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POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO
Curso de Turismo
2º Ano
Planeamento e Gestão dos Recursos Turísticos
Plano de desenvolvimento turístico do
concelho de Esposende
Discentes:
Alberto Magalhães, nº 6280
Anabela Teixeira, nº 6227
Carla Ribeiro, nº 5967
Carlos Domingues, nº 6161
Lara Loureiro, nº 6225
Ano lectivo: 2008-2009
Docente:
Drª. Goretti Silva
Viana do Castelo, 19 de Junho de 2009
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
Resumo
Este trabalho tem como objectivo traçar medidas objectivas para promover o
desenvolvimento turístico do concelho de Esposende.
A realização deste trabalho assenta nos seguintes passos: análise dos
recursos turísticos, análise dos Instrumentos de Gestão Territorial vigentes em
Esposende, cálculo e análise da Capacidade de Carga do concelho, elaboração de
cartografia com localização dos recursos turísticos e identificação de zonas com
vocação turística, zonas a preservar e zonas com aproveitamento turístico actual.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
Conteúdo 1 - Introdução .............................................................................................................. 1
2 - Metodologia ............................................................................................................ 2
3 - Análise matricial ..................................................................................................... 3
3.1 - Património ....................................................................................................... 3
3.1.1 - Património Cultural Monumental ............................................................... 4
3.1.1.1 - Acessibilidade ..................................................................................... 4
3.1.1.2 - Interpretação ...................................................................................... 5
3.1.1.3 - Estado de conservação ...................................................................... 5
3.1.1.4 - Disponibilidade ................................................................................... 6
3.1.1.5 - Sinalização ......................................................................................... 7
3.1.1.6 - Informação.......................................................................................... 7
3.1.1.7 - Classificação ...................................................................................... 8
3.1.2 - Património Natural .................................................................................... 9
3.1.2.1 - Acessibilidade ................................................................................... 10
3.1.2.2 - Interpretação .................................................................................... 10
3.1.2.3 - Limpeza ............................................................................................ 11
3.1.2.4 - Disponibilidade ................................................................................. 11
3.1.2.5 - Sinalização ....................................................................................... 12
3.1.2.6 - Classificação .................................................................................... 13
.3.2 - Oferta ............................................................................................................ 13
3.2.1 - Alojamento .............................................................................................. 13
3.2.1.1 – Estabelecimentos hoteleiros................................................................ 14
3.2.1.1.1 - Categoria ....................................................................................... 14
3.2.1.1.2 - Número de quartos ........................................................................ 15
3.2.1.2 – TER ..................................................................................................... 15
3.2.1.3 – Parques de Campismo ........................................................................ 16
3.2.1.3.1 – Classificação ................................................................................. 16
3.2.1.3.2 – Número de lugares ....................................................................... 16
3.2.1.4 – Pousada da Juventude ........................................................................ 17
3.2.1.4.1 – Número de Camas ........................................................................ 17
3.2.2 - Restauração ............................................................................................ 17
3.2.2.1 - Referências ...................................................................................... 18
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
3.2.2.2 - Localização....................................................................................... 18
3.2.2.3 - Tipicidade ......................................................................................... 19
3.2.3 - Actividades .............................................................................................. 19
3.2.3.1 - Divulgação ........................................................................................ 20
3.2.3.2 - Sinalização ....................................................................................... 21
3.2.3.3 - Disponibilidade para realização ........................................................ 21
3.3 - Eventos .......................................................................................................... 22
3.3.1 - Religiosos ............................................................................................... 22
3.3.1.1 - Notoriedade ...................................................................................... 22
3.3.1.2 - Duração ............................................................................................ 23
3.3.1.3 - Informação........................................................................................ 23
3.3.1.4 - Acessibilidades ................................................................................. 24
3.3.2 - Gastronómicos ........................................................................................ 24
3.3.2.1 - Periodicidade .................................................................................... 25
3.3.2.2 - Notoriedade ...................................................................................... 25
3.3.2.3 - Duração ............................................................................................ 26
3.3.2.4 - Divulgação ........................................................................................ 26
3.3.3 - Musicais .................................................................................................. 27
3.3.3.1 - Periodicidade .................................................................................... 27
3.3.3.2 - Duração ............................................................................................ 28
3.3.3.3 - Condições físicas ............................................................................. 28
3.3.3.4 - Divulgação ........................................................................................ 29
3.3.3.5 - Notoriedade ...................................................................................... 29
3.3.4 - Desportivos ............................................................................................. 30
3.3.4.1 - Periodicidade .................................................................................... 31
3.3.4.2 - Notoriedade ...................................................................................... 31
3.3.4.3 - Duração ............................................................................................ 32
3.3.4.4 - Divulgação ........................................................................................ 32
3.4 - Equipamentos ................................................................................................ 33
3.4.1 – Desportivos e de lazer ............................................................................ 33
3.4.1.1 - Diversidade....................................................................................... 34
3.4.1.2 - Sinalização ....................................................................................... 34
3.4.1.3 - Estado de conservação .................................................................... 35
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
3.4.1.4 - Disponibilidade de utilização ............................................................ 35
3.4.2 - Culturais .................................................................................................. 36
3.4.2.1 - Possibilidade de Visita ...................................................................... 36
3.4.2.2 - Localização....................................................................................... 37
3.4.2.3 - Sinalização ....................................................................................... 37
3.4.3 - Recreativos ............................................................................................. 38
3.4.3.1 - Disponibilidade ................................................................................. 39
3.4.3.2 - Possibilidade de uso ......................................................................... 39
3.4.3.3 - Estado de conservação .................................................................... 39
3.5 - Índice de Potencial Turístico (IPT) ................................................................. 40
3.5.1 - Análise .................................................................................................... 41
3.5.1.1 - Património Cultural Monumental ...................................................... 42
3.5.1.2 - Património Natural ............................................................................ 42
3.5.1.3 - Alojamento........................................................................................ 43
3.5.1.4 - Restauração ..................................................................................... 44
3.5.1.5 - Actividade ......................................................................................... 44
3.5.1.6 - Eventos religiosos ............................................................................ 45
3.5.1.7 - Eventos gastronómicos .................................................................... 45
3.5.1.8 - Eventos musicais .............................................................................. 46
3.5.1.9 - Eventos Desportivos ......................................................................... 46
3.5.1.10 - Equipamentos Desportivos e de Lazer ........................................... 47
3.5.1.11 - Equipamentos Culturais ................................................................. 47
3.5.1.12 - Equipamentos Recreativos ............................................................. 48
4 - Instrumentos de Gestão Territorial ....................................................................... 48
4.1 – PDM (Plano Director Municipal) .................................................................... 50
4.2 - POOC (Plano de Ordenamento da Orla Costeira) ......................................... 53
4.3 - POAP (Plano de Ordenamento de Áreas Protegidas) ................................... 57
4.4 - PBHC (Plano da Bacia Hidrográfica do Cávado) ........................................... 63
4.5 - PBHL (Plano da Bacia Hidrográfica do Lima) ................................................ 65
4.6 - PROFBM (Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Minho) ........ 70
4.7 - MP (Medidas Preventivas) ............................................................................. 71
5 – Capacidade de Carga ......................................................................................... 72
6 - Cartografia ........................................................................................................... 74
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
7 - Sugestões ............................................................................................................ 77
8 - Conclusão ............................................................................................................ 81
9 - Bibliografia ........................................................................................................... 82
10 - Apêndices .......................................................................................................... 83
10.1 - Elementos da análise matricial dos recursos turísticos de Esposende 83
10.2 - Critérios de avaliação dos Elementos da análise matricial ................... 83
10.3 - Tabela de avaliação do Património Cultural Monumental .................... 84
10.4 - Tabela de avaliação do Património Natural .......................................... 84
10.5 - Tabela de avaliação do Alojamento ...................................................... 85
10.6 - Tabela de avaliação da Restauração ................................................... 86
10.7 - Tabela de avaliação das actividades .................................................... 86
10.8 - Tabela de avaliação dos eventos religiosos ......................................... 87
10.9 - Tabela de avaliação dos eventos gastronómicos ................................. 87
10.10 - Tabela de avaliação dos eventos musicais ........................................ 87
10.11 - Tabela de avaliação dos eventos desportivos .................................... 87
10.12 - Tabela de avaliação dos equipamentos desportivos e de lazer ......... 88
10.13 - Tabela de avaliação dos equipamentos culturais ............................... 88
10.14 - Tabela de avaliação dos equipamentos recreativos ........................... 88
10.15 - IRT – Cálculo Final ............................................................................. 89
10.16 - Índice de intensidade turística e de sazonalidade .............................. 90
10.17 - Índice de intensidade turística e de sazonalidade .............................. 90
11 – Anexos .............................................................................................................. 91
11.1 - Registo das dormidas/hóspedes por mês no Concelho de Esposende em 2008 .......................................................................................................... 91
11.2 - Dados para o cálculo da intensidade turística ...................................... 91
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 1 ~
1 - Introdução
Este trabalho surge no seguimento da avaliação da disciplina de Planeamento
e Gestão dos Recursos Turísticos. Para a realização deste trabalho foi-nos pedido
pela docente que com os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas traçássemos
um plano de desenvolvimento do turismo de um concelho à nossa escolha.
Escolhemos o concelho de Esposende.
Para isso procedemos à recolha de informação relativa aos recursos turísticos
deste concelho e avaliámos esses recursos com critérios traçados por nós como
sendo os mais relevantes em cada categoria (património, alojamento, restauração,
actividades, eventos, equipamentos).
De seguida procedemos à análise dos Instrumentos de Gestão Territorial para
encontrar quais as medidas em vigor que poderiam beneficiar ou prejudicar o
turismo deste concelho.
Procedemos ainda ao cálculo da capacidade de carga deste concelho através
do indicador de Intensidade turística, para analisar a sustentabilidade do turismo
neste mesmo concelho.
Por fim traçámos mapas com a localização de todos os recursos turísticos
avaliados para descobrir, com a ajuda da carta de condicionantes, zonas específicas
com interesse particular para o turismo.
Para proceder à realização deste plano de desenvolvimento é necessário
fazer uma análise do aproveitamento actual para que se possam sugerir no final
medidas especificas que visem aumentar se forma sustentada o número de turistas
do concelho de Esposende e por conseguinte, melhorar o turismo do concelho.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 2 ~
2 - Metodologia
Este trabalho baseou-se sobretudo em fontes primárias, uma vez que a
maioria da informação foi produzida por nós, através de análises, conclusões,
propostas e sugestões.
Contudo, foi necessário recorrer a fontes secundárias para a realização deste
trabalho, pois foram necessários dados fornecidos pelo Turismo de Portugal, IP,
pelos Serviços de Turismo da Câmara Municipal de Esposende e ainda dados
recolhidos no sítio na internet do Instituto Nacional de Estatística.
Consultámos ainda diversas obras literárias que abordam este tema e
também outros trabalhos semelhantes, para que pudéssemos ter uma visão de todo
e para que pudéssemos concluir quais os meios a utilizar para chegar aos fins.
Acima de tudo foi necessário combinar todas estas fontes para que
pudéssemos realizar um trabalho completo, íntegro e rigoroso, que abordasse todos
os passos do planeamento e que levasse a conclusões válidas e sérias.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 3 ~
3 - Análise matricial
Para iniciar o plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende é
necessário começar em primeiro efectuar alguns estudos e levantamentos de
informação que nos permitam avaliar o peso que cada recurso turístico tem para
este concelho.
Com esse intuito desenvolvemos alguns critérios quantificáveis para cada
recurso turístico para assim avaliarmos a situação actual dos recursos de
Esposende no que toca à sua aptidão enquanto recurso turístico mas também
avaliar a atracção que cada recurso tem nos turistas.
No final, com os critérios definidos, iremos classificar os recursos turísticos do
concelho de Esposende com esses critérios, e através de uma matriz iremos calcular
o valor do Índice de Potencial turístico do concelho de Esposende.
Com essa mesma matriz, é possível efectuar uma análise matricial, e obter
conclusões sobre os recursos mais importantes para o turismo do concelho e
também os que mais necessitam de melhorias.
3.1 - Património
Os tipos de património visíveis em Esposende com influência no turismo do
concelho são o património cultural monumental e o património Natural.
O património Natural representa para Esposende o património que mais
turistas atrai, e por esse motivo deverá ter um valor superior ao valor do património
cultural monumental. Assim, o valor do património natural terá o valor de 65% do
património e o património cultural monumental terá o valor de 35% do total do
património.
De seguida iremos apresentar as tabelas e os critérios utilizados para avaliar
o património do concelho de Esposende.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 4 ~
3.1.1 - Património Cultural Monumental
Para avaliarmos a importância que o património cultural tem para o concelho
de Esposende temos de definir alguns critérios. Estes critérios têm de ter em conta
os factores decisivos para a classificação adequada deste património. Para o
património cultural definimos como critérios a considerar os seguintes:
1. Acessibilidade;
2. Interpretação;
3. Estado de conservação;
4. Disponibilidade;
5. Sinalização;
6. Informação;
7. Classificação.
Quanto ao valor de cada critério, a distribuição dos 100% totais foi feita de
forma equitativa, sendo atribuídos 15% aos critérios acessibilidade, interpretação,
conservação, disponibilidade, sinalização e informação. Ao critério classificação
atribuímos 10%, não muito menos que os outros critérios, mas considerámos que os
monumentos são conhecidos pelas suas peculiaridades e características próprias e
que o facto de serem ou não classificados não influenciará a escolha de visita.
3.1.1.1 - Acessibilidade
Como acessibilidade, consideramos ser as infra-estruturas que proporcionam
o deslocamento dos turistas ou visitantes até ao local. A escala vai de 1 (mais baixo)
a 5 (mais alto). Sem acesso (1) considera-se quando não tem forma cómoda de
chegar ao local, somente a pé e por caminhos acidentados e difíceis de transpor.
Acesso em terra batida a pé (2) será quando existe um acesso em terra batida ao
local que permite a deslocação a pé, não permitindo ainda assim o uso de viaturas.
Acesso em terra batida com viatura (3) será quando existe um caminho em terra
batida que permita a deslocação até ao local mas não tenha boas condições, com
terreno acidentado, formando-se poças de água e lama. Bons acessos em terra
batida (4), será quando existe um caminho em terra batida mas com óptimas
condições, sem acidentes no terreno e no qual não se formam poças de água e
lama. Bons acessos em asfalto (5), será quando existe uma estrada em asfalto até
ao local que permite em segurança e com comodidade a deslocação até ao local.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 5 ~
Condição Peso
do
critério
Sem
acesso
Acesso
em terra
batida a
pé
Acesso em
terra batida
com viatura
Bons
acessos em
terra batida
ou paralelo
Bons
acessos em
asfalto
Valor 15% 1 2 3 4 5
3.1.1.2 - Interpretação
Para o conceito interpretação estabelecemos a mesma escala de 1 (mais
baixo) a 5 (mais alto). Sem interpretação (1) consideramos quando um qualquer
elemento de património não tenha qualquer placa com informações sobre a
construção ou sobre a sua interpretação, nem placas nos locais mais importantes
para os assinalar. Com placas informativas (2) será quando no local do património
estiver colocada uma placa informativa sobre a construção e função do local. Com
placas interpretativas (3) representará as situações em que exista no local uma
placa que para além da informação sobre a construção explique de forma sucinta as
utilidades e constituintes do património monumental. Com painel interpretativo (4)
será as situações em que no local esteja um painel interpretativo com todas as
informações relevantes sobre o imóvel, com explicações sucintas e plantas do
património. Com maqueta ou reconstituição (5) serão as situações em que no local
se encontrem maquetas ou reconstituições com vista a elucidar as formas e
dimensões do património, bem como demonstrar como seriam alguns elementos
que já se encontrem destruídos ou em elevado grau de degradação.
Condição Peso do
Critério
Sem
interpretação
Com placas
informativas
Com placas
interpretativ
as
Com painel
interpretativ
o
Maqueta ou
reconstituiçao
Valor 15% 1 2 3 4 5
3.1.1.3 - Estado de conservação
O critério estado de conservação pretende avaliar, conforme o próprio nome
indica, o estado de conservação do património e a sua aptidão para visita em termos
de segurança. Assim, definimos: não visitável (1), para quando o estado de
degradação não permite a visita em segurança e o imóvel tem de ser fechado ao
público; em ruínas (2), para quando o imóvel se encontra em considerável estado de
degradação, tornando as visitas desagradáveis e transparecendo uma errada
percepção do património; em recuperação (3), para quando o património se encontra
a sofrer obras de restauro, que visam melhorar as condições de visita e de
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 6 ~
segurança, ao mesmo tempo que se preserva o mesmo; bom estado de
conservação (4), para quando o imóvel ainda se encontra num estado próximo do
seu estado normal, as visitas são asseguradas em segurança e o património se
encontra relativamente preservado; foi alvo de requalificação (5), representará as
situações em que o património foi alvo de requalificação, sendo que as suas
condições de visita e preservação foram melhoradas, permitindo aumentar a vida do
património e providenciando condições excepcionais de visita e compreensão do
mesmo.
Condição Peso
do
critério
Não
visitável
Em
ruínas
Em
recuperação
Bom estado de
conservação
Foi alvo de
requalificação
Valor 15% 1 2 3 4 5
3.1.1.4 - Disponibilidade
O critério disponibilidade pretende avaliar a facilidade com que os turistas e
visitantes podem visitar o património monumental. Assim, foram definidos os
seguintes aspectos: fechado (1), significa que o património não é visitável por se
encontrar permanentemente e indefinidamente fechado; aberto sob solicitação (2),
representará as situações em que é necessário solicitar a abertura do património a
um encarregado ou a autorização para a visita; aberto parcialmente (3), representará
as situações em que o património se encontra aberto para visita durante algumas
horas por dia ou em alguns dias (por exemplo, durante a semana ou durante o fim-
de-semana), e o seu horário de visita deve estar exposto no exterior para informar
os interessados; aberto todos os dias (4), representará as situações em que o
património esteja aberto e disponível para visita todos os dias da semana, e o
horário de abertura e encerramento deve igualmente estar exposto no exterior para
que os interessados tenham forma de ter conhecimento; aberto com visitas guiadas
(5), representará as situações em que o património esteja aberto e disponível para
visita todos os dias da semana, com possibilidade de visitas guiadas.
Condição Peso
do
critério
Fechado Aberto sob
solicitação
Aberto
parcialmente
Aberto todos
os dias
Aberto com
visitas
guiadas
Valor 15% 1 2 3 4 5
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 7 ~
3.1.1.5 - Sinalização
O critério sinalização pretende avaliar a informação de direcção e localização
existente referente a determinado património imóvel. Assim definimos os seguintes
aspectos: inexistente (1), que corresponde às situações em que não há nenhuma
placa, mapa ou outro método informativo da localização; referência na placa de boas
vindas à entrada do concelho (2) corresponde às situações em que existe referência
a determinado património imóvel na placa de boas vindas do concelho, assim pelo
menos estará a ser divulgado e a indicar que esse património se encontra neste
concelho ou quando existe ao menos uma única placa indicadora de direcção; mapa
da cidade (3), corresponde às situações em que o património imóvel se encontra
assinalado no mapa da cidade, indicando assim a sua localização e divulgando-o um
pouco; placas desde o posto de turismo (4), corresponde às situações em que
determinado património imóvel se encontra assinalado com placas desde o posto de
turismo, tornando assim a sua localização muito mais acessível, mesmo para quem
não seguir as placas desde o posto de turismo; sinalização nos aparelhos de GPS
(5), corresponde às situações em que determinado património imóvel se encontra
referenciado nos sistemas de GPS, tornando assim mais fácil a deslocação até este,
ao mesmo tempo que o pode divulgar a quem procurar património neste concelho.
Condiç ão Peso
do
critério
Inexistente Referência
na placa de
boas vindas
à entrada do
concelho ou
uma placa
de indicação
de direcção
Mapa
da
cidade
Placas
desde
posto de
turismo
Sinalização
nos
aparelhos de
GPS
Valor 15% 1 2 3 4 5
3.1.1.6 - Informação
O critério avaliação dispõe-se avaliar a informação e divulgação que existe
sobre determinado património imóvel. A informação é importante no sentido que
esclarece dúvidas que as pessoas possam ter sobre a época, função, entre outros
aspectos, e por vezes até alertar as pessoas para fazerem uma visita a essa peça
do património imóvel. Assim, definimos: inexistente (1), para quando não exista
informação sobre determinado património imóvel nem no posto de turismo nem no
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 8 ~
próprio local; panfletos / brochuras no posto de turismo em Português (2),
corresponde às situações em que existam panfletos e brochuras em Português no
posto de turismo, constituindo fonte de divulgação e esclarecimento de dúvidas para
os possíveis visitantes dessa peça de património imóvel; panfletos / brochuras no
posto de turismo em Português e em várias línguas (3) representa as situações em
que existem panfletos ou brochuras no posto de turismo em várias línguas para além
do Português, dando assim a possibilidade a estrangeiros de visitar e poderem
entender o património imóvel; panfletos ou brochuras no posto de turismo e no local
em Português (4), corresponde às situações em que existam panfletos ou brochuras
em Português no posto de turismo bem como no local da peça do património imóvel,
constituindo no posto de turismo sobretudo fonte de divulgação e no local fonte de
esclarecimento de dúvidas, mas somente para turistas nacionais; panfletos ou
brochuras no posto de turismo e no local em Português e em várias línguas (5),
corresponde às situações em que existam panfletos ou brochuras em Português e
em outras línguas no posto de turismo bem como no local da peça do património
imóvel, constituindo no posto de turismo principalmente fonte de divulgação e no
local fonte de esclarecimento de dúvidas, para turistas nacionais e estrangeiros,
aumentando assim o público e a afluência ao património imóvel.
