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PLANO HIDROAMBIENTAL DA
BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IPOJUCA
TOMO II - CENÁRIOS TENDENCIAIS E SUSTENTÁVEIS
SECRETARIADE RECURSOS HÍDRICOS
PLANO HIDROAMBIENTAL DABACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IPOJUCA
TOMO II - CENÁRIOS TENDENCIAIS E SUSTENTÁVEIS
Diretor Presidente - APAC
Governador do Estado de Pernambuco
Secretário de Recursos Hídricos
Secretário Executivo
Proágua Nacional
Gerente do Contrato
Eduardo Henrique Accioly Campos
João Bosco de Almeida
José Almir Cirilo
Marcelo Cauás Asfora
José Mázio Cezário BezerraCoordenador da UEGP/PE
GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCOSECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS
Recife-PE2010
PLANO HIDROAMBIENTAL DABACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IPOJUCA
TOMO II - CENÁRIOS TENDENCIAIS E SUSTENTÁVEIS
i
P963p Projetec - BRLi Plano hidroambiental da bacia hidrográfica do rio Ipojuca: Tomo II -
Cenários Tendenciais e Sustentáveis/ Projetos Técnicos. Recife, 2010. 162p. : i. 1. Bacia hidrográfica. 2. Plano hidroambiental. 3. Rio Ipojuca – Plano hidroambiental. I. Título. CDU 556.51
© Secretaria de Recursos Hídricos - SRH FICHA TÉCNICA SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS Coordenadora Geral Terezinha Matilde de Menezes Uchôa Coordenador Técnico Antônio Ferreira de Oliveira Neto Equipe Técnica Adriana Paula Ferreira E. da Hora Andrea Lira Cartaxo Antonio Lins Rolim Junior Clenio de Oliveira Torres Clenio de Oliveira Torres Filho Fabianny Joanny Bezerra C. da Silva Gileno Feitosa Barbosa Jacilene Soares Cezar José Liberato de Oliveira Normalização e Ficha Catalográfica Rosimeri Gomes Couto
Equipe de Apoio Auridan Marinho Coutinho Coordenadora Adjunta da UEGP/PE PROÁGUA Nacional
Joana Aureliano Analista da CPRH José Roberto Gonçalves de Azevedo Gerente de Planos e Sistema de Informações APAC
Manoel Sylvio Carneiro Campello Netto Consultor – SRH
Maria Lúcia Ferreira da Costa Lima Assessora de Mobilização – APAC Marisa Simões Lapenda Figueiroa Diretora de Gestão de Recursos Hídricos APAC Suzana Maria Gico Lima Montenegro Diretora de Regulação e Monitoramento APAC
Todos os direitos reservados É permitida a reprodução de dados e de informações contidas nesta publicação, desde que citada a fonte. FICHA CATALOGRÁFICA
Secretaria de Recursos Hídricos do estado de Pernambuco Av. Cruz Cabugá, 1111 – Santo Amaro, Recife-PE CEP: 50.040-000
Endereço eletrônico: http://www.srh.pe.gov.br Correio eletrônico: [email protected]
PABX. (81) 3184 2500
ii
PROJETEC – BRLi Diretor Responsável João Joaquim Guimarães Recena Coordenação Geral André Luiz da Silva Leitão Equipe Chave Fernando Antônio de Barros Correia Rui Santos Margareth Grillo Teixeira Edilton Carneiro Feitosa Gabriel Tenório Katter Coordenação Adjunta Roberta de Melo Guedes Alcoforado Marcelo Casiuch Coordenadora Técnica Margareth Mascarenhas Alheiros Gerente da Qualidade Ivan Ulisses Carneiro de Arcanjo Assessoria de Coordenação Tatiana Grillo Teixeira Leonardo Fontes Amorim Equipe Técnica Alessandra Maciel Alessandra Firmo Antonin Mazoyer Benoit Peeters Bruno Marcionilo Bruno Voron Camila Solano Catherine Abibon Cecília Lins Eduarda Motta Fernandha Batista Gilles Rocquelain Gustavo Grillo Gustavo Sobral Isabelle Meunier Jaílton Carvalho João Cavalcanti Johana Mouco Marcela Guerra Murielle Benedetti Nise Souto Patrícia Oliveira da Silva Roberto Salomão Sandra Ferraz Sandro Figueira Sérgio Catunda Simone Rosa da Silva Tatyane Rodrigues Walter Lucena
Colaboradores Alfredo Ribeiro Neto Carlos Vaz Cristiane Ribeiro Daniella Kyrillos Lúcio dos Santos Estagiários Cristina Oliveira Marcelo Leal Marcos Barbosa PARCEIROS INSTITUCIONAIS Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca Aarão Lins de Andrade Netto Presidente do COBH Ipojuca Membros do Grupo de Trabalho do COBH Ipojuca Aarão Lins de Andrade Netto – Prefeitura de Gravatá José Edson Lopes Piaba – Prefeitura de Sanharó Juscelino Montesquiel da Silva – CEMA Bezerros Marcos Luiz de A. Lima – Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Ipojuca Marcelo Pereira – ASPESCAE Silvia Sueli Gonçalves – AMA Gravatá João Luiz Aleixo – Prefeitura de Caruaru Colaboradores do COBH Ipojuca José Cavalcanti - ASPESCAE Matheus José Ribeiro Pessoa - ASPESCAE Fernando Sales da Silva - ASPESCAE
iii
APRESENTAÇÃO DO PLANO HIDROAMBIENTAL O Plano Hidroambiental (PHA) da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca reflete o interesse do Governo de Pernambuco de prover a gestão dos recursos hídricos, com instrumentos atualizados e focados na solução dos sérios problemas que afetam a área da bacia, sejam de natureza hídrica, ambiental ou socioeconômica.
O PHA adotou como base o Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia hidrográfica do rio Ipojuca (PDRH Ipojuca) concluído em 2002 Tendo como referência o Plano de Aproveitamento dos Recursos Hídricos da Região Metropolitana do Recife (PARH) elaborado em 2005, além de outros Planos de âmbito estadual e federal, concernentes ao tema, com vistas a atualizar e complementar informações hídricas e ambientais. O PDRH Ipojuca foi elaborado em atendimento a exigências legais, como instrumento básico de planejamento, da Bacia Hidrográfica, para fundamentar e orientar a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Nº 9.433/97) e a Política Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco (Lei Nº 11.426/97 e Decreto Nº 20.423/98).
Para a viabilização do PHA, foi firmado o contrato de número 005/2009 entre o Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH-PE), e o Consórcio Projetec – Projetos Técnicos Ltda e BRL Ingénierie, com recursos do PRO-Água Nacional / Banco Mundial.
Os cinco produtos previstos neste Contrato consistem de Relatórios Técnicos e da construção de uma Base de Dados Informacional, assim distribuídos:
Tomo I – Diagnóstico Hidroambiental
• Volume 01/03 – Recursos Hídricos • Volume 02/03 – O Ambiente Natural • Volume 03/03 – Socioeconomia e Legislação
Tomo II – Cenários Tendenciais e Sustentáveis
Tomo III – Planos de Investimentos
Tomo IV – Resumo Executivo
Tomo V – Mapas
iv
APRESENTAÇÃO DO TOMO II
Os Cenários Tendenciais e Sustentáveis constituem o terceiro produto do Plano Hidroambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca, apresentados neste relatório. Esses Cenários consideraram os horizontes temporais de 2015 e 2025 e foram desenvolvidos em parte por dados ambientais sociais e econômicos tratados nos Volumes 02/03 e 03/03 do Tomo I - Diagnóstico Hidroambiental, tendo apoio na análise de especialistas e na escuta através de Oficina aberta à participação da comunidade da bacia; a análise hídrica, realizada com base em dados quantitativos, utilizou os resultados do Vol. 01/03 do Diagnóstico, além de outras fontes, especialmente a Compesa e foram tratados através do software MAGRE, desenvolvido pela BRLi.
Este Tomo é composto por sete capítulos, onde o primeiro – Introdução, contextualiza os tipos de abordagem adotadas para os cenários.
O Capítulo 2 – Metodologia, apresenta os métodos adotados neste trabalho, tanto na abordagem ambiental, econômica e social, como também na abordagem hídrica, com o suporte do MAGRE, definindo o desenvolvimento da simulação e a topologia de entrada do sistema.
O Capítulo 3 – Síntese do Diagnóstico Hidroambiental contém os elementos mais relevantes da Bacia, destacando os problemas e potencialidades ambientais e socioeconômicas.
O Capítulo 4 – Resultados Hidrológicos do MAGRE contém os dados tratados pelo modelo, desde as hipóteses de trabalho até a formulação dos cenários hídricos, interpretando os resultados e propondo um novo Zoneamento para a Bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
O Capítulo 5 – Forças Tendenciais, analisa as interferências representadas por investimentos e pela dinâmica socioeconômica e sua repercussão inercial ao longo do período analisado, tanto do ponto de vista do MAGRE, quanto dos elementos ambientais, econômicos e sociais.
O Capítulo 6 – Cenários, discute as incertezas e hipóteses adotadas para a análise dos Cenários Tendencial e Sustentável e os resultados encontrados para a Bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
O Capítulo 7 – Recomendações para um Cenário Sustentável sintetiza a visão de sustentabilidade da Bacia e aponta ações importantes a serem consideradas pelos Planos de Investimentos, de modo a alcançar essa desejada sustentabilidade, especialmente focada nos recursos hídricos.
v
RESUMO
A análise dos Cenários Tendenciais e Sustentáveis para a Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca teve como objetivo a projeção de perspectivas futuras para as condições hídricas e socioambientais, tendo como referência os anos de 2015 e 2025, considerando a implantação das intervenções já previstas e as condições sob as quais pode ser alcançada a sustentabilidade da Bacia, a partir de novas ações e investimentos aplicados. Para a elaboração dos cenários foram consideradas quatro incertezas críticas e duas hipóteses extremas, uma para cada dimensão de análise hídrica, ambiental, econômica e social. A hipótese A, considera a manutenção das atuais tendências, representando um olhar pessimista sobre a realidade; já a hipótese B traz situações de resolução positiva em relação às incertezas críticas. Os indicadores adotados para a análise socioambiental foram: a variação do PIB e PIB per capita, a população, a área plantada (desmatamento), carga poluidora remanescente e o Índice FIRJAN de desenvolvimento municipal, além da disponibilidade hídrica, modelada pelo software MAGRE. Esses indicadores mostraram crescimento socioeconômico, com consequências negativas sobre a quantidade e a qualidade da água e a preservação da cobertura vegetal, de modo que, para alcançar a sustentabilidade, deverá ser desenvolvido um modelo de gerenciamento hidroambiental eficiente e contínuo. A modelagem desenvolvida pelo MAGRE utilizou séries hidrológicas confiáveis, atualizadas e consistidas para o período 1933-2009, que possibilitaram a calibração de modelos chuva/vazão utilizando o modelo MODHAC, cujos resultados, comparados aos do SMAP, apresentaram maior consistência. Desses modelos foram obtidas series de vazões de longo prazo, representativas nas sub-bacias em que se dividiu a Bacia hidrográfica do rio Ipojuca. As principais demandas de água devem-se à irrigação, ao abastecimento humano e à indústria, em menor escala. Foram considerados para o estudo, os reservatórios com mais de 10 milhões de m³ e, para cada um, foram inseridas as características necessárias à simulação (curva cota / volume / superfície; aportes; chuva – evaporação; curvas de regras de operação; volumes mínimos e máximos) e então definidas as regras de operação para esses reservatórios em função do cenário considerado. As condições definidas para cada macrozona, foram: Macrozona 1 (área à montante de Caruaru, incluindo o município de São Caetano) apresenta os maiores déficits, podendo ser resolvido pelo aporte do São Francisco em 2015; Macrozona 2 (área entre São Caetano e Chã Grande) essa região se beneficia pela transposição da água do rio Capibaribe para o rio Ipojuca; Macrozona 3 (área a jusante de Chã Grande) também não apresenta déficits relativos à demanda humana, além do que o reservatório Engenho Maranhão permitirá atender casos isolados como o turismo em Porto de Galinhas e o Porto de SUAPE. Para alcançar um cenário sustentável na Bacia, foram feitas recomendações importantes, no sentido de orientar a formulação de Planos de Investimentos do PHA.
Palavras-Chave : Bacia hidrográfica do rio Ipojuca. Cenários tendenciais e sustentáveis. Socioeconomia.
vi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Processo de construção dos cenários alternativos....................... 14
Figura 2 - Zoneamento da Bacia por Unidades de Análise - UA................... 15
Figura 3 - Zoneamento da Bacia por regiões de desenvolvimento............... 17
Figura 4 - Zoneamento dos Pólos de Desenvolvimento................................ 21
Figura 5 - Zoneamento hidrológico baseado no Modelo MAGRE................. 22
Figura 6 - Processo para a construção dos cenários.................................... 24
Figura 7 - Metodologia geral para a construção dos cenários....................... 24
Figura 8 - Índice de área protegida................................................................ 33
Figura 9 - Indicação das estações de monitoramento da qualidade da água na bacia hidrográfica do rio Ipojuca...................................... 35
Figura 10 - Cartograma com a distribuição espacial do CSA.......................... 37
Figura 11 - Municípios dinâmicos (2002 – 2007) inseridos na bacia hidrográfica do rio Ipojuca............................................................. 40
Figura 12 - Municípios estagnados (2002 – 2007) inseridos na bacia hidrográfica do rio Ipojuca............................................................. 41
Figura 13 - Topologia do cenário 2010............................................................ 52
Figura 14 - Topologia do cenário 2015 e 2025................................................ 53
Figura 15 - Adutoras na bacia hidrográfica do rio Ipojuca............................... 54
Figura 16 - Curvas chuva/déficit/escoamento – UA1....................................... 56
Figura 17 - Curvas chuva/déficit/escoamento – UA4....................................... 56
Figura 18 - Precipitação anual na bacia hidrográfica do rio Ipojuca................ 57
Figura 19 - Curva chuva x vazão para a UA1.................................................. 58
Figura 20 - Curva chuva x vazão para a UA2.................................................. 58
Figura 21 - Curva chuva x vazão para a UA3.................................................. 59
Figura 22 - Curva chuva x vazão para a UA4.................................................. 59
Figura 23 - Aporte mensal para a UA1............................................................ 60
Figura 24 - Aporte mensal para a UA2............................................................ 60
Figura 25 - Aporte mensal para a UA3............................................................ 61
Figura 26 - Aporte mensal para a UA4............................................................ 61
Figura 27 - Balanço chuva – evaporação para a UA1..................................... 83
Figura 28 - Balanço chuva – evaporação para a UA2..................................... 84
Figura 29 - Balanço chuva – evaporação para a UA3..................................... 84
Figura 30 - Balanço chuva – evaporação para a UA4..................................... 85
Figura 31 - Curva cota x área x volume – Reservatório Pão de Açúcar.......... 86
vii
Figura 32 - Curva cota x área x volume – Reservatório Bituri (Eng. Severino Guerra).......................................................................................... 87
Figura 33 - Curva cota x área x volume – Reservatório Belo Jardim.............. 88
Figura 34 - Curva cota x área x volume – Reservatório Eng. Maranhão......... 89
Figura 35 - Regra de gestão para o reservatório Belo Jardim.................... 90
viii
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Municípios da bacia hidrográfica do rio Ipojuca e respectivas UAs.............................................................................................. 16
Quadro 2 - Distribuição dos municípios da Bacia por RD.............................. 17
Quadro 3 - Relação dos municípios por macrozona...................................... 23
Quadro 4 - Distribuição dos municípios e respectivos índices CSA, por macrozona................................................................................... 36
Quadro 5 - Bacia hidrográfica do rio Ipojuca - Nº de municípios e população por classes de tamanho da população – 2007........... 42
Quadro 6 - Identificação das potencialidades econômicas dos municípios da bacia hidrográfica do rio Ipojuca............................................. 45
Quadro 7 - Investimentos previstos para municípios pertencentes à bacia hidrográfica do rio Ipojuca............................................................ 47
Quadro 8 - Aportes mensais da UA1............................................................. 60
Quadro 9 - Aportes mensais da UA2............................................................. 60
Quadro 10 - Aportes mensais da UA3............................................................. 61
Quadro 11 - Aportes mensais da UA4............................................................. 61
Quadro 12 - Evolução da população urbana e da demanda “abastecimento humano” na bacia hidrográfica do rio Ipojuca.............................. 63
Quadro 13 - Evolução da população rural e da demanda “abastecimento humano” correspondente na bacia hidrográfica do rio Ipojuca.... 64
Quadro 14 - Síntese das demandas de água para o abastecimento humano na bacia hidrográfica do rio Ipojuca............................................. 66
Quadro 15 - Ligações e ordens de prioridade consideradas para as simulações (demanda humana)................................................... 68
Quadro 16 - Efetivo rebanho da bacia hidrográfica do rio Ipojuca de 2005 até 2008 (cabeças)...................................................................... 69
Quadro 17 - Taxa percentual de crescimento por UA e por tipo de rebanho... 70
Quadro 18 - Efetivo do rebanho por UA em BEDA (bovino equivalente)......... 70
Quadro 19 - Demanda e consumo da pecuária por UA para a situação atual e os cenários futuros (m³/ano)..................................................... 70
Quadro 20 - Taxa de crescimento anual de irrigação...................................... 71
Quadro 21 - Cálculos globais das demandas de irrigação para cada Unidade de Análise (UA) da bacia hidrográfica do rio Ipojuca..... 72
Quadro 22 - Entradas no modelo incluindo o coeficiente de retorno ao rio de 30 %............................................................................................. 76
Quadro 23 - Taxa média de crescimento anual do PIB Nordestino e Brasileiro...................................................................................... 76
ix
Quadro 24 - Demanda indústrias e principais atividades econômicas (m³/ano)........................................................................................ 77
Quadro 25 - Demanda cana de açúcar............................................................ 77
Quadro 26 - Síntese da demanda total para indústria..................................... 77
Quadro 27 - Ligações e ordens de prioridade consideradas para as simulações (demanda irrigação e indústria)................................ 78
Quadro 28 - Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA1 – 2010..................................................... 78
Quadro 29 - Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA2 – 2010..................................................... 78
Quadro 30 - Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA3 – 2010..................................................... 79
Quadro 31 - Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA4 – 2010..................................................... 79
Quadro 32 - Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA1 – 2015..................................................... 80
Quadro 33 - Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA2 – 2015..................................................... 80
Quadro 34 - Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA3 – 2015..................................................... 80
Quadro 35 - Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA4 – 2015..................................................... 81
Quadro 36 - Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA1 – 2025..................................................... 81
Quadro 37 - Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA2 – 2025..................................................... 81
Quadro 38 - Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA3 – 2025..................................................... 82
Quadro 39 - Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA4 – 2025..................................................... 82
Quadro 40 - Valores de evaporação, chuva e balanço para os reservatórios da UA1......................................................................................... 83
Quadro 41 - Valores de evaporação, chuva e balanço para os reservatórios da UA2......................................................................................... 83
Quadro 42 - Valores de evaporação, chuva e balanço para os reservatórios da UA3......................................................................................... 84
Quadro 43 - Valores de evaporação, chuva e balanço para os reservatórios da UA4......................................................................................... 85
Quadro 44 - Dados cota x área x volume – Reservatório Pão de Açúcar........ 86
Quadro 45 - Dados cota x área x volume – Reservatório Bituri (Eng. Severino Guerra).......................................................................... 87
x
Quadro 46 - Dados cota x área x volume – Reservatório Belo Jardim............ 88
Quadro 47 - Dados cota x área x volume – Reservatório Eng. Maranhão....... 89
Quadro 48 - Situação 2015 com gestão atual ou com controle das demandas irrigação e indústria, e comparação........................... 94
Quadro 49 - Situação 2015 com gestão atual ou com controle das demandas irrigação e indústria, e comparação........................... 96
Quadro 50 - Situação 2025 com gestão atual ou com controle das demandas de irrigação e indústria, e comparação...................... 99
Quadro 51 - Evolução do impacto da regulação das demandas de irrigação e indústria aos diferentes horizontes........................................... 102
Quadro 52- Impacto da transposição do SF sobre a diminuição dos déficits sem a irrigação e a indústria conectadas (cenário tendencial).... 105
Quadro 53 - Impacto da transposição do SF sobre a diminuição dos déficits sem a irrigação e a indústria conectadas (cenário sustentável).. 106
Quadro 54 - Evolução dos déficits levando em conta as vazões ecológicas... 107
Quadro 55 - Síntese das incertezas e hipóteses............................................. 111
Quadro 56 - Síntese dos resultados das variáveis analisadas para o cenário tendencial da bacia hidrográfica do rio Ipojuca............................ 115
Quadro 57 - Síntese dos resultados das variáveis analisadas para o cenário sustentável da bacia hidrográfica do rio Ipojuca.......................... 119
xi
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
APL Arranjos Produtivos Locais
CIPS Complexo Industrial Portuário de Suape
CPRH Agência Estadual de Meio Ambiente
COBH Comitê de Bacia Hidrográfica
CSA Condição de Saneamento Ambiental
DMD Dinâmica Microregional Demográfica
DNOCS Departamento Nacional de Obras Contra as Secas
FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
FIRJAN
IBGE
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
FUNASA Fundação Nacional de Saúde
IDH Índice de Desenvolvimento Humano
IFDM Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal
INTG Instituto de Tecnologia em Gestão
MAGRE Modelo de Aproveitamento e Gestão de Recursos Hídricos
MODHAC Modelo Hidrológico Autocalibrável
MZ Macrozona
MI Ministério da Integração
NIB Necessidade de Irrigação Bruta
OGU Orçamento Geral da União
PARH Plano de Aproveitamento dos Recursos Hídricos
PDRH Plano Diretor de Recursos Hídricos
PERH Plano Estadual de Recursos Hídricos
PIB Produto Interno Bruto
PLIRHINE Plano de Aproveitamento Integrado dos Recursos Hídricos do Nordeste
PHA Plano Hidroambiental
PCH Pequena Central Hidrelétrica
PEA População Economicamente Ativa
PPA Plano Plurianual
RD Região de Desenvolvimento
REGIC Região de Influência das Cidades
RMR Região Metropolitana do Recife
SMAP Soil Moisture Acounting Procedure
xii
SECTMA Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente
SEPLAG Secretaria de Planejamento e Gestão
UA Unidade de Análise
UC Unidade de Conservação
VOL. Volume
xiii
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DO PLANO HIDROAMBIENTAL. ........................................... iii
APRESENTAÇÃO DO TOMO II........ ..................................................................... iv
RESUMO................................................................................................................ v
LISTA DE FIGURAS................ .............................................................................. vi
LISTA DE QUADROS................................... ......................................................... viii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS..................... ........................................... xi
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 14
2 METODOLOGIA.................................................................................................. 15
2.1 ZONEAMENTOS DA BACIA E SUA CARACTERIZAÇÃO.............................. 15
2.1.1 Zoneamento por Unidades de Análise (UA) ................................................. 15
2.1.2 Zoneamento por Regiões de Desenvolvimento (RD) ................................... 16
2.1.3 Zoneamento socioambiental.......................................................................... 18
2.1.4 Zoneamento hídrico do MAGRE.................................................................... 22
2.2 METODOLOGIA PARA OS CENÁRIOS.......................................................... 23
2.2.1 Abordagem hídrica (MAGRE) ....................................................................... 26
2.2.2 Variáveis consideradas no estudo................................................................ 31
3 SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO HIDROAMBIENTAL ........................................... 43
4 RESULTADOS HIDROLÓGICOS DO MAGRE .................................................. 51
4.1 HIPÓTESES DE TRABALHO........................................................................... 51
4.1.1 Hipóteses gerais............................................................................................ 51
4.1.2 Hipótese particular: águas subterrâneas....................................................... 51
4.2 DADOS DE ENTRADA..................................................................................... 55
4.2.1 Aportes de água na bacia hidrográfica do rio Ipojuca................................... 55
4.2.2 Demandas de água na bacia......................................................................... 62
4.2.3 Reservatórios da bacia................................................................................. 82
4.3 FUNCIONAMENTO HIDRÁULICO DO SISTEMA............................................ 90
4.3.1 Princípios de gestão...................................................................................... 90
5 FORÇAS TENDENCIAIS.................................................................................... 91
5.1 TENDÊNCIAS HÍDRICAS (MAGRE) .............................................................. 91
5.1.1 Interpretação dos resultados......................................................................... 108
5.2 TENDÊNCIAS AMBIENTAIS, ECONÔMICAS E SOCIAIS.............................. 108
6 CENÁRIOS.......................................................................................................... 109
6.1 INCERTEZAS E HIPÓTESES.......................................................................... 109
6.2 PROJEÇÃO DOS CENÁRIOS.......................................................................... 112
xiv
6.2.1 Cenário tendencial......................................................................................... 112
6.2.2 Cenário sustentável....................................................................................... 115
7 RECOMENDAÇÕES PARA UM CENÁRIO SUSTENTÁVEL......... ................... 120
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 122
ANEXOS................................................................................................................. 135
14
1 INTRODUÇÃO
Os estudos de Cenários têm sido muito utilizados em planejamento estratégico, por oferecer um referencial para futuros alternativos e mostrar uma evolução plausível da realidade, em face dos quais, decisões poderão ser tomadas. As metodologias adotadas embora não possam eliminar incertezas, nem definir categoricamente a trajetória futura da realidade estudada são capazes de contribuir de forma significativa para uma visão de futuro (Buarque, 2003).
Desse modo, um cenário não é a realidade futura, mas um meio de representá-la tendo em vista iluminar a ação presente à luz dos futuros possíveis e desejáveis. É importante destacar que os Cenários só têm utilidade e credibilidade se respeitarem quatro condições básicas: pertinência, coerência, verossimilhança, e transparência, sendo para isso necessário colocar as questões corretas de modo que os resultados possam ser apropriados pelos atores envolvidos.
Para a construção de Cenários Tendenciais, Buarque (op. cit.) propõe o seguinte fluxograma (Figura 1) cujos parâmetros representam:
• Elementos constantes: aqueles que continuarão no futuro a ter a mesma forma e o mesmo conteúdo identificados no presente, e apresenta realidades iguais em qualquer cenário.
• Mudanças predeterminadas: o comportamento futuro que já pode ser antecipado e apresenta realidades iguais em qualquer cenário.
• Mudanças incertas: aqueles que no futuro devem apresentar comportamento diferente daquele do presente e cujo caminho não pode ser antecipado, sendo descrito por meio da formulação de hipóteses que irão resultar nos cenários.
Figura 1 - Processo de construção dos cenários alternativos. Fonte: Buarque (2003).
Assim, a base para a construção de cenários tendenciais deverá refletir o progressivo conhecimento do sistema em análise, tendo como ponto de partida uma listagem de variáveis determinantes (Buarque op. cit.), entendidas como linhas de movimento da dinâmica ambiental, social e econômica que, na ausência de forças ativas em sentido contrário, tendem a prevalecer em futuro próximo. Os cenários
CONDICIONANTES
(Tendências Visíveis)
Futuros quase constante em todas
as alternativas
Combinação de hipóteses
VARIÁVEIS EXPLICATIVAS (Estrutura
do Objeto)
Mudanças Incertas
Mudanças pré-determinadas
Elementos Constantes
Cenário A
Cenário B
Cenário C
15
tendenciais correspondem à extrapolação das tendências, normalmente as mais prováveis, a partir de dados levantados, e tratados quantitativamente, para o sistema analisado.
A construção dos cenários se consolida pela análise conjunta da percepção das partes diretamente interessadas no planejamento resultante do sistema em análise (especialistas, administradores públicos e usuários), sinalizando para um quadro virtual futuro, cujas partes componentes são prospecções. Em sua montagem são mescladas especificidades da organização econômica, ambiental, social, política e institucional. Portanto, trabalha-se com um campo de variação amplo, com limites entre uma situação mais provável – tendencial (no sentido de se antever uma trajetória), e uma situação desejável que incorpore juízo de valor e finalidades de desenvolvimento sustentável.
Com os pressupostos estabelecidos, estes são sistematizados e as hipóteses são identificadas. Neste trabalho, ênfase especial foi dada aos pressupostos e hipóteses relativas à evolução da demanda de recursos hídricos e sua gestão.
2 METODOLOGIA
2.1 ZONEAMENTOS DA BACIA E SUA CARACTERIZAÇÃO
2.1.1 Zoneamento por Unidades de Análise (UA)
O Plano Diretor da Bacia Hidrográfica do rio Ipojuca (PDRH, 2002), estabeleceu a divisão da Bacia em quatro Unidades de Análise (UA), de acordo com critérios hidrológicos e o perfil socioeconômico dos municípios. O agrupamento dos municípios neste Plano Diretor resultou no agrupamento especial conforme apresentado na Figura 2 e Quadro 1.
Figura 2 – Zoneamento da Bacia por Unidades de Análise – UA. Fonte: PDRH (2002).
16
Quadro 1 - Municípios da bacia hidrográfica do rio Ipojuca e respectivas UAs. Unidade de Análise Município Área na UA (Km²)
UA 1
Arcoverde 96,08 Alagoinha 60,94 São Bento do Una 70,88 Cachoeirinha 1,78 Sanharó 244,68 Tacaimbó 6,77 Venturosa 1,63 Belo Jardim 227,96 Poção 183,69 Pesqueira 598,97
UA 2
Altinho 2,9 Tacaimbó 134,1 São Caetano 257,6 Agrestina 0,1 Caruaru 343,3 Riacho das Almas 8,2 Belo Jardim 6,8
UA 3
Agrestina 1,35 Caruaru 45,52 Bezerros 207,04 Riacho das Almas 0,05 Amaraji 2,04 Sairé 77,26 Gravatá 189,99 Chã Grande 48,25 Pombos 2,09
UA 4
Amaraji 58,43 Primavera 89,46 Gravatá 0,66 Chã Grande 13,42 Pombos 64,91 Vitória de Santo Antão 39,04 Escada 195,29 Ipojuca 153,05
2.1.2 Zoneamento por Regiões de Desenvolvimento (RD)
Em 2003, o Plano de Inclusão Social elaborado pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco - CONDEPE/FIDEM reorganizou este ordenamento territorial por Região de Desenvolvimento, onde os municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do rio Ipojuca integram as Regiões de Desenvolvimento do Moxotó, Agreste Central e Meridional, Mata sul e Metropolitana, conforme detalhamento na Figura 3 e Quadro 2.
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Figura 3 – Zoneamento da Bacia por regiões de desenvolvimento.
