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GUIA DE 12 PÁGINAS ESPECIAL DSLR COMPACTAS APROVADAS RETRATOS COM AMBIENTE Aproveite o fundo e integre-o à foto NIKON 3DS CANON EOS 7D SONY α500 PANASONIC FX65 SONY WX1 CANON S90 Use o flash com criatividade Saiba aproveitar os reflexos CIA DE FOTO Grupo de fotógrafos brasileiros inova em técnica e método CARREIRA Amador ou profissional: ainda faz alguma diferença? PHOTOSHOP Tutoriais de filtros e efeitos Teste: Elements 8 Máquinas de alto nível, mas acessíveis: Como comprar uma câmera reflex Entenda as especificações técnicas Conheça estes objetos de desejo: SUA NOVA REVISTA DE FOTOGRAFIA! Tutoriais • Técnicas • Testes • Truques Edição 01 www.fotografodigital.com.br CD GRÁTIS! • plug-ins de photoshop • AmostrAs dos testes • mAtériAs em pdf • videoAulA EDIçãO 01 R$ 14,90 ¤4,90 7 898492 896637

Photographer Brasil

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Primeiras edição da revista Photographer Brasil, com dicas sobre fotografia, equioamnetos e muito mais.

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GUIA de 12 PÁGINAS

eSPecIAl dSlr

comPActAS AProvAdAS

RETRATOS COM AMBIENTEAproveite o fundo e integre-o à foto

NIkoN 3dScANoN eoS 7d SoNy α500 PANASoNIc FX65SoNy WX1 cANoN S90

Use o flash com criatividadeSaiba aproveitar os reflexos

cIA de FotoGrupo de fotógrafos brasileiros inova em técnica e método

cArreIrAAmador ou profissional: ainda faz alguma diferença?

PHotoSHoP Tutoriais de filtros e efeitos Teste: Elements 8

Máquinas de alto nível, mas acessíveis:

Como comprar uma câmera reflexEntenda as especificações técnicasConheça estes objetos de desejo:

SuA NOVA REVISTA dE fOTOgRAfIA! Tutoriais • Técnicas • Testes • Truques

Edição 01

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A revista de fotografia digital para entusiastas e profissionais

Digital P

hotographer • Edição 01

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w.fotografodigital.com

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Edição 01R$ 14,90¤4,90

7 898492 896637

Tópicos08 DPBR investigaMantenha suas fotos preciosas com segurança10 CâmerasRicoh GXR, Casio EX-G1, Samsung NX10, Olympus E-P2

12 Suas ImagensUma galeria eclética de fotógrafos digitais brasileiros

20 Retratos criativosDesenvolva a sua sensibilidade estética com retratos de pessoas em seu ambiente natural

32 Aula prática com DSLRWorkshop no qual instrutor e aluno passam um dia juntos clicando e experimentando técnicas

37 Iluminação: Flash de sapataPrimeira parte de uma série de três detalhando a iluminação profissional com flashes

42 Truques: Refl exosVinte dicas valiosas para incorporar reflexos às suas composições

46 Fique por dentroPretende comprar uma DSLR? Conheça as marcas e as características das câmeras

46 HelpdeskDúvidas dos leitores sobre fotografia, equipamentos, técnicas e edição de imagem

Tutoriais52 Recortes criativos55 Máscaras56 Cor seletiva57 Efeitos de filtros fotográficos58 Blur, Sharpen e Smudge

Testes76 Nikon D3S80 Canon EOS 7D84 Sony A500 88 Panasonic Lumix FX65 90 Canon PowerShot S90 92 Sony Cyber-shot WX195 Canon EF-S 15-85mm f/3.5-5.696 Adobe Photoshop Elements 8

Talento60 CarreiraAmador, profissional, tanto faz: o que importa é a qualidade. Por Clicio Barroso

64 PortfólioKimberley French, fotógrafa de stills para cinema

68 PortfólioCia de Foto: perfil e galeria de fotos comerciais e autorais. Por Fabiana Baioni

Opinião98 Mercado fotográfi coNão abra mão das suas fotos: elas podem valer muito no futuro. Por Gilberto Tadday

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TécnicasGuias práticos para você desenvolver as suas habilidades fotográfi cas

CUSTO/BENEFÍCIO CUSTO/

Nossas medalhasEscolha do Editor é o equipamento que levou a nota máxima na edição. Custo/Benefício é o produto de melhor desempenho em sua categoria de preço. Produto Inovador é aquele que oferece mais recursos inéditos.

