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PLANO DE MANEJO DE ESP PLANO DE MANEJO DE ESP É É CIES CIES INVASORAS EM INVASORAS EM Á Á GUAS DE LASTRO GUAS DE LASTRO NO PORTO DE PARANAGU NO PORTO DE PARANAGU Á Á , PARAN , PARAN Á Á ( ( PROJETO ALARME PROJETO ALARME ) ) Prof. Luciano F. Fernandes (Depto de Botânica Prof. Luciano F. Fernandes (Depto de Botânica - - UFPR) UFPR) Prof. Rubens M. Lopes (IO Prof. Rubens M. Lopes (IO - - USP) USP) Prof. Luis Antonio Proen Prof. Luis Antonio Proen ç ç a (UNIVALI) a (UNIVALI) Prof. Prof. Vasily Radachevski Vasily Radachevski (CEM (CEM - - UFPR) UFPR) Bi Bi ó ó l l . . Altervir Altervir Caron e Luis Caron e Luis Mafra Mafra Jr. (UNIVALI) Jr. (UNIVALI) Acad Acad . Patr . Patr í í cia Lagos e cia Lagos e Leticia Procopiak Leticia Procopiak Dra Dra . . Eliane Eliane B. B. Boldrini Boldrini (TTPF (TTPF - - Antonina Antonina ) ) .

PLANO DE MANEJO DE ESPÉCIES INVASORAS EM ÁGUAS DE … · tornaram-se mais numerosos, velozes e com maior volume de casco e carga, ... •Bolsa de R$ 500,00 •Logística e infra-estrutura

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PLANO DE MANEJO DE ESPPLANO DE MANEJO DE ESPÉÉCIES CIES INVASORAS EM INVASORAS EM ÁÁGUAS DE LASTROGUAS DE LASTRO

NO PORTO DE PARANAGUNO PORTO DE PARANAGUÁÁ, PARAN, PARANÁÁ((PROJETO ALARMEPROJETO ALARME))

Prof. Luciano F. Fernandes (Depto de Botânica Prof. Luciano F. Fernandes (Depto de Botânica -- UFPR)UFPR)Prof. Rubens M. Lopes (IOProf. Rubens M. Lopes (IO--USP)USP)Prof. Luis Antonio ProenProf. Luis Antonio Proençça (UNIVALI)a (UNIVALI)Prof.Prof. Vasily RadachevskiVasily Radachevski (CEM(CEM--UFPR)UFPR)BiBióóll. . Altervir Altervir Caron e Luis Caron e Luis MafraMafra Jr. (UNIVALI) Jr. (UNIVALI) AcadAcad. Patr. Patríícia Lagos ecia Lagos e Leticia ProcopiakLeticia ProcopiakDraDra. . Eliane Eliane B. B. Boldrini Boldrini (TTPF(TTPF--AntoninaAntonina))

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O PROBLEMAO transporte de microrganismos, plantas e animais através de ÁGUA DE LASTRO DE NAVIOS representa um vetor significativo de invasão de espécies exóticas e nocivas.Este fenômeno tem atingido proporções alarmantes à medida que os navios tornaram-se mais numerosos, velozes e com maior volume de casco e carga, necessitando de maior lastramento. As espécies invasoras podem causar modificações profundas em diferentes compartimentos do ecossistema, alterando as relações tróficas da cadeia alimentar, competindo com espéciesnativas, ou introduzindo substâncias tóxicas ou novas doenças, que afetam os organismos residentes e as popu-lações humanas (PESCA, CULTIVO,SAÚDE).Prejuízos econômicos significativosCriação do Programa GLOBALLAST/IMO

British Museum

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• Floração de H. akashiwo e dinoflagelados em 2001, causando mortandade de peixes e paralisação da pesca e da extração de mariscos por 25 dias. Prejuízos de US$ 192.000,00 (auxílios àpescadores, salário mínimo, e internações em hospitais)

• Presença de toxina DSP em moluscos comerciais em Dezembro de 2002 e Fevereiro de 2003, com ocorrência simultânea de Dinophysis acuminata e Prorocentrum minimum

• Tanques de lastro dos navios no Porto de Paranaguá contendo vários organismos do fitoplâncton e zooplâncton (alguns nocivos) e cólera em amostras coletadas pela ANVISA.