Quadro 2 – Distribuição dos municípios da Bacia por RD. Região de
Desenvolvimento Município Bacia Hidrográfica
Área (km²)
% da área na bacia Observação
Sertão do Moxotó Arcoverde Ipojuca 355 27,06% Sede localizada fora da Bacia
Agreste Meridional Venturosa Ipojuca 337 0,48% Sede localizada fora da Bacia
Agreste Central
Agrestina Ipojuca 204 0,72% Sede localizada fora da Bacia
Alagoinha Ipojuca 201 30,32 Sede localizada fora da Bacia
Altinho Ipojuca 455 0,64 Sede localizada fora da Bacia
Belo Jardim Ipojuca 645 36,4 -
Bezerros Ipojuca 487 42,51 -
Cachoeirinha Ipojuca 180 0,99 Sede localizada fora da Bacia
Caruaru Ipojuca 933 41,67 -
Gravatá Ipojuca 510 37,38 -
Pesqueira Ipojuca 1009 59,36 Sede localizada fora da Bacia
Poção Ipojuca 201 91,39 -
Riacho das Almas Ipojuca 315 2,61 Sede localizada fora da Bacia
Sairé Ipojuca 196 39,42 Sede localizada fora da Bacia
Sanharó Ipojuca 253 96,71 -
São Bento do Una Ipojuca 724 9,79 Sede localizada fora da Bacia
São Caetano Ipojuca 378 68,15 -
Tacaimbó Ipojuca 230 58,3 -
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Quadro 2 – Distribuição dos municípios da Bacia por RD. Região de
Desenvolvimento Município Bacia Hidrográfica
Área (km²)
% da área na bacia Observação
Mata Sul Chã Grande
Ipojuca/ Capibaribe 75 82,23 -
Pombos Ipojuca/ Capibaribe 244 27,46 Sede localizada fora
da Bacia
Vitória de Santo Antão Ipojuca/ Capibaribe 339 11,52 Sede localizada fora
da Bacia
Amaraji Ipojuca 236 25,62
Sede localizada fora da Bacia
Escada Ipojuca 342 57,1 -
Primavera Ipojuca 111 80,6 -
Metropolitana Ipojuca Ipojuca 529 28,93 -
Fonte: Plano de Inclusão Social elaborado pela Agencia Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco - CONDEPE/FIDEM, 2003.
2.1.3 Zoneamento socioambiental
A diversidade fisiográfica, ecológica, sociocultural e econômica da Bacia hidrográfica do rio Ipojuca determina a existência de espaços geográficos singulares, que podem ser identificados como macrounidades ambientais. Essas unidades apresentam dinâmica própria no que se refere às interações dos elementos da natureza (solo, relevo, clima, água, fauna e flora) e, entre estes e as diversas atividades humanas atualmente em curso (agrícolas, industriais, urbanas, etc.), potencializando os seus efeitos sobre os recursos hídricos, sobre as populações e sobre a dinâmica econômica permitindo uma extrapolação de cenários espaciais quantitativa e qualitativamente presumíveis.
Foi realizada a análise crítica das propostas existentes de zoneamento para a bacia hidrográfica do rio Ipojuca quanto à sua adequação para a avaliação hidroambiental, considerando inicialmente cada município individualmente, como a menor unidade de análise, os quais foram reagrupados conforme identidades potenciais e fragilidades, por fatores socioeconômicos que permitissem avaliar os diferentes tipos de uso e demanda de água, para um reagrupamento e comparação com os resultados do zoneamento existentes (UAs e RDs), sua ratificação ou correção de delineamento.
As macrozonas referentes ao segmento Socioeconômico foram definidas com base em dois estudos específicos sobre a economia e a dinâmica sócio-espacial dos centros urbanos brasileiros e sobre as Regiões de Desenvolvimento do estado, a saber:
• O REGIC (IBGE, 2007), referente às regiões de influência das cidades brasileiras, constitui-se numa linha de pesquisa desenvolvida pela IBGE desde a década de 1970. É considerado por muitos especialistas num dos mais completos estudos existente hoje no país sobre a identificação e caracterização da estrutura e hierarquização dos municípios pólos, segundo o grau de influência que exerce sobre os demais municípios da rede urbana brasileira, considerando os níveis nacional, regional e local. Em sua recente atualização, utilizada neste estudo para a definição dos Pólos de Desenvolvimento existentes no âmbito da bacia hidrográfica, o IBGE retoma a concepção utilizada nos primeiros estudos realizados, que resultaram na
Continuação
19
Divisão do Brasil em regiões funcionais urbanas (1972), ou seja, estabelece inicialmente uma classificação dos centros e, a seguir, delimita suas áreas de atuação. Assim, nessa última versão privilegiou-se a função de gestão do território, considerando que “centro de gestão do território [...] é aquela cidade onde se localizam, de um lado, os diversos órgãos do Estado e, de outro, as sedes de empresas cujas decisões afetam direta ou indiretamente um dado espaço que passa a ficar sob o controle da cidade através das empresas nela sediadas” (Corrêa, 1995, p. 83, apud IBGE, 2007);
• O Plano de Inclusão Social elaborado pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco - CONDEPE/FIDEM, publicado no final de 2003, e elaborado para cada uma das doze regiões de desenvolvimento do Estado. Desses planos foram particularmente destacados os itens referentes a leitura da realidade e ao mapa de potencialidades, com ênfase sobre a identificação dos APLs (Arranjos Produtivos Locais) principais e dos centros urbanos (“cidades pólo”) de referência microlocal, local, microrregional, regional e estadual. Importante destacar que foi utilizada neste segmento relativo ao cenário a versão mais atualizada desses dois elementos (leitura da realidade / mapa de potencialidades), elaborada pela Agência quando da implementação do Projeto Todos por Pernambuco, a partir de 2007, tendo sido essa atualização utilizada, inclusive, como base para a elaboração do novo PPA Estadual (2008-2011).
De forma complementar foram ainda utilizados, para definição desses Pólos de Desenvolvimento (macrozonas) dois trabalhos publicados recentemente sobre a economia do Estado, cuja atualidade e víeis de análise e abrangência foi considerado de grande importância para obtenção de uma melhor configuração dos recortes territoriais a serem definidos para cada um desses Pólos, como também para a identificação das tendências de desenvolvimento para cada um dos setores econômicos (APLs) existentes nesses pólos. São eles:
• O estudo intitulado “A Economia de Pernambuco: Uma Contribuição para o Futuro”, resultante de uma iniciativa do Governo do Estado, por intermédio da então Secretaria de Planejamento (hoje Secretaria de Planejamento e Gestão – SEPLAG), publicado em 2006. Ao todo foram realizados 40 estudos individuais, sendo 12 de natureza “sistêmica” (ou especiais) e 28 setoriais. Os primeiros abordaram fatores que influenciam o ambiente geral de atividades da economia pernambucana, tais como a Administração Pública e o Meio Ambiente. Por sua vez, os estudos de natureza setorial cobriram não apenas os grupos de atividades econômicas mais conhecidas do Estado (como o setor sucroalcooleiro, de confecções e o da indústria do gesso), mas também outros que poderão vir a se tornar muito importantes no futuro do Estado. O objetivo principal do Estudo foi “reunir o melhor conhecimento possível sobre a situação atual, as perspectivas de longo prazo e as ações de Governo recomendadas para acelerar o desenvolvimento econômico do Estado”;
• A Pesquisa Empresas & Empresários - “Pernambuco competitivo: saber olhar para saber fazer” - publicada pelo Instituto de Tecnologia em Gestão (INTG), em 2009. Essa E&E apresenta como uma de suas características fundamentais o fato de que, das empresas escolhidas até a análise das percepções registradas, a formulação de uma proposta de indagação como semente de mobilização, buscando gerar elementos concretos para a melhoria das condições competitivas das empresas e do Estado de um modo geral. Com esse propósito, foi investigado desde
20
a sua primeira versão, como pensam, agem e se posicionam os empresários pernambucanos em relação à sua empresa, ao seu papel de agentes do desenvolvimento e ao potencial econômico do Estado, vinculando-se, de modo inequívoco, o destino de Pernambuco ao destino do empresariado. Esta última versão da Pesquisa Empresas & Empresários - a Edição 10 – ampliou, para além das versões anteriores, o “mergulho” na realidade da economia pernambucana ao analisar a fundo os principais setores econômicos do Estado.
Feita a análise distribuída por município e agrupada por macrozonas homogêneas, ajustadas sob a ótica socioeconômica, o mapeamento resultante foi apresentado para análise, ajustes e consolidação pelos usuários da Bacia e administradores públicos participantes da Oficina de Cenários, realizada em 05/02/2010, em Porto de Galinhas – Ipojuca (ANEXO 1).
No decorrer da 2ª Oficina, que tratou especificamente de cenários, foram obtidos com os participantes, subsídios importantes para a consolidação da delimitação das macrozonas propostas pelos especialistas. Como contribuição da leitura pelos usuários da bacia, foram propostos re-agrupamentos na posição de municípios dentro das macrozonas com base na percepção do grupo em relação às identidades dos municípios quanto aos pólos de desenvolvimento socioeconômico regional, resultando no mapa apresentado na Figura 4.
21
Figura 4 - Zoneamento dos Pólos de Desenvolvimento.
22
2.1.4 Zoneamento hídrico do MAGRE
Para identificação das macrozonas, foram considerados a necessidade de água (oferta), a Importância do abastecimento de água para geração de desenvolvimento dos municípios e o aproveitamento dos recursos hídricos naturais. Foram também analisados os pólos de desenvolvimento referentes ao segmento Socioeconômico, definidos com base nos resultados do diagnóstico e, em particular, nos resultados do modelo MAGRE.
Do ponto de vista da hidrologia, os resultados do diagnóstico indicaram que as características climáticas e a potencialidade dos recursos hídricos permitem dividir a bacia em três áreas ou macrozonas. Os parâmetros de climatologia estudados no Vol. 01/03 do TOMO I - Diagnóstico Hidroambiental (precipitações; temperaturas mensais médias, máximas e mínimas; umidade relativa; evapotranspiração potencial de Hargreaves; rendimentos anuais médios de TURC; e vazões específicas anuais médias), observou-se que a UA1 e UA2 apresentavam resultados semelhantes para cada variável, evidenciando que as duas Unidades de Análise podem ser tratadas como uma única área de estudo, sob a ótica da hidrologia.
A modelagem do software MAGRE permitiu identificar três macrozonas distintas, delimitadas em função das demandas, dos sistemas de fornecimento de água e da tipologia do modelo (Figura 5 e Quadro 3):
• Macrozona 1 (MZ-1) - área da bacia a montante do município de Tacaimbó;
• Macrozona 2 (MZ-2) - área entre os municípios de São Caetano e Chã Grande;
• Macrozona 3 (MZ-3) - a região a partir do município de Pombos.
Vale salientar que essas macrozonas respeitam os limites municipais e as localidades que geram demanda para cada sistema de abastecimento de água. Por isso foram respeitados os limites municipais, na delimitação dessas macrozonas.
Figura 5 – Zoneamento hidrológico baseado no Modelo MAGRE.
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Quadro 3 - Relação dos municípios por macrozona. MACROZONA MUNICÍPIO
MACROZONA 1
Alagoinha
Arcoverde
Belo Jardim
Cachoeirinha
Pesqueira
Poção
Sanharó
São Bento do Una
Tacaimbó
Venturosa
MACROZONA 2
Agrestina
Altinho
Bezerros
Caruaru
Chã Grande
Gravatá
Riacho das Almas
Sairé
São Caetano
MACROZONA 3
Amaraji
Escada
Ipojuca
Pombos
Primavera
Vitória de Santo Antão
Fonte: Projetec, 2010.
É importante salientar, que os resultados da modelagem do MAGRE, revelou um macrozoneamento hidrológico mais realista com relação ao balanço hídrico e à operação dos sistemas hídricos da bacia, passando então a ser adotado para a análise dos cenários e para a espacialização dos Planos de Investimentos.
As Unidades de Análise (UA1, UA2, UA3, UA4) adotadas preliminarmente para o Diagnóstico, com base nas informações do Plano Diretor de 2002, foram substituídas por macrozonas hidrológicas MZ1, MZ2 e MZ3 (Quadro 3), que acompanha limites municipais, tendo em vista as questões geopolíticas envolvidas na operação de reservatórios para o atendimento das demandas municipais.
2.2 METODOLOGIA PARA OS CENÁRIOS
A metodologia adotada para a análise de cenários tem como ponto de partida os resultados do Diagnóstico Hidroambiental, do qual são extraídas as forças tendenciais hídricas, ambientais, econômicas e sociais, e as incertezas que afetam os cenários. A partir daí são formuladas as hipóteses e construídas as cenas, culminando com a montagem dos cenários. A Figura 6 apresenta o detalhamento das etapas para formulação dos cenários.
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Diagnóstico Delimitação dos
objetos de estudo
Hipótese
Forças positivas Forças negativas
Desmembramento
das forças
a
b
c
d
...
a
b
c
d
...
Forças Principais e Secundárias
Variáveis de influência
Desmembramento
das forças
Forças Principais e Secundárias
Variáveis de influência
Figura 6 – Processo para a construção dos cenários.
Este trabalho construirá dois cenários, sendo um tendencial e o outro sustentável. A metodologia geral utilizada em tal construção é clássica neste tipo de trabalho, podendo esta ser observada na Figura 7.
Figura 7 – Metodologia geral para a construção dos cenários.
Para a construção dos Cenários as temáticas analisadas no Diagnóstico Hidroambiental do Ipojuca foram consideradas segundo quatro temáticas:
• Hídrica
• Ambiental
• Econômica
• Social
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Em cada um desses temas serão extraídas as principais tendências que pela força da inércia exercem influência sobre o futuro e portanto são elementos constituintes dos cenários.
Contudo os cenários não são repetições simples das tendências do passado, eventos críticos carregados de incerteza poderão mudar o curso das forças tendenciais. Sendo assim o terceiro passo é a identificação dessas incertezas críticas para a definição dos cenários.
Por sua própria natureza de incerteza esses elementos serão tratados como hipóteses, onde serão traçados neste trabalho duas perspectivas. Um conjunto de hipóteses que confirmam as tendências e outras que as modificam na direção sustentável. Neste item cabe uma observação importante, a temática hídrica não foi tratada como incerteza, pois parte-se do pressuposto de que todas as ações serão realizadas, a manutenção do regime de águas mantido. Assim ela estará exclusivamente no campo das tendências, na base de ambos os cenários.
Sendo assim, chega-se aos cenários propostos, tendenciais e sustentáveis. Cada uma das temáticas (exceto a hídrica tratada como tendência constante para ambos os cenários) terá uma variável quantificada para o período de análise. Estes períodos de análises serão aqui denominados de cenas. Foram definidas três cortes temporais ou cenas, 2010, 2015 e 2025.
A base para a construção dos cenários tendenciais deverá refletir o conhecimento do sistema em análise, considerando variáveis determinantes (Buarque, 2003), entendidas como linhas de movimento da dinâmica ambiental, social e econômica que, na ausência de forças ativas em sentido contrário, tendem a prevalecer em futuro próximo.
A identificação das tendências é feita com base em determinados critérios de avaliação, julgamento das alternativas e formulação de cenários específicos que, se alterados, poderão indicar outra alternativa como melhor solução. Para tanto, são analisados e identificados os potenciais efeitos sinérgicos e cumulativos dos principais conflitos que poderão influenciá-los. De tal forma os cenários tendenciais correspondem à extrapolação das tendências, normalmente as mais prováveis, a partir de dados levantados, para o sistema analisado.
Diferentemente do cenário tendencial, o cenário sustentável não se fundamenta em projeções a partir de indicadores técnicos ou econômicos, mas de uma apreciação qualitativa de dados levantados nos estudos preliminares, permitindo reestruturar a análise numa visão de longo prazo, re-ordenamento o crescimento e favorecendo o desenvolvimento sustentável.
As bases para esse cenário são as potencialidades, vantagens competitivas, deficiências, ameaças e a questão ambiental, podendo, ainda, conter potenciais de algumas atividades econômicas não contempladas nos cenários anteriores.
A ideia de sustentabilidade indica que, nas áreas de atuação do sistema, a definição das estratégias voltadas para o pleno desenvolvimento da bacia hidrográfica leva em consideração o uso responsável dos recursos naturais. A internalização do princípio do respeito ao meio ambiente deve ser objeto de todas as políticas setoriais como forma de elaborar e implantar um novo modelo de desenvolvimento, no qual as
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potencialidades regionais possam ser realizadas de forma solidária, procurando manter a qualidade de vida das futuras gerações. Assim, o aumento da competitividade de uma economia deve levar em consideração as questões ambientais e vice-versa.
Da perspectiva da vontade dominante na região, extraída de consulta à sociedade, nos cenários estabelecidos, deve-se construir uma nova perspectiva para o Sistema em análise baseada num modelo de desenvolvimento que concilie crescimento econômico e conservação dos recursos hídricos como meta principal, e dos recursos naturais em geral, de forma consorciada.
Considerando-se a estratégia do desenvolvimento sustentável, o gerenciamento integrado dos recursos hídricos assume papel relevante, devendo contribuir para evitar o desperdício e os conflitos sobre o uso da água. Neste cenário se busca o uso eficiente e racional da água, atingindo-se um equilíbrio entre as demandas hídricas da sociedade e as disponibilidades efetivas das águas superficiais e subterrâneas, primando pela obtenção de padrões desejáveis de sustentabilidade hídrica e a redução da vulnerabilidade periódica característica da região.
Por um lado, a meta do desenvolvimento sustentável requer do planejamento regional no qual as medidas e projetos de gerenciamento não só são avaliadas com respeito à viabilidade financeira e tecnológica, senão também idealmente com respeito a todos os aspectos (ecológicos, econômicos e sociais). Assim, é necessária uma análise integrada do sistema sob consideração. Por outro lado, um planejamento regional que leva em conta a equidade entre as gerações – ideia central do desenvolvimento sustentável – é apoiado através da geração de cenários.
Como instrumento de planejamento foram incorporadas as complexidades do sistema socioeconômico regional, concretizado por meio de diretrizes e estratégias que, muitas vezes, irão adquirir um caráter intersetorial, ou seja, as soluções apontadas envolverão ações que extrapolam o espaço de atuação de uma Secretaria ou órgão de Governo setorial. Esta característica evita a fragmentação e superposição das iniciativas, e a pulverização dos recursos, buscando a convergência e a atuação conjunta de diferentes áreas do governo, de organizações do terceiro setor e de empresas privadas – por exemplo, através de parcerias público-privadas.
Esta abordagem pretende tornar as ações do Estado mais efetivas, ampliando a parceria entre Estado e sociedade civil. Partindo desta lógica, os cenários construídos para uma temporalidade pré-estabelecida permitirão a identificação de situações futuras desejadas que possam ser mediadas pela ação conjunta e articulada dos atores públicos e privados.
A seguir será apresentada a metodologia de trabalho na questão hídrica, por se tratar de uma modelagem computacional mais complexa e por ser esta temática a única tratada como tendência irrevogável para ambos os cenários.
2.2.1 Abordagem hídrica (MAGRE)
Para a realização do balanço dos recursos hídricos – demanda x oferta de água ao nível da bacia hidrográfica do rio Ipojuca, foi utilizado o software MAGRE (Modelo de Aproveitamento e Gestão dos Recursos Hídricos), desenvolvido pela BRLi.
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Os dados básicos utilizados como entrada do modelo constituem-se num histórico dos aportes hidrológicos, bem como das características da Bacia, do estado dos recursos hídricos, do inventário das retiradas, dos modos de gestão, etc.
A bacia estudada é estruturada com o conjunto de seus componentes: sub-bacias, trechos de rio, reservatórios, tomadas de água e demais informações relevantes que se consiga levantar.
A topologia do modelo é representada por uma rede de nós e de arcos. Os nós são os elementos pontuais como os aportes, as barragens, enquanto os arcos representam as ligações entre os nós: rios, canais.
Cada tipo de objeto possui características e comportamento específicos em função do que ele representa. Por exemplo, para as barragens as características são a curva cota-área-volume e o comportamento é representado pelas normas de gestão (curvas de instrução).
Desenvolvimento da simulação
A partir das condições iniciais (fontes disponíveis, demandas e características físicas), o modelo simula o funcionamento de cada objeto.
Podem ser testados diferentes cenários de simulação com base em dados hidrológicos históricos utilizando as demandas projetadas para os anos vindouros, nesse caso foram analisados os horizontes de 2015 e 2025.
A interpretação dos resultados leva à definição de um diagnóstico da situação e à análise do balanço disponibilidade/demanda. É possível propor recomendações para a gestão e as obras na bacia, fornecer elementos de apoio à decisão para a implementação de políticas de gestão integrada.
Topologia de entrada do sistema
Para a elaboração da topologia da Bacia são utilizados dados relativos à organização da rede, às características dos objetos que a compõe, bem como os dados de ordem geral (definição do período hidrológico).
Esses dados de entrada, bem como o tipo de informação requerida em cada um são apresentadas a seguir:
Nós da Rede
Aporte hidrológico
Esses nós representam as entradas do sistema: fontes, aportes dos rios, chuvas na bacia.
Os dados que o usuário deve fornecer são as vazões mensais ou diárias (em m³/s). Os dados de entrada dos aportes hidrológicos são, na maioria das vezes, dados históricos de vazão das estações fluviométricas existentes na bacia.
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Aquífero
O objetivo desse nó não é modelar o funcionamento de um aquífero, mas avaliar as relações entre o aquífero e os rios em cada período. Esse nó realiza um balanço quantitativo ao nível do aquífero e os dados de saída são o volume que transita do aquífero para os rios e/ou vice-versa.
Reservatório
Esse objeto permite simular o funcionamento de um reservatório, bem como de um lago ou lagoa.
Os dados necessários são as características do reservatório e de suas obras hidráulicas associadas (volume inicial, mínimo e máximo, evaporação, características das turbinas, curvas cota-área-volume e o modo de gestão do reservatório através das curvas de instrução).
O objeto permite calcular as descargas e o impacto sobre o funcionamento do reservatório, as perdas e o volume turbinado e efetuar os balanços anuais e interanuais.
Tomada
Uma tomada representa uma divergência de fluxo, ou seja, a captação para um canal ou conduto, uma derivação do curso d’água para uma PCH, por exemplo;
A distribuição das vazões no nó de tomada é função das demandas expressas a jusante e das características das ligações a jusante, ele não considera nenhuma característica própria.
Pequena Central Hidrelétrica (PCH)
Esse objeto simula o funcionamento de uma PCH funcionando a fio d’água.
Os dados necessários são as características das turbinas, a altura de queda, o detalhe do funcionamento e as tarifas.
O nó seleciona os grupos a serem utilizados em função da vazão e da sazonalidade das tarifas, calcula a potência produzida, bem como as receitas.
Demandas de retirada
Essas demandas representam as necessidades de águas para abastecimento humano, irrigação, indústria ou navegação. Os dados de entrada são a tabela dos volumes a serem atendidos em cada nó. São identificadas:
• As demandas anuais fixas, que não variam de um ano para outro, mas podem ter variações mensais. Os valores são inseridos na tela;
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• As demandas anuais variáveis, que permitem considerar as variações anuais das demandas.
Esse nó funciona pela acumulação dos aportes dos arcos a montante e pelas retiradas da demanda, em função do seu nível de prioridade em relação às outras demandas a jusante e aos volumes disponíveis nos cursos d’água.
Demandas não retiradas
Esses objetos representam as demandas regulamentares devidas à implantação de uma obra em um curso d’água (vazão reservada/vazão ecológica) ou demandas ligadas ao combate à estiagem. Essas demandas não retiram nenhuma vazão do rio, porém se traduzem na necessidade da manutenção de uma vazão mínima no curso d’água.
Os dados necessários são as vazões mínimas a serem mantidas após o nó. O modelo calcula o volume diário a ser reservado ou as restrições a serem impostas aos demais usos.
Confluência
É um nó de junção que permite reunir dois afluentes, realiza a soma dos arcos a montante. Não é necessário nenhum dado para seu funcionamento.
Além disso, estes pontos característicos podem permitir verificar o comportamento hidrológico da bacia em diferentes locais importantes da rede hidrográfica, comparando os valores dados pelo modelo com os dados das estações fluviométricas.
Fim da rede
Esse nó representa a saída do sistema.
Arcos
Os arcos são ligações entre os nós. Eles representam os objetos seguintes ou um trecho desses objetos:
Rio
Os dados de entrada são a eficiência do arco e, de maneira opcional, a tabela de vazões mínimas, se for o caso.
Canal ou conduto
Um canal funciona de maneira similar a um rio, com exceção de que existe a possibilidade de receber a vazão máxima admissível.
Normas de gestão
As normas de gestão são definidas pelo usuário e permitem levar em conta as prioridades na alocação dos volumes disponíveis. Por exemplo, em um dado trecho
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de rio poderá ser definido atender primeiro à demanda reservada, depois ao abastecimento humano, e depois à irrigação, ou uma outra ordem, de acordo com a situação.
Existem as normas de gestão global e as normas de gestão local. As normas de gestão global são definidas para toda a bacia. As normas de gestão local são definidas para os nós, em particular para os nós de reservatório ou de obras.
a) Normas de gestão global
Devem ser definidos dois tipos de gestão global:
• A classificação das demandas da de maior para a de menor prioridade;
• A classificação das alocações.
Definindo as normas de "alocações", o usuário define para os nós de disponibilidade (aporte, reservatório, tomada) quais são as demandas a atender (vazão reservada, abastecimento humano) e determina as prioridades dentro dessas demandas.
Caso nenhuma instrução de alocação seja informada ao modelo, os objetos de demanda ignoram uns aos outros e a prioridade é dada pelo sentido do fluxo.
Caso contrário, informa-se ao sistema a destinação do fluxo. Os arcos são marcados pelos volumes alocados e cada nó pode deixar passar ou retirar o volume que lhe é destinado em função de sua prioridade em relação às outras demandas.
A alocação pode ser limitada em volume (normas contratuais de operação) ou modulada em função do estado das reservas (normas de gestão locais: racionamento, etc).
b) Normas de gestão local
Essas normas se aplicam em nível de cada nó de reservatório e definem as instruções de descarga a serem aplicadas. Em princípio, o funcionamento de um reservatório é o enchimento até que o volume máximo seja atingido e após o vertimento do excedente.
Para a gestão da represa, e necessário definir instruções de descarga, seja pelo viés de uma instrução histórica (calibragem do modelo por um funcionamento conhecido, histórico das vazões de descarga), seja utilizando alocações ("curva de instrução").
A utilização dessa função permite modular as descargas ou retiradas em função da estação e do volume da reserva. O armazenamento é dividido em parcelas volumétricas e sazonais para as quais se aplica um coeficiente moderador das demandas.
Exemplo: A partir do mês de junho e até o mês de setembro o reservatório não liberará água ou apenas certa proporção das demandas agrícolas, caso o volume seja inferior a 50.000m³.
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2.2.2 Variáveis consideradas no estudo
Para traçar cada uma das cenas previstas para os dois cenários, foram definidas variáveis que refletissem de alguma forma as temáticas ambiental, econômica e social.
Na temática ambiental foram definidos dois indicadores:
• Expansão agrícola
• Qualidade da água
Na temática econômica:
• Produto Interno Bruto (PIB)
Na temática social:
• Dinâmica Microrregional Demográfica (DMD)
• Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM)
Cada um desses indicadores foi projetado para ambos os cenários em três cenas, 2010, 2015 e 2025, espelhando a dinâmica das respectivas temáticas.
Os dados hidrológicos do MAGRE são considerados na análise dos cenários, como uma tendência representativa dos recursos hídricos que poderão ser disponibilizados para a sustentabilidade socioambiental e econômica da bacia hidrográfica.
Abordagem ambiental
Expansão agrícola
A proporção de áreas de preservação permanente, conservadas e/ou restauradas e protegidas como obriga a lei, seria um importante indicador, no entanto, a escala do mapeamento e o objeto do trabalho, contemplando toda a bacia, não possibilita obter essa informação. Também as áreas de reserva legal demarcadas e averbadas seriam um indicador interessante, atingindo 20% da área rural da bacia na situação ideal de cumprimento da legislação, porém os cadastros do órgão estadual de meio ambiente não permitem resgatar essa informação.
Assim, buscou-se identificar um indicador de áreas protegidas, analisando-o em função de dois componentes:
- Área de vegetação natural remanescente, com pouco ou nenhum antropismo ou representando um estágio de sucessão secundária que evidencia a sua capacidade de autoregenerar-se e prover a necessária proteção aos solos;
- áreas protegidas por instrumentos legais que impeçam a supressão da vegetação e/ou ordenem o seu uso. Como indicador destacaram-se como importante as Unidades de Conservação de Proteção Integral, voltadas a proteção integral da biota, e as UC de Uso Sustentável e outras áreas protegidas (que asseguram algum grau de conservação dos ecossistemas naturais).
32
Desta forma, adotou-se como indicador a relação entre a área de vegetação natural e as proporções de áreas protegidas com a área total de cada município, em relação à área total da macrozona. A Figura 8 apresenta a espacialização desses resultados.
Contudo a projeção a ser feita deve refletir os potenciais danos nestas áreas. Sendo assim para efeito analítico foi considerado a expansão agrícola como indicativo aproximado do potencial desmatamento proveniente desse tipo de expansão. Ou seja, caso sejam mantidos os elementos atuais da dinâmica de desenvolvimento da região, a expansão agrícola levaria a uma degradação e redução da área de cobertura vegetal natural.
Para tanto será feita a projeção da taxa de crescimento de área plantada na região, levando em consideração a maior disponibilização de água, dentro das cenas analisadas.
33
Figura 8 – Índice de área protegida.
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Qualidade da água
Este indicador tem forte significado sobre a disponibilidade de água na bacia, tendo em vista refletir o estado de poluição em que se encontram as águas superficiais. Por dificuldades de inserção no modelo MAGRE, este dado não foi considerado na análise quantitativa da disponibilidade de água, razão pela qual foi inserido na análise qualitativa.
O saneamento ambiental compreende os aspectos relacionados ao abastecimento de água (captação, tratamento, adução, reserva e distribuição); esgotamento sanitário (coleta, tratamento e disposição final); limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (coleta, tratamento e disposição final); manejo de águas pluviais (coleta e disposição final); controle ambiental de vetores e disseminação de doenças, controle ambiental do uso e ocupação do solo e, a prevenção e controle de excesso de ruídos e emissões atmosféricas.
A principal fonte poluidora dos recursos hídricos é o lançamento de efluentes domésticos e industriais, com elevada carga poluidora; outro fator relevante na degradação da qualidade das águas superficiais e subterrâneas é a disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos.
A ABNT define resíduos sólidos como sendo resíduos nos estados sólidos, semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e varrição. Os lixões, também conhecidos como vazadouros a céu aberto, caracterizam-se pelo simples descarte de resíduos sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. Essa forma de disposição facilita a proliferação de vetores (moscas, mosquitos, baratas, ratos); geração de maus odores e poluição das águas superficiais e subterrâneas pelo chorume.
