31

PLANO DE TRABALHO DOCENTE: RELEVÂNCIA E LEGITIMIDADE? · concordâncias ou não. É preciso examiná-la com cuidado e atenção, analisar os dados disponíveis e fomentar uma discussão

Embed Size (px)

Citation preview

PLANO DE TRABALHO DOCENTE: RELEVÂNCIA E LEGITIMIDADE?

Professora Giselle Reinert1

Orientadora Professora Ms. Cíntia Müller Angulski2

Resumo

Esta pesquisa foi realizada no ano letivo de 2011 e fez parte do plano de trabalho do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) do Estado do Paraná. O processo de conhecimento da realidade como objeto de estudo deste trabalho, sua produção e desenvolvimento se deu por meio da pesquisação. Teve como objetivo a investigação da utilização das Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Educação Física (DCE's) do Estado do Paraná na elaboração do Plano de Trabalho Docente (PTD) pelos docentes de Educação Física das escolas da rede pública de ensino, seu reconhecimento e aplicabilidade como documento norteador, averiguação da viabilidade de aplicação do quadro de conteúdos básicos por série e a abordagem teórico metodológica proposta pelas DCE's, elaboração junto aos docentes da Escola Estadual Isolda Schmid de um plano de trabalho docente que contemple as DCE's inseridas nas reais possibilidades do Estabelecimento e avaliação dos resultados obtidos pela realização do plano de trabalho docente entre docentes e discentes da Escola Estadual Isolda Schmid. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram um questionário dirigido aos profissionais da área de Educação Física da rede e formulários descritivos das professoras e dos alunos participantes acerca das considerações relevantes e significativas para o processo.

Palavras-chave: Plano de Trabalho Docente; Diretrizes Curriculares Estaduais; Educação Física; Conteúdos; Metodologia.

Introdução

A temática do Plano de Trabalho Docente (PTD) na Educação Física no

ensino fundamental foi o objeto de estudo desta pesquisa desenvolvido no PDE

2010, pois juntamente com demais documentos e/ou orientações oficiais

caminharam em busca de propiciar legitimidade à Educação Física escolar e com

“qualidade”. A concreta efetivação dos encaminhamentos sistematizados conforme

as atuais Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Educação Física (DCE's) do

Estado do Paraná e sua qualidade esperada defronta-se com a dificuldade e a

1 Professora de Educação Física da rede pública do Estado do Paraná. Especialização em Pedagogia Escolar. 2 Professora da Rede Estadual de Ensino. Mestre em Educação Física pela UFSC.

1

realidade encontrada no cotidiano escolar. Na prática pedagógica diária, o

compromisso e comprometimento com o saber científico da área de conhecimento

em que atuamos e o proposto no PTD fica à mercê das burocracias e dos fatos

condicionados à solicitude dos alunos e da instituição. Sem contar que todo o

processo pode barrar na simples e fundamental “motivação dos alunos” para o

aprendizado dos conteúdos e a vivência das atividades.

Nesta perspectiva acreditava-se que muitos profissionais não tinham

conhecimento da proposta das DCE's e não a utilizavam como suporte para compor

seu PTD. Uma leitura aprofundada nos remete a vários questionamentos, reflexões,

concordâncias ou não. É preciso examiná-la com cuidado e atenção, analisar os

dados disponíveis e fomentar uma discussão com os pares para que o PTD

ultrapasse o caráter instrumental meramente burocrático e confira materialidade às

ações pedagógicas estabelecidas pelo coletivo.

Como então, fundamentar o trabalho pedagógico de forma relevante de

acordo com as atuais DCE's levando-se em consideração a realidade da Escola

Estadual Isolda Schmid e executá-lo a contento? Para contemplar as necessidades

e a viabilidade de execução do PTD, as orientações emanadas das diretrizes foram

debatidas e confrontadas com as intervenções metodológicas do professor, sua

concepção de educação, suas limitações e experiências e demais fatores de

interferência na concreticidade e na materialidade de sua práxis. Além das

dificuldades inerentes aos educandos da sociedade moderna, da estrutura

organizacional (tempo, local, material, metodologia, conteúdos, etc) e de

funcionamento da escola pública e da área de conhecimento.

Este estudo foi relevante na medida em que permitiu traçar um diagnóstico

da realidade da Educação Física Escolar na rede pública do Estado tendo como foco

o conhecimento do conteúdo das DCE's e sua utilização como base da construção

do PTD pelos docentes, buscou identificar se os professores da rede trabalham

todos os conteúdos estruturantes e básicos por série durante o ano letivo e

contemplam a abordagem teórico metodológica na “totalidade” para “todos” os

conteúdos básicos como está proposto nas DCE's. Permitiu ainda estabelecer um

diálogo com os professores verificando o reconhecimento e aplicabilidade das

DCE's, auxiliando-os na elaboração do seu PTD, sensibilizando-os para a aplicação

das DCE's conforme sua realidade e desta forma oportunizar maior e melhor

conhecimento aos alunos. Em contrapartida os alunos também tiveram a

oportunidade de expor sua opinião quanto à condução e sua participação nas aulas

2

de Educação Física, sugerindo e avaliando.

Nesta perspectiva este estudo discorre sobre os desdobramentos do trabalho

executado e visa propiciar, quem sabe, alguns caminhos que possam ser

percorridos pelos docentes de Educação Física, maior clareza e mobilidade na

elaboração e efetivação de seu PTD, adequada à legislação e realidade local. Ainda

possa auxiliar os docentes, lapidando sua prática pedagógica, oferecendo aos

alunos maior relevância no processo de ensino e aprendizagem.

Desenvolvimento

As DCE's versão 2008 propõe a valorização da educação em prol da

formação humana, articulando a construção crítica da Cultura Corporal com as

variadas dimensões da vida humana interagindo num contexto muito mais amplo

que apenas o comportamento motor. Pressupõem a formação da atitude crítica

diante da Cultura Corporal em todas as suas manifestações o que sugere uma

superação e uma transformação das formas de atuação da Educação Física no

âmbito escolar público do Paraná. Dentro da concepção das DCE's “permite ao

educando ampliar sua visão de mundo por meio da Cultura Corporal, de modo que

supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na desportivização das práticas

corporais” (p. 72), ressalta a importância de todas as manifestações corporais

proporcionando uma equivalência entre elas, não supervalorizando ou depreciando

qualquer uma que seja, o que nos leva a refletir também sobre a distribuição

quantitativa dos conteúdos. Não privilegiando este ou aquele, mas equiparando-os e

dispondo-os com equidade.

Os encaminhamentos metodológicos prescritos nas DCE's 2008 indicam que

a Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem

sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade

corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais e que essa

metodologia

tenha como eixo central a construção do conhecimento pela práxis, isto é,

proporcionar, ao mesmo tempo, a expressão corporal, o aprendizado das

técnicas próprias dos conteúdos propostos e a reflexão sobre o movimento

corporal, tudo isso segundo o princípio da complexidade crescente, ... (p.

72-73).

3

A avaliação é entendida como um processo contínuo, permanente e

cumulativo, como preconiza a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDB)3, vinculada ao Projeto Político Pedagógico (PPP), relacionada aos

encaminhamentos metodológicos e considerando o comprometimento e

envolvimento dos alunos,

se os alunos entregam as atividades propostas pelo professor; se houve

assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e

regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações

problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o

posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências; se o

aluno se mostra envolvido nas atividades, seja através de participação nas

atividades práticas ou realizando relatórios. (DCE 2008, p. 77).