• Presença de cistos de dinoflagelados nocivos nos sedimentos• Ocorrência de invertebrados exóticos (ascídeas, poliquetas,

crustàceos)

Elas estão chegando... O problema na BaElas estão chegando... O problema na Baíía de Paranagua de Paranaguáá

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FloraFloraçções de algas nocivas na baões de algas nocivas na baíía de Paranagua de Paranaguáá, PR, PR

PseudoPseudo--nitzschianitzschia sppspp..

ThalassiosiraThalassiosira malamala

TrichodesmiumTrichodesmium erythraeumerythraeum

HeterosigmaHeterosigma akashiwoakashiwo

Gymnodinium catenatum

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Alternativas para o manejo de água de lastro:Ainda não há solução efetiva comprovada para o problema. Porém, o risco pode ser minimizado atravésda gestão da água de lastro.

Gestão água de lastro (+ preventivas)a) não lastrar em áreas de risco (flo-rações, patógenos); lastrar durante odia, evitando migração vertical de organismos á noite; águas rasas ou c/ alta concentração de sedimentos; áreas passíveis de ressuspensão de fundo (a partir do hélice do navio, marés, etc.)b) não liberação da água de lastro, quando não for essencial ao navio;c) troca da água no oceano/BWE (métodos: seqüencial, transborda-mento e diluição) associada à gestão de água de lastro no porto;(IMO,1997)

d) tratamento da água de lastro (métodos mecânico, físico ou químico) para remoção de organismos: radiação, biocidas, filtração;e) isolamento da água de lastro (tratamento em terra)f) Sensores eletrônicos automáticos p/ bomba de lastro e volume de tanques (?)

URS

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CondiCondiçção do mar adversa!ão do mar adversa!O navio sO navio sóó tem 05tem 05--08 dias para realizar a troca08 dias para realizar a troca

Temperatura e Salinidade (consideradas biocidas) podem ser simiTemperatura e Salinidade (consideradas biocidas) podem ser similares lares FreqFreqüüentemente a troca não atinge 95%entemente a troca não atinge 95%

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O Projeto ALARMEOBJETIVOSElaborar um Plano de Gestão de Água de Lastro para o Porto de

Paranaguá, PR, e os Terminais Portuários da Ponta do Félix com base em:

Diagnóstico do Plâncton nas águas da baía de Paranaguá e dos tanques de lastro dos navios transitando no porto (Taxonomia, Biogeografia do fito-, zooplâncton e poliquetos, revisão de literatura p/ exóticas)

Análise de Risco que cada navio representa para o ecossistema ao redor dos portos (presença de espécies invasoras e nocivas, similaridade ambiental entre os portos, origem e destino dos navios, volume e freqüência de deslastre dos navios, ETC...)

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Equipe de TrabalhoDr. Luciano F. Fernandes (UFPR) – Fitoplâncton, coordenador

Dr. Rubens Mendes Lopes (USP) – ZooplânctonDr. Luis Antônio Proença (UNIVALI) – Cultivos e Toxinas de Algas

Dr. Vasily Radachewsky (USP) – Poliquetos 6 becários de Iniciação Científ. e 2 de MestradoPessoal técnico dos TPPF, IBAMA e EMATER

• Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA/MMA (US$ 130.000,00)• Universidade Federal do Paraná - UFPR• Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI• Universidade de São Paulo/IO - USP

• Parcerias e Apoios (ESSENCIAL AO PROJETO !!!)• Porto de Paranaguá e Terminais Portuários da Ponta do Félix• Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA• Marinha do Brasil – Diretoria de Portos e Costas• IBAMA e EMATER de Paranaguá IEAPM/MB em Arraial do Cabo/RJ• Programa GLOBALLAST e MMA/SQA (suporte técnico, capacitação e documentos)

Financiamento e Parcerias

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Metodologia de Trabalho1. Taxonomia e Ecologia do Plânctona. Baía de Paranaguá e ao redor dos portosColetas mensais (2002/2003) em 06 estações e em 03 profundidadesanálises qualitativa (incluindo poliquetos ) e quantitativa do plâncton e cistos em

sedimento; cultivos de espécies e determinação de toxinasParâmetros ambientais: temperatura, salinidade, nutrientes, marés e correntes,

meteorologia, etc.b. Água de Lastro20 navios (1-2 tanques de lastro): fito-, zoo- e cistos (se possível)Processo de Seleção de navios:Áreas de risco, similaridade ambiental entre os portos, distintos países/latitudesPS: na prática, resultou difícil selecionar os navios (movimentação de carga, autorização)