PRODUTOINOVADORPRODUTO

ESCOLHA DO EDITORESCOLHA

4 DIGITAL PHOTOGRAPHER BRASIL

© Cia de Foto

ConteúdoEdição 01

© Scott Holstein/Rowland Publishing

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20ESPECIAL

Um verdadeiro compêndio de

técnicas profi ssionais para retratos

© John Livzey

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Helpdesk4 Mande suas dúvidas

50 digital photographer Brasil

HelpdeskTem alguma dúvida sobre técnica fotográfica, câmeras, acessórios, tratamento de imagem?

É aqui que respondemos às questões dos leitores, baseados no acervo de informações da digital photographer e consultas diretas a especialistas.

envie um email [email protected]

ou carta paradigital photographer Brasil – helpdeskredação digeratir. haddock lobo, 347 – 12º andar01414-001 – são paulo/sp

luzes fantasmagóricas, suavização e o que fazer quando seus amigos têm câmeras melhores que a sua

p Estudo fotojornalismo e uso uma Nikon D40, uma DSLR bem básica.

Sinto que estou ultrapassado: todos os meus amigos e colegas têm Canons e Nikons mais avançadas e eu ainda estou usando uma câmera para iniciantes de 6 megapixels. Será que estou me deixando levar pela pressão do grupo? Minha câmera é muito simples de usar e tem todos os recursos de que preciso. Porém, sempre que a tiro da bolsa, todo mundo olha com cara de “É isso mesmo? Cadê sua outra câmera?” Na verdade, ainda uso a Nikon F de 1969 que meu avô me deu quando eu era criança, e adoro!

A outra razão para eu escrever é que não sou mais que um semi-profissional; faço retratos de família e cubro eventos esportivos nos fins de semana. Mas não tenho renda bastante para adquirir uma teleobjetiva zoom profissional. Assim, tive a ideia de investir em um teleconversor para minha D40, mas ouvi opiniões contraditórias sobre esses equipamentos. Será que vale a pena?Chad Martin, Califórnia, EUA

R Relaxe, a Nikon D40 é uma câmera excelente e muita gente adoraria

ter uma. O importante são as fotos que você tira, não o equipamento. Por isso, concentre-se em criar ótimas imagens e faça seus colegas invejarem a sua habilidade! No que diz respeito ao teleconversor, um modelo genérico funcionará com a maioria das objetivas de sua Nikon, mas parte da qualidade da imagem será sacrificada. Você vai gastar mais em um teleconversor da própria Nikon, que funciona melhor com certas objetivas. Porém, ele servirá apenas para as teleobjetivas para as quais foi projetado. Você não nos disse quais objetivas possui, por isso confira a compatibilidade no website da empresa. Note que os teleconversores atenuam a luz que atinge a objetiva, por isso também é útil usar um tripé. Pergunte-se por que deseja uma objetiva longa: não seria um simples caso de “inveja da lente”? Se de fato precisar dela, o melhor é poupar dinheiro e adquirir uma teleobjetiva de verdade.

Inveja da câmera

Nunca tenha vergonha do seu equipamento! o importante é

o que você faz com ele. Uma câmera não fica pior com o

tempo, é o fotógrafo que melhora

luzes fantásticasp Tirei fotos no meu jardim durante a

noite, usando uma câmera digital Pentax em modo Night. Não houve movimento na câmera e as fotos não estão fora de foco, já que as plantas, vasos e luminárias estão nítidos. Porém, as lâmpadas de jardim alimentadas por energia solar produziram feixes de luz (abaixo). O mais estranho é que a forma e a direção dos raios parece variar de uma foto a outra, embora elas tenham sido tiradas com diferença de minutos. Vocês podem me explicar o que aconteceu?Nas Long, via email

R É preciso admitir que as fotos ficaram muto bonitas, mesmo sem

você ter pretendido criar esse efeito! O problema que você experimentou não

foi causado por nada mais sinistro que simples movimentos da câmera. O modo Night foi feito para capturar as luzes de uma cidade ou, em seu caso, as lâmpadas do jardim. Por isso, ele combina o flash a uma velocidade muito lenta no obturador. As plantas e outros itens no primeiro plano de algumas fotos estão nítidos porque o breve instante de duração do flash da câmera foi suficiente para fixá-los. Mais no fundo, onde o flash não alcança, vemos os indícios do movimento da câmera. As trilhas de luz foram formadas pelas lâmpadas brilhantes quando a câmera moveu-se em sua mão – a direção varia de acordo com o movimento. Em ocasiões futuras, fixe a máquina num tripé para evitar o efeito.

Use um tripé no modo Night para evitar trilhas de luz – mas gostamos do efeito!