Nesta perspectiva, a avaliação deve estar colocada a serviço da

aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto de ações

pedagógicas. A avaliação deve estar vinculada ao PPP da Escola e com critérios

estabelecidos de forma clara, sendo contínua e identificando os progressos do aluno

durante o ano letivo.

A partir da avaliação, tanto o professor quanto os alunos poderão revisar o

processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo de ensino e de

aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que

proporcionem a superação das dificuldades constatadas. Será um processo em que

o professor organizará e reorganizará o seu trabalho visando às diversas

manifestações corporais, evidenciadas nos conteúdos aplicados, possibilitando

assim que os alunos reflitam e se posicionem criticamente com intuito de construir

uma suposta relação com o mundo.

Para as teorias críticas nas quais estas diretrizes se fundamentam,

a contextualização propicia a formação de sujeitos históricos – alunos e

professores – que, ao se apropriarem do conhecimento, compreendem que

as estruturas sociais são históricas, contraditórias e abertas... Assim, podem

fazer escolhas e agir em favor de mudanças nas estruturas sociais. (DCE

2008, p.30).

No que concerne a estas teorias, Saviani (2008) nos coloca que o homem

não nasce sabendo, seu saber é construído e que seu pensar, agir e sentir é

determinado por esta construção. O indivíduo concreto e real é a síntese, resultado

de suas inúmeras relações sociais. O trabalho educativo qualifica seu avaliar, seu

querer, seu ser e este parte do conhecimento produzido historicamente pelo homem.

3 Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Lei nº 9394/96

4

A função da escola é instrumentalizar intencionalmente o aluno pelo saber científico

para a transformação da sua realidade social, no qual o saber espontâneo passa a

ser elaborado e sistematizado.

Rumo à concretização de uma Educação e uma Educação Física

contextualizada e que conforme as DCE's, contribua

para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas

estruturas da sociedade contemporânea e propiciem compreender a

produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos

em que elas se constituem. (p. 14)

As ideias de Gasparin (2005) quanto a “Uma didática para a pedagogia

histórico crítica” encontradas em seu livro de mesmo título e que recorre a uma

primeira leitura da realidade trazida pelos alunos, faz a proposição de um desafio

que tenha o objetivo de problematizar a primeira leitura da realidade e então

disponibiliza aos alunos o conteúdo sistematizado.

Fomentamos uma educação de qualidade que nas palavras de Moreira

(2007) “requer a seleção de conhecimentos relevantes, que incentivem mudanças

individuais e sociais, assim como formas de organização e de distribuição dos

conhecimentos escolares que possibilitem sua apreensão e sua crítica” (p. 21).

Já Fensterseifer (2009) propõe a compreensão, interpretação e interação

dos saberes entre docentes e discentes numa construção mútua dos conceitos

científicos peculiar à sua realidade, operando-se sobre ela e fazendo-se envolta de

significados e sentidos. A Educação Física é uma prática pedagógica epistemológica

ligada a processos históricos sociais, porém reconstruída constantemente por

procedimentos que avalizam ou não sua cientificidade. Sua aprendizagem se dá por

via de ações comunicativas, dificuldades se apresentam na prática pedagógica da

Educação Física quando se toma como pressuposto que teoria e prática estão

dissociadas e que somente a prática tem relevância para a disciplina, o que recai

erroneamente no fazer pelo fazer. Neste contexto reflexões críticas não se fazem

presentes e incorrem na incapacidade de pensar sobre, e consequentemente no agir

a cerca das soluções para as dificuldades encontradas. Este enfoque, possibilita

melhor entendimento da constituição da materialidade corpórea (construída pela

relação estabelecida entre o ser-humano e a natureza – trabalho).

As práticas percebidas até agora na Educação Física escolar no Brasil não

se sustentam mais por si só, novos conceitos e concepções estão desembocando

numa nova forma de focar a Educação Física, contextualizada e socialmente

5

inserida na história. O que nos provoca e incentiva a encontrar novas maneiras de

vivenciar a Educação Física escolar. As atuais DCE's propõem uma reconstrução da

prática pedagógica. Estamos comprovando, legitimando, validando sua proposta? É

viável? Qual é o nível de disposição docente para se envolver na solidificação da

Educação Física enquanto ciência?

As DCE's 2008 da disciplina de Educação Física no ensino fundamental

apresentam um quadro de conteúdos básicos por série e uma proposta de

abordagem teórico metodológica e avaliação destes conteúdos básicos, e conforme

descrito os conteúdos básicos “...não podem ser suprimidos nem reduzidos....”

(p.83). Nestes quadros de conteúdos básicos e nas leituras que antecedem estes

quadros, a abordagem teórico metodológica não especifica se toda ela deverá ser

aplicada a todos os conteúdos básicos propostos ou não, deixando a interpretação e

a execução sob a ótica de cada docente. Estes conteúdos previamente sugeridos

devem partir da realidade existente nas instituições escolares, na sua vivência

cotidiana. Para tal, é mister um plano de trabalho que valide e legitime a prática

docente, uma previsão das atividades a serem desenvolvidas, para que a tarefa

docente tenha no mínimo um desempenho adequado.

O PTD representa as ações pedagógicas a serem desenvolvidas pelo

professor no curso do ano letivo, organiza o ensino e aprendizagem em sala de aula,

parte da Proposta Pedagógica Curricular (PPC) que por sua vez corrobora com o

PPP da instituição e deve vislumbrar as orientações das DCE's.

O PTD é um documento que registra o que se pensa fazer, como fazer,

quando fazer, com que fazer e com quem fazer, é um norte para as ações

educacionais e apresenta sistematicamente as decisões tomadas. Nada mais é do

que o planejamento do professor, um instrumento que antecipa, orienta e direciona o

seu trabalho, organizando o tempo e o material de forma adequada e permitindo a

dimensão transformadora do conteúdo. No seu decurso possibilita uma

compreensão da ação, permite uma avaliação do processo de ensino e

aprendizagem e em última instância pressupõe a reflexão sistemática da prática

educativa.

A estrutura do PTD é variável de escola para escola, porém os itens contidos

nas DCE's são imperativos (conteúdos estruturantes, conteúdos básicos, abordagem

teórico metodológica e avaliação). Temos ainda como sugestão a ser seguida pela

disciplina de Educação Física orientada pelo Núcleo Regional de Educação de

Curitiba os seguintes tópicos: conteúdo estruturante, conteúdos básicos, conteúdos

6

específicos, justificativa, encaminhamentos metodológicos, recursos didáticos,

critérios de avaliação, instrumentos de avaliação, recuperação e referências.

Ainda interligando de forma reflexiva e contextualizada os conteúdos

estruturantes aos conteúdos específicos temos os elementos articuladores (Cultura

Corporal e Corpo; Cultura Corporal e Ludicidade; Cultura Corporal e Saúde; Cultura

Corporal e Mundo do Trabalho; Cultura Corporal e Desportivização; Cultura Corporal

– Técnica e Tática; Cultura Corporal e Lazer; Cultura Corporal e Diversidade; Cultura

Corporal e Mídia), que nesta perspectiva

alargam a compreensão das práticas corporais, indicam múltiplas

possibilidades de intervenção pedagógica em situações que surgem no

cotidiano escolar. São, ao mesmo tempo, fins e meios do processo de

ensino/aprendizagem, pois devem transitar pelos Conteúdos Estruturantes e

específicos de modo a articulá-los o tempo todo. (DCE 2008, p. 53).

