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BRASÍLIA www.planobrasilia.com.br 15 DE MARÇO DE 2011 Ano 9 · Edição 88 · R$ 5,30 Plano BR 88 MESA REDONDA Geraldo Magela VIDA MODERNA Motociclistas Femininas JUSTIçA Vetuval Vasconcelos INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Plano Brasilia

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Revista semana com as noticias da capital federal do Brasil

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BRASÍLIAw w w. p l a n o b r a s i l i a . c o m . b r

15 de março de 2011a n o 9 · e d i ç ã o 8 8 · r $ 5 , 3 0Plano

BR

8 8

MESA REDONDAGeraldo magela

ViDA MODERNAmotociclistas Femininas

juStiçAVetuval Vasconcelos

iNTOLERÂNCiA RELiGiOSA

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Sumário

12 Cartas

13 Mesa Redonda

16 Panorama político

18 Brasília e Coisa & Tal

20 Política Brasília

22 Dinheiro

24 Capa

28 Cidadania

30 Gente

32 Cidade

34 Educação

36 Tecnologia

38 Cotidiano

40 Planos e Negócios

42 Automóvel

44 Paisagismo

46 Esporte

48 Personagem

50 Saúde

52 Beleza

54 Comportamento

56 Artes Plásticas

58 Agenda Cultural

60 Gastronomia

62 Música

64 Mundo Animal

66 Jornalista Aprendiz

68 Propaganda e Marketing

70 Vinho

72 Tá Lendo o Quê?

74 Frases

75 Justiça

76 Diz aí, Mané

78 Cresça e Apareça

80 Ponto de Vista

82 Charge

1344 60

56

28

32

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Expediente Carta ao leitor

DIRETOR EXECUTIVO Edson Crisó[email protected]

DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS Nubia [email protected]

DIRETOR ADMINISTRATIVO Alex [email protected]

PlanoBRASÍLIA

CHEFIA DE REDAÇÃO Afrânio Pedreira

DIRETOR DE ARTE Theo Speciale

DESIGN GRÁFICO Camila Penha, Eward Bonasser Jr.

FOTOGRAFIA Gustavo Lima

EQUIPE DE REPORTAGEM Alessandra Bacelar, Aline Ricciardi, Fernanda Azevedo, Larissa Galvão, Maíra Elluké, Michel Aleixo, Tássia Navarro,

Veronica Soares e Virgínia Ciarlini

COLABORADORES Adriana Marques, Bohumil Med, Carlos Grillo, Cerino, João Paulo Neves Cabral, Luis Turiba, Mauro Castro, Vetuval Vasconcelos, Regina Ivete Lopes, Rodrigo Falcão, Romário Schettino, Tarcísio Holanda

IMPRESSÃO Prol Editora Gráfica

TIRAGEM 60.000 exemplares

REDAÇÃO Comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões e críticas às maté[email protected]

AVISO AO LEITOR Acesse o site da editora Plano Brasília para conferir na íntegra o conteúdo de todas as revistas da

editora www.planobrasilia.com.br

PLANO BRASÍLIA EDITORA LTDA.SCLN 413 Bl. D Sl. 201

CEP: 70876-540, Brasília-DFComercial: 61 3041.3313 | 3034.0011

Redação: 61 3202.1357Administração: 61 [email protected]

Não é permitida a reprodução parcial ou total das matérias sem a prévia autorização dos editores.

A Plano Brasília Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

Prezado leitor,

Depois das festas do Reinado de Momo em que todos nós tivemos as opções de cair na folia, descansar e até fazer as duas coisas, estamos nós aqui com mais uma publicação da nossa Revista Plano Brasília. Na 88ª. edição, também feita com bastante carinho e a atenção que todos vocês merecem, focamos assuntos que acreditamos ser do interesse de todos.

Na nossa matéria de capa levamos até você um assunto que muitos, por se respaldarem no dito popular de que “Religião, política e futebol não se discutem”, evitam comentários a respeito. Em quatro páginas, mostramos que a religião, em especial, por ser uma das atividades mais universais conhecida pela humanidade e praticada por todas as culturas, pode ser considerada assunto bastante polêmico e causador de discórdia em todo o mundo. Até hoje, não há uma religião universalmente aceita por todos e é aqui que a intolerância religiosa, caracterizado pela falta de respeito e do reconhecimento das diferenças e crenças de determinados grupos é abordada e discutida. No nosso país, embora a maioria da população seja cristã, o tema não pode e nem deve ser deixado de lado. A não aceitação de algumas práticas religiosas de deter-minados grupos também causam conflitos na sociedade brasileira. Para tentar entender o assunto, a reportagem traz depoimentos de seguidores e fundadores de religiões como a evangélica, católica, judaica e africanas como o candomblé e umbanda. Com isto, a nossa intenção é levar todos a entender que a intolerância religiosa é caracterizada pela falta de capacidade de aceitar o outro na sua diversidade e que, em muitas das vezes, a não aceitação leva a um combate frontal com alguma outra religião. Deixando claro que a maior dificuldade do assunto é o não convívio com as diferenças.

Na reportagem da editoria Cotidiano: “Haja Tributos”, falamos sobre as despesas extras que o brasileiro costuma ser “forçosamen-te” presenteado no início de cada ano. Não bastasse os gastos com as festas de fim de ano, viagens de férias, colégio e material escolar dos filhos, o contribuinte tem que listar no “passivo”, despesas como IPTU e IPVA que, diga-se de passagem, sempre sofrem acréscimos que pesam muito no bolso. O pior de tudo é que o pagamento é obrigatório e não tem escapatória, pois no caso de inadimplência, o nome é negativado e cai na lista da dívida ativa.

Na matéria de Comportamento, pegamos carona no carnaval, acompanhamos e registramos a criatividade do brasiliense no que se refere a assuntos atuais. Entre eles, o envolvimento da deputada federal Jaqueline Roriz, filha do considerado por muitos como o eterno governador do DF, Joaquim Roriz no escândalo do “mensalão do DEM de Brasília”. Sem falar no ingresso do palhaço Titirica, deputado federal mais votado de todos os tempos na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Uma leitura imperdível.

É isso caro leitor. Esperamos que você goste. Boa leitura. Até a próxima!

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Cartas

Fale conoscoCartas e e-mails para a redação da Plano Brasília devem ser endereçadas para:SCLN 413 Bl. D Sl. 201, CEP 70876-540Brasília-DFFones: (61) 3202.1357 / [email protected]

Prezados diretores,

Tenho tido a satisfação de receber, no Bloco C da SQN 206, há algumas semanas, as edições da Revista "Plano Brasília". As ma-térias são muito interessantes, assim como as análises políticas. Parabéns pela reportagem sobre a solidão, que é uma das maiores preocupações dos tempos modernos, aqui e na Europa. Aproveito para sugerir que a revista, em contraponto à matéria "Solitários do DF", elabore a reportagem "Solidários do DF", enfatizando o trabalho social desenvolvido por centenas de entidades e pessoas que atuam solidariamente em prol das pessoas carentes e pela superação da miséria. Sou do grupo dos Vicentinos, cuja missão é a caridade a pessoas que sofrem, não importando suas religiões. Estou às ordens para qualquer informação.

Abraços,

Renato Lima – Vice Presidente Internacional dos Vicentinos Asa Norte

Senhores,

Parabéns pela excelente matéria "Drogas - a busca por soluções", publicada na Edição 85 de 22/2. Este é um tema que tem avançado com muita rapidez e está invadindo as nossas casas e nossas famílias. A matéria ouviu todos os lados e reforça que algo urgente precisa ser feito. Parabéns por toda a revista, está ótima.

Helenilda LimaVicente Pires

Gostaria de parabenizar à “Plano Brasília” pelos artigos de “Música Erudita em Brasília” publicados nessa revista, de autoria do Profes-sor Bohumil Med, que apresentam textos ilustrativos, de excelente qualidade, os quais nos trazem esclarecimentos importantes sobre a música e sua história, além de enaltecê-la. Vale ressaltar que esta área da arte nos eleva e é entendida, na medida em que a sentimos como uma linguagem universal. É deveras oportuna tal divulgação, num momento que observamos o anseio dos profes-sores por informações dessa área, a fim de subsidiarem as suas aulas, principalmente, quando a música passou a ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo do componente curricular Arte.

Prof.ªMarisa Araújo Oliveira

Senhor Redator,

Parabéns pela entrevista com o Secretário de Meio Ambiente, o senhor Eduardo Brandão falou bem e tem conhecimento profundo sobre a herança maldita que o Governador Agnelo recebeu das mãos de Rogério Rosso. Considero o pior de todos o abandono em que se encontram os parques. Falo em particular do parque de Uso Múltiplo da Asa Sul - APASUL, com área de quase 22 hectares, lagoa e nascentes, totalmente abandonado, embora o IPOEMA - Instituto de Permacultura, Organização, Ecologia e Meio Ambiente, quando do lançamento do Programa "Abrace um Parque", tê-lo abraçado, mas nada fez. Vale a pena conferir e chamar a comuni-dade adjacentes para uma reunião no local.

Maria Regina C. S. RodriguesPrefeita Comunitária da SQS 416

As cartas devem ser encaminhadas com assinatura, identificação, endereço e telefone do remetente. A Plano Brasília reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação.

Mensagens pela internet sem identificação completa serão desconsideradas.

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Mesa Redonda

Equipe Plano Brasília: Veronica Soares, Edson Crisóstomo, Liana Alagemovits e Virginia Ciarlini | Fotos: Gustavo Lima

GeraldoMagela

Sindicalista e parlamentar, foi presidente da Câmara Legis-lativa e é o atual Secretário de

Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF, Geraldo Magela conta a história pessoal de luta em família e narra sobre a trajetória política e os ideais que vão pautar o mandato à frente dos desafios do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), os financiamentos imobiliários para as classes C e D, a contenção do inchaço populacional na capital e a regularização de condomí-nios espalhados pelo DF.

Plano Brasília> Geraldo Magela já foi sindicalista de 1981 a 1982, Secretário, três vezes eleito Deputado e uma vez quase Governador. Foram constatados desmandos naquela eleição, como por exemplo, catego-rias que impediram a liberdade do cidadão ir votar. O que mudou na política de Brasília, desde então, no cidadão, no político e no secretário Magela do governo Agnelo?Magela> Eu aprendi muito. Adquiri ex-periência a partir do exercício dos meus mandatos como Deputado Distrital, como Deputado Federal e com a minha candidatura ao governo do DF. Hoje, a

experiência me ensinou a respeitar as opiniões divergentes, mas também a ser mais severo com aqueles que transgridem a questão da ética. A minha visão é de que precisamos ser muito mais severos do que sempre fomos com a questão da ética.

Sua vida pessoal, o menino aprendiz de sapateiro, além do seu histórico político chama a atenção e é um exemplo para todos. Isso mostra que o brasileiro tem garra. Pode falar um pouco sobre isso?

Acho essa pergunta importante porque me deparo muito, quando vou, por exemplo, a uma escola fazer um debate e as pessoas me veem como o deputado de hoje e não sabem da história. É muito importante contar que fiquei órfão aos seis anos de idade. Meu pai era lavrador. Éramos nove filhos e minha mãe foi uma guerreira que conduziu todos os filhos. Depois de perder o marido, em menos de um ano perdeu o filho mais velho. Então perdeu os dois baluartes, digamos assim, e se transformou no grande pilar da família. Ela é minha grande referência. Passei dificuldades, fui aprendiz de sapateiro, entregador de pão, auxiliar de escritório e hoje sou parlamentar, graças a muito do que aprendi com a minha família e especialmente com a minha mãe.

E qual o segredo desse menino do interior? Qual o exemplo que mais marcou a sua luta?

Os mineiros sempre se comunicam muito por ditado e minha mãe repetia um que me marcou muito. Ela dizia: “Olha meu filho, você tem sempre que ter a verdade ao seu lado. Você pode avermelhar por trinta segundos para não amare-lar para o resto da vida”. Ela queria dizer que você devia ser verdadeiro sempre. Quando você fala uma verdade, você pode mantê-la para a vida toda e quando diz uma mentira, não sabe por quanto tempo vai mantê-la. Então minha mãe sempre foi a pessoa da verdade, seja ela qual for. Outra coisa interessante e que trago para minha vida como Secretário de Habitação, foi o fato de meu pai ter deixado uma casa para minha família. Hoje, como Secretário de Habitação, eu certamente dou um valor muito grande ao fato da pessoa ter um teto para colocar a família dentro.

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O assunto do momento é o Jardins Man-gueiral, que é um setor habitacional de São Sebastião. Hoje saiu uma resolução no Diário Oficial dizendo que não serão entregues os imóveis, que houve ilegalidade e as inscri-ções feitas anteriormente foram revistas. Essa decisão é positiva porque vai rever o processo de inscrição. Mas e essas famílias, como ficam?

Na verdade essa é uma notícia boa. Mas em que sentido? Primeiro estamos dizendo que no mês de abril, efetivamen-te, vamos entregar as primeiras unidades habitacionais. E também no sentido de que as pessoas que terão os nomes pu-blicados, a partir de agora, terão 100% de segurança de que o processo é legal. Por que tivemos que cancelar os editais? Nos últimos dois anos, muita coisa vinha sendo feita errada na área de habitação e esse que é um bom projeto, vinha sendo deturpado por irregularidades cometidas dentro da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (CODHAB). Pessoas vendendo vagas e falsificando documentos por exemplo. A CODHAB foi alvo de duas investigações em dezembro passado, de duas opera-ções policiais, inclusive pessoas foram presas. A partir de agora, os processos serão analisados com isenção e dentro da lei. As pessoas que irão para lá, são aquelas que têm o direito.

Secretário, o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) foi um dos grandes proble-mas do governo anterior. Agora ele voltou a ser discutido na Câmara Legislativa e na esfera do executivo. O que tem que ser revis-to, o que a secretaria vai fazer e como essa discussão vai ser feita com a comunidade que tem interesse no PDOT?

O plano diretor anterior foi objeto de interesses não muito lícitos. Agora estamos ouvindo a comunidade antes de enviar o projeto à Câmara Legisla-tiva. Durante 30 dias vamos consultar entidades representantes de classe e am-bientalistas. Vamos ouvir quem quiser opinar, inclusive pela internet. A partir disso, vamos formatar um novo projeto e remeter à Câmara. Queremos que a participação da sociedade garanta que os interesses sociais estarão atendidos e,

ao mesmo tempo, daremos transparên-cia por meio de um processo que tenha lisura absoluta. Assim, os deputados podem aprovar com tranquilidade sem que haja nenhuma denúncia. Inclusive estamos convidando os deputados dis-tritais a participarem do processo prévio. Queremos que o Plano Diretor reflita os interesses sociais e não os interesses do grupo econômico A ou B.

Ainda sobre o PDOT, o que vai acontecer em Vicente Pires? Lá prédios de cinco ou seis andares dividem espaço com as casas. Isso vai ser revisto?

Vamos acentuar a fiscalização nos próximos dias. Estamos pedindo à administradora regional e aos órgãos de fiscalização, que não deixem avançar construções que não estão autorizadas. Aqueles que estiverem construindo sem alvará terão a obra paralisada. Agora, nós vamos rever aquilo que for possível, porque o Plano Diretor é uma lei que está

em vigor. Portanto, é uma lei que pode ser alterada desde que seja comprovado o interesse público, uma vez que o Plano Diretor só pode ser revisto de cinco em cinco anos. Como ele foi aprovado em 2009, mas houve uma série de irregula-ridades, ensejou a possibilidade de uma atualização. Mas não vamos começar do zero, vamos pegar a situação que está e fazer adaptações. Certamente, questões como do Vicente Pires serão revistas.

Chegou uma denúncia a Plano Brasília, de que um mega empresário da cidade, neste momento, está fazendo visitas aos cartórios de registro de imóveis. Você tem algum conhecimento desta denúncia? Será que ela está acontecendo em função de uma possível CPI do Plano Diretor. O Sr acredita que essa CPI vai acontecer?

Não tenho conhecimento dessa de-núncia. Mas as informações de cartório são públicas. Vamos trabalhar para evitar a especulação imobiliária. Sobre a CPI, eu não tenho domínio de todas as informações sobre o processo na Câma-ra Legislativa. Porém, como parte das denúncias da Caixa de Pandora é sobre a elaboração do PDOT, a CPI pode ser uma solução. Quero dizer que o passa-do, estou deixando para a polícia, para o Ministério Público e, se for o caso, para uma CPI. O Plano Diretor que vamos elaborar não terá vício de interesses eco-nômicos ou de pagamento de propina, isso eu posso garantir a todos.

Existe alguma fórmula mágica para conter o inchaço populacional do DF?

Infelizmente não. O que tem que existir é responsabilidade de quem está no governo e fazer um planejamento adequado. Nós sabemos que, salvo alguns períodos de governos responsá-veis, as três ultimas décadas foram de governos irresponsáveis. Faço sempre a ressalva de que no governo do professor Cristovam Buarque não surgiu nenhuma ocupação irregular. Em primeiro lugar queremos planejar, deixar de espichar o DF, para que não continue crescendo para os lados. Até porque, o nosso terri-tório é finito e temos uma preocupação com a preservação ambiental. É preciso

tem que existir é responsabilidade de quem está no governo e fazer

um planejamento adequado

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parar o crescimento horizontal do DF e buscar o crescimento vertical. Em Cei-lândia, Samambaia, Recanto das Emas, até em Vicente Pires, o crescimento tem que ser vertical. Para assim, aproveitar toda a infraestrutura já implantada. Com relação aos condomínios tenho uma tese de que o governo só controla depois de regularizar. Queremos apres-sar a regularização e essa é uma determi-nação do Governador Agnelo Queiroz. Sempre dou um exemplo que considero positivo, que é o da Vila Telebrasília na Asa Sul. Era uma área irregular e não tinha como tirar todo mundo de lá. Re-gularizamos na época do governo do PT e controlamos, tanto que lá não cresceu.

Secretário, qual o déficit habitacional de Brasília hoje? Existe um planejamento para atender pessoas de baixa renda? Porque o que vemos é um planejamento para pessoas de classe social mais elevada enquanto que as de baixa renda estão ao relento. O que existe nesse sentido?

Você fez uma boa pergunta porque eu deveria estar aqui sabendo qual o dé-ficit habitacional do Distrito Federal, mas sinceramente, não sei. Nem eu e nem ninguém tem esse dado, porque não há método científico implantado no gover-no para isso. Estamos providenciando. Também queremos atender a população que ganha até três salários mínimos. Por isso, aderimos ao programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal. Com isso, não vamos mais entregar lote e nem fazer doações. Faremos financiamento para as pessoas terem acesso a casa ou apartamento. A prestação tem que ser menor ou no valor do aluguel que ela paga hoje. A nossa política vai até doze salários mínimos, mas a prioridade é pra quem ganha até três.

Mudando de assunto, a Presidente Dilma desgastou-se com sindicatos por causa do salário mínimo. Uma das opções para que ela se reaproxime é a redução da jornada de trabalho semanal. Como o Senhor vê isso?

Primeiro, eu quero dizer o seguinte: é injusto dizer que a presidente Dilma tenha alguma responsabilidade sobre o reajuste atual do salário mínimo. Porque

a política de longo prazo terá altos e baixos. Em toda época do presidente Lula e agora, o salário mínimo teve um ganho real, um reajuste acima da inflação. Se neste momento o reajuste foi pequeno é porque houve um perí-odo em que o crescimento também foi pequeno. Em 2012, aproveitando o crescimento dos últimos anos, o salário mínimo terá um reajuste muito alto. Então haverá uma recuperação e esse desgaste certamente será revertido em reconhecimento a política de longo prazo. Agora, sabemos que a redução da jornada de trabalho é fundamental para que sejam gerados mais empregos. Hoje temos um dos menores índices de desemprego da história do Brasil, mas queremos que ele seja próximo de zero. Acredito que 40 horas semanais é uma jornada de trabalho razoável para gerar mais emprego e distribuir renda, para que as pessoas possam viver mais com a

família, ter mais oportunidade de lazer e de acesso a cultura. Certamente, essa vai ser uma dura batalha, mas a grande oposição é de segmentos empresariais que não reconhecem a importância da redução da jornada de trabalho. No que depender do PT e do Governo Federal, estaremos trabalhando para diminuir a jornada de trabalho.

Na sua maneira de ver, essa batalha vai ser dura porque os empresários não deixam barato. Eles se mobilizam?

É uma batalha duríssima. Já foi muito dura quando nós conseguimos baixar a jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais. Mas acredito que o empresariado moderno precisa se adaptar aos novos tempos e é me-lhor ele ter um trabalhador satisfeito, feliz, bem pago e com uma jornada de trabalho razoável, do que ele ter alguém infeliz e que esteja produzindo menos. É claro que o trabalhador estando numa condição adequada, produz mais e melhor. Estamos numa condição de século XXI em que as rela-ções de trabalho tem que acompanhar a evolução da informática, científica e das pessoas. Hoje todos querem viver mais e viver melhor.

Agradecemos ao secretário Magela por essa entrevista esclarecedora sobre as políticas de habitação dos próximos anos do GDF. Deixo as considerações finais para o Secretário.

Considero que quando falamos de habitação, de regularização de condo-mínios ou de planejamento da cidade, certamente, o assunto é inesgotável. Mas, nesse momento, a mudança que queremos fazer na política habitacional é a mudança de paradigma. Queremos que as pessoas tenham o direito de morar atendido e com dignidade. Sa-bendo que depois, ninguém vai dever favores ao Magela ou Agnelo. Vai morar por ter um direito garantido pela Cons-tituição. Não vamos mais fazer doações e sim financiamentos. Será também um direito que a pessoa terá atendido com dignidade e sabendo que trabalhou para ele ser atendido.

Nosso território é finito e

temos uma preocupação com

a preservação ambiental

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16 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

Panorama Político TARCÍSIO HOLANDA

“Isso mostra a capacidade pro-dutiva da economia brasileira, o potencial que vem sendo

realizado nestes últimos anos. Mostra-mos nossa capacidade de crescer cada vez mais” – disse o ministro da Fazenda, comemorando o fato de o Brasil, com o crescimento de 7,5%, em 2010, ter ultra-passado a Inglaterra e a França, sendo hoje a sétima economia do mundo.

A vigorosa expansão da economia brasileira em 7,5%, registrado em 2010, resultou do fraco desempenho econômico do ano anterior e dos fortes estímulos dados pelo governo para enfrentar a recessão, segundo uma opinião média entre os economistas. “A economia cresceu tanto porque a base de comparação é muito baixa” – disse o economista Antonio Corrêa de Lacer-da, professor da PUC paulista. Cumpre lembrar que o crescimento de 2010 foi calculado com base em 2009, ano em que o PIB (Produto Interno Bruto) recuou 0,6%, sofrendo os impactos da crise financeira internacional, que começou nos Estados Unidos e chegou à Europa e ao resto do mundo.

