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BIBLIOTECA LAS CASAS – Fundación Index http://www.index-f.com/lascasas/lascasas.php
Cómo citar este documento Guimarães Ximenes Neto, Francisco Rosemiro; dos Santos, Francisco Diogenes; Ferreira Muniz, Cristhian Farias. Perfil dos estudantes de enfermagem de uma Universidade Pública Estadual do Norte Cearense. Biblioteca Lascasas, 2016; 12(3). Disponible en http://www.index-f.com/lascasas/documentos/lc0920.php
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA)
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE (CCS)
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
PERFIL DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DE UMA
UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL DO NORTE CEARENSE
SOBRAL - CEARÁ
2016
Prof. Dr. Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto
Coordenador da Pesquisa
PERFIL DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DE UMA
UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL DO NORTE CEARENSE
Projeto de pesquisa apresentado ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).
SOBRAL – CEARÁ
2016
EQUIPE DE PESQUISA
Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto
Graduação em Enfermagem
Centro de Ciências da Saúde (CCS)
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
Francisco Diogenes dos Santos
Graduação em Enfermagem
Centro de Ciências da Saúde (CCS)
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
Cristhian Farias Ferreira Muniz
Graduação em Enfermagem
Centro de Ciências da Saúde (CCS)
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
LISTA DE SIGLAS
ABEn Associação Brasileira de Enfermagem
ABS Atenção Básica a Saúde
CCS
CEP
Centro de Ciências da Saúde
Comitê de Ética em Pesquisa
CNS Conselho Nacional de Saúde
CNTS Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde
CNTSS Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade
Social
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
CONFETAM Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal
COREn Conselho Regional de Enfermagem
DNSP Departamento Nacional de Saúde Pública
Et al. Entre Outros
FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz
FNE Federação Nacional dos Enfermeiros
IES Instituição de Ensino Superior
LDB Leis de Diretrizes e Bases
PET Programa de Educação pelo Trabalho
SINDSAÚDE Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde
SUS Sistema Único de Saúde
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UVA Universidade Estadual Vale do Acaraú
PERFIL DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL DO NORTE CEARENSE
Resumo
A expansão do Ensino em Enfermagem deriva do crescimento quantitativo do número de instituições de ensino e, consequentemente, de cursos e vagas por elas oferecidos. Assim, salienta-se a necessidade de abordagem do perfil dos trabalhadores da saúde, em especial do enfermeiro, pois tal profissional possui o compromisso ético nas práticas de enfermagem que busque desenvolver intervenções no cotidiano. Contudo, para se analisar o perfil profissional torna-se necessário relembrar o processo de formação oferecido a eles, observando a influência que as Instituições de Ensino Superior exercem nesta etapa de fundamental importância para a criação do ser enfermeiro. O estudo tem como objetivos descrever o perfil dos estudantes do curso de graduação em Enfermagem de uma Universidade Pública Estadual do Noroeste Cearense e identificar as expectativas deste acerca de seu futuro na profissão. Estudo exploratório-descritivo, sob abordagem quanti-qualitativa, a ser realizado no período de novembro de 2015 a junho de 2016. O cenário escolhido foi o Curso de Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual Vale do Acaraú, em Sobral - CE. Optou-se por esta instituição frente à disponibilidade de acesso aos sujeitos e exequibilidade do estudo. Salienta-se que a opção por este cenário disponibilizará uma amostra significativa para a obtenção de resultados concretos e de relevância ao desenvolvimento científico e tecnológico. O Curso de Enfermagem possui 354 estudantes regularmente matriculados, entre o primeiro e o décimo períodos, sendo 247 matriculados nos módulos de Atenção Básica à Saúde I a VII (do 1º ao 7º período) e 107 matriculados nos Internatos em Enfermagem I a III (do 8º ao 10º período). No entanto, serão inclusos no estudo, os estudantes que estiverem em sala de aula no momento da coleta dos dados e aceitarem participar do estudo, e mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A coleta dos dados se dará por meio da utilização de um questionário com perguntas objetivas e subjetivas, acerca do perfil sócio-demográfico, profissional e político-institucional do estudante de Enfermagem da referida instituição, a serem coletados a partir da plataforma Survey Monkey®, website de elaboração de questionários eletrônicos. O questionário desta pesquisa foi adaptado da pesquisa “Perfil da Enfermagem no Brasil”. Passado o período de coleta das informações, estas serão sistematizadas para posterior análise. Os dados objetivos serão sistematizados em planilhas do Excel® e organizados de forma tabular, e analisados estatisticamente segundo frequências absolutas e percentuais. As respostas das perguntas subjetivas serão submetidas a analise temática de conteúdo. Após a disposição das respostas, poderá se traçar o perfil dos acadêmicos de Enfermagem da Universidade. Palavras-chave: Universidades. Educação em Enfermagem. Bacharelado em Enfermagem. Estudantes.
