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P452p Pernambuco Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Plano de Manejo da Reserva de Floreta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade Agecircncia Estadual de Meio Am-
biente equipe teacutecnica de elaboraccedilatildeo Alexandre Ribeiro Botelho [et al] texto
Duraacutezio Siqueira Giannina Cysneiros Bezerra Heacutelvio Polito Lopes Filho ndash Recife
A Secretaria 2013
69p il
1 RESERVAS FLORESTAIS ndash OLINDA (PE) ndash CONSERVACcedilAtildeO 2 MATA
DE PASSARINHO ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) 3 AacuteREAS
PROTEGIDAS ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) ndash PRESERVACcedilAtildeO
4 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL ndash OLINDA (PE) 5 EDUCACcedilAtildeO
AMBIENTAL ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) 6 MATA DE
PASSARINHO ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) ndash HISTOacuteRIA I
Agecircncia Estadual de Meio Ambiente II Botelho Alexandre Ribeiro III Siqueira
Duraacutezio IV Bezerra Giannina Cysneiros V Lopes Filho Heacutelvio Polito VI Tiacutetulo
CDU 6309
CDD 57452642
PeR ndash BPE 13- 0382
2
PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA
Renildo Calheiros
Prefeito
GOVERNO DE PERNAMBUCO
Eduardo Henrique de Accioly Campos
Governador do Estado
Enildo Arantes de Souza
Vice-Prefeito
Joatildeo Lyra Neto
Vice-Governador do Estado
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE Roberval Veras
Secretaacuterio
Hozanildo Alves
Secretaacuterio Executivo
Francisco Arruda
Diretor de Proteccedilatildeo Ambiental
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E
SUSTENTABILIDADE ndash SEMAS
Seacutergio Luiz de Carvalho Xavier
Secretaacuterio de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Heacutelvio Polito Lopes Filho
Secretaacuterio Executivo de Meio Ambiente e
Sustentabilidade
EQUIPE TEacuteCNICA Cleide Amorim Fernando Lopes
Jairo Amaro Lucia Oliveira e Luiza
Rego Barros
EQUIPE TEacuteCNICA Ana Claudia Sacramento Andreacutea Olinto
Duraacutezio Siqueira Eliane Regueira Basto
Felipe Barbosa de Aguiar Giannina
Cysneiros Bezerra Joana Aureliano
Joseacute Cordeiro dos Santos Lindinalva
Pinheiro Giratildeo Maria das Graccedilas
Sobreira Marilourdes Guedes Seacutergio
Mendonccedila e Verocircnica Lima
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO
AMBIENTE ndash CPRH
Seacutergio Luiz de Carvalho Xavier
Presidente da CPRH
Carlos Andreacute Cavalcanti
Diretor de Recursos Florestais e
Biodiversidade
3
FICHA TEacuteCNICA
CONCEPCcedilAtildeO GERAL E COORDENACcedilAtildeO TEacuteCNICA DO PLANO DE MANEJO
Giannina Cysneiros Bezerra
Heacutelvio Polito Lopes Filho
FACILITACcedilAtildeO DAS OFICINAS
Alexandre Ribeiro Botelho
EQUIPE TEacuteCNICA DE ELABORACcedilAtildeO
Alexandre Ribeiro Botelho SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento SEMAS
Breno Augustus CPRH
Cristina Lundgren CPRH
Duraacutezio Siqueira SEMAS
Elba Borges Ferreira CPRH
Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS
Joseacute Cordeiro dos Santos SEMAS
Marilourdes Guedes SEMAS
Nahum Tabatchnik CPRH
Rodrigo Ferraz CPRH
Verocircnica Lima SEMAS
TEXTO
Duraacutezio Siqueira SEMAS
Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS
Verocircnica Lima SEMAS
4
CONSELHO GESTOR DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
NOME REPRESENTACcedilAtildeO
Elba Borges Ferreira Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH
Samanta Della Bella Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH
Heacutelvio Polito Lopes Filho Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
Giannina Cysneiros Bezerra Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
Jairo Amaro da Silva Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente
Cleide Amorim Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente
Andreacute Veras Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Irapoan Muniz Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Deborah Almeida de Souza Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano
Hermano de Miranda Trigueiro Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano
Erandir Rodrigues da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA
Elenildo Laurentino da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA
Carlos Marcos de Souza Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO
Ideiacutelter Gomes da Silva Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO
Antenor Vieira de Melo (in memoriam) Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Joatildeo Renato de B C do Amaral Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza - ASPAN
Claudemir Manoel da Silva Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Jesseacute Peres da Silva Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Maria Auxiliadora P da Silva Conselho Local de Sauacutede
Maria do Carmo Atanaacutezio Conselho Local de Sauacutede
Fernanda Luacutecia da R Lira Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Joseacute Severino de Melo Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Moiseacutes Pereira da Silva Filho 3ordf Igreja Presbiteriana Renovada de Olinda
5
SUMAacuteRIO
LISTA DE FIGURAS 07
LISTA DE FOTOS 07
LISTA DE QUADROS 08
SIGLAS 09
APRESENTACcedilAtildeO 10
INTRODUCcedilAtildeO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS 11
PARTE I ndash CONSTRUINDO O CONHECIMENTO 16
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO 17
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda 17
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho 18
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia 19
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho 19
E Breve Histoacuterico de Passarinho 21
F Aspectos Bioloacutegicos 27
Vegetaccedilatildeo 27
Flora 29
Fauna 33
II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES 35
6
PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
39
B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44
C Normas Gerais de Uso 50
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51
A Gestatildeo e Monitoramento 53
B Controle Ambiental 55
C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60
ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata
de Passarinho 61
ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68
7
LISTADE FOTOS
Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho
Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho
Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho
8
LISTA DE QUADROS
Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam
de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo
de Pernambuco
Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN
Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA
Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR
Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF
Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Quadro X Controle ambiental
Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental
Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas
Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
9
SIGLAS
A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica
APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental
ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza
CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente
COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento
CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente
CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente
FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente
FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda
FURB Reserva de Floresta Urbana
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis
MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente
PMO Prefeitura Municipal de Olinda
PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife
RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife
RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural
SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente
SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo
UC Unidade de Conservaccedilatildeo
UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco
10
APRESENTACcedilAtildeO
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em
Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica
na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta
missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade
pernambucana
Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos
inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam
voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos
moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho
gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos
Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de
todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo
11
INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS
O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de
2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos
procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo
O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de
conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive
a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e
divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o
estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos
A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores
dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos
recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes
ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais
atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de
Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de
Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade
Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de
Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento
Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil
Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de
conservaccedilatildeo
Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando
o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo
12
Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento
ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo
Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo
Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes
premissas e valores
a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de
Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a
accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos
Planos de Manejo
b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos
Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos
devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu
proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da
sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo
c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das
proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos
instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de
forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas
d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma
rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir
interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da
sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees
acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica
e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo
13
A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
14
conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
15
A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
16
PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
17
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
18
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
19
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
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A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
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ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
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LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
1
P452p Pernambuco Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Plano de Manejo da Reserva de Floreta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade Agecircncia Estadual de Meio Am-
biente equipe teacutecnica de elaboraccedilatildeo Alexandre Ribeiro Botelho [et al] texto
Duraacutezio Siqueira Giannina Cysneiros Bezerra Heacutelvio Polito Lopes Filho ndash Recife
A Secretaria 2013
69p il
1 RESERVAS FLORESTAIS ndash OLINDA (PE) ndash CONSERVACcedilAtildeO 2 MATA
DE PASSARINHO ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) 3 AacuteREAS
PROTEGIDAS ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) ndash PRESERVACcedilAtildeO
4 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL ndash OLINDA (PE) 5 EDUCACcedilAtildeO
AMBIENTAL ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) 6 MATA DE
PASSARINHO ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) ndash HISTOacuteRIA I
Agecircncia Estadual de Meio Ambiente II Botelho Alexandre Ribeiro III Siqueira
Duraacutezio IV Bezerra Giannina Cysneiros V Lopes Filho Heacutelvio Polito VI Tiacutetulo
CDU 6309
CDD 57452642
PeR ndash BPE 13- 0382
2
PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA
Renildo Calheiros
Prefeito
GOVERNO DE PERNAMBUCO
Eduardo Henrique de Accioly Campos
Governador do Estado
Enildo Arantes de Souza
Vice-Prefeito
Joatildeo Lyra Neto
Vice-Governador do Estado
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE Roberval Veras
Secretaacuterio
Hozanildo Alves
Secretaacuterio Executivo
Francisco Arruda
Diretor de Proteccedilatildeo Ambiental
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E
SUSTENTABILIDADE ndash SEMAS
Seacutergio Luiz de Carvalho Xavier
Secretaacuterio de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Heacutelvio Polito Lopes Filho
Secretaacuterio Executivo de Meio Ambiente e
Sustentabilidade
EQUIPE TEacuteCNICA Cleide Amorim Fernando Lopes
Jairo Amaro Lucia Oliveira e Luiza
Rego Barros
EQUIPE TEacuteCNICA Ana Claudia Sacramento Andreacutea Olinto
Duraacutezio Siqueira Eliane Regueira Basto
Felipe Barbosa de Aguiar Giannina
Cysneiros Bezerra Joana Aureliano
Joseacute Cordeiro dos Santos Lindinalva
Pinheiro Giratildeo Maria das Graccedilas
Sobreira Marilourdes Guedes Seacutergio
Mendonccedila e Verocircnica Lima
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO
AMBIENTE ndash CPRH
Seacutergio Luiz de Carvalho Xavier
Presidente da CPRH
Carlos Andreacute Cavalcanti
Diretor de Recursos Florestais e
Biodiversidade
3
FICHA TEacuteCNICA
CONCEPCcedilAtildeO GERAL E COORDENACcedilAtildeO TEacuteCNICA DO PLANO DE MANEJO
Giannina Cysneiros Bezerra
Heacutelvio Polito Lopes Filho
FACILITACcedilAtildeO DAS OFICINAS
Alexandre Ribeiro Botelho
EQUIPE TEacuteCNICA DE ELABORACcedilAtildeO
Alexandre Ribeiro Botelho SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento SEMAS
Breno Augustus CPRH
Cristina Lundgren CPRH
Duraacutezio Siqueira SEMAS
Elba Borges Ferreira CPRH
Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS
Joseacute Cordeiro dos Santos SEMAS
Marilourdes Guedes SEMAS
Nahum Tabatchnik CPRH
Rodrigo Ferraz CPRH
Verocircnica Lima SEMAS
TEXTO
Duraacutezio Siqueira SEMAS
Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS
Verocircnica Lima SEMAS
4
CONSELHO GESTOR DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
NOME REPRESENTACcedilAtildeO
Elba Borges Ferreira Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH
Samanta Della Bella Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH
Heacutelvio Polito Lopes Filho Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
Giannina Cysneiros Bezerra Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
Jairo Amaro da Silva Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente
Cleide Amorim Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente
Andreacute Veras Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Irapoan Muniz Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Deborah Almeida de Souza Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano
Hermano de Miranda Trigueiro Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano
Erandir Rodrigues da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA
Elenildo Laurentino da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA
Carlos Marcos de Souza Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO
Ideiacutelter Gomes da Silva Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO
Antenor Vieira de Melo (in memoriam) Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Joatildeo Renato de B C do Amaral Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza - ASPAN
Claudemir Manoel da Silva Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Jesseacute Peres da Silva Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Maria Auxiliadora P da Silva Conselho Local de Sauacutede
Maria do Carmo Atanaacutezio Conselho Local de Sauacutede
Fernanda Luacutecia da R Lira Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Joseacute Severino de Melo Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Moiseacutes Pereira da Silva Filho 3ordf Igreja Presbiteriana Renovada de Olinda
5
SUMAacuteRIO
LISTA DE FIGURAS 07
LISTA DE FOTOS 07
LISTA DE QUADROS 08
SIGLAS 09
APRESENTACcedilAtildeO 10
INTRODUCcedilAtildeO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS 11
PARTE I ndash CONSTRUINDO O CONHECIMENTO 16
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO 17
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda 17
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho 18
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia 19
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho 19
E Breve Histoacuterico de Passarinho 21
F Aspectos Bioloacutegicos 27
Vegetaccedilatildeo 27
Flora 29
Fauna 33
II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES 35
6
PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
39
B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44
C Normas Gerais de Uso 50
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51
A Gestatildeo e Monitoramento 53
B Controle Ambiental 55
C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60
ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata
de Passarinho 61
ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68
7
LISTADE FOTOS
Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho
Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho
Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho
8
LISTA DE QUADROS
Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam
de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo
de Pernambuco
Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN
Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA
Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR
Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF
Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Quadro X Controle ambiental
Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental
Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas
Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
9
SIGLAS
A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica
APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental
ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza
CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente
COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento
CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente
CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente
FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente
FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda
FURB Reserva de Floresta Urbana
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis
MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente
PMO Prefeitura Municipal de Olinda
PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife
RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife
RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural
SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente
SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo
UC Unidade de Conservaccedilatildeo
UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco
10
APRESENTACcedilAtildeO
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em
Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica
na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta
missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade
pernambucana
Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos
inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam
voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos
moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho
gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos
Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de
todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo
11
INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS
O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de
2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos
procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo
O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de
conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive
a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e
divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o
estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos
A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores
dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos
recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes
ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais
atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de
Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de
Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade
Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de
Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento
Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil
Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de
conservaccedilatildeo
Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando
o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo
12
Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento
ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo
Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo
Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes
premissas e valores
a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de
Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a
accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos
Planos de Manejo
b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos
Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos
devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu
proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da
sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo
c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das
proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos
instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de
forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas
d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma
rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir
interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da
sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees
acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica
e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo
13
A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
14
conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
15
A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
16
PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
17
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
18
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
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C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
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A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
2
PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA
Renildo Calheiros
Prefeito
GOVERNO DE PERNAMBUCO
Eduardo Henrique de Accioly Campos
Governador do Estado
Enildo Arantes de Souza
Vice-Prefeito
Joatildeo Lyra Neto
Vice-Governador do Estado
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE Roberval Veras
Secretaacuterio
Hozanildo Alves
Secretaacuterio Executivo
Francisco Arruda
Diretor de Proteccedilatildeo Ambiental
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E
SUSTENTABILIDADE ndash SEMAS
Seacutergio Luiz de Carvalho Xavier
Secretaacuterio de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Heacutelvio Polito Lopes Filho
Secretaacuterio Executivo de Meio Ambiente e
Sustentabilidade
EQUIPE TEacuteCNICA Cleide Amorim Fernando Lopes
Jairo Amaro Lucia Oliveira e Luiza
Rego Barros
EQUIPE TEacuteCNICA Ana Claudia Sacramento Andreacutea Olinto
Duraacutezio Siqueira Eliane Regueira Basto
Felipe Barbosa de Aguiar Giannina
Cysneiros Bezerra Joana Aureliano
Joseacute Cordeiro dos Santos Lindinalva
Pinheiro Giratildeo Maria das Graccedilas
Sobreira Marilourdes Guedes Seacutergio
Mendonccedila e Verocircnica Lima
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO
AMBIENTE ndash CPRH
Seacutergio Luiz de Carvalho Xavier
Presidente da CPRH
Carlos Andreacute Cavalcanti
Diretor de Recursos Florestais e
Biodiversidade
3
FICHA TEacuteCNICA
CONCEPCcedilAtildeO GERAL E COORDENACcedilAtildeO TEacuteCNICA DO PLANO DE MANEJO
Giannina Cysneiros Bezerra
Heacutelvio Polito Lopes Filho
FACILITACcedilAtildeO DAS OFICINAS
Alexandre Ribeiro Botelho
EQUIPE TEacuteCNICA DE ELABORACcedilAtildeO
Alexandre Ribeiro Botelho SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento SEMAS
Breno Augustus CPRH
Cristina Lundgren CPRH
Duraacutezio Siqueira SEMAS
Elba Borges Ferreira CPRH
Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS
Joseacute Cordeiro dos Santos SEMAS
Marilourdes Guedes SEMAS
Nahum Tabatchnik CPRH
Rodrigo Ferraz CPRH
Verocircnica Lima SEMAS
TEXTO
Duraacutezio Siqueira SEMAS
Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS
Verocircnica Lima SEMAS
4
CONSELHO GESTOR DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
NOME REPRESENTACcedilAtildeO
Elba Borges Ferreira Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH
Samanta Della Bella Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH
Heacutelvio Polito Lopes Filho Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
Giannina Cysneiros Bezerra Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
Jairo Amaro da Silva Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente
Cleide Amorim Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente
Andreacute Veras Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Irapoan Muniz Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Deborah Almeida de Souza Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano
Hermano de Miranda Trigueiro Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano
Erandir Rodrigues da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA
Elenildo Laurentino da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA
Carlos Marcos de Souza Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO
Ideiacutelter Gomes da Silva Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO
Antenor Vieira de Melo (in memoriam) Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Joatildeo Renato de B C do Amaral Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza - ASPAN
Claudemir Manoel da Silva Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Jesseacute Peres da Silva Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Maria Auxiliadora P da Silva Conselho Local de Sauacutede
Maria do Carmo Atanaacutezio Conselho Local de Sauacutede
Fernanda Luacutecia da R Lira Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Joseacute Severino de Melo Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Moiseacutes Pereira da Silva Filho 3ordf Igreja Presbiteriana Renovada de Olinda
5
SUMAacuteRIO
LISTA DE FIGURAS 07
LISTA DE FOTOS 07
LISTA DE QUADROS 08
SIGLAS 09
APRESENTACcedilAtildeO 10
INTRODUCcedilAtildeO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS 11
PARTE I ndash CONSTRUINDO O CONHECIMENTO 16
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO 17
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda 17
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho 18
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia 19
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho 19
E Breve Histoacuterico de Passarinho 21
F Aspectos Bioloacutegicos 27
Vegetaccedilatildeo 27
Flora 29
Fauna 33
II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES 35
6
PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
39
B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44
C Normas Gerais de Uso 50
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51
A Gestatildeo e Monitoramento 53
B Controle Ambiental 55
C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60
ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata
de Passarinho 61
ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68
7
LISTADE FOTOS
Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho
Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho
Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho
8
LISTA DE QUADROS
Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam
de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo
de Pernambuco
Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN
Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA
Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR
Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF
Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Quadro X Controle ambiental
Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental
Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas
Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
9
SIGLAS
A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica
APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental
ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza
CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente
COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento
CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente
CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente
FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente
FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda
FURB Reserva de Floresta Urbana
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis
MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente
PMO Prefeitura Municipal de Olinda
PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife
RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife
RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural
SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente
SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo
UC Unidade de Conservaccedilatildeo
UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco
10
APRESENTACcedilAtildeO
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em
Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica
na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta
missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade
pernambucana
Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos
inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam
voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos
moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho
gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos
Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de
todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo
11
INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS
O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de
2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos
procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo
O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de
conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive
a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e
divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o
estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos
A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores
dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos
recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes
ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais
atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de
Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de
Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade
Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de
Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento
Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil
Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de
conservaccedilatildeo
Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando
o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo
12
Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento
ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo
Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo
Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes
premissas e valores
a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de
Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a
accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos
Planos de Manejo
b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos
Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos
devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu
proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da
sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo
c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das
proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos
instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de
forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas
d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma
rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir
interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da
sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees
acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica
e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo
13
A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
14
conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
15
A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
16
PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
17
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
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B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
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C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
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A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
3
FICHA TEacuteCNICA
CONCEPCcedilAtildeO GERAL E COORDENACcedilAtildeO TEacuteCNICA DO PLANO DE MANEJO
Giannina Cysneiros Bezerra
Heacutelvio Polito Lopes Filho
FACILITACcedilAtildeO DAS OFICINAS
Alexandre Ribeiro Botelho
EQUIPE TEacuteCNICA DE ELABORACcedilAtildeO
Alexandre Ribeiro Botelho SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento SEMAS
Breno Augustus CPRH
Cristina Lundgren CPRH
Duraacutezio Siqueira SEMAS
Elba Borges Ferreira CPRH
Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS
Joseacute Cordeiro dos Santos SEMAS
Marilourdes Guedes SEMAS
Nahum Tabatchnik CPRH
Rodrigo Ferraz CPRH
Verocircnica Lima SEMAS
TEXTO
Duraacutezio Siqueira SEMAS
Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS
Verocircnica Lima SEMAS
4
CONSELHO GESTOR DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
NOME REPRESENTACcedilAtildeO
Elba Borges Ferreira Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH
Samanta Della Bella Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH
Heacutelvio Polito Lopes Filho Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
Giannina Cysneiros Bezerra Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
Jairo Amaro da Silva Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente
Cleide Amorim Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente
Andreacute Veras Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Irapoan Muniz Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Deborah Almeida de Souza Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano
Hermano de Miranda Trigueiro Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano
Erandir Rodrigues da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA
Elenildo Laurentino da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA
Carlos Marcos de Souza Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO
Ideiacutelter Gomes da Silva Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO
Antenor Vieira de Melo (in memoriam) Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Joatildeo Renato de B C do Amaral Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza - ASPAN
Claudemir Manoel da Silva Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Jesseacute Peres da Silva Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Maria Auxiliadora P da Silva Conselho Local de Sauacutede
Maria do Carmo Atanaacutezio Conselho Local de Sauacutede
Fernanda Luacutecia da R Lira Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Joseacute Severino de Melo Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Moiseacutes Pereira da Silva Filho 3ordf Igreja Presbiteriana Renovada de Olinda
5
SUMAacuteRIO
LISTA DE FIGURAS 07
LISTA DE FOTOS 07
LISTA DE QUADROS 08
SIGLAS 09
APRESENTACcedilAtildeO 10
INTRODUCcedilAtildeO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS 11
PARTE I ndash CONSTRUINDO O CONHECIMENTO 16
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO 17
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda 17
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho 18
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia 19
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho 19
E Breve Histoacuterico de Passarinho 21
F Aspectos Bioloacutegicos 27
Vegetaccedilatildeo 27
Flora 29
Fauna 33
II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES 35
6
PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
39
B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44
C Normas Gerais de Uso 50
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51
A Gestatildeo e Monitoramento 53
B Controle Ambiental 55
C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60
ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata
de Passarinho 61
ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68
7
LISTADE FOTOS
Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho
Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho
Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho
8
LISTA DE QUADROS
Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam
de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo
de Pernambuco
Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN
Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA
Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR
Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF
Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Quadro X Controle ambiental
Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental
Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas
Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
9
SIGLAS
A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica
APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental
ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza
CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente
COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento
CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente
CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente
FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente
FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda
FURB Reserva de Floresta Urbana
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis
MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente
PMO Prefeitura Municipal de Olinda
PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife
RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife
RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural
SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente
SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo
UC Unidade de Conservaccedilatildeo
UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco
10
APRESENTACcedilAtildeO
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em
Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica
na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta
missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade
pernambucana
Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos
inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam
voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos
moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho
gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos
Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de
todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo
11
INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS
O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de
2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos
procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo
O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de
conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive
a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e
divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o
estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos
A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores
dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos
recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes
ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais
atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de
Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de
Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade
Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de
Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento
Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil
Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de
conservaccedilatildeo
Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando
o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo
12
Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento
ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo
Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo
Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes
premissas e valores
a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de
Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a
accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos
Planos de Manejo
b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos
Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos
devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu
proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da
sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo
c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das
proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos
instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de
forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas
d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma
rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir
interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da
sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees
acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica
e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo
13
A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
14
conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
15
A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
16
PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
17
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
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B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
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C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
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A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
4
CONSELHO GESTOR DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
NOME REPRESENTACcedilAtildeO
Elba Borges Ferreira Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH
Samanta Della Bella Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH
Heacutelvio Polito Lopes Filho Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
Giannina Cysneiros Bezerra Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
Jairo Amaro da Silva Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente
Cleide Amorim Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente
Andreacute Veras Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Irapoan Muniz Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Deborah Almeida de Souza Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano
Hermano de Miranda Trigueiro Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano
Erandir Rodrigues da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA
Elenildo Laurentino da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA
Carlos Marcos de Souza Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO
Ideiacutelter Gomes da Silva Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO
Antenor Vieira de Melo (in memoriam) Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Joatildeo Renato de B C do Amaral Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza - ASPAN
Claudemir Manoel da Silva Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Jesseacute Peres da Silva Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Maria Auxiliadora P da Silva Conselho Local de Sauacutede
Maria do Carmo Atanaacutezio Conselho Local de Sauacutede
Fernanda Luacutecia da R Lira Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Joseacute Severino de Melo Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Moiseacutes Pereira da Silva Filho 3ordf Igreja Presbiteriana Renovada de Olinda
5
SUMAacuteRIO
LISTA DE FIGURAS 07
LISTA DE FOTOS 07
LISTA DE QUADROS 08
SIGLAS 09
APRESENTACcedilAtildeO 10
INTRODUCcedilAtildeO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS 11
PARTE I ndash CONSTRUINDO O CONHECIMENTO 16
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO 17
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda 17
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho 18
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia 19
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho 19
E Breve Histoacuterico de Passarinho 21
F Aspectos Bioloacutegicos 27
Vegetaccedilatildeo 27
Flora 29
Fauna 33
II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES 35
6
PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
39
B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44
C Normas Gerais de Uso 50
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51
A Gestatildeo e Monitoramento 53
B Controle Ambiental 55
C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60
ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata
de Passarinho 61
ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68
7
LISTADE FOTOS
Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho
Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho
Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho
8
LISTA DE QUADROS
Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam
de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo
de Pernambuco
Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN
Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA
Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR
Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF
Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Quadro X Controle ambiental
Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental
Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas
Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
9
SIGLAS
A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica
APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental
ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza
CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente
COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento
CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente
CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente
FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente
FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda
FURB Reserva de Floresta Urbana
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis
MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente
PMO Prefeitura Municipal de Olinda
PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife
RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife
RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural
SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente
SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo
UC Unidade de Conservaccedilatildeo
UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco
10
APRESENTACcedilAtildeO
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em
Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica
na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta
missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade
pernambucana
Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos
inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam
voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos
moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho
gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos
Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de
todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo
11
INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS
O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de
2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos
procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo
O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de
conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive
a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e
divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o
estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos
A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores
dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos
recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes
ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais
atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de
Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de
Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade
Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de
Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento
Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil
Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de
conservaccedilatildeo
Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando
o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo
12
Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento
ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo
Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo
Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes
premissas e valores
a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de
Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a
accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos
Planos de Manejo
b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos
Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos
devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu
proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da
sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo
c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das
proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos
instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de
forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas
d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma
rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir
interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da
sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees
acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica
e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo
13
A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
14
conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
15
A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
16
PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
17
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
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B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
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C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
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A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
5
SUMAacuteRIO
LISTA DE FIGURAS 07
LISTA DE FOTOS 07
LISTA DE QUADROS 08
SIGLAS 09
APRESENTACcedilAtildeO 10
INTRODUCcedilAtildeO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS 11
PARTE I ndash CONSTRUINDO O CONHECIMENTO 16
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO 17
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda 17
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho 18
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia 19
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho 19
E Breve Histoacuterico de Passarinho 21
F Aspectos Bioloacutegicos 27
Vegetaccedilatildeo 27
Flora 29
Fauna 33
II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES 35
6
PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
39
B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44
C Normas Gerais de Uso 50
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51
A Gestatildeo e Monitoramento 53
B Controle Ambiental 55
C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60
ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata
de Passarinho 61
ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68
7
LISTADE FOTOS
Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho
Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho
Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho
8
LISTA DE QUADROS
Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam
de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo
de Pernambuco
Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN
Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA
Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR
Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF
Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Quadro X Controle ambiental
Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental
Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas
Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
9
SIGLAS
A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica
APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental
ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza
CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente
COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento
CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente
CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente
FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente
FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda
FURB Reserva de Floresta Urbana
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis
MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente
PMO Prefeitura Municipal de Olinda
PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife
RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife
RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural
SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente
SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo
UC Unidade de Conservaccedilatildeo
UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco
10
APRESENTACcedilAtildeO
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em
Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica
na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta
missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade
pernambucana
Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos
inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam
voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos
moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho
gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos
Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de
todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo
11
INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS
O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de
2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos
procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo
O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de
conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive
a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e
divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o
estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos
A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores
dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos
recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes
ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais
atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de
Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de
Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade
Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de
Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento
Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil
Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de
conservaccedilatildeo
Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando
o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo
12
Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento
ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo
Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo
Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes
premissas e valores
a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de
Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a
accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos
Planos de Manejo
b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos
Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos
devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu
proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da
sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo
c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das
proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos
instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de
forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas
d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma
rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir
interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da
sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees
acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica
e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo
13
A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
14
conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
15
A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
16
PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
17
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
18
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
19
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
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A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
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ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
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LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
6
PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
39
B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44
C Normas Gerais de Uso 50
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51
A Gestatildeo e Monitoramento 53
B Controle Ambiental 55
C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60
ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata
de Passarinho 61
ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68
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LISTADE FOTOS
Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho
Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho
Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho
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LISTA DE QUADROS
Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam
de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo
de Pernambuco
Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN
Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA
Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR
Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF
Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Quadro X Controle ambiental
Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental
Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas
Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
9
SIGLAS
A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica
APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental
ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza
CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente
COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento
CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente
CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente
FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente
FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda
FURB Reserva de Floresta Urbana
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis
MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente
PMO Prefeitura Municipal de Olinda
PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife
RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife
RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural
SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente
SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo
UC Unidade de Conservaccedilatildeo
UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco
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APRESENTACcedilAtildeO
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em
Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica
na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta
missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade
pernambucana
Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos
inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam
voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos
moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho
gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos
Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de
todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo
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INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS
O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de
2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos
procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo
O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de
conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive
a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e
divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o
estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos
A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores
dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos
recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes
ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais
atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de
Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de
Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade
Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de
Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento
Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil
Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de
conservaccedilatildeo
Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando
o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo
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Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento
ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo
Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo
Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes
premissas e valores
a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de
Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a
accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos
Planos de Manejo
b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos
Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos
devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu
proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da
sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo
c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das
proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos
instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de
forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas
d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma
rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir
interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da
sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees
acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica
e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo
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A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
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conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
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A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
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PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
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I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
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B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
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C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
20
A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
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LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
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ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
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ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
7
LISTADE FOTOS
Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997
Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC
Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012
Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho
Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho
Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho
Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho
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LISTA DE QUADROS
Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam
de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo
de Pernambuco
Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN
Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA
Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR
Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF
Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Quadro X Controle ambiental
Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental
Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas
Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
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SIGLAS
A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica
APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental
ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza
CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente
COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento
CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente
CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente
FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente
FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda
FURB Reserva de Floresta Urbana
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis
MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente
PMO Prefeitura Municipal de Olinda
PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife
RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife
RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural
SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente
SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo
UC Unidade de Conservaccedilatildeo
UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco
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APRESENTACcedilAtildeO
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em
Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica
na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta
missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade
pernambucana
Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos
inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam
voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos
moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho
gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos
Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de
todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo
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INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS
O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de
2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos
procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo
O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de
conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive
a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e
divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o
estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos
A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores
dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos
recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes
ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais
atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de
Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de
Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade
Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de
Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento
Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil
Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de
conservaccedilatildeo
Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando
o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo
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Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento
ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo
Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo
Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes
premissas e valores
a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de
Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a
accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos
Planos de Manejo
b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos
Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos
devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu
proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da
sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo
c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das
proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos
instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de
forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas
d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma
rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir
interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da
sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees
acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica
e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo
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A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
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conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
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A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
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PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
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I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
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B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
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C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
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A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
22
a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
37
ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
52
Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
8
LISTA DE QUADROS
Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam
de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo
de Pernambuco
Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN
Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA
Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR
Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF
Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Quadro X Controle ambiental
Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental
Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas
Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
9
SIGLAS
A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica
APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental
ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza
CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente
COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento
CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente
CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente
FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente
FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda
FURB Reserva de Floresta Urbana
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis
MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente
PMO Prefeitura Municipal de Olinda
PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife
RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife
RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural
SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente
SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo
UC Unidade de Conservaccedilatildeo
UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco
10
APRESENTACcedilAtildeO
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em
Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica
na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta
missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade
pernambucana
Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos
inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam
voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos
moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho
gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos
Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de
todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo
11
INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS
O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de
2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos
procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo
O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de
conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive
a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e
divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o
estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos
A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores
dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos
recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes
ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais
atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de
Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de
Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade
Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de
Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento
Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil
Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de
conservaccedilatildeo
Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando
o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo
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Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento
ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo
Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo
Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes
premissas e valores
a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de
Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a
accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos
Planos de Manejo
b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos
Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos
devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu
proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da
sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo
c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das
proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos
instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de
forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas
d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma
rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir
interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da
sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees
acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica
e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo
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A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
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conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
