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Dalmo F. Arraes Junior
Saber mais Direito
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Defensoria Pblica do
ES - CESPE 2012 DIREITO CIVIL
01 - Levado o contrato preliminar a registro no cartrio competente, se o
estipulante no lhe der execuo, a outra parte no
poder consider-lo desfeito e pleitear perdas e danos, em
caso de prejuzo, sem,antes, requerer a
execuo especific. (ERRADA)
Art. 465. Se o estipulante no der execuo ao contrato
preliminar, poder a outra parte consider-lo desfeito, e
pedir perdas e danos.
02 Embora o adimplemento seja um
direito subjetivo do devedor, este no poder exerc-lo se o atraso no cumprimento da
obrigao tiver acarretado o desparecimento da
necessidade do credor na obteno da prestao.
(CORRETA)
O adimplemento um direito/dever subjetivo do
credor e devedor, este
inclusive poder obrigar
o accipiens a receber o dbito atravs da consignao em
pagamento.
Uma vez que o solvens no exera o adimplemento da
obrigao na data avenada poder desaparecer a
necessidade do credor na obteno da prestao. Ex:
Uma banda contratada para apresentar um show em data determinada, uma vez no
cumprida a obrigao no haver mais interesse por
parte do credor.
03 - De acordo com a
jurisprudncia, no se deve declarar a unio estvel entre
duas pessoas que celebrem expressamente contrato de
namoro no qual esclaream o propsito de no viverem em
unio estvel, sob pena de se violar a boa-f da parte
inocente. (ERRADA) nulo o contrato de namoro
nos casos em que existe entre as partes envolvidas
uma unio estvel, eis que a parte renuncia por meio
desse contrato e de forma indireta a alguns direitos
essencialmente pessoais, como o caso do direito de
alimentos. (TARTUCE, Flvio, Manual de Direito
Civil, Vol nico, 2 edio)
04 A responsabilidade dos
hospitais no que tange atuao tcnico-profissional
dos mdicos que neles atuam
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sem vnculo de emprego ou
subordinao subjetiva, ou seja, depende da
comprovao de culpa dos prepostos, conforme a teoria
de responsabilidade subjetiva dos profissionais liberais,
abrigada pelo CDC (CORRETA)
RECURSO ESPECIAL. AO DE
INDENIZAO. RESPONSABILIDADE CIVIL.
ERRO MDICO. NEGLIGNCIA. INDENIZAO. RECURSO ESPECIAL.
1. A doutrina tem afirmado que a responsabilidade
mdica empresarial, no caso de hospitais, objetiva,
indicando o pargrafo primeiro do
artigo 14 do Cdigo de Defesa do Consumidor como a norma
sustentadora de tal entendimento.Contudo, a
responsabilidade do hospital somente tem espao quando
o dano decorrer de falha de servios cuja atribuio
afeta nica e exclusivamente ao hospital. Nas hipteses de dano decorrente de falha
tcnica restrita ao profissional mdico,
mormente quando este no tem nenhum vnculo com o
hospital -seja de emprego ou de mera preposio -, no
cabe atribuir ao nosocmio a obrigao de indenizar.
4. Recurso especial do Hospital e Maternidade So Loureno Ltda.
provido ( Processo: REsp 908359
SC 2006/0256989-
8 Relator(a): Ministra NANCY ANDRIGHI )
05 - O fato de o consumidor no ser previamente informado da inscrio do seu
nome em rgo de proteo ao crdito enseja a
indenizao por danos morais, ainda que a
inadimplncia tenha ocorrido h mais de trs meses e dela
tenha cincia o consumidor. (CORRETA)
RESPONSABILIDADE CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DANOS MORAIS.
INSCRIO EM CADASTRO DE PROTEO AO CRDITO. PRVIA
COMUNICAO. SMULA N. 359/STJ.
1. A ausncia de prvia comunicao ao consumidor
da inscrio do seu nome em rgo de proteo ao crdito
enseja a indenizao por danos morais. Precedentes.
2. "Cabe ao rgo mantenedor do Cadastro de Proteo ao Crdito a
notificao do devedor antes de proceder inscrio"
(Smula n.359/STJ).
3. No caso concreto, houve a
prvia notificao do devedor pelaentidade mantenedora do
servio de proteo ao crdito
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(e-STJ fl.566), razo pela qual
no h falar em solidariedade da Serasa pelosdanos causados ao
consumidor.
4. Agravo regimental desprovido.
06 -Se o indivduo A adquirir do indivduo B imvel no qual
por fora do contrato de locao residia o indivduo C,
presumir-se- a a concordncia de A com a
locao, caso este no a denuncie no prazo de noventa
dias. (CORRETA)
Art. 8 Se o imvel for alienado
durante a locao, o adquirente poder denunciar o contrato,
com o prazo de noventa dias para a desocupao, salvo se a
locao for por tempo determinado e o contrato
contiver clusula de vigncia em caso de alienao e estiver
averbado junto matrcula do imvel.
2 A denncia dever ser exercitada no prazo de
noventa dias contados do registro da venda ou do
compromisso, presumindo - se, aps esse prazo, a
concordncia na manuteno da locao.
07 De acordo com a
jurisprudncia do STJ, caso uma pessoa se obrigue como
principal pagador dos aluguis de imvel at a
entrega das chaves, a
prorrogao do contrato por prazo indeterminado
acarretar a exonerao da fiana. (ERRADA)
firme a jurisprudncia do Superior Tribunal e Justia no
sentido de que, "havendo clusula expressa no contrato
de locao, no sentido de que a responsabilidade dos fiadores perdura at a efetiva
entrega das chaves, no h que se falar em exonerao
da garantia, ainda que haja prorrogao por prazo
indeterminado" (EREsp 612.752/RJ, Rel. Min. JANE
SILVA, Des. Conv. do TJMG, Terceira Seo, DJe
26/5/08). Crditos para Iurikorolev
08 De acordo com a lei, deve ser de grau elevado a
insanidade que enseja interdio e a
possibilidade de anulao dos atos praticados
anteriormente. (ERRADA)
Art. 1.767. Esto sujeitos a
curatela: I - aqueles que, por
enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio
discernimento para os atos da vida civil;
II - aqueles que, por outra causa duradoura, no puderem
exprimir a sua vontade;
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III - os deficientes mentais,
os brios habituais e os viciados em txicos;
IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento
mental; V - os prdigos.
Observa-se que o artigo
supracitado submete-se a curatela no somente aos
absolutamente incapazes, mas tambm aos
relativamente incapazes, razo pela qual no somente a insanidade de grau elevado
que ensejar a interdio, mas qualquer das pessoas
elencadas no art. 1767 do CC.