Condição Peso
do
critério
Inexistente Panfletos/
brochuras
no posto de
turismo em
Português
Panfletos/
brochuras
no posto de
turismo em
Português e
em várias
línguas
Panfletos/
brochuras
no posto de
turismo e
no local em
Português
Panfletos/
brochuras
no posto de
turismo e
no local em
Português e
em várias
línguas
Valor 15% 1 2 3 4 5
3.1.1.7 - Classificação
O critério classificação refere-se à classificação atribuída pelos órgãos
competentes para esse efeito, e que como é atribuída segundo as características
únicas ou especiais do património será representativa da importância de cada peça
do património imóvel, e assim indicativa dos locais com maior interesse. Assim
sendo, e seguindo as classificações existentes, atribuímos: não classificado (1), para
definir as peças de património imóvel que não tenham sido ainda classificadas ou
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 9 ~
que após o processo de classificação não tenham sido classificadas; em
classificação (2), serão as situações em que o processo de classificação está a ser
efectuado e ainda se desconhece a decisão final; Património Municipal (3),
corresponde às situações em que o imóvel foi classificado como tendo importância
concelhia, constituindo factor de orgulho e de excepcionalidade para o concelho.
Património Público (4), serão as situações em que o património foi classificado como
tendo importância pública e Património Nacional (5) serão as situações em que o
património tenha sido classificado como tendo importância nacional. As peças de
património com esta classificação normalmente são mais divulgadas e efectivamente
são extraordinárias, mas o próprio título de Património Nacional poderá despertar
interesse em visitar o imóvel assim classificado.
Condiçã
o
Peso
do
Critéri
o
Não
classificado
Em
classificação
Património
Municipal
Património
Público –
Imóvel
interesse
público
Património
Nacional
Valor 10% 1 2 3 4 5
3.1.2 - Património Natural
• Acessibilidade
• Interpretação
• Limpeza
• Disponibilidade
• Sinalização
• Classificação
Para os critérios do património natural decidimos atribuir valores relativamente
iguais, para que um não afectasse o resultado final. Ainda assim, acordamos que
alguns seriam mais importantes e deveriam ter um maior valor, enquanto que outros
que parecem ser um dado adquirido no património natural deveriam ter um valor
inferior. Assim, definimos 30% para a interpretação e para a classificação, 20% para
as acessibilidades e sinalização, 5% para a limpeza, que deve ser obrigatória e
presente em todos estes casos e 5% para a disponibilidade, uma vez que a maior
parte destes casos não têm sequer vedação.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 10 ~
3.1.2.1 - Acessibilidade
Nas acessibilidades, consideramos o facto de o património estar bem ou mal servido
por acessos. Assim, consideramos (1) como não estando servidos por qualquer
estrada ou caminho de acesso que possa permitir a visita por parte dos turistas ou
visitantes; em (2) estão considerados os acessos em terra batida, que embora não
permitam o acesso com o automóvel, permitem que se acedam caminhando; no
caso do (3), todo o património que possa ser visitado com automóvel, mesmo que o
acesso seja efectuado através de uma estrada ou caminho em terra batida; no caso
(4), todo o património que seja possível visitar com viatura utilizando uma estrada
em boas condições até à proximidade do local, em que o turista ou visitante apenas
tenha de percorrer uma pequena distancia a pé; no caso (5), estão todos os locais
visitáveis que são acedidos com viatura até junto do local, em que as estradas ou
caminhos tenham boas condições e os acidentes de terreno não sejam perceptíveis.
3.1.2.2 - Interpretação
Para avaliar a interpretação do património natural, vamos considerar a informação
que existe, ou não, no local. Assim, nos sítios em que não exista qualquer placa
informativa (1), em que o visitante não tem meios auxiliares de interpretar o sítio e,
não sendo entendido nessa área, terá muita dificuldade em o entender; no caso dos
locais em que existam placas informativas do sítio (3), o visitante poderá ter uma
percepção do sítio, mas por vezes terá dificuldade em o interpretar; havendo painéis
interpretativos (4), o visitante pode entender o sítio, mesmo não sendo entendido
nessa área, consultando os painéis; os locais em que exista um centro de
interpretação (5), os visitantes têm a oportunidade de entender o sítio, pois tudo
estará bem explicado e poderá mesmo ter o apoio de um técnico.
Condição Peso
do
critério
Sem
acesso
Acesso em
terra batida
a pé
Acesso em
terra batida
com viatura
Bons
acessos até
proximidade
Bons
acessos até
ao local
Valor 20% 1 2 3 4 5
Condição Peso
do
Critério
Sem
placas -
Com placas
informativas
Com painel
interpretativ
o
Com centro
de
interpretação
Valor 30% 1 2 3 4 5
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 11 ~
3.1.2.3 - Limpeza
A limpeza de um sítio natural é muito importante para quem o visita, sobretudo
quando é visitado por turistas, que cada vez mais dão importância ao ambiente.
Para tal é necessário criar condições nos locais para que não os sujem. Não
havendo recipientes para colocar o lixo (1) os visitantes poderão ter a tentação de
deixar o lixo no chão e como são locais fora dos centros urbanos, nem sempre por lá
passam equipas de limpeza; havendo recipientes de lixo nos locais (3), os visitantes
podem colocar o seu lixo, mas se a recolha do lixo não for feita regularmente, corre-
se o risco de em momentos de grande fluxo de visitantes, os recipientes não terem
capacidade para tudo e poderá levar a que esse lixo se espalhe pela área; quando
existe no local recipientes para a recolha de lixo em que há uma recolha regular (5),
o sítio tem todas as condições para estar limpo e ser um sítio agradável para a visita
de turistas ou visitantes.
3.1.2.4 - Disponibilidade
Para o turismo, a disponibilidade de visita de um sítio é um ponto muito sensível,
pois se o turista sabe da existência do sítio e depois não o pode visitar este será um
aspecto negativo que irá divulgar, para além de este ficar desapontado. Assim, sem
visitas (1), representa as situações em que o local se encontra fechado, quer seja
por degradação ou por falta de condições de visita; visita somente possível com
marcação prévia e com guia (2), este pode ser um obstáculo à visita por parte de
visitantes ou turistas, porque estes poderão ir ao local quando estão de passagem e
assim não o podem visitar; no caso de a visita só ser possível com o
acompanhamento de um guia e em que não seja necessária marcação prévia (3) o
visitante tem sempre a possibilidade de visitar o local, embora possa ser menos
interessante para conhecedores que gostam de visitar e interpretar os sítios
sozinhos ou para pessoas que somente desejam relaxar e estar no meio da
natureza; visitas livres mas que carecem de uma marcação prévia (4), apesar de ser
necessário efectuar marcação, será mais interessante ter a possibilidade de
descobrir e apreciar o património natural autonomamente, até porque entendemos
Condição Peso do
Critério
Sem
recipientes
para o lixo
-
Com
recipientes do
lixo
-
Com recipientes
do lixo e recolha
do lixo
Valor 5% 1 2 3 4 5
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 12 ~
que quem procura estas áreas procura uma fuga à confusão e barulho das cidades e
pretende estar sozinho ou na companhia de familiares e amigos; as visitas sendo
livres e sem que seja necessário fazer marcação (5) tem todo o interesse de quem
pretenda visitar o sítio, pois pode fazê-lo em qualquer altura.
3.1.2.5 - Sinalização
Para quem pretenda conhecer um sítio de património natural e não haja nenhuma
sinalização a indicar o sítio (1), os visitantes irão ter muitas dificuldades em o
encontrar e terão de ir perguntando a direcção a pessoas que por vezes
desconhecem da sua existência e os podem induzir em erro; por sua vez, se na
entrada do concelho houver uma indicação desse sítio (2) o visitante tem a
informação de que se encontra na área desse sítio e que terá mais facilidades em o
encontrar ou quando existe ao menos uma única placa indicadora de direcção
poderá despertar a curiosidade de alguns turistas quando se cruzarem com esta
placa; havendo um mapa da cidade em que o sítio a visitar esteja marcado (3), o
visitante vai conseguir encontrar o sítio guindo-se pelo mapa; como os visitantes
normalmente procuram os postos de turismo, havendo placas indicadoras desde aí
até ao sítio a visitar (4) o visitante conseguirá alcançar facilmente esse sítio; como
cada vez mais as pessoas aderem a novas tecnologias, os turistas usam o GPS
para se guiarem e facilmente encontrarem os sítios a visitar. Assim se esse sítio
estiver referenciado nos “pontos de interesse” da cartografia do GPS (5) os
visitantes podem autonomamente encontrar o sítio.
Condição Peso
do
critério
Inexistente Referência
na placa
de boas
vindas à
entrada do
concelho
ou placa
Mapa
da
cidade
Placas
desde
posto de
turismo
Sinalização
nos
aparelhos
de GPS
Condição Peso
do
critério
Sem
visitas
Visitas só
com guia e
marcação
prévia
Visitas só
com guia
sem
marcação
prévia
Visita livre
com
marcação
prévia
Visita livre
sem
necessidade
de marcação
Valor 5% 1 2 3 4 5
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 13 ~
indicadora
Valor 20% 1 2 3 4 5
3.1.2.6 - Classificação
A classificação de um sitio de património natural é um factor importante na procura
do mesmo, pois quanto maior for a sua classificação maior interesse despertará aos
turistas. Uma área não classificada (1) não terá um grande potencial turístico não
chamando assim a atenção dos mesmos; as áreas de paisagem protegida (2) são
áreas que despertam o interesse nos amantes de natureza; quem se interesse pela
vida e/ou flora selvagem tem todo o interesse em visitar, por importância de
classificação, reservas naturais (3); parques naturais (4); ou parques nacionais.
Condiçã
o
Peso
do
Critéri
o
Área não
classificada
Paisagem
protegida
Reserva
natural
Parque
natural
Parque nacional
Valor 30% 1 2 3 4 5
.3.2 - Oferta
A oferta turística do concelho de Esposende assenta em alojamento,
restauração e actividades. Considerando que as primeiras necessidades das
pessoas são abrigo e comida, decidimos atribuir 50% ao alojamento, que é a oferta
mais importante para a prática de turismo, 30% à restauração, também devido ao
facto de o concelho de Esposende se encontrar numa região rica em gastronomia e
20% para as actividades, pois após estarem satisfeitas as necessidades de
alojamento e comida é que surge a necessidade de ocupar o tempo.
3.2.1 - Alojamento
Para podermos efectuar a avaliação da oferta de alojamento do concelho de
Esposende é necessário agrupar os diferentes tipos de alojamento, para que os
critérios sejam adequados a cada tipo. Foi ainda necessário atribuir um valor a cada
grupo/tipo de alojamento.
Assim sendo, dividimos o alojamento de Esposende em:
• Estabelecimentos hoteleiros (50%), que engloba hotéis, pensões, residenciais e albergarias; atribuímos 50% pois este tipo de alojamento é o mais procurado pelos turistas do concelho de Esposende.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 14 ~
• TER (20%), que engloba os estabelecimentos classificados de casas de campo, turismo de habitação e agro-turismo; atribuímos 20% pois Esposende é um concelho maioritariamente rural e ainda porque é sempre benéfico haver variedade na oferta.
• Parques de Campismo (15%), pois é sempre um tipo de oferta que tem procura, e que associado ao património natural deste concelho se justifica perfeitamente.
• Pousadas da Juventude (15%), pois é importante ter um tipo de oferta que esteja mais acessível a quem normalmente não tem tanto poder económico.
3.2.1.1 – Estabelecimentos hoteleiros
Para avaliarmos a relevância que os estabelecimentos hoteleiros têm para o
concelho de Esposende definimos alguns critérios. Critérios estes que têm de ter em
conta os factores decisivos para a classificação adequada deste tipo de alojamento.
Definimos então os seguintes critérios:
• Categoria
• Número de quartos
O critério de categoria, que será o factor mais importante para os turistas
escolherem onde ficar alojados merece ter um valor substancialmente superior,
relativamente ao número de quartos que apenas determina a dimensão do hotel. A
categoria de cada hotel é atribuída segundo os equipamentos e a qualidade dos
serviços de cada hotel, assim um hotel com uma maior categoria terá uma maior
diversidade e qualidade, e esta é mais uma razão para atribuirmos 70% ao critério
categoria e apenas 30% ao critério número de quartos.
3.2.1.1.1 - Categoria
No critério categorias, vamos avaliar a categoria dos diversos tipos de alojamento e
atribuir-lhes um valor. Assim sendo: 1 estrela (1), quando o empreendimento estiver
classificado de uma estrela; 2 estrelas (2), quando o empreendimento estiver
classificado de duas estrelas; 3 estrelas (3), quando o empreendimento estiver
classificado de três estrelas; 4 estrelas (4), quando o empreendimento estiver
classificado como de quatro estrelas; 5 estrelas (5), quando o empreendimento
estiver classificado de cinco estrelas.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 15 ~
Condição Peso
do
critério
1 Estrela 2 Estrelas 3 Estrelas 4 Estrelas 5 Estrelas
Valor 70% 1 2 3 4 5
3.2.1.1.2 - Número de quartos
O critério número de quartos é, conforme o próprio nome diz, o número de
quartos que cada empreendimento tem. Para este critério atribuímos: até 10 quartos
(1), para quando o alojamento tem no máximo 10 quartos; 20 quartos (2), para
quando o alojamento tem entre 11 a 20 quartos; 30 quartos (3), para quando o
alojamento tem entre 21 e 30 quartos; 50 quartos (4), para quando o alojamento tiver
entre 31 e 50 quartos e, finalmente, mais de 50 quartos (5), para quando o
alojamento tiver mais de 50 quartos para oferecer aos seus clientes.
Condição Peso
do
critério
Até 10
quartos
20 quartos 30
quartos
50
quartos
Mais de
50
quartos
Valor 30% 1 2 3 4 5
3.2.1.2 – TER
Para avaliar a oferta a nível de turismo no espaço rural decidimos utilizar
como critério de avaliação a categoria do estabelecimento. Este critério terá o valor
de 100%.
Para Casa de Campo (1), corresponde aos estabelecimentos designados
como Casa de Campo; Turismo de habitação (2), para os estabelecimentos
designados como Turismo de Habitação; Agro-turismo (5), para os estabelecimentos
designados como tal. Esta classificação é relevante e justifica-se nesta situação por
ser estabelecida por entidades competentes, e por ser atribuída de acordo com os
serviços e estruturas incluídos e com o nível de qualidade.
Condição Peso
do
critério
Casa de
Campo -
Turismo
de
habitação
-
Agro-
Turismo
Valor 100% 1 2 3 4 5
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 16 ~
3.2.1.3 – Parques de Campismo
Para avaliar a oferta a nível dos Parques de Campismo definimos como
critérios a avaliar:
• Classificação
• Nº de lugares.
A classificação e o número de lugares irão ter os dois a mesma pontuação,
50% cada, para que os valores sejam distribuídos equitativamente e ainda para que
nenhum critério defina individualmente a pontuação final.
3.2.1.3.1 – Classificação
Para o critério classificação atribuímos: 1 estrela (2), para os parques
classificados como de 1 estrela; 2 estrelas (3), para os parques classificados como
de 2 estrelas; 3 estrelas (4), para os parques classificados como de 3 estrelas; e 4
estrelas (5), para os parques classificados como de 4 estrelas.
Condição Peso
do
critério
- 1 estrela 2 estrelas 3 estrelas 4 estrelas
Valor 50% 1 2 3 4 5
3.2.1.3.2 – Número de lugares
Quanto ao critério número de lugares estabelecemos a seguinte escala: entre
0 e 24 lugares (1), para os parques de campismo que tenham entre 0 e 24 lugares;
25 e 49 lugares (2), para os parques de campismo que tenham entre 25 e 49
lugares; 50 e 74 (3), para os parques de campismo que tenham entre 50 e 74
lugares; entre 75 e 99 (4), para os parques de campismo que tenham entre 74 e 99
lugares e finalmente mais de 100 lugares (5), para os parques de campismo que
tenham mais de 100 lugares.
Condição Peso
do
critério
Entre 0 e
24
lugares
Entre 25 e
49 lugares
Entre 50
e 74
lugares
Entre 75
e 99
lugares
Mais de
100
lugares
Valor 50% 1 2 3 4 5
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 17 ~
3.2.1.4 – Pousada da Juventude
Para avaliar a oferta de alojamento a nível de pousadas de juventude
definimos como único critério o nº de camas, visto que nestes estabelecimentos não
é hábito haver quartos individuais. Definimos somente este critério pois
consideramos que é necessário existir variedade de oferta e variedade dos tipos da
oferta, e neste sentido, encorajamos a existência desta Pousada da Juventude em
Esposende. Este critério terá 100% do valor da avaliação deste tipo de oferta.
3.2.1.4.1 – Número de Camas
Para o critério número de camas estabelecemos a seguinte escala:
Entre 0 e 20 (1), para as situações em que a pousada tem até 20 camas;
entre 21 e 40 (2), para as situações em que a pousada tem entre 21 e 40 camas;
entre 41 e 60 (3), para quando a pousada tem entre 41 e 60 camas; entre 61 e 80
(4), para quando a pousada tem entre 61 e 80 camas; e mais de 81 (5), para quando
a pousada possui 81 ou mais camas.
Condição Peso
do
critério
Entre 0 e
20 Entre 21 e
40
Entre 41
e 60 Entre 61
e 80
Mais de
81
Valor 100% 1 2 3 4 5
3.2.2 - Restauração
É importante avaliar a restauração pois os turistas e visitantes da cidade
necessitarão de locais onde lhes sejam servidas as refeições. Assim é importante
avaliar a qualidade da restauração que Esposende tem para oferecer.
Para a restauração foram definidos como critérios a avaliar:
• Referências
• Tipicidade
• Localização
Para os critérios da restauração acordámos dividir os valores de forma
equitativa, mas considerámos a tipicidade como sendo o valor a receber menos
pontuação pois convêm haver uma certa variedade de estilos de restaurantes.
Assim, atribuímos 35% às referências e à localização e 30% à tipicidade. Apesar de
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 18 ~
atribuirmos menos valor à tipicidade, convêm referir que este é um elemento muito
importante e que é necessária a presença de vários estabelecimentos deste tipo.
3.2.2.1 - Referências
Nas referências iremos avaliar o facto de os restaurantes serem referidos em
guias turísticos ou não. É uma questão importante porque a partir do momento que
são referenciados em guias significa que já tem uma certa qualidade e cotação de
mercado. Assim, iremos avaliar se estão referenciados no guia Michelin (nível
internacional), no guia Expresso (nível nacional), no guia da região de turismo (nível
regional), no guia do posto de turismo local (nível local) e se não é referenciado em
nenhum destes guias.
Condição Peso
do
critério
Sem
referências
Referência
do guia do
posto de
turismo
local
Referências
no guia da
região de
turismo
Referência
no guia
Expresso
Referência
no guia
Michelin
Valor 35% 1 2 3 4 5
3.2.2.2 - Localização
Na localização vamos considerar para avaliação o facto de os restaurantes
estarem ou não em locais de interesse. Sendo algo abstracto limitamos os locais de
interesse como sendo: fora da cidade em local de difícil acesso rodoviário (1) e aqui
serão considerados os restaurantes que ficam em zonas de difícil acesso para
turistas e visitantes; fora da cidade em local com envolvente urbana degradada (2) e
serão incluídos neste ponto os restaurantes que se situem fora da cidade e em que
a área envolvente não seja considerada de interesse para o turismo como por
exemplo prédios devolutos em volta, terrenos abandonados, etc.; na cidade com a
envolvente urbana degradada (3) e tal como no ponto anterior serão considerados
restaurantes que se encontrem numa zona envolvente degradada (prédio devolutos
e/ou abandonados, etc.) apesar de se encontrarem na cidade; fora da cidade com
envolvente urbana em bom estado (4) e centro da cidade com a envolvente urbana
também em bom estado (5), estes dois últimos pontos só diferem no facto de se
encontrarem na cidade ou fora o que poderá condicionar o deslocamento de turistas.
Condição Peso
do
Fora da
cidade
Fora da
cidade em
Na cidade
com a
Fora da
cidade com
Centro da
cidade com
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 19 ~
critério em local
de difícil
acesso
rodoviário
local com
envolvente
urbana
degradada
envolvente
urbana
degradada
envolvente
urbana em
bom estado
envolvente
urbana em
bom estado
Valor 30% 1 2 3 4 5
3.2.2.3 - Tipicidade
Na tipicidade irá ser avaliado o facto de os restaurantes serem considerados
típicos ou não típicos.