O rio Ipojuca, de acordo com os resultados do monitoramento da qualidade da água realizado pela CPRH (Figura 9), apresenta-se poluído em todas as Unidades de Análise, devido principalmente às elevadas concentrações de amônia, fósforo e coliformes termotolerantes. As concentrações de OD iguais a zero e a elevada DBO5,20 observada a jusante dos centros urbanos e indústrias evidenciam o lançamento de esgotos domésticos e efluentes industriais acima da capacidade de autodepuração do rio.
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Figura 9 - Indicação das estações de monitoramento da qualidade da água na bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
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Em relação à carga orgânica total remanescente, que efetivamente aflui aos corpos d’água, 67,3% corresponde aos esgotos domésticos; 6% aos despejos industriais; e 26,7% às indústrias do setor sucroalcooleiro.
Para a análise qualitativa da rede hídrica da bacia enfocando os horizontes propostos, foi adotado um indicador de Condição de Saneamento Ambiental (CSA) afim de estimar a contribuição de carga poluente com valores normalizados de 0 a 1. Para a composição do indicador CSA (Condição de Saneamento Ambiental) foram considerados apenas os dados referentes ao lançamento de esgotos domésticos sem tratamento, na rede hídrica, pelos municípios que têm sua sede urbana na área da bacia e o volume de resíduos sólidos gerado pelos mesmos, sem destinação final em aterros sanitários.
Para o cálculo da carga orgânica remanescente de esgotos foi considerado 40% da carga potencial de 54g DBO/dia/habitante (ABNT). Para o cálculo da contribuição dos resíduos sólidos na contaminação dos recursos hídricos, foram considerados 40% da produção diária média dos municípios com sede na bacia, para os municípios que não destinam seus resíduos a aterros sanitários.
Na construção do indicador CSA foram considerados, portanto, dois componentes de segundo nível:
CSA-1 - carga poluidora remanescente de esgotos – obtida pela multiplicação da população de cada município pelo valor de 21,6 (g DBO/dia);
CSA-2 - carga poluidora difusa dos resíduos sólidos – produção de resíduos sólidos dos municípios na bacia.
Os valores obtidos foram agregados por macrozona e normalizados numa escala de 0 a 1, de modo a fornecer valores comparáveis, cuja média expresse o significado do indicador CSA (Quadro 4 e Figura 10).
A variação tendencial do CSA de 2010 para 2015 e 2025, foi obtido pela projeção do crescimento populacional e da produção de resíduos sólidos, de acordo com os parâmetros anteriormente estabelecidos. Para o cenário sustentável, especialmente no que se refere a redução das cargas poluidoras, deverão ser considerados os investimentos em infraestrutura previstos nas políticas de universalização do saneamento básico e na implantação de aterros sanitários.
Quadro 4 – Distribuição dos municípios e respectivos índices CSA, por macrozona. Macrozonas Municípios CSA 2010 CSA 2015 CSA 2025
Macrozona 1
Belo Jardim 0,44 0,49 0,41
Poção 0,03 0,03 0,02
Sanharó 0,18 0,17 0,17
Tacaimbó 0,01 0,01 0,02
Macrozona 2
Bezerros 0,18 0,24 0,17
Caruaru 1,00 1,00 1,00
Chã Grande 0,06 0,06 0,06
Gravatá 0,39 0,39 0,31
São Caetano 0,37 0,42 0,36
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Quadro 4 – Distribuição dos municípios e respectivos índices CSA, por macrozona. Macrozonas Municípios CSA 2010 CSA 2015 CSA 2025
Macrozona 3 Escada 0,33 0,39 0,31
Ipojuca 0,28 0,14 0,34
Primavera 0,08 0,07 0,07
Figura 10 – Cartograma com a distribuição espacial do CSA.
Abordagem econômica
PIB
Apesar de estarem concentrados em uma faixa de terra com pouco mais de 250km de largura, os vinte e cinco municípios localizados na Bacia Hidrográfica do rio Ipojuca apresentam certo grau de heterogeneidade em diversos aspectos demográficos, econômicos e sociais. Em grande medida, a identificação e descrição desses diferentes padrões e tendências se encontram detalhadas no Diagnóstico deste PHA.
Continuação
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De um modo geral, no que se refere a dinâmica econômica na área da Bacia Hidrográfica, pode-se constatar o protagonismo do setor agropecuário (e, consequentemente, de todos os APL correlacionados) na geração da riqueza dessa região, praticamente em todas as RDs inseridas na área da Bacia Hidrográfica, exceto no que se refere a RD Metropolitana. É possível constatar ainda os valores significativos da riqueza gerada nos setores industrial e de serviços nas RDs Metropolitana e do Agreste Central, sendo, nesta última, reflexo direto do pólo de confecções em crescente expansão nos últimos anos. Pode-se ainda observar, no caso particular da RD Mata Sul, a expressiva participação do setor agropecuário nessa última, especialmente no que se refere ao setor sucroalcooleiro.
Ao se analisar a taxa média de crescimento anual da população desses municípios entre 1996 e 2007 fica evidente o potencial de atração populacional de municípios que passam por uma fase de expansão econômica e aumento do nível de renda, como é o caso de Caruaru, na RD Agreste Central, e de Ipojuca, na RD Metropolitana. Além desses dois municípios, Belo Jardim, também situado na RD Agreste Central, é outro município que tem se destacado nesse aspecto, impulsionado, em grande parte, pelas indústrias de transformação ali instaladas e/ou em expansão, como é o caso da sede de uma das maiores empresas de acumuladores elétricos do País (Grupo Moura).
No que se refere ao município de Ipojuca, cabe destacar que essa dinâmica decorre, principalmente pela implantação em seu território de um dos maiores pólos de desenvolvimento econômico não só da RD Metropolitana, mais de toda a região do Nordeste brasileiro, o Complexo Industrial Portuário de Suape - CIPS. Com uma localização que privilegia sua característica de hub port1, o Porto de Suape tem-se consolidado como um dos principais centros logístico do país, com 8.410.397 toneladas de carga movimentada em 2008, número mais de três vezes superior ao que foi transportado em 2003. Além das atividades portuárias, o CIPS congrega um conjunto de empreendimentos de grande porte, em fase de implantação ou já em operação, como a Refinaria Abreu e Lima2 e o Estaleiro Atlântico Sul3, o maior do hemisfério sul. Tais empreendimentos têm movimentado bilhões de dólares nos últimos anos e criado milhares de oportunidades de emprego, o que tem atraído grandes contingentes de trabalhadores de outras regiões com destino ao município de Ipojuca, aumentando significativamente a demanda em relação aos serviços urbanos dessa região como um todo.
Por concentrar parte significativa do crescimento da economia de Pernambuco hoje sendo, inclusive, uma das áreas mais dinâmicas (Figura 11) do ponto de vista econômico do país - o município de Ipojuca configura-se como o município mais
a. 1 Hub port, ou ‘porto concentrador’, é um porto marítimo capaz de concentrar cargas e linhas
de navegação através de grandes navios, para posterior distribuição das cargas por navios de menor porte.
b. 2 Projeto da Petrobras em parceria com a PDVSA, empresa estatal de petróleo da Venezuela, a Refinaria Abreu e Lima irá ocupar uma área de 630 hectares, terá capacidade de processar 230 mil barris de petróleo/dia e demandará um investimento de US$ 12 bilhões. No auge da fase de implantação, já iniciada, o empreendimento demandará 20 mil empregados. O início das operações está previsto para acontecer em 2011.
c. 3 O Estaleiro Atlântico Sul, já em operação, ocupa uma área de 162 hectares no CIPS. Com investimento de R$ 1,4 bilhão, o empreendimento gerou quatro mil empregos diretos durante a fase da construção. Atualmente, tem capacidade para processar 160 mil toneladas de aço/ano e irá empregar, quando em plena operação, cinco mil. pessoas.
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dinâmico entre todos os demais municípios inseridos na área da bacia hidrográfica do rio Ipojuca. Com um crescimento exponencial de sua economia, a arrecadação municipal em Ipojuca cresceu vertiginosamente ao longo dos últimos anos, o que deu ao poder público municipal maior autonomia e segurança para realizar investimentos nas áreas de transporte, saúde e educação. Além disso, o crescimento do número de empregos possui um efeito multiplicador sobre a economia, gerando outros empregos e movimentando o setor de comércio e serviços local.
Por sua vez, entre os municípios estagnados (Figura 12), isto é, com taxas de crescimento do PIB inferiores à média dos municípios da bacia, aqueles que apresentam as taxas mais baixas estão concentrados principalmente na Região de Desenvolvimento Mata Sul (como também pode ser observado no Tomo I - Diagnóstico Hidroambiental – Vol. 03/03). O município de Primavera, em especial, apresenta-se como o mais estagnado dos municípios da bacia, com taxa de crescimento anual do PIB a preços correntes inferior a 7% entre 2002 e 2007. Municípios limítrofes, como Escada e Amaraji, também apresentam taxas baixas, o que evidencia a necessidade de implementar políticas públicas que visem melhor distribuir as riquezas geradas nessa região a partir dos grandes investimentos instalados no CIPS.
Além da estagnação econômica, municípios como Primavera e Amaraji destacam-se também por apresentar baixos indicadores no que diz respeito aos aspectos sociais e de qualidade de vida, como IDH e os indicadores de vulnerabilidade social. Outros municípios, como os limítrofes Cachoeirinha, Tacaimbó, São Caetano e Altinho, também apresentam situação desfavorável no que diz respeito ao crescimento da economia. Da mesma forma, é importante que tais municípios sejam alvo de investimentos específicos, que visem à sua inclusão, por exemplo, no dinâmico APL de Confecções ou mesmo do fortalecimento de seus setores econômicos mais importantes como a pecuária de corte e de produção de móveis, por exemplo.
Ressalva-se que nas “microrregiões dinâmicas” que, mantido o perfil de crescimento atual de sua economia, se observarão as maiores demandas pelo aumento da prestação dos serviços básicos, entre eles, a produção e o abastecimento de água, por exemplo. Por outro lado, nas “microrregiões pouco dinâmicas ou estagnadas” da bacia, esse quadro de estagnação deverá ser mantido no período estabelecido para o alcance deste PHA (2015 e 2025), salvo nos casos em que essa tendência venha a ser interrompida por futuras iniciativas, especialmente de âmbito governamental.
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Figura 11 – Municípios dinâmicos (2002 – 2007) inseridos na bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
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Figura 12 – Municípios estagnados (2002 – 2007) inseridos na bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
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Abordagem social
Dinâmica Microrregional Demográfica (DMD)
Aqui será feita a projeção do crescimento populacional para a região. Esse indicador é fundamental por dois aspectos. Primeiramente, assim como o econômico ele é um definidor da demanda por abastecimento de água, e em segundo nos dá uma melhor percepção dos desafios sociais, os quais são ampliados juntamente com o crescimento da população.
Do total dos municípios situados na bacia, mais de 60% tinham, segundo a Contagem da População (IBGE, 2007) até 50.000 habitantes, e apenas 8% (02 municípios – Vitória de Santo Antão e Caruaru) apresentavam mais de 100.000. Cerca de 80% do total dessa população se encontrava na área urbana dos municípios (Quadro 5).
Quadro 5 - Bacia hidrográfica do rio Ipojuca - Nº de municípios e população por classes de tamanho da população – 2007.
Classes de tamanho da população (Nº hab.)
Municípios
Número % População %
Até 20.000 10 40,0 149.264 12,63
De 20.001 a 50.000 6 24,0 167.196 14,14
De 50.001 a 100.000 7 28,0 455.282 38,52
Mais de 100.000 2 8,0 410.319 34,71
Total 25 100,0 1.182.061 100,00 Fonte: IBGE. Contagem da População, 2007. Nota: A contagem da população realizada pelo IBGE apresenta os resultados da população residente em 1º de abril de 2007. Para os municípios com mais de 170.000 habitantes não houve contagem da população e nesses casos foi considerada a estimativa na mesma data. Na área da Bacia, apenas os municípios de Caruaru e Recife apresentavam, nessa data, mais de 170.000 habitantes.
Sobre esse perfil observado na classificação dos municípios da bacia segundo o tamanho da população, a semelhança do que ocorre no país e mesmo no estado de Pernambuco, cabe destacar as considerações elaboradas pelo Prof. José Eli da Veiga em sua obra “Cidades Imaginárias – O Brasil é menos Urbano do que se Calcula”, publicado pela Editora Autores Associados, em 2003: após classificar, de modo adequado, como base nas estatísticas oficiais, os pequenos municípios brasileiros que podem ser considerados essencialmente rurais – num total de cerca de 4.500 municípios – constatou que destes, ¼ estão passando por processos de dinamismo e diminuindo as migrações em direção às cidades. Com isso o Brasil teria cerca de 30% de sua população vivendo em pequenas localidades de economia basicamente rural. Transpondo tal análise para o território da Bacia Hidrográfica, pode-se constatar um padrão similar, considerando o grupo de municípios até 50.000 habitantes. Por outro lado, os municípios que apresentam uma população acima de 50.000 (que concentram cerca de 70% da população total da bacia), são justamente aqueles onde se observa uma crescente participação dos setores industrial e de serviços.
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Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM)
Este índice foi escolhido em substituição ao IDH por ter dados mais recentes que melhor retratam a realidade dos municípios.
A metodologia do IFDM distingue-se do IDH por ter periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional. Estas características possibilitam o acompanhamento do desenvolvimento humano, econômico e social de todos os 5.564 municípios brasileiros, apresentando uma série anual, de forma objetiva e com base exclusiva em dados oficiais.
O IFDM considera, com igual ponderação, as três principais áreas de desenvolvimento humano, a saber, Emprego e renda, Educação e Saúde. A leitura dos resultados – por áreas de desenvolvimento ou do índice final – é bastante simples, variando entre 0 e 1, sendo quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento da localidade. Neste sentido, estipularam-se as seguintes classificações: municípios com IFDM entre 0 e 0,4 são considerados de baixo estágio de desenvolvimento; entre 0,4 e 0,6, de desenvolvimento regular; entre 0,6 e 0,8, de desenvolvimento moderado; e entre 0,8 e 1,0, de alto desenvolvimento.
3 SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO HIDROAMBIENTAL
A análise de Cenários para a bacia hidrográfica do rio Ipojuca tem como fonte preliminar de informações o Diagnóstico Hidroambiental, que constitui o Tomo I do Plano Hidroambiental da Bacia Hidrográfica do rio Ipojuca.
Este Diagnóstico, composto por três volumes (Vol. 01/03 – Recursos Hídricos; Vol. 02/03 – Meio Ambiente; Vol. 03/03 – Socioeconomia), adotou uma sequência básica de procedimentos metodológicos, embora para cada um dos temas abordados, tenham sido adotadas metodologias específicas, usuais na literatura corrente.
Desse modo o Vol. 01/03, que trata dos Recursos Hídricos superficiais e subterrâneos, adotou para o tratamento dos dados hidrológicos básicos (chuva x vazão) o modelo MODHAC (Modelo Hidrológico Autocalibrável), cujos resultados alimentaram diretamente o modelo MAGRE (Modelo de Aproveitamento e Gestão de Recursos Hídricos), juntamente com os dados da demanda hídrica na bacia, das características técnicas e operação dos reservatórios e das redes de distribuição de água existentes. Contém aspectos climáticos, disponibilidade de águas superficiais e subterrâneas, usos e demandas e balanço de oferta e demanda de água. A gestão dos recursos hídricos, também tratada nesse Volume, aborda os instrumentos da política dos recursos hídricos, como os Planos, a outorga, a cobrança pela água, o monitoramento e a fiscalização no âmbito da bacia hidrográfica. Para os fins desse Volume, foram consideradas preliminarmente como subdivisões da bacia hidrográfica do rio Ipojuca, as Unidades de Análise – UA, propostas pelo Plano Diretor de Recursos Hídricos, elaborado em 2002.
O Vol. 02/03, que contém a análise ambiental dos meios físico e biótico, além das questões referentes ao saneamento ambiental e uso do solo, atualizou os dados referentes ao solo e subsolo, considerando as características geológicas, geomorfológicas, pedológicas e minerárias, à cobertura vegetal, aos ecossistemas e áreas de proteção ambiental e à limnologia biótica. Embora não se dispusesse de
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uma espacialização mais densa das informações, os temas buscaram referenciar-se às Unidades de Análise (UA), sempre que possível, utilizando também divisões fisiográficas tradicionais na literatura ambiental de Pernambuco, bem como as divisões morfológicas ao longo do curso do rio. O saneamento ambiental teve como base para a qualidade da água, os dados de monitoramento da CPRH enquanto para os resíduos sólidos foram utilizados dados da SECTMA. O uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica do rio Ipojuca foi construído a partir do tratamento e análise de imagens de satélites, tendo como fim a obtenção desse mapa temático, contendo a espacialização dos tipos de uso, de acordo com o Manual Técnico de Uso da Terra (IBGE, 2006). Foram identificadas, comentadas e mensuradas as seguintes classes: Áreas antrópicas não agrícolas, áreas antrópicas agrícolas, áreas de vegetação natural e água.
O Vol. 03/03 trata das questões socioeconômicas tendo como principal base, os dados censitários do IBGE e aqueles obtidos nos órgãos estaduais de pesquisa e estatística, apoiado também em estudos acadêmicos e projetos institucionais. Para aderir de modo adequado aos dados produzidos pelas diversas fontes, foram adotadas como unidades espaciais de referência as Regiões de Desenvolvimento (RD) e os municípios, exigindo uma análise multiescalar do espaço socioeconômico. Foram identificadas também como unidades significativas os Arranjos Produtivos Locais (APL), alguns dos quais exercem forte influência no contexto socioeconômico da bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
E, por fim, ressalta-se as contribuições oriundas da Primeira Oficina de mobilização para o acompanhamento social do PHA na elaboração do Diagnóstico hidroambiental da Bacia.
Analisadas as potencialidades econômicas, uso do solo, existência e área total das unidades de conservação e as fontes de fornecimento hídrico apontadas nos estudos, cada município foi caracterizado a fim de estabelecer as identidades que consolidaram a delimitação do zoneamento proposto para o Plano Hidroambiental da bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
O Quadro 6 mostra a principal base econômica da bacia distribuída conforme a potencialidade econômica dos municípios.
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Quadro 6 - Identificação das potencialidades econômicas dos municípios da bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
Potencialidades econômicas Municípios
Atividade Agropecuária diversificada Fruticultura Pombos Horticultura Chã Grande Horticultura (orgânicos) Vitória de Santo Antão Pecuária Pesqueira Pecuária Bezerros Pólo de orgânicos Chã Grande
Centro Urbano - Serviços e comércio especializado Centro urbano de referência local Belo Jardim Centro urbano de referência regional Vitória de Santo Antão Metrópole estadual Caruaru
Atividade Industrial Indústria da construção civil (condomínios residenciais) Gravatá Indústria de transformação São Caetano Indústria de transformação Belo Jardim Indústria de transformação Pesqueira Pólo industrial de alimentos e bebidas Vitória de Santo Antão
Atividades Turísticas Turismo (circuito do frio) Pesqueira Turismo cultural e religioso (rota Luis Gonzaga) Gravatá Turismo cultural e religioso (rota Luis Gonzaga) Bezerros Turismo cultural e religioso (rota Luis Gonzaga) Pesqueira
Pólo Moveleiro Pólo moveleiro Gravatá Pólo moveleiro Caruaru Pólo moveleiro Bezerros
Pólo Têxtil/Confecções Pólo têxtil/confecções Caruaru Pólo têxtil/confecções Riacho das Almas Pólo têxtil/confecções Poção
Pólo de Artesanato Renascença Poção
Os dados analisados na fase do Diagnóstico confirmam as dinâmicas microrregionais demográficas e de crescimento do PIB que assinalam um perfil territorial disperso, num contexto de baixo crescimento econômico agregado do estado, de taxas cadentes de expansão da população, em grande medida atreladas a expansão dos APLs nessas microrregiões na área da bacia, ou fora dela, como é o caso, por exemplo, do APL de Tecidos e Confecções, mais conhecido como o Pólo de Confecções do Agreste Pernambucano, no entorno do eixo Caruaru – este Pólo é responsável hoje por 73,0% da produção de vestuário do estado, e gera 77 mil empregos diretos e indiretos, e apresenta cerca de 12 mil empresas formais e informais.
Além desse APL, merecem ainda ser destacados no âmbito da Bacia Hidrográfica, pelo impacto crescente que vem representando sobre a dinâmica econômica nessa região os APL do Turismo - atividade explorada em vários municípios da bacia, notadamente em municípios como Caruaru, Bezerros, Gravatá, Pesqueira, que possuem como principais atrações turísticas o artesanato, o comércio (Feira da sulanca), o Turismo do Forró (festa de São João), em Gravatá e Caruaru, e o Circuito do Frio, em Gravatá e Pesqueira; o da Pecuária de Leite e de Corte, especialmente nas RDs do Agreste Pernambucano; e, ainda, o da Indústria Sucroalcooleira, nas RDs da Mata Pernambucana (Mata Sul e RMR).
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A produção de móveis (Pólo moveleiro) no Agreste Central está dispersa por diversos municípios e encontra-se, em alguns casos, integrada ao artesanato. Destacam-se, em relação ao número de empregos diretos do setor moveleiro, os municípios de Tacaimbó e Gravatá, ambos inseridos na área da Bacia Hidrográfica. Gravatá tem se consolidado ainda, ao longo dos últimos anos, como um pólo dinâmico de lazer e turismo na região, com significativos empreendimentos na área de hotelaria e serviços correlatos, e de condomínios residenciais voltados ao turismo de inverno.
O município pólo de Belo Jardim ocupa uma posição importante dentro do contexto regional pela significativa presença de indústrias de transformação na área de produção de alimentos e de acumuladores elétricos (Acumuladores MOURA S.A).
A RD Metropolitana, onde está situado o município pólo de Ipojuca, apresenta inúmeras cadeias produtivas já consolidadas, destacando-se as relativas ao terciário moderno: turismo, ensino superior e pesquisas, serviços médicos especializados, tecnologia da informação, intermediação financeira, varejo moderno, serviços profissionais e de comunicação e publicidade. Em menor escala, as relacionadas ao segmento da indústria de transformação, como produtos alimentares e bebidas, produtos têxteis e vestuário, movelaria, papel e papelão, e, ainda, as cadeias da indústria sucroalcooleira e da avicultura.
A consolidação do Complexo Industrial Portuário de Suape – CIPS situado na porção sul da RMR, no município de Ipojuca, redefinirá, em grande parte, a definição dessas escalas no contexto da RMR, na medida em que ampliará, fortemente, a participação do setor industrial (indústria de bens de produção, de transformação e de bens de consumo, entre outras). Além do CIPS, cabe ainda destacar em relação ao município de Ipojuca o APL do Turismo, nomeadamente a localidade de Porto de Galinhas, enquanto pólo turístico de porte internacional. Mesmo estando fora da área da bacia, tanto o CIPS como o Pólo Turístico de Porto de Galinhas, pelo seu porte, amplitude e impacto ambiental que provocam no território dessa região, tem influência bastante significativa nessa porção da bacia.
Investimentos para a Bacia
Os investimentos em andamento, previstos e prováveis para cada macrozona estabelecida para análise, definirão os contextos a partir dos quais poderão ser projetados para o futuro (2015 e 2025) os cenários sustentáveis para a bacia.
O Quadro 7, a seguir, apresenta um panorama de ações previstas para os municípios pertencentes à Bacia hidrográfica do rio Ipojuca, as informações foram atualizadas em 05 de novembro de 2009.
É previsto um total de R$ 137.944.291,14, num total de 21 ações.
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Quadro 7 – Investimentos previstos para municípios pertencentes à bacia hidrográfica do rio Ipojuca. Tipo de contrato Nº contrato Fonte Nome da ação Município Valor
contratado Valor
solicitado Situação Reembolsado repasse
contratadas sem desembolso
0228.548-24 FGTS 2008 COMPLEMENTAÇÃO DE OBRAS (ALVORADA)
CARUARU 7.000.000,00
1ª ETAPA - REDE COLETORA. ORÇAMENTO EM ATUALIZAÇÃO; 2ª ETAPA - ETE . EM FASE DE ASSINATURA DE CONTRATO.
contratadas sem desembolso 806
FUNASA 2007 ÁGUA NAS ESCOLAS
DIVERSOS MUNICÍPIOS 2.500.000,00
EM ATENDIMENTO DE EXIGÊNCIAS DA FUNASA.
contratadas sem desembolso 288.930-27 OGU 2009/
Cidades
AMPLIAÇÃO E MELHORIAS NO SAA DE IPOJUCA
IPOJUCA 4.854.500,00
PROJETO EM ANÁLISE NA CAIXA, CONVÊNIO A SER ASSINADO PELO GOVERNADOR.
contratadas sem desembolso
556 FUNASA 2007
EXECUÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
VENTUROSA 2.112.000,00
PROJETO EM ELABORAÇÃO.
em andamento 0191077-33 FGTS 2006 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE AGUA DE POMBOS
POMBOS 8.701.330,00
EM ANDAMENTO. SEM DESEMBOLSO. PENDÊNCIA TITULARIDADE.
em andamento 0191061-54 FGTS 2006
IMPLANTAÇÃO DE SUBADUTORA DISTRITO INDUSTRIAL
CARUARU 2.776.015,35
EM ANDAMENTO. SEM DESEMBOLSO. PENDÊNCIA TITULARIDADE.
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Quadro 7 – Investimentos previstos para municípios pertencentes à bacia hidrográfica do rio Ipojuca. Tipo de contrato Nº contrato Fonte Nome da ação Município Valor
contratado Valor
solicitado Situação Reembolsado repasse
em andamento
248.209-43 FGTS 2008 ELABORACAO DE PROJETOS DE SAA EM AGRESTINA
AGRESTINA 421.052,63 269.906,57 EM LICITAÇÃO.
em andamento 0228.580-33 FGTS 2008
COMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE AGUA DE ESCADA
ESCADA 3.500.000,00 5.459.919,02
OBRA EM ANDAMENTO. PROJETO EM ANÁLISE NA CAIXA.
em andamento 0238.158-28 OGU 2007 ELABORAÇÃO DE PROJETO DE SAA EM ARCOVERDE
ARCOVERDE 562.107,69
EM ANDAMENTO. PENDÊNCIAS: TR EM REVISAO. FOI ENCAMINHADO A DEM SOLICITAÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL.
em andamento 0238.894-30 OGU 2007
ELABORACAO DE PROJETOS BÁSICO DE SES EM ARCOVERDE
ARCOVERDE 1.144.890,30 EM ANDAMENTO. PENDÊNCIAS: TR EM REVISAO.
recursos a serem remanejados 248.225-47 FGTS 2008
ELABORACAO DE PROJETOS DE SES EM BEZERROS
BEZERROS 631.578,95 OBRA EM ANDAMENTO PELA PREFEITURA.
contratadas com desembolso 0191063-72 FGTS 2007
SISTEMA DE ABASTECIMENTO D'AGUA TAQUARA SÃO CAETANO
SAO CAETANO 4.000.000,00 3.243.642,26 EM ANDAMENTO. R$ 3.600.000,00
contratadas com desembolso 248.212-90 FGTS 2008
ELABORACAO DE PROJETOS DE SES EM PESQUEIRA
PESQUEIRA 631.578,95 594.467,72 EM ANDAMENTO. R$ 75.537,83
Continuação
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Quadro 7 – Investimentos previstos para municípios pertencentes à bacia hidrográfica do rio Ipojuca. Tipo de contrato Nº contrato Fonte Nome da ação Município Valor
contratado Valor
solicitado Situação Reembolsado repasse
contratadas com desembolso
248.252-82 FGTS 2008 SAA - ADUTORA DE BEZERROS
BEZERROS 8.122.753,00 8.447.671,17 EM ANDAMENTO. R$ 4.057.490,85
contratadas com desembolso
016/2007 MI-DNOCS ADUTORA DO OESTE - RAMAIS III, V e VI
DIVERSAS LOCALIDADES
15.521.883,58 14.894.208,42
EM ANDAMENTO. PENDÊNCIA NA PRESTAÇÃO DE CONTAS.
R$ 10.248.477,89
contratadas com desembolso TC 02/2008 MI-DNOCS
COMPLEMENTAÇÃO DA ADUTORA DO OESTE
DIVERSAS LOCALIDADES 23.038.442,94 EM ANDAMENTO. R$ 10.623.392,08
contratadas com desembolso 811/07 FUNASA
ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE SAA E SES
DIVERSOS MUNICÍPIOS 5.222.222,22
HÁ AÇÕES EM ANDAMENTO E OUTRAS A LICITAR.
R$ 940.000,00
contratadas com desembolso
181/07 MI-PRÓAGUA
PROJETO INTEGRADO PARA REDUÇÃO E CONTROLE DE PERDAS DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE BELO JARDIM
BELO JARDIM 5.000.000,00 EM ANDAMENTO. R$ 4.000.000,00
contratadas com desembolso 0218.433-39 OGU 2007 SES DE IPOJUCA IPOJUCA 13.407.629,53 11.989.979,30 EM ANDAMENTO. R$ 1.962.661,96
contratadas com desembolso
0191229-63 FGTS 2006 IMPLANTAÇÃO DO SES DE ESCADA
ESCADA 16.100.000,00 16.100.000,00 EM ANDAMENTO. R$ 3.471.119,27
Continuação
50
Quadro 7 – Investimentos previstos para municípios pertencentes à bacia hidrográfica do rio Ipojuca. Tipo de contrato Nº contrato Fonte Nome da ação Município Valor
contratado Valor
solicitado Situação Reembolsado repasse
contratadas com desembolso
078/07 MI-PRÓAGUA
AMPLIAÇÃO DO SISTEMA INTEGRADO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA CIDADE DE AGRESTINA
AGRESTINA, ALTINHO, IBIRAJUBA e CACHOEIRINHA.
21.397.636,00 21.803.613,92 EM ANDAMENTO. R$ 7.680.732,88
21 AÇÕES TOTAL 137.944.291,14
Fonte: SRH.
Continuação
51
4 RESULTADOS HIDROLÓGICOS DO MAGRE
Este capítulo contém a abordagem desenvolvida pelo Modelo MAGRE, apresentado anteriormente quanto à sua metodologia geral.
4.1 HIPÓTESES DE TRABALHO
4.1.1 Hipóteses gerais
• Para as simulações foi adotado o passo de tempo mensal, pois não se necessita um passo de tempo mais fino que mensal, para a realização de balanço hídrico;
• A discretização dos nós foi feita por UA, por reservatórios maiores que 10 Milhões de m³ (Pão de Açúcar, Bituri, Belo Jardim, Eng. Maranhão), e por pontos estratégicos de demanda que correspondem as adutoras principais do sistema de abastecimento humano;
• Entre os nós: as demandas difusas são levadas em conta nos nós a montante ou a jusante (depende do caso) daquela demanda;
• Os aportes são discretizados a montante dos reservatórios, e entre dois reservatórios (aportes intermediários).
