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Carlos Alberto Rosito Vice-Presidente para Saneamento da ASFAMAS 24/02/2011 1 Workshop de Inovação para Sustentabilidade

PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

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Palestra apresentada por Carlos Rosito, vice-presidente da Asfamas, no PIT, sobre as inovações de sustentabilidade nas obras do setor de saneamento.

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Page 1: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Carlos Alberto Rosito

Vice-Presidente para Saneamento da ASFAMAS

24/02/2011 1Workshop de Inovação para Sustentabilidade

Page 2: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Roteiro� Rumo a uma Economia Verde – Relatório PNUMA

� Déficits A & E Mundo e Brasil

� Diagnóstico Déficits A & E Brasil:� Investimentos� Investimentos

� Gestão

� Tributação

� Regulação

� Desafio A & E SUSTENTÁVEL – Universalização

� Ações Prioritárias para Universalização SUSTENTÁVEL

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade 2

Page 3: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e Erradicação da Pobreza

Conclusões Relatório PNUMA – 1/3

� Investimento de 2% do PIB Mundial – US$ 1,3 trilhão por ano até 2050 – custo do caminho para economia de baixo carbono e eficiência de recursos

� Economia verde = + PIB e + PIB per capita� 40% menos da Demanda Global por Energia /BAU� 40% menos da Demanda Global por Energia /BAU

� 1/3 menos de emissões de CO2 de energia / BAU

� Concentração atmosférica emissões < 450 PPM e aquecimento global limitado a 2 Graus Celsius até 2050

� Economia verde = valorização capital natural� Redução de 1/5 da demanda de água até 2050/BAU

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Fonte: PNUMA – Towards Green Economy-21st Feb 2011

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Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e Erradicação da Pobreza

Conclusões Relatório PNUMA – 2/3

� Economia verde = menos pobreza� Fluxo de benefícios de capital natural para + pobres

� Economia verde, no longo prazo, cria novos empregos em quantidade superior aos perdidos na “economia marrom” ( alta emissão de carbono)marrom” ( alta emissão de carbono)� Particularmente em Agricultura, Edificações, Energia,

Silvicultura e Transportes

� “Esverdeamento” dos Investimentos – caminho crítico� Correção de subsídios onerosos em energia, água, pesca e

agricultra = economia de 1 a 2% do PIB mundial

� Subsídios aos combustíveis fósseis > USD 650 Bi em 2008

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Fonte: PNUMA – Towards Green Economy-21st Feb 2011

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Rumo a uma Economia Verde:Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e Erradicação da Pobreza

Conclusões Relatório PNUMA – 3/3

� Economia Verde: apenas 1/10 dos da Formação Bruta de Capital Global� FBC Global de 22% do PIB mundial 2009 – USD 14,3 Tri

� Inv. Economia Verde = 2 % PIB Global – USD 1,3 Trilhão

� Escala e Velocidade da Mudança nunca vistas dos Investimentos em Energia Limpa:Escala e Velocidade da Mudança nunca vistas dos Investimentos em Energia Limpa:� 2008 ...USD 173 Bilhões

� 2009...USD 162 Bilhões

� 2010...USD 180 a 200 Bilhões

� Países NÃO OECD ...29% em 2007...40% em 2008

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Fonte: PNUMA – Towards Green Economy-21st Feb 2011

Page 6: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Rumo a uma Economia Verde:

Emissão de Gases de Efeito Estufa por Setor – Dados de 2007

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade 6

Fonte: PNUMA – Towards Green Economy-21st Feb 2011

Page 7: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Rumo a uma Economia Verde:2% do PIB Global –em 10 Setores-chave

40 anos - 2011-2050

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade 7

Fonte: PNUMA – Towards Green Economy-21st Feb 2011

Page 8: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Déficits A & E – Mundo e Brasil

� Mundo� 1 bilhão sem água segura

� 2,6 bilhões sem esgotamento adequado das águas usadas

� 1,4 milhão de crianças de até

� Brasil � 35 milhões (18,8%) sem água

canalizada(SNIS 2008)

� 105 milhões (56,8%) sem coleta de esgotos (SNIS 2008)

� 121 milhões (65,4%) sem 1,4 milhão de crianças de até 5 anos morrem anualmente por falta de água segura e saneamento adequado

� 1 Bilhão de pessoas não atingirão MDG esgotos em

2015

� 121 milhões (65,4%) sem Tratamento Esgotos (SNIS 2008)

� 13 milhões (7%) sem instalações sanitárias (OMS/UNICEF))

� 9,35% das internações hospitales região N por falta saneamento (SUS)

� 1.277 mortes em 2009 por infecções gastrointestinais (TRATABRASIL)

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Fonte: PNUMA – Towards Green Economy-21st Feb 2011

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Diagnóstico Déficits A & E Brasil Investimentos Insuficientes

0,16%

0,17%

0,19%

0,16%

0,19%

0,23%

0,20%

2004

2005

2006

2007

2008

2009-E

2010-E

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade 9

0,14%

0,21%

0,31%

0,35%

0,20%

0,19%

0,20%

0,19%

0,18%

0,00% 0,05% 0,10% 0,15% 0,20% 0,25% 0,30% 0,35% 0,40%

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

Fonte: Relatórios do SNIS e IBGE. E- estimativa para 2009 e 2010 elaboração LCA para ASFAMAS