PERFIL DE LOS ESTUDIANTES DE ENFERMERÍA DE UNA UNIVERSIDAD PÚBLICA ESTATAL DEL NORTE DE CEARÁ
Resumen
La expansión de la Enseñanza en Enfermería deriva del crecimiento cuantitativo del número de instituciones de enseñanza y, consecuentemente, de los cursos y plazas por ellas ofrecidos. Así, resaltamos la necesidad de abordar el perfil de los trabajadores de salud, en especial del enfermero, pues dicho profesional tiene un compromiso ético con las prácticas de enfermería que busca desarrollar intervenciones en el cotidiano. Sin embargo, para analizar el perfil profesional se hace necesario recordar el proceso de formación ofrecido a este, observando la influencia que las Instituciones de Enseñanza Superior ejercen en esta etapa de fundamental importancia para la creación del ser enfermero. El estudio tiene como objetivos describir el perfil de los estudiantes del curso de graduación en Enfermería de una Universidad Pública Estadual del Noroeste cearense e identificar las expectativas de este sobre su futuro en la profesión. Estudio exploratorio-descriptivo, con abordaje cuanti-cualitativo, realizado en el periodo de noviembre de 2015 a junio de 2016. El escenario escogido fue el Curso de Enfermería del Centro de Ciencias de la Salud de la Universidad Estatal Vale de Acaraú, en Sobral - CE. Se optó por esta institución por la disponibilidad de acceso a los sujetos y la viabilidad del estudio. Cabe resaltar que la opción por este escenario proporcionará una muestra significativa para la obtención de resultados concretos y de relevancia para el desarrollo científico y tecnológico. El Curso de Enfermería tiene 354 estudiantes regularmente matriculados entre el primero y el décimo periodo, siendo 247 matriculados en los módulos de Atención Básica a la Salud I a VII (del 1º al 7º periodo) y 107 matriculados en los Internados en Enfermería I a III (del 8º al 10º periodo). De todas formas, serán incluidos en el estudio, los estudiantes que estuvieren en clase en el momento de la recolección de los datos y acepten participar del estudio, mediante firma de la Declaración de Consentimiento Libre e Informado. La recolección de los datos se dará por medio de la utilización de un cuestionario con preguntas objetivas y subjetivas, sobre el perfil socio-demográfico, profesional y político-institucional del estudiante de Enfermería de la referida institución, a ser recolectados a partir de la plataforma Survey Monkey®, página web de elaboración de cuestionarios electrónicos. El cuestionario de esta investigación fue adaptado de la investigación “Perfil de la Enfermería en Brasil”. Pasado el periodo de recolección de las informaciones, estas serán sistematizadas para posterior análisis. Los datos objetivos serán sistematizados en planillas de Excel®, organizados de forma tabular, y analizados estadísticamente según frecuencias absolutas y porcentuales. Las respuestas de las preguntas subjetivas serán sometidas a análisis temático del contenido. Después de la disposición de las respuestas, podrá trazarse el perfil de los académicos de Enfermería de la Universidad. Palabras-clave: Universidades. Educación en Enfermería. Licenciatura en Enfermería. Estudiantes.
SUMÁRIO
RESUMO
RESUMEN
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 8
2 METODOLOGIA........................................................................................... 14
3 REFERÊNCIAS.............................................................................................. 19
APÊNDICES...................................................................................................... 22
Apêndice A........................................................................................................... 23
Apêndice B........................................................................................................... 24
ANEXO................................................................................................................ 32
Anexo A..............................................................................................................
Anexo _________________________________________________________
33
34
8
1 INTRODUÇÃO
O crescimento profissional da Enfermagem no Brasil sempre esteve relacionado com
a política de saúde vigente no país e com o mercado de trabalho, passando, portanto,
por diversas fases de desenvolvimento. Até os anos 1890 o exercício dessa profissão
era realizado com base na solidariedade humana, no misticismo, no senso comum e
também nas crendices, porém, nos dias de hoje, esta profissão é reconhecida
socialmente, sendo detentora de um corpo de conhecimento científico que alicerça o
exercício do profissional enfermeiro e dos demais integrantes da equipe de
enfermagem (BRITO et al., 2009).
Entretanto, salienta-se, que, para conquistar esse patamar, diversas lutas acerca
da profissão e de propostas para a formação de pessoal foram necessárias, tendo a
mais importante delas acontecido no decorrer do Movimento da Reforma Sanitária.
“Esse contexto histórico, político e social desencadeou transformações na prática da
enfermagem, inserindo e expandindo o trabalho das enfermeiras nos serviços
públicos” de saúde (MARQUES, 2008, p. 10).
O ensino da Enfermagem no Brasil surge por meio da criação da Escola
Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras do Hospital de Alienados, no Rio de
Janeiro, a qual teve a finalidade de preparar enfermeiros para trabalharem nos
hospícios e nos hospitais civis e militares. No qual o requisito para admissão era saber
ler e escrever corretamente e conhecer a aritmética elementar. O curso tinha duração
mínima de dois anos e foi regulamentado pelo Decreto Nº 791 de 27 de setembro de
1890 (CARVALHO, 1972).
No ano de 1916, a Escola da Cruz Vermelha Brasileira foi crida no Rio de Janeiro
com o intuito de melhorar a assistência aos feridos da Primeira Grande Guerra e
também formar enfermeiros para os serviços de saúde. Em 1923, sob os auspícios do
Decreto nº. 15.799 de 10 de novembro de 1922, em seu Artigo 3º que consiste o
Regulamento do Hospital Geral de Assistência do Departamento Nacional de Saúde
Pública, e com a ajuda de enfermeiras norte-americanas, foi criada a Escola de
Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), que mais tarde,
em 1926, veio a se chamar Escola de Enfermeiras Anna Nery, dando início ao Sistema
Nightingale de Educação em Enfermagem no Brasil. Essa escola pregava a prática
da enfermagem através do esforço repetitivo e preparava as enfermeiras apenas para
o âmbito hospitalar (CARVALHO, 1972).
9
Após a uniformização do ensino de Enfermagem no país, em 1962 seu currículo
foi reformulado pelo Parecer nº 271, de 19 de outubro de 1962, que instituiu um curso
geral com duração de três anos e duas opções de especialização com o tempo de um
ano cada (BRASIL, 1974). Com a Reforma Universitária que ocorreu em 1972, o
Ensino em Enfermagem voltou-se à formação de mais profissionais e da estruturação
de um novo currículo, seguindo as novas determinações, que fundamentaram um
novo currículo com base no modelo tecnicista da saúde, com uma visão fortemente
centrada nos modelos hospitalocêntrico, biologicista e individualista.