2. Dados de biogeografia e nocividade das espécies (incluindo bentos e necton)3. Revisão de literatura do plâncton na Baía de Paranaguá e arredores4. Dados de movimentação e de água de lastro dos navios em 02 anos (origem,

volume de lastro, freqüência de deslastro, etc.), com base em planilhas dos portos e formulários de água de lastro dos navios

5. Programa de divulgação e educação ambiental sobre o temaPS: “biota do porto”: outros organismos não foram incluídos devido á limitação de recursos ou não aprovação de

projetos

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Área de EstudoÁrea: 612 Km2 Prof. Média 4,0mMarés: 2,4m semidiurnas Tempo de Renovação = 4,0 diasCorrentes de maré e de deriva muito fortesTemp.: 19-29oC Sal.: (0)8-34 (27)Vegetação: manguezais, restinga, mata secundária, remanescentes de Floresta AtlânticaCidades: Paranaguá (300.000hab.) Antonina (100.000hab.)

.

Porto de Paranaguá

TP Ponta do Félix

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***

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Contrapartidas das instituiContrapartidas das instituiçções envolvidasões envolvidasTerminais Portuários da Ponta do Félix (Plano piloto de Gestão):•Recursos para transporte (combustível e pedágio) e alimentação de 02 pesqui-sadores durante as visitas técnicas ao terminal•Bolsa de R$ 500,00•Logística e infra-estrutura necessária para viabilizar as coletas em 30 navios•Informações detalhadas sobre a movimentação,•características e documentos relacionados à•gestão de água de lastro realizada pelos naviosUFPR – IO/USP – UNIVALI (FNMA)•Material Permanente e Consumo necessárioao Convênio (US$ 130.000,00, Proj. ALARME)

•Coletas e apoio técnico atualizado•Preparação dos documentos mencionados

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Cais Portuário

Petrobrás/Catalini

FOSPAR Canal do Anhaia

Rio Itiberê

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Material para coleta

Tanque de lastro mostrando rede de plâncton Coleta de sedimentos em tanque(Foto: (Foto: StephanStephan GollashGollash))

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Amostradoresde sedimentos

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ResultadosResultados

•• EspEspéécies registradas na cies registradas na BaBaììaa de Paranagude Paranaguáá300 esp diatomáceas, 180 dinos, 70 outros grupos, 40 tintininos, 190 zooplâncton, 36 poliquetosPresença de espécies exóticas ou criptogênicas incluindo nocivas:diatomáceas Chaetoceros spp, Coscinodiscus granii, C. wailesii, Odontella sinensis, Pseudo-nitzschia

multiseries, P. caliantha, P. caciantha e P. pungens, e Thalassiosira punctigera,dinoflagelados Prorocentrum minimum, Dinophysis acuminata, D. rotundata, D. tripos, Gymnodinium

catenatum, Noctiluca scintilans, Alexandrium tamarense, Ceratium furca e Ceratium fususCistos de G. catenatum, Scrippsiella spp., Protoceratium reticulatum, Gonyaulax spp, e Protoperidinium

spp (C.O. Vigo/IEO)flagelados Chatonella globosa, Chatonella marina, Heterosigma akashiwo, Phaeocystis globosa,

Phaeocystis pouchetii cianobactérias Trichodesmium erythraeum e Trichodesmium thiebaudii. Poliquetos Polydora cornuta Bosc e Polydora nuchalis WoodwickAscídias*(2 espécies exóticas) e Medusas (Phyllorhiza punctata)Crustáceos: Charybdis helleri, Lithopennaeus wanameiCultivos estabelecidos p/ estudos de ecologia e determinação detoxinas (Pseudo-nitzschia spp., G. catenatum, Heterosigma akashiwo eC. wailesii)Zooplâncton com 04 espécies exóticas*: cedido por R.M. Rocha Zoologia/UFPR

Cistos de Gymnodinium catenatum

Scrippsiella sp.