Condição Peso
do
critério
Não
Típico - - -
Típico
Valor 35% 1 2 3 4 5
3.2.3 - Actividades
Para avaliarmos a importância que as actividades têm para o concelho de
Esposende temos de definir alguns critérios. Estes critérios têm de ter em conta os
factores decisivos para a classificação adequada destas actividades. As actividades
são fundamentais para o turista, dado que, complementa uma visita que ele possa
realizar a uma região. Para as actividades definimos como critérios a considerar os
seguintes:
• Divulgação;
• Sinalização;
• Disponibilidade para realização;
No que toca ao valor de cada critério, decidimos dividir os valores
equitativamente para que um valor não influencia-se o resultado final. Assim,
decidimos atribuir 35% à divulgação e à disponibilidade de realização, pois serão os
factores mais importantes, sobretudo a disponibilidade de realização, pois muitas
vezes a vontade de realizar algo surge no momento. Atribuímos 30% à sinalização,
pois embora não seja muito comum, divulgar este tipo de oferta merece a mesma
preocupação que os outros tipos de oferta. Por outro lado, o facto de algo estar
sinalizado será sempre um factor benéfico.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 20 ~
3.2.3.1 - Divulgação
No que toca à divulgação das actividades, atribuímos uma pontuação de 1 a 5
conforme a importância de cada parâmetro. Sendo assim, sem divulgação (1), pois
se não houver, o turista não sabe e, deste modo, não a pratica. Quando a
divulgação é feita através de panfletos colocados no posto de turismo (2), pois
achamos que a maior parte das vezes os turistas não têm tanta informação das
actividades desta forma. Divulgação na página da internet do posto de turismo ou do
município (3), é um bom método para que os turistas/visitantes saibam o que podem
fazer durante as suas férias num determinado local, pois normalmente, os turistas
actuais, pesquisam sobre o local e a sua oferta antes da viagem. Quando uma
actividade é divulgada numa página própria na Internet (4), pois sem dúvida, que os
turistas gostam de saber o que se pode fazer durante as suas férias antes de irem
para o local escolhido para passarem férias, e a página própria pode ter informações
mais objectivas e oportunidade de tirar dúvidas. Para quando a divulgação das
actividades é feita através de cartazes e placares colocados pela cidade (5), pois
para quando os turistas não se informaram ou para quem não se preparou, na
necessidade de encontrar uma ocupação, encontram uma solução quando passear
pela cidade.
Condiçã
o
Peso
do
Critéri
o
Sem
divulgaçã
o
Panfletos
no posto
de
turismo
Divulgação na
página da
internet do
posto de
turismo ou do
município
Página
própria na
Internet
Publicidade
espalhada pela
cidade (cartazes,
placares, etc)
Valor 35% 1 2 3 4 5
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 21 ~
3.2.3.2 - Sinalização
Sinalização representará a informação sobre a direcção ou localização das
actividades. Assim sendo, atribuímos os seguintes valores: quando a sinalização é
inexistente (1), pois desta forma será muito difícil os interessados encontrarem as
actividades. Para quando existe referência às actividades na placa de boas vindas à
entrada do concelho ou uma placa indicadora (2), pois assim sempre poderá
despertar a curiosidade aos possíveis interessados. Referência no mapa da cidade
(3), pois desta forma para além de sinalizar as actividades também as divulga. A
sinalização das actividades através de placas desde o posto de turismo (4), é uma
grande mais-valia para que os turistas/visitantes possam chegar até eles com mais
facilidade. Sinalização nos aparelhos de GPS (5), para quando as actividades estão
referenciadas nos aparelhos GPS, pois usando as novas tecnologias é uma forma
fácil e prática de acederem e de saberem a localização das actividades.
Condição Peso do
critério
Inexistente Referência
na placa de
boas vindas
à entrada do
concelho ou
placa
indicadora
Mapa
da
cidade
Placas
desde
posto de
turismo
Sinalização
nos
aparelhos de
GPS
Valor 30% 1 2 3 4 5
3.2.3.3 - Disponibilidade para realização
Para o critério disponibilidade de realização definimos os seguintes aspectos:
com marcação 4 ou mais dias antes (1), com marcação 3 dias antes (2), com
marcação dois dias antes (3), com marcação no dia anterior (4) e no dia da
marcação (5). Quanto menor for a antecedência necessária para marcação melhor,
daí que o menor período de tempo tenha o maior valor. A marcação no dia anterior
não é muito má, pois é um período de tempo relativamente curto, mas o ideal é o de
poder ser no dia da marcação.
Condiçã
o
Peso
do
Critéri
o
Com
marcação
4 ou mais
dias antes
Com
marcação
3 dias
antes
Com
marcação dois
dias antes
Com
marcação no
dia anterior
No dia da
marcação
Valor 35% 1 2 3 4 5
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 22 ~
3.3 - Eventos
No concelho de Esposende os eventos são uma constante, e como são das
mais diversas áreas há sempre eventos para todos os gostos, e como não há
nenhum género que se destaque, decidimo-nos a dividir a pontuação de forma
equitativa. Assim, atribuímos 25% para os eventos religiosos, 25% para os eventos
gastronómicos, 25% para os eventos musicais e 25% para os eventos desportivos.
3.3.1 - Religiosos
Para avaliar os eventos religiosos foram definidos os seguintes critérios:
• Notoriedade
• Duração
• Informação
• Acessibilidades
Para os critérios definidos para os eventos religiosos atribuímos os seguintes
valores: 40% para a notoriedade, pois o que atrai mais pessoas de fora da
localidade para um evento religioso será a sua reputação; para a duração atribuímos
10%, pois este não é um factor fulcral dos eventos religiosos, mas ainda assim
poderá ser importante na medida de por consequência aumentar as estadias dos
turistas que venham para esse evento; quanto à informação atribuímos 20%, pois a
divulgação e informação destes eventos também é relevante para atrair mais
turistas; para as acessibilidades atribuímos 30%, pois este é um factor muito
importante em qualquer situação, sendo que facilita e proporciona a deslocação até
ao local.
3.3.1.1 - Notoriedade
Conhecido na localidade (1) quando apenas os residentes na localidade
frequentam o evento. Conhecido no concelho (2) quando as pessoas do concelho
frequentam o evento. Conhecido regionalmente (3) quando as pessoas dos
concelhos limítrofes frequentam o evento. Conhecido nacionalmente (4) quando
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 23 ~
pessoas do país, fora do concelho e dos concelhos limítrofes, frequentam o evento.
Conhecido internacionalmente (5) quando pessoas do estrangeiro frequentam o
evento.
Condiçã
o
Peso
do
Critéri
o
Conhecid
o na
localidade
Conhecid
o no
Concelho
Conhecido
Regionalment
e
Conhecido
Nacionalmen
te
Conhecido
Internacionalmen
te
Valor 40% 1 2 3 4 5
3.3.1.2 - Duração
Uma parte do dia (1), se o evento durar apenas uma parte do dia, por
exemplo manhã ou tarde; um dia (3), quando o evento dura um dia, e esta é a
duração que esperamos que mais ocorra; 2 ou mais dias (5), para quando os
eventos têm duração igual ou superior a dois dias.
Condição Peso
do
critério
Uma
parte do
dia
-
1 dia
-
2 ou
mais dias
Valor 10% 1 2 3 4 5
3.3.1.3 - Informação
Para que um evento religioso seja conhecido tem se haver informação sobre
o mesmo. Se essa informação for inexistente (1). Se a informação estiver disponível
no site do posto do turismo ou da Câmara (2). Quando tenha um site próprio para
divulgar o evento (3). No caso de haver informação no posto de turismo através de
panfletos (4) em que os turistas pegam ou lhes é distribuído. Se existirem cartazes,
outdoors, e a informação também estiver pelo menos no site da Câmara Municipal
(5) muitos mais turistas terão conhecimento do evento, não só locais nem só
estrangeiros (em relação à aldeia), mas ambos, o que irá contribuir muito mais para
o sucesso do evento.
Condição Peso
do
critério
Inexistente Anúncio no
site do
posto de
turismo ou
da câmara
Site
próprio
Panfletos
no posto
de
turismo
Cartazes
pela
cidade e
informação
no site da
Câmara
Municipal
Valor 20% 1 2 3 4 5
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 24 ~
3.3.1.4 - Acessibilidades
Para que um evento religioso tenha sucesso, terá de haver acessibilidades
para que as pessoas se possam deslocar ao mesmo. Eventos em que não existam
acessos (1). No caso de o acesso ser em terra batida e a pé (2). Quando se pode
aceder com a viatura mesmo que o acesso seja em terra batida (3). Quando se
consegue chegar até próximo do evento por bons acessos (4). Se os acessos até ao
local do evento forem bons (5)
Condição Peso
do
critério
Sem
acesso
Acesso
em terra
batida a
pé
Acesso em
terra batida
com viatura
Bons
acessos até
proximidade
Bons
acessos até
ao local
Valor 30% 1 2 3 4 5
3.3.2 - Gastronómicos
Para avaliarmos a importância que os eventos gastronómicos têm para o
concelho de Esposende temos de definir alguns critérios. Estes critérios têm de ter
em conta os factores decisivos para a classificação adequada deste elemento.
Definimos então os seguintes critérios:
• Periodicidade
• Notoriedade
• Duração
• Divulgação
Tendo em conta os eventos gastronómicos e os critérios definidos, decidimos
que a notoriedade e a divulgação do evento seriam os aspectos mais importantes,
pois serão os que irão fazer os interessados vir ao evento. Em seguida o factor mais
importante num evento deste género será a duração, pois uma maior duração
representará maior estadia dos turistas na localidade e mais possibilidade para
outros virem ao evento. Por fim, a periodicidade será o elemento menos importante
neste contexto. Assim, atribuímos 35% à notoriedade e à divulgação, 20% à duração
e 10% à periodicidade.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 25 ~
3.3.2.1 - Periodicidade
Periodicidade representa a frequência com que o evento é realizado ao longo
do ano. Uma maior periodicidade permitirá que os visitantes que falharam uma
ocasião do evento possam ir numa ocasião seguinte.
Sendo algo abstracto limitamos a periodicidade como sendo: uma vez por ano
(1) e aqui serão considerados os eventos realizados uma só vez no ano, o que faz
com que os turistas não tenham mais hipótese de puder assistir a este evento no
mesmo ano; duas vezes no ano (2); três vezes no ano (3); quatro vezes no ano (4);
cinco ou mais vezes no ano (5), e neste nível os turistas poderão assistir a um
evento que gostem várias vezes no ano ou caso percam uma edição do evento
podem ir a uma próxima.
Condição Peso do
Critério
Uma vez
por ano
Duas
vezes por
ano
Três vezes por
ano
Quatro vezes
por ano
Cinco ou mais
vezes por ano
Valor 10% 1 2 3 4 5
3.3.2.2 - Notoriedade
Para a notoriedade vamos avaliar o grau de conhecimento que estes eventos
têm, considerando para esse efeito a origem dos diversos visitantes. Conhecido na
localidade (1) representará que apenas as pessoas daquela localidade particular
conhecem esse evento e este não é muito conhecido e divulgado fora desse meio.
Conhecido no concelho (2) significa que pelo menos as pessoas do concelho
frequentam esse evento e o conhecem, ou seja, deve haver divulgação por parte da
Freguesia ou Câmara pelo menos na área do concelho pertencente. Conhecido
regionalmente (3) engloba as situações em que pessoas dos concelhos circundantes
conhecem e frequentam o evento. Conhecido nacionalmente (4) significará que
pessoas de vários pontos do país conhecem e frequentam propositadamente o
evento, sendo estes residentes fora do concelho e fora dos concelhos circundantes
do local do evento. Conhecido internacionalmente (5) engloba as situações em que
pessoas de fora do país frequentam e conhecem esse evento.
Condiçã
o
Peso
do
Critéri
Conhecid
o na
localidade
Conhecid
o no
Concelho
Conhecido
Regionalment
e
Conhecido
Nacionalmen
te
Conhecido
Internacionalmen
te
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 26 ~
o
Valor 35% 1 2 3 4 5
3.3.2.3 - Duração
Na duração será avaliado a duração em que um evento decorre. Quanto maior
for a duração dos eventos, maior será o número de pessoas que o podem visitar.
Assim sendo, os pontos que serão avaliados são: um dia (1); dois dias (2); três dias
ou mais (3); uma semana ou mais (4); um mês ou mais (5) neste último nível, a
grande duração dos eventos permitirá a um largo número de pessoas vir ao
concelho de Esposende.
Condição Peso
do
critério
1 dia 2 dias 3 dias ou
mais
Uma
semana
ou mais
Um mês
ou mais
Valor 20% 1 2 3 4 5
3.3.2.4 - Divulgação
Na divulgação será avaliada a forma como a animação é transmitida aos
turistas, bem como a todos os interessados. Sendo assim, os pontos a avaliar serão:
animação sem divulgação (1) quando o evento não é divulgado; panfletos no posto
de turismo (2), quando a divulgação do evento é apenas possível nos casos em que
os interessados se dirigem ao Posto de Turismo; Divulgação na página da internet
do posto de turismo ou do município (3), o que permite melhor divulgação através da
internet; página própria na internet (4), quando é criada uma página própria do
evento na internet, uma página especializada e com informação mais objectiva e
informativa; publicidade espalhada pela cidade (cartazes, placares, etc.) (5), quando
a publicidade é realizada com recurso a cartazes, placares e outdoors que convidem
à visita ao evento, mas sempre com a presença da informação sobre o evento na
internet, num qualquer site. Somente cartazes não será a melhor solução, mas
cartazes combinados com internet permitirão fazer chegar a realização do evento a
muitos mais potenciais interessados. Quanto mais e melhor divulgação houver mais
as pessoas ficarão informadas sobre o que se vai a realizar e a procura do evento
será maior.
Condiçã
o
Peso
do
Sem
divulgaçã
Panfletos
no posto
Divulgação na
página da
Página
própria na
Publicidade
espalhada pela
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 27 ~
Critéri
o
o de
turismo
internet do
posto de
turismo ou do
município
Internet cidade (cartazes,
placares, etc.) e
informação na
Internet
Valor 35% 1 2 3 4 5
3.3.3 - Musicais
Após um aprofundamento dos conhecimentos sobre o concelho em análise,
percebeu-se que, no que diz respeito aos eventos culturais, a única categoria que
tem presença activa são os eventos musicais. Deste modo, serão estes que irão ser
analisados e avaliados neste estudo. Iremos avaliar os seguintes critérios:
• Periodicidade
• Duração
• Condições físicas
• Divulgação
• Notoriedade
Para os eventos musicais, considerámos como critérios mais importantes a
divulgação e a notoriedade, pois serão os elementos que irão fazer as pessoas vir
ao evento e ter conhecimento do evento. Em seguida, as condições físicas, pois um
local degradado e sem condições não será atractivo e pode repelir possíveis
visitantes. A duração terá importância no sentido da oferta, quanto mais durar o
evento maior será a estadia dos turistas interessados nesse evento. A periodicidade
será importante no sentido em que uma pessoa que falhe uma edição do evento
poderia vir à próxima e também pois o evento é mais uma ocupação para o tempo
dos turistas.
3.3.3.1 - Periodicidade
Neste critério vamos avaliar a quantidade de vezes que se realiza o evento
durante o ano. Serão consideradas as quantidades entre 1 e 3 vezes ou mais por
ano. Assim, para uma vez por ano atribuímos (1). E este será o número que mais
esperamos vir a repetir-se. Para duas vezes atribuímos 3 e para 3 vezes ou mais
atribuímos 5. Uma maior frequência do evento permitirá a mais pessoas assistir ao
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 28 ~
mesmo e será um atractivo para várias épocas do ano, quiçá, até épocas com
menos afluência, como a época baixa e média.
Condição Peso
do
critério
1
vezes -
2
vezes -
3
Vezes ou
mais
Valor 10% 1 2 3 4 5
3.3.3.2 - Duração
Quanto ao critério duração vamos avaliar os dias que o evento dura. Serão
considerados espaços de tempo entre 1 e 5 dias (ou mais). Para um dia atribuímos 1
valor, para dois dias 2 valores, para três dias 3 valores, para 4 dias 5 valores e para
5 dias ou mais 5 valores. Este é um ponto que ajudará a perceber quantos dias o
evento poderá manter pessoas na cidade.
Condição Peso
do
critério
1 dia 2 dias 3 dias 4 dias 5 dias ou
mais
Valor 20% 1 2 3 4 5
3.3.3.3 - Condições físicas
Nas condições físicas será avaliado o local em que o evento decorre e as
condições que poderá oferecer aos visitantes. Os pontos que serão avaliados são:
exterior em local de terra e sem condições sanitárias (1) irá incluir todos os eventos
que decorram em locais de terra batida em que as condições sanitárias (WC,
vestiários para artistas, lixos, etc.) não foram devidamente asseguradas; exterior em
local de terra com condições sanitárias (2), neste ponto serão inseridos os eventos
em que apesar de se encontrarem no exterior as condições sanitárias foram
precavidas existindo WC, vestiários, etc. mesmo que sejam amovíveis; exterior com
condições para participantes e visitantes (3), aqui encontramos os locais ao ar livre
mas em locais pavimentados e com vestiários e WC para participantes e visitantes;
interior em local com poucas condições (4) onde serão inseridos os eventos
realizados em locais cobertos mas que não sendo próprios para o efeito não têm as
devidas condições físicas e sanitárias e interior em local com todas as condições (5)
será o ponto onde ficarão os eventos realizados em locais cobertos próprios ou
adaptados mas para os quais foram pensadas todas as necessidades físicas, desde
palcos, acústica e sanitárias.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 29 ~
Condição Peso
do
critério
Local
improvisado
sem
condições
-
Local com
instalações
sanitárias -
Local próprio
com
equipamentos
de apoio
Valor 20% 1 2 3 4 5
3.3.3.4 - Divulgação
No ponto da divulgação serão avaliados os métodos usados para a divulgação
do evento. Este ponto ajudará a perceber se a informação chega a possíveis turistas
ou não. Serão considerados os seguintes pontos: distribuição de panfletos a nível
municipal em que serão colocados os eventos apenas divulgados a nível municipal
com a distribuição de panfletos em vários locais da cidade (posto de turismo,
restaurantes, cafés e bares, etc.); distribuição de panfletos a nível regional e neste
ponto serão inseridos os eventos divulgados a nível regional com a distribuição de
publicidade em vários pontos (postos de turismo, sede regional de turismo, bares e
restaurantes, etc.); colocação de outdoors e distribuição de panfletos e serão
considerados os eventos publicitados com outdoors em vários pontos da cidade e
distribuição de panfletos em vários locais; colocação de outdoors e divulgação em
jornais regionais onde serão inseridos os eventos publicitados através de outdoors e
anúncios em jornais regionais e/ou rádios e colocação de outdoors e publicidade em
jornais nacionais (também se consideram as rádios e televisão).
Condição Peso
do
critério
Distribuição
de
panfletos a
nível
municipal
Distribuição
de
panfletos a
nível
regional
Colocação
de
outdoors e
distribuição
de
panfletos
Colocação
de
outdoors e
divulgação
em jornais
regionais
Colocação
de
outdoors e
publicidade
em jornais
nacionais
Valor 25% 1 2 3 4 5
3.3.3.5 - Notoriedade
Neste ponto da avaliação será considerada a notoriedade que o evento tem.
Este aspecto será avaliado a nível municipal, regional e nacional através de uma
escolha de critérios abrangente. Serão considerados os seguintes factores: sem
noticias após o evento (1) e aqui serão inseridos os eventos sobre os quais não é
publicada nenhuma noticia ou informação em nenhum meio de difusão; informações
sobre o evento presentes apenas no boletim municipal (2) e serão inseridos os
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 30 ~
eventos que apenas constem no boletim municipal com uma alusão ao facto de ter
decorrido e quais os resultados (ou seja, apenas de informação aos munícipes);
notícias do evento presentes em jornais municipais (3); notícias do evento presente
em jornais regionais (4) e notícias do evento presentes em jornais nacionais e/ou
estrangeiros (5). Nestes últimos três pontos também serão considerados as rádios e
televisões.
Condição Peso
do
critério
Sem
notícias
após o
evento
Informações
sobre o
evento
presentes
apenas no
boletim
municipal
Notícias do
evento
presentes
em jornais
municipais
Notícias do
evento
presentes
em jornais
regionais
Notícias do
evento
presentes
em jornais
nacionais
e/ou
estrangeiros
Valor 25% 1 2 3 4 5
3.3.4 - Desportivos
Para avaliarmos a importância que os eventos desportivos têm para o
concelho de Esposende é necessário definir alguns critérios para assim podermos
tirar as conclusões necessárias para a realização deste plano. Estes critérios têm de
ter em conta os factores decisivos para a classificação adequada deste tipo de
eventos. Para os eventos desportivos definimos como critérios a considerar os
seguintes:
• Periodicidade
• Notoriedade
• Duração
• Divulgação
Para os critérios definidos para os eventos desportivos, ponderámos atribuir
apenas 10% à periodicidade, sendo que o que importa mais não é que um evento se
repita várias vezes no ano, mas sim que seja atractivo e bem divulgado para assim
ter maior afluência. Por este motivo atribuímos 35% à notoriedade e 35% à
Divulgação. A duração permite que um turista tenha algo para assistir durante a sua
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 31 ~
estadia, e se um evento for mais longo e o turista esteja em Esposende para assistir
ao evento ele irá permanecer mais tempo no concelho, e embora este não seja um
dos factores mais decisivos das escolhas dos turistas atribuímos 20%.
3.3.4.1 - Periodicidade
Periodicidade representa a frequência com que o evento é realizado ao longo
do ano. Uma maior periodicidade permitirá que os visitantes que falharam uma
ocasião do evento possam ir numa ocasião seguinte.
Sendo algo abstracto limitamos a periodicidade como sendo: uma vez por ano
(1) e aqui serão considerados os eventos realizados uma só vez no ano, o que faz
com que os turistas não tenham mais hipótese de puder assistir a este evento no
mesmo ano; duas vezes no ano (2); três vezes no ano (3); quatro vezes no ano (4);
cinco ou mais vezes no ano (5), e neste nível os turistas poderão assistir a um
evento que gostem várias vezes no ano ou caso percam uma edição do evento
podem ir a uma próxima. Claro que uma maior periodicidade do evento irá exigir à
organização uma maior variedade para que não seja apresentado sempre o mesmo
espectáculo.