Com o advento do Sistema Único de Saúde (SUS) no país, o perfil do enfermeiro
e da Enfermagem teve que ser alterado, a fim de atender ao modelo atual de atenção
à saúde, que tem buscado a reversão do modelo biomédico, voltado apenas para o
indivíduo e sua doença, e passou a considerar como objeto as ações coletivas,
voltadas agora ao contexto biopsicossocial do sujeito, tendo como foco a família e sua
comunidade (XIMENES NETO et al., 2008). A partir de então, novas intervenções da
Enfermagem na Saúde Coletiva foram vislumbradas, acarretando posturas
diferenciadas e reconhecimento provenientes da equipe de saúde e dos usuários do
sistema, como a aquisição de novos conhecimentos e práticas.
Desse modo, a reestruturação produtiva e a transição tecnológica do setor saúde
vem contribuindo para diversas transformações no Ensino da Enfermagem no Brasil.
Como prova disso, pode-se destacar a criação da Resolução Nº 3, de 7 de novembro
de 2001, pelo Conselho Nacional de Educação, que instituiu as Diretrizes Curriculares
Nacionais para os Cursos de Graduação em Enfermagem a serem observadas na
organização curricular das Instituições do Sistema de Educação Superior do país. Tais
diretrizes, “definem os princípios, fundamentos, condições e procedimentos da
formação de enfermeiros, estabelecidas pela Câmara de Educação Superior do
Conselho Nacional de Educação, para aplicação em âmbito nacional na organização,
desenvolvimento e avaliação dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação em
Enfermagem das Instituições de Ensino Superior (IES)” (BRASIL, 2001).
De acordo com o Artigo 3º da Resolução Nº 3, de 7 de novembro de 2001, o
Curso de Graduação em Enfermagem tem como perfil do formando
egresso/profissional:
Enfermeiro, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva. Profissional qualificado para o exercício de Enfermagem, com base no rigor científico intelectual e pautado em princípios éticos. Capaz de conhecer e intervir sobre os problemas/situações de saúde-doença
10
mais prevalentes no perfil epidemiológico nacional, com ênfase na sua região de atuação, identificando as dimensões biopsicossociais dos seus determinantes. Capacitado a atuar, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano; e Enfermeiro com Licenciatura em Enfermagem capacitado para atuar na Educação Básica e na Educação Profissional em Enfermagem (BRASIL, 2001, p. 1).
Nesse contexto, as ações desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem vêm
conquistando reconhecimento, tanto dos usuários quanto dos gestores dos serviços
de saúde, o que tem gerado um novo status para a profissão, despertando o interesse
na inserção de novos profissionais no mercado de trabalho. Ademais, a expansão do
campo de trabalho do profissional de Enfermagem contribui para o crescimento da
demanda de candidatos à profissão, o que desencadeia o aumento do número de
cursos de enfermagem no Brasil (OGUISSO et al., 2015).
Porém, a trajetória do estudante de enfermagem é repleta de grandes
abdicações e ansiedade desde o momento de sua entrada na universidade até a
formatura. De acordo com Ximenes Neto et al. (2000, p. 310), de início, o estudante
“passa por um período de lua-de-mel com o curso e depois por um momento de
desilusão para uns e realizações (satisfação) para outros; fatos também percebidos
após a graduação”.
O acadêmico ou estudante de enfermagem é o “ser humano que faz uma opção
por cuidar e ajudar outros seres humanos a nascer e viver de forma saudável; a
superar agravos à sua saúde; a conviver com limitações e encontrar um significado
nessa experiência e; a morrerem com dignidade”. Nesse processo de formação, para
realizar as diversas ações que acoplam o trabalho do enfermeiro, como a competência
técnica, dialógica e política, o estudante encara situações de sofrimento que podem
contribuir tanto para a humanização quanto para a banalização desse trabalho
(SAUPE, 2015, p. 296).
Ainda, pondera-se que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),
publicada em 2006, como o engate de mudanças no cenário da educação superior no
geral a partir de 2007. Esta forneceu autonomia pedagógica, administrativa e de
gestão financeira para as instituições de ensino, o que ocasionou, consequentemente,
no aumento dos cursos superiores. Tal abertura, considerada de caráter neoliberal,
reflexo de uma frágil regulação do ensino superior do País, ocasionou o domínio das
11
instituições privadas, que se introduziram no ensino de Enfermagem com uma lógica
mercadológica (SILVA et al., 2011).
Neste prisma, é evidente o crescimento exacerbado dos cursos de enfermagem.
Tal constatação do acelerado e desordenado crescimento destes cursos e respectiva
oferta de vagas sem o devido acompanhamento da sua qualidade (TEIXEIRA et al.,
2013).
