13.830-000 16.014 -22,615 -46,952

310 SP Piracicaba COSAN S/A Indústria e Comércio - Unidade Costa Pinto Copi 50.746.577/0029-15 13.411-900 12.689 -22,640 -47,684

311 SP Rio das Pedras COSAN S/A Indústria e Comércio - Unidade Santa Helena USH 50.746.577/0030-50 13.390-000 12.713 -22,801 -47,662

312 SP Elias Fausto COSAN S/A Indústria e Comércio - Unidade São Francisco IASF 50.746.577/0033-00 13.350-000 12.724 -23,024 -47,457

313 SP Rafard COSAN S/A Indústria e Comércio - Unidade Rafard Rafard 50.746.577/0037-26 13.370-000 12.599 -23,001 -47,530

314 SP Capivari COSAN S/A Indústria e Comércio - Unidade Bom Retiro BOM RETIRO 46.920.310/0001-25 13.360-000 12.522 -22,873 -47,454

315 SP Barra Bonita Usina da Barra S/A Açúcar e Álcool - Unidade Barra Barra 08.070.508/0003-30 17.180-000 12.409 -22,478 -48,535

316 SP Dois Córregos Usina da Barra S/A Açúcar e Álcool - Unidade Dois Córregos DC 08.070.508/0072-61 17.300-000 11.283 -22,339 -48,407

317 SP Jaú COSAN S/A Indústria e Comércio - Unidade Diamante DIAMANTE 50.746.577/0034-83 17.201-970 11.193 -22,370 -48,693

318 SP Ipaussu Usina da Barra S/A Açúcar e Álcool - Unidade Ipaussu Ipaussu 08.070.508/0069-66 18.950-000 12.241 -23,103 -49,593

319 SP Guariba Bonfim Bonfim 08.070.508/0065-32 14.840-000 13.119 -21,418 -48,288

320 SP Ibaité COSAN S/A Indústria e Comércio - Unidade Serra Serra 50.746.577/0032-11 14.815-000 11.025 -22,014 -48,002

321 SP Araraquara COSAN S/A Indústria e Comércio - Unidade Igarapava Tamoio 08.070.508/0074-23 14.801-970 15.078 -21,912 -48,114

322 SP Araraquara Zanin Zanin 43.960.335/0001-64 14.801-970 11.069 -21,859 -48,185

323 SP Igarapava Usina da Barra S/A Açúcar e Álcool - Unidade Bonfim JUNQUEIRA 50.746.577/0009-72 14540-000 15.954 -19,988 -47,798

324 SP Valparaíso Usina da Barra S/A Açúcar e Álcool - Unidade Tamoio Univalem 08.070.508/0067-02 16.880-000 11.272 -21,329 -50,955

325 SP Araçatuba Usina da Barra S/A Açúcar e Álcool - Unidade Univalem Destivale 08.070.508/0066-13 16.080-603 11.126 -21,058 -50,465

326 SP Bento de Abreu Benalcool Benalcool 08.070.508/0083-14 16.790-000 11.249 -21,232 -50,775

327 SP Mirandópolis Usina da Barra S/A Açúcar e Álcool - Unidade Gasa Mundial 06.225.595/0001-60 16.800-000 17.003 -21,198 -51,216

328 SP Andradina Usina da Barra S/A Açúcar e Álcool - Unidade Destivale Gasa 08.070.508/0068-85 16.900-000 15.450 -20,770 -51,259

329 SP Tarumã COSAN Alimentos S/A COSAN Alimentos S/A 62.092.739/0001-28 19.820-000 12.432 -22,787 -50,551

330 SP Paraguaçu Paulista COSAN Paraguaçu S/A COSAN PARAGUAÇU S/A 52.189.420/0001-61 19.700-000 17.034 -22,466 -50,492

331 SP Maracaí COSAN Alimentos S/A COSAN Alimentos S/A 19.840-000 12.421 -22,345 -50,394

332 SP Santa Rita do Passa Quatro Usina Santa Rita S/A - Açúcar e Álcool Santa Rita 45.353.547/0001-09 13.670-970 13.131 -21,724 -47,627