E ainda, para completar a elaboração do PTD não podemos deixar de citar e

incluir os Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade (História e

Cultura Afro Brasileira, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Ambiental,

Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente,

Gênero e Diversidade Sexual e História do Paraná) , postos à escola como marcos

legais. Estas temáticas deverão estar previstas no PTD com abordagem

contextualizada e articulada aos conteúdos da Educação Física, fazendo-as

compreendidas como parte da realidade concreta e explicitá-las nas múltiplas

determinações que produzem e explicam os fatos sociais.

Para responder aos questionamentos propostos neste estudo foram

produzidos instrumentos de coleta de dados para pesquisa de campo no local de

ocorrência do fenômeno para observação dos fatos reais. Para identificar junto aos

docentes da área o reconhecimento e aplicabilidade das DCE's como documento

norteador e investigar a sua prática pedagógica diária, a fim de se tabular

estatisticamente e obter a real aplicação das DCE's utilizou-se do método

quantitativo/qualitativo como instrumento de coleta de dados através de um

questionário semiestruturado (APÊNDICE 1) com questões abertas e fechadas. O

questionário piloto foi aplicado aos docentes da área, participantes do PDE 2010,

dos 28 questionários distribuídos retornaram 19 e não houve necessidade de

alteração. Também no início do ano letivo de 2011 foram coletados os mesmos

dados junto aos professores do setor 13 e 14 do Núcleo Regional de Educação de

Curitiba, dos 93 questionários distribuídos, 11 retornaram. Ainda via e-mail o mesmo

instrumento foi encaminhado a 476 docentes da área das escolas estaduais do

7

município de Curitiba, sendo que o retorno foi de 14 questionários respondidos.

Podemos observar nestes casos de não participação efetiva dos profissionais da

área, parte dos problemas enfrentados pela disciplina de Educação Física, no que

concerne às trocas de experiências, opiniões e conhecimentos, e que são

desconsiderados pela grande maioria dos envolvidos impedindo que ações se

convertam em avanços, legitimidade e relevância da Educação Física.

De acordo com os dados coletados, que correspondem aos 44 questionários

respondidos (100%), no que tange a questão do recebimento da versão impressa

das DCE's, 55% dos professores não a receberam.

Para a versão online que se encontra disponível no Portal Dia a Dia, verifica-

se que 72% não a possuem.

Na questão em que se pergunta a cerca do conhecimento integral das

DCE's por parte do professor, verificamos que exatamente metade dos professores

não conhecem as DCE's 2008 na íntegra (50%).

Referente ao questionamento se o professor conhece o anexo dos

conteúdos básicos da disciplina de Educação Física da página 83 onde é afirmado

que os conteúdos básicos não podem ser reduzidos nem suprimidos, 68% conhece

o referido anexo dos conteúdos básicos da disciplina de Educação Física.

Quanto ao conhecimento dos quadros de conteúdos básicos por série, 97%

dos professores responderam que sim, o conhecem.

No que tange à utilização das DCE's como base para a construção do PTD,

95% dos professores responderam que a utilizam como suporte para compor seu

PTD.

Quando questionado se os docentes trabalham “todos” os conteúdos

estruturantes (esporte, jogos e brincadeiras, ginástica, lutas e dança) no ano letivo

por série, 75% deles responderam que não contemplam “todos” os conteúdos

estruturantes no ano letivo por série.

Sendo assim, podemos afirmar que os mesmos professores (75%) não

abrangem “todos” os conteúdos básicos que constam nos quadros das DCE's dos

respectivos conteúdos estruturantes de determinada série no ano letivo como

levantado nas respostas para esta questão. Estes professores alegam que não

contemplam todos os conteúdos básicos por série/ano devido a “falta de estrutura

das Escolas (material e espaço adequado), falta de tempo hábil para trabalhar a

quantidade de conteúdos propostos, falta de domínio do próprio conteúdo pelo

docente trazendo insegurança na sua consecução e também é apontado o perfil da

8

turma e o desinteresse dos alunos como fatores determinantes”.

Estas mesmas problemáticas apontadas pelos docentes justificam a causa

da maioria (73%) não contemplar a abordagem teórico metodológica na “totalidade”

para “todos” os conteúdos básicos como as DCE's propõem, conforme

questionamento levantado na referida pergunta.

Com relação à pergunta sobre a equidade dos conteúdos estruturantes, 91%

dos professores diz não trabalhar nesta lógica, qual seja, os conteúdos

“estruturantes” não são distribuídos com o mesmo número de aulas durante o ano

letivo por série, acrescenta-se a esta questão a justificativa dos docentes de que

alguns conteúdos exigem mais habilidade e tempo para execução e também a

resposta da turma a determinado conteúdo.

De todos os questionamentos realizados por meio do questionário e

analisando as justificativas apontadas por alguns professores, percebemos que as

mesmas contradizem sua resposta inicial (sim ou não), por exemplo: na questão

referente à contemplação de todos os conteúdos estruturantes, o professor

responde que não contempla todos os conteúdos estruturantes, porém, na seguinte

questão em que se pergunta se trabalha todos os conteúdos básicos por série, este

mesmo professor responde que sim demonstrando que não tem conhecimento da

proposta das DCE's apesar de afirmar que sim em outra questão. Também percebe-

se a dificuldade na interpretação das perguntas justamente pelo desconhecimento

das DCE's. Ainda pelas justificativas observa-se que muitos profissionais se

mostram comprometidos com a Educação Física, indignados com o

descompromisso de alguns de seus colegas da área e anseiam por mudanças

individuais, coletivas e do governo.

Ainda como mostram os resultados, ao propor um conteúdo ao seu aluno,

75% dos professores faz um prévio mapeamento do que ele conhece sobre o tema,

conforme questionado na sequência.

Quando perguntado se o professor faz a relação do conteúdo trabalhado

com o cotidiano do aluno, 81% dos docentes responderam que sim, fazem esta

relação.

Para o questionamento sobre a reflexão da interação social destes

conteúdos trabalhados, 80% dos professores remete o aluno a refletir.

No questionamento quanto à realização de uma reflexão crítica ao final da

aula sobre aquilo que foi trabalhado com seus alunos, 43% dos docentes não realiza

com seus alunos uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado ao final da

9

aula.

Ao responderem a questão sobre a constante realização de auto avaliação

com seus alunos nas aulas, para que os mesmos reconheçam seus limites e

possibilidades, 55% afirmaram que não realizam constantemente auto avaliação por

parte dos alunos em que reconhecem seus limites e possibilidades.

Com relação aos instrumentos de avaliação constantes no questionário, aos

quais os professores poderiam assinalar múltiplas escolhas e utilizados com mais

frequência, verificou-se por ordem quantitativa os resultados a seguir: tarefas (63%);

trabalho de pesquisa, prova escrita e prova prática (55%); registro de observação

contínua (45%); relatório (27%); debate e seminário (25%); prova oral (20%) e ainda

foram citados desenho, autoavaliação e trabalho em equipe (2%).

Para a pergunta aberta sobre a função social da Educação Física os

professores discorrem pelo viés da socialização e formação (cidadania, cooperação,

responsabilidade, solidariedade, respeito, reflexão, etc), perpassando pelos

aspectos do desempenho físico como cultura e vivências corporais, saúde e

qualidade de vida.