Condição Peso do
Critério
Uma vez
por ano
Duas
vezes por
ano
Três vezes por
ano
Quatro vezes
por ano
Cinco ou mais
vezes por ano
Valor 10% 1 2 3 4 5
3.3.4.2 - Notoriedade
Para a notoriedade vamos avaliar o grau de conhecimento que estes eventos
têm, considerando para esse efeito a origem dos diversos visitantes. Conhecido na
localidade (1) representará que apenas as pessoas daquela localidade particular
conhecem esse evento e este não é muito conhecido e divulgado fora desse meio.
Conhecido no concelho (2) significa que pelo menos as pessoas do concelho
frequentam esse evento e o conhecem, ou seja, deve haver divulgação por parte da
Freguesia ou Câmara pelo menos na área do concelho pertencente. Conhecido
regionalmente (3) engloba as situações em que pessoas dos concelhos circundantes
conhecem e frequentam o evento. Conhecido nacionalmente (4) significará que
pessoas de vários pontos do país conhecem e frequentam propositadamente o
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 32 ~
evento, sendo estes residentes fora do concelho e fora dos concelhos circundantes
do local do evento. Conhecido internacionalmente (5) engloba as situações em que
pessoas de fora do país frequentam e conhecem esse evento.
Condiçã
o
Peso
do
Critéri
o
Conhecid
o na
localidade
Conhecid
o no
Concelho
Conhecido
Regionalment
e
Conhecido
Nacionalmen
te
Conhecido
Internacionalmen
te
Valor 35% 1 2 3 4 5
3.3.4.3 - Duração
Na duração será avaliado a duração em que um evento decorre. Quanto maior
for a duração dos eventos, maior será o número de pessoas que o podem visitar.
Assim sendo, os pontos que serão avaliados são: um dia (1); dois dias (2); três dias
ou mais (3); uma semana ou mais (4); um mês ou mais (5) neste último nível, a
grande duração dos eventos permitirá a um largo número de pessoas vir ao
concelho de Esposende.
Condição Peso
do
critério
1 dia 2 dias 3 dias ou
mais
Uma
semana
ou mais
Um mês
ou mais
Valor 20% 1 2 3 4 5
3.3.4.4 - Divulgação
Na divulgação será avaliada a forma como a animação é transmitida aos
turistas, bem como a todos os interessados. Sendo assim, os pontos a avaliar serão:
sem divulgação (1) quando o evento não é divulgado; panfletos no posto de turismo
(2), quando a divulgação do evento é apenas possível nos casos em que os
interessados se dirigem ao Posto de Turismo; Divulgação na página da internet do
posto de turismo ou do município (3), o que permite melhor divulgação através da
internet; página própria na internet (4), quando é criada uma página própria do
evento na internet, uma página especializada e com informação mais objectiva e
informativa; publicidade espalhada pela cidade (cartazes, placares, etc.) (5), quando
a publicidade é realizada com recurso a cartazes, placares e outdoors que convidem
à visita ao evento ou então quando o evento é divulgado em jornais ou até na
televisão. Quanto mais e melhor divulgação houver mais as pessoas ficarão
informadas sobre o que se vai a realizar e a procura do evento será maior.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 33 ~
Condiçã
o
Peso
do
Critéri
o
Sem
divulgaçã
o
Panfletos
no posto
de
turismo
Divulgação na
página da
internet do
posto de
turismo ou do
município
Página
própria na
Internet
Publicidade
espalhada pela
cidade (cartazes,
placares, etc.)
jornais ou
televisão
Valor 35% 1 2 3 4 5
3.4 - Equipamentos
Os equipamentos podem ser considerados como um irmão gémeo das
actividades, uma vez que ambos visam ocupar o tempo dos turistas com actividades
e visitas.
Sendo as crianças um factor determinante das férias, dos lugares e das
actividades das famílias, e Esposende um destino para práticas aquáticas,
decidimos atribuir 40% para os equipamentos recreativos. Para os equipamentos
desportivos atribuímos 35%, devido ao facto de haver uma boa oferta nesta área e
de ser o segundo mais procurado. Quando aos equipamentos culturais, estes são os
menos procurados dos turistas, e então atribuímos apenas 25%.
3.4.1 – Desportivos e de lazer
Para estimarmos a relevância que os equipamentos desportivos e de lazer
têm para o turismo do concelho de Esposende é necessário definir alguns critérios
com o fim de avaliar estes mesmos equipamentos. Estes critérios têm se ser
objectivos para assim obter um resultado realista. Para os equipamentos desportivos
definimos como critérios a considerar os seguintes:
• Diversidade;
• Sinalização;
• Estado de conservação;
• Disponibilidade de utilização.
Para os critérios definidos para avaliar os equipamentos desportivos e de
lazer optámos por distribuir os valores de forma equitativa. Desta forma não será
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 34 ~
apenas um critério a definir o resultado final da avaliação de cada equipamento, por
outro lado, achámos que nenhum dos critérios se destacava em importância, pois
são todos extremamente importantes para uma devida utilização dos equipamentos.
Assim, atribuímos 25% a todos os quatro critérios: diversidade, sinalização, estado
de conservação e disponibilidade de utilização.
3.4.1.1 - Diversidade
Para avaliarmos a diversidade relativamente ao gozo dos equipamentos
desportivos iremos considerar os seguintes níveis: equipamento que permite apenas
uma actividade (1), por exemplo futebol; equipamento que permite duas actividades
(3), por exemplo futebol e basquete; equipamento que permite três ou mais
actividades (5), por exemplo futebol, basquetebol, ténis e andebol. Os equipamentos
com mais actividades permitem uma maior diversidade de oferta e assim várias
pessoas com diferentes gostos podem praticar o desporto que mais gostarem. Em
equipamentos que permitam duas ou mais actividades, pressupõe-se que o
equipamento extra necessário para prática dessa actividade esteja disponível sem
nenhum custo extra ou marcação prévia.
Condiçã
o
Peso
do
Critéri
o
Equipame
nto
permite
apenas
uma
actividade
-
Equipamento
permite duas
actividades -
Equipamento
permite três ou
mais actividades
Valor 25% 1 2 3 4 5
3.4.1.2 - Sinalização
A sinalização permite a todos os interessados terem capacidade para
conseguirem chegar aos locais dos equipamentos desportivos. Desta forma, a
sinalização será avaliada de acordo com determinados níveis: sinalização
inexistente (1), quando não há qualquer tipo de sinalização que indique o local ou
direcção dos equipamentos desportivos; sinalização no mapa da cidade (2), quando
exista a indicação no mapa da cidade sobre estes equipamentos; sinalização em
placa (s) indicadora (s) (3), quando existam placas informativas indicando a direcção
dos equipamentos desportivos; sinalização no site do município ou do posto de
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 35 ~
turismo (5), quando se publicite no site do posto de turismo ou município a existência
destes equipamentos e da sua localização.
Condiçã
o
Peso
do
Critéri
o
Inexistente Mapa da
cidade
Placa (s)
indicadora (s) -
No site do
município ou do
posto de turismo
Valor 25% 1 2 3 4 5
3.4.1.3 - Estado de conservação
No estado de conservação iremos avaliar como o equipamento desportivo se
encontra preservado, um equipamento melhor preservado irá ser mais atractivo e só
por si dar a conhecer a importância que o município dá às infra-estruturas. Iremos
para este critério considerar: impossibilidade de uso (1), quando o equipamento está
em tal estado de degradação que não permite o seguro usufruto dos equipamentos;
espaço degradado (2), quando o equipamento ainda está funcional e permite a
segura utilização dos equipamentos mas já revela necessidade de obras de
recuperação; em recuperação (3), quando o equipamento desportivo está a sofrer
obras de recuperação ou de restauro para melhorar as condições do próprio;
recuperado (4), quando o equipamento foi alvo de obras de recuperação e se
encontra em bom estado de conservação; excelente estado de conservação para
uso (5), quando o equipamento não apresenta sinais de necessitar de obras de
restauro e permite uma segura e atractiva utilização.
Condiçã
o
Peso
do
Critéri
o
Impossibil
idade de
uso
Espaço
degradad
o
Em
recuperação
Recuperado Excelente estado
de conservação
para uso
Valor 25% 1 2 3 4 5
3.4.1.4 - Disponibilidade de utilização
No caso da disponibilidade de utilização iremos avaliar a disponibilidade que
se podem encontrar nos equipamentos desportivos, no que respeita à utilização.
Sendo assim, irão ser avaliados os seguintes níveis: sem disponibilidade de
utilização (1), quando a utilização dos equipamentos está impedida ou condicionada;
disponibilidade de uso com marcação (2), quando é necessário fazer contactos,
telefónicos ou presenciais, para solicitar o uso dos equipamentos; disponibilidade de
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 36 ~
utilização durante a semana (3), quando o equipamento só se encontra disponível
para uso durante os dias úteis da semana; disponibilidade de utilização durante o
fim-de-semana (4), quando os equipamentos apenas se encontram disponíveis
durante os dias do fim-de-semana; disponibilidade total (5), quando os
equipamentos se encontram disponíveis para uso durante toda a semana e sem
necessidade de solicitar a sua utilização.
Condição Peso
do
Critério
Sem
disponibi
lidade de
utilizaçã
o
Disponibili
dade de
uso com
marcação
Disponibilidad
e de utilização
durante a
semana
Disponibilida
de de
utilização
durante o
fim-de-
semana
Disponibilidade
total
Valor 25% 1 2 3 4 5
3.4.2 - Culturais
É necessário avaliar igualmente a importância que os equipamentos culturais
têm para o turismo do concelho de Esposende. Com esse objectivo definimos os
seguintes critérios:
• Possibilidade de visita;
• Localização;
• Sinalização.
Para os critérios definidos para avaliar os equipamentos culturais optámos por
distribuir os valores de forma equitativa. Assim, não será apenas um critério a decidir
o resultado final da avaliação de cada equipamento. Acordamos que todos os
critérios são importantes para poder ter um usufruto soberbo destes equipamentos.
Assim, atribuímos 35% à possibilidade de visita e à sinalização e 30% à localização.
3.4.2.1 - Possibilidade de Visita
Para os equipamentos culturais é muito importante avaliar a possibilidade de
visita, ou seja, a disponibilidade que há para os interessados puderem visitar o
equipamento. Como tal, irá ser objecto de avaliação pelos seguintes níveis: fechado
(1), quando a visita ao equipamento cultural é não é possível; aberto sob solicitação
(2), quando a visita ao equipamento cultural pode ser feita após solicitar autorização
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 37 ~
a um encarregado; aberto parcialmente (3), quando o equipamento cultural se
encontra disponível durante algumas horas ou em alguns dias; aberto todos os dias
(4), quando a visita ao equipamento cultural é possível todos os dias da semana;
aberto com visitas guiadas (5), quando o equipamento cultural se encontra
disponível para visita e permite ainda visitas guiadas.
Condição Peso
do
critério
Fechado Aberto sob
solicitação
Aberto
parcialmente
Aberto todos
os dias
Aberto com
visitas
guiadas
Valor 35% 1 2 3 4 5
3.4.2.2 - Localização
Na localização vamos considerar para avaliação o facto de os equipamentos
culturais estarem ou não em locais de interesse. Sendo algo abstracto limitamos os
locais de interesse como sendo: fora da cidade (1) e aqui serão considerados os
equipamentos que não estejam sediados na cidade de Esposende; dentro da cidade
(3), em que serão considerados os equipamentos que apesar de serem dentro da
cidade não são no centro histórico; e no centro histórico (5), aqui serão considerados
os equipamentos que estão sediados dentro da cidade, no centro histórico, que é o
local ideal por excelência para este tipo de elementos.
Condição Peso
do
critério
Fora da
cidade -
Dentro da
cidade -
No centro
histórico
Valor 30% 1 2 3 4 5
3.4.2.3 - Sinalização
A sinalização permite a todos os interessados terem capacidade para
conseguirem chegar aos locais dos equipamentos culturais. Desta forma, a
sinalização será avaliada de acordo com determinados níveis: sinalização
inexistente (1), quando não há qualquer tipo de sinalização que indique o local ou
direcção dos equipamentos culturais; sinalização no mapa da cidade (2), quando
exista a indicação no mapa da cidade sobre estes equipamentos; sinalização em
placa (s) indicadora (s) (3), quando existam placas informativas indicando a direcção
dos equipamentos culturais; indicação no site do município ou do posto de turismo
(4), quando se publicite no site do posto de turismo ou do município a existência
destes equipamentos e a sua localização; e no site do posto de turismo ou do
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 38 ~
município e placas sinalizadoras (5), quando se divulgue estes elementos e se
indique a sua localização em sítios da internet e ao mesmo tempo existam placas
indicadoras em sítios estratégicos para indicar a localização dos equipamentos
culturais, constituindo assim, uma forma divulgação dos equipamentos e ao mesmo
tempo uma forma de indicação da sua localização.
Condiçã
o
Peso
do
Critéri
o
Inexistente Mapa da
cidade
Placa (s)
indicadora (s)
No site do
município
ou do
posto de
turismo
No site do
município ou do
posto de turismo e
placas
sinalizadoras
Valor 25% 1 2 3 4 5
3.4.3 - Recreativos
Os equipamentos recreativos correspondem a uma componente da que ajuda
a complementar e a ocupar a estadia ou passagem de turistas e visitantes pelo
concelho de Esposende. É necessário então avaliar de forma justa o seu contributo
para o turismo do concelho. Desta forma definimos os seguintes critérios:
• Disponibilidade
• Possibilidade de uso
• Estado de Conservação
Neste caso, o factor que nos pareceu mais importante foi o estado de
conservação, se um equipamento não tiver segurança por muito disponível que
esteja não será atractivo, e assim atribuímos 40% ao estado de conservação. No
que diz respeito à disponibilidade e possibilidade de uso, estes são critérios muito
semelhantes e então dividimos pelos dois critérios os valores restantes, 35% para a
disponibilidade e 35% para a possibilidade de uso. Desta forma, e como os valores
são relativamente semelhantes um critério não influencia totalmente a avaliação de
um equipamento.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 39 ~
3.4.3.1 - Disponibilidade
O critério disponibilidade pretende avaliar se existem restrições ao uso dos
equipamentos, nomeadamente a nível de acesso às instalações em termos
monetários. Assim,
Condição Peso
do
critério
Fechado - Entrada paga - Entrada livre
Valor 30% 1 2 3 4 5
3.4.3.2 - Possibilidade de uso
O critério possibilidade de uso visa avaliar a facilidade de acesso aos
equipamentos recreativos. Assim, foi definido: fechado (1), quando os equipamentos
estão fechados por degradação dos espaços e equipamentos ou por outro motivo;
aberto sob solicitação (3), quando a abertura para acesso aos equipamentos
somente é feita quando solicitada a entrada a um encarregado, o que se torna num
constrangimento; aberto sempre (5), quando os equipamentos recreativos estão
sempre abertos e o acesso e uso dos mesmos pode ser efectuado a qualquer altura,
sem ser necessário solicitar autorização a ninguém nem a abertura dos
equipamentos a um encarregado.
Condição Peso
do
critério
Fechado Aberto sob
solicitação
Aberto
sempre
Valor 30% 1 2 3 4 5
3.4.3.3 - Estado de conservação
O critério estado de conservação propõe-se avaliar o estado de conservação
dos equipamentos recreativos. Para isso definimos os seguintes estados:
impossibilidade de uso (1), quando o espaço ou os equipamentos estão de tal forma
degradados que o uso dos mesmos não é possível por não se verificarem condições
de segurança e conforto para os seus utilizadores; espaço degradado (2), quando as
condições dos equipamentos já não forem as melhores, embora ainda seja possível
o seu uso. Em recuperação (3), quando o espaço e os equipamentos se encontram
em obras que visem o restabelecimento das melhores condições de uso dos
mesmos; recuperado (4), quando os equipamentos foram alvo de obras de restauro
e se encontram em boas condições de uso, verificando-se segurança nos
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 40 ~
equipamentos; excelente estado de conservação para uso/ novo (5), quando os
equipamentos e espaços se encontrem nas melhores condições possíveis de
conservação e que permitam o excelente usufruto dos equipamentos.
Condição Peso do
Critério
Impossibilidade
de uso
Espaço
degradado
Em
recuperação
Recuperado Excelente
estado de
conservação
para uso /
novo
Valor 40% 1 2 3 4 5
3.5 - Índice de Potencial Turístico (IPT)
Agora que já definimos como avaliar todos os grupos de recursos turísticos de
Esposende, vamos usar esses critérios para calcular o valor de cada grupo de
recursos turísticos (património, oferta, eventos, equipamentos), e assim obter o IPT.
Para tal é igualmente necessário atribuir um valor a cada grupo, sendo que
decidimos o seguinte: património 35%, pois o património natural é um elemento de
peso na decisão dos turistas que se deslocam até este concelho; oferta 30%, pois tal
como já foi referido anteriormente este é um factor crítico para haver turismo;
eventos 20%, pois após estarem instalados no concelho os turistas necessitam de
ocupações, e os eventos podem não só ser uma ocupação de tempo como também
o próprio motivo que atrai as pessoas a Esposende; equipamentos 15%, pois
considerámos que este seria o elemento menos importante, não querendo isto
significar que não tem importância nenhuma, pois tem. Este pode ser mais um
complemento importante para ocupar o tempo dos turistas e visitantes.
Importa referir que numa situação real, teria sido reunido um grupo de
especialistas nas áreas envolvidas para ajudar na atribuição de critérios e da
avaliação dos recursos do concelho, assim, obteríamos valores mais exactos e
correctos e por conseguinte, as sugestões seguintes seriam mais realistas.
Nos apêndices temos as tabelas de cálculos dos recursos, a tabela da análise
matricial com os critérios em análise em cada elemento, de seguida estão as tabelas
com o cálculo de cada elemento e por fim a tabela com os cálculos de todos os
elementos, que geram o valor do IPT.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 41 ~
Tabela 1 - Cálculo do IPT
Agora que já temos os resultados finais do cálculo do IPT de Esposende já
podemos tecer algumas conclusões que nos irão guiar na planificação de uma
estratégia de desenvolvimento turístico em Esposende.
Como podemos ver na tabela acima, o Índice de Potencial Turístico do
concelho de Esposende é de 2,6168. Este é um valor baixo para um concelho que
se quer afirmar no turismo. Este valor baixo resulta de um conjunto de várias falhas
que se forem trabalhadas ou melhoradas podem levar a um aumento substancial do
IPT. O elemento mais relevante é o património natural, pois é o elemento mais
chamativo deste concelho, daí ter-se atribuído um valor superior. Os outros não são
menos importantes pois complementam e possibilitam a actividade turística. De
seguida iremos efectuar uma análise de todos os elementos, um a um, para
podermos constatar a origem destas falhas.
3.5.1 - Análise
Vamos avaliar numa primeira instância os diversos grupos de recursos
avaliados, para entendermos em cada um qual/quais os elementos que deveriam ser
melhorados.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 42 ~
3.5.1.1 - Património Cultural Monumental
No caso do Património Cultural, o elemento acessibilidade está bom, com um
valor de 4,11 em 5, o que significa que não serão necessários grandes
investimentos neste factor. Está então assegurado um factor crítico no turismo, a
forma como os turistas chegam aos locais.
Já quanto à interpretação, que tem 1,14 em 5, podemos dizer que é um valor
muito baixo, e que é necessário tomar medidas para melhorar este factor.
O elemento conservação, com 3,71 em 5 valores também se encontra bem
qualificado, não sendo necessárias melhorias significativas.
Quanto à disponibilidade, com 3,18 em 5, também se pode dizer que não é
um sector com muitas necessidades, devendo ser melhorado este factor tendo em
conta as tendências das horas/dias de maior afluência.
Quanto à sinalização, com 2,07 em 5, é um sector com falhas, e este é um
factor importante aliado à acessibilidade, tornando-se o meio de levar os turistas aos
locais. O que se verifica é que normalmente não há sequer uma placa a indicar a
direcção do património. Este factor deveria então ser elemento de melhorias, sendo
pedido no mínimo uma placa.
A informação é o factor do património cultural que mais melhorias necessita.
Com apenas 1,25 em 5, é um factor que deveria ser alvo de medidas de melhoria
para assim divulgar melhor o património deste concelho.
Quanto à classificação, com 1,82 em 5, não há muito que possa ser feito
pelas entidades municipais, pois o que conta é o valor do património. No património
que tenha potencial e cuja classificação ainda não tenha sido pedida este pedido
deve ser feito, no restante, resta potenciar os restantes elementos para requalificar o
imóvel.
3.5.1.2 - Património Natural
No património natural, o factor com melhor classificação é a disponibilidade.
Todos os recursos deste tipo estão inteiramente ao dispor dos interessados, para
usufruírem deles quando bem entenderem ou tiverem vontade. Tem 5 valores em 5
valores.
De seguida, o elemento com melhor classificação é a acessibilidade, com
4,64 em 5 valores possíveis. Este elemento é importante para permitir o
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 43 ~
deslocamento dos turistas e visitantes até ao local, mas não aparenta necessidade
de grandes melhorias, salvo em alguns casos.
Depois, surge a limpeza com 4,14 em 5 valores. Este elemento é fulcral neste
tipo de recursos e portanto da maior importância. Não são necessárias grandes
melhorias, mas tendo em conta a natureza destes recursos, os valores máximos são
exigidos.
