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PLANO ESTADUAL DE CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA Comitê Intersetorial Direito à Convivência Familiar e Comunitária Porto Alegre, 9 de outubro de 2012

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PLANO ESTADUAL DE

CONVIVÊNCIA FAMILIAR E

COMUNITÁRIA

Comitê Intersetorial Direito à Convivência Familiar e Comunitária

Porto Alegre, 9 de outubro de 2012

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DIRETRIZES

• Fundamentação Plano Nacional

• Efetivação do direito à convivência familiar

e comunitária da criança e do adolescente

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Cumprimento da Política Nacional dos

Direitos Humanos, expressa no Programa

Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3)

• Interpretação sistemática do Plano Estadual de

Convivência Familiar e Comunitária com todas

as normativas da:

• Política Nacional PNDH-3

• Plano Decenal de Direitos de Crianças e

Adolescentes

• Planos Estaduais de Direito e Proteção da

Infância e Juventude

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Primazia da responsabilidade do Estado na

proteção, promoção e defesa do direito de

crianças e adolescentes à convivência

familiar e comunitária

• Fundamento: Princípio da prioridade absoluta – fortalecimento dos vínculos familiares e sociocomunitários

• Políticas públicas de apoio à família – ação preventiva

• Apoio à família e seus membros – potencializar família e acionar a rede de proteção

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Centralidade da família nas políticas

públicas

• “A família, base da sociedade, tem especial

proteção do Estado” (Art. 226 CF)

• Conceito de família abrangente, novos arranjos

• Convivência familiar e comunitária relacionada à

inclusão social das famílias

• Favorece superação das vulnerabilidades e

riscos, garantindo a efetividade dos direitos da

criança e do adolescente

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Reconhecimento das competências da

família na sua organização interna e na

superação de suas dificuldades

• Potencializar as competências da família a fim de superar situações de vulnerabilidade, reestruturar vínculos afetivos fragilizados

• Empoderamento e protagonismo das famílias

• Capacidade de criar soluções aos problemas, apoio políticas sociais

• Programa de guarda subsidiada

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Respeito à diversidade étnico-cultural, à

identidade e orientação sexuais, à equidade

de gênero e às particularidades das

condições físicas, sensoriais e mentais

• Combate aos estigmas sociais

• Promoção dos direitos humanos

• Incentivo aos laços de solidariedade social

• Respeito à diversidade e Princípio da não-

discriminação

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Fortalecimento da autonomia da criança, do

adolescente e do jovem adulto na

elaboração do seu projeto de vida e

formulação de programas que valorizem o

seu protagonismo

• Reconhecimento de habilidades,

competências, interesses e necessidades

• Direito a voz, participação nas políticas

públicas

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Garantia dos princípios de

excepcionalidade e provisoriedade dos

Serviços de Acolhimento Institucional e de

Acolhimento em Família Acolhedora • Regra geral: permanência e manutenção na família de

origem

• Exepcionalidade: acolhimento institucional

• Decisão pela separação, recomendação técnica após esgotamento de todas possibilidades de manutenção na família de origem ou extensa

• Pobreza por si só não constitui motivo para

acolhimento institucional (Art. 23 ECA)

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Guarda subsidiada (art. 34 ECA)

• Grupo familiar que recebe remuneração para ficar com guarda provisória da criança/adolescente.

• Necessita de formalização da guarda.

• Permanece pelo período que a assistência social avaliar como necessário.

• Recurso também é temporário.

• Objetivo: permanecer na família, manter vínculos de afetividade e afinidade.

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Reordenamento do Serviço de Acolhimento

Institucional de acordo com o ECA

e a Lei 12.010, de 2009

• Reorientar as redes pública e privada para se

alinharem à mudança de paradigma.

• Passado: cça e adolescente isolados no

contexto, abrigagem, rompimento vínculos

afetivos e familiares

• Hoje: investimento na família, acolhimento

medida excepcional, fortalecimento de vínculos

afetivos e familiares, municipalização

• Parâmetro mínimo: Orientações técnicas

Conanda e CNAS

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Adoção centrada no interesse da criança e

do adolescente de acordo com o ECA

e a Lei 12.010/09

• Medida excepcional

• Direito a crescer e se desenvolver em família substituta

• Interesse da criança e do adolescente, grupo de irmãos.

• Adulto não tem direito à adoção. Criança tem direito a ter uma família. Encontro de vontades.

• Adoção internacional, última alternativa.

