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Coordenação: Célia Landmann Szwarcwald Francisco Viacava. Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006. [email protected]. Histórico da pesquisa: World Health Survey Realização da Pesquisa Mundial de Saúde (PMS) no Brasil - PowerPoint PPT Presentation
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Pesquisa Mundial de Saúde Pesquisa Mundial de Saúde no Brasilno Brasil
CEENSP – Rio de JaneiroCEENSP – Rio de Janeiro29 de março de 200629 de março de 2006
Coordenação: Célia Landmann Szwarcwald Francisco Viacava
Histórico da pesquisa: World Health Survey
Realização da Pesquisa Mundial de Saúde (PMS) no
Brasil
Metodologia: amostragem, trabalho de campo,
questionário e análise de dados
Publicação: suplemento especial dos Cadernos de
Saúde pública
Resultados da PMS
Desdobramentos
Apresentação
O Relatório da Organização da Saúde (OMS) do ano de
2000 teve o objetivo de propor uma metodologia para a
avaliação de desempenho dos sistemas de saúde dos países
membros.
Embora com objetivos louváveis de avaliação da resposta
do sistema de saúde e de monitoramento das desigualdades
no financiamento e no estado de saúde, a metodologia
utilizada foi problemática e sujeita às mais diferentes críticas
dos países membros.
Histórico – Relatório da OMS, 2000
A metodologia utilizada, combinou, matematicamente, em
um índice único, indicadores de aspectos distintos em uma
medida única de desempenho, desprovida de significado
conceitual.
O índice foi utilizado para classificar os países membros de
acordo com o seu desempenho.
Os países foram classificados em uma tabela, onde o Brasil
ficou na 125a posição.
Histórico - Relatório da OMS, 2000
Na ocasião da publicação do Relatório de 2000, o governo
brasileiro levantou sérias questões a cerca da validade da
metodologia utilizada para a obtenção da classificação dos
países membros.
As principais críticas referiram-se não só à metodologia
utilizada mas também à falta de utilidade do exercício como
um instrumento para subsidiar a definição das políticas de
saúde.
Compreendeu-se que a classificação dos países era feita a
partir de um indicador único, conceitualmente vago e
empiricamente incorreto.
Histórico – Críticas à metodologia proposta
A utilização de metodologias de avaliação cientificamente
questionáveis e a ausência de dados para a construção dos
indicadores impuseram à comunidade científica internacional
uma ampla revisão metodológica dos procedimentos
empregados.
Vários artigos científicos, elaborados por pesquisadores de
diferentes países, foram dedicados a apontar falhas
metodológicas e conceituais na metodologia de avaliação
proposta pela OMS.
Histórico – Críticas à metodologia proposta
Em 2001, em fase de reformulação, a OMS propôs a
aplicação de inquérito populacional dirigido a suprir
informações para a avaliação de desempenho dos sistemas de
saúde dos países membros.
O inquérito foi denominado de “World Health Survey”, e ,
no Brasil, de “Pesquisa Mundial de Saúde” (PMS).
Trata-se de um inquérito populacional para coletar
informações sobre o estado de saúde da população, avaliação
de programas de saúde bem como sobre a qualidade da
resposta dos serviços de saúde, sob a ótica do usuário.
World Health Survey
Como parte desta iniciativa, o governo brasileiro firmou
acordo com a OMS para a realização da PMS no Brasil, cuja
responsabilidade de execução coube à Fundação Oswaldo
Cruz, sob nossa coordenação.
O questionário originalmente proposto pela OMS foi
inteiramente revisto e modificado, desenvolvendo-se as
adaptações necessárias às particularidades do nosso sistema
de saúde.
Pesquisa Mundial de Saúde
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, em dezembro de 2002. A pesquisa foi realizada no Brasil de janeiro a setembro de 2003. Após o processo de codificação e digitação, a análise dos dados teve início em maio de 2004.A pesquisa teve os seguintes financiamentos:
US$ 185000.00 – OMS para realização da pesquisa no BrasilR$ 74000,00 – CNPq para o processo de entrada e análise dos dadosR$ 99000,00 – DECIT para análise dos dados, organização de seminários e publicação do suplemento.
