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POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO Curso de Turismo 2º Ano Planeamento e Gestão dos Recursos Turísticos Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende Discentes: Alberto Magalhães, nº 6280 Anabela Teixeira, nº 6227 Carla Ribeiro, nº 5967 Carlos Domingues, nº 6161 Lara Loureiro, nº 6225 Ano lectivo: 2008-2009 Docente: Drª. Goretti Silva Viana do Castelo, 19 de Junho de 2009

Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende · do indicador de Intensidade turística, para analisar a sustentabilidade do turismo neste mesmo concelho. Por fim traçámos

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POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Curso de Turismo

2º Ano

Planeamento e Gestão dos Recursos Turísticos

Plano de desenvolvimento turístico do

concelho de Esposende

Discentes:

Alberto Magalhães, nº 6280

Anabela Teixeira, nº 6227

Carla Ribeiro, nº 5967

Carlos Domingues, nº 6161

Lara Loureiro, nº 6225

Ano lectivo: 2008-2009

Docente:

Drª. Goretti Silva

Viana do Castelo, 19 de Junho de 2009

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

Resumo

Este trabalho tem como objectivo traçar medidas objectivas para promover o

desenvolvimento turístico do concelho de Esposende.

A realização deste trabalho assenta nos seguintes passos: análise dos

recursos turísticos, análise dos Instrumentos de Gestão Territorial vigentes em

Esposende, cálculo e análise da Capacidade de Carga do concelho, elaboração de

cartografia com localização dos recursos turísticos e identificação de zonas com

vocação turística, zonas a preservar e zonas com aproveitamento turístico actual.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

Conteúdo 1 - Introdução .............................................................................................................. 1

2 - Metodologia ............................................................................................................ 2

3 - Análise matricial ..................................................................................................... 3

3.1 - Património ....................................................................................................... 3

3.1.1 - Património Cultural Monumental ............................................................... 4

3.1.1.1 - Acessibilidade ..................................................................................... 4

3.1.1.2 - Interpretação ...................................................................................... 5

3.1.1.3 - Estado de conservação ...................................................................... 5

3.1.1.4 - Disponibilidade ................................................................................... 6

3.1.1.5 - Sinalização ......................................................................................... 7

3.1.1.6 - Informação.......................................................................................... 7

3.1.1.7 - Classificação ...................................................................................... 8

3.1.2 - Património Natural .................................................................................... 9

3.1.2.1 - Acessibilidade ................................................................................... 10

3.1.2.2 - Interpretação .................................................................................... 10

3.1.2.3 - Limpeza ............................................................................................ 11

3.1.2.4 - Disponibilidade ................................................................................. 11

3.1.2.5 - Sinalização ....................................................................................... 12

3.1.2.6 - Classificação .................................................................................... 13

.3.2 - Oferta ............................................................................................................ 13

3.2.1 - Alojamento .............................................................................................. 13

3.2.1.1 – Estabelecimentos hoteleiros................................................................ 14

3.2.1.1.1 - Categoria ....................................................................................... 14

3.2.1.1.2 - Número de quartos ........................................................................ 15

3.2.1.2 – TER ..................................................................................................... 15

3.2.1.3 – Parques de Campismo ........................................................................ 16

3.2.1.3.1 – Classificação ................................................................................. 16

3.2.1.3.2 – Número de lugares ....................................................................... 16

3.2.1.4 – Pousada da Juventude ........................................................................ 17

3.2.1.4.1 – Número de Camas ........................................................................ 17

3.2.2 - Restauração ............................................................................................ 17

3.2.2.1 - Referências ...................................................................................... 18

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

3.2.2.2 - Localização....................................................................................... 18

3.2.2.3 - Tipicidade ......................................................................................... 19

3.2.3 - Actividades .............................................................................................. 19

3.2.3.1 - Divulgação ........................................................................................ 20

3.2.3.2 - Sinalização ....................................................................................... 21

3.2.3.3 - Disponibilidade para realização ........................................................ 21

3.3 - Eventos .......................................................................................................... 22

3.3.1 - Religiosos ............................................................................................... 22

3.3.1.1 - Notoriedade ...................................................................................... 22

3.3.1.2 - Duração ............................................................................................ 23

3.3.1.3 - Informação........................................................................................ 23

3.3.1.4 - Acessibilidades ................................................................................. 24

3.3.2 - Gastronómicos ........................................................................................ 24

3.3.2.1 - Periodicidade .................................................................................... 25

3.3.2.2 - Notoriedade ...................................................................................... 25

3.3.2.3 - Duração ............................................................................................ 26

3.3.2.4 - Divulgação ........................................................................................ 26

3.3.3 - Musicais .................................................................................................. 27

3.3.3.1 - Periodicidade .................................................................................... 27

3.3.3.2 - Duração ............................................................................................ 28

3.3.3.3 - Condições físicas ............................................................................. 28

3.3.3.4 - Divulgação ........................................................................................ 29

3.3.3.5 - Notoriedade ...................................................................................... 29

3.3.4 - Desportivos ............................................................................................. 30

3.3.4.1 - Periodicidade .................................................................................... 31

3.3.4.2 - Notoriedade ...................................................................................... 31

3.3.4.3 - Duração ............................................................................................ 32

3.3.4.4 - Divulgação ........................................................................................ 32

3.4 - Equipamentos ................................................................................................ 33

3.4.1 – Desportivos e de lazer ............................................................................ 33

3.4.1.1 - Diversidade....................................................................................... 34

3.4.1.2 - Sinalização ....................................................................................... 34

3.4.1.3 - Estado de conservação .................................................................... 35

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

3.4.1.4 - Disponibilidade de utilização ............................................................ 35

3.4.2 - Culturais .................................................................................................. 36

3.4.2.1 - Possibilidade de Visita ...................................................................... 36

3.4.2.2 - Localização....................................................................................... 37

3.4.2.3 - Sinalização ....................................................................................... 37

3.4.3 - Recreativos ............................................................................................. 38

3.4.3.1 - Disponibilidade ................................................................................. 39

3.4.3.2 - Possibilidade de uso ......................................................................... 39

3.4.3.3 - Estado de conservação .................................................................... 39

3.5 - Índice de Potencial Turístico (IPT) ................................................................. 40

3.5.1 - Análise .................................................................................................... 41

3.5.1.1 - Património Cultural Monumental ...................................................... 42

3.5.1.2 - Património Natural ............................................................................ 42

3.5.1.3 - Alojamento........................................................................................ 43

3.5.1.4 - Restauração ..................................................................................... 44

3.5.1.5 - Actividade ......................................................................................... 44

3.5.1.6 - Eventos religiosos ............................................................................ 45

3.5.1.7 - Eventos gastronómicos .................................................................... 45

3.5.1.8 - Eventos musicais .............................................................................. 46

3.5.1.9 - Eventos Desportivos ......................................................................... 46

3.5.1.10 - Equipamentos Desportivos e de Lazer ........................................... 47

3.5.1.11 - Equipamentos Culturais ................................................................. 47

3.5.1.12 - Equipamentos Recreativos ............................................................. 48

4 - Instrumentos de Gestão Territorial ....................................................................... 48

4.1 – PDM (Plano Director Municipal) .................................................................... 50

4.2 - POOC (Plano de Ordenamento da Orla Costeira) ......................................... 53

4.3 - POAP (Plano de Ordenamento de Áreas Protegidas) ................................... 57

4.4 - PBHC (Plano da Bacia Hidrográfica do Cávado) ........................................... 63

4.5 - PBHL (Plano da Bacia Hidrográfica do Lima) ................................................ 65

4.6 - PROFBM (Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Minho) ........ 70

4.7 - MP (Medidas Preventivas) ............................................................................. 71

5 – Capacidade de Carga ......................................................................................... 72

6 - Cartografia ........................................................................................................... 74

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

7 - Sugestões ............................................................................................................ 77

8 - Conclusão ............................................................................................................ 81

9 - Bibliografia ........................................................................................................... 82

10 - Apêndices .......................................................................................................... 83

10.1 - Elementos da análise matricial dos recursos turísticos de Esposende 83

10.2 - Critérios de avaliação dos Elementos da análise matricial ................... 83

10.3 - Tabela de avaliação do Património Cultural Monumental .................... 84

10.4 - Tabela de avaliação do Património Natural .......................................... 84

10.5 - Tabela de avaliação do Alojamento ...................................................... 85

10.6 - Tabela de avaliação da Restauração ................................................... 86

10.7 - Tabela de avaliação das actividades .................................................... 86

10.8 - Tabela de avaliação dos eventos religiosos ......................................... 87

10.9 - Tabela de avaliação dos eventos gastronómicos ................................. 87

10.10 - Tabela de avaliação dos eventos musicais ........................................ 87

10.11 - Tabela de avaliação dos eventos desportivos .................................... 87

10.12 - Tabela de avaliação dos equipamentos desportivos e de lazer ......... 88

10.13 - Tabela de avaliação dos equipamentos culturais ............................... 88

10.14 - Tabela de avaliação dos equipamentos recreativos ........................... 88

10.15 - IRT – Cálculo Final ............................................................................. 89

10.16 - Índice de intensidade turística e de sazonalidade .............................. 90

10.17 - Índice de intensidade turística e de sazonalidade .............................. 90

11 – Anexos .............................................................................................................. 91

11.1 - Registo das dormidas/hóspedes por mês no Concelho de Esposende em 2008 .......................................................................................................... 91

11.2 - Dados para o cálculo da intensidade turística ...................................... 91

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 1 ~

1 - Introdução

Este trabalho surge no seguimento da avaliação da disciplina de Planeamento

e Gestão dos Recursos Turísticos. Para a realização deste trabalho foi-nos pedido

pela docente que com os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas traçássemos

um plano de desenvolvimento do turismo de um concelho à nossa escolha.

Escolhemos o concelho de Esposende.

Para isso procedemos à recolha de informação relativa aos recursos turísticos

deste concelho e avaliámos esses recursos com critérios traçados por nós como

sendo os mais relevantes em cada categoria (património, alojamento, restauração,

actividades, eventos, equipamentos).

De seguida procedemos à análise dos Instrumentos de Gestão Territorial para

encontrar quais as medidas em vigor que poderiam beneficiar ou prejudicar o

turismo deste concelho.

Procedemos ainda ao cálculo da capacidade de carga deste concelho através

do indicador de Intensidade turística, para analisar a sustentabilidade do turismo

neste mesmo concelho.

Por fim traçámos mapas com a localização de todos os recursos turísticos

avaliados para descobrir, com a ajuda da carta de condicionantes, zonas específicas

com interesse particular para o turismo.

Para proceder à realização deste plano de desenvolvimento é necessário

fazer uma análise do aproveitamento actual para que se possam sugerir no final

medidas especificas que visem aumentar se forma sustentada o número de turistas

do concelho de Esposende e por conseguinte, melhorar o turismo do concelho.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 2 ~

2 - Metodologia

Este trabalho baseou-se sobretudo em fontes primárias, uma vez que a

maioria da informação foi produzida por nós, através de análises, conclusões,

propostas e sugestões.

Contudo, foi necessário recorrer a fontes secundárias para a realização deste

trabalho, pois foram necessários dados fornecidos pelo Turismo de Portugal, IP,

pelos Serviços de Turismo da Câmara Municipal de Esposende e ainda dados

recolhidos no sítio na internet do Instituto Nacional de Estatística.

Consultámos ainda diversas obras literárias que abordam este tema e

também outros trabalhos semelhantes, para que pudéssemos ter uma visão de todo

e para que pudéssemos concluir quais os meios a utilizar para chegar aos fins.

Acima de tudo foi necessário combinar todas estas fontes para que

pudéssemos realizar um trabalho completo, íntegro e rigoroso, que abordasse todos

os passos do planeamento e que levasse a conclusões válidas e sérias.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 3 ~

3 - Análise matricial

Para iniciar o plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende é

necessário começar em primeiro efectuar alguns estudos e levantamentos de

informação que nos permitam avaliar o peso que cada recurso turístico tem para

este concelho.

Com esse intuito desenvolvemos alguns critérios quantificáveis para cada

recurso turístico para assim avaliarmos a situação actual dos recursos de

Esposende no que toca à sua aptidão enquanto recurso turístico mas também

avaliar a atracção que cada recurso tem nos turistas.

No final, com os critérios definidos, iremos classificar os recursos turísticos do

concelho de Esposende com esses critérios, e através de uma matriz iremos calcular

o valor do Índice de Potencial turístico do concelho de Esposende.

Com essa mesma matriz, é possível efectuar uma análise matricial, e obter

conclusões sobre os recursos mais importantes para o turismo do concelho e

também os que mais necessitam de melhorias.

3.1 - Património

Os tipos de património visíveis em Esposende com influência no turismo do

concelho são o património cultural monumental e o património Natural.

O património Natural representa para Esposende o património que mais

turistas atrai, e por esse motivo deverá ter um valor superior ao valor do património

cultural monumental. Assim, o valor do património natural terá o valor de 65% do

património e o património cultural monumental terá o valor de 35% do total do

património.

De seguida iremos apresentar as tabelas e os critérios utilizados para avaliar

o património do concelho de Esposende.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 4 ~

3.1.1 - Património Cultural Monumental

Para avaliarmos a importância que o património cultural tem para o concelho

de Esposende temos de definir alguns critérios. Estes critérios têm de ter em conta

os factores decisivos para a classificação adequada deste património. Para o

património cultural definimos como critérios a considerar os seguintes:

1. Acessibilidade;

2. Interpretação;

3. Estado de conservação;

4. Disponibilidade;

5. Sinalização;

6. Informação;

7. Classificação.

Quanto ao valor de cada critério, a distribuição dos 100% totais foi feita de

forma equitativa, sendo atribuídos 15% aos critérios acessibilidade, interpretação,

conservação, disponibilidade, sinalização e informação. Ao critério classificação

atribuímos 10%, não muito menos que os outros critérios, mas considerámos que os

monumentos são conhecidos pelas suas peculiaridades e características próprias e

que o facto de serem ou não classificados não influenciará a escolha de visita.

3.1.1.1 - Acessibilidade

Como acessibilidade, consideramos ser as infra-estruturas que proporcionam

o deslocamento dos turistas ou visitantes até ao local. A escala vai de 1 (mais baixo)

a 5 (mais alto). Sem acesso (1) considera-se quando não tem forma cómoda de

chegar ao local, somente a pé e por caminhos acidentados e difíceis de transpor.

Acesso em terra batida a pé (2) será quando existe um acesso em terra batida ao

local que permite a deslocação a pé, não permitindo ainda assim o uso de viaturas.

Acesso em terra batida com viatura (3) será quando existe um caminho em terra

batida que permita a deslocação até ao local mas não tenha boas condições, com

terreno acidentado, formando-se poças de água e lama. Bons acessos em terra

batida (4), será quando existe um caminho em terra batida mas com óptimas

condições, sem acidentes no terreno e no qual não se formam poças de água e

lama. Bons acessos em asfalto (5), será quando existe uma estrada em asfalto até

ao local que permite em segurança e com comodidade a deslocação até ao local.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 5 ~

Condição Peso

do

critério

Sem

acesso

Acesso

em terra

batida a

Acesso em

terra batida

com viatura

Bons

acessos em

terra batida

ou paralelo

Bons

acessos em

asfalto

Valor 15% 1 2 3 4 5

3.1.1.2 - Interpretação

Para o conceito interpretação estabelecemos a mesma escala de 1 (mais

baixo) a 5 (mais alto). Sem interpretação (1) consideramos quando um qualquer

elemento de património não tenha qualquer placa com informações sobre a

construção ou sobre a sua interpretação, nem placas nos locais mais importantes

para os assinalar. Com placas informativas (2) será quando no local do património

estiver colocada uma placa informativa sobre a construção e função do local. Com

placas interpretativas (3) representará as situações em que exista no local uma

placa que para além da informação sobre a construção explique de forma sucinta as

utilidades e constituintes do património monumental. Com painel interpretativo (4)

será as situações em que no local esteja um painel interpretativo com todas as

informações relevantes sobre o imóvel, com explicações sucintas e plantas do

património. Com maqueta ou reconstituição (5) serão as situações em que no local

se encontrem maquetas ou reconstituições com vista a elucidar as formas e

dimensões do património, bem como demonstrar como seriam alguns elementos

que já se encontrem destruídos ou em elevado grau de degradação.

Condição Peso do

Critério

Sem

interpretação

Com placas

informativas

Com placas

interpretativ

as

Com painel

interpretativ

o

Maqueta ou

reconstituiçao

Valor 15% 1 2 3 4 5

3.1.1.3 - Estado de conservação

O critério estado de conservação pretende avaliar, conforme o próprio nome

indica, o estado de conservação do património e a sua aptidão para visita em termos

de segurança. Assim, definimos: não visitável (1), para quando o estado de

degradação não permite a visita em segurança e o imóvel tem de ser fechado ao

público; em ruínas (2), para quando o imóvel se encontra em considerável estado de

degradação, tornando as visitas desagradáveis e transparecendo uma errada

percepção do património; em recuperação (3), para quando o património se encontra

a sofrer obras de restauro, que visam melhorar as condições de visita e de

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 6 ~

segurança, ao mesmo tempo que se preserva o mesmo; bom estado de

conservação (4), para quando o imóvel ainda se encontra num estado próximo do

seu estado normal, as visitas são asseguradas em segurança e o património se

encontra relativamente preservado; foi alvo de requalificação (5), representará as

situações em que o património foi alvo de requalificação, sendo que as suas

condições de visita e preservação foram melhoradas, permitindo aumentar a vida do

património e providenciando condições excepcionais de visita e compreensão do

mesmo.

Condição Peso

do

critério

Não

visitável

Em

ruínas

Em

recuperação

Bom estado de

conservação

Foi alvo de

requalificação

Valor 15% 1 2 3 4 5

3.1.1.4 - Disponibilidade

O critério disponibilidade pretende avaliar a facilidade com que os turistas e

visitantes podem visitar o património monumental. Assim, foram definidos os

seguintes aspectos: fechado (1), significa que o património não é visitável por se

encontrar permanentemente e indefinidamente fechado; aberto sob solicitação (2),

representará as situações em que é necessário solicitar a abertura do património a

um encarregado ou a autorização para a visita; aberto parcialmente (3), representará

as situações em que o património se encontra aberto para visita durante algumas

horas por dia ou em alguns dias (por exemplo, durante a semana ou durante o fim-

de-semana), e o seu horário de visita deve estar exposto no exterior para informar

os interessados; aberto todos os dias (4), representará as situações em que o

património esteja aberto e disponível para visita todos os dias da semana, e o

horário de abertura e encerramento deve igualmente estar exposto no exterior para

que os interessados tenham forma de ter conhecimento; aberto com visitas guiadas

(5), representará as situações em que o património esteja aberto e disponível para

visita todos os dias da semana, com possibilidade de visitas guiadas.

Condição Peso

do

critério

Fechado Aberto sob

solicitação

Aberto

parcialmente

Aberto todos

os dias

Aberto com

visitas

guiadas

Valor 15% 1 2 3 4 5

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 7 ~

3.1.1.5 - Sinalização

O critério sinalização pretende avaliar a informação de direcção e localização

existente referente a determinado património imóvel. Assim definimos os seguintes

aspectos: inexistente (1), que corresponde às situações em que não há nenhuma

placa, mapa ou outro método informativo da localização; referência na placa de boas

vindas à entrada do concelho (2) corresponde às situações em que existe referência

a determinado património imóvel na placa de boas vindas do concelho, assim pelo

menos estará a ser divulgado e a indicar que esse património se encontra neste

concelho ou quando existe ao menos uma única placa indicadora de direcção; mapa

da cidade (3), corresponde às situações em que o património imóvel se encontra

assinalado no mapa da cidade, indicando assim a sua localização e divulgando-o um

pouco; placas desde o posto de turismo (4), corresponde às situações em que

determinado património imóvel se encontra assinalado com placas desde o posto de

turismo, tornando assim a sua localização muito mais acessível, mesmo para quem

não seguir as placas desde o posto de turismo; sinalização nos aparelhos de GPS

(5), corresponde às situações em que determinado património imóvel se encontra

referenciado nos sistemas de GPS, tornando assim mais fácil a deslocação até este,

ao mesmo tempo que o pode divulgar a quem procurar património neste concelho.

Condiç ão Peso

do

critério

Inexistente Referência

na placa de

boas vindas

à entrada do

concelho ou

uma placa

de indicação

de direcção

Mapa

da

cidade

Placas

desde

posto de

turismo

Sinalização

nos

aparelhos de

GPS

Valor 15% 1 2 3 4 5

3.1.1.6 - Informação

O critério avaliação dispõe-se avaliar a informação e divulgação que existe

sobre determinado património imóvel. A informação é importante no sentido que

esclarece dúvidas que as pessoas possam ter sobre a época, função, entre outros

aspectos, e por vezes até alertar as pessoas para fazerem uma visita a essa peça

do património imóvel. Assim, definimos: inexistente (1), para quando não exista

informação sobre determinado património imóvel nem no posto de turismo nem no

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 8 ~

próprio local; panfletos / brochuras no posto de turismo em Português (2),

corresponde às situações em que existam panfletos e brochuras em Português no

posto de turismo, constituindo fonte de divulgação e esclarecimento de dúvidas para

os possíveis visitantes dessa peça de património imóvel; panfletos / brochuras no

posto de turismo em Português e em várias línguas (3) representa as situações em

que existem panfletos ou brochuras no posto de turismo em várias línguas para além

do Português, dando assim a possibilidade a estrangeiros de visitar e poderem

entender o património imóvel; panfletos ou brochuras no posto de turismo e no local

em Português (4), corresponde às situações em que existam panfletos ou brochuras

em Português no posto de turismo bem como no local da peça do património imóvel,

constituindo no posto de turismo sobretudo fonte de divulgação e no local fonte de

esclarecimento de dúvidas, mas somente para turistas nacionais; panfletos ou

brochuras no posto de turismo e no local em Português e em várias línguas (5),

corresponde às situações em que existam panfletos ou brochuras em Português e

em outras línguas no posto de turismo bem como no local da peça do património

imóvel, constituindo no posto de turismo principalmente fonte de divulgação e no

local fonte de esclarecimento de dúvidas, para turistas nacionais e estrangeiros,

aumentando assim o público e a afluência ao património imóvel.