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Polydora cornuta(poliqueta)

Phyllorhiza punctata (medusa)

Symplegma rubra (ascídia) Diplosoma listerianum (ascídia)Distaplia bermudensis (ascídia)

Pseudo-nitzschia calianthaMicr.Eletr.Transmissão

Pse

udo-

nitz

schi

asp

p.

Coscinodicus wailesiiC. marinaD. acuminata

Charybdis helleri

Foto: Dra. Rosana Rocha-UFPR

Foto: Dra. Rosana Rocha-UFPR

Foto: Dra. Rosana Rocha-UFPR

Foto

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Análises dos tanques de lastro dos navios18 navios== 16 com plânctonExemplo: navio da África do Sul• 60 espécies de diatomáceas (P. pungens, Chaetoceros spp. e outras nocivas)• 25 dinoflagelados (D. acuminata, D. rotundata, Dinophysis spp., Karenia spp.)• 30 espécies do zooplâncton

¿Os navios realizaram a Troca de Água de Lastro no Oceano ?42% dos navios aparentemente não realizaram a troca, pois havia várias espécies do plâncton de

águas tipicamente costeiras, e nenhuma de águas oceânicas

Movimentação dos navios no Terminal:60% vêm de áreas de risco (similaridade ambiental, espécies nocivas e invasoras)20% áreas de baixo risco (zonas temperadas frias)20% indeterminadoOs navios representam risco ambiental para o ecossistema da Baía de Paranaguá

e;As espécies residentes na Baìa de Paranaguá representam risco para os portos

internacionais que comerciam com os terminais.

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Movimento de água de lastro em Paranaguá, 2003

Conforme os formulários de lastro:

•Poucos navios deslastraram, e pequeno volume de lastro a ser despejado,

•Grande quantidade de lastro a bordo, mas sem troca ou despejo no Porto

CONCLUSÃO:Formulários BW são ferramenta limitadapara a gestão

Deslastro no Porto Frequência Percentualsim 374 18,19não 1682 81,81

TOTAL 2056 100,00

Descarga lastro Quantidade PercentualAntonina 4767 0,59

Paranaguá 805085 99,41TOTAL 809852 100,00

Substituição Quantidade PercentualSim 613041 75,70Não 196811 24,30

TOTAL 809852 100,00

Capacidade total dos tanques Lastro a bordo12128 5481 média

20943495 9391090 soma

Água de lastro nos tanques Quantidade PercentualLastro com potencial de despejo 9391090 100Lastro declarado como despejado 809852 8,62Lastro despejado sem substituição 196811 2,10

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Número de visitas de navios em 2003, no Porto de Paranaguá, PR

África - Golfo da Guiné 70 3,46África - Sul 24 1,19América Andina 2 0,10América Central/Caribe 6 0,30Argentina/Uruguai 281 13,88Ártico 2 0,10Atlântico Nordeste 56 2,77Brasil - N/NE 107 5,28Brasil - S/SE 1007 49,73Chile 23 1,14EUA/Canadá 45 2,22Golfo Pérsico 28 1,38Mar Báltico 69 3,41Mar do Norte 52 2,57Mar Negro 18 0,89Mediterrâneo 140 6,91Oceania 0 0,00Reino Unido/Mancha 16 0,79Sudeste Asiático 6 0,30ilegível/indeterminado 73 3,60TOTAL 2025 100,00

•Número elevado de navios (>2000)•>50% Navios brasileiros (invasão 2ária)•Vários navios argentinos (portos com água doce, e L. fortunei)• Navios do Mediterrâneo e África (similaridade ambiental elevada)•Tanqueiros e graneleiros compôem a maioria (maior quantidade de lastro)

Região/País No. navios %

Tipos de navios Frequência PercentualCarga geral 189 9,29Container 653 32,09Frigorífico 111 5,45

Gás 16 0,79Graneleiro 698 34,30

Ro-ro 91 4,47Tanque 277 13,61TOTAL 2035 100,00

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Problemas EnfrentadosProblemas EnfrentadosBiota do Porto:•não há monitoramento de parâmetros físicos e químicos básicos na baíaausência de estudos em identificação de espéciesnativas e exóticas, e registros históricosColetas nos tanques de lastro:•sem metodologia padronizada, de aceitação internacional•dificuldade de coleta adequada devido a problemas de idioma, acesso aos tanques Dados de movimentação dos navios, água de lastro e da carga:•planilhas não adaptadas às necessidades dos planos de gestão. Por exemplo, não hádados básicos dos navios, como número IMO, quantidade de água de lastro, próximo destino, último destino, país onde se localiza o porto, etc.•preenchimento incompleto ou errôneo de muitos dados nas planilhas do porto e nos formulários de água de lastro Aspectos legais:•dificuldades em acessar o navio, devido ao número de autorizações necessárias, ádificuldade em obtê-las, e demora no fornecimento de planilhas do movimento de carga/descarga de navios.