Em relação ao crescimento do número de cursos de graduação em Enfermagem,
destaca-se o um respectivo aumento em todas as regiões do País. Segundo Brito
(2009) em 2000 havia 183 cursos de graduação em Enfermagem entre instituições
públicas e privadas; em 2006 foram contabilizados 582 cursos, ou seja, um
crescimento de 218%. Já no ano de 2015, contabiliza-se um total de 793 cursos, assim
distribuídos entre todas as regiões do País: 112 na Região Sul, 329 Região Sudeste,
84 Região Centro-Oeste, 198 Região Nordeste e 70 na Região Norte (BRASIL, 2015).
A expansão do Ensino em Enfermagem deriva do crescimento quantitativo do
número de instituições de ensino e, consequentemente, de cursos e vagas por elas
oferecidos (TEIXEIRA et al., 2013). O Estado do Ceará contabiliza 26 cursos de
graduação em Enfermagem. A construção destes não destoa da realidade de outros
Estados do país, o que indica um aumento exacerbado no processo de construção
dos cursos de graduação. O número excessivo de cursos de graduação em
Enfermagem traz consigo o questionamento do ensino desta profissão, uma vez que
estão apenas jogando o enfermeiro para o campo de trabalho sem se preocupar com
a qualidade da formação deste profissional. Na verdade, o que vemos hoje é uma
comercialização da educação, uma mercantilização do ensino no anseio da conquista
do diploma, deixando de lado as Diretrizes Curriculares de Graduação, e a qualidade
do ensino.
Pois, considera-se que a universidade exerce um importante papel social, que
visa a construção do conhecimento científico e de interação com a prática mediante
formas que condicionem a reflexão, a capacidade de observação, análise crítica e
resolução de problemas (DONATI; ALVES; CAMELO, 2010). Para tanto, os modelos
educacionais adotados pelas Instituições de Ensino Superior (IES) repercutem
diretamente em seus discentes, desta forma, considera-se importante o estudo deste
fato, salientando-se a necessidade de traçar um perfil dos discentes em determinadas
instituições.
12
Assim, salienta-se a necessidade de abordagem do perfil dos trabalhadores da
saúde, em especial do enfermeiro, pois tal profissional possui o compromisso ético
nas práticas de enfermagem que busque desenvolver intervenções no cotidiano, além
da possibilidade de operar nos serviços de saúde de forma a estabelecer uma relação
diferenciada do trabalhador de saúde e usuário (CORRÊA et al., 2012). Contudo, para
se analisar o perfil profissional torna-se necessário relembrar o processo de formação
oferecido a eles, observando a influência que as IES exercem nesta etapa de
fundamental importância para a criação do ser enfermeiro.
A partir do levantamento bibliográfico realizado sobre o perfil do discente de
Enfermagem, percebe-se a escassez de estudos que abordam esta temática. As
produções científicas apontam a correlação entre a caracterização do perfil dos
discentes de Enfermagem e a adequação do processo educacional, cuja abordagem
tem a dimensão de auxiliar na elaboração e aplicação de um projeto político
pedagógico coerente com o sujeito desse processo, adequando-o à realidade das
necessidades de saúde da população.
Tendo em vista o exposto e mediante a constatação da expansão dos cursos de
Enfermagem nos últimos anos, com consequente aumento no número de alunos
matriculados, surgiu o interesse de se investigar o perfil do estudante do curso de
graduação em enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), por ser
uma instituição de referência no norte cearense, formando aproximadamente 70
graduados em Enfermagem por ano.
Este estudo assume relevância para o ensino superior, na medida em que
poderá subsidiar propostas de reestruturação de currículos de Enfermagem e propor
adaptações reforçando a coerência teórico-prática do processo de formação, de modo
a complementar as necessidades pessoais e regionais e o perfil epidemiológico da
população. Ademais, poderá contribuir efetivamente no processo ensino-
aprendizagem nas instituições, no campo de estudo e na análise do crescimento da
profissão no Ceará. Ainda contribuirá em novos estudos voltados a prática curricular
do curso de enfermagem da UVA, uma vez que traçado o perfil deste público, se
tornará mais fácil a aplicação de novas estratégias que visem a otimização do
aprendizado e consequentemente a formação de um bom profissional.
Contudo, o estudo tem como objetivos: descrever o perfil dos estudantes do
curso de graduação em Enfermagem de uma Universidade Pública Estadual do
13
Noroeste Cearense; e identificar as expectativas deste acerca de seu futuro na
profissão de enfermeiro.
14
2 METODOLOGIA
2.1 Tipo de Estudo
Estudo exploratório-descritivo, sob abordagem quanti-qualitativa, realizado no período
de novembro de 2015 a junho de 2016. Segundo Moresi (2015) a abordagem
quantitativa é utilizada para determinar o perfil de um grupo de sujeito, baseando-se
em características que elas têm em comum (como demográficas, socioeconômicos,
epidemiológicas). Por meio de técnicas estatísticas avançadas inferenciais, ela pode
criar modelos capazes de predizer se um sujeito terá uma determinada opinião ou
agirá de determinada forma, com base em características observáveis.
Já os estudos de abordagem qualitativa visam a obtenção de dados descritivos
por meio de contato direto com o objeto pesquisado. Neste tipo de pesquisa, “é
frequente que o pesquisador procure entender os fenômenos, segundo a perspectiva
dos participantes da situação estudada e, a partir, daí situe sua interpretação dos
fenômenos estudados” (NEVES, 2015).
Assim, a interação entre as duas abordagens, quantitativa e qualitativa, aproxima
duas vertentes distintas permitindo uma triangulação metodológica, onde irão se
complementar. Logo, essa estratégia de pesquisa vem a contribuir para uma melhor
compreensão sobre determinado tema, alcançando os objetivos, observando e
entendendo a realidade estudada (MINAYO; SANCHES, 2015).
As pesquisas exploratórias têm como objetivo explicitar e proporcionar maior
compreensão sobre determinado problema. Nesse tipo de estudo o pesquisador
procura uma maior familiaridade sobre o tema em estudo. Por sua vez, a pesquisa
descritiva busca descrever as características de determinadas populações ou
fenômenos, estabelece relação entre as variáveis no objeto de estudo (GIL, 2008).
