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ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA ACADEMIA ESPORTIVA BASEADA NO CONJUNTO DE CONHECIMENTOS EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS (GUIA PMBOK®) Edimarcio Macedo Alves (UFG) [email protected] Marco Paulo Guimaraes (UFG) [email protected] silvia parreira tannus (UNIPAC) [email protected] Com a globalização e a necessidade de se ter uma norma reconhecida mundialmente pelos profissionais de gerenciamento de projetos, fornecendo as diretrizes para projetos com conceitos relacionados às áreas de conhecimento, o Guia PMBOK tem sse firmado como uma valiosa ferramenta de apoio ao Gerenciamento de Projetos. Descrevendo o ciclo de vida do projeto e seus processos relacionados, identificando fatores internos e externos que influenciam no sucesso de um projeto e desenvolvendo ferramentas de auxílio ao gerenciamento de projetos, o Guia tem tido sua aplicação cada vez mais difundida. Com o aumento da competitividade no mercado, a excelência e a qualidade tornam-se cada vez mais uma exigência dos clientes. As empresas têm buscado através da capacitação de seus profissionais maior dinamismo, competência, agilidade e cumprimento do cronograma em seus projetos, oferecendo um maior controle e eficiência nas implantações de projetos, procurando superar o nível de satisfação dos clientes em tempo, custo e qualidade. Essas vantagens competitivas são conquistadas pela melhoria das metodologias usadas nos processos de Gerenciamento de Projetos. Assim, esse artigo trata da análise de viabilidade de projeto para implantação de uma academia esportiva baseada no Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos, o Guia PMBOK. Palavras-chaves: Gerenciamento de projetos, Guia PMBOK, Análise de viabilidade de projetos, Academias esportivas XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

Plano de Viabilidade Para Projeto

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  • ANLISE DE VIABILIDADE DE

    PROJETO PARA IMPLANTAO DE

    UMA ACADEMIA ESPORTIVA

    BASEADA NO CONJUNTO DE

    CONHECIMENTOS EM

    GERENCIAMENTO DE PROJETOS

    (GUIA PMBOK)

    Edimarcio Macedo Alves (UFG)

    [email protected]

    Marco Paulo Guimaraes (UFG)

    [email protected]

    silvia parreira tannus (UNIPAC)

    [email protected]

    Com a globalizao e a necessidade de se ter uma norma reconhecida

    mundialmente pelos profissionais de gerenciamento de projetos,

    fornecendo as diretrizes para projetos com conceitos relacionados s

    reas de conhecimento, o Guia PMBOK tem sse firmado como uma

    valiosa ferramenta de apoio ao Gerenciamento de Projetos.

    Descrevendo o ciclo de vida do projeto e seus processos relacionados,

    identificando fatores internos e externos que influenciam no sucesso de

    um projeto e desenvolvendo ferramentas de auxlio ao gerenciamento

    de projetos, o Guia tem tido sua aplicao cada vez mais difundida.

    Com o aumento da competitividade no mercado, a excelncia e a

    qualidade tornam-se cada vez mais uma exigncia dos clientes. As

    empresas tm buscado atravs da capacitao de seus profissionais

    maior dinamismo, competncia, agilidade e cumprimento do

    cronograma em seus projetos, oferecendo um maior controle e

    eficincia nas implantaes de projetos, procurando superar o nvel de

    satisfao dos clientes em tempo, custo e qualidade. Essas vantagens

    competitivas so conquistadas pela melhoria das metodologias usadas

    nos processos de Gerenciamento de Projetos. Assim, esse artigo trata

    da anlise de viabilidade de projeto para implantao de uma

    academia esportiva baseada no Conjunto de Conhecimentos em

    Gerenciamento de Projetos, o Guia PMBOK.

    Palavras-chaves: Gerenciamento de projetos, Guia PMBOK, Anlise

    de viabilidade de projetos, Academias esportivas

    XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentvel e Responsabilidade Social: As Contribuies da Engenharia de Produo

    Bento Gonalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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    Bento Gonalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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    1. Introduo

    A busca pela competitividade em qualquer empreendimento est relacionada ao atendimento

    das necessidades e expectativas do mercado consumidor.

    Segundo Coase (1937), Williamson (1985), Nelson e Winter (1977) e Dosi (2006), esta

    competio dinmica e desencadeia mudanas constantes, que por sua vez do origem a

    novos produtos, processos produtivos, formas de comercializao, alm de novos segmentos

    de mercado.

    Este dinamismo, entretanto, aumenta a importncia da avaliao e do gerenciamento de

    projetos, a partir dos anos 90, diante das limitaes de prazos e de recursos, visando a

    elevao da eficincia, que por sua vez assume um papel estratgico na conduo de um

    negcio.

    As ferramentas e tcnicas de gerenciamento evoluram para oferecer estimativas de custos e

    cronogramas cada vez mais confiveis para a avaliao de projetos potenciais. Dentre elas,

    uma abordagem muito difundida a abordada no Project Management Body of Knowledge,

    conhecido como Guia PMBOK. Baseado no conjunto de nove reas distintas do

    conhecimento, que visam no s a avaliao e o gerenciamento do projeto, mas tambm a sua

    sustentabilidade social, econmica e ambiental, esse trabalho desenvolvido luz das

    prticas propostas pelo Guia PMBOK.