Na base da discretização dos nós e das considerações anteriores foi feita a topologia sintetizada apresentada na Figura 13 para 2010 (MAPA 7 no TOMO V). A Figura 14 apresenta a topologia para os horizontes 2015 e 2025 (MAPA 8 no TOMO V) e a Figura 15 com as adutoras atuais e futuras levadas em conta no funcionamento do modelo (MAPA 9 no TOMO V).
O objetivo da modelagem é disponibilizar para cada simulação o nível de satisfação da demanda em cada nó, para cada mês hidrológico do período de simulação.
Fazem-se simulações para cada cenário: tendencial e sustentável, cada horizonte: 2010 situação atual, 2015 e 2025 com as infraestruturas futuras previstas.
Naquela base se propõem tabelas de síntese com a interpretação dos resultados e comentários e diferentes tipos de propostas para os horizontes futuros: infraestruturas suplementares em caso de falha e/ou melhoria dos métodos de operação dessas infraestruturas existentes ou projetadas.
As características técnicas de todas as infraestruturas correspondentes a cada nó são apresentadas nos capítulos a seguir.
4.1.2 Hipótese particular: águas subterrâneas
As águas subterrâneas não foram consideradas no modelo MAGRE para a fase de cenários. No diagnóstico foi estudado a capacidade e o potencial de cada aquífero da bacia, e sua respectiva qualidade. Este estudo mostra que as fontes de água subterrânea não têm características (qualidade, potencial) que permitam usar os aquíferos na bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
52
Figura 13 – Topologia do cenário 2010.
53
Figura 14 – Topologia do cenário 2015 e 2025.
54
Figura 15 – Adutoras na bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
55
4.2 DADOS DE ENTRADA
4.2.1 Aportes de água na bacia hidrográfica do rio Ipojuca
Os aportes foram definidos pela análise dos dados pluviométricos e fluviométricos disponíveis para cada Unidade de Análise (ver o capítulo específico: Hidrologia, no Vol. 01/03 do Diagnóstico).
A densidade e a duração das séries dos postos pluviométricos permitem trabalhar com séries de chuvas longas e de boa qualidade na bacia como um todo. Por outro lado, os postos fluviométricos são mais raros e têm períodos de funcionamento relativamente curtos.
Portanto, estes dados tornaram possível a calibração de modelos chuvas/vazões. Fez-se uma comparação dos resultados obtidos neste trabalho do Modelo MODHAC com resultados do PERH-PE (1998), onde se utilizou o Modelo SMAP e com os resultados do PARH (2005) que usou o mesmo modelo MODHAC. Na oportunidade, verificou-se que os valores encontrados no PHA tem a mesma ordem de grandeza que os outros dois estudos. Para a área de drenagem do reservatório Pão de Açucar o PHA apresentou uma vazão media de 0,97 m³/s, ficando acima de 0,33 e 0,64 m³/s, que são as vazões respectivas do PARH (2005) e PERH-PE (1998). Da mesma forma, para a área de drenagem do reservatório de Belo Jardim, o PHA apresentou uma vazão de 1,29 m³/s, ficando acima de 0,40 e 1,09 m³/s, que são as vazões respectivas do PARH (2005) e PERH/PE (1998).
As calibrações foram feitas ao nível das estações fluviométricas com períodos de observação mais longos. Destes modelos foram obtidas series de vazões de longo prazo a partir das séries de chuva de longo prazo representativas nas sub-bacias. Estes resultados foram entrados ao passo mensal no MAGRE. Assim, tem-se a disposição, para todos os nós do modelo, uma série de aportes reconstituídos sobre o período 1933-2009.
A visualização das curvas chuvas/déficits/escoamentos anuais permite verificar a pertinência da modelagem, conferindo a diminuição do déficit e o aumento do escoamento em relação ao aumento da chuva, quer seja na zona mais seca (UA1), Figura 16 ou na zona mais chuvosa (UA4), Figura 17. O déficit em questão corresponde a diferença entre o volume precipitado e o escoado, isto é, a soma da infiltração com a evapotranspiração. Cada gráfico possui um série anual de dados de chuva, de escoamento e de déficit, compreendendo períodos secos e períodos chuvosos. Por isso, nos períodos chuvosos, a tendência é que o percentual do déficit diminua em relação a quantidade de água precipitada. Da mesma forma, o percentual de volume escoado, em relação ao aumento da precipitação, tende a crescer nesses períodos. Essa conclusão é mais visível na UA4, onde existe uma melhor característica de solo (tipo de solo, textura, forma e estrutura) aliada a uma precipitação com totais anuais maiores do que na parte alta da bacia, favorecendo ambos para o escoamento.
56
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
0 200 400 600 800 1000
(mm)
(mm
)
escoamento
deficit
chuva
Figura 16 - Curvas chuva/déficit/escoamento – UA1.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
(mm)
(mm
)
escoamento
deficit
chuva
Figura 17 - Curvas chuva/déficit/escoamento – UA4.
A seguir são apresentadas as curvas sintéticas dos aportes ao nível das UAs e também ao nível dos pontos estratégicos da rede hidrográfica (reservatórios). As séries completas de chuva e vazões mensais de cada uma das UA’s podem ser consultadas nos ANEXO 2 e 3.
A Figura 18 apresenta a precipitação anual no Ipojuca e as Figuras 19, 20, 21 e 22, mostram curvas chuva x vazão para as UAs 1 a 4, respectivamente.
A análise destas séries mostra:
57
• A fraqueza do escoamento (e, portanto, o grande déficit) inclusivo em anos chuvosos e, principalmente nas UA1, UA2 e UA3 que apresentam características de baixa possibilidade de perenidade natural de rios e riachos, em função principalmente da predominância de tipos de solos pouco estruturados, profundos e impermeáveis, com baixa capacidade de reter por mais tempo a água precipitada (embasamento cristalino). Isto é, o território da bacia hidrográfica do rio Ipojuca é predominantemente cristalino, com ocorrência de unidades sedimentares restritas ao seu baixo curso, na UA4.
• A existência de sucessão de anos secos que justificam a necessidade de se ter reservatórios capazes de regulação interanual de dois ou três anos para compensar esses anos secos.
Os Quadros de 8 a 11, com as suas respectivas Figuras de 23 a 26, apresentados a seguir, mostram os aportes mensais para os pontos estratégicos das UA1, UA2, UA3 e UA4:
A observação destas séries mostra:
• A divisão do ano em uma estação chuvosa e uma estação seca, sendo o período chuvoso compreendido entre os meses de março a agosto.
• Que a intensidade da estação chuvosa aumenta à medida que se aproxima do litoral.
Precipitação anual Ipojuca
0200400600800
100012001400160018002000220024002600
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
(mm
)
UA1 UA2 UA3 UA4
Figura 18 – Precipitação anual na bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
58
Chuva vazão UA1
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
(mm
)
Vazão Chuva
Figura 19 – Curva chuva x vazão para a UA1.
Chuva vazão UA2
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
(mm
)
Vazão Chuva
Figura 20 - Curva chuva x vazão para a UA2.
59
Chuva vazão UA3
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
(mm
)
Vazão Chuva
Figura 21 - Curva chuva x vazão para a UA3.
Chuva vazão UA4
0
500
1000
1500
2000
2500
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
(mm
)
Vazão Chuva
Figura 22 - Curva chuva x vazão para a UA4.
60
Quadro 8 - Aportes mensais da UA1. Aporte (m³/s) Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Reservatório Pão de Açúcar 0.11 0.05 0.93 1.11 1.51 1.81 1.39 0.88 0.32 0.05 0.01 0.01
Reservatório Bituri 0.02 0.01 0.15 0.17 0.24 0.29 0.22 0.14 0.05 0.01 0.00 0.00
Reservatório Belo Jardim 0.19 0.09 1.57 1.88 2.57 3.07 2.35 1.49 0.54 0.09 0.01 0.03
Complemento UA1 0.06 0.03 0.53 0.63 0.86 1.03 0.79 0.50 0.18 0.03 0.00 0.01
Aporte mensal UA1
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Q (
m3
/s)
barragem Pão de Açucar barragem Bitury
Barragem Belo Jardim Complementario UA1
Figura 23 – Aporte mensal para a UA1. Quadro 9 - Aportes mensais da UA2.
Aporte (m³/s) Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
UA2 0.04 0.05 1.34 0.72 1.09 1.97 1.54 0.78 0.31 0.04 0.00 0.00
Aporte mensal UA2
0
0.5
1
1.5
2
2.5
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Q (
m3
/s)
UA2
Figura 24 - Aporte mensal para a UA2.
61
Quadro 10 - Aportes mensais da UA3. Aporte (m³/s) Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
UA3 1.39 1.33 1.88 2.43 3.78 5.71 5.53 3.81 2.80 1.93 1.76 1.47
Aporte mensal UA3
0
1
2
3
4
5
6
7
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Q (
m3
/s)
UA3
Figura 25 - Aporte mensal para a UA3. Quadro 11 - Aportes mensais da UA4. Aporte (m³/s) Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Reservatório Eng. Maranhão 1.39 1.33 1.88 2.43 3.78 5.71 5.53 3.81 2.80 1.93 1.76 1.47
Complemento UA4 0.42 0.49 0.80 1.51 2.76 4.19 3.47 2.18 1.42 0.69 0.43 0.36
Aporte mensal UA4
0
5
10
15
20
25
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Q (
m3
/s)
Barragem Eng. Maranhão Complementario UA4
Figura 26 - Aporte mensal para a UA4.
62
4.2.2 Demandas de água na bacia
As avaliações das demandas de águas para a bacia hidrográfica do rio Ipojuca referentes ao estudo do cenário, contemplam os anos de 2010, 2015, 2025.
A determinação e estabelecimento dos fatores de demanda basearam-se em dados referente aos estudos socioeconômicos da área da bacia, considerando a evolução histórica dos parâmetros utilizados por meio de taxas de crescimento arbitradas.
Com relação aos coeficientes de demanda e de consumo, foram aplicados os mesmos valores adotados para cada categoria de usuário no cenário atual.
Abastecimento humano
As demandas de águas para o abastecimento humano basearam-se na projeção das populações urbana e rural que habitam a área da bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
Partindo do mesmo princípio estabelecido para a determinação do cenário atual, a população urbana inclui as sedes municipais e distritais localizadas em cada UA; enquanto a população rural foi calculada proporcionalmente à área de cada município inserida na bacia e correspondente unidade de análise (UA).
Quanto aos coeficientes de demanda e de consumo, a taxa de retorno utilizada no presente estudo foi estimada em 20% da demanda, de acordo com o Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH, 2002) para o abastecimento da população urbana. Este coeficiente leva em conta a utilização de fossa séptica, principalmente, e a quase ausência de sistemas de esgoto integrado. Quanto ao abastecimento da população rural foi adotado um consumo de 100%.
Os resultados dos critérios anteriormente expostos podem ser observados nos quadros 12 e 13 que apresentam a evolução e a demanda da população urbana e rural respectivamente, na bacia hidrográfica do rio Ipojuca, ao longo dos anos de 2010, 2015 e 2025.
O Quadro 14 apresenta a síntese das demandas de cada Unidade de Análise (UA) da bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
63
Quadro 12 - Evolução da população urbana e da demanda “abastecimento humano” na bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
Unidade de Análise Município População Urbana (IBGE) Projeção da População Demanda (m³/ano)
2000 2007 2010 2015 2025 2010 2015 2025
UA1 Sanharó 7.613 10.197 10.590 11.278 12.792 734.396,3 782.137,6 1.027.206
Belo Jardim 50.392 53.285 55.337 58.934 66.846 5.049.513 5.377.769 6.099.687
Poção 6.359 6.815 7.077 7.538 8.549 490.821,9 522.729 592.900,8
UA2 Tacaimbó 5.927 6.576 6.992 7.745 9.502 484.894,6 537.088,5 762.978
São Caetano 22.499 25.570 27.188 30.114 36.946 2.480.863 2.747.902 3.371.307
Caruaru 217.407 251.514 267.424 296.209 363.409 24.402.444 27.029.115 33.161.094
UA3
Bezerros 44.566 46.955 48.605 51.486 57.769 4.435.240 4.698.088 5.271.440
Sairé 2.226 2.999 3.105 3.289 3.690 215.324,3 228.085,2 255.920,6
Gravatá 55.563 61.911 64.087 67.885 76.170 5.847.943 6.194.513 6.950.487
Chã Grande 11.736 11.803 12.218 12.942 14.521 981.093,5 1.039.237 1.166.064
UA4
Primavera 6.641 7.757 8.112 8.740 10.145 562.554,3 701.790 925.703,2
Pombos 3.718 3.825 4.000 4.309 5.002 364.978,6 393.224,9 456.444,8
Escada 45.596 49.474 51.737 55.741 64.703 4.721.001 5.086.367 5.904.118
Ipojuca 11.662 14.000 14.640 15.773 18.309 1.175.606 1.266.588 1.670.706
64
Quadro 13 - Evolução da população rural e da demanda “abastecimento humano” correspondente na bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
Unidade de Análise Município População Urbana (IBGE) % de
área na UA
População de acordo com a área na UA.
Projeção da população Demanda (m³/ano)
2000 2007 2000 2007 2010 2015 2025 2010 2015 2025
UA1
Arcoverde 6299 5914 27,06% 1.705 1.601 1.578 1.541 1.470 57.609 56.255 53.642
Alagoinha 5797 5902 30,32% 1.758 1.790 1.765 1.723 1.643 64.409 62.896 59.975
São Bento do Una 22054 22248 9,79% 2.160 2.179 2.148 2.098 2.000 78.407 76.565 73.009
Cachoeirinha 4958 4280 0,99% 49 43 42 41 39 1.547 1.511 1.441
Sanharó 8266 7430 96,71% 7.995 7.186 7.084 6.918 6.596 258.574 252.498 240.771
Tacaimbó 7002 5519 2,94% 207 163 161 157 150 5.865 5.727 5.461
Capoeiras 14713 14550 0,13% 19 19 19 18 17 684 668 637
Venturosa 5412 6025 0,48% 27 30 30 29 28 1.079 1.054 1.005
Belo Jardim 18306 17678 35,34% 6.470 6.248 6.159 6.015 5.735 224.822 219.539 209.343
Poção 4819 4320 91,39% 4.405 3.949 3.893 3.802 3.625 142.097 138.758 132.314
Pesqueira 16730 17489 59,36% 9.932 10.382 10.235 9.994 9.530 373.575 364.797 347.855
Altinho 11589 9718 0,64% 74 62 61 60 59 2242 2207 2140
UA2
Tacaimbó 7002 5519 58,30% 4.083 3.218 3.188 3.139 3.042 116.364 114.565 111.050
São Caetano 10927 9199 68,15% 7.447 6.269 6.211 6.115 5.927 226.689 223.185 216.337
Agrestina 7141 5895 0,06% 5 4 4 4 4 145 142 138
Caruaru 36227 40473 36,79% 13.329 14.891 14.752 14.524 14.079 538.464 530.139 513.874
Riacho das Almas 12019 10140 2,59% 312 263 261 257 249 9.510 9.363 9.076
Belo Jardim 18306 17678 1,06% 194 188 186 183 178 6.798 6.693 6.488
Agrestina 7141 5895 0,66% 48 39 36 32 24 1.314 1.150 881
UA3
Caruaru 36227 40473 4,88% 1.768 1.975 1.823 1.596 1.223 66.553 58.256 44.636
Bezerros 12805 9674 42,51% 5.444 4.113 3.797 3.324 2.547 138.598 121.319 92.956
Riacho das Almas 12019 10140 0,02% 3 2 2 2 1 67 59 45
65
Quadro 13 - Evolução da população rural e da demanda “abastecimento humano” correspondente na bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
Unidade de Análise Município População Urbana (IBGE) % de
área na UA
População de acordo com a área na UA.
Projeção da população Demanda (m³/ano)
2000 2007 2000 2007 2010 2015 2025 2010 2015 2025
UA3
Amaraji 6928 4574 0,87% 60 40 37 32 25 1348 1180 904
Camocim de São Félix 3938 4124 0,22% 9 10 9 8 6 337 295 226
Sairé 8001 6100 39,42% 3.154 2.405 2.220 1.944 1.489 81.042 70.939 54.354
Gravatá 11710 9659 37,25% 4.363 3.599 3.323 2.908 2.228 121.277 106.158 81.340
Chã Grande 6671 5760 64,34% 4.292 3.706 3.421 2.995 2.295 124.883 109.314 83.758
Pombos 9372 7431 0,86% 81 64 59 52 40 2.157 1.888 1.446
Amaraji 6928 4574 24,76% 1.716 1.133 1.091 1.026 906 39.839 37.434 33.053
UA4
Primavera 4836 4096 80,60% 3.898 3.302 3.181 2.989 2.639 116.105 109.098 96.328
Gravatá 11710 9659 0,13% 16 13 13 12 10 457 430 379
Chã Grande 6671 5760 17,89% 1.194 1.031 993 933 824 36.252 34.064 30.077
Pombos 9372 7431 26,60% 2.494 1.977 1.905 1.790 1.580 69.515 65.320 57.674
Vitória de Santo Antão 18267 17305 11,52% 2.104 1.993 1.920 1.804 1.593 70.078 65.849 58.141
Escada 11745 10376 57,10% 6.707 5.926 5.709 5.364 4.736 208.370 195.795 172.877
Ipojuca 18971 21678 28,93% 5.489 6.272 6.042 5.677 5.013 220.536 207.227 182.971
Continuação
66
Quadro 14 – Síntese das demandas de água para o abastecimento humano na bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
Demanda para Abastecimento Humano
Unidade de Análise
2010 2015 2025 Demanda (m³/ano)
Consumo (m³/ano)
Demanda (m³/ano)
Consumo (m³/ano)
Demanda (m³/ano)
Consumo (m³/ano)
UA 1 7.483.398 6.228.452 7.862.903 6.526.376 8.845.246 7.301.287
UA 2 28.268.413 22.794.773 31.200.401 25.137.580 38.154.482 30.695.406
UA 3 12.017.177 9.721.256 12.630.48 10.198.497 14.004.459 11.275.677
UA 4 7.585.291 6.220.463 8.163.189 6.673.595 9.588.472 7.797.078
TOTAL 55.356.289 44.966.955 59.858.989 48.538.062 70.594.684 57.071.473
Ressalta-se que além das demandas observadas no Quadro 14, há ainda a solicitada pelos municípios de Pesqueira, São Bento do Una e Cachoeirinha, os quais não estão no território da bacia, mas são alimentados pelo sistema integrado Bituri, num total de 167L/s. Tal valor corresponde à capacidade máxima existente das adutoras dos três municípios citados, o que representa uma condição desfavorável.
Foi levada em consideração também a demanda de 500L/s para as praias do sul do estado.
Topologia do Modelo para o abastecimento humano
A topologia do Modelo para abastecimento humano foi construída com respeito aos sistemas de abastecimento, podendo ser observados nos MAPAS 7, 8 e 9 apresentados no TOMO V e que correspondem às Figuras 13 a 15, desse documento. Consideraram-se os sistemas integrados e, quando foi necessário, os sistemas isolados. As escolhas dos nós de demanda no modelo foram feitas respeitando a rede e a divisão por UA. As hipóteses obtidas para cada cenário são as seguintes:
Cenário atual - 2010
• Configuração da UA1: A UA1 é dominada por um sistema integrado composto pelos reservatórios Bituri e Belo Jardim. Têm duas demandas distintas:
� Humano UA1: o nó corresponde à demanda dos seguintes municípios: Belo Jardim, Sanharó e Tacaimbó. O último faz parte da UA2, mas foi incluído na UA1 para respeitar a rede do sistema de abastecimento.
� Dem. Bacia Una: o nó junta as demandas exteriores à bacia. Uma parte d’água do sistema Bituri-Belo Jardim é exportada para os municípios: Cachoeirinha, São Bento do Una e Pesqueira.
• Configuração da UA2: esta UA é composta principalmente pelos municípios de São Caetano e Caruaru. Existe um conjunto de pequenos Reservatórios locais, mas que hoje em dia não são mais usados pela má qualidade de suas águas. Em consequência, importa-se água das bacias do Capibaribe e Una, que ficam respectivamente ao Norte e ao Sul. A repartição entre as duas fontes d’água se faz privilegiando a adutora que vem do Reservatório Prata (bacia do rio Una) porque a
67
água é de melhor qualidade. No Modelo, a adutora do Prata traz água dentro de sua capacidade máxima e a adutora de Jucazinho completa o que falta (no limite de sua capacidade).
• Configuração da UA3: Esta zona inclui os municípios de Gravatá e Bezerros. Os dois têm o mesmo tipo de abastecimento: um sistema isolado que importa água da bacia do rio Una ao sul e um reforço pela adutora vindo do reservatório Jucazinho ao Norte. No Modelo, os sistemas isolados são modelados por uma adutora que traz a vazão regularizada com 100% de garantia. Em seguida, a adutora de Jucazinho completa o que falta (no limite de sua capacidade).
• Configuração da UA4: Esta zona aproveita de um recurso hídrico relevante: Não têm reservatórios de grande capacidade nem importação de outra bacia. A demanda está ligada a sistemas isolados:
� Humano UA4-1: inclui os seguintes municípios: Primavera, Frecheiras e Escada. O sistema isolado está composto de duas tomadas: no riacho Pata Choca, no reservatório Sapocagy. No Modelo, o nó não está ligado diretamente ao rio, mas ao primeiro aporte auxiliar da UA.
� Humano UA4-2: corresponde à localidade de Ipojuca. O sistema isolado está constituído de uma tomada no riacho Três Passagens. No Modelo, o nó está ligado ao segundo aporte auxiliar da UA.
Situação em 2015 e 2025
A respeito da topologia, a situação é a mesma para 2015 e 2025. Os projetos em andamento atualmente têm fim previsto antes de 2015. A principal mudança prevista na bacia é a chegada d’água do rio São Francisco pelo intermediário do ramal leste e das adutoras do agreste. A totalidade dos centros urbanos das UA1, UA2, e UA3 vão beneficiar desta nova fonte d’água. Em nosso modelo, foi introduzido um reservatório de capacidade ilimitada que abastece todos os pontos beneficiários. Apresentam-se abaixo as mudanças em relação à situação 2010, fora do projeto São Francisco:
• Configuração da UA1: não há mudança;
• Configuração da UA2: não há mudança;
• Configuração da UA3: não há mudança;
• Configuração da UA4: A partir do cenário 2015, foi considerada o novo reservatório Eng. Maranhão que ficará a jusante do centro urbano de Escada. As finalidades principais deste reservatório são o abastecimento do complexo industrial-portuário de SUAPE e das praias turísticas do litoral sul, como Porto de Galinhas, e a longo prazo, o reforço do abastecimento da Região Metropolitana de Recife (RMR).
O Quadro 15 abaixo apresenta as ligações de oferta para demanda de água (abastecimento humano) por meio dos aportes dos reservatórios e/ou aportes naturais, consideradas para o Modelo MAGRE. A numeração do quadro abaixo corresponde à ordem de prioridade para utilização dos reservatórios, por exemplo:
68
para o Nó “Humano” UA1, primeiramente será solicitada a vazão do reservatório Bituri e, logo em seguida, o de Belo Jardim.
Quadro 15 – Ligações e ordens de prioridade consideradas para as simulações (demanda humana).
Reservatório Humano UA1
Humano UA2
Humano UA3
Humano UA3-2
Humano UA4-1
Humano UA4-2
Reservatório Pão de Açucar
Reservatório Bituri 1 1
Reservatório Belo Jardim 2 2
App. Jucazinho 1 1
App. Prata 2
App. Jucazinho 2 1
App. Una 2
App. Maranhão 1
App. Compl. UA4 1
Pecuária
No que tange ao segmento de dessedentação animal, a avaliação das demandas de água para os cenários basearam-se nos valores das projeções dos efetivos rebanhos a nível de município e correspondente Unidade de Análise (UA), obtidos a partir de taxas de crescimento (Quadro 17) calculadas através do levantamento do efetivo rebanho realizado junto ao IBGE – Pecuária Municipal de 2005 até 2008 (Quadro 16).
69
Quadro 16 - Efetivo rebanho da bacia hidrográfica do rio Ipojuca de 2005 até 2008 (cabeças). Ano UA's BOVINO CAPRINO OVINO SUÍNO ASININO EQUINO MUAR BUBALINO AVES
2005
UA 1 61.093 10.132 7.934 12.767 1.061 1.711 789 4 1.097.980
UA 2 26.958 5.037 3.272 2.774 351 931 701 0 230.933
UA 3 27.512 4.614 2.930 3.277 865 1.684 751 47 317.482
UA 4 13.494 1.271 973 1.606 115 1.421 1.826 368 183.167
TOTAL 129.057 21.054 15.109 20.424 2.392 5.747 4.067 419 1.829.562
2006
UA 1 70.475 11.269 8.475 13.896 1.100 2.024 801 4 783.381
UA 2 25.030 5.165 3.521 2.549 306 793 599 19 155.163
UA 3 27.769 4.688 2.975 3.329 863 1.657 725 46 309.245
UA 4 13.765 1.301 1.000 1.646 122 1.450 1.850 375 186.867
TOTAL 137.039 22.423 15.971 21.420 2.391 5.924 3.975 444 1.434.656
2007
UA 1 72.789 11.835 10.225 13.139 1.286 2.231 849 6 1.695.347
UA 2 24.909 5.635 3.801 2.470 281 761 573 15 186.671
UA 3 26.244 5.187 5.454 2.800 687 2.392 424 100 308.183
UA 4 10.400 1.127 1.345 1.428 67 1.184 524 351 122.265
TOTAL 134.342 23.784 20.825 19.837 2.321 6.568 2.370 472 2.312.466
2008
UA 1 75.063 11.170 12.096 15.725 1.725 2.741 1.159 6 2.200.170
UA 2 24.281 5.286 3.972 2.453 257 963 506 8 217.548
UA 3 26.665 5.269 5.534 2.787 660 2.465 396 103 314.970
UA 4 10.133 1.126 1.336 1.462 68 1.187 568 357 198.560
TOTAL 136.142 22.851 22.938 22.427 2.710 7.356 2.629 474 2.931.249 Fonte: IBGE - Pecuária Municipal
70
Quadro 17 - Taxa percentual de crescimento por UA e por tipo de rebanho. REBANHO UA1 UA2 UA3 UA4
Bovino 7,11% -3,43% -1,04% -9,11%
Caprino 3,30% 1,62% 4,52% -3,96%
Ovino 15,09% 6,68% 23,61% 11,15%
Suíno 7,19% -4,02% -5,26% -3,08%
Asinino 17,59% -9,87% -8,62% -16,07%
Equino 17,01% 1,13% 13,54% -5,82%
Muar 13,68% -10,30% 29,89% -32,24%
Bubalino 14,47% -35,11% 29,89% -1,01%
Aves 26,07% -1,97% -0,26% 2,73%
A partir do levantamento dos efetivos rebanhos e das projeções para os cenários de 2010, 2015 e 2025, obteve-se uma unidade de medida hipotética, denominada BEDA (Bovinos Equivalentes para Demanda de Água), sugerido pelo PLIRHINE, através da qual, se reúne os diversos tipos de rebanho, levando em conta as necessidades de água que cada espécie, em particular, requer, em comparação aos bovinos (Quadro 18), que possuem uma demanda já pré-estabelecida, da ordem de 50L/cab/dia.
Quadro 18 - Efetivo do rebanho por UA em BEDA (bovino equivalente). BEDA
2010 2015 2025
UA1 114.297 191.616 789.086
UA2 26.816 23.217 18.340
UA3 33.833 39.154 110.985
UA4 11.354 7.975 5.452
Total 188.309 263.976 925.888
Fazendo-se uso do coeficiente de demanda para os bovinos e aplicando o coeficiente de consumo para este segmento, ambos adotados no cenário atual (Vol. 01/03 - Diagnóstico PHA Ipojuca), mostra-se no Quadro 19, a síntese das demandas para os horizontes de 2010, 2015 e 2025, na bacia e correspondente unidade de análise (UA).
Quadro 19 – Demanda e consumo da pecuária por UA para a situação atual e os cenários futuros (m³/ano).
DEMANDA E CONSUMO
2010 2015 2025
UA1 2.085.919 3.496.986 14.400.813
UA2 489.386 423.714 334.709
UA3 617.448 714.554 2.025.477
UA4 207.203 145.538 99.498
Total 3.401.967 4.782.807 16.862.522
71
Topologia do Modelo para o abastecimento pecuário
No Modelo, a demanda pecuária foi agregada à demanda do abastecimento humano. De fato, os valores são baixos e, além disso, este tipo de demanda tem um nível de prioridade importante, ainda que seja menor que o humano.
Irrigação
Com base nos dados contidos no IBGE – Produção Agrícola Municipal (2006) e considerando os valores apresentados no Quadro 20, chegou-se ao cenário para o segmento da irrigação da bacia hidrográfica do rio Ipojuca, ao longo dos anos de 2010, 2015 e 2025.
Quadro 20 - Taxa de crescimento anual de irrigação. Bacia Taxa de crescimento
anual da irrigação Bacia do rio Goiana, GL-1 e GL-6 0,5% a.a.
Bacia do rio Capibaribe 0,5% a.a. Bacia hidrográfica do rio Ipojuca 1,0% a.a. Bacia do rio Sirinhaém e GL-3 1,0% a.a.
Bacias do rio Una 1,0% a.a. GL-4 e GL-5 1,0% a.a
Bacia do rio Mundaú 0,5% a.a. Bacia do rio Ipanema e GI-1 0,5% a.a.
A partir das taxas de crescimento anual, mostrado no Quadro anterior, estimou-se, para a bacia hidrográfica do rio Ipojuca, as demandas de água para irrigação. A metodologia utilizada baseou-se na seguinte equação:
LL (mm) = Eto x Kc – Pef, (1)
onde:
LL = Lâmina líquida (mm)
Eto = Evapotranspiração potencial (mm)
Kc = Coeficiente de cultura
Pef = Precipitação efetiva (mm)
Com a eficiência do sistema chegou-se à Necessidade de Irrigação Bruta (NIB) que multiplicada pelo fator de conversão 10 resulta na demanda hídrica mensal em metros cúbicos/ha/mês. Multiplicando-se a demanda mensal por hectare pelas áreas irrigadas provenientes do levantamento realizado junto ao IBGE, obteve-se a demanda mensal para cada Unidade de Análise (UA) da bacia hidrográfica do rio Ipojuca. O Quadro 21 apresenta uma síntese dos cálculos realizados para a estimativa das demandas solicitadas por este segmento.