09 Nas associaes, no h responsabilidade solidria
entre os administradores, de forma que um no responde
pleos atos praticados por outro. (CORRETO)
Art. 265. A solidariedade
no se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Em regra, os
administradores no respondem por atos
praticados em nome da associao quando atua dentro dos poderes lhe
atribudos no estatuto social. A exceo ocorre quando
atua fora dos poderes ou culposamente. Em outras
palavras, no h
responsabilidade do
administrador perante a associao. Ela somente ser
solidria quando o administrador atua com
culpa.
Art. 1.016. Os
administradores respondem solidariamente perante a
sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no
desempenho de suas funes.
10 Admite-se prova exclusivamente testemunhal
para comprovar os efeitos decorrentes do contrato
firmado entre as partes.
Art. 227. Salvo os casos
expressos, a prova exclusivamente testemunhal
s se admite nos negcios jurdicos cujo valor no
ultrapasse o dcuplo do maior salrio mnimo vigente no Pas ao tempo em que
foram celebrados.
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO. PROMESSA DE
COMPRA E VENDA DO IMVEL. CUMPRIMENTO DAS
OBRIGAES FIRMADAS. PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL. POSSIBILIDADE.
2. O art. 401, CPC, veda parcialmente a utilizao da
prova exclusivamente testemunhal para a comprovao
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do contrato em si mesmo, no a
prova de sua quitao.
3. Com efeito, consoante
jurisprudncia da Corte, admitida a prova
exclusivamente testemunhal para comprovar os efeitos
decorrentes do contrato firmado entre as partes,
devendo tal prova, no caso ora em anlise, ser
considerada para a demonstrao do cumprimento das obrigaes
contratuais. (REsp 436085 MG 2002/0059647-2 Ministro LUIS
FELIPE SALOMO )
11 Nas aes contra empresa seguradora, caso o segurado
vise ao pagamento de indenizao de seguro de vida em grupo, ser aplicada
a prescrio conforme o CDC. (ERRADA)
STJ Smula n 101 Ao de
Indenizao - Seguro em Grupo - Prescrio A ao de
indenizao do segurado em grupo contra a seguradora
prescreve em um ano. (Prazo do Cdigo Civil)
PROCESSO CIVIL
12 A possibilidade de os direitos e obrigaes se
transformarem em meras
expectativas de direitos
constitui caraterstica peculiar da relao
processual, o que a torna distinta de qualquer outra
relao jurdica de direito material.
Segundo Liebman, a doutrina
do processo como situao jurdica destaca certas
categorias peculiares relao processual e distintas das categoriais
correspondentes ao direito material, explicando o
processo em si mesmo como unidade jurdica.
O princpio da
inafastabilidade diz respeito vinculao obrigatria das
partes ao processo, que passam a integrar a relao
processual em um estado de sujeio aos efeitos da
deciso jurisdicional. (Errada)
Princpio da Inevitabilidade
aplicado em dois momentos distintos. O primeiro diz
respeito vinculao obrigatria dos sujeitos ao
processo judicial. Ainda que se reconhea que ningum
ser obrigado a ingressar com demanda contra sua
vontade e que existem formas de se tornar parte
dependentes da vontade do juiz, o certo que, uma vez
integrado relao jurdica processual, ningum poderia, por sua prpria vontade, se
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negar a esse "chamado
jurisdicional. (NEVES, Daniel Amorim Assumpo. Manual de
Direito Processual Civil, Vol. nico - 4 edio)
13 Admite-se, no que se refere ao cumprimento da
sentena condenatria a derrogao da competncia
do juzo dodecisum, facultando-se ao credor optar pelo juzo do local onde se
encontrem os bens sujeitos expropriao.
Art. 475-P. O cumprimento da
sentena efetuar-se- perante:
I os tribunais, nas causas de sua competncia originria;
II o juzo que processou a causa no primeiro grau de
jurisdio; III o juzo cvel competente, quando se tratar de sentena penal condenatria, de sentena arbitral ou de sentena
estrangeira. Pargrafo nico. No caso do
inciso II do caput deste artigo, o exequente poder
optar pelo juzo do local onde se encontram bens sujeitos
expropriao ou pelo do atual domiclio do executado, casos
em que a remessa dos autos do processo ser solicitada ao
juzo de origem. (Includo Lei n 11.232, de 2005) Iurikorolev
14 A aplicao do princpio
da perpetuatio jurisdictionis no obsta a modificao posterior da
competncia em caso de
competncia absoluta. (CORRETA)
Art. 87. Determina-se a competncia no momento em que a ao proposta. So
irrelevantes as modificaes do estado de fato ou de direito
ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o rgo
judicirio ou alterarem a competncia em razo da
matria ou da hierarquia (competncia
absoluta)
15 A funo positiva da coisa julgada gerada com base na
teoria da identidade da relao jurdica de modo que dispensvel, para a
vinculao ao j decidido em demanda anterior a trplice
identidade de parte, causa de pedir e pedido. (CORRETA)
(...) a imutabilidade da coisa
julgada no se exaure em sua funo negativa,
compreendendo tambm uma funo positiva, que diferentemente da primeira
no impede o juiz de julgar o mrito da segunda demanda,
apenas o vincula ao que j foi decido em demanda anterior
com deciso protegida pela coisa julgada material. Como
se nota com facilidade, a gerao da funo positiva da
coisa julgada no corre na repetio de demandas em
diferentes processos (funo
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negativa), mas em demandas
diferentes, nas quais, entretanto, existe uma
relao jurdica que j foi decidida no primeiro processo
e em razo disso est protegida pela coisa julgada.
Em vez da teoria da trplice identidade, aplica-
se a teoria da identidade da relao jurdica (NEVES, Daniel
Amorim Assumpo. Manual de Direito Processual Civil, Vol. nico - 4 edio)
16 A petio inicial da ao
de improbidade administrativa ajuizada pelo
MP pode ser objeto de aditamento pelos demais
legitimados, em atuao supletiva, para suprir
omisso objetiva ou subjetiva.
17 A categoria tico-poltica
dos sujeitos hipervulnerveis justifica a defesa de direito individual indisponvel, ainda
no homogneo, por meio de ACP. (CORRETA)
ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL
CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AO
CIVIL PBLICA. FORNECIMENTO DE
MEDICAO. DIREITO INDIVIDUAL INDISPONVEL. LEGITIMIDADE ATIVA DO
MINISTRIO PBLICO NA DEFESA DE INTERESSES OU
DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGNEOS.
