PERS - Orientações

Embed Size (px)

Citation preview

  • MINISTRIO DO MEIO AMBIENTESECRETARIA DE RECURSOS HDRICOS E AMBIENTE URBANO

    SRHU/MMA

    PLANOS ESTADUAIS DE RESDUOS SLIDOS ORIENTAES GERAIS

    Verso Junho / 2011

    Braslia DF2011

  • Sumrio1. INTRODUO................................................................................................................................12. PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE ELABORAO DO PERS ..........................................23. CONTEDO MNIMO DO PERS..................................................................................................2

    3.1 Projeto de Mobilizao Social e Divulgao............................................................................3 3.2 Panorama dos resduos slidos na UF......................................................................................5

    3.2.1 Diagnstico da gesto dos resduos slidos......................................................................5 3.2.2 Caracterizao socioeconmica e ambiental da UF..........................................................6 3.2.3 Atividades Geradoras de Resduos Slidos ......................................................................6 3.2.4 Situao dos resduos slidos...........................................................................................7

    i) Resduos Slidos Urbanos RSU......................................................................................7 ii) Resduos dos servios pblicos de saneamento bsico.....................................................8 iii) Resduos industriais.........................................................................................................9 iv) Resduos de servios de sade - RSS.............................................................................10 v) Resduos da construo e demolio - RCD...................................................................10 vi) Resduos agrossilvopastoris ..........................................................................................11 vii) Resduos de servios de transportes..............................................................................11 viii) Resduos de minerao ...............................................................................................11

    3.2.5 reas degradadas em razo de disposio inadequada de resduos slidos ou rejeitos ereas rfs.................................................................................................................................12

    3.3 Estudo de Regionalizao e Proposio de Arranjos Intermunicipais ...................................12 3.3.1 reas potencialmente favorveis para a destinao ambientalmente adequada deresduos slidos ........................................................................................................................12 3.3.2 Critrios de agregao de municpios para a identificao dos arranjos........................14

    3.4 Estudos de prospeco e escolha do cenrio de referncia.....................................................14 3.5 Diretrizes e estratgias do PERS............................................................................................15 3.6 Metas, Programas, Projetos e Aes para a gesto dos resduos slidos................................16 3.7 Investimentos necessrios e fontes de recursos financeiros...................................................17 3.8 Sistemtica de acompanhamento, controle e avaliao da implementao do PERS............17

    4. DOCUMENTOS E NORMAS APLICVEIS...............................................................................19 4.1 Documentos disponveis no stio eletrnico do MMA...........................................................19 4.2 Documentos disponveis nas dependncias do MMA...........................................................19 4.3 Documentos Disponveis em Outros rgos..........................................................................19 4.4 Normas Aplicveis aos resduos slidos.................................................................................21

    4.4.1 Leis.................................................................................................................................21 4.4.2 Decretos.........................................................................................................................22 4.4.3 Portarias.........................................................................................................................23 4.4.4 Resolues.....................................................................................................................23 4.4.5 Normas Tcnicas............................................................................................................24

    ANEXO I - ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE TRABALHO DO PERS............25

  • LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    APP rea de Preservao PermanenteABNT Associao Brasileira de Normas TcnicasANA Agncia Nacional de guasASPP Aterro Sanitrio de Pequeno PorteATT rea de Triagem e TransbordoA3P Agenda Ambiental na Administrao PblicaBDI Benefcios e Despesas Indiretas CAT Comunicao de Acidente de Trabalho CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente CF Constituio FederalDAU Departamento de Ambiente UrbanoETE Estao de Tratamento de EsgotoGT Grupo de Trabalho LEV Locais de Entrega Voluntria MMA Ministrio do Meio AmbienteMP Ministrio Pblico NBR Norma Brasileira RegistradaONG Organizao No GovernamentalPACS Programa de Agentes Comunitrios da SadePEAMSS Programa de Educao Ambiental e Mobilizao Social em SaneamentoPERS Plano Estadual de Resduos SlidosPEV Ponto de Entrega VoluntriaPMS Projeto de Mobilizao Social e DivulgaoPNAD Pesquisa Nacional por Amostra de DomicliosPNM Plano Nacional de MineraoPNMC- Plano Nacional sobre Mudana do ClimaPNSB Pesquisa Nacional de Saneamento BsicoPNRS Poltica Nacional de Resduos Slidos PPA Plano Plurianual PSF Programa Sade da FamliaRCD Resduos da Construo e de DemolioRSS Resduos de Servios de SadeRSU Resduos Slidos UrbanosSNIRH Sistema Nacional de Informao de Recursos Hdricos

  • SIAB Sistema de Informao da Ateno BsicaSICONV Sistema de Convnios e Contratos de RepasseSINIR Sistema Nacional de Informaes sobre a Gesto dos Resduos SlidosSNIS Sistema Nacional de Informaes sobre SaneamentoSISAGUA Sistema Nacional de Informao de Vigilncia da Qualidade da gua para Consumo

    HumanoSISNAMA Sistema Nacional do Meio AmbienteSINISA Sistema Nacional de Informaes em Saneamento BsicoSNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservao SNVS Sistema Nacional de Vigilncia SanitriaSRHU Secretaria de Recursos Hdricos e Ambiente UrbanoSUASA Sistema Unificado de Ateno Sanidade AgropecuriaTR Termo de Referncia UF Unidade FederativaZEE Zoneamento Ecolgico-Econmico

  • 1. INTRODUO

    A elaborao do Plano Estadual de Resduos Slidos - PERS, nos termos previstos no art.16da Lei n 12.305/2010, condio para os Estados terem acesso a recursos da Unio, a partir de 2de agosto de 2012, destinados a empreendimentos e servios relacionados gesto de resduosslidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais decrdito ou fomento para tal finalidade.

    O PERS parte de um processo que objetiva provocar uma gradual mudana de atitudes ehbitos na sociedade brasileira cujo foco vai desde a gerao at a destinao final dos resduos.Portanto, o plano vai alm da finalizao de um documento, pois corresponde a todo um processoque parte da elaborao, implementao, acompanhamento e vai at a sua reviso.

    O PERS dever abranger todo o territrio do Estado, para um horizonte de vinte anos comrevises a cada 4 (quatro) anos, observando o contedo mnimo definido pelo art. 17 da Lei n12.305/2010. Alm disso, o PERS deve estar em consonncia com os objetivos e as diretrizes dosplanos plurianuais (PPA), com os planos de saneamento bsico, com a legislao ambiental, desade e de educao ambiental, dentre outras.

    Dessa forma, o PERS deve ser compatvel e integrado s demais polticas, planos edisciplinamentos do estado relacionados gesto do territrio, visando:

    a proteo da sade pblica e da qualidade ambiental; a no gerao, reduo, reutilizao, reciclagem e tratamento de resduos slidos, bem como

    disposio final ambientalmente adequada dos rejeitos; o estmulo adoo de padres sustentveis de produo e consumo de bens e servios; o incentivo industria da reciclagem; a gesto integrada de resduos slidos; a capacitao tcnica continuada em gesto de resduos slidos; a integrao de catadores de materiais reciclveis nas aes que envolvam a

    responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, conforme art. 7 da PolticaNacional de Resduos Slidos.O Plano constitui um instrumento que permite ao estado programar e executar as atividades

    capazes de transformar a situao atual (no caso, da gesto dos resduos slidos sem o plano) para acondio esperada e manifesta pela populao e vivel pelo Poder Pblico, convertida em melhoriase avanos no sentido de aumentar a eficcia e a efetividade da gesto de resduos. O PERS apontacaminhos, orienta investimentos, como tambm subsidia e define diretrizes para os planos dasregies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregionais, bem como para os planosmunicipais de gesto integrada e para os planos de gerenciamento dos grandes geradores deresduos.

    A gesto adequada dos resduos slidos, objetivo maior do PERS, pressupe a EducaoAmbiental, a coleta seletiva, o estmulo comercializao de materiais reciclveis, a compostagem,a incluso de catadores e a adoo de sistema ambientalmente adequado para a disposio final derejeitos.

    O processo de elaborao do PERS deve assegurar a efetiva participao e o controle socialnas fases de formulao e acompanhamento da implantao da poltica estadual de resduosslidos, bem como na avaliao da consecuo das metas do Plano.

    1

  • 2. PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE ELABORAO DO PERS

    Dentre os requisitos sugeridos por parte da SRHU/MMA visando garantir ainstitucionalizao do PERS pelo Governo Estadual, destaca-se a constituio de um Grupo deTrabalho - GT, responsvel pela coordenao da elaborao do PERS.

    Recomenda-se que o GT seja nomeado e integrado por representantes (gestores ou tcnicos)das instituies do Poder Pblico estadual, federal e municipal relacionadas com a gesto dosresduos slidos, podendo ainda ser integrado por representantes dos Conselhos de Meio Ambiente,de Sade e de Saneamento Bsico ou Desenvolvimento Urbano, representantes das Associaes deMunicpios e de organizaes da sociedade civil (entidades profissionais, sindicais, empresariais,movimentos sociais e ONG, comunidade acadmica) e convidados.