Condição Peso

do

critério

Inexistente Panfletos/

brochuras

no posto de

turismo em

Português

Panfletos/

brochuras

no posto de

turismo em

Português e

em várias

línguas

Panfletos/

brochuras

no posto de

turismo e

no local em

Português

Panfletos/

brochuras

no posto de

turismo e

no local em

Português e

em várias

línguas

Valor 15% 1 2 3 4 5

3.1.1.7 - Classificação

O critério classificação refere-se à classificação atribuída pelos órgãos

competentes para esse efeito, e que como é atribuída segundo as características

únicas ou especiais do património será representativa da importância de cada peça

do património imóvel, e assim indicativa dos locais com maior interesse. Assim

sendo, e seguindo as classificações existentes, atribuímos: não classificado (1), para

definir as peças de património imóvel que não tenham sido ainda classificadas ou

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~ 9 ~

que após o processo de classificação não tenham sido classificadas; em

classificação (2), serão as situações em que o processo de classificação está a ser

efectuado e ainda se desconhece a decisão final; Património Municipal (3),

corresponde às situações em que o imóvel foi classificado como tendo importância

concelhia, constituindo factor de orgulho e de excepcionalidade para o concelho.

Património Público (4), serão as situações em que o património foi classificado como

tendo importância pública e Património Nacional (5) serão as situações em que o

património tenha sido classificado como tendo importância nacional. As peças de

património com esta classificação normalmente são mais divulgadas e efectivamente

são extraordinárias, mas o próprio título de Património Nacional poderá despertar

interesse em visitar o imóvel assim classificado.

Condiçã

o

Peso

do

Critéri

o

Não

classificado

Em

classificação

Património

Municipal

Património

Público –

Imóvel

interesse

público

Património

Nacional

Valor 10% 1 2 3 4 5

3.1.2 - Património Natural

• Acessibilidade

• Interpretação

• Limpeza

• Disponibilidade

• Sinalização

• Classificação

Para os critérios do património natural decidimos atribuir valores relativamente

iguais, para que um não afectasse o resultado final. Ainda assim, acordamos que

alguns seriam mais importantes e deveriam ter um maior valor, enquanto que outros

que parecem ser um dado adquirido no património natural deveriam ter um valor

inferior. Assim, definimos 30% para a interpretação e para a classificação, 20% para

as acessibilidades e sinalização, 5% para a limpeza, que deve ser obrigatória e

presente em todos estes casos e 5% para a disponibilidade, uma vez que a maior

parte destes casos não têm sequer vedação.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 10 ~

3.1.2.1 - Acessibilidade

Nas acessibilidades, consideramos o facto de o património estar bem ou mal servido

por acessos. Assim, consideramos (1) como não estando servidos por qualquer

estrada ou caminho de acesso que possa permitir a visita por parte dos turistas ou

visitantes; em (2) estão considerados os acessos em terra batida, que embora não

permitam o acesso com o automóvel, permitem que se acedam caminhando; no

caso do (3), todo o património que possa ser visitado com automóvel, mesmo que o

acesso seja efectuado através de uma estrada ou caminho em terra batida; no caso

(4), todo o património que seja possível visitar com viatura utilizando uma estrada

em boas condições até à proximidade do local, em que o turista ou visitante apenas

tenha de percorrer uma pequena distancia a pé; no caso (5), estão todos os locais

visitáveis que são acedidos com viatura até junto do local, em que as estradas ou

caminhos tenham boas condições e os acidentes de terreno não sejam perceptíveis.

3.1.2.2 - Interpretação

Para avaliar a interpretação do património natural, vamos considerar a informação

que existe, ou não, no local. Assim, nos sítios em que não exista qualquer placa

informativa (1), em que o visitante não tem meios auxiliares de interpretar o sítio e,

não sendo entendido nessa área, terá muita dificuldade em o entender; no caso dos

locais em que existam placas informativas do sítio (3), o visitante poderá ter uma

percepção do sítio, mas por vezes terá dificuldade em o interpretar; havendo painéis

interpretativos (4), o visitante pode entender o sítio, mesmo não sendo entendido

nessa área, consultando os painéis; os locais em que exista um centro de

interpretação (5), os visitantes têm a oportunidade de entender o sítio, pois tudo

estará bem explicado e poderá mesmo ter o apoio de um técnico.

Condição Peso

do

critério

Sem

acesso

Acesso em

terra batida

a pé

Acesso em

terra batida

com viatura

Bons

acessos até

proximidade

Bons

acessos até

ao local

Valor 20% 1 2 3 4 5

Condição Peso

do

Critério

Sem

placas -

Com placas

informativas

Com painel

interpretativ

o

Com centro

de

interpretação

Valor 30% 1 2 3 4 5

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 11 ~

3.1.2.3 - Limpeza

A limpeza de um sítio natural é muito importante para quem o visita, sobretudo

quando é visitado por turistas, que cada vez mais dão importância ao ambiente.

Para tal é necessário criar condições nos locais para que não os sujem. Não

havendo recipientes para colocar o lixo (1) os visitantes poderão ter a tentação de

deixar o lixo no chão e como são locais fora dos centros urbanos, nem sempre por lá

passam equipas de limpeza; havendo recipientes de lixo nos locais (3), os visitantes

podem colocar o seu lixo, mas se a recolha do lixo não for feita regularmente, corre-

se o risco de em momentos de grande fluxo de visitantes, os recipientes não terem

capacidade para tudo e poderá levar a que esse lixo se espalhe pela área; quando

existe no local recipientes para a recolha de lixo em que há uma recolha regular (5),

o sítio tem todas as condições para estar limpo e ser um sítio agradável para a visita

de turistas ou visitantes.

3.1.2.4 - Disponibilidade

Para o turismo, a disponibilidade de visita de um sítio é um ponto muito sensível,

pois se o turista sabe da existência do sítio e depois não o pode visitar este será um

aspecto negativo que irá divulgar, para além de este ficar desapontado. Assim, sem

visitas (1), representa as situações em que o local se encontra fechado, quer seja

por degradação ou por falta de condições de visita; visita somente possível com

marcação prévia e com guia (2), este pode ser um obstáculo à visita por parte de

visitantes ou turistas, porque estes poderão ir ao local quando estão de passagem e

assim não o podem visitar; no caso de a visita só ser possível com o

acompanhamento de um guia e em que não seja necessária marcação prévia (3) o

visitante tem sempre a possibilidade de visitar o local, embora possa ser menos

interessante para conhecedores que gostam de visitar e interpretar os sítios

sozinhos ou para pessoas que somente desejam relaxar e estar no meio da

natureza; visitas livres mas que carecem de uma marcação prévia (4), apesar de ser

necessário efectuar marcação, será mais interessante ter a possibilidade de

descobrir e apreciar o património natural autonomamente, até porque entendemos

Condição Peso do

Critério

Sem

recipientes

para o lixo

-

Com

recipientes do

lixo

-

Com recipientes

do lixo e recolha

do lixo

Valor 5% 1 2 3 4 5

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 12 ~

que quem procura estas áreas procura uma fuga à confusão e barulho das cidades e

pretende estar sozinho ou na companhia de familiares e amigos; as visitas sendo

livres e sem que seja necessário fazer marcação (5) tem todo o interesse de quem

pretenda visitar o sítio, pois pode fazê-lo em qualquer altura.

3.1.2.5 - Sinalização

Para quem pretenda conhecer um sítio de património natural e não haja nenhuma

sinalização a indicar o sítio (1), os visitantes irão ter muitas dificuldades em o

encontrar e terão de ir perguntando a direcção a pessoas que por vezes

desconhecem da sua existência e os podem induzir em erro; por sua vez, se na

entrada do concelho houver uma indicação desse sítio (2) o visitante tem a

informação de que se encontra na área desse sítio e que terá mais facilidades em o

encontrar ou quando existe ao menos uma única placa indicadora de direcção

poderá despertar a curiosidade de alguns turistas quando se cruzarem com esta

placa; havendo um mapa da cidade em que o sítio a visitar esteja marcado (3), o

visitante vai conseguir encontrar o sítio guindo-se pelo mapa; como os visitantes

normalmente procuram os postos de turismo, havendo placas indicadoras desde aí

até ao sítio a visitar (4) o visitante conseguirá alcançar facilmente esse sítio; como

cada vez mais as pessoas aderem a novas tecnologias, os turistas usam o GPS

para se guiarem e facilmente encontrarem os sítios a visitar. Assim se esse sítio

estiver referenciado nos “pontos de interesse” da cartografia do GPS (5) os

visitantes podem autonomamente encontrar o sítio.

Condição Peso

do

critério

Inexistente Referência

na placa

de boas

vindas à

entrada do

concelho

ou placa

Mapa

da

cidade

Placas

desde

posto de

turismo

Sinalização

nos

aparelhos

de GPS

Condição Peso

do

critério

Sem

visitas

Visitas só

com guia e

marcação

prévia

Visitas só

com guia

sem

marcação

prévia

Visita livre

com

marcação

prévia

Visita livre

sem

necessidade

de marcação

Valor 5% 1 2 3 4 5

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 13 ~

indicadora

Valor 20% 1 2 3 4 5

3.1.2.6 - Classificação

A classificação de um sitio de património natural é um factor importante na procura

do mesmo, pois quanto maior for a sua classificação maior interesse despertará aos

turistas. Uma área não classificada (1) não terá um grande potencial turístico não

chamando assim a atenção dos mesmos; as áreas de paisagem protegida (2) são

áreas que despertam o interesse nos amantes de natureza; quem se interesse pela

vida e/ou flora selvagem tem todo o interesse em visitar, por importância de

classificação, reservas naturais (3); parques naturais (4); ou parques nacionais.

Condiçã

o

Peso

do

Critéri

o

Área não

classificada

Paisagem

protegida

Reserva

natural

Parque

natural

Parque nacional

Valor 30% 1 2 3 4 5

.3.2 - Oferta

A oferta turística do concelho de Esposende assenta em alojamento,

restauração e actividades. Considerando que as primeiras necessidades das

pessoas são abrigo e comida, decidimos atribuir 50% ao alojamento, que é a oferta

mais importante para a prática de turismo, 30% à restauração, também devido ao

facto de o concelho de Esposende se encontrar numa região rica em gastronomia e

20% para as actividades, pois após estarem satisfeitas as necessidades de

alojamento e comida é que surge a necessidade de ocupar o tempo.

3.2.1 - Alojamento

Para podermos efectuar a avaliação da oferta de alojamento do concelho de

Esposende é necessário agrupar os diferentes tipos de alojamento, para que os

critérios sejam adequados a cada tipo. Foi ainda necessário atribuir um valor a cada

grupo/tipo de alojamento.

Assim sendo, dividimos o alojamento de Esposende em:

• Estabelecimentos hoteleiros (50%), que engloba hotéis, pensões, residenciais e albergarias; atribuímos 50% pois este tipo de alojamento é o mais procurado pelos turistas do concelho de Esposende.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 14 ~

• TER (20%), que engloba os estabelecimentos classificados de casas de campo, turismo de habitação e agro-turismo; atribuímos 20% pois Esposende é um concelho maioritariamente rural e ainda porque é sempre benéfico haver variedade na oferta.

• Parques de Campismo (15%), pois é sempre um tipo de oferta que tem procura, e que associado ao património natural deste concelho se justifica perfeitamente.

• Pousadas da Juventude (15%), pois é importante ter um tipo de oferta que esteja mais acessível a quem normalmente não tem tanto poder económico.

3.2.1.1 – Estabelecimentos hoteleiros

Para avaliarmos a relevância que os estabelecimentos hoteleiros têm para o

concelho de Esposende definimos alguns critérios. Critérios estes que têm de ter em

conta os factores decisivos para a classificação adequada deste tipo de alojamento.

Definimos então os seguintes critérios:

• Categoria

• Número de quartos

O critério de categoria, que será o factor mais importante para os turistas

escolherem onde ficar alojados merece ter um valor substancialmente superior,

relativamente ao número de quartos que apenas determina a dimensão do hotel. A

categoria de cada hotel é atribuída segundo os equipamentos e a qualidade dos

serviços de cada hotel, assim um hotel com uma maior categoria terá uma maior

diversidade e qualidade, e esta é mais uma razão para atribuirmos 70% ao critério

categoria e apenas 30% ao critério número de quartos.

3.2.1.1.1 - Categoria

No critério categorias, vamos avaliar a categoria dos diversos tipos de alojamento e

atribuir-lhes um valor. Assim sendo: 1 estrela (1), quando o empreendimento estiver

classificado de uma estrela; 2 estrelas (2), quando o empreendimento estiver

classificado de duas estrelas; 3 estrelas (3), quando o empreendimento estiver

classificado de três estrelas; 4 estrelas (4), quando o empreendimento estiver

classificado como de quatro estrelas; 5 estrelas (5), quando o empreendimento

estiver classificado de cinco estrelas.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 15 ~

Condição Peso

do

critério

1 Estrela 2 Estrelas 3 Estrelas 4 Estrelas 5 Estrelas

Valor 70% 1 2 3 4 5

3.2.1.1.2 - Número de quartos

O critério número de quartos é, conforme o próprio nome diz, o número de

quartos que cada empreendimento tem. Para este critério atribuímos: até 10 quartos

(1), para quando o alojamento tem no máximo 10 quartos; 20 quartos (2), para

quando o alojamento tem entre 11 a 20 quartos; 30 quartos (3), para quando o

alojamento tem entre 21 e 30 quartos; 50 quartos (4), para quando o alojamento tiver

entre 31 e 50 quartos e, finalmente, mais de 50 quartos (5), para quando o

alojamento tiver mais de 50 quartos para oferecer aos seus clientes.

Condição Peso

do

critério

Até 10

quartos

20 quartos 30

quartos

50

quartos

Mais de

50

quartos

Valor 30% 1 2 3 4 5

3.2.1.2 – TER

Para avaliar a oferta a nível de turismo no espaço rural decidimos utilizar

como critério de avaliação a categoria do estabelecimento. Este critério terá o valor

de 100%.

Para Casa de Campo (1), corresponde aos estabelecimentos designados

como Casa de Campo; Turismo de habitação (2), para os estabelecimentos

designados como Turismo de Habitação; Agro-turismo (5), para os estabelecimentos

designados como tal. Esta classificação é relevante e justifica-se nesta situação por

ser estabelecida por entidades competentes, e por ser atribuída de acordo com os

serviços e estruturas incluídos e com o nível de qualidade.

Condição Peso

do

critério

Casa de

Campo -

Turismo

de

habitação

-

Agro-

Turismo

Valor 100% 1 2 3 4 5

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 16 ~

3.2.1.3 – Parques de Campismo

Para avaliar a oferta a nível dos Parques de Campismo definimos como

critérios a avaliar:

• Classificação

• Nº de lugares.

A classificação e o número de lugares irão ter os dois a mesma pontuação,

50% cada, para que os valores sejam distribuídos equitativamente e ainda para que

nenhum critério defina individualmente a pontuação final.

3.2.1.3.1 – Classificação

Para o critério classificação atribuímos: 1 estrela (2), para os parques

classificados como de 1 estrela; 2 estrelas (3), para os parques classificados como

de 2 estrelas; 3 estrelas (4), para os parques classificados como de 3 estrelas; e 4

estrelas (5), para os parques classificados como de 4 estrelas.

Condição Peso

do

critério

- 1 estrela 2 estrelas 3 estrelas 4 estrelas

Valor 50% 1 2 3 4 5

3.2.1.3.2 – Número de lugares

Quanto ao critério número de lugares estabelecemos a seguinte escala: entre

0 e 24 lugares (1), para os parques de campismo que tenham entre 0 e 24 lugares;

25 e 49 lugares (2), para os parques de campismo que tenham entre 25 e 49

lugares; 50 e 74 (3), para os parques de campismo que tenham entre 50 e 74

lugares; entre 75 e 99 (4), para os parques de campismo que tenham entre 74 e 99

lugares e finalmente mais de 100 lugares (5), para os parques de campismo que

tenham mais de 100 lugares.

Condição Peso

do

critério

Entre 0 e

24

lugares

Entre 25 e

49 lugares

Entre 50

e 74

lugares

Entre 75

e 99

lugares

Mais de

100

lugares

Valor 50% 1 2 3 4 5

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 17 ~

3.2.1.4 – Pousada da Juventude

Para avaliar a oferta de alojamento a nível de pousadas de juventude

definimos como único critério o nº de camas, visto que nestes estabelecimentos não

é hábito haver quartos individuais. Definimos somente este critério pois

consideramos que é necessário existir variedade de oferta e variedade dos tipos da

oferta, e neste sentido, encorajamos a existência desta Pousada da Juventude em

Esposende. Este critério terá 100% do valor da avaliação deste tipo de oferta.

3.2.1.4.1 – Número de Camas

Para o critério número de camas estabelecemos a seguinte escala:

Entre 0 e 20 (1), para as situações em que a pousada tem até 20 camas;

entre 21 e 40 (2), para as situações em que a pousada tem entre 21 e 40 camas;

entre 41 e 60 (3), para quando a pousada tem entre 41 e 60 camas; entre 61 e 80

(4), para quando a pousada tem entre 61 e 80 camas; e mais de 81 (5), para quando

a pousada possui 81 ou mais camas.

Condição Peso

do

critério

Entre 0 e

20 Entre 21 e

40

Entre 41

e 60 Entre 61

e 80

Mais de

81

Valor 100% 1 2 3 4 5

3.2.2 - Restauração

É importante avaliar a restauração pois os turistas e visitantes da cidade

necessitarão de locais onde lhes sejam servidas as refeições. Assim é importante

avaliar a qualidade da restauração que Esposende tem para oferecer.

Para a restauração foram definidos como critérios a avaliar:

• Referências

• Tipicidade

• Localização

Para os critérios da restauração acordámos dividir os valores de forma

equitativa, mas considerámos a tipicidade como sendo o valor a receber menos

pontuação pois convêm haver uma certa variedade de estilos de restaurantes.

Assim, atribuímos 35% às referências e à localização e 30% à tipicidade. Apesar de

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 18 ~

atribuirmos menos valor à tipicidade, convêm referir que este é um elemento muito

importante e que é necessária a presença de vários estabelecimentos deste tipo.

3.2.2.1 - Referências

Nas referências iremos avaliar o facto de os restaurantes serem referidos em

guias turísticos ou não. É uma questão importante porque a partir do momento que

são referenciados em guias significa que já tem uma certa qualidade e cotação de

mercado. Assim, iremos avaliar se estão referenciados no guia Michelin (nível

internacional), no guia Expresso (nível nacional), no guia da região de turismo (nível

regional), no guia do posto de turismo local (nível local) e se não é referenciado em

nenhum destes guias.

Condição Peso

do

critério

Sem

referências

Referência

do guia do

posto de

turismo

local

Referências

no guia da

região de

turismo

Referência

no guia

Expresso

Referência

no guia

Michelin

Valor 35% 1 2 3 4 5

3.2.2.2 - Localização

Na localização vamos considerar para avaliação o facto de os restaurantes

estarem ou não em locais de interesse. Sendo algo abstracto limitamos os locais de

interesse como sendo: fora da cidade em local de difícil acesso rodoviário (1) e aqui

serão considerados os restaurantes que ficam em zonas de difícil acesso para

turistas e visitantes; fora da cidade em local com envolvente urbana degradada (2) e

serão incluídos neste ponto os restaurantes que se situem fora da cidade e em que

a área envolvente não seja considerada de interesse para o turismo como por

exemplo prédios devolutos em volta, terrenos abandonados, etc.; na cidade com a

envolvente urbana degradada (3) e tal como no ponto anterior serão considerados

restaurantes que se encontrem numa zona envolvente degradada (prédio devolutos

e/ou abandonados, etc.) apesar de se encontrarem na cidade; fora da cidade com

envolvente urbana em bom estado (4) e centro da cidade com a envolvente urbana

também em bom estado (5), estes dois últimos pontos só diferem no facto de se

encontrarem na cidade ou fora o que poderá condicionar o deslocamento de turistas.

Condição Peso

do

Fora da

cidade

Fora da

cidade em

Na cidade

com a

Fora da

cidade com

Centro da

cidade com

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 19 ~

critério em local

de difícil

acesso

rodoviário

local com

envolvente

urbana

degradada

envolvente

urbana

degradada

envolvente

urbana em

bom estado

envolvente

urbana em

bom estado

Valor 30% 1 2 3 4 5

3.2.2.3 - Tipicidade

Na tipicidade irá ser avaliado o facto de os restaurantes serem considerados

típicos ou não típicos.