72
Quadro 21 – Cálculos globais das demandas de irrigação para cada Unidade de Análise (UA) da bacia hidrográfica do rio Ipojuca. UA - 1
Necessidade de Irrigação (mm)
Mês JAN FEV MAR ABRIL MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Eto (mm) 161,20 140,60 145,20 123,30 107,00 90,60 92,85 105,40 122,90 149,15 155,20 161,95 1.555,35
Pef (mm) 23,03 51,15 58,95 80,25 76,24 63,90 41,06 26,10 16,50 15,53 11,10 26,18 489,98
Kc 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 ------
Lâmina líquida (mm) 105,94 61,33 57,21 18,39 9,36 8,58 33,22 58,22 81,82 103,80 113,06 103,39 754,31
Demanda Bruta de Água para Irrigação (m³)
Dem
anda
(m
³/m
ês)
Método Efic. Área (ha) JAN FEV MAR ABRIL MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Inundação 0,50 103,8 219.921,06 127.321,08 118.767,9 38.177,64 19.436,55 17.812,08 68.959,53 120.864,72 169.858,32 215.478,42 234.712,56 214.627,26 1.565.937,18
Sulcos 0,50 14,80 31.356,76 18.153,68 16.934,16 5.443,44 2.771,30 2.539,68 9.832,38 17.233,12 24.218,72 30.723,32 33.465,76 30.601,96 223.274,28
Aspersão (Pivô) 0,85 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Aspersão (outros) 0,80 218,3 289.070,13 167.354,24 156.111,8 50.181,71 25.547,92 23.412,68 90.642,25 158.867,83 223.266,33 283.230,61 308.512,48 282.111,82 2.058.309,77
Localizada (Gotej. e
microasp.) 0,90 39,50 46.493,69 26.917,06 25.108,83 8.071,17 4.109,10 3.765,67 14.578,79 25.552,11 35.909,89 45.554,47 49.620,78 45.374,53 331.056,08
Outros métodos 0,50 148,0 313.567,60 181.536,80 169.341,6 54.434,40 27.713,00 25.396,80 98.323,80 172.331,20 242.187,20 307.233,20 334.657,60 306.019,60 2.232.742,80
Demanda Total (m³) 900.409,25 521.282,85 486.264,3 156.308,36 79.577,87 72.926,90 282.336,75 494.848,98 695.440,45 882.220,02 960.969,17 878.735,17 6.411.320,11
73
Quadro 21 – Cálculos globais das demandas de irrigação para cada Unidade de Análise (UA) da bacia hidrográfica do rio Ipojuca. UA - 2
Necessidade de Irrigação (mm)
Mês JAN FEV MAR ABRIL MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Eto (mm) 161,05 141,50 146,70 125,00 108,65 91,95 93,80 105,65 122,25 147,20 153,40 161,10 1.558,25
Pef (mm) 20,74 43,39 50,55 67,20 66,00 58,43 41,85 28,20 17,21 11,48 7,99 20,85 433,88
Kc 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 ------
Lâmina líquida (mm) 108,10 69,81 66,81 32,80 20,92 15,14 33,19 56,32 80,59 106,29 114,73 108,03 812,73
Demanda Bruta de Água para Irrigação (m³)
Dem
anda
(m
³/m
ês)
Método Efic. Área (ha) JAN FEV MAR ABRIL MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Inundação 0,50 1,3 2.810,67 1.815,13 1.737,06 852,80 543,92 393,51 862,94 1.464,32 2.095,28 2.763,41 2.983,05 2.808,78 21.130,85
Sulcos 0,50 3,6 7.783,38 5.026,50 4.810,32 2.361,60 1.506,24 1.089,72 2.389,68 4.055,04 5.802,30 7.652,52 8.260,74 7.778,16 58.516,20
Aspersão (Pivô) 0,85 0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Aspersão (outros) 0,80 99,0 133.776,84 86.392,97 82.677,38 40.590,00 25.888,50 18.729,56 41.072,63 69.696,00 99.727,03 131.527,69 141.981,47 133.687,13 1.005.747,19
Localizada (Gotej. e
microasp.) 0,90 52,0 62.459,22 40.336,11 38.601,33 18.951,11 12.087,11 8.744,67 19.176,44 32.540,44 46.561,67 61.409,11 66.289,89 62.417,33 469.574,44
Outros métodos 0,50 215,7 466.354,19 301.171,13 288.218,34 141.499,20 90.248,88 65.292,39 143.181,66 242.964,48 347.654,48 458.513,49 494.956,01 466.041,42 3.506.095,65
Demanda Total (m³) 673.184,30 434.741,83 416.044,43 204.254,71 130.274,65 94.249,85 206.683,35 350.720,28 501.840,75 661.866,22 714.471,15 672.732,82 5.061.064,33
Continuação
74
Quadro 21 – Cálculos globais das demandas de irrigação para cada Unidade de Análise (UA) da bacia hidrográfica do rio Ipojuca. UA - 3
Necessidade de Irrigação (mm)
Mês JAN FEV MAR ABRIL MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Eto (mm) 153,33 135,47 140,77 119,43 103,50 87,20 88,47 99,30 114,87 138,87 145,30 152,87 1.479,37
Pef (mm) 23,33 50,98 60,05 76,80 75,38 66,78 47,30 30,38 16,03 9,75 7,03 22,05 485,83
Kc 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80
Lâmina líquida (mm) 99,34 57,40 52,56 18,75 7,43 2,99 23,47 49,07 75,87 101,34 109,22 100,24 697,67
Demanda Bruta de Água para Irrigação (m³)
Dem
anda
(m
³/m
ês)
Método Efic. Área (ha) JAN FEV MAR ABRIL MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Inundação 0,50 1,60 3.178,93 1.836,75 1.682,03 599,89 237,60 95,52 751,15 1.570,08 2.427,79 3.242,99 3.494,88 3.207,79 22.325,39
Sulcos 0,50 26,60 52.849,77 30.535,91 27.963,69 9.973,23 3.950,10 1.588,02 12.487,81 26.102,58 40.361,95 53.914,65 58.102,38 53.329,45 371.159,55
Aspersão (Pivô) 0,85 263,8 308.309,78 178.137,42 163.131,8 58.180,83 23.043,71 9.264,04 72.850,18 152.274,67 235.459,60 314.522,02 338.951,96 311.108,13 2.165.234,19
Aspersão (outros) 0,80 517,8 642.988,94 371.510,71 340.216,2 121.337,80 48.058,31 19.320,41 151.931,15 317.573,21 491.057,79 655.944,73 706.894,09 648.824,98 4.515.658,29
Localizada (Gotej. e
microasp.) 0,90 338,5 373.635,05 215.881,51 197.696,5 70.508,30 27.926,25 11.226,92 88.285,81 184.538,92 285.349,23 381.163,54 410.769,75 377.026,31 2.624.008,12
Outros métodos 0,50 791,9 1.573.373,3 909.074,80 832.498,1 296.909,71 117.597,15 47.276,43 371.770,65 777.091,47 1.201.602,6 1.605.075,7 1.729.747,2 1.587.653,9 11.049.671,1
Demanda Total (m³) 2.954.335,8 1.706.977,10 1.563.188 557.509,75 220.813,12 88.771,33 698.076,76 1.459.151 2.256.259,0 3.013.863,6 3.247.960,2 2.981.150,6 20.748.056,6
Continuação
75
Quadro 21 – Cálculos globais das demandas de irrigação para cada Unidade de Análise (UA) da bacia hidrográfica do rio Ipojuca. UA - 4
Necessidade de Irrigação (mm)
Mês JAN FEV MAR ABRIL MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Eto (mm) 149,30 126,87 130,00 106,73 91,20 76,63 79,93 93,10 111,27 136,37 143,67 149,03 1.394,10
Pef (mm) 58,25 132,80 162,40 214,25 218,05 203,55 154,93 110,30 59,75 24,88 9,58 55,10 1.403,83
Kc 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 ------
Lâmina líquida (mm) 61,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 29,26 84,22 105,36 64,13 344,16
Demanda Bruta de Água para Irrigação (m³)
Dem
anda
(m
³/mês
)
Método Efic. Área (ha) JAN FEV MAR ABRIL MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Inundação 0,50 309,0 378.154,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 180.847,40 520.469,30 651.114,50 396.302,80 2.126.888,20
Sulcos 0,50 376,6 460.883,08 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 220.411,43 634.332,49 793.558,97 483.002,05 2.592.188,01
Aspersão (Pivô) 0,85 567,8 408.749,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 195.479,07 562.578,47 703.793,67 428.366,13 2.298.966,53
Aspersão (outros) 0,80 711,8 544.438,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 260.370,51 749.332,62 937.425,77 570.567,02 3.062.133,94
Localizada (Gotej. e
microasp.) 0,90 87,7 59.626,26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 28.515,49 82.066,09 102.665,84 62.487,87 335.361,55
Outros métodos 0,50 938,0 1.147.924,4 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 548.980,13 1.579.935,9 1.976.522,3 1.203.016,3 6.456.379,07
Demanda Total (m³) 2.999.775,2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.434.604,0 4.128.714,9 5.165.081,1 3.143.742,1 16.871.917,3
Continuação
76
Com relação aos coeficientes de demanda e consumo, foram utilizados os mesmos estabelecidos no cenário atual cujo coeficiente de retorno ao rio corresponde a 30% da demanda total por UA para a irrigação, de acordo com o Plano Diretor de Recursos Hídricos do Ipojuca (2002). O Quadro 22 apresenta uma síntese das demandas, consumos e retornos de água que serviram de entradas para o modelo incluindo o coeficiente de retorno ao rio.
Quadro 22 - Entradas no modelo incluindo o coeficiente de retorno ao rio de 30 %. Demanda e Consumo UA 1 UA 2 UA 3 UA 4 Total
2010 Demanda (m³/ano) 9 386 814 7 409 904 30 377 230 24 702 174 71 876 122
Consumo (m³/ano) 6 570 770 5 186 933 21 264 061 17 291 522 50 313 285
2015 Demanda (m³/ano) 15 117 557 11 933 725 48 922 832 39 783 098 115 757 213
Consumo (m³/ano) 10 582 290 8 353 607 34 245 983 27 848 169 81 030 049
2025 Demanda (m³/ano) 39 211 051 30 953 009 126 893 227 103 187 112 300 244 398
Consumo (m³/ano) 27 447 735 21 667 106 88 825 259 72 230 978 210 171 079
Indústria
Com relação ao setor sucroalcooleiro, o crescimento projetado de cana esmagada para o cenário tendencial, adotou, conforme preconiza o Sindicato da Indústria e do Álcool do Estado de Pernambuco e de acordo com PDRH da bacia hidrográfica do Ipojuca, uma estabilização na produção de cana na bacia.
Para a estimativa de crescimento no cenário tendencial do que foi considerado como “outras indústrias” foi adotada uma taxa de 3,5% a.a., referente aos dados históricos do PIB (Produto Interno Bruto) para o Nordeste e, em particular, para o estado de Pernambuco. O Quadro 23 apresenta a taxa média de crescimento anual do PIB nordestino e brasileiro registradas nas últimas décadas.
Quadro 23 - Taxa média de crescimento anual do PIB Nordestino e Brasileiro. Período Nordeste Brasil
1960 - 1970 3,50% 6,10% 1970 - 1980 8,70% 8,60% 1980 - 1990 3,30% 1,60% 1990 - 1997 3,20% 3,10%
Fonte: FGV/IBRE/DPE/DECNA-Brasil apud Pernambuco (2004c).
Conforme os critérios explicitados acima para a determinação das demandas de água para este setor, apresentam-se a seguir nos Quadros 24, 25 e 26 os valores das demandas para as atividades industriais, cana de açúcar e a síntese da demanda total para o segmento “Indústria” respectivamente, ao longo dos anos de 2010, 2015 e 2025.
77
Quadro 24 - Demanda indústrias e principais atividades econômicas (m³/ano).
UA Demanda (m³/ano)
2010 2015 2025
1 727.786 864.382 1.219.296
2 3.154.878 3.747.005 5.285.521
3 2.356.375 2.798.635 3.947.751
4 6.058.336 7.195.403 10.149.827
TOTAL 12.297.376 14.605.425 20.602.394
Quadro 25 – Demanda cana de açúcar. UA Demanda (m³/ano)
1 0
2 0
3 264.636
4 1.061.156
TOTAL 1.325.792
Quadro 26 – Síntese da demanda total para indústria.
UA Demanda (m³/ano)
2010 2015 2025
1 727.786 864.382 1.219.296
2 3.154.878 3.747.005 5.285.521
3 2.621.011 3.063.271 4.212.387
4 7.119.492 8.256.559 11.210.982
TOTAL 13.623.167 15.931.216 21.928.186
Além das demandas citadas nos quadros anteriores, é válido destacar que durante a construção do modelo foi considerado que o reservatório Engenho Maranhão disponibilizará 1.422L/s ao complexo portuário de Suape, que está fora da bacia. Sendo que, este valor corresponde ao consumo atual do complexo.
Controle da demanda de irrigação e indústria
No cenário sustentável, estuda-se a satisfação das demandas industrial e de irrigação pelos reservatórios. Os reservatórios que tem ainda como finalidade prioritária o abastecimento humano deixam um volume para os outros tipos de demanda. Assim, analisa-se o impacto favorável desta medida e o eventual impacto negativo sobre a satisfação da demanda humana.
A regulação proposta pode se implantar nas UA1 e UA2, pela ausência de reservatórios maiores na UA3 e UA4. Tem a mesma forma que a regulação da demanda em abastecimento humano.
O Quadro 27 apresenta as ligações de oferta para demanda de água (irrigação e indústria) por meio dos aportes dos reservatórios e/ou aportes naturais, consideradas para o modelo MAGRE. A numeração do referido quadro corresponde à ordem de prioridade para utilização dos reservatórios, por exemplo: para o Nó Irrig. UA2, primeiramente será solicitada a vazão do reservatório Bituri e, logo em seguida, a de Belo Jardim.
78
Quadro 27 – Ligações e ordens de prioridade consideradas para as simulações (demanda irrigação e indústria).
Reservatório Irrig UA1
Irrig UA2
Irrig UA3
Irrig UA4
Indus UA1
Indus UA2
Indus UA3
Indus UA4
Reservatório Pão de Açúcar 1
Reservatório Bituri 1 Reservatório Belo Jardim 2 1 1 Aporte Jucazinho 1 2 2
Aporte Prata Aporte Jucazinho 2
Aporte Una
Aporte Maranhão
Síntese dos dados de entrada para o Modelo
Nos Quadros 28 a 31 seguintes são apresentados os valores em cada nó por atividade desenvolvida na bacia e para a situação atual – 2010, os horizontes dos cenários 2015 e 2025 são apresentados nos Quadros 32 a 39.
Situação atual 2010
Quadro 28 – Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA1 – 2010.
UA1 (1000*m³/mês) Meses Irrigação Humano Indústria
Jan 656 725 12 Fev 380 725 12 Mar 354 725 12 Abr 114 725 12 Mai 58 725 12 Jun 53 725 12 Jul 206 725 12 Ago 360 725 12 Set 507 725 12 Out 643 725 12 Nov 700 725 12 Dez 640 725 12
Quadro 29 – Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA2 – 2010.
UA2 (1000*m³/mês) Meses Irrigação Humano Indústria
Jan 490 1 909 53 Fev 317 1 909 53 Mar 303 1 909 53 Abr 149 1 909 53 Mai 95 1 909 53
79
Quadro 29 – Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA2 – 2010.
UA2 (1000*m³/mês) Meses Irrigação Humano Indústria
Jun 69 1 909 53 Jul 151 1 909 53 Ago 255 1 909 53 Set 366 1 909 53 Out 482 1 909 53 Nov 520 1 909 53 Dez 490 1 909 53
Quadro 30 – Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA3 – 2010.
UA3 (1000*m³/mês) Meses Irrigação Humano Indústria
Jan 2 152 862 54 Fev 1 243 862 54 Mar 1 139 862 54 Abr 406 862 54 Mai 161 862 54 Jun 65 862 54 Jul 508 862 54 Ago 1 063 862 54 Set 1 644 862 54 Out 2 195 862 54 Nov 2 366 862 54 Dez 2 172 862 54
Quadro 31 – Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA4 – 2010.
UA4 (1000*m³/mês) Meses Irrigação Humano 1 Humano 2 Indústria
Jan 2 185 528 121 814 Fev 0 528 121 814 Mar 0 528 121 814 Abr 0 528 121 814 Mai 0 528 121 814 Jun 0 528 121 814 Jul 0 528 121 814 Ago 0 528 121 814 Set 1 045 528 121 814 Out 3 007 528 121 814 Nov 3 762 528 121 814 Dez 2 290 528 121 814
Continuação
80
Horizonte 2015
Quadro 32 – Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA1 – 2015.
UA1 (1000*m³/mês) Meses Irrigação Humano Indústria
Jan 689 872 14 Fev 399 872 14 Mar 372 872 14 Abr 120 872 14 Mai 61 872 14 Jun 56 872 14 Jul 216 872 14 Ago 379 872 14 Set 532 872 14 Out 675 872 14 Nov 736 872 14 Dez 673 872 14
Quadro 33 – Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA2 – 2015.
UA2 (1000*m³/mês) Meses Irrigação Humano Indústria
Jan 515 2 096 62 Fev 333 2 096 62 Mar 319 2 096 62 Abr 156 2 096 62 Mai 100 2 096 62 Jun 72 2 096 62 Jul 158 2 096 62 Ago 269 2 096 62 Set 384 2 096 62 Out 507 2 096 62 Nov 547 2 096 62 Dez 515 2 096 62
Quadro 34 – Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA3 – 2015.
UA3 (1000*m³/mês) Meses Irrigação Humano Indústria
Jan 2 262 909 62 Fev 1 307 909 62 Mar 1 197 909 62 Abr 427 909 62 Mai 169 909 62 Jun 68 909 62 Jul 534 909 62 Ago 1 117 909 62 Set 1 727 909 62 Out 2 307 909 62 Nov 2 487 909 62 Dez 2 282 909 62
81
Quadro 35 - Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA4 – 2015.
UA4 (1000*m³/mês) Meses Irrigação Humano 1 Humano 2 Indústria
Jan 2 297 563 129 909 Fev 0 563 129 909 Mar 0 563 129 909 Abr 0 563 129 909 Mai 0 563 129 909 Jun 0 563 129 909 Jul 0 563 129 909 Ago 0 563 129 909 Set 1 098 563 129 909 Out 3 161 563 129 909 Nov 3 954 563 129 909 Dez 2 407 563 129 909
Horizonte 2025
Quadro 36 – Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA1 – 2025.
UA1 (1000*m³/mês) Meses Irrigação Humano Indústria
Jan 761 1 861 20 Fev 441 1 861 20 Mar 411 1 861 20 Abr 132 1 861 20 Mai 67 1 861 20 Jun 62 1 861 20 Jul 239 1 861 20 Ago 418 1 861 20 Set 588 1 861 20 Out 746 1 861 20 Nov 813 1 861 20 Dez 743 1 861 20
Quadro 37 – Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA2 – 2025.
UA2 (1000*m³/mês) Meses Irrigação Humano Indústria
Jan 569 2 541 88 Fev 368 2 541 88 Mar 352 2 541 88 Abr 173 2 541 88 Mai 110 2 541 88 Jun 80 2 541 88 Jul 175 2 541 88 Ago 297 2 541 88 Set 424 2 541 88 Out 560 2 541 88 Nov 604 2 541 88 Dez 569 2 541 88
82
Quadro 38 – Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA3 – 2025.
UA3 (1000*m³/mês) Meses Irrigação Humano Indústria
Jan 2 498 1 108 81 Fev 1 444 1 108 81 Mar 1 322 1 108 81 Abr 471 1 108 81 Mai 187 1 108 81 Jun 75 1 108 81 Jul 590 1 108 81 Ago 1 234 1 108 81 Set 1 908 1 108 81 Out 2 549 1 108 81 Nov 2 747 1 108 81 Dez 2 521 1 108 81
Quadro 39 – Síntese dos volumes de consumo das atividades desenvolvidas na UA4 – 2025.
UA4 (1000*m³/mês) Meses Irrigação Humano 1 Humano 2 Indústria
Jan 2 537 657 151 1 155 Fev 0 657 151 1 155 Mar 0 657 151 1 155 Abr 0 657 151 1 155 Mai 0 657 151 1 155 Jun 0 657 151 1 155 Jul 0 657 151 1 155 Ago 0 657 151 1 155 Set 1 213 657 151 1 155 Out 3 492 657 151 1 155 Nov 4 368 657 151 1 155 Dez 2 659 657 151 1 155
4.2.3 Reservatórios da bacia
Nesse estudo foram consideradas os reservatórios de grandes capacidades (maiores que 10 milhões de m³) que têm um papel de regulação interanual.
Para cada reservatório, foram inseridas as características necessárias para simular seu funcionamento:
1. Curva cota x área x volume
2. Aportes (item 4.2.1)
3. Chuva - evaporação
4. Curvas de regras de operação
5. Volumes mínimos e máximos
83
A seguir, apresenta-se os valores de chuva e evaporação para cada UA (Quadros 40 a 43), e as representações desses valores nas Figuras 27 a 30. Esses valores são usados ao nível dos reservatórios em relação a sua localização. Em seguida, apresentam-se as características geométricas de cada uma: Reservatório Pão de Açúcar (Quadro 44 e Figura 31); Reservatório Bituri (Eng. Severino Guerra) (Quadro 45 e Figura 32); Reservatório Belo Jardim (Quadro 46 e Figura 33); Reservatório Eng. Maranhão (Quadro 47 e Figura 34).
Quadro 40 – Valores de evaporação, chuva e balanço para os reservatórios da UA1. UA1 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Chuva (mm) 39 50 95 90 90 93 78 47 20 12 18 27 Evaporação (mm) 217 173 172 142 115 97 101 124 151 204 220 216
Balanço (mm) -178 -123 -77 -52 -25 -4 -23 -77 -131 -192 -202 -189
Figura 27 – Balanço chuva – evaporação para a UA1.
Quadro 41 – Valores de evaporação, chuva e balanço para os reservatórios da UA2. UA2 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Chuva (mm) 31 41 85 72 79 84 72 41 19 11 14 22 Evaporação (mm) 217 173 172 142 115 97 101 124 151 204 220 216
Balanço (mm) -186 -132 -87 -70 -36 -13 -29 -83 -132 -193 -206 -194
84
Figura 28 – Balanço chuva – evaporação para a UA2.
Quadro 42 – Valores de evaporação, chuva e balanço para os reservatórios da UA3. UA3 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Chuva (mm) 33 43 84 93 109 117 104 62 33 18 17 22 Evaporação (mm) 209 196 211 152 129 119 133 157 193 213 216 223
Balanço (mm) 176 153 127 59 20 2 29 95 160 195 199 201
Figura 29 – Balanço chuva – evaporação para a UA3.
85
Quadro 43 – Valores de evaporação, chuva e balanço para os reservatórios da UA4. UA4 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Chuva (mm) 55 72 129 170 210 236 202 133 70 36 33 37 Evaporação (mm) 209 196 211 152 129 119 133 157 193 213 216 223
Balanço (mm) -154 -124 -82 18 81 117 69 -24 -123 -177 -183 -186
Figura 30 – Balanço chuva – evaporação para a UA4.
86
Reservatório Pão de Açúcar
Quadro 44 – Dados cota x área x volume – Reservatório Pão de Açúcar. COTA (m) ÁREA (m²) VOLUME (m³)
708 28 000 0 710 178 000 206 000 716 568 000 2 454 000 722 1 114 000 7 534 000 728 1 724 000 16 032 000 734 2 506 000 28 500 000 736 3 230 000 34 230 600 740 4 677 000 49 715 000 741 4 981 500 54 696 500 744 6 185 000 71 149 000 746 7 205 000 84 529 000
Pão de Açucar
705
710
715
720
725
730
735
740
745
750
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90Volume (Hm3)
Cot
a (m
)
0 1 2 3 4 5 6 7 8Area (km2)
Volume Area
Figura 31– Curva cota x área x volume – Reservatório Pão de Açúcar.
87
Reservatório Bituri (Eng. Severino Guerra)
Quadro 45 – Dados cota x área x volume – Reservatório Bituri (Eng. Severino Guerra).
COTA (m) ÁREA (m²) VOLUME (m³)
80 47 200 48 900 81 79 250 112 125 82 137 300 220 400 83 226 600 402 350 84 375 150 703 225 85 695 300 1 238 450 86 813 250 1 992 725 87 921 750 2 860 225 88 1 054 850 3 848 525 89 1 187 900 4 969 900 90 1 219 250 6 173 475 91 1 352 800 7 459 500 92 1 528 000 8 899 900 93 1 805 000 10 566 400 94 2 000 500 12 469 150 95 2 150 000 14 544 400 96 2 350 500 16 794 650 96 2 423 940 17 776 070 97 2 556 600 19 248 200 98 2800950 21926975 99 3 003 750 24 829 325
Bitury
75
80
85
90
95
100
105
0 5 10 15 20 25 30Volume (Hm3)
Cot
a (m
)
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5Area (km2)
Volume Area
Figura 32 – Curva cota x área x volume – Reservatório Bituri (Eng. Severino Guerra).
88
Reservatório Belo Jardim
Quadro 46 – Dados cota x área x volume – Reservatório Belo Jardim. COTA (m) ÁREA (m²) VOLUME (m³)
581 880 0 582 10 080 10 960 584 106 792 127 832 586 343 728 578 352 588 943 912 1 865 992 590 1 663 024 4 472 928 592 2 165 920 8 301 872 594 2 611 552 13 079 344 596 3 048 272 18 739 169 598 3 590 640 25 378 080 600 4 138 880 33 107 600 602 4 734 248 41 928 728
Belo Jardim
580
585
590
595
600
605
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45Volume (Hm3)
Cot
a (m
)
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5Area (km2)
Volume Area
Figura 33 – Curva cota x área x volume – Reservatório Belo Jardim.
89
Reservatório Eng. Maranhão
Quadro 47 – Dados cota x área x volume – Reservatório Eng. Maranhão. COTA (m) ÁREA (m²) VOLUME (m³)
63 1 546 594 5 000 000 66 3 093 049 10 000 000 69 4 539 121 15 000 000 71 5 789 712 20 000 000 73 6 805 831 25 000 000 74 7 589 699 30 000 000 75 8 172 415 35 000 000 75 8 604 161 40 000 000 76 8 946 957 45 000 000 76 9 269 968 50 000 000 77 9 647 350 55 000 000 77 10 158 649 60 000 000 78 10 891 752 65 000 000 80 11 948 376 70 000 000 81 13 452 110 75 000 000 84 15 559 006 80 000 000 86 18 470 715 85 000 000 90 22 450 172 90 000 000
Eng. Maranhão
60
65
70
75
80
85
90
95
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100Volume (Hm3)
Cot
a (m
)
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24Area (km2)
Volume Area
Figura 34 – Curva cota x área x volume – Reservatório Eng. Maranhão.
90
4.3 FUNCIONAMENTO HIDRÁULICO DO SISTEMA
4.3.1 Princípios de gestão
As únicas possibilidades de intervenção situam-se:
• Ao nível da operação dos reservatórios existentes: nenhum projeto de reservatório foi considerado na bacia.
• No uso eventual dos aportes exteriores através das transferências inter-bacias.
Prioridades
Consideram-se os níveis de prioridade seguintes, em ordem decrescente:
• Volume reservado à atenuação de enchentes
• Abastecimento humano
• Pecuário
• Indústria
• Irrigação
Curva de regras de gestão
Definem-se, em cada um dos reservatórios, diferentes regras de operação mensais para respeitar as prioridades acima descritas.
Estas regras de operação variam dependendo do cenário estudado. Por exemplo, apresentam-se as curvas propostas para gerenciar o reservatório Belo Jardim, (volume/mês) num caso específico de operação (Figura 35).
Regra de gestão de Belo Jardim
0
5
10
15
20
25
30
35
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Meses
Vol
(H
m3)
V Max
V Irrigação
V Indústria
V Min
Figura 35 – Regra de gestão para o reservatório Belo Jardim.
Os valores destas regras variam cada mês:
• Vmáx: curva acima da qual atinge-se o volume de alerta. O gerente do reservatório tem que garantir que o reservatório fica com volume inferior a Vmáx: o volume superior a Vmáx é usado para atenuação das cheias.
91
• Virrig: curva abaixo da qual a demanda para irrigação não e satisfeita.
• Vindus: curva abaixo da qual a demanda para indústria não e satisfeita.
• Vmín: curva abaixo da qual nenhuma demanda e satisfeita.
Quando o volume armazenado é superior a Virrig, a totalidade das demandas está satisfeita. Quando o volume armazenado esta entre Virrig e Vindus, só as demandas industriais e de abastecimento estão satisfeitas. Quando o volume armazenado é inferior à Vindus, só a demanda de abastecimento humano está satisfeita.
Se for necessário, pode colocar restrições mais adaptadas para satisfazer partes das demandas, multiplicando as curvas e atribuindo-lhes uma porcentagem de satisfação por tipo de demanda.
5 FORÇAS TENDENCIAIS
5.1 TENDÊNCIAS HÍDRICAS (MAGRE)
Nas simulações realizadas foram analisadas as seguintes situações (Quadros 48 a 54):
1- Situação atual – 2010 e tendencial 2015 e 2025, considerando a gestão atual de utilização da água, em controle ou regularização para a indústria e para a irrigação;
2- Situação atual – 2010 e sustentável 2015 e 2025, considerando a regularização e o controle para a irrigação e para a indústria.
Após essas duas simulações foi realizada uma análise da evolução do impacto da regularização das demandas de irrigação e indústria nas infraestruturas hidráulicas da bacia nas situações: 2010, 2015 e 2025. Compara-se, para melhorar a sustentabilidade do sistema, o interesse da regularização das demandas de irrigação e indústria (impacto positivo), que pode ser acompanhado de um aumento da falha da demanda de abastecimento humano (impacto negativo).
As infraestruturas hidráulicas que suprem as demandas de irrigação e indústria na situação 2 anteriormente citada, com as prioridades de uso correspondentes, estão apresentadas anteriormente no Quadro 48.
O impacto da disponibilidade da transposição das águas do rio São Francisco sobre a diminuição dos déficits também é analisada de duas formas: as águas vindas do rio São Francisco irão substituir os sistemas atuais ou só os complementaram.
A última análise é com relação a disponibilização de uma vazão ecológica introduzida no trecho do rio aonde ele é perene.
Os resultados relativos ao cenário tendencial são sintetizados de maneira estatística na base da amostra dos 77 anos simulados:
• Garantia da demanda 100%;
• Período de retorno do déficit (falha) total;
92
• Ocorrência de déficit para os períodos de retorno 2, 5, 10, 50 e 100 anos secos, sendo os últimos utilizados em alguns casos, com o valor correspondente deste déficit.
93
Exemplo de leitura das tabelas “resultados”:
Dentro de um período de 10 anos, 7,53 anos terá garantia de 100% da sua demanda.
O déficit será superior a 0% da demanda em 1 ano, para cada 2 anos.
O déficit será superior a 17% da demanda em 1 ano, para cada 5 anos.