    O Grupo de Trabalho ser responsvel pela coordenao da elaborao do PERS e dever: coordenar a elaborao e aprovar o Projeto de Mobilizao Social; avaliar periodicamente o trabalho produzido; sugerir alternativas, do ponto de vista de viabilidade tcnica, operacional, financeira e

    ambiental, buscando promover as aes integradas de gesto de resduos slidos; deliberar sobre as estratgias e mecanismos que assegurem a implementao do PERS; analisar e aprovar os produtos da consultoria contratada.

    3. CONTEDO MNIMO DO PERS

    O PERS poder ter a seguinte estrutura:

    1. Projeto de mobilizao social e divulgao2. Panorama dos resduos slidos no estado

    a) Diagnstico da gesto dos resduos slidos b) Caracterizao socioeconmica e ambiental do estadoc) Atividades geradoras de resduos slidos d) Situao dos resduos slidose) reas degradadas em razo de disposio inadequada de resduos slidos ou rejeitos e reas rfs

    3.Estudo de regionalizao e proposio de arranjos intermunicipais a) reas potencialmente favorveis para a destinao ambientalmente adequada de resduos slidosb) Critrios de agregao de municpios para a identificao dos arranjos

    4. Estudos de prospeco e escolha do cenrio de referncia5. Diretrizes e estratgias para a implementao do PERS6. Metas para a gesto dos resduos slidos7. Programas, projetos e aes8. Investimentos necessrios e fontes de financiamento9. Sistemtica de acompanhamento, controle e avaliao da implementao do PERS

    2

  • 3.1 Projeto de Mobilizao Social e DivulgaoA elaborao do Plano Estadual de Resduos Slidos PERS requer a formatao de um

    modelo de planejamento participativo e de carter permanente. A participao e o envolvimento dasociedade deve ocorrer ao longo de todo o perodo de elaborao do Plano.

    A participao social instrumento de avaliao da eficcia da gesto e da melhoriacontnua das polticas e servios pblicos por parte da populao. Pressupe a convergncia depropsitos, a resoluo de conflitos, o aperfeioamento da convivncia social e a transparncia dosprocessos decisrios com foco no interesse da coletividade. Assim, o Projeto de Mobilizao Sociale Divulgao - PMS deve definir a metodologia, mecanismos e procedimentos que permitamsensibilizar o maior nmero de atores para o trabalho a ser realizado, mobilizando-os paracontribuir e se co-responsabilizar pelo processo.

    Dentre as modalidades de participao e controle social destacam-se as audincias pblicas,consultas, participao em conferncias, grupos de trabalho, comits, conselhos, ou outro meio quepossibilite a expresso e debate de opinies individuais ou coletivas.

    O conhecimento pleno das informaes que geralmente no esto disponveis nas fontesconvencionais de dados uma das condies principais para proporcionar a participao social.Para tanto, devem ser previstos mecanismos de disponibilizao, repasse e facilitao do acesso eentendimento das informaes para que a sociedade possa contribuir e fazer suas escolhas durante eaps a elaborao do PERS.

    A participao da populao no se limita, entretanto, obteno de informaes. parte doexerccio da cidadania, um dos fundamentos do estado democrtico de direito. Permite oposicionamento da sociedade sobre as polticas pblicas, a socializao de experincias e o debatede ideias. Nesse sentido, o PMS deve garantir sociedade acesso s informaes, representaotcnica e participao no processo da formulao da poltica, do planejamento e doacompanhamento da gesto de resduos slidos.

    Para a concretizao destes requisitos o programa de comunicao social dever conter osseguintes objetivos:

    Divulgar amplamente o processo, as formas e canais de participao e informar os objetivose desafios do PERS;

    Disponibilizar as informaes necessrias participao qualificada da sociedade nas fasesdecisrias do Plano;

    Estimular os segmentos sociais a participarem do processo de planejamento,acompanhamento e fiscalizao das aes previstas.O PMS contm a programao detalhada e o cronograma das principais atividades, tais

    como:

    identificao de atores sociais envolvidos no processo de elaborao do PERS; divulgao da elaborao do PERS junto comunidade, tanto rural como urbana; definio da estratgia de divulgao, disponibilizao dos contedos e demais

    informaes pertinentes e respectivos meios de comunicao local; capacitao dos atores interessados; realizao dos eventos visando a identificao e discusso da realidade atual dos

    resduos slidos na UF(diagnstico); definio da metodologia das plenrias, utilizando dinmica e instrumentos didticos

    com linguagem apropriada.O PMS parte da identificao da existncia de interesses mltiplos e de reas conflitantes e

    3

  • se inicia com a identificao de atores ou segmentos sociais estratgicos atuantes na rea deResduos Slidos na UF que podero auxiliar na implementao dos programas, projetos e aes doPERS.

    Na etapa do diagnstico, a mobilizao social dever captar a percepo da sociedade sobreo grau de eficincia do poder pblico para o atendimento adequado da populao, nos eventos desensibilizao nos municpios. O Grupo de Trabalho dever acompanhar a sistematizao econsolidao das informaes levantadas com a finalidade de discutir as propostas de junto sociedade por meio de nova mobilizao social.

    Durante e aps a realizao das etapas de diagnstico, proposio de intervenes, validaoe divulgao do PERS, os eventos devero ser acompanhados e avaliados, de modo a identificar opercentual da rea da UF diagnosticada, bem como a quantidade e a representatividade dos atores esegmentos sociais participantes dos eventos. A efetiva participao social pressupe o envolvimentodos vrios atores sociais e segmentos intervenientes, buscando a convergncia dos mltiplos anseiosem torno de consensos no interesse da sociedade: sociedade civil organizada, escolas, gestorespblicos, universidades, centros de pesquisa e escolas tcnicas, movimentos sociais, parlamentares,tcnicos, agentes comunitrios, setor privado, mdia entre outros.

    recomendvel ao mesmo tempo a busca de cooperao com outros processos locais demobilizao e ao para assuntos de interesse convergente com a gesto de resduos slidos taiscomo: Agenda 21 local, Coletivos Educadores Ambientais, Conselho Estadual de Meio Ambiente,Conselhos Comunitrios e Cmaras Tcnicas de Comits de Bacia Hidrogrfica.

    A participao social no processo de elaborao do PERS ocorre a partir da mobilizaosocial e inclui divulgao de estudos e propostas e a discusso de problemas, alternativas e soluesrelativas gesto de resduos slidos, alm da capacitao para a participao em todas as etapas doprocesso.

    O PMS contempla os objetivos, metas e atividades da mobilizao, cronogramas e principaisatividades a serem desenvolvidas nas seguintes etapas:

    Diagnstico participativo; Propostas de intervenes; Apresentao das proposies e validao do PERS; Divulgao do PERS.

    Destacam-se dois momentos da participao e do controle social no processo de elaboraodo PERS: a validao do Panorama dos Resduos Slidos no Estado e do Estudo de Regionalizao,e a validao da verso final do Plano Estadual de Resduos Slidos. Ambas etapas devero serexecutadas em conformidade como Projeto de Mobilizao Social e Divulgao, por intermdio deoficinas regionais de modo a abranger a totalidade dos municpios do estado.

    A consolidao das contribuies obtidas durante os eventos para a validao da verso finaldo PERS resultar na proposta de plano que poder ser encaminhada por meio de Projeto de Lei Assembleia Legislativa.

    Aps a aprovao da Proposta do PERS, inicia-se a etapa de ampla divulgao do Plano,podendo ser realizada por meio de um Seminrio Estadual, de modo a envolver e preparar todos osatores para sua implementao.

    4

  • 3.2 Panorama dos resduos slidos na UF

    3.2.1 Diagnstico da gesto dos resduos slidos

    O diagnstico a base orientadora dos prognsticos do Plano, da proposio de cenrios, dadefinio de diretrizes e metas e do detalhamento de seus programas, projetos e aes.

    A anlise situacional requer o levantamento de informaes bsicas relevantes acerca dosresduos slidos em escala estadual, incluindo as reas urbana e rural. As informaes obtidasdevero ser organizadas e armazenadas em banco de dados, instrumento fundamental para auxiliar oacompanhamento da implementao do PERS e a tomada de decises.

    Conforme a disponibilidade das fontes de dados e necessidade de informaes paradimensionar e caracterizar os investimentos necessrios para uma eficaz gesto dos resduosslidos, recomendvel a realizao de ampla pesquisa de dados secundrios disponveis eminstituies governamentais (municipais, estaduais e federais) e no governamentais.

    As informaes necessrias para a elaborao do diagnstico podero compreender dadossecundrios e primrios (gerados por exemplo em inspees locais) referentes gerao,caracterizao dos resduos slidos (quanto origem, periculosidade, gravimetria), destinao edisposio final, reas degradadas em razo de disposio inadequada de resduos slidos ourejeitos), identificao dos principais fluxos de resduos na UF e impactos socioeconmicos eambientais, bem como projetos e programas existentes.

    recomendvel que as informaes socioeconmicas, fsico-territoriais e ambientaisdisponveis sobre o estado e seus municpios tambm sejam apresentadas em forma de mapas.

    Durante o levantamento das informaes imprescindvel citar as fontes dos dadosempregados, ressaltando eventuais falhas e limitaes que, de algum modo, determinemsimplificaes e influenciem os resultados das anlises. Assim, pode-se prever aes que consigam,em um futuro prximo, sanar a carncia de informaes e permitir uma reviso do Plano.