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helpdesk

digital photographer Brasil 51

É hora do showp Estou com um dilema. Sou iniciante em fotografia digital. No momento, tudo que

que desejo é gravar minhas fotos em um disco, fazendo uma apresentação com música de fundo. Não acho que seja nada de outro mundo. Mas também não sou especialista em computadores. Tenho o Nero 9 e não consigo entendê-lo bem. Vocês poderiam me indicar um programa mais apropriado para um novato?Barry Hamblin, Manchester, Reino Unido

R Sim, dá para usar o Nero 9 para isso, usando o aplicativo Vision do pacote. Ele permite reunir fotografias e músicas em forma de vídeo e gravar isso

tudo em um DVD para ser assistido na televisão. Em resumo, abra a opção “Criar show de Slides com fotos” e escolha seu formato final (DVD etc.). Vai se abrir uma nova janela, que permitirá arrastar as fotos direto do Windows Explorer. Clique em Áudio para adicionar arquivos de música. Selecione o tempo de exibição de cada foto (normalmente 5 a 7 segundos) e o estilo da transição. Depois, é só mandar

exportar o resultado. Também dá para criar um

show de slides com música no Microsoft PowerPoint. Esse é um programa mais popular e pode ser mais fácil de usar.

Usuários de Mac podem criar uma apresentação de slides com música no iPhoto e exportá-la para o iDVD, onde será possível gravar o DVD contendo o vídeo para assistir na televisão.

Conversão expressap Estava pensando se é possível

converter fotos do formato TIFF para JPEG. Tenho várias imagens que gostaria de converter.Dave Parke-Pearson, via email

R Isso pode ser feito com a maioria dos programas de

edição de imagem. O Photoshop é o mais conhecido, mas o princípio é o mesmo em outros softwares. Abra a imagem no Photoshop, vá a FileSave As e escolha o formato no menu pop-up que fica abaixo da lista de arquivos. Escolha JPEG e, na janela seguinte, a qualidade – o valor 10 produz imagens sem perda visível. Clique em Save e pronto!

soft-focus digitalp Gosto muito de retratos com foco suave e possuo uma objetiva soft-focus para

minha Canon EOS, que adoro. Porém, tenho algumas ótimas fotos feitas com uma objetiva normal, às quais gostaria de dar um efeito de foco suave. Achei que isso seria simples no Photoshop, mas até agora fiquei desapontado com os resultados. Estou buscando algo mais sutil. Vocês podem me ajudar?Pauline Turner, Bristol, Reino Unido

R Como sempre, no Photoshop, há mais de uma maneira de se esfolar um gato! Uma das possiblidades é aplicar um Blur a uma camada contendo uma cópia

da imagem, mantendo a camada original nítida. Isso criará o efeito sutil que você busca. É fácil de fazer e você pode ajustar as configurações. Lembre-se de trabalhar em uma cópia do arquivo e tome nota do que aplicar (o que sempre é recomendável no Photoshop) para poder repetir seus resultados favoritos. Veja como se faz:

eFeITO de FOCO sUAVeUm jeito fácil de suavizar suas fotos no Photoshop

1 duplique a camadaPrimeiro, abra a foto no Photoshop.

Na paleta Layers, clique com o botão direito na camada (deve haver apenas uma, chamada Background) e selecione Duplicate. Uma caixa de diálogo vai aparecer; dê OK.

2 BorreSelecione a nova camada na paleta

Layers. Vá a FilterBlurGaussian Blur. Na caixa de diálogo, escolha a quantidade de desfoque que deseja, sem exageros. Aqui usamos quatro pixels, mas depende do que você quer.

o iphoto (para Mac) cria apresentações de slides que depois podem ser convertidas para dVds

o photoshop oferece uma grande quantidade de formatos para salvar, inclusive alguns que nós nem sabemos para que servem

A verdade cruap Comprei uma câmera nova e uso o Photoshop Elements 7. Meu problema é que

o programa não quer abrir as fotos dessa câmera feitas em RAW. Mas as fotos RAW que eu faço com outra câmera da mesma marca abrem normalmente. O que é que há?Sid, pelo fórum da DP britânica

R O que acontece é que o formato RAW não é um padrão; depende do modelo da câmera e pode variar até entre modelos da mesma marca. Você precisa

atualizar o seu software para suportar também a máquina nova. No seu caso, significa ir ao site da Adobe (www.adobe.com) e baixar o plug-in Camera Raw 5.6. Ele serve no Adobe Elements 6 ou 7 e no Photoshop CS4, mas não em versões anteriores. Se você usasse o Photoshop CS3, como ainda é o caso de muita gente, sua única alternativa seria o programa de conversão que vem junto com a câmera.