Condição Peso

do

critério

Não

Típico - - -

Típico

Valor 35% 1 2 3 4 5

3.2.3 - Actividades

Para avaliarmos a importância que as actividades têm para o concelho de

Esposende temos de definir alguns critérios. Estes critérios têm de ter em conta os

factores decisivos para a classificação adequada destas actividades. As actividades

são fundamentais para o turista, dado que, complementa uma visita que ele possa

realizar a uma região. Para as actividades definimos como critérios a considerar os

seguintes:

• Divulgação;

• Sinalização;

• Disponibilidade para realização;

No que toca ao valor de cada critério, decidimos dividir os valores

equitativamente para que um valor não influencia-se o resultado final. Assim,

decidimos atribuir 35% à divulgação e à disponibilidade de realização, pois serão os

factores mais importantes, sobretudo a disponibilidade de realização, pois muitas

vezes a vontade de realizar algo surge no momento. Atribuímos 30% à sinalização,

pois embora não seja muito comum, divulgar este tipo de oferta merece a mesma

preocupação que os outros tipos de oferta. Por outro lado, o facto de algo estar

sinalizado será sempre um factor benéfico.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 20 ~

3.2.3.1 - Divulgação

No que toca à divulgação das actividades, atribuímos uma pontuação de 1 a 5

conforme a importância de cada parâmetro. Sendo assim, sem divulgação (1), pois

se não houver, o turista não sabe e, deste modo, não a pratica. Quando a

divulgação é feita através de panfletos colocados no posto de turismo (2), pois

achamos que a maior parte das vezes os turistas não têm tanta informação das

actividades desta forma. Divulgação na página da internet do posto de turismo ou do

município (3), é um bom método para que os turistas/visitantes saibam o que podem

fazer durante as suas férias num determinado local, pois normalmente, os turistas

actuais, pesquisam sobre o local e a sua oferta antes da viagem. Quando uma

actividade é divulgada numa página própria na Internet (4), pois sem dúvida, que os

turistas gostam de saber o que se pode fazer durante as suas férias antes de irem

para o local escolhido para passarem férias, e a página própria pode ter informações

mais objectivas e oportunidade de tirar dúvidas. Para quando a divulgação das

actividades é feita através de cartazes e placares colocados pela cidade (5), pois

para quando os turistas não se informaram ou para quem não se preparou, na

necessidade de encontrar uma ocupação, encontram uma solução quando passear

pela cidade.

Condiçã

o

Peso

do

Critéri

o

Sem

divulgaçã

o

Panfletos

no posto

de

turismo

Divulgação na

página da

internet do

posto de

turismo ou do

município

Página

própria na

Internet

Publicidade

espalhada pela

cidade (cartazes,

placares, etc)

Valor 35% 1 2 3 4 5

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 21 ~

3.2.3.2 - Sinalização

Sinalização representará a informação sobre a direcção ou localização das

actividades. Assim sendo, atribuímos os seguintes valores: quando a sinalização é

inexistente (1), pois desta forma será muito difícil os interessados encontrarem as

actividades. Para quando existe referência às actividades na placa de boas vindas à

entrada do concelho ou uma placa indicadora (2), pois assim sempre poderá

despertar a curiosidade aos possíveis interessados. Referência no mapa da cidade

(3), pois desta forma para além de sinalizar as actividades também as divulga. A

sinalização das actividades através de placas desde o posto de turismo (4), é uma

grande mais-valia para que os turistas/visitantes possam chegar até eles com mais

facilidade. Sinalização nos aparelhos de GPS (5), para quando as actividades estão

referenciadas nos aparelhos GPS, pois usando as novas tecnologias é uma forma

fácil e prática de acederem e de saberem a localização das actividades.

Condição Peso do

critério

Inexistente Referência

na placa de

boas vindas

à entrada do

concelho ou

placa

indicadora

Mapa

da

cidade

Placas

desde

posto de

turismo

Sinalização

nos

aparelhos de

GPS

Valor 30% 1 2 3 4 5

3.2.3.3 - Disponibilidade para realização

Para o critério disponibilidade de realização definimos os seguintes aspectos:

com marcação 4 ou mais dias antes (1), com marcação 3 dias antes (2), com

marcação dois dias antes (3), com marcação no dia anterior (4) e no dia da

marcação (5). Quanto menor for a antecedência necessária para marcação melhor,

daí que o menor período de tempo tenha o maior valor. A marcação no dia anterior

não é muito má, pois é um período de tempo relativamente curto, mas o ideal é o de

poder ser no dia da marcação.

Condiçã

o

Peso

do

Critéri

o

Com

marcação

4 ou mais

dias antes

Com

marcação

3 dias

antes

Com

marcação dois

dias antes

Com

marcação no

dia anterior

No dia da

marcação

Valor 35% 1 2 3 4 5

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 22 ~

3.3 - Eventos

No concelho de Esposende os eventos são uma constante, e como são das

mais diversas áreas há sempre eventos para todos os gostos, e como não há

nenhum género que se destaque, decidimo-nos a dividir a pontuação de forma

equitativa. Assim, atribuímos 25% para os eventos religiosos, 25% para os eventos

gastronómicos, 25% para os eventos musicais e 25% para os eventos desportivos.

3.3.1 - Religiosos

Para avaliar os eventos religiosos foram definidos os seguintes critérios:

• Notoriedade

• Duração

• Informação

• Acessibilidades

Para os critérios definidos para os eventos religiosos atribuímos os seguintes

valores: 40% para a notoriedade, pois o que atrai mais pessoas de fora da

localidade para um evento religioso será a sua reputação; para a duração atribuímos

10%, pois este não é um factor fulcral dos eventos religiosos, mas ainda assim

poderá ser importante na medida de por consequência aumentar as estadias dos

turistas que venham para esse evento; quanto à informação atribuímos 20%, pois a

divulgação e informação destes eventos também é relevante para atrair mais

turistas; para as acessibilidades atribuímos 30%, pois este é um factor muito

importante em qualquer situação, sendo que facilita e proporciona a deslocação até

ao local.

3.3.1.1 - Notoriedade

Conhecido na localidade (1) quando apenas os residentes na localidade

frequentam o evento. Conhecido no concelho (2) quando as pessoas do concelho

frequentam o evento. Conhecido regionalmente (3) quando as pessoas dos

concelhos limítrofes frequentam o evento. Conhecido nacionalmente (4) quando

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 23 ~

pessoas do país, fora do concelho e dos concelhos limítrofes, frequentam o evento.

Conhecido internacionalmente (5) quando pessoas do estrangeiro frequentam o

evento.

Condiçã

o

Peso

do

Critéri

o

Conhecid

o na

localidade

Conhecid

o no

Concelho

Conhecido

Regionalment

e

Conhecido

Nacionalmen

te

Conhecido

Internacionalmen

te

Valor 40% 1 2 3 4 5

3.3.1.2 - Duração

Uma parte do dia (1), se o evento durar apenas uma parte do dia, por

exemplo manhã ou tarde; um dia (3), quando o evento dura um dia, e esta é a

duração que esperamos que mais ocorra; 2 ou mais dias (5), para quando os

eventos têm duração igual ou superior a dois dias.

Condição Peso

do

critério

Uma

parte do

dia

-

1 dia

-

2 ou

mais dias

Valor 10% 1 2 3 4 5

3.3.1.3 - Informação

Para que um evento religioso seja conhecido tem se haver informação sobre

o mesmo. Se essa informação for inexistente (1). Se a informação estiver disponível

no site do posto do turismo ou da Câmara (2). Quando tenha um site próprio para

divulgar o evento (3). No caso de haver informação no posto de turismo através de

panfletos (4) em que os turistas pegam ou lhes é distribuído. Se existirem cartazes,

outdoors, e a informação também estiver pelo menos no site da Câmara Municipal

(5) muitos mais turistas terão conhecimento do evento, não só locais nem só

estrangeiros (em relação à aldeia), mas ambos, o que irá contribuir muito mais para

o sucesso do evento.

Condição Peso

do

critério

Inexistente Anúncio no

site do

posto de

turismo ou

da câmara

Site

próprio

Panfletos

no posto

de

turismo

Cartazes

pela

cidade e

informação

no site da

Câmara

Municipal

Valor 20% 1 2 3 4 5

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 24 ~

3.3.1.4 - Acessibilidades

Para que um evento religioso tenha sucesso, terá de haver acessibilidades

para que as pessoas se possam deslocar ao mesmo. Eventos em que não existam

acessos (1). No caso de o acesso ser em terra batida e a pé (2). Quando se pode

aceder com a viatura mesmo que o acesso seja em terra batida (3). Quando se

consegue chegar até próximo do evento por bons acessos (4). Se os acessos até ao

local do evento forem bons (5)

Condição Peso

do

critério

Sem

acesso

Acesso

em terra

batida a

Acesso em

terra batida

com viatura

Bons

acessos até

proximidade

Bons

acessos até

ao local

Valor 30% 1 2 3 4 5

3.3.2 - Gastronómicos

Para avaliarmos a importância que os eventos gastronómicos têm para o

concelho de Esposende temos de definir alguns critérios. Estes critérios têm de ter

em conta os factores decisivos para a classificação adequada deste elemento.

Definimos então os seguintes critérios:

• Periodicidade

• Notoriedade

• Duração

• Divulgação

Tendo em conta os eventos gastronómicos e os critérios definidos, decidimos

que a notoriedade e a divulgação do evento seriam os aspectos mais importantes,

pois serão os que irão fazer os interessados vir ao evento. Em seguida o factor mais

importante num evento deste género será a duração, pois uma maior duração

representará maior estadia dos turistas na localidade e mais possibilidade para

outros virem ao evento. Por fim, a periodicidade será o elemento menos importante

neste contexto. Assim, atribuímos 35% à notoriedade e à divulgação, 20% à duração

e 10% à periodicidade.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 25 ~

3.3.2.1 - Periodicidade

Periodicidade representa a frequência com que o evento é realizado ao longo

do ano. Uma maior periodicidade permitirá que os visitantes que falharam uma

ocasião do evento possam ir numa ocasião seguinte.

Sendo algo abstracto limitamos a periodicidade como sendo: uma vez por ano

(1) e aqui serão considerados os eventos realizados uma só vez no ano, o que faz

com que os turistas não tenham mais hipótese de puder assistir a este evento no

mesmo ano; duas vezes no ano (2); três vezes no ano (3); quatro vezes no ano (4);

cinco ou mais vezes no ano (5), e neste nível os turistas poderão assistir a um

evento que gostem várias vezes no ano ou caso percam uma edição do evento

podem ir a uma próxima.

Condição Peso do

Critério

Uma vez

por ano

Duas

vezes por

ano

Três vezes por

ano

Quatro vezes

por ano

Cinco ou mais

vezes por ano

Valor 10% 1 2 3 4 5

3.3.2.2 - Notoriedade

Para a notoriedade vamos avaliar o grau de conhecimento que estes eventos

têm, considerando para esse efeito a origem dos diversos visitantes. Conhecido na

localidade (1) representará que apenas as pessoas daquela localidade particular

conhecem esse evento e este não é muito conhecido e divulgado fora desse meio.

Conhecido no concelho (2) significa que pelo menos as pessoas do concelho

frequentam esse evento e o conhecem, ou seja, deve haver divulgação por parte da

Freguesia ou Câmara pelo menos na área do concelho pertencente. Conhecido

regionalmente (3) engloba as situações em que pessoas dos concelhos circundantes

conhecem e frequentam o evento. Conhecido nacionalmente (4) significará que

pessoas de vários pontos do país conhecem e frequentam propositadamente o

evento, sendo estes residentes fora do concelho e fora dos concelhos circundantes

do local do evento. Conhecido internacionalmente (5) engloba as situações em que

pessoas de fora do país frequentam e conhecem esse evento.

Condiçã

o

Peso

do

Critéri

Conhecid

o na

localidade

Conhecid

o no

Concelho

Conhecido

Regionalment

e

Conhecido

Nacionalmen

te

Conhecido

Internacionalmen

te

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 26 ~

o

Valor 35% 1 2 3 4 5

3.3.2.3 - Duração

Na duração será avaliado a duração em que um evento decorre. Quanto maior

for a duração dos eventos, maior será o número de pessoas que o podem visitar.

Assim sendo, os pontos que serão avaliados são: um dia (1); dois dias (2); três dias

ou mais (3); uma semana ou mais (4); um mês ou mais (5) neste último nível, a

grande duração dos eventos permitirá a um largo número de pessoas vir ao

concelho de Esposende.

Condição Peso

do

critério

1 dia 2 dias 3 dias ou

mais

Uma

semana

ou mais

Um mês

ou mais

Valor 20% 1 2 3 4 5

3.3.2.4 - Divulgação

Na divulgação será avaliada a forma como a animação é transmitida aos

turistas, bem como a todos os interessados. Sendo assim, os pontos a avaliar serão:

animação sem divulgação (1) quando o evento não é divulgado; panfletos no posto

de turismo (2), quando a divulgação do evento é apenas possível nos casos em que

os interessados se dirigem ao Posto de Turismo; Divulgação na página da internet

do posto de turismo ou do município (3), o que permite melhor divulgação através da

internet; página própria na internet (4), quando é criada uma página própria do

evento na internet, uma página especializada e com informação mais objectiva e

informativa; publicidade espalhada pela cidade (cartazes, placares, etc.) (5), quando

a publicidade é realizada com recurso a cartazes, placares e outdoors que convidem

à visita ao evento, mas sempre com a presença da informação sobre o evento na

internet, num qualquer site. Somente cartazes não será a melhor solução, mas

cartazes combinados com internet permitirão fazer chegar a realização do evento a

muitos mais potenciais interessados. Quanto mais e melhor divulgação houver mais

as pessoas ficarão informadas sobre o que se vai a realizar e a procura do evento

será maior.

Condiçã

o

Peso

do

Sem

divulgaçã

Panfletos

no posto

Divulgação na

página da

Página

própria na

Publicidade

espalhada pela

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 27 ~

Critéri

o

o de

turismo

internet do

posto de

turismo ou do

município

Internet cidade (cartazes,

placares, etc.) e

informação na

Internet

Valor 35% 1 2 3 4 5

3.3.3 - Musicais

Após um aprofundamento dos conhecimentos sobre o concelho em análise,

percebeu-se que, no que diz respeito aos eventos culturais, a única categoria que

tem presença activa são os eventos musicais. Deste modo, serão estes que irão ser

analisados e avaliados neste estudo. Iremos avaliar os seguintes critérios:

• Periodicidade

• Duração

• Condições físicas

• Divulgação

• Notoriedade

Para os eventos musicais, considerámos como critérios mais importantes a

divulgação e a notoriedade, pois serão os elementos que irão fazer as pessoas vir

ao evento e ter conhecimento do evento. Em seguida, as condições físicas, pois um

local degradado e sem condições não será atractivo e pode repelir possíveis

visitantes. A duração terá importância no sentido da oferta, quanto mais durar o

evento maior será a estadia dos turistas interessados nesse evento. A periodicidade

será importante no sentido em que uma pessoa que falhe uma edição do evento

poderia vir à próxima e também pois o evento é mais uma ocupação para o tempo

dos turistas.

3.3.3.1 - Periodicidade

Neste critério vamos avaliar a quantidade de vezes que se realiza o evento

durante o ano. Serão consideradas as quantidades entre 1 e 3 vezes ou mais por

ano. Assim, para uma vez por ano atribuímos (1). E este será o número que mais

esperamos vir a repetir-se. Para duas vezes atribuímos 3 e para 3 vezes ou mais

atribuímos 5. Uma maior frequência do evento permitirá a mais pessoas assistir ao

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 28 ~

mesmo e será um atractivo para várias épocas do ano, quiçá, até épocas com

menos afluência, como a época baixa e média.

Condição Peso

do

critério

1

vezes -

2

vezes -

3

Vezes ou

mais

Valor 10% 1 2 3 4 5

3.3.3.2 - Duração

Quanto ao critério duração vamos avaliar os dias que o evento dura. Serão

considerados espaços de tempo entre 1 e 5 dias (ou mais). Para um dia atribuímos 1

valor, para dois dias 2 valores, para três dias 3 valores, para 4 dias 5 valores e para

5 dias ou mais 5 valores. Este é um ponto que ajudará a perceber quantos dias o

evento poderá manter pessoas na cidade.

Condição Peso

do

critério

1 dia 2 dias 3 dias 4 dias 5 dias ou

mais

Valor 20% 1 2 3 4 5

3.3.3.3 - Condições físicas

Nas condições físicas será avaliado o local em que o evento decorre e as

condições que poderá oferecer aos visitantes. Os pontos que serão avaliados são:

exterior em local de terra e sem condições sanitárias (1) irá incluir todos os eventos

que decorram em locais de terra batida em que as condições sanitárias (WC,

vestiários para artistas, lixos, etc.) não foram devidamente asseguradas; exterior em

local de terra com condições sanitárias (2), neste ponto serão inseridos os eventos

em que apesar de se encontrarem no exterior as condições sanitárias foram

precavidas existindo WC, vestiários, etc. mesmo que sejam amovíveis; exterior com

condições para participantes e visitantes (3), aqui encontramos os locais ao ar livre

mas em locais pavimentados e com vestiários e WC para participantes e visitantes;

interior em local com poucas condições (4) onde serão inseridos os eventos

realizados em locais cobertos mas que não sendo próprios para o efeito não têm as

devidas condições físicas e sanitárias e interior em local com todas as condições (5)

será o ponto onde ficarão os eventos realizados em locais cobertos próprios ou

adaptados mas para os quais foram pensadas todas as necessidades físicas, desde

palcos, acústica e sanitárias.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 29 ~

Condição Peso

do

critério

Local

improvisado

sem

condições

-

Local com

instalações

sanitárias -

Local próprio

com

equipamentos

de apoio

Valor 20% 1 2 3 4 5

3.3.3.4 - Divulgação

No ponto da divulgação serão avaliados os métodos usados para a divulgação

do evento. Este ponto ajudará a perceber se a informação chega a possíveis turistas

ou não. Serão considerados os seguintes pontos: distribuição de panfletos a nível

municipal em que serão colocados os eventos apenas divulgados a nível municipal

com a distribuição de panfletos em vários locais da cidade (posto de turismo,

restaurantes, cafés e bares, etc.); distribuição de panfletos a nível regional e neste

ponto serão inseridos os eventos divulgados a nível regional com a distribuição de

publicidade em vários pontos (postos de turismo, sede regional de turismo, bares e

restaurantes, etc.); colocação de outdoors e distribuição de panfletos e serão

considerados os eventos publicitados com outdoors em vários pontos da cidade e

distribuição de panfletos em vários locais; colocação de outdoors e divulgação em

jornais regionais onde serão inseridos os eventos publicitados através de outdoors e

anúncios em jornais regionais e/ou rádios e colocação de outdoors e publicidade em

jornais nacionais (também se consideram as rádios e televisão).

Condição Peso

do

critério

Distribuição

de

panfletos a

nível

municipal

Distribuição

de

panfletos a

nível

regional

Colocação

de

outdoors e

distribuição

de

panfletos

Colocação

de

outdoors e

divulgação

em jornais

regionais

Colocação

de

outdoors e

publicidade

em jornais

nacionais

Valor 25% 1 2 3 4 5

3.3.3.5 - Notoriedade

Neste ponto da avaliação será considerada a notoriedade que o evento tem.

Este aspecto será avaliado a nível municipal, regional e nacional através de uma

escolha de critérios abrangente. Serão considerados os seguintes factores: sem

noticias após o evento (1) e aqui serão inseridos os eventos sobre os quais não é

publicada nenhuma noticia ou informação em nenhum meio de difusão; informações

sobre o evento presentes apenas no boletim municipal (2) e serão inseridos os

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 30 ~

eventos que apenas constem no boletim municipal com uma alusão ao facto de ter

decorrido e quais os resultados (ou seja, apenas de informação aos munícipes);

notícias do evento presentes em jornais municipais (3); notícias do evento presente

em jornais regionais (4) e notícias do evento presentes em jornais nacionais e/ou

estrangeiros (5). Nestes últimos três pontos também serão considerados as rádios e

televisões.

Condição Peso

do

critério

Sem

notícias

após o

evento

Informações

sobre o

evento

presentes

apenas no

boletim

municipal

Notícias do

evento

presentes

em jornais

municipais

Notícias do

evento

presentes

em jornais

regionais

Notícias do

evento

presentes

em jornais

nacionais

e/ou

estrangeiros

Valor 25% 1 2 3 4 5

3.3.4 - Desportivos

Para avaliarmos a importância que os eventos desportivos têm para o

concelho de Esposende é necessário definir alguns critérios para assim podermos

tirar as conclusões necessárias para a realização deste plano. Estes critérios têm de

ter em conta os factores decisivos para a classificação adequada deste tipo de

eventos. Para os eventos desportivos definimos como critérios a considerar os

seguintes:

• Periodicidade

• Notoriedade

• Duração

• Divulgação

Para os critérios definidos para os eventos desportivos, ponderámos atribuir

apenas 10% à periodicidade, sendo que o que importa mais não é que um evento se

repita várias vezes no ano, mas sim que seja atractivo e bem divulgado para assim

ter maior afluência. Por este motivo atribuímos 35% à notoriedade e 35% à

Divulgação. A duração permite que um turista tenha algo para assistir durante a sua

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 31 ~

estadia, e se um evento for mais longo e o turista esteja em Esposende para assistir

ao evento ele irá permanecer mais tempo no concelho, e embora este não seja um

dos factores mais decisivos das escolhas dos turistas atribuímos 20%.