2.2 Cenário do Estudo
Dentre as 26 Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e privadas, existentes no
Estado do Ceará, que possuem o curso de Graduação em Enfermagem, o cenário
escolhido foi o Curso de Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral - CE.
A Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia surge a partir de estudo histórico da
genealogia das famílias de Sobral, realizado pelo Padre Francisco Sadoc de Araújo,
que identificou inúmeros casos de homens que haviam casado por duas, três e, até
15
quatro vezes. Tal fato o levou a entrevistar alguns destes homens sobre o porquê de
tantos casamentos. O dado de caráter epidemiológico-sanitário identificado foi que as
mulheres morriam em sua maioria, de parto. Ao investigar melhor, o referido padre
identificou que o motivo de tantos óbitos se devia a falta de conhecimento técnico-
científico das “parteiras leigas”. Após os esforços empreendidos junto ao Conselho
Diretivo da UVA e ao Conselho Estadual de Educação o curso de Enfermagem e
Obstetrícia passou a funcionar (UVA, 2002).
Optou-se por esta IES frente à disponibilidade de acesso aos sujeitos e
exequibilidade do estudo. Salienta-se que a opção por este cenário disponibilizará
uma amostra significativa para a obtenção de resultados concretos e de relevância ao
desenvolvimento científico e tecnológico. Pois, o Curso de Enfermagem desta IES
apresenta-se no histórico da região como um dos primeiros de nível universitários a
ser ofertado, caracterizando uma alínea social no processo de formação de
enfermeiros para o mercado de trabalho.
2.3 População e Amostra
O Curso de Enfermagem possuía 355 estudantes regularmente matriculados, entre o
primeiro e o décimo períodos, sendo 244 matriculados nos módulos de Atenção
Básica à Saúde (ABS) I a VII (do 1º ao 7º período) e 111 matriculados nos Internatos
em Enfermagem I a III (do 8º ao 10º período). Pretendeu-se, nesse estudo que
amostra coincidisse com a população. No entanto, foram inclusos no estudo, os
estudantes que estiveram em sala de aula no momento da coleta dos dados e
aceitaram participar do estudo, e mediante assinatura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice A).
2.4 Métodos, Técnicas e Procedimentos de Coleta e Análise dos Dados
A coleta dos dados se deu por meio da utilização de um questionário (Apêndice B)
com perguntas objetivas e subjetivas acerca do perfil sócio-demográfico, profissional
e político-institucional do estudante de Enfermagem da referida instituição, e foram
coletados a partir da plataforma Google Forms®, website de elaboração de
questionários eletrônicos. O questionário desta pesquisa foi adaptado do utilizado na
pesquisa “Perfil da Enfermagem no Brasil” (FIOCRUZ/COFEn, 2013). Antes da
aplicação dos instrumentos foi realizado pré-teste, com no mínimo um acadêmico de
cada período letivo. O referido questionário foi aplicado junto aos acadêmicos de
16
Enfermagem, em sala de aula, durante o horário normal dos módulos de ABS e,
durante a mensal dos internatos.
O TCLE foi entregue em sala de aula para o preenchimento e, após, recolhidos
para garantir o respaldo da pesquisa, no mesmo momento os acadêmicos receberam
os esclarecimentos acerca da pesquisa, momento em que foram apresentados os
objetivos do estudo, bem como os direitos de sigilo, anonimato e desistência a
qualquer momento, sem que isso implique qualquer prejuízo a eles.
Passado o período de coleta das informações, estas foram sistematizadas para
posterior análise. Os dados objetivos foram sistematizados em planilhas do Excel® e
organizados de forma tabular, e analisados estatisticamente segundo frequências
absolutas e percentuais. As respostas das perguntas subjetivas foram submetidas a
analise temática de conteúdo que se divide em três etapas: A pré-análise é a fase que
se constituiu na leitura flutuante para a formulação de pressupostos; a segunda etapa,
exploração do material ou codificação, teve por finalidade encontrar palavras ou
expressões significativas para organizar o conteúdo; e por fim o tratamento dos
resultados obtidos/ interpretação, onde foram feitas as interpretações dos dados
(MINAYO, 2007).
Todo o processo realizou-se mediante permissão da Coordenação do Curso de
Enfermagem da referida IES por meio do envio da carta de anuência (Anexo A).
2.5 Aspectos Éticos e Legais da Pesquisa
O estudo obedeceu aos princípios estabelecidos pela Resolução Nº 466/2012 do
Conselho Nacional de Saúde (CNS) que incorpora, sob a ótica do indivíduo e das
coletividades, referenciais da bioética, tais como, autonomia, não maleficência,
beneficência, justiça e equidade, dentre outros, e visa a assegurar os direitos e
deveres que dizem respeito aos participantes da pesquisa, à comunidade científica e
ao Estado (BRASIL, 2012).
O princípio de Autonomia foi adotado mediante o esclarecimento dos objetivos,
metodologia, justificativa e relevância social do estudo para os sujeitos da pesquisa,
assim como do livre arbítrio de participar do estudo, mediante a assinatura de um
termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A), e do direito de desistir de
participar da pesquisa a qualquer momento, sem que nenhum dano possa lhe ser
causado.
17
Em consonância com o princípio da beneficência, os sujeitos do estudo foram
favorecidos, uma vez que a pesquisa trouxe uma avaliação do Perfil dos Estudantes
de Enfermagem, e dessa forma, a partir desse conhecimento as Universidades
poderão criar dispositivos para resolver ou amenizar os problemas enfrentados por
esses estudantes, o que proporcionará uma melhora na qualidade de vida.
O princípio da não maleficência foi garantido, visto que não houve qualquer
forma de constrangimento ou risco de vida ou danos aos participantes da pesquisa.