3 Ajuste a opacidadeAinda na mesma camada, na paleta

Layer, clique em Opacity e diminua o valor. No nosso exemplo escolhemos 50%, mas brinque com os valores para encontrar o ponto justo.

4 Imagem finalO resultado é sutil e semelhante

ao obtido com uma lente de foco suave. Você pode também experimentar com os vários outros tipos de Blur oferecidos pelos filtros do Photoshop.

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TALENTo4 Carreira

Profissionais, amadores:quem liga?A revolução digital bagunçou completamente essa divisão tradicional. Clicio Barroso explica porque você, se for competente, não deve ter nenhum receio: a qualidade sempre será o diferencial

D esde que a fotografia se tornou comercialmente viável, na segunda metade do século XIX, os fotógrafos naturalmente se dividiram em categorias de acordo com seus interesses financeiros, artísticos ou políticos. Uma

consequência desta segmentação foi a criação de rótulos e sua aplicação na fotografia, fazendo com que algumas das diversas categorias, em alguns momentos, se tornassem antagônicas ao invés de uníssonas; inevitável, posto que quando interesses comerciais estão em jogo a competitividade aumenta.

Surgiu então, no decorrer do século XX, uma pirâmide social da fotografia, com os fotógrafos dedicados à publicidade se imaginando no topo, já que seu faturamento era o mais alto dentre as categorias ditas profissionais, enquanto jornalistas e documentaristas se enganavam achando que o importante não é o dinheiro, mas sim a “fotografia pura” com seu vínculo sagrado ao referente, à verdade, apesar das conhecidas manipulações de imagens por motivos estéticos, políticos ou simplesmente para destacar as suas funções conotativas; um paradoxo quando a tal fotografia do real deveria ser apenas denotativa, o que sabemos ser impossível quando se trata de imagens técnicas.

Se profissionais são aqueles que produzem fotografias comercialmente e dela tiram seu sustento, então é necessária uma preparação para que o negócio seja bem sucedido; isso inclui o domínio dos conceitos e técnicas que formam a praxis da fotografia, capital suficiente para a compra de equipamentos e instalações físicas de cimento e tijolos, e um network de clientes incentivado pelo marketing e divulgação.

Tais pré-requisitos serviam como um filtro natural, elitizando a fotografia comercial durante todo o século passado, já que equipamentos caros, educação, treinamento específico, e estúdios estavam ao alcance de apenas poucos indivíduos; os que se arriscavam por conta própria deveriam necessariamente fazer sucesso, sob o risco de falirem; e as grandes corporações, principalmente jornalísticas, contratavam como funcionários ou free-lancers aqueles fotógrafos que se destacavam mas não tinham recursos ou inclinação suficiente para montar seus próprios negócios de fotografia.

Na base da pirâmide, os amadores.

60 digiTAl phoTogrApher BrAsil

Clicio BarrosoWebsite: www.clicio.com.br

Kit: Uma Nikon D700, uma 105mm micro, uma 24–70mm f/2.8, uma Sony Alpha 900, objetivas Zeiss, uma Lumix GF1 com a 14–45mm. E muitos, muitos flashes.

Por que fotografia? “Porque é como sei me expressar. Respiro fotografia.”

Conselhos: “Se fizer, faça bem feito. Se acha que sabe o que está fazendo, não faça!”

Currículo: Fotógrafo profissional em atividade desde 1972, pioneiro da fotografia digital no Brasil e professor de tecnologia digital, prestando consultoria pela Adobe e Senac SP. Presidente da Associação de Fotógrafos Fototech e autor do blog Photo News e do podcast Lightroom Dicas. Membro do conselho curador do Paraty em Foco e integrante da Rede de Produtores Culturais da Fotografia do Brasil. É autor dos livros Adobe Photoshop: Os Dez Fundamentos e Adobe Lightroom: Guia Completo para Fotógrafos Digitais, além de publicar artigos e colunas em revistas.

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A palavra vem do latim amator, “amante”, aqueles que gostam do que fazem, sem expectativas de lucro. Alguns amadores, com recursos próprios e sem a necessidade do ganho financeiro, já que não fizeram da fotografia a sua profissão, acabaram se tornando especialistas bem informados e possuidores de equipamentos e conhecimento mais relevantes e específicos que aqueles dos próprios profissionais; o problema naquele momento histórico era de escala, já que o número destes “amadores avançados” foi sempre limitado pelo preço dos equipamentos e acesso à distribuição das suas fotografias. Ainda assim, durante o século XX, o número de pessoas fotografando por prazer foi aumentando progressivamente, na razão inversa do custo de se fotografar; quanto mais acessíveis as câmeras, objetivas e ampliações, maior o número de aficionados, fortalecendo esta base.