OS ESTíMUlOS PARA EVITAR O PIORDiante da perspectiva de uma forte

recessão, o governo tomou medidas para estimular a economia, em 2009, visando a alavancar o consumo e reaquecer a economia, como as reduções dos juros e do IPI (Imposto sobre Produtos Indus-trializados). “O crescimento de 2010 se deu porque o governo adotou medidas apara acelerar os gastos públicos. E em segundo lugar, porque usou os bancos públicos para suprir a escassez de cré-dito nos bancos privados, decorrente da crise de 2008/2009. E em terceiro, porque o governo reduziu impostos de

automóveis e materiais de construção” – disse Lacerda.

CRESCIMENTO ACIMA DO RAzOáVElPara o economista José Ricardo da

Costa e Silva, professor do Ibmec-DF, o governo pode ter exagerado a mão ao estimular a economia. “As medidas do governo fizeram com que a economia não só saísse da crise, mas também estimularam um crescimento acima do que a gente deveria ter” – acrescentou Costa e Silva. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou, recentemente, que o crescimento de 2010 não é sustentável e que o país de-veria crescer 5%. Para reduzir o ritmo de expansão econômica, o governo fe-deral anunciou corte de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011.

JUROS AlTOS USADOS COMO fREIOOutro recurso usado para deter o

crescimento tem sido a alta dos juros. Quarta-feira, dia 2 do corrente, o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, elevou a taxa básica de juros (a Selic) para 11,75% ao ano, o que funcionará como um freio. Juros altos ajudam a controlar o consumo e contribuem para conter a alta da infla-ção, que causa preocupações à equipe econômica. O reajuste das taxas de juros contribui para aumentar as prestações na compra de bens duráveis, como as geladeiras, por exemplo. Isso funciona como um inibidor do consumo, pois as pessoas se retraem.

O RISCO DE JOgAR A ECONOMIA NO ChãO

“A combinação de corte de gastos com aumento de juros, com restrição de demanda e com cenário internacional

turbulento, pode jogar a economia no chão” – sustenta o economista Antonio Corrêa de Lacerda, referindo-se à atual crise que ocorre no Oriente Médio. “O desafio do Brasil é diminuir um pouco ritmo de crescimento da economia, porém, manter acelerado o ritmo de investimento. É isso que garantirá a sustentabilidade no futuro” – disse Lacerda, lembrando que o governo está correndo o risco de desacelerar demasiadamente a economia com as atuais medidas que adotou”.

DESAqUECIMENTO MAIOR DO qUE O PREVISTO

O economista Antonio Corrêa de Lacerda mostra-se preocupado com os efeitos das meditas adotadas, expli-cando: “Isso (o crescimento de 2010) é o passado, a realidade atual já é bem diferente porque está havendo um desa-quecimento muito forte da economia”. Ele adverte que o governo corre sérios riscos diante da possibilidade de todos caírem em uma armadilha ao tentar conter o consumo da população. “O que move o investimento é a expectativa de demanda. Se eu gerar uma expectativa de que a demanda vai cair, os investi-mentos serão bloqueados e aí não se consegue sustentar esse crescimento” – observou. Costa e Silva ainda advertiu que não existe um “valor certo” para o crescimento econômico de um país.

Embora existam diversos modelos estatísticos para fazer esse cálculo, La-cerda lembrou que, ao fim e ao cabo, os economistas estão sempre preocupados é com o desempenho da inflação.

Acabam de ser instaladas comissões especiais na Câmara e no Senado para elaborar uma proposta consensual de reforma política, a ser votada pelo ple-

Menor expansão da economia

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nário no segundo semestre, segundo o presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS). Depois de aprovada na Câmara, a proposição é remetida para trâmite e votação no Senado. A comissão da Câmara terá 180 dias para analisar todos os projetos em tramita-ção que tratem do assunto. Serão 41 deputados titulares e 41 suplentes e a primeira reunião foi realizada na última quarta-feira, quando foram escolhidos os deputados Almeida Lima (PMDB--SE) para presidente e o deputado Henrique Fontana (PT-RS) para relator da referida comissão especial.

DEbATE COM A SOCIEDADEO presidente da Câmara, deputado

Marco Maia, ressaltou que o debate precisa envolver a sociedade e que, se não houver pressão popular em favor da reforma política, como houve na vo-tação do projeto da lei da Ficha Limpa, talvez mais essa tentativa de mudança das instituições seja arquivada. A Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135), que estabelece severas normas para registro de candidaturas, resultou de iniciativa popular amparada por um milhão e 300 mil assinaturas. Não é a primeira vez que a Câmara cria uma comissão especial sobre o tema. A matéria chegou a ir a plenário, em 2007, mas foi rejeitada a proposta de introdução do voto em lista fechada, que fortaleceria os partidos.

“AS COISAS NãO SERãO fáCEIS”“O fato de estarmos criando as co-

missões não significa que estamos pro-metendo que as coisas serão fáceis. Não, teremos um longo debate político, uma construção muito paciente de acordos, consensos que viabilizem as mudanças

na estrutura política brasileira” – disse Marco Maia. O presidente do Senado, José Sarney, também instalou uma comissão para fazer uma proposta de reforma política, na semana passada. Sarney defendeu uma sintonia entre as duas Casas para produzir um texto que será a principal missão do Con-gresso nesta legislatura. “Teremos uma proposta só, de acordo entre Câmara e Senado, de modo a aprovarmos uma proposta com maior rapidez” – disse o presidente do Senado.

DISCUSSõES NOS PARTIDOSO vice-presidente da Câmara, Mi-

chel Temer, sugeriu que o debate sobre a reforma política não demore muito e que o tempo das comissões seja gasto com negociações. “Já conhecemos muito bem os sistemas que se apresen-tam. É preciso escolher o melhor para o Brasil” – disse Michel Temer, sugerindo que os partidos políticos promovam discussões internas para chegar a uma posição. “Nas outras oportunidades em que a reforma política foi discutida havia quase uma proposta para cada deputado. É preciso trazer para o Plenário um consenso” – disse o vice--presidente da República. Temer de-fendeu o fim do voto proporcional nas eleições parlamentares e manifestou-se favorável à fidelidade partidária.

OS MAlES DO VOTO PROPORCIONAlO vice-presidente Michel Temer

condenou o voto proporcional, argu-mentando que o modelo contraria o princípio constitucional da igualdade dos votos de todos os cidadãos. “O quociente eleitoral é um número que indica quantos candidatos de um partido foram eleitos. Tal quociente é

produto da divisão dos votos válidos dados à legenda pelo quociente eleitoral. O quociente eleitoral, que é resultado da divisão total dos votos válidos pelo número de vagas de uma determinada circunscrição eleitoral, é uma negação da Constituição” – disse o vice-presidente, sustentando que, se as eleições para deputado federal de 2010 tivessem sido realizadas no voto majoritário, a Câmara teria composição 20% diferente da atual.

fINANCIAMENTO PúblICOTemer diz que o financiamento

público de campanha é compatível com o sistema de voto em listas partidárias fechadas. De acordo com tal sistema, os eleitores não mais elegem individual-mente seus candidatos a vereador, de-putado estadual e federal, mas votarão em listas previamente ordenadas pelos partidos. A distribuição de cadeiras é semelhante à que se processa hoje: cada partido continua recebendo o nú-mero de cadeiras que lhe corresponde pela votação proporcional que obteve. Assim, se um partido tem direito a oito cadeiras, assumem os mandatos os oito primeiros colocados da lista.

A solução seria o repasse de recursos públicos por meio do fundo partidário destinado à manutenção dos partidos e administrado pelo TSE. Do total arrecadado, 42% devem ser divididos igualitariamente entre os partidos, 29% divididos proporcionalmente entre os partidos que elegeram deputados federais, de acordo com o tamanho de suas bancadas, e outros 29% vão para as legendas que obtiveram 1% ou mais dos votos válidos das 2 últimas eleições e que tenham conseguido eleger repre-sentantes em pelo menos 5 Estados.

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18 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

Pandora II, a missão

A Operação Caixa de Pandora

ganha sobrevida no noticiário

e volta em grande estilo. Ja-

queline Roriz, a filha querida

do “big boss” Joaquim Roriz,

escapará da cassação? É o

que todos perguntam.

O “Pibão” da Dilma O Brasil tem o maior PIB dos últimos 25 anos e ainda tem gente

agourando. Por que será? Tudo é motivo para alertas, restrições e

medo de que ainda pode dar errado. O fato é que investimentos e

o mercado interno elevaram o PIB em 7,5%, segundo o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o ministro da

Fazenda, Guido Mantega, a alta foi alcançada por conta do mer-

cado interno robusto e do investimento (21,8% de crescimento

na Formação Bruta de Capital Fixo). “Isso mostra que estamos

expandindo a nossa capacidade produtiva, aumentando a produ-

tividade da economia brasileira. Investimento significa máquinas

mais novas, novos sistemas de produção”, disse.

Bola fora Depois de chamar a ministra da Cultura, Ana de Holanda, de “um

pouco autista”, Emir Sader sai do governo. O sociólogo que havia

sido indicado para presidir a Fundação Casa de Rui Barbosa não

será nomeado para o cargo. Também, depois de uma bola fora

dessa ninguém resiste. Sader foi descortês e preconceituoso com

os portadores de autismo. Isso não se faz, filósofo!

Paulo Freire, 90 anos – I O deputado Fernando Ferro (PT-PE) quer saudar os 90 anos do

nascimento do educador e filósofo Paulo Freire. A cerimônia, na

Câmara dos Deputados, está marcada para o dia 8 de abril, às

10h. A sessão solene será a primeira atividade oficial do Ano Paulo

Freire no Brasil, que ainda vai contar com lançamento de livros,

palestras e seminários. Paulo Freire destacou-se por seu trabalho

na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização

como para a formação da consciência. Autor de “Pedagogia do

Oprimido”, um método de alfabetização dialético, se diferenciou do

“vanguardismo” dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre

defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método,

mas como um modo de ser realmente democrático. É considerado

um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mun-

dial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

Em 1991 foi fundado em São Paulo o Instituto Paulo Freire, para

estender e elaborar as ideias de Freire. Paulo Freire morreu de um

ataque cardíaco em 2 de maio de 1997.

Paulo Freire - II O professor e pesquisador Vinício Artur de Lima, autor do livro “Comuni-

cação e Cultura: As idéias de Paulo Freire” (Paz e Terra, 1981), também

vai homenageá-lo com uma nova edição do texto que completa agora

30 anos. Será uma parceria entre a UnB e a Fundação Perseu Abramo.

Brasília e Coisa & Tal ROMÁRIO SCHETTINO

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PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011 19

Conselhos e participação A sociedade civil está mais participativa, diz o professor da Universi-

dade Federal de Minas Gerais (UFMG), Leonardo Avritzer. Organizador

do livro “A Dinâmica da Participação Local no Brasil”, Avritzer integra

um dos mais interessantes núcleos de estudo nascidos na academia

brasileira nos últimos anos. Fundado, em 2006, na UFMG, o Centro

de Referência do Interesse Público pesquisa temas como corrupção,

democracia participativa, sociedade civil e instituições públicas. Esse

livro é um dos mais recentes trabalhos do grupo. A obra mostra, por

exemplo, que os cidadãos têm participado cada vez mais das decisões

públicas, por meio de conselhos municipais, estaduais e federais. O

resultado, aponta o livro, é uma maior pressão sobre o poder público

e a consequente adoção de políticas mais eficientes e mais inclusivas

e o refinamento no controle da corrupção. “Os conselhos são uma

das instituições mais importantes do Brasil democrático”, diz o aca-

dêmico. Em entrevista à Carta Capital, Avritzer defende a participação

de representantes da sociedade civil na sabatina e no processo de

escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal. “Temos no Brasil

um protagonismo crescente do Poder Judiciário. Ao mesmo tempo,

o processo de confirmação de juízes, especialmente os do Supremo,

é altamente deficiente. Os debates são rarefeitos, como vimos na

recente confirmação do ministro (Luiz) Fux. A nossa proposta é que

organizações da sociedade civil tenham um papel maior nas sabati-

nas de ministros indicados ao Supremo, com direito a perguntas que

o Senado não costuma fazer. Por exemplo, o que o indicado pensa

sobre meio ambiente, direitos das minorias, corrupção”, defende.

Aposentadoria O jornalista Eduardo Costa, da Rádio Itatiaia e TV Record de

Minas Gerais, conseguiu uma vitória contra a Previdência Social

que abre precedente não só para a categoria, pois pode também

beneficiar qualquer brasileiro que tenha trabalhado sob a vigência

de leis especiais de aposentadoria. O INSS terá de acrescentar ao

tempo de serviço do repórter 17% a mais nos 16 anos em que ele

atuou sob a vigência da lei que concedia aposentadoria especial

aos jornalistas. Foi no Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais

que Eduardo tomou conhecimento, por meio da juíza Maria Helena

Carreira Alvim - convidada para uma palestra sobre o tema -, de

que categorias cujas aposentadorias tiveram legislações espe-

ciais, antes da reforma da Previdência, deveriam ter tratamento

diferenciado pelo INSS. Eduardo entrou com ação na Justiça. No

julgamento do Tribunal Regional Federal, no começo de fevereiro,

os juízes acolheram a apelação por unanimidade, reconhecendo a

possibilidade de se computar, também, o estágio remunerado para

fins de aposentadoria. Trata-se de uma grande notícia para jorna-

listas mais idosos - muitos em dificuldades financeiras - que não

conseguem computar o tempo necessário para a aposentadoria.

Ouvidoria O BRB precisa melhorar o atendimento. Apesar das cadeiras,

filas enormes e espera de mais de uma hora. Dos sete caixas

existentes na agência JK, apenas dois funcionavam numa

sexta-feira. Problemas de gestão. Será isso mais uma herança

maldita do governo Arruda? Tá na hora de mudar.

Conselho renovado

Com a eleição do novo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz,

e com a nomeação no novo secretário de Cultura, Hamilton Pereira,

houve uma renovação no Conselho de Cultura do DF. Ainda falta nome-

ar um, ou uma, suplente de Artes Cênicas e um, ou uma, suplente de

Literatura. Até o momento, nova composição é a seguinte: Conselheiros

titulares da comunidade: 1 - Roberto Klotz (literatura); 2 - Daniel Sarkis

(música); 3 - Suselaine Martinelli (dança); 4 - Márcio Moraes (cinema

e vídeo); 5 - Wandilene Macedo (artes cênicas); 6 - Alda Martins (artes

plásticas/visuais). Suplentes - 1 - Sthel Nogueira (música), 2 - Regina

Gomes (dança), 3 - João Lanari (cinema e vídeo), 4 - Douglas Nasci-

mento (artes plásticas/visuais). Representantes do governo: - Titulares:

1 - Cleri Fichberg, 2 - Romário Schettino¸3 - Izabela Brochado.

Suplentes: 1 - Luís Carlos; 2 - Anibal Aranto Perea; 3 - Jeferson Paz.

Membros natos - 1 - Secretaria de Cultura - Hamilton Pereira da Silva

(Secretário); 2 - Subsecretaria de Mobilização e Eventos - Maria de

Fátima Santos de Deus; 3 - Secretaria de Educação - Clerton Oliveira

Evaristo. Mais informações: www.sc.df.gov.br

E-mail: [email protected]

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20 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

Jaqueline Roriz IQuem pensava que a sessão de vídeo de Durval Barbosa tinha

se esgotado, enganou-se. Na última semana, o Brasil conheceu

mais uma parlamentar que pegou dinheiro de fonte duvidosas

das mãos do delator do escândalo de corrupção, conhecido

como “mensalão do DEM de Brasília”. As imagens mostram

a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), filha do ex-

-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, recebendo um

maço de dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais do

DF, Durval Barbosa.

Além da sucessora política de Joaquim Roriz, o vídeo gravado

na campanha eleitoral de 2006, também mostra o marido dela,

Manoel Neto. A 31ª gravação da sessão de Durval, mostra o

casal recebendo e colocando um maço de R$ 50 mil numa

mochila. Jaqueline ainda reclama que o valor estava abaixo do

combinado e negociando novas contribuições para a campanha.

Parece que a filha de Roriz não conhecia a famosa frase bíblica

“Que atire a primeira pedra quem não tem pecados”. No ano

passado, ela que sempre negou o envolvimento no esquema,

em um discurso na Câmara Legislativa chamou de “cara de

pau” a então deputada Eurides Brito (PMDB), que foi cassada

após a divulgação de outro vídeo famoso que a mostra rece-

bendo dinheiro de Barbosa e colocando na bolsa. O esquema de

corrupção que antecedeu o vídeo de Jaqueline foi desmantelado

em novembro de 2009, pela operação Caixa de Pandora da Po-

lícia Federal e acabou derrubando, em 2010, o ex-governador

José Roberto Arruda.

Jaqueline Roriz IIParece que os dias que antecedem o carnaval não são bons

para os políticos de Brasília. No ano passado, na quinta-feira

antes do carnaval, o então governador José Roberto Arruda foi

preso. Coincidência ou não, foi justamente na sexta-feira antes

do Carnaval de 2011, que o vídeo de Jaqueline veio à tona.

Muito se fala, mas pouco se sabe qual será a estratégia de

defesa da herdeira política do clã Roriz. No feriadão de Car-

naval, a maior especulação foi “por onde andava Jaqueline? A

assessoria de imprensa da parlamentar alegou que a deputada

estaria viajando para o Rio de Janeiro. Outros juram que ela

passou o feriadão de carnaval na fazenda do pai dela, tentando

articular alguma estratégia de defesa. Com a batata assando

para o lado da parlamentar, todos duvidam que Jaqueline tives-

se algum motivo para festejar o Carnaval no Rio de Janeiro. Ou

será que teria?

Política BrasíliaPor: Veronica Soares

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PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011 21

Jaqueline IIIIronia ou não, a parlamentar era membro da Comissão Especial

da Reforma Política,instaurada na Câmara Federal no mês pas-

sado. Na quarta-feira de cinzas (09), quando todos pensavam

que a deputada iria fazer a sua defesa publicamente, Jaqueline

enviou uma carta à direção nacional do PNM, desistindo da vaga

na Comissão. Confira a carta da deputada:

“Quando pleiteei uma vaga para o Partido da Mobilização Na-

cional, na Comissão Especial da Reforma Política, no colégio de

líderes da Câmara dos Deputados, o fiz com a convicção de que

o nosso PMN e seus militantes têm uma valorosa contribuição a

dar a essa comissão.

A reforma política é necessária e essencial para o avanço da

democracia no Brasil, para o seu aperfeiçoamento e para toda a

classe política. O atual modelo é falho e precisa ser revisto com

a maior brevidade possível.

Aprendi que os interesses da sociedade, de um grupo político,

devem prevalecer acima de qualquer interesse individual ou

vontade pessoal e, neste contexto, solicito a minha substituição

na Comissão Especial representando o PMN.

Continuarei contribuindo com propostas que façam com

que o País encontre mecanismos eleitorais ainda mais

democráticos, que ajudem a minimizar as injustiças sociais

do nosso Brasil”.

OAB pede punição para Jaqueline Roriz

Uma semana depois da divulgação do vídeo que mostra Ja-

queline Roriz (PMN-DF) recebendo dinheiro de Durval Barbosa,

em uma reunião com o presidente

da Câmara Federal, Marco Maia, o

presidente da seccional do Distrito

Federal da Ordem dos Advogados

do Brasil (OAB-DF) Francisco Capu-

to, pediu mais investigações sobre

o caso. Para Caputo, apesar de o

vídeo ter sido feito em 2006, o fato

político gerado é motivo suficiente

para abertura de processo contra

a deputada, que terá assegurado o

direito de defesa.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, também

protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), na última quinta-

-feira (10),o pedido de abertura de inquérito para investigar a

deputada federal. O relator do caso será o ministro Joaquim

Barbosa. Caberá ao Ministro, a autorização para abertura do

inquérito. A deputada só será considerada ré se o plenário do

STF acolher a denúncia.

Ações para as mulheresO Governo do Distrito Federal lançou, em parceria com a Se-

cretaria da Mulher, o Março Mulher e o Rede Mulher Cidadã.

O serviço funcionará como uma espécie de Ação Global, com

trabalhos voltados para a comunidade. O lançamento oficial

ocorreu nesta quinta-feira, dia 10, no Salão Nobre do Buriti.

E, enquanto as autoridades estavam reunidas (incluindo as

secretárias mulheres do GDF e deputadas distritais e fede-

rais), os serviços já estavam sendo oferecidos na Rodoviária

do Plano Piloto. As ações se estenderão por todo o mês de

março e ainda por todo o ano, contemplando todas as regiões

administrativas do DF.

Israel Batista em defesa da Rádio Cultura

O deputado Professor Israel Batista (PDT-

-DF) levantou movimento em defesa da

Rádio Cultura FM (100,9) e cobrou do

governador Agnelo Queiroz investimentos

para melhorias e reestruturação admi-

nistrativa e física da emissora. “Em todas

as gestões, desde sua criação em 1988,

a Rádio Cultura nunca teve o cuidado e o zelo que merece”,

discursou o parlamentar.

“O descaso não permite que a rádio rompa fronteiras técnicas,

penalizando ouvintes em

todo o Distrito Federal.

Atualmente, apenas al-

gumas cidades recebem

o sinal”, complementou

Israel Batista, que rea-

lizará audiência pública

no dia 4 de abril para

debater a situação da

emissora. Segundo ele,

a Rádio Cultura neces-

sita de reparos tanto em

sua sede, instalada no Espaço Cultural Renato Russo da 508

Sul, quanto no transmissor, que fica no edifício anexo do Palácio

do Buriti. Além disso, não possui um quadro de funcionários

para mantê-la no ar a contento.

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Deputado Israel Batista

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22 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

Dinheiro MAURO CASTRO

Poderia ser mais simples a vida de um cidadão. Não é. Fica pior quando conhecimento e renda vão diminuindo. Ter pouco dinheiro e falta de acesso

à educação é um problema recorrente no Brasil e que deve durar mais um par de décadas. Enquanto boa parte da classe média acredita que o País segue a passos largos para o desenvolvimento e vê o Brasil assumir a posição de outras grandes economias européias, encontramos logo aqui, em Brasília, uma situação desoladora. Pessoas pobres tendo acesso a crédito.

Não deveria ser preocupante dar crédito aos menos favorecidos, se isso fosse feito com ética e bom senso. Fato que não acontece. A prática utilizada por lojas populares e financeiras dinheiristas fogem de qualquer bom senso. Qualquer incauto com cara de pouco dinheiro é abordado na rua por simpáticas promotoras vendendo um serviço de cartão de crédito que parece milagroso. Com alguns dados básicos e poucos documentos – carteira de trabalho, identidade, CPF e comprovante de residência – o nosso incauto recebe em casa, se não for na hora, um maravi-lhoso cartão de plástico com letras douradas e holograma em 3D. Extasiado recebe a informação que basta ir a lojas credenciadas com máquinas de cartão e terá acesso a um mundo de possibilidades. Só não avisam que terá que pagar depois.