3.3.4.1 - Periodicidade

Periodicidade representa a frequência com que o evento é realizado ao longo

do ano. Uma maior periodicidade permitirá que os visitantes que falharam uma

ocasião do evento possam ir numa ocasião seguinte.

Sendo algo abstracto limitamos a periodicidade como sendo: uma vez por ano

(1) e aqui serão considerados os eventos realizados uma só vez no ano, o que faz

com que os turistas não tenham mais hipótese de puder assistir a este evento no

mesmo ano; duas vezes no ano (2); três vezes no ano (3); quatro vezes no ano (4);

cinco ou mais vezes no ano (5), e neste nível os turistas poderão assistir a um

evento que gostem várias vezes no ano ou caso percam uma edição do evento

podem ir a uma próxima. Claro que uma maior periodicidade do evento irá exigir à

organização uma maior variedade para que não seja apresentado sempre o mesmo

espectáculo.

Condição Peso do

Critério

Uma vez

por ano

Duas

vezes por

ano

Três vezes por

ano

Quatro vezes

por ano

Cinco ou mais

vezes por ano

Valor 10% 1 2 3 4 5

3.3.4.2 - Notoriedade

Para a notoriedade vamos avaliar o grau de conhecimento que estes eventos

têm, considerando para esse efeito a origem dos diversos visitantes. Conhecido na

localidade (1) representará que apenas as pessoas daquela localidade particular

conhecem esse evento e este não é muito conhecido e divulgado fora desse meio.

Conhecido no concelho (2) significa que pelo menos as pessoas do concelho

frequentam esse evento e o conhecem, ou seja, deve haver divulgação por parte da

Freguesia ou Câmara pelo menos na área do concelho pertencente. Conhecido

regionalmente (3) engloba as situações em que pessoas dos concelhos circundantes

conhecem e frequentam o evento. Conhecido nacionalmente (4) significará que

pessoas de vários pontos do país conhecem e frequentam propositadamente o

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 32 ~

evento, sendo estes residentes fora do concelho e fora dos concelhos circundantes

do local do evento. Conhecido internacionalmente (5) engloba as situações em que

pessoas de fora do país frequentam e conhecem esse evento.

Condiçã

o

Peso

do

Critéri

o

Conhecid

o na

localidade

Conhecid

o no

Concelho

Conhecido

Regionalment

e

Conhecido

Nacionalmen

te

Conhecido

Internacionalmen

te

Valor 35% 1 2 3 4 5

3.3.4.3 - Duração

Na duração será avaliado a duração em que um evento decorre. Quanto maior

for a duração dos eventos, maior será o número de pessoas que o podem visitar.

Assim sendo, os pontos que serão avaliados são: um dia (1); dois dias (2); três dias

ou mais (3); uma semana ou mais (4); um mês ou mais (5) neste último nível, a

grande duração dos eventos permitirá a um largo número de pessoas vir ao

concelho de Esposende.

Condição Peso

do

critério

1 dia 2 dias 3 dias ou

mais

Uma

semana

ou mais

Um mês

ou mais

Valor 20% 1 2 3 4 5

3.3.4.4 - Divulgação

Na divulgação será avaliada a forma como a animação é transmitida aos

turistas, bem como a todos os interessados. Sendo assim, os pontos a avaliar serão:

sem divulgação (1) quando o evento não é divulgado; panfletos no posto de turismo

(2), quando a divulgação do evento é apenas possível nos casos em que os

interessados se dirigem ao Posto de Turismo; Divulgação na página da internet do

posto de turismo ou do município (3), o que permite melhor divulgação através da

internet; página própria na internet (4), quando é criada uma página própria do

evento na internet, uma página especializada e com informação mais objectiva e

informativa; publicidade espalhada pela cidade (cartazes, placares, etc.) (5), quando

a publicidade é realizada com recurso a cartazes, placares e outdoors que convidem

à visita ao evento ou então quando o evento é divulgado em jornais ou até na

televisão. Quanto mais e melhor divulgação houver mais as pessoas ficarão

informadas sobre o que se vai a realizar e a procura do evento será maior.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 33 ~

Condiçã

o

Peso

do

Critéri

o

Sem

divulgaçã

o

Panfletos

no posto

de

turismo

Divulgação na

página da

internet do

posto de

turismo ou do

município

Página

própria na

Internet

Publicidade

espalhada pela

cidade (cartazes,

placares, etc.)

jornais ou

televisão

Valor 35% 1 2 3 4 5

3.4 - Equipamentos

Os equipamentos podem ser considerados como um irmão gémeo das

actividades, uma vez que ambos visam ocupar o tempo dos turistas com actividades

e visitas.

Sendo as crianças um factor determinante das férias, dos lugares e das

actividades das famílias, e Esposende um destino para práticas aquáticas,

decidimos atribuir 40% para os equipamentos recreativos. Para os equipamentos

desportivos atribuímos 35%, devido ao facto de haver uma boa oferta nesta área e

de ser o segundo mais procurado. Quando aos equipamentos culturais, estes são os

menos procurados dos turistas, e então atribuímos apenas 25%.

3.4.1 – Desportivos e de lazer

Para estimarmos a relevância que os equipamentos desportivos e de lazer

têm para o turismo do concelho de Esposende é necessário definir alguns critérios

com o fim de avaliar estes mesmos equipamentos. Estes critérios têm se ser

objectivos para assim obter um resultado realista. Para os equipamentos desportivos

definimos como critérios a considerar os seguintes:

• Diversidade;

• Sinalização;

• Estado de conservação;

• Disponibilidade de utilização.

Para os critérios definidos para avaliar os equipamentos desportivos e de

lazer optámos por distribuir os valores de forma equitativa. Desta forma não será

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 34 ~

apenas um critério a definir o resultado final da avaliação de cada equipamento, por

outro lado, achámos que nenhum dos critérios se destacava em importância, pois

são todos extremamente importantes para uma devida utilização dos equipamentos.

Assim, atribuímos 25% a todos os quatro critérios: diversidade, sinalização, estado

de conservação e disponibilidade de utilização.

3.4.1.1 - Diversidade

Para avaliarmos a diversidade relativamente ao gozo dos equipamentos

desportivos iremos considerar os seguintes níveis: equipamento que permite apenas

uma actividade (1), por exemplo futebol; equipamento que permite duas actividades

(3), por exemplo futebol e basquete; equipamento que permite três ou mais

actividades (5), por exemplo futebol, basquetebol, ténis e andebol. Os equipamentos

com mais actividades permitem uma maior diversidade de oferta e assim várias

pessoas com diferentes gostos podem praticar o desporto que mais gostarem. Em

equipamentos que permitam duas ou mais actividades, pressupõe-se que o

equipamento extra necessário para prática dessa actividade esteja disponível sem

nenhum custo extra ou marcação prévia.

Condiçã

o

Peso

do

Critéri

o

Equipame

nto

permite

apenas

uma

actividade

-

Equipamento

permite duas

actividades -

Equipamento

permite três ou

mais actividades

Valor 25% 1 2 3 4 5

3.4.1.2 - Sinalização

A sinalização permite a todos os interessados terem capacidade para

conseguirem chegar aos locais dos equipamentos desportivos. Desta forma, a

sinalização será avaliada de acordo com determinados níveis: sinalização

inexistente (1), quando não há qualquer tipo de sinalização que indique o local ou

direcção dos equipamentos desportivos; sinalização no mapa da cidade (2), quando

exista a indicação no mapa da cidade sobre estes equipamentos; sinalização em

placa (s) indicadora (s) (3), quando existam placas informativas indicando a direcção

dos equipamentos desportivos; sinalização no site do município ou do posto de

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 35 ~

turismo (5), quando se publicite no site do posto de turismo ou município a existência

destes equipamentos e da sua localização.

Condiçã

o

Peso

do

Critéri

o

Inexistente Mapa da

cidade

Placa (s)

indicadora (s) -

No site do

município ou do

posto de turismo

Valor 25% 1 2 3 4 5

3.4.1.3 - Estado de conservação

No estado de conservação iremos avaliar como o equipamento desportivo se

encontra preservado, um equipamento melhor preservado irá ser mais atractivo e só

por si dar a conhecer a importância que o município dá às infra-estruturas. Iremos

para este critério considerar: impossibilidade de uso (1), quando o equipamento está

em tal estado de degradação que não permite o seguro usufruto dos equipamentos;

espaço degradado (2), quando o equipamento ainda está funcional e permite a

segura utilização dos equipamentos mas já revela necessidade de obras de

recuperação; em recuperação (3), quando o equipamento desportivo está a sofrer

obras de recuperação ou de restauro para melhorar as condições do próprio;

recuperado (4), quando o equipamento foi alvo de obras de recuperação e se

encontra em bom estado de conservação; excelente estado de conservação para

uso (5), quando o equipamento não apresenta sinais de necessitar de obras de

restauro e permite uma segura e atractiva utilização.

Condiçã

o

Peso

do

Critéri

o

Impossibil

idade de

uso

Espaço

degradad

o

Em

recuperação

Recuperado Excelente estado

de conservação

para uso

Valor 25% 1 2 3 4 5

3.4.1.4 - Disponibilidade de utilização

No caso da disponibilidade de utilização iremos avaliar a disponibilidade que

se podem encontrar nos equipamentos desportivos, no que respeita à utilização.

Sendo assim, irão ser avaliados os seguintes níveis: sem disponibilidade de

utilização (1), quando a utilização dos equipamentos está impedida ou condicionada;

disponibilidade de uso com marcação (2), quando é necessário fazer contactos,

telefónicos ou presenciais, para solicitar o uso dos equipamentos; disponibilidade de

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 36 ~

utilização durante a semana (3), quando o equipamento só se encontra disponível

para uso durante os dias úteis da semana; disponibilidade de utilização durante o

fim-de-semana (4), quando os equipamentos apenas se encontram disponíveis

durante os dias do fim-de-semana; disponibilidade total (5), quando os

equipamentos se encontram disponíveis para uso durante toda a semana e sem

necessidade de solicitar a sua utilização.

Condição Peso

do

Critério

Sem

disponibi

lidade de

utilizaçã

o

Disponibili

dade de

uso com

marcação

Disponibilidad

e de utilização

durante a

semana

Disponibilida

de de

utilização

durante o

fim-de-

semana

Disponibilidade

total

Valor 25% 1 2 3 4 5

3.4.2 - Culturais

É necessário avaliar igualmente a importância que os equipamentos culturais

têm para o turismo do concelho de Esposende. Com esse objectivo definimos os

seguintes critérios:

• Possibilidade de visita;

• Localização;

• Sinalização.

Para os critérios definidos para avaliar os equipamentos culturais optámos por

distribuir os valores de forma equitativa. Assim, não será apenas um critério a decidir

o resultado final da avaliação de cada equipamento. Acordamos que todos os

critérios são importantes para poder ter um usufruto soberbo destes equipamentos.

Assim, atribuímos 35% à possibilidade de visita e à sinalização e 30% à localização.

3.4.2.1 - Possibilidade de Visita

Para os equipamentos culturais é muito importante avaliar a possibilidade de

visita, ou seja, a disponibilidade que há para os interessados puderem visitar o

equipamento. Como tal, irá ser objecto de avaliação pelos seguintes níveis: fechado

(1), quando a visita ao equipamento cultural é não é possível; aberto sob solicitação

(2), quando a visita ao equipamento cultural pode ser feita após solicitar autorização

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 37 ~

a um encarregado; aberto parcialmente (3), quando o equipamento cultural se

encontra disponível durante algumas horas ou em alguns dias; aberto todos os dias

(4), quando a visita ao equipamento cultural é possível todos os dias da semana;

aberto com visitas guiadas (5), quando o equipamento cultural se encontra

disponível para visita e permite ainda visitas guiadas.

Condição Peso

do

critério

Fechado Aberto sob

solicitação

Aberto

parcialmente

Aberto todos

os dias

Aberto com

visitas

guiadas

Valor 35% 1 2 3 4 5

3.4.2.2 - Localização

Na localização vamos considerar para avaliação o facto de os equipamentos

culturais estarem ou não em locais de interesse. Sendo algo abstracto limitamos os

locais de interesse como sendo: fora da cidade (1) e aqui serão considerados os

equipamentos que não estejam sediados na cidade de Esposende; dentro da cidade

(3), em que serão considerados os equipamentos que apesar de serem dentro da

cidade não são no centro histórico; e no centro histórico (5), aqui serão considerados

os equipamentos que estão sediados dentro da cidade, no centro histórico, que é o

local ideal por excelência para este tipo de elementos.

Condição Peso

do

critério

Fora da

cidade -

Dentro da

cidade -

No centro

histórico

Valor 30% 1 2 3 4 5

3.4.2.3 - Sinalização

A sinalização permite a todos os interessados terem capacidade para

conseguirem chegar aos locais dos equipamentos culturais. Desta forma, a

sinalização será avaliada de acordo com determinados níveis: sinalização

inexistente (1), quando não há qualquer tipo de sinalização que indique o local ou

direcção dos equipamentos culturais; sinalização no mapa da cidade (2), quando

exista a indicação no mapa da cidade sobre estes equipamentos; sinalização em

placa (s) indicadora (s) (3), quando existam placas informativas indicando a direcção

dos equipamentos culturais; indicação no site do município ou do posto de turismo

(4), quando se publicite no site do posto de turismo ou do município a existência

destes equipamentos e a sua localização; e no site do posto de turismo ou do

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 38 ~

município e placas sinalizadoras (5), quando se divulgue estes elementos e se

indique a sua localização em sítios da internet e ao mesmo tempo existam placas

indicadoras em sítios estratégicos para indicar a localização dos equipamentos

culturais, constituindo assim, uma forma divulgação dos equipamentos e ao mesmo

tempo uma forma de indicação da sua localização.

Condiçã

o

Peso

do

Critéri

o

Inexistente Mapa da

cidade

Placa (s)

indicadora (s)

No site do

município

ou do

posto de

turismo

No site do

município ou do

posto de turismo e

placas

sinalizadoras

Valor 25% 1 2 3 4 5

3.4.3 - Recreativos

Os equipamentos recreativos correspondem a uma componente da que ajuda

a complementar e a ocupar a estadia ou passagem de turistas e visitantes pelo

concelho de Esposende. É necessário então avaliar de forma justa o seu contributo

para o turismo do concelho. Desta forma definimos os seguintes critérios:

• Disponibilidade

• Possibilidade de uso

• Estado de Conservação

Neste caso, o factor que nos pareceu mais importante foi o estado de

conservação, se um equipamento não tiver segurança por muito disponível que

esteja não será atractivo, e assim atribuímos 40% ao estado de conservação. No

que diz respeito à disponibilidade e possibilidade de uso, estes são critérios muito

semelhantes e então dividimos pelos dois critérios os valores restantes, 35% para a

disponibilidade e 35% para a possibilidade de uso. Desta forma, e como os valores

são relativamente semelhantes um critério não influencia totalmente a avaliação de

um equipamento.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 39 ~

3.4.3.1 - Disponibilidade

O critério disponibilidade pretende avaliar se existem restrições ao uso dos

equipamentos, nomeadamente a nível de acesso às instalações em termos

monetários. Assim,

Condição Peso

do

critério

Fechado - Entrada paga - Entrada livre

Valor 30% 1 2 3 4 5

3.4.3.2 - Possibilidade de uso

O critério possibilidade de uso visa avaliar a facilidade de acesso aos

equipamentos recreativos. Assim, foi definido: fechado (1), quando os equipamentos

estão fechados por degradação dos espaços e equipamentos ou por outro motivo;

aberto sob solicitação (3), quando a abertura para acesso aos equipamentos

somente é feita quando solicitada a entrada a um encarregado, o que se torna num

constrangimento; aberto sempre (5), quando os equipamentos recreativos estão

sempre abertos e o acesso e uso dos mesmos pode ser efectuado a qualquer altura,

sem ser necessário solicitar autorização a ninguém nem a abertura dos

equipamentos a um encarregado.

Condição Peso

do

critério

Fechado Aberto sob

solicitação

Aberto

sempre

Valor 30% 1 2 3 4 5

3.4.3.3 - Estado de conservação

O critério estado de conservação propõe-se avaliar o estado de conservação

dos equipamentos recreativos. Para isso definimos os seguintes estados:

impossibilidade de uso (1), quando o espaço ou os equipamentos estão de tal forma

degradados que o uso dos mesmos não é possível por não se verificarem condições

de segurança e conforto para os seus utilizadores; espaço degradado (2), quando as

condições dos equipamentos já não forem as melhores, embora ainda seja possível

o seu uso. Em recuperação (3), quando o espaço e os equipamentos se encontram

em obras que visem o restabelecimento das melhores condições de uso dos

mesmos; recuperado (4), quando os equipamentos foram alvo de obras de restauro

e se encontram em boas condições de uso, verificando-se segurança nos

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 40 ~

equipamentos; excelente estado de conservação para uso/ novo (5), quando os

equipamentos e espaços se encontrem nas melhores condições possíveis de

conservação e que permitam o excelente usufruto dos equipamentos.

Condição Peso do

Critério

Impossibilidade

de uso

Espaço

degradado

Em

recuperação

Recuperado Excelente

estado de

conservação

para uso /

novo

Valor 40% 1 2 3 4 5

3.5 - Índice de Potencial Turístico (IPT)

Agora que já definimos como avaliar todos os grupos de recursos turísticos de

Esposende, vamos usar esses critérios para calcular o valor de cada grupo de

recursos turísticos (património, oferta, eventos, equipamentos), e assim obter o IPT.

Para tal é igualmente necessário atribuir um valor a cada grupo, sendo que

decidimos o seguinte: património 35%, pois o património natural é um elemento de

peso na decisão dos turistas que se deslocam até este concelho; oferta 30%, pois tal

como já foi referido anteriormente este é um factor crítico para haver turismo;

eventos 20%, pois após estarem instalados no concelho os turistas necessitam de

ocupações, e os eventos podem não só ser uma ocupação de tempo como também

o próprio motivo que atrai as pessoas a Esposende; equipamentos 15%, pois

considerámos que este seria o elemento menos importante, não querendo isto

significar que não tem importância nenhuma, pois tem. Este pode ser mais um

complemento importante para ocupar o tempo dos turistas e visitantes.

Importa referir que numa situação real, teria sido reunido um grupo de

especialistas nas áreas envolvidas para ajudar na atribuição de critérios e da

avaliação dos recursos do concelho, assim, obteríamos valores mais exactos e

correctos e por conseguinte, as sugestões seguintes seriam mais realistas.

Nos apêndices temos as tabelas de cálculos dos recursos, a tabela da análise

matricial com os critérios em análise em cada elemento, de seguida estão as tabelas

com o cálculo de cada elemento e por fim a tabela com os cálculos de todos os

elementos, que geram o valor do IPT.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 41 ~

Tabela 1 - Cálculo do IPT

Agora que já temos os resultados finais do cálculo do IPT de Esposende já

podemos tecer algumas conclusões que nos irão guiar na planificação de uma

estratégia de desenvolvimento turístico em Esposende.

Como podemos ver na tabela acima, o Índice de Potencial Turístico do

concelho de Esposende é de 2,6168. Este é um valor baixo para um concelho que

se quer afirmar no turismo. Este valor baixo resulta de um conjunto de várias falhas

que se forem trabalhadas ou melhoradas podem levar a um aumento substancial do

IPT. O elemento mais relevante é o património natural, pois é o elemento mais

chamativo deste concelho, daí ter-se atribuído um valor superior. Os outros não são

menos importantes pois complementam e possibilitam a actividade turística. De

seguida iremos efectuar uma análise de todos os elementos, um a um, para

podermos constatar a origem destas falhas.

3.5.1 - Análise

Vamos avaliar numa primeira instância os diversos grupos de recursos

avaliados, para entendermos em cada um qual/quais os elementos que deveriam ser

melhorados.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 42 ~

3.5.1.1 - Património Cultural Monumental

No caso do Património Cultural, o elemento acessibilidade está bom, com um

valor de 4,11 em 5, o que significa que não serão necessários grandes

investimentos neste factor. Está então assegurado um factor crítico no turismo, a

forma como os turistas chegam aos locais.

Já quanto à interpretação, que tem 1,14 em 5, podemos dizer que é um valor

muito baixo, e que é necessário tomar medidas para melhorar este factor.

O elemento conservação, com 3,71 em 5 valores também se encontra bem

qualificado, não sendo necessárias melhorias significativas.

Quanto à disponibilidade, com 3,18 em 5, também se pode dizer que não é

um sector com muitas necessidades, devendo ser melhorado este factor tendo em

conta as tendências das horas/dias de maior afluência.

Quanto à sinalização, com 2,07 em 5, é um sector com falhas, e este é um

factor importante aliado à acessibilidade, tornando-se o meio de levar os turistas aos

locais. O que se verifica é que normalmente não há sequer uma placa a indicar a

direcção do património. Este factor deveria então ser elemento de melhorias, sendo

pedido no mínimo uma placa.

A informação é o factor do património cultural que mais melhorias necessita.

Com apenas 1,25 em 5, é um factor que deveria ser alvo de medidas de melhoria

para assim divulgar melhor o património deste concelho.

Quanto à classificação, com 1,82 em 5, não há muito que possa ser feito

pelas entidades municipais, pois o que conta é o valor do património. No património

que tenha potencial e cuja classificação ainda não tenha sido pedida este pedido

deve ser feito, no restante, resta potenciar os restantes elementos para requalificar o

imóvel.

3.5.1.2 - Património Natural

No património natural, o factor com melhor classificação é a disponibilidade.