CONFIGURAO.
PRECEDENTE DO STJ. AGRAVO
REGIMENTAL NO PROVIDO. 1. "O Ministrio Pblico possui
legitimidade para defesa dos direitos individuais indisponveis,
mesmo quando a ao vise tutela de pessoa individualmente
considerada" (EREsp 819.010/SP, Rel. Min. ELIANA
CALMON, Rel. p/ acrdo Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI,
Primeira Seo, DJe 29/9/08). 2. Agravo regimental no provido.
18 Tribunal de Justia
Estadual ao julgar recurso de apelao conferiu provimento
para cassar a sentena de extino do processo,
determinando o prosseguimento do feito.
Nessa situao, a interposio do recurso
especial deve observar o procedimento de subida imediata do recurso.
Joo, em sede de contestao, suscitou a
preliminar de pedidos incompatveis entre si, e o
juiz, convencido, pelos argumentos do ru, da caraterizao da preliminar
de inpcia da petio inicial, extinguiu o processo.
Inconformado, o autor interps recurso de apelao.
Nessa situao, o juiz pode retratar-se e reformular
a deciso.
Tribunal de justia estadual,
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ao julgar exceo de
impedimento, reconheceu o impedimento suscitado pelo
ru. Nessa situao, o juiz excepto poder interpor
recurso especial ou extraordinrio, visto que, no
sendo parte no processo civil, carece de capacidade
postulatria para recorrer da referida deciso. (Errada)
Apresentada a resposta pelo
juiz, os autos do incidente processual sero remetidos
ao Tribunal competente, sendo possveis duas
espcies de julgamento: (...) b - Acolhimento de exceo,
com condenao do juiz ao pagamento das custas
processuais, em acordo recorrvel pelo juiz excepto
por recurso especial e/ou extraordinrio, a depender do caso concreto. Trata-se de
interessante e peculiar hiptese de dispensa da
capacidade postulatria para interposio de recurso,
considerando-se que o prprio excepto pode
elaborar tais recursos, visto que possui a capacidade
tcnica exigida para a prtica de tal ato processual. (NEVES,
Daniel Amorim Assumpo. Manual de Direito
Processual Civil, Vol. nico - 4 edio)
DIREITO PENAL
19 O crime impossvel carateriza-se pela ineficcia
absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do
objeto, no ocorrendo a consumao do crime; nesse
delito, considerado putativo pela doutrina, o agente
acredita estar agindo ilicitamente, quando, no verdade, no est.
Os efeitos da desistncia
voluntria e do arrependimento eficaz
ficam condicionados presena dos requisitos
objetivo e subjetivos, aliados espontaneidade do
comportamento do agente, evitando-se a consumao do
delito. (ERRADA)
Desistncia voluntria e arrependimento eficaz
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de
prosseguir na execuo ou impede que o resultado se produza, s responde pelos atos
j praticados.
Impe a lei penal que a desistncia seja voluntria,
mas no espontnea. Isso quer dizer que no importa se
a ideia de desistir no prosseguimento da execuo
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partiu do agente, ou se foi ele
induzido a isso por circunstncias externas que,
se deixadas de lado, no impediriam de consumar a
infrao penal. (GRECO, Rogrio. Curso de Direito Penal -
Part Geral. 13 ed. Volume I)
20 Considere que Silas,
maior, capaz, motorista de caminho tenha praticado conjuno carnal com Lcia,
de dezessete anos de idade, aps t-la conhecido em uma
boate s margens da rodovia, conhecido ponto de
prostituio. Nessa situao hipottica o erro em
relao menoridade da vtima elide o dolo e afasta a
tipicidade, e, caso Silas tenha atuado na dvida resta
caraterizado o delito de explorao sexual de
vulnervel. Para a caracterizao do
delito de abandono de incapaz, impe-se, alm da
existncia de transgresso a relao particular de
assistncia entre o agente e a vtima, a presena ainda que
por certo lapso temporal de perigo concreto para esta,
sendo prevista, para o delito, tanto a forma comissiva
quanto a omissiva.
Para a configurao do denominado crime de
sequestro-relmpago, a restrio da liberdade da vtima condio necessria
para a obteno da vantagem
econmica, independentemente da ocorrncia desta.
Suponha que Tobias, maior,
capaz, tenha sido abordado por policias militares quando
trafegava em sua moto, tenso sido encontradas com ele
duas armas de uso restrito e munies e atestada, em
exame pericial, a impossibilidade de as armas efetuarem disparos. Nessa
situao hipottica resta caraterizado o delito de porte
de arma de uso restrito, devendo Tobias responder
por crime nico.
crime expressamente previsto no CDC, sancionado
com pena de deteno e multa correspondente ao
dobro do valor cobrado ao consumidor, a exigncia de
cheque-cauo, nota promissria ou qualquer outra garantia, assim como a
imposio de preenchimento de formulrios
administrativos, como condio de atendimento
mdico-hospital emergencial. (Errada)
A questo apresenta dois
erros: 1) A previso do mencionado crime est no
Cdigo Penal e no no CDC. 2) A pena de multa no
restrita ao dobro do valor cobrado ao consumidor,
sendo aplicvel as regras gerais do CP sobre sua
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fixao.
Condicionamento de
atendimento mdico-hospitalar emergencial
Art. 135-A. Exigir cheque-cauo, nota promissria ou qualquer garantia, bem como o
preenchimento prvio de formulrios administrativos,
como condio para o atendimento mdico-hospitalar
emergencial: Pena - deteno, de 3 (trs)
meses a 1 (um) ano, e multa.
Pargrafo nico. A pena
aumentada at o dobro se da negativa de atendimento resulta
leso corporal de natureza grave, e at o triplo se resulta a morte.
21 A natureza hedionda do
delito de trfico de drogas privilegiado, assim nominado
pela doutrina, afasta, por s, a possibilidade da converso da pena privativa de
liberdade em pena restritiva de direitos e a possibilidade
de aplicao do regime inicial de cumprimento da pena
diverso do fechado. (Errada)
EMENTA HABEAS CORPUS . PROCESSO PENAL.
SUBSTITUTIVO DO RECURSO CONSTITUCIONAL.
INADMISSIBILIDADE. CONSTITUIO FEDERAL, ART.
102, II, a . TRFICO DE DROGAS. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA.
SUBSTITUIO POR RESTRITIVA DE DIREITO. REAVALIAO
PELO MAGISTRADO
SENTENCIANTE.
