30
P L L P P CO L LANO DE CONTINGÊNCIA P ARA EPIDEMIA DE DENGUE OMPONENTE III – Assistência ao Paciente

PL ANO DE CONTINGÊNCIA - saude.ba.gov.br de Contingência Epidemia de Dengue... · • Mudanças climáticas • Novas áreas geográficas com transmissão . 14 Dengue na Bahia A

Embed Size (px)

Citation preview

PPLL

PP

COMPONENTE III

LLAANNOO DDEE CCOONNTTIINNGGÊÊNNCCIIAA

PAARRAA EEPPIIDDEEMMIIAA DDEE DDEENNGGUUEE

COMPONENTE III – Assistência ao Paciente

2

© 2008 Secretaria Estadual de Saúde da Bahia. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodu ção parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. Elaboração, distribuição e informações: SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DA BAHIA Hospital Geral Prado Valadares Rua São Cristóvão, s/n - Centro CEP: 45.203-110, Jequié – BA E-mail: [email protected] Home page: www.saude.ba.gov.br/hgpv

3

SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA

HOSPITAL GERAL PRADO VALADARES

4

Apresentação

O Plano de Contingência Assistencial para Epidemia de Dengue no âmbito do Hospital Geral Prado

Valadares foi elaborado com base nos Programas Nacional e Estadual de Controle da Dengue, bem

como no arcabouço normativo e legal que versa sobre o assunto. Este plano tem como objetivos:

� Melhorar o nível de informação sobre a doença;

� Qualificar a assistência ao paciente com suspeita de dengue;

� Organizar o Serviço Hospitalar;

� Definir fluxo do paciente no Hospital;

� Disponibilizar leitos de acordo com a demanda;

� Melhorar qualidade dos dados e informações;

� Reduzir a taxa de letalidade da doença.

5

Caracterização do Hospital

O Hospital Geral Prado Valadares é uma Unidade da Rede Pública do Estado da Bahia, de

abrangência regional, de Porte IV de acordo com a portaria 2.224/02 do Ministério da Saúde, situado

em Pólo Regional de Saúde, com área construída de 6.764,96 m2, possui 200 leitos, interna nas

especialidades de Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Obstetrícia, Pediatria, Neonatologia, Terapia

Intensiva e Psiquiatria, além de observação adulto, pediátricos e Pré-parto, com atendimento de

urgência e emergência.

Missão

Prestar assistência humanizada, integral, equânime e universal.

Estrutura Tecnológica

O HGPV possui Laboratório Automatizado que realiza exames nas áreas de Hematologia, Bioquímica,

Hemogasometria e Imunologia, além de Parasitologia.

O Serviço de Bio-imagem realiza procedimentos de imagem por Raios-X e Ultrassonografia com

Doppler Colorido.

A Emergência do Hospital funciona em duas alas com duas portas de entrada, uma para Emergências

Obstétricas e outra para demais Emergências em Geral.

A escala de Plantonistas do hospital conta com Clínicos Gerais, Traumato-Ortopedistas, Intensivista,

Otorrinolaringologista, Oftalmologista, Cirurgiões Gerais, Anestesistas, Obstetras,

Ultrassonografiastas e Cirrugião Vascular.

Atuam como Diaristas médicos das especialidades de Clínica Médica, Urologia, Pediatria, Neurologia,

Otorrinolaringologia, Nefrologia, Cirurgia Geral, Gineco-Obstetrícia, Ortopedia, Radiologia,

Ultrassonografia, Endoscopia, Terapia Intensiva, Cardiologia, Gastroenterologia, Psiquiatria,

Neonatologia e Pneumologia.