333 SP Olímpia Açúcar Guarani S/A Cruz Alta 47.080.619/0011-99 15.400-000 14.762 -20,688 -49,111

334 SP Guaíra Usina Mandu S/A Mandu 44.366.276/0001-63 14.790-000 13.085 -20,483 -48,411

335 SP Pirangi Bertolo Agroindustrial Ltda. Usina Bertolo 52.317.435/0001-68 15.820-000 15.348 -21,145 -48,727

336 SP Guaíra Usina Açúcareira Guaira Ltda. Usina Açucareira Guaira Ltda. 44.346.583/0001-82 14.790-000 13.377 -20,418 -48,211

337 SP Marapoama Usina Itajobi Usina ITAJOBI Açúcar E Álcool 43.533.819/0003-99 15.845-000 13.221 -21,127 -49,138

338 SP Catanduva São Domingos Usina São DOMINGOS Açúcar E Álcool S/A 47.063.128/0001-68 15.800-971 13.210 -21,098 -49,021

339 SP Vista Alegre do Alto Usina Nardini NARDINI Agroindustrial Ltda.. 44.836.856/0001-77 18.209-600 12.858 -21,185 -48,654

340 SP Paraíso Usina Ruette ANTONIO RUETTE Agroindustrial Ltda. 54.303.482/0001-88 15.825-000 12.870 -21,045 -48,720

341 SP Colina Usina São José CIA Energética São José 05.266.880/0001-66 14.770-000 16.070 -20,675 -48,545

342 SP Monte Aprazível Central Energética Moreno Açúcar e Álcool Ltda. Central Energética MORENO 45.765.914/0001-81 14.210-000 15.731 -20,828 -49,765

343 SP Luiz Antônio Central Energética Moreno Açúcar e Álcool Ltda. Central Energética MORENO 45.765.914/0001-81 14.210-000 12.847 -21,482 -47,770

344 SP Pirassununga Ferrari Agroindústria S/A Ferrari / São Marino 54.846.951/0001-05 13.630-000 12.500 -21,845 -47,361

345 SP Descalvado Usina Ipiranga Açúcar e Álcool Ltda. Usina Ipiranga 47.544.176/0001-78 13.690-000 12.555 -21,832 -47,751

346 SP Planalto COPLASA Açúcar e Álcool Ltda. Usina COPLASA 05.928.246/0001-41 15.260-000 17.101 -21,033 -49,928

347 SP Ubarana Usina Monterey Usina MONTEREY 51.843.514/0096-00 15.225-000 17.111 -21,208 -49,740

348 SP Pradópolis Usina São Martinho S/A - Açúcar e Álcool São Martinho 48.663.421/0001-29 14.850-000 12.993 -21,315 -48,123

349 SP Sertãozinho Usina Santo Antônio S/A Santo Antonio 71.324.784/0001-51 14.177-970 12.960 -21,120 -47,961

350 SP Sertãozinho Usina São Francisco S/A São Francisco 71.324.792/0001-06 14.160-000 12.982 -21,136 -48,061

351 SP Sertãozinho Usina Santa Elisa S/A GRUPO Santa ELISA Vale 49.213.747/0118-28 14.176-500 13.120 -21,110 -48,077

352 SP Patrocínio Paulista Central Energética Vale do Sapucaí Ltda. Cevasa 00.372.496/0001-24 14.415-970 15.517 -20,752 -47,431

353 SP Pontal Usina Carolo S/A - Açúcar e Álcool Carolo - N. Sra. Aparecida 55.109.474/0001-68 14.180-000 12.937 -21,001 -48,025

354 SP São Joaquim da Barra Usina Alta Mogiana S/A - Açúcar e Álcool Alta Mogiana 53.009.825/0001-33 14.600-000 13.041 -20,486 -47,876

355 SP Pontal Usina Bela Vista S/A Bela Vista 55.108.880/0001-06 14.180-000 12.915 -20,940 -48,080

356 SP Pontal Usina Bazan S/A Bazan 55.109.565/0001-01 14.180-000 12.825 -21,010 -47,993

357 SP Ribeirão Preto Central Energética Ribeirão Preto - Açúcar e Álcool Ltda. CERP - RIBEIRAO PRETO 07.108.235/0001-40 14.040-800 17.025 -21,115 -47,826