Pesquisa Mundial de Saúde
Módulos pesquisados:
Condições socioeconômicas
Auto-Avaliação do estado de saúde
Fatores de risco (fumo, álcool, atividade física, nutrição, fatores ambientais);
Alguns problemas de saúde (situações crônicas - diagnóstico e tratamento; situações agudas - assistência);
Cobertura de programas de saúde como assistência pré-natal e saúde materno-infantil;
Avaliação da resposta do sistema de saúde do ponto de vista do usuário;
Gastos relativos das famílias em saúde
Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil
O tamanho de amostra foi estabelecido em 5000 indivíduos adultos (18
anos e mais de idade).
A amostragem foi em múltiplos estágios, selecionando-se 250 setores
censitários no território nacional e 20 domicílios em cada setor. Em cada
domicílio, foi identificado um morador para responder às perguntas
relativas às características do domicílio. Apenas um indivíduo do
domicílio, selecionado com eqüiprobabilidade entre todos os moradores
adultos, respondeu ao questionário individual.
Pesquisa Mundial de Saúde - Amostragem
A Pesquisa Mundial da Saúde foi aplicada no Brasil subdividida em
10 pesquisas regionais, que foram coordenadas por pesquisadores
experientes na área de Saúde Pública, os Coordenadores Locais.
Para cada pesquisa regional, foi formada equipe por 4 entrevistadores
e um supervisor, selecionada e treinada pelo Coordenador Local. Cada
pesquisa regional abrangeu de 300 a 500 entrevistas domiciliares, ou seja
de 15 a 25 setores censitários, em distintas áreas geográficas do País.
Pesquisa Mundial de Saúde – Trabalho de Campo
Coordenação Geral Célia Landmann Szwarcwald
Francisco ViacavaAmostragem Maurício de Leite Vasconcellos
Coordenadores Locais1. Região Norte
2. Estado do MA
3. Estados de SE e BA
4. Estados do PI e CE
5. Estados de RN, PB, PE e AL
6. Estado de MG
7. Estados do RJ e ES
8. Estado de São Paulo
9. Região Sul
10. Região Centro-Oeste
Rita Bacuri e Silvana Granado Gama
Maria do Carmo Leal e Cleide Pestana
Maria do Carmo Leal e Marcia de Costa Mazzei
Paulo Germano de Frias
Wayner Vieira de Souza
Sonia Lansky
Mariza Theme, Silvana Granado Gama e Paulo Borges
Luis Otávio Azevedo e Manoel C. S. de A. Ribeiro
Karin Regina Luhm, Simone dos Santos e Paulo Borges
Marcelo Felga de Carvalho e Maria Goretti Fonseca
Foram utilizadas ponderações levando-se em consideração o desenho
da amostragem.
Foram analisados os seguintes módulos: estado de saúde, fatores de
risco, morbidade auto-referida, cobertura de programas de saúde, e grau
de satisfação com os serviços de saúde do ponto de vista do usuário.
As análises foram realizadas por faixa etária, sexo e condição sócio-
econômica.
Análise dos dados
Analisada por três variáveis
Grau de Escolaridade
Número de bens
Medido pelo número de bens no domicílio: televisão, geladeira,
aparelho de som, micro-ondas, telefone, telefone celular, máquina de
lavar roupa, máquina de lavar louça, micro-computador, e número
de carros.
Índice com ponderações complementares à proporção de posse de
cada bem.
Situação de trabalho (trabalhador não manual; trabalhador manual;
desempregado; aposentado; doente ou incapacitado; estudante; dona de
casa)
Condição Socioeconômica
Os primeiros resultados foram apresentados no RADIS e
na Revista de Manguinhos, 2004.