A Unidade de Terapia Intensiva é adulto tipo II, possui 10 leitos instalados e ativos devidamente

equipados, entre os quais um é de isolamento. Dispõe de Ventiladores Vela e Inter 5 Plus com central

de monitorização interligada além de uma Máquina para Hemodiálise. (O Hospital não dispõe de UTI

Neonatal e Pediátrica)

A Unidade de Coleta e Transfusão funciona 24 horas por dia e atende toda a regional de saúde, além

do Hospital Geral Prado Valadares. O Hospital possui ainda uma equipe de profissionais que

compõem a Agência Transfusional. Produz os seguintes hemocomponentes: Concentrado de

Hemácias e Plasma Fresco Congelado necessita da produção de Plaquetas, para isto aguarda

recebimento da Centrífuga refrigerada que está em processo de compra pelo HEMOBA, enquanto

isto busca-se em Itabuna, Vitória da Conquista e/ou Salvador.

6

Centro Cirúrgico possui quatro salas. A Central de Material Esterilizado possui três Autoclaves

Horizontais de Médio Porte.

A Lavanderia Hospitalar conta com duas máquinas industriais com capacidade de 50 e 100 kg

respectivamente, duas centrífugas, duas secadoras e uma calandra, salienta-se que as máquinas e

centrífugas deverão ser substituídas em breve as quais já foram compradas e estão na Unidade.

O Serviço de Higienização e Lavanderia é coordenado por profissional Enfermeiro e conta com 72

funcionários.

O Hospital dispõe de três Ambulâncias Básicas para transferências de Pacientes entre o Hospital e

demais Unidades da Rede, e uma Ambulância Avançada UTI Móvel devidamente Equipada.

O Grupo Gerador do Hospital está interligado a todas as Enfermarias, UTI, Centro Cirúrgico e

Emergências.

O HGPV conta com Centrais de Oxigênio, Ar Comprimido e Vácuo com pontos interligados à maior

parte dos leitos da Unidade.

O Serviço de Controle da Infecção Hospitalar atua de forma satisfatória sob a Coordenação de um

Enfermeiro habilitado e os funcionários do Hospital contam com o Serviço de Saúde Ocupacional sob

a coordenação de um Médico do Trabalho.

A Unidade mantém ainda os Ambulatórios de Oncologia, Psiquiatria, Neurologia, Urologia,

Ginecologia e Ortopedia.

Possui ainda Serviço de Ouvidoria funcionando diariamente composta por dois profissionais

Assistentes Sociais exclusivos.

O HGPV possui ainda duas Equipes multidisciplinares de Internação Domiciliar composta por

Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Nutricionista, Fisioterapeuta, Assistente Social e

Motoristas exclusivos com capacidade de internação de até 60 pacientes por mês.

Atuam no Hospital mais de 850 funcionários de diversas categorias profissionais com cinco tipos de vínculos (Efetivos, REDA, Fundação, Pessoa Jurídica e Comissionados).

16 Assistentes Sociais; 10 Motoristas; 98 Auxiliares Administrativos; 280 Auxiliares de Enfermagem; 11 Bioquímicos; 88 Enfermeiros; 16 Fisioterapeutas; 103 Médicos (261 Plantões semanais de 12 horas); 06 Nutricionistas; 05 Psicólogos; 02 Farmacêuticos; 01 Contador; 32 Técnicos Administrativos; 17 Técnicos em Patologia;

7

11 Técnicos em Radiologia; 03 Terapeutas Ocupacionais; 57 Terceirizados (Higienização e Lavanderia); 16 Terceirizados (Vigilantes); 30 Terceirizados (Nutrição e Dietética).

8

Histórico das Epidemias de Dengue De acordo com a Organização Mundial de saúde desde 1959 existem notificações de casos de dengue e ocorrência de Febre hemorrágica da Dengue, a zona de transmissão do globo terrestre se concentra nas áreas tropicais com aproximadamente 100 milhões de casos por ano.

9

Os primeiros casos de Febre Hemorrágica da Dengue no Brasil datam de 1981 de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

10

Ainda de acordo com a OMS a incidência de Dengue no Brasil até 1989 era inferior a 50 casos por 100.000 habitantes, já na década de 90 esta incidência ficou entre 50 e 100 casos por 100.000 habitantes e de 2000 até 2007 ultrapassou 200 casos por 100.000 habitantes.