Na sequência do estudo foi elaborado um material didático-pedagógico para

utilização durante o processo de implementação direcionado aos docentes da área e

que constituiu-se de uma Unidade Didática (UD), cujo material pretendeu orientar os

docentes no desenvolvimento de seu PTD. A referida UD constou como sugestão e

exemplo um PTD de cada série do Ensino Fundamental, indicando os conteúdos

específicos e respectiva quantidade de aulas seguido de sugestões de atividades,

tomando como base as orientações das DCE's. No transcorrer do desenvolvimento e

implementação ocorreu sua explanação para a direção e equipe pedagógica da

escola, inteirando com suas contribuições e melhorias para o presente estudo.

Foram realizados encontros com os docentes da área durante o período de

planejamento da semana pedagógica no início do ano letivo de 2011, conforme

calendário oficial da SEED e nas demais datas programadas no calendário escolar

para replanejamento.

Este PTD foi inserido no contexto real da E. E. Isolda Schmid. Na grade

curricular da referida escola, a Educação Física de 6º ano a 8º ano é constituída de

3 aulas semanais e no 9º ano de 2 aulas semanais. Para a composição do PTD

foram utilizadas 90 aulas, ¾ das aulas anuais de cada série/ano para efetiva

aplicabilidade de conteúdos. As 30 aulas, ¼ restante das aulas foram destinados aos

componentes específicos da E. E. Isolda Schmid como, avaliação diagnóstica

10

realizada em toda primeira quinzena de início de ano letivo, avaliações teóricas e

práticas bimestrais constantes no PPP/PPC e suas respectivas recuperações

processuais, preparação da Semana Cultural e Esportiva e Festa Junina e demais

eventos programados ou imprevistos recorrentes.

A aplicação do material didático na E.E. Isolda Schmid teve seu início em

fevereiro de 2011 numa turma de 22 alunos do 6º ano do período vespertino com o

auxílio de uma professora colaboradora, pois para avaliação e obtenção de

resultados fidedignos fez-se necessária a aplicação deste material didático em

turmas que tivessem acompanhamento integral durante todo o ano letivo. Caso

contrário como previa o calendário oficial do PDE-2010, com implementação na

escola no terceiro período, ou seja, no segundo semestre de 2011, não seria

possível realizar uma análise completa e real de resultados do tema proposto. Para

coleta de dados desta aplicação, foram utilizados formulários ( APÊNDICE 2)

destinados à professora colaboradora e aos alunos ( APÊNDICES 3 e 4) para

registro dos fatos observados, relatórios dissertativos de ocorrências e

considerações relevantes e significativas para o processo, sem interferência ou

manipulação do pesquisador para posterior análise, interpretação e classificação,

utilizando-se para isto do método descritivo. Foram também realizados encontros

frequentes com a professora colaboradora para acompanhamento e orientação da

aplicação. Ao término do ano letivo de 2011 realizou-se a análise final dos resultados

obtidos.

De acordo com os relatos apontados (APÊNDICE 2) das atividades

realizadas como relevantes pela professora colaboradora quanto à receptividade dos

alunos aos conteúdos propostos verificou-se que no conteúdo estruturante ginástica,

• conteúdo básico ginástica circense, tendo como conteúdo específico a

vivência do malabares, os alunos demonstraram-se receptivos e estimulados pelo

material diferenciado e desafiados a realização dos mesmos com participação e

evolução constante;

• conteúdo básico ginástica rítmica, tendo como conteúdo específico a

vivência do aparelho fita, devido à dificuldade na movimentação dos punhos e

cotovelos nos movimentos rápidos horizontais e verticais os alunos evitaram os

movimentos com amplitude que causaram dor nas articulações, alguns comentaram

ser "coisa de menina";

• conteúdo básico ginástica geral, tendo como conteúdo específico a

vivência dos movimentos gímnicos (rolamentos e parada em 3 apoios), a falta de

11

material prejudicou, houve pouco interesse e disposição, além de medo, lentidão e

insegurança.

No conteúdo estruturante lutas,

• conteúdo básico lutas de aproximação, tendo como conteúdo

específico a vivência do sumô, houve por parte dos alunos dificuldade no contato

com colegas de pouca afinidade, porém bem aceito no geral;

• conteúdo básico lutas de aproximação, tendo como conteúdo

específico a vivência do maculelê, ocorreu pouca participação dos alunos por medo

e desinteresse;

• conteúdo básico lutas de aproximação, tendo como conteúdo

específico a vivência da capoeira, houve disposição dos alunos na realização das

atividades, empolgação e escolha cuidadosa dos opositores.

No conteúdo estruturante esporte, conteúdo básico esporte coletivo,

• tendo como conteúdo específico a vivência do basquetebol, alguns

alunos demonstraram resistência devido ao medo e dificuldade no controle da bola,

afirmaram ser pouca aula para o conteúdo;

• tendo como conteúdo específico a vivência do voleibol, os alunos

participaram ativamente solicitando mais aulas para o conteúdo;

• tendo como conteúdo específico a vivência do futsal, ocorreu

disposição total dos meninos que reclamaram muito da pouca quantidade de aulas;

• tendo como conteúdo específico a vivência do handebol, o interesse e

participação dos alunos foram geral e contestaram o número reduzido de aulas.

No conteúdo estruturante esporte, conteúdo básico esporte individual,

• tendo como conteúdo específico a vivência da peteca, no inicio os

alunos ofereceram resistência por julgarem um "jogo infantil" seguido de disposição

em participar, o material utilizado de sucata mostrou-se inadequado;

• tendo como conteúdo específico a vivência do atletismo, ocorreu

disposição total dos alunos devido ao espaço diferenciado utilizado para a atividade

e pelas próprias atividades, pouco tempo para desenvolver e aprofundar o conteúdo

apontado pelos alunos;

No conteúdo estruturante jogos e brincadeiras,

• conteúdo básico jogos cooperativos, tendo como conteúdo específico a

vivência de variados jogos, a diversão foi constante e a participação maior dos

alunos mais ativos, rápida compreensão das regras com tentativas de burlá-las;

12

• conteúdo básico jogos de tabuleiro, tendo como conteúdo específico a

vivência do Tsoro Yematatu, o interesse e a participação dos alunos foram constante

e para alguns somente mediante as vitórias.

No conteúdo estruturante dança,

• conteúdo básico dança folclórica, tendo como conteúdo específico a

vivência do frevo, apesar de alguns meninos afirmarem que não gostavam de

dançar, o ritmo e os desafios motivaram a participação dos alunos;

• conteúdo básico dança criativa, tendo como conteúdo específico a

vivência da quadrilha, iniciaram retraídos pela vergonha e se soltaram com a

apreensão dos movimentos, reclamaram da repetição, sugeriram troca de passos

coreográficos e demonstraram alegria com a mudança do conteúdo.

Todos os conteúdos ministrados pela professora colaboradora contemplou

a abordagem teórico metodológica como as DCE's propõem (contextualizada

histórica, social e politicamente).

Na coleta dos dados dos alunos participantes do estudo, a cada final de

bimestre (1º, 2º, 3º e 4º bimestres) com a mesma turma de 6º ano, totalizando 22

alunos que somados os 4 bimestres responderam a 88 formulários (APÊNDICE 3),

apontamos os resultados que seguem abaixo.

Na questão em que os alunos poderiam assinalar mais de uma opção

quanto à sua opinião acerca das atividades realizadas verificou-se que as atividades

propostas e realizadas pelos mesmos foram apontadas, em ordem de preferência,

como motivantes e animadas (62%), interessantes (59%), organizadas (48%), fáceis

de realizar (46%), diversificadas (40%), cansativas (34%), criativas (32%), reflexivas

(32%) e repetitivas (14%).

Na questão onde foi questionado se os conteúdos foram relacionados com a

história, sociedade e política 64% responderam que sim, 32% que não e 4% não

responderam.

