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ABDIB - Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base Perspectivas do mercado de redução de emissões de gases de efeito estufa no pós-Quioto A. Ricardo J. Esparta EQAO 15 de setembro de 2011

Perspectivas do mercado de redução de emissões de gases de efeito estufa no pós-Quioto

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Apresentação realizada em 15 de setembro de 2011 na sede da ABDIB em São Paulo.

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ABDIB - Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base

Perspectivas do mercado de redução de emissões de gases de efeito estufa no pós-Quioto

A. Ricardo J. EspartaEQAO

15 de setembro de 2011

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Experiência profissional• Pesquisador na USP e na Universität Stuttgart (1989-1999)

• Co-fundador da Ecoinvest/Ecopart/EQAO (1999)

• Professor de Pós-graduação do IMT (2000)

• Quarenta e seis projetos MDL registrados, 35 projetos emgeração de eletricidade por fontes renováveis de energia(biomassa, PCH e eólica)

• Vinte e seis projetos MDL com ~ 7,5 milhões de CERs/RCEsemitidas (~ R$ 200 milhões de faturamento)

• Membro do “CDM-Accreditation Panel”

• Participação em projetos de geração de eletricidade porfontes renováveis (Central Geradora Eólica Gargaú)

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Fonte: Rubens Paiva http://www.flickr.com/photos/rubenspaiva/2985281491/

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Evidências da mudança do clima(Fonte: Nasa, http://climate.nasa.gov/evidence/)

• Aumento do nível do mar: o nível do mar subiu 17 cm no século XX. No período 1999-2008subiu a uma taxa equivalente a mais de 30 cm por século.

• Aumento global da temperatura: Todas as reconstruções da temperatura global superficialindicam aquecimento desde 1880. A maior parte desse aquecimento aconteceu a partir dadécada de 1970, com os 20 anos mais quentes ocorrendo desde 1980 e os 10 maisquentes nos últimos 12 anos. Apesar da baixa atividade solar no anos 2000, com ummínimo no período 2007-2009, as temperaturas superficiais continuaram a aumentar.

• Aquecimento dos oceanos: os oceanos absorveram parte importante desse calor adicional,com os 700m superficiais aquecendo 0.17 graus Celsius desde 1969.

• Redução da massa de gelo da Groenlândia e da Antártica: Groenlândia perdeu 150-250km3 de gelo entre 2002 e 2006 e a Antártica aproximadamente 150 km3 entre 2002 e 2005.

• Redução da extensão e espessura do gelo no Ártico: a extensão e a espessura do gelo noÁrtico decresce constantemente nas últimas décadas. Um novo mínimo histórico foiatingido em 8 de setembro de 2011 (Fonte: http://www.iup.uni-bremen.de/seaice/amsr/)

• Aumento da concentração de CO2 no oceano: aumento consistentemente desde 1750,aumentando cerca de 30% a acidez dos oceanos; taxa atual de 2 bilhões de toneladas porano.

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Evidências da mudança do clima

Fonte: IPCC Fourth Assessment Report (AR4)

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Ciência da Mudança do Clima (atualização)

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Ciência da Mudança do Clima• Emissões mundiais cresceram 70% entre 1970 e 2004

(de 28,7 para 49 GtCO2e)

• Maior crescimento no setor energético (145%) e

transporte (120%)

• Tendência de aumento mantida nas próximas décadas:

25 a 90% entre 2000 e 2030, ou seja um aumento entre

9,7 e 36,7 GtCO2e/a

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Ciência da Mudança do Clima

• Potenciais econômicos de mitigação em 2030

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Convenção do Clima (1992 ... 1994)• Artigo 2 – Objetivo: O objetivo final desta convenção .. é

de alcançar ... a estabilização das concentrações degases de efeito estufa (GEEs - formadores do efeitoestufa) na atmosfera num nível que impeça umainterferência antrópica perigosa no sistema climático.Este nível deverá ser alcançado num prazo suficienteque permita aos ecossistemas adaptarem-senaturalmente à mudança do clima, que assegure que aprodução de alimentos não seja ameaçada e quepermita ao desenvolvimento econômico prosseguir demaneira sustentável.

• Compromissos voluntários (redução aos valores de1990 até 2000)

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Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

• Art.12, §2. - O objetivo do Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo deve ser prestar assistência

às Partes não incluídas no Anexo I para que possam

atingir o desenvolvimento sustentável e contribuir

para o objetivo final da Convenção, e assistir às

Partes incluídas no Anexo I para que possam

cumprir a sua limitação quantificada de emissões e

compromissos de redução assumidos no Artigo 3.