2. O Plenrio do Supremo Tribunal Federal reputou
invlidas, para crimes de trfico de drogas, a vedao substituio da pena
privativa de liberdade por restritivas de direito e a
imposio compulsria do regime inicial fechado para
cumprimento de pena. Os julgados no reconheceram
direito automtico a esses benefcios. A questo h de ser
apreciada pelo juiz do processo luz do preenchimento, ou no,
dos requisitos legais gerais dos arts. 33 e 44 do Cdigo
Penal.( HC 113562 / SP - SO PAULO )
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. PENAL E PROCESSO
PENAL. TRFICO PRIVILEGIADO. CARTER HEDIONDO DO DELITO
NO AFASTADO. EXECUO. INADMISSIBILIDADE DE
APLICAO DOS PRAZOS PREVISTOS PARA OS CRIMES
COMUNS. 1. De acordo com a jurisprudncia consolidada deste Superior Tribunal de
Justia, a incidncia da causa de diminuio de pena
prevista no art. 33, 4, da Lei n. 11.343/2006 no
afasta o carter hediondo do crime de trfico ilcito de
entorpecentes, tendo aplicao os lapsos temporais
para a obteno de benefcios previstos na Lei n 8.072/90,
com os acrscimos feitos pela Lei n 11.464/2007. 2. Agravo
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regimental improvido. (AgRg no
REsp 1313798 / RS)
22 Considere que Lcia, maior, capaz, tenha
trabalhado por seis meses na residncia da famlia Silva, como empregada domstica,
tendo abandonado a relao laboral aps ter sofrido
agresso fsica da filha mais velha do casal, que a acusara,
injustamente, de furto. Nessa situao hipottica, por ser a
agressora do sexo feminino e estar ausente o vnculo
familiar, afasta-se a incidncia da norma da
violncia domstica familiar. (Errada)
O enunciado apresenta dois erros.
Art. 5o Para os efeitos desta Lei,
configura violncia domstica e familiar contra a mulher
qualquer ao ou omisso baseada no gnero que lhe
cause morte, leso, sofrimento fsico, sexual ou
psicolgico e dano moral ou patrimonial: I - no mbito da unidade
domstica, compreendida como o espao de convvio
permanente de pessoas, com ou sem vnculo familiar,
inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no mbito da famlia, compreendida como a
comunidade formada por indivduos que so ou se
consideram aparentados, unidos por laos naturais, por afinidade
ou por vontade expressa;
III - em qualquer relao ntima de afeto, na qual o agressor
conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente
de coabitao. Pargrafo nico. As relaes
pessoais enunciadas neste artigo independem de orientao
sexual.
Apesar de certa divergncia
doutrinria, entende-se que a mulher tambm pode ser
sujeito ativo e sofrer as consequncias da LMP.
23 A caracterizao do crime
de lavagem de dinheiro, de acordo com o que preconiza a
lei de regncia, depende da natureza patrimonial dos crimes antecedentes e da
presena do animus lucrandi.
O ECA preconiza expressamente a
responsabilidade penal do agente que adquiri, possuir
ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vdeo ou
outra forma de registro que contenha cena de sexo
explcito ou pornogrfica envolvendo criana ou
adolescente, com a possibilidade de diminuio
da pena, se for pequena a quantidade do material apreendido, e faculta ao juiz
deixar de aplicar a sano ou substitu-la, a qualquer
tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor
ou partcipe, colaborar espontaneamente com as
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autoridades, prestando
esclarecimento que conduzam apurao das
infraes penais, identificao dos autores,
coautores e partcipes, ou sua localizao. (ERRADA)
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou
armazenar, por qualquer meio, fotografia, vdeo ou outra forma
de registro que contenha cena de sexo explcito ou pornogrfica
envolvendo criana ou adolescente:
Pena recluso, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
1o A pena diminuda de 1 (um) a 2/3 (dois teros) se de pequena quantidade o material a
que se refere o caput deste artigo.
Apesar que a questo
inicialmente esteja correta, no h dispositivo
legal previsto no ECA que permita a aplicao da
delao premiada ao agente que pratica o crime previsto no art. 241-B do ECA.
24 Considere que Jlio,
agindo em legtima defesa contra Celso, atinja por erro
na execuo - aberratio ictus - Ftima, que esteja
passando pelo local no momento e que no tenha
relao com os contendores, causando-lhe leses graves.
Nessa situao hipottica, ainda que Jlio seja absolvido
penalmente, haver o dever
de reparar os danos materiais e morais causados a Ftima,
com o direito de regresso em face de Celso. (CORRETA)
No se aplica, pois, ao terceiro inocente a norma do
art. 65 do Cdigo de Processo Penal, j que, quanto a ele, a
leso apesar da absolvio do agente, no pode ser
considerada um ilcito civil. Trata-se, portanto, de uma
hiptese em que excluso da responsabilidade penal no
impede a afirmao da responsabilidade civil,
restrita claro ao terceiro inocente. (TOLEDO, Francisco
de Assis. Princpios bsicos de direito penal, p. 199.)
25 O arquivamento de Inqurito Policial formalizado
pelo Procurador- Geral de Justia, em processo
originrio ou decorrente de remessa de peas
informativas pelo juzo de primeira instncia, no se
submete ao controle jurisdicional, tampouco se sujeita a juzo de retratao,
ainda que surjam novas provas.
Carateriza-se como imprpria
a confisso judicial produzida perante autoridade judicial
incompetente para o deslinde do processo criminal em curso.
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Confisso Judicial
Imprpria: feita perante o juiz incompetente.
(http://www.furlanitraducoes.com.br/material/dir%20processual
%20penal/dir%20processual%20penal%20ii%20-
%20tolentino%202007.pdf )
26 Suponha que Fred, Mauro e Roberto sejam denunciado
por furto simples, sem qualquer liame subjetivo entre os agentes, em feitos
separados e por suposta participao em saque a um
supermercado. Nessa situao hipottica, por
disposio expresso do CPP, h necessidade
de simultaneus processusem face da presena da conexo
intersubjetiva por simultaneidade. (Correta)
Conexo intersubjetiva por
simultaneidade: nesta modalidade, ocorrem vrias infraes, praticadas ao
mesmo tempo, por vrias pessoas reunidas. Ou seja, o
vnculo entre as infraes se materializada pelo fato delas
terem sido praticadas nas mesmas circunstncias de
tempo e de espao. (TVORA, Nestor. Curso de Direito
Processual Penal, 4 ed. Editora PODIVM)
27 A autoridade policial expressamente autorizada
pelo CPP a conceder fiana nos casos de infrao para a
qual seja estipulada pena privativa de liberdade
mxima no superior a
quatro anos, devendo considerar, para determinar o
valor da fiana, a natureza da infrao, as condies
pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado,
as circunstncias indicativas de sua periculosidade, bem
como a importncia provvel das custas do processo at
final do julgamento. (CORRETA)
Art. 322. A autoridade policial somente poder conceder fiana
nos casos de infrao cuja pena privativa de liberdade mxima
no seja superior a 4 (quatro) anos.
