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 Plano de Contas (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis.  A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já que os usuários de informações podem necessitar detalhamentos específicos, que um modelo de Plano de Contas geral pode não compreender.  OBJETIVOS DO PLANO DE CONTAS  Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da organização e, na sua montagem, devem ser levados em conta três objetivos fundamentais:  a) atender às necessidades de informação da administração da empresa;   b) observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma legal de elaboração do balanço patrimonial e das demais demonstrações contábeis (Lei 6.404/76, a chamada "Lei das S/A”);  c) adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos, principalmente às da legislação do Imposto de Renda.  ELENCO DE CONTAS E CORRESPONDENTE CONJUNTO DE NORMAS  O Plano de Contas, genericamente tido como um simples elenco de contas, constituí na verdade um conjunto de normas do qual deve fazer parte, ainda, a descrição do funcionamento de cada conta - o chamado "Manual de Contas", que contém comentários e indicações gerais sobre a aplicação e o uso de cada uma das contas (para que serve, o que deve conter e outras informações sobre critérios gerais de contabilização).  CONTAS DO BALANÇO PATRIMONIAL  A empresa deve manter escrituração contábil com base na legislação comercial e com observância das Normas Brasileiras de Contabilidade.  O balanço patrimonial é uma das demonstrações contábeis que visa a evidenciar, de forma sintética, a situação patrimonial da empresa e dos atos e fatos consignados na escrituração contábil.  Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei 6.404/76 (chamada “Lei das S/A”) e segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade.  Tal estrutura de contas, dentro do conceito legal da própria Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e artigo 187), em síntese, se compõe de:  ATIVO

PLANO DE CONTAS

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Plano de Contas (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas, previamente estabelecido, quenorteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis. 

A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já que os usuáriosde informações podem necessitar detalhamentos específicos, que um modelo de Plano deContas geral pode não compreender. OBJETIVOS DO PLANO DE CONTAS Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações daorganização e, na sua montagem, devem ser levados em conta três objetivos fundamentais: a) atender às necessidades de informação da administração da empresa; 

 b) observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma legal deelaboração do balanço patrimonial e das demais demonstrações contábeis (Lei 6.404/76, achamada "Lei das S/A”); c) adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos, principalmente às dalegislação do Imposto de Renda. ELENCO DE CONTAS E CORRESPONDENTE CONJUNTO DE NORMAS O Plano de Contas, genericamente tido como um simples elenco de contas, constituí naverdade um conjunto de normas do qual deve fazer parte, ainda, a descrição do

funcionamento de cada conta - o chamado "Manual de Contas", que contém comentários eindicações gerais sobre a aplicação e o uso de cada uma das contas (para que serve, o quedeve conter e outras informações sobre critérios gerais de contabilização). CONTAS DO BALANÇO PATRIMONIAL A empresa deve manter escrituração contábil com base na legislação comercial e comobservância das Normas Brasileiras de Contabilidade. O balanço patrimonial é uma das demonstrações contábeis que visa a evidenciar, de formasintética, a situação patrimonial da empresa e dos atos e fatos consignados na escrituraçãocontábil. Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei 6.404/76(chamada “Lei das S/A”) e segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Tal estrutura de contas, dentro do conceito legal da própria Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 eartigo 187), em síntese, se compõe de: ATIVO

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CIRCULANTE NÃO CIRCULANTEREALIZÁVEL A LONGO PRAZOINVESTIMENTOSIMOBILIZADO

INTANGÍVELPASSIVO

CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Como exemplo, temos a conta "Caixa", que registrará o dinheiro em espécie (papel-moeda)disponível na tesouraria da empresa. Trata-se de uma conta do Ativo Circulante, subgrupo

Disponibilidades. Sugiro que o Plano de Contas contenha, no mínimo, 4 (quatro) níveis:

 Nível 1: Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas, Custos e Despesas.

 Nível 2: Ativo: Circulante, Não Circulante / Passivo e Patrimônio Líquido: Circulante, Não Circulante

e Patrimônio Líquido. / Receitas: Receita Bruta, Deduções da Receita Bruta, Outras ReceitasOperacionais / Custos e Despesas Operacionais.