    Com base nesta metodologia, foi avaliada a viabilidade de implantao de uma academia

    esportiva, segmento que tem crescido de forma vigorosa nos ltimos anos no Brasil.

    1.1. Justificativa

    Diante necessidade de se realizar um projeto dentro das determinaes impostas no mercado

    atual, referindo-se em cumprimento de cronograma, custos, qualidade e etc., surgiu a

    necessidade da utilizao do guia de conhecimento PMBOK, tendo como principal estratgia

    a utilizao de suas reas de conhecimento em processos de gerenciamento de projetos, que

    promove um padro de gerenciamento valorizado mundialmente. Para obter resultados

    satisfatrios na implantao da Academia Esportiva, sero abordadas as reas de

    conhecimento propostas no Guia, mostrando aspectos relevantes para o planejamento e

    controle dos riscos da implantao do empreendimento. Portando objetiva-se atender as

    necessidades dos Stakeholders que buscam eficincia e sucesso em projetos semelhantes

    atravs da aplicao de recursos qualificados, que ofertam seus servios atendendo os anseios

    do empreendedor.

    1.2. Objetivos

    O objetivo geral do trabalho dispor de informaes e tcnicas de gerenciamento de projetos

    na avaliao de viabilidade de implantao de um projeto de uma Academia Esportiva,

    atendendo uma demanda crescente de conhecimentos por parte dos adeptos as novas prticas

    de gerenciamento de projetos. Alm disso, o trabalho visa dar suporte aos empreendedores do

    ramo de academias na implantao de novos projetos, principalmente no que tange

    viabilidade de implantao.

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    2. Fundamentao terica

    Segundo Kerzner (2000), projeto uma srie de atividades e tarefas que tem um objetivo

    especfico a ser completado dentro de certas especificaes:

    Tem uma data de incio e de fim;

    Tem limitaes de oramento;

    Consomem recursos.

    O Project Management Body Of Knowledge (PMBOK) uma compilao das melhores

    prticas para gerenciamento de projetos e est em sua quarta edio, sendo editado pelo

    Project Management Institute, o PMI.

    A aplicao da metodologia proposta no Guia PMBOK passa pelo trabalho com cinco grupos

    de processos, conforme mostra a Figura 1. Dentre esses grupos de processos, esse artigo se

    concentrar principalmente sobre os dois primeiros, processos de iniciao e de planejamento,

    visto que o objetivo avaliar a viabilidade do projeto, no sendo includa a execuo do

    projeto nos objetivos do trabalho.

    GRUPO DE PROCESSOS DE GERENCIMENTO DE PROJETOS

    PROCESSOS DE INCIAO

    PROCESSOS DE EXECUO

    PROCESSOS DE MONITORAMENTO

    E CONTROLE

    PROCESSOS DE ENCERRAMENTO

    DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE GERENCIMENTO DE PROJETOS

    Figura 1: As etapas de Planejamento e Controle e Preparao

    PROCESSOS DE PLANEJAMENTO

    Figura 1 Grupos de processos de gerenciamento de projetos

    Essas prticas esto divididas em nove reas diferentes do conhecimento. Cada uma dessas

    reas indica os documentos, as ferramentas, as tcnicas e os processos que devem

    ser utilizados, conforme cita o PMI (2008):

    Gerenciamento de Integrao: inclui os processos requeridos para assegurar a coordenao dos diversos elementos do projeto, com base nos objetivos e alternativas

    eventualmente concorrentes, a fim de atingir ou superar as necessidades e expectativas.

    Gerenciamento de Escopo: inclui os processos requeridos para assegurar que o projeto inclua somente o trabalho necessrio, para complementar de forma bem sucedida o projeto.

    A preocupao fundamental compreende definir e controlar o que est ou no includo no

    projeto.

    Gerenciamento de Tempo: segundo o PMBOK o gerenciamento de tempo do projeto possui os processos necessrios para realizar o termino do projeto no prazo.

    Gerenciamento de Custos: Refere-se aos processos envolvidos no planejamento, na estimativa, na composio dos oramentos e no controle de custo.

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    Gerenciamento de Qualidade: inclui as atividades que determinam as responsabilidades, os objetivos e as polticas de qualidade, de modo que o projeto atenda as

    necessidades que motivaram a sua realizao.

    Gerenciamento de Recursos Humanos: o gerenciamento de recursos humanos organiza e gerencia a equipe de pessoas do projeto, bem como suas funes e responsabilidades.

    Gerenciamento de Comunicaes: o gerenciamento das comunicaes refere-se a gerao, coleta, distribuio, armazenamento, recuperao e destinao final das

    informaes do projeto.

    Gerenciamento de Riscos: o gerenciamento de riscos inclui os processos que tratam da realizao da identificao, da anlise, da resposta, do monitoramento e do controle de

    riscos do projeto, cujo objetivo reduzir a incidncia e o impacto dos eventos negativos.