Foram feitas várias palestras em congressos nacionais e
internacionais.
Lançamento do suplemento dos Cadernos de Saúde
Pública, que reúne os principais resultados obtidos na
análise dos dados da PMS brasileira.
Resultados - Publicações
Relato da experiência de campo
Três artigos com procedimentos metodológicos inovadores
Descrição do processo de seleção dos domicílios por
esquema de amostragem inversa
A construção da esperança de vida saudável, medida
que combina indicadores de mortalidade e morbidade em
índice único
A metodologia de vinhetas, estórias hipotéticas que
descrevem problemas de terceiros, que foi testada quanto
à sua possível utilização para calibração da escala ordinal
da auto-avaliação do estado de saúde por nível
socioeconômico.
Artigos do Suplemento
Dois artigos abordaram a percepção da própria saúde nos
seus vários domínios:
Mostraram acentuadas desigualdades socioeconômicas
bem como a influência da conjuntura social adversa
sobre a saúde do cidadão brasileiro.
Em relação aos comportamentos saudáveis:
Foi estudado o consumo de frutas e hortaliças na
totalidade da população brasileira
Entre as mulheres, caracterizou-se o perfil sócio-
demográfico daquelas que têm cuidados adequados com a
sua saúde.
Artigos do Suplemento
Quatro artigos relacionados à assistência de saúde:
A cobertura de diagnóstico e tratamento de seis
doenças crônicas
As características da utilização de medicamentos na
população brasileira;
A cobertura de plano de saúde privado em associação
com a utilização de serviços;
O grau de satisfação com a assistência prestada sob a
ótica do usuário.
Artigos do Suplemento
Alguns ResultadosAlguns Resultados
Evidências de desigualdades Evidências de desigualdades socioeconômicas em saúdesocioeconômicas em saúde
Medido por:
Em geral, como o sr. avalia sua saúde? (Escala de 1 a 5, 1=muito boa e 5=muito ruim)
Auto-Avaliação do Estado de Saúde
Auto-Avaliação da Saúde
muito ruimruimmoderadoboamuito boa
Per
cent
ual (
%)
50
40
30
20
10
0
15%
39% 38%
7%2%
Auto-avaliação do estado de saúde por número de bens no domicílio
Nú
me
ro d
e b
en
s
0-3
4-7
8+
1009080706050403020100
muito ruim
ruim
moderado
boa
muito boa
9% 33% 44% 14%
15% 39% 38% 8%
23% 49% 25%
3%
Percentual com auto-avaliação boa/muito boa
Sexo Faixa Etária
Grau de Escolaridade
Total Fundamental incompleto
Fundamental completo e
ensino médio incompleto
Ensino médio completo
Feminino
18-29 51,5 64,0 75,9 64,7
30-44 39,6 54,4 73,2 52,5
45-59 25,2 39,7 51,8 32,2
60+ 22,2 33,3 36,7 24,1
Total 33,9 55,1 69,4 47,5
Masculino
18-29 65,8 78,4 83,0 75,2
30-44 57,8 65,3 76,8 64,9
45-59 45,3 61,5 68,5 53,1
60+ 27,9 45,8 45,1 31,4
Total 49,4 69,8 75,3 60,2
Total
18-29 58,5 71,1 78,9 69,6
30-44 47,8 59,4 74,8 58,1
45-59 33,5 50,5 60,1 41,3
60+ 24,9 39,6 42,0 27,7
Total 41,0 62,2 72,1 53,3
Percentual de indivíduos com auto-avaliação da saúde boa ou muito boa segundo faixa etária, sexo e grau de escolaridade. Brasil, 2003