Quanto à questão da relação dos conteúdos com a vida diária, 65% dos

alunos responderam que sim, tem relação com sua vida diária, 31% responderam

que não tem relação com sua vida diária e 4% não responderam.

Na questão onde se perguntou sobre o que mais gostaram dos conteúdos,

por ordem dos mais citados e de livre apontamento pelos alunos, os mesmos

relataram que os conteúdos mais apreciados foram o basquetebol, voleibol, futsal e

ginástica por já terem prévio conhecimento e maior habilidade.

Em outra questão, quanto ao que não gostaram dos conteúdos e de livre

13

apontamento pelos alunos, os mesmos relataram por ordem dos mais citados que

os conteúdos de menor apreciação foram o malabares, frevo, quadrilha e xadrez por

“não conhecerem e não possuírem habilidades para estes conteúdos; não gostaram;

são difíceis, cansativos, sem graça e chatos”.

Quando questionados sobre a comparação do que já conheciam antes das

aulas e depois e o que aprenderam de novidade, responderam que nem sabiam que

existia tal conteúdo, não sabiam nada e aprenderam.

Para a questão sobre o que gostariam de ter aprendido a mais sobre os

conteúdos, os alunos relataram que queriam ter aprendido mais sobre cada

conteúdo.

No que tange aos questionamentos anteriores, aos quais os alunos

poderiam justificar suas respostas, os alunos se mostraram imaturos criticamente no

que concerne às justificativas de suas escolhas, relatando apenas poucas palavras e

a maioria utilizando-se de expressões com “legal”, “chato”, “gostei” e “não gostei”.

Quando a questão pedia para escrever o que desejavam sobre as aulas

foram feitas as seguintes colocações, por ordem dos mais citados, que aprenderam

muito e queriam mais aulas práticas de cada conteúdo e contraditoriamente

(citação e grifo meu) queriam aulas livres; trabalhar um conteúdo por bimestre e só

futebol o ano todo e que gostaram que mudou as atividades.

A professora autora do estudo implementou o Projeto de Intervenção

Pedagógica na E.E. Isolda Schmid e aplicou o material didático pedagógico no

segundo semestre de 2011 com todas as turmas de 6º e 7º anos do período

matutino e duas turmas do 8º ano do período vespertino, com as mesmas

metodologias. Iniciou-se a implementação do estudo em 11 de agosto de 2011 após

explanação sucinta aos educandos. Em relação a estes, a principio a receptividade

foi positiva quanto a variação de conteúdos e negativa quanto ao número reduzido

de aulas para os esportes coletivos. O material didático pedagógico foi seguido à

risca para conferir resultados empíricos e passíveis de análises fidedignas ao estudo

proposto, salvo a sequência dos conteúdos que foi alterada devido a fatores alheios

como, intempéries, local, material e outros. A implementação do projeto e aplicação

do material didático se encerraram ao final do ano letivo obtendo resultados de

grande relevância. Faz-se então a seguir, as considerações relatadas pela

professora autora (APÊNDICE 2) quanto a receptividade dos alunos aos conteúdos

propostos nas turmas do 6º ano.

No conteúdo estruturante esporte, conteúdo básico esporte coletivo,

14

• tendo como conteúdo específico a vivência do futebol, os alunos

participaram ativamente das atividades propostas e questionaram a pouca

quantidade de aulas para o referido conteúdo. As vivências práticas ocuparam

pouco mais de 50% do tempo total utilizado;

• tendo como conteúdo específico a vivência do basquete, os alunos

participaram ativamente das atividades propostas e questionaram a pouca

quantidade de aulas para o referido conteúdo. As vivências práticas ocuparam pouco

mais de 50% do tempo total utilizado.

No conteúdo estruturante esporte, conteúdo básico esporte individual,

• tendo como conteúdo específico a vivência da peteca, os alunos

participaram ativamente das atividades propostas e questionaram a pouca

quantidade de aulas para o referido conteúdo. As vivências práticas ocuparam em

torno de 70% do tempo total utilizado. Praticaram e socializaram a atividade também

durante o recreio.

No conteúdo estruturante ginástica,

• conteúdo básico ginástica circense, tendo como conteúdo específico a

vivência do malabares, os alunos participaram ativamente das atividades propostas

e consideraram a quantidade de aulas para o referido conteúdo a contento. A

confecção do material não foi possível devido a ausência do mesmo, no que foi

substituído por outro alternativo. As vivências práticas ocuparam em torno de 70%

do tempo total utilizado;

• conteúdo básico ginástica geral, tendo como conteúdo específico a

vivência da ginástica de academia, os alunos participaram ativamente das atividades

propostas porém, com ressalvas ao aspecto motor, o qual não se mostrou

satisfatório para o referido conteúdo. A atividade de alongamento não foi possível

realizar pela escassez de tempo. As vivências práticas ocuparam em torno de 70%

do tempo total utilizado;

• conteúdo básico ginástica rítmica, tendo como conteúdo específico a

vivência do aparelho fita, os alunos meninos participaram modestamente das

vivências práticas, ainda que sob pressão da professora, por entenderem que seria

uma atividade para meninas. Estas, por sua vez, não ofereceram resistência às

vivências. As vivências práticas ocuparam em torno de 60% do tempo total utilizado.

No conteúdo estruturante lutas,

• conteúdo básico lutas de aproximação, tendo como conteúdo

15

específico a vivência do sumô, os alunos demonstraram muito interesse pelo

conteúdo devido ao impacto visual causado pelas competições e ausência de

conhecimento do referido conteúdo. As vivências práticas ocuparam apenas 30% do

tempo total utilizado, pois a não vivência anterior de atividades de lutas exacerbou a

disputa física sobre as regras, tornando as vivências inviáveis apesar do controle

rigoroso da professora.

No conteúdo estruturante jogos e brincadeiras,

• conteúdo básico jogos cooperativos, tendo como conteúdo específico a

vivência de jogos variados, os alunos interagiram com entusiasmo e na sua maioria

cooperaram com os demais colegas, com poucas exceções de alunos mais

individualistas. Apresentaram alguma dificuldade no entendimento das atividades e

demoraram um pouco para encontrar as soluções mais adequadas para os desafios

propostos. As atividades ocuparam 80% do tempo utilizado;

• conteúdo básico jogos de tabuleiro, tendo como conteúdo específico a

vivência do xadrez, os alunos participaram das atividades propostas e consideraram

a quantidade de aulas para o referido conteúdo a contento. Não teve boa aceitação

inicial pelo fato de realizarem as atividades em sala de aula e exigir concentração e

raciocínio, na sequência interagiram satisfatoriamente com as atividades propostas.

As vivências práticas ocuparam em torno de 80% do tempo total utilizado.

Para as turmas do 7º ano a professora autora relata que no conteúdo

estruturante esporte, conteúdo básico esporte coletivo,

• tendo como conteúdo específico a vivência do futsal, os alunos

participaram ativamente das atividades propostas e questionaram a pouca

quantidade de aulas para o referido conteúdo. As vivências práticas ocuparam mais

de 80% do tempo total utilizado;

• tendo como conteúdo específico a vivência do basquete, os alunos

participaram ativamente das atividades propostas e questionaram a pouca

quantidade de aulas para o referido conteúdo. As vivências práticas ocuparam pouco

mais de 50% do tempo total utilizado.