A sinalização é o elemento em avaliação que surge em quarto lugar, com 1,86
em 5 valores. Este elemento é também importante para o turismo, na medida em
que, junto com a acessibilidade, serve para fazer chegar os turistas e visitantes ao
local. Devem ser portanto tomadas medidas para melhorar este elemento, sendo
pedidas ao menos placas indicativas antes do local.
A interpretação é outro elemento com valores baixos, com apenas 1,21 em 5
valores possíveis. Nos recursos em que este elemento se justifique devem ser
postas em prática medidas que visem melhorar a informação que é transmitida no
local aos turistas.
Quanto à classificação, igualmente com 1,21 valores em 5, o que se deve
fazer é divulgar a classificação dos recursos já classificados, e preservar a beleza e
autenticidade dos que não estão divulgados.
3.5.1.3 - Alojamento
Em relação à oferta de alojamento a nível de hotelaria, o que se pode dizer é
que a categoria não é muito alta, com 2,82 em 5 valores. O que predomina são
estabelecimentos com 2 e 3 estrelas, não existindo muita oferta de qualidade.
Deveria apostar-se em mais estabelecimentos de qualidade, em, substituição de
alguns de qualidade média. Desta forma, haveria mais oferta de qualidade mas ao
mesmo tempo haveria diversidade na qualidade da oferta. Quanto ao número de
quartos, a sua classificação é boa, com 4 em 5, não sendo necessárias alterações,
Somente depois de avaliar a capacidade de carga poderemos dizer se há
insuficiência de quartos, um número ideal ou excesso.
Quanto aos estabelecimentos de Turismo no Espaço Rural, com 1 valor em 5,
deveria apostar-se também em turismo de habitação e em Agro-turismo,
aumentando a diversidade de oferta nesta área.
Quanto aos parques de campismo, o existente tem 3 valores em 5 no que
toca à sua categoria e 5 valores em 5 no que diz respeito ao número de espaços. O
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 44 ~
que recomendamos, é que sejam asseguradas as melhores condições possíveis nas
instalações, para assim compensar a falta de classificação superior. Caso seja
possível aumentar a classificação, ainda melhor, pois será mais uma mais valia para
o próprio parque de campismo.
Quanto à pousada da juventude, com 5 valores em 5, esta deve ser mais
publicitada e sinalizada, uma vez que a sua classificação já não pode ser melhorada.
3.5.1.4 - Restauração
No que diz respeito à restauração, as suas referências não são más de todo,
apesar de apenas atingir 2,02 em 5 valores, este não é um cenário de todo negro
devido á grande exigência que existe nesta área. Contudo, atingir a perfeição deve
ser a missão de todos estes estabelecimentos, dando prioridade sempre à qualidade
e à satisfação dos clientes.
No que diz respeito à localização, com 4,67 em 5 valores, não há muito a
fazer, pois já é um valor óptimo. Resta apenas ao município sinalizar os mesmos
para se tornarem mais perceptíveis.
No que diz respeito à tipicidade, e uma vez que nos encontramos numa
região com muita tradição gastronómica, podemos dizer que os 1,92 valores em 5
possíveis são muito baixos. Deveria apostar-se na tipicidade da gastronomia, uma
vez que as tendências dos turistas indicam que estes valorizam cada vez mais a
experiência através da tipicidade e originalidade dos destinos.
3.5.1.5 - Actividade
Nas actividades, o que mais salta à vista é a pouca divulgação e sinalização
existente. Os 2,11 e os 1,11 da divulgação e da sinalização, respectivamente, são
muito baixos e carecem de melhorias. Devem ser tomadas iniciativas por parte das
próprias empresas com vista à melhoria da divulgação das mesmas, através de
cartazes e páginas na internet. Quanto aos trilhos desenvolvidos pelo município,
estes deveriam ser mais divulgados, na página internet da Câmara Municipal e do
posto de turismo. Deveriam ser feitos acordos com as empresas de actividades para
facilitar o acesso dos turistas aos equipamentos necessários para a
prática/realização dos trilhos (canoas, bicicletas, etc). No que diz respeito à
sinalização, o município deveria encarregar-se de sinalizar melhor estas situações,
uma vez que a sinalização serve muitas vezes de forma de divulgação.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 45 ~
No que diz respeito à disponibilidade para realização, com 4,78 em 5, não são
necessárias grandes melhorias e atenções, pois já é um valor elevado e que deve
ser mantido.
3.5.1.6 - Eventos religiosos
No que diz respeito aos eventos religiosos, o elemento da avaliação com
maior valor são as acessibilidades. Com 5 valores em 5 podemos afirmar que estão
reunidas condições para que os interessados se possam deslocar com segurança e
conforto até ao local da realização do evento. Não são necessárias melhorias nesta
área.
No que diz respeito à duração, com 4,78 valores em 5, podemos afirmar que
este montante é muito satisfatório. Uma vez que a duração dos eventos já provêm
da própria tradição do evento, não podem ser pedidas alterações neste elemento.
Elemento que já pode ser alvo de melhorias é a informação. Com 3,67 em 5,
este é um valor bom e satisfatório, mas que pode ser melhorado com recurso a
placares, panfletos, publicidade nas rádios locais e até nas páginas da internet do
município.
A notoriedade, que é outro factor que atrai visitantes, tem apenas 2,56 em 5
valores. Este poderá ser melhorado em sequência das medidas de optimização da
informação, devendo-se monitorar o efeito destas.
3.5.1.7 - Eventos gastronómicos
Nos eventos gastronómicos, a divulgação obteve classificação máxima de 5
valores, sendo então apenas necessário manter a divulgação com este valor
elevado.
A duração, com 3,67 em 5, é outro dos factores com boa classificação.
Apesar de os eventos apenas obterem este valor, há que ter em conta que um dos
eventos tem duas semanas de duração e outro um mês. Não são então necessárias
melhorias significativas neste elemento, mas sugerimos talvez que os eventos não
se realizem apenas em época alta, ou então que tenham uma edição em época
média e baixa, para que os próprios eventos sejam um atractivo em épocas com
menor procura turística.
A notoriedade dos eventos gastronómicos obteve 3 valores em 5. Podemos
sugerir que os eventos sejam mais divulgados no estrangeiro, para que aliados à
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 46 ~
sugestão de ocorrer em épocas com menos procura convide mais turistas a vir até
Esposende.
A periodicidade é o elemento com menor valor, com apenas 1 em 5 possíveis.
Conforme já sugerimos no parágrafo anterior, os eventos deveriam ocorrer em várias
épocas do ano para ajudar a combater a sazonalidade deste concelho.
3.5.1.8 - Eventos musicais
Nos eventos musicais a duração obteve nota máxima, 5 valores, o que
representa que este não é um sector a necessitar de intervenções. Contudo, e tal
como os eventos gastronómicos, sugerimos a realização deste tipo de eventos fora
da época alta, para combater a sazonalidade.
Relacionado com a questão da sazonalidade está o critério quantidade de
vezes ao ano, com 1 valor em 5, reforçando a ideia de que estes eventos deveriam
ocorrer não só no Verão, mas também em outras épocas do ano para aumentar o
número de turistas nessas épocas.
De seguida, a divulgação com 4,5 em 5 valores, o que também indica que não
é uma área com muitas carências.
Quanto às condições físicas dos eventos, estas tiveram apenas 1 valor em 5,
indicando que é uma área que merece grandes melhorias para poder receber melhor
e por conseguinte chamar mais pessoas.
No que diz respeito à notoriedade, com 2,5 em 5 valores, podemos dizer que
é uma área com necessidade de intervenção. Esta área poderá melhorar com
intervenção a mais publicidade e mais publicidade em mais meios e, através da
própria melhoria de instalações. Quanto mais satisfeitos os visitantes estiverem mais
e melhor eles vão falar do evento e seduzir mais pessoas a vir aos eventos.
3.5.1.9 - Eventos Desportivos
Nos eventos desportivos o elemento com maior classificação é a divulgação,
com 4,71 em 5 valores possíveis. Isto deve-se sobretudo ao facto de que a maioria
dos eventos são nacionais. Não há então necessidade de intervenções de momento,
a não ser as que visem manter este valor.
De seguida, temos a notoriedade com 4 valores, demonstrando que
possivelmente por os eventos serem nacionais a notoriedade já é por si elevada. Daí
que não sejam recomendadas alterações por falta da sua necessidade.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 47 ~
A duração, com 2 valores em 5, indicam que os eventos são um pouco curtos
em relação ao desejado. Mas a verdade é que talvez não seja possível prolongar
mais esses eventos. Sugerimos ao concelho de Esposende que esteja atento, para
que se possa candidatar a alojar mais eventos, preferencialmente eventos já por si
com alguma notoriedade. Eventos que ocorram em épocas que não a alta são
também desejados.
Finalmente, a periodicidade, com 1 valor em 5, indicando que se confirma a
necessidade da sugestão anterior, de eventos que ocorram em época média e
baixa.
3.5.1.10 - Equipamentos Desportivos e de Lazer
Ao nível dos equipamentos desportivos e de lazer, o elemento disponibilidade
e o elemento conservação apresentam-se com nota máxima de 5 valores.
Concluímos então que não são necessárias alterações e intervenções nestes
aspectos, e sim apenas manter as condições actuais.
Quanto à sinalização, com 3 valores em 5 valores, concluímos que há
algumas atitudes que poderiam ser tomadas para melhorar a situação actual.
Sugerimos, ao menos, uma placa indicadora antes do local destes equipamentos,
para informar os interessados da sua localização. O melhor seria várias placas e a
sinalização destes equipamentos nos mapas da cidade.
Quanto à diversidade, com 1 valor em 5, concluímos que o Município poderia
trabalhar no sentido de oferecer mais diversidade aos utentes destes espaços, para
satisfazer pessoas com diferentes gostos. Um dos campos de futebol de 5 da cidade
de Esposende poderia ser reconvertido em polidesportivo, permitindo a prática de,
por exemplo, futebol, ténis e até basquetebol.
3.5.1.11 - Equipamentos Culturais
Nos equipamentos culturais o elemento com maior classificação é a
localização, com 4,2 em 5 valores. Isto porque a maioria dos equipamentos são
museus do centro da cidade de Esposende. Mais, este não é um elemento fácil de
mudar, tendo em conta os montantes envolvidos, daí que não achemos que seja
necessário fazer sugestões. O que achamos que pode e deve sim ser feito é
divulgação destes espaços nos sítios da internet das entidades do Município.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 48 ~
De seguida, a sinalização com 2,6 em 5 valores, o que nos indica que é um
sector com algumas carências. Alguns dos equipamentos não estão devidamente
sinalizados, e é nesse sentido que podem ser feitos alguns esforços. Aconselhamos
ainda a representação destes equipamentos no mapa da cidade, para os dar a
conhecer aos turistas.
Já a possibilidade de visita obteve apenas 2,2 em 5 valores, um valor baixo
que indica que há carências nesta área. A maioria destes equipamentos abre
apenas quando solicitado, e deveriam ser abertos pelo menos nas épocas com mais
turistas.
3.5.1.12 - Equipamentos Recreativos
Nos equipamentos recreativos não há muitas alterações e melhorias a
considerar.
O estado de conservação e a possibilidade de uso foram ambas classificadas
com nota máxima, 5 valores, o que indica que não necessitam de reestruturações. O
que se impõe é que se façam todos os esforços para manter estes elementos com a
actual classificação.
Já na disponibilidade, as duas piscinas são de entrada paga, o que se
compreende sendo que são negócios com o objectivo de dar lucro. Não podemos
então fazer alterações nesta situação, mas aconselhamos que estejam assinaladas
no mapa da cidade.
4 - Instrumentos de Gestão Territorial
Neste capítulo do nosso trabalho iremos apresentar as ideias principais dos
instrumentos de gestão territorial vigentes em Esposende. Esperamos assim
compreender melhor as restrições e condicionamentos previstos, as áreas que serão
mais encorajadas e as áreas mais faladas e ponderadas. Desta forma poderemos
entender as intenções e permissões em relação ao turismo de Esposende para
assim poder tirar no final conclusões válidas, inovadoras, coerentes e robustas.
Os instrumentos de gestão territorial vigentes no concelho de Esposende e
com informação relevante para a realização deste trabalho são:
• Plano Director Municipal;
• Plano de Ordenamento da Orla Costeira
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 49 ~
• Plano de Ordenamento de Áreas Protegidas
• Plano da Bacia Hidrográfica do Cávado
• Plano da Bacia Hidrográfica do Lima
• Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Minho;
• Medidas Preventivas.
Na figura a seguir, iremos esquematizar a hierarquia destes documentos.
POAP POOC
PBHC PBHL
PDM MP
PROFBM
Instrumentos de Natureza
Especial
Instrumentos de Política Sectorial
Instrumentos Planeamento
Territorial
Instrumentos Desenvolvimen
to Territorial
Figura 1 - Hierarquia dos IGT
Nesta figura 1 podemos constatar as relações de hierarquia que os diversos
Instrumentos de Gestão territorial têm. Os instrumentos de Natureza especial e de
política sectorial estão hierarquicamente acima dos instrumentos municipais (de
planeamento territorial) pois definem regras ou orientações para situações
extraordinárias e que merecem especial atenção. Estes irão então influenciar o
que for definido por exemplo no PDM, pois acarretam orientações especiais e
totalmente especificas para essa situação.
De uma forma geral podemos dizer que a hierarquia pode ser definida do
particular para o geral, ou seja, os instrumentos que regem uma pequena área,
que será mais sensível, estão hierarquicamente acima dos que regem maiores
áreas, e menos especiais.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 50 ~
4.1 – PDM (Plano Director Municipal)
Plano Director Municipal (PDM) do Concelho de Espos ende
2ª Fase
O PDM é um Instrumento de Gestão Territorial municipal e que visa
estabelecer prioridades e organização na utilização do território. Após analisar o
PDM do concelho de Esposende, encontrámos alguns pontos relevantes para este
trabalho. Estes, são apresentados a seguir:
Em relação ao Rio Cávado e Rio Neiva pretende-se elaborar uma “carta de
Usos”, para desta forma potenciar os usos dos meios hídricos. De entre esses usos,
damos especial realce “à utilização do leito e margens para fins lúdicos e
recreativos”.
Nas povoações de Fão e Esposende e nas zonas ribeirinhas com maior
apetência para lazer e habitação de fim-de-semana e férias é necessário acautelar a
implantação de eventuais construções e demarcar uma zona chamada zona
“tampão” onde serão fortemente condicionadas novas construções devido ao risco
de cheias.
O areal situado a montante do Largo da Barca do Lago, designado Areal das
Oliveiras, é procurado no verão como zona de lazer. Contudo, não tem qualquer
estrutura de apoio, o que reduz a qualidade deste recurso. Contudo, esta zona fica
completamente submersa no inverso, e por isso a estrutura a colocar não poderá ser
fixa.
Também a zona da Barca do Lago é procurada e considerada apetecível
para lazer e recreio, em virtude das boas condições do local. Peca, mais uma vez,
pela falta de estruturas de apoio.
A área, na marginal a jusante da Ponte de Fão, também é muito procurada
para passeio e lazer. Contudo, e finalmente para contrariar a tendência, neste local
está prevista a implementação de equipamentos turísticos, desportivos e de
habitações.
Na zona designada de Marachão, foi construído um dique de protecção, para
evitar o avanço das águas do Rio. Esta zona é actualmente bastante procurada
devido ao seu fácil acesso e deslumbrante enquadramento paisagístico.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 51 ~
A área da margem esquerda, na zona designada Barca do Lago, é muito
procurada durante o Verão para lazer e recreio. Nesta zona já estão criadas as
estruturas de apoio: instalações sanitárias e balneários.
A faixa marginal, situada a jusante do Caldeirão até à ponte de Fão, está
densamente ocupada com habitações, contudo está prevista a construção de alguns
equipamentos de apoio turístico-sociais, uma pousada da Juventude e uma unidade
hoteleira. Destas, a pousada da juventude já está construída e a funcionar, mas
espera-se a construção da unidade hoteleira. Ainda nesta zona, foi construído um
muro de protecção, o que veio favorecer a procura desta zona para lazer, pesca e
canoagem.
Na zona a jusante da ponte de Fão até à Foz ocorrem constantemente todos
os anos cheias, chegando até aos limites de duas unidades de alojamento ali
existentes. Nesta zona, estão previstas obras para a sede do Posto Náutico de Fão,
que também já foi atingido por cheias. Ainda nesta área, estão previstas diversas
infra-estruturas de apoio a práticas desportivas, pois é uma zona muito procurada
para este fim.
Para a zona conhecida por Barca do lago, na margem direita, existe um
estudo de viabilidade de um Aldeamento turístico para a Quinta da Barca do Lago.
Neste estudo, prevê-se a implementação de edifícios para habitação, hotelaria e
equipamentos, uma marina, uma piscina e um campo de golfe. Este Aldeamento
viria aumentar a oferta de alojamento e de actividades do concelho de Esposende.
Também a jusante da Ponte de Fão está prevista a implementação de um
aldeamento, equipamentos e infra-estruturas de apoio, com clube de ténis,
restaurantes, pista de saltos e um centro hípico. Mais para jusante está prevista a
criação de um centro lúdico, piscinas, clube de saúde e comércio e uma zona
polivalente. Perto do local dos Socorros a Náufragos pretende-se construir um Clube
Náutico, uma marina recreativa, instalações e serviços de apoio. Junto ao forte de S.
João Baptista prevê-se a criação de mais uma unidade Hoteleira, bem como
diversos equipamentos e infra-estruturas de apoio. Todos estes projectos
aumentariam imenso a oferta de actividades para ocupar o tempo dos turistas, bem
como o alojamento existente, aumentando a aptidão deste concelho para o turismo e
possivelmente aumentando o número de turistas.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 52 ~
A jusante do Caldeirão até à ponte pretende-se construir uma nova unidade
hoteleira. Talvez seja necessário verificar se será viável a construção de todas as
unidades hoteleiras previstas, e ainda controlar a capacidade de carga para que se
assegure que esta não seja ultrapassada.
A jusante da Ponte de Fão prevê-se a construção de um complexo
desportivo, que incluirá um circuito de manutenção, courts de ténis e uma pista de
skate. Mais uma vez, aumentará a oferta de actividades que é possível praticar no
concelho de Esposende, o que complementará a experiência dos turistas e poderá
aumentar a estadia destes.
Nas áreas ameaçadas pelas cheias está interdita a construção nos pontos
atingidos por cheias médias, e ainda uma faixa com construção condicionada, tendo
por suporte os pontos atingidos aquando de cheias excepcionais. Estas zonas com
construção condicionada vêem restringir a construção de novos edifícios, mas
também vêm assegurar a protecção de investimentos em zonas “perigosas”.
Para uma optimização do uso das capacidades do Rio Cávado é necessário
estabelecer um plano de protecção e melhoria das condições do Rio. Tal plano irá
visar uma melhoria das potencialidades do Rio com actividades de turismo e lazer,
principalmente nas seguintes zonas: junto ao dique do Marachão, Barca do Lago,
junto ao dique do Caldeirão e em ambas as margens a jusante da Ponte de Fão até
à Foz.
Na zona ribeirinha, junto a Santa Teca, o excelente enquadramento
paisagístico torna esta zona muito propícia para lazer e por isso com bastante
aptência para construção.
No que diz respeito à zona de confluência Rio-Mar, actualmente não é
propícia a prática de desportos náuticos. Contudo, a regularização das utilizações
dos meios hídricos pretende melhorar estas condições.
Já a zona entre Santa Teca e a Foz apresenta actualmente uma configuração
agradável à prática de desportos náuticos.
Conforme é possível constatar, os recursos naturais são muito valorizados no
Concelho de Esposende, e é por esse motivo que as condições que actualmente
não estão óptimas serão alvo de melhorias e de planos de requalificação.
Os recursos naturais são o maior motivo de atractivo de turistas, daí que
mereçam o maior cuidado e atenção.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
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4.2 - POOC (Plano de Ordenamento da Orla Costeira)
Regulamento do Plano de Ordenamento da Orla Costeir a de Caminha-Espinho
O Plano de Ordenamento da Orla Costeira, POOC, tem a natureza de documento
administrativo e com ele se devem conformar os planos municipais e intermunicipais
de ordenamento de território, bem como os programas e projectos a realizar na sua
área de intervenção. Neste caso aplica-se ao concelho de Esposende em que serão
identificadas as medidas mais relevantes para o turismo.
No Artigo 7º são abordados os acessos à orla costeira, com as restrições de
abertura de novos acessos a esta orla, o acesso através de caminhos alternativos e
a proibição de pisar as dunas, em que o acesso à orla costeira terá de ser feito,
exclusivamente, através de passadiços sobrelevados, simples, confortáveis e
delimitados fisicamente. Os parques de estacionamento de apoio às praias, têm de
ser localizados em clareiras existentes e pavimentados com materiais permeáveis.
Trata-se de uma medida positiva para o turismo pois preserva o recurso que é a
praia.
Neste Artigo 8º, é mencionado as actividades interditas na orla costeira, como o
vazamento de entulho, lixo e sucata e todas as actividades poluentes, a instalação
de indústrias, e toda a circulação motorizada, cm excepção de veículos de
manutenção, emergência, socorro, fiscalização e os meios mecânicos de limpeza do
areal e do plano de água, medida positiva para preservação deste recurso.