11

De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde as ondas epidêmicas da

Dengue passaram a ocorrer em áreas localizadas de 1986 a 1993, atingindo circulação do vírus em

todas as regiões do país a partir desta data, se caracterizando em ondas endêmicas e epidêmicas.

Nos anos 2007 e 2008 a ocorrência de casos graves em crianças aumentou, crescendo

conseqüentemente as hospitalizações. Quanto ao vírus circulante foi isolado no Brasil o Tipo 1 em

meados de 1986, o Tipo 2 em 1990 e em 2000 o Tipo 3, os quais circulam até hoje e o Ministério da

Saúde nega a circulação do Tipo 4.

Na tabela seguinte pode-se observar o aumento brusco dos casos em crianças comparando dados de

2008 com 2002 e 1998, onde o maior aumento foi entre crianças menores de um ano de idade.

12

De acordo com informações da SVS, entre os meses de Janeiro e Setembro (semanas 1 a 39) foram

notificados 764.040 casos, o que representa um aumento de 45,8% se comparado ao mesmo período

de 2007.

Dezenove estados apresentam aumento no número de casos: RO, AC, AM, RR, PA, TO, CE, RN, PB, PE,

AL, SE, BA, MG, ES, RJ, SC, GO e DF.

Confirmação de 3.848 casos de FHD e 213 óbitos; 16.104 casos de Dengue com Complicação e 163

óbitos.

13

Determinantes para a Expansão da Dengue

• Aumento da densidade populacional em áreas urbanas

• Concentração de indivíduos susceptíveis/risco de epidemias

• Abastecimento irregular de água e aumento da produção do lixo urbano

• Oferta de criadouros artificiais do Aedes aegypti

• Aumento no transporte de pessoas e cargas

• Disseminação da transmissão e dispersão do vetor

• Aumento na mobilidade da população e do fluxo de turistas (interno e externo)

• Potencial para ocorrência de epidemias

• Mudanças climáticas

• Novas áreas geográficas com transmissão

14

Dengue na Bahia

A Dengue é hoje a mais importante arbovirose que afeta o homem e constitui-se em um sério

problema de saúde pública no mundo, especialmente nos países tropicais, onde as condições do

meio ambiente favorecem o desenvolvimento e proliferação do principal mosquito vetor da doença,

o Aedes aegypti.

A introdução do sorotipo DEN-3 do vírus de dengue, em áreas onde já ocorreram epidemias por

outros sorotipos (DEN-1 e/ou DEN-2), aumenta o risco de ocorrência de casos e de formas clínicas

mais graves da doença.

A atual situação epidemiológica e entomológica deste agravo à saúde, no Estado da Bahia, impõe a

necessidade de estruturarem-se ações integradas e em parceria com os três níveis de gestão do

Sistema Único de Saúde – SUS visando reduzir a magnitude e a gravidade da doença na Bahia.

O Programa Estadual de Controle da Dengue – PECD visa orientar as ações a serem priorizadas pelos

gestores locais para o alcance do controle da doença conforme as normas e diretrizes do Programa

Nacional de Controle da Dengue – PNCD.

As atribuições e competências nas três instâncias gestoras para implementação do programa baiano

de controle da dengue encontram-se alicerçadas na Portaria GM nº. 1.172/2004.

Situação Atual

De acordo com o Boletim Epidemiológico da Coordenação Técnica da Diretoria de Vigilância

Epidemiológica DIVEP/SESAB, em 2008, até a quarta semana de julho, foram notificados 33.073 casos

de Dengue na Bahia correspondendo a um aumento de 208,2% em relação ao mesmo período de

2007 (10.713). Quanto às formas graves da doença: Dengue com complicações, Febre Hemorrágica

da Dengue e Síndrome do Choque da Dengue, registraram-se 554 casos suspeitos, com aumento de