Todos os recursos deste tipo estão inteiramente ao dispor dos interessados, para

usufruírem deles quando bem entenderem ou tiverem vontade. Tem 5 valores em 5

valores.

De seguida, o elemento com melhor classificação é a acessibilidade, com

4,64 em 5 valores possíveis. Este elemento é importante para permitir o

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 43 ~

deslocamento dos turistas e visitantes até ao local, mas não aparenta necessidade

de grandes melhorias, salvo em alguns casos.

Depois, surge a limpeza com 4,14 em 5 valores. Este elemento é fulcral neste

tipo de recursos e portanto da maior importância. Não são necessárias grandes

melhorias, mas tendo em conta a natureza destes recursos, os valores máximos são

exigidos.

A sinalização é o elemento em avaliação que surge em quarto lugar, com 1,86

em 5 valores. Este elemento é também importante para o turismo, na medida em

que, junto com a acessibilidade, serve para fazer chegar os turistas e visitantes ao

local. Devem ser portanto tomadas medidas para melhorar este elemento, sendo

pedidas ao menos placas indicativas antes do local.

A interpretação é outro elemento com valores baixos, com apenas 1,21 em 5

valores possíveis. Nos recursos em que este elemento se justifique devem ser

postas em prática medidas que visem melhorar a informação que é transmitida no

local aos turistas.

Quanto à classificação, igualmente com 1,21 valores em 5, o que se deve

fazer é divulgar a classificação dos recursos já classificados, e preservar a beleza e

autenticidade dos que não estão divulgados.

3.5.1.3 - Alojamento

Em relação à oferta de alojamento a nível de hotelaria, o que se pode dizer é

que a categoria não é muito alta, com 2,82 em 5 valores. O que predomina são

estabelecimentos com 2 e 3 estrelas, não existindo muita oferta de qualidade.

Deveria apostar-se em mais estabelecimentos de qualidade, em, substituição de

alguns de qualidade média. Desta forma, haveria mais oferta de qualidade mas ao

mesmo tempo haveria diversidade na qualidade da oferta. Quanto ao número de

quartos, a sua classificação é boa, com 4 em 5, não sendo necessárias alterações,

Somente depois de avaliar a capacidade de carga poderemos dizer se há

insuficiência de quartos, um número ideal ou excesso.

Quanto aos estabelecimentos de Turismo no Espaço Rural, com 1 valor em 5,

deveria apostar-se também em turismo de habitação e em Agro-turismo,

aumentando a diversidade de oferta nesta área.

Quanto aos parques de campismo, o existente tem 3 valores em 5 no que

toca à sua categoria e 5 valores em 5 no que diz respeito ao número de espaços. O

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 44 ~

que recomendamos, é que sejam asseguradas as melhores condições possíveis nas

instalações, para assim compensar a falta de classificação superior. Caso seja

possível aumentar a classificação, ainda melhor, pois será mais uma mais valia para

o próprio parque de campismo.

Quanto à pousada da juventude, com 5 valores em 5, esta deve ser mais

publicitada e sinalizada, uma vez que a sua classificação já não pode ser melhorada.

3.5.1.4 - Restauração

No que diz respeito à restauração, as suas referências não são más de todo,

apesar de apenas atingir 2,02 em 5 valores, este não é um cenário de todo negro

devido á grande exigência que existe nesta área. Contudo, atingir a perfeição deve

ser a missão de todos estes estabelecimentos, dando prioridade sempre à qualidade

e à satisfação dos clientes.

No que diz respeito à localização, com 4,67 em 5 valores, não há muito a

fazer, pois já é um valor óptimo. Resta apenas ao município sinalizar os mesmos

para se tornarem mais perceptíveis.

No que diz respeito à tipicidade, e uma vez que nos encontramos numa

região com muita tradição gastronómica, podemos dizer que os 1,92 valores em 5

possíveis são muito baixos. Deveria apostar-se na tipicidade da gastronomia, uma

vez que as tendências dos turistas indicam que estes valorizam cada vez mais a

experiência através da tipicidade e originalidade dos destinos.

3.5.1.5 - Actividade

Nas actividades, o que mais salta à vista é a pouca divulgação e sinalização

existente. Os 2,11 e os 1,11 da divulgação e da sinalização, respectivamente, são

muito baixos e carecem de melhorias. Devem ser tomadas iniciativas por parte das

próprias empresas com vista à melhoria da divulgação das mesmas, através de

cartazes e páginas na internet. Quanto aos trilhos desenvolvidos pelo município,

estes deveriam ser mais divulgados, na página internet da Câmara Municipal e do

posto de turismo. Deveriam ser feitos acordos com as empresas de actividades para

facilitar o acesso dos turistas aos equipamentos necessários para a

prática/realização dos trilhos (canoas, bicicletas, etc). No que diz respeito à

sinalização, o município deveria encarregar-se de sinalizar melhor estas situações,

uma vez que a sinalização serve muitas vezes de forma de divulgação.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 45 ~

No que diz respeito à disponibilidade para realização, com 4,78 em 5, não são

necessárias grandes melhorias e atenções, pois já é um valor elevado e que deve

ser mantido.

3.5.1.6 - Eventos religiosos

No que diz respeito aos eventos religiosos, o elemento da avaliação com

maior valor são as acessibilidades. Com 5 valores em 5 podemos afirmar que estão

reunidas condições para que os interessados se possam deslocar com segurança e

conforto até ao local da realização do evento. Não são necessárias melhorias nesta

área.

No que diz respeito à duração, com 4,78 valores em 5, podemos afirmar que

este montante é muito satisfatório. Uma vez que a duração dos eventos já provêm

da própria tradição do evento, não podem ser pedidas alterações neste elemento.

Elemento que já pode ser alvo de melhorias é a informação. Com 3,67 em 5,

este é um valor bom e satisfatório, mas que pode ser melhorado com recurso a

placares, panfletos, publicidade nas rádios locais e até nas páginas da internet do

município.

A notoriedade, que é outro factor que atrai visitantes, tem apenas 2,56 em 5

valores. Este poderá ser melhorado em sequência das medidas de optimização da

informação, devendo-se monitorar o efeito destas.

3.5.1.7 - Eventos gastronómicos

Nos eventos gastronómicos, a divulgação obteve classificação máxima de 5

valores, sendo então apenas necessário manter a divulgação com este valor

elevado.

A duração, com 3,67 em 5, é outro dos factores com boa classificação.

Apesar de os eventos apenas obterem este valor, há que ter em conta que um dos

eventos tem duas semanas de duração e outro um mês. Não são então necessárias

melhorias significativas neste elemento, mas sugerimos talvez que os eventos não

se realizem apenas em época alta, ou então que tenham uma edição em época

média e baixa, para que os próprios eventos sejam um atractivo em épocas com

menor procura turística.

A notoriedade dos eventos gastronómicos obteve 3 valores em 5. Podemos

sugerir que os eventos sejam mais divulgados no estrangeiro, para que aliados à

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 46 ~

sugestão de ocorrer em épocas com menos procura convide mais turistas a vir até

Esposende.

A periodicidade é o elemento com menor valor, com apenas 1 em 5 possíveis.

Conforme já sugerimos no parágrafo anterior, os eventos deveriam ocorrer em várias

épocas do ano para ajudar a combater a sazonalidade deste concelho.

3.5.1.8 - Eventos musicais

Nos eventos musicais a duração obteve nota máxima, 5 valores, o que

representa que este não é um sector a necessitar de intervenções. Contudo, e tal

como os eventos gastronómicos, sugerimos a realização deste tipo de eventos fora

da época alta, para combater a sazonalidade.

Relacionado com a questão da sazonalidade está o critério quantidade de

vezes ao ano, com 1 valor em 5, reforçando a ideia de que estes eventos deveriam

ocorrer não só no Verão, mas também em outras épocas do ano para aumentar o

número de turistas nessas épocas.

De seguida, a divulgação com 4,5 em 5 valores, o que também indica que não

é uma área com muitas carências.

Quanto às condições físicas dos eventos, estas tiveram apenas 1 valor em 5,

indicando que é uma área que merece grandes melhorias para poder receber melhor

e por conseguinte chamar mais pessoas.

No que diz respeito à notoriedade, com 2,5 em 5 valores, podemos dizer que

é uma área com necessidade de intervenção. Esta área poderá melhorar com

intervenção a mais publicidade e mais publicidade em mais meios e, através da

própria melhoria de instalações. Quanto mais satisfeitos os visitantes estiverem mais

e melhor eles vão falar do evento e seduzir mais pessoas a vir aos eventos.

3.5.1.9 - Eventos Desportivos

Nos eventos desportivos o elemento com maior classificação é a divulgação,

com 4,71 em 5 valores possíveis. Isto deve-se sobretudo ao facto de que a maioria

dos eventos são nacionais. Não há então necessidade de intervenções de momento,

a não ser as que visem manter este valor.

De seguida, temos a notoriedade com 4 valores, demonstrando que

possivelmente por os eventos serem nacionais a notoriedade já é por si elevada. Daí

que não sejam recomendadas alterações por falta da sua necessidade.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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A duração, com 2 valores em 5, indicam que os eventos são um pouco curtos

em relação ao desejado. Mas a verdade é que talvez não seja possível prolongar

mais esses eventos. Sugerimos ao concelho de Esposende que esteja atento, para

que se possa candidatar a alojar mais eventos, preferencialmente eventos já por si

com alguma notoriedade. Eventos que ocorram em épocas que não a alta são

também desejados.

Finalmente, a periodicidade, com 1 valor em 5, indicando que se confirma a

necessidade da sugestão anterior, de eventos que ocorram em época média e

baixa.

3.5.1.10 - Equipamentos Desportivos e de Lazer

Ao nível dos equipamentos desportivos e de lazer, o elemento disponibilidade

e o elemento conservação apresentam-se com nota máxima de 5 valores.

Concluímos então que não são necessárias alterações e intervenções nestes

aspectos, e sim apenas manter as condições actuais.

Quanto à sinalização, com 3 valores em 5 valores, concluímos que há

algumas atitudes que poderiam ser tomadas para melhorar a situação actual.

Sugerimos, ao menos, uma placa indicadora antes do local destes equipamentos,

para informar os interessados da sua localização. O melhor seria várias placas e a

sinalização destes equipamentos nos mapas da cidade.

Quanto à diversidade, com 1 valor em 5, concluímos que o Município poderia

trabalhar no sentido de oferecer mais diversidade aos utentes destes espaços, para

satisfazer pessoas com diferentes gostos. Um dos campos de futebol de 5 da cidade

de Esposende poderia ser reconvertido em polidesportivo, permitindo a prática de,

por exemplo, futebol, ténis e até basquetebol.

3.5.1.11 - Equipamentos Culturais

Nos equipamentos culturais o elemento com maior classificação é a

localização, com 4,2 em 5 valores. Isto porque a maioria dos equipamentos são

museus do centro da cidade de Esposende. Mais, este não é um elemento fácil de

mudar, tendo em conta os montantes envolvidos, daí que não achemos que seja

necessário fazer sugestões. O que achamos que pode e deve sim ser feito é

divulgação destes espaços nos sítios da internet das entidades do Município.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 48 ~

De seguida, a sinalização com 2,6 em 5 valores, o que nos indica que é um

sector com algumas carências. Alguns dos equipamentos não estão devidamente

sinalizados, e é nesse sentido que podem ser feitos alguns esforços. Aconselhamos

ainda a representação destes equipamentos no mapa da cidade, para os dar a

conhecer aos turistas.

Já a possibilidade de visita obteve apenas 2,2 em 5 valores, um valor baixo

que indica que há carências nesta área. A maioria destes equipamentos abre

apenas quando solicitado, e deveriam ser abertos pelo menos nas épocas com mais

turistas.

3.5.1.12 - Equipamentos Recreativos

Nos equipamentos recreativos não há muitas alterações e melhorias a

considerar.

O estado de conservação e a possibilidade de uso foram ambas classificadas

com nota máxima, 5 valores, o que indica que não necessitam de reestruturações. O

que se impõe é que se façam todos os esforços para manter estes elementos com a

actual classificação.

Já na disponibilidade, as duas piscinas são de entrada paga, o que se

compreende sendo que são negócios com o objectivo de dar lucro. Não podemos

então fazer alterações nesta situação, mas aconselhamos que estejam assinaladas

no mapa da cidade.

4 - Instrumentos de Gestão Territorial

Neste capítulo do nosso trabalho iremos apresentar as ideias principais dos

instrumentos de gestão territorial vigentes em Esposende. Esperamos assim

compreender melhor as restrições e condicionamentos previstos, as áreas que serão

mais encorajadas e as áreas mais faladas e ponderadas. Desta forma poderemos

entender as intenções e permissões em relação ao turismo de Esposende para

assim poder tirar no final conclusões válidas, inovadoras, coerentes e robustas.

Os instrumentos de gestão territorial vigentes no concelho de Esposende e

com informação relevante para a realização deste trabalho são:

• Plano Director Municipal;

• Plano de Ordenamento da Orla Costeira

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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• Plano de Ordenamento de Áreas Protegidas

• Plano da Bacia Hidrográfica do Cávado

• Plano da Bacia Hidrográfica do Lima

• Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Minho;

• Medidas Preventivas.

Na figura a seguir, iremos esquematizar a hierarquia destes documentos.

POAP POOC

PBHC PBHL

PDM MP

PROFBM

Instrumentos de Natureza

Especial

Instrumentos de Política Sectorial

Instrumentos Planeamento

Territorial

Instrumentos Desenvolvimen

to Territorial

Figura 1 - Hierarquia dos IGT

Nesta figura 1 podemos constatar as relações de hierarquia que os diversos

Instrumentos de Gestão territorial têm. Os instrumentos de Natureza especial e de

política sectorial estão hierarquicamente acima dos instrumentos municipais (de

planeamento territorial) pois definem regras ou orientações para situações

extraordinárias e que merecem especial atenção. Estes irão então influenciar o

que for definido por exemplo no PDM, pois acarretam orientações especiais e

totalmente especificas para essa situação.

De uma forma geral podemos dizer que a hierarquia pode ser definida do

particular para o geral, ou seja, os instrumentos que regem uma pequena área,

que será mais sensível, estão hierarquicamente acima dos que regem maiores

áreas, e menos especiais.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 50 ~

4.1 – PDM (Plano Director Municipal)

Plano Director Municipal (PDM) do Concelho de Espos ende

2ª Fase

O PDM é um Instrumento de Gestão Territorial municipal e que visa

estabelecer prioridades e organização na utilização do território. Após analisar o

PDM do concelho de Esposende, encontrámos alguns pontos relevantes para este

trabalho. Estes, são apresentados a seguir:

Em relação ao Rio Cávado e Rio Neiva pretende-se elaborar uma “carta de

Usos”, para desta forma potenciar os usos dos meios hídricos. De entre esses usos,

damos especial realce “à utilização do leito e margens para fins lúdicos e

recreativos”.

Nas povoações de Fão e Esposende e nas zonas ribeirinhas com maior

apetência para lazer e habitação de fim-de-semana e férias é necessário acautelar a

implantação de eventuais construções e demarcar uma zona chamada zona

“tampão” onde serão fortemente condicionadas novas construções devido ao risco

de cheias.

O areal situado a montante do Largo da Barca do Lago, designado Areal das

Oliveiras, é procurado no verão como zona de lazer. Contudo, não tem qualquer

estrutura de apoio, o que reduz a qualidade deste recurso. Contudo, esta zona fica

completamente submersa no inverso, e por isso a estrutura a colocar não poderá ser

fixa.

Também a zona da Barca do Lago é procurada e considerada apetecível

para lazer e recreio, em virtude das boas condições do local. Peca, mais uma vez,

pela falta de estruturas de apoio.

A área, na marginal a jusante da Ponte de Fão, também é muito procurada

para passeio e lazer. Contudo, e finalmente para contrariar a tendência, neste local

está prevista a implementação de equipamentos turísticos, desportivos e de

habitações.

Na zona designada de Marachão, foi construído um dique de protecção, para

evitar o avanço das águas do Rio. Esta zona é actualmente bastante procurada

devido ao seu fácil acesso e deslumbrante enquadramento paisagístico.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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A área da margem esquerda, na zona designada Barca do Lago, é muito

procurada durante o Verão para lazer e recreio. Nesta zona já estão criadas as

estruturas de apoio: instalações sanitárias e balneários.

A faixa marginal, situada a jusante do Caldeirão até à ponte de Fão, está

densamente ocupada com habitações, contudo está prevista a construção de alguns

equipamentos de apoio turístico-sociais, uma pousada da Juventude e uma unidade

hoteleira. Destas, a pousada da juventude já está construída e a funcionar, mas

espera-se a construção da unidade hoteleira. Ainda nesta zona, foi construído um

muro de protecção, o que veio favorecer a procura desta zona para lazer, pesca e

canoagem.

Na zona a jusante da ponte de Fão até à Foz ocorrem constantemente todos

os anos cheias, chegando até aos limites de duas unidades de alojamento ali

existentes. Nesta zona, estão previstas obras para a sede do Posto Náutico de Fão,

que também já foi atingido por cheias. Ainda nesta área, estão previstas diversas

infra-estruturas de apoio a práticas desportivas, pois é uma zona muito procurada

para este fim.

Para a zona conhecida por Barca do lago, na margem direita, existe um

estudo de viabilidade de um Aldeamento turístico para a Quinta da Barca do Lago.

Neste estudo, prevê-se a implementação de edifícios para habitação, hotelaria e

equipamentos, uma marina, uma piscina e um campo de golfe. Este Aldeamento

viria aumentar a oferta de alojamento e de actividades do concelho de Esposende.

Também a jusante da Ponte de Fão está prevista a implementação de um

aldeamento, equipamentos e infra-estruturas de apoio, com clube de ténis,

restaurantes, pista de saltos e um centro hípico. Mais para jusante está prevista a

criação de um centro lúdico, piscinas, clube de saúde e comércio e uma zona

polivalente. Perto do local dos Socorros a Náufragos pretende-se construir um Clube

Náutico, uma marina recreativa, instalações e serviços de apoio. Junto ao forte de S.

João Baptista prevê-se a criação de mais uma unidade Hoteleira, bem como

diversos equipamentos e infra-estruturas de apoio. Todos estes projectos

aumentariam imenso a oferta de actividades para ocupar o tempo dos turistas, bem

como o alojamento existente, aumentando a aptidão deste concelho para o turismo e

possivelmente aumentando o número de turistas.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 52 ~

A jusante do Caldeirão até à ponte pretende-se construir uma nova unidade

hoteleira. Talvez seja necessário verificar se será viável a construção de todas as

unidades hoteleiras previstas, e ainda controlar a capacidade de carga para que se

assegure que esta não seja ultrapassada.

A jusante da Ponte de Fão prevê-se a construção de um complexo

desportivo, que incluirá um circuito de manutenção, courts de ténis e uma pista de

skate. Mais uma vez, aumentará a oferta de actividades que é possível praticar no

concelho de Esposende, o que complementará a experiência dos turistas e poderá

aumentar a estadia destes.

Nas áreas ameaçadas pelas cheias está interdita a construção nos pontos

atingidos por cheias médias, e ainda uma faixa com construção condicionada, tendo

por suporte os pontos atingidos aquando de cheias excepcionais. Estas zonas com

construção condicionada vêem restringir a construção de novos edifícios, mas

também vêm assegurar a protecção de investimentos em zonas “perigosas”.

Para uma optimização do uso das capacidades do Rio Cávado é necessário

estabelecer um plano de protecção e melhoria das condições do Rio. Tal plano irá

visar uma melhoria das potencialidades do Rio com actividades de turismo e lazer,

principalmente nas seguintes zonas: junto ao dique do Marachão, Barca do Lago,

junto ao dique do Caldeirão e em ambas as margens a jusante da Ponte de Fão até

à Foz.

Na zona ribeirinha, junto a Santa Teca, o excelente enquadramento

paisagístico torna esta zona muito propícia para lazer e por isso com bastante

aptência para construção.

No que diz respeito à zona de confluência Rio-Mar, actualmente não é

propícia a prática de desportos náuticos. Contudo, a regularização das utilizações

dos meios hídricos pretende melhorar estas condições.

Já a zona entre Santa Teca e a Foz apresenta actualmente uma configuração

agradável à prática de desportos náuticos.

Conforme é possível constatar, os recursos naturais são muito valorizados no

Concelho de Esposende, e é por esse motivo que as condições que actualmente

não estão óptimas serão alvo de melhorias e de planos de requalificação.

Os recursos naturais são o maior motivo de atractivo de turistas, daí que

mereçam o maior cuidado e atenção.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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4.2 - POOC (Plano de Ordenamento da Orla Costeira)

Regulamento do Plano de Ordenamento da Orla Costeir a de Caminha-Espinho

O Plano de Ordenamento da Orla Costeira, POOC, tem a natureza de documento

administrativo e com ele se devem conformar os planos municipais e intermunicipais

de ordenamento de território, bem como os programas e projectos a realizar na sua

área de intervenção. Neste caso aplica-se ao concelho de Esposende em que serão

identificadas as medidas mais relevantes para o turismo.

No Artigo 7º são abordados os acessos à orla costeira, com as restrições de

abertura de novos acessos a esta orla, o acesso através de caminhos alternativos e

a proibição de pisar as dunas, em que o acesso à orla costeira terá de ser feito,

exclusivamente, através de passadiços sobrelevados, simples, confortáveis e

delimitados fisicamente. Os parques de estacionamento de apoio às praias, têm de

ser localizados em clareiras existentes e pavimentados com materiais permeáveis.