Modelo I
VariávelSexo Feminino Sexo Masculino
Exp (b) IC95% Exp (b) IC95%
Idade 0,969** 0,96-0,98 0,968** 0,96-0,97
Grau de Escolaridade
Fundamental incompleto 0,304** 0,24-0,38 0,410** 0,31-0,54
Ensino médio incompleto 0,532** 0,40-0,71 0,691** 0,49-0,97
Ensino médio completo 1,000 - 1,000 -
Modelo II
VariávelSexo Feminino Sexo Masculino
Exp (b) IC95% Exp (b) IC95%
Idade 0,964** 0,96-0,97 0,965** 0,96-0,97
Grau de Escolaridade
Fundamental incompleto 0,458** 0,37-0,57 0,584** 0,42-0,81
Ensino médio incompleto 0,655** 0,49-0,87 0,830** 0,58-1,18
Ensino médio completo 1,000 - 1,000 -
Indicador de bens 1,372** 1,26-1,49 1,248** 1,11-1,40
Determinantes sócio-demográficos da auto-avaliação de saúde boa ou muito boa. Brasil, 2003
* Valor de p < 5% ; ** Valor de p < 1%
Modelo III
VariávelSexo Feminino Sexo Masculino
Exp (b) IC95% Exp (b) IC95%
Idade 0,968** 0,96-0,98 0,968** 0,96-0,98
Grau de Escolaridade
Fundamental incompleto 0,476** 0,37-0,61 0,710 0,50-1,01
Ensino médio incompleto 0,657** 0,49-0,88 0,985 0,68-1,44
Ensino médio completo 1,000 - 1,000 -
Indicador de bens 1,346** 1,23-1,47 1,177** 1,04-1,33
Trabalho
Trabalhador não manual 1,000 - 1,000 -
Trabalhador manual 0,884 0,63-1,24 0,547** 0,39-0,76
Dona de casa 0,862 0,66-1,13 - -
Desempregado 0,946 0,66-1,36 0,586* 0,39-0,89
Aposentado / Incapacitado 0,701 0,46-1,07 0,452** 0,30-0,68
Determinantes sócio-demográficos da auto-avaliação de saúde boa ou muito boa. Brasil, 2003
* Valor de p < 5% ; ** Valor de p < 1%
Percentual (%) de indivíduos com auto-avaliação do estado de saúde “ruim” ou “muito ruim” segundo a presença de problemas de saúde
nenhum destesasmadepressãodiabetesartriteesquizofreniaangina
Pe
rce
ntu
al (
%)
30
25
20
15
10
5
0
27 26
24 24
1614
5
Proporção (%) percepção em grau grave de problemas relacionados ao estado de ânimo por faixa etária e sexo
SexoFaixa Etária
Tristeza ou Depressão
Preocupação ou Ansiedade
Estado de ânimo
F 18-29 12,7 20,9 23,7
30-44 17,8 27,4 30,7
45-59 24,6 35,7 38,1
60+ 28,1 35,0 38,2
Total 19,3 28,5 31,4
M 18-29 6,4 11,9 13,7
30-44 8,8 18,1 19,4
45-59 10,6 18,6 21,0
60+ 12,1 20,2 22,1
Total 9,0 16,6 18,4
Percentual (%) de homens com grau grave de problemas relativos ao estado de ânimo por situação de emprego e faixa etária
Faixa Etária Situação de Emprego Percentual (%)
18-34 Empregado
Desempregado
Aposentado/Incapacitado
Total
13,1
23,7
16,7
15,3
35-49 Empregado
Desempregado
Aposentado/Incapacitado
Total
15,2
38,4
45,4
19,9
50+ Empregado
Desempregado
Aposentado/Incapacitado
Total
18,0
35,3
24,7
21,4
Resultados da Regressão Logística
Variáveis IndependentesF M
Exp (b)Valor de p
Exp(b)Valor de p
18-29 anos30-44 anos45-59 anos
0,6510,8891,026
0,017NSNS
0,4800,7760,981
0,007NSNS
Tem doença de longa duração 2,249 0,000 4,004 0,000
Lesão corporal 1,966 0,000 2,030 0,000
Indicador de bens 0,953 NS 0,839 0,026
Ensino fundamental incompletoEnsino médio incompleto