No conteúdo estruturante esporte, conteúdo básico esporte individual,

• tendo como conteúdo específico a vivência do badminton, os alunos

participaram ativamente das atividades propostas e questionaram a pouca

quantidade de aulas para o referido conteúdo. As vivências práticas ocuparam pouco

mais de 60% do tempo total utilizado.

16

No conteúdo estruturante ginástica,

• conteúdo básico ginástica circense, tendo como conteúdo específico a

vivência do devil stick, os alunos participaram ativamente das atividades propostas e

consideraram a quantidade de aulas para o referido conteúdo a contento. As

vivências práticas ocuparam em torno de 60% do tempo total utilizado. Praticaram e

socializaram a atividade também durante o recreio e fora da escola com seus

conhecidos;

• conteúdo básico ginástica geral, tendo como conteúdo específico a

vivência da ginástica laboral, os alunos participaram das atividades propostas

porém, com ressalvas ao aspecto motor, o qual se mostrou insatisfatório para o

referido conteúdo. O tempo destinado a este conteúdo foi maior do que o

necessário. As vivências práticas ocuparam em torno de 50% do tempo total

utilizado;

• conteúdo básico ginástica geral, tendo como conteúdo específico a

vivência da postura, os alunos participaram das atividades propostas porém, com

ressalvas ao aspecto motor, o qual se mostrou insatisfatório para o referido

conteúdo. O tempo destinado a este conteúdo foi maior do que o necessário. As

vivências práticas ocuparam em torno de 60% do tempo total utilizado.

No conteúdo estruturante lutas,

• conteúdo básico lutas de aproximação, tendo como conteúdo

específico a vivência do jogos de oposição, devido à escassez de tempo este

conteúdo foi executado apenas no âmbito teórico com debates rápidos e entrega de

trabalho de pesquisa por parte dos alunos.

No conteúdo estruturante jogos e brincadeiras,

• conteúdo básico brincadeiras, tendo como conteúdo específico a

vivência de uma diversidade de brincadeiras, os alunos demonstraram certa

resistência no início de cada atividade por entenderem ser “de criança” as vivências

propostas, no que em seu decorrer se despiam do preconceito e participavam com

empenho e motivação. As vivências práticas ocuparam cerca de 70% do tempo total

utilizado;

• conteúdo básico jogos de tabuleiro, tendo como conteúdo específico a

vivência do xadrez, os alunos participaram das atividades propostas e consideraram

a quantidade de aulas para o referido conteúdo a contento. Não teve boa aceitação

inicial pelo fato de realizarem as atividades em sala de aula e exigir concentração e

17

raciocínio, na sequência interagiram satisfatoriamente com as atividades propostas.

As vivências práticas ocuparam em torno de 80% do tempo total utilizado.

E nas turmas do 8º ano os relatos indicam que no conteúdo estruturante

esporte, conteúdo básico esporte coletivo,

• tendo como conteúdo específico a vivência do futsal, os alunos

participaram ativamente das atividades propostas e questionaram a pouca

quantidade de aulas para o referido conteúdo. As vivências práticas ocuparam mais

de 80% do tempo total utilizado;

• tendo como conteúdo específico a vivência do handebol, os alunos

participaram ativamente das atividades propostas e questionaram a pouca

quantidade de aulas para o referido conteúdo. As vivências práticas ocuparam mais

de 80% do tempo total utilizado;

• tendo como conteúdo específico a vivência do basquete, os alunos

participaram ativamente das atividades propostas e questionaram a pouca

quantidade de aulas para o referido conteúdo. As vivências práticas ocuparam mais

de 80% do tempo total utilizado.

No conteúdo estruturante dança,

• conteúdo básico danças circulares, tendo como conteúdo específico a

vivência da improvisação, os alunos demonstraram muita timidez no início, receio

em se expor e certa resistência. Aos poucos foram se soltando e participando com

afinco das vivências propostas que ocuparam em torno de 70% do tempo total

utilizado.

No conteúdo estruturante ginástica,

• conteúdo básico ginástica geral, tendo como conteúdo específico a

vivência da musculação, os alunos participaram das atividades propostas porém,

com resistência no início principalmente pelas meninas. As vivências práticas

ocuparam em torno de 50% do tempo total utilizado.

No conteúdo estruturante lutas,

• conteúdo básico lutas com instrumento mediador, tendo como

conteúdo específico a vivência da esgrima, os alunos participaram ativamente das

atividades propostas. O tempo destinado a este conteúdo foi muito maior do que o

necessário. As vivências práticas ocuparam em torno de 75% do tempo total

utilizado.

No conteúdo estruturante jogos e brincadeiras,

18

• conteúdo básico jogos de tabuleiro, tendo como conteúdo específico a

vivência do xadrez, os alunos participaram das atividades propostas e consideraram

a quantidade de aulas para o referido conteúdo a contento. Não teve boa aceitação

inicial pelo fato de realizarem as atividades em sala de aula e exigir concentração e

raciocínio, na sequência interagiram satisfatoriamente com as atividades propostas.

As vivências práticas ocuparam em torno de 80% do tempo total utilizado.

Considero importante relatar o tempo destinado às vivências práticas como

subsídio de análise para a metodologia orientada pelas DCE's.

Todos os conteúdos ministrados pela professora autora contemplou a

abordagem teórico metodológica como as DCE's propõem (contextualizada

histórica, social e politicamente).

Para a tabulação dos dados foram escolhidas aleatoriamente uma das

turmas de cada série/ano em que o estudo foi desenvolvido, em cada um dos

bimestres (3º e 4º bimestres), não repetindo a mesma turma, totalizando 163

questionários (APÊNDICE 3). Verificamos os resultados abaixo.

Na questão em que os alunos poderiam assinalar mais de uma opção

quanto à sua opinião acerca das atividades realizadas verificou-se que as atividades

propostas e realizadas pelos mesmos foram apontadas, em ordem de preferência,

como interessantes (69%), motivantes e animadas (64%), criativas (56%),

organizadas (50%), fáceis de realizar (50%), diversificadas (50%), cansativas (24%),

repetitivas (11%) e reflexivas (11%).

Na questão onde foi questionado se os conteúdos foram relacionados com a

história, sociedade e política 75% responderam que sim, 22% que não e 3% não

responderam.

Quanto à relação dos conteúdos com a sua vida diária 56% responderam

que sim, tem relação com sua vida diária, 38% responderam que não tem relação

com sua vida diária e 6% não responderam.

Na questão onde se perguntou sobre o que mais gostaram dos conteúdos,

por ordem de os mais citados e de livre apontamento pelos alunos, os mesmos

relataram que os conteúdos foram “novidade; puderam ser apreendidos; foram

desafiantes, mais organizados, movimentados, relaxantes; poderiam ser feitos fora

da escola; contribuíam para a qualidade de vida e coordenação; desenvolve as

habilidades, a precisão e o raciocínio, também o trabalho em grupo e se sente

melhor; exercita bem, dá para fazer em casa e que faz todo dia; interage com os

colegas e a forma como aprenderam”.

19

Em outra questão, quanto ao que não gostaram dos conteúdos e de livre

apontamento pelos alunos, os mesmos relataram por ordem de os mais citados que

“foi pouca aula para cada conteúdo; não possuem habilidades para determinados

conteúdos; não gostaram; são difíceis, cansativos, sem graça, chatos e dói o corpo;

que deveria ter menos “teoria”; material inadequado (alternativo) para certas

atividades; o racismo incutido na regra do xadrez; a agressividade do handebol e

tem que se exercitar muito”.