Pargrafo nico. Nos demais casos, a fiana ser requerida ao
juiz, que decidir em 48 (quarenta e oito) horas.
Art. 326. Para determinar o valor
da fiana, a autoridade ter em considerao a natureza da
infrao, as condies pessoais de fortuna e vida pregressa do
acusado, as circunstncias indicativas de sua periculosidade,
bem como a importncia provvel das custas do processo,
at final julgamento.
28 A priso preventiva
decretada de forma autnoma,
independentemente do flagrante ou da converso
deste, deve observar as exigncias da garantia da
ordem pblica, da oream econmica, por convenincia
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da instruo criminal, ou para
assegurar a aplicao da lei penal, quando houver prova
da existncia do crime e indcio suficiente de autoria e
quando for doloso o crime punido com pena privativa de
liberdade mxima superior a quatro anos. (CORRETA)
Art. 312. A priso preventiva poder ser decretada como
garantia da ordem pblica, da ordem econmica, por
convenincia da instruo criminal, ou para assegurar a
aplicao da lei penal, quando houver prova da existncia do
crime e indcio suficiente de autoria. (Redao dada pela Lei
n 12.403, de 2011). Pargrafo nico. A priso
preventiva tambm poder ser decretada em caso de
descumprimento de qualquer das obrigaes impostas por fora de
outras medidas cautelares (art. 282, 4o). (Includo pela Lei n
12.403, de 2011).
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Cdigo, ser admitida a
decretao da priso preventiva: (Redao dada pela
Lei n 12.403, de 2011).
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade mxima superior a 4 (quatro)
anos; (Redao dada pela Lei n 12.403, de 2011).
Art. 282. As medidas cautelares
previstas neste Ttulo devero ser aplicadas observando-se
a: (Redao dada pela Lei n
12.403, de 2011).
4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigaes
impostas, o juiz, de ofcio ou mediante requerimento do
Ministrio Pblico, de seu assistente ou do querelante,
poder substituir a medida, impor outra em cumulao, ou,
em ltimo caso, decretar a priso preventiva (art. 312, pargrafo nico). (Includo pela Lei n
12.403, de 2011).
29 A atual sistemtica processual condiciona a
execuo da priso em flagrante e a lavratura do
respectivo auto ao delito imputado, que, sendo doloso, deve ser punido com pena
mxima privativa de liberdade superior a quatro
anos.
30 A existncia de ao penal, em andamento, contra
o acusado no pode ser considerada indicadora de
maus antecedentes, mas obsta a transao penal. (ERRADA)
A transao penal,
diferentemente da suspenso condicional do processo, pode
ser aplicada independentemente da
presena de maus antecedentes.
Art. 76. Havendo representao ou tratando-se de crime de ao
penal pblica incondicionada,
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no sendo caso de
arquivamento, o Ministrio Pblico poder propor a
aplicao imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a
ser especificada na proposta.
2 No se admitir a proposta se ficar comprovado:
I - ter sido o autor da infrao
condenado, pela prtica de crime, pena privativa de liberdade, por sentena
definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco
anos, pela aplicao de pena restritiva ou multa, nos termos
deste artigo;
III - no indicarem os antecedentes, a conduta social e
a personalidade do agente, bem como os motivos e as
circunstncias, ser necessria e suficiente a adoo da medida.
31 O CPP preconiza, de forma expressa, os limites da coisa
julgada, dispondo que a exceo de coisa julgada
somente poder ser oposta em relao ao fato principal
que tiver sido objeto da sentena. (Errada)
No h previso expressa
quanto aos limites da coisa julgada no CPP, mas to
somente no CPC.
Art. 469. No fazem coisa julgada:
I - os motivos, ainda que
importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da
sentena; Il - a verdade dos fatos,
estabelecida como fundamento da sentena;
III - a apreciao da questo prejudicial, decidida
incidentemente no processo.
DIREITO CONSTITUCIONAL
32 A rigidez e o controle de
constitucionalidade no se relacionam com a supremacia
da CF, mas com a compatibilidade das leis com
o texto constitucional. (ERRADA)
A rigor, o princpio da supremacia (...) considerado
como premissa para a interpretao quando o
ordenamento for encabeado por uma Constituio rgida.
Neste caso, toda interpretao normativa vai
ter como pressuposto a superioridade jurdica
e axiolgica da Constituio. Em razo da supremacia
constitucional, nenhum ato jurdico incompatvel com a
lei Maior pode ser considerado mo vlido.
(NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 5 ed. Editora Metodo.)
33 Na perspectiva moderna, o
conceito de constitucionalismo abrange,
em sua essncia a limitao
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do poder poltico e a proteo
dos direitos fundamentais. (CORRETA)
O constitucionalismo
moderno (...) revestindo-se de duas caractersticas
marcantes: organizao do Estado e limitao do poder
estatal, por meio de uma declarao de direitos e
garantias fundamentais. (CUNHA JR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional. 5 ed.
Editora PODIVM)
34 Uma das caractersticas da hermenutica constitucional
contempornea a distino entre regras e princpios;
segundo Ronald Dworkin, tal distino de natureza
lgico-argumentativa, pois somente pode ser percebida
por meio dos usos dos argumentos e razes no
mbito de cada caso concreto. (ERRADA)
35 De acordo com a classificao de Jos Afonso
da Silva, as normas constitucionais podem ser
classificadas, quanto eficcia e aplicabilidade, em
normas de eficcia plena, normas de eficcia contida e
normas de eficcia absoluta. (ERRADA)
Todavia, Jos Afonso (...).
Prope ele, pois, uma classificao trplice ou
tricotmica, que j se tornou clssica marca pela seguinte
distino: a) Normas
constitucionais de eficcia plena; b) Normas
constitucionais de eficcia contida; c) Normas
constitucionais de eficcia limitada ou reduzida. (CUNHA
JR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional. 5 ed. Editora
PODIVM)
36 De acordo com o que dispe a CF, as normas definidoras de direitos
fundamentais tm aplicao imediata, mas gradual.
Art. 5 Todos so iguais perante
a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida,
liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos
termos seguintes:
1 - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais
tm aplicao imediata.