2,2211,754
0,0000,002
1,1281,429
NSNS
Casado 0,863 NS 0,606 0,006
Desempregado 1,484 0,023 2,129 0,000
Resposta - Percepção em grau grave de tristeza ou depressão
Resultados da Regressão Logística
Variáveis IndependentesF M
Exp (b)Valor de p
Exp (b)Valor de p
18-29 anos30-44 anos45-59 anos
0,7410,9941,184
NSNSNS
0,5320,9420,957
0,007NSNS
Tem doença de longa duração 1,923 0,000 3,084 0,000
Lesão corporal 1,727 0,000 1,929 0,000
Indicador de bens 0,935 NS 0,928 0,026
Ensino fundamental incompletoEnsino médio incompleto
1,6101,407
0,0000,024
1,1031,227
NSNS
Casado 1,011 NS 0,889 NS
Desempregado 1,357 0,026 2,602 0,000
Variável Resposta - Percepção em grau grave de preocupação ou ansiedade
Cobertura de programas I. Saúde bucal Durante os últimos 12 meses, o sr(a) teve algum
problema com sua boca e / ou dentes? Durante os últimos 12 meses, o sr(a) recebeu alguma
assistência ou tratamento para este problema? Perda de todos os dentes naturais
II. Exames preventivos de câncer de colo de útero e mama
Exame ginecológico periódico em mulheres 18-69 anos
Mamografia mulheres de 40-69 anos
Percentual (%) de indivíduos que perderam todos os dentes naturais segundo faixa etária, sexo e número de bens
Sexo Faixa etária 0-3 bens 4-7 bens 8+ bens Total
F
18-34
35-49
50+
T
3,2
14,6
55,9
21,3
2,0
10,8
46,8
18,0
0,7
4,3
18,9
6,9
2,3
10,5
45,1
17,2
M
18-34
35-49
50+
T
3,2
6,7
33,3
12,9
2,4
5,6
33,4
12,3
-
1,8
11,7
4,5
2,3
5,2
29,5
11,2
T
18-34
35-49
50+
T
3,2
11,0
45,6
17,5
2,2
8,5
40,7
15,4
0,4
3,3
15,6
5,9
2,3
8,2
37,8
14,4
Distribuição (%) dos indivíduos por ocorrência de problema bucal no último ano e recebimento de assistência por número de bens
Nú
me
ro d
e b
en
s
0-3
4-7
8+
Percentual
1009080706050403020100
Problema bucal
Teve e não tratou
Teve e tratou
Não teve
66,9 17,7 15,4
64,8 25,1 10,1
60,0 35,4 4,6
Variáveis Categorias
Preventivo para câncer de colo de
úteroMamografia1
% р* % p*
Tamanho do município< 50 mil50 até 400 mil400 mil +
56,867,572,3
0,00034,244,162,3
0,000
Faixa etária (anos)
18-2930-3940-4950-69
53,177,175,662,2
0,000
--
45,548,6
-
NS
Teve ou não filhos entre mulheres de 18-29 anos
Já teve filhosNão teve filhos
64,540,8 0,000 -
---
Grau de escolaridade Fundamental incompletoFundamental completo +
60,770,9 0,000 36,6
70,3 0,000
Cor da pele BrancaOutra
67,363,5 0,026 54,3
39,5 0,000
Situação conjugalCasada / CompanheiroNão vive com o companheiro
72,454,9 0,000 49,2
43,9 0,080
Tem trabalho remunerado SimNão
70,762,0 0,000 53,2
43,6 0,002
Número de bens domicílio0-34-78+
53,467,181,1
0,00021,649,275,2
0,000
Plano de Saúde SimNão
82,159,6 0,000 72,3
36,7 0,000
Proporção (%) de mulheres que fizeram exame preventivo para câncer de colo de útero e mamografia há menos de três anos segundo as características sócio-demográficas. Brasil, 2003
* Valor do nível descritivo de significância do teste de homogeneidade de proporções;1 Somente para mulheres entre 40 e 69 anos de idade.