 Nível 3: Contas que evidenciem os grupos a que se referem, como por exemplo:

 Nível 1 - Ativo Nível 2 - Ativo Circulante Nível 3 - Bancos Conta Movimento

 Nível 4: Sub-contas que evidenciem o tipo de registro contabilizado, como por exemplo:

 Nível 1 - Ativo Nível 2 - Ativo Circulante Nível 3 - Bancos Conta Movimento Nível 4 - Banco A Abaixo, segue um exemplo bem simples de uma estrutura de plano de contas em 4 níveis: 1 ATIVO

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1.1 ATIVO CIRCULANTE1.1.1 Caixa1.1.1.01 Caixa Geral1.1.2 Bancos C/Movimento1.1.2.01 Banco Alfa

1.1.3 Contas a Receber 1.1.3.01 Clientes1.1.3.02 Outras Contas a Receber 1.1.3.09(-) Duplicatas Descontadas1.1.4 Estoques1.1.4.01 Mercadorias1.1.4.02 Produtos Acabados1.1.4.03 Insumos1.1.4.04 Outros

1.2 NÃO CIRCULANTE

1.2.1 Contas a Receber 1.2.1.01 Clientes1.2.1.02 Outras Contas1.2.2 INVESTIMENTOS1.2.2.01 Participações Societárias1.2.3 IMOBILIZADO1.2.3.01 Terrenos1.2.3.02 Construções e Benfeitorias1.2.3.03 Máquinas e Ferramentas1.2.3.04 Veículos1.2.3.05 Móveis

1.2.3.98 (-) Depreciação Acumulada1.2.3.99 (-) Amortização Acumulada1.2.4 INTANGÍVEL1.2.4.01 Marcas1.2.4.02 Softwares1.2.4.99 (-) Amortização Acumulada

2 PASSIVO

2.1 CIRCULANTE2.1.1 Impostos e Contribuições a Recolher 2.1.1.01 Simples a Recolher 2.1.1.02 INSS2.1.1.03 FGTS2.1.2 Contas a Pagar 2.1.2.01 Fornecedores2.1.2.02 Outras Contas2.1.3 Empréstimos Bancários2.1.3.01 Banco A - Operação X

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2.2 NÃO CIRCULANTE2.2.1 Empréstimos Bancários2.2.1.01 Banco A - Operação X

2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2.3.1 Capital Social2.3.2.01 Capital Social Subscrito2.3.2.02 Capital Social a Realizar 2.3.2. Reservas2.3.2.01 Reservas de Capital2.3.2.02 Reservas de Lucros2.3.3 Prejuízos Acumulados2.3.3.01 Prejuízos Acumulados de Exercícios Anteriores2.3.3.02 Prejuízos do Exercício Atual

3 CUSTOS E DESPESAS

3.1 Custos dos Produtos Vendidos3.1.1 Custos dos Materiais3.1.1.01 Custos dos Materiais Aplicados3.1.2 Custos da Mão-de-Obra3.1.2.01 Salários3.1.2.02 Encargos Sociais

3.2 Custo das Mercadorias Vendidas3.2.1 Custo das Mercadorias3.2.1.01 Custo das Mercadorias Vendidas

3.3 Custo dos Serviços Prestados3.3.1 Custo dos Serviços3.3.1.01 Materiais Aplicados3.3.1.02 Mão-de-Obra3.3.1.03 Encargos Sociais

3.4 Despesas Operacionais3.4.1 Despesas Gerais3. 4.1.01 Mão-de-Obra3.4.1.02 Encargos Sociais3.4.1.03 Aluguéis

3.5 Perdas de Capital3.5.1 Baixa de Bens do Ativo Não Circulante3.5.1.01 Custos de Alienação de Investimentos3.5.1.02 Custos de Alienação do Imobilizado

4 RECEITAS

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4.1 Receita Líquida4.1.1 Receita Bruta de Vendas4.1.1.01 De Mercadorias4.1.1.02 De Produtos4.1.1.03 De Serviços Prestados

4.1.2 Deduções da Receita Bruta4.1.2.01 Devoluções4.1.2.02 Serviços Cancelados

4.2 Outras Receitas Operacionais4.2.1 Vendas de Ativos Não Circulantes4.2.1.01 Receitas de Alienação de Investimentos4.2.1.02 Receitas de Alienação do Imobilizado