• Necessidade de transparência do processo de adoção.

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Controle social das políticas públicas

• Instituições e sociedade civil organizada

• Espaços democráticos: discussão,

fiscalização e solução de problemas que

afligem a população infanto-juvenil

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OBJETIVOS GERAIS 1) Ampliar, articular e integrar, no Estado do Rio Grande

do Sul, as diversas políticas, serviços, programas, projetos e ações de apoio sociofamiliar para a promoção, proteção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária;

2) Difundir uma cultura de promoção, proteção e defesa do

direito à convivência familiar e comunitária, extensiva a todas as crianças e adolescentes;

3) Proporcionar, por meio de apoio psicossocial adequado, a manutenção da criança ou adolescente em seu ambiente familiar e comunitário, considerando

os recursos e potencialidades da família natural,

da família extensa e da rede social de apoio;

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continuação 4) Fomentar a implementação de Serviço de Acolhimento em Família

Acolhedora como alternativa de acolhimento a crianças e adolescentes que necessitam ser temporariamente afastados da família de origem, atendendo aos princípios de excepcionalidade e provisoriedade estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como assegurando parâmetros de qualidade no atendimento e acompanhamento às famílias acolhedoras, às famílias de origem, às crianças e aos adolescentes;

5) Definir forma de incentivo a guarda subsidiária. Fomentar a implantação de programas destinados prioritariamente a crianças e

adolescentes para manutenção dos vínculos de

afinidade e afetividade.

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continuação 6) Assegurar que o Acolhimento Institucional seja utilizado como

medida de caráter excepcional e provisório, proporcionando atendimento individualizado, de qualidade e em pequenos grupos, bem como proceder ao reordenamento institucional das entidades para que sejam adequadas aos princípios, diretrizes e procedimentos estabelecidos no ECA, na Lei 12.010, de 2009, e nas Orientações técnicas para os serviços de acolhimento para crianças e Adolescentes, estabelecidas pelo CONANDA e CNAS em 2008;

7) Fomentar a implementação de ações para promoção da autonomia do adolescente e/ou jovem que está em processo de desligamento dos serviços de acolhimento, desenvolvendo parâmetros para a organização, monitoramento e avaliação

dessas ações;

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continuação 8) Em relação à adoção: a) estimular, no Rio grande do Sul, as adoções de crianças e

adolescentes que têm sido preteridos pelos adotantes; b) investir para que todos os processos de adoção ocorram em consonância com os procedimentos legais previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei 12.010, de 2009, e c) garantir que a adoção internacional ocorra somente quando esgotadas todas as tentativas de adoção em território nacional, sendo, nestes casos, priorizados os países que ratificaram a Convenção de Haia; Criação da estrutura necessária CEJA e CEJAI.

1) Aprimorar os mecanismos que possibilitem a preparação e o acompanhamento das crianças e adolescentes e respectivos adotantes, visando contribuir no processo de integração e criação de vínculos dos envolvidos.

9) Assegurar estratégias e ações que favoreçam os mecanismos de controle social e a mobilização da opinião pública na perspectiva da implementação do Plano Nacional e do Plano Estadual de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária;

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continuação

10) Aprimorar e integrar mecanismos para o cofinanciamento pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios das ações previstas no Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, tendo como referência a absoluta prioridade definida no artigo 227 da Constituição Federal de 1988 e no artigo 4 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

11) Estimular a municipalização do atendimento em todas as suas formas de execução

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IMPLEMENTAÇÃO, MONITORAMENTO E

AVALIAÇÃO

1) Cumprimento integral deste Plano, no âmbito estadual e municipal;

2) Elaboração de Planos Municipais em consonância com o Plano Nacional e Plano Estadual e constituição de Comissões Intersetoriais de acompanhamento do Plano nas esferas estaduais e municipais;

3) Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente nas esferas estadual e municipal, assumindo o presente Plano como prioridade a partir de 2011, viabilizando recursos nos orçamentos, de um modo geral, e, em particular, no Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, para a sua implementação;

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continuação

4) Participação e integração entre os Conselhos de Direitos da Criança e Setoriais em todas as esferas de governo;

5) Corresponsabilidade entre os entes federativos no financiamento para implementação dos objetivos e ações propostos no presente Plano. Em relação ao item 5, acima listado, é importante enfatizar que o Plano Nacional já especificou responsabilidades que

devem ser compartilhadas pelas três

esferas de governo.