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ObservaObservaççõesões e e RecomendaRecomendaçções Iniciaisões Iniciais1.Há urgência na implementação de plano de gestão de lastro no porto de Paranaguá2.Os navios devem ser selecionados para inspeção de acordo com sua origem, possibilidade de

descarga de lastro no porto e presença de espécies potencialmente nocivas, além das possibilidades logísticas do Porto/Marinha, e do tempo de permanência do navio atracado

3.As planilhas de movimentação de navios e carga da Autoridade portuária devem ser adaptadas para facilitar o processo de seleção de navios, e para incluir dados importantes para futuros planos de gestão

4.Os formulários de água de lastro devem ser recolhidos e conferidos sempre, para facilitar análises técnicas e científicas futuras.

5.É necessário maior envolvimento dos portos públicos e terminais privados em relação ao assunto. Ainda há pouca consciência, especialmente quanto aos tomadores de decisão.

6.Apesar da Normam 20 (Cap. 4 Fiscalização) representar importante passo para enfrentar o problema das invasões biológicas, outras medidas devem ser analisadas pela AM.

7.Navios provenientes de áreas de risco (China, Argentina e outros portos de água doce deveriam ser obrigados a deslastrar no mar antes de entrar em portos brasileiros com água doce como o Porto de Antonina, Rio Grande, Itajaí, etc.)

8.Conferência imediata do preenchimento correto dos formulários de água de lastro pelos navios, e imediata comunicação de falhas aos comandantes, e à autoridade portuária (Normam 20)

9.A salinidade não é um indicador eficaz per si, mas deve ser analisada com outros indicadores como microrganismos (costeiros X oceânicos ou marinhos X água doce, e BWRFs)

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Atividades em AndamentoAtividades em Andamento• Análise de Risco (Globallast): análises dos BWRF, movimentação de

navios 2002/2003 (origem e destino), dados das espécies (biogeografia, nocividade)

• Reuniões com Instituições envolvidas p/ discussão sobre fatores que afetam o Plano de Gestão: Porto de Pguá, TPPF, DPC/MB, IBAMA

• Educação Ambiental (ADEMADAN): folders, painéis permanentes, produção de documentário (TV-UFPR, RPC/Globo), palestras em escolas, na comunidade portuária e público em geral

• Divulgação do Proj. ALARME: imprensa, folder, página de Internet (Instituto Hórus)

IInnííciocio da elaborada elaboraçção do Plano de Manejoão do Plano de Manejo

Gymnodinium catenatum

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Gestão “Piloto” da água de lastro nos Terminais da Ponta do Félix

PROCEDIMENTOS:

1. Apresentação do tema Água de Lastro e bioinvasão à Diretoria e funcionários dos TPPF

2. Estruturação da logística para comunicaçào com navios, coleta dos dados e de amostras nos tanques de lastro

3. Obtenção dos formulários e da planta do navio4. Coleta de água de lastro em 10 navios mais freqüentes (Rússia,

Arábia Saudita, países do Mediterrâneo, Argentina)5. Entrevista com comandantes, tripulação (água de lastro, bioinvasões,

convenção IMO)

Elaborado para adquirir experiência com a rotina de operaçãono Terminal e nos navios

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• Posição das elipses/tubosde sondagem dos tanques

• Formato dos tanques• Volume dos tanques• Condições de acesso

(com carga, diâmetro)

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Perfil dos TPPF. Acionistas: fundos de pensão (Previ

[43%],COPEL [20,4], Funbep/Itaú[15,7], e outros.Início Operação: Dez/199903 berços de atracaçãoProf. Canal: 10 metros

(Fotos cedidas por TPPF)

Vista aérea do TPPF (Foto: CEM/UFPR, TPPF)

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Investimento de US$ 80 milhões.Geração de 1000 empregos diretos.Produtos... Carnes congeladas (frangos, bovinos e suínos), siderúrgicos, agro-florestais e granéis sólidos.Movimentação em 2003 > 721.000 tm.Exportação de carnes 7,5% do Brasil e 30% do Paraná. Geração de Divisas em 2003 > US$ 260 milhões.