Avaliação da última assistência de saúde pelo usuário I. Atendimento Ambulatorial (último ano)
Satisfação com as habilidades do profissional de saúde; equipamentos; e disponibilidade de medicamentos
Escala (adequado ou inadequado)
No seu último atendimento, como o sr(a) avalia o XXX? Tempo de deslocamento Tempo de espera Tratamento respeitoso Intimidade respeitada Clareza nas explicações dadas pelos profissionais de saúde Tempo para fazer perguntas Possibilidade de obter informações Participação na tomada de decisões Falar em privacidade com profissionais de saúde Sigilo das informações pessoais Liberdade de escolha do profissional de saúde Limpeza das instalações Espaço disponível das salas de espera e de exames
Escala (1=muito bom a 5=muito ruim)
Avaliação da última assistência de saúde pelo usuário I. Atendimento Ambulatorial (último ano)
Índice de avaliação do atendimento ambulatorialAtribuiu-se um ponto para cada resposta “muito boa” ou “boa” relativa à avaliação de cada um dos aspectos do atendimento.Utilizou-se escala variando de 1 a 100.
Sentimento de Discriminação- O sr (a) achou que os profissionais de saúde lhe trataram pior do que às outras pessoas por algum destes motivos? • Sexo
• Idade
• Falta de dinheiro
• Classe social
• Cor
• Tipo de doença
• Nacionalidade
Distribuição dos indivíduos de acordo com ter conseguido assistência na última vez que precisou
Conseguiu assistência
nãosim
Pe
rce
ntu
al (
%)
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
97,3
2,7
Distribuição(%) dos indivíduos de acordo com a quantidade de medicamentos prescritos que conseguiu obter na última vez que precisou de assistência
Número de medicamentos prescritos
Muito poucos/nenhumGrande parteTodos
Pe
rce
ntu
al (
%)
100
80
60
40
20
0
86,9
5,4 7,7
Distribuição(%) dos usuários segundo a forma de pagamento do atendimento ambulatorial no último ano
Forma de pagamento
Não pagou/SUSAtravés do planoDireto/sem reembolso
Pe
rce
ntu
al
70
60
50
40
30
20
10
0
19,021,3
59,7
Percentual (%) de indivíduos com avaliação “muito ruim” ou “ruim” segundo aspectos relativos à assistência ambulatorial
1.Tempo de espera
2.Liberdade de escolha do profissional de saúde
3.Participação na tomada de decisões sobre o tratamento
4.Possibilidade de obter informações sobre outros tipos de tratamento
5.Espaço disponível das salas de espera e dos exames
6.Tempo gasto de deslocamento
7.Tempo para fazer perguntas
8.Clareza nas explicações
9.Limpeza das instalações do serviço
10.Privacidade com os profissionais de saúde
11.Tratamento respeitoso
12.Sigilo sobre as informações pessoais
13.Intimidade respeitada
13121110987654321
Perc
entu
al
30
25
20
15
10
5
0
Percentual (%) de satisfação segundo tipo de assistência, forma de pagamento e aspectos relacionados à avaliação do atendimento. Brasil, 2003
Atendimento Ambulatorial
Aspecto
Forma de PagamentoTotal
N =2388Não SUSN= 961
SUSN= 1427
Tempo de deslocamentoTempo de espera até ser atendidoRespeito no tratamentoRespeito à intimidadeClareza das explicaçõesTempo para fazer perguntasInformações sobre tratamentos alternativosParticipação nas decisões sobre a condutaPrivacidade com os profissionais de saúdeSigilo das informações pessoaisLiberdade de escolha do profissional de saúdeLimpeza das instalaçõesEspaço das salas de espera e dos examesHabilidades do profissional de saúde satisfatóriasEquipamentos adequados Disponibilidade de medicamentos adequada
78,273,496,697,193,590,285,885,294,396,787,797,688,096,796,688,2
68,845,486,093,980,165,960,159,883,389,149,079,263,990,387,775,9