A Fatura, lista surpresa, chega à humilde e quase sub--humana residência do incauto. Para este nosso cidadão, um emaranhado de informações que são quase impossíveis de ser entendida, com exceção da data de vencimento e do valor total a pagar. O susto não tão grande neste momen-to, pois há uma saída honrosa, chamada Valor mínimo a pagar. O incauto acha aquilo oportuno – e sempre será até perder o controle do processo. Dirige-se a um banco, paga a fatura pelo valor mínimo e tem seu crédito liberado por mais um mês. Continua a comprar, espantado com o poder que tem nas mãos. Até que chega a segunda fatura, assustadora e ameaçadora. Incrédulo com os números busca uma central de atendimento que tem a função de dizer apenas que ele comprou e terá que pagar. Juros de 18% ao mês, multas por atraso e tarifa de anuidades somam-se ao descontrole e falta de orientação do incauto.

O coitado começa a vender alguns objetos em casa até descobrir que nada supera o juro canibal. Na terceira ou quarta fatura o simpático valor mínimo já é muito além do que pode pagar. Perdido deixa a fatura em um canto e não paga mais. O cartão vira um objeto esquecido na gaveta e o incauto agora não tem crédito na praça. É devedor. Assiste na TV propagandas de crédito barato sonha em pagar sua dívida, mas é tarde. Toca sua vida como sempre foi. Com pouco dinheiro, sem esperança e um pesadelo guardado na gaveta de sua humilde casa.

tem pouco dinheiro

Ameaça do cartãopara quem

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PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011 23

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CapaPor: Veronica Soares | Fotos: Gustavo Lima | Ilustração: Theo Speciale

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PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011 25

IntolerâncIa RELIGIOSAReligião, política e futebol não se discute. O dito

popular é uma forma de evitar discussões sobre três temas presentes na sociedade e que não há um con-

senso entre os seus interlocutores. A religião, em especial, por ser uma das atividades mais universais conhecida pela humanidade e praticada por todas as culturas, pode ser considerada o assunto mais polêmico e causador de dis-córdia em todo o mundo. Até hoje, não há uma religião universalmente aceita por todos os povos. E é, justamente nessa lacuna, que entra o termo intolerância religiosa, caracterizado pela falta de respeito e de reconhecimento das diferenças e crenças de determinados grupos.

O termo é sério e deve ser discutido com afinco. Muitas das grandes guerras foram motivadas pela não aceitação da religião de outrem. Tanto na antiguidade quanto nos tempos atuais, a intolerância religiosa ainda é um dos grandes causadores de conflitos por todo o mundo. No Brasil, apesar da maioria da população ser cristã, o tema não poder ser deixado de lado. A não aceitação de algu-mas práticas religiosas e de determinados grupos também causam conflitos na sociedade brasileira.

O professor de Antropologia da Religião e Ética da Universidade Católica de Brasília José Lisboa Moreira de Oliveira explica que a intolerância religiosa é caracterizada pela falta de capacidade de entender o outro na sua diver-sidade. Em muitas das vezes, essa não aceitação gera ações que podem levar a reprimir ou, até mesmo, combater a outra religião. “A principal característica dessa prática é a dificuldade de convívio com a diferença”, explica.

Segundo Lisboa, em muitas das vezes, a questão de intolerância religiosa está ligada ao fundamentalismo religioso. Com isso, o sujeito acredita que apenas a sua religião é verdadeira e quer eliminar a outra. Para ele, mais do que combater a discriminação religiosa, a socie-dade, instituições organizadas e, principalmente, o Estado devem e necessitam estar atentos a esse fenômeno. Uma das alternativas, seria que os próprios líderes religiosos trabalhassem o tema juntos a membros das igrejas, para a convivência e o respeito às diferenças. Mas, muitas vezes, o que é percebido é uma reação contrária. “Em muitas religiões, os líderes são os primeiros a estimular os fiéis a não aceitarem a religião do outro”, alerta.

A intolerância religiosa também pode ser considerada uma questão cultural. Transmitida através de práticas de um determinado grupo. Nesse caso, mais importante que as ações das lideranças religiosas, o Estado tem papel fun-damental de combater essa prática. Mesmo porque, pela Constituição Federal, o país é um Estado laico. Como não tem uma religião oficial, ele tem que garantir a todos os ci-

dadãos o direito de expressarem a sua religiosidade. Nesse caso, o Estado pode e deve intervir quando essa prática vai de encontro à Constituição. “O papel do Estado é inter-ferir toda vez que o direito de algum grupo religioso for desrespeitado. Um grupo não tem o direito de manifestar a sua religião atacando outra”, pondera.

RElIgIãO: UM DIREITO CONSTITUCIONAl A Constituição Brasileira, Art. 5º, inciso VI diz que é

inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo as-segurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantido, na forma da lei, proteção aos locais onde são realizados os cultos. O extremo da intolerância baseia-se no maltrato persistente que um grupo dirige a outro grupo ou a um indivíduo devido à sua filiação religiosa. Neste contexto, os casos extremos, como prisões ilegais, espancamentos, torturas, execuções injustificadas, negações de benefícios e de direitos e liberdades civis são consideradas crime.

Nos últimos anos, com o crescimento da diversidade religiosa no Brasil, a intolerância também é recente. Em 2007, o então presidente Luis Inácio Lula da Silva, sancio-nou a Lei nº 11.635, que intitula o dia 21 de janeiro como o “Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa”.

No Brasil, as religiões de matriz africana, perseguidas e criminalizadas ao longo do período da história, até hoje são as que mais sofrem com o preconceito religioso. Em um país de maioria absoluta católica, historicamente, a prática do culto dessas religiões não é bem vista pela sociedade.

Para o diretor do Departamento de Proteção ao Patri-mônio Afro-Brasileiro da Fundação Palmares, Maurício Reis, um dos pontos cruciais da discussão seria a mudança do próprio termo intolerância religiosa, uma vez que a própria construção da palavra deriva do termo tolerar. “Ninguém quer que tolere as religiões de matriz africana. A palavra certa deveria ser respeito. Respeitar a religião e o culto dos outros”, define.

Maurício explica que a intolerância com as religiões africanas podem se confundir com a história do Brasil. Pois, assim como os negros, essas religiões foram segre-gadas ao longo desses 500 anos de história. No início, o único espaço que o negro tinha para expressar a sua reli-giosidade era dentro da senzala. Fato que contribuiu para o sincretismo religioso. “Essa era a forma que os negros tinham de manter as tradições vindas da África”, ressalta. Ele assegura que o grande erro é que, naquela época, a história dos cultos dessas religiões não foi relatada pelos negros. Mas sim, pela ótica dos missionários da igreja católica. Dessa forma, a verdadeira história se perdeu, pois

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26 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

esses ligavam a imagem das religiões afro-brasileiras do culto ao ‘demônio’. Essa ligação seria um grande erro his-tórico e que muitos acreditam até hoje.

Historicamente perseguidas, a partir do final do século XX, essas mesmas religiões começaram a sofrer com ataques sistemáticos movidos por igrejas neopentescostais. Estes ataques continuam a “demonizar” essas religiões, que vão desde mani-festações de intolerância em cultos nas próprias igrejas a programas religiosos transmitidos em TVs abertas. Segundo Maurício, a essência dessas religiões está ligada ao domínio das forças da natureza e não ao culto ao “demônio” como foi propagado. “Não podemos admitir em pleno século XXI, que essa forma de preconceito venha aconte-cer”, destaca.

Desde criança, o presidente Nacional do Centro de Tradições Afro-Brasileiras, Marcelo Monteiro, 50 anos, é seguidor do Candomblé. Segundo ele, o preconceito sempre foi presente para os praticantes das religiões de matriz africana. Ele de-fende que no Brasil, a questão quan-do tange essas religiões passa pela questão da discriminação racial. Uma vez que, o candomblé e a umbanda estão intrinsecamente ligados ao negro. “Qualquer outra religião como o budismo e o hinduísmo que tem

cultos diferenciados do cristianismo, não sofrem da mesma discriminação como o candomblé e a umbanda”, ressalta. Conforme ele, outro ponto que pode ser destacado é a forma de como o assunto é tratado no país. “O preconceito a essas religiões é velado. Usa-se o discurso que ninguém tem preconceito. Mas o país, que se diz laico, continua cristão”, pondera.

Para Marcelo, o Estado tem grande influência e responsabilidade nesse processo, pois cada vez mais, cria obstáculos e meios que impeçam ou complique o culto das religiões de matriz africana. Prova disso, conforme ele, hoje tramita um projeto de Lei no Congresso que pretende criminalizar os procedimentos de cura que não sejam realizados dentro de um consul-tório médico. “Essa é uma forma clara de proibir o culto das religiões afro--descendentes, pois são basicamente essas religiões que trabalham com essa prática”, classifica.

Marcelo acredita que uma forma de amenizar essa distorção histórica sobre as religiões afro-brasileiras seria rees-crever a história. Mas, dessa vez, sob a ótica dos afrodescendentes. “Assim que os primeiros negros chegaram ao Brasil, com as suas crenças, foram submetidos às piores barbaridades. O reflexo disso pode ser visto até hoje como o preconceito que os adeptos dessas religiões sofrem. Isso tem que ser revertido”, disse.

PERSEgUIçãO AOS CATólICOSSe, de um lado, os adeptos das

igrejas matrizes africanas culpam a igreja católica pela distorção histórica da religião ligada aos negros, no Brasil, principalmente nas últimas

décadas, o catolicismo também tem sofrido ataques por partes de pes-soas praticantes de outras religiões. Muitas igrejas evangélicas, a maioria sendo neopentecostal, acusam os católicos de heresia, idolatria a ima-gens de santos, entre outras práticas que consideram não fazer parte das escrituras bíblicas.

Um dos episódios mais marcantes do conflito entre religiões é conheci-do como o chute na santa. Em 12 de outubro de 1995, “Dia da Padroeira do Brasil”, durante o programa “O Despertar da Fé”, transmitido ao vivo pela Rede Record, o pastor Sérgio Von Helder, da Igreja Universal do Reino de Deus, proferiu insultos verbais e físicos contra uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida, a qual se dedicava o feriado nacional do dia. O acontecimento, que provocou forte repercussão em grande parte da sociedade brasileira e da Igreja católica, foi caracterizado como mais um capítulo de intolerância religiosa.

Segundo o padre Adão Soares, da Diocese de Formosa (GO), muitas das datas festejadas pela a igreja católica ainda hoje são criticadas pela comu-nidade evangélica. Além de ser um líder religioso, o padre é integrante de grupos de danças da folia de reis e da festa do Divino Espírito Santo, cul-tuadas há séculos por católicos e que, hoje, fazem parte da cultura brasileira. O padre relata que as manifestações de intolerância são freqüentes. “Sofremos duras críticas por manter uma tradição cultural viva. Se todos respeitassem a religião do outro e buscassem seguir o que realmente a bíblia prega que é o amor, o mundo seria bem diferente”, ressalta o religioso.

Qualquer outra religião como o budismo e o hinduísmo que tem cultos diferenciados do cristianismo, não sofrem da mesma discriminação como o candomblé e a umbanda

Marcelo Monteiro, presidente Nacional do Centro de Tradições Afro-Brasileiras

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PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011 27

O apóstolo Doriel de Oliveira (foto), 72 anos, é fundador da Igreja Casa da Benção. Com sede em Taguatinga, há 41 anos, a igreja pentecostal foi fundada em Belo Horizonte e depois transferida para Brasília. Segundo o pastor, com intuito de resgatar vidas, a sua igreja

recebe pessoas vindas de outras religiões que se convertem em uma nova verda-de. Na concepção de Doriel, a religião é uma invenção do homem, mas a fé, assim como a doutrina de sua religião é baseada nos princípios bíblicos. “A Bíblia é a única verdade que conhecemos. Para nós, todas as religiões que são baseadas em “coisas” que não derivam da bíblia não é verdade”, assegura. “A gente não ver um crente cair, mas as pessoas dessas outras religiões vêm para a nossa igreja conhecer a nossa verdade”, justifica. Numa referência às igrejas de matriz africana, o pastor ataca “Quando essas pessoas saem dessas religiões e chegam aqui, é que percebem que o culto que praticavam antes era errado. Não queremos saber do que ele fez anteriormente, mas sim do que ele vai ser daqui para frente”.

INTOlERâNCIA PElO MUNDOUma das maiores guerras da

humanidade – a 2ª Grande Guerra - teve como um dos seus motivos a intolerância religiosa. A perseguição e o estermínio dos judeus é prova viva da intolerância levada ao extre-mo. Mesmo aqui no Brasil, quem é adepto do judaímo ainda sofre com algum tipo de preconceito religioso.

Os tataravôs do jornalista Marcos Vinícius Leite, 27 anos, vieram da Polônia fugidos da guerra. Ele é da sexta geração de sua família dentro do Judaísmo. Ele explica que, pelo fato do judaísmo não reconhecer Jesus Cristo como o Messias “Salva-dor”, a maioria das religiões tende a ser preconceituosas.

Relatos de preconceitos vivencia-dos por ele não são poucos. O mais recente aconteceu quando foi tra-balhar em uma emissora de TV e se declarou judeu. Os colegas de traba-lho começaram a colocar limitações e a tratá-lo de forma diferente. Até mesmo na faculdade, sempre houve algum tipo de brincadeira maldosa ligando o fato dele ser judeu a Ri-tler, líder do nazismo na 2ª Guerra Mundial. “Somente com o tempo

foi que as pessoas vieram perceber que o meu trabalho era eficaz, inde-pendente da minha religião”, relata .“A base do judaísmo é a questão da vinda do Messias, que para os judeus vai resolver os problemas políticos e geográficos do seu povo”, justifica.

O Secretário geral do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil, reverendo Luiz Alberto Bar-bosa defende que apenas com um diálogo aberto entre as religiões o problema da intolerância será sa-nado. Ele explica que, nos últimos anos, o que é notado é que o Estado está se propondo a trabalhar junto com as religiões para combater a intolerância religiosa. Para ele, a própria intitulação do dia 21 de janeiro como sendo o Dia de Com-bate à Intolerância mostra que as autoridades do país estão propondo ações de combate a essa prática. “As igrejas estão sendo mobilizadas para pensarem a questão. O papel da igreja é trabalhar junto aos fiéis para que respeitem outras religi-ões”, ressalta. “Ao conhecer outras religiões, muitos fieis verão que têm muito mais coisas em comum que diferenças”, finaliza.

Padre Adão Soares, toca seu berrante na Folia de ReisDevota de Nossa Senhora Aparecida Reis Magos

Ao conhecer outras religiões, muitos fieis verão que têm muito mais coisas em comum que diferenças

Luiz Alberto, diretor geral do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil

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28 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

Sociedade de São Vicente de PauloQuase anônimo, trabalho dos vicentinos faz diferença para famílias carentes

Benevolência, compaixão e al-truísmo. Sentimentos comuns para quem exercita a caridade.

Seja em doações eventuais a vítimas de tragédias ou em práticas rotineiras daqueles que fazem trabalhos sociais. Ajudar o próximo está entre as atitu-des mais nobres do ser humano. Há 170 anos, a Sociedade de São Vicente de Paulo faz esse trabalho. Fundada em Paris, França, em abril de 1833, por um grupo de sete jovens católi-cos, os Vicentinos – como são popu-

larmente conhecidos – inspiram-se no pensamento e na obra do santo de mesmo nome para atender as necessidades dos mais pobres. Hoje, essa sociedade está presente em 143 países e conta com mais de 700 mil membros. O Brasil é o maior país vicentino do mundo, com cerca de 250 mil voluntários.

Em Brasília, as ações da socieda-de assistem 400 famílias. O servidor público Renato Lima, 40 anos, há mais de duas décadas dedica-se à ta-

refa de ajudar aos mais necessitados. Atualmente, ele é o vice-presidente dos Vicentinos para a América do Sul. “Somos um movimento de católicos, mas não pregamos nossa religião. Somos uma mão amiga para pessoas em momentos temporários de dificuldade econômica. Sem ques-tionar sua opção religiosa”, explica. Renato integra o grupo da Paróquia São Francisco de Assis, da 915 Norte, composto por 12 pessoas que atendem a oito famílias. O modo de

CidadaniaPor: Michel Aleixo | Fotos: Divulgação

Maria Tereza Bastos , coordenadora do Centro Comunitário da Vila Rabelo

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operação dos vicentinos é simples: visitar famílias carentes, conhecer as pessoas e suas necessidades. A partir daí, acompanham a residência sema-nalmente. “Ajudamos as pessoas com cestas básicas, materiais escolares ou de construção. Mas o mais importan-te é que o vicentino se torna amigo das famílias que visita”, enfatiza. “Igualmente importante, é orientar os casais e os jovens a não se envol-verem com as práticas nocivas que os cercam em suas comunidades, como a violência é o tráfico de drogas”, conclui o religioso.

ObRAS ASSISTÊNCIAISOutro grande trabalho dos

Vicentinos é a manutenção de Centros Comunitários e creches. O grupo da Paróquia São Francisco de Assis gerencia, há seis anos, na Vila Rabelo em Sobradinho II, o Centro Comunitário Antônio Frederico Ozanan. A comunidade carente tem aulas de caratê, balé, reforço escolar, cursos profissionalizantes e catequese. Todos oferecidos gra-tuitamente. Maria Tereza Bastos, coordenadora do centro explica que o mais valioso do trabalho é o resgate da autoestima das crianças. “Um dos meninos tirou o primeiro lugar em um campeonato de ca-ratê. O grupo de balé, já se apre-sentou em vários teatros da cidade. Estamos falando de atividades que essas crianças nunca tinham ouvido falar”, orgulha-se. Atualmente, 100 famílias são beneficiadas pelas ações do centro. Todo o trabalho é realizado por professores vo-luntários. “Qualquer pessoa pode nos ajudar. Basta ter disposição e algum conhecimento”, enfatiza a coordenadora. No local também acontecem reuniões de interesse da comunidade, como os diálogos com o poder público para melho-rias como transporte e iluminação. Uma biblioteca pública também funciona no Centro Comunitário. No Cruzeiro Velho, os vicentinos

ainda mantêm a creche São Vicente de Paulo.

COMO PARTICIPAR“Ao invés de simplesmente pedir

colaborações, prefiro convidar as pessoas para nos acompanhar em uma visita às famílias”, diz Renato. O vicentino acredita que, desta forma, quem está disposto a ajudar pode ver pessoalmente que o trabalho do grupo é honesto. “Foi assim que entrei. Fui convidado por um amigo e tive certeza que essa seria minha ONG. Toda caridade é bem vinda. Mas quando você vê com seus olhos tem um sabor diferente”, atesta. Na socie-dade vicentina não existe hierarquia. Periodicamente, os grupos regionais se reúnem e estudam os problemas de cada família. Assim, eles decidem como a ajuda vai funcionar. Todos têm voto e direitos iguais. “Temos juí-zes, diplomatas e pedreiros no mesmo grupo. Essa é a nossa maior riqueza. Se queremos reduzir as desigualdades sociais do mundo, não pode haver nada similar entre nós. É uma questão de humildade”, coloca.

Renato reitera o caráter anônimo da Sociedade de São Vicente de Paulo, ponderando sobre a importância do trabalho social. “Acreditamos que a caridade deve ser feita de forma si-lenciosa. Sem isso, fechamo-nos para o egoísmo e o consumismo”, acredita. “Os governos preferem gastar mi-lhões em polícia, quando poderiam gastar um décimo desse valor em educação e cultura para as classes pobres”, completa. Interessados em integrar o grupo devem procurar a sede distrital da sociedade. Para se tornar um membro é obrigatório ser católico. Mas para ser um colaborador – oferecendo mão de obra, recursos e conhecimentos para palestras ou cursos – independe da religião.

ServiçoSociedade de São Vicente de PauloSGaN 913 Cj. e, bl. 02 - asa Norte(61) 3273.9559 (Juliana)

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GentePor: Edson Crisóstomo

Priscila Tollini e leonardo Santiago. Kátia Turra e Arthur herdy.

Política

Marisa Macedo Junqueira e Marco Antônio Ramos Vieira.

Durval FilmesGanha força a tese que o delator da Operação Caixa de Pandora, Durval Barbosa, tem muito filme pra queimar. Por isso, Francisco Caputo (Presidente da OAB-DF) e Marco Maia (Presidente da Câmara dos Deputados) trabalham abertamente pelo fim da delação premiada e esperam que venha logo ao público o festival de filmes.

Troca-TrocaMovimento intenso no Cartório de Registro de Imóveis. É o estoque de terrenos trocando de mãos. Especula-se que um certo medo tem motivado a venda dessas propriedades. As famigeradas CPI’s do PDOT e PRO-DF nem sabiam do blá blá blá.

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Geleia GeralCaixa Rápido

giselle Armani, Cilene Vieira e Rafael bittar. Alana Carvalho

fernanda queiroz

Incalto, motorista... O joguinho do Cartel X Consumidor, teve mais um lance esta semana, uma meia dúzia de postos aproveita a cidade vazia, faz promoção, no preço da gasolina bai-xando na média de R$ 2,78, para valores de até R$ 2,39 o litro. Na quarta-feira, toda quadrilha, digo toda rede, reajusta os preços. O valor imposto ao consumidor é na média de R$ 2,84.

Diretamente de Paris para Brasília A Sala Martins Pena, no Teatro Nacional, recebe nos dias 19 e 20 de março, res-pectivamente no sábado às 21 horas e do-mingo às 20 horas a comédia “As Louras preferem os Gays”. Maiores informações através do site www.aslourasprefere-mosgays.com.br ou pelos telefones (61) 3325-6256 ou 8627-9222. Não perca!

Turnê COMMITMENT É isso mesmo! No dia 23 de março, a partir das 21:30 horas, no Ginásio Nilson Nelson, o cantor Seal estará em solo bra-siliense com seu novo show. Os ingressos serão vendidos na Central de Ingressos do Brasília Shopping ou pelos sites www.ti-cketsforfun.com.br e www.ticketline.com.br. Maiores informações pelo telefone (61) 3364-0000. Música, alimento da alma!

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CidadePor: Aline Ricciardi | Fotos: Divulgação

Carnaval,

O Rei Momo fez a festa, mas pelo jeito se esqueceu de avisar aos seus convidados

que a cidade deve continuar limpa depois de tanta animação. E, haja trabalho para os garis. Esses tiveram o seu carnaval à “la dança das vassouras”. Pensando nisso, o Serviço de Limpeza Urbano (SLU), colocou 800 tra-balhadores da limpeza nas ruas, com duas escalas de 400 garis em cada período. O primeiro turno aconteceu das 07h às 16h e o segundo, das 15h até o fim

da festa. A determinação é de que a capital do país deveria voltar à sua normalidade “limpinha”.

No primeiro dia após a festa, o montante de lixo recolhido pelo SLU nos quatro dias de carnaval somava 25 toneladas de sujeira. A maioria dos detritos veio das ruas e praças do Plano Piloto, Tagua-tinga e Ceilândia. De acordo com o Diretor de Operações do SLU, Delival Lemos, a maior quantida-de de lixo foi retirada das cidades que concentraram as suas festas carnavalescas. As outras cidades

totalizam 10 toneladas de sujeira durante o feriadão. “Esse mate-rial vai seguir para as usinas de beneficiamento, por se tratar, em grande parte, de lixo reciclável. Muita latinha de cerveja, plástico e papel”, ressaltou Delival.