O déficit será superior a 44% da demanda em 1 ano, para cada 10 anos.
Demanda média interanual e déficit médio interanual
Dentro de uma amostra de 77 anos, haverá 2 anos com déficit total (0% da demanda será satisfeita).
Evolução entre a situação 1 e 2 (com ou sem controle da irrigação e da indústria). A cor traduz se o impacto é positivo (azul) ou negativo (vermelho)
Identificação da demanda que está sendo avaliada (nome(s) dos nós no modelo MAGRE)
94
Quadro 48 - Situação 2015 com gestão atual ou com controle das demandas irrigação e indústria, e comparação. 2010 Atual 1 Irrigação e Indústria não controlados 2010 Atual 2 Irrigação e Indústria controlados Comparação
Irrigação UA1 Irrigação UA1 demanda garantida à 100% : 0,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 9,87 anos para cada 10 anos 9,9 Déficit total : 10 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos -10,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 389 déficit T = 2 anos : 73% da demanda 389 déficit T = 2 anos : 0% da demanda -73%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 89% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda -89% 288 déficit T=10 anos : 100% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda -100%
Demanda Bacia Una Demanda Bacia Una
demanda garantida à 100% : 7,53 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 5,97 anos para cada 10 anos -1,6 Déficit total : 2 anos para 77 anos Déficit total : 3 anos para 77 anos 1,0
Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0% 440 déficit T= 5 anos : 25% da demanda 440 déficit T= 5 anos : 33% da demanda 8%
Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 48% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 73% da demanda 25% 52 déficit T=100 anos : 100% da demanda 80 déficit T=100 anos : 100% da demanda 0%
Indústria UA1 Indústria UA1 demanda garantida à 100% : 0,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 5,97 anos para cada 10 anos 6,0 Déficit total : 38 anos para 77 anos Déficit total : 4 anos para 77 anos -34,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 12 déficit T = 2 anos : 83% da demanda 12 déficit T = 2 anos : 0% da demanda -83%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 100% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 32% da demanda -68% 10 déficit T=10 anos : 100% da demanda 2 déficit T=10 anos : 73% da demanda -27%
Humano UA1 Humano UA1 demanda garantida à 100% : 7,53 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 6,23 anos para cada 10 anos -1,3 Déficit total : 2 anos para 77 anos Déficit total : 2 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 725 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 725 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 17% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 27% da demanda 10% 77 déficit T=10 anos : 44% da demanda 118 déficit T=10 anos : 67% da demanda 23%
Irrigação + Indústria UA2 Irrigação + Indústria UA2 demanda garantida à 100% : 0,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 6,10 anos para cada 10 anos 6,1 Déficit total : 9 anos para 77 anos Déficit total : 3 anos para 77 anos -6,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 360 déficit T = 2 anos : 71% da demanda 360 déficit T = 2 anos : 0% da demanda -71%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 90% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 32% da demanda -58% 260 déficit T=10 anos : 100% da demanda 61 déficit T=10 anos : 67% da demanda -33%
Humano UA2 Humano UA2 demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 1909 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 1909 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0% 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0%
95
Quadro 48 - Situação 2015 com gestão atual ou com controle das demandas irrigação e indústria, e comparação. 2010 Atual 1 Irrigação e Indústria não controlados 2010 Atual 2 Irrigação e Indústria controlados Comparação
Irrig + Indus UA3 Irrig + Indus UA3 demanda garantida à 100% : 6,36 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 6,36 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0% 1314 déficit T= 5 anos : 5% da demanda 1314 déficit T= 5 anos : 5% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 9% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 9% da demanda 0% 36 déficit T=100 anos : 21% da demanda 35 déficit T=100 anos : 21% da demanda 0%
Humano UA3 Humano UA3 demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 862 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 862 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0% 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0%
Humano UA4 -1 Humano UA4 -1 Escada demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos Escada demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0
Primavera Déficit total : 0 anos para 77 anos Primavera Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês)
528 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 528 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0% Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0%
0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0%
Irrigação + Indústria UA4 Irrigação + Indústria UA4 demanda garantida à 100% : 9,74 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 9,74 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0% 1838 déficit T= 5 anos : 0% da demanda 1838 déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 0% da demanda 0% 1 déficit T=100 anos : 1% da demanda 1 déficit T=100 anos : 1% da demanda 0%
Humano UA4 -2 Humano UA4 -2 Ipojuca demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos Ipojuca demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0
Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0 Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês)
121 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 121 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0% Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0%
0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0%
Continuação
96
Quadro 49 - Situação 2015 com gestão atual ou com controle das demandas irrigação e indústria, e comparação. 2015 1 Irrigação e Indústria não controlados 2015 2 Irrigação e Indústria controlados Comparação
Irrigação UA1 Irrigação UA1 demanda garantida à 100% : 0,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 9,87 anos para cada 10 anos 9,9 Déficit total : 10 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos -10,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 409 déficit T = 2 anos : 73% da demanda 409 déficit T = 2 anos : 0% da demanda -73%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 89% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda -89% 303 déficit T=10 anos : 100% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda -100%
Demanda Bacia Una Demanda Bacia Una demanda garantida à 100% : 6,75 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 5,32 anos para cada 10 anos -1,4 Déficit total : 2 anos para 77 anos Déficit total : 5 anos para 77 anos 3,0
Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0% 440 déficit T= 5 anos : 25% da demanda 440 déficit T= 5 anos : 42% da demanda 17%
Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 62% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 81% da demanda 19% 66 déficit T=100 anos : 100% da demanda 95 déficit T=100 anos : 100% da demanda 0%
Indústria UA1 Indústria UA1 demanda garantida à 100% : 0,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 5,19 anos para cada 10 anos 5,2 Déficit total : 38 anos para 77 anos Déficit total : 6 anos para 77 anos -32,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 14 déficit T = 2 anos : 96% da demanda 14 déficit T = 2 anos : 0% da demanda -96%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 100% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 42% da demanda -58% 11 déficit T=10 anos : 100% da demanda 3 déficit T=10 anos : 83% da demanda -17%
Humano UA1 Humano UA1 demanda garantida à 100% : 7,14 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 5,58 anos para cada 10 anos -1,6 Déficit total : 2 anos para 77 anos Déficit total : 3 anos para 77 anos 1,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 872 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 872 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 25% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 41% da demanda 16% 115 déficit T=10 anos : 55% da demanda 173 déficit T=10 anos : 75% da demanda 20%
Irrigação + Indústria UA2
Irrigação + Indústria UA2
demanda garantida à 100% : 0,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 5,58 anos para cada 10 anos 5,6 Déficit total : 9 anos para 77 anos Déficit total : 4 anos para 77 anos -5,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 385 déficit T = 2 anos : 71% da demanda 385 déficit T = 2 anos : 0% da demanda -71%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 90% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 34% da demanda -56% 278 déficit T=10 anos : 100% da demanda 76 déficit T=10 anos : 77% da demanda -23%
97
Quadro 49 - Situação 2015 com gestão atual ou com controle das demandas irrigação e indústria, e comparação. 2015 1 Irrigação e Indústria não controlados 2015 2 Irrigação e Indústria controlados Comparação
Humano UA2 Humano UA2 demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 2096 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 2096 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0% 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0%
Irrig + Indus UA3 Irrig + Indus UA3 demanda garantida à 100% : 6,10 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 6,10 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0% 1386 déficit T= 5 anos : 6% da demanda 1386 déficit T= 5 anos : 6% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 10% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 10% da demanda 0% 44 déficit T=100 anos : 23% da demanda 43 déficit T=100 anos : 23% da demanda 0%
Humano UA3 Humano UA3 demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 910 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 910 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0% 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0%
Humano UA4-1 Humano UA4-1 Escada demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos Escada demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0
Primavera Déficit total : 0 anos para 77 anos Primavera Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 563 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 563 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0% 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0%
Irrigação + Indústria UA4
Irrigação + Indústria UA4
demanda garantida à 100% : 8,70 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 8,70 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0% 1985 déficit T= 5 anos : 0% da demanda 1985 déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 0% da demanda 0% 3 déficit T=100 anos : 3% da demanda 3 déficit T=100 anos : 3% da demanda 0%
Continuação
98
Quadro 49 - Situação 2015 com gestão atual ou com controle das demandas irrigação e indústria, e comparação. 2015 1 Irrigação e Indústria não controlados 2015 2 Irrigação e Indústria controlados Comparação
Humano UA4 -2 Humano UA4-2 Ipojuca demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos Ipojuca demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0
Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0 Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês)
129 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 129 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0% Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0%
0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0%
Suape Suape demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 3734 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 3734 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0% 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0%
Porto de Galinhas Porto de Galinhas demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 1318 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 1318 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0% 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0%
Continuação
99
Quadro 50 - Situação 2025 com gestão atual ou com controle das demandas de irrigação e indústria, e comparação. 2025 1 Irrigação e Indústria não controlados 2025 2 Irrigação e Indústria controlados Comparação
Irrigação UA1 Irrigação UA1 demanda garantida à 100% : 0,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 9,87 anos para cada 10 anos 9,9 Déficit total : 10 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos -10,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 452 déficit T = 2 anos : 74% da demanda 452 déficit T = 2 anos : 0% da demanda -74%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 90% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda -90% 337 déficit T=10 anos : 100% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda -100%
Demanda Bacia Una Demanda Bacia Una demanda garantida à 100% : 2,73 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 2,21 anos para cada 10 anos -0,5 Déficit total : 9 anos para 77 anos Déficit total : 11 anos para 77 anos 2,0
Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 25% da demanda Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 33% da demanda 8% 440 déficit T= 5 anos : 50% da demanda 440 déficit T= 5 anos : 73% da demanda 23%
Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 100% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 100% da demanda 0% 147 déficit T=100 anos : 100% da demanda 174 déficit T=100 anos : 100% da demanda 0%
Indústria UA1 Indústria UA1 demanda garantida à 100% : 0,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 2,21 anos para cada 10 anos 2,2 Déficit total : 43 anos para 77 anos Déficit total : 12 anos para 77 anos -31,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 20 déficit T = 2 anos : 100% da demanda 20 déficit T = 2 anos : 33% da demanda -67%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 100% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 73% da demanda -27% 17 déficit T=10 anos : 100% da demanda 8 déficit T=10 anos : 100% da demanda 0% Humano UA1 Humano UA1 demanda garantida à 100% : 2,86 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 2,21 anos para cada 10 anos -0,6 Déficit total : 5 anos para 77 anos Déficit total : 6 anos para 77 anos 1,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 1861 déficit T = 2 anos : 25% da demanda 1861 déficit T = 2 anos : 27% da demanda 2%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 49% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 66% da demanda 16% 570 déficit T=10 anos : 91% da demanda 681 déficit T=10 anos : 94% da demanda 3%
Irrigação + Indústria UA2
Irrigação + Indústria UA2
demanda garantida à 100% : 0,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 2,34 anos para cada 10 anos 2,3 Déficit total : 9 anos para 77 anos Déficit total : 6 anos para 77 anos -3,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 444,75 déficit T = 2 anos : 70% da demanda 445 déficit T = 2 anos : 34% da demanda -36%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 90% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 73% da demanda -17% 321 déficit T=10 anos : 100% da demanda 170 déficit T=10 anos : 91% da demanda -9%
100
Quadro 50 - Situação 2025 com gestão atual ou com controle das demandas de irrigação e indústria, e comparação. 2025 1 Irrigação e Indústria não controlados 2025 2 Irrigação e Indústria controlados Comparação
Humano UA2 Humano UA2 demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 2541 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 2541 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0% 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0% Irrig + Indus UA3 Irrig + Indus UA3 demanda garantida à 100% : 5,84 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 5,84 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0% 1543 déficit T= 5 anos : 9% da demanda 1543 déficit T= 5 anos : 8% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 12% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 12% da demanda 0% 64 déficit T=100 anos : 27% da demanda 63 déficit T=100 anos : 27% da demanda 0% Humano UA3 Humano UA3 demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 1108 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 1108 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0% 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0% Humano UA4-1 Humano UA4-1
Escada demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos Escada demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0 Primavera Déficit total : 0 anos para 77 anos Primavera Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês)
657 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 657 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0% Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0%
0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0% Irrigação + Indústria
UA4 Irrigação + Indústria
UA4
demanda garantida à 100% : 7,53 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 7,53 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda Demanda (1000m³/mês) déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0% 1985 déficit T= 5 anos : 1% da demanda 1985 déficit T= 5 anos : 1% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 4% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T=10 anos : 4% da demanda 0% 16 déficit T=100 anos : 6% da demanda 16 déficit T=100 anos : 6% da demanda 0%
Continuação
101
Quadro 50 - Situação 2025 com gestão atual ou com controle das demandas de irrigação e indústria, e comparação. 2025 1 Irrigação e Indústria não controlados 2025 2 Irrigação e Indústria controlados Comparação
Humano UA4 -2 Humano UA4-2 Ipojuca demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos Ipojuca demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0
Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0 Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês)
151 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 151 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0% Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0%
0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0% Suape Suape demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 3734 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 3734 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0% 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0% Porto de Galinhas Porto de Galinhas demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos demanda garantida à 100% : 10,00 anos para cada 10 anos 0,0 Déficit total : 0 anos para 77 anos Déficit total : 0 anos para 77 anos 0,0
Demanda (1000m³/mês) Demanda (1000m³/mês) 1318 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 1318 déficit T = 2 anos : 0% da demanda 0%
Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda Déficit (1000m³/mês) déficit T= 5 anos : 0% da demanda 0% 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0 déficit T=10 anos : 0% da demanda 0%
Continuação
102
Quadro 51 - Evolução do impacto da regulação das demandas de irrigação e indústria aos diferentes horizontes.
impacto positivo 2010 2015 2025 observações
impacto negativo Comparação 2 - 1 Comparação 2 - 1 Comparação 2 - 1 UA 1
Irrigação UA1 amostra: 77
demanda garantida à 100% : 0,00 9,9 9,9 9,9 déficit total : 10 -10,0 -10,0 -10,0
déficit T = 2 anos : 74% -73% -73% -74% déficit T= 5 anos : 90% -89% -89% -90% déficit T=10 anos : 100% -100% -100% -100%
Demanda Bacia Una amostra: 77
Necessidade da transposição
do SF.
demanda garantida à 100% : 2,47 -1,6 -1,4 -0,5 déficit total : 10 1,0 3,0 2,0
déficit T = 2 anos : 33% 0% 0% 8% déficit T= 5 anos : 65% 8% 17% 23% déficit T=10 anos : 100% 25% 19% 0% déficit T=100 anos : 100% 0% 0% 0%
Indústria UA1 amostra: 77
demanda garantida à 100% : 0,00 6,0 5,2 2,2 déficit total : 43 -34,0 -32,0 -31,0
déficit T = 2 anos : 100% -83% -96% -67% déficit T= 5 anos : 100% -68% -58% -27% déficit T=10 anos : 100% -27% -17% 0%
Humano UA1 amostra: 77
Necessidade da transposição
do SF.
demanda garantida à 100% : 2,60 -1,3 -1,6 -0,6 déficit total : 6 0,0 1,0 1,0
déficit T = 2 anos : 25% 0% 0% 2% déficit T= 5 anos : 59% 10% 16% 16% déficit T=10 anos : 94% 23% 20% 3%
UA 2 Irrigação + Indústria UA2 amostra: 77
demanda garantida à 100% : 0,00 6,1 5,6 2,3 déficit total : 9 -6,0 -5,0 -3,0
déficit T = 2 anos : 70% -71% -71% -36% déficit T= 5 anos : 90% -58% -56% -17% déficit T=10 anos : 100% -33% -23% -9%
Humano UA2 amostra: 77
demanda garantida à 100% : 10,00 0,0 0,0 0,0 déficit total : 0 0,0 0,0 0,0
déficit T = 2 anos : 0% 0% 0% 0% déficit T= 5 anos : 0% 0% 0% 0%
103
Quadro 51 - Evolução do impacto da regulação das demandas de irrigação e indústria aos diferentes horizontes.
impacto positivo 2010 2015 2025 observações
impacto negativo Comparação 2 - 1 Comparação 2 - 1 Comparação 2 - 1 déficit T=10 anos : 0% 0% 0% 0%
UA 3 Irrigação + Indústria UA3 amostra: 77
demanda garantida à 100% : 3,25 0,0 0,0 0,0 déficit total : 0 0,0 0,0 0,0
déficit T = 2 anos : 7% 0% 0% 0% déficit T= 5 anos : 27% 0% 0% 0% déficit T=10 anos : 32% 0% 0% 0% déficit T=100 anos : 55% 0% 0% 0%
Humano UA3 amostra: 77
demanda garantida à 100% : 10,00 0,0 0,0 0,0 déficit total : 0 0,0 0,0 0,0
déficit T = 2 anos : 0% 0% 0% 0% déficit T= 5 anos : 0% 0% 0% 0% déficit T=10 anos : 0% 0% 0% 0%
UA 4 Humano UA4-1 amostra: 77
Escada demanda garantida à 100% : 10,00 0,0 0,0 0,0 Primavera déficit total : 0 0,0 0,0 0,0
déficit T = 2 anos : 0% 0% 0% 0% déficit T= 5 anos : 0% 0% 0% 0% déficit T=10 anos : 0% 0% 0% 0%
Irrigação + Indústria UA4 amostra: 77
demanda garantida à 100% : 9,22 0,0 0,0 0,0 déficit total : 0 0,0 0,0 0,0
déficit T = 2 anos : 0% 0% 0% 0% déficit T= 5 anos : 0% 0% 0% 0% déficit T=10 anos : 0% 0% 0% 0% déficit T=100 anos : 2% 0% 0% 0%
Humano UA4-2 amostra: 77
Ipojuca demanda garantida à 100% : 10,00 0,0 0,0 0,0 déficit total : 0 0,0 0,0 0,0
déficit T = 2 anos : 0% 0% 0% 0% déficit T= 5 anos : 0% 0% 0% 0% déficit T=10 anos : 0% 0% 0% 0%
Suape amostra: 77
demanda garantida à 100% : 10,00 0,0 0,0 déficit total : 0 0,0 0,0
Continuação
104
Quadro 51 - Evolução do impacto da regulação das demandas de irrigação e indústria aos diferentes horizontes.
impacto positivo 2010 2015 2025 observações
impacto negativo Comparação 2 - 1 Comparação 2 - 1 Comparação 2 - 1 déficit T = 2 anos : 0% 0% 0% déficit T= 5 anos : 0% 0% 0% déficit T=10 anos : 0% 0% 0%
Porto de Galinhas amostra: 77
demanda garantida à 100% : 10,00 0,0 0,0 déficit total : 0 0,0 0,0
déficit T = 2 anos : 0% 0% 0% déficit T= 5 anos : 0% 0% 0% déficit T=10 anos : 0% 0% 0%
Continuação
105
Quadro 52 - Impacto da transposição do São Francisco sobre a diminuição dos déficits sem a irrigação e a indústria conectadas (cenário tendencial).
2015 2025
Demanda (l/s)
Déficit sem São
Francisco (l/s)
Déficit com São Francisco
(l/s)
% diminuição do déficit
Demanda (l/s)
Déficit sem São
Francisco (l/s)
Déficit com São Francisco
(l/s)
% diminuição do déficit
PARTE ALTA UA1 IRRIG 155 115 115 0% 171 128 128 0% HUMA 331 44 0 100% 706 218 0 100% INDUS 5 4 4 0% 8 6 6 0% BACIA UNA 168 25 0 100% 168 56 0 100% UA2 IRRIG 123 91 91 0% 136 101 101 0% INDUS 24 15 15 0% 34 22 22 0%
PARTE INTERMEDIÁRIA
UA2 HUMA 795 0 0 0% 964 0 0 0% UA3 IRRIG 503 14 14 0% 556 21 21 0% HUMA 345 0 0 0% 420 0 0 0% INDUS 24 2 2 0% 31 3 3 0%
PARTE BAIXA UA4 IRRIG 407 0 0 0% 450 0 0 0% HUMA 1 214 0 0 0% 249 0 0 0% HUMA 2 49 0 0 0% 57 0 0 0% INDUS 346 1 1 0% 440 6 6 0%
106
Quadro 53 - Impacto da transposição do São Francisco sobre a diminuição dos déficits sem a irrigação e a indústria conectadas (cenário sustentável).
2015 2025
Demanda (l/s)
Déficit sem São
Francisco (l/s)
Déficit com São Francisco
(l/s)
% diminuição do déficit
Demanda (l/s)
Déficit sem São
Francisco (l/s)
Déficit com São Francisco
(l/s)
% diminuição do déficit
PARTE ALTA UA1 IRRIG 155 0 0 0% 171 0 0 0% HUMA 331 66 0 100% 706 260 0 100% INDUS 5 1 0 100% 8 3 0 100% BACIA UNA 168 36 0 100% 168 66 0 100% UA2 IRRIG 123 25 1 96% 136 56 1 98% INDUS 24 4 0 100% 34 12 0 100%
PARTE INTERMEDIÁRIA
UA2 HUMA 795 0 0 0% 964 0 0 0% UA3 IRRIG 503 14 14 0% 556 21 21 0% HUMA 345 0 0 0% 420 0 0 0% INDUS 24 2 2 0% 31 3 3 0%
PARTE BAIXA UA4 IRRIG 407 0 0 0% 450 0 0 0% HUMA 1 214 0 0 0% 249 0 0 0% HUMA 2 49 0 0 0% 57 0 0 0% INDUS 346 1 1 0% 440 6 6 0%
107
Quadro 54 - Evolução dos déficits levando em conta as vazões ecológicas.
2010 2015 2025
Demanda (l/s)
Déficit sem
vazão eco. (l/s)
Déficit com
vazão eco. (l/s)
% aumento
do déficit
Demanda (l/s)
Défic it sem
vazão eco. (l/s)
Déficit com
vazão eco. (l/s)
% aumento
do déficit
Demanda (l/s)
Déficit sem
vazão eco. (l/s)
Déficit com
vazão eco. (l/s)
% aumento
do déficit
PARTE ALTA UA1 IRRIG 148 109 109 0% 155 115 115 0% 171 128 128 0% HUMA 275 29 29 0% 331 44 44 0% 706 218 218 0% INDUS 5 4 4 0% 5 4 4 0% 8 6 6 0% BACIA UNA 168 20 20 0% 168 25 25 0% 168 56 56 0% UA2 IRRIG 117 86 86 0% 123 91 91 0% 136 101 101 0% INDUS 20 13 13 0% 24 15 15 0% 34 22 22 0%
PARTE INTERMEDIÁRIA
UA2 HUMA 724 0 0 0% 795 0 0 0% 964 0 0 0% UA3 IRRIG 479 12 12 0% 503 14 14 0% 556 21 21 0% HUMA 327 0 0 0% 345 0 0 0% 420 0 0 0% INDUS 19 1 1 0% 24 2 2 0% 31 3 3 0%
PARTE BAIXA UA4 IRRIG 387 0 0 0% 407 0 0 0% 450 0 0 0% HUMA 1 200 0 0 0% 214 0 0 0% 249 0 0 0% HUMA 2 46 0 2 - 49 0 0 0% 57 0 0 0% INDUS 310 0 6 - 346 1 1 0% 440 6 6 0%
108
5.1.1 Interpretação dos resultados
O balanço hídrico da bacia hidrográfica do rio Ipojuca é muito interligado com as bacias próximas, quer seja para a demanda, quando várias áreas fora da bacia consomem água da bacia, como para os aportes, que para satisfazer toda a demanda futura precisa receber recursos suplementares chegando de fora da bacia.
De um ponto de vista hidrológica se pode considerar três sub bacias que se apresentam de montante para jusante, neste trabalho chamadas de macrozonas:
• A parte alta, a montante de Caruaru que funciona hidraulicamente de maneira “quase independente” do exterior na situação atual (só se levou em conta a satisfação da demanda dos municípios da bacia Una), e que integra toda a UA1 e a UA2 agrícola.
• Uma parte intermediária que integra o sistema Caruaru - Bezerros - Gravatá: demanda Humano UA2 UA3, totalmente dependente de adutoras chegando do exterior (Reservatório Jucazinho, Reservatório Prata e sistemas isolados). Essa parte cobre também a UA3 e a UA4 agrícola e industrial. Se estende até a saída da UA3.
• A parte baixa da bacia, que corresponde à UA4, tem o objetivo maior de abastecer a zona baixa (litoral) com água para a demanda humana dentro da bacia na situação atual (municípios Escada e Ipojuca) e fora, nos horizontes futuros, com as ligações para Suape e as praias do litoral sul (Porto de Galinhas, etc.)
5.2 TENDÊNCIAS AMBIENTAIS, ECONÔMICAS E SOCIAIS
Mesmo apresentando um território com pouco mais de 250km de largura, os 25 (vinte e cinco) municípios localizados na bacia hidrográfica do rio Ipojuca apresentam certo grau de heterogeneidade em diversos aspectos demográficos, econômicos e sociais.
De acordo com o Censo Demográfico 2000 (IBGE), esse grupo de municípios integrantes da bacia, contava com uma população total de 1.110.841 habitantes, dos quais 74% residiam na zona urbana. Desse total, 371.243 habitantes, ou seja, mais de 33% referem-se à soma total da população residente dos municípios de Caruaru (RD Agreste Central) e de Vitória de Santo Antão (RD Mata Sul).
De um modo geral, com exceção do município do Ipojuca (3%) situado na RD Metropolitana, todos os demais municípios apresentaram um padrão de crescimento similar, ou seja, taxa de crescimento geométrico da população entre 2000 e 2007 inferior a 2%. Essa tendência de crescimento por parte do município de Ipojuca pode está associada, em grande parte, ao processo migratório estimulado pela criação de novos postos de trabalho a partir da implementação dos novos empreendimentos localizados no Complexo Industrial Portuário de SUAPE - CIPS.
Com isso é esperado, nos próximos anos, um crescimento ainda maior da população nessa região incluindo todos os municípios do chamado “território
109
estratégico de SUAPE”4, que inclui os municípios de Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Escada e Moreno alavancado pela consolidação e ampliação do Complexo, com a atração de novos empreendimentos.
Seguindo a tendência observada na grande maioria dos municípios da região no intervalo 1991 a 2000, observa-se o crescimento positivo do IDH-M desses municípios, impulsionado, sobretudo, pelo índice IDH-E.
Na área da Bacia, os cinco maiores IDH-M correspondem, pela ordem, aos seguintes municípios: Caruaru (0,71); Arcoverde (0,70); Vitória de Santo Antão (0,66); Ipojuca (0,65); e Gravatá (0,65).
Do total de municípios da RD Agreste Central inseridos na Bacia, a exceção de Cachoeirinha (que apresentou uma pequena redução), todos os demais municípios apresentaram aumento no Índice de Gini, ou seja, aumento de grau de desigualdade na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita, sendo as maiores altas observadas nos municípios de São Bento do Uma na ordem de 0,20, Riacho das Almas na ordem de 0,20, Poção na ordem 0,13, Agrestina na ordem 0,12 e São Caetano na ordem 0,11.
Já os municípios da bacia inseridos na RD Mata Sul, três apresentaram redução no grau de desigualdade medido pelo Índice de Gini (Chã Grande, Pombos e Amaraji). O município que apresentou o maior aumento da desigualdade nessa região foi o de Primavera. Os municípios de Venturosa na RD Agreste Meridional e Ipojuca na RD Metropolitana também apresentaram aumento no grau de desigualdade da ordem de 0,05 e 0,09, respectivamente.
Quanto à renda, o território da bacia era caracterizado, segundo dados do Censo 2000, por um padrão relativamente homogêneo no que se refere à taxa de chefes de domicílios ganhando até um salário mínimo (ou seja, superior a média do estado), como pode ser observado na descrição abaixo por RD/município. A única exceção observada nesse padrão foi a RD Metropolitana: embora represente menos de 3% (2,8%) do território estadual, concentra cerca de 70% do PIB estadual e mais de 40% da população total de Pernambuco.
6 CENÁRIOS
6.1 INCERTEZAS E HIPÓTESES
Foram consideradas quatro incertezas críticas para a elaboração dos cenários, uma para cada dimensão de análise, hídrica, ambiental, econômica e social.
Incerteza 1 (dimensão hídrica)
Com relação ao aspecto hídrico, a incerteza levantada diz respeito a gestão atual de utilização da água, quando ao controle ou regularização para a indústria e para a irrigação, os aportes do rio São Francisco e as vazões ecológicas na macrozona 3. Este elemento de incerteza é crítico tanto para definição das demandas hídricas,
4 Para um maior detalhamento sobre o assunto ver o “Plano Território Estratégico de Suape – Diretrizes para uma Ocupação Sustentável” (2006), elaborado pela Agência CONDEPE FIDEM.
110
como tendo impacto sobre o crescimento econômico, as condições ambientais e, de certa forma, sobre os aspectos sociais.
Incerteza 2 (dimensão ambiental)
Não se tem garantias de como será a gestão ambiental na região, ou seja, as ações de fiscalização serão intensificadas, levando as empresas e empreendedores a adotar práticas ambientalmente sustentáveis? Ou o crescimento econômico seguirá sem a devida proteção ambiental? Esta incerteza depende de ações do poder público ligadas a infraestrutura, vinculadas ao saneamento principalmente, mas também de como os negócios irão se comportar diante deste elementos, adotando ou não ações preventivas e compensatórias.
Incerteza 3 (dimensão econômica)
Aqui trata-se das políticas de estímulo ao crescimento econômico e sua eficácia. A questão fundamental é se teremos políticas de crescimento econômico que atraiam novos investimentos, aproveitando o potencial hídrico e se isso se dará de forma planejada a partir das potencialidades regionais e de complementaridade com outras regiões.
Incerteza 4 (dimensão social)
As políticas sociais serão intensificadas de forma abrangente, gerando resultados significativos na educação, saúde e qualidade de vida? Existe um processo de degradação social instalado na região cuja reversão dependerá dos investimentos eficientes em políticas sociais. Assim, essa é uma variável que carrega forte nível de incerteza. Sendo esse um dos elementos críticos para a sustentabilidade da região.
Para cada uma dessas incertezas foram criadas duas hipóteses extremas para a configuração dos cenários. A hipótese A está relacionada a manutenção das atuais tendências, sendo portanto fruto de um olhar pessimista sobre a realidade. Já a hipótese B traz situações de resolução positiva em relação as incertezas críticas.O Quadro 55 a seguir resume as incertezas e as duas hipóteses.
111
Quadro 55 – Síntese das incertezas e hipóteses.