483% em comparação com 2007 (95 casos no mesmo período). Até o momento, confirmaram-se 162

casos e onze óbitos. Os 44 municípios com casos confirmados são: Salvador (38 casos e 1 óbito),

Aiquara (01), Araci (03), Barreiras (02), Barrocas (03), Camaçari (03), Canavieiras (03), Capela do Alto

Alegre (01), Catu (01), Coração de Mª (01 óbito), Esplanada (1), Feira de Santana (33 casos e 1 óbito),

Guanambi (02), Ibirataia (01), Ichu (01), Ilhéus (02), Ipiaú (02), Irecê (03 casos e 1 óbito), Itabuna (10

casos e 1 óbito), Itagibá (02 casos e 01 óbito), Itamaraju (1 óbito), Itapetinga (01), Jacobina (01 caso e

01 óbito), Jaguarari (01), Jequié (01), Jeremoabo (01), Juazeiro (08), Lauro de Freitas (01 óbito),

Miguel Calmon (05), Oliveira dos Brejinhos (01), Ribeira do Pombal (01), Ruy Barbosa (03), Santa Cruz

Cabrália (01 óbito), Santaluz (02), Santo Amaro (01), São Sebastião do Passé (01), Sebastião

Laranjeiras (02), Senhor do Bonfim (02), Serrinha (01), Serrolândia (03), Tucano (11 casos e 1 óbito),

Valente (1), Várzea da Roça (02) e Vitória da Conquista (01).

15

Na capital, o número de notificações vem diminuindo desde a 19ª semana epidemiológica,

registrando até o momento 2.678 casos suspeitos de Dengue. No Estado, 296 (70,9%) municípios

foram atingidos pela doença, incluindo 38 (84,4%) dentre os 45 prioritários para o Programa Nacional

de Controle da Dengue. Vários desses municípios apresentaram tendência crescente da notificação,

quando analisados por semana epidemiológica, requerendo maior atenção e acompanhamento pelas

equipes de vigilância epidemiológica municipais. No mês de junho, as maiores taxas de incidência

foram verificadas nos municípios de Barra do Mendes, Barrocas, Caldeirão Grande, Bonito e Pintadas

(Fig. 1).

Figura 1 - Taxa de incidência de Dengue, segundo município, Bahia, junho de 2008*

Fonte: Sinan/Divep/ DICS/Sesab (*Dados preliminares)

O sexo feminino (54%) e os menores de 14 anos (42,5%) foram mais atingidos pelas formas graves da

Dengue, e Salvador, o município com maior número de casos notificados (n=198/ 35,7%).

16

Os municípios enviaram ao Lacen 11.575 amostras para sorologia de Dengue, destas 5.787 (49,9%)

foram reagentes. Os três sorotipos: DENV-1 (Filadélfia, Itiúba. Miguel Calmon, Paulo Afonso,

Salvador, Santaluz e Senhor do Bonfim), DENV-2 (Andorinha, Araci, Camaçari, Entre Rios, Feira de

Santana, Ibotirama, Itabuna, Itapicurú, Juazeiro, Paripiranga, Itagibá, Jacobina, Jaguarari, Paulo

Afonso, Ruy Barbosa, Salvador, Senhor do Bonfim e Uauá, e o DENV-3 (Antas, Barreiras, Bonito,

Cafarnaum, Conceição do Almeida, Coração de Maria, Guanambi, Ibititá, Ibotirama, Itiúba, Jaguararí,

Juazeiro, Lagoa Real, Lauro de Freitas, Medeiros Neto, Monte Santo, Morro do Chapéu, Pé de Serra,

Salvador, Santa Luz, Sapeaçu, Seabra, Teixeira de Freitas, Uauá, Uibaí, Vera Cruz e Vitória da

Conquista) foram isolados dentre as 2.429 amostras processadas.