Em meio às principais cidades do Distrito Federal que reali-zaram suas festas de carnaval, Ceilândia, Taguatinga e Plano Piloto acumularam uma quan-tidade bem grande de lixo. No Ceilambódromo, a concentração de sujeira foi grande. Ao todo,

E muita sujeira?

sinônimo de alegria, diversão...

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foram quatro toneladas de detri-tos. Lá, os garis só conseguiram terminar seus serviços por volta das 11h30 da quarta feira de cinzas. Já no Plano Piloto, oito to-neladas de lixo foram receptadas no local. Taguatinga foi a cidade com a menor quantidade de lixo durante os quatro dias de folia. Apenas três toneladas de recolhi-mento. Outras cidades satélites como Brazlândia, São Sebastião, Paranoá, Cruzeiro e Recanto das Emas totalizaram dez toneladas de lixo. Ou seja, das 25 tonela-das, 15 foram recolhidas nas três principais cidades responsáveis pelo carnaval de Brasília e os ou-tros 10 nas outras satélites do DF.

Como os materiais, em sua maioria, são recicláveis e foram arrecadados no Plano Piloto o destino foi a Usina da L4 Sul. Os lixos recolhidos em Ceilândia e Taguatinga foram encaminhados para a Usina localizada do PSul. E o de Brazlândia, para a Usina da própria cidade.

O interessante foi o trabalho dos garis. O Diretor de Ope-rações da SLU explica que eles chegavam antes ao local da festa e já deixava tudo pronto. En-quanto a multidão tomava conta do local, eles iam limpando tudo que os foliões deixavam pelo ca-minho. Assim, quando o bloco se movimentava, os trabalhadores da limpeza também o acompa-nhavam. “Não deixaram nada para depois. Tudo isso somado à ajuda dos catadores de latas de alumínio”, conta Delival Lemos. Devido ao sucesso da Operação Limpeza do Carnaval, o clima na SLU é de total satisfação.

O CARNAVAl DAS lATINhASVocê sabia que são preciso

cerca de 70 latas para render 1 kg? Pois é. E onde há foliões, também existem catadores de latinhas. Um elemento que

funciona como “ajudante” dos garis da limpeza. Não só no período do carnaval, onde esses recolhedores de alumínio são multiplicados, se espalham pela cidade durante horas para juntar o maior número possível desse precioso material para transfor-mar em dinheiro. Ainda que o negócio não seja tão lucrativo como antigamente, muitos ainda se rendem a este tipo de trabalho na expectativa de faturar um extra. Com a queda do dólar nos últimos anos, o preço das com-modities metálicas também caiu. O preço do quilo das latinhas que no ano retrasado era equivalente a R$ 4,00, agora é comprado por apenas R$ 1,60.

Esses catadores de “car-teirinhas” chegam a recolher, aproximadamente, cinco quilos de latas de alumínio em dias nor-mais. No carnaval, esse montante chega a se multiplicar. O quilo é vendido a R$ 1,50 nas cidades sa-télites e R$ 1,80 no Plano Piloto. De acordo com a Associação Bra-sileira do Alumínio, a atividade é exercida, principalmente, por crianças e idosos.

É importante lembrar que o Brasil é o campeão mundial de reciclagem de latas de alumí-nio. Além de contribuir com a preservação do meio ambiente, a reciclagem se tornou uma importante fonte de renda para milhares de catadores espalhados pela capital. A venda de latas nos últimos anos proporcionou 165 mil empregos diretos por meio de cooperativas, e indiretos - ca-tadores que trabalham por conta própria. O faturamento anual do alumínio no Brasil é, em média, de R$ 3 bilhões.

ServiçoServiço de Limpeza Urbana – SLUed. Venâncio 2000 – ent. B 50, 9º andar(61) 3213.0156

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EducaçãoPor: Alessandra Bacelar | Fotos: Gustavo Lima

A tecnologia tem sido uma ótima ferramenta para driblar a falta de tempo de muitas pessoas. Os chamados cursos à distância têm atraído a muitos.

O público mais interessado é aquele que não dispõe de tempo hábil para frequentar um curso regular. Entretanto, a praticidade e eficácia desse método de ensino têm con-quistado estudantes e professores de todo o Brasil.

A educação à distância tem aperfeiçoado seu método de ensino, constantemente. O que antes parecia um sistema onde o aluno assumia o papel autodidata, tomando todas as rédeas de seu aprendizado, hoje sua postura mudou. É possível a interação entre aluno e professor por meio da web em tempo real, assemelhando-se cada vez mais ao método tradicional.

A assistência ao aluno se torna até maior pelos recursos virtuais, onde é possível participantes de vários estados, e até de outros países, participarem da mesma aula, em único tempo. Esse método tem sido divulgado também via satélite. Canais abertos e a cabo tem divulgado cursos pela TV que utilizam esta forma de ensino. É o caso do Programa Saber Direito, da TV Justiça, que permite ao telespectador assistir a mesma aula de Direito, promovida aos alunos em diversos estados do Brasil, pela interação virtual. Professores de diversas localidades do país vão ao

STF gravar as aulas que serão transmitidas via satélite e também pela web. O diretor do programa Saber Direito, Mauro Ortman, conta que o fato de Brasília concentrar diversos profissionais de direito ajuda no conhecimento do trabalho de excelentes professores. “Na área de direito, os profissionais sempre se conhecem, o que permite a nós ter acesso ao trabalho de excelentes profissionais. Hoje, o programa Saber Direito reúne os melhores professores da área, com um estilo de aula que alcança os mais diversos públicos”, afirma ele. O diretor do programa também acrescenta, que embora o programa seja voltado para aca-dêmicos em direito, a programação tem atingido também outros telespectadores, como concurseiros e interessados no conhecimento da lei brasileira.

O campo de atuação da educação à distância é amplo. Atualmente, o método é utilizado desde a educação básica à pós-graduação. Além de contribuir para a formação téc-nica por meio de cursos corporativos, como treinamento de funcionários, já que o baixo custo do investimento e adequação às necessidades específicas têm levado diversas empresas a aderirem essa forma de ensino. Estudos do CensoEAD.br, em parceria com o Ministério da Educação, revelam que de 2000 a 2008, 45% da população brasileira já aderiam a educação à distância, e hoje mais de 70% dos

o ensino brasileiro ultrapassando limites

eDUcaÇÃo À

DISTÂNCIA

Diretor do programa Saber Direito - TV Justiça

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estudantes brasileiros já tiveram expe-riências com esse método de ensino.

Material impresso, DVDs de áudio e vídeo, transmissão de rádio ou TV, vi-deoconferência, rede de computadores, muitos são os meios disponíveis para as aulas. Todos capazes de transmitir conhecimento de mesma qualidade, e até em melhor forma que o método tradicional. O diretor executivo da WPOS, Otávio Veiga fala sobre as inú-meras vantagens dos cursos à distância. “Quando o curso é livre, o professor tem a liberdade de avaliar o aluno das mais diversas formas. A flexibilidade de tempo também permite aos estudantes ter acesso às aulas a qualquer hora, além de todo o conteúdo disponibilizado online”, afirma ele. Para o diretor e professor Otávio, o ensino à distância também educa o aluno à organização, pois cabe a cada estudante flexionar seu horário de estudo, de acordo com sua disponibilidade de tempo, e avaliar qual a forma mais produtiva para seu aprendizado.

A transmissão de informações pela internet tem revolucionado o mundo. Avanços científicos, reformas políticas, novas tecnologias, nada passa despercebido pela rede virtual. Inclusive, a educação brasileira, que tem conquistado um patamar signi-ficativo na América Latina. Entre os países emergentes, o Brasil está no topo de superação, como o melhor índice de redução do analfabetismo, inclusão social e distribuição de renda, segundo pesquisas do Minis-tério das Relações Exteriores – MRE. A internet tem seu papel auxiliar em

todos esses aspectos, pois contribui diretamente no desenvolvimento social do país. A rede virtual já faz parte do cotidiano dos brasileiros, desde pequenas compras até relacio-namentos. Se a web já faz parte da vida do cidadão em simples tarefas, quanto mais na formação acadêmica, onde tem investido em grandes tecnologias para trazer um ensino de qualidade a todos.

ServiçoWPÓS - Pós-graduação à distânciaendereço: SGaS Qd. 603, CoNJ. C,1o andar - L2 SulTelefone: (61) 3218-8337e-mail: [email protected]

Equipamentos utilizados pela TV Justiça

Diretor e professor da WPÓS, Otávio Veiga

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A cada hora que passa surgem novas tecnologias no mercado que oferecem soluções para

todas as necessidades. Foi assim que o notebook se popularizou nos últimos anos e os smartphones ganharam espaço, principalmente diante daqueles que querem estar sempre conectados. Se anteriormente, tamanho era o pro-blema, o mercado foi invadido pelos netbooks – notes de tamanho reduzido. Entre tantas opções de uso, depois dos leitores eletrônicos, a nova mania agora são os tablets – aparelhos com formato de prancheta, finos e leves, com uma tela que pode ser acessada pelo toque. A novidade virou mania mundial e no último dia 2 de março, o mundo parou para conferir a transmissão do lança-mento da segunda versão do iPad, pelo dono da Apple, Steve Jobs. Como não poderia deixar de ser, o produto chegou ao mercado internacional, em grande estilo – assim como todos os outros produtos da famosa e idolatrada marca da maçã.

Como já era esperado, o novo iPad tem chip com dois núcleos de processamento e duas câmeras, uma na frente e outra atrás do aparelho. A câmera dupla permite usá-lo para videoconferências, como já acontece com a última versão do iPhone e também com os “competidores diretos” do primeiro iPad – como o Samsung Galaxy Tab. O novo desenho do produto – que está sendo comercializado nas cores preta e branca – deixou o iPad 2 cerca de 33% mais fino que a primeira versão. Outra

novidade é a porta HDMI de 30 pinos para transmissão de conteúdo de vídeo em alta definição (full HD) em TVs e monitores de desktop. O cabo especial de 30 pinos será vendido à parte e custará US$ 39 nos Estados Unidos. Mesmo com as atualizações de hardwa-re e maior poder de processamento, a Apple mantém a promessa de 10 horas de duração da bateria com o gadget em uso contínuo e um mês em stand-by.

Os valores do iPad 2 no mercado americano repetem os preços do lançamento da da primeira versão. Os produtos apenas com Wi-Fi cus-tarão U$499, U$599 e U$699 para os modelos de 16GB, 32GB e 64GB respectivamente. As versões com ca-pacidades maiores – de 3G – custarão U$629, U$729 e U$829. Fora dos EUA, as vendas da novidade começam no dia 25 de março. O iPad 2 será vendido inicialmente para um grupo de 26 países, que inclui Europa, Japão e Canadá. O Brasil não faz parte deste grupo de países e não há previsão de

quando o aparelho será comercializa-do oficialmente no país.

DESCONTOS NA PRIMEIRA VERSãOApesar do Brasil não estar na lista

dos primeiros 27 países a receber o iPad 2 no mês de março, a Apple Brasil encontrou um meio de não deixar os applemaníacos (viciados em produtos da marca) desapontados. Todos os modelos vendidos no país receberam um corte de preço que varia de R$200 a R$250. Enquanto a Apple americana removeu o primeiro iPad de seu site, a loja brasileira – que ainda não tem previsão de receber o novo tablet para venda – cortou preços e deixou a versão mais básica do apa-relho, com Wi-Fi e 16GB, pela bagatela de R$1.399. Antes do lançamento da segunda versão, o preço era de R$1.649. Já a versão mais completa, com 3G e capacidade de 64GB, caiu de R$2.599 para R$2.399. É uma oportunidade para quem ainda não tem a primeira versão do produto. E aos que já têm o tablet, resta aguardar que a novidade chegue ao país. Os ávidos por tecnologia não perdem por esperar.

iPad 2a segunda versão do tablet da apple chega ao mercado cheia de novidades

TecnologiaDa Redação | Fotos: Divulgação

Serviçoapple Store Brasilwww.store.apple.com/br

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CotidianoPor: Alessandra Bacelar

Haja

Tem que

Todo início de ano a história se repete. Tributos como IPTU (Imposto sobre a propriedade predial) e IPVA (Imposto sobre a propriedade de veículos

automotores) recheiam a caixinha de correios dos ci-dadãos brasileiros. E o pior é que não tem escapatória. O pagamento é obrigado, pois caso contrário o nome, fatalmente, cai na lista de não pagador da dívida ativa. Como os preços de imóveis e automóveis costumam variar muito, anualmente, os seus respectivos impostos recebem majoração de tarifa. Aos contribuintes resta somente se organizarem e arcar com os ônus.

A funcionária pública aposentada Rosângela Santo, 56 anos, tomou um bruto susto quando viu o valor do IPTU do seu apartamento na Samambaia Norte. “Nosso governo é assim. Para aumentar o salário mínimo deu um acréscimo de apenas R$ 5. O que é que se faz com R$ 5? Pelo amor de Deus, isto é um absurdo”, desabafou. Indagada sobre o valor do IPVA do seu carro, disse que o imposto ainda não tinha chegado na sua residência, mas que estava prevendo uma “pauleira”. “Para ele (governo) é sempre tudo muito alto”, ressaltou.

Para evitar “surpresas desagradáveis” como a da funcionária pública, é importante que o brasileiro esteja sempre acompanhando essas variações de impostos.

Amparado pela Lei 156, da Constituição Federal, o IPTU tem como fator gerador a propriedade. Seja ela urbana ou em extensão urbanística. O que leva ao deter-minado imposto é a função social que o imóvel exerce. Se este está sendo realmente utilizado para moradia, que é sua verdadeira finalidade. Mas, mesmo com fins residen-ciais, os imóveis rurais não se enquadram neste imposto, por já existir outra contribuição equivalente. O que passa a ser comum a todas as contribuições residenciais são as que se referem à valorização do imóvel como: benfeitorias realizadas em áreas públicas próximas ao local, além da extensão de estabelecimentos comerciais e patrimônios federais pertencentes à região, de acordo com o direito tributário brasileiro.

Já o imposto sobre a propriedade de veículos auto-motores, IPVA, é mais conhecido, pois todo brasileiro que possui carro ou moto precisa pagá-lo anualmente. O valor arrecadado vai para o estado ou município onde o veículo foi licenciado. Além de uma pequena parte ser repassada ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos profissionais da Educação(Fundeb). A contribuição é calculada sobre os preços de mercado do automóvel, multiplicado por sua alíquota, de acordo com a tabela da Fundação Instituto de

Impostos!

pagar

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Pesquisas Econõmicas (Fipe). Segun-do a assessoria do DETRAN, muitos condutores circulam pelas ruas do DF com o imposto vencido. Quando assim acontece, o veículo é apre-endido e o motorista é multado, de acordo com o artigo 230, do Código de Trânsito Brasileiro.

Para amenizar estas tarifas anu-ais, o Governo do Distrito Federal lançou o programa “Nota Legal”. O

FUNCIONAMENTO DO NOTA LEGAL• Após a compra, o consumidor informa o seu CPf ou CNPJ e solicita sua Nota fiscal com a respectiva numeração.

• Depois de registrar os dados do consu-midor, o vendedor emite Nota fiscal ou Cupom fiscal, transmitindo a informação para a Secretaria de fazenda no mês subsequente.

• Após o recolhimento do ICMS ou do ISS pelo estabelecimento, a Secretaria de fazenda creditará ao consumidor a parcela do imposto proporcional ao valor da compra ou da aquisição do serviço.

• O crédito poderá, dentro de dois anos, ser utilizado para reduzir o valor do lan-çamento do IPVA ou do IPTU.

Nosso governo é assim. Para

aumentar o salário

mínimo deu um acréscimo de apenas R$ 5.

O que é que se faz com R$ 5? Pelo amor de

Deus, isto é um absurdo

benefício permite que consumidores (pessoa física e jurídica), optante do Simples Nacional, recuperem até 30% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias Prestação de Serviços (ICMS) e do ISS (Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza). Basta que o consumidor registre seu CPF ou CNPJ no documento fiscal emitido pelo contribuinte a cada compra rea-lizada no comércio. Além de reduzir o mercado da informalidade e estimu-lar a arrecadação tributária, a medida do GDF tem como principal objetivo recompensar o cidadão que exerce

suas obrigações tributárias. Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda, o programa Nota Legal, vigente desde 2008, tem sido implementado em fases sucessivas em todos os segmen-tos econômicos.

Para o contador Waluce Ferreira, as tarifas de IPTU e IPVA chegam muito em cima da hora. “Quando as recebo em meu apartamento, as con-tas já são com prazos estabelecidos e inflexíveis para o pagamento. Para conseguir o parcelamento também há dificuldades para negociar”, conta. De acordo com a Secretaria de Fa-zenda do Distrito Federal, é possível o parcelamento da dívida não só com vencimento posterior, como também para pagamento de pendências por atraso. “Conforme a secretaria, o parcelamento pode ser feito por telefone, mas não conseguimos aten-dimento eficiente e rápido”, lamenta a servidora pública Joana D’ark, que tenta facilitar o pagamento dos seus impostos.

Especialistas econômicos alertam que deixar que os impostos fiquem acumulados é perigoso, já que o GDF estipula juros específicos para cada um. Para eles, a melhor saída é o pagamento em dia.

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Dr. Antônio Carlos Miletto já era um nome importante em sua especialidade quando aportou em brasília, em 1994. No movimento contrário de muitos médicos, deixou a capital paulista em busca de qualidade de vida - nada mais coerente para quem tem como profissão a promoção da saúde.

O urologista foi precursor da litotripsia Extracorpórea - tratamento por ondas de choque para cálculos renais - no hospital Israelita Albert Einstein e, por aqui, repetiu o feito na clínica batizada com seu nome. Passados 16 anos, ele celebra a decisão. Reuniu um corpo clínico de peso. Tem ao seu lado a esposa (guida) que é administradora e pacientes que se tornaram amigos. O sucesso da Miletto Urologia ele atribui ao investimento contínuo em qualificação e à atenção perso-nalizada que a equipe dá a cada cliente. Sobre o futuro, não hesita: “Permanecer na cidade que tão bem me acolheu”.

A Via Oftalmocenter desde 1986 presta serviços médicos oftalmológicos, clínicos e cirurgias especializadas, mantendo um padrão de excelência nos tratamentos. Com amplas instalações, dispõe de cinco consultórios, salas de exames complementares, departamento de lentes de contato e moderno centro cirúrgico com aparelhos de última geração.

localizada no Centro Clínico Via brasil, a Via Oftalmocenter conta com um corpo clínico altamente especializado e devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina. Além do desenvolvimento de projetos sociais voltados para o bem da comunidade, a Via Oftalmocenter realizada palestras e campanhas preventi-vas sobre saúde ocular em empresas SEPS 710/910 brasília Df.

A Cervejaria Devassa, que figura hoje como um dos mais descolados points do Rio de Janeiro, chega a brasília na 409 Sul – a inauguração será no dia 23 de março. Principal plataforma de divulgação da cerveja de mesmo nome, uma marca Pre-mium e destaque em todo o país, a loja aporta na cidade pelas mãos do empresário bruno Von Sperling. localizada em área nobre da cidade, a cervejaria tem tudo para tornar-se uma sensação. Isso se deve à qualidade do empreendimento, desde seus chopes e petiscos, passando por um serviço diferenciado e ambiente confortável. Com cerca de 220 lugares, a Devassa é decorada como uma cervejaria estilizada, aconchegante e sofisticada. “A ideia de trazer a Devassa para brasília surgiu quando observei o conceito da Devassa e de sua qualidade. Sou frequentador assíduo da cervejaria tanto no Rio quanto nos outros lugares onde ela possui loja”, comenta Sperling. O investimento da Cervejaria Devassa de Brasília é de aproximadamente R$ 2 milhões. Trabalhada em madeira e tijolos de demolição, a decoração da unidade brasiliense conta com piso de cimento queimado, madeira e ladrilho hidráulico, trazendo o inconfundível desenho do coqueiro, marca registrada da Devassa, e que remete aos desenhos do calçadão de Copacabana. “A intenção é criar um ambiente gostoso para atender a um público bem heterogêneo”, conta bruno Sterling.O chope da Devassa, de fabricação própria, tem cinco versões: Sarará (R$ 8,90; leve e refrescante à base de malte de trigo), Ruiva (R$ 5,90; fabricado com uma mistura de maltes especiais e lúpulos importados e de coloração avermelhada), loura (R$ 4,90; Pilsen clara com sabor levemente amargo e refrescante), Negra (R$ 5,90; extremamente cremoso e com sabor e aroma de malte torrado) e índia (R$ 5,90;

elevado teor alcoólico de 6%). As cervejas, que também deram fama a casa, estão disponíveis nas versões loura (R$ 6,90), Ruiva (R$ 7,90) e Negra (R$ 7,90). O chope nas versões Sarará, Ruiva, Negra e Índia e também as long necks Loura, Ruiva e Negra são exclusividades da casa.

Planos e Negócios ALEX DIAS

Serviço Clínica miletto Urologia(61) 3447.4666SePN 516, Bl. e, sl. 154 - asa Norte www.miletto.com.br

Serviço oftalmocenter – oftalmologia São Braz SePS 710/910 – ed. Via Brasil, lj. 45 – Galeria (61) [email protected]

Serviço Cervejaria devassa409 Sul, bl. C, lj. 6 (61) 3442.1169

CERVEJARIA DEVASSA

OFTALMOCENTER

CLÍNICA MILETTO UROLOGIA

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Com motivos de sobra para comemorar, o café e restaurante BomBocado completa 21 anos este ano. Administrado pelas sócias Maria da graça brito e Raquel Maciel de Macedo e Almeida, o restaurante se tornou uma das refe-rências gastronômicas da Capital federal, sinônimo de qualidade, bom gosto e excelente atendimento.

Acompanhando as tendências do mercado, o bombocado passou por várias transformações para diversificar as opções de serviços a seus clientes. Hoje, além do cardápio variado, bebidas quentes e frias, sandu-íches, salgados e doces, o bombocado oferece um ambiente agradável e amplo em suas duas unidades: no Shopping Conjunto Nacional, que dispõe dos serviços de café da manhã, chá da tarde e self-service no al-moço; e no Aeroporto Internacional JK, que conta espaço mais reservado no mezanino para reuniões, leitura ou internet.

A temporada de moda 2011 já tem data para começar em brasília. Entre os dias 21 e 25 de março, o Claro ParkFashion, a mais tradicional semana de moda da capital federal, agitará o ParkShopping com desfiles exclusivos de lojas presentes no democrático mix do mall, workshops, palestras e mesa redonda sobre moda e design. Em sua 8ª edição no atual formato com tenda externa, o evento, parte indispensável do calendário de eventos fashion no país, dá início à temporada Outono-Inverno do ano. “Para o ParkShopping, o ParkFashion tem sido o grande start da temporada de varejo. O evento marca o fim dos estoques do verão e a chegada da nova coleção outono/inverno das lojas, a primeira do ano.