    Gerenciamento de Aquisies: o gerenciamento de aquisies necessrio aquisio de produtos, servios ou resultados necessrios de fora da equipe do projeto para realizar o

    trabalho.

    3. Aplicao dos Processos de Iniciao

    Dentre os processos de iniciao, o Guia destaca o desenvolvimento do termo de abertura do

    projeto e da declarao do escopo preliminar do projeto, descritos a seguir.

    3.1. Desenvolver o termo de abertura do projeto e identificar as partes interessadas

    Para desenvolver o termo de abertura do projeto, o PMI (2008) cita algumas entradas

    importantes como: contrato, declarao do trabalho do projeto, necessidade de negcios,

    descrio do escopo do produto e plano estratgico. Uma anlise estratgica preliminar indica

    que o mercado de academias na cidade de Catalo/GO mostra-se promissor pelas seguintes

    razes: posio estratgica da cidade de Catalo, franco crescimento da atividade industrial,

    comercial e agrcola e por estar em uma posio central do pas. Ainda, nessa anlise

    estratgica determinou-se para a empresa:

    Viso: Ser a melhor academia para prtica esportiva e fitness da Cidade;

    Misso: A busca da conscincia de um estado de completo bem estar: fsico, social e mental;

    Valores: Promover melhorias na qualidade de vida e bem estar fsico e mental para populao de Catalo.

    O Termo de Abertura da Academia Esportiva cria condies para a existncia do projeto de

    construir uma academia que oferea servios de qualidade a preos acessveis a diversas

    classes sociais da populao de Catalo. Com os servios, onde destaca-se a musculao

    simples e a complexa, aulas de ginstica localizada, loja de produtos esportivos acima do

    padro da cidade, a academia buscar ser padro de excelncia em sustentabilidade de acordo

    com a viso de uma vida saudvel. O termo de abertura do projeto Academia Esportiva, mostrado na Figura 2, foi desenvolvido considerando informaes obtidas em uma anlise de

    mercado e de acordo com a premissa de que o empreendimento dever atender as

    necessidades de quem procura uma boa qualidade de vida.

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    Data:

    26/06/2011

    R$ 18.000,00

    INVESTIMENTO

    R$ 800.000,00

    PRAZO

    08 de Dezembro de 2010

    COMENTRIOS:

    Concorrncia com Academias Boa Forma, Olimpicos, Tichbum.

    RISCOS

    RESTRIES: R$ 800.000,00 de

    investimento inicial;

    METAS: - Elaborar e implantar o projeto at dezembro de 2010;

    - Retorno do capital investido (pay-back time) em 05 anos.

    Inaugurao 27/08/2011

    Normas verificadas; Exigncias legais verificadas; Restries verificadas; Envolvidos

    comunicados;

    Elaborado por: Edimarcio Macedo. Aprovado por:

    Edimrcio Macedo

    PREMISSAS: Prximo represa do Haley; lucro

    lquido no mnimo de R$ 10.000,00/ms;

    Pos Inaugurao Fluxo de Caixa 29/08/2011 R$ 40.000,00

    PRINCIPAIS ENVOLVIDOS:

    Prefeitura; Fornecedores; Academias concorrentes (Boa Forma, Olimpicos, etc)

    Sistema de caixa 15/05/2010 R$ 1.000,00

    Preparao e divulgao 01/07/2011 R$ 10.000,00

    Construo do Estacionamento 05/06/2011 R$ 50.000,00

    Contratao e treinamento de pessoal 05/07/2011 R$ 2.000,00

    Preparao do terreno 30/11/2010 R$ 20.000,00

    Construo da academia 15/12/2010 R$ 130.000,00

    Fornecimentos de materiais para construo 01/10/2010 R$ 400.000,00

    Fornecimentos de equipamentos e insumos 20/10/2010 R$ 100.000,00

    Simulao de financiamento 01/09/2010 -

    Contratos 20/09/2010 R$ 20.000,00

    Levantamento de despesas 20/08/2010 R$ 2.000,00

    Levantamento de licenas 21/08/2010 R$ 1.000,00

    Anlise de mercado 01/07/2010 R$ 1.000,00

    Levantamento de viabilidade 30/07/2010 R$ 5.000,00

    PRINCIPAIS FASES DATAS CUSTOS

    OBJETIVO: Oferecer servios de qualidade com preos compatveis com o mercado de

    Catalo, novas modalidades de esportes atendendo a necessidade de todos os clientes, com

    infra-estrutura acima do padro da cidade. Buscando excelncia em sustentabilidade no

    negcio.

    ESCOPO

    NOME DO PROJETO: Academia Sportiva GERENTE: Edimrcio Macedo

    TERMO DE ABERTURA DO PROJETO

    Figura 2 Termo de Abertura do Projeto

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    3.2. Desenvolver a declarao do escopo preliminar do projeto

    Este o processo necessrio para produzir uma definio preliminar do projeto usando o

    termo de abertura junto com outras entradas para os processos de iniciao (PMI, 2008). O

    escopo preliminar deste projeto consiste de:

    Prazo: o projeto dever ser iniciado em 26/06/2010, com o lanamento do termo de abertura, e dever ser finalizado em 29/08/2011, com a inaugurao e entrega ao

    Patrocinador.