O Artigo 9º refere-se ao Património edificado – arqueológico e arquitectónico, que
proíbe obras de demolição, reconstrução e ampliação e salvaguarda que qualquer
intervenção efectuada neste património, tenha de ter uma intervenção arqueológica
antecipada, pelo Instituto Português de Arqueologia, actual IGESPAR, medida que
visa a preservação do património e seu estudo, tornando o sítio mais favorável ao
desenvolvimento turístico.
O Artigo 10º menciona o âmbito em que se insere a Área de Protecção Costeira
(APC) e a sua importância na estabilidade do litoral a preservar e o investimento
público destinado à sua valorização e compatibilização com oportunidades
recreativas factor que beneficia o desenvolvimento turístico.
O Artigo 11º refere-se às restrições específicas nas APC, que interdita actos e
actividades como a introdução de novas espécies animais e botânicas, alteração da
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 54 ~
morfologia do solo, extracção de minerais, a circulação de veículos, novas
construções, campismo, fazer fogueiras, sobrevoo de aeronaves abaixo dos 1000
pés e a instalação de vendas ambulantes. No ponto 2 tem as excepções ao disposto
anteriormente, sendo o mais relevante o que se refere à instalação de edifícios de
apoio e equipamentos de praia. Este aspecto é importante para o desenvolvimento
turístico, pois define a uniformidade dos apoios de praia e a preservação do espaço
da praia.
No Artigo 12º são mencionados os actos condicionados, onde se destaca como
mais importante a concessão de zonas de caça e pesca, bem como a correcção de
densidades de espécies cinegéticas. Neste caso trata-se de uma situação
importante pelo facto de se demarcar áreas cinegéticas, vendo-se a caça como um
factor de desenvolvimento turístico.
No Artigo 13º são referidas as praias em APC, as acções de intervenção e alteração
que possam mexer com a dinâmica costeira, impermeabilização ou poluição do solo.
Factor importante para a manutenção das praias, principal recurso turístico desta
região.
O Artigo 16º menciona as áreas agrícolas em APC, referindo-se à protecção destas
áreas, não permitindo alterações o seu uso, mantendo as práticas de cultivo
tradicionais, como é o caso dos campos de masseira na região de Apúlia, que neste
caso são por si só um factor de atracção turística pela sua originalidade, típica desta
região e pela sua antiguidade.
O Artigo 17º refere-se à protecção dos rochedos em APC, não permitindo a
alteração ao seu estado natural visando a manutenção da estabilidade biofísica e da
biodiversidade que lhe está associada. Esta medida é importante pelo facto de
preservar tanto a paisagem costeira como a manutenção dos bivalves.
O Artigo 18º fala das zonas húmidas em APC no que diz respeito às interdições em
relação à alteração da topografia do solo, o pisoteio e a ocupação e construções,
que irão mexer com a consolidação das dunas e com a própria paisagem.
No Artigo 19º são mencionados os estuários em APC, neste caso os dos rios Neiva
e Cávado, classificando os tipos de sistemas estuarinos: navegáveis e não
navegáveis. No caso dos sistemas estuarinos não navegáveis, ficam limitados à
prática de natação e de desportos náuticos não motorizados e à pesca. Estas áreas
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 55 ~
são de importância para o desenvolvimento turístico pelo facto de identificar os
recursos possíveis em termos de turismo náutico.
O Artigo 20º refere-se aos equipamentos em APC que são integrados por
equipamentos recreativos e de lazer, turísticos e de saúde e de infra-estruturas de
estacionamento, saneamento básico e de apoio à pesca e aquicultura, que definem
os locais de possível investimento turístico.
No Artigo 21º refere-se à área de aplicação regulamentar dos PMOT que é a parte
de território incluída na área de intervenção do POOC que integra os espaços
classificados tais como urbanos, urbanizáveis, de equipamento e espaços industriais
que lhe sejam contíguos. Este é um elemento importante pois denomina os espaços
possíveis ou não, para investimentos turísticos.
O artigo 22º fala das restrições específicas na área de aplicação regulamentar de
aplicação dos PMOT, onde se dá maior importância às linhas de água, seus leitos e
margens, que devem ser mantidas e valorizadas, e ainda a garantia de criação de
espaços verdes, pois podem ser por si só um recurso turístico.
O Artigo 24º refere-se à barreira de protecção que inclui as faixas de APC,
consideradas indispensáveis para reter o avanço do mar, constituindo uma área nom
aedificandi, que prevê a manutenção da vegetação rasteira e arbustiva na barreira
de protecção, através da construção de passadiços sobrelevados e vedações que
impeçam o pisoteio e destruição da vegetação. Visa também a construção de
paliçadas que acumulem as areias, plantação de vegetação rasteira arbustiva por
forma a auxiliar o processo de retenção de areias. Trata-se de uma medida
importante para a manutenção das dunas e das praias que são um dos principais
recursos turísticos da região.
No Artigo 25º são referidas as zonas de risco, que inclui as áreas de aplicação
regulamentar dos PMOT onde se prevê o avanço do mar, através da proibição e
controlo de aprovação de novas construções, por se encontrarem nestas zonas. É
uma medida importante para o desenvolvimento turístico, pois não permitirá a
construção de infra-estruturas turísticas em zonas de risco.
O Artigo 26º refere-se às Unidades operativas de planeamento e gestão (UOPG)
integrada, a submeter a planos específicos, nomeadamente a PMOT ou a planos
cuja iniciativa da respectiva elaboração compete ao Instituto da Água (INAG),
incidindo estes últimos apenas sobre áreas do DPM. No Concelho de Esposende
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 56 ~
apenas as UOPG das praias de São Bartolomeu do Mar e as do núcleo turístico de
Ofir estão incluídas no POOC e assinaladas na planta de síntese.
No Artigo 27º estão definidos os actos e actividades interditas, no POOC como
UOPG, tais como a criação de novos núcleos populacionais, construção,
reconstrução ou ampliação de edifícios ou outras estruturas em barreira de
protecção ou zona de risco, a instalação de explorações agrícolas, florestais e
minerais ou a alteração das já existentes, a alteração do coberto vegetal ou a
destruição de sebes vivas ou mortas, assim como a destruição de muros de pedra, a
abertura de novos caminhos ou estradas e o derrube de árvores, conforme descrito
nas alíneas a) a f) deste artigo.
O Artigo 30º refere-se à UOPG nº 3 – Praia de São Bartolomeu do Mar, e menciona
que será objecto de um plano de pormenor, a promover pela Câmara Municipal de
Esposende em articulação com o INAG., que será constituído por equacionar a
retirada progressiva das construções e delimitação de áreas de estacionamento,
podendo vir a ocupar com equipamentos a zona de expansão do núcleo urbano de
São Bartolomeu do Mar. Este plano terá em conta parâmetros como a edificação,
prevendo as acções de demolição necessárias e os espaços verdes, visando a
recuperação dunar. Este caso está referenciado pelo quadro nº 3 no anexo I deste
documento.
No Artigo 31º está referida a UOPG nº4 – Núcleo turístico de Ofir, em que será:
1. Objecto de um plano de pormenor precedido de uma análise de custo-
benefício, a promover, de forma articulada, pelo ICN e pela Câmara Municipal
de Esposende.
2. Constitui objectivo do plano mencionado no número anterior regulamentar a
intervenção no tecido edificado existente.
3. O plano deverá incidir sobre a edificação e os espaços verdes.
Este caso está referenciado pelo quadro nº 4 no anexo I deste documento.
O Capítulo VI refere-se às praias marítimas, à sua tipologia (Artigo 44º), às
actividades nelas interditas (Artigo 45º), ao dimensionamento de “áreas sujeitas a
concessão” (Artigo 46º), à sua caracterização (Artigo 47º), à sua ocupação ou
instalações nas praias marítimas em área de domínio público hídrico, aos apoios de
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 57 ~
praia e à limpeza. Refere-se essencialmente à utilização e instalação de
equipamentos de apoios de praia.
No Artigo 52º fala-se da ocupação ou instalações nas praias marítimas em área de
domínio público hídrico e refere a sua utilização e as regras para a sua manutenção.
O Artigo 54º refere-se à localização e quantificação das instalações de apoio de
praia.
No Artigo 70º estão referidas as restrições relativas às infra-estruturas portuárias,
em que no ponto 3. menciona a localização dos portos de recreio e núcleos de
recreio náutico, caso importante para o desenvolvimento do turismo náutico.
4.3 - POAP (Plano de Ordenamento de Áreas Protegida s)
Análise do conteúdo do POPNLN Através do Decreto-Lei n.º 357/87 legislou-se uma antiga necessidade de
proteger e defender a orla costeira marítima nortenha de agressões diversas sejam
elas loteamentos clandestinos, urbanismo desordenado e extracção descontrolada
de areias. Serve assim, para proteger ecossistemas de rara importância. Assim, o
município de Esposende tomou a iniciativa de propor uma zona de costa protegida
de 18km que vai desde Apúlia até à Foz do Neiva.
Neste seguimento, em 2005, seguindo os critérios estabelecidos no Decreto-
Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro, a Área de Paisagem Protegida do litoral de
Esposende, foi reclassificada em Parque Natural pelo Decreto Regulamentar n.º
6/2005, de 21 de Julho, passando a designar-se Parque Natural do Litoral Norte
(PNLN), tendo, simultaneamente, sido alterados os respectivos limites.
“Esta reclassificação foi justificada pela necessidade de manter as medidas de protecção da
área em questão, constituída essencialmente por um cordão de praia arenosa e dunas primárias e
secundárias de grande instabilidade e em risco de erosão, que apresenta um enquadramento
ambiental, geológico e paisagístico verdadeiramente único, possuindo um dos mais elevados índices
de biodiversidade do País. Pretendeu -se, assim, defender um importante conjunto de valores
naturais e paisagísticos, prevenindo os riscos associados a pressões urbanísticas sobre uma zona
que constitui um notável património nacional e europeu.”
Este Decreto-Lei (POPNLN) estabelece os regimes de salvaguarda de
recursos e valores naturais e fixa os usos e o regime de gestão a observar na sua
área de intervenção com vista a garantir a conservação da natureza e da
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 58 ~
biodiversidade, a manutenção e valorização da paisagem, a melhoria da qualidade
de vida e o desenvolvimento económico das populações aí presentes. Deste modo,
estabelece um conjunto de regras e limitações que devem ser cumpridas, bem
como, de intenções para este território.
Deste modo e, no seguimento da actividade de planeamento e gestão dos
recursos turísticos irá ser feita uma análise a este documento evidenciando todas as
resoluções de interesse turístico.
Na alínea d) do art.º n.º2 podemos ver que um dos objectivos para este
território é: enquadrar as actividades humanas através de uma ges tão racional
dos recursos naturais, incluindo o ordenamento agrí cola, agro-pecuário e
florestal, bem como as actividades de recreio, cult urais e turismo, com vista a
promover simultaneamente o desenvolvimento socioeco nómico e o bem-estar
das populações de forma sustentada, compatibilizand o estratégias e regras
dos diversos instrumentos de gestão territorial. Daqui podemos depreender que
as actividades de turismo e recreio são consideradas mas, terão algumas limitações
de acordo com o disposto no restante decreto. O desenvolvimento sustentado é uma
intenção presente, quer das populações quer do desenvolvimento económico
através da regulamentação presente nos diversos instrumentos existentes.
Na alínea e) do mesmo artigo encontramos o seguinte pressuposto:
promover o ordenamento dos diferentes usos e activi dades específicas da
área terrestre, estuarina e marinha, respectivament e o correcto ordenamento
das actividades de recreio e lazer e a exploração d os recursos pesqueiros do
Parque Natural do Litoral Norte, de forma a garanti r a sua sustentabilidade e a
minimização dos impactes sobre a biodiversidade. Assim, todas as actividades
de recreio marítimas terão, também, limitações e regras específicas que têm de ser
cumpridas com vista à preservação do Parque Natural do litoral Norte.
Nas alíneas g), i) e v) do art.º 4 podem ver-se as definições de competições
desportivas, de desportos motorizados e de turismo de natureza. Têm aqui lugar de
destaque porque, este decreto prevê a ocorrência destas actividades na área do
Parque Natural. «Competições desportivas» as actividades de naturez a
desportiva exercidas em regime de competição e devi damente enquadradas
pelas respectivas estruturas associativas ou federa tivas. «Desportos
motorizados» as actividades de carácter desportivo ou recreativo realizadas
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 59 ~
com veículos motorizados, de água, terra ou ar, nom eadamente asa delta com
motor, motos e veículos de duas ou mais rodas, de e strada ou de todo-o-
terreno, esqui aquático, passeios e pesca com barco a motor, jet-ski e ainda
outros desportos e actividades de lazer para cuja p rática se recorra a motores
de autopropulsão, incluindo os motores de combustão , explosão, eléctricos ou
outros. «Turismo de natureza» o produto turístico c omposto por
estabelecimentos, actividades e serviços de alojame nto e animação turística e
ambiental realizados e prestados em zonas integrada s em áreas classificadas
ou noutras áreas com valores naturais. A apresentação destas definições neste
decreto serve para que se conheçam as aplicadas nesta ferramenta para que se
saiba o que se insere, ou não, na área em estudo.
O POPNLN, no art.º n.º 4, define algumas actividades que podem e devem
ser implementadas na área do Parque Natural. Assim, o turismo de natureza que
potencie a correcta fruição dos valores naturais do PNLN e promova o
desenvolvimento sustentável da região é uma das actividades em que se pode
apostar. O POPNLN considera este tipo de turismo uma mais-valia para a região e
para o seu desenvolvimento tanto económico como social. Considera ainda
importante, a divulgação, sinalização e gestão dos percursos in terpretativos ou
outros, associados a actividades recreativas, despo rtivas, culturais ou
educativas, visando o reconhecimento dos valores na turais, bem como a
fruição de ambiências e equipamentos locais . Deste modo apela a uma aposta
na informação e conhecimento de quem usufrui do parque para que deste possam
tirar o melhor partido enquanto o conservam. É uma maneira de capacitar as
populações para a importância da natureza e um reconhecimento do seu valor.
Outras das vertentes que promove é a recuperação e valorização do património
cultural, nomeadamente dos elementos arqueológicos e arquitectónicos mais
relevantes, compatibilizando o seu uso com os objec tivos de conservação da
natureza em coordenação com as entidades com compet ência na matéria. O
aproveitamento das vertentes naturais aliadas às vertentes culturais é definido como
aspecto a ter em conta e uma maneira de valorizar todo o território e de aproveitar
todos os seus recursos. Aposta assim, numa articulação de recursos de modo a que
todos sejam aproveitados.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 60 ~
O art.º n.º8 do POPNLN define os actos e actividades interditos na zona do
Parque. Considera-se então interditos o sobrevoo por meios aéreos de desporto
e recreio fora dos canais de atravessamento autoriz ados, a destruição ou
delapidação do património cultural edificado, a ins talação de campos de golfe,
de oleodutos, de teleféricos, de funiculares e de e levadores panorâmicos ou
estruturas similares e a prática de campismo ou car avanismo fora dos locais
destinados para o efeito.
Além das actividades interditas o POPNLN define também actividades com
acção condicionada. Estas actividades terão de ter parecer vinculativo do ICNB, I.P.,
para poderem ser realizadas, além das outras autorizações legalmente exigidas.
São elas as seguintes: quaisquer obras de ampliação, construção e
reconstrução e a instalação e ampliação de parques de campismo e
caravanismo, equipamentos de lazer e recreio, explo rações agro-pecuárias e
agro-industriais, estufas, projectos de irrigação o u de tratamento de águas
residuais e estaleiros temporários ou permanentes. Além destas existem
também outras actividades condicionadas que precisam de autorização do ICNB,
I.P., para que se possam realizar. São elas: a realização de competições
desportivas ou de demonstração e a instalação de si nalética e de painéis de
índole cultural ou turística, com excepção da sinal ização específica decorrente
de obrigações legais.
O Parque Natural do litoral Norte tem áreas com diferentes níveis de
protecção. Existem as áreas de protecção parcial do tipo I e do tipo II. As áreas do
tipo I são as mais importantes e ricas em biodiversidade enquanto as do tipo II são
as suas envolventes mas que também têm algum interesse. Nas áreas de protecção
parcial do tipo II, segundo a alínea b) do art.º n.º 15, estão sujeitos a autorização por
parte do ICNB, I.P., as actividades de obras de reconstrução e ampliação de
edificações de apoio às actividades agrícolas, pecu árias e florestais ou ao
turismo natureza. Estas actividades terão de ser reguladas com base no art.º 33 do
mesmo decreto.
Existem ainda áreas de protecção complementar de tipo I e II. Estas são
zonas envolventes que estabelecem o enquadramento, transição ou amortecimento
de impactos das zonas de protecção complementar. As áreas de protecção
complementar do tipo II, segundo o art.º n.º 18, correspondem a áreas destinadas a
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 61 ~
recreio, lazer e infra-estruturas de estacionamento integradas no POOC de
Caminha-Espinho e/ou existentes, previstas ou admitidas nos PDM.
Este plano considera muitas áreas ligadas ao turismo, desde o turismo de
natureza e rural até actividades de lazer e recreativas. Na alínea c), do ponto 3, do
art.º n.º 32, podemos ver que a actividade florestal na área de intervenção do
POPNLN deve ser orientada no sentido de prosseguir com acções como: dinamizar
o aproveitamento dos espaços florestais para recrei o e lazer com o objectivo
de desenvolver o turismo em espaço rural e o turism o de natureza, quando
aplicável, valorizando a biodiversidade e os aspect os cénicos da paisagem.
O art.º 33º é um artigo complexo mas muito importante já que, diz respeito às
edificações e infra-estruturas. Assim, vemos que as obras de ampliação necessitam
de parecer do ICNB, I.P., e, os projectos de turismo de natureza, aqui mencionados,
não podem sofrer um aumento superior a 50% da área inicial e estão sujeitos aos
limites máximos de 500 m2. Quanto às obras de construção e reconstrução, estas
necessitam igualmente de autorização do ICNB, I.P., e observação de alguns
critérios como: as habitações isoladas, as edificações afectas ao t urismo de
natureza e outras construções que produzam efluente s susceptíveis de serem
lançados nos cursos ou planos de água devem ser obr igatoriamente ligados
aos sistemas de drenagem municipal ou, caso tal não seja viável, ser dotados
de fossas estanques ou de outros sistemas de tratam ento eficazes.
O art.º 34º é um artigo completamente voltado para o turismo de natureza.
Esta é uma área em grande aposta neste plano. Este artigo define como
modalidades de turismo de natureza para o Parque Natural do Litoral Norte o
alojamento, a animação, a interpretação ambiental e o desporto de natureza.
Podemos ainda ver que para este tipo de empreendimentos aplica-se a
regulamentação em vigor mas, tendo sempre em conta este regulamento. Assim,
neste território são permitidas obras de reconstrução, alteração e ampliação de
edificações existentes para turismo de natureza. Em qualquer uma das modalidades
devem ser observados critérios de boas práticas de gestão ambiental, devendo, no
caso do alojamento, os empreendimentos disporem de medidas de poupança de
água, de energia e de redução e separação dos resíduos. As iniciativas ou projectos
que integrem as actividades, os serviços e as instalações das modalidades vistas
anteriormente necessitam de licença emitida pelo ICNB, I.P. Além destes aspectos o
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 62 ~
ICNB, I.P., deve definir os locais de prática para os diferentes tipos de actividades
desportivas e recreativas, bem como os critérios para a boa execução das diferentes
actividades, para efeitos da elaboração da Carta de Desporto de Natureza, a qual
deve ser desenvolvida em articulação com a Câmara Municipal de Esposende. O
ICNB, I.P., tem ainda a capacidade de suspender, temporária ou permanentemente,
actividades de turismo se natureza em determinados locais do Parque Natural,
sempre que se verifique a sua incompatibilidade com a conservação dos valores
naturais presentes. Assim, podemos ver que o turismo de natureza é valido e
pensado na área do Parque Natural mas, que as actividades e empreendimentos
aqui realizados têm de ter em atenção critérios e cuidados com a área envolvente já
que correm o risco de ficar com a actividade interdita.
O POPNLN define ainda, no art.º 37, que devem ser promovidas actividades
como a promoção do turismo de natureza na óptica do desen volvimento
sustentável.
Além disso o art.º 38 define como actos e actividades interditas na área
marinha e estuarina a instalação de portos e marinas e o sobrevoo por m eios
aéreos de desporto e recreio fora dos canais de atr avessamento autorizados.
No art.º 39 podemos ver as actividades que além de não serem interditas são
condicionadas como a realização de concursos de pesca.
No art.º 43º, podemos ver que na área estuarina de protecção parcial do tipo I
são interditos as actividades de fundear embarcações de qualquer tipo, com
excepção das embarcações inseridas em projectos de turismo de natureza (entre
outros). Assim, para o turismo de natureza este tipo de actividade é permitido.
Podemos ainda ver que a navegação marítimo-turística para esta área de protecção
está sujeita a autorização por parte do ICNB, I.P.
O art.º 48.º é um artigo de intenções. Mostra que deveria ser definida uma
regulamentação específica para a pesca lúdica que colocasse condicionalismos a
esta actividade nomeadamente, restrições de dias de pesca; períodos de defeso;
limitação de captura por espécie, por praticante, p or empresa turística ou por
embarcação; limitação do número máximo de licenças; características das
artes e utensílios bem como condições de utilização .