Nos anos 90, duas forças começam a inverter essa pirâmide; a substituição da tecnologia fotográfica mecânica pela digital, permitindo o desenvolvimento acelerado das câmeras

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SCi-Fi“projeção de imagem digital com datashow epson sobre rosto da modelo, ao vivo, em evento de fotografia da piX.”

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62 digiTAl phoTogrApher BrAsil

TALENTo4 Carreira

PoNTE ESTAiAdA“Foto feita com a lumix gF1, sem visualização, de um carro em movimento, parte de uma série de 10 fotos sequenciais. Apontei a câmera para cima e disparei.”

8

FoLhA“Foto pessoal, ensaio sobre ‘Coisas Banais’. lumix gF1, luz natural.”

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88 PiSCiNA“Foto pessoal, também do ensaio ‘Coisas Banais’. lumix gF1, luz natural.”

Talentodê sua opinião!Concorda ou discorda? Tem algo a

acrescentar ao tema? Queremos saber!

[email protected]

60-63-Carreira_Clicio.indd 62 3/30/10 10:59:47 PM

NA PRÓXIMA EDIÇÃO:

PRé-REQUISITOSDA FOTO DIGITALUma lista completíssima do que é preciso levar em conta para entrar em cada uma das categorias da fotografia digital profissional. Comprar a câmera não basta!

“Hoje os consumidores são também produtores, criando um círculo virtuoso – ótimo para a fotografia, porém mal recebido pelos profissionais estabelecidos”

inteligentes, “auto-tudo”, e eliminando o custo-filme; e a Internet, facilitando o acesso à pesquisa, estudo, produção e distribuição de fotografias a um custo baixo e alcance global.

Foi uma verdadeira revolução.Os milhões de consumidores de fotografias

passaram também a ser produtores e distribuidores; o amador passou a contar com centros integrados de divulgação, feedback e relacionamento social, como o Flickr; o acesso às ferramentas, fator que historicamente separava profissionais de não-profissionais, se democratizou, se popularizou e eliminou o gargalo.

A diferença entre profissionais e amadores ficou cada vez mais difícil de ser definida. E quando milhões de amadores que fotografam por experimentação e diversão, passaram a distribuir suas fotos de forma gratuita, apenas para ganhar reputação e prestígio, imagens de nível

“profissional” se destacam dentre esses bilhões de fotografias produzidas, e são consequentemente vistas, utilizadas, consumidas.

A partir do momento em que consumidores são também produtores, todos produzem e todos consomem, criando um círculo virtuoso que é ótimo para a fotografia, mas não tão bem recebido pelos profissionais estabelecidos. O que falta a esses é a compreensão de que a economia sofreu

uma mudança radical; vive-se uma cultura de micropreços e oferta ilimitada, em oposição a custos altos e pouca oferta; deixa-se, como diz Chris Andersen em seu livro A Cauda Longa, uma economia de escassez para uma economia de abundância, onde o equipamento é acessível a todos, o custo de armazenamento e distribuição é praticamente inexistente, e as ações de marketing e publicidade tradicionais já não tem muita valia; sim, na cultura das redes sociais e dos blogs, é muito mais importante a indicação e certificação de produtos por usuários reais (e confiáveis; visibilidade e prestígio online são moedas muito fortes), do que um anúncio impresso que vai sempre enfatizar os pontos “vendáveis” deste e esconder os pontos fracos.

A substituição dos átomos pelos bits permite que a informação se mova instantaneamente, sem custo mensurável; os produtos que carregam essas informações vão desaparecendo até que se estabilizem em nichos; no caso da fotografia impressa, o papel pode ser abandonado em favor dos downloads de imagens; o Kindle e o iPad vieram para ficar…

A conclusão não é uma morte anunciada do fotógrafo profissional, mas sim a inevitável mudança de paradigma; profissionais e amadores se igualaram, e o diferencial tradicional formado

pelo trio técnica, capital e distribuição já não se sustenta. Ou o fotógrafo participa deste universo de ilimitadas fotografias disponíveis a custo e preço baixos, ou migra para nichos cada vez mais isolados, onde a chance de ser um fotógrafo-estrela está limitada aquele nicho específico.

Quem realmente não tem mais chance é o “profissional-generalista”, que faz de tudo um pouco, pois agora existem milhões de especialistas que são capazes de fazer, para cada uma das categorias que o generalista domina medianamente (mediocremente?), fotografias melhores, entregando mais rápido, e cobrando menos.

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Carreira

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