72,656,790,295,285,575,770,470,087,792,264,686,673,692,991,380,8
Índice médio de avaliação do atendimento ambulatorial segundo
forma de pagamento do atendimento
71,6
88,6
Forma de pagamento
Não pagou/SUSAtravés do planoDireto/sem reembolso
Índ
ice
de
ava
liaçã
o d
o a
ten
dim
en
to
90
85
80
75
70
65
60
88 89
70
77
Percentual (%) de indivíduos que sofreram algum tipo de discriminação segundo o tipo de assistência e forma de pagamento. Brasil, 2003
AspectoForma de pagamento
TotalNão SUS SUS
Discriminação por sexo
Discriminação por idade
Discriminação por falta de dinheiro
Discriminação por classe social
Discriminação por cor
Discriminação por tipo de doença
Discriminação por nacionalidade
1,4
1,5
5,2
5,2
1,0
1,3
0,0
1,4
2,0
11,1
9,5
1,4
2,0
0,3
1,4
1,8
8,7
7,8
1,2
1,7
0,2
Foram encontradas acentuadas desigualdades socioeconômicas no desempenho do sistema de saúde, que se refletem nas suas várias dimensões: estado de saúde; cobertura de programas; utilização dos serviços de saúde.
Para qualquer uma das variáveis representativas da condição social, o gradiente da saúde é sempre desfavorável aos de pior nível socioeconômico.
O gradiente mais acentuado foi encontrado para saúde oral. Embora reflexo da negligência a esta área no passado, as desigualdades na assistência bucal persistem.
O desemprego tem afetado o estado de ânimo do brasileiro.
Apesar das desigualdades na utilização dos serviços de saúde, 97% da população brasileira conseguiu assistência quando precisou, e 86% conseguiu obter os medicamentos prescritos. As maiores queixas foram o tempo de espera para o atendimento e a falta de liberdade de escolha do profissional de saúde.
A discriminação pela pobreza foi o motivo mais freqüentemente citado.
Os resultados mostram que os princípios que regem o SUS conseguem modificar as dramáticas iniqüidades socioeconômicas da população brasileira, mas só parcialmente.
Sumário dos Resultados
Os resultados da PMS brasileira trouxeram informações relevantes para o aprimoramento da metodologia de avaliação do desempenho dos sistemas de saúde, contribuindo ao debate internacional iniciado em 2000.
As investigações aprofundadas de cada aspecto indicaram a manutenção de uma abordagem multidimensional, não só para possibilitar uma avaliação mais adequada à complexidade do objeto mas, sobretudo, para subsidiar decisões que atendam às reais necessidades da população.
Conclusões
No ano de 2005, o questionário da PMS foi adaptado para
avaliação da atenção básica em saúde.
Alguns módulos do instrumento original da PMS foram
mais detalhados, visando o aprofundamento de certas
questões, como o desempenho do Programa de Saúde da
Família.
Como parte dos estudos de linha de base do projeto
PROESF, o inquérito foi realizado em quatro municípios do
Estado do Rio de Janeiro e em 10 municípios com mais de
100000 habitantes das regiões Norte e Nordeste.
Desdobramentos
A pesquisa foi realizada também nos municípios do Rio de Janeiro e Recife, como parte de um projeto financiado pelo CNPq, para aprofundar o conhecimento sobre:
O desempenho da atenção básica em saúde em metrópoles brasileiras, onde há um grande desequilíbrio na distribuição da renda e grande parte da sua população se concentra em favelas.
As desigualdades de acesso e utilização dos serviços de saúde e outros serviços coletivos necessários ao bem-estar social.
A influência da concentração residencial de pobreza sobre a auto-avaliação da saúde e outras medidas de morbidade referida.
Desdobramentos