Trata-se de uma medida positiva para o turismo pois preserva o recurso que é a

praia.

Neste Artigo 8º, é mencionado as actividades interditas na orla costeira, como o

vazamento de entulho, lixo e sucata e todas as actividades poluentes, a instalação

de indústrias, e toda a circulação motorizada, cm excepção de veículos de

manutenção, emergência, socorro, fiscalização e os meios mecânicos de limpeza do

areal e do plano de água, medida positiva para preservação deste recurso.

O Artigo 9º refere-se ao Património edificado – arqueológico e arquitectónico, que

proíbe obras de demolição, reconstrução e ampliação e salvaguarda que qualquer

intervenção efectuada neste património, tenha de ter uma intervenção arqueológica

antecipada, pelo Instituto Português de Arqueologia, actual IGESPAR, medida que

visa a preservação do património e seu estudo, tornando o sítio mais favorável ao

desenvolvimento turístico.

O Artigo 10º menciona o âmbito em que se insere a Área de Protecção Costeira

(APC) e a sua importância na estabilidade do litoral a preservar e o investimento

público destinado à sua valorização e compatibilização com oportunidades

recreativas factor que beneficia o desenvolvimento turístico.

O Artigo 11º refere-se às restrições específicas nas APC, que interdita actos e

actividades como a introdução de novas espécies animais e botânicas, alteração da

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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morfologia do solo, extracção de minerais, a circulação de veículos, novas

construções, campismo, fazer fogueiras, sobrevoo de aeronaves abaixo dos 1000

pés e a instalação de vendas ambulantes. No ponto 2 tem as excepções ao disposto

anteriormente, sendo o mais relevante o que se refere à instalação de edifícios de

apoio e equipamentos de praia. Este aspecto é importante para o desenvolvimento

turístico, pois define a uniformidade dos apoios de praia e a preservação do espaço

da praia.

No Artigo 12º são mencionados os actos condicionados, onde se destaca como

mais importante a concessão de zonas de caça e pesca, bem como a correcção de

densidades de espécies cinegéticas. Neste caso trata-se de uma situação

importante pelo facto de se demarcar áreas cinegéticas, vendo-se a caça como um

factor de desenvolvimento turístico.

No Artigo 13º são referidas as praias em APC, as acções de intervenção e alteração

que possam mexer com a dinâmica costeira, impermeabilização ou poluição do solo.

Factor importante para a manutenção das praias, principal recurso turístico desta

região.

O Artigo 16º menciona as áreas agrícolas em APC, referindo-se à protecção destas

áreas, não permitindo alterações o seu uso, mantendo as práticas de cultivo

tradicionais, como é o caso dos campos de masseira na região de Apúlia, que neste

caso são por si só um factor de atracção turística pela sua originalidade, típica desta

região e pela sua antiguidade.

O Artigo 17º refere-se à protecção dos rochedos em APC, não permitindo a

alteração ao seu estado natural visando a manutenção da estabilidade biofísica e da

biodiversidade que lhe está associada. Esta medida é importante pelo facto de

preservar tanto a paisagem costeira como a manutenção dos bivalves.

O Artigo 18º fala das zonas húmidas em APC no que diz respeito às interdições em

relação à alteração da topografia do solo, o pisoteio e a ocupação e construções,

que irão mexer com a consolidação das dunas e com a própria paisagem.

No Artigo 19º são mencionados os estuários em APC, neste caso os dos rios Neiva

e Cávado, classificando os tipos de sistemas estuarinos: navegáveis e não

navegáveis. No caso dos sistemas estuarinos não navegáveis, ficam limitados à

prática de natação e de desportos náuticos não motorizados e à pesca. Estas áreas

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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são de importância para o desenvolvimento turístico pelo facto de identificar os

recursos possíveis em termos de turismo náutico.

O Artigo 20º refere-se aos equipamentos em APC que são integrados por

equipamentos recreativos e de lazer, turísticos e de saúde e de infra-estruturas de

estacionamento, saneamento básico e de apoio à pesca e aquicultura, que definem

os locais de possível investimento turístico.

No Artigo 21º refere-se à área de aplicação regulamentar dos PMOT que é a parte

de território incluída na área de intervenção do POOC que integra os espaços

classificados tais como urbanos, urbanizáveis, de equipamento e espaços industriais

que lhe sejam contíguos. Este é um elemento importante pois denomina os espaços

possíveis ou não, para investimentos turísticos.

O artigo 22º fala das restrições específicas na área de aplicação regulamentar de

aplicação dos PMOT, onde se dá maior importância às linhas de água, seus leitos e

margens, que devem ser mantidas e valorizadas, e ainda a garantia de criação de

espaços verdes, pois podem ser por si só um recurso turístico.

O Artigo 24º refere-se à barreira de protecção que inclui as faixas de APC,

consideradas indispensáveis para reter o avanço do mar, constituindo uma área nom

aedificandi, que prevê a manutenção da vegetação rasteira e arbustiva na barreira

de protecção, através da construção de passadiços sobrelevados e vedações que

impeçam o pisoteio e destruição da vegetação. Visa também a construção de

paliçadas que acumulem as areias, plantação de vegetação rasteira arbustiva por

forma a auxiliar o processo de retenção de areias. Trata-se de uma medida

importante para a manutenção das dunas e das praias que são um dos principais

recursos turísticos da região.

No Artigo 25º são referidas as zonas de risco, que inclui as áreas de aplicação

regulamentar dos PMOT onde se prevê o avanço do mar, através da proibição e

controlo de aprovação de novas construções, por se encontrarem nestas zonas. É

uma medida importante para o desenvolvimento turístico, pois não permitirá a

construção de infra-estruturas turísticas em zonas de risco.

O Artigo 26º refere-se às Unidades operativas de planeamento e gestão (UOPG)

integrada, a submeter a planos específicos, nomeadamente a PMOT ou a planos

cuja iniciativa da respectiva elaboração compete ao Instituto da Água (INAG),

incidindo estes últimos apenas sobre áreas do DPM. No Concelho de Esposende

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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apenas as UOPG das praias de São Bartolomeu do Mar e as do núcleo turístico de

Ofir estão incluídas no POOC e assinaladas na planta de síntese.

No Artigo 27º estão definidos os actos e actividades interditas, no POOC como

UOPG, tais como a criação de novos núcleos populacionais, construção,

reconstrução ou ampliação de edifícios ou outras estruturas em barreira de

protecção ou zona de risco, a instalação de explorações agrícolas, florestais e

minerais ou a alteração das já existentes, a alteração do coberto vegetal ou a

destruição de sebes vivas ou mortas, assim como a destruição de muros de pedra, a

abertura de novos caminhos ou estradas e o derrube de árvores, conforme descrito

nas alíneas a) a f) deste artigo.

O Artigo 30º refere-se à UOPG nº 3 – Praia de São Bartolomeu do Mar, e menciona

que será objecto de um plano de pormenor, a promover pela Câmara Municipal de

Esposende em articulação com o INAG., que será constituído por equacionar a

retirada progressiva das construções e delimitação de áreas de estacionamento,

podendo vir a ocupar com equipamentos a zona de expansão do núcleo urbano de

São Bartolomeu do Mar. Este plano terá em conta parâmetros como a edificação,

prevendo as acções de demolição necessárias e os espaços verdes, visando a

recuperação dunar. Este caso está referenciado pelo quadro nº 3 no anexo I deste

documento.

No Artigo 31º está referida a UOPG nº4 – Núcleo turístico de Ofir, em que será:

1. Objecto de um plano de pormenor precedido de uma análise de custo-

benefício, a promover, de forma articulada, pelo ICN e pela Câmara Municipal

de Esposende.

2. Constitui objectivo do plano mencionado no número anterior regulamentar a

intervenção no tecido edificado existente.

3. O plano deverá incidir sobre a edificação e os espaços verdes.

Este caso está referenciado pelo quadro nº 4 no anexo I deste documento.

O Capítulo VI refere-se às praias marítimas, à sua tipologia (Artigo 44º), às

actividades nelas interditas (Artigo 45º), ao dimensionamento de “áreas sujeitas a

concessão” (Artigo 46º), à sua caracterização (Artigo 47º), à sua ocupação ou

instalações nas praias marítimas em área de domínio público hídrico, aos apoios de

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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praia e à limpeza. Refere-se essencialmente à utilização e instalação de

equipamentos de apoios de praia.

No Artigo 52º fala-se da ocupação ou instalações nas praias marítimas em área de

domínio público hídrico e refere a sua utilização e as regras para a sua manutenção.

O Artigo 54º refere-se à localização e quantificação das instalações de apoio de

praia.

No Artigo 70º estão referidas as restrições relativas às infra-estruturas portuárias,

em que no ponto 3. menciona a localização dos portos de recreio e núcleos de

recreio náutico, caso importante para o desenvolvimento do turismo náutico.

4.3 - POAP (Plano de Ordenamento de Áreas Protegida s)

Análise do conteúdo do POPNLN Através do Decreto-Lei n.º 357/87 legislou-se uma antiga necessidade de

proteger e defender a orla costeira marítima nortenha de agressões diversas sejam

elas loteamentos clandestinos, urbanismo desordenado e extracção descontrolada

de areias. Serve assim, para proteger ecossistemas de rara importância. Assim, o

município de Esposende tomou a iniciativa de propor uma zona de costa protegida

de 18km que vai desde Apúlia até à Foz do Neiva.

Neste seguimento, em 2005, seguindo os critérios estabelecidos no Decreto-

Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro, a Área de Paisagem Protegida do litoral de

Esposende, foi reclassificada em Parque Natural pelo Decreto Regulamentar n.º

6/2005, de 21 de Julho, passando a designar-se Parque Natural do Litoral Norte

(PNLN), tendo, simultaneamente, sido alterados os respectivos limites.

“Esta reclassificação foi justificada pela necessidade de manter as medidas de protecção da

área em questão, constituída essencialmente por um cordão de praia arenosa e dunas primárias e

secundárias de grande instabilidade e em risco de erosão, que apresenta um enquadramento

ambiental, geológico e paisagístico verdadeiramente único, possuindo um dos mais elevados índices

de biodiversidade do País. Pretendeu -se, assim, defender um importante conjunto de valores

naturais e paisagísticos, prevenindo os riscos associados a pressões urbanísticas sobre uma zona

que constitui um notável património nacional e europeu.”

Este Decreto-Lei (POPNLN) estabelece os regimes de salvaguarda de

recursos e valores naturais e fixa os usos e o regime de gestão a observar na sua

área de intervenção com vista a garantir a conservação da natureza e da

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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biodiversidade, a manutenção e valorização da paisagem, a melhoria da qualidade

de vida e o desenvolvimento económico das populações aí presentes. Deste modo,

estabelece um conjunto de regras e limitações que devem ser cumpridas, bem

como, de intenções para este território.

Deste modo e, no seguimento da actividade de planeamento e gestão dos

recursos turísticos irá ser feita uma análise a este documento evidenciando todas as

resoluções de interesse turístico.

Na alínea d) do art.º n.º2 podemos ver que um dos objectivos para este

território é: enquadrar as actividades humanas através de uma ges tão racional

dos recursos naturais, incluindo o ordenamento agrí cola, agro-pecuário e

florestal, bem como as actividades de recreio, cult urais e turismo, com vista a

promover simultaneamente o desenvolvimento socioeco nómico e o bem-estar

das populações de forma sustentada, compatibilizand o estratégias e regras

dos diversos instrumentos de gestão territorial. Daqui podemos depreender que

as actividades de turismo e recreio são consideradas mas, terão algumas limitações

de acordo com o disposto no restante decreto. O desenvolvimento sustentado é uma

intenção presente, quer das populações quer do desenvolvimento económico

através da regulamentação presente nos diversos instrumentos existentes.

Na alínea e) do mesmo artigo encontramos o seguinte pressuposto:

promover o ordenamento dos diferentes usos e activi dades específicas da

área terrestre, estuarina e marinha, respectivament e o correcto ordenamento

das actividades de recreio e lazer e a exploração d os recursos pesqueiros do

Parque Natural do Litoral Norte, de forma a garanti r a sua sustentabilidade e a

minimização dos impactes sobre a biodiversidade. Assim, todas as actividades

de recreio marítimas terão, também, limitações e regras específicas que têm de ser

cumpridas com vista à preservação do Parque Natural do litoral Norte.

Nas alíneas g), i) e v) do art.º 4 podem ver-se as definições de competições

desportivas, de desportos motorizados e de turismo de natureza. Têm aqui lugar de

destaque porque, este decreto prevê a ocorrência destas actividades na área do

Parque Natural. «Competições desportivas» as actividades de naturez a

desportiva exercidas em regime de competição e devi damente enquadradas

pelas respectivas estruturas associativas ou federa tivas. «Desportos

motorizados» as actividades de carácter desportivo ou recreativo realizadas

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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com veículos motorizados, de água, terra ou ar, nom eadamente asa delta com

motor, motos e veículos de duas ou mais rodas, de e strada ou de todo-o-

terreno, esqui aquático, passeios e pesca com barco a motor, jet-ski e ainda

outros desportos e actividades de lazer para cuja p rática se recorra a motores

de autopropulsão, incluindo os motores de combustão , explosão, eléctricos ou

outros. «Turismo de natureza» o produto turístico c omposto por

estabelecimentos, actividades e serviços de alojame nto e animação turística e

ambiental realizados e prestados em zonas integrada s em áreas classificadas

ou noutras áreas com valores naturais. A apresentação destas definições neste

decreto serve para que se conheçam as aplicadas nesta ferramenta para que se

saiba o que se insere, ou não, na área em estudo.

O POPNLN, no art.º n.º 4, define algumas actividades que podem e devem

ser implementadas na área do Parque Natural. Assim, o turismo de natureza que

potencie a correcta fruição dos valores naturais do PNLN e promova o

desenvolvimento sustentável da região é uma das actividades em que se pode

apostar. O POPNLN considera este tipo de turismo uma mais-valia para a região e

para o seu desenvolvimento tanto económico como social. Considera ainda

importante, a divulgação, sinalização e gestão dos percursos in terpretativos ou

outros, associados a actividades recreativas, despo rtivas, culturais ou

educativas, visando o reconhecimento dos valores na turais, bem como a

fruição de ambiências e equipamentos locais . Deste modo apela a uma aposta

na informação e conhecimento de quem usufrui do parque para que deste possam

tirar o melhor partido enquanto o conservam. É uma maneira de capacitar as

populações para a importância da natureza e um reconhecimento do seu valor.

Outras das vertentes que promove é a recuperação e valorização do património

cultural, nomeadamente dos elementos arqueológicos e arquitectónicos mais

relevantes, compatibilizando o seu uso com os objec tivos de conservação da

natureza em coordenação com as entidades com compet ência na matéria. O

aproveitamento das vertentes naturais aliadas às vertentes culturais é definido como

aspecto a ter em conta e uma maneira de valorizar todo o território e de aproveitar

todos os seus recursos. Aposta assim, numa articulação de recursos de modo a que

todos sejam aproveitados.

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O art.º n.º8 do POPNLN define os actos e actividades interditos na zona do

Parque. Considera-se então interditos o sobrevoo por meios aéreos de desporto

e recreio fora dos canais de atravessamento autoriz ados, a destruição ou

delapidação do património cultural edificado, a ins talação de campos de golfe,

de oleodutos, de teleféricos, de funiculares e de e levadores panorâmicos ou

estruturas similares e a prática de campismo ou car avanismo fora dos locais

destinados para o efeito.

Além das actividades interditas o POPNLN define também actividades com

acção condicionada. Estas actividades terão de ter parecer vinculativo do ICNB, I.P.,

para poderem ser realizadas, além das outras autorizações legalmente exigidas.

São elas as seguintes: quaisquer obras de ampliação, construção e

reconstrução e a instalação e ampliação de parques de campismo e

caravanismo, equipamentos de lazer e recreio, explo rações agro-pecuárias e

agro-industriais, estufas, projectos de irrigação o u de tratamento de águas

residuais e estaleiros temporários ou permanentes. Além destas existem

também outras actividades condicionadas que precisam de autorização do ICNB,

I.P., para que se possam realizar. São elas: a realização de competições

desportivas ou de demonstração e a instalação de si nalética e de painéis de

índole cultural ou turística, com excepção da sinal ização específica decorrente

de obrigações legais.

O Parque Natural do litoral Norte tem áreas com diferentes níveis de

protecção. Existem as áreas de protecção parcial do tipo I e do tipo II. As áreas do

tipo I são as mais importantes e ricas em biodiversidade enquanto as do tipo II são

as suas envolventes mas que também têm algum interesse. Nas áreas de protecção

parcial do tipo II, segundo a alínea b) do art.º n.º 15, estão sujeitos a autorização por

parte do ICNB, I.P., as actividades de obras de reconstrução e ampliação de

edificações de apoio às actividades agrícolas, pecu árias e florestais ou ao

turismo natureza. Estas actividades terão de ser reguladas com base no art.º 33 do

mesmo decreto.

Existem ainda áreas de protecção complementar de tipo I e II. Estas são

zonas envolventes que estabelecem o enquadramento, transição ou amortecimento

de impactos das zonas de protecção complementar. As áreas de protecção

complementar do tipo II, segundo o art.º n.º 18, correspondem a áreas destinadas a

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recreio, lazer e infra-estruturas de estacionamento integradas no POOC de

Caminha-Espinho e/ou existentes, previstas ou admitidas nos PDM.

Este plano considera muitas áreas ligadas ao turismo, desde o turismo de

natureza e rural até actividades de lazer e recreativas. Na alínea c), do ponto 3, do

art.º n.º 32, podemos ver que a actividade florestal na área de intervenção do

POPNLN deve ser orientada no sentido de prosseguir com acções como: dinamizar

o aproveitamento dos espaços florestais para recrei o e lazer com o objectivo

de desenvolver o turismo em espaço rural e o turism o de natureza, quando

aplicável, valorizando a biodiversidade e os aspect os cénicos da paisagem.

O art.º 33º é um artigo complexo mas muito importante já que, diz respeito às

edificações e infra-estruturas. Assim, vemos que as obras de ampliação necessitam

de parecer do ICNB, I.P., e, os projectos de turismo de natureza, aqui mencionados,

não podem sofrer um aumento superior a 50% da área inicial e estão sujeitos aos

limites máximos de 500 m2. Quanto às obras de construção e reconstrução, estas

necessitam igualmente de autorização do ICNB, I.P., e observação de alguns

critérios como: as habitações isoladas, as edificações afectas ao t urismo de

natureza e outras construções que produzam efluente s susceptíveis de serem

lançados nos cursos ou planos de água devem ser obr igatoriamente ligados

aos sistemas de drenagem municipal ou, caso tal não seja viável, ser dotados

de fossas estanques ou de outros sistemas de tratam ento eficazes.

O art.º 34º é um artigo completamente voltado para o turismo de natureza.

Esta é uma área em grande aposta neste plano. Este artigo define como

modalidades de turismo de natureza para o Parque Natural do Litoral Norte o

alojamento, a animação, a interpretação ambiental e o desporto de natureza.

Podemos ainda ver que para este tipo de empreendimentos aplica-se a

regulamentação em vigor mas, tendo sempre em conta este regulamento. Assim,

neste território são permitidas obras de reconstrução, alteração e ampliação de

edificações existentes para turismo de natureza. Em qualquer uma das modalidades

devem ser observados critérios de boas práticas de gestão ambiental, devendo, no

caso do alojamento, os empreendimentos disporem de medidas de poupança de

água, de energia e de redução e separação dos resíduos. As iniciativas ou projectos

que integrem as actividades, os serviços e as instalações das modalidades vistas

anteriormente necessitam de licença emitida pelo ICNB, I.P. Além destes aspectos o

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ICNB, I.P., deve definir os locais de prática para os diferentes tipos de actividades

desportivas e recreativas, bem como os critérios para a boa execução das diferentes

actividades, para efeitos da elaboração da Carta de Desporto de Natureza, a qual

deve ser desenvolvida em articulação com a Câmara Municipal de Esposende. O

ICNB, I.P., tem ainda a capacidade de suspender, temporária ou permanentemente,

actividades de turismo se natureza em determinados locais do Parque Natural,

sempre que se verifique a sua incompatibilidade com a conservação dos valores

naturais presentes. Assim, podemos ver que o turismo de natureza é valido e

pensado na área do Parque Natural mas, que as actividades e empreendimentos

aqui realizados têm de ter em atenção critérios e cuidados com a área envolvente já

que correm o risco de ficar com a actividade interdita.

O POPNLN define ainda, no art.º 37, que devem ser promovidas actividades

como a promoção do turismo de natureza na óptica do desen volvimento

sustentável.

Além disso o art.º 38 define como actos e actividades interditas na área

marinha e estuarina a instalação de portos e marinas e o sobrevoo por m eios

aéreos de desporto e recreio fora dos canais de atr avessamento autorizados.

No art.º 39 podemos ver as actividades que além de não serem interditas são

condicionadas como a realização de concursos de pesca.

No art.º 43º, podemos ver que na área estuarina de protecção parcial do tipo I

são interditos as actividades de fundear embarcações de qualquer tipo, com

excepção das embarcações inseridas em projectos de turismo de natureza (entre

outros). Assim, para o turismo de natureza este tipo de actividade é permitido.

Podemos ainda ver que a navegação marítimo-turística para esta área de protecção

está sujeita a autorização por parte do ICNB, I.P.