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 63 ~
4.4 - PBHC (Plano da Bacia Hidrográfica do Cávado)
MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓR IO
Decreto Regulamentar n.º 17/2002 de 15 de Março
De acordo com o decreto regulamentar nº 17/2002 de 15 de Março para gerir
correctamente e modernamente os recursos hídricos é necessário definir uma
política de planeamento, com o objectivo de valorizar, proteger e gerir. Sendo assim,
surge o Plano de Bacia Hidrográfica (plano sectorial), determina a necessidade de
uma gestão rigorosa, a adopção de medidas específicas de prevenção, protecção,
recuperação e melhoria do estado dos meios hídrico, em articulação com o
ordenamento do território e conservação do ambiente.
Na PARTE I, CAPÍTULO 1 lê-se que os recursos hídricos são bastantes
importantes, como factor de desenvolvimento económico, bem como, para
actividades de Lazer, surgem assim, outros planos sectoriais, nomeadamente, o
plano de turismo. No CAPÍTULO 3, na ALÍNEA A o âmbito territorial do PBH do
Cávado, em que este é constituído pela bacia do rio Cávado, as ribeiras costeiras,
situadas a sul e norte da bacia, pertencentes aos concelhos de Póvoa de Varzim e
Esposende. A área do Plano confronta a norte com as bacias hidrográficas dos rios
Neiva e Lima. A região do PBH do Cávado inclui integralmente os concelhos de
Amares e Esposende e intersecta os seguintes 12: Barcelos, Boticas, Braga,
Cabeceiras de Basto, Montalegre, Ponte de Lima, Ponte da Barca, Póvoa de
Lanhoso, Póvoa de Varzim, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde.
CAPÍTULO 5, ALÍNEA B no curso do Cávado, a albufeira da caniçada está
sujeita a um plano de ordenamento. Abrange uma faixa da orla costeira com uma
largura variável que não excede 500 m contados a partir do limite da margem das
águas do mar. Relativamente a planos de ordenamento de áreas protegidas
(POAP), encontram-se classificados, na área do plano do Cávado, o Parque
Nacional da Peneda Gerês, cujo plano de ordenamento se encontra em revisão, e a
Área de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende, sem plano de ordenamento.
No CAPÍTULO 1, ALÍNEA B sobre a Sustentabilidade socioeconómica da
utilização dos recursos hídricos encontramos os usos não consumptivos em na
região do PBH do Cávado encontramos algumas actividades que estão
estreitamente relacionadas com os meios hídricos, têm significativa importância
económica e social, exemplo é a Navegação (troço de 5 km a partir da foz). É
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 64 ~
também de destacar as actividades de recreio e lazer, a pesca e a piscicultura e o
turismo de saúde. CAPÍTULO 1 sobre Protecção das águas e controlo da poluição
na ALÍNEA A encontramos os principais problemas identificados e verificamos que
há uma elevada vulnerabilidade à poluição acidental das captações localizadas
nesses mesmos troços do Cávado, o que infelizmente, há uma ausência de um
plano de emergência para controlo de situações de ocorrência de poluição acidental:
má qualidade da água na zona litoral, destacando-se, com carácter generalizado, o
excesso de nitratos na água na zona do aquífero de Esposende. No CAPÍTULO 3
sobre a protecção da natureza na ALÍNEA C pode-se verificar os Objectivos
fundamentais de políticas de gestão dos recursos hídricos, em que, para o estuário
do rio Cávado foi estabelecido como objectivo único: promover a preservação e ou
recuperação de troços de especial interesse ambiental e paisagístico, das espécies
e habitats protegidos pela legislação nacional e comunitária e, nomeadamente, das
áreas classificadas, das galerias ripícolas e do estuário. No CAPÍTULO 2
(Programas de medidas) Quanto ao Subprograma e projectos do programa P01
(Melhoria da Qualidade da Água), destacam-se: Águas com Interesse
Conservacionista — Recuperação de Troços Degradados, que visa a melhoria das
condições de suporte da vida aquática dos ecossistemas terrestres associados, o
aumento da biodiversidade das espécies aquáticas e a valorização das zonas
turísticas, desportivas e recreativas. Os troços fluviais mais relevantes correspondem
ao rio Cávado no troço a jusante da foz do rio Homem, incluindo o estuário —
albufeiras do Alto Cávado, Paradela e Caniçada, no rio Cávado e albufeira da Venda
Nova, no rio Rabagão.
No CAPÍTULO 2, ALÍNEA C sobre a protecção dos Ecossistemas Aquáticos e
Terrestres Associados (P03), este programa tem como objectivo assegurar a
protecção dos meios aquáticos e ribeirinhos com interesse ecológico, a protecção e
recuperação de habitats e de condições de suporte das espécies nos meios hídricos
e no estuário. O estuário do rio Cávado possui uma área natural que não ultrapassa
os 5 ha ou 6 ha, nos quais o estado de conservação é relativamente satisfatório.
Estas áreas encontram-se maioritariamente na margem sul, em particular a zona de
sapal, desde a foz até Fão.
No CAPÍTULO 5 sobre ecossistemas aquáticos e terrestres associados na
ALÍNEA A sobre a situação actual e importância, verifica-se que a área abrangida
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 65 ~
pelo PBH do Cávado integra áreas de declarada importância para a conservação da
natureza e oficialmente classificadas: zonas de protecção especial, onde se
enquadra a serra do Gerês; sítios Peneda - Gerês e litoral norte da Lista Nacional de
Sítios, zonas sensíveis como são o rio Cávado (Caniçada, Alto Cávado, Alto
Rabagão, Venda Nova e Paradela) e também áreas incluídas na Rede Nacional de
Áreas Protegidas, como é o Parque Nacional da Peneda-Gerês e a paisagem
protegida do litoral de Esposende. A região do Plano suporta comunidades
faunísticas e florísticas bastante diversas.
Todas estas actividades e zonas de clara importância para a conservação da
natureza, demonstram importância para o sector do turismo, dado tornarem-se
atractivos para turistas, recapitulando: Parte IV (Estratégias, medidas e
programação) no CAPÍTULO 1 sobre a Preservação e valorização ambiental do
meio hídrico e da paisagem associada vê-se que a bacia hidrográfica do Cávado
constitui um vasto território que suporta uma elevada diversidade de ecossistemas
faunísticos e florísticos, que se traduz em diversas áreas classificadas. No
Subprogramas e projectos do programa P10, os recursos hídricos potenciam novas
utilizações da água, incrementam a biodiversidade das espécies aquáticas e a
presença de espécies piscícolas de maior valor, valorizam a paisagem na
envolvente dos planos de água e desenvolvem o turismo e o desporto ligados à
água. No Subprogramas do programa P05 os recursos hídricos devem ser
valorizados, dado que permitem as actividades de pesca - Protecção e valorização
económica da fauna piscícola, recreio e lazer - Garantia de controlo de qualidade da
água; desenvolvimento turístico e das actividades de recreio e lazer, bem como, na
PARTE VI verifica-se a utilização de recursos hídricos para rega de campos
desportivos e de jardins públicos.
4.5 - PBHL (Plano da Bacia Hidrográfica do Lima)
MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓR IO
Decreto Regulamentar n.º 11/2002 de 8 de Março
O Decreto Regulamentar n.º 11/2002 de 8 de Março, também designado por
Plano de Bacia hidrográfica do Lima, tem por objectivo a valorização, a protecção e
a gestão equilibrada dos recursos hídricos nacionais, bem como a sua
harmonização com o desenvolvimento regional e sectorial através, da racionalização
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 66 ~
dos seus usos.
Para isso, são estabelecidas neste plano algumas medidas, com vista a
atingir estes objectivos. Dessas medidas, as mais relevantes para o turismo, são a
seguir apresentadas. Contudo, este plano terá pouco impacto no concelho de
Esposende, uma vez que o plano que mais impacto tem neste concelho é o Plano
da Bacia hidrográfica do Cávado.
Na parte II, Capitulo 1, alínea b), “na região do PBH do Lima algumas
actividades não consumptivas, mas estreitamente relacionadas com os meios
hídricos, têm significativa importância económica e social. (…) Nas segundas,
poderão destacar-se as actividades de recreio e lazer, a pesca e a piscicultura. A
área do PBH do Lima apresenta grandes potencialidades no que se refere à
qualidade paisagística e riqueza piscícola e cinegética, permitindo práticas turísticas
e recreativas várias, nomeadamente os desportos náuticos e a utilização das praias
fluviais. A reabilitação dos meios hídricos, onde for necessária, e a preservação dos
respectivos padrões de qualidade são factores essenciais à sustentabilidade destas
últimas”. Este excerto informa que as actividades de recreio e lazer estão bem
presentes na bacia hidrográfica do Lima, e que têm uma grande importância
económica e social. Na segunda parte do excerto, é dito que é necessária uma
reabilitação dos meios hídricos, para preservar as condições para desportos
náuticos e utilização das praias fluviais. Esta reabilitação proporcionará melhores
condições de utilização, tornando-se mais atractivos, melhorando este recurso
turístico e uma mais-valia para o turismo deste concelho de Esposende.
No Capitulo 5, Ecossistemas aquáticos e terrestres associados, a) Situação
actual e importância, “Os cursos de água da área do Plano atravessam maciço
granítico e caracterizam-se por possuir uma reduzida quantidade de sais dissolvidos,
conferindo desta forma uma reduzida produtividade biológica”. Este excerto indica
que os cursos de água deste plano têm pouca produtividade piscícola, devido à
rocha que atravessam, o que reduz a actividade e atractividade turística. Este é um
efeito negativo para o turismo, e por consequência para o turismo desta região.
Ainda no mesmo capítulo, “Atendendo aos aspectos fIorísticos e de
vegetação, a biodiversidade vegetal, a organização e a estrutura das comunidades
ripárias analisadas constituem um geossistema muito sensível e facilmente
alterável.” Já neste excerto os efeitos já não são positivos, pois a vegetação é muito
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 67 ~
sensível a alterações e necessita então de uma maior gestão e protecção.
Na parte III, no Capítulo 3, alínea c) Objectivos fundamentais de políticas de
gestão dos recursos hídricos, um dos objectivos expostos é “Promover a
preservação e ou recuperação de troços de especial interesse ambiental e
paisagístico, das espécies e dos habitats protegidos pela legislação nacional e
comunitária e, nomeadamente, das áreas classificadas, das galerias ripícolas e do
estuário”. Um dos objectivos fundamentais de políticas de gestão dos recursos
hídricos é o de proteger e recuperar os locais de especial interesse ambiental e
paisagístico. Estes locais são, devido à sua beleza paisagística, de interesse para o
turismo, e a sua protecção é do maior interesse do turismo.
No Capitulo 5, na alínea b) objectivos fundamentais de políticas de gestão
dos recursos hídricos, informa que “promover a identificação dos locais para uso
balnear ou prática de actividades de recreio, para a pesca ou navegação, para
extracção de inertes e outras actividades, desde que não promovem a degradação
das condições ambientais; Promover a valorização económica dos recursos hídricos,
privilegiando os empreendimentos de fins múltiplos”. A identificação dos locais para
uso balnear e com possibilidade de actividades de recreio permitirá uma melhor
preparação e supervisão destas mesmas áreas, aproveitando assim estes recursos
para o turismo da região. Conforme consta da segunda parte deste excerto,
privilegiar os empreendimentos de fins múltiplos é também benéfico para o turismo,
pois possibilita a construção de empreendimentos turísticos, que associados à
beleza paisagística da bacia do Lima podem tornar-se um grande chamariz e atrair
mais turistas.
No Capítulo 6, Articulação do ordenamento do território com o ordenamento
do domínio hídrico, alínea a) Principais problemas identificados consta que “A
expansão urbana, actual e programada no âmbito dos PDM, que coloca diversos
problemas ao equilíbrio dos recursos naturais, que se traduzem na artificialização
das margens, no aumento dos pontos de conflito com os recursos hídricos e
impermeabilização e contaminação de áreas de recarga de aquíferos;”. Isto revela
que a expansão urbana programada nos PDM está a ter efeitos negativos nos
recursos naturais, e é necessário então ter estes efeitos em conta e contrariar esta
tendência de destruição de recursos hídricos. Claro que estas restrições à
construção que são necessárias são por um lado prejudiciais ao turismo, pois
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 68 ~
também condicionam as construções de empreendimentos turísticos, e por outro
lado benéficas, pois preservam-se os valores naturais que tanto atraem turistas a
esta região.
Na Parte IV, capítulo 1, Linhas estratégicas fundamentais, alínea F.5, consta
que a “Preservação e valorização ambiental do meio hídrico e da paisagem
associada através do condicionamento da utilização de recursos ou de zonas a
preservar e da definição de uma estratégia específica para a recuperação de
ecossistemas”.
No Capítulo 2, Alínea e) Valorização dos Recursos Hídricos (PO5), consta
que “Valorização das praias fluviais, envolvendo a elaboração de um estudo tendo
em vista a selecção de locais adequados para a criação das mesmas, seu
ordenamento, infra-estruturação, monitorização e controlo da qualidade da água;
Melhoria da oferta de locais para a prática de actividades de recreio e lazer”. Esta
valorização das praias fluviais, e melhoria de locais para a prática de actividades,
constituí uma forma de aumentar o potencial destes recursos turísticos, podendo
assim atrair mais turistas.
Ainda no capítulo 2, alínea l) Avaliação dos programas de medidas, conta-se
que “Pela sua natureza, os impactes biofísicos e socioeconómicos dos programas
de medidas propostos são intrinsecamente e globalmente positivos, uma vez que,
promovendo directa ou indirectamente a melhoria da qualidade da água, contribuem
para a melhoria da saúde pública e para o consequente aumento da produtividade
laboral, potenciam novas utilizações da água, incrementam a biodiversidade das
espécies aquáticas e a presença de espécies piscícolas de maior valor, valorizam a
paisagem na envolvente dos planos de água e desenvolvem o turismo e o desporto
ligados à água”. Neste excerto do Plano da bacia hidrográfica do Lima, relata-se que
as medidas em vigor estão a ter impacto positivo no que toca a preservar e valorizar
os recursos naturais destes planos de água.
Na parte V, alínea b) Indicadores de acompanhamento, relata-se que ”Quanto
a actividades muito dependentes da qualidade da água, como é o caso da pesca, da
piscicultura e do recreio e lazer, será previsível o seu desenvolvimento controlado,
dada a expectável melhoria da qualidade da água no meio hídrico”. Ou seja, é
previsível que se controle o desenvolvimento destas actividades acima referidas,
para que assim se possa preservar e melhorar a qualidade da água desta bacia do
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 69 ~
Lima.
Na Parte VI, alínea e) Outras afectações, está registado no número 2 que “A
utilização de recursos hídricos para rega de campos desportivos e de jardins
públicos deverá ser equiparada à rega para fins agrícolas desde que a área regada
não exceda 5 há” e no número 4 que “Não se verificando todas as condições
indicadas no número anterior, a rega dos campos de golfe e dos jardins públicos
com mais de 5 ha deverá ser equiparada respectivamente aos usos industriais e aos
usos recreativos”. Nestes números são indicadas algumas medidas quanto ao uso
de água por parte dos campos de golfe. Mais uma vez não são estas medidas as
mais relevantes para o concelho de Esposende, mas sim as constantes no Plano da
Bacia hidrográfica do Cávado.
Na mesma parte, na alínea f) Dotações a considerar nos abastecimentos
urbanos, no número 7, consta que “consideram-se consumos equiparáveis aos
industriais os correspondentes, entre outros, às unidades turísticas e hoteleiras e
aos matadouros”. Nesta fase são expostas mais algumas medidas quanto à
utilização de recursos hídricos. Considerando os consumos industriais equivalentes
aos consumos das unidades turísticas.
Na Parte VI, Normas orientadoras, na alínea v) Articulação com o
ordenamento do território, consta que “Todos os instrumentos de planeamento que
definam ou determinem a ocupação física do território, nomeadamente os previstos
no artigo 2.0 do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, deverão, no âmbito da
sua área de intervenção, em articulação com o Plano de Bacia, integrar orientações
e condicionamentos, de âmbito respectivo, para todas as actividades por eles
reguladas que constituam ocupações e utilizações com potenciais impactes
significativos sobre o meio hídrico, designadamente:
(…)
h) Campos de golfe;
i) Espaços de recreio e lazer;”.
Neste excerto, é indicado que as ocupações e utilizações que tenham algum
impacto no meio hídrico têm de ser devidamente protegidas por condicionamentos
indicados nos respectivos planos. Estes condicionamentos poderão impedir a
construção de empreendimentos turísticos, mas irão proteger os recursos naturais
que atraem turistas até esta região. O papel destes condicionantes é importante,
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 70 ~
apesar de se pensar que são extremamente inconvenientes, mas a protecção dos
recursos naturais deve ter prioridade.
4.6 - PROFBM (Plano Regional de Ordenamento Florest al do Baixo
Minho)
Segundo a análise ao Diário da República, 1ª Série – nº62 – de 28 de Março
de 2008, o PROF (Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Minho) tal
como o nome do plano indica, este plano está intimamente ligado à floresta.
O artigo 1, no 1º ponto diz que o PROF visa enquadrar e determinar regras
específicas de uso, ocupação, utilização e ordenamento florestal, de modo a
promover e defender a produção de bens e serviços e o desenvolvimento
sustentado destes espaços.
Já o 2º ponto está ligado à natureza, nomeadamente à produção, protecção,
conservação de habitats, fauna e flora, silvopastorícia, caça e pesca em águas
interiores, recreio e enquadramento paisagístico. Este parágrafo dá-nos a conhecer
como devemos cuidar da natureza e como devemos enquadra-lá.
No que diz respeito ao artigo 2, no primeiro ponto, refere que a região PROF Baixo
Minho (PROF BM) “localiza-se na parte Central da Região Norte, enquadrando-se
na região NUTS de nível II Norte e abrange parte dos territórios englobados na
NUTS III Ave e Cávado”, ou seja, este ponto faz um enquadramento e contextualiza
a região PROF do Baixo Minho.
Quanto ao artigo 3, no terceiro ponto, faz uma referência às PROF, integrando-as
“nos planos municipais de ordenamento do território (PMOT) e nos planos especiais
de ordenamento do território (PEOT)”.
Em relação ao artigo 4, alínea a), diz que existem regras para que as pessoas
cumpram e assim protejam florestas dos incêndios e de outros dados.
Relativamente ao mesmo artigo, todas as outras alíneas, desde a alínea b) até à
alínea h), referem-se às florestas. Primeiro refere o efeito da Biomassa florestal; em
segundo lugar, menciona a importância do corredor ecológico para a manutenção da
biodiversidade; em terceiro lugar, diz o que são espaços florestais; em quarto lugar,
explica o que são espaços florestais arborizados e na alínea seguinte refere o que
são espaços florestais não arborizados; a alínea h) fala-nos da exploração florestal e
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 71 ~
agro-florestal. O resto das alíneas do artigo 4 continuam a referir aspectos ligados à
floresta.
O artigo 5 refere novamente o papel do PROF BM, referindo a importância que este
plano terá no futuro relativamente ao ordenamento dos espaços florestais.
Relativamente ao artigo 8, diz-nos qual a valorização que devemos dar às florestas.
Quanto ao nono artigo, menciona os objectivos do PROF BM em defender e
proteger as espécies florestais.
Já o artigo 15º refere o papel que se deve ter para promover a pesca.
Em relação aos artigos 16º e 20º, dizem-nos o que devemos fazer para dinamizar os
espaços florestais, tornando-os espaços de recreio, desenvolvendo o turismo
espaço rural e de natureza.
O resto da informação obtida neste documento, resume-se ao facto das áreas
florestais e a silvicultura serem mantidas; os espaços florestais continuarem iguais
aos anos anteriores; e, por fim, a área queimada anualmente prevê-se que continue
igual (1%).
4.7 - MP (Medidas Preventivas)
Segundo a análise do Diário da República, 2ª Série – nº136 – de 16de Julho
de 2008, e de acordo com o artigo 3, entre as linhas 8 e 11, a Variante EN 103 e as
áreas arqueológicas designadas “Mamoa do Outeiro” e “Mamoa do Outeiro/Rua
Nova” são zonas interditadas para fazer quaisquer operações urbanísticas.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 72 ~
5 – Capacidade de Carga
Para tecermos uma estratégia para desenvolvimento do Concelho de
Esposende temos de ter em conta os impactos gerados pelo turismo. Desta forma,
tentaremos anular ou ao menos minimizar os impactos negativos desta actividade
para preservar o estilo de vida, o património e o ambiente natural envolvente. Isto vai
de acordo à política actual de sustentabilidade. De acordo com a Declaração de
Manila “todos os países deverem promover o desenvolvimento do turismo de forma
a salvaguardar adequadamente a gestão e conservação dos recursos ambientais”1.
Assim, iremos calcular a capacidade de carga deste concelho para
conseguirmos definir a estratégia mais correcta. A capacidade de carga consiste no
“número máximo de pessoas que podem usufruir de um determinado local sem que
se verifique uma alteração inaceitável do meio físico, e sem que ocorra uma
diminuição na qualidade da experiência dos próprios turistas, bem como qualquer
tipo de impacte negativo de âmbito social, económico ou cultural nesse local”2.
O indicador que iremos usar para calcular a capacidade de carga do concelho
de Esposende é a intensidade turística. “O indicador intensidade turística (Figura
413) avalia a pressão exercida pelos turistas que permaneceram em território
nacional, no ano de referência e é calculado através da razão entre o nº de dormidas
(em milhares) nos estabelecimentos hoteleiros e similares ao longo do ano de
referência e o nº de residentes (em centenas)”3.