Assim, a identidade dos participantes do estudo foi preservada e as informações as
quais se teve acesso foram mantidas em sigilo, buscando o mínimo de prejuízos e o
máximo de benefícios.
Por fim, foi respeitado o princípio da justiça, visto que disponibilizamos os
resultados e benefícios da pesquisa a todas as pessoas que participaram do estudo,
como também aos gestores em saúde pública para que estes possam utilizar-se dos
resultados em suas práticas.
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa através do CAAE:
50965515.8.0000.5053.
18
2.6 Cronograma
ATIVIDADE\PERÍODO Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr
Fundamentação Teórica
Montagem do Projeto
Submissão ao CÉP/UVA
Apreciação do Projeto pelo
CEP/UVA
Ajustes do Projeto após
Apreciação do CEP/UVA
Coleta de Dados
Análise de Dados
Revisão do Estudo
Produção de Artigos
Científicos
2.7 Orçamento
MATERIAL QUANTIDADE PREÇO
(UNITÁRIO) R$
PREÇO (TOTAL)
R$
Revisão Linguística 300,00
Deslocamento 100,00
Impressão 35 folhas 0,15 5,25
Cópias 3790 folhas 0,05 189,50
Encadernação 20 encadernações 1,50 30,00
TOTAL 624,75
19
REFERÊNCIAS
BRASIL. Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Conselho Federal de Enfermagem (COFEn). Perfil da Enfermagem no Brasil: Questionário. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2013.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema e-MEC. Instituições de educação superior e cursos cadastrados. 2015. Acesso em: 20 de outubro de 2015. Disponível em: http://emec.mec.gov.br/.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em enfermagem. Resolução nº 3, de 7 de novembro de 2001. Institui diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em enfermagem. Diário Oficial [da União], Brasília, 7 nov. 2001; Seção 1, p. 37.
BRASIL, Ministério da Saúde. Adolescentes promotores de saúde: uma metodologia para capacitação. 1ª ed. Brasília, ago. 2000.
BRASIL, Ministério da Saúde. Parecer nº 271, de 19 de outubro de 1962. Dispõe sobre o currículo mínimo do curso de enfermagem. Fundação Serviços de Saúde Pública. Enfermagem, legislação e assuntos correlatos. 3ª ed. Rio de Janeiro, v. 2, p. 249-253. 1974.
BRASIL, Ministério da Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diário Oficial [da União], Brasília, 12 de dezembro de 2012.
CARVALHO, A.C. Orientação e ensino de estudantes de enfermagem no campo clínico. [tese doutorado]. São Paulo (SP): Universidade de São Paulo, 1972.
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APÊNDICES
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APÊNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Você está sendo convidado a participar de uma pesquisa intitulada: PERFIL DOS
ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL
DO NORTE CEARENSE. Tal pesquisa tem como objetivo traçar o perfil do estudante
de enfermagem da referida Instituição.
Em momento algum você será prejudicado por participar ou não dessa pesquisa. Além
disso, é assegurado o sigilo das informações pessoais fornecidas no questionário. Por
fim, embora sua participação seja importante você não deve fazê-la contra a sua
vontade. Se ao completar a leitura desta página você decidir não tomar parte nesta
pesquisa, de forma alguma você será prejudicado por sua decisão.
Se durante a pesquisa você tiver qualquer dúvida poderá entrar em contato com o
pesquisador FRANCISCO ROSEMIRO GUIMARÃES XIMENES NETO (88-
81401688). Ainda, você poderá apresentar recursos ou reclamações em relação ao
presente estudo através da Secretaria do Comitê de Ética diretamente pelo telefone
(88) 3677-4255.
Prof. Dr. Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto
Pesquisador Responsável
CONSENTIMENTO PÓS-INFORMADO
Eu,__________________________________________________,
compreendi os propósitos da pesquisa e concordo em participar da desta, estando
ciente dos direitos que me são assegurados.
Sobral, ____ de _______________ de 2015.
______________________________ ___________________________
Assinatura do Pesquisador Assinatura do Participante
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APÊNDICE B
QUESTIONÁRIO
Caro Acadêmico, este questionário faz parte da pesquisa “PERFIL DOS
ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA
ESTADUAL DO NORTE CEARENSE” que tem como objetivos: descrever o perfil dos
estudantes do Curso de Graduação em Enfermagem de uma Universidade Pública
Estadual do Noroeste Cearense e identificar as expectativas deste acerca de seu
futuro na profissão de enfermeiro.
Leia com atenção e responda com sinceridade, o seguinte:
I IDENTIFICAÇÃO SOCIO-ECONÔMICA
1. SEXO: ( ) Masculino ( ) Feminino
2. ANO DE NASCIMENTO: _______ 3. Idade ________
3. ESTADO CIVIL: ( ) Solteiro/a ( ) Casado/a ( ) Divorciado/a
( ) União consensual/estável ( ) Viúvo/a
4. RENDA FAMILIAR: R$________________
5. LOCAL DE RESIDÊNCIA:
5.1 Município de Origem. Qual? ______________________________
5.2 Você mora no Município de origem ( ) ou em Sobral ( ) ou em outro Município para que possa se deslocar para Faculdade ( )? Se em outro Município, em qual? _____________________________.
5.3. Com quem você mora?
( ) Pai/mãe ( ) Pai ( ) Mãe ( ) Cônjuges ( ) Parentes ( ) Sozinho(a)
( ) Amigos/dividindo despesas ( ) Outros.