Quando questionados sobre a comparação do que já conheciam antes das

aulas e depois, o que aprenderam de novidade por ordem de os mais citados foi que

“nem sabiam que existia tal conteúdo, não sabiam nada e aprenderam muito; a

variedade e diversidade de conteúdos foram significativas; entenderam as regras,

fundamentos e a história dos esportes, consequentemente a jogar certo e direito;

que Educação Física não é só brincadeira; diferenciar a direita da esquerda;

trabalhar em equipe e com materiais alternativos e dois alunos relatam que

compraram um jogo de xadrez e um está ganhando da mãe, o que não acontecia

antes”.

Para a questão sobre o que gostariam de ter aprendido a mais sobre os

conteúdos, os alunos relataram em quase unanimidade que a quantidade de aula

para cada conteúdo foi pouca e que queriam ter aprendido mais “coisas” sobre cada

assunto como mais fundamentos, regras e histórico; táticas e estratégias; confecção

de outros materiais; mais aulas “práticas”; mais exercícios para fazer no dia a dia e o

ideal de prática diária de atividade física.

Quando a questão pedia para escrever o que desejavam sobre as aulas

foram feitas as seguintes colocações, por ordem de os mais citados, que

aprenderam muito e queriam mais aulas práticas de cada conteúdo e

contraditoriamente (citação e grifo meu) queriam “aulas livres; as aulas e

conteúdos foram diferentes e ficaram satisfeitos; os alunos ficavam em silêncio para

a professora explicar e consequentemente menor desperdício do tempo da aula;

trabalhar um conteúdo por bimestre e só esportes que gostam e conhecem; a

professora participar com os alunos das atividades interagindo mais, escolha de

conteúdos pelos alunos; não fazer corrida no início das aulas; não fazer trabalhos

escritos dos assuntos tratados; atividades menos cansativas e que as aulas foram

bem planejadas, mas corridas”.

Ao final do estudo foi aplicado aos alunos participantes um questionário

(APÊNDICE 4) com uma única questão aberta e pediu-se aos alunos que analisando

20

as aulas dos semestres/anos anteriores e as aulas atuais, traçassem um

comparativo de antes e depois. Comparando as aulas de Educação Física dos

anos/semestres anteriores com as aulas atuais, nas quais foram desenvolvidas o

referido projeto, os alunos apontaram que “antes era só aula livre; sem conteúdo;

não se aprendia nada; não tinha trabalho; sem conteúdo fixo; só correria; ninguém

pegava no pé; não aquecia nem se exercitava; mais descontraída; a professora não

prestava atenção neles; repetitiva e cansativa. Atualmente as aulas não são

brincadeira; são mais sérias, puxadas, organizadas, divertidas, saudáveis,

interessantes e com “coisas” novas; menos bagunça e a professora domina a turma;

mais exercícios físicos; bem melhores e planejadas; com mais explicação; os alunos

aprendem os conteúdos e todos participam”.

Como parte do plano integrado de formação continuada do PDE-2010, é

ofertado via online aos professores da rede pública de ensino o Grupo de Trabalho

em Rede (GTR), por meio deste pôde-se analisar e discutir junto aos docentes de

Educação Física a viabilidade de aplicação do quadro de conteúdos básicos por

série e a abordagem teórico metodológica proposta nas DCE's. Numa síntese geral

do GTR referente às contribuições e interações dos participantes verifica-se que,

para fundamentar o trabalho pedagógico da disciplina de Educação Física de forma

relevante de acordo com as atuais DCE's diversos requisitos são considerados

delimitadores ao processo: experiência, convicções, bagagem conceitual e

capacitação profissional; dificuldades estruturais, burocráticas e organizacionais da

Escola Pública; realidade cotidiana, improvisação e falta de intencionalidade; e

(des)motivação e interesse dos alunos.

Nas considerações dos limites e possibilidades, viabilidade ou não da

execução do PTD apresentado pelo Material Didático Pedagógico foi apontado pelos

cursistas que alguns entraves dificultarão sua consecução: desportivização

arraigada culturalmente por docentes e discentes; falta de domínio de determinados

conteúdos pelo professor; fator tempo; material inadequado; espaço físico impróprio;

e descompromisso profissional. Em contrapartida, os benefícios e vantagens

proporcionadas pela contemplação do PTD são muito maiores: oportunizaremos

aos nossos educandos uma gama maior e mais variada das manifestações

corporais e por consequência mais conhecimento.

E para finalizar, os resultados obtidos com a implementação do material

didático concatenam com a realidade escolar vigente dos participantes: as variáveis

externas do âmbito pedagógico influenciam diretamente nos objetivos propostos; a

21

intencionalidade reflete positivamente no processo; o replanejamento se faz sempre

necessário e imprescindível; teoria e prática se complementam; a superação ocorre

cotidianamente; e somente modificaremos a visão da atual Educação Física

“esportivizada” pelas ações implementadas em nossa prática pedagógica.

Após a análise dos resultados e relatos pelo método explicativo, estes foram

confrontados com as orientações das DCE's e o referencial teórico que subsidiou o

referido estudo.

Conclusão

Para a materialização da ação pedagógica conforme o PTD apresentado,

faz-se necessário o entendimento de que a prática consistente e de qualidade ocorre

quanto mais coerente e desenvolvida for a teoria que a sustenta e que a teoria para

se fundar como verdade necessita da comprovação empírica. Esta comprovação

muitas vezes emperra por empecilhos de estruturas e sistemas alheios à sua base

teórica, o que limita suas ações, impede sua verificação e inviabiliza sua validade.

Outra dificuldade são as estruturas organizacionais da educação, não compatíveis

com a proposta sugerida e impossibilitando sua afirmação, pois, para a consumação

de qualquer proposta que seja, é essencial que se tenha tempo de execução,

continuidade para que conceitos e habilidades sejam assimilados e incorporados e

para que também se observe as falhas e que as mesmas sejam corrigidas, que se

avalie os encaminhamentos e os resultados e por fim que se possa reformular e

aperfeiçoar a proposta se este for o caso.

No entanto, aponta-se neste estudo como maior fator determinante de

sucesso ou fracasso (a ser enfrentado) da proposta, a disposição docente (ou a falta

dela) para se envolver na solidificação da Educação Física enquanto ciência.

De acordo com as observações realizadas durante o processo, conclui-se

que algumas adequações serão necessárias para atender à realidade da instituição,

confrontando com alguns aspectos emanados pelas DCE's quanto à distribuição

quantitativa dos conteúdos se comparada com a abordagem metodológica proposta.

Visto que para determinados conteúdos o tempo destinado foi insuficiente para

contemplar a metodologia, apenas vivenciando e “pincelando”, sem a possibilidade

de aprofundá-los. Em outros conteúdos o tempo destinado foi suficiente para

22

atender a abordagem metodológica, sendo excessivo em alguns casos.

É válido no que tange ressaltar a importância de todas as manifestações

corporais proporcionando uma melhor equivalência entre elas, não supervalorizando

ou depreciando qualquer uma delas, o que nos leva a refletir também sobre a

distribuição quantitativa dos conteúdos, não privilegiando este ou aquele, mas

dispondo-os com equilíbrio. Articula a construção crítica da Cultura Corporal com as

variadas dimensões da vida humana interagindo num contexto muito mais amplo

que apenas o comportamento motor. Pressupõem a formação da atitude crítica

diante da Cultura Corporal em todas as suas manifestações o que sugere uma

superação e uma transformação das formas de atuação da Educação Física no

âmbito escolar público do Paraná.