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Cenário de referência (“baseline”)

20081990 2012 2016Ano

Emissões de GEEs

5%

?? %

Projeção de Emissões

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Ciclo de projeto MDL

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Ciclo de projeto MDL1. Comunicação de consideração do MDL (6 meses do “início” do

projeto)2. Elaboração de documento de concepção de projeto (DCP),

usando metodologia de linha de base e plano demonitoramento aprovados;

3. Validação (verifica se o projeto está em conformidade com aregulamentação do Protocolo de Quioto);

4. Aprovação pela Autoridade Nacional Designada – AND, que nocaso do Brasil é a Comissão Interministerial de MudançaGlobal do Clima – CIMGC (verifica a contribuição do projetopara o desenvolvimento sustentável);

5. Submissão ao Conselho Executivo para registro;6. Monitoramento;7. Verificação/certificação;8. Emissão de unidades segundo o acordo de projeto.

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Tema complexo e multidisciplinar

Fonte: Economia do Clima – Estudos econômicos das mudanças climáticas no Brasil, 2009Fonte: Economia do Clima – Estudos econômicos das mudanças climáticas no Brasil, 2009

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Emissões per capita

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Aspectos que norteiam o debate• Princípio da precaução• Poluidor pagador• Responsabilidades comuns porém

diferenciadas– Países desenvolvidos

– Países em desenvolvimento

• Crescimento: econômico/energético/emissões• Transferência de tecnologias• Pobreza e impacto climático

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Aspectos que norteiam o debate• Metas indicativas dos países desenvolvidos

– Redução de 20-40% até 2020– Comprometimento de redução de 80% até 2080– Lideram a iniciativa mostrando a viabilidade de uma

economia de baixo carbono• Metas indicativas dos países em desenvolvimento

– Comprometimento com metas futuras*– Desenvolvimento de um plano de mitigação nacional – Meta de 2 ton de CO2/habitante até 2050

• Comércio de emissões– Barateiam o custo de redução– Possibilitam a inserção dos mais pobres no modelo

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Desenvolvimento Econômico e Emissões

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Mercados reagem a políticas• Reagindo a políticas de enfrentamento ao aquecimento

global, três mercados estão em desenvolvimento– Mercado para cumprimento de metas do Protocolo de Quioto

• Países anexo-I– Comércio de emissões com outros países anexo-I (ET)– Mecanismos de flexibilização (JI - CDM)

– Mercado relacionados à Quioto• EU-ETS (Comércio Europeu de Licenças de Emissão)

– Outorga de quantidade limitada de licenças de emissão– Mercado voluntário no Japão

– Mercados não relacionados à Quioto• Chicago Climate Exchange (mercado voluntário, melhoria continua)• RGGI (10 Estados do NE dos EUA, cap & trade, http://www.rggi.org/)• Austrália – “July 10, 2011 the 500 largest emitters in Australia will be taxed

at $23/tonne of carbon emission, effective from July 1, 2012

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Ética da mudança do climaThe Ethics of Climate Change: Pay Now or Pay More Later. J. Broome (2008)

• O que devemos fazer a respeito da mudança global do clima? A ciência, incluindo a economia, pode ajudar a descobrir as causas e efeitos. Pode ajudar a indicar o que podemos fazer. Entretanto, o que devemos fazer é uma questão ética.

• A questão do clima é ética porque qualquer resposta deve considerar interesses conflitantes de pessoas/sociedades diferentes. Se o mundo tiver que fazer algo, algumas pessoas, principalmente aqueles em melhores condições econômicas na presente geração, terão que reduzir suas emissões de gases de efeito estufa para livrar gerações futuras da de uma vida mais limitada em um mundo mais quente.

• As gerações futuras serão mais afetadas pelos possíveis efeitos danosos da mudança global do clima. Entretanto, se houver crescimento econômico, essas gerações terão mais recursos que a presente geração para atacar o problema.

• A presente geração tem que decidir se devemos tentar reduzir esse risco de dano futuro ou se devemos deixar nossos descendentes, supostamente mais ricos, cuidarem de si mesmos.

• Mesmo uma chance ínfima de grandes catástrofes e problemas advindos da mudança do clima conduz a discussões éticas importantes e inevitáveis.

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Page 24: Perspectivas do mercado de redução de emissões de gases de efeito estufa no pós-Quioto

Mercados reagem a políticasExportação Brasileira dos Setores Industriais - 2009

(US$ milhões FOB)

Total 152.995 Produtos industriais (*) 104.608 Produtos não industriais 48.387

Setores Valor exportado (US$ milhões)

Alimentos, bebidas e tabaco 31.737 Produtos metálicos 14.963 Veículos automotores, reboques e semi-reboques 9.351 Produtos químicos,excl. farmacêuticos 7.536 Máquinas e equipamentos mecânicos n. e. 6.976 Madeira e seus produtos, papel e celulose 6.722 Produtos de petróleo refinado e outros combustíveis 5.791 Aeronáutica e aeroespacial 4.536 Têxteis, couro e calçados 3.854 Máquinas e equipamentos elétricos n. e. 2.997 Borracha e produtos plásticos 2.320 Equipamentos de rádio, TV e comunicação 2.045 Outros produtos minerais não-metálicos 1.522 Farmacêutica 1.550 Produtos manufaturados n.e. e bens reciclados 1.326 Instrumentos médicos de ótica e precisão 714 CERs 476.5Equipamentos para ferrovia e material de transporte n. e. 346 Material de escritório e informática 203 Construção e reparação naval 119

Fonte: CantorCO2e Brasil

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APA – American Power Act• Fontes renováveis de energia

– Incentivos financeiros;– Facilitando o licenciamento;– Investindo em P&D.