    Integra esta etapa o levantamento das normas e da legislao em vigor sobre resduosslidos em nvel estadual, em que so identificadas as leis, decretos, cdigos, polticas, resolues eoutras em vigor no estado relacionadas direta ou indiretamente com resduos slidos, destacando osprincipais aspectos institucionais, sociais, ambientais e econmicos e sua adequao legislaonacional ou federal, bem como a existncia de poltica estadual, regional e municipal, quandohouver.

    necessrio proceder ao levantamento e anlise dos estudos, programas, projetos e aes,de abrangncia intermunicipal, previstos ou em execuo no estado que mantenham interface ouque sejam considerados relevantes direta ou indiretamente para a gesto dos resduos slidos. Trata-se de proceder ao levantamento dos instrumentos de planejamento territorial e demais planos eestudos que possam ter rebatimento com a questo da gerao, destinao e disposio final deresduos slidos.

    Alm do levantamento de estudos de regionalizao existentes, tais como: ZoneamentoEcolgico-Econmico, Plano Estadual de Recursos Hdricos e Planos de Bacias Hidrogrficas,Avaliaes Ambientais Estratgicas, Zoneamento Costeiro (quando for o caso), esta etapa visamapear as reas do estado reguladas por legislao especfica, tais como Unidades de Conservao,reas Indgenas, reas de Fronteira e outras. Inclui-se aqui as informaes referentes a reas dePreservao Permanente - APP, reas de fragilidade ou vulnerveis sujeitas inundao oudeslizamento.

    5

  • 3.2.2 Caracterizao socioeconmica e ambiental da UF

    Este item deve apresentar uma anlise acerca dos principais aspectos sociais, econmicos eambientais que caracterizam o estado, tais como: formas e etapas de ocupao e organizaoterritorial, o uso e ocupao atual do solo e dos recursos naturais e dos recursos hdricos, suasespecificidades, vocaes e seu papel na economia regional e no conjunto das demais Unidades daFederao.

    Inclui uma anlise demogrfica das reas urbana e rural, estratificada por renda, gnero,faixa etria e densidade, alm da projeo do crescimento populacional nos horizontes de tempo doPlano. Os dados demogrficos serviro para uma estimativa da gerao de resduos slidos noEstado.

    Destaque deve ser dado caracterizao das bacias hidrogrficas de rios de domnio doestado, se possvel, indicando o grau de comprometimento da qualidade dos recursos hdricos, aexistncia de comits de bacia atuantes, implantao dos instrumentos da poltica de recursoshdricos tais como enquadramento e outorga, bem como o mapeamento dos principais mananciais ereas de recarga de aquferos. A caracterizao da situao dos recursos hdricos fundamental pelaestreita interdependncia com os resduos slidos e contribui para relacionar a disposioinadequada dos resduos slidos com a reduo da disponibilidade hdrica e a extenso e gravidadedos danos ao meio ambiente.

    A caracterizao dos resduos slidos no Estado permitir agregar informaes relevantespara a definio das tecnologias a serem utilizadas de acordo com modelos de gesto adequados eeficientes.

    O resultado desta etapa a produo de um mapeamento em escala compatvel que permitacaracterizar os principais fluxos de resduos no Estado e seus impactos socioeconmicos eambientais.

    Este mapeamento dever servir tambm para: a proposio de zonas favorveis para a localizao de unidades de manejo de resduos

    slidos ou de disposio de rejeitos; a localizao das reas degradadas em razo da disposio inadequada de resduos

    slidos ou rejeitos a serem objeto de recuperao ambiental (passivos ambientais); e a localizao de reas rfs a serem objeto de descontaminao.

    3.2.3 Atividades Geradoras de Resduos Slidos

    Consiste no levantamento, avaliao e mapeamento dos empreendimentos ou atividadessignificativos sob o ponto de vista de abrangncia (quando a rea ocupada pela atividade envolvemais de um municpio) ou cuja expresso na economia estadual relevante ou, ainda, quando oimpacto ambiental decorrente extrapola o mbito local ou municipal de acordo com as vocaeseconmicas do Estado, apresentando o contexto atual (inclusive sobre as condies dolicenciamento ambiental desses empreendimentos), limitaes ou fatores de expanso e projeesdas atividades produtivas por setor.

    O objetivo deste levantamento identificar os principais geradores de resduos slidosquanto origem (urbanos, comerciais e prestadores de servios, resduos dos servios pblicos de

    6

  • saneamento bsico, industriais, resduos de servios de sade, da construo civil,agrossilvopastoris, resduos de servios de transportes e de minerao) e quanto periculosidade(perigosos e no perigosos).

    3.2.4 Situao dos resduos slidos

    A Lei n 12.305/10 classifica os resduos segundo a origem e segundo a periculosidade.Quanto origem, podem ser: resduos slidos urbanos (que englobam os domiciliares e os delimpeza urbana); gerados por estabelecimentos comerciais e prestadores de servios; gerados pelosservios de saneamento bsico; industriais; de servios de sade; da construo civil; originados dasatividades agrossilvopastoris; dos servios de transporte e os originados das atividades deminerao. Quanto periculosidade, a Lei n 12.305/10 classifica os resduos em perigosos e noperigosos.

    Uma das formas de classificao dos resduos pode ser por gerao (por tipologia, por etapado processo produtivo e por periculosidade) e por destinao final (por tipologia, por etapa doprocesso produtivo e por periculosidade).

    O diagnstico dever retratar a situao dos resduos slidos podendo observar essaclassificao, com nfase para aqueles resduos que mais repercusso apresentam no estado.

    i) Resduos Slidos Urbanos RSUOs resduos slidos urbanos englobam os resduos domiciliares, originrios de atividades

    domsticas em residncias urbanas e os resduos de limpeza urbana originrios da varrio, limpezade logradouros e vias pblicas e outros servios de limpeza urbana.

    Ressalta-se que o servio pblico de limpeza urbana e manejo de resduos slidos, que fazparte do conjunto de servios do saneamento bsico, obedece s diretrizes nacionais para osaneamento bsico e a poltica federal de saneamento bsico contidas na Lei n 11.445/07 e noDecreto n 7.217/10.

    necessrio fazer uma estimativa atual da gerao de resduos slidos urbanos no estadopara posterior projeo ao longo dos horizontes do Plano (curto, mdio e longo prazo), com baseem dados demogrficos, parmetros do Sistema Nacional de Informaes em Saneamento SNIS eoutros. importante que a estimativa da massa gerada permita caracterizar os resduos em termosde quantidade (massa e volume) e qualidade e, ainda, quanto sua periculosidade.

    Este item inclui tambm as caractersticas gerais dos servios pblicos de limpeza urbana edo manejo dos resduos slidos nos municpios do estado, a partir de informaes obtidas junto aosrgos executores dos servios. Tais informaes incluem o tipo de coleta utilizado (porta a porta,PEV, coleta seletiva), frequncia dos servios de limpeza de ruas e logradouros pblicos, existnciade cobrana pelos servios prestados, condies da frota de veculos de coleta, presena decatadores de materiais reutilizveis e reciclveis, resduos orgnicos gerados (podas, galhadas erestos da limpeza dos quintais), compostagem (segregados ou preparados para comercializao),disposio final (aterros sanitrios, aterros controlados, lixes), entre outros.

    No levantamento da presena de catadores de materiais reutilizveis e reciclveis importante identificar aqueles que estejam estruturados ou formalizados, com a identificao doselos da comercializao dos materiais reciclveis no estado. Esse levantamento ser importante para

    7

  • definir estratgias para induzir programas ou medidas sociais que promovam a organizao doscatadores em cooperativas.

    Tambm faz-se necessria a identificao dos principais fluxos de resduos slidos urbanosentre os municpios do Estado, nas reas de fronteira entre Estados ou Pases, abordando aspectoscomo formas de controle de entrada e sada, etc.

    Os resduos slidos gerados em localidades de pequeno porte, entendidas pela FundaoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE como vilas, aglomerados rurais, povoados,ncleos, lugarejos, bem como os produzidos em aldeias indgenas e reas habitadas por populaestradicionais, podero ser equiparados pelo poder pblico municipal aos resduos slidos urbanosdomiciliares, desde que apresentem caractersticas de no periculosidade, em razo de sua natureza,composio ou volume.

    As formas de estimativa, a identificao dos fluxos e o levantamento das caratersticasgerais do manejo dos resduos slidos nestas reas devero levar em considerao as peculiaridadesdas localidades de pequeno porte, tais como: grau de disperso, densidade populacional, formas deacesso, entre outros.

    ii) Resduos dos servios pblicos de saneamento bsicoConforme a Lei n 11.445/07, integram os servios pblicos de saneamento bsico, alm do

    servio de limpeza urbana e manejo de resduos slidos, o abastecimento de gua potvel, oesgotamento sanitrio e a drenagem e manejo das guas pluviais urbanas.

    Nos servios de abastecimento de gua os resduos slidos geralmente so provenientes dolodo retido nos decantadores e da lavagem dos filtros das Estaes de Tratamento de gua quenormalmente so desidratados em sistemas de secagem antes de seguirem para destinao final.

    No servio de esgotamento sanitrio os resduos slidos so gerados no tratamentopreliminar das Estaes de Tratamento de Esgoto - ETE, na forma de slidos grosseiros (madeiras,panos, plsticos etc) e slidos predominantemente inorgnicos (areia ou terra), e nas demaisunidades de tratamento da ETE na forma de lodo orgnico decantado, lodo orgnico de origembiolgica e lodo gerado pela precipitao qumica. Normalmente os lodos so desidratados emsistemas de secagem antes de seguirem para destinao final.