(Fotos cedidas por TPPF)

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APRENDIZADO• Programa de educação dos tripulantes dos navios• Programa de educação da comunidade portuária, incluindo

os tomadores de decisão (entrevistas e folhetos sobre o assunto)

• Programa de educação da população em Antonina.

• Estabelecer o Plano Piloto como uma rotina do Terminal, a partir de decisão da Diretoria (maior aceitação pelos funcionários)

• Seleção de navios “alvos”, para conciliar a capacidade de execução do plano (origem, L. fortunei: as águas do Terminal apresentam períodos com água salobra a doce, especialmente no inverno

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Mãos à obra…a. dificuldade de acesso aos navios devido às inúmeras autorizações necessárias para a coleta;b. impossibilidade de prever a hora exata de atracação de um navio, ainda que a data de sua

chegada pudesse ser prevista. c. dificuldade de comunicação com a tripulação quando funcionários do porto estavam

encarregados de coletar nos navios. Em geral, os funcionários não dominam o Inglês, essencial para viabilizar a conversação e procedimentos para a coleta.

d. tanques de lastro de diferentes formas e volumes, dificultando o acesso à água ou a todas profundidades pelas redes de plâncton ou bombas de sucção de água.

e. espaço para o trabalho de amostragem restrito, atrasando os procedimentos;f. alguns tanques de lastro mais indicados para as amostragens estavam inacessíveis, seja por

presença de carga sobre a abertura do tanque, ou pela movimentação de carga no momento da coleta, o que impediu nosso acesso ao tanque;

g. alguns tanques não puderam ser abertos para coleta, pois os parafusos estavam enferrujados e soldados às tampas de vedação dos tanques;

h. as instalações elétricas de alguns navios eram inadequadas ou incompatíveis com as características elétricas da bomba de sucção, impedindo a coleta de água;

i. necessidade de treinamento dos funcionários do porto para habilitação àcoleta de água de lastro, desde sua preprarçào, comunicação com o navio e tripulação até a coleta nos tanques, gerando atrasos no programa amostral.

j. em alguns navios, os tanques disponíveis para coleta estavam em locais de difícil acesso e que não permitiam coletas, pois não havia local para despejar a água filtrada ;

Page 30: PLANO DE MANEJO DE ESPÉCIES INVASORAS EM ÁGUAS DE … · tornaram-se mais numerosos, velozes e com maior volume de casco e carga, ... •Bolsa de R$ 500,00 •Logística e infra-estrutura

Mãos a obra…(cont.)k. Em alguns navios os comandantes afirmaram que os tanques não apresentavam lastro,

ou quando o tanque era aberto, havia pouca água para coletar. Uma das justificativas, no caso do TPPF era que o berço não possuía calado suficiente e, por isso, a água era deslastrada antes da atracação do navio;

l. pouca consciência do pessoal do porto e da tripulação qunato à importância do tema invasÃo biológica e à relevância de se coletar nos tanques de lastro;

m. não autorização por parte do comandante de alguns navios para realização de coletas pela equipe do projeto ALARME;

n. falta de tempo disponível para amostragem devido à faina de carga do navio extremamente longa;

o. dificuldade de acesso ao navio, devido ao peso do equipamento de coleta e à presença de escadas estreitas e íngremes, em alguns casos;

p. cancelamento da coleta logo antes de adentrar ao navio, por parte do comandante ou do porto, que reorientava seus horários de carga, etc..., gerando custos adicionais e, principalmente, perda de oportunidade de coletar em navios de países com ambientes similares ao do Porto, ou oriundos de águas com muitos invasores;

q. dificuldade de selecionar com alguma antecedência os navios a serem coletados, especialmente qunado se desejava coletar em navios de distontos países e biorregiões marinhas. Assim, sempre era necessário planejar um número maior de navios para amostragem, bem como preparar toda a logística de coleta para esta eventualidade.