A elevada magnitude da transmissão da Dengue na Bahia em 2008, requer atenção especial para a

regularidade das ações de combate ao vetor realizadas pelos municípios, posto que 56,1% (234) das

cidades registraram infestação predial acima de 1% e em 15,1% (63) o IIP é superior a 3,9%. O

principal tipo de criadouro do Aedes aegypti no Estado é representado pelos reservatórios de água

ao nível do solo, elevando o risco de epidemias em 2009 (Figura 2 ).

As parcerias com as secretarias municipais de saúde envolveram especialmente as ações de

mobilização social para o combate a Dengue, destacando-se: o Decreto 11.009/ 2008, criando o

Comitê Estadual de Mobilização; campanhas de mídia (spot para TV com Carlinhos Brown e jingle de

rádio) e outros meios de divulgação das medidas de prevenção junto à população (outdoor; folhetos

e cartazes); disseminação regular de informações oficiais através de boletim semanal; interação com

a Polícia Militar, Marinha, Exército e Secretaria de Educação e Cultura (SEC); distribuição do material

impresso para comunidade organizada de Salvador pelas Voluntárias Sociais da Bahia, e para as

demais regiões do Estado, através das diretorias regionais de saúde (Dires); além de aquisição de

17

materiais e insumos, atualização e capacitação de profissionais, manutenção de veículos e apoio

técnico-operacional aos municípios.

Dentre as medidas de controle de responsabilidade exclusiva da SESAB, a aplicação de inseticida à

Ultra Baixo Volume (UBV), adotada quando há confirmação laboratorial de transmissão de Dengue

clássico e/ou notificação de Dengue grave, foi realizada em 72 municípios até o momento: Salvador

(94 bairros), Manoel Vitorino, Anagé, Caturama, Presidente Dutra, Monte Santo, Juazeiro, Itiúba,

Itagibá, Cafarnaum, João Dourado, Mulungu do Morro, Ibipeba, Uibaí, Barro Alto, Gentio do Ouro,

Ibititá, Irecê, Malhada, Jaguarari, Santa Luz, Jacobina, Capim Grosso, Vitória da Conquista, Araci,

Tucano, Seabra, Paripiranga, São Gabriel, Senhor do Bonfim, Filadélfia, Barreiras, Porto Seguro, Feira

de Santana, Nordestina, Monte Santo, Canavieiras, Araci, Seabra, Serrinha, Vera Cruz, Itaparica,

Ipecaetá, Canudos, Ruy Barbosa, Lapão, Barra do Mendes, Canarana, Serrolândia, Itabuna, Quijingue,

Queimadas, Miguel Calmon, Ourolândia, Ponto Novo, Bonito, Tanque Novo, Botuporã, Ipiaú, Oliveira

dos Brejinhos, Várzea da Roça, Rio Real, Andorinha, Iraquara, Barrocas, Santa Cruz Cabrália,

Jeremoabo, São Domingos, Ilhéus, Santo Amaro, Mairi, Caldeirão Grande e Bom Jesus da Lapa.

A DIVEP também tem realizado Capacitações de profissionais médicos e enfermeiros para o manejo

clínicos de pacientes com suspeita de Dengue, inclusive profissionais do Hospital Geral Prado

Valadares e do município de Jequié foram capacitados em 17/12/2008.

18

Dengue em Jequié

De acordo com o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti LIRAa Jequié se

configura em estado de alerta com um índice de infestação predial de 1,8, salienta-se que o índice

considerado satisfatório é inferior a 1%.

Fonte: SES/SMS/SVS/MS

Neste LIRAa 5 municípios foram considerados em situação de risco para ocorrência de surto: um na

Região Norte (Epitaciolândia-AC), um na Região Centro-Oeste (Várzea Grande-MT) e três na Região

Nordeste (Itabuna-BA, Camaçari-BA e Mossoró-RN) e 71 municípios em situação de alerta e

merecem total atenção. Isso porque qualquer descontinuidade nas ações de controle da dengue

pode alterar o quadro para situação de risco. Chama atenção ainda que isso ocorreu no Rio de

Janeiro em 2007.