    No servio de drenagem e manejo das guas pluviais urbanas os resduos slidos soprovenientes de atividades de desassoreamento e dragagem das unidades que compem o sistemade manejo das guas pluviais urbanas.

    A partir do levantamento das unidades de tratamento para os servios de abastecimento degua potvel e esgotamento sanitrio e de atividades de desassoreamento e dragagem nosmunicpios do Estado, necessrio fazer uma estimativa da massa/volume gerado de resduosslidos dessas atividades, incluindo projees de produo de resduos para curto, mdio e longoprazo. importante que dessa estimativa resultem informaes sobre quantidade e qualidade, e,principalmente, quanto sua periculosidade.

    Apresenta-se as caractersticas gerais do manejo desses resduos como nmero deempreendimentos licenciados, formas de transporte (ex: caminhes tanque, caminhes basculanteetc) e solues adotadas para a destinao dos resduos (ex: incinerao, secagem), incluindo adisposio final (ex: aplicao no solo, aterro sanitrio, aterro controlado, lixo etc).

    Faz-se necessria a identificao dos principais fluxos desses resduos entre os municpiosdo Estado, nas reas de fronteira entre Estados ou Pases, abordando aspectos como formas decontrole de entrada e sada, livre ingresso de resduos, livre acesso transfronteirio, etc.

    8

  • iii) Resduos industriaisResduo slido industrial todo resduo que resulte de atividades industriais e que se

    encontre nos estados slido, semi-slido, gasoso - quando contido, e lquido cujas particularidadestornem invivel o seu lanamento na rede pblica de esgoto ou em corpos d`gua, ou exijam paraisso solues tcnica ou economicamente inviveis em face da melhor tecnologia disponvel.

    Os resduos industriais apresentam composio variada, dependendo do processo industrial.Os resduos industriais comuns so aqueles que, coletados pelos servios municipais de limpezaurbana e/ou coleta de resduos slidos, podem ter o mesmo destino final que os resduos slidosurbanos. Normalmente no considera as grandes indstrias geradoras, que necessitam contratarempresas privadas para a coleta e destinao final, pois, em alguns municpios, a coleta pblica estlimitada a uma determinada tonelagem.

    Os resduos industriais perigosos so todos os resduos slidos, semi-slidos e os lquidosno passveis de tratamento convencional, resultantes da atividade industrial e do tratamento dosseus efluentes que, por suas caractersticas, apresentam periculosidade efetiva ou potencial sadehumana ou ao meio ambiente, requerendo cuidados especiais quanto ao acondicionamento, coleta,transporte, armazenamento, tratamento e disposio.

    Conhecer o resduo gerado na indstria permite o planejamento de estratgias degerenciamento, que intervenham nos processos de gerao, transporte, tratamento e disposiofinal, buscando garantir a curto, mdio e longo prazo, a preservao da qualidade do meio ambiente,bem como a recuperao da qualidade das reas degradadas. Nesse sentido, o conjunto de normasNBR 10.004 (Classificao), NBR 10.005 (Obteno de Lixiviado), NBR 10.006 (Obteno deSolubilizado) e NBR 10.007 (Amostragem) se constitui numa ferramenta significativa paraclassificar os resduos industriais visando o gerenciamento dos mesmos (ABNT, 2004).

    De acordo com a NBR 10.004, a classificao de resduos envolve a identificao criteriosados constituintes e caractersticas dos resduos, segundo as matrias primas, os insumos e oprocesso ou atividade que lhes deu origem; e a comparao destes com a listagem de resduos esubstncias que podem causar impacto sade e ao meio ambiente, para que possam sergerenciados adequadamente. O laudo de classificao pode ser preparado exclusivamente com basena identificao do processo produtivo, e o enquadramento dos resduos, de acordo com as listasdos Anexos A e B. No laudo deve constar a origem do resduo, descrio do processo de segregaoe descrio dos critrios adotados na escolha de parmetros analticos, quando for o caso, incluindolaudos de anlises laboratoriais (ABNT, 2004). Apresenta-se tambm as caractersticas gerais do manejo desses resduos como nmero deempreendimentos licenciados por tipologia, formas de transporte e solues adotadas para adestinao dos resduos, incluindo a disposio final.

    necessrio abordar a implementao na UF da Resoluo CONAMA n 258/99 (alteradapela Resoluo CONAMA n 301/02) que determina que as empresas fabricantes e as importadorasde pneumticos ficam obrigadas a coletar e dar destinao final ambientalmente adequada aospneus inservveis.

    Tambm faz-se necessria a identificao dos principais fluxos desses resduos entre osmunicpios do Estado, nas reas de fronteira entre Estados ou Pases, abordando aspectos comoformas de controle de entrada e sada, livre ingresso de resduos, livre acesso transfronteirio, etc.

    9

  • iv) Resduos de servios de sade - RSSOs resduos slidos de servios de sade - RSS so aqueles gerados em hospitais, clnicas,

    consultrios, laboratrios, necrotrios e outros estabelecimentos de sade. Segundo estimativa daAnvisa, 10% a 25% dos resduos de servios de sade so considerados resduos perigosos.

    Destacam-se as seguintes Regulamentaes Legais Pertinentes a RSS: Resoluo n 6 de 19/09/ 1991 Dispe sobre o tratamento dos resduos slidos provenientes

    de estabelecimentos de sade, portos e aeroportos. Resoluo CONAMA n 005 de 05/08/1993 Dispe sobre o gerenciamento de resduos

    slidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferrovirios e rodovirios. A Resoluo CONAMA n 283 de 12/07/2001 Dispe sobre o tratamento e a destinao

    final dos resduos dos servios de sade. Resoluo CONAMA n 316 de 20/11/2002 Dispe sobre procedimentos e critrios para o

    funcionamento de sistemas de tratamento trmico de resduos. Resoluo RDC ANVISA n 306 de 07/12/2004 Dispe sobre o Regulamento Tcnico para

    o gerenciamento de resduos de servios de sade. Resoluo CONAMA no 358 de 29/04/2005 Dispe sobre o tratamento e a disposio final

    dos resduos dos servios de sade e d outras providncias.Apresenta-se tambm as caractersticas gerais do manejo desses resduos como formas de

    acondicionamento (ex: caambas estacionrias para armazenar os resduos at que ocorra a coleta),planos de coleta exclusiva para os RSS, problemas com a falta de planejamento especfico (lixohospitalar na coleta convencional), responsveis pela coleta (ex: prefeituras), em separado oumisturada aos resduos domiciliares, solues adotadas para a destinao dos resduos (ex:autoclaves, microondas, hidrlise alcalina, calor seco, radiao, incinerao), incluindo a disposiofinal (ex: vala sptica, aterro sanitrio, aterro controlado, lixo etc) e existncia de cobrana pelosservios prestados a esses geradores.

    v) Resduos da construo e demolio - RCDA construo civil reconhecidamente uma importante atividade da economia nacional,

    contudo, seus resduos tm representado um grande problema para ser administrado, podendo emmuitos casos gerar impactos ambientais. Os RCD devem ter um gerenciamento adequado paraevitar que sejam abandonados e se acumulem em margens de rios, terrenos baldios ou outros locaisinapropriados.

    Segundo a Resoluo CONAMA n 307/2002 (alterada pela Resoluo CONAMA n348/2004), os geradores so responsveis pelos RCD proveniente das atividades de construo,reforma, reparos e demolies de estruturas e estradas, bem como por aqueles resultantes daremoo de vegetao e escavao de solos. Ainda nessa resoluo, em seu Art. 2 fica definido otermo Resduo da construo civil: so os provenientes de construes, reformas, reparos edemolies de obras de construo civil, e os resultantes da preparao e da escavao de terrenos,tais como: tijolos, blocos cermicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas,madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfltico, vidros, plsticos,tubulaes, fiao eltrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, calia ou metralha.

    O problema se justifica pela grande quantidade e volume dos RCD gerados, pois podemrepresentar de 50 a 70 % da massa de resduos slidos urbanos. Na sua maior parte, so materiaissemelhantes aos agregados naturais e solos, porm, tambm podem conter tintas, solventes e leos,

    10

  • que caracterizam-se como substncias qumicas, podendo ser txicas ao ambiente ou a sadehumana.

    vi) Resduos agrossilvopastoris So aqueles gerados nas atividades agropecurias e silviculturais, includos os relacionados

    a insumos utilizados nessas atividades. Resduo florestal todo e qualquer material proveniente da colheita ou processamento da

    madeira e de outros produtos florestais que permanece sem utilizao definida durante o processo,por limitaes tecnolgicas ou de mercados, sendo descartado durante a produo (NOLASCO,2000).