    Custo e Pay-Back: a implantao e pr-operao da Academia Esportiva no poder exceder o custo total de R$ 800.000,00 e o tempo de retorno, pay-back, dever ser de no

    mximo cinco anos.

    4. Aplicao dos Processos de Planejamento

    4.1. Gerenciamento de Integrao

    O Gerenciamento de Integrao neste projeto envolver todas as reas e processos de

    planejamento necessrios, incluindo a gerncia de comunicao para assegurar que os

    diversos elementos do projeto sero coordenados de forma adequada, servindo como elo entre

    as etapas do projeto e a aprovao do incio das atividades do projeto.

    4.2. Desenvolver o Plano de Gerenciamento do Projeto

    Este o processo necessrio para definir, preparar, integrar e coordenar todos os planos

    auxiliares em um plano de gerenciamento do projeto. O plano de gerenciamento do projeto se

    torna a principal fonte de informaes de como o projeto ser planejado, executado,

    monitorado e controlado, e encerrado. Tendo em vista se tratar de um estudo de viabilidade, o

    plano de Gerenciamento no ser foco deste trabalho.

    4.3. Planejamento e definio do escopo

    Em funo da influncia da localizao e do conforto no retorno do investimento, questes

    como localizao e detalhes da construo foram includas no escopo preliminar do projeto.

    Assim, a construo da Academia Esportiva dever contemplar as seguintes caractersticas:

    rea da Academia, salas de luta, rea de descanso e banheiros alocados em um prdio com 1300 m;

    Estacionamento com 500 m;

    rea verde com 200 m distribudas por toda a academia;

    Atendimento a todas as normas, leis e regras ambientais, municipais, estaduais e federais.

    Devido ao carter sustentvel que se pretende dar a imagem comercial da academia, o

    empreendimento dever contar com:

    Sistema de captao de energia solar;

    Sistema de coleta seletiva;

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    Maior aproveitamento de iluminao e ventilao natural;

    No mnimo 10% da rea do empreendimento arborizada;

    Estacionamento para bicicletas.

    4.4. Definir a Estrutura Analtica do Projeto (EAP)

    Criar a Estrutura Analtica do Projeto (EAP) consiste em subdividir as principais entregas do

    projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciveis (PMI, 2008). A Figura 3

    mostra a estrutura analtica do projeto para o estudo de caso proposto.

    Figura 3 Estrutura Analtica do Projeto

    4.5. Gerenciamento de Tempo

    Consiste em definir atividades, estimar recursos das atividades, desenvolver cronograma,

    sequenciar as atividades, estimar durao das atividades e desenvolver o cronograma do

    projeto (VARGAS, 2003).

    O gerenciamento de tempo pode ser realizado a partir da alocao de percentual completo nas

    atividades do projeto atravs da utilizao do Microsoft Office Project. A atualizao dos

    prazos do projeto pode ser realizada no Microsoft Project atravs da atualizao de dados do

    projeto dos seguintes relatrios:

    Grfico de Gantt;

    Diagrama de rede;

    Percentual completo;

    Diagrama de marcos.

    A avaliao de desempenho do projeto ser realizada atravs da Anlise de Valor Agregado

    (Earned Value), onde o custo e o prazo do projeto so acompanhados em um nico processo

    de controle (relatrio Anlise de Valor Agregado).

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    Sero consideradas crticas todas as atividades com folga menor ou igual a trs dias. Uma

    folga de trs dias ou menos no ser considerada como disponibilidade, devido a

    possibilidade de remanejamento de horas de trabalho no projeto.

    Todas as mudanas no prazo inicialmente previsto para o projeto devem ser avaliadas e

    classificadas dentro do sistema de controle de mudanas de tempo.

    Sero considerados atrasos os decorrentes de medidas corretivas, que, se influenciadoras do

    sucesso do projeto, devero ser integradas ao plano. Inovaes e novos recursos no sero

    abordados pelo gerenciamento de tempo e sero passveis de negociao de prazos ou sero

    ignorados. A atualizao da linha de base do projeto somente ser permitida com autorizao

    expressa do gerente de projeto e do patrocinador, sendo a linha de base anterior arquivada,

    documentada e publicada para fins de arquivo como ativos empresariais.

    Todas as solicitaes de alterao do cronograma, mudana nos prazos previamente definidos

    devero ser feitas por escrito ou atravs de e-mail, e devero seguir os passos descritos no

    fluxograma abaixo, representado na Figura 4.