358 SP Jardinópolis Jardest S/A - Açúcar e Álcool Jardest 49.213.747/0118-28 14.176-500 13.007 -20,944 -47,882

359 SP Batatais Usina Batatais S/A - Açúcar e Álcool Batatais 54.470.679/0001-01 14.300-000 12.904 -20,758 -47,576

360 SP Buritizal Pedra Agroindustrial S/A Buriti 71.304.687/0018-45 14.570-000 15.090 -20,219 -47,654

361 SP Sertãozinho Companhia Albertina Mercantil e Indústrial Albertina 71.320.857/0001-37 14.160-000 13.108 -21,038 -47,971

362 SP Jaboticabal Usina Santa Adélia S/A Santa Adélia 50.376.938/0001-89 14.870-970 12.948 -21,341 -48,302

363 SP Pitangueiras Virálcool Açúcar e Álcool Ltda. Viralcoool 53.811.006/0001-05 14.750-000 12.892 -20,939 -48,250

364 SP Pitangueiras Pitangueiras Açúcar e Álcool Ltda. Pitangueiras 44.870.939/0001-82 14.750-000 12.869 -21,052 -48,263

365 SP Jaboticabal Louis Dreyfus Comodities Bioenergia - SEV - Usina São Carlos LDC. Jaboticabal 15.527.906/0034-02 14.870-904 12.971 -21,282 -48,177

366 SP Pitangueiras Andrade Açúcar e Álcool S/A Andrade 54.929.021/0001-15 14.750-000 12.814 -21,002 -48,285

367 SP Catanduva Usina Cerradinho - Açúcar e Álcool S/A Cerradinho ( I e II) 47.062.997/0001-78 15.800-000 13.209 -21,100 -48,980

368 SP Colômbia Usina Continental Usina Continental 06.026.236/0001-83 14.795-000 17.062 -20,182 -48,689

369 SP Sertãozinho Irmãos Toniello Ltda. - Destilaria Santa Inês Destilaria Santa Ines 71.321.566/0001-63 14.160-000 12.881 -21,086 -48,034

(continua)

Page 86: Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil Volume 5

Perfil do Setor do Açúcar e do Álcool no Brasil - Edição para a safra 2011/2012

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Nº UF Município Empresa Nome Fantasia CNPJ CEP Código MAPA LAT LON

370 SP Morro Agudo Companhia Açucareira Vale do Rosário Vale do Rosario 49.213.747/0001-17 14.640-000 13.030 -20,616 -48,000

371 SP Morro Agudo Usina de Açúcar e Álcool MB Ltda. Usina MB 49.213.747/0115-85 14.640-000 13.029 -20,783 -48,201

372 SP Guaíra Açúcar e Álcool Oswaldo Ribeiro de Mendonça Ltda. Colorado 51.990.778/0001-26 14.790-000 13.052 -20,283 -48,185

373 PR Perobal Sabarálcool S/A - Açúcar e Álcool SABARÁlcool 76.509.611/0003-93 87.517-000 17.001 -23,912 -53,471

374 PR Ivaté Usina Santa terezinha S/A USAÇUCAR 75.717.355/0004-48 87.150-000 11.014 -23,413 -53,368

375 PR Goioeré Usina de Açúcar e Álcool Goioeré Ltda. Usina GOIOERÊ 77.264.224/0002-16 87.370-000 14.728 -24,018 -53,013

376 PR Tapejara Usina de Açúcar Santa terezinha Ltda. USAÇUCAR 75.717.355/0003-67 87.430-000 12.049 -23,752 -52,883

377 PR Jussara Destilaria Melhoramentos S/A Destilaria MELHORAMENTOS 45.777.166/0002-38 87.230-000 12.184 -23,565 -52,428

378 PR São Tomé Usina São tomé S/A Usina São TOMÉ 02.334-471/0001-61 87.220-000 17.049 -23,542 -52,650

379 PR Rondon Usina São tomé S/A Usina São TOMÉ 02.334.471/0003-23 87.800-000 12.106 -23,369 -52,710

380 PR Paraíso do Norte Coopcana - Cooperativa Agrícola Regional de Produtores de Cana Ltda. COOPCANA 78.340.270/0002-10 87.770-000 12.140 -23,271 -52,487