    Os resduos de madeira so classificados em sua composio como resduoslignocelulsicos, ou seja, contm majoritariamente lignina e celulose, os quais tm origem tanto ematividades industriais quanto atividades rurais (TEIXEIRA, 2005). Como exemplos podem sercitados os rejeitos da madeira ou indstria da madeira, considerando mveis usados, restos demadeira de demolies, resduos do beneficiamento de produtos agrcolas, postes, estacas,dormentes, paletes e embalagens em fim de vida (QUIRINO, 2004). O autor ainda enfatiza que atmesmo no lixo urbano encontrada uma porcentagem significativa de resduos ligno-celulsicosproveniente de utenslios e embalagens em madeira.

    vii) Resduos de servios de transportesAqueles originrios de portos, aeroportos, terminais alfandegrios, rodovirios e ferrovirios

    e passagens de fronteira. A Resoluo CONAMA n 005/1993 (alterada pela Resoluo CONAMA n 358/2005),

    dispe sobre o gerenciamento de resduos slidos gerados nos portos, aeroportos, terminaisferrovirios e rodovirios, definindo normas mnimas para acondicionamento, transporte,tratamento e disposio final desses resduos slidos.

    viii) Resduos de minerao Aqueles gerados na atividade de pesquisa, extrao ou beneficiamento de minrios. A

    reciclagem de desses resduos torna-se importante fator de reduo de impactos ambientais e decustos, diminuindo a presso sobre a demanda por recursos minerais por explorar. O Plano Nacionalde Minerao 2030 (PNM-2030), publicado pelo Ministrio de Minas e Energia em fevereiro de2011, aborda em seu Captulo 2 Desafios para a geologia, minerao e transformao mineral,entre outros aspectos, a produo sustentvel, reciclagem e fechamento de mina. Outrosdocumentos esto disponveis no site www.mme.gov.br/sqm Publicaes/Prvia da IndstriaMineral 2011/2010.

    11

  • 3.2.5 reas degradadas em razo de disposio inadequada de resduos slidos ourejeitos e reas rfs

    Trata da identificao e mapeamento georreferenciado das reas degradadas em razo dedisposio inadequada de resduos slidos ou rejeitos e seus riscos decorrentes: incndios florestais,contaminao do solo, poluio das guas, alteraes ambientais causadas por depsitosinadequados de resduos slidos, etc. Esse levantamento til inclusive para subsidiar a escolha detecnologias adequadas de descontaminao destes locais de disposio final inadequada.

    3.3 Estudo de Regionalizao e Proposio de Arranjos Intermunicipais

    Para efeito deste documento, o Estudo de Regionalizao consiste na identificao dearranjos territoriais entre municpios, contguos ou no, com o objetivo de compartilhar servios, ouatividades de interesse comum, permitindo, dessa forma, maximizar os recursos humanos,infraestruturais e financeiros existentes em cada um deles, de modo a gerar economia de escala. O Governo Federal tem priorizado a aplicao de recursos na rea de resduos slidos pormeio de consrcios pblicos, constitudos com base na Lei n 11.107/2005, visando fortalecer agesto de resduos slidos nos municpios. Trata-se de induzir a formao de consrcios pblicosque congreguem diversos municpios, de preferncia com os de maior porte, para planejar, regular,fiscalizar e prestar os servios de acordo com tecnologias adequadas a cada realidade, com umquadro permanente de tcnicos capacitados, potencializando os investimentos realizados eprofissionalizando a gesto.

    Quando comparada ao modelo atual, no qual os municpios manejam seus resduos slidosisoladamente, a gesto associada possibilita reduzir custos. O ganho de escala no manejo dosresduos, conjugado implantao da cobrana pela prestao dos servios, garante asustentabilidade econmica dos consrcios e a manuteno de pessoal especializado na gesto deresduos slidos.

    3.3.1 reas potencialmente favorveis para a destinao ambientalmente adequada deresduos slidos

    A Lei n 12.305/10 distingue destinao e disposio final ambientalmente adequada deresduos slidos. Segundo a norma, a disposio final corresponde distribuio dos rejeitos ematerros sanitrios. Ou seja, a disposio no aterro sanitrio somente se dar quando no h maispossibilidade de reutilizao, reciclagem ou tratamento daquele resduo que, nesta circunstncia,torna-se rejeito.

    J a destinao final ambientalmente adequada um conceito mais amplo e inclui todos ospossveis destinos que um resduo pode ter, tais como a reutilizao, a reciclagem, a compostagem,a recuperao ou outras, inclusive para o aterro sanitrio, quando, no havendo mais possibilidadede aproveitamento, o resduo passa a ser rejeito.

    Este levantamento abrange a localizao das reas e principais unidades de destinao finalde resduos slidos em funcionamento no Estado, identificando a superfcie ocupada e tipo deresduo, ou, no caso de unidade de destinao final, sua capacidade instalada, situao dolicenciamento ambiental e existncia de cooperao, complementaridade ou compartilhamento de

    12

  • processos, equipamentos ou infraestrutura entre os municpios.O mapeamento visa avaliar a situao atual da gesto de resduos sob o aspecto da

    destinao final. Com isso, o planejador poder propor aes no PGIRS capazes de atender aosdispositivos da Lei n 12.305/10 no que se refere destinao final ambientalmente adequada, cujoconceito inclui a reutilizao, a reciclagem, a compostagem, a recuperao e outras destinaesadmitidas pelos rgos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, doSistema Nacional de Vigilncia Sanitria - SNVS e do Sistema Unificado de Ateno SanidadeAgropecuria - SUASA, observando normas operacionais especficas de modo a evitar danos ouriscos sade pblica e segurana e a minimizar os impactos ambientais adversos.

    O levantamento inclui a avaliao dos modais de transporte presentes no estado, inclusivecom as possveis conexes rodovirias, ferrovirias e fluviais, apontando as realidades existentespara uma possvel movimentao dos resduos slidos gerados, sempre com o objetivo de obterganhos de escala para materiais potencialmente reciclveis e de poder utilizar unidadescompartilhadas de destinao final.

    Apresentam-se aqui as informaes referentes a caractersticas dos solos, rede hidrogrfica endices pluviomtricos, condicionantes referenciais para a definio de tecnologias e proposio dereas para a implantao de aterros sanitrios. Importante tambm identificar se os locais indicadospermitem ou possuem infraestrutura mnima para instalao de servio de fornecimento de energia,vias de acesso, abastecimento de gua ou outro servio essencial.

    A Poltica Nacional de Resduos Slidos determina que a gesto e o gerenciamento deresduos slidos devem obedecer a seguinte ordem de prioridade: a minimizao da gerao, areduo, a triagem para manejo diferenciado, o reaproveitamento e a reciclagem dos resduosslidos gerados, direcionando para o aterro sanitrio apenas os rejeitos.

    O modelo tecnolgico adotado deve considerar a viabilidade tcnica, social, econmica eambiental das solues, a no precarizao das condies de trabalho, a integrao de aes com area de sade, de educao, de meio ambiente, de desenvolvimento econmico entre outrosaspectos.

    O Estudo de Regionalizao deve pr-dimensionar as instalaes e sua localizaoadequada para a gesto dos resduos slidos em cada arranjo intermunicipal, tais como: pontos deentrega de resduos, galpes de triagem dos resduos secos (vindos da coleta seletiva),compostagem de resduos orgnicos, instalaes de tratamento dos resduos dos servios de sade,aterros sanitrios, aterros de resduos da construo civil e inertes e outras instalaes que permitamo manejo diferenciado e integrado dos diversos tipos de resduos gerados na UF.

    Dentre as unidades e infraestruturas para a destinao final de resduos podem ser citadas: LEV Locais de Entrega Voluntria para Resduos Reciclveis. Dispositivos de

    recebimento de reciclveis, como contineres ou outros; PEV Pontos de Entrega Voluntria para RCD e Resduos Volumosos, para acumulao

    temporria de resduos da coleta seletiva e resduos com logstica reversa (conforme NBR15.112/2004);

    Galpo de triagem de reciclveis secos; Ptio de compostagem de orgnicos; ATT reas de Triagem, Reciclagem e Transbordo de RCD, Volumosos e resduos com

    logstica reversa; Aterros sanitrios (NBR 13.896/1997); ASPP - Aterro Sanitrio de Pequeno Porte (NBR 15.849/2010); Aterros de RCD Classe A (NBR 15.113/2004).

    13

  • 3.3.2 Critrios de agregao de municpios para a identificao dos arranjos

    O processo da construo dos arranjos intermunicipais se inicia no estabelecimento decritrios para o estudo das vrias opes de agregao de municpios. Dentre os vrios critrios quepodem ser estabelecidos, destacam os seguintes:

    rea de abrangncia pretendida para o consrcio (distncia mxima entre municpios); Contiguidade territorial; Bacia Hidrogrfica; Condies de acesso (infraestrutura de transporte entre os municpios); Similaridade quanto s caractersticas ambientais e scio-culturais ; Existncia de fluxos econmicos entre municpios; Arranjos regionais pr-existentes (compartilhamento de unidades); Experincias comuns no manejo de resduos; Dificuldades locacionais para reas de manejo em alguns municpios; Existncia de municpios polo com liderana regional; Existncia de pequenos municpios que no podem ser segregados do arranjo regional; Nmero de municpios envolvidos; Populao total a ser atendida (rateio de custos); Volume total de resduos gerados nos municpios.

    Alguns critrios podem ter relevncia para uma regio e no para outras. Para uma anliseadequada, sugere-se uma classificao dos critrios pelo grau de importncia.

    3.4 Estudos de prospeco e escolha do cenrio de referncia

    A elaborao de polticas pblicas estaduais pressupe uma anlise histrica que possibilitequantificar e compreender a lgica de diversos processos que, de forma positiva ou negativa,resultaram no quadro atual da rea de resduos slidos.