O tema é Luz: um farol de emoções – no conceito inovador, o claro e o escuro dividirão espaço, tecendo um panorama artístico e contemporâneo da moda como um todo. À frente do Claro ParkFashion mais uma vez, Jackson Araujo, DJ, jornalista e consultor de tendências. É ele que assina como consultor criativo e de conteúdo do evento. “Estaremos criando ambientes em que o light design tem um papel central na comunicação, atuando como elemento que proporcio-na uma imersão na linguagem de moda, possibilitando uma percepção mais ampliada e forte de tudo que é mostrado no evento – moda, cultura, arte e

comportamento”, conta.Ainda no dream team do Claro ParkFashion, Reginaldo Fonseca, da Cia. Paulista de Moda, diretor-executivo e a estilista Karlla girotto, convidada especial do evento. Complementam o time, Daniel Ueda no styling e produção de moda e Marcelo Sath que fará a beleza com ajuda da equipe do salão Concept hair, de Júnior Passarinho e Alexandre Viana.

Na noite de abertura do Claro ParkFashion, 21.03, os convidados, além do tra-dicional coquetel, terão uma oportunidade única e exclusiva de assistirem a um

desfile de tendências de looks conceituais produzidos por Daniel Ueda.

Em sua estrutura, o Claro ParkFashion terá duas tendas de 3.500 m² de área total, cada uma com

500 lugares. O Claro ParkFashion será localizado na área externa do shopping, estacionamento superior. O investimento é de quase R$ 2,5 milhões.

Coordenado pela psicóloga e doula Clarissa Telles Kahn, o Espaço Acalanto disponibiliza oficinas com diversos profissionais: psicólogos, educadoras perinatais, pediatras e nutricionistas. Dúvidas como “será que eu vou conseguir ser boa mãe?”, “o que posso fazer para ter um parto tranquilo?”, “como estabeleço uma rotina para o bebê dormir?”, que são comuns à maioria das mulheres na gravidez são esclarecidas pelos encontros semanais, que possuem turmas reduzidas.

As oficinas “Cuidados com Recém Nascido”, “Preparação para o Parto Natural” e “Manejo da Amamentação”, são alguns dos serviços oferecidos pelo Espaço Acalanto, que possui inclusive o programa de Pré-Natal Psicológico.

Serviço BombocadoShopping Conjunto Nacional Praça da alimentação - 2º andar (61) 3326.2062

aeroporto Internacional de Brasília - Presidente Juscelino KubitschekTerraço Panorâmico (61) 3365.1062

Serviço espaço acalantoSrTVS ed. embassy Tower, sala 425(61) 3201.0069 :: [email protected]

Serviço Parkfaces e Fotofashionregulamento e inscrição no site (www.parkshopping.com.br)

BOMBOCADO

ESPAçO ACALANTO

PARkFASHION

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42 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

AutomóvelDa Redação | Fotos: Divulgação

Com a chegada ao mercado dos sedãs C 180 CGI e C 200 CGI – modelos que se destacam pelo

motor a gasolina de injeção direta – a Mercedes-Benz amplia a oferta da Clas-se C no país. A partir de agora, a linha de sedãs conta com os modelos C 180 Kompressor Classic Special, C 180 CGI Classic Special,

C 200 CGI Avantgarde, C 200 CGI Sport, C 300 Sport e C 63 AMG.

“Hoje, está cada vez mais evidente no Brasil o surgimento de novos consumi-dores para o segmento de carros de alto luxo. É para este público que estamos oferecendo a oportunidade de adquirir o seu primeiro Mercedes-Benz, trazendo uma linha de vanguarda na tecnologia automotiva”, afirma Dimitris Psillakis, diretor de Vendas e Pós-Vendas de Auto-móveis da Mercedes-Benz do Brasil.

estreia no Brasil linha de motores cGI

O sedan Classe C é um símbolo consagrado do dina-mismo, conforto e qualidade de um Mercedes-Benz. Com design moderno e avançada tecnologia, é um automóvel para quem quer ficar em evidência. Um carro que atesta o êxito de seu proprietário e que o distingue nas cidades e nas estradas.

O novo motor CGI (Charged Gasoline Injection) traz para o mercado brasileiro a tecnologia da injeção direta de gasolina da Mercedes-Benz, solução baseada no conceito BlueEfficiency da marca. Este sistema resulta numa queima mais eficiente, assegurando alto desempenho com redução no consumo de combustível e na emissão de poluentes.

O motor 1.8 de 4 cilindros é oferecido no Brasil em duas versões: C 180 CGI (potência de 156 cv e torque de 250 Nm) e C 200 CGI (potência de 184 cv e torque de 270 Nm), ambos com turbo alimentação.

O C180 CGI atinge uma velocidade máxima de 220 km/h, vai de 0 a 100 km/h em 9 segundos e oferece um consumo médio de 14,3 km/l. Por sua vez, o C 200 CGI chega a 232 km/h, indo de 0 a 100 km/h em 8,2 segundos. Seu consumo médio é de 13,8 km/l.

Mercedes-Benz Classe C

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ServiçoBrasília motorsTrecho ePIa, Setor de Áreas Isoladas Sul. Telefone: (61) 3301-9900.VIa mN 15, Setor SaGoCa, Lote 02 – Ta-guatinga Norte. Telefone: (61) 3471-8800.www.brasiliamotors.com.br

PACOTE gENEROSO DE EqUIPAMENTOS

A Classe C destaca-se no mercado pela notável segurança, com itens de série como ESP® com as funções ABS, ASR e BAS, Active Brake Light, airbags frontais com dois níveis de ati-vação, airbags laterais, windowbags, apoios de cabeça NECK-PRO, limita-dor de velocidade e cruise control.

Para garantir um elevado conforto aos ocupantes, o automóvel possui a suspensão AGILITY CONTROL. Esse sistema demonstra alto nível de flexi-bilidade ao controlar o amortecimento do veículo, dependendo das condições do piso e do estilo de pilotagem.

Agilidade, conforto e dinamismo também estão presentes nas versões de transmissão da Classe C: câmbio automático sequencial de 5 velocida-des (C 180 e C 200) ou 7G-Tronic (C 300 e C 63 AMG).

Para garantir um conforto ainda maior, a nova Classe C está equipada com o ar condicionado THERMA-TIC de 2 zonas (C 180 e C 200) ou Thermotronic de 3 zonas (C 300 e C 63 AMG), assentos dianteiros com ajustes semi-elétricos, entre outros itens. O automóvel também permite

que seus passageiros mantenham-se conectados, graças ao sistema Blue-tooth para celulares e ao rádio Audio 20 com CD player no painel.

A MAIS COMPlETA lINhA DE AUTOMóVEIS

A Mercedes-Benz tem hoje a mais completa linha de automóveis impor-tados do Brasil. A marca oferece mais de 50 modelos e versões, estando presente em todos os segmentos de carros de passeio, desde monovolu-

mes (como a Classe B), coupés (CL, CLS e CLC), sedans (Classes C, E e S), SUVs (G, GL, GLK e ML), até os sofisticados esportivos e os modelos exclusivos da linha AMG.

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Vida ModernaPor: Virgínia Ciarlini | Fotos: Jhenniffer Corrêa

As mulheres estão rompendo barreiras e conquistando espaços dentro de um universo, que até bem pouco tempo, era masculino. As motociclistas de Brasília

acompanham, cada vez mais, os grandes grupos que saem em viagem, fazem parte de moto clubes, adquirem motos de grande porte, customizam as motos e preservam, acima de tudo, a graça e a feminilidade.

São esposas, mães e amigas que trabalham, cuidam da casa, enfrentam os desafios de ser mulher e ainda pilotam motos. A compra de motos mais potentes também é rotina para aquelas com mais experiência. E a capital federal tem a grande vantagem de passar seis meses sem chuva. O que não diminui os cuidados, precauções e respeito às leis de trânsito. Em primeiro lugar a segurança, sempre.

“Aprendi a andar de moto aos 14 anos, já gostava e queria uma de qualquer jeito”, lembra Verônica Pedra, mãe de dois filhos que já cursam faculdade e é motociclista estradeira. Tem duas motos. Uma grande para viagens e uma espécie de lambreta que usa para trabalhar, pois pode usar até vestido e salto nesse formato. Essa mulher “poderosa” já percorreu 12 mil quilômetros em apenas uma viagem pelo Chile. “Mas também já fiz viagens menores por todo Brasil, Uruguai, Argentina e em abril faço mais uma de 12 mil quilômetros”. Todo ano ela faz uma grande viagem.

Claro que mesmo com essa audácia toda, os equipamen-tos que carrega são os de segurança em primeiro lugar, mas também leva, em um compartimento de espaço limitado, sandália de salto, vestido e secador. Ela faz questão de ser

identificada como mulher, pois o capacete é rosa e o casaco de couro preto tem uma faixa igualmente rosa, que combina com a sapatilha da mesma cor. “E no bolso do meu casaco levo o celular de um lado e o batom do outro”, informa.

Helena Lee, mãe e esposa, que pilota um triciclo e tam-bém tem uma outra moto customizada, ressalta que as mon-tadoras precisam ficar mais atentas às necessidades femini-nas. Faz sete anos que ela, estimulada pelo marido, abraçou essa causa. Diz que prefere um triciclo para viajar porque considera que é mais seguro e as sensações de liberdade são as mesmas. “Esse modelo tem todos os desconfortos de uma moto e todas as inconveniências de um carro”, assegura.

Um triciclo é grande, mais visível e mais respeitado na estrada, além da curiosidade que desperta. Essa motoci-clista diz que todo mundo que passa na estrada, reduz a velocidade pra saber o que é aquilo e que essa é uma forma de sentir-se mais segura, já que o impulso de pegar uma estrada é latente. Helena já fez seis mil quilômetros em uma viagem de 28 dias para o nordeste e o projeto que está idealizando é de 17 mil quilômetros até o Ushuaia na Argentina. “Pilotar uma moto é uma sensação maravilhosa de liberdade. De decidir tudo sozinha. O medo existe, mas sigo com firmeza”, ressalta.

E as histórias de motociclistas de Brasília não param por aí. Virgínia Bellanti, motociclista, mãe de três filhos sendo apenas um também motociclista, tem uma peculiaridade rara. Ela coleciona carros antigos e cuida dos brinquedinhos de duas e quatro rodas com muita atenção. E nessa história

também é coisa de mulher, sim senhor!

Motociclismo

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não há influência de ninguém próximo. “O meu marido nunca subiu numa moto”. Essa situação privou a motociclista nata de subir numa moto por muito tempo. Morou fora e abafou o instinto aventureiro. “Mas fui voltando aos poucos. Até fiz moto escola de novo, pois eu estava com os documentos vencidos”, conta.

Desde os 14 anos de idade que ela tem essa paixão e também faz viagens pelo Brasil e sempre participa de passeios curtos pelo Goiás. A capital goiana e as vizinhas Pirenópolis e Formosa são caminhos corriqueiros para ela. Virgínia comenta que não usa elementos femininos que a identifiquem e que isso provoca espantos ainda maiores. Anteriormente usava o nome com letras bem grandes, escrito nas costas do colete do moto clube, mas isso estava sendo, muitas vezes, perigoso porque incitava a um possível roubo quando reconhecida como mulher.

Outra aventureira é Mary Bonifácio que também começou a carreira de motociclista na adolescência. Assim que tirou o capacete para a nossa entrevista, tratou de arrumar o cabelo e retocar a maquiagem. Ela anda muito com o marido, mas cada um na sua moto. Sempre usando bota de salto ela faz questão de ser reconhecida como mulher.

Mary fala com muito carinho sobre a prática do motociclismo. Assegura que é bom para a autoestima e que, acima de tudo, não há preconceito de idade. “É uma prática que começa cedo nas ruas em que se mora. Depois dos 18 anos e com carteira de habilitação, as ruas da cidade são uma grande conquista e na seqüência, as estradas e a sensação de liberdade para qualquer idade, garante.

Essas mulheres são exemplo de superação de medos e preconceitos. Todas elas participam de um moto clube e concordam, com o benefício que é fazer parte

de um grupo que tem por objetivo, agregar, fazer amizades, cuidar dos participantes, realizar ações sociais e estar sempre juntos.

Esse também foi um rompimento de barreiras, pois há moto clubes em outros estados que não aceitam mulheres e há outros que quando os homens andam com as mulheres na garupa, esses não podem ostentar o colete de identificação do grupo que participa.

A seriedade com que os moto clubes são encarados de-monstra a importância de fazer parte de uma tribo que tem um estatuto com obrigações, normas e regras de conduta. O reconheci-mento é pelo brasão que ostentado nas costas do colete pode salvar um motociclista quebra-

do numa estrada, por exemplo. A importância de ser “coletado” induz a construção de novas

amizades, a troca de informações com todos os estados, além dos trabalhos sociais realizados por cada um deles.

As histórias dessas motociclistas e dos res-pectivos moto clubes são intermináveis. Três mil motos que vão para o Goiás em comboio, a recepção de moto clubes de outros estados na entrada de Brasília, o batismo de um novo integrante e acima de tudo o respeito

pela vida. E, quanto a andar de preto, que é motivo de preconceito, elas ressaltam que a cor suja menos e é ele-gante tanto para o homem, quanto para mulher.

Helena Lee - Pelicano MC

Verônica Pedra - QC MCVirgínia Bellanti - Lobo Negro MC

Mary Bonifácio - Colorado MC

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Sinuca

a arte das bolas coloridas com endereços certeiros

Ninguém discute que o número de jogadores brasileiros com perícia técnica nos jogos de sinuca é

grande. É comum que, em qualquer barzinho de esquina de quadra em todo o Distrito Federal exista sempre uma mesinha de sinuca para alegria de amadores, profissionais e promessas de sucesso no esporte que, a cada dia, conquista mais e mais simpatizantes. Inclusive mulheres.

“Em ‘barzinho’ que se respeita, mesa de sinuca nunca está parada. Tem sempre alguém jogando”, assegura André Pereira, 35 anos e que desde os 17 anos não dispensa uma disputa. “É só me chamar. Mas eu gosto é da sinuca de 15 bolas”, ressalta. Assim como André, a brasileiríssima “sinuquinha”, como foi titularizada a modalidade do jogo que consiste em cada opositor matar somente as bolas pares ou ímpares, dependendo da primeira bola que cair, detém a simpatia de muitos brasilienses. Mas há quem prefira a tradicional sinuca das sete bolas, desenvolvida como uma variante do “pool”, um jogo de mesa criado em 1875, na Grã-Bretanha. Nas duas modalidades, os adversários (dois), tentam colocar num dos seis buracos da mesa as bolas coloridas numa seqüência numérica, definida por regras. O espor-

te pode ser jogado individualmente ou em dupla, em uma mesa de 2,84 m x 1,42 m, na metragem nacional.

Se sinuquinha ou sinucão, certo mesmo é que, em todos as disputas do esporte, o que não falta são participantes que demonstram verdadeira maestria na arte da tacada, como não deixa de existir aqueles, que mesmo desconhe-cendo as regras do jogo, se arriscam em fazer com que as bolas caiam. E, por fim, há também os que ainda não são profis-sionais na arte, mas que prometem ser temidos em um futuro próximo.

É o caso do goiano de Trindade e

aposentado Buck Jones, 73 anos, que desde moço, por volta dos 14 anos, começou um “romance” sério com o es-porte, modalidade sinucão. Com pouco tempo, se familiarizou com a mesa, taco e bolas e se tornou um “expert” no assunto. Se superando a cada tacada. Indagado se ganhou dinheiro por ter se transformado num antigo Rui Chapéu de hoje, ele se apressa em dizer que não. Com uma modéstia nata, o “ás” da sinuca no Brasília Country Clube (BBC), desconversa e confidencia que, embora gostando muito do esporte, devido a “intrigas e rixas” com amigos de dispu-

EsportePor: Afrânio Pedreira | Fotos: Gustavo Lima

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ta, teve que dar um “adeus” de 22 anos à arte de brincar com as bolas coloridas.

Mas, para deleite e aprendizagem dos colegas de sinuca do BCC, como o artista plástico Gil Marcelino, 65 anos, Buck, desde 1980 voltou a se encantar com o esporte e hoje, por nada, pensa em largar. “Além de gostar muito de jogar, a sinuca me ajuda no desenvolvi-mento da coordenação motora fina, me distrai, fixa melhor o meu senso espacial e estreita os laços de amizade”, justifica. Semanalmente, Buck costuma praticar o esporte por quatro dias, com carga horária de cinco a sete horas.

“Esse cara é o cara”, assegura Gil Marcelino que costuma dividir horas a fio de treino com o campeão do clube campestre, que já contabiliza oito gran-des campeonatos ali realizados. “Ele ganha sempre”, informa o artista que não se incomoda com as derrotas. Para ele, declarado acumulador de experiên-cias, valem como aprendizagem. Outro que aproveita para aprender com as tacadas do mestre Buck Jones é Divino Mariano, 65 anos, aposentado do clube, hoje zelador do salão de sinuca.

Buck não é professor e assegura que nunca quis ser. Suas “aulas” são captadas na base da observação. “A gente aprende só em ficar vendo. Vale muito”, garante Divino.

Para quem pensa que praticar sinuca basta colocar as bolas coloridas nas caçapas, engana-se. Segundo Buck tem

toda uma técnica a ser rigorosamente observada e seguida. “A primeira que tem que ser morta é a bola vermelha, que vale um ponto. Depois mata tudo, de graça”, ensina ele como se fosse fácil. A firmeza e a pontaria para en-caçapar as bolas, Buck diz que chega com os treinos.

Atualmente, a maior referência da arte da sinuca no país é o baiano de Itabuna, Rui Mattos Amorim, conhecido popularmente por Rui Chapéu. O joga-dor desenvolveu uma técnica esmerada,

SAIBA MAIS SOBRE O ESPORTERegras- A bola branca é utilizada sempre para impulsionar as outras. - Denomina-se bola da vez a bola colorida de menor pontuação presente na mesa. Ela é livre. O jogador não perde pontos caso erre quando tenta encaçapá-la. Uma vez morta, ela não retorna à mesa e dá direito ao jogador de jogar livremente em qualquer outra bola. Caso a bola encaçapada não seja a da vez, a mesma retorna à mesa e o jogador deve seguir e jogar na nova bola da vez. Com exceção da tacada inicial, é permitido jogar numa outra bola no lugar da bola da vez, porém com castigo. O jogador perde 7 pontos em caso de erro.

Uso do termo “sinuca”A origem do termo sinuca é um abrasi-leiramento do termo inglês “snooker”.

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(in memoriam)Petronília

“Minha biblioteca entre as árvores”

Ela teve a coragem de realizar um sonho coletivo. Construiu uma biblioteca em meio às arvores na

pracinha da QSF 1 em Taguatinga Sul. Apesar de só ter cursado o ensino pri-mário, a cearense Petronília Silva Lima, 79 anos, sempre soube que o que im-portava na vida era cultura e educação. “Duas coisas que ninguém consegue tirar da gente?”, categorizava sempre, a risonha senhora que, há três anos partiu para o andar de cima para, quem sabe, construir outra biblioteca em cima, quem sabe, de uma bela, branquinha e forte nuvem.

O sonho da construção da biblio-teca entre as árvores foi embalado e alimentado por mais de 20 anos. Depois de tanto pedir ajuda a várias pessoas e organismos governamentais, inclusive em gabinetes de governadores do DF, a concretização só foi possível em junho de 2000. “Foi um presente dos deuses”, afirmou ela na ocasião, enquanto admirava a obra dos seus sonhos con-cretizada, feita totalmente de madeira, com telhas coloniais. “Linda, linda”, exclamava. O projeto e a obra foram desenvolvidos pela Administração Regional de Taguatinga, na gestão do engenheiro Waldemar da Silva Aguiar.

PersonagemPor: Afrânio Pedreira | Fotos: Divulgação

Uma espécie de casinha do Tarzan. Tendo a natureza e os pássaros como vizi-nhança. Na parte superior, apenas uma sala de leitura com dimensão de quatro por quatro metros; estantes nas paredes; uma mesa de leitura e uma varandinha na parte frontal. O térreo em pilotis para não atrapalhar o ir e vir das pessoas que costumam freqüentar a praça. O acervo dos livros quando da inauguração beirava os cinco mil exemplares. Lá, podia ser encontrado desde alguns volumes da enciclopédia Delta Larousse a estórias em quadrinhos de toda a Turma da Mônica e Cebolinha, passando por livros didáticos de todas as áreas e assuntos. “Basta ter paciência para procurar”, repetia ela para todos, pois nunca chegou a catalogar os livros nem por assunto e nem por título. Vários deles ainda continuam no local, empilhados e corroídos pela ação do tempo e do abandono.

“Eu sou sozinha para fazer tudo”, fazia questão de esclarecer a risonha Dona Pe-tronília, na tentativa de encontrar alguma pessoa que cuidasse da parte burocrática do seu empreendimento solitário e solidário. “E os apelos nunca paravam por ai”, lembram os amigos da quadra onde até hoje a biblioteca existe. A bem da verdade, em estado de petição de socorro, em abandono total.

Mas, a exemplo da biblioteca, tudo que circunda o local foram feitos, tratados e cuidados por ela, pessoalmente. A praça, o piso, canteiros e os bancos, foram tratados com muita dedicação e zelo por ela quando a mesmo tinha o vigor de uma nordestina que nunca se deixava abater frente às dificuldades e que sempre soube correr atrás do que queria. “Eu peço mesmo. Se não me derem ou vou bater na porta de outros. Esse telefone ai (apontando para o orelhão no meio da praça) e essa iluminação toda, fui eu quem foi atrás, orgulhava-se ela.

E recordações da mulher sem muito estudo e incansável na arte de incentivar e fomentar a leitura entre todos não param por aqui. A cada “esbarrão” com um vizinho da falecida Petron¡lia, novos e emocionantes fatos são sempre relatados.

Fã incondicional da escritora cearense Raquel de Queiroz, Petron¡lia sempre sonhou em contar com a presença da imortal na inauguração da sua biblioteca que, desde o início, era para ser batizada com o seu nome. Infelizmente, o local acabou sendo batizado de Íris Solano Roriz, uma homenagem à irmã caçula do ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, que tinha morri-

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do tragicamente na época, vítima de um acidente de helicóptero quando descia do transporte no heliponto da residência oficial de Águas Claras.

Como não poderia deixar de ser, na época, tudo na praça tinha o dedo e o toque da incansável Petron¡lia que, segundo os vizinhos, cumpria um ver-dadeiro ritual diário: varria, molhava as plantas, recolhia todo o lixo e entulhos e

vigiava a todos que passavam pela praça. Caso alguém arrancasse alguma muda de plantas ou quebrasse os canteiros que ela mesma fez, com certeza ia ver uma Petronília nunca vista e irreconhecível. “A fala mansa, que só se alterava quando ela queria ser enfática, e o semblante sereno mudavam completamente e ela virava, literalmente, uma fera para sair em defesa dos seus interesses”, lembrou

uma vizinha quase de porta da bibliote-cária falecida.