A alimentao adequada um dos direitos sociais constitucionalmente
protegidos, devendo o poder pblico adotar as polticas e
aes que se faam necessrias para promover e
garantir a segurana alimentar e nutricional da
populao. (Correta)
Art. 6 So direitos sociais a educao, a sade, a
alimentao, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurana, a
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previdncia social, a proteo
maternidade e infncia, a assistncia aos desamparados,
na forma desta Constituio.
37 De acordo com a jurisprudncia do STF, a exigncia de diploma de
curso superior para a prtica de jornalismo compatvel
com a ordem constitucional, pois o direito liberdade de
profisso e o direito liberdade de informao no
so absolutos.
EMENTA: JORNALISMO. EXIGNCIA DE DIPLOMA DE
CURSO SUPERIOR, REGISTRADO PELO MINISTRIO DA
EDUCAO, PARA O EXERCCIO DA PROFISSO DE JORNALISTA. LIBERDADES DE PROFISSO, DE
EXPRESSO E DE INFORMAO. CONSTITUIO DE 1988 (ART.
5, IX E XIII, E ART. 220, CAPUT E 1). NO RECEPO DO ART.
4, INCISO V, DO DECRETO-LEI N 972, DE 1969.
DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR
COMO EXIGNCIA PARA O EXERCCIO DA PROFISSO DE JORNALISTA. RESTRIO
INCONSTITUCIONAL S LIBERDADES DE EXPRESSO E
DE INFORMAO. As liberdades de expresso e de informao e,
especificamente, a liberdade de imprensa, somente podem ser
restringidas pela lei em hipteses excepcionais, sempre em razo
da proteo de outros valores e interesses constitucionais
igualmente relevantes, como os direitos honra, imagem,
privacidade e personalidade em
geral. Precedente do STF: ADPF n 130, Rel. Min. Carlos Britto. A
ordem constitucional apenas admite a definio legal das
qualificaes profissionais na hiptese em que sejam elas
estabelecidas para proteger, efetivar e reforar o exerccio
profissional das liberdades de expresso e de informao por
parte dos jornalistas. Fora desse quadro, h patente inconstitucionalidade da lei. A
exigncia de diploma de curso superior para a prtica
do jornalismo - o qual, em sua essncia, o
desenvolvimento profissional das liberdades de expresso
e de informao - no est autorizada pela ordem
constitucional, pois constitui uma restrio, um
impedimento, uma verdadeira supresso do pleno,
incondicionado e efetivo exerccio da liberdade jornalstica, expressamente
proibido pelo art. 220, 1, da Constituio.
38 A DP insere-se entre as
instituies legitimadas a ingressar com ACP cujo
pedido principal seja declarao de
inconstitucionalidade de uma lei que viole o meio ambiente.
39 Consoante a
jurisprudncia do STF, admite-se o controle judicial
preventivo de constitucionalidade nos casos
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de mandado de segurana
impetrado por parlamentar com a finalidade de impedir a
tramitao de proposta de emenda constitucional
tendente a abolir clusula ptrea. (CORRETA)
Controle preventivo (...) O Poder Judicirio exerce esta
espcie de controle apenas no caso de impetrao de
mandado de segurana por Parlamentar questionando a
inobservncia do processo legislativo constitucional.
Vide STF - MS 24.642.(NOVELINO, Marcelo.
Direito Constitucional. 5 ed. Editora Metodo.)
40 A sustao pelo Poder Legislativo de atos
normativos do presidente da Repblica que exorbitem do
poder regulamentar constitui exemplo do controle de
constitucionalidade poltico preventivo (ERRADO)
Controle repressivo (tpico) se realiza aps a concluso
definitiva do processo legislativo (...) No mbito
federal, o poder legislativo exerce o controle repressivo
em mais de uma hiptese. O Congresso Nacional pode
sustar os atos do Poder Executivo que exorbitem os
limites da delegao legislativa ou do poder regulamentar (NOVELINO,
Marcelo. Direito Constitucional. 5 ed. Editora Metodo.)
41 Adotando-se a tese da
inconstitucionalidade superveniente como o fez o
STF, admite-se ao direta de inconstitucionalidade em face
de lei anterior CF. (ERRADA)
Na inconstitucionalidade superveniente o ato
elaborado em conformidade com a Constituio, mas a
posterior alterao do parmetro constitucional faz
com que se torne incompatvel com ela. (...) O
Supremo Tribunal Federal tem adotado o entendimento
de, neste caso, no se trata de inconstitucionalidade, mas
de hiptese de no recepo (NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 5 ed.
Editora Metodo.)
42 A nomeao de cnjuge da autoridade nomeante para o
exerccio de cargo em comisso no afronta os
princpios constitucionais. (ERRADA)
SMULA VINCULANTE N 13
A NOMEAO DE CNJUGE, COMPANHEIRO OU PARENTE EM
LINHA RETA, COLATERAL OU POR AFINIDADE, AT O
TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, DA AUTORIDADE NOMEANTE OU DE
SERVIDOR DA MESMA PESSOA JURDICA INVESTIDO EM CARGO
DE DIREO, CHEFIA OU ASSESSORAMENTO, PARA O
EXERCCIO DE CARGO EM COMISSO OU DE CONFIANA
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OU, AINDA, DE FUNO
GRATIFICADA NA ADMINISTRAO PBLICA
DIRETA E INDIRETA EM QUALQUER DOS PODERES DA
UNIO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS
MUNICPIOS, COMPREENDIDO O AJUSTE MEDIANTE
DESIGNAES RECPROCAS, VIOLA A CONSTITUIO
FEDERAL.
43 Como o direito
administrativo disciplina, alm da atividade do Poder
Executivo, as atividades administrativas do Poder
Judicirio e do Poder Legislativo, os princpios que
regem a administrao pblica, previstos na CF, aplicam-se aos trs poderes
da Repblica. (Correta)
Art. 37. A administrao
pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da
Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municpios obedecer aos princpios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e,
tambm, ao seguinte:
44 De acordo com o princpio
da publicidade, a administrao deve divulgar
informaes de interesse pblico, sendo o sigilo dos
atos administrativos admitidos apenas
excepcionalmente e se
imprescindvel segurana da sociedade e do Estado.
Art. 5 Todos so iguais perante
a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a
inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade,
segurana e propriedade, nos termos seguintes:
XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos pblicos
informaes de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do
Estado;(Regulamento)
45 De acordo com a
jurisprudncia consolidada do STF, a responsabilidade
objetiva do Estado aplica-se a todos os atos do Poder
Judicirio. (ERRADA)
ADMINISTRATIVO.
CONSTITUCIONAL. AO CIVIL PBLICA. RESPONSABILIDADE
CIVIL DO ESTADO. DANOS MORAIS. "CASO MALATHION".
