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PLANO DE TRABALHO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC PÓS-GRADUAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO ARQ1001 - METODOLOGIA CIENTÍFICA APLICADA PROFESSORA: SONIA AFONSO

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PLANO DE TRABALHO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC

PÓS-GRADUAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO

DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

ARQ1001 - METODOLOGIA CIENTÍFICA APLICADA

PROFESSORA: SONIA AFONSO

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Aluno: Rogério de Souza Versage.

Orientador: Professor Roberto Lamberts.

Linha de pesquisa:Comportamento ambiental e eficiência

energética das edificações.

Tema:

Classificação de eficiência energética em edificações.

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A crise do petróleo nos anos 70 desencadeou o desenvolvimento de diversas iniciativas focadas na avaliação e maximização da eficiência energética.(SILVA, 2003).

A classificação do desempenho energético de edificações é um fenômeno crescente implantado por vários países.(OLOFSSON et al, 2004)

Necessidade de se avaliar o desempenho energético de edifícios: mesmo os países que acreditavam dominar os conceitos de projeto

eficiente não possuíam meios de verificar o quanto seus edifícios eram eficientes.

edifícios projetados de acordo com estratégias eficientes consumiam mais energia do que edificações convencionais.

(SILVA, 2003).

A classificação eleva o nível de eficiência energética das edificações, pois impulsiona a competitividade no mercado imobiliário. (MEIER et al, 2002),

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No Brasil, legislações surgiram como conseqüência da crise energética de 2001. Lei No 10.295 – 2001: dispõe sobre uma política nacional de conservação e uso

racional de energia Decreto 4.059 – 2001: estabelecendo que níveis mínimos de eficiência energética

devessem ser estabelecidos com base em indicadores técnicos e regulamentação específica.

(LAMBERTS et al, 2007).

Em 2003 o PROCEL Edifica surge com projetos de eficiência energética em edificações:desenvolvimento da própria regulamentação da eficiência energética em edificaçõesbase técnica necessária ficou a cargo do Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da Universidade Federal de Santa Catarina

Regulamentação de etiquetagem voluntária para etiquetagem voluntária do nível de eficiência energética de edifícios comerciais e públicos. Aprovada em 2006.

E se encontra em fase de desenvolvimento a regulamentação de etiquetagem voluntária do nível de eficiência energética de edifícios residências.

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Mesmo que os parâmetros da regulamentação terem sido determinados a partir de métodos e estudos técnicos adequados é preciso testar seus procedimentos e resultados aplicados à realidade, de onde podem surgir implementações e contribuições na calibração do processo de classificação do nível de eficiência energética das edificações.

Partindo dessa premissa, esse trabalho pretende verificar se a etiquetagem do nível de eficiência energética demonstra o desempenho real de edificações residenciais de Campo Grande na pretensão de contribuir para a implementação e calibração da regulamentação de etiquetagem residencial.

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Atualmente a crise ambiental ganha maior manchete, e vem preocupando a todos. A necessidade de energia para o desenvolvimento leva ao desmatamento de florestas, à degradação do solo, perda da biodiversidade e à poluição das águas e do ar. Esses desastres estão mudando a química da atmosfera e essas mudanças influem diretamente no clima (BEHLING e BEHLING, 1996).Causa e efeito solicitando os mesmos recursos. A busca por energia como causa e os impactos ambientais como efeito exigem um consumo racional da energia com a redução de perdas e eliminação do desperdício.

O consumo energético pode ser reduzido se os arquitetos e engenheiros tiveRem mais conhecimento sobre a eficiência energética na arquitetura. (LAMBERTS et al, 1997)

Gráfico 01. Composição Setorial do Consumo de EletricidadeFonte: Adaptado de BEN2006

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Os sistemas de classificação, de adoção voluntária, pretendem que o próprio mercado impulsione a elevação do padrão ambiental, seja por comprometimento ambiental ou por questão de competitividade e diferenciação de mercado. Atualmente, praticamente todos os países da Europa, além de Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Hong Kong, possuem um sistema de avaliação e classificação de desempenho ambiental de edifícios

(GOULART e LAMBERTS, 2005).

As técnicas de determinação de classificação podem ser separadas em quatro tipos diferentes: Modelo baseado em Regressão: através de um Banco de Dados com as características de edifícios e dados de consumo de energia montados através de levantamento de informações e entrevistas in loco. Esse tipo de classificação não garante que um edifício com baixo consumo de energia é necessariamente eficiente.Sistema de classificação baseado em Pontos: não faz comparação com outros edifícios, fornece padrões e guias de projeto para medir o quanto eficiente é um edifício e verifica padrões de “boa prática” de projeto.Sistemas de classificação baseado em Modelo de Simulação: é simulado um referencial baseado em um modelo idealizado de desempenho para o edifício, tal como o EnergyPlus. As simulações tem muitos usos em sistemas de classificação e apresenta vantagens quanto a avaliação refinada levando em conta diversos fatores que interferem no uso de energia. Também podem ser usados para gerar metas e comparar alternativas de projeto. Entretanto, apresenta dificuldades de operação quando envolve parâmetros de usos de cargas internas fora de padrão.Sistemas de Hierarquia e Medida de Uso-Final: se refere à geração de marca de referência que faz a ligação do uso de energia com o clima e requerimentos funcionais. Este método é útil por levar mais em consideração as diferenças nas características que afetam o uso de energia, entretanto o tipo de dados requeridos não é facilmente disponível.