O art.º 48.º é um artigo de intenções. Mostra que deveria ser definida uma

regulamentação específica para a pesca lúdica que colocasse condicionalismos a

esta actividade nomeadamente, restrições de dias de pesca; períodos de defeso;

limitação de captura por espécie, por praticante, p or empresa turística ou por

embarcação; limitação do número máximo de licenças; características das

artes e utensílios bem como condições de utilização .

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 63 ~

4.4 - PBHC (Plano da Bacia Hidrográfica do Cávado)

MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓR IO

Decreto Regulamentar n.º 17/2002 de 15 de Março

De acordo com o decreto regulamentar nº 17/2002 de 15 de Março para gerir

correctamente e modernamente os recursos hídricos é necessário definir uma

política de planeamento, com o objectivo de valorizar, proteger e gerir. Sendo assim,

surge o Plano de Bacia Hidrográfica (plano sectorial), determina a necessidade de

uma gestão rigorosa, a adopção de medidas específicas de prevenção, protecção,

recuperação e melhoria do estado dos meios hídrico, em articulação com o

ordenamento do território e conservação do ambiente.

Na PARTE I, CAPÍTULO 1 lê-se que os recursos hídricos são bastantes

importantes, como factor de desenvolvimento económico, bem como, para

actividades de Lazer, surgem assim, outros planos sectoriais, nomeadamente, o

plano de turismo. No CAPÍTULO 3, na ALÍNEA A o âmbito territorial do PBH do

Cávado, em que este é constituído pela bacia do rio Cávado, as ribeiras costeiras,

situadas a sul e norte da bacia, pertencentes aos concelhos de Póvoa de Varzim e

Esposende. A área do Plano confronta a norte com as bacias hidrográficas dos rios

Neiva e Lima. A região do PBH do Cávado inclui integralmente os concelhos de

Amares e Esposende e intersecta os seguintes 12: Barcelos, Boticas, Braga,

Cabeceiras de Basto, Montalegre, Ponte de Lima, Ponte da Barca, Póvoa de

Lanhoso, Póvoa de Varzim, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde.

CAPÍTULO 5, ALÍNEA B no curso do Cávado, a albufeira da caniçada está

sujeita a um plano de ordenamento. Abrange uma faixa da orla costeira com uma

largura variável que não excede 500 m contados a partir do limite da margem das

águas do mar. Relativamente a planos de ordenamento de áreas protegidas

(POAP), encontram-se classificados, na área do plano do Cávado, o Parque

Nacional da Peneda Gerês, cujo plano de ordenamento se encontra em revisão, e a

Área de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende, sem plano de ordenamento.

No CAPÍTULO 1, ALÍNEA B sobre a Sustentabilidade socioeconómica da

utilização dos recursos hídricos encontramos os usos não consumptivos em na

região do PBH do Cávado encontramos algumas actividades que estão

estreitamente relacionadas com os meios hídricos, têm significativa importância

económica e social, exemplo é a Navegação (troço de 5 km a partir da foz). É

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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também de destacar as actividades de recreio e lazer, a pesca e a piscicultura e o

turismo de saúde. CAPÍTULO 1 sobre Protecção das águas e controlo da poluição

na ALÍNEA A encontramos os principais problemas identificados e verificamos que

há uma elevada vulnerabilidade à poluição acidental das captações localizadas

nesses mesmos troços do Cávado, o que infelizmente, há uma ausência de um

plano de emergência para controlo de situações de ocorrência de poluição acidental:

má qualidade da água na zona litoral, destacando-se, com carácter generalizado, o

excesso de nitratos na água na zona do aquífero de Esposende. No CAPÍTULO 3

sobre a protecção da natureza na ALÍNEA C pode-se verificar os Objectivos

fundamentais de políticas de gestão dos recursos hídricos, em que, para o estuário

do rio Cávado foi estabelecido como objectivo único: promover a preservação e ou

recuperação de troços de especial interesse ambiental e paisagístico, das espécies

e habitats protegidos pela legislação nacional e comunitária e, nomeadamente, das

áreas classificadas, das galerias ripícolas e do estuário. No CAPÍTULO 2

(Programas de medidas) Quanto ao Subprograma e projectos do programa P01

(Melhoria da Qualidade da Água), destacam-se: Águas com Interesse

Conservacionista — Recuperação de Troços Degradados, que visa a melhoria das

condições de suporte da vida aquática dos ecossistemas terrestres associados, o

aumento da biodiversidade das espécies aquáticas e a valorização das zonas

turísticas, desportivas e recreativas. Os troços fluviais mais relevantes correspondem

ao rio Cávado no troço a jusante da foz do rio Homem, incluindo o estuário —

albufeiras do Alto Cávado, Paradela e Caniçada, no rio Cávado e albufeira da Venda

Nova, no rio Rabagão.

No CAPÍTULO 2, ALÍNEA C sobre a protecção dos Ecossistemas Aquáticos e

Terrestres Associados (P03), este programa tem como objectivo assegurar a

protecção dos meios aquáticos e ribeirinhos com interesse ecológico, a protecção e

recuperação de habitats e de condições de suporte das espécies nos meios hídricos

e no estuário. O estuário do rio Cávado possui uma área natural que não ultrapassa

os 5 ha ou 6 ha, nos quais o estado de conservação é relativamente satisfatório.

Estas áreas encontram-se maioritariamente na margem sul, em particular a zona de

sapal, desde a foz até Fão.

No CAPÍTULO 5 sobre ecossistemas aquáticos e terrestres associados na

ALÍNEA A sobre a situação actual e importância, verifica-se que a área abrangida

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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pelo PBH do Cávado integra áreas de declarada importância para a conservação da

natureza e oficialmente classificadas: zonas de protecção especial, onde se

enquadra a serra do Gerês; sítios Peneda - Gerês e litoral norte da Lista Nacional de

Sítios, zonas sensíveis como são o rio Cávado (Caniçada, Alto Cávado, Alto

Rabagão, Venda Nova e Paradela) e também áreas incluídas na Rede Nacional de

Áreas Protegidas, como é o Parque Nacional da Peneda-Gerês e a paisagem

protegida do litoral de Esposende. A região do Plano suporta comunidades

faunísticas e florísticas bastante diversas.

Todas estas actividades e zonas de clara importância para a conservação da

natureza, demonstram importância para o sector do turismo, dado tornarem-se

atractivos para turistas, recapitulando: Parte IV (Estratégias, medidas e

programação) no CAPÍTULO 1 sobre a Preservação e valorização ambiental do

meio hídrico e da paisagem associada vê-se que a bacia hidrográfica do Cávado

constitui um vasto território que suporta uma elevada diversidade de ecossistemas

faunísticos e florísticos, que se traduz em diversas áreas classificadas. No

Subprogramas e projectos do programa P10, os recursos hídricos potenciam novas

utilizações da água, incrementam a biodiversidade das espécies aquáticas e a

presença de espécies piscícolas de maior valor, valorizam a paisagem na

envolvente dos planos de água e desenvolvem o turismo e o desporto ligados à

água. No Subprogramas do programa P05 os recursos hídricos devem ser

valorizados, dado que permitem as actividades de pesca - Protecção e valorização

económica da fauna piscícola, recreio e lazer - Garantia de controlo de qualidade da

água; desenvolvimento turístico e das actividades de recreio e lazer, bem como, na

PARTE VI verifica-se a utilização de recursos hídricos para rega de campos

desportivos e de jardins públicos.

4.5 - PBHL (Plano da Bacia Hidrográfica do Lima)

MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓR IO

Decreto Regulamentar n.º 11/2002 de 8 de Março

O Decreto Regulamentar n.º 11/2002 de 8 de Março, também designado por

Plano de Bacia hidrográfica do Lima, tem por objectivo a valorização, a protecção e

a gestão equilibrada dos recursos hídricos nacionais, bem como a sua

harmonização com o desenvolvimento regional e sectorial através, da racionalização

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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dos seus usos.

Para isso, são estabelecidas neste plano algumas medidas, com vista a

atingir estes objectivos. Dessas medidas, as mais relevantes para o turismo, são a

seguir apresentadas. Contudo, este plano terá pouco impacto no concelho de

Esposende, uma vez que o plano que mais impacto tem neste concelho é o Plano

da Bacia hidrográfica do Cávado.

Na parte II, Capitulo 1, alínea b), “na região do PBH do Lima algumas

actividades não consumptivas, mas estreitamente relacionadas com os meios

hídricos, têm significativa importância económica e social. (…) Nas segundas,

poderão destacar-se as actividades de recreio e lazer, a pesca e a piscicultura. A

área do PBH do Lima apresenta grandes potencialidades no que se refere à

qualidade paisagística e riqueza piscícola e cinegética, permitindo práticas turísticas

e recreativas várias, nomeadamente os desportos náuticos e a utilização das praias

fluviais. A reabilitação dos meios hídricos, onde for necessária, e a preservação dos

respectivos padrões de qualidade são factores essenciais à sustentabilidade destas

últimas”. Este excerto informa que as actividades de recreio e lazer estão bem

presentes na bacia hidrográfica do Lima, e que têm uma grande importância

económica e social. Na segunda parte do excerto, é dito que é necessária uma

reabilitação dos meios hídricos, para preservar as condições para desportos

náuticos e utilização das praias fluviais. Esta reabilitação proporcionará melhores

condições de utilização, tornando-se mais atractivos, melhorando este recurso

turístico e uma mais-valia para o turismo deste concelho de Esposende.

No Capitulo 5, Ecossistemas aquáticos e terrestres associados, a) Situação

actual e importância, “Os cursos de água da área do Plano atravessam maciço

granítico e caracterizam-se por possuir uma reduzida quantidade de sais dissolvidos,

conferindo desta forma uma reduzida produtividade biológica”. Este excerto indica

que os cursos de água deste plano têm pouca produtividade piscícola, devido à

rocha que atravessam, o que reduz a actividade e atractividade turística. Este é um

efeito negativo para o turismo, e por consequência para o turismo desta região.

Ainda no mesmo capítulo, “Atendendo aos aspectos fIorísticos e de

vegetação, a biodiversidade vegetal, a organização e a estrutura das comunidades

ripárias analisadas constituem um geossistema muito sensível e facilmente

alterável.” Já neste excerto os efeitos já não são positivos, pois a vegetação é muito

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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sensível a alterações e necessita então de uma maior gestão e protecção.

Na parte III, no Capítulo 3, alínea c) Objectivos fundamentais de políticas de

gestão dos recursos hídricos, um dos objectivos expostos é “Promover a

preservação e ou recuperação de troços de especial interesse ambiental e

paisagístico, das espécies e dos habitats protegidos pela legislação nacional e

comunitária e, nomeadamente, das áreas classificadas, das galerias ripícolas e do

estuário”. Um dos objectivos fundamentais de políticas de gestão dos recursos

hídricos é o de proteger e recuperar os locais de especial interesse ambiental e

paisagístico. Estes locais são, devido à sua beleza paisagística, de interesse para o

turismo, e a sua protecção é do maior interesse do turismo.

No Capitulo 5, na alínea b) objectivos fundamentais de políticas de gestão

dos recursos hídricos, informa que “promover a identificação dos locais para uso

balnear ou prática de actividades de recreio, para a pesca ou navegação, para

extracção de inertes e outras actividades, desde que não promovem a degradação

das condições ambientais; Promover a valorização económica dos recursos hídricos,

privilegiando os empreendimentos de fins múltiplos”. A identificação dos locais para

uso balnear e com possibilidade de actividades de recreio permitirá uma melhor

preparação e supervisão destas mesmas áreas, aproveitando assim estes recursos

para o turismo da região. Conforme consta da segunda parte deste excerto,

privilegiar os empreendimentos de fins múltiplos é também benéfico para o turismo,

pois possibilita a construção de empreendimentos turísticos, que associados à

beleza paisagística da bacia do Lima podem tornar-se um grande chamariz e atrair

mais turistas.

No Capítulo 6, Articulação do ordenamento do território com o ordenamento

do domínio hídrico, alínea a) Principais problemas identificados consta que “A

expansão urbana, actual e programada no âmbito dos PDM, que coloca diversos

problemas ao equilíbrio dos recursos naturais, que se traduzem na artificialização

das margens, no aumento dos pontos de conflito com os recursos hídricos e

impermeabilização e contaminação de áreas de recarga de aquíferos;”. Isto revela

que a expansão urbana programada nos PDM está a ter efeitos negativos nos

recursos naturais, e é necessário então ter estes efeitos em conta e contrariar esta

tendência de destruição de recursos hídricos. Claro que estas restrições à

construção que são necessárias são por um lado prejudiciais ao turismo, pois

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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também condicionam as construções de empreendimentos turísticos, e por outro

lado benéficas, pois preservam-se os valores naturais que tanto atraem turistas a

esta região.

Na Parte IV, capítulo 1, Linhas estratégicas fundamentais, alínea F.5, consta

que a “Preservação e valorização ambiental do meio hídrico e da paisagem

associada através do condicionamento da utilização de recursos ou de zonas a

preservar e da definição de uma estratégia específica para a recuperação de

ecossistemas”.

No Capítulo 2, Alínea e) Valorização dos Recursos Hídricos (PO5), consta

que “Valorização das praias fluviais, envolvendo a elaboração de um estudo tendo

em vista a selecção de locais adequados para a criação das mesmas, seu

ordenamento, infra-estruturação, monitorização e controlo da qualidade da água;

Melhoria da oferta de locais para a prática de actividades de recreio e lazer”. Esta

valorização das praias fluviais, e melhoria de locais para a prática de actividades,

constituí uma forma de aumentar o potencial destes recursos turísticos, podendo

assim atrair mais turistas.

Ainda no capítulo 2, alínea l) Avaliação dos programas de medidas, conta-se

que “Pela sua natureza, os impactes biofísicos e socioeconómicos dos programas

de medidas propostos são intrinsecamente e globalmente positivos, uma vez que,

promovendo directa ou indirectamente a melhoria da qualidade da água, contribuem

para a melhoria da saúde pública e para o consequente aumento da produtividade

laboral, potenciam novas utilizações da água, incrementam a biodiversidade das

espécies aquáticas e a presença de espécies piscícolas de maior valor, valorizam a

paisagem na envolvente dos planos de água e desenvolvem o turismo e o desporto

ligados à água”. Neste excerto do Plano da bacia hidrográfica do Lima, relata-se que

as medidas em vigor estão a ter impacto positivo no que toca a preservar e valorizar

os recursos naturais destes planos de água.

Na parte V, alínea b) Indicadores de acompanhamento, relata-se que ”Quanto

a actividades muito dependentes da qualidade da água, como é o caso da pesca, da

piscicultura e do recreio e lazer, será previsível o seu desenvolvimento controlado,

dada a expectável melhoria da qualidade da água no meio hídrico”. Ou seja, é

previsível que se controle o desenvolvimento destas actividades acima referidas,

para que assim se possa preservar e melhorar a qualidade da água desta bacia do

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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Lima.

Na Parte VI, alínea e) Outras afectações, está registado no número 2 que “A

utilização de recursos hídricos para rega de campos desportivos e de jardins

públicos deverá ser equiparada à rega para fins agrícolas desde que a área regada

não exceda 5 há” e no número 4 que “Não se verificando todas as condições

indicadas no número anterior, a rega dos campos de golfe e dos jardins públicos

com mais de 5 ha deverá ser equiparada respectivamente aos usos industriais e aos

usos recreativos”. Nestes números são indicadas algumas medidas quanto ao uso

de água por parte dos campos de golfe. Mais uma vez não são estas medidas as

mais relevantes para o concelho de Esposende, mas sim as constantes no Plano da

Bacia hidrográfica do Cávado.

Na mesma parte, na alínea f) Dotações a considerar nos abastecimentos

urbanos, no número 7, consta que “consideram-se consumos equiparáveis aos

industriais os correspondentes, entre outros, às unidades turísticas e hoteleiras e

aos matadouros”. Nesta fase são expostas mais algumas medidas quanto à

utilização de recursos hídricos. Considerando os consumos industriais equivalentes

aos consumos das unidades turísticas.

Na Parte VI, Normas orientadoras, na alínea v) Articulação com o

ordenamento do território, consta que “Todos os instrumentos de planeamento que

definam ou determinem a ocupação física do território, nomeadamente os previstos

no artigo 2.0 do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, deverão, no âmbito da

sua área de intervenção, em articulação com o Plano de Bacia, integrar orientações

e condicionamentos, de âmbito respectivo, para todas as actividades por eles

reguladas que constituam ocupações e utilizações com potenciais impactes

significativos sobre o meio hídrico, designadamente:

(…)

h) Campos de golfe;

i) Espaços de recreio e lazer;”.

Neste excerto, é indicado que as ocupações e utilizações que tenham algum

impacto no meio hídrico têm de ser devidamente protegidas por condicionamentos

indicados nos respectivos planos. Estes condicionamentos poderão impedir a

construção de empreendimentos turísticos, mas irão proteger os recursos naturais

que atraem turistas até esta região. O papel destes condicionantes é importante,

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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apesar de se pensar que são extremamente inconvenientes, mas a protecção dos

recursos naturais deve ter prioridade.

4.6 - PROFBM (Plano Regional de Ordenamento Florest al do Baixo

Minho)

Segundo a análise ao Diário da República, 1ª Série – nº62 – de 28 de Março

de 2008, o PROF (Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Minho) tal

como o nome do plano indica, este plano está intimamente ligado à floresta.

O artigo 1, no 1º ponto diz que o PROF visa enquadrar e determinar regras

específicas de uso, ocupação, utilização e ordenamento florestal, de modo a

promover e defender a produção de bens e serviços e o desenvolvimento

sustentado destes espaços.

Já o 2º ponto está ligado à natureza, nomeadamente à produção, protecção,

conservação de habitats, fauna e flora, silvopastorícia, caça e pesca em águas

interiores, recreio e enquadramento paisagístico. Este parágrafo dá-nos a conhecer

como devemos cuidar da natureza e como devemos enquadra-lá.

No que diz respeito ao artigo 2, no primeiro ponto, refere que a região PROF Baixo

Minho (PROF BM) “localiza-se na parte Central da Região Norte, enquadrando-se

na região NUTS de nível II Norte e abrange parte dos territórios englobados na

NUTS III Ave e Cávado”, ou seja, este ponto faz um enquadramento e contextualiza

a região PROF do Baixo Minho.

Quanto ao artigo 3, no terceiro ponto, faz uma referência às PROF, integrando-as

“nos planos municipais de ordenamento do território (PMOT) e nos planos especiais

de ordenamento do território (PEOT)”.

Em relação ao artigo 4, alínea a), diz que existem regras para que as pessoas

cumpram e assim protejam florestas dos incêndios e de outros dados.

Relativamente ao mesmo artigo, todas as outras alíneas, desde a alínea b) até à

alínea h), referem-se às florestas. Primeiro refere o efeito da Biomassa florestal; em

segundo lugar, menciona a importância do corredor ecológico para a manutenção da

biodiversidade; em terceiro lugar, diz o que são espaços florestais; em quarto lugar,

explica o que são espaços florestais arborizados e na alínea seguinte refere o que

são espaços florestais não arborizados; a alínea h) fala-nos da exploração florestal e

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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agro-florestal. O resto das alíneas do artigo 4 continuam a referir aspectos ligados à

floresta.

O artigo 5 refere novamente o papel do PROF BM, referindo a importância que este

plano terá no futuro relativamente ao ordenamento dos espaços florestais.

Relativamente ao artigo 8, diz-nos qual a valorização que devemos dar às florestas.

Quanto ao nono artigo, menciona os objectivos do PROF BM em defender e

proteger as espécies florestais.

Já o artigo 15º refere o papel que se deve ter para promover a pesca.

Em relação aos artigos 16º e 20º, dizem-nos o que devemos fazer para dinamizar os

espaços florestais, tornando-os espaços de recreio, desenvolvendo o turismo

espaço rural e de natureza.

O resto da informação obtida neste documento, resume-se ao facto das áreas

florestais e a silvicultura serem mantidas; os espaços florestais continuarem iguais

aos anos anteriores; e, por fim, a área queimada anualmente prevê-se que continue

igual (1%).

4.7 - MP (Medidas Preventivas)

Segundo a análise do Diário da República, 2ª Série – nº136 – de 16de Julho

de 2008, e de acordo com o artigo 3, entre as linhas 8 e 11, a Variante EN 103 e as

áreas arqueológicas designadas “Mamoa do Outeiro” e “Mamoa do Outeiro/Rua

Nova” são zonas interditadas para fazer quaisquer operações urbanísticas.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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5 – Capacidade de Carga

Para tecermos uma estratégia para desenvolvimento do Concelho de

Esposende temos de ter em conta os impactos gerados pelo turismo. Desta forma,

tentaremos anular ou ao menos minimizar os impactos negativos desta actividade

para preservar o estilo de vida, o património e o ambiente natural envolvente. Isto vai

de acordo à política actual de sustentabilidade. De acordo com a Declaração de

Manila “todos os países deverem promover o desenvolvimento do turismo de forma

a salvaguardar adequadamente a gestão e conservação dos recursos ambientais”1.

Assim, iremos calcular a capacidade de carga deste concelho para

conseguirmos definir a estratégia mais correcta. A capacidade de carga consiste no

“número máximo de pessoas que podem usufruir de um determinado local sem que

se verifique uma alteração inaceitável do meio físico, e sem que ocorra uma

diminuição na qualidade da experiência dos próprios turistas, bem como qualquer

tipo de impacte negativo de âmbito social, económico ou cultural nesse local”2.