    INCIO PROCESSO DE DECISO

    ACOMPANHAMENTO E ANLISE DO

    CRONOGRAMA

    AFETA O CAMINHO CRTICO ROTINA

    IMPACTO NO PRAZO FINAL DO

    PROJETO

    AUMENTOU A QUANTIDADE DE CAMINHOS CRTICOS E O IMPACTO NO PRAZO FINAL E

    IRREVERSSVEL

    GRAVE

    MODERADO

    IMPORTANTE

    SIM

    NO

    SIM

    NO

    SIM

    NO

    Figura 4 Fluxograma do Controle de Alterao do Cronograma

    A verificao da utilizao do recurso ser realizada aps terem sido concludos o clculo da

    durao das atividades, a alocao de recursos e os inter-relacionamentos entre as atividades.

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    O processo ir verificar se nenhum recurso est alocado em quantidade superior ao limite

    mximo disponvel para aquele perodo. A verificao ser realizada atravs do Microsoft

    Project no modo de exibio Utilizao dos Recursos, como parte do gerenciamento dos

    prazos do projeto.

    4.6. Gerenciamento de Custos

    Consiste em estimar custos e determinar oramentos. O Gerente do projeto ser o responsvel

    direto pelo gerenciamento de custos e por fornecer estimativas de custos, alm de manter a

    atualizao dessas estimativas durante todo o ciclo de vida do projeto. Caso alguma

    solicitao de mudana de escopo seja aprovada conforme sistemtica de mudana de escopo,

    o plano do projeto dever ser atualizado a partir da formalizao da aprovao da mudana de

    escopo, pois as mesmas afetam diretamente os custos do projeto.

    As estimativas dos custos deste projeto foram baseadas na EAP criada e nos valores

    atualmente aplicados no mercado. Os mesmos foram distribudos no tempo demonstrando o

    desembolso mensal dos recursos financeiros. Os custos foram estimados utilizado Microsoft

    Office Project de acordo com as sequencias de atividades do projeto, adotando uma

    metodologia de avaliao dos custos do tipo top-down. medida que os projetos

    arquitetnicos e lista de materiais forem concludos, ser realizada uma avaliao de custos do

    tipo bottom-up, para que se tnha uma maior confiabilidade e exatido nos custos.

    4.6.1. Viabilidade Econmico-financeira

    Este estudo tem com finalidade avaliar a viabilidade econmico-financeira do projeto de

    implantao de uma academia esportiva.

    4.6.2. Clculo do Fluxo de Caixa

    Foram consideradas como premissas bsicas para este estudo:

    Aumento de 10% ao ano na receita, no custo dos produtos e nas despesas administrativas e comerciais, referente ao incremento de vendas associado a inflao do

    perodo;

    Os ativos foram estimados em R$ 600.000,00 e sua depreciao, calculada pelo mtodo linear, foi diluda uniformemente nos 05 primeiros anos do projeto;

    Foram considerados financiamentos de R$ 800.000,00, para a construo e aquisio de equipamentos e mais R$ 40.000,00, destinados ao capital de giro.

    A Figura 5 mostra um fluxo de caixa simplificado para o projeto da academia.

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    Perodo ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

    (-) Investimento no Projeto 760.000,00R$

    (-) Investimento no Capital de Giro 40.000,00R$

    (=) Investimento Liquido 800.000,00R$

    (+) Receitas Operacionais 275.000,00R$ 300.000,00R$ 325.000,00R$ 350.000,00R$ 375.000,00R$

    (-) Despesas Gerais 80.000,00R$ 140.000,00R$ 180.000,00R$ 200.000,00R$ 200.000,00R$

    (=) Lucro Liquido 195.000,00R$ 160.000,00R$ 145.000,00R$ 150.000,00R$ 175.000,00R$

    (=) Fluxo de Caixa Global 800.000,00R$ 195.000,00R$ 355.000,00R$ 500.000,00R$ 650.000,00R$ 825.000,00R$

    Pay Back (Simples) = 5 anos

    FLUXO DE CAIXA - SIMPLIFICADO

    Componente do Fuxo de Caixa

    VPL = 414,001 (Atraente)

    TIR = 27,55 (Atraente)

    Investimento

    Figura 3: Fluxo de Caixa e Viabilidade

    Figura 5 Fluxo de Caixa

    4.6.3. Consideraes

    Aps a construo do fluxo de caixa mostrado na Figura 5, foram calculados os seguintes

    indicadores de viabilidade:

    a) Valor Presente Lquido (VPL) ou fluxo de caixa descontado a tcnica mais usual para tomada de deciso de investimento e dado por:

    n

    t

    trtCBVPL0

    )1/()(

    Em que B so as receitas; C, os custos e investimentos gerados pelo projeto; t, o tempo; n,

    o tempo-limite e r, a taxa de desconto. De acordo com esse mtodo, assume-se uma

    estratgia que ser adotada at o final da vida til do projeto, estimam-se fluxos de caixa

    futuros com base nesta estratgia e descontam-se por uma taxa de juros que remunere

    adequadamente o risco corrido por acionista e credores. Quando o valor presente lquido

    do projeto mostra-se positivo, como visto na figura 3, recomenda-se o investimento.

    b) Taxa Interna de Retorno (TIR) representa a taxa de desconto (taxa de juros) que iguala, em um nico momento, os fluxos de entradas com os de sada de caixa. Em outras

    palavras, a taxa de juros que produz um VPL = 0. A TIR dada por:

    0*)1/()(0

    n

    t

    trtCBVPL

    Em que B so as receitas; C, os custos e investimentos gerados pelo projeto; t, o tempo; n,

    o tempo-limite e r*, a taxa interna de desconto (TIR). A TIR reflete a rentabilidade relativa

    (percentual) de um projeto de investimento expressa em termos de uma taxa de juros

    equivalente peridica. A aceitao ou rejeio do investimento com base neste mtodo

    definida pela comparao que se faz entre a TIR encontrada e a taxa de atratividade

    exigida pela empresa. Se a TIR exceder a taxa mnima de atratividade (taxa de desconto) o

    investimento classificado como economicamente atraente.

    c) Payback time mtodo que consiste, em essncia, no clculo do prazo necessrio para que o montante do dispndio de capital efetuado seja recuperado atravs dos fluxos

    lquidos de caixa gerados pelo investimento.

    n

    t

    tCBPP0

    0)(

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    Em que B so as receitas; C, os custos e investimentos gerados pelo projeto; t, o tempo; n,

    o tempo-limite. O tempo de retorno do capital empregado para neste projeto de 60 meses.

    Pode ser tambm traada uma Curva S de custos planejados acumulados no projeto. Com esta curva S o gerente do projeto poder calcular os ndices de custos para medir e comparar

    com o custo real e o valor agregado a fim de verificar a sade do projeto.

    A oramentao feita e, depois de terem sido classificados todos os recursos de acordo com

    o tipo de oramento ao qual eles pertencem, os grupos de recursos serviram com base para

    exibir uma anlise comparativa com o oramento geral que foi configurado para o projeto.

    Para criar um oramento das atividades, os custos podem ser reunidos nos custos do pacote de

    trabalho e, em seguida, os custos do pacote de trabalho so reunidos nos custos da conta de

    controle, e por fim, nos custos do projeto. Esse processo demominado agregao de custos.

    As reservas para contigncias so somadas para alcanar a linha de base de custos.

    Uma anlise necessria para que a linha de base de custos e oramento propostos se tornem

    adequadas, e conciliar todas as restries de custos no termo de abertura. Para isso, o Gerente

    de projetos deve promover reunies com patrocinador, expondo todos os custos do projeto.

    Um oramento irreal decorrente da falha do Gerente de Projetos. Esta conciliao de

    informaes faz parte do gerenciamento de integrao, rea de conhecimento de fundamental

    importncia em todas as reas de gerenciamento, inclusive no gerenciamento de custos.

    Na etapa final as reservas de gerenciamento so adicionadas, conforme mostra a Figura 6

    atravs dos blocos em amarelo.

    8. ORAMENTAO DE CUSTOS

    7. RESERVAS DE GERENCIAMENTO

    1. ESTIMATIVAS DE ATIVIDADES

    2. ESTIMATIVAS DE PACOTES DE TRABALHO

    3. ESTIMATIVAS DA CONTA DE CONTROLE

    4. ESTIMATIVAS DO PROJETO

    5. RESERVAS DE CONTIGNCIA

    6. LINHA DE BASE DE CUSTOS

    R$ 800.000

    R$ 25.000

    R$ 775.000

    R$ 75.000

    R$ 700.000

    R$ 450.000 R$ 250.000

    R$ 150.000 R$ 50.000 R$ 250.000 R$ 150.000

    R$ 50.000

    R$ 50.000

    R$ 25.000

    R$ 25.000

    R$ 25.000

    Figura 6 Fluxo de Agregao de Custos

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    4.7. Gerenciamento de Qualidade

    O Plano de Gerenciamento da qualidade envolver a definio de metas e a identificao dos

    padres de qualidade relevantes para o projeto, de acordo com um conjunto de premissas:

    A importncia da satisfao do cliente, tanto no que se refere a atender os requisitos quanto adequao ao uso;

    Prevenir mais econmico do que inspecionar e corrigir;

    Responsabilidade do Patrocinador em fornecer os recursos necessrios para o sucesso;

    Gerente de Projetos e responsvel por definir e cumprir os padres a serem seguidos;

    Melhoria contnua em todos os processos do projeto;

    Utilizao de ferramentas de qualidade como Diagrama de Pareto, Diagramas de causa-efeito (espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa), Histogramas, Folhas de

    verificao, Fluxogramas e Cartas de controle.

    Algumas metas para aceitao do produto incluem as seguintes caractersticas:

    Qualidade, isto , caractersticas do produto em si, como desempenho, resistncia, confiabilidade, frao defeituosa, embalagem, etc;

    Custo, isto , custo de produo, preo dos produtos comprados, que so afetados por rendimento, custos unitrios, produtividade, perdas, retrabalho, etc.;

    Entrega, isto , a capacidade de entregar o produto ao cliente no prazo e na quantidade desejada, o que envolve volumes de produo, etc;

    Servio, isto , os servios necessrios para que o produto seja adequadamente usado e atenda efetivamente s necessidades do cliente, como resoluo de problemas aps

    entrega, acompanhamento da operao, instalao, responsabilidade pelo produto, etc.