De acordo com informações passadas pelo município de Jequié na última Reunião do Comitê

Municipal de Mobilização para Combate à Dengue, “46 casos suspeitos foram confirmados até a

tarde de quarta-feira (24) em Jequié, sendo que, quatro desses foram da maneira mais grave da

doença, a dengue hemorrágica. A área com maior incidência de casos está no bairro do Joaquim

Romão. As mortes de uma criança e de um adulto estão sendo associadas a doença, apesar da

19

Secretaria Municipal de Saúde, não haver recebido o resultado dos testes encaminhados a Salvador”

(Fonte: http://www.wilsonnovaes.com.br/?p=2166 acesso em 28/12/2008).

Em 29/12 a Secretária Municpal de Saúde informou que ocorreram 288 notificações com 78 casos

confirmados.

De acordo com dados coletados na Emergência do Hospital Geral Prado Valadares

(Classificação de Risco) no período de 24 a 28 de dezembro há uma média de 15

atendimentos diários de pacientes com suspeita de Dengue. Neste mesmo período

ocorreram dois casos hemorrágicos.

20

O que se pode esperar com a ocorrência de uma Epidemia de Dengue Aumento da procura de cuidados;

Manutenção do nível de atendimento;

Excesso de internamentos;

Insuficiência de Leitos de UTI;

Excesso de óbitos;

Insuficiência de recursos humanos;

Insuficiência de recursos materiais;

Risco de infecção hospitalar;

Alterações psicossociais;

Limitações éticas e legais;

Gestão do risco.

21

Componente 3 – Assistência ao Paciente

Este componente tem como objetivo garantir a assistência adequada aos pacientes e,

conseqüentemente, reduzir a letalidade das formas graves da doença. Compreende as ações de

organização do serviço, a melhoria na qualidade da assistência para fazer frente ao risco da

ocorrência de epidemia de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) no município de Jequié.

3.1 Organização dos Serviços Assistenciais no HGPV

3.1.1 Ações

• Integrar à rede assistencial, enquanto unidade de saúde de referência para casos graves da doença

de acordo com o fluxo de atendimento aos pacientes;

• Manter Sistema da Central de Leitos atualizado em tempo real para otimização dos leitos e

melhorar o fluxo de pacientes, garantindo acesso ao tratamento;

• Elaborar plano de contingência para situações de epidemia (planejamento de necessidades de

leitos e instalações de UTI, insumos, veículos, equipamentos e pessoal).

3.2 Qualidade da Assistência

3.2.1 Ações

• Divulgar, para todos os médicos do Hospital, protocolo padronizado de assistência ao

paciente com dengue;

• Capacitar profissionais de saúde do hospital (Médicos, Enfermeiros, Auxiliares de

Enfermagem e demais categorias profissionais envolvidas na assistência) para realização do

diagnóstico e manejo clínico dos pacientes com suspeita de Dengue;

• Classificar o risco de todos os pacientes que derem entrada no Hospital além de

estadiamento dos casos suspeitos de Dengue.

• Notificar todos os caos suspeitos de dengue e informar à Vigilância Epidemiológica Municipal

de Jequié ou outro município de origem.

• Atender e/ou referenciar os pacientes para outros níveis da atenção de acordo com o

estadiamento de cada caso e grau de complicação;

• Acompanhar evolução clínica de caso suspeito de Dengue, com inserção de todas as

informações possíveis para um diagnóstico precoce e assistência adequada;

• Realizar exames laboratoriais de acordo com o exigido pelo estadiamento, para o

monitoramento dos casos de dengue assistidos pelo hospital;

• Implantar Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) do Prado Valadares.

22

• Divulgar número de casos notificados com suspeita de Dengue no hospital diariamente

através de Boletim Epidemiológico;

• Disponibilizar leitos exclusivos para tratamento de paciente com Dengue com equipe

multiprofissional capacitada e exclusiva;

• Definir Fluxo do paciente no Hospital.