PRESCRIO. NEXO DE CAUSALIDADE. NORMAS TCNICAS DE SEGURANA.
RESPONSABILIDADE SOLIDRIA. IMPUGNAO GENRICA.
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REVISO DE FATOS E PROVAS.
SMULA 7/STJ. QUANTIFICAO DOS DANOS MORAIS NO
EXCESSIVA OU IRRISRIA. AUSNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. RECURSO NO
CONHECIDO. 5. Ordinariamente, a responsabilidade civil do
Estado, por omisso, subjetiva ou por culpa;
regime comum ou geral esse que, assentado no art. 37 da Constituio Federal,
enfrenta duas excees principais. Primeiro, quando a
responsabilizao objetiva do ente pblico decorre de
expressa previso legal, em microssistema especial.
Segundo, quando as circunstncias indicam a
presena de standard ou dever de ao estatal mais
rigoroso do que aquele que jorra, segundo a
interpretao doutrinria e jurisprudencial, do texto constitucional, precisamente
a hiptese da salvaguarda da sade pblica.
46 A responsabilidade civil da
administrao pblica por atos comissivos objetiva,
embasada na teoria do risco administrativo, isto ,
independe da comprovao da culpa. (CORRETA)
ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO.
ACIDENTE AUTOMOBILSTICO.
COLISO. VIATURA DA
POLCIA CIVIL. TEORIA DO
RISCO ADMINISTRATIVO. INTELIGNCIA DO ART. 37,
6o., DA CONSTITUIO FEDERAL.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO.
CONDUTA E NEXO CAUSAL EVIDENCIADOS. INTENSO
SOFRIMENTO COMBINADO COM PERDA DE MEMBRO INFERIOR
DIREITO. ACRDO COM FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS.
INEXISTNCIA DE RECURSO EXTRAORDINRIO. SMULA
126/STJ. APRECIAO DO VALOR DA INDENIZAO
FIXADA. INCIDNCIA DA SMULA 7/STJ. AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. inadmissvel Recurso Especial,
quando o acrdo recorrido est assentado em fundamentos
constitucional e infraconstitucional, qualquer
deles suficiente, por si s, para mant-lo, e a parte vencida no manifesta Recurso Extraordinrio
- Smula 126/STJ. 2. Ademais, perquirir o valor dos danos
morais e materiais fixados nas instncias anteriores implica o
reexame das provas e fatos colhidos, no podendo ser
reapreciado em sede de recurso especial, tendo em vista a
circunstncia obstativa disposta na Smula 7 desta Corte. 3.
Agravo Regimental do ESTADO DA PARABA desprovido (AgRg
no AREsp 157715 / PB)
47 A investidura em cargo ou
emprego pblico, incluindo-se os cargos em comisso,
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depende, de acordo com
disposio expressa da CF, a aprovao prvia em
concurso pblica de provas ou provas e ttulos. (ERRADA)
Art. 37. A administrao pblica
direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos
princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e,
tambm, ao seguinte:
II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de
aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e
ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes
para cargo em comisso declarado em lei de livre
nomeao e exonerao;
47 Em decorrncia de
expressa vedao legal, os membros da DP no podem
ser remunerados por subsdio, j que o
recebimento desse tipo de remunerao violaria o
regime jurdico-administrativo aplicvel
instituio.
Seo III
DA ADVOCACIA E DA DEFENSORIA PBLICA
Art. 134. A Defensoria Pblica
instituio essencial funo
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientao
jurdica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na
forma do art. 5, LXXIV.)
Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras
disciplinadas nas Sees II e III deste Captulo sero
remunerados na forma do art. 39, 4. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de
1998)
Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios
instituiro, no mbito de sua competncia, regime jurdico
nico e planos de carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e
das fundaes pblicas. (Vide ADIN n 2.135-4)
4 O membro de Poder, o
detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os
Secretrios Estaduais e Municipais seroremunerados
exclusivamente por subsdio fixado em parcela nica,
vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono,
prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Includo pela Emenda
Constitucional n 19, de 1998)
Questes CESPE - Direitos Humanos
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48 A Declarao Universal de Direitos Humanos reconhece
o princpio da unicidade sindical. (Errado)
Artigo XXIII
4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles
ingressar para proteo de seus interesses.
49 A Declarao Universal de
Direitos Humanos no dispe expressamente sobre o
direito ao casamento, mas assegura-o indiretamente ao
proteger a famlia. (Errado)
Artigo XVI
1. Os homens e mulheres de
maior idade, sem qualquer restrio de raa, nacionalidade
ou religio, tm o direito de contrair matrimnio e fundar
uma famlia. Gozam de iguais direitos em relao ao
casamento, sua durao e sua dissoluo.
50 A respeito da Declarao
Universal de Direitos Humanos (DUDH), julgue os
itens que se seguem. Toda pessoa vtima de perseguio tem o direito de procurar e de
gozar asilo em outros pases, mesmo em caso de
perseguio legitimamente motivada por crime de direito
comum ou por ato contrrio
aos propsitos e princpios das Naes Unidas.
(ERRADO)
Artigo XIV
1.Toda pessoa, vtima de
perseguio, tem o direito de
procurar e de gozar asilo em
outros pases.
2. Este direito no pode ser
invocado em caso de perseguio
legitimamente motivada por
crimes de direito comum ou por
atos contrrios aos propsitos e
princpios das Naes Unidas.
51 A respeito da Declarao Universal de Direitos
Humanos (DUDH), julgue os itens que se seguem.Toda
pessoa tem direito liberdade de opinio e
expresso. Esse direito inclui a liberdade de, sem
interferncia, ter opinies e de procurar, receber e transmitir informaes e
ideias por quaisquer meios e independentemente de
fronteiras. (CORRETO)
Artigo XIX
Toda pessoa tem direito liberdade de opinio e
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expresso; este direito inclui a
liberdade de, sem interferncia, ter opinies e de procurar,
receber e transmitir informaes e idias por quaisquer meios e
independentemente de fronteiras.
52 A respeito da Declarao
Universal de Direitos Humanos (DUDH), julgue os
itens que se seguem. Segundo a DUDH,
ningum poder ser culpado por ao ou omisso que, no
momento da sua prtica, no constitua delito perante o
direito nacional ou internacional. (CORRETO)
Artigo XI
2. Ningum poder ser culpado por qualquer ao ou omisso
que, no momento, no constituam delito perante o direito nacional ou
internacional.Tampouco ser imposta pena mais forte do que
aquela que, no momento da prtica, era aplicvel ao ato
delituoso.