    O plano de gerenciamento da qualidade ser avaliado mensalmente na primeira reunio

    mensal, juntamente com os outros planos de gerenciamento do projeto.

    As necessidades de atualizao do plano antes da primeira reunio do projeto devero ser

    tratadas segundo os planos descritos.

    4.8. Gerenciamento de Riscos

    Consiste em Planejar o Gerenciamento dos Riscos, Realizar Analise Qualitativa dos Riscos,

    Identificar os Riscos, Realizar Analise Quantitativa dos Riscos e Planejar Respostas aos

    Riscos.

    4.8.1. Anlise SWOT A figura 7, mostrada a seguir, apresenta uma anlise SWOT, ferramenta muito utilizada para

    avaliao de cenrio ou de ambiente. Essa metodologia apresenta variveis (pontos fortes,

    fracos, ameaas e oportunidades) que compe tanto o ambiente interno como o externo

    academia esportiva.

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    PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

    - Necessidade de prestao de servis diferenciados - Falta de experincia no ramo de academias

    - Clientes em potencial - Cultura scio-ambiental inexistente na rea

    - Gargalo no fornecimento de servios de qualidade no

    ramo

    - Bom relacionamento com as pessoas ligadas ao esporte

    - Preocupao com a sustentabilidade

    - Localizao estratgica

    - Qualidade e diversificao dos produtos e servios

    OPORTUNIDADES AMEAAS

    - Mercado em expanso - Concorrentes externos

    - Inexistncia determinadas modalidades esportivas - Tempo de retorno dos investimentos

    - Conscincia em preservao da sade em alta - No reconhecimento do diferencial

    - Falta de Qualidade dos produtos e servios existentes

    na cidade

    - Existncia de cartel entre os concorrentes com

    relao a custos

    AMBIENTE INTERNO

    AMBIENTE EXTERNO

    Figura 7 Anlise SWOT

    Com base nos dados apresentados possvel verificar que as ameaas podero ser revertidas

    em oportunidades na medida em que a misso definida pela empresa for reconhecida pelos

    consumidores. So recomendadas tanto para reverso dos pontos fracos quanto das ameaas,

    estratgias de marketing que contemplem aes de divulgao e de atendimento.

    O planejamento das atividades de risco no projeto ser definido atravs da anlise das

    atividades identificadas que se enquadraram ao risco, a fim de reduzir a probabilidade e o

    impacto de ameas ao projeto. Os riscos devero ser previamente selecionados atravs de

    tcnicas de coletas de informaes e tero que ser monitorados e controlados dada a

    possibilidade de deteco de novos riscos que podem no ter sido identificados

    preliminarmente, sendo que todos os riscos no identificados devero ser incorporados

    matriz de riscos conforme planilha de controle de riscos ilustrada na Figura 8.

    ID CATEGORIA RISCO GATILHO RESPONSVEL

    1 LICENAS NEGAR LICENA DE BOMBEIROS 1 MS ANTES DA DATA FINAL DO PROJETO EDIMRCIO

    2 CONSTRUO FALTA DE MO DE OBRA RECRUTAMENTO 1 MS ANTES DO INCIO DA FASE DA CONSTRUO EDIMRCIO

    3 ... ... ... ...

    4 ... ... ... ...

    Figura 8 Categorizao dos Riscos

    A frequncia de avaliao dos riscos do projeto ser semanal dentro da reunio de

    acompanhamento do projeto prevista no plano de comunicaes. Para os riscos identificados e

    qualificados, optou-se por estratgias diferenciadas para cada necessidade, conforme mostra a

    Figura 9.

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    ITEM FASE RISCO PROBABILIDADE GRAVIDADE RESPOSTA DESCRIO CUSTO

    1 DIAGNSTICO

    FALTA DE CONHECIMENTO

    DOS INTEGRANTES DO TIME

    SOBRE O PROJETO

    PODENDO CAUSAR UMA

    EXCESSIVA DEPENDNCIAS DA

    CONSULTORIA DURANTE O

    PROJETO

    ALTA MEDIA ATENUAO

    PARTICIPAO DO GERENTE DO PROJETO EM UM

    CURSO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS

    IMEDIATAMENTE ANTES DO INCIO DO PROJETO, BEM

    COMO VISITA A OUTROS PROJETOS SIMILARES EM

    OUTRAS EMPRESAS.

    PAGO PELO

    PATROCINADOR DO

    PROJETO

    2 CONSTRUO

    FALTA DE NIVELAMENTO

    DO CONHECIMENTO DA

    TURMA, CAUSANDO PERDA

    DE PRODUTIVIDADE

    DURANTE O PROJETO

    ALTA MEDIA ATENUAO

    REALIZAR REUNIO PRVIA COM TODOS OS

    OPERARIOS COM O OBJETIVO DE ALINHAR TODAS AS

    INFORMAES DO PROJETO E CUMPRIMENTO DE

    PRAZOS PR-ESTABELECIDOS NO PROJETO

    -

    3 ... ... ... ... ... ... ...