23

Este fluxograma deverá ser seguido obrigatoriamente por todos os profissionais que trabalham no

Acolhimento com Classificação de Risco do Hospital Geral Prado Valadares com a colaboração de

todos os demais membros da equipe de assistência ao paciente da Unidade de Urgência e

Emergência do Hospital.

O Manejo Clínico, Estadiamento e Diagnóstico deverá seguir obrigatoriamente os manuais técnicos e

orientações definidas pelo Ministério da Saúde e veiculadas nos Cursos promovidos pelo Estado da

Bahia e HGPV ou protocolo definido pelo Hospital através da Direção do Serviço de Urgência e

Emergência da Unidade.

24

Referências Bibliográficas

BAHIA, Programa estadual de controle da dengue, Secretaria Estadual de Saúde, Superintendência de Vigilância em Saúde/Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Salvador, 2008.

_______, Secretaria Estadual de Saúde, Superintendência de Vigilância em Saúde/Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Salvador Boletim Epidemiológico, Ano 1, Nº8, 04 de agos to de 2008.

BRASIL, Ministério da Saúde, PORTARIA Nº 1.172, DE 15 DE JUNHO DE 2004.

________, PORTARIA Nº 2.001, DE 17 DE OUTUBRO DE 2003.

________, Portaria nº 2.124/GM Em 25 de novembro de 2002.

________, Programa Nacional de Controle da Dengue, Fundação Nacional de Saúde, Brasília, 2002.

________, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Apresentação de Giovanini Evelim Coelho: Dengue: situação atual e desafios, Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

________, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue: diagnóstico e manejo clínico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

________, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue: manual de enfermagem – adulto e criança / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. – Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

25

ANEXOS

26

NÚCLEO HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA DO HOSPITAL GERAL PRADO VALADARES

BOLETIM DE NOTIFICAÇÃO DE CASOS DE DENGUE

Dat

a d

a N

oti

fica

ção

Nome

HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA DO HOSPITAL GERAL PRADO VALADARES

BOLETIM DE NOTIFICAÇÃO DE CASOS DE DENGUE

Idad

e (

ano

s)

Sexo

(M

ou

F)

Endereço Completo

Rua

da

casa

Bairro Município

HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA DO HOSPITAL GERAL PRADO VALADARES

Dat

a in

ício

Sin

tom

as

Município

ESTADIAMENTO

A B C D

27

RELAÇÃO DAS UNIDADES BÁSICAS DO MUNICÍPIO DE JEQUIÉ, ENDEREÇOS E RESPONSÁVEIS (COORDENADORES)

UNIDADES TELEFONES ENDEREÇO COORDENADORES

C S ALMERINDA LOMANTO 3526 8422 Praça Papa João XXIII, s/n Joaquim Romão

Márcia Cristina Cardoso

Lins

C S JÚLIA MAGALHÃES 3527 8583 Av. Coronel João Braga, s/n Jequiezinho Simone Oliveira V. Bispo

C S JEQUIÉ 3526 8424 Rua Manoel Vitorino, s/n Campo do América

Inalília Figueredo

C S SEBASTIÃO AZEVEDO 3526 8426 Av. Gov. Otávio Mangabeira, s/n Mandacarú Márcia Valéria Pinto Paes

USF ANTONIO CARLOS MARTINS 3526 6694 Lote 23 - São Judas Tadeu Silvana Sousa de Santana

USF AURÉLIO SCHIARRETA I 3525 2702 R. Prof. Raimundo Fernandes da Costa, 199 - Itaigara Aline Vieira Simões

USF AURÉLIO SCHIARRETA II 3527 1870 R. Prof. Raimundo Fernandes da Costa, 199 - Itaigara

USF DR. MILTON RABELLO I 3527 8581

Loteamento São Geraldo, s/n – Km 4 Maria Madalena Guedes Torres Oliveira

USF DR. MILTON RABELO II Loteamento São Geraldo, s/n - Km 4 Silvana Souza Santana

USF DR. RUBENS XAVIER 3527 8585 2ª Tv. Americano da Costa, nº 44 - Alto da Bela Vista