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A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
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PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
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I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
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B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
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C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
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A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
27
A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
28
Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
30
endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
34
Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
37
ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
38
PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
40
As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
41
Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
9
SIGLAS
A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica
APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental
ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza
CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente
COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento
CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente
CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente
FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente
FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda
FURB Reserva de Floresta Urbana
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis
MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente
PMO Prefeitura Municipal de Olinda
PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife
RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife
RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural
SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente
SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo
UC Unidade de Conservaccedilatildeo
UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco
10
APRESENTACcedilAtildeO
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em
Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica
na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta
missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade
pernambucana
Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos
inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam
voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos
moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho
gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos
Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de
todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo
11
INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS
O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de
2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos
procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo
O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de
conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive
a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e
divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o
estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos
A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores
dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos
recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes
ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais
atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de
Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de
Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade
Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de
Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento
Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil
Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de
conservaccedilatildeo
Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando
o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo
12
Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento
ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo
Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo
Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes
premissas e valores
a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de
Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a
accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos
Planos de Manejo
b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos
Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos
devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu
proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da
sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo
c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das
proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos
instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de
forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas
d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma
rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir
interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da
sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees
acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica
e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo
13
A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
14
conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
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A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
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PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
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I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
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B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
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C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
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A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
30
endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
44
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
10
APRESENTACcedilAtildeO
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em
Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica
na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta
missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade
pernambucana
Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos
inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam
voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos
moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho
gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos
Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de
todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo
11
INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS
O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de
2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos
procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo
O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de
conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive
a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e
divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o
estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos
A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores
dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos
recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes
ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais
atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de
Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de
Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade
Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de
Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento
Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil
Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de
conservaccedilatildeo
Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando
o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo
12
Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento
ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo
Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo
Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes
premissas e valores
a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de
Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a
accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos
Planos de Manejo
b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos
Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos
devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu
proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da
sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo
c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das
proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos
instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de
forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas
d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma
rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir
interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da
sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees
acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica
e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo
13
A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
14
conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
15
A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
16
PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
17
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
18
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
19
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
20
A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
47
invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
49
Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
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LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
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INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS
O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de
2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos
procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo
O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de
conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive
a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e
divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o
estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos
A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores
dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos
recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes
ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais
atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de
Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de
Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade
Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de
Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento
Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil
Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de
conservaccedilatildeo
Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando
o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo
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Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento
ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo
Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo
Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes
premissas e valores
a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de
Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a
accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos
Planos de Manejo
b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos
Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos
devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu
proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da
sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo
c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das
proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos
instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de
forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas
d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma
rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir
interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da
sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees
acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica
e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo
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A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
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conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
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A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
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PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
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I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
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B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
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C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
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A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
12
Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento
ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo
Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo
Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes
premissas e valores
a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de
Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a
accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos
Planos de Manejo
b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos
Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos
devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu
proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da
sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo
c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das
proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos
instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de
forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas
d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma
rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir
interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da
sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees
acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica
e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo
13
A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
14
conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
15
A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
16
PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
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I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
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B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
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C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
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A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
13
A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento
participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os
agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas
entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que
a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o
ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares
Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para
estabelecer um pacto de vontades
No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o
levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento
Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de
conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas
estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana
situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o
Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande
heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em
defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A
terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando
pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor
mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento
econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS
A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos
gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash
FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma
vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os
14
conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
15
A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
16
PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
17
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
18
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
19
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
20
A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
21
De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
22
a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
23
Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
38
PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
40
As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
14
conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos
Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir
Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo
Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das
experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados
Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as
oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)
Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental
Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a
Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo
Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo
determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo
Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos
obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram
Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento
Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas
discutindo-o e validando-o
Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo
Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao
CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual
15
A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
16
PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
17
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
18
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
19
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
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A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
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LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
15
A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos
dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e
potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os
objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico
assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo
Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio
Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o
documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de
Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele
se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos
fazer algo quando estamos determinados a isso
16
PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
17
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
18
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
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C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
20
A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
25
No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
26
e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
27
A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
28
Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
29
Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
30
endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
16
PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
17
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
18
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
19
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
20
A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
21
De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
22
a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
23
Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
24
Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
38
PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
40
As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
17
I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO
A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda
O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma
latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779
habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior
do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente
urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza
natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade
pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais
atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo
Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda
18
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
19
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
20
A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
21
De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
50
C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
18
B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do
Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram
adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade
Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada
do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do
municiacutepio de Olinda
Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho
Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda
Zona Rural de Olinda
Mata de Passarinho
19
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
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A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
46
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
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ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
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LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
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ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
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ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
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ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
19
C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia
A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se
sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo
circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua
pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas
linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-
os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos
favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO
1997)
Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia
pluviomeacutetrica anual de 24224 mm
O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do
territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do
rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa
de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro
Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso
D Aspectos Legais da Mata de Passarinho
A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho
de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao
reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades
conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos
privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de
accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo
20
A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
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De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
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a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
20
A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da
Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal
objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana
Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V
que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo
que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua
utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo
Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de
quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois
estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da
responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e
seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico
com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei
Estadual 1120695
Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC
Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica
Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades
criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido
destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da
aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo
Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas
Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou
para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso
Sustentaacutevel
21
De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
22
a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
23
Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
24
Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
25
No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
26
e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
27
A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
28
Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
29
Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
44
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
21
De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como
proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes
reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria
definem que
a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das
comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza
b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na
gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a
comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas
c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra
A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo
permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a
edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo
(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128
Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos
aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio
E Breve Histoacuterico de Passarinho
A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o
proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida
hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres
principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo
costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem
registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a
comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia
22
a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
23
Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
24
Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
25
No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
26
e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
27
A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
28
Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
29
Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
30
endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
22
a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra
ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia
direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem
havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu
No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para
construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores
frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa
deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com
plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea
que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje
eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz
africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata
Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no
periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade
solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996
houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez
por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande
devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de
cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo
conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o
periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo
Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN
por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida
uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea
pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a
Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho
23
Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
24
Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
25
No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
26
e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
27
A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
28
Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
29
Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
30
endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
31
Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
32
MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
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ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
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LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
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ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
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Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins
de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi
desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde
morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha
Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o
Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo
de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees
Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo
CoelhoASPAN
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Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
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No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
29
Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
34
Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
51
A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
24
Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da
aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da
vegetaccedilatildeo e de pesquisa
Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho
Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo
de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade
Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata
e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho
No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da
celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea
que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a
comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio
de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da
comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto
da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade
de conservaccedilatildeo
Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do
levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata
A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e
intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi
construiacuteda a Vila do Tetra
25
No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
26
e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
38
PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
42
Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
25
No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema
de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura
Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura
Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo
das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites
da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo
Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia
Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi
realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para
Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca
Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS
26
e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
27
A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
28
Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
29
Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
30
endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
31
Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
32
MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
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ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
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LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
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ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
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e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de
um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do
PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a
partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto
de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu
vaacuterios incecircndios criminosos
Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS
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A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
37
ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
38
PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
40
As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
27
A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao
SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -
FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011
Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo
Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a
participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o
georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de
Olinda
Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva
implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho
F Aspectos Bioloacutegicos
Vegetaccedilatildeo
A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e
cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e
explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada
fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e
caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer
eacutepoca do ano
Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio
vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e
mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas
baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda
httpprojetosrecicladosorgbr
28
Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
29
Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
30
endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
31
Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
32
MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
46
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
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INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
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ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
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LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
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ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
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ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
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ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
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SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
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SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
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ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
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Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo
provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que
atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica
Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos
de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que
contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de
baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da
aacuterea
Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo
caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies
helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas
nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados
apoacutes o corte
Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS
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Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
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endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
29
Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens
diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro
mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal
A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores
ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de
interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes
do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno
Flora
A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente
quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente
Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante
degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais
Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes
como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual
o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras
necessidades
Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente
alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo
na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata
Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies
arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim
(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-
rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem
30
endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
31
Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
32
MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
33
Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
34
Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
35
II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
30
endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute
confirmado
Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo
asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do
Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)
Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da
ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu
estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o
pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do
Brasil
Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado
dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB
Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas
introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional
Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser
bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque
da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de
levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes
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Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
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MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
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Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
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Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
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II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
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7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
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ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
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PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
31
Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo
Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo
ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba
ANNONACEAE Annona glabra araticurana
TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada
MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira
ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso
FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim
COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba
MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici
CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba
ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro
BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo
BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba
LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute
SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego
CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata
ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc
MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira
CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute
MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute
MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute
MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute
LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia
LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia
TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo
MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana
ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira
32
MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
33
Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
34
Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
35
II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
36
7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
37
ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
38
PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
40
As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
41
Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
42
Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
32
MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco
MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute
LAURACEAE Nectandra cuspidata louro
BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina
MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro
EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo
SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro
MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira
CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue
ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia
SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba
MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato
ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim
MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha
MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo
SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira
ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo
ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite
ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde
MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato
CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre
ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha
RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela
Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para
angiospermas baseada em APGIII (2009)
Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997
33
Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
34
Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
35
II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
36
7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
37
ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
38
PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
40
As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
33
Fauna
As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais
inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos
primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos
desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos
(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves
Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a
maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo
endecircmicas desse bioma
As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo
indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as
aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior
conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata
Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo
sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar
decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima
Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea
territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute
aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada
para sobreviver certamente natildeo possui esses animais
Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao
_Ecologica_ESEC
34
Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
35
II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
36
7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
37
ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
38
PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
34
Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo
referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa
demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico
Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico
Ve
rte
bra
do
s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo
reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju
aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu
mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu
Inve
rte
bra
do
s
insetos
abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa
aneliacutedeos minhoca e sanguessuga
aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato
miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra
35
II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
36
7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
37
ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
38
PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
52
Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
35
II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de
planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores
importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela
foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas
vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)
No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos
1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento
de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato
evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado
com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros
3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no
que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria
4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas
culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados
5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como
a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental
6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o
aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos
aspectos bioloacutegicos da aacuterea
36
7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
37
ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
38
PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
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ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
36
7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a
integraccedilatildeo e o acesso da comunidade
Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos
1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno
2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a
comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees
nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos
3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de
atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de
uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo
preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria
4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas
limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate
aos mesmos
5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e
estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento
da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados
bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)
6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de
animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de
caccedila e apreensatildeo de animais
7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos
desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo
8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea
A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham
Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho
Acervo SEMAS
37
ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
38
PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
40
As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
37
ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da
gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC
Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de
forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores
da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu
entorno imediato
Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de
conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte
deste Plano
38
PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
40
As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
41
Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
42
Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
38
PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO
39
III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
40
As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
41
Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
42
Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
43
contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
44
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
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ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
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LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
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ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
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ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
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ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
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SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
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ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
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III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar
sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente
identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e
vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua
formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo
o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo
desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja
Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas
anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra
forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria
para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de
manejo
A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de
conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da
unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos
nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de
conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais
Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
46
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
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LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
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As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que
retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de
Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo
Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da
biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do
estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas
sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos
paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro
Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas
Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo
em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer
sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila
Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado
estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do
desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo
estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que
desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio
Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela
comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do
homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do
desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano
de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo
ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC
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Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
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Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
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contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
41
Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos
culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS
Subzona de Administraccedilatildeo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Subzona Cultural
Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda
unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas
Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de
conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidaderdquo
Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou
seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam
de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter
zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria
com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da
unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas
O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento
Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco
42
Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
43
contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
42
Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco
ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS
Zona de Amortecimento
Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Zona de Atenccedilatildeo Especial
Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade
Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas
Zona de Ambiente Natural
Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Zona de Uso Antroacutepico
Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo
Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local
Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em
43
contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
44
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
45
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
46
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
47
invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
48
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
49
Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
50
C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
43
contato com o meio ambiente
Subzona de Administraccedilatildeo
Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins
Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes
Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Subzona de Visitaccedilatildeo
Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte
Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza
Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas
Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso
Subzona Cultural
Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo
Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente
Setor de Restauraccedilatildeo
Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria
Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC
Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
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Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
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Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
44
Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo
B Zoneamento da FURB Passarinho
O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo
dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees
foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade
com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no
SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das
recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo
Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE
Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade
Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC
Cercamento dos limites da UC
Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor
45
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
46
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
47
invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
48
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
49
Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
50
C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
51
A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
52
Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
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ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
45
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais
Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem
Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo
Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica
Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido
Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Instalaccedilatildeo de infraestrutura
Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC
Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo
Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor
Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN
46
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
47
invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
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LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
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ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
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ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
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Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
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Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA
Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema
Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo
Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos
Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local
Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais
Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras
Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos
Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC
Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo
Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas
Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural
Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna
Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor
As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas
O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor
A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
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Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
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A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
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LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
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invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor
Pesquisas cientiacuteficas
Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas
Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado
Compostagem
Estacionamento
Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas
Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa
Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal
Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo
Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental
Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio
Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados
Realizar o monitoramento ambiental
Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas
Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo
Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo
Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental
Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio
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Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
49
Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
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C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
51
A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
52
Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
48
Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade
Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor
Publico Estadual
Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor
Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF
Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo
Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC
Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees
Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes
Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies exoacuteticas
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia
Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor
Plantio de espeacutecies nativas
Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso
O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo
A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual
Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB
A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens
de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo
49
Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
50
C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
51
A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
52
Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
49
Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento
da FURB Mata de Passarinho
50
C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
51
A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
52
Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
50
C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho
O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso
A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC
Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC
Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC
Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs
Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor
Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela
Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural
Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo
As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas
Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado
A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor
Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC
Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor
51
A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
52
Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
51
A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados
A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P
Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB
O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes
Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor
As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso
As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator
IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO
Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades
identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos
objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores
para as atividades de gestatildeo
Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)
Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas
Controle de espeacutecies exoacuteticas
Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas
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Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
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meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
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Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
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Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
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V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
52
Educaccedilatildeo ambiental
Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas
Recursos econocircmicos para a gestatildeo
No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos
Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar
accedilotildees integradas e relacionadas
Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo
de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo
A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a
sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com
o seguinte criteacuterio
Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor
da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local
Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e
privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela
natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo
Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua
custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo
maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos
quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)
Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo
agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi
efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado
o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
53
meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos
trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento
poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e
realizadas
Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que
conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a
tipologia (autocircnomas ou integradas)
A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo
Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da
unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da
infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado
por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo
pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na
unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute
constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes
Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento
Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo
apresentadas a seguir
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
54
Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL
Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I
Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo
SEMASCPRHPMO A
Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano
CPRHPMO A
II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA
Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I
Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I
III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I
Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA
A
IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO
Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A
Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
55
B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de
conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar
impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os
Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de
Incecircndios conforme quadro abaixo
Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL
Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)
CPRH PMO A
Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A
Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I
Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I
Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I
II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS
Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA
I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
56
C Recuperaccedilatildeo Ambiental
Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)
visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais
visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja
introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da
aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir
Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS
Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes
CPRH I
Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A
Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico
CPRHPMO I
II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS
Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I
Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
57
D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas
Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que
estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da
qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I ESTUDOS E PESQUISAS
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade
CPRHPMO I
Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I
Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares
CPRHPMO I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
58
E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade
Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores
sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o
fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social
das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para
o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de
Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e
1ordf CIPOMA
I
Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A
Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A
Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC
CPRHPMO e Ass
Educacional de
Passarinho
I
Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento
Religioso I
II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE
Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A
Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
59
Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata
CPRHPMO A
Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC
CPRHPMO A
Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais
CPRHPMO I
Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)
CPRHPMO A
Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho
Conselho Gestor I
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo
Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das
oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um
uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir
Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo
PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO
I II III IV
I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO
Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A
Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB
CPRH Conselho Gestor I
Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro
CPRH Conselho Gestor A
A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
60
V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor
Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012
AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE
Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013
CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel
emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de
Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica
OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-
dadosgt Acesso em 10062013
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
61
ANEXO I
REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO
Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas
tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
62
LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
63
ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
64
ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
65
ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
66
SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
67
SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
68
ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE
FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO
Adriano E L Alves - CPRH
Alexandre R Botelho - SEMAS
Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS
Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo
Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey
Bruno Monteiro Pedrosa - PMO
Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO
Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho
Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente
Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH
Cristina Lundgren - CPRH
Deacutebora Arruda - PMO
Deacutebora Crispin Soares - CPRH
Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano
Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima
Duraacutezio Siqueira - SEMAS
Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1
Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)
Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA
Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo
Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho
Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum
Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS
Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo
Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle
Urbano
Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO
Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos
Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente
Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho
Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)
Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS
Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea
Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO
Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede
Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH
Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede
Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1
Marilourdes Guedes - SEMAS
Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH
Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua
Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira
CPRH
Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH
Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS
Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda
1
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo
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Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de Meio Ambiente
e Sustentabilidade
Realizaccedilatildeo