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PETIÇÃO INICIAL

Petição inicial

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Petição inicial

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LINHA 3

PETIO INICIAL

A Petio inicial a pea processual que instaura o processo jurdico, levando aoJuiz-Estadoos fatos constitutivos do direito, tambm chamados decausa de pedir, os fundamentos jurdicos e opedido. Em outras palavras, um texto escrito (discurso burocrtico) em que se solicita algo que permitido por lei, que d incio atividade jurisdicional do Estado para tutela de um direito. Segundo Medeiros (2010, p. 275), todo pedido que se encaminha a uma autoridade do Servio Pblico. Uma breve definioA petio inicial tambm pode ser chamada de: pea vestibular, pea autoral, pea prefacial, pea pr-ambular, pea exordial, pea isaggica, pea introdutria, petitrio inaugural, pea prtica, pea de ingresso.Reza o Cdigo de Processo Civil: Art. 2 Nenhum juiz prestar a tutela jurisdicional, seno quando a parte ou interessado a requerer, nos casos e formas legais.

Do enunciado verifica-se ser a forma uma estrutura nica (singular) para atender os diversos casos (plural), devendo respeitar a Inicial os requisitos externos e internos exigidos pelo art. 282 do Cdigo de Processo Civil. Sendo assim, o direito de agir formaliza-se na invocao da tutela jurisdicional do Estado por intermdio de uma petio endereada ao juiz. Esta ser protocolada no frum da comarca em que o processo ser distribudo.

Art. 282. A petio inicial indicar: I o juiz ou tribunal, a que dirigida;II os nomes, prenomes, estado civil, profisso, domiclio e residncia do autor e do ru;III- o fato e os fundamentos jurdicos do pedido;IV- o pedido, com as suas especificaes;V- o valor da causa;VI- as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;VII- o requerimento para a citao do ru.

Exigncia do art. 282, CPC, quanto elaborao das peties51- Vocativo/endereamento: indicao do juiz ou tribunal a que se dirige. o cabealho ou endereo da petio, no sendo o juiz indicado pelo nome, mas em razo de seu cargo. Havendo diversas varas, deixar-se- um espao em branco a ser preenchido pelo distribuidor, que dir a qual deles tocar o efeito: este ser competente para conhecer do pedido.Aspectos estruturais da petio2- Qualificao do autor: o art. 282, II, exige expressamente os dados individualizados do autor: nomes e prenomes, estado civil, profisso, domiclio e residncia. Alm desses, so considerados imprescindveis para individualizar o interessado na tutela jurisdicional do Estado, a naturalidade e documentos pessoais. Tambm sendo a residncia e domiclios distintos, no se h exigir os dois endereos, podendo apontar um deles, mesmo que a referncia se faa residncia e domiclio, porque este ltimo pode ser eleito pelo autor, recaindo no endereo da residncia, salvo os casos do domiclio em lei exigidos.

3- Indicao da Ao: deve-se indicar o tipo de ao (nome da ao) a que se pretende dar incio e seus dispositivos legais.4- Qualificao do ru: deve ele ser individualizado com as mesmas informaes exigidas ao autor. Quando impossvel, por desconhecidos os dados em lei apontados, a Inicial deve fornecer, de forma objetiva, elementos esclarecedores que o distingam, tornando certo o polo passivo da relao processual pretendida. de se esclarecer que a residncia/domiclio referncia obrigatria, at porque em funo dela fixada a competncia do juiz.

5- Narrativa dos fatos e fundamentos jurdicos do pedido: cumpre ao peticionrio expor a causa petendi de forma clara e objetiva (os dispositivos legais devem estar presentes para fundamentar os fatos narrados). A exposio dos fatos e dos fundamentos jurdicos da pretenso do autor deve transparecer a possibilidade jurdica do pedido, a legitimao para agir e o interesse de agir, em anlise ltima, as condies da ao.

6- O pedido e suas especificaes: o pedido o prprio objeto da ao; assim, h de ser claro, indicando as providncias a serem satisfeitas, incluindo os consectrios legais. Resulta ele da exposio do fato e dos fundamentos jurdicos do pedido, pois que da narrativa dos fatos deve decorrer logicamente a concluso, nos termos do inciso II do art, 295, CPC. 7- As provas para demonstrao do alegado: consoante ensinamento milenar, ao autor incumbe provar o alegado. Assim, de nada valer uma narrativa bem articulada e fundamentada, se prova no houver, testemunhal, documental ou pericial.8- Requerimento para a citao do ru: necessita o ru ter conhecimento do pedido contra ele articulado para que, se o quiser, possa vir defender-se em juzo. 9- Valor da causa: matria processual de suma importncia, porque da sua fixao dependem providncias e medidas entre as quais a competncia e o rito a serem indicados. 10- Documentos para instruo da inicial: a inicial ser instruda com os documentos indispensveis a sua propositura. A procurao com clusula Ad Judicia , obrigatoriamente, o primeiro documento a ser juntado.