381 PR Cidade Gaucha Usina São tomé S/A USAÇUCAR 75.031.633/0001-66 87.820-000 12.061 -23,373 -52,905

382 PR Astorga Costa Bioenergia Ltda. NOVA PRODUTIVA 03.345.641/0003-38 86.730-000 15.573 -23,094 -51,642

383 PR São Pedro do Ivaí Cooperativa Agroindustrial Nova Produtiva Vale do Ivaí 75.177.857/0001-80 86.945-000 11.980 -23,878 -51,846

384 PR Marialva Vale do Ivaí S/A - Açúcar e Álcool Vale do Ivaí 75.177.857/0003-42 86.990-000 12.094 -23,604 -51,867

385 PR Jandaia do Sul Vale do Ivaí S/A - Açúcar e Álcool COOPERVAL 75.084.871/0001-30 86.900-000 12.128 -23,686 -51,693

386 PR Engenheiro Beltrão Cooperativa Agroindustrial de Produtores de Cana do Vale do Ivaí Ltda. SABARÁlcool S/A 76.509.611/0001-21 87.280-000 11.979 -23,694 -52,208

387 PR Terra Rica Sabarálcool S/A Açúcar e Álcool USACUCAR 75.717.355/0008-71 87.890-000 17.084 -22,787 -52,714

388 PR Nova Londrina Usina de Açúcar Santa terezinha Ltda. COPAGRA 81.034.993/0017-81 87.970-000 12.139 -22,798 -52,991

389 PR Maringá Copagra-Cooperativa Agroindustrial do Noroeste Paranaense Ltda. USACUCAR 75.717.355/0001-03 87.001-970 12.050 -23,306 -51,897

390 PR Paranacity Usaçúcar - Usina Santa Terezinha Ltda. USACUCAR 75.717.355/0002-86 87.660-000 12.038 -22,876 -52,183

391 PR Colorado Usina de Açúcar Santa Terezinha Ltda. Usina ALTO ALEGRE 48.295.562/0014-50 86.690-000 12.173 -22,930 -51,951

392 PR Santo Inácio Usina Alto Alegre S/A Açúcar e Álcool Usina ALTO ALEGRE 48.295.562/0018-84 86.650-000 17.090 -22,709 -51,777

393 PR Florestópolis Usina Alto Alegre S/A Açúcar e Álcool ALTO ALEGRE 80.539.612/0008-62 86.165-000 12.016 -22,757 -51,382

394 PR Porecatu Usina Alto Alegre S/A Usina Central 61.219.218/0002-07 86.160-000 11.991 -22,770 -51,386

395 PR Jacarezinho Usina Central do Paraná S/A DACALDA 75.444.430/0001-00 86.400-000 12.296 -23,161 -50,103

396 PR Nova América da Colina Dacalda Açúcar e Álcool Ltda. DASA 75.625.608/0001-00 86.230-000 12.005 -23,390 -50,711

397 PR Bandeirantes Destilaria Americana S/A USIBAN 75.619.056/0001-28 86.360-000 12.274 -23,097 -50,349

398 PR Rolândia Casquel Agrícola e industrial S/A COROL 09.167.861/0001-33 86.609-000 12.027 -23,201 -51,470

399 PR Ibaiti Corol Cooperativa Agroindustrial DAIL 77.128.882/0002-80 84.900-000 12.308 -23,682 -50,414

400 PR Jacarezinho Dail S/A - Destilaria de Álcool Ibaiti CIA Agrícola JACAREZINHO 61.231.478/0002-06 86.400-000 12.353 -23,094 -49,942

401 PR Umuarama Companhia Agrícola Jacarezinho COSTA BioEnergia 08.089.046/0001-30 87.518-000 17.113 -23,663 -53,409

402 RS Porto Xavier COOPERCANA - Cooperativa dos Produtores de Cana de Porto Xavier COOPERCANA 03.325.704/0001-22 98.995-000 17.107 -27,904 -55,161

Fonte: Conab/Suinf/Geasa

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Ministério daAgricultura, Pecuária

e Abastecimento