53 AGU - 2012 - CESPE - Com base na jurisprudncia dos tribunais superiores e na
legislao de regncia, julgue os prximos itens, relativos a
agentes pblicos.
Conforme o disposto na Lei n. 8.112/1990, a
instaurao de PAD interrompe a prescrio at a
deciso final, a ser proferida
pela autoridade competente; conforme entendimento do
STF, no sendo o PAD concludo em cento e
quarenta dias, o prazo prescricional volta a ser
contado em sua integralidade. (Correto)
Art. 142. A ao disciplinar
prescrever: 1o O prazo de
prescrio comea a correr da data em que o fato se tornou
conhecido.
2o Os prazos de prescrio previstos na lei penal
aplicam-se s infraes disciplinares capituladas
tambm como crime. 3o A abertura de
sindicncia ou a instaurao de processo disciplinar
interrompe a prescrio, at a deciso final proferida por
autoridade competente. 4o Interrompido o curso
da prescrio, o prazo comear a correr a partir do
dia em que cessar a
interrupo.
PRESCRIO - PROCESSO
ADMINISTRATIVO - INTERRUPO. A interrupo
prevista no 3 do artigo 142 da Lei n 8.112, de 11
de dezembro de 1990, cessa
uma vez ultrapassado o perodo de 140 dias alusivo
concluso do processo disciplinar e imposio de
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pena - artigos 152 e 167 da
referida Lei - voltando a ter curso, na integralidade, o
prazo prescricional. Precedente: Mandado de
Segurana n 22.728-1/PR,
Pleno, Relator Ministro Moreira Alves, acrdo publicado no
Dirio da Justia de 13 de novembro de 1998.(RMS
23436, MARCO AURLIO, STF)
Trfico de Drogas -
Crime Hediondo - Internao de Adolescente
54 CESPE - 2009 - DPE/AL - O
MP ofereceu representao contra um adolescente pela
suposta prtica de ato infracional anlogo ao crime
de trfico de drogas, sendo a defesa do adolescente prestada por DP.
Aps instruo processual e apresentao das alegaes
finais pelas partes, foi prolatada sentena, sendo
aplicada ao adolescente a medida socioeducativa de
liberdade assistida pelo prazo mnimo de seis meses.
Considerando essa situao hipottica, julgue os itens a
seguir.
55 Comprovada a autoria e a materialidade do ato
infracional, por se tratar de ato hediondo,
necessariamente, deve ser
aplicada a esse adolescente a
medida socioeducativa de internao por prazo
indeterminado. (ERRADA)
Art. 121. A internao constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princpios
de brevidade, excepcionalidade e respeito condio peculiar de
pessoa em desenvolvimento.
Art. 122. A medida de internao s poder ser
aplicada quando: I - tratar-se de ato
infracional cometido
mediante grave ameaa ou violncia a pessoa;
II - por reiterao no cometimento de outras infraes
graves; III - por descumprimento
reiterado e injustificvel da medida anteriormente imposta.
PROCESSO PENAL. HABEAS
CORPUS . ESTATUTO DA
CRIANA E DO ADOLESCENTE.
MEDIDA DE INTERNAO POR
PRAZO INDETERMINADO.
ARTIGO 122 DO ECA. 1. A
medida de internao deve ser
aplicada levando-se em conta as
balizas estabelecidas em rol
taxativo pelo artigo 122 do
Estatuto da Criana e do
Adolescente. 2. Em princpio, o
cometimento do ato
equiparado ao crime de
trfico de entorpecentes e
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porte de arma no autoriza o
internamento do menor
infrator. 3. Habeas corpus
concedido. (STJ - HC 29.568 - RJ
- Proc. 2003/0134087-7 - 6 T. -
Rel. Min. Paulo Gallotti - DJ
29.06.2009)
Smula 492 STJ -O ato
infracional anlogo ao trfico de drogas, por si s,
no conduz obrigatoriamente imposio de medida socioeducativa de internao
do adolescente.
Crimes funcionais - Defesa preliminar - Indispensabilidade 56 CESPE - TCE-BA No obstante a existncia de
entendimento sumulado do STJ no sentido de que, na
ao penal instruda por inqurito policial,
desnecessria a resposta preliminar de que trata o art.
514 do Cdigo de Processo Penal, h precedentes do STF
que flexibilizam tal enunciado. Nesse sentido,
segundo a atual jurisprudncia da Corte
Suprema, para o caso de crimes funcionais tpicos
afianveis, a defesa preliminar indispensvel mesmo quando a denncia
lastreada em inqurito policial.(CORRETA)
EMENTA: HABEAS CORPUS.
PROCESSUAL PENAL.
NECESSIDADE DE DEFESA PRVIA. ART. 514 DO CPP.
DENNCIA QUE IMPUTA AO PACIENTE, ALM DE CRIMES
FUNCIONAIS, CRIMES DE QUADRILHA E DE USURPAO
DE FUNO PBLICA. PROCEDIMENTO RESTRITO AOS
CRIMES FUNCIONAIS TPICOS. ORDEM DENEGADA. I - A partir
do julgamento do HC 85.779/RJ, passou-se a entender, nesta Corte, que
indispensvel a defesa preliminar nas hipteses do
art. 514 do Cdigo de Processo Penal, mesmo
quando a denncia lastreada em inqurito
policial (Informativo 457/STF). II - O procedimento
previsto no referido dispositivo da lei adjetiva penal cinge-se s
hipteses em que a denncia veicula crimes funcionais tpicos,
o que no ocorre na espcie. Precedentes. III - Habeas corpus denegado. (HC 95969 / SP - SO
PAULO)
Art. 513 do CPP. Os crimes de responsabilidade dos
funcionrios pblicos, cujo processo e julgamento
competiro aos juzes de direito, a queixa ou a denncia ser
instruda com documentos ou justificao que faam presumir
a existncia do delito ou com declarao fundamentada da
impossibilidade de apresentao de qualquer dessas provas.
Art. 514. Nos crimes afianveis, estando a
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denncia ou queixa em
devida forma, o juiz mandar autu-la e ordenar a
notificao do acusado, para responder por escrito, dentro
do prazo de quinze dias.
Art. 323. No ser concedida fiana (crimes inafianveis)
I - nos crimes de racismo; II - nos crimes de tortura,
trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins,
terrorismo e nos definidos como crimes hediondos;
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrtico;
Smula 330 do STJ:
desnecessria a resposta preliminar de que trata o
artigo 514 do Cdigo de Processo Penal, na ao
penal instruda por inqurito policial.