No referente ao cumprimento de todos os conteúdos básicos por série, os

elementos articuladores e os Desafios Educacionais Contemporâneos e a

Diversidade tal quais as DCE's propõem, dentro da realidade pública escolar, não

será possível abordá-los todos “contextualizados”, visto a quantidade proposta. Há

que se escolher entre cumpri-los integralmente ou contextualizá-los, para conciliar

ambos existem diversos fatores de interferência na concreticidade e na

materialidade de sua práxis. Dentre eles: tempo, estrutura, material, complexidade,

metodologia, burocracia institucional, etc.

Pela perspectiva dos alunos verifica-se que a aplicação deste material

didático pedagógico proporcionou maior motivação e interesse pelas aulas, que na

perspectiva docente se mostraram mais diversificadas, criativas, interessantes,

reflexivas e menos previsíveis. A expectativa pela variedade dos conteúdos

potencializou a participação e o aprendizado dos alunos, permitindo maior

disposição e estímulo para a assimilação.

O saldo final foi muito positivo, tanto para apreciação como para a

validação/invalidação de orientações das DCE's. O ganho na relevância da

Educação Física escolar e no processo ensino aprendizagem, é incontestável. A

contemplação de “todos” os conteúdos básicos por série durante o ano letivo e a

abordagem teórico metodológica na “totalidade” para “todos” os conteúdos básicos,

é discutível. E a necessidade de conferir a legitimidade da Educação Física escolar

via reconstrução da prática pedagógica, é indispensável.

A questão central do estudo foi encontrar caminhos e respostas para

legitimar o Plano de Trabalho Docente, tornando-o relevante frente às DCE's.

Quando esta nos exige que os conteúdos básicos por série/ano sejam cumpridos na

23

íntegra quantitativa e metodologicamente, sem a possibilidade de reduzir ou suprimir

qualquer um deles que seja, adaptando-se à realidade de cada instituição, a cada

região, a cada situação, a cada perfil de turma; ficamos presos a uma “receita

pronta” e inviável, pois nos falta aulas na grade curricular para cumprir a proposta.

Por outro lado, nos instiga a trabalhar muito mais que apenas os frequentes “4 bol's”

(voleibol, basquetebol, futebol e handebol), propiciando aos alunos muito mais

conhecimento e informação e o contato com as mais variadas manifestações da

cultura corporal historicamente construída. Então, como resolver este impasse?

Aumentar o número de aulas de Educação Física na grade curricular ou rever

questões pontuais e específicas das DCE's ?

24

Referências

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Lei n.º 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário da União, Brasília, 23 de dezembro de 1996.

FENSTERSEIFER, P. E. Epistemologia e prática pedagógica. In: Revista brasileira de Ciências do Esporte. Campinas, v.30, n. 3, p.203-213, maio 2009. Autores Associados

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico crítica. 3. ed. Rev., Campinas, SP: Autores Associados, 2005. - Coleção educação contemporânea

MOREIRA, A F. B. Indagações sobre o currículo: currículo, conhecimento e cultura. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. In. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Orientações para a organização da semana pedagógica 28, 29 e 30/07/2008. Disponível em: http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/semanas_pedagogicas/sem_ped_jul_2008.pdf. Acesso em 29 set. 2010

SAVIANI, D. Pedagogia histórico crítica. 10. ed. Rev. Campinas. , SP: Autores Associados, 2008. Coleção educação contemporânea.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Educação Física. Paraná. 2008.

25

APÊNDICES

26

APÊNDICE 1

1- Você recebeu a versão impressa das Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Educação Física (DCE's) 2008 ? ( ) sim ( ) não

2- Você possui a versão on line das DCE's 2008 ? ( ) sim ( ) não

3- Você conhece as DCE's 2008 na íntegra ? ( ) sim ( ) não

4- Você conhece o anexo dos conteúdos básicos da disciplina de Educação Física da página 83 que diz que os conteúdos básicos não podem ser reduzidos nem suprimidos ?( ) sim ( ) não

5- Você conhece os quadros de conteúdos básicos da disciplina de Educação Física por série? ( ) sim ( ) não

6- Você utiliza as DCE's como base para a construção do seu plano de trabalho docente? ( ) sim ( ) não

7- Você trabalha “todos” os conteúdos estruturantes (esporte, jogos e brincadeiras, ginástica, lutas e dança) no ano letivo por série ? ( ) sim ( ) não Justifique: 8- Você trabalha “todos” os conteúdos básicos que constam nos quadros das DCE's dos respectivos conteúdos estruturantes de determinada série no ano letivo ? ( ) sim ( ) não Justifique:

9- Ao propor um conteúdo ao seu aluno, você faz um prévio mapeamento do que ele conhece sobre o tema ? ( ) sim ( ) não

10- Ao propor um conteúdo ao seu aluno, você o faz refletir sobre a relação deste conteúdo com o seu cotidiano? ( ) sim ( ) não

11- Você remete seus alunos a uma reflexão da interação social dos conteúdos trabalhados ? ( ) sim ( ) não

12- Qual é a função social da disciplina de Educação Física ?

13- Ao final da aula, você realiza com seus alunos uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado ? ( ) sim ( ) não

14- Em suas aulas, seus alunos constantemente realizam auto avaliação, reconhecendo seus limites e possibilidades ? ( ) sim ( ) não

15- Quais instrumentos de avaliação você utiliza com mais frequência? ( )prova escrita ( )prova oral ( ) debate ( ) prova prática ( ) trabalho de pesquisa ( ) relatório ( ) registro de observação contínua ( ) tarefas ( ) seminário ( ) outros: 16- Você contempla a abordagem teórico metodológica na “totalidade” para “todos” os conteúdos básicos como as DCE's propõem? ( ) sim ( ) não Justifique:

17- Você trabalha com equidade “todos” os conteúdos estruturantes, ou seja, todos os conteúdos “estruturantes” são distribuídos com o mesmo número de aulas durante o ano letivo por série? ( ) sim ( ) não Justifique:

27

APÊNDICE 2

…........ (turma) – 2011Conteúdo estruturante: Conteúdo básico: Conteúdo específico:

Atividades realizadas:

Contemplou a abordagem teórico metodológica como as DCE's propõem (contextualizada histórica, social e politicamente) ? ( ) sim ( ) não

Receptividade dos alunos aos conteúdos:

Considerações:

28

APÊNDICE 3

…..................... (turma) – 2011 Data: ___/___/___

Das atividades realizadas você acha que foram:( ) motivantes – animadas ( )fáceis ( )repetitivas ( )cansativas ( )reflexivas( ) organizadas ( )interessantes ( ) diversificadas ( ) criativas( ) outra opinião – qual? ______________________________________________

Os conteúdos foram relacionados com a história, sociedade e política?( )sim ( ) não

Os conteúdos tem relação com a sua vida diária? ( )sim ( ) não

Qual conteúdo mais gostou?( ) …................ ( ) …................ ( ) ….......... ( ) …..... ( ) …................Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________

Qual conteúdo não gostou?( ) …................ ( ) …................ ( ) ….......... ( ) …..... ( ) …................Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________

Comparando o que você já conhecia antes das aulas e agora, o que aprendeu (de novidade) ? ______________________________________________________________________________________________________________________________________

O que gostaria de ter aprendido a mais sobre os conteúdos:….............:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________….............:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________….............:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Escreva o que desejar sobre as aulas: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

29

APÊNDICE 4

…..................... (turma) – 2011 Data: ___/___/___

Quais as diferenças que você percebeu entre as aulas de Educação Física dos semestres/anos anteriores e as aulas de Educação Física atualmente._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

30