    A proposio de cenrios tem por objetivo a descrio de um futuro possvel, imaginvel oudesejvel, a partir de possveis perspectivas de eventos, capazes de mostrar a transformao dasituao de origem at a situao futura. Busca-se planejar tais perspectivas e, consequentemente,intervir para atingir um objetivo pr-determinado.

    Preferencialmente, os cenrios de planejamento devem ser divergentes entre si, desenhandofuturos distintos. O processo de construo de cenrios promove assim uma reflexo sobre asalternativas de futuro e, ao reduzir as diferenas de percepo entre os diversos atores interessados,melhoram a tomada de decises estratgicas por parte dos gestores.

    Desta forma, gerenciar as incertezas e no predizer o futuro torna-se problemafundamental no processo de tomada de deciso dos administradores, constituindo-se os cenriosapenas em um referencial para o planejamento de longo prazo. Trata-se de uma identificao decenrios de desenvolvimento, possveis ou admissveis, ponderados pela respectiva probabilidadede ocorrncia. Em funo dessa anlise, a escolha de um cenrio como referncia permite(re)definir a trajetria considerada mais adequada da poltica e das aes necessrias para oenfrentamento dos desafios diagnosticados para a rea de resduos slidos.

    A anlise deve identificar, dimensionar e prever problemas de variados tipos, estruturando-

    14

  • os, definindo a populao implicada, as expectativas da sociedade, demandas dos servios pblicosde saneamento bsico, demandas do setor comercial, demandas do setor de sade, demandas dosetor industrial, demandas do setor agropecurio e de silvicultura, e a relao entre causas e efeitos,identificando objetivos, agentes, opes, sequncia de aes, tentando prever consequncias,avaliando escalas de valores e como se inter-relacionam as questes, abordando tticas e estratgias,como a utilizao dos instrumentos da Poltica Nacional de Resduos Slidos.

    A elaborao dos cenrios de evoluo do desenvolvimento socioeconmico do Estado feita com base nas informaes do diagnstico. O diagnstico consiste, numa primeira fase, naelaborao de um inventrio e de anlise retrospectiva sobre a situao atual no Estado e, numasegunda fase, em anlise prospectiva da situao futura. Deve-se, quando possvel, construircenrios que permitam orientar o processo de planejamento, identificando-se as solues quecompatibilizem o crescimento econmico (criao de riqueza), a qualidade de vida da populao(bem-estar social) e a sustentabilidade ambiental (uso racional dos recursos naturais).

    Os futuros possveis de desenvolvimento socioeconmico do Estado, para diferenteshorizontes temporais de curto, mdio e de longo prazos, devem ser estudados. Sugere-se aformulao de, no mnimo, dois cenrios de evoluo, genericamente baseados nos seguinteselementos:

    Cenrio I: contempla as principais tendncias de desenvolvimento socioeconmicoobservadas no Estado no passado recente, considerando, para o futuro, uma moderada influncia devetores estratgicos de desenvolvimento associados a algumas capacidades de modernizaosocioeconmica e de desempenho do sistema urbano.

    Cenrio II: leva em considerao as principais tendncias de desenvolvimento observadas noEstado no passado recente e incorpora, como elemento diretivo, os principais vetores estratgicosde desenvolvimento associados mobilizao de capacidade de modernizao econmica e dedesempenho do sistema urbano.

    Os cenrios I e II se opem no que diz respeito aos desafios e s estratgias que incorporam,s dinmicas de estruturao das atividades econmicas e s caractersticas de organizao doterritrio, refletindo-se em condies diferentes de utilizao dos recursos ambientais.

    Depois de elaborado os cenrios provveis para os prximos 20 anos, deve-se eleger aqueleque ser o cenrio de referncia capaz de subsidiar a proposio de metas, programas, projetos eaes e definio de diretrizes e estratgias para a gesto dos resduos slidos.

    Devero ser indicadas alternativas que representem aspiraes sociais factveis de serematendidas nos prazos estipulados. Em resumo, a prospeco estratgica, com a elaborao decenrios, tem por objetivo identificar, dimensionar, analisar e prever a implementao dealternativas de interveno, inclusive de emergncias e contingncias, visando o atendimento dasdemandas e prioridades da sociedade.

    3.5 Diretrizes e estratgias do PERS

    Trata-se do conjunto de estratgias e diretrizes para assegurar a implementao do Plano egarantir o alcance das condies apontadas pelo cenrio escolhido. As estratgias e as diretrizesrepresentam os principais caminhos e orientaes sobre componentes fundamentais que, sem essedirecionamento, podem comprometer o atendimento das condies favorveis implementao doPlano. Estes conjuntos de diretivas referem-se a:

    Recuperao de resduos e minimizao dos rejeitos encaminhados disposio final

    15

  • ambientalmente adequada Manejo diferenciado e integrado, regulado, em instalaes normatizadas Planejamento e demais atividades de gesto de resduos slidos de regies metropolitanas,

    aglomeraes urbanas e microrregies Proposio de normas e diretrizes para a disposio final de rejeitos Proposio de medidas a serem aplicadas em reas degradadas objeto de recuperao em

    razo da disposio inadequada de resduos slidos ou rejeitos Medidas para incentivar e viabilizar a gesto consorciada dos resduos slidos Diretrizes e meios para a criao de fundo estadual e municipal de resduos slidos. Apoio a cooperativas de catadores de materiais reciclveis, contribuindo para a formalizao

    de suas atividades.

    3.6 Metas, Programas, Projetos e Aes para a gesto dos resduos slidosA partir da eleio do cenrio de referncia, ou seja, aquele que os atores sociais entenderam

    como desejvel em funo de uma expectativa vivel de futuro para o equacionamento da questodos resduos slidos em nvel estadual, parte-se para a definio das metas do Plano.

    As metas devem ser quantificveis, de modo que seu alcance seja mensurvel e, porconsequncia, aferido. Devem tambm se referir a horizontes temporais (curto prazo, mdio prazo elongo prazo). Dentre as vrias metodologias disponveis para auxiliar o estabelecimento das metas,uma delas consiste em relacionar os problemas ou desafios para solucionar ou mitigar cada um dosproblemas identificados no quadro atual dos resduos slidos na UF cuja soluo ouencaminhamento permitir atingir o cenrio escolhido em horizontes temporais. Caso a UF nodisponha de um marco regulatrio sobre resduos, deve-se partir das diretrizes e disposies trazidaspela Lei n 12.305/10 e pelo Decreto n 7.404/10.

    Esta etapa tambm visa definir os programas, projetos e aes para o atendimento das metasestabelecidas para o alcance do cenrio de referncia. Para cada Programa devero ser estimados osprazos e o montante dos investimentos necessrios sua implementao. Inclui normas econdicionantes tcnicas para o acesso a recursos do Estado destinados s aes e programas deinteresse na rea de resduos slidos e medidas para incentivar e viabilizar a gesto associada dosresduos slidos.

    A seguir apresenta-se uma exemplificao da conexo entre as diretrizes, os programas,projetos, aes e as metas do Plano:Diretriz 1: Recuperao de resduos e minimizao dos rejeitos encaminhados destinao

    final ambientalmente adequada.Programa 1.1: Promoo da destinao final ambientalmente adequada de resduos slidos.

    Projeto 1.1.1: Implantao de sistemas de destinao final adequada de resduos.Ao 1.1.1.1: Instalao de unidades de manejo em municpios consorciados.

    Meta 1.1.1.1.1: X aterros sanitrios construdos e em operao nos arranjosintermunicipais selecionados at 2014

    16

  • 3.7 Investimentos necessrios e fontes de recursos financeiros

    A identificao dos programas, projetos e aes necessrias consecuo das metas permiteque sejam estimados os valores necessrios sua execuo de acordo com os prazos estabelecidos.Na distino entre o montante requerido para a execuo de obras fsicas e aes direcionadas gesto conveniente enfatizar e priorizar as atividades que contribuiro para o aumento da eficciada gesto dos resduos slidos bem como para o estreitamento da articulao entre os trs nveis degoverno (Unio, a UF e os municpios), pois, alm de preservar a autonomia entre os poderes,respeitando o princpio da subsidiariedade, imprescindvel que tais canais de entendimentoestejam harmonizados para a implementao da Poltica, que de mbito nacional. Assim, pois,deve-se apontar para as possveis fontes de financiamento e respectivos critrios de elegibilidade,entre os quais a elaborao de bons projetos figura como requisito principal.

    Poder ser consultada a publicao realizada pelo Banco do Brasil, em parceria com o MMAe Mcidades Gesto Integrada de Resduos Slidos, formada por 4 fascculos, sendo o 3 referente Fontes de Financiamento (http://www.bb.com.br/docs/pub/inst/dwn/3FontesFinan.pdf). Nessefascculo, h uma abordagem quanto s fontes de financiamento reembolsveis ( BNDES - PMI Projetos Multissetoriais Integrados Urbanos , Saneamento Ambiental e Recursos Hdricos) e noreembolsveis (BNDES - Fundo Social, FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente, FundoClima, FUNASA Programa de saneamento ambiental para municpios at 50 mil habitantes,Ministrio das Cidades/Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental Programa ResduosSlidos Urbanos, Ministrio da Justio Fundo de Direitos Difusos).