O indicador que iremos usar para calcular a capacidade de carga do concelho

de Esposende é a intensidade turística. “O indicador intensidade turística (Figura

413) avalia a pressão exercida pelos turistas que permaneceram em território

nacional, no ano de referência e é calculado através da razão entre o nº de dormidas

(em milhares) nos estabelecimentos hoteleiros e similares ao longo do ano de

referência e o nº de residentes (em centenas)”3.

De seguida, e tendo em conta o resultado, iremos constatar qual a situação

actual de sustentabilidade do turismo neste concelho. Segundo o Environment and

Tourism in the Context of Sustainable Development, a situação é considerada

sustentável se for inferior a 1,1 dormidas por residente, pouco sustentável entre 1,1

e 1,5, e é considerada insustentável se for superior a 1,64.

Assim efectuámos os cálculos com dados obtidos pelo Serviço de Turismo da

Câmara Municipal de Esposende (número de dormidas) e com dados do INE

(número da população e número de camas).

De seguida apresentamos uma imagem das contas e das tabelas efectuadas. 1 CCA (1980) 2 Mathieson and Wall (1982:21) 3 Ministério do Ambiente (1999:4139) 4 Environment and Tourism in the Context of Sustainable Development, (DGXI-EC)(1993:1) cit in Ministério do Ambiente (1999:413)

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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Como podemos ver na imagem, a intensidade turística do concelho de

Esposende é 3,99. Tendo em conta os valores do Environment and Tourism in the

Context of Sustainable Development, esta é uma situação altamente insustentável.

Isto indica que há uma necessidade de fechar estabelecimentos actualmente

abertos e proibir a abertura de novos.

Mas será que este valor anual mede com precisão o impacto turístico neste

concelho? O resultado deve-se sobretudo à pouca população deste concelho, de

modo que um valor elevado de dormidas iria causar este valor de intensidade

turística. Ainda, a sazonalidade evidente que se verifica neste concelho têm de ser

tida em conta. Assim, pensamos que será melhor medir este indicador mês a mês,

para obter resultados mais realistas.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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Conforme podemos ver na tabela e no gráfico, em nenhum mês o valor de 1,1

é ultrapassado, nem mesmo nos meses de verão em que há um visível aumento das

dormidas.

Assim, achamos que o turismo de Esposende se encontra actualmente numa

sólida situação sustentável, considerando-se praticável a abertura de mais

estabelecimentos de alojamento, mas sempre com a realização prévia de estudos

sobre os impactos negativos que esses estabelecimentos poderão ter em

Esposende.

6 - Cartografia

Na sequência da realização deste trabalho escrito elaborámos alguns mapas,

onde traçamos os limites do concelho de Esposende e das suas freguesias. De

seguida, colocámos todos os elementos avaliados na análise matricial em três

mapas, separando-os por:

• Património; • Oferta; • Eventos e equipamentos.

O método utilizado foi a impressão dos símbolos em papel autocolante, que

de seguida colámos nos respectivos mapas. Criámos também um símbolo para cada

grupo de recursos para que seja possível identificar os tipos de recursos somente

através da consulta dos mapas. Para complementar estes símbolos adicionamos

uma legenda alusiva aos recursos de cada mapa.

Utilizámos diversos meios para detectar os locais precisos da sua localização,

como:

• Google earth; • Valimar; • Google Maps; • Deslocação ao local.

De seguida, observámos os mapas como um todo, tendo por base a carta de

condicionantes, para podermos identificar áreas com características específicas

referentes ao tema deste trabalho, e assim iremos traçar um quarto mapa.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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Desta forma é-nos possível tecer algumas conclusões sobre estratégias a

seguir. Utilizámos então estes recursos para identificar zonas especiais para o

turismo. E assim identificámos quatro tipos de zonas:

• Zonas naturais a preservar; • Áreas turísticas; • Zonas com vocação prioritária turística; • Zonas sem interesse individual.

Os critérios de classificação utilizados tiveram em conta as zonas onde já há

um aproveitamento turístico, as zonas onde poderá haver aproveitamento turístico e

zonas naturais a preservar. As zonas com muita concentração de oferta e recursos

são as zonas que já estão a ser aproveitadas para a actividade turística. As zonas

onde há alguns recursos mas não há oferta, ou há em pouca quantidade, poderão

ser zonas com vocação turística, daí que se deva sugerir o aproveitamento dessas

zonas. As zonas naturais são desde logo zonas que devem ser protegidas e

preservadas. Não foram definidas outras zonas por não se ter encontrado outros

espaços com características comuns ou relevantes.

As zonas naturais a preservar englobam a faixa de orla costeira (prevista no

POOC) e a área do Parque Natural do Litoral Norte (P1 do mapa de Zonamento) e o

Monte que compreende a Senhora da Guia (Belinho) até ao São Lourenço (Vila

Chã), (P2 do mapa de Zonamento). São zonas com uma envolvente natural muito

específica e com potencial para atrair visitantes e turistas, daí que mereça todos os

cuidados e medidas de preservação do seu estado natural actual.

As áreas turísticas são zonas que actualmente já têm um conjunto

considerável de recursos e ofertas turísticas. Estas áreas são cinco; três

correspondem às freguesias de Esposende (Z1), Fão (Z2) e Apúlia (Z3), outra à

pequena zona denominada Quinta da Barca (Z4) e outra numa porção da freguesia

de Antas (Z5). Ao sobrepor os três mapas com os recursos avaliados iremos

constatar a grande concentração de oferta nestas áreas, concentração que não se

verifica em mais nenhuma das 15 freguesias, daí serem consideradas áreas

turísticas e merecerem especial atenção.

As zonas com vocação prioritária turística são zonas onde há recursos

turísticos e pouca ou nenhuma oferta. Devido à presença desses recursos essas

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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zonas merecem ser mais aproveitadas, construindo, ampliando ou melhorando a

oferta actual. Detectámos três zonas que classificámos como sendo zonas com

vocação turística: a zona costeira da freguesia de Marinhas (V1), a zona a sul da

Apúlia (V2), a zona na margem esquerda do rio Cávado na zona da Quinta da Barca

e a zona junto aos chamados Cavalos De Fão (V4).

A zona costeira da freguesia de Marinhas (V1) encontra-se junto ao mar, não

é alvo de condicionantes e é servida de praias, que se englobam na Área Protegida

do Litoral Norte. É uma zona próxima da cidade de Esposende, onde se encontra

uma enorme oferta de restaurantes e locais para visitar, mas é sobretudo uma zona

calma perto do mar, situada numa zona rural. Esta zona rural é uma zona cuja

principal actividade é a agrícola, e tem de ser assegurada a continuidade da

actividade agrícola nesta zona para manter o interesse turístico, uma vez que a

própria realidade rural e agrícola transmite algum interesse para o turismo.

A zona a sul da Apúlia (V2), encontra-se também perto do mar e das praias e

não é alvo de qualquer tipo de condicionantes. A sul, mas já no concelho da Povoa

de Varzim, encontra-se um campo de golfe de 18 buracos e a norte a freguesia de

Apúlia com um leque variado de restaurantes. É também uma zona calma, situada

numa zona rural e que deverá ser muito agradável para os seus amantes. Esta zona

rural é próxima das chamadas masseiras, que é um tipo muito particular de

agricultura. As masseiras são literalmente buracos grandes na areia das dunas onde

se pratica agricultura. Esta agricultura é a actividade principal desta área, e tem de

ser assegurada para que os amantes do mundo rural, da agricultura e das masseiras

tenham interesse em vir até Esposende. Poderiam também ser feitos estudos sobre

as masseiras da Apúlia e as suas particularidades e posteriormente organizadas

excursões para as divulgar, promover e mostrar. Os públicos alvo poderiam ser

escolas, alunos de Cursos Técnicos e Superiores relacionados com este tema e

mesmo especialistas da área.

O campo de golfe da Quinta da Barca é um campo pequeno de 9 buracos, daí

que não possam ser organizados aqui campeonatos de golfe. A zona na margem

esquerda do rio Cávado na zona da Quinta da Barca (V3) não tem qualquer

condicionante e pode ser utilizada para construir outros 9 buracos para assim

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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converter este campo de golfe num campo de 18 buracos no qual possam ser

realizados campeonatos. Estes campeonatos vão de encontro à nossa sugestão de

realização de mais eventos para desenvolver o turismo de Esposende.

A pequena zona já de mar junto aos chamados Cavalos de Fão (V4) é

conhecida por ter vários barcos naufragados. Bernardino Amândio5 é apenas um dos

que escreveram e alertaram para estes tesouros. Assim, considerámos que seria

viável explorar esta zona para poder descobrir estes tesouros culturais, fazer o

respectivo inventário e de seguida levar turistas a ver estes vestígios. Esta podia ser

mais uma área de intervenção do turismo do concelho de Esposende, apostando

num tipo de turismo diferente, com interesse e potencial.

Por fim as zonas sem potencial individual, é o restante território onde se

verifica a localização esporádica de alguns recursos turísticos, mas não o suficiente

para se justificar atenção e medidas especiais. Estes recursos turísticos podem ser

aproveitados como parte de um roteiro ou visitas guiadas ao concelho. Podem ser

incluídos nas rotas de passeios de BTT, de moto 4, a pé entre freguesias.

Importa referir que não encontrámos outras áreas que merecessem menção

ou especial atenção, devido à já referida dispersão dos recursos pelo território.

Contudo, sugerimos que o património monumental dessas zonas seja devidamente

preservado, para que tenha todas as condições de visita.

7 - Sugestões

Nesta parte do trabalho, importa mais uma vez referir que numa situação real

teria sido reunido um grupo de especialistas nas áreas envolvidas, para que as

sugestões tivessem em conta conhecimentos específicos de cada área e para que

nenhum elemento, factor ou situação fosse descurado.

Com base em todas as informações e conclusões já referidas, tecemos

algumas sugestões que consideramos serem as mais correctas para o

desenvolvimento sustentado do turismo em Esposende.

5 Amândio, Bernardino (1992) "A História Trágico Marítima de Esposende", Jornal Farol de Esposende, Esposende, nº 1 a nº32

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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As zonas P1 e P2 devem ser monitorizadas e preservadas devido à sua

componente natural. A zona P1 engloba toda a faixa de praia do concelho e o PNLN,

que corresponde a um dos motivos de atracção de turistas a este concelho, daí que

importe preservar esta área para manter a afluência de turistas. Conforme está

descrito no Regulamento Do Plano De Ordenamento Do Parque Natural Do Litoral

Norte6, na zona do Parque Natural do Litoral Norte é considerado como actividades

a desenvolver o turismo de natureza, que corresponde a um produto turístico

composto por estabelecimentos, actividades e serviços de alojamento e animação

turística e ambiental realizados e prestados em zonas integradas em áreas

classificadas ou noutras áreas com valores naturais. Esta é uma óptima área a

explorar para aqueles que querem um destino de natureza e ao mesmo tempo de

sol e praia, e poderia ser explorado com a implementação de um pequeno parque de

Bungalows, desde que fossem observados todos os cuidados com a preservação da

natureza. A zona P2 corresponde a um monte, o Monte de São Lourenço, e é uma

zona natural relativamente grande e que tem uma vista fascinante do seu topo para

o mar e povoações vizinhas.

Uma das sugestões que propomos para o concelho é a implementação de um

restaurante na zona da Senhora da Guia em Belinho. Esta zona está dotada de

óptimos acessos, de uma fantástica paisagem envolvente e de uma vista

panorâmica excepcional para as freguesias de Belinho, Mar, Marinhas, Esposende e

para o próprio oceano. Aqui deveria ser implementado um restaurante típico de

qualidade, que aliado à vista panorâmica poderá revelar-se uma óptima aposta.

Esposende foi outrora um importante caminho dos peregrinos de Santiago.

Actualmente o caminho utilizado pelos peregrinos é o do interior, que liga S. Pedro

de Rates a Ponte de Lima, passando por Barcelos. Assim, deveria apostar-se na

criação de um caminho do litoral, em parceria com os Municípios vizinhos, que

ligasse S. Pedro de Rates a Valença pelo litoral, atravessando o Concelho de

Esposende, em que se poderia mesmo criar um albergue para que os peregrinos

pernoitassem no Concelho, aumentando o número de turistas religiosos. E enquanto

estão em Esposende porque não mostrar-lhes os principais locais de peregrinação

do concelho para complementar a sua visita? Esposende tem nos Caminhos de

6 Regulamento Do Plano De Ordenamento Do Parque Natural Do Litoral Norte (2008;4)

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

~ 79 ~

Santiago mais uma oportunidade de aumentar o seu número de turistas em épocas

mais baixas.

A zona Z1, correspondente à freguesia de Esposende, é muito rica em

restaurantes e alojamento, mas carece de actividades diversas que os turistas

possam praticar, e é nessa área que incentivamos que se invista. O mesmo se

aplica às zonas Z2 e Z3, que compreendem muita oferta em alojamento e

restauração mas que peca na área de actividades. Iremos enunciar algumas

actividades passíveis de serem realizadas mais à frente.

As zonas Z4 e Z5 são pequenas porções de território mas que compreendem

um número considerável de oferta, merecendo então ser consideradas. A

particularidade destas zonas é que se encontram um pouco mais afastadas do mar,

e daí acharmos que alojamentos do tipo TER possam ter algum interesse e

viabilidade nestas zonas. O rio Cávado passa junto da Z4 e o rio Neiva junto da Z5,

daí que se possam associar actividades fluviais, como canoagem, e actividades de

recreio e lazer e desportivas, como passeios pedestres e passeios de bicicleta.

No que toca a prioridades chegámos à conclusão de que a primeira

preocupação deve ser a de promover mais eventos, sejam eles desportivos,

culturais, musicais ou de outro género, isto com vista a diminuir os efeitos da

sazonalidade, que são tão fortemente sentidos fora da época balnear. Estes eventos

podem ser realizados em conjunto com outros municípios e com entidades diversas.

Desta forma acreditamos aumentar o número de turistas e desenvolver o turismo de

forma sustentada e equilibrada.

De seguida achamos que devem ser reestruturadas as empresas de

actividades. As actuais somente fornecem actividades aquáticas e sobretudo

náuticas. É necessário oferecer uma panóplia muito mais alargada de actividades

para assim satisfazer todos os gostos e até cativar mais turistas. As actividades

podem ser canoagem, rappel, orientação, passeios pedestres, tiro com arco,

Paintball, arvorismo, passeios de BTT e slide. Desta forma poderemos associar ao

concelho de Esposende a ideia de destino de natureza e recreio para que não

subsista apenas o turismo de Sol e Mar. Associado a esta ideia podemos ainda

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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sugerir a colocação de um circuito de manutenção no Monte de São Lourenço, para

que as pessoas se possam dirigir a esse espaço para efectuar treinos desportivos.

De seguida defendemos a prática de pratos típicos da gastronomia desta

região nos restaurantes e a reestruturação de alguns estabelecimentos hoteleiros. A

tipicidade da gastronomia minhota é um recurso turístico com imenso potencial. É

ainda um dos produtos defendidos no PENT e acreditamos que poderá servir para

atrair novos turistas, caso este produto seja devidamente divulgado, e até satisfazer

actuais turistas que cada vez mais gostam de sentir e provar o que é original de uma

região ou país. Quanto à hotelaria consideramos que existem muitos

estabelecimentos de 2 e 3 estrelas e poucos de 4. Deveriam fazer-se esforços no

sentido de elevar a qualidade nos alojamentos actuais e ou substituí-los por hotéis

de 4 e até 5 estrelas. Note-se que não há um único hotel de 5 estrelas em

Esposende e alojamento de qualidade irá atrair turistas de qualidade, que é

exactamente o que poderá impulsionar o turismo e a própria economia local.

Por fim relembramos a construção de TER junto à Barca do Lago para

aproveitar a proximidade do rio, das actividades fluviais e do campo de golfe. Poderá

ser ainda considerado um restaurante, uma vez que não há nenhum próximo do

alojamento já existente nessa zona.

Os rios Cávado e Neiva podem ser melhor aproveitados. Já foram traçados

percursos para canoagem em ambos mas sem a devida divulgação os turistas não

têm conhecimento das actividades que podem praticar para passar o seu tempo

satisfeitos. Este é um ponto que falha neste município em muitos aspectos: a

divulgação. Seria proveitoso para Esposende apostar mais na promoção das suas

praias, da gastronomia regional, dos seus espaços verdes e futuras actividades de

recreio e lazer, para que os turistas escolham Esposende em vez de outros destinos

substitutos.

A protecção das zonas verdes no mapa, sobretudo a P1 e P2 não está

incluída nesta ordem de prioridades pois deve ser um cuidado constante e regular,

tendo em vista a sua importância para o turismo deste concelho.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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8 - Conclusão

Com a realização deste trabalho apercebemo-nos das várias tarefas e passos

da planificação e da sua complexidade. É um processo que exige atenção, muita

pesquisa e informação e um correcto tratamento da informação.

Achamos ainda correcto dizer que é um processo em que muitas vezes temos

de voltar atrás para melhorar algo, mas isso é bom pois vamos desta forma melhorar

também o próprio planeamento à medida que nos inteiramos melhor das situações.

Compreendemos ainda que é uma área sensível, pouco aprofundada e na

qual se exige muita antecipação, isto porque o turismo não tem só impactos

positivos, tem alguns impactos negativos que tem de ser previstos e evitados a todo

o custo para não prejudicar as comunidades nem o ambiente.

Constatámos que o processo de planeamento não pode ter em conta apenas

a visão de uma pessoa ou duas nem de uma só área, é um processo que deve

compreender um grupo de pessoas especialistas de várias áreas para que todos os

passos do planeamento tenham o ponto de vista de quem é mais entendido em cada

matéria. Desta forma as próprias conclusões serão mais facilmente aceites pelas

pessoas da área, pois não são apenas o ponto de vista de uma pessoa com uma

determinada formação, mas sim o resultado de vários pontos de vista sensíveis em

cada área.

Ao longo do trabalho, e agora já em relação ao caso prático de Esposende,

apercebemo-nos de que nem tudo é recurso turístico, e que o que já é recurso

turístico pode tornar-se facilmente obsoleto se não for devidamente acompanhado e

protegido.

A divulgação é uma das áreas com mais deficiências neste concelho e

acreditamos que uma melhor divulgação dos recursos, da oferta e das actividades

poderia atrair muitos mais turistas que estão ansiosos por encontrar o local ideal

para passar as suas férias em família.

Em suma, acreditamos que ficámos mais sensíveis para a questão do

planeamento e que ficámos capazes de tecer conclusões viáveis para a melhoria do

turismo do concelho de Esposende.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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9 - Bibliografia

• AAVV (1999), Para uma estratégia europeia de gestão integrada das zonas

costeiras, s.l., Direcções gerais do Ambiente, Segurança Nuclear e Protecção Civil e

Pesca; pp. 5-25

• Amândio, Bernardino (1992) "A História Trágico Marítima de Esposende",

Jornal Farol de Esposende, Esposende, nº 1 a nº32

• CCA (1980) Declaração de Manila, CCA, Manila

• Lopes, Raul (s.d.) Planeamento Municipal e intervenção autárquica no

desenvolvimento local, Escher Publicações, s.l.; pp. 9-44

• Ministério da Economia, Lisboa (2003) Plano de Desenvolvimento do Turismo,

Síntese das Medidas, Gabinete do Ministro, ME; pp. 1-19

• Ministério do Ambiente (s.d.) Relatório do Estado do Ambiente 1999 [on-line],

disponível em: http://www.iambiente.pt/rea99/rea99-45-455.htm

• Mathieson, Alister; Wall, geoffrey (1982), Tourism: economic, physical and

social impacts; Longman, Michigan

• Presidência do Concelho de Ministros (2008), REGULAMENTO DO PLANO

DE ORDENAMENTO DO PARQUE NATURAL DO LITORAL NORTE, Diário da

República, 1.ª série — N.º 228 — 24 de Novembro de 2008

• Vieira, João Martins (2007) Planeamento e Ordenamento Territorial do

Turismo, Lisboa-São Paulo, Editorial Verbo

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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10 - Apêndices

10.1 - Elementos da análise matricial dos recursos turísticos de

Esposende

10.2 - Critérios de avaliação dos Elementos da anál ise matricial

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10.3 - Tabela de avaliação do Património Cultural M onumental

10.4 - Tabela de avaliação do Património Natural

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10.5 - Tabela de avaliação do Alojamento

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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10.6 - Tabela de avaliação da Restauração

10.7 - Tabela de avaliação das actividades

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10.8 - Tabela de avaliação dos eventos religiosos

10.9 - Tabela de avaliação dos eventos gastronómico s

10.10 - Tabela de avaliação dos eventos musicais

10.11 - Tabela de avaliação dos eventos desportivos

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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10.12 - Tabela de avaliação dos equipamentos despor tivos e de lazer

10.13 - Tabela de avaliação dos equipamentos cultur ais

10.14 - Tabela de avaliação dos equipamentos recrea tivos

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10.15 - IRT – Cálculo Final

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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10.16 - Índice de intensidade turística e de sazona lidade

10.17 - Índice de intensidade turística e de sazona lidade

Seguem também em anexo 4 mapas em acetato:

- 1 mapa de património;

- 1 mapa de oferta;

- 1 mapa de eventos e equipamentos

- 1 mapa com zonamento.

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Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende

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11 – Anexos

11.1 - Registo das dormidas/hóspedes por mês no Concelho de Esposende em 2008

Fonte: Serviço de Turismo da Câmara Municipal de Esposende

11.2 - Dados para o cálculo da intensidade turística

Fonte: © INE, Portugal, 2008, Anuário Estatístico da Região Norte

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