Margarete Soares

Medrado

USF DR.ª TÂNIA BRITTO 3526 8429 Av Lomanto Junior, s/n Cansanção Carla Hohlenwerger

Requião

USF GILSON PINHEIRO 3525 8491 Rua Antonio Astolfo, s/n – Alto da Boa Vista Jamille Bertoldo de

Oliveira

28

USF GISERLANDO BIONDI I

3527 1871

Av. Senhor do Bonfim, s/n – Pau Ferro Elisabete Vanda Rodrigues

USF GISERLANDO BIONDI II Av. Senhor do Bonfim, s/n – Pau Ferro Soraya Sampaio de

Andrade

USF ILDEFONSO GUEDES 3526 9741 Rua Antonio Alves Martins, s/n Loteamento Santa Luz Jildeci Rodrigues da Silva

Costa

USF ISA CLÉRIA BORGES 3527 8570 Rua Salva Vidas, nº 170 - KM 03 Ângela Maria Almeida

Silva

USF ISABEL ANDRADE

(FLORESTAL) 3521 5011 Distrito de Florestal Analice Gomes Ferreira

USF ODORICO MOTTA 3525 8616 Rua Vicente Leone, s/n J. Romão (Caixa D’Água) Maria das Dores Souza

Marques

USF PADRE HILÁRIO TERROSI I

3527 8584

Rua F, s/n INOCOOP Elda Lúcia Santana Santos

Duplat

USF PADRE HILÁRIO TERROSI II Rua F, s/n INOCOOP Maria das Graças Lacerda

Rocha

USF SENHORINHA FERREIRA DE

ARAÚJO 3527 8582 Pça. Capitão Silvino de Araújo, s/n Curral Novo Lícia Marques Vidal

USF WALDOMIRO BORGES

(ITAJURU) 35521 3084 Distrito de Itajuru Luzia Torregrossa

USF Dr. Virgílio Tourinho Neto I Cidade Nova Mercúcia

USF Dr. Virgílio Tourinho Neto II Cidade Nova Danuza Brito

29

CAPS 3526 0701 Av. Beira Rio s/n, Mandacaru Alessandra Santos Fonseca

CAPS AD 3526 4174 Rua Olaria s/n, Mandacaru Emerson Nery Sardinha

NUPREJ 3526 2330 HPGV Graziela Argolo

CAIC 3525 5812 Av. Antônio Tourinho s/n, Jequiezinho Adriana Melo

CENTRO DE REFERÊNCIA

DST/AIDS 3526 8760/ 8761 Av. Otávio Mangabeira s/n, Mandacaru Welf Andrade Santos

CEREST 3526 9343 Rua Jerônimo Sodré, 53, Centro Fernanda Karina Bueno

SAMU 3525 7955 Av. Ministro Hélio Costa, s/n, Centro Roberto Cabral

RELAÇÃO DAS UNIDADES HOSPITALARES CREDENCIADAS JUNTO AO MUNICÍPIO (UNIDADES QUE REALIZAM INTERNAÇÃO)

UNIDADE HOSPITALAR TELEFONE ENDEREÇO DIRETOR

HOSPITAL GERAL PRADO VALADARES 3525-4117/4118/4119 Rua São Cristóvão, s/n - Centro Gilmar Barros Vasconcelos

HOSPITAL SERVIR 3525-6117 Rua Silva Jardim, s/n - Centro José Silva Bitencourt

Sobrinho HOSPITAL SANTA HELENA 3526 8300 Rua Abílio Procópio Ferreira, 64 – Centro Josephina Costa Azevedo

CLÍNICA SÃO VICENTE 525 6332 Rua Tiradentes, s/n - Centro José Geraldo dos Santos

HOSPITAL PERPÉTUO SOCORRO 3525 6202 Rua Tiradentes, s/n - Centro Bento Fabião Chaves

IORT 3526 6441 Rua Tiradentes, s/n - Centro Hélio B. Brandão

30