INCERTEZAS CRÍTICAS HIPÓTESE A HIPÓTESE B
Gestão dos Recursos Hídricos Sem controle ou regularização para a indústria e para a irrigação
Com controle ou regularização para a indústria e para a irrigação
Gestão Ambiental
Baixa e ineficiente fiscalização, como pouca adoção de práticas ambientalmente sustentáveis por parte das empresas
Ações de fiscalização serão intensificadas, levando as empresas e empreendedores a adotar práticas ambientalmente sustentáveis
Políticas de Estímulo ao Crescimento Econômico
Escassas políticas de atração e desenvolvimento da região
Políticas planejadas e estruturadas para atração de novos investimentos
Políticas Sociais Pouco abrangentes e limitadas Abrangentes e transformadoras
Descrição da hipótese A (base para o cenário tenden cial)
Na hipótese A há o desenho de um cenário desfavorável com a presença de ameaças sérias à sustentabilidade da região em vista de não se ter a ação organizada de controle e regularização dos recursos hídricos para a indústria e a agricultura irrigada, levando a limitações do seu crescimento com baixo impacto ambiental e social.
Os riscos de degradação ambiental são maiores, tendo em vista que ocorrerá algum crescimento econômico na região como um todo, contudo, sem a devida fiscalização e adoção de práticas sustentáveis por parte dos empreendimentos. Assim, os impactos ambientais tendem a aumentar significativamente.
A economia não deverá alcançar todo o seu potencial, podendo ficar desvinculada da dinâmica Estadual em grande parte dos municípios da Bacia. Mantêm-se a diferença de desenvolvimento entre os municípios, podendo levar a um aumento das desigualdades no âmbito da bacia.
Por fim são mantidas as atuais tendências de degradação social, que já vem experimentando pioras em relação a realidade do Estado de Pernambuco. A facilidade da água tenderá a atrair população e agravar ainda mas os problemas sociais da região.
Descrição da hipótese B (base para o cenário susten tável)
Esse conjunto de hipóteses configura um cenário bem mais favorável com ações proativas em torno das quatro incertezas críticas analisadas.
Primeiramente existirá uma ação organizada de controle e regularização dos recursos hídricos para a indústria e a agricultura irrigada, seguida de uma gestão para distribuição das vazões que virão da Adutora do Agreste (rio São Francisco) e
112
por fim, medidas não-estruturais que possam garantir as vazões ecológicas na macrozona 3. Permitindo a redução dos riscos do sistema de abastecimento, como também redução dos riscos da própria oferta regular para os empreendimento na região.
Deverão ser amenizados os riscos de degradação ambiental, através de uma ação mais enérgica de fiscalização por parte do poder público, estimulando a adoção de práticas sustentáveis por parte dos empreendimentos. Isto permitirá crescimento econômico mais equilibrado, e fomento a modelos produtivos compatíveis com a capacidade de absorção do ambiente.
A atuação planejada do desenvolvimento econômico permitirá um crescimento mais acelerado da região e ampliação do emprego e da renda, com efeitos positivos sobre a produção e a demanda interna. As diferenças de desenvolvimento entre os municípios deve sofrer alguma redução ou pelo menos não serem ampliadas no âmbito da bacia.
Com a adoção de políticas sociais mais amplas e estruturadas, poderá ser revertido em parte, o atual quadro de degradação social, ficando a região ao menos compatível com a dinâmica verificada em Pernambuco.
6.2 Projeção dos cenários
6.2.1 Cenário tendencial
Análise hídrica (MAGRE)
Macrozona 1
Na cena atual apresentam-se déficits qualquer que seja o tipo de demanda:
• O abastecimento humano tem um déficit de 44% da demanda 1 de cada 10 anos (48% para a bacia Una);
• O déficit na demanda para irrigação e indústria é de 100% para este mesmo período de retorno. O controle dessas demandas através dos reservatórios permite melhorar muito o balanço: o déficit desaparece totalmente para irrigação na UA1, e torna-se de 100% para 67% na UA2. Mas piora o déficit de abastecimento humano: passa para 67% na UA1 e 73% para a bacia Una.
No futuro, ate o horizonte 2025, a situação melhora sensivelmente com a chegada da água do São Francisco, se eliminam totalmente os déficits em relação com a demanda humana para a totalidade da UA1 e a demanda da bacia do Una.
Da mesma maneira eliminam-se os déficits industriais e de irrigação na UA1 e UA2 com a chegada da água do São Francisco, nesse caso apenas com o controle dessas demandas através dos reservatórios.
Macrozona 2
O sistema, para o abastecimento humano, não apresenta déficit na situação atual nem na situação futura até o horizonte 2025, levando em conta o abastecimento do São Francisco ou não.
113
As demandas de irrigação e industriais na UA3 apresentam um déficit de 9%, para um de cada 10 anos na situação atual, e que cresce até 12% ao horizonte 2025. O controle através dos reservatórios não teria impacto. A ligação com o São Francisco melhora sensivelmente a situação para irrigação nesta UA.
Macrozona 3
As demandas para irrigação e indústria na UA4 não possui déficit na situação atual para um período de retorno decenal. Porém, na situação 2025, o déficit se torna igual a 4%.
O abastecimento humano dos municípios a jusante (Ipojuca e Escada) se apresenta sem nenhum déficit na situação atual. Ao horizonte 2025, mesmo que a demanda seja muito mais importante devido à consideração das demandas exteriores das praias do litoral sul e de Suape, não aparece nenhum déficit.
Análise dos elementos ambientais, sociais e econômi cos
Como não há mudanças significativas nas políticas, sociais, ambientais e econômicas, as variáveis seguem suas tendências históricas.
PIB e PIB per capita
Para se fazer a projeção para as cenas 2010, 2015 e 2025, foi utilizada a série histórica do PIB e PIB per capita municipal de 2002 a 2007, calculada pelo IBGE. Aplicou-se a taxa média de crescimento anual como sendo a tendência para determinação dos anos futuros. Importante observar que essa taxa de crescimento é nominal, contendo efeitos inflacionários. Não foi utilizada a taxa deflacionada, pela não aplicação da mesma pelo CONDEPE em virtude da falta de deflator para PIB municipal.
O PIB cresce intensamente na macrozona 3 em relação as demais. De 2010 para 2015 o PIB cresce cerca de 154%. Enquanto que nas macrozona 1 e 2 esse crescimento é respectivamente 100% e 92%. Até o ano de 2025 a taxa de crescimento da macrozona 3 se mantêm elevada em torno de 21% ao ano, enquanto que nas macrozonas 1 e 2 essa taxa anual é de cerca 15% e 14% também extremante elevadas. Estamos falando de taxas nominais de crescimento do PIB, mas mesmo assim já representam o intenso crescimento da economia de Pernambuco como efeitos positivos sobre diversas regiões. Pode-se verificar a mesmo trajetória de crescimento para o PIB per capita (Quadro 56).
População
Para se fazer a projeção para as cenas 2010, 2015 e 2025, foi utilizada a série histórica de 1980 a 2007, fornecida pelo IBGE. Aplicou-se a taxa média de crescimento anual como sendo a tendência para determinação dos anos futuros.
Com o maior contingente populacional a macrozona 2 também detém as maiores taxas de crescimento populacional de toda a bacia, tendo uma taxa média de crescimento anual em torno de 1,4%. A macrozona 3 cresce sua população a uma taxa média anual de cerca de 1,1% e a macrozona 1 com a menor taxa de crescimento em torno de 0,9% ao ano. Apesar das taxas de crescimento populacional se encontrarem a baixo da média de outras regiões, ainda assim
114
teremos impactos nas demandas sociais. Apesar das projeções também mostrarem um crescimento significativo do PIB per capita, este ainda é muito baixo, necessitando de políticas públicas compensatórias e dos serviços públicos (Quadro 56).
Índice FIRJAN
Para se fazer a projeção para as cenas 2010, 2015 e 2025, foi utilizada a série histórica de 2000 a 2006, fornecida pela FIRJAN. Aplicou-se a taxa média de crescimento anual como sendo a tendência para determinação dos anos futuros. Esse indicador foi utilizado no lugar do IDH por ter dados mais recentes para os municípios e cumprir o mesmo tipo de objetivo.
Em relação a qualidade de vida também pode-se verificar uma relativa homogeneidade no comportamento do índice FIRJAN de desenvolvimento. Pode-se considerar que as três macrozonas encontram-se na faixa do desenvolvimento regular, o que nos alerta para dificuldades sociais significativas. A macrozona 2 encontra-se numa posição levemente superior, no limite entre o regular e o moderado, na classificação de desenvolvimento com um índice em 2010 de 0,6 as demais macrozonas estão classificadas como desenvolvimento regular. Apenas em 2025 essas macrozonas 1 e 3 passariam para um desenvolvimento moderado. Já a macrozona 2 continuaria com a mesma classificação (Quadro 56).
Área plantada
Para se fazer a projeção para as cenas 2010, 2015 e 2025, foi utilizada a série histórica de 1999 a 2008, fornecida pelo IBGE, de área plantada total na série de produção agrícola municipal. Aplicou-se a taxa média de crescimento anual como sendo a tendência para determinação dos anos futuros.
As duas variáveis projetadas para analisar a questão ambiental foram área plantada e carga remanescente como explicado no capítulo sobre a metodologia de trabalho. A macrozona que terá o maior crescimento da área plantada será a 1, com índices muito superiores as demais, aumentando em cinco vezes sua área plantada até 2025, superando significativamente a macrozona 3 que na cena atual é a que tem a maior área plantada. Isto implica em grande risco ambiental proveniente da expansão agropecuária, caso essa tendência continue dentro da mesma estrutura produtiva existente atualmente, que não tem grande sustentabilidade ambiental (Quadro 56).
Carga remanescente
Para a projeção da carga remanescente nas cenas propostas, não foram utilizadas séries históricas. Projetaram-se os dados municipais coletados para o ano de 2007 a partir de uma média ponderada das taxas de crescimento populacional e do PIB, nas proporções de 78% e 22% respectivamente. Foram utilizadas as mesmas taxas das séries de População e PIB.
A carga remanescente também é utilizada como indicador ambiental e tem uma tendência igualmente preocupante. Neste cenário tendencial, a macrozona 3 pode apresentar taxa de crescimento elevadas, caso não seja feita nenhuma ação de contenção da poluição agroindustrial principalmente. A carga remanescente pode crescer na última cena cerca de 12,5% ao ano, trazendo riscos significativos ao meio
115
ambiente e populações ribeirinhas, podendo inviabilizar atividade como aquicultura (Quadro 56).
Quadro 56 – Síntese dos resultados das variáveis analisadas para o cenário tendencial da bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
Mz* VARIÁVEIS Ano Variação percentual
do crescimento Taxa média de crescimento
2010 2015 2025 2010-2015
2015-2025
2010-2015
2015-2025
2010-2025
1
PIB (1.000 R$) 2.324.207,76 4.638.836,59 19.276.317,82 99,59% 315,54% 14,82% 15,31% 15,15%
PIB per capita (R$) 58.847,86 110.737,65 409.599,00 88,18% 269,88% 13,48% 13,97% 13,81%
População total 342.175,10 359.408,50 396.737,74 5,04% 10,39% 0,99% 0,99% 0,99%
Área plantada (ha) 48.821,40 83.394,29 419.946,61 70,82% 403,57% 11,30% 17,55% 15,43%
Índice FIRJAN**
0,55 0,58 0,64 5,45% 10,34% 1,07% 0,99% 1,02%
Carga remanescente 2.768.676 3.790.558 10.397.301 36,91% 174,29% 6,48% 10,62% 9,22%
2
PIB (1.000 R$) 4.371.253,82 8.380.137,80 31.284.220,86 91,71% 273,31% 13,90% 14,08% 14,02%
PIB per capita (R$)
51.613,50 93.830,87 318.087,92 81,80% 239,00% 12,70% 12,98% 12,89%
População total 567.655,18 608.405,25 701.238,69 7,18% 15,26% 1,40% 1,43% 1,42%
Área plantada (ha) 14.216,23 13.405,56 14.991,02 -5,70% 11,83% -1,17% 1,12% 0,35%
Índice FIRJAN** 0,6 0,63 0,7 5,00% 11,11% 0,98% 1,06% 1,03%
Carga remanescente
11.549.880 15.141.702 33.164.838 31,10% 119,03% 5,56% 8,16% 7,29%
3
PIB (1.000 R$) 11.339.271,51 28.841.907,68 195.173.831,31 154,35% 576,70% 20,53% 21,07% 20,89%
PIB per capita (R$)
160.132,18 364.212,83 1.980.927,82 127,45% 443,89% 17,86% 18,45% 18,26%
População total 314.610,63 331.675,40 369.935,61 5,42% 11,54% 1,06% 1,10% 1,09%
Área plantada (ha) 56.278,12 59.968,04 79.527,41 6,56% 32,62% 1,28% 2,86% 2,33%
Índice FIRJAN**
0,57 0,6 0,67 5,26% 11,67% 1,03% 1,11% 1,08%
Carga remanescente 3.514.028 4.890.358 15.905.232 39,17% 225,24% 6,83% 12,52% 10,59%
*MZ – Macrozona. ** A classificação do índice é a seguinte: Baixo Desenvolvimento (de 0 a 0,4), Regular Desenvolvimento (de 0,4 a 0,6), Moderado Desenvolvimento (de 0,6 a 0,8) e Alto Desenvolvimento (0,8 a 1,0).
6.2.2 Cenário sustentável
Análise hídrica (MAGRE)
No cenário sustentável, estuda-se a satisfação das demandas industrial e de irrigação pelos reservatórios. Os reservatórios que tem ainda como finalidade prioritária o abastecimento humano deixam um volume para os outros tipos de demanda. Assim, analisa-se o impacto favorável desta medida e o eventual impacto negativo sobre a satisfação da demanda humana.
A regulação proposta pode se implantar nas UA1 e UA2, pela ausência de reservatórios maiores na UA3 e UA4. Tem a mesma forma que a regulação da demanda em abastecimento humano.
116
Observam-se déficits na parte alta da bacia qualquer que seja o tipo de demanda na situação atual e futura.
Para fazer desaparecer esses déficits precisa-se do aporte da transposição do São Francisco.
A eliminação ou pelo menos a diminuição dos déficits industriais e de irrigação necessita do controle das demandas pelos reservatórios.
Este controle favorece a otimização da gestão dos reservatórios maiores o que permitiria diminuir os déficits de maneira importante. Para isso, precisaria de um sistema que permita controlar as demandas e adaptar a gestão dos reservatórios de maneira dinâmica.
Nas partes medianas e baixas da bacia não se apresenta nenhum déficit relativo à demanda humana. As infraestruturas previstas (adutoras e reservatório - Engenho Maranhão) permitem compensar o crescimento da demanda quer seja interna à bacia ou externa (Porto de Galinha e Suape).
A demanda para irrigação na UA3 se beneficiará também de maneira sensível, com o aporte do São Francisco.
Ao final, a utilização de todas as infraestruturas previstas, acompanhada de medidas que permitam melhorar a adequação entre as demandas de irrigação e industriais com o potencial de regularização dos reservatórios, acabaria com os déficits até durante os anos de seca, qualquer que seja a natureza da demanda.
A inclusão das vazões ecológicas nos balanços recursos/demandas tem um pequeno impacto sobre o déficit industrial e humano na situação atual na UA4. Este déficit desaparece em 2015 e 2025 graça à construção do reservatório Engenho Maranhão que pode assegurar esta vazão ecológica.
Análise dos elementos ambientais, sociais e econômi cos
O cenário sustentável é caracterizado pela presença de uma série de políticas que permite uma melhor equalização do desenvolvimento com a sustentabilidade. Umas das principais características desse cenário é a existência de um crescimento econômico mais intenso, porém com melhoria nas condições de vida da população mais intensa e menos impacto ambiental.
PIB e PIB per capita
Para se fazer a projeção para as cenas 2010, 2015 e 2025, foi utilizada a série histórica do PIB e PIB per capita municipal de 2002 a 2007, calculada pelo IBGE, modificada em algumas cenas. Para a cena 2010 aplicou-se a taxa média de crescimento anual como sendo a tendência para determinação deste ano em virtude da inércia da cena por sua proximidade temporal da série utilizada, ou seja, até 2010 não há tempo suficiente para se mudar a tendência. Para a cena de 2025 essa taxa foi ponderada para cima. Para essa ponderação foi utilizado o desvio padrão das diversas taxas de crescimento anual. A ponderação da taxa da cena de 2015 foi feita a partir de uma proporção entre as taxas de 2010 (inercial) e a de 2025 (aumentada pelo desvio padrão).
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Neste cenário a macrozona 3 continua sendo a com maior taxa de crescimento do PIB e PIB per capita, contudo esse crescimento é mais intenso do que no cenário tendencial. Ao invés da taxa de 154% de 2010 para 2015 (cenário tendencial) ela passa a ser de 172% neste cenário mais positivo. Na cena de 2015 a 2025 a taxa média anual chega em 26%, acima do cenário tendencial que era de 21%. O mesmo ocorre com as demais macrozonas. A pujança desse crescimento econômico é fortemente influenciada pelo município de Ipojuca, que tende a intensificar os investimentos na área de influência do Porto de Suape, mas se espalhando por municípios vizinhos também. Contudo, neste cenário, as políticas de adensamento produtivo surtem efeito, fazendo com que aumente a integração entre os diversos municípios e também aumente a pequena produção sustentável. Essa maior integração das economias municipais permitirá uma redução das disparidades regionais.
O PIB per capita, neste cenário sustentável, também apresenta maiores taxas de crescimento. É fundamental analisar de forma qualitativa o crescimento do PIB per capita, pois neste cenário ele tende a se dar com redução da concentração de renda, principalmente pelo estímulo ao crescimento da agricultura familiar de maior valor agregado e ao apoio a surgimento de pequenos negócios da economia urbana, ligados ao comércio e serviços, que também passam a usufruir do crescimento da renda local, aumentando o efeito multiplicador da economia. Mesmo tendo Ipojuca como tendência a concentração de renda, pelas características de seus investimentos, intensivos em capital, a integração micro regional e a internalização dos efeitos permitirá uma integração maior com pequenos negócios que exercem o papel de distribuidores de renda (Quadro 57).
População
Para se fazer a projeção para as cenas 2010, 2015 e 2025, foi utilizada a série histórica de 1980 a 2007, fornecida pelo IBGE modificada em algumas cenas. Para a cena 2010 aplicou-se a taxa média de crescimento anual como sendo a tendência para determinação deste ano em virtude da inércia da cena por sua proximidade temporal da série utilizada, ou seja, até 2010 não há tempo suficiente para se mudar a tendência. Para a cena de 2025 essa taxa foi ponderada para cima. Para essa ponderação foi utilizado o desvio padrão das diversas taxas de crescimento anual. A ponderação da taxa da cena de 2015 foi feita a partir de uma proporção entre as taxas de 2010 (inercial) e a de 2025 (aumentada pelo desvio padrão).
A macrozona 2 continua com o maior contingente populacional, assim como as maiores taxas de crescimento populacional, dentro da bacia. Contudo, dadas as políticas sociais mais eficientes, investimentos em infraestrutura urbana e a própria elevação da renda, esse crescimento mais intenso da população, motivado em parte por alguns movimentos migratórios, não levará ao aumento das pressões sociais. Os serviços urbanos acompanharam em boa medida o crescimento da demanda nos municípios. Contudo, esse cenário só terá essa configuração com a implementação de um conjunto de políticas e serviços públicos analisados mais a frente (Quadro 57).
Índice FIRJAN
Para se fazer a projeção para as cenas 2010, 2015 e 2025, foi utilizada a série histórica de 2000 a 2006, fornecida pela FIRJAN, modificada em algumas cenas.
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Para a cena 2010 aplicou-se a taxa média de crescimento anual como sendo a tendência para determinação deste ano em virtude da inércia da cena por sua proximidade temporal da série utilizada, ou seja, até 2010 não há tempo suficiente para se mudar a tendência. Para a cena de 2025 essa taxa foi ponderada para cima. Para essa ponderação foi utilizado o desvio padrão das diversas taxas de crescimento anual. A ponderação da taxa da cena de 2015 foi feita a partir de uma proporção entre as taxas de 2010 (inercial) e a de 2025 (ampliada pelo desvio padrão).
A outra variável social analisada é o FIRJAN. Neste cenário mostra melhoras significativas. Se no cenário tendencial as classificações não se alteravam substancialmente, neste cenário sustentável será verificada uma melhoria no padrão de desenvolvimento em todas as macrozonas.
As macrozonas 1 e 3 na cena atual (representada pelo ano de 2010) apresentaram índices de Firjan compatíveis com um “Desenvolvimento Regular”, enquanto que a macrozona 2 apresentou classificação de “Moderado Desenvolvimento”.
Na cena seguinte, no ano de 2015, a macrozona 1 apresentou índice de Firjan que se aproxima de um “Moderado Desenvolvimento”, classificação esta, observada nas macrozonas 2 e 3.
No ano de 2025, a macrozona 2 praticamente alcança a classificação de “Alto Desenvolvimento” (Quadro 57).
Área plantada
Para se fazer a projeção para as cenas 2010, 2015 e 2025, foi utilizada a série histórica de 1999 a 2008, fornecida pelo IBGE, de área plantada total na série de produção agrícola municipal. Aplicou-se a taxa média de crescimento anual como sendo a tendência modificada em algumas cenas. Para a cena 2010 aplicou-se a taxa média de crescimento anual como sendo a tendência para determinação deste ano em virtude da inércia da cena por sua proximidade temporal da série utilizada, ou seja, até 2010 não há tempo suficiente para se mudar a tendência. Para a cena de 2025 essa taxa foi ponderada para cima. Para essa ponderação foi utilizado o desvio padrão das diversas taxas de crescimento anual. A ponderação da taxa da cena de 2015 foi feita a partir de uma proporção entre as taxas de 2010 (inercial) e a de 2025 (aumentada pelo desvio padrão).
As questões ambientais são melhor equalizadas no cenário sustentável. Apesar da área plantada crescer mais intensamente neste cenário, este crescimento se dará de forma mais equilibrada. Serão ampliados os empreendimentos rurais ligados a agricultura familiar, compatíveis com a preservação do meio ambiente. Relativamente as grandes propriedades serão estimuladas reservas particulares com ações de recuperação de áreas desmatadas. Além disso, as práticas da agropecuária serão mais eficientes, reduzindo uso de efluentes para os mananciais. (Quadro 57)
Carga remanescente
Para a projeção da carga remanescente nas cenas propostas, não foram utilizadas séries históricas. Projetaram-se os dados municipais coletados para o ano de 2007 a partir de uma média ponderada das taxas de crescimento populacional e do PIB, nas
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proporções de 78% e 22% respectivamente. Foram utilizadas as mesmas taxas das séries de População e PIB. Contudo esta taxa foi modificada em algumas cenas. Para a cena 2010 aplicou-se a taxa média de crescimento anual utilizada no cenário tendencial para determinação deste ano em virtude da inércia da cena por sua proximidade temporal da série utilizada, ou seja, até 2010 não há tempo suficiente para se mudar a tendência. Para a cena de 2015 e 2025 foram aplicados redutores de 20% e 30% respectivamente5.
Ainda dentro da questão ambiental percebe-se que a carga remanescente continua crescendo mas a taxas bem inferiores. Por exemplo, a macrozona 3 que tem a maior taxa de crescimento desse índice, passa na última cena de uma taxa de cerca de 12,5% ao ano no cenário tendencial, para uma taxa em torno de 8% ao ano no cenário sustentável. Mesmo tendo um crescimento populacional e econômico mais intenso neste cenário. (Quadro 57)
Quadro 57 – Síntese dos resultados das variáveis analisadas para o cenário sustentável da bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
Mz* VARIÁVEIS Ano Variação percentual
do crescimento Taxa média de crescimento
2010 2015 2025 2010-2015
2015-2025
2010-2015
2015-2025
2010-2025
1
PIB (1.000 R$) 2.324.207,76 4.885.920,00 27.682.437,49 110,22% 466,58% 16,02% 18,94% 17,96%
PIB per capita (R$) 58.847,86 116.157,96 573.181,12 97,39% 393,45% 14,57% 17,31% 16,39%
População total 342.175,10 359.408,50 411.084,34 5,04% 14,38% 0,99% 1,35% 1,23%
Área plantada (ha)
48.821,40 91.733,72 474.539,67 87,90% 417,30% 13,44% 17,86% 16,37%
Índice FIRJAN** 0,55 0,59 0,72 7,27% 22,03% 1,41% 2,01% 1,81%
Carga remanescente
2.768.675,80 3.198.542,87 6.354.046,40 15,53% 98,65% 2,93% 7,11% 5,69%
2
PIB (1.000 R$) 4.371.253,82 8.799.639,19 43.621.496,28 101,31% 395,72% 15,02% 17,36% 16,58%
PIB per capita (R$) 51.613,50 98.168,89 434.657,20 90,20% 342,76% 13,72% 16,04% 15,26%
População total 567.655,18 608.405,25 738.389,94 7,18% 21,36% 1,40% 1,96% 1,77%
Área plantada (ha)
14.216,23 14.746,12 16.939,85 3,73% 14,88% 0,73% 1,40% 1,18%
Índice FIRJAN** 0,6 0,65 0,79 8,33% 21,54% 1,61% 1,97% 1,85%
Carga remanescente 11.549.879,71 13.110.645,74 22.715.076,22 13,51% 73,26% 2,57% 5,65% 4,61%
3
PIB (1.000 R$) 11.339.271,51 30.883.287,71 311.815.939,09 172,36% 909,66% 22,19% 26,01% 24,73%
PIB per capita (R$) 160.132,18 387.124,60 3.018.760,02 141,75% 679,79% 19,31% 22,80% 21,63%
População total 314.610,63 331.675,40 385.070,07 5,42% 16,10% 1,06% 1,50% 1,36%
Área plantada (ha)
56.278,12 65.964,84 89.865,97 17,21% 36,23% 3,23% 3,14% 3,17%
Índice FIRJAN** 0,58 0,61 0,68 5,17% 11,48% 1,01% 1,09% 1,07%
Carga remanescente
3.514.028,46 4.078.863,72 8.830.765,57 16,07% 116,50% 3,03% 8,03% 6,34%
*MZ – Macrozona. ** A classificação do índice é a seguinte: Baixo Desenvolvimento (de 0 a 0,4), Regular Desenvolvimento (de 0,4 a 0,6), Moderado Desenvolvimento (de 0,6 a 0,8) e Alto Desenvolvimento (0,8 a 1,0). 5 Essas reduções foram verificadas em situações de aplicação de controle ambiental, principalmente de efluentes e políticas de saneamento adequada.
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7 RECOMENDAÇÕES PARA UM CENÁRIO SUSTENTÁVEL
A bacia hidrográfica do rio Ipojuca tem como peculiaridade física o pequeno desenvolvimento lateral de seu vale aluvial, por ser fortemente encaixado em falhas do Lineamento Pernambuco e, o fato de não dispor de coberturas sedimentares importantes em quase todo o seu curso, restringindo-se à ocorrência da Formação Cabo, que não é um bom aquífero, já no seu baixo curso.
Do ponto de vista hídrico, isso restringe o potencial superficial e subterrâneo do Ipojuca, que depende essencialmente dos reservatórios construídos e da importação de água de outros rios a exemplo do Capibaribe (Jucazinho) e do São Francisco, através do Ramal do Agreste, como foi visto nas considerações do MAGRE.
As projeções feitas para as questões socioambientais e econômicas, dentro do cenário tendencial são preocupantes quando analisadas sob a perspectiva da sustentabilidade do desenvolvimento da bacia. Para se chegar a um cenário sustentável na Bacia hidrográfica do rio Ipojuca, políticas públicas consistentes deverão reverter uma série de questões críticas nessas áreas, com mudanças significativas no uso das terras e das águas, já identificadas nos diagnósticos do PHA.
Desse modo são sugeridas recomendações para a sustentabilidade da Bacia hidrográfica do rio Ipojuca, as quais deverão estar contidas nos Planos de Investimentos do PHA. Essas recomendações são de caráter geral e estão agregadas pelas diferentes abordagens tratadas neste trabalho.
Na área hídrica
É necessária a avaliação e equalização dos projetos de saneamento, juntamente com o crescimento populacional e a capacidade de absorção dos reservatórios. Essa gestão deve ter o máximo de participação coletiva tendo em vista da importância desse recurso natural.
Buscar a sustentabilidade do sistema frente à crescente demanda por infraestrutura para oferta de água e tratamento de esgoto, tendo a cobrança pela água um papel importante, devendo-se buscar formas viáveis de implementação.
Outros instrumentos de gestão dos recursos hídricos e previstos em lei, deverão ser acelerados para otimizar os investimentos atuais e futuros em saneamento, como a outorga da água e o fortalecimento do COBH e dos municípios para exercer essa gestão junto ao Estado.
Na área ambiental
Os riscos naturais como as erosões e inundações são elevados em alguns municípios, portanto a proteção legal de áreas vegetadas, como por exemplo a criação de unidades de conservação nas cabeceiras do rio e o estímulo à criação de reservas particulares, são altamente recomendáveis.
A recuperação de áreas já degradadas, seja por desmatamento, pela extração mineral, por lixões, pelo uso de agrotóxicos, entre outros, deve ser estimulada, tendo no programa Produtor de Água, uma inteligente saída para a sustentabilidade do processo de conservação, especialmente das matas ciliares e nascentes.
121
Devem ser estimulados programas de uso racional das águas em indústrias tanto as formais como as informais, inserindo-se a cultura do reuso de efluentes.
Do mesmo modo, o reuso dos esgotos domésticos deve ser estimulado na agricultura familiar, em escala compatível com a produção dos efluentes.
A criação de um plano hidroambiental para cada município da bacia, com forte participação popular é condição importante para a sustentabilidade hídrica e ambiental da Bacia, tendo como objetivo, o fortalecimento municipal para exercer esse papel.
Na área social
É fundamental garantir as condições de habitabilidade daquelas populações, principalmente nas comunidades rurais, onde devem ser analisadas alternativas para o abastecimento e esgotamento sanitário. Os demais elementos da infraestrutura urbana também são fundamentais, não só os básicos como energia, vias públicas, como também equipamentos de recreação e lazer.
Do ponto de vista da inclusão social o estímulo à agricultura familiar é um elemento importante para garantir uma melhoria da qualidade de vida de boa parte da população.
Na área econômica
Do ponto de vista econômico é fundamental que o planejamento da Bacia esteja atrelado a estratégias de sustentabilidade. Sendo assim a atração de empreendimentos, como também do processo de encadeamento produtivo com a pequena produção da região é um elemento importante.
O estímulo à agricultura familiar com atividades ligadas a práticas agroecológicas sustentáveis é fundamental, a exemplo da apicultura, produção orgânica e outras como a características semelhantes.
Deve ser estimulado o empreendedorismo local a partir do apoio a pequenos negócios urbanos nas áreas de comércio e serviços nas regiões menos desenvolvidas a partir de agroindústrias comunitárias ou familiares para o processamento da matéria-prima, agregando qualidade e valor aos produtos e serviços.