KINNEY E PIETTE (2002)

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A regulamentação residencial em desenvolvimento para o Brasil fornece duas opções para a determinação de eficiência :

Prescritiva: limitar algumas propriedades físicas dos materiais e componentes construtivos que formam a envoltória de uma edificação, como transmitância térmica de paredes e coberturas, fatores de calor solar de vidros e outros elementos;Simulada: comparando o desempenho simulado da edificação com um modelo referencial equivalente.

(LABEEE, 2007)

A regulamentação residencial em desenvolvimento para o Brasil considera:Envoltória da edificaçãoIluminação natural e artificial,Condicionamento do arAquecimento de água.

Além de regulamentar o atendimento de uma eficiência mínima, a regulamentação indica uma classificação de eficiência de edificações no formato da etiqueta de eficiência do INMETRO. Incentivando o mercado a fornecer edificações com uma eficiência acima do que o mínimo exigido pela regulamentação.

(LAMBERTS E CARLO, 2004),

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OBJETIVO GERAL. Verificar se os resultados da etiquetagem do nível de eficiência energética

demonstra o desempenho real de edificações residenciais de Campo Grande-MS, a fim de contribuir na calibração e implementação na determinação da eficiência dos sistemas relacionados com a arquitetura.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS. Verificar o quanto as edificações residenciais de Campo Grande são eficientes

energeticamente. Demonstrar a precisão da determinação da eficiência pelo método prescritivo

em relação à alternativa de simulação. Verificar se os pesos atribuídos para cada requisito na determinação de

eficiência energética pela regulamentação estão de acordo com a importância de cada sistema avaliado na realidade de Campo Grande.

Investigar potenciais implementações na regulamentação a fim de contribuir para uma melhor determinação de níveis de eficiência de edificações residenciais.

Propor diretrizes de projeto que atribuam maior nível de eficiência energética para edificações residenciais em Campo Grande

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Pesquisa comparativa entre etapas: Exploratória (levantamentos e prescrição regulamentada) Experimental (simulações computacionais)

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

Revisão bibliográfica. Levantamento e determinação das tipologias construtivas Seleção de exemplares predominantes por classe e tipo de

edificação. Levantamento de padrões de uso e cargas internas instaladas. Levantamento do consumo de energia elétrica. Classificação prescritiva. Classificação simulada. Equacionamento dos resultados de prescrição, simulação e

levantamento de consumo energético. Investigação e avaliação de requisitos ainda não contemplados.

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Mais do que testar a regulamentação de etiquetagem voluntária do nível de eficiência energética em edificações residenciais esse trabalho pretende contribuir para a calibração dos requisitos e parâmetros da determinação de eficiência energética em edificações de Campo Grande-MS.

Contribuir com implementações nos processos de determinação de eficiência energética ainda não contemplados.

Apresentar conhecimento designado a apoiar a aplicação da regulamentação de etiquetagem em Campo Grande, MS.

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2007 20086 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

J J A S O N D J F M A M J J A S O N DCréditos de Disciplinas

RevisãoBibliográfica

Detalhamento do Projeto de Pesquisa

Levantamentos de Campo

Experimentos

Análise e Discussão

Elaboração da Dissertação

Desenvolvimento do trabalho Q D

Q - Qualificação.D - Defesa.

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BARDOU, P.; ARZOUMANIAN, V. – Sol y Arquitectura. Barcelona: Gustavo Gili. 1981.

BEHLING, S; BEHLING, S. Sol power: the evolution of solar architecture. Munich: Prestel, 1996.

BRASIL. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Balanço Energético Nacional 2006: Ano base 2005. Rio de Janeiro : EPE, 2006.

CARLO, J.; GHISI, E.; LAMBERTS, R. The Use of Computer Simulation to Establish Energy Efficiency Parameters for a Building Code of a City in Brazil. BS2003 - Eighth International IBPSA Conference. Eindhoven, Holanda. 2003

GOULART, S.V.G.;LAMBERTS, R. Levantamento da experiência internacional. Relatório LABEEE-200508. 2005.

KINNEY, S. ;PIETTE, M. Development of a California Commercial Building Energy Benchmarking Database. ACEEE 2002 Conference. 2002. (disponível em http://buildings.lbl.gov/hpcbs/pubs.html)

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LABEEE. Regulamentação para Etiquetagem Voluntária de Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais. Versão aprovada para testes pelo GT edificações. 2007

LAMBERTS, R.; DUTRA, LUCIANO; P., FERNANDO O. R. Eficiência energética na arquitetura. São Paulo: PW Editores, 1997.

LAMBERTS, R.; GOULART, S.; CARLO, J; WESTPHAL, F.; PONTES, R.O. Regulamentação de etiquetagem voluntária de nível de eficiência energética de edifícios comerciais e públicos. ENCAC 2007. ANAIS. Ouro Preto, 2007.

LAMBERTS, R; CARLO, J. Uma discussao sobre a regulamentação de EEE. Mercofrio 2004 - IV Congresso de Ar Condicionado, Refrigeração, Aquecimento e Ventilação do Mercosul. 2004

OLOFSSON, T; MEIER, A.; LAMBERTS, R. Rating the Energy Performance of Buildings. International Journal of Low Energy and Sustainable Buildings, vol. 3, 2004. (disponível em: www.byv.kth.se/avd/byte/leas)

SILVA, V. G. Avaliação da Sustentabilidade de Edifícios de Escritórios Brasileiros: Diretrizes e Base Metodológica. Tese de Doutorado. Escola Politécnica da USP. Departamento de Engenharia Civil. São Paulo, 2003.

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ROGÉRIO [email protected]