    A elaborao dos planos estaduais e municipais de resduos slidos ser condio para queEstados e Municpios, a partir de agosto de 2012, tenham acesso a recursos da Unio destinados aempreendimentos e servios relacionados gesto e ao manejo de resduos slidos.

    3.8 Sistemtica de acompanhamento, controle e avaliao da implementao do PERS

    O acompanhamento, controle e a fiscalizao do Plano envolve questes tais como: a verificao do cumprimento dos objetivos definidos no PERS; a observncia dos dispositivos legais aplicveis gesto dos resduos slidos; a identificao dos pontos fortes e fracos do plano elaborado e das oportunidades e

    entraves sua implementao; a efetividade da implementao do Plano por meio da aferio das metas

    estabelecidas; proposio de adequaes e demais ajustes necessrios.

    O Grupo de Trabalho constitudo dever deliberar sobre as estratgias e mecanismos queassegurem a implementao do Plano, tais como:

    a) Instrumento legal contendo o horizonte temporal do PERS e os perodos de reviso, emconformidade com a Lei n 12.305/2010 e respectivo decreto regulamentador. Nesta fase, porexemplo, poder ser proposto o Projeto de Lei da Poltica Estadual de Resduos Slidos.

    b) Controle e participao social nas revises do PERS. H a necessidade de se instituir

    17

  • mecanismos de representao da sociedade para o acompanhamento, monitoramento e avaliao doPlano, de modo que o seu aperfeioamento contnuo reflita as expectativas e demandas dasociedade. Alm da representao em diversos fruns tais como os conselhos de meio ambiente, desade, de habitao e desenvolvimento urbano e Comits de Bacia Hidrogrfica, a participaosocial se efetiva por intermdio de organizaes da sociedade civil, entidades do movimento social,entidades sindicais, profissionais, de defesa do consumidor e outras.

    c) Sistema de Regulao e Fiscalizao ou sistemtica de acompanhamento, controle efiscalizao do cumprimento das metas e aes estabelecidas no Plano.

    d) Diretrizes complementares para orientar os municpios na elaborao dos planosmunicipais e intermunicipais.

    e) Plano de Emergncia e Contingncia estadual para gesto de riscos e desastres,contemplando aes sobre manejo, destinao e disposio final dos resduos slidos gerados, paraenfrentamento da situao e para o restabelecimento das condies normais. Neste caso, devem serenvolvidos a Defesa Civil e rgos de sade pblica de acordo com a escala do impacto.

    f) Mecanismos e procedimentos para a avaliao sistemtica da eficcia, eficincia eefetividade das aes programadas bem como do atendimento das metas por meio da seleo deindicadores que permitam avaliar os resultados das aes implementadas.

    A construo de indicadores deve permitir uma anlise grfica entre a meta prevista e arealizada nos perodos determinados pelo PERS, alm de apresentar, pelo menos, as seguintescaractersticas:

    terem definio clara, concisa e interpretao inequvoca; serem mensurveis com facilidade e a custo razovel; possibilitarem e facilitarem a comparao do desempenho obtido com os objetivos

    planejados; contriburem efetivamente para a tomada de decises; dispensarem anlises complexas; serem limitados a uma quantidade mnima, o suficiente para avaliao objetiva das

    metas de planejamento; serem rastreveis; serem compatveis com os indicadores do Sistema Nacional de Informaes sobre a

    Gesto dos Resduos Slidos - SINIR, facilitando assim a integrao do sistema deindicadores local e estadual com o sistema nacional.

    18

  • 4. DOCUMENTOS E NORMAS APLICVEIS

    4.1 Documentos disponveis no stio eletrnico do MMA

    Secretaria de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano/Departamento de Ambiente Urbano/ ResduosSlidos:

    http://www.mma.gov.br/estruturas/srhu_urbano/_arquivos/1_manual_elaborao_plano_gesto_integrada_rs_cp_125.pdf

    http://www.mma.gov.br/estruturas/srhu_urbano/_arquivos/2_manual_implantao_sistema_apropriao_rec_custos_cp_rs_125.pdf

    http://www.mma.gov.br/estruturas/srhu_urbano/_arquivos/3_manual_implantao_compostagem_coleta_seletiva_cp_125.pdf

    http://www.mma.gov.br/estruturas/srhu_urbano/_arquivos/4_manual_implantao_sistema_gesto_resduos_construo_civil_cp_125.pdf

    http://www.mma.gov.br/secretaria de recursos hdricos e ambiente urbano/publicaes (Elementospara a organizao da coleta seletiva e projeto de galpes de triagem)

    http://www.mma.gov.br/secretaria de recursos hdricos e ambiente urbano/publicaes (Manejo deResduos Slidos Urbanos)

    4.2 Documentos disponveis nas dependncias do MMA

    Como implantar a A3P Agenda Ambiental na Administrao Pblica

    Coleo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo MDL :

    Vol 1. Gesto integrada de Resduos SlidosVol 2. Conceito, planejamento e oportunidadesVol.3 Reduo de emisses na disposio finalVol.4 Agregando valor social e ambientalVol.5 Diretrizes para elaborao de propostas de projetos

    4.3 Documentos Disponveis em Outros rgos

    Diretrizes para a Definio de Poltica e Elaborao de Planos Municipais e Regionais deSaneamento Bsico.

    http://www.cidades.gov.br;

    19

  • Guia para a Elaborao de Planos Municipais de Saneamento

    http://www.cidades.gov.br;

    Poltica e Plano Municipal de Saneamento Ambiental Experincias e Recomendaes

    http://www.cidades.gov.br;

    Sistema Nacional de Informaes sobre Saneamento:

    http://www.snis.gov.br;

    Sistema Nacional de Informao de Recursos Hdricos SNIRH:

    http://www.ana.gov.br;

    Sistema de Informao da Vigilncia da Qualidade da gua para o Consumo Humano SISAGUA:

    Ministrio da Sade/SUS;

    Sistema de Informao da Ateno Bsica SIAB. PSF Programa Sade da Famlia e PACS Programa de Agente Comunitrio de Sade:

    www.datasus.gov.br;

    Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2008 PNSB:

    www.ibge.gov.br;

    Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios PNAD:

    www.ibge.gov.br;

    Caderno Metodolgico do Programa de Educao Ambiental e Mobilizao Social em Saneamento- PEAMSS:

    www.cidades.gov.br/peamss;

    Avaliao de Impacto na Sade das Aes de Saneamento:

    http://www.funasa.gov.br;

    Panorama dos Resduos Slidos no Brasil 2010:

    http://www.abrelpe.org.br/panorama_apresentacao.php

    20

  • 4.4 Normas Aplicveis aos resduos slidos

    A relao abaixo serve como base de orientao aos gestores, no pretendendo abarcar todoo universo de normas aplicveis ao tema.

    4.4.1 Leis

    Lei n 4.771/1965 Cdigo Florestal Lei n 3.766/1979 Dispe sobre o parcelamento do solo urbano e d outras providncias; Lei n 6.938/1981 Poltica Nacional do Meio Ambiente; Lei n 7.347/1985 Responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao

    consumidor, a bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico(VETADO) e d outras providncias

    Lei n 8.080/1990, que dispe sobre as condies para a promoo, proteo e recuperaoda sade, a organizao e o funcionamento dos servios correspondentes;

    Lei n 8.078/1990, que institui o Cdigo de Defesa do Consumidor; Lei n 9.433/1997, que institui a Poltica Nacional de Recursos Hdricos e cria o Sistema

    Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos; Lei n 9.605/1998 Crimes Ambientais Lei n 9.795/1999 Poltica Nacional de Educao Ambiental Lei n 9.984/2000 ANA Agncia Nacional de guas; Lei n 9.985/2000 Institui o SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservao da

    Natureza;

    Lei n 9.974, de 6 de junho de 2000 Dispe sobre a pesquisa, a experimentao, aproduo, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercializao, apropaganda comercial, a utilizao, a importao, a exportao, o destino final dos resduose embalagens, o registro, a classificao, o controle, a inspeo e a fiscalizao deagrotxicos, seus componentes e afins;

    Lei n 9.966, de 28 de abril de 2000 Dispe sobre a preveno, o controle e a fiscalizaoda poluio causada por lanamento de leo e outras substncias nocivas ou perigosas emguas sob jurisdio nacional;

    Lei n 10.257/2001 Estatuto das Cidades; Lei n 11.124/2005 Dispe sobre o Sistema Nacional de Habitao de Interesse Social e

    cria o Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social; Lei n 11.107/2005 dispe sobre normas gerais para a Unio, Estados, DF e Municpios

    contratarem consrcios pblicos para a realizao de objetivos de interesse comum; Lei n 11.445/2007 estabelece Diretrizes Nacionais para o Saneamento Bsico Lei n 12.309, de 9 de agosto de 2010, que dispe sobre as diretrizes para a elaborao e

    execuo da Lei Oramentria de 2011 e d outras providncias;

    21

  • Lei n 12.187/2009 Poltica Nacional de Mudanas Climticas; Lei n 12.305/2010 - Poltica Nacional de Resduos Slidos.