Page 10: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Diagnóstico Déficits A & E BrasilGestão – Ganhos Potenciais

Média 26 CESBsFaixa do Indicador

das 3 Melhores CESBs

Faixa do Indicador das 3 Piores

CESBs

pop atendida água / pop total

77,9% 92% a 99,5% 32,7% a 45%

índice de evasão de

Indicadores de eficiência dos prestadores participantes do SNIS 2008*, segundo indicadores selecionados

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade 10

índice de evasão de receita¹

6,0% 0% a 0,8% 28,6% a 40,2%

índice de água não faturada

37,4% 21,2% a 23% 70,3% a 80,7%

índice de hidrometração

88,9% 99,8% a 100% 0% a 25,6%

margem operacional com depreciação

17,5% 23,7% a 35% -100,2% a -33,2%

Fonte: SNIS 2008. Elaboração: LCA Consultores. para a ASFAMAS * Do universo de 4.627 municípios contemplados pelo SNIS, as CESB s são responsáveis pelo abastecimento de água de 3.980 municípios (86% dos municípios atendidos, segundo o SNIS) e pela coleta de esgoto de 1.082 municípios (correspondentes a 74% dos municípios atendidos, segundo o SNIS).¹ Quando a evasão de receita apontada foi negativa considerou –se 0%.

Page 11: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Diagnóstico Déficits A & E Brasil

Gestão – Ganho Potencial – PF – 1/3

PF -Perda Faturamento

m3 / sTarifa média / custo

marginal médioR$ / m3

Valor estimado em 2008 de perdas de

água – R$ bi

Perdas aparentes 51,8 1,95* 3,2

Perdas reais 124,5 1,12** 4,4

Total 7,6

11

* Tarifa média da água (SNIS 2008)

** Custo marginal médio da água (SNIS 2008)

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade

Page 12: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Diagnóstico Déficits A & E Brasil

Gestão - Ganho potencial – PF -2/3

37,4%

29,7%

25,7%23,2%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Perda de faturamento

Objetivo

Perda total 2008 – R$ 7,6 bilhões

Período 2003-2008 2009-2015 2016-2020 2021-2025

Redução média anual

0,4% 1,1% 0,8% 0,5%

12

0%

5%

10%

15%

2008 2009-2015 2016-2020 2021-2025

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade

Page 13: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Diagnóstico Déficits A & E Brasil

Gestão – Ganho Potencial – PF –3/3

� Ganho potencial 2011-2025: R$ 29 bilhões

� Investimento em controle de perdas:R$ 15 bilhões

Ganho potencial - R$ mi

2.180

2.340

2.440

2.540

2.640

2.740

2.840

2019

2020

2021

2022

2023

2024

2025

R$ 15 bilhões

� Ganho potencial líquido: R$ 14 bilhões

220

440

660

880

1.100

1.320

1.540

1.700

1.860

2.020

2.180

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

1324/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade

Page 14: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Diagnóstico Déficits A & E BrasilGestão – Ganho Potencial – Evasão Receita – 1/2

5,5%

2,7%

1,7%1,2%

2%

3%

4%

5%

6%Evasão de receita

Objetivo

Receita total 2008 – R$ 27,1 bilhões

Período 2003-2008 2009-2015 2016-2020 2021-2025

Redução média anual

1,1% 0,4% 0,2% 0,1%

14

1,2%

0%

1%

2008 2009-2015 2016-2020 2021-2025

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade

Page 15: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Diagnóstico A & E BrasilGestão - Ganho Potencial –Evasão Receita – 2/2

Ganho potencial - R$ mi

Ganho potencial 2011- 2025 R$ 13 bilhões

972

1.026

1.053

1.080

1.107

1.134

1.161

2019

2020

2021

2022

2023

2024

2025

108

216

324

432

540

648

756

810

864

918

0 200 400 600 800 1000 1200

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

1524/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade

Page 16: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Diagnóstico Déficits A & E Brasil

Tributação e Regulação

� Tributação� Alteração da incidência do

PIS/COFINS, passando a ser cobrado sobre o valor agregado aumento carga

� Regulação� Ainda incipiente no

setor e muito distante de setores como agregado aumento carga

tributária

� Em 2008 setor gerou R$ 1,8 bilhão, segundo AESBE

� Volume PIS/COFINS = 2,5 vezes os Recursos NR do OGU, segundo SNIS 2008

de setores como Eletricidade, Petróleo/Gás e Telecomunicações

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade 16

Page 17: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Desafio A & E SUSTENTÁVELUniversalização

� Alem dos imediatos ganhos na qualidade de vida e saúde:� Valorização média de 18%

nos imóveis que passam a ter

� Estimativas Necessidades de Investimento para Universalização A & E Brasil até 2025 e até 2030:

� R$ 350 Bilhões até 2025nos imóveis que passam a ter rede de esgotos

� Aumento da produtividade do trabalhador de 13%

� Aumento da massa de salários de aprox. 3,8%

� R$ 350 Bilhões até 2025

� R$ 393 Bilhões até 2030� Extrapolação do Estudo

Dimensionamento das Necessidades para Universalização – PMSS-2003

� “Pour-memoire”: PNUMA A & E Global até 2050:

� 110x40 = USD 4.400, ou aprox. R$ 7.500 Bilhões

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade 17

TRATABRASIL- “Benefícios econômicos da expansão do Saneamento Brasileiro – Julho/2010

Page 18: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Desafio A & E SUSTENTÁVELUniversalização

Investimento total (R$ bilhões 2010)

Investimento médio anual

(R$ bilhões 2010)

Investimento total (R$ bilhões 2010)

Investimento médio anual

(R$ bilhões 2010)

350,4 14,0 393,1 13,1

Cenário 2025 Cenário 2030

Investimentos Necessários para universalização

Estimativa de investimentos necessários para universalização

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade 18

350,4 14,0 393,1 13,1

53,9 5,4 53,9 5,4

296,5 19,8 por 15 anos 339,2 17,0 por 20 anos

para universalização (2001 - meta)

Investimentos realizados (2001 - 2010)

Investimentos que faltam para a universalização (2011 - meta)

Fonte: LCA Consultores para ASFAMAS*Valores incluem fossa séptica de acordo com metodologia do PMSS 2003.

Page 19: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Desafio Água & Esgotos BRASILUniversalização SUSTENTÁVEL

0,2%

0,3%

0,4%

0,5%

0,6%

Atual 0,20%

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade 19

0,0%

0,1%

0,2%

Cenário 2025 Cenário 2030

Atual 0,20%

Fonte: LCA Consultores para ASFAMAS . Elaboração: LCA Consultores.*Projeção do crescimento real do PIB realizada pela LCA Consultores. A média das taxas consideradas de 2011 a 2025 e de 2011 a 2030 foi de 4,1% a.a.A título de comparação, a média anual de crescimento do PIB foi 3,6% de 2001 a 2010.

Page 20: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Ações Prioritárias para a Universalização SUSTENTÁVEL - Planejamento

� Planejamento -� Base de dados única

� Metas Críveis e Comprometidas com Atores

� Otimização Investimentos Públicos e Privados

� Parâmetros de Sustentabilidade:� Redução do consumo de matérias

primas � Consumo per capita

� Água Não Faturada

� Substituição de matéria prima Públicos e Privados

� Inclusão da Comunicação & Educação Ambiental

� Monitoramento rigoroso dos projetos e obras:� QUALIDADE,

� PRAZOS e

� PREÇOS

� Substituição de matéria prima escassa por abundante� Dessalinização

� Redução do consumo de energia e utilização de energia limpa

� Redução do desmatamento

� Redução da emissão dos GEE, inclusive CO2

� Redução dos Resíduos de Produção

� Utilização de materiais com maior nível de SUSTENTABILIDADE

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade 20

Page 21: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Ações Prioritárias para a Universalização SUSTENTÁVEL - Gestão

� Desenvolver novas parcerias:

� PÚBLICO-PRIVADAS e

� PÚBLICO-PÚBLICO � PÚBLICO-PÚBLICO

� Modelos alternativos de desenvolvimento institucional como o sugerido pelo CC FGTS, com recursos do FI FGTS

� Formação continuada dos Recursos Humanos ( Gestão é feita por pessoas)

� Fixação dos parâmetros de Gestão e acompanhamento rigoroso dos mesmos

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade 21

Page 22: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Ações Prioritárias para a Universalização SUSTENTÁVEL - Recursos Financeiros

� Financeiros -� Garantir não apenas a contratação mas também o efetivo

desembolso de recursos públicos e privados:� 17 Bilhões de Reais por ano nos 20 anos – 2011-2030

19, 8 Bilhões de Reais por ano nos 15 anos 2011-2025� 19, 8 Bilhões de Reais por ano nos 15 anos 2011-2025

� Isenção PIS-COFINS atrelada a Investimentos

� OGU � Complementar ao subsídio cruzado , passando dos 15% atuais do

investimento total A & E para 30% no horizonte da Universalização

24/02/2011 Workshop de Inovação para Sustentabilidade 22

Page 23: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

Ações Prioritárias para a Universalização SUSTENTÁVEL - Recursos Financeiros

� Aumento da

participação de recursos

do Orçamento Geral da

União de 15% (média

2008-2010) para 30%

(2011-2025).30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

(2011-2025).

0%

10%

20%

Total de recursos próprios Financiamentos

Orçamento Geral da União Outros

23Workshop de Inovação para Sustentabilidade24/02/2011

Page 24: PIT - Construção Sustentável em Saneamento, por Carlos Rosito

“O objeto que melhor representa a civilização não é o livro, o telefone, a internet ou a bomba

atômica. É a privada”

Workshop de inovação para Sustentabilidade 24

É a privada”

Mário Vargas Llosa, em O Cheiro da Pobreza

[email protected]: (21) 2128 1692 Celular: (21) 9438 1076

24/02/2011