Como tudo na vida tem um porquê inicial, a idéia da construção da biblio-teca nasceu quando Dona Petron¡lia, ainda jovem, por volta dos 40, 50 anos, folheava uma revista catarinense. A pu-blicação trazia em uma de suas páginas uma reportagem em que uma senhora tinha construído uma biblioteca em

cima de uma árvore. Ali, ela decidiu que faria igual. Seria em cima de um flam-boyant frondoso, plantado por ela para este fim e que ainda está no local. Infe-lizmente, o sonho de início não deu pra ser. Órgãos da Defesa Ambiental acon-selharam Petronília para que ela fizesse a biblioteca por entre as árvores, pois o risco de que a mesma caísse seria quase nulo. No começo, ela relutou e des-cartou o conselho, afinal a idéia tinha sido “sonhada e acalentada” por muitos anos. Enfim, a lógica venceu e Dona Petron¡lia, a muito custo, aceitou mudar um pouco o rumo do seu sonho e de como ela iria acordar do mesmo sem mudar a essência que era a necessidade que ela tinha de incentivar e empurrar crianças e adultos da redondeza para o mundo do saber e da leitura. Hoje, para aqueles que conheceram e conviveu com a cearense Petronília Silva Lima, a torcida ‚ para que ela es-teja em algum lugar desse imenso mundo, lutando para que novas bibliotecas sejam construídas. Como diz um dito popular: “exis-tem mais coisas entre o céu e a terra do que possa imaginar nossa vã filosofia.

Petronília recebe flores na inauguração da biblioteca

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o sonho de ter um filhoQuando “problemas” do dia a dia adiam o desejo de homens e mulheres

É fato que, cada vez mais, o com-petitivo mercado de trabalho tem consumido pessoas, a ponto

de fazer com que elas abram mão de vários e vários sonhos para se tornarem pessoas com sucesso profissional. Sabemos que, a maioria das mulheres e homens só se sentem plenamente rea-lizados como tal depois de procriarem. Também é fato que, muita gente, por problemas de má formação, genética ou de saúde adquirida, são desenga-nadas por médicos quanto ao fato de serem pais. A notícia da infertilidade, por falta de informações, sempre pega muitos casais de “surpresa”. A estabili-dade no trabalho e nas finanças estão fazendo muitas pessoas pensarem na gestação tardiamente. Um verdadeiro desafio às leis da natureza. Tudo bem que a medicina hoje está totalmente segmentada e com equipamentos cada

vez mais sofisticados. Mas, ainda não é capaz de fazer milagres. Com muita informação, a infertilidade pode ser prevenida com sucesso.

Mas o que é infertilidade? A doutora Hitomi Miura Nakagava explica que “se-gundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade é a condição que o casal não encontra para gerar filhos depois de um ano de tentativas sem o uso de todo e qualquer contraceptivo”. A doutora ainda informa que há diferença entre infertilidade e esterilidade. A in-fertilidade é a dificuldade de engravidar após doze meses de tentativas, enquanto que esterilidade é a incapacidade total de engravidar. Exemplo disso são mu-lheres que nascem sem útero.

Assim como as mulheres veem a fer-tilidade como a possibilidade de gerar um filho, os homens também enxergam a fertilidade como a capacidade de en-

gravidar uma mulher e o ter o sistema reprodutivo em perfeito funcionamen-to. No caso da infertilidade, muitos são pegos de surpresa no momento da tentativa. A clínica Gênesis mostra a porcentagem entre homens e mulheres com dificuldade para engravidar. O resultado é um público feminino de 40% que não conseguem engravidar e de 40% masculino que não conseguem fertilizar mulheres. No restante, 15% por problemas mistos e os outros 5% sem causa aparente para o problema.

Segundo Hitomi, quando os casais se descobrem inférteis, o lado emocional é o primeiro a ficar abalado. “É a sensa-ção de inutilidade, de incapacidade. São questões, morais, éticas, pessoais e até religiosas. Embora o acompanhamento psicológico não seja obrigatório, trata-mento com psicoterapeutas é essencial”, ressalta a médica. Conforme a médica, o

SaúdePor: Aline Ricciardi | Fotos: Gustavo Lima

Ultrassonografia Futuros bebês

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mais importante é que as sessões acon-teçam na presença do casal, e não indi-vidualmente. É primordial que esse tipo de tratamento aconteça antes, durante e após a fertilização. “É importante que as clínicas ofereçam essa oportunidade aos casais. Eles se tornam mais confiantes e criam uma relação mais sólida com a clínica e os demais profissionais do local”, esclarece.

Dentre os problemas causadores da infertilidade masculina e feminina, doutores no assunto apontam que entre mulheres, os casos mais comuns são os de arrependimento por terem feito intervenções cirúrgicas de ligadura de trompas antes dos 25 anos de idade. São as chamadas infertilidades irreversíveis, pois quase sempre não é possível a reversão. Outro problema são as doenças sexualmente transmissíveis. Elas também afetam as trompas, tornando-as incapa-zes de realizar um de maiores sonhos. No caso dos homens, os problemas mais comuns são a zoospermia, ausência de espermatozóides no sêmen e a oligoos-permia, condição do homem em ter um número reduzido de espermatozóides causados por problemas hormonais.

O fator idade, de acordo com a dou-tora Hitomi, depois dos 35 anos a zona

pelúcida, membrana transparente em torno do óvulo, torna-se mais rígida. Isso dificulta a entrada do espermatozóide na hora da fecundação. A endometriose (revestimento interno do útero) é outro fator que acomete as mulheres em idade reprodutiva. É a presença do endomé-trio em locais fora do útero.

Quando se fala em tratamento, nem tudo é fertilização. O termo reprodução assistida é o mais utilizado quando se trata de infertilidade. É um conjunto de procedimentos médicos e laboratoriais que tem por objetivo viabilizar a gestação em casais com dificuldades reprodutivas. A técnica é dividida em dois grupos: baixa e alta complexidade. O de baixa complexi-dade é a Inseminação Artificial que nada mais é do que a coleta e seleção de espermatozóides de alta qualidade em laboratórios para serem implanta-dos na cavidade uterina no dia fértil da mulher. Já o tratamento de alta com-plexidade, que é a Fertilização In Vitro, também conhecido como bebê de proveta, é a estimulação do ciclo para a produção de óvulos e captação destes quando maduros. Diferentemente da inseminação artificial, a fecundação do óvulo com o espermatozóide acontece

em laboratório e os embriões é que são implantados na cavidade uterina.

Outro método bastante avançado é a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóides (ICSI). Hitomi fala que essa técnica consiste em aumentar a probabilidade de fertilização dos óvulos. O mecanismo é realizado através de mi-cromanipuladores que permitem injetar apenas um espermatozóide dentro de cada óvulo.

Sem contar as técnicas comple-mentares, o casal pode tentar através do coito programado, uma estimu-lação hormonal a fim de garantir a ovulação. Dessa forma, os futuros pais são orientados a ter relações se-xuais quando essa ovulação ocorrer. Outro método é a doação e recepção de óvulos. A técnica ocorre quando a mulher está impossibilitada de produzir óvulos. Para tanto, existem programas para doações de óvulos, de caráter anônimo, com objetivo de proporcionar gestação através da fer-tilização “in vitro”, buscando a maior semelhança física e imunológica com a receptora. “É a vida sempre em pri-meiro lugar. É a reprodução da vida através do sonho de ser mãe e ser pai”, ressalta a especialista Hitomi.

ServiçoClínica Genesis – Centro de assistência em reprodução HumanaSHLS 716 cj. L – Centro Clínico Sul – ala Leste – sl. 328/331www.genesis.med.br(61) 3345.8030

SOBRE A CLÍNICA GENESISA clínica Genesis é uma das pioneiras no Distrito Federal na área de Reprodução Assistida e oferece também endoscopias ginecológicas, ecografias, dentre outros exames para investigação do casal com dificuldades para engravidar. Possui especialistas de grande experiência no diagnóstico e tratamento dos distúrbios da fertilidade conjugal, inclusive inseminação artificial, fertilização in vitro, com ou sem micromanipulação de gametas (ICSI) e congelamento de gametas e embriões.

Dra. Hitomi Nakagawa Laboratório da clínica

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52 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

começa a temporada da Moda

Semana passada, dia 03, jornalistas e pessoas ligadas ao Claro ParkFashion estiveram no Dom Francisco para um almoço que oficializou o lançamento da se-

mana de moda do Parkshopping deste ano. Com uma área total de 3.500 m², a programação traz desfiles exclusivos das lojas do shopping entre os dias 21 e 25 de março. A oitava edição do evento terá outras atividades parale-las aos desfiles. Na noite de abertura será promovida uma noite de autógrafos, com o designer Marcelo Rosenbaum, do seu livro Entre sem bater. Marcelo ainda dará uma pa-lestra sobre design útil e novas experiências no varejo no dia 22. À tarde do mesmo dia, uma mesa redonda discute a relação entre moda e internet. Na quarta, 23, terá a pa-lestra painel de tendências com a personal stylist Daniella Passaretti, que na quinta promove uma tarde de personal shopping só para clientes convidadas. Já do dia 23 ao 25, das 9h às 13h, haverá um workshop sobre Pesquisa de moda e tendências de mundo, com a estilista Karlla Girotto. Para Cilene Vieira, gerente de marketing do ParkSho-pping ”O evento marca o fim dos estoques do verão e a chegada da nova coleção outono/inverno das lojas, a pri-meira do ano. Além de sinalizar a novidade para os clientes e funcionar como um showroom para os lojistas, o evento está consolidado como provedor de informações, gerador de discussões e difusor de uma cultura de moda na cidade”.

ModaProdução: Camila Penha | Fotos: Gustavo Lima

ServiçoParkShoppingwww.parkshopping.com.br

A equipe do Claro ParkFashion começa com Jackson Araujo assinando como consultor criativo e de conteúdo do evento. Reginaldo Fonseca é o diretor-executivo, Daniel Ueda cuida do styling e produção de moda, Marcelo Sath fará a beleza com ajuda da equipe do salão Concept Hair, de Júnior Passarinho e Alexandre Viana. E a estilista Karlla Girotto é convidada especial do evento. O Prêmio de Moda agita esta edição. Os 41 inscritos enviaram cinco croquis baseados no tema Contempora-neidade: Uma percepção do mundo contemporâneo. O evento traz as criações do vencedor, entre os dez finalistas, em um desfile no dia 24. Além disso, aquele que se mostrar mais talentoso ganha uma viagem para Paris, com direito a acompanhante. E “Vai muito além de ganhar ou não. Acho uma espécie de vitória estar entre os finalistas e poder mostrar o trabalho para um público especializado e for-mador de opinião como o que freqüenta o ParkShopping” complementa a estilista Karlla Girotto. As inscrições para o FotoFashion e o ParkFaces já estão abertas e vão até 18 de março. Mais informações no site do shopping.

Almoço de lançamento do ParkFashion no restaurante Dom Francisco no dia 03/03

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PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011 53

EventoData LocalHorário

21/03

22/03

23/03

24/03

25/03

Coquetel de Abertura

Lançamento do livro Entres sem bater, de Marcelo Rosenbaum

Desfile Parshopping by Daniel Ueda

Palestra Design útil e novas experiências no varejo com Marcelo Rosenbaum

Mesa Redonda Web + Moda

Carlos Miele/Saad

Buckman/Cori

Desfile Coletivo

Ellus

Workshop Pesquisa de moda e tendência de mundo com Karlla Girotto

Painel de tendências com Daniella Passaretti

M.Officer/Toli

Oakley/Mandi&Co

TNG/Espaço Fashion

Desfile Coletivo

Workshop Pesquisa de moda e tendência de mundo com Karlla Girotto

Workshop de Personal Shopper com Daniella Passaretti

Timberland/Damyller

Renner

Desfile Coletivo

Prêmio de Moda ParkFashion

Workshop Pesquisa de moda e tendência de mundo com Karlla Girotto

Paola da Vinci/Tyrol

Riachuelo/Planet Girls

Patachou/VR

Arezzo/Cavalera

Desfile Coletivo

Final ParkFaces/Desfile IESB

20h

20h

21h30

10h

14h30

19h

20h

21h

22h

10h

15h

19h

20h

21h

22h

10h

15h

19h

20h

21h

22h

10h

16h

19h

20h

21h

21h30

22h

Lounge ParkFashion

Lounge ParkFashion

Sala ParkSahion 1

Kinoplex 3

Lounge ParkFashion

Sala ParkSahion 1

Sala ParkSahion 2

Sala ParkSahion 1

Kinoplex

Lounge ParkFashion

Lounge ParkFashion

Sala ParkSahion 1

Sala ParkSahion 2

Sala ParkSahion 1

Sala ParkSahion 2

Lounge ParkFashion

Lounge ParkFashion

Sala ParkSahion 1

Sala ParkSahion 2

Sala ParkSahion 1

Sala ParkSahion 2

Lounge ParkFashion

Sala ParkSahion 1

Sala ParkSahion 2

Sala ParkSahion 1

Sala ParkSahion 2

Sala ParkSahion 1

Sala ParkSahion 2

Programação

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Pacotãoe suas sátiras irreverentes

Bloco tradicional de Brasília traz, mais um ano, críticas bem humoradas da política nacional e internacional

Ao som de tradicionais mar-chinhas carnavalescas como Allah-lá-ô, Aurora e Cabeleira

do Zezé, o Bloco do Pacotão, que há 33 anos vem animando os foliões em Brasília com suas sátiras políticas divertidas e irreverentes, não deixou passar em branco a crise política no Oriente Médio e norte da África.

Neste carnaval, o Pacotão trouxe um enredo inspirado na crise que abala o mundo árabe. O primeiro desfile do bloco, em 1978, teve seu tema baseado na derrubada do Xá Reza Pahlavi, monarca do Irã, que colocou no poder o Aiatolá Ruhollah Khomeini, em 1979. Foi assim que surgiu o grande hit do Pacotão, Aiato-lá. Marchinha que está presente em todos os desfiles do bloco e é conside-rada seu hino.

Com fantasias personalizadas e diversas faixas, os participantes do bloco, com muito bom humor, não pouparam o chefe de estado líbio, Muammar Khada-

fi. O carro abre alas trazia um boneco do presidente do Egito, Mubarak, que foi também personagem da mar-chinha tema do Pacotão este ano, de autoria do cartunista e artista plástico André Cerino, Múmiarak.

A deputada federal Jaqueline Roriz (PMN), flagrada num vídeo obtendo recursos ilegais para a campanha eleitoral de 2006, foi uma das mais satirizados no desfile. Personalidades como o ex-presidente e atual senador Itamar Franco (PPS), a presidente Dilma Roussef (PT), e outros políticos também não foram poupados das bem humoradas e verdadeiras sátiras. Os dizeres e

críticas seguiam a linha irreverente do bloco. “O Khadafi é do DEM” é um exemplo de sátiras que os “paco-teiros” carregavam em faixas.

A professora Márcia Alves Ferreira, que há 20 anos frequenta os desfiles do Pacotão, fez questão de, mesmo de últi-ma hora, confeccionar uma fantasia de Jaqueline Roriz. “Foi uma dificuldade arrumar essa roupa em cima da hora, mas bater em cima do Roriz é uma coisa que sempre fazemos. A intenção é tocar na ferida”, contou.

ComportamentoPor: Tássia Navarro | Fotos: Divulgação

Sátiras utilizadas no desfile do Pacotão

Jafé Tôrres fantasiado de Itamar Franco

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Para compor melhor o cenário político e essencialmente irreveren-te, várias faixas foram espalhadas ou carregadas por “pacoteiros” que fizeram questão de mencionar a deputada com o pai dela, o ex--governador Joaquim Roriz. “Tal pai, tal filha” e “Jaque, cadê meu dinheiro? Você viajou? Me liga, mulher”, diziam as faixas.

Apesar da importância que temas internacionais receberam, os escândalos atuais da política nacio-nal ganharam destaque no bloco. O palhaço deputado Tiririca foi um prato perfeito para ser estampado em várias camisetas dos participan-tes do bloco. O ex-jogador Ronaldo,

“o fenômeno” tam-bém esteve presente em muitas fantasias de foliões. Romário e o lutador de boxe Popó engrossaram a fila na predileção de crítica dos animados seguidores do bloco da irreverência.

Fantasiado de Itamar Franco e com uma placa pendura-da ao pescoço que alertava: “Dilminha, abra o olho. Estou

aqui de novo”, o corretor de seguros Jafé Tôrres, 70 anos, divertiu muita gente. “Pacoteiro” de carteirinha, Jafé participa do bloco desde sua fundação e as-sume: “Eu amo essa irreverência do bloco, sem isso não seria o mesmo Pacotão”.

Fazendo menção ao primei-ro governo feminino do Brasil uma faixa dizia: “Dilma: fiz o mínimo possível”. “Dilminha tesourão, tesourão, tesourão, chegou cortando tudo com manteiga na mão”, estampava outra faixa que se referia ao corte de R$ 50 bilhões no orça-mento deste ano.

Charles Preto, presidente do bloco, ainda saudou seu vasto

harém e todas as mulheres “paco-teiras” pelo dia 8 de março, Dia In-ternacional da Mulher. Ao longo do percurso, o locutor do trio elétrico fazia questão de dedicar o desfile às mulheres.

O bloco mais tradicional de Bra-sília, que se concentrou na 302/303 norte, seguiu pela W3, sentido contra--mão, nos dias 6 (domingo) e 8 (terça) de março. O trânsito sofreu algumas alterações, o Batalhão de Polícia fechou o trajeto do bloco conforme os foliões iam passando. De acordo com a Polícia Militar, o Pacotão movimen-tou mais de cinco mil foliões neste carnaval de 2011.

Pacotão na 302 norte

A professora Márcia Alves Ferreira caracteri-zada de Jaqueline Roriz

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BrasíliaPintar

Nascido e criado nos quintais da hoje, senhora Brasília, o artista plástico, Paulino Aversa, 50

anos, viu tudo quando nada era. Seu pai, engenheiro, assim como a grande maioria das pessoas que veio para a cidade no início de sua existência, ajudou a construir Brasília. Acostu-mado a ver obras, pedreiros, máqui-nas, tudo relacionado à construção, o artista viu cenários na cidade que hoje se tornaram “irreconhecíveis”.

Em um de seus trabalhos, Paulino repinta fotografias que encontra de lugares que existiam antigamente em Brasília e, que hoje, estão totalmente modificados

com o advento das construções. Na exposição “Outros Arredores”, Paulino retrata fatos, momentos, espaços artificiais da cidade, seus horizontes intermináveis e lugares até então não descobertos.

Formado em artes plásticas pela Universidade de Brasília (UnB), desde sempre, Paulino teve grande atração pela arte e pelo colorido. Principalmente pela cidade onde nasceu, cresceu e vive até hoje que é o foco principal de grande parte de seus trabalhos. “Conheço muitos lu-gares nesse mundo, mas Brasília para mim é o melhor lugar. Não moraria em nenhum outro”, confessa.

Claramente apaixonado por seu berço, o artista sente enorme prazer em pintar as particularidades da cida-de e o que fez parte de sua infância na capital federal. Um de seus trabalhos, denominado “Jardim da Infância”, ao contrário do que seu nome remete, não é voltado para as crianças de hoje em dia, mas para as que ficaram nos corações dos que cresceram junto com Brasília.

Em uma série de quadros feitos para dar a ideia que são figurinhas que irão completar um álbum, o artista mexe com as lembranças e transmite para o publico o que foi a infância das primeiras “crias” - como

Artes PlásticasPor: Tássia Navarro | Fotos: Gustavo Lima

artista plástico se dedica a juntar suas paixões: arte, música e Brasília.

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PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011 57

ele denomina a sua geração - da cidade. Não só eles, que viveram este momento, mas até os mais novos, que ouviram as histórias deles, se emocio-nam com a vivacidade retratada na obra de Paulino.

Dentre os vários trabalhos irre-verentes do artista, merece citação a releitura de kombis. O carro ícone das estradas, que era utilizado como transporte de passageiros, alimentos e outros, em uma Brasília de outrora, hoje recebe diversas personalizações que jamais se pensaria em ver. A exemplo, existe a Kombi de uma costureira que foi transformada em seu ateliê. Outra, transformada em chaveiro e, mais curioso ainda, uma que virou bar.

Que Brasília é uma paixão do artista é fato. Que a arte é outra, também. Mas, uma curiosidade é que a música, mais precisamente o “rock’n roll” é uma das coisas que mais mexe com a cabeça do artista que atualmen-te está desenvolvendo um projeto de releitura de capas de vinis. “Como a arte é uma coisa que amo, decidi juntar com a música e pintar as capas dos discos que mais gosto”, explica.

Versátil, Paulino não apenas pinta, mas também faz mosaico e utiliza outras técnicas artísticas. Já foi professor. Trabalhou por sete anos dando aula de artes plásticas para crianças da Escola Parque da 308 Sul, até decidir se dedicar inteiramente à sua arte, sua paixão. “Meu objetivo é pintar Brasília como o brasiliense vive, mostrando as peculiaridades da cidade”, justifica.

E como todo mundo que vive de arte, cada detalhe em sua casa tem uma pitada do seu trabalho, o que com toda certeza, deixa seu lar aconchegante. São trabalhos que, talvez, nunca sejam expostos. Mas, para quem vê, com certeza fica impressionado com a técnica do artista em transformar coisas tão corriqueiras, que muitas vezes passam despercebidas, em objetos utilitários e brilhantes.

Detalhes da casa de Paulino

Procuradoria Geral da República, por Paulino Aversa

O futuro não é mais como era antigamente, por Paulino Aversa

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Agenda CulturalPor: Maíra Elluké | Fotos: Divulgação

Quando o assunto é entretenimento, o fato é que Brasília está cada dia melhor. Na onda dos shows internacionais, depois de passar por Porto Alegre,

o Pop Music Festival chega à capital e em seguida vai para São Paulo. Realizado pela Mondo Entretenimento e pela Maior Entretenimento – empresas do grupo ABC – o festival terá como atração principal a colombiana Shakira. Ela trará aos palcos da cidade a turnê interna-cional de seu novo álbum, “Sale El Sol”. Além da cantora, o festival reúne grandes nomes da música internacional, o que resulta em um line-up de respeito – que passa pelo pop-rock, reggae e chega à música eletrônica.

Considerada pela crítica especializada, uma das artistas mais influentes da música pop mundial, Shakira é vence-dora de dois prêmios Grammy, oito Grammy latinos, quatro Video Music Awards e outras inúmeras premiações. Conhecida por um tom de voz inconfundível e a habilidade de dominar diversos ritmos, Shakira tem a ca-racterística de misturar elementos da música latina e libanesa em suas canções. Sempre ligada a uma clara influência rock´n roll, sem sair do pop, a cantora já vendeu mais de 50 milhões de álbuns em todo mundo.

No início de 2008, a revista americana Forbes listou Shakira como a quarta artista mais bem paga do sexo feminino na indústria da música. Em 2010, ela lançou o tema oficial da Copa do Mundo, “Waka Waka (This Time for África). Já em setembro do ano passado, o público conheceu “Loca”, o primeiro single de seu novo álbum. Desde então, a colombiana se mantém no topo das paradas de sucesso do mundo inteiro.