    4 ... ... ... ... ... ... ...

    Figura 9 Descrio dos Riscos

    A qualificao dos riscos ser feita atravs da identificao e qualificao dos mesmos na sua

    probabilidade de ocorrncia e impacto e na gravidade na influncia nos resultados do projeto.

    a) Probabilidade:

    Baixa A probabilidade de ocorrncia do risco pode ser considerada pequena ou imperceptvel (menor do que 20%);

    Mdia Existe uma probabilidade razovel de ocorrncia do risco (probabilidadeentre 20 e 60%);

    Alta O risco iminente (probabilidade maior que 60%).

    b) Gravidade:

    Baixa O impacto do evento de risco irrelevante para o projeto, tanto em termos de custo, quanto de prazos, podendo ser facilmente resolvido;

    Mdia O impacto do evento de risco relevante para o projeto e necessita de um gerenciamento mais preciso, sob pena de prejudicar os seus resultados;

    Alta O impacto do evento de risco extremamente elevado e, no caso de no existir uma interferncia direta, imediata e precisa da equipe do projeto, os resultados sero

    seriamente comprometidos.

    A Figura 10 complementa a anlise anterior, qualificando o risco de acordo com a

    probabilidade e impacto no projeto.

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    ALTAPROBABILIDADE

    BAIXAPROBABILIDADE

    RISCO ALTO

    RISCO MODERADO

    RISCO BAIXO

    BAIXOIMPACTO

    ALTOIMPACTO

    QUALIFICAO DOS RISCOS POR PROBALIDADE X IMPACTO

    MEDIAPROBABILIDADE

    MENOR 20%

    ENTRE 20% & 60%

    MAIOR 60%

    Figura 10 Qualificao de Riscos

    Visando conhecer melhor os riscos do projeto, a Estrutura Analtica de Riscos foi feita e est

    representada na Figura 11.

    RISCO TOTAL

    RISCOS ACEITOS

    RISCOS EXTERNOS IMPREVISVEIS

    RISCOS EXTERNOS PREVISVEIS

    RISCOS CONSIDERADOS

    RISCOS LEGAIS RISCOS TECNICOS

    PRAZOS

    GERENCIAIS

    CUSTO

    FLUXO DE CAIXA

    RISCOS NO TECNICOS

    CONTRATOS

    RECLAMAO DE TERCEIROS

    RECLAMAO CONTRA

    TERCEIROS

    MUDANAS NA TECNOLOGIA

    PERFOMACE

    RISCOS DE TECNOLOGIA

    RISCO ESTRUTURAL DO PROJETO

    COMPLEXIDADE DO PROJETO

    Figura 11 Estrutura Analtica de Riscos

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    Como o foco do trabalho a anlise de viabilidade de implantao de uma academia

    esportiva, as etapas envolvidas nos grupos de processos de execuo, controle e encerramento

    do projeto no sero tratadas.

    5. Concluses

    As modernas ferramentas de gesto de projetos tm se tornado essenciais para o sucesso de

    novos projetos no mundo dos negcios, que se mostra cada vez mais competitivo atravs da

    expanso promovida pela globalizao.

    A competio para domnio de mercado tem feito com que as empresas busquem reduzir seus

    custos de implantao de novos projetos atravs da aplicao de tcnicas sistematizadas de

    Planejamento e Controle de Projetos. Na incessante busca do incremento no faturamento, que

    pode ser promovido pela implantao de novos projetos, os conhecimentos abordados pelo

    gerenciamento de projetos tm se tornado um grande aliado dos stakeholders envolvidos nos

    projetos.

    Desta maneira, a aplicao das prticas propostas pelo Guia PMBOK na avaliao da

    viabilidade de projetos se mostrou uma ferramenta de grande valia, tendo em vista as

    caractersticas de semelhana com projetos completos, mostrando uma perfeita adequao

    entre a anlise de viabilidade de projetos e as ferramentas abordadas no Guia.

    Referncias

    COASE, R. The Nature of the Firm. In: G. Stigler e K. Boulding (eds). Readings in Price

    Theory. Nova York: George Allen and Urwin, 1952.

    DOSI, G. Mudanas tcnicas e transformao industrial: a teoria e uma aplicao industria

    dos semicondutores. Campinas: Unicamp, 2006.

    NELSON, R.; WINTER, S. In Search of Useful Theory of Innovation. Research Policy, v.

    6, 1977.

    KERZNER, H. Project Management: A Systems Approach to Planning, Scheduling and

    Controlling. 6th Edition. USA: John Wiley & Sons, 2000.

    PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, PMI. Project Management Body of Knowledge

    Guide PMBOK. 4. ed. Newton Square, PA: PMI Publications, 2008.

    VARGAS, R. V. Gerenciamento de Projetos: estabelecendo diferenciais competitivos. 5. ed.

    Rio de Janeiro: Brasport, 2003.

    WILLIAMSON, O. E. Las instituciones economicas del capitalismo. Mexico: Fondo de

    cultura economica, 1985.