    4.4.2 Decretos

    Decreto n 99.274/1990 Regulamenta a Lei 6.902/1981 e Lei 3.938/1981 EstaesEcolgicas e reas de proteo Ambiental e poltica Nacional de Meio Ambiente

    Decreto n 2.661/1998 Regulamenta nico do art. 27 da Lei 4.771/1965, mediante oestabelecimento de normas de precauo relativas ao emprego do fogo em prticasagropastoris e florestais

    Decreto n 4.297/2002 Regulamenta a Lei 6.938/1981, estabelecendo critrios para o ZEE Zoneamento Ecolgico- Econmico do Brasil

    Decreto n 4.339/2002 Institui princpios e diretrizes para a implementao da PolticaNacional da Biodiversidade

    Decreto n 4.340/2002 Regulamenta 9.985/2000 Decreto n 5.440/2005, que estabelece critrios e procedimentos sobre o controle de

    qualidade da gua de sistemas de abastecimento de gua; Decreto n 5.790/2006 Composio, Estruturao, Competncias e Funcionamento do

    Conselho das Cidades Decreto n 5.975/2006 Regulamenta a Lei n 4.771/1965 Decreto n 6.017/2007, regulamenta a Lei n 11.107/2005, que dispe sobre normas gerais

    de contratao de consrcios pblicos Decreto n 5.940, de 25 de outubro de 2006 Institui a separao dos resduos reciclveis

    descartados pelos rgos e entidades da administrao pblica federal direta e indireta, nafonte geradora, e a sua destinao s associaes e cooperativas dos catadores de materiaisreciclveis, e d outras providncias.

    Decreto n 6.170, de 25 de julho de 2007, dispe sobre as normas relativas s transfernciasde recursos da Unio mediante convnios e contratos de repasse, e d outras providncias; esuas alteraes

    Decreto n 6.514/2008 Infraes e sanes administrativas ao meio ambiente e do seuprocesso administrativo

    Decreto n 7.217/2010 Regulamenta da lei 11.445/2007, que estabelece DiretrizesNacionais para o Saneamento Bsico

    Decreto n 7.404/2010 Regulamenta a Lei 12.305/2010; cria o Comit Interministerial daPoltica Nacional de Resduos Slidos e o Comit Orientador para a Implantao dosSistemas de Logstica Reversa e d outras providncias;

    Decreto n 7405/2010 Institui o Programa Pr-catador; Decreto n 7.217/2010 Decreto que regulamenta a Lei n 11.445/2007

    22

  • 4.4.3 Portarias

    Portaria 518/2004, que define os procedimentos para o controle de qualidade da gua desistemas de abastecimento;

    Portaria/MMA n 160, de 19 de maio de 2009 - Institui a Poltica de Informao doMinistrio do Meio Ambiente.

    4.4.4 Resolues

    Resoluo CONAMA 1/1986 Critrios bsicos e diretrizes gerais para o Relatrio deImpacto Ambiental

    Resoluo CONAMA 237/1997 Regulamenta os aspectos de Licenciamento Ambiental Resoluo CONAMA 258/1999 Pneumticos Resoluo CONAMA 283/2001 Dispe sobre o tratamento e a destinao final dos

    resduos dos servios de sade; Resoluo CONAMA 301/2002 altera a 258/1999 Resoluo CONAMA 307/2002 Estabelece diretrizes, critrios e procedimentos para a

    gesto dos resduos da construo civil; Resoluo CONAMA 313/2002 dispe sobre o Inventrio Nacional de Resduos Slidos

    Industriais Resoluo CONAMA 334/2003 Procedimentos para os estabelecimentos destinados a

    receber embalagens vazias de agrotxicos Resolues n 25 e n 34 de 2005 do Conselho das Cidades sobre participao e controle

    social na elaborao e acompanhamento do Plano Diretor do Municpio; Resoluo CONAMA 357/2005 Dispe sobre classificao de corpos de gua e diretrizes

    ambientais para seu enquadramento, bem como estabelece as condies e padres delanamento de efluentes;

    Resoluo CONAMA 358/2005 Trata de resduos de servios de sade; Resoluo CONAMA 375/2006 Define critrios e procedimentos, para o uso agrcola de

    lodos de esgoto gerados em estaes de tratamento de esgoto sanitrio e seus produtosderivados;

    Resoluo CONAMA 375/2006 Retifica o anexo I da Resoluo CONAMA 375/2006; Resoluo CONAMA 378/2006 Empreendimentos causadores de impacto ambiental para

    fins da Lei 4.771/1965 Resoluo CONAMA 379/2006 Cria e regulamenta sistema de dados e informaes sobre

    a gesto florestal; Resoluo Recomendada do Conselho das Cidades, n 75/09;

    23

  • 4.4.5 Normas Tcnicas

    ABNT NBR 8.419 - Apresentao de projetos de aterros sanitrios de Resduos SlidosUrbanos - RSU

    ABNT NBR 10.004 - Resduos Slidos Classificao ABNT NBR 10.005 - Lixiviao de resduos slidos ABNT NBR 10.006 - Solubilizao de resduos slidos ABNT NBR 10.007 - Amostragem de resduos slidos ABNT NBR 10.157 - Aterros de resduos perigosos ABNT NBR 10.664 - guas - determinao de resduos (Slidos) - Mtodo Gravimtrico ABNT NBR 11.174 - Armazenamento de resduos classe II ABNT NBR 12.235 - Armazenamento de resduos slidos perigosos ABNT NBR 12.807 - Resduos de sistemas de sade terminologia ABNT NBR 12.808 - Resduos de sistemas de sade classificao ABNT NBR 12.809 - Manuseio de resduos de servios de sade ABNT NBR 12.810 - Coleta de resduos de sistemas de sade ABNT NBR 12.980 - Coleta, varrio e acondicionamento de resduos slidos urbanos ABNT NBR 12.988 - Lquidos livres verificao em amostras ABNT NBR 13.221 - Procedimento para Transporte de resduos ABNT NBR 13.332 - Coletor-compactador de resduos slidos e seus principais

    componentes - terminologia ABNT NBR 13.333 - Caamba, estacionria de 0,8m3; 1,2m3; e 1,6m3 para coleta de

    resduos slidos por coletores-compactadores de carregamento traseiro ABNT NBR 13.334 - Contentor metlico para coleta de resduos slidos por coletores-

    compactadores ABNT NBR 13.463 - Coleta de resduos slidos ABNT NBR 13.896 - Projetos de Aterros de resduos no perigosos critrios de projeto,

    construo e operao. ABNT NBR 15112 - Resduos da construo civil e resduos volumosos reas para

    transbordo e triagem ABNT NBR 15113 - Resduos slidos da construo civil e resduos inertes Aterros ABNT NBR 15114 - Resduos slidos da construo civil - reas de reciclagem ABNT NBR 15115 e 15116 - Agregados reciclados de resduos slidos da construo civil ABNT NBR 15849 - Projetos de Aterros Sanitrios de Pequeno Porte

    24

  • ANEXO I

    ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE TRABALHO DO PERSMetas e Etapas Produtos e Relatrios

    1 / PROJETO DE MOBILIZAO SOCIAL E DIVULGAO Projeto de Mobilizao Social e deDivulgao1.1 / Oficinas destinadas aos tcnicos de rgos estaduais sobre a legislao relativa a resduos e suas implicaes Relatrio das Oficinas1.2 / Validao do Panorama dos Resduos Slidos no Estado e do Estudo de Regionalizao e levantamento de sugestespara soluo dos problemas encontrados.

    Relatrio da Validao do Panorama dosResduos Slidos no Estado

    1.3 / Apresentao das proposies e validao do Plano Estadual de Resduos Slidos. Relatrio de Validao do Plano Estadualde Resduos Slidos

    1.4 / Divulgao do Plano Estadual de Resduos Slidos. Relatrio da Divulgao do Plano Estadualde Resduos Slidos2 / PANORAMA DOS RESDUOS SLIDOS NO ESTADO

    Panorama dos Resduos Slidos no Estado

    2.1 / Diagnstico da gesto dos resduos slidos 2.2 / Caracterizao socioeconmica e ambiental do estado2.3 / Atividades geradoras de resduos slidos2.4 / Situao dos resduos slidos2.5 / reas degradadas em razo de disposio inadequada de resduos slidos ou rejeitos e reas rfs3 / ESTUDO DE REGIONALIZAO E PROPOSIO DE ARRANJOS INTERMUNICIPAIS Estudo de Regionalizao e Proposio de

    Arranjos Intermunicipais3.1 / reas potencialmente favorveis para a destinao ambientalmente adequada de resduos slidos3.2 / Critrios de agregao de municpios para a identificao dos arranjos4 / ESTUDOS DE PROSPECO E ESCOLHA DO CENRIO DE REFERNCIA Estudos de Prospeco e Escolha doCenrio de Referncia5 / DIRETRIZES E ESTRATGIAS PARA A IMPLEMENTAO DO PERS

    Plano Estadual de Resduos Slidos

    5.1 / Diretrizes para o planejamento e demais atividades de gesto de resduos slidos de regies metropolitanas,aglomeraes urbanas e microrregies. 5.2 / Proposio de normas e diretrizes para a disposio final ambientalmente adequada de rejeitos.5.3 / Proposio de medidas a serem aplicadas em reas degradadas objeto de recuperao em razo da disposioinadequada de resduos slidos ou rejeitos.5.4 / Metas para a gesto dos resduos slidos5.5 / Programas, projetos e aes 5.6 / Investimentos necessrios e fontes de financiamento5.7 / Sistemtica de acompanhamento, controle e avaliao da implementao do PERS