Durante entrevista de divulgação da turnê mundial, a cantora disse que o sucesso que o festival vem obtendo em outros países, muito possivelmente vai ser repetir no Bra-sil. “Passei meses preparando esta turnê”, comemora. A perfeccionista Shakira disse ainda que trabalhar em torno do show foi uma intensa maratona, mas que no fim das

contas traz muito prazer. “Sou uma traba-lhadora dedicada. Tudo que faço, dou até a última gota. E acho que está valendo à pena. O mais importante é que o público saia feliz do show, porque esta alegria retorna a mim multiplicada”, revela.

Para o produtor do Pop Music Festival, Marcelo Piano (foto), Brasília tem um poten-cial comprador de espetáculos de qualidade e por isso é grande o investimento no segmento,

Pop Music Festival traz para a capital Shakira, Fatboy Slim, Ziggy Marley e a banda train

Para todosos gostos

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por parte dos produtores. “As atrações internacionais vêm em um momento de consolidação desta tendência, pois nosso valor de ingresso médio é um dos mais altos do Brasil e com o dólar em patamares mais atraentes conseguimos tornar estes projetos viáveis”, relata.

OUTRAS ATRAçõESDentro desse conceito de reunir em um mesmo palco

diferentes estilos, a primeira edição do evento recebe também um dos treze filhos da maior lenda do reggae mundial, Bob Marley – o jamaicano Ziggy Marley. Seu primeiro álbum solo, “Dragonfly”, foi lançado em 2003. De lá para cá lançou mais três álbuns: “Love is My Religion”, em 2006, o ao vivo “Ziggy Live From Soho”, gravado na Apple Store e que chegou às lojas em 2009 e “Family Time”, lançado também em 2009, inspirado nos dois filhos do cantor. A apresentação de Ziggy no festival promete ser um presente aos amantes do reggae. Em meio a tantas atrações internacionais, o Chimarruts representa o reggae brasileiro no festival. Natural de Porto Alegre, a banda lançou em 2010 o quarto álbum, “Só Pra Brilhar”. Com a nova música de trabalho “Do Lado de Cá”, o Chimarruts atingiu o primeiro lugar em várias rádios pelo Brasil.

Nascida na São Francisco, Califórnia, em 1994, a banda de pop-rock Train também marca presença no festival. Com o álbum “Calling All Angels”, de 2004, foram indicados nas categorias melhor performance e melhor música de rock. Na edição do ano passado, o trio – formado por Patrick Monahan, Scott Underwood e Jimmy Stafford – recebeu indicações para o prêmio em mais duas categorias, com a música “Hey Soul Sister”.

Pela terceira vez na cidade, o DJ inglês Norman Cook – mais conhecido como Fatboy Slim – fecha a noite do festival com sua já famosa mistura de gêneros eletrônicos, como house, acid, funk, hip-hop, electro e techno, que consolidou ao artista, um lugar de destaque no cenário da música eletrônica mundial.

ServiçoPop music Festivaldata: 17/03/2011Horário: 19hLocal: estacionamento do mané GarrinchaIngressos: Premium - r$ 250, pista - r$ 150 e arena r$ 80 (valores de meia-entrada)

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um lugar maior para acomodar me-lhor os clientes, mas garante que a qualidade das tapiocas permanecerá a mesma. “A nova tapiocaria será revolucionaria. Um ambiente mais futurista. Uma casa de chá aconche-gante”, garante Durley.

Entre as novidades do novo espa-ço, além do serviço de qualidade, o cardápio será acrescido de 20 novos sabores, totalizando um menu com 80 iguarias gastronômicas. E, entre essas gostosuras, vale destacar as tapiocas

de camarão com purê de mandioca e queijo coalho com azeitonas; a de carne seca com purê de mandioca e queijo coalho e a deliciosa sobremesa com recheio de chocolate, castanhas e morangos. E tudo com preço bem acessível. Vale conferir!

GastronomiaPor: Fernanda Azevedo | Fotos: Gustavo Lima

ServiçoTapiocaria doce Sertão (raízes do Sertão) 311 Norte, Bl. d, Lj. 12 (61) 3964-8200

O estilo é tradicional e a deliciosa tapioca é como se fosse feita pela própria vó. Há seis anos

em Brasília, a Tapiocaria Doce Sertão já é tradição e cativou clientes fieis. Tanto por seu bom gosto, quanto pela qualidade e, principalmente, pelas deliciosas iguarias. São tapiocas de todos os tipos diferentes, doces e salgadas. A tapiocaria também tem um cardápio exclusivo para celíacos, pessoas que tem alergia a trigo e também para quem não pode comer produtos com lactose.

Conforme o proprietário Durley Soares, além de procurar zelar pelo bom gosto, a tapiocaria também cuida da saúde do cliente. Na preocupação de agradar os clientes, a Doce Sertão está inovando no nome, endereço e cardápio. Agora se chama Raízes do Sertão e, em breve, o estabelecimen-to será reinaugurado em endereço novo. O proprietário está procurando

Raízes do Sertãoa tradicional tapioca com pitada contemporânea

tapiocaria

Tapiocas de: carne seca, purê de mandioca e queijo coalho; chocolate, castanhas e morangos e de camarão, purê de mandioca, queijo coalho e azeitonas

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ServiçoHouston original HamburgersSCLN 412, Bl. C (61) 3257.5004

O estilo é retro. O piso quadriculado e as luminárias baixas já dizem tudo. Os hambúrgueres seguem a linha. A idéia é que o cliente se sinta em uma

lanchonete dos anos 70. O sanduíche imita os ham-búrgueres praticamente caseiros da época. Conforme o orgulhoso representante da marca Houston original Hamburgers em Brasília, Luiz Ricardo Bonfim Adão, a resolução de trazer a hambúrgueria para o Brasil surgiu quando ele morava nos Estados Unidos e, com a ajuda de alguns amigos, decidiu montar a marca em Brasília. E o representante só tem a comemorar a decisão. Com um cardápio de hambúrgueres tradicionais, suculentos e gostosos, o estabelecimento está sempre cheio. O cliente pode montar o seu sanduíche com 12 acompanhamentos diferentes, mais molhos, cinco tipos de queijos e carne que varia de 90 a até 200g. “A idéia é adequar o hambúr-guer à fome do cliente”, assegura Adão.

Para garantir qualidade nos alimentos, a carne servida é picanha de gado nelore e angus (raça de origem euro-péia), verduras sempre frescas sem nenhum conservante. O estabelecimento recebe encomenda de pães fresquinhos todos os dias. O Houston também oferece hambúrguer de cordeiro e um especial vegetariano com carne de origem vegetal. O cliente também pode trocar o pão por folhas de alface e ter uma refeição mais saudável.

Gostosos, populares e com charme

Um dos sanduíches mais pedidos no local é o de bacon cheeseburger de picanha de 200g, queijo mussarela, alface e tomate. Acompanha batatas fritas. A idéia da marca é um hambúrguer tradicional de qualidade a um custo baixo.

EM bREVE, A hOUSTON VAI INAUgURAR A SUA lOJA DE ágUAS ClARAS

Original Hamburgers

Houston

Bacon cheeseburger de picanha com 200g, queijo mussarela, bacon, os tradicionais alface e tomate, quetchupe e mostarda, e claro o pão acompanhando e ainda tem as suculentas batatas fritas.

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62 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

MúsicaPor: Larissa Galvão | Fotos: Divulgação

Brasília Big Band é uma orquestra popular, com um seleto grupo de músicos que tem se destacado

no cenário artístico musical da cidade. Com a proposta de levar música aonde o povo está e sem distinção de classes sociais, a banda visita hospitais, escolas públicas, praças, teatros, e faz partici-pações em eventos de ordem pública e privada. Com um elenco de 20 músicos, a orquestra do povo, nome celebrado pelo próprio público, já deixou sua marca em mais de 40 palcos no ano de passado, quando foi criada.

Inspirada no Instituto Lincoln Center, da cidade americana de Nova Iorque, a banda, que faz apresentações em programações artísticas, educa-cionais e de relações comunitárias, tem repertório diferenciado para cada ocasião, que passeia pelos mais variados estilos da MPB e da música internacional, reinterpretando sucessos consagrados. “Nós tocamos tudo o que as pessoas gostam de ouvir. Lady Gaga e Zeca Pagodinho, são exemplos”, diz Aldemir Júnior, o maestro saxofonista idealizador da banda.

E, por onde a Brasília Big Band passa são só elogios. “É uma bela inicia-tiva. É uma reunião de músicos e de um repertório de alto nível”, garante Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro de Brasília. Ademir Júnior

conta que a banda é um sonho de desde 2006, que começou a ser concretizado em 2010 e que pretende ir mais à frente neste ano. “Só falta o apoio cultural do governo”, conta.

Mesmo com tantas dificuldades, a banda segue fazendo eventos. Em 2010, dois espetáculos ficaram pra sempre marcados na memória de cada um dos componentes. O primeiro foi no aniversário do Hospital de Base. Ademir lembra que a cada música que a banda tocava os enfermos, que estavam assistindo debruçados nos parapeitos dos andares, pediam para cantar mais e mais. “Foi de arrepiar”, orgulha-se. Outra situação foi na apresentação no Clube do Choro. Segundo Ademir, eram 20h30 e nenhum ingresso tinha sido vendido para a apresentação marcada para as 22h. “Às 21h todos os ingressos foram vendidos e tinha pessoas reclamando porque não entra-ram”, relembra.

Mas, nem todas as apresentações da banda foram marcadas por surpresas agradáveis. O idealizador conta que, na posse do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, eles pre-pararam todo um repertório para se apresentarem e, por causa da agenda de Agnelo, a exibição não aconteceu. “Foi um balde de água fria para todos nós. A gente tinha preparado a musica

do Ayrton Sena, a da vitória, para tocar na chegada dele”, recorda Ademir.

A Brasília Big Band ainda desen-volve o projeto social de multiplicar big bands de jovens de 10 a 16 anos, visando a diminuição do risco social e inclusão no mercado de trabalho, o que afeta positivamente a cultura da cidade e a valorização do músico brasiliense no cenário artístico musical. Um dos pro-jetos é a parceria com o colégio ESPU, da rede COC. Os alunos de primeiros, segundos e terceiros anos têm aulas de flauta. E alunos dos jardins I e II, aulas de músicas. “Apesar de serem pequeni-ninhos eles dão muita atenção e gostam de ouvir quando toco para eles”, conta Ademir Rodrigues, 56 anos, que abraçou o projeto Brasilia Big Band. A intenção dos músicos da banda é expandir a musica para todas as cidades satélites. “A iniciativa é importante, pois visa tirar os jovens da criminalidade”, assegura ele.

Nesse momento, os músicos da Brasilia Big Band têm motivo para comemoração. O primeiro trabalho do grupo está em fase de gravação. O CD vai ser lançado ainda este ano.

Brasilia Big Bandorquestra do povo, feita pelo povo e para o povo

ServiçoBrasilia Big Band responsável: ademir JúniorTel: 85523151 / 99082207twitter.com/brasiliabigband

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PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011 63

CONCERTO SOlIDáRIO

Na noite de 22 de fevereiro, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro apresentou um concerto extra para arrecadar recursos às

vítimas das enchentes da Região Serrana fluminense. Os ingressos custaram R$ 40,00 e R$ 20,00. Infelizmente muitos dos freqüentadores tradicionais, mimados pela gratuidade dos eventos das terças-feiras, não compare-ceram, deixando inúmeras cadeiras vazias. Perderam! O concerto foi um sucesso.

PROgRAMAO programa começou com Dança Brasileira, peça

alegre de Camargo Guarnieri, já antecipando o clima da noite. O solista convidado foi o bandolinista brasiliense Hamilton de Holanda que interpretou duas composições próprias: Flor da Vida e Pros Anjos, revelando sua verve lírica. Numa melodia romântica, dialogou poeticamente com a trompa, com o violoncelo e com o naipe de cordas, mostrando, na parte mais rápida, a técnica virtuosística que levou sua fama para além das fronteiras do Brasil. Na França, chegou a receber o título de Príncipe do Bandolim.

A seguir, Suíte Brasileira, de Radamés Gnattali, um dos mais importantes compositores brasileiros. A obra, escrita para orquestra de cordas, grupo de choro e bandolim é um bom exemplo da simbiose entre o erudito e o popular. A execução de Hamilton provou que o bandolim não é um instrumento só para tocar choros. Ele tem recursos inter-

pretativos que o aproximam bastante de um violino tradi-cional. A impecável interpretação do solista, para quem o instrumento é como uma extensão do corpo que obedece perfeitamente suas intenções, inspirou os músicos para uma ótima realização. Merece destaque o maestro Claudio Cohen que seguiu com muita sensibilidade as mudanças rítmicas (acelerandos, ritardandos, rubatos e fermatas) e garantiu uma boa sintonia entre o solista e o conjunto.

Hamilton se despediu com a execução de dois cho-rinhos tipicamente brasileiros, exibindo o lado mais po-pular do grupo de choro que o acompanhou. O concerto terminou com Bachianas nº 4 de Villa-Lobos, uma das mais conhecidas criações desse grande mestre brasileiro, mostrando atuação regular da orquestra que, voltando à forma depois das férias, acostuma-se com o novo regente.

Não houve distribuição de programas. As peças foram anunciadas pelo maestro. Na entrada da sala, o público recebeu um suplemento especial do Jornal Alô Brasília com informações sobre o solista, as obras executadas e pequenas biografias dos maestros que já dirigiam a or-questra. Continha ainda um artigo sobre a tragédia no Rio e um pronunciamento do secretário de Cultura, Hamilton Pereira da Silva, que estava presente ao evento.

BOHUMIL MED*

* Bohumil Med professor emérito da Universidade de BrasíliaColaboração: Regina Ivete Lopes

Música erudita

“Ser músico não é uma superioridade. É um privilégio”J. Persijn

em Brasília

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64 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

A polêmica dos animais do le cirqueDecisão judicial diz que animais devem permanecer sob cuidados dos Zoológicos

Questão quase resolvida. Depois de tanto disse me disse da discussão se os animais do Le Cirque ficam no zoológico ou volta para o circo, o governo insistiu. Os animais permane-

cem no Zoológico de Brasília. O juiz federal titular da 9ª vara da seção judiciária do Distrito Federal, Antonio Correia determinou no dia último 25 de fevereiro que há conflito de competência ad-ministrativa e de jurisdição nos autos dos processos que tratam dos animais do Le Cirque. E, portanto, os animais devem permanecer no Zoológico.

Seis dos animais (um elefante, um hipopótamo, um rinoceron-te, uma lhama e dois camelos) estão no Zoológico de Brasília e o restante, 20, foram divididos por entre outros zoológicos do Brasil. Devido aos maus tratos e as constantes agressões físicas, a camelo Xuxa, não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois de ser reco-lhida pelas autoridades. A rotina de todos os animais no circo era de treinamentos contínuos e forçosos por meio de espancamentos, mutilações, aplicação de choques elétricos, privação de alimento, confinamento com correntes e em jaulas minúsculas.

Quando da apreensão dos animais, o elefante Chocolate che-gou no zoológico de Brasília cheio de feridas na orelha e fazia, constantemente, movimentos repetitivos. O rinoceronte tinha mar-cas visíveis da violência pelo corpo. “Os olhos dele estavam muito machucados. Aqui os animais estão sendo muito bem cuidados por técnicos, tratadores e veterinários”, afirma o diretor presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), Belarmino da Gama Filho.

O presidente conta, ainda, que antes o hipopótamo vivia em uma banheira de metal com, aproximadamente, cinco metros e que o espaço minúsculo provocava lesões nos bichos. “A falta de espaço para os animais prejudicou a musculatura, o peso e o comportamento dos mesmos”, afirmou o biólogo Tiago Carpi, 34 anos, que acompanhou o processo de remoção dos animais desde a chegada deles. Carpi avalia os animais como “outros”. “Se comparar fotos dos animais quando chegaram e hoje, percebe-se a grande diferença”, destaca.

Por: Larissa Galvão | Fotos: Paulo NegreirosMundo Animal

Belarmindo Gama Filho, presidente do Zoológico

Lhama

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Para a aluna de veterinária da Universidade de Brasília (UnB), Letícia Melo, 24 anos, não existe circo que trate bem os seus animais. “O fato de os animais viverem aprisionados e obriga-dos a realizarem coisas contrárias à sua natureza já é crueldade”, desabafa.

Os donos do Le Cirque foram condenados por maus tratos porque, segundo a denúncia do Ministério Público (MP), o circo não apresentava condições mínimas de segurança,

nutrição e saúde para os seus animais. Os elefantes, por exemplo, que na na-tureza caminham cerca de 40 km por dia, no circo vivia permanentemente acorrentado e se locomovendo em espaços físicos minúsculos.

O processo ainda está correndo na justiça. A superintendência responsável pelo caso do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Natu-rais Renováveis (Ibama), foi procurada, porem a assessoria informou que reuni-

ões estavam sendo feitas para uma po-sição sobre assunto. Ate o fechamento desta edição não conseguimos resposta do órgão.

ENTENDA O CASOEm janeiro de 2010, o representante legal do le Cirque, george Stevanovich e o funcionário luis Carlos Oliveira de Araújo foram condenados, em primeira instância, por maus tratos contra animais, verificados, em agosto de 2008, em operação do Ibama durante a permanência do circo em brasília.Os donos do circo entraram na justiça para reaver os animais restantes. No último dia 9 de fevereiro último, o de-sembargador do TJDfT, João Timóteo de Oliveira absolveu os proprietários da acusação de crime ambiental por maus--tratos e determinou a devolução dos bichos ao circo. A promotora de Defesa dos Animais e Recursos Naturais, Cátia Cristina lemos, recorreu da decisão do desembargador no último dia 22.

O rinoceronte Thor com pomada no olho

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Jornalista AprendizPor: João Paulo Neves

Segurança nos Parques de Diversão

Quem é o responsável?

Na teoria, para as Administrações Regionais concederem licença de funcionamento para parques

de diversões eles precisam ter laudos técnicos de engenheiros elétrico e mecânico, registrados no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), e alvarás do Corpo de Bombeiros e da Defesa civil. Ambos os documentos são concedidos por meio de vistoria de profissionais. Mas, nenhum deles tem o da Defesa Civil no Distrito Federal para funcionar.

Por não haver ainda norma técnica da Agência Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que estabeleça cri-térios para fabricação dos brinquedos e nem órgão específico, Inmetro, por exemplo, que avalie e certifique se as normas estão sendo cumpridas, há dois anos o gerente de operações da Defesa Civil, Vicente Tomaz, não libera alvará de funcionamento a nenhum parque. “A rigor não era para nenhum desses parques estarem funcionando no DF”, diz ele. le. “Mas como cada Administra-ção é responsável, elas que assumem o risco”, desabafa.

Por outro lado, proprietários de parques reclamam que mesmo cum-prindo todas as exigências do Corpo de Bombeiros e apresentando laudos de vistorias feitas por engenheiros, não conseguem o parecer da Defesa Civil que atesta sobre as condições das estru-turas. Já os administradores que tomam a decisão final de permitir ou não que os parques de diversões instalem os brinquedos, ficam divididos entre o

lazer e a segurança. “Fica difícil de a gente trabalhar”,

diz o proprietário do parque que está na Estrutural, Marcio Caixeta. “Como podem nos cobrar algo que não exis-te?”, questiona. Segundo ele, a maioria dos parques itinerantes da região são negócios de família e passados de geração em geração, e que recebem manutenção em oficinas especiais. Além disso, Marcio diz não entender porque a Defesa Civil não considera o laudo dos engenheiros. “Sempre conse-guimos laudo de engenheiros do Crea, alvará de bombeiro e nunca tivemos problema de acidentes”, conta.

“Se eu não tenho normas de fabri-cação, certificado de uso, manual que me mostre se o produto está tendo manutenção e também gente que saiba operar os equipamentos, como vou garantir numa inspeção visual que os equipamentos são seguros?”, questiona Vicente Tomaz. “Não posso permitir que uma justificativa em prol do lazer ponha em risco a população”, emenda.

Em decorrência da falta de lei e cri-térios de segurança, Valcir Costa, chefe de gabinete da Administração Regional da Estrutural que chamou em janeiro úl-timo, um parque itinerante para passar um mês na cidade, teve que procurar a Polícia Militar para impedir que certos brinquedos funcionassem. Com a inten-ção de oferecer opções de lazer para a comunidade de sua cidade, combinou com o parque que apenas brinquedos rasteiros de médio e pequeno porte fossem montados.

Mas, quando os caminhões chega-ram com o equipamento, o espaço de 300m2 previsto na praça central não foi o bastante. Então foram transferidos para um terreno vazio localizado atrás da administração, onde também foi montada roda gigante, montanha russa e mais outros dois brinquedos, todos nivelados sobre tocos de madeira.

Os donos do parque disseram que os brinquedos maiores ficariam ali para chamar atenção da população e que não seriam ligados, mas não foi o que aconteceu. “De noite eu lá da minha casa dava para ver a roda gigante funcio-nando a todo vapor”, recordou o chefe de gabinete. “No outro dia dei graças a Deus por nada ter acontecido”. De acordo com ele, o parque só começou a desmontar as estruturas depois das ameaças de interdição com o auxílio da Polícia Militar.

Edinelde Santana, moradora da Estrutural não gostou que o parque desmontasse os brinquedos. Segundo ela, a cidade não tem opções de lazer para oferecer aos seus habitantes e um parque de diversões é uma das poucas oportunidades que ela tem para brincar com as duas filhas. “Todo mundo achou ruim”, opinou na ocasião.

Apesar do não cumprimento do acordo, Valcir Costa combinou com o gerente do parque Cezar Dávila, para que ficasse no local por mais alguns dias depois do vencimento do tratado. A única condição imposta foi a de que os brinquedos de maior risco não fossem ligados. “A administração está de braços

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ServiçoJoão Paulo Neves Cabralestudante do 5° semestre de jornalismo do IeSB

abertos para quando o parque quiser voltar, só queremos que eles voltem com melhores situações de segurança e que não coloquem em risco a vida da comu-nidade”, disse ele.

O presidente da Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil (Adibra), grupo formado pelos maiores parques de diversões do Brasil, Francisco Donatiello Neto informa que a norma sobre o tema já foi criada e a partir de 16 de março passará a integrar a ABNT. No entanto, depois de dois anos formulando regras com base em normas do exterior junto aos setores industriais, ele afirma que isso é só o começo. “Agora é preciso que o governo crie órgãos competentes e leis para regular o mercado”, diz ele.

É fato que a maioria dos acidentes ocorridos em parques de diversão e espetáculos musicais o motivo é quase sempre associado ao fator segurança. Há sete meses um acidente em um

parque de diversões mudou radical-mente a vida de Weder Modesto Mo-raes, 27, morador da Estrutural. Ele conta que estava bebendo desde cedo com amigos e depois foi brincar na barca do parque que estava na cidade. Mas ao invés de se sentar como todos os outros, Weder se arriscou em ficar em pé pelo lado externo do brinquedo que progressivamente atinge alturas maiores a cada movimento pendular. “Eu estava errado, mas ninguém me avisou para descer ou parou o brin-quedo”, relatou.