• CCS - Carbon Capture and Storage (captura e armazenamento de carbono)

– Institui um programa nacional para desenvolvimento da tecnologia;

– Estabelece “permissões” para empresas de energia e carbono-intensivas que utilizarem CCS;

– Estipula padrões de desempenho para termelétricas à carvão.• Transporte Limpo

– Estabelece um programa piloto de veículos elétricos;– Inclusão de gestão de GEE no planejamento de transportes.

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Política Nacional de Mudança do Clima• Lei Federal nº 12.187, 29/12/2009

• Art. 12. - Para alcançar os objetivos da PNMC, o País adotará,como compromisso nacional voluntário, ações de mitigação dasemissões de gases de efeito estufa, com vistas em reduzir entre36,1% e 38,9% suas emissões projetadas até 2020.

• A Política a Nacional de Mudança do Clima se desdobra em cincoplanos setoriais:– Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia

Legal (redução de 80%);

– Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento e dasQueimadas no Cerrado (redução de 40%);

– Plano Decenal de Expansão de Energia;

– Plano para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono naAgricultura; e

– Plano de Redução de Emissões da Siderurgia.

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Política Nacional de Mudança do Clima• Ações de mitigação nacionalmente apropriadas

(NAMAs - National Apropriated Mitigation Actions)

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Política Estadual de Mudanças Climáticas

• Estado de São Paulo, lei 13.798, 9/11/2009

• Artigo 32 - O Poder Executivo, por intermédio daSecretaria do Meio Ambiente, deverá finalizar ecomunicar, até dezembro de 2010, o inventário dasemissões por atividades antrópicas dos gases deefeito estufa que definirão as bases para oestabelecimento de metas pelo estado.

– § 1º - O Estado terá a meta de redução global de 20%(vinte por cento) das emissões de dióxido decarbono (CO2), relativas a 2005, em 2020.

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Mercados Voluntários• Oportunidade real para pequena escala (MDL

altos custos e risco regulatório favorecem projetosHFC, N2O e CH4)

• “Patinhos feios” do MDL (eficiência energética,transporte, reflorestamento) têm mais chances

• Tese: mais flexibilidade, mais desenvolvimentosustentável, menos burocracia (capital para osprojetos, não para a estrutura)

• Forte crescimento entre 2007 e 2009 nos EUA epara ações de imagem (marketing)

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Mercados Voluntários• Busca de padronização/normas

– Chicago Climate Exchange (http://www.chicagoclimatex.com/)

– CDM Gold Standard (http://www.cdmgoldstandard.org/)

– ISO 14064 (http://www.iso.org/)

– Voluntary Carbon Standard (http://www.v-c-s.org/)

– “Over the counter markets” (OTC)

• Credibilidade depende da transparência e aceitação denormas e de registro

• Mercado emergente e pouco padronizado (“market-driven”) mas uma concorrência saudável para o MDL

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Como se preparar?• O que significaria aceitar uma congelamento de

emissões de GEEs por um período de 5 a 10 anos?• E se fosse necessária uma redução de emissões?• Quais ações são fisicamente viáveis?

Tecnologicamente viáveis? Economicamente viáveis?• Inventário de emissões pode ser um primeiro passo a

um custo relativamente baixo.• Participar politicamente da discussão.• Essenciais: entendimento do tema, transparência por

parte dos formuladores de políticas, simplicidade,participação da sociedade…

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Conclusões• Mercado de redução de emissões veio para ficar mas

alta volatilidade é provável (indecisão sofre o pós-Quioto/2012)

• Hoje há três grandes tendências competindo: duasessencialmente europeias e “top-down” (Quioto e EU-ETS) e uma “bottom-up” (mercados voluntários,principalmente nos EUA)

• Biênio 2011-12 será chave para definir rumos: paraonde vão Europa, EUA, Japão...? E grandes países emdesenvolvimento (BR, IN, CH, MX, ZA, ID, NG...)?

• Iniciativa privada “acordou” para o tema e deveráinfluenciar mais (capacitação é essencial)

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Contato

A. Ricardo J. Esparta

EQAORua Padre João Manoel 22201411-000 São Paulo-SP

Tel. (11) 3063-9068

E-mail: [email protected]

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