Quais (especificar)? ___________________
6. SEGUINDO A NOMENCLATURA UTILIZADA PELO IBGE COMO VOCÊ CLASSIFICA A SUA COR OU RAÇA?
( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda ( ) Indígena
7. VOCÊ CURSOU O ENSINO MÉDIO EM:
( ) Escola Pública ( ) Escola Particular ( ) Escola Filantrópica
( ) Misto (Escola Pública + Escola Particular/Filatrópica)
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8. GRAU DE ESCOLARIDADE DO PAI OU PESSOA SIGNIFICATIVA QUE O SUBSTITUIU:
( ) Sem escolaridade ( ) Educação Infantil ( ) Ensino Fundamental
( ) Ensino Médio ( ) Ensino Universitário
9. GRAU DE ESCOLARIDADE DA MÃE OU PESSOA SIGNIFICATIVA QUE O SUBSTITUIU:
( ) Sem escolaridade ( ) Educação Infantil ( ) Ensino Fundamental
( ) Ensino Médio ( ) Ensino Universitário
10. NA SUA FAMÍLIA EXISTEM OUTROS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM?
( ) Sim. Quem? _________________________________________________
( )Não
11. NA SUA FAMÍLIA EXISTEM OUTROS PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE?
( ) Sim. Quem? _________________________________________________
Qual profissão? ________________________________________________
( )Não
II FORMAÇÃO PROFISSIONAL
1. FEZ OU ESTÁ FAZENDO OUTRO CURSO DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO?
( )Sim. Qual (especificar)? ________________________________
( )Não
2. FEZ OU ESTÁ FAZENDO ALGUM CURSO DE TÉCNICO/TECNÓLOGO?
( )Sim. Qual (especificar)? _________________________________
( )Não
3. ANTES DE INGRESSAR NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM, FEZ CURSO DE AUXILIAR OU TÉCNICO DE ENFERMAGEM?
( )Sim ( )Não
3.1. Exerceu a função? ( ) Sim ( ) Não
4. DESENVOLVE ALGUMA ATIVIDADE EXTRACURRICULAR?
( )Sim ( )Não
4.1. Se sim, qual?
( ) Monitoria
( ) Bolsa de Iniciação Científica
( ) Bolsa Programa de Educação pelo Trabalho (PET)
( ) Projeto de Extensão
( ) Bolsa Universidade
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( ) Bolsa Santa Casa de Misericórdia de Sobral
( ) Outras. Quais? __________________________________
5. EXERCE ALGUMA ATIVIDADE REMUNERADA? ( ) Sim ( ) Não
5.1. Em que? _________________________________________
6. VOCÊ ESTÁ CURSANDO ALGUMA PÓS-GRADUAÇÃO?
( ) Sim. Qual? ___________________________________________
( ) Não
III ACESSO A INFORMAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA
1. QUE MODALIDADE VOCÊ UTILIZA COMO APRIMORAMENTO TECNICO-CIENTÍFICO?
( ) Eventos científicos na área da enfermagem (Congressos, seminários e oficinas).
( ) Estágios em instituições de saúde
( ) Grupos de estudo e pesquisa
( ) Visita técnica/observação
( ) Internet
( ) Outras. Quais (especificar)? ___________________________________
2. QUE ATIVIDADES VOCÊ PARTICIPA ENQUANTO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM?
( ) Ensino
( ) Pesquisa. Em quê? ___________________________________________
( ) Extensão. Em quê? ___________________________________________
( ) Controle Social. Em quê? ______________________________________
( ) Movimentos Sociais. Em quê? __________________________________
( ) Voluntariado. Em quê? ________________________________________
3. QUE TIPO DE LEITURA VOCÊ FAZ?
( ) Livros científicos
( ) Revistas nacionais de enfermagem
( ) Revistas internacionais de enfermagem
( ) Outras revistas técnico-cientificas
( ) Outras leituras (jornais, revistas de atualidade etc.)
( ) Livros de leitura
( ) Não lê
( ) Outras. Quais(especificar)? ____________________________________
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4. ASSINA ALGUM PERIÓDICO/REVISTA CIENTÍFICA NA ÁREA DA ENFERMAGEM?
( ) Sim. Quais? ________________________________________________
( ) Não
5. COM QUE FREQUÊNCIA ACESSA A BIBLIOTECA?
( ) Nunca ( ) Às vezes ( ) Frequentemente ( ) Sempre
6. COM QUE FREQUÊNCIA ACESSA A INTERNET?
( ) Nunca ( ) Às vezes ( ) Frequentemente ( ) Sempre
7. LOCAL QUE ACESSA A INTERNET?
( ) Em casa
( ) Biblioteca da Universidade
( ) Cyber
( ) No Trabalho
( ) No Smartphone
( ) Outro ______________________________________________________
8. NESTES ÚLTIMOS 12 MESES REALIZOU/PARTICIPOU DE ALGUM APRIMORAMENTO TECNICO-CIENTÍFICO?
( ) Sim
( ) Não
8.1.Se não, assinale as razões:
( ) Falta de condições financeiras
( ) Alto custo da participação em eventos científicos
( ) Falta de tempo/motivação/estímulo
( ) Dificuldade de acesso à informação
( ) Distância
( ) Dificuldades pessoais
( ) Falta de apoio institucional
( ) Outra (especificar)____________________________________________
8.2. Se sim, Quais (especificar)? ___________________________________
9. VOCÊ GOSTARIA DE FAZER ALGUMA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL?
( )Sim
( )Não
9.1 Em quê? ____________________________________________________
___________________________________________________________________
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IV SATISFAÇÃO NA UNIVERSIDADE E RELACIONAMENTO
1. COMO VOCÊ SE SENTE NA UNIVERSIDADE:
PERGUNTA SIM NÃO ÀS VEZES
1.1 É tratado com cordialidade e respeito pela Secretaria do Curso de Enfermagem?