Resultado: Weder caiu de lado sobre o trilho do brinquedo, que passou por cima de sua perna. Por sorte, conseguiram parar o brinquedo e freá-lo a tempo. “Nasci de novo”, lembra ele que foi salvo graças a um colega do curso de brigadista. Weber já passou por duas cirurgias e aguarda outra para colocar uma gaiola de pinos na perna.

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Faça render seus 140 caracteres no Twitter

Propaganda e Marketing CARLOS GRILLO*

*CARLOS GRILLO Sócio Diretor da Monumenta Comunicação e Estratégias SociaisEmail: [email protected]: @carlosgrillo

Segundo pesquisa realizada pela Harvard Business Review, apenas 10% dos usuários do Twitter são res-ponsáveis por 90% do conteúdo gerado na plataforma.

Em outras palavras, a grande maioria dos usuários está mais interessada em seguir do que em ser seguida. Em buscar informações do que em produzi-las e compartilhá-las.

Não por acaso, o Twitter substituiu sua pergunta ori-ginal. O antigo “O que você está fazendo?” deu lugar ao “O que está acontecendo?”. O slogan da empresa, que já havia evoluído para “Compartilhe e descubra o que está acontecendo agora mesmo em qualquer lugar do mundo”, também ganhou outra redação: “A melhor maneira de descobrir o que há de novo no seu mundo”.

Os dados acima apontam uma oportunidade ímpar para as instituições, em especial do Governo e do Terceiro Setor, que desempenham funções intrínsecas de formado-res de opinião e fontes de informação. Há um enorme es-paço a ser ocupado. O Twitter apenas começou a descobrir e explorar sua real vocação. Com efeito, esse é o momento certo para quem quer descobrir e explorar o Twitter.

OK! VOU AbRIR UMA CONTA. E Aí? - Defina um username curto: cada mensagem no Twitter

é limitada a 140 caracteres e, por isso, é fundamental que o nome pelo qual sua instituição será conhecida e citada seja o menor possível e, ao mesmo tempo, significativo. O Ministério da Saúde, por exemplo, optou por @minsaude.

Dica: se o username desejado não estiver disponível você pode recorrer ao aplicativo TweetClaims (www.twee-tclaims.com). Ele avisa por email quando o nome desejado for liberado, pois o Twitter, de tempos em tempos, exclui contas inativas.

- Capriche na Bio: ela é a apresentação do perfil e deve conter as principais características do usuário. A Bio revela sua alma e sua personalidade. É o primeiro recurso de encantamento e de conquista de seguidores.

Dica: aproveite esse espaço para, desde o início, huma-nizar sua instituição.

CONTA CRIADA E ATIVA. O qUE fAzER AgORA? - Siga e seja seguido: a dinâmica do Twitter é encon-

trar pessoas interessantes para seguir e, ao mesmo tempo,

tornar-se interessante o suficiente para conquistar segui-dores. A própria plataforma oferece recursos para isso.

Dica: primeiro siga os próprios colaboradores da instituição. Depois busque pessoas ligadas às suas áreas de interesse e outras organizações e empresas correlatas. No mais, divulgue seu Twitter: no site da instituição, nas outras redes sociais em que ela está presente, nos materiais de publicidade e onde mais puder.

- Comece a tuitar e não pare mais: compartilhe infor-mações. Fale sobre o trabalho, sobre as pessoas e sobre as conquistas da instituição. Ofereça serviços. Mobilize as pessoas. Mantenha a conta sempre ativa e atualizada.

Dica: evite tuitar demais e, principalmente, tuitar de menos. Encontre um equilíbrio. Seja relevante, mas sem aquele tom “chapa-branca”.

- Estabeleça diálogos e crie relacionamentos: no Twit-ter, tão importante quanto falar é ouvir. É saber conversar. É cultivar as relações e criar vínculos cada dia mais fortes.

Dica: não use respostas automáticas e procure respon-der a todos os seus seguidores. Dê a eles o máximo de atenção possível. Seja autêntico e carismático.

- Use as hashtags (#): elas funcionam como indexado-res de palavras-chaves e facilitam a encontrar e contabi-lizar um determinado assunto por meio de ferramentas de busca e de pesquisa. Para fazer isso basta incluir “#” antes da palavra ou expressão que se deseja indexar. Exemplo: #ficaadica.

Dica: não use espaço, acentos e outros sinais gráficos em suas hashtags, ainda que isso torne errada a grafia. Eles ainda não são reconhecidos pelo sistema do Twitter.

Daria para preencher inúmeras edições da Plano Brasília com sugestões para fazer render os 140 ca-racteres do Twitter. O assunto é inesgotável e muito dinâmico. Por isso mesmo a melhor recomendação para quem quer trabalhar é: procure a ajuda especializada de uma boa empresa de comunicação. O Twitter, mais do que uma rede social, é uma eficiente ferramenta de marketing e negócios.

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F rase semelhante eu já ouvi várias vezes. Nada mais dissonante aos meus ouvidos

e à minha lógica, ao ver alguém pronunciar esta frase “definitiva” num país tropical como o Brasil. Certa vez eu estava numa recepção pública, às 17h, e tinha a opção de me servir de um vinho branco brasileiro ou de um vinho tinto, do mesmo produtor. Considerando a ocasião, um final de tarde ensolara-do, e conhecendo a superioridade daquele branco em relação ao tinto, optei pelo branco, pensando também nos canapés que estavam sendo servidos.

Em certo momento encontrei um ex-colega de trabalho e ao ini-ciarmos o colóquio perguntei-lhe se não se serviria de um vinhozinho e ele me respondeu com toda a “experiência e conhecimento dos entendidos: não, obrigado, já passei da fase dos vinhos brancos”. Sem entender muito bem essa argumentação, mas, ao mesmo tempo já deduzindo a “lógica do experiente”, disparei a gargalhar

internamente e deixei o expert ir atrás do seu tinto, para saboreá-lo acompanhado de canapés de cama-rão, casquinha de siri e similares.

Noutra ocasião, já vai mais tempo, um outro conhecido meu, supondo-se mais conhecedor de vinhos do que o resto do mundo, me confidenciou que só bebia vinho tinto, porque “quem entende de vinho só bebe vinho tinto”. Santa ig-norância, diria um estupefato Robin se Batman estivesse por perto.

Gosto é gosto e não se discute. Mas o vinho branco, assim como os diversos tipos de vinhos tintos, têm suas características peculiares e não menos ou mais virtuosas em relação às outras, mas que lhe são típicas e os “personificam”. E essa tipicidade é que faz com que cada vinho seja mais apropriado para uma ocasião especí-fica e principalmente para harmoni-zar com determinada comida, em que o vinho adequado faz com que ambos se valorizem muito mais do que fos-sem degustados separadamente.

E num país tropical como o Brasil, os vinhos brancos, com o seu

frescor, leveza e aromas são sempre apropriados para diversas situa-ções. Alguns especialistas em vinho, quando visitam o Brasil, chegam a ficar admirados pelo fato de produ-zirmos e consumirmos relativamen-te pouco vinho branco em relação aos tintos. Algumas comidas de sabores e texturas mais leves, quase que impõem um vinho branco para acompanhá-las, como no caso de pratos à base de camarões, filés de tilápia, peito de frango, lombo de porco e etc, quando feitos com temperos e molhos também leves. Se você ainda tem certas restrições, experimente novas combinações. Procure indicações na lojas espe-cializadas, em revistas, livros ou na internet. Nada mais monótono do que se beber sempre o mesmo tipo de vinho, com tanta variedade disponível no mercado.

Vinho

*ANTôNIO MATOSO FILHOengenheiro e enófilo, apreciador sistemático de vinhos desde 1982, monitor de grupos de degustação e professor dos cursos Básico e Avançado da ABS-Brasília

ANTôNIO MATOSO FILHO*

Só bebo vinho

tinto!!!

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72 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

Tá lendo o quê?

Boa leitura com um bom café

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Fotos: Divulgação

Maria de Fátima Santos Subsecretária da Secretaria de Cultura

LivroPoesia Completa

AutorCarlos Drummond de Andrade

Mailine Alvarenga Diretora geral da Polícia Civil do Df

LivroO Monge e o Executivo

AutorJames C. Hunter

Clayton Machado Presidente do Sindhobar

Gilvan Alves Médico dermatologista

LivroO que realmente importa?

AutorAnderson Cavalcanti

“O livro “Churchill”conta a vida completa do ícone político Winston Chirchill através dos olhos do autor Martin Gilbert. O livro é uma abordagem cheia de implicações e pormenores sobre o comportamento político-social de Churchill, com particular incidência nas muitas e complexas peripécias ocorridas durante a IIª grande guerra, período em que a forte personalidade do Primeiro-Ministro inglês se mani-festou de forma mais intensa e exu-berante. Churchill é uma das maiores figuras da historia contemporânea : “inteligentíssimo, estrategista brilhante e com um humor refinado. figura completa, essencial para entender o século passado e este nosso”.

A obra relata o encontro-retiro, durante uma semana, de líderes de diversos setores sociais num mosteiro ao norte de Michigan, com a finalidade de aprender a essência da verdadeira liderança. O relato inicia com John Daily, um personagem fictício a representar um homem bem-sucedido, gerente-geral de uma importante indústria de vidro plano que conta com mais de quinhentos funcionários e mais de cem milhões de dólares em vendas anuais.

O livro O que realmente importa? de Anderson Cavalcante, propõe que você olhe para o líder e gestor da sua vida, ou seja, você mesmo, e avalie: por que somos capazes de estabelecer os valores de uma empresa, mas não vivemos plenamente nossos próprios valores? Por que buscamos atingir as metas e objetivos das companhias em que trabalhamos, dos líderes que gerenciam o nosso trabalho, mas não atingimos nossas próprias metas? E por que somos hábeis planejadores e realizadores dos planos de negócios das áreas ou departamentos em que atuamos profissionalmente, mas não fazemos o mesmo para o nosso principal negócio: nossas vidas? Excelente leitura!

LivroChurchill

Autor

Martin Gilbert

A obra é comemorativa do centenário de seu nascimento e, segue escrupulo-samente as disposições deixadas pelo grande poeta. De Alguma Poesia, seu livro de estréia, até A Paixão Medida, Drummond de Andrade organizou pes-soalmente, em pastas, os diversos títulos de sua vasta obra poética. Todo esse importante material, com correções e variantes do punho do autor, assim como uma valiosa iconografia de seu arquivo pessoal, estão reunidos nesta obra. Todos os livros foram alinhados em ordem cronológica. Tratando-se de divisões de motivação basicamente editorial, é perfeitamente clara a dispo-sição do poeta de assim proceder na organização de sua “Poesia Completa”.

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Toda beleza, quando fora de lugar, deixa de ser beleza

VoltairePara um cavalo cansado, até seu rabo é um peso

provérbio tcheco

O homem vulgar espera do exterior as coisas boas e as coisas más; o homem que pensa espera-as de si mesmo

Chejov

O mais alto conhecimento é o do Bem e do mal

Sócrates

Quem sabe faz a hora não espera acontecer

Geraldo Vandré

Frases

A capacidade pouco vale sem oportunidade

Napoleão

O homem imaturo é aquele que quer morrer gloriosa-mente por uma causa. O maduro se contenta em viver humildemente por ela

J.D. Salinger, escritor

A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente

Soren Kiekegaard

Se você passa a vida dizendo exatamente o que pensa, depois não venha se queixar

Millôr Fernandes

Melhor que roubar um banco é fundar um

Bertolt Brecht

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Na antiguidade não havia a Justiça Pública, de modo que qualquer acertamento de rela-

ções jurídicas se dava por iniciativa do credor, inclusive na fase da satisfação da dívida [execução].

Ressalta Humberto Theodoro Júnior (Curso de direito processual civil, Vol. II. 44 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p. 4) que no período inicial do direito romano (legis actionis – 754 a 510 a.C) a relação entre as partes e o prolator da sentença ainda “era dominado por uma configuração privatística, inspirada em verdadeiro negócio jurídico”, ou seja, naquela época falava-se “numa ordem judiciária privada”. De qualquer sorte, a atividade executiva (satisfação da obriga-ção) era necessariamente precedida do acertamento do direito do credor por intermédio da sentença prolatada pelo iudex, depois de autorizado pelo prae-tor. Naquele tempo, a fase da execução era levada a efeito pelo próprio credor e abrangia a própria pessoa do executado e todos os seus bens.

No segundo período (per formu-las – 510-27 a.C) a jurisdição ainda era privada, especialmente na fase da execução (actio judicati), mas deixou de ser pessoal e recaia apenas sobre os bens do devedor, embora englobasse todo o seu patrimônio.

Mais tarde, já ultrapassados os umbrais da era cristã, no período denominado extraordinária cognitio (27 a.C a 525 d.C), foi instituída uma justiça totalmente pública, em que o praetor promovia a declaração do direito (sententia) e também a sua satisfação (actio judicati). Nessa qua-

dra, já existia o instituto processual da penhora, restrita aos bens do devedor no quantitativo suficiente para o pa-gamento do crédito reclamado e seus consectários, tal como ocorre na atu-alidade. Naquele tempo, por força do costume, persistiu o uso da actio (ação de conhecimento) sucedida pela actio judicati (ação de execução), porém sem qualquer justificativa prática para tanto, porquanto ainda não existiam os títulos executivos extrajudiciais.

Ao longo desses períodos era permitido ao preator, independente da solução a ser dada pelo iudex, a concessão de providências processuais urgentes (interditos) para acudir situ-ações de nomeada urgência. Segundo Humberto, com essas providências, “pode-se visualizar a semente das liminares, tão freqüentes no processo civil moderno” (bidem, p.5).

Com a ascendência dos povos germânicos em decorrência da queda do Império Romano (525 d.C), houve enorme retrocesso no campo das práti-cas judiciárias. A execução cível voltou a ser privada, realizada pelas próprias forças do credor e com a inversão da ordem procedimental, pois, primeiro se executava para só então se discutir a eventual existência do direito da parte credora (bidem, p. 5). Mas tarde, sob a influência dos pesquisadores de Bolonha (1088) e de Coimbra (1290), eliminou-se a execução privada, bem como a actio judicati, introduzindo-se o denominado ‘processo sincrético’.

Esse sistema foi adotado por Portugal na vigência das Ordenações Afonsinas (1446), Manuelinas (1521) e

Filipinas (1603). Ademais, nessa qua-dra, ocorreu o surgimento dos títulos executivos extrajudiciais, bem como a criação da ação de assinação de dez dias utilizada para a cobrança de obri-gações instituídas em títulos executivos extrajudiciais, que correspondia à antiga actio judicati dos romanos.

No Brasil vigeu o modelo de execução cível do direito português na configuração prevista nas Ordena-ções, no Regimento 737 de 1850, nos códigos estaduais e no CPC de 1939. Neste último, a ação de assinação de dez dias se transformou na ação exe-cutiva, destinada a cobrança de títulos executivos extrajudiciais.

O CPC de 1973 promoveu enorme avanço ao extinguir a ação executiva, enquanto a ação de execução passou também a agasalhar a cobrança dos títulos executivos extrajudiciais.

Por fim, a Constituição Federal de 1988 alargou o rol de princípios afeta-dos ao processo civil, em especial os da efetividade na prestação jurisdicional e o da segurança jurídica. Em virtude de esse novo olhar constitucional sobre o processo civil, a partir de 1994 o sistema processual civil brasileiro restou revigorado por diversas mutações legis-lativas denominadas de ‘ondas renova-tórias’, que culminaram com a criação do processo civil sincrético e promoveu uma ‘lipoaspiração’ no procedimento da ação de execução, agora restrita aos títulos executivos extrajudiciais.

Justiça

escorço histórico sobre a execução cível

VETUVAL VASCONCELOS*

*Vetuval Martins Vasconcelos, Promotor de Justiça/DF e Professor do curso de direito do UNICEUB/DF

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76 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

Diz Aí, Mané

A harpa é uma asa que toca O problema fundamental do

terceiro mundo é a superabun-dância de necessidades

A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem

que realizar em um metro da unidade de tempo, no

sentido contrário

Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso

O nervo ótico transmite idéias luminosas ao cérebro

A respiração anaeróbica é a respiração sem ar que não deve

passar de três minutos

O calor é a quantidade de calorias armazenadas numa

unidade de tempo

Antes de ser criada a Justiça, todo mundo era injusto

Caracter sexual secundário são as modificações morfológicas sofridas por um indivíduo após

manter relações sexuais

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PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011 77

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78 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

Cresça e Apareça ADRIANA MARQUES*

*Adriana Marques é Business Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching master Coach pelo Behavioral Coaching Institute e presidente do CoachingClub.

Começou acelerado porque, ao invés dos usuais 12 meses (ou 11 quando o carnaval acontece nos primeiros

dias de fevereiro), teremos menos de 10 meses para fazer as coisas acontecerem!

E o que fazer para não desanimar diante de tamanha “pressão”? Será que ainda dá tempo para transformar 2011 em um ano de enormes realizações?

Vai a dica. Algumas pessoas pensam na linha do tempo como algo muito extenso. Isso dá a falsa sensação de que sempre pode-se deixar para depois o que poderia ser feito agora.

Por exemplo, se eu analisar minha listinha de afazeres do começo do ano e pensar que só terei que revê-la no início de 2012, posso, facilmente, dei-xar para tomar algumas providências no próximo mês ou, quem sabe, no próximo semestre.

Quantas vezes pensamos: -“Eu bem que poderia estar providenciando isso ou aquilo, mas ainda falta tanto tempo para vencer o prazo de entrega!”

Agora, se meu prazo limite é mais curto e, por isso, tenho obrigatoriamen-te que me mexer, meu nível de urgência será maior.

Grandes líderes, empresários de sucesso e pessoas que são exemplos de

Mexa-se!carnaval passou e, para quem ainda não tinha entrado no clima, 2011 finalmente começou

pró-atividade não desperdiçam uma hora sequer. Seus compromissos são marcados, muitas vezes, de 15 em 15 minutos. É por isso que fazem caber muito mais em sua agenda.

A dica é encurtar a linha do tempo ao máximo. Se você é do tipo que gosta de dividir seus projetos em meses, passe a dividi-los em semanas. Ao invés de 12, você ganhará 56 chances de realização e propósito para os seus projetos.

Quando as semanas passarem a ser um tempo longo (você provavelmente vai perceber que está em um nível bem mais alto de entrega de resultados), passe a analisar a sua linha do tempo em dias.

Seus compromissos são TODOS relevantes. Estabele-ça uma grade de prioridades, delegue o que precisa ser delegado. Lembre-se do que só você pode fazer.

Faça este exercício até chegar a fração de minutos. Quem deseja obter mais resultados em sua vida deve

sempre lembrar que qualquer tempo desperdiçado é es-paço que poderia estar servindo para te levar mais longe.

Lembre-se de separar um espaço precioso para o seu merecido descanso, lazer e ócio. Preste atenção apenas para não se “perder” neste tempo. A hora de prazer e diversão deve ter começo e fim pré-determinados. Assim, fica mais fácil relaxar sem culpa e depois acelerar na direção do que te fará uma pessoa ainda mais feliz!

Depois do reinado de Momo, o ano começa.

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80 PLANO BRASÍLIA 15 DE MARÇO DE 2011

Foi-se o tempo em que me cau-sava espanto imaginar que fiat lux era uma marca italiana de

carros de luxo ou o nome dos fósforos usados na casa de minha avó e, saído da escuridão da ignorância juvenil, me deparei com uma bela passagem bíblica, do Gênesis: do caos, da escuri-dão o comando divino foi imperativo: fiat lux, faça-se a luz, por um mundo ordenado e sem sombras.

No vasto horizonte de nossas necessidades por uma vida melhor surge um imperativo: faça-se um transporte digno de nossas vidas, da Capital dos brasileiros.

Nos 1950, Brasília foi pensada como indutora do desenvolvimento nacional, tendo no carro o meio de transporte capaz de estabelecer na indústria automobilística a ponta de lança do novo parque tecnológico brasileiro, perspectiva que não mais nos serve em 2011.

É hora do realismo, de romper com a lógica do transporte individual poluente, que nos imobiliza em filas intermináveis de máquinas, para construir alternativas viáveis e dignas de transporte coletivo e individual de baixa emissão de poluentes.

Nas cidades largamente planas do DF os meios de autopropulsão, como a bicicleta, os patins e seus derivados, devem conquistar o espaço público para a parte da população que deles possam usar, mediante investimento

massivo e imediato em vias específicas e em linhas de crédito para a compra do conjunto de bens necessários.

As ciclovias recentemente prome-tidas não vingaram, como se observa na nova EPTG: as faixas são dedicadas aos veículos individuais poluentes, fi-cando o transporte coletivo limitado a uma faixa, sem espaço reservado para bicicletas e outros meios de transpor-tes assemelhados.

O gasto público incentivou o irracional transporte individual, altamente poluente, na média de um carro, com centenas de HP de força, conduzindo uma única pessoa.

É necessária uma guinada na rela-ção do tesouro público com os meios de transporte, concentrado o esforço administrativo e financeiro do GDF num amplo plano de construção de redes integradas de diversas modali-dades de meios de transporte coletivo.

O novo GDF deve evitar os maus exemplos, como o nosso metrô, que levou duas décadas para circular, mas ainda sem oferecer solução para áreas essenciais, como o Gama, a Asa Norte, Sobradinho e Planaltina.

O metrô deve ser encarado num conjunto integrado de meios de transporte coletivo que conjuga os ônibus em faixas exclusivas, ônibus de menor porte, em áreas de acesso restrito, e outros veículos leves, evitando-se a experiência confusa e sem transparência do VLT na W3 sul.

Caso exemplar é o Eixo Monu-mental, que merece um transporte coletivo de qualidade, comportando alguma modalidade de veículo leve parao deslocamento entre o Memo-rial JK e a Praça dos Três Poderes, retirando um enorme fluxo de car-ros desta artéria vital, intensificando o acesso do turismo cívico e de negócios, com destaque para a Copa do Mundo, com o Estádio Nacional no trajeto.

Se pensarmos nas conexões possíveis na rodoviária, com ônibus e metrô, percebe-se a relevância ine-gável da obra.

Estou certo que a sensibilidade urbanística e cidadã de Lúcio Costa e o olhar visionário de JK estariam voltados para modernização do projeto de modernidade de Brasília, cujo tombamento como patrimônio da humanidade só pode ser protegi-do enquanto for uma cidade viável à vida humana na qual se faça a luz da democracia, do interesso coletivo, afastando-nos das sombras das oligar-quias de todos os gêneros.

RODRIGO FALCÃO*Ponto de Vista

Do caos ao transporte digno

*RODRIGO FALCÃO Mestre em História/UnB e Analista Judiciário do TJDFT, foi Consultor Jurídico do GDF; Professor de História da UnB; Chefe da Consultoria Legislativa da CLDF; Chefe de Gabinete da Deputada Arlete Sampaio; Chefe de Gabinete do Reitor da UnB.

FIat lUX, Brasília

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