De seguida, e tendo em conta o resultado, iremos constatar qual a situação
actual de sustentabilidade do turismo neste concelho. Segundo o Environment and
Tourism in the Context of Sustainable Development, a situação é considerada
sustentável se for inferior a 1,1 dormidas por residente, pouco sustentável entre 1,1
e 1,5, e é considerada insustentável se for superior a 1,64.
Assim efectuámos os cálculos com dados obtidos pelo Serviço de Turismo da
Câmara Municipal de Esposende (número de dormidas) e com dados do INE
(número da população e número de camas).
De seguida apresentamos uma imagem das contas e das tabelas efectuadas. 1 CCA (1980) 2 Mathieson and Wall (1982:21) 3 Ministério do Ambiente (1999:4139) 4 Environment and Tourism in the Context of Sustainable Development, (DGXI-EC)(1993:1) cit in Ministério do Ambiente (1999:413)
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 73 ~
Como podemos ver na imagem, a intensidade turística do concelho de
Esposende é 3,99. Tendo em conta os valores do Environment and Tourism in the
Context of Sustainable Development, esta é uma situação altamente insustentável.
Isto indica que há uma necessidade de fechar estabelecimentos actualmente
abertos e proibir a abertura de novos.
Mas será que este valor anual mede com precisão o impacto turístico neste
concelho? O resultado deve-se sobretudo à pouca população deste concelho, de
modo que um valor elevado de dormidas iria causar este valor de intensidade
turística. Ainda, a sazonalidade evidente que se verifica neste concelho têm de ser
tida em conta. Assim, pensamos que será melhor medir este indicador mês a mês,
para obter resultados mais realistas.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 74 ~
Conforme podemos ver na tabela e no gráfico, em nenhum mês o valor de 1,1
é ultrapassado, nem mesmo nos meses de verão em que há um visível aumento das
dormidas.
Assim, achamos que o turismo de Esposende se encontra actualmente numa
sólida situação sustentável, considerando-se praticável a abertura de mais
estabelecimentos de alojamento, mas sempre com a realização prévia de estudos
sobre os impactos negativos que esses estabelecimentos poderão ter em
Esposende.
6 - Cartografia
Na sequência da realização deste trabalho escrito elaborámos alguns mapas,
onde traçamos os limites do concelho de Esposende e das suas freguesias. De
seguida, colocámos todos os elementos avaliados na análise matricial em três
mapas, separando-os por:
• Património; • Oferta; • Eventos e equipamentos.
O método utilizado foi a impressão dos símbolos em papel autocolante, que
de seguida colámos nos respectivos mapas. Criámos também um símbolo para cada
grupo de recursos para que seja possível identificar os tipos de recursos somente
através da consulta dos mapas. Para complementar estes símbolos adicionamos
uma legenda alusiva aos recursos de cada mapa.
Utilizámos diversos meios para detectar os locais precisos da sua localização,
como:
• Google earth; • Valimar; • Google Maps; • Deslocação ao local.
De seguida, observámos os mapas como um todo, tendo por base a carta de
condicionantes, para podermos identificar áreas com características específicas
referentes ao tema deste trabalho, e assim iremos traçar um quarto mapa.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 75 ~
Desta forma é-nos possível tecer algumas conclusões sobre estratégias a
seguir. Utilizámos então estes recursos para identificar zonas especiais para o
turismo. E assim identificámos quatro tipos de zonas:
• Zonas naturais a preservar; • Áreas turísticas; • Zonas com vocação prioritária turística; • Zonas sem interesse individual.
Os critérios de classificação utilizados tiveram em conta as zonas onde já há
um aproveitamento turístico, as zonas onde poderá haver aproveitamento turístico e
zonas naturais a preservar. As zonas com muita concentração de oferta e recursos
são as zonas que já estão a ser aproveitadas para a actividade turística. As zonas
onde há alguns recursos mas não há oferta, ou há em pouca quantidade, poderão
ser zonas com vocação turística, daí que se deva sugerir o aproveitamento dessas
zonas. As zonas naturais são desde logo zonas que devem ser protegidas e
preservadas. Não foram definidas outras zonas por não se ter encontrado outros
espaços com características comuns ou relevantes.
As zonas naturais a preservar englobam a faixa de orla costeira (prevista no
POOC) e a área do Parque Natural do Litoral Norte (P1 do mapa de Zonamento) e o
Monte que compreende a Senhora da Guia (Belinho) até ao São Lourenço (Vila
Chã), (P2 do mapa de Zonamento). São zonas com uma envolvente natural muito
específica e com potencial para atrair visitantes e turistas, daí que mereça todos os
cuidados e medidas de preservação do seu estado natural actual.
As áreas turísticas são zonas que actualmente já têm um conjunto
considerável de recursos e ofertas turísticas. Estas áreas são cinco; três
correspondem às freguesias de Esposende (Z1), Fão (Z2) e Apúlia (Z3), outra à
pequena zona denominada Quinta da Barca (Z4) e outra numa porção da freguesia
de Antas (Z5). Ao sobrepor os três mapas com os recursos avaliados iremos
constatar a grande concentração de oferta nestas áreas, concentração que não se
verifica em mais nenhuma das 15 freguesias, daí serem consideradas áreas
turísticas e merecerem especial atenção.
As zonas com vocação prioritária turística são zonas onde há recursos
turísticos e pouca ou nenhuma oferta. Devido à presença desses recursos essas
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 76 ~
zonas merecem ser mais aproveitadas, construindo, ampliando ou melhorando a
oferta actual. Detectámos três zonas que classificámos como sendo zonas com
vocação turística: a zona costeira da freguesia de Marinhas (V1), a zona a sul da
Apúlia (V2), a zona na margem esquerda do rio Cávado na zona da Quinta da Barca
e a zona junto aos chamados Cavalos De Fão (V4).
A zona costeira da freguesia de Marinhas (V1) encontra-se junto ao mar, não
é alvo de condicionantes e é servida de praias, que se englobam na Área Protegida
do Litoral Norte. É uma zona próxima da cidade de Esposende, onde se encontra
uma enorme oferta de restaurantes e locais para visitar, mas é sobretudo uma zona
calma perto do mar, situada numa zona rural. Esta zona rural é uma zona cuja
principal actividade é a agrícola, e tem de ser assegurada a continuidade da
actividade agrícola nesta zona para manter o interesse turístico, uma vez que a
própria realidade rural e agrícola transmite algum interesse para o turismo.
A zona a sul da Apúlia (V2), encontra-se também perto do mar e das praias e
não é alvo de qualquer tipo de condicionantes. A sul, mas já no concelho da Povoa
de Varzim, encontra-se um campo de golfe de 18 buracos e a norte a freguesia de
Apúlia com um leque variado de restaurantes. É também uma zona calma, situada
numa zona rural e que deverá ser muito agradável para os seus amantes. Esta zona
rural é próxima das chamadas masseiras, que é um tipo muito particular de
agricultura. As masseiras são literalmente buracos grandes na areia das dunas onde
se pratica agricultura. Esta agricultura é a actividade principal desta área, e tem de
ser assegurada para que os amantes do mundo rural, da agricultura e das masseiras
tenham interesse em vir até Esposende. Poderiam também ser feitos estudos sobre
as masseiras da Apúlia e as suas particularidades e posteriormente organizadas
excursões para as divulgar, promover e mostrar. Os públicos alvo poderiam ser
escolas, alunos de Cursos Técnicos e Superiores relacionados com este tema e
mesmo especialistas da área.
O campo de golfe da Quinta da Barca é um campo pequeno de 9 buracos, daí
que não possam ser organizados aqui campeonatos de golfe. A zona na margem
esquerda do rio Cávado na zona da Quinta da Barca (V3) não tem qualquer
condicionante e pode ser utilizada para construir outros 9 buracos para assim
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 77 ~
converter este campo de golfe num campo de 18 buracos no qual possam ser
realizados campeonatos. Estes campeonatos vão de encontro à nossa sugestão de
realização de mais eventos para desenvolver o turismo de Esposende.
A pequena zona já de mar junto aos chamados Cavalos de Fão (V4) é
conhecida por ter vários barcos naufragados. Bernardino Amândio5 é apenas um dos
que escreveram e alertaram para estes tesouros. Assim, considerámos que seria
viável explorar esta zona para poder descobrir estes tesouros culturais, fazer o
respectivo inventário e de seguida levar turistas a ver estes vestígios. Esta podia ser
mais uma área de intervenção do turismo do concelho de Esposende, apostando
num tipo de turismo diferente, com interesse e potencial.
Por fim as zonas sem potencial individual, é o restante território onde se
verifica a localização esporádica de alguns recursos turísticos, mas não o suficiente
para se justificar atenção e medidas especiais. Estes recursos turísticos podem ser
aproveitados como parte de um roteiro ou visitas guiadas ao concelho. Podem ser
incluídos nas rotas de passeios de BTT, de moto 4, a pé entre freguesias.
Importa referir que não encontrámos outras áreas que merecessem menção
ou especial atenção, devido à já referida dispersão dos recursos pelo território.
Contudo, sugerimos que o património monumental dessas zonas seja devidamente
preservado, para que tenha todas as condições de visita.
7 - Sugestões
Nesta parte do trabalho, importa mais uma vez referir que numa situação real
teria sido reunido um grupo de especialistas nas áreas envolvidas, para que as
sugestões tivessem em conta conhecimentos específicos de cada área e para que
nenhum elemento, factor ou situação fosse descurado.
Com base em todas as informações e conclusões já referidas, tecemos
algumas sugestões que consideramos serem as mais correctas para o
desenvolvimento sustentado do turismo em Esposende.
5 Amândio, Bernardino (1992) "A História Trágico Marítima de Esposende", Jornal Farol de Esposende, Esposende, nº 1 a nº32
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 78 ~
As zonas P1 e P2 devem ser monitorizadas e preservadas devido à sua
componente natural. A zona P1 engloba toda a faixa de praia do concelho e o PNLN,
que corresponde a um dos motivos de atracção de turistas a este concelho, daí que
importe preservar esta área para manter a afluência de turistas. Conforme está
descrito no Regulamento Do Plano De Ordenamento Do Parque Natural Do Litoral
Norte6, na zona do Parque Natural do Litoral Norte é considerado como actividades
a desenvolver o turismo de natureza, que corresponde a um produto turístico
composto por estabelecimentos, actividades e serviços de alojamento e animação
turística e ambiental realizados e prestados em zonas integradas em áreas
classificadas ou noutras áreas com valores naturais. Esta é uma óptima área a
explorar para aqueles que querem um destino de natureza e ao mesmo tempo de
sol e praia, e poderia ser explorado com a implementação de um pequeno parque de
Bungalows, desde que fossem observados todos os cuidados com a preservação da
natureza. A zona P2 corresponde a um monte, o Monte de São Lourenço, e é uma
zona natural relativamente grande e que tem uma vista fascinante do seu topo para
o mar e povoações vizinhas.
Uma das sugestões que propomos para o concelho é a implementação de um
restaurante na zona da Senhora da Guia em Belinho. Esta zona está dotada de
óptimos acessos, de uma fantástica paisagem envolvente e de uma vista
panorâmica excepcional para as freguesias de Belinho, Mar, Marinhas, Esposende e
para o próprio oceano. Aqui deveria ser implementado um restaurante típico de
qualidade, que aliado à vista panorâmica poderá revelar-se uma óptima aposta.
Esposende foi outrora um importante caminho dos peregrinos de Santiago.
Actualmente o caminho utilizado pelos peregrinos é o do interior, que liga S. Pedro
de Rates a Ponte de Lima, passando por Barcelos. Assim, deveria apostar-se na
criação de um caminho do litoral, em parceria com os Municípios vizinhos, que
ligasse S. Pedro de Rates a Valença pelo litoral, atravessando o Concelho de
Esposende, em que se poderia mesmo criar um albergue para que os peregrinos
pernoitassem no Concelho, aumentando o número de turistas religiosos. E enquanto
estão em Esposende porque não mostrar-lhes os principais locais de peregrinação
do concelho para complementar a sua visita? Esposende tem nos Caminhos de
6 Regulamento Do Plano De Ordenamento Do Parque Natural Do Litoral Norte (2008;4)
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 79 ~
Santiago mais uma oportunidade de aumentar o seu número de turistas em épocas
mais baixas.
A zona Z1, correspondente à freguesia de Esposende, é muito rica em
restaurantes e alojamento, mas carece de actividades diversas que os turistas
possam praticar, e é nessa área que incentivamos que se invista. O mesmo se
aplica às zonas Z2 e Z3, que compreendem muita oferta em alojamento e
restauração mas que peca na área de actividades. Iremos enunciar algumas
actividades passíveis de serem realizadas mais à frente.
As zonas Z4 e Z5 são pequenas porções de território mas que compreendem
um número considerável de oferta, merecendo então ser consideradas. A
particularidade destas zonas é que se encontram um pouco mais afastadas do mar,
e daí acharmos que alojamentos do tipo TER possam ter algum interesse e
viabilidade nestas zonas. O rio Cávado passa junto da Z4 e o rio Neiva junto da Z5,
daí que se possam associar actividades fluviais, como canoagem, e actividades de
recreio e lazer e desportivas, como passeios pedestres e passeios de bicicleta.
No que toca a prioridades chegámos à conclusão de que a primeira
preocupação deve ser a de promover mais eventos, sejam eles desportivos,
culturais, musicais ou de outro género, isto com vista a diminuir os efeitos da
sazonalidade, que são tão fortemente sentidos fora da época balnear. Estes eventos
podem ser realizados em conjunto com outros municípios e com entidades diversas.
Desta forma acreditamos aumentar o número de turistas e desenvolver o turismo de
forma sustentada e equilibrada.
De seguida achamos que devem ser reestruturadas as empresas de
actividades. As actuais somente fornecem actividades aquáticas e sobretudo
náuticas. É necessário oferecer uma panóplia muito mais alargada de actividades
para assim satisfazer todos os gostos e até cativar mais turistas. As actividades
podem ser canoagem, rappel, orientação, passeios pedestres, tiro com arco,
Paintball, arvorismo, passeios de BTT e slide. Desta forma poderemos associar ao
concelho de Esposende a ideia de destino de natureza e recreio para que não
subsista apenas o turismo de Sol e Mar. Associado a esta ideia podemos ainda
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 80 ~
sugerir a colocação de um circuito de manutenção no Monte de São Lourenço, para
que as pessoas se possam dirigir a esse espaço para efectuar treinos desportivos.
De seguida defendemos a prática de pratos típicos da gastronomia desta
região nos restaurantes e a reestruturação de alguns estabelecimentos hoteleiros. A
tipicidade da gastronomia minhota é um recurso turístico com imenso potencial. É
ainda um dos produtos defendidos no PENT e acreditamos que poderá servir para
atrair novos turistas, caso este produto seja devidamente divulgado, e até satisfazer
actuais turistas que cada vez mais gostam de sentir e provar o que é original de uma
região ou país. Quanto à hotelaria consideramos que existem muitos
estabelecimentos de 2 e 3 estrelas e poucos de 4. Deveriam fazer-se esforços no
sentido de elevar a qualidade nos alojamentos actuais e ou substituí-los por hotéis
de 4 e até 5 estrelas. Note-se que não há um único hotel de 5 estrelas em
Esposende e alojamento de qualidade irá atrair turistas de qualidade, que é
exactamente o que poderá impulsionar o turismo e a própria economia local.
Por fim relembramos a construção de TER junto à Barca do Lago para
aproveitar a proximidade do rio, das actividades fluviais e do campo de golfe. Poderá
ser ainda considerado um restaurante, uma vez que não há nenhum próximo do
alojamento já existente nessa zona.
Os rios Cávado e Neiva podem ser melhor aproveitados. Já foram traçados
percursos para canoagem em ambos mas sem a devida divulgação os turistas não
têm conhecimento das actividades que podem praticar para passar o seu tempo
satisfeitos. Este é um ponto que falha neste município em muitos aspectos: a
divulgação. Seria proveitoso para Esposende apostar mais na promoção das suas
praias, da gastronomia regional, dos seus espaços verdes e futuras actividades de
recreio e lazer, para que os turistas escolham Esposende em vez de outros destinos
substitutos.
A protecção das zonas verdes no mapa, sobretudo a P1 e P2 não está
incluída nesta ordem de prioridades pois deve ser um cuidado constante e regular,
tendo em vista a sua importância para o turismo deste concelho.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 81 ~
8 - Conclusão
Com a realização deste trabalho apercebemo-nos das várias tarefas e passos
da planificação e da sua complexidade. É um processo que exige atenção, muita
pesquisa e informação e um correcto tratamento da informação.
Achamos ainda correcto dizer que é um processo em que muitas vezes temos
de voltar atrás para melhorar algo, mas isso é bom pois vamos desta forma melhorar
também o próprio planeamento à medida que nos inteiramos melhor das situações.
Compreendemos ainda que é uma área sensível, pouco aprofundada e na
qual se exige muita antecipação, isto porque o turismo não tem só impactos
positivos, tem alguns impactos negativos que tem de ser previstos e evitados a todo
o custo para não prejudicar as comunidades nem o ambiente.
Constatámos que o processo de planeamento não pode ter em conta apenas
a visão de uma pessoa ou duas nem de uma só área, é um processo que deve
compreender um grupo de pessoas especialistas de várias áreas para que todos os
passos do planeamento tenham o ponto de vista de quem é mais entendido em cada
matéria. Desta forma as próprias conclusões serão mais facilmente aceites pelas
pessoas da área, pois não são apenas o ponto de vista de uma pessoa com uma
determinada formação, mas sim o resultado de vários pontos de vista sensíveis em
cada área.
Ao longo do trabalho, e agora já em relação ao caso prático de Esposende,
apercebemo-nos de que nem tudo é recurso turístico, e que o que já é recurso
turístico pode tornar-se facilmente obsoleto se não for devidamente acompanhado e
protegido.
A divulgação é uma das áreas com mais deficiências neste concelho e
acreditamos que uma melhor divulgação dos recursos, da oferta e das actividades
poderia atrair muitos mais turistas que estão ansiosos por encontrar o local ideal
para passar as suas férias em família.
Em suma, acreditamos que ficámos mais sensíveis para a questão do
planeamento e que ficámos capazes de tecer conclusões viáveis para a melhoria do
turismo do concelho de Esposende.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 82 ~
9 - Bibliografia
• AAVV (1999), Para uma estratégia europeia de gestão integrada das zonas
costeiras, s.l., Direcções gerais do Ambiente, Segurança Nuclear e Protecção Civil e
Pesca; pp. 5-25
• Amândio, Bernardino (1992) "A História Trágico Marítima de Esposende",
Jornal Farol de Esposende, Esposende, nº 1 a nº32
• CCA (1980) Declaração de Manila, CCA, Manila
• Lopes, Raul (s.d.) Planeamento Municipal e intervenção autárquica no
desenvolvimento local, Escher Publicações, s.l.; pp. 9-44
• Ministério da Economia, Lisboa (2003) Plano de Desenvolvimento do Turismo,
Síntese das Medidas, Gabinete do Ministro, ME; pp. 1-19
• Ministério do Ambiente (s.d.) Relatório do Estado do Ambiente 1999 [on-line],
disponível em: http://www.iambiente.pt/rea99/rea99-45-455.htm
• Mathieson, Alister; Wall, geoffrey (1982), Tourism: economic, physical and
social impacts; Longman, Michigan
• Presidência do Concelho de Ministros (2008), REGULAMENTO DO PLANO
DE ORDENAMENTO DO PARQUE NATURAL DO LITORAL NORTE, Diário da
República, 1.ª série — N.º 228 — 24 de Novembro de 2008
• Vieira, João Martins (2007) Planeamento e Ordenamento Territorial do
Turismo, Lisboa-São Paulo, Editorial Verbo
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 83 ~
10 - Apêndices
10.1 - Elementos da análise matricial dos recursos turísticos de
Esposende
10.2 - Critérios de avaliação dos Elementos da anál ise matricial
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 84 ~
10.3 - Tabela de avaliação do Património Cultural M onumental
10.4 - Tabela de avaliação do Património Natural
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 85 ~
10.5 - Tabela de avaliação do Alojamento
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 86 ~
10.6 - Tabela de avaliação da Restauração
10.7 - Tabela de avaliação das actividades
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
~ 87 ~
10.8 - Tabela de avaliação dos eventos religiosos
10.9 - Tabela de avaliação dos eventos gastronómico s
10.10 - Tabela de avaliação dos eventos musicais
10.11 - Tabela de avaliação dos eventos desportivos
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
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10.12 - Tabela de avaliação dos equipamentos despor tivos e de lazer
10.13 - Tabela de avaliação dos equipamentos cultur ais
10.14 - Tabela de avaliação dos equipamentos recrea tivos
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
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10.15 - IRT – Cálculo Final
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
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10.16 - Índice de intensidade turística e de sazona lidade
10.17 - Índice de intensidade turística e de sazona lidade
Seguem também em anexo 4 mapas em acetato:
- 1 mapa de património;
- 1 mapa de oferta;
- 1 mapa de eventos e equipamentos
- 1 mapa com zonamento.
Plano de desenvolvimento turístico do concelho de Esposende
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11 – Anexos
11.1 - Registo das dormidas/hóspedes por mês no Concelho de Esposende em 2008
Fonte: Serviço de Turismo da Câmara Municipal de Esposende
11.2 - Dados para o cálculo da intensidade turística
Fonte: © INE, Portugal, 2008, Anuário Estatístico da Região Norte
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