Recomenda-se escrever o endereamento por extenso e com letras maisculas ( em negrito e em fonte maior do que a do texto);exige-se um espao maior entre o endereamento e o corpo do texto para que se possa inserir a etiqueta de protocolo (aproximadamente 8cm);o primeiro pargrafo (qualificao do autor/requerente), recomenda-se um recuo de at 8cm, a fim de que se possa destacar os dados individualizados do autor;

Alguns apontamentos sobre a Inicialo nome da ao tambm deve ser destacado com fonte maior e letras maisculas; deve-se deixar um espao maior entre os pargrafos;Deve-se utilizar a variedade lingustica culta de forma objetiva e impessoal: o texto deve ser redigido na 3 pessoa do singular; uma linguagem correta e precisa, coerncia na argumentao, clareza na exposio das ideias, objetividade, conciso e fidelidade s fontes citadas.

Margens: superior 3cm, esquerda de 4 cm e inferior e direita de 2 cm;Pargrafos: Justificados, com espao duplo entre os pargrafos. Fonte: Times New Roman ou Arial (No nosso caso, deve-se utilizar somente Times New Roman). Recomenda-se, quando digitado, fonte tamanho 12 para todo o trabalho, excetuando-se as citaes com mais de trs linhas, notas de rodap, que devem ser em tamanho menor e uniforme (Fonte 10).Entrelinhas: 1,5 para todo o trabalho, excetuando-se as notas de rodap (espao simples). Como no h um item para as referncias, deve-se indicar a origem da citao em nota de rodap.

Formatao sugerida No fecho, utiliza-se as expresses:Ex 1: Nestes termos pede deferimento

Ex 2:Nestes termos pede e espera deferimento

Ex 3: Termos em que pede deferimento.

Em seguida: Local e data. Assinatura. um documento por meio do qual um indivduo, chamando outorgante (mandante), confere a outra pessoa, chamada outorgado (mandatrio), poderes para praticar atos em seu nome e por sua conta. Conforme os poderes, a procurao recebe vrios nomes: procurao ad judicia, procurao em causa prpria, procurao em termos gerais, procurao especial, procurao extrajudicial, procurao geral, procurao particular, procurao pblica, procurao insuficiente, dentre outras. PROCURAO AD JUDICIAQuanto natureza: a) Procurao Judicial destinada a procurar em juzo. O mandato ou procurao judicial chamado de Procurao Ad Judicia.AD JUDICIA- a clusula que nomina a procurao para fins judiciais, no foro em geral.

b) Procurao Extrajudicial: para os negcios em geral(O mandato ou procurao extrajudicial chamado de Procurao Ad Negotia)Consoante a regra do art. 36 do Cdigo de Processo Civil (CPC), s o advogado legalmente habilitado (regularmente inscrito na Ordem dos Advogados e sem impeditivos), salvo os casos em que se permite postular em causa prpria, pode procurar em juzo. Da a necessidade da procurao, sendo obrigatria a clusula Ad Judicia para o foro em geral, devendo estar expressos os poderes especiais enumerados no art. 38, CPC .

O Art. 38, CPC, diz que a clusula ad judicia (procurao geral para o foro) habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber a citao inicial, confessar, reconhecer a procedncia do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ao, receber, dar quitao e firmar compromisso, estabelecendo o pargrafo nico que o Cdigo indica os processos em que a procurao deve conter poderes para os atos, que os exijam especiais.(DAMIO; HENRIQUES, 2010, p. 176, 177)1-Ttulo: PROCURAO AD JUDICIA2- Qualificao: nome, nacionalidade, estado civil, profisso, RG, CPF e residncia do outorgante (constituinte ou mandante) e tambm do outorgado (procurador ou mandatrio).3- Finalidade e poderes: parte em que o outorgante declara a finalidade da procurao, bem como autoriza o outorgado a praticar os atos para os quais nomeado.4- Local, data e assinatura do outorgante.

Estrutura da procurao Ad JudiciaDAMIO, Regina Toledo; HENRIQUES, Antonio. Curso de Portugus Jurdico.10 ed. So Paulo: Atlas, 2009.

MEDEIROS, Joo Bosco; TOMASI, Carolina. Portugus Forense: lngua portuguesa para Curso de Direito. 5.ed. So Paulo: Atlas, 2010.

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