1.2 É tratado com cordialidade e respeito pelos servidores do CCS?
1.3 É tratado com cordialidade e respeito pelos professores?
1.4 É tratado com cordialidade e respeito pelos colegas de turma?
1.5 É tratado com cordialidade e respeito pela população usuária durante os estágios?
2. VOCÊ JÁ SOFREU ALGUM TIPO DE DISCRIMINAÇÃO NA UNIVERSIDADE?
( ) Gênero ( ) Orientação sexual ( ) Racial
( ) Peso/Obesidade ( ) Portador de necessidade especial ( ) Social
( ) Outra (especificar): _______________________________
3. VOCÊ JÁ SOFREU ALGUM TIPO DE VIOLÊNCIA NA UNIVERSIDADE?
( ) Institucional ( ) Psicológica ( ) Física
( ) Sexual ( ) Outra (especificar): ___________________________
4. COMO VOCÊ AVALIA A ESTRUTURA DO CURSO DE ENFERMAGEM:
PERGUNTA Excelente Ótima Boa Regular Péssima
4.1 infraestrutura da sala de aula
4.2 Limpeza e higienização da saúde de aula
4.3 infraestrutura e higienização dos banheiros
4.4 Espaço físico do Centro de Ciências da Saúde
4.5 Estrutura do currículo do Curso
4.6 Corpo docente
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4.7. Estrutura das aulas/ensino
4.8 Projetos de extensão
4.9 Projetos de pesquisa
5. Qual sua impressão em relação ao Curso de Enfermagem?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________
______________________________________________________________
6. Qual sua impressão à sua formação em Enfermagem? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________
______________________________________________________________
7. PRÁTICA ESPORTE COM REGULARIDADE?
( ) Sim. Qual? ___________________________________________________
( ) Não.
V PARTICIPAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA E PERSPECTIVA PROFISSIONAL
1. VOCÊ TEM INTERESSE PELAS QUESTÕES SOCIAIS E POLÍTICAS RELACIONADAS A SUA FUTURA PROFISSÃO?
( ) Sim
( ) Não
( ) Às vezes
Porquê? ______________________________________________________
___________________________________________________________________
2. PARTICIPA OU PARTICIOU DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DO SEU CURSO?
( ) Sim
( ) Não
( ) Às vezes
Porquê? ______________________________________________________
___________________________________________________________________
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3. VOCÊ ACOMPAHA OS MOVIMENTOS POLÍTICOS LIDERADOS PELAS ENTIDADES QUE REPESENTAM SUA FUTURA PROFISSÃO?
( ) Sim
( ) Não
( ) Às vezes
Porquê? ______________________________________________________
___________________________________________________________________
4. VOCÊ ACOMPANHA AS CAMPANHAS SALARIAIS E/OU ACORDOS COLETIVOS DE SUA FUTURA PROFISSÃO?
( ) Sim
( ) Não
4.1 De que forma?
( ) Assembleias da categoria
( ) Reuniões do Sindicato
( ) Por jornais das entidades
( ) Em notícias que leio
4.2 Se não, porquê?
______________________________________________________
5. ASSINALE AS ENTIDADES DA ENFERMAGEM/SAÚDE QUE VOCÊ CONHECE.
( ) Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn Nacional
( ) Associação Brasileira de Enfermagem- Seção estadual ou regional
( ) Conselho Federal e Enfermagem – COFEn
( ) Conselho Regional de Enfermagem – COREN
( ) Federação Nacional dos Enfermeiros – FNE
( ) Sindicato dos Enfermeiros
( ) Associação/Sociedade de Especialistas
( ) Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem
( ) Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde - SINDSAÚDE
( ) Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde - CNTS
( ) Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social - CNTSS
( ) Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal - CONFETAM
( ) Outra: _________________________________________________
6. QUAL SUA AVALIAÇÃO SOBRE AS ENTIDADES QUE REPRESENTAM SUA PROFISSÃO?
Utilize o código correspondente: 1 – Ótimo; 2 – Bom; 3 – Regular; 4 – Ruim.
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( ) Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn Nacional
( ) Associação Brasileira de Enfermagem- Seção estadual ou regional
( ) Conselho Federal e Enfermagem – COFEN
( ) Conselho Regional de Enfermagem – COREN
( ) Federação Nacional dos Enfermeiros – FNE
( ) Sindicato dos Enfermeiros
7. POR QUE VOCÊ ESCOLHEU FAZER A GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8. NA SUA OPNIÃO, QUAL A IMAGEM QUE A SOCIEDADE TEM DA ENFERMAGEM?
( ) Positiva
( ) Negativa
( ) Nenhuma
8.1 Porquê? _________________________________________ 9. E JUNTO AOS CLIENTES/USUÁRIOS, QUE IMAGEM VOCÊ ACHA QUE A
ENFERMAGEM TEM?
( ) Positiva
( ) Negativa
( ) Nenhuma
9.1 Porquê? _________________________________________
10. VOCÊ CONHECE O CÓDIGO DE ÉTICA DA ENFERMAGEM?
( ) Sim
( ) Não. Se não, porquê? _________________________________________
11. NA SUA OPNIÃO, QUAL A PALAVRA QUE RESUME O FUTURO DA ENFERMAGEM?
______________________________________________________________
12. QUAIS OS PRINCIPAIS PROBLEMAS QUE VOCÊ ENFRENTA COMO ESTUDANTE DE ENFERMAGEM?
______________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________.
32
ANEXOS
33
ANEXO A
Carta de Anuência
34
ANEXO B
Parecer Comitê de Ética em Pesquisa
35
36