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135
ANEXO 1 Relatório da Segunda Oficina
136
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório consubstancia os resultados da Segunda Oficina, sendo realizada no dia 05 de fevereiro de 2010 no Hotel Armação, em Porto de Galinhas, Ipojuca, para subsidiar os Cenários Tendenciais e Sustentáveis do Plano Hidroambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca.
Portanto, a Segunda Oficina teve a finalidade de ouvir a comunidade interessada, sobre planos, programas e projetos em andamento e desejados para a região, de modo a subsidiar e dar maior consistência aos Cenários Tendenciais e Sustentáveis (2010-2015-2025), que compreendem a segunda parte dos estudos do PHA.
A oficina teve sua abertura oficial às 09:15h pelo consórcio Projetec/ BRLi representado pelo Moderador. Em seguida, os participantes se apresentaram. Logo após, a professora da UFPE e coordenadora técnica dos trabalhos, Margareth Alheiros, apresentou o Diagnóstico e a Metodologia utilizada nos Cenários para a bacia hidrográfica do rio Ipojuca contando com o apoio da consultora Margareth Grillo.
2. METODOLOGIA E ETAPAS DA OFICINA
2.1 Metodologia
A metodologia de cenários utiliza uma abordagem integrada de planejamento e propicia uma visão de futuro que auxilia a tomada de decisão e a programação de mudanças desejadas através da antecipação da perspectiva de futuro, baseada no maior conhecimento da realidade local e de suas possíveis consequências.
Com base nestas observações, os participantes foram convidados a se dividirem em grupos, a fim de proporcionar uma discussão dos temas levantados e assim, expor sugestões e críticas de forma a contribuir no desenvolvimento dos trabalhos.
Os grupos propuseram hipóteses e trabalharam em cima das mesmas, correlacionando com processos que a atenuassem, agravassem ou as mantivessem, além de indicar se tratavam de aspectos positivos ou negativos.
2.2 Etapas
Os grupos foram divididos a fim de cada um fosse responsável pelas Unidades de Análise 1, 2, 3 e 4. Em seguida, os trabalhos foram apresentados em plenária e discutidos com o restante dos presentes.
137
2.3 Trabalhos dos grupos
Quadro 1 .1 - Desenvolvimento de Hipóteses – UA. HIPÓTESE ATENUA AGRAVA MANTÉM PLANOS 2025
Implementação da adutora do agreste
Falta de estrutura e de continuidade da manutenção; a
possibilidade de não haver revitalização ao longo da bacia do
São Francisco.
Implantação margeando a BR-232
- Plano de
saneamento básico em Tacaimbó.
Todos os municípios abastecidos e incremento
da quantidade de alimentos produzidos.
Degradação do meio ambiente por falta de esgotamento sanitário
Participação ativa dos municípios. Falta de interesse dos
gestores públicos - Universalização do saneamento - PE.
Esgotamento sanitário para toda a região.
Aumento da vida útil da BR-232
-
Implantação da transnordestina (quantidade de
caminhões reduzida na BR-232.
- - -
Redução dos custos de produtos de exportação.
-
Implantação da transnordestina (atração de
novos investimentos industriais).
- - -
138
Quadro 1 .1 - Desenvolvimento de Hipóteses – UA. HIPÓTESE ATENUA AGRAVA MANTÉM PLANOS 2025
Aumento da oferta de produtos alimentícios
-
Implantação da transnordestina (redução do
preço dos produtos pela redução dos custos de
transporte).
- - -
Reimplantar matas ciliares
- Preservação de nascentes, riachos e rios.
- - -
Quadro 1 .2 - Desenvolvimento de Hipóteses – UA2. HIPÓTESE ATENUA AGRAVA MANTÉM PLANOS 2025
Implantação do sistema de esgotamento sanitário de São
Caitano -
Falta de recursos financeiros; falta de
decisão política. -
Projeto de esgotamento sanitário para o núcleo urbano de São Caitano.
Núcleos urbanos de Caruaru e São Caitano
saneados.
Ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Caruaru.
- Falta de recursos
financeiros; falta de decisão política.
- - -
Ampliação do abastecimento de água em São Caitano
- Falta de recursos
financeiros; falta de decisão política.
- Projeto de ampliação do
abastecimento de água de São Caitano.
-
Continuação
139
Quadro 1 .2 - Desenvolvimento de Hipóteses – UA2. HIPÓTESE ATENUA AGRAVA MANTÉM PLANOS 2025
Ampliação da oferta de água para abastecimento de Caruaru.
- Falta de recursos
financeiros; falta de decisão política.
- - -
Implantação de aterro sanitário em São Caitano.
Ter recursos financeiros; ter decisão
política.
Falta de recursos financeiros; falta de
decisão política. - - -
Criação da unidade de conservação da Pedra do Cachorro
Utilização de recursos de compensação
ambiental. - - -
Unidade de conservação criada e implantada.
Plano de conservação da bacia de contribuição aos reservatórios
Fortalecimento dos COBHs e CONSUS.
Falta de decisão política.
- - Plano de conservação da bacia de contribuição dos reservatórios implantados.
Projeto para recuperação da vegetação ciliar
- Falta de controle
urbano. - -
Vegetação ciliar recuperada.
Implantação de programa de conscientização da população
quanto a limpeza da cidade em São Caitano.
Introduzir este programa na rede de
ensino.
Falta de vontade política, gestão
pública. - -
Programa de educação ambiental implantado.
Continuação
140
Quadro 1 .3 - Desenvolvimento de Hipóteses – UA3. HIPÓTESE ATENUA AGRAVA MANTÉM PLANOS 2025
Aumento de oferta hídrica.
Ausência de chuva, desmatamento,poluição,
degradação ambiental, falta de reservatórios.
Conservação das nascentes,
reflorestamentos, novos reservatórios, adutoras,
uso racional.
Plano de gestão hídrica e convivência com
semiárido
Criação de mais apas; b.a. adutora do agreste;
programa 1mi de cisternas.
Estruturação dos
organismos de controle de outorga de água,
otimização do uso da
água.
Diminuição de efluentes na área urbana,
provocadas pelos esgotos e indústria e uso de agrotóxicos.
Caixa de coleta, eta, transferência de agricultores para área urbana, captação da água das indústrias
após seu despejo.
Inexistência de políticas públicas voltadas para
saneamento.
Manutenção da estrutura de saneamento.
- -
Aumento populacional na região.
Oferta de água do são francisco; oferta de energia eólica; construção
civil.
Aumento de resíduos sólidos e dejetos;
diminuição da área agricultável.
Qualidade de vida (clima, segurança, etc); construção e aumento
da capacidade dos aterros sanitários.
Educação ambiental municipal; construção de condomínios conforme a
legislação ambiental (áreas verdes).
-
141
Quadro 1 .4 - Desenvolvimento de Hipóteses – UA4. HIPÓTESE ATENUA AGRAVA MANTÉM PLANOS 2025
Progressiva ampliação da degradação
ambiental
Políticas públicas responsáveis pelo controle do impacto
ambiental; monitoramento e fiscalização com punição de
acordo com a legislação; educação ambiental
Uso inadequado do solo e de produtos
químicos; crescimento desordenado.
Crescimento industrial;
crescimento populacional
Criação de duas apas (bita e utinga) e resex;
implantação e funcionamento do aterro
sanitário; gairepp - 2-1- (dr. Prof Alex da UFPE)
A progressiva ampliação da
degradação ambiental continua porém, com
redução da intensidade.
Aumento do uso da água para
abastecimento das indústrias, da
agricultura e do ser humano.
Educação ambiental; tratamento do esgoto doméstico com reuso da água; contenção
da água de chuvas nas unidades habitacionais
Desperdício da água de consumo doméstico;
crescimento desordenado.
Crescimento industrial;
crescimento populacional
Implantação do reservatório Engenho Maranhão.
O aumento do uso da água continua porém,
com redução da intensidade.
Início da revitalização do rio Ipojuca
Falta de decisão política
Criação de consórcios municipais de resíduos sólidos; implantação da mata ciliar nas margens
do rio.
Legislação e educação ambiental.
Criação de consórcios municipais de resíduos
sólidos.
Continuará o processo de revitalização.
142
Quadro 1 .4 - Desenvolvimento de Hipóteses – UA4. HIPÓTESE ATENUA AGRAVA MANTÉM PLANOS 2025
Agravamento do abastecimento de água
nas zonas rural e urbana de Pombos.
Contenção da água de chuvas nas unidades habitacionais; construção de reservatório;
melhoria da planta da e ETA de Pombos
Crescimento desordenado; má
distribuição da água.
Crescimento industrial;
crescimento populacional
- Será resolvido o
problema.
Falta de mão-de-obra especializada local.
- - - - -
Continuação
143
Ata de Presença
Evento: Segunda Oficina do Plano Hidroambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca.
Local: Hotel Armação – Porto de Galinhas, Ipojuca - PE.
Data: 05/02/2010
Nº Nome Instituição
1 Aarão Lins de Andrade Neto Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Gravatá
2 Ana Maria Cardoso de Freitas Gama Secretaria das Cidades
3 Antonio de Andrade de Andrade Lins Filho Conselho Municipal de Educação - IPOJUCA
4 Elder da Silva Lopes Prefeitura Tacaimbó
5 Eritan Antonio da Silva PREFEITURA MUNICIPAL DE TACAIMBÓ
6 Erivelto Lacerda Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente – SECTMA IPOJUCA
7 Francisco Roberto Rocha Aguiar CONDEPE/FIDEM 8 Haroldo Oséias de Almeida Prefeitura de Pombos
9 Joana Aureliano Agencia Estadual de Meio Ambiente - CPRH
1- José Davi Calado Ferreira Sanharó 11 José Edson Lopes Piaba Prefeitura Municipal de Sanharó 12 José Francisco Bezerra Cavalcanti Prefeitura de Escada 13 José João da Silva Prefeitura de Pombos 14 José Joaquim Cavalcanti de Assis Prefeitura de Pesqueira 15 José Possidonio Gomes Filho Prefeitura Municipal de Sairé 16 José Rinaldo dos Santos Lima Secretaria de Agricultura - São Caetano
17 Jucelino Montisquiel da Silva Associação Comitê de ecologia e Meio Ambiente
18 Luiz H. Bezerra Pimental Prefeitura Municipal de Sairé 19 Manoel Fernando de Azevedo Ferreira Prefeitura Tacaimbó 2- Marcelo Bione Secretaria das Cidades
21 Marcos Luiz de Andrade Lins Secretária de Tecnologia e Meio Ambiente – SECTMA IPOJUCA
22 Maria Izabel da Silva Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente - IPOJUCA
23 Maria Luciene Luzia Tavares Albuquerque IPA - Instituto Agronômico de Pernambuco 24 Maria Margarete Agustinho Pereira Secretária de Agricultura de Sairé 25 Maria Margarida Vanderley de Paiva Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA
26 Neusa Cavalcante Almeida Vilar CONSU-BITURY – Conselho dos Usuários do Reservatório Bitury
27 Nívia Carla de Lima Secretaria Estadual de Saúde
28 Paulo Roberto B. Leite Associação dos filhos e amigos de Bezerros
29 Pedro Serafim de Souza Filho Prefeitura de Ipojuca 3- Reginaldo Morais Filho Prefeitura de Ipojuca 31 Rosimeri Carneiro M. da Silva Prefeitura de Ipojuca 32 Silvia Sueli Gonçalves de Souza AMA Gravata 33 Thomás H. A. Almeida Prefeitura de Ipojuca 34 Zélia Maria Brayner Secretaria de Agricultura de Bezerros 35 Antonin Mazoyer Consórcio PROJETEC - BRLi 36 Gabriel Katter Consórcio PROJETEC - BRLi 37 Johana Mouco Consórcio PROJETEC – BRLi
144
Nº Nome Instituição 38 Leonardo Fontes Consórcio PROJETEC – BRLi 39 Margareth Alheiros Consórcio PROJETEC - BRLi 40 Margareth Grillo Consórcio PROJETEC – BRLi 41 Nise Souto Consórcio PROJETEC - BRLi 42 Roberta Alcoforado Consórcio PROJETEC - BRLi 43 Tatiana Grillo Consórcio PROJETEC – BRLi
145
ANEXO 2 Chuva Mensal Ipojuca
146
Quadro 2.1 - Chuva mensal UA1.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total (mm/ano)
1933 20.6 21.1 20.1 135.1 136.2 110.6 80.1 31.5 8.2 14.7 4.2 24.0 606 1934 13.8 55.1 53.3 26.2 99.6 88.8 69.7 34.6 11.9 56.3 10.7 44.2 564 1935 54.2 102.4 97.1 66.9 111.9 125.0 73.8 110.9 5.4 0.3 10.6 1.5 760 1936 18.5 105.6 18.3 20.5 90.0 158.4 63.8 27.6 8.6 8.8 32.1 8.6 561 1937 6.6 20.1 65.3 102.6 97.4 125.2 90.3 43.1 7.7 1.0 0.3 1.6 561 1938 21.1 17.6 58.2 84.6 56.8 57.3 42.3 55.1 14.1 6.2 1.2 7.5 422 1939 21.3 10.1 63.5 27.4 71.7 23.6 87.7 54.3 21.3 77.3 36.4 23.1 518 1940 80.0 111.3 151.5 135.0 163.8 68.5 67.2 53.2 67.8 7.5 1.9 30.4 938 1941 7.4 34.5 264.5 66.9 54.2 79.4 85.3 33.7 5.5 4.0 21.8 26.4 684 1942 10.9 14.2 20.1 74.8 43.1 107.0 62.4 95.5 7.9 34.0 9.9 48.4 528 1943 13.9 32.0 48.1 47.4 86.8 29.5 110.1 87.8 43.3 11.8 10.0 38.9 560 1944 100.9 17.2 23.2 118.8 189.3 130.5 134.7 127.6 55.3 5.9 35.4 35.2 974 1945 43.8 46.2 24.5 65.0 278.2 85.3 93.2 31.5 28.6 28.0 0.4 31.4 756 1946 15.9 24.1 43.0 48.1 83.6 97.7 68.6 38.9 28.4 1.5 39.4 28.6 518 1947 22.1 51.0 215.6 117.1 94.4 93.7 70.3 27.2 19.2 5.1 122.2 47.0 885 1948 15.5 23.3 157.1 52.3 118.3 180.7 151.1 48.3 28.3 35.5 7.2 47.7 865 1949 6.6 31.8 8.7 50.3 174.0 102.5 83.0 69.0 74.1 2.8 165.9 2.1 771 1950 22.3 23.2 51.6 109.2 87.2 48.0 91.3 61.7 26.9 17.7 18.7 15.9 574 1951 9.1 9.1 46.3 150.7 108.2 245.3 98.8 45.6 11.8 3.5 7.0 28.5 764 1952 3.6 8.8 120.2 32.1 75.3 74.3 35.8 41.5 5.1 1.0 0.9 63.5 462 1953 5.9 3.1 17.8 101.3 114.5 144.8 93.3 36.7 1.8 4.9 67.7 5.1 597 1954 35.0 32.0 55.9 96.0 117.2 96.2 32.3 50.8 6.2 2.3 51.8 26.4 602 1955 74.1 50.9 28.8 33.6 94.7 25.8 45.3 32.8 51.2 4.1 4.6 15.1 461 1956 13.2 63.4 58.9 47.8 36.8 35.1 72.9 121.4 12.4 9.8 38.0 2.2 512 1957 58.0 11.3 177.7 110.1 108.1 69.4 40.5 14.3 3.7 4.1 0.4 7.6 605 1958 9.0 22.6 35.3 10.7 78.9 74.3 90.0 48.4 53.4 2.3 0.1 21.6 447 1959 17.8 53.0 26.0 27.6 28.4 88.1 67.2 57.2 13.3 0.9 8.7 2.3 391 1960 39.7 34.8 271.0 93.6 90.0 81.8 47.0 32.9 2.4 1.1 0.1 0.6 695 1961 89.0 15.4 101.0 55.3 88.8 106.9 95.7 31.9 7.1 13.4 1.1 2.9 609 1962 24.2 11.0 36.4 46.7 132.7 193.1 96.0 29.4 22.8 0.3 7.1 16.6 616 1963 37.0 53.3 108.9 65.0 66.8 95.1 33.7 13.3 15.4 0.0 15.2 213.9 717 1964 78.9 143.1 156.8 122.4 101.7 107.7 81.9 75.5 35.9 3.7 5.7 41.3 955 1965 48.9 10.6 80.1 131.8 52.2 119.6 34.3 38.3 13.9 23.8 6.9 16.4 577 1966 54.0 102.6 21.1 227.3 72.3 119.3 142.3 27.8 39.6 1.7 58.9 19.4 886 1967 5.6 51.2 155.3 151.5 127.3 40.8 56.9 51.1 31.2 12.0 0.4 69.5 753 1968 65.8 23.5 99.6 61.7 96.1 59.6 48.7 22.2 10.1 1.2 22.3 12.7 523 1969 68.6 47.8 173.3 98.3 63.1 90.4 164.2 16.2 6.8 8.8 2.4 14.0 754 1970 82.2 22.5 97.1 44.2 34.1 51.2 101.8 33.4 1.9 23.5 4.3 1.6 498 1971 14.0 16.7 68.7 156.9 90.0 79.4 84.5 29.8 36.0 20.6 2.9 1.0 600 1972 21.3 102.3 74.0 106.5 77.6 110.9 33.6 101.1 10.1 12.2 0.1 68.6 718 1973 33.5 22.3 88.7 126.5 74.4 60.8 48.3 29.3 44.4 35.0 2.6 5.0 571 1974 79.8 94.8 204.8 215.6 64.3 81.3 67.1 27.3 7.8 0.0 80.6 29.9 953 1975 14.6 49.9 117.4 121.9 120.1 67.0 169.2 18.1 38.6 0.9 1.6 51.2 770 1976 9.3 98.1 95.0 106.1 55.3 27.8 34.5 5.9 8.2 64.7 20.7 29.9 555 1977 84.2 25.9 46.4 118.0 127.4 168.6 145.3 13.5 10.3 6.9 2.4 56.2 805 1978 4.8 124.7 210.7 86.9 96.3 90.9 78.5 27.6 50.8 0.6 12.1 15.1 799 1979 46.0 20.9 80.6 50.8 105.7 48.1 55.1 5.5 24.4 1.0 11.4 3.1 453 1980 41.1 99.9 69.0 23.6 8.4 94.1 15.4 3.2 10.9 17.7 6.7 4.8 395 1981 39.2 12.6 343.4 79.9 31.7 21.6 18.5 11.5 8.5 0.0 19.7 14.4 601 1982 10.3 43.7 6.1 82.8 128.5 58.5 48.2 41.2 4.5 0.7 1.3 14.1 440 1983 22.5 115.8 73.9 20.5 35.0 47.3 19.0 24.7 1.2 7.0 3.0 0.2 370 1984 26.3 5.3 113.8 226.2 117.7 31.9 96.9 60.2 25.2 6.0 5.1 0.4 715 1985 53.3 159.4 213.9 253.9 22.4 109.1 83.6 45.4 1.7 7.1 3.5 14.9 968 1986 22.7 91.1 174.1 131.9 76.8 74.2 96.3 44.4 54.1 7.4 28.4 7.4 809 1987 13.6 24.1 137.0 78.2 24.1 85.0 67.6 21.6 0.9 2.5 0.2 1.3 456
147
Quadro 2.1 - Chuva mensal UA1.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total (mm/ano)
1988 11.4 45.1 160.5 136.2 38.0 74.7 143.4 20.2 17.2 1.6 13.2 74.2 736 1989 25.3 5.7 62.0 152.4 166.9 107.3 135.4 39.2 13.5 18.5 20.6 115.8 862 1990 10.3 58.3 10.1 74.6 50.5 60.4 85.7 25.5 16.4 6.4 4.0 16.3 418 1991 6.3 38.4 131.0 28.1 94.8 51.1 56.1 63.6 5.6 8.3 10.5 2.3 496 1992 137.2 112.8 130.1 83.4 33.7 53.8 62.2 31.6 52.7 0.1 1.4 0.9 700 1993 26.5 13.2 14.6 11.8 29.4 56.7 44.6 31.5 6.8 41.5 22.1 5.4 304 1994 31.6 78.4 94.5 37.1 115.8 166.6 92.2 35.3 27.6 6.6 0.9 14.7 701 1995 30.0 66.2 51.0 82.0 115.8 125.9 74.6 30.6 10.5 0.9 44.8 9.8 642 1996 27.3 27.6 48.6 184.5 83.9 113.2 90.2 83.1 6.7 4.1 43.6 16.6 729 1997 59.7 39.9 120.2 119.1 152.6 60.6 84.4 62.3 2.8 3.9 1.2 48.7 755 1998 40.9 5.6 22.4 29.3 41.0 77.4 62.9 44.9 5.4 2.2 1.5 3.8 337 1999 15.1 18.1 23.0 14.0 77.5 55.3 65.5 28.4 26.0 65.0 25.6 51.5 465 2000 53.6 101.6 65.2 81.7 62.7 124.5 90.7 51.9 45.3 8.6 23.1 94.1 803 2001 12.5 5.2 84.8 41.0 11.7 155.4 110.8 70.6 17.9 62.1 9.3 42.8 624 2002 117.9 49.2 52.9 57.4 43.6 153.0 94.1 50.3 3.9 31.5 20.6 16.2 690 2003 95.2 114.9 99.0 24.3 47.8 97.4 49.6 15.4 13.2 10.5 7.0 9.6 584 2004 265.7 121.8 111.1 62.3 36.5 100.2 61.6 37.2 28.4 3.4 0.0 4.7 833 2005 102.2 77.6 79.8 73.6 107.0 155.2 92.2 72.3 4.3 0.8 0.0 111.3 876 2006 6.3 20.9 153.9 161.2 64.5 161.3 46.2 49.8 13.0 4.4 4.8 14.0 700 2007 50.4 94.7 120.9 82.3 76.7 99.6 44.4 85.4 37.2 5.2 8.1 19.9 725 2008 50.0 28.5 195.2 81.6 130.2 79.2 78.2 56.1 19.8 0.4 1.3 6.3 727 2009 10.0 71.1 142.5 272.6 398.4 165.6 156.4 237.5 1.1 0.0 77.9 12.3 1545
média (mm/mês)
39 50 95 90 90 93 78 47 20 12 18 27
Continuação
148
Quadro 2 .2 - Chuva mensal UA2.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
(mm/ano)
1933 17.3 18.2 16.7 119.7 119.7 98.6 70.9 28.5 8.1 13.9 3.4 20.2 535 1934 11.4 47.2 45.0 23.2 89.9 79.7 62.3 31.6 11.0 50.3 9.7 36.7 498 1935 45.8 85.2 82.1 57.2 97.7 111.8 66.6 98.7 5.3 0.4 9.5 1.0 661 1936 15.3 90.6 15.9 17.5 82.6 143.0 58.7 25.4 7.9 7.7 27.0 7.3 499 1937 4.7 16.1 54.0 87.5 86.4 112.3 80.8 39.1 7.2 1.1 0.4 1.3 491 1938 18.4 15.1 49.8 73.8 52.3 52.8 39.0 50.1 13.5 6.5 1.8 6.1 379 1939 18.7 9.0 55.7 24.3 63.7 21.8 79.3 50.1 18.8 68.3 31.1 20.1 461 1940 67.0 94.2 127.2 112.8 144.9 62.8 61.1 46.9 59.7 6.9 1.5 27.0 812 1941 5.4 27.7 228.0 60.5 48.3 71.9 78.0 32.3 5.3 3.9 18.7 23.4 603 1942 9.1 12.0 18.1 66.0 40.3 96.2 56.5 87.2 7.6 29.1 8.4 40.7 471 1943 11.6 29.0 40.9 41.5 78.5 27.9 97.2 78.4 39.3 10.7 9.1 33.8 498 1944 87.8 14.7 18.6 105.0 171.2 116.9 119.7 114.8 51.5 5.4 30.0 28.8 864 1945 37.2 38.5 19.8 54.8 251.4 78.0 83.5 30.6 26.0 24.5 0.6 26.8 672 1946 13.0 20.0 36.2 42.5 75.2 89.5 61.5 35.3 26.1 1.6 32.9 25.6 459 1947 18.0 42.8 179.0 99.3 85.9 86.9 63.0 24.2 17.7 4.9 103.4 40.8 766 1948 13.8 19.8 131.1 46.6 104.5 165.3 138.0 43.5 26.1 31.8 6.9 40.7 768 1949 5.8 25.8 7.1 43.2 161.1 93.9 74.3 61.5 67.0 3.1 142.7 2.2 688 1950 18.6 20.0 43.3 94.8 80.5 44.9 82.5 58.0 23.9 15.8 15.6 14.0 512 1951 8.5 8.7 38.6 133.7 96.8 220.6 88.8 42.2 11.2 3.7 7.0 23.5 683 1952 3.4 6.6 101.7 28.4 70.5 68.0 33.6 38.9 5.0 0.8 0.6 53.9 411 1953 5.7 2.0 16.1 89.2 103.3 127.7 84.2 33.9 2.0 4.7 60.1 4.1 533 1954 29.9 26.7 47.7 81.5 108.1 85.1 30.4 45.6 6.1 2.3 43.6 22.5 529 1955 60.4 45.1 24.9 29.3 82.6 24.1 42.5 30.4 46.4 4.1 3.8 13.4 407 1956 12.0 54.6 52.1 42.8 32.0 31.2 65.6 108.5 11.4 9.1 31.9 1.1 452 1957 49.4 9.1 142.3 95.7 97.9 62.2 36.7 13.5 3.7 4.1 0.4 5.9 521 1958 7.9 19.7 29.9 10.4 70.1 67.1 84.3 44.5 47.9 2.1 0.2 17.0 401 1959 14.9 44.0 21.6 26.2 27.4 80.3 61.1 50.3 13.0 1.2 7.8 2.1 350 1960 32.7 29.6 231.7 83.6 82.2 72.7 43.0 30.9 2.7 1.8 0.5 1.4 613 1961 76.5 12.6 87.0 47.9 78.4 97.8 86.2 30.3 6.8 13.6 1.5 2.7 541 1962 19.2 8.9 30.3 41.2 117.6 173.7 87.1 26.5 21.4 0.6 4.5 13.3 544 1963 35.6 27.5 76.2 38.7 45.5 66.8 20.7 16.1 10.6 0.1 11.9 151.1 501 1964 87.9 99.3 99.0 106.1 97.5 96.2 71.6 68.0 36.5 4.8 3.1 17.5 788 1965 40.0 10.9 44.3 124.6 58.7 105.3 41.1 35.5 18.7 18.8 5.5 14.6 518 1966 53.5 113.3 19.9 182.7 64.3 135.9 127.6 29.5 35.2 2.0 28.6 24.4 817 1967 9.8 23.0 83.1 112.5 90.5 48.8 62.5 43.9 29.5 12.7 0.5 59.4 576 1968 45.3 21.6 66.4 76.9 94.0 38.1 64.1 27.8 8.3 1.0 12.7 23.0 479 1969 54.1 54.7 132.5 64.6 58.9 115.9 148.4 12.3 8.8 7.2 4.7 11.8 674 1970 54.3 18.3 113.9 40.2 19.2 43.9 123.1 35.2 3.1 3.4 3.6 0.6 458 1971 2.2 9.3 19.1 82.5 82.5 65.5 67.5 29.2 39.3 14.6 1.7 0.7 414 1972 14.5 58.6 70.0 54.3 68.5 106.0 23.0 59.2 8.9 5.4 0.3 61.9 530 1973 32.0 9.2 69.8 97.2 38.8 54.4 49.2 16.6 46.0 27.9 2.8 7.9 452 1974 46.7 68.2 115.3 208.7 55.4 58.2 72.1 18.0 14.2 0.3 31.8 22.6 711 1975 33.3 27.7 120.2 124.9 104.6 69.2 167.7 14.3 25.8 0.2 1.8 42.6 732 1976 6.8 75.7 60.5 51.8 40.0 32.0 31.6 15.4 2.4 67.5 28.7 30.7 443 1977 58.0 22.4 41.0 120.8 160.3 140.5 131.5 12.1 22.7 6.5 1.4 21.2 738 1978 1.8 108.2 155.4 77.9 95.9 82.3 76.0 28.4 40.2 1.2 14.1 12.2 693 1979 49.2 43.9 36.2 54.6 53.1 40.4 42.1 4.3 36.4 3.8 16.4 2.8 383 1980 12.8 99.5 70.5 16.2 12.1 82.1 12.0 9.7 2.5 15.6 6.4 15.9 355 1981 55.3 9.2 290.7 22.5 9.3 21.5 34.5 15.3 13.7 0.2 28.9 23.4 524 1982 10.2 28.2 7.1 64.6 101.3 81.2 42.2 42.4 3.9 0.3 0.2 18.6 400 1983 25.6 160.1 57.5 12.9 56.4 30.3 24.5 20.4 1.1 14.5 1.1 0.9 405 1984 4.3 0.7 91.5 150.5 91.2 32.1 85.6 65.2 9.4 11.4 1.2 0.1 543 1985 36.4 132.0 179.4 196.4 42.4 93.6 59.6 56.8 7.3 1.4 3.8 11.0 820 1986 17.2 48.3 146.6 132.4 70.3 64.0 84.7 43.9 37.3 10.4 25.7 17.3 698
149
Quadro 2 .2 - Chuva mensal UA2.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total (mm/ano)
1987 6.0 65.3 113.1 88.7 15.4 58.3 72.7 17.9 2.9 2.2 0.6 0.6 444 1988 8.8 30.1 121.8 109.7 43.0 79.6 134.4 38.7 20.6 4.2 11.7 37.5 640 1989 11.4 0.3 41.8 107.0 128.1 76.3 145.0 33.9 4.2 20.2 19.7 111.0 699 1990 11.8 20.8 2.6 49.7 53.3 61.8 88.7 29.1 15.7 6.6 0.4 2.0 343 1991 3.4 23.9 109.2 30.5 65.8 38.3 38.0 84.5 8.6 1.1 2.9 0.1 406 1992 99.2 104.7 107.5 78.2 24.2 49.7 76.0 25.6 47.2 0.5 1.3 0.7 615 1993 6.3 0.6 2.2 7.0 30.4 45.5 49.0 28.3 0.8 41.0 24.9 5.5 241 1994 18.1 43.1 75.2 28.8 124.7 162.3 91.5 34.9 28.2 4.1 0.7 13.6 625 1995 14.2 39.7 29.2 82.9 88.2 130.1 68.3 34.0 8.6 0.5 41.4 9.9 547 1996 15.0 23.1 51.7 145.0 62.0 95.8 80.5 80.4 11.8 7.2 38.5 13.7 625 1997 49.9 39.6 110.8 85.0 137.5 55.7 79.5 61.8 2.6 3.4 0.4 28.3 654 1998 25.1 1.4 13.8 26.2 28.4 66.6 60.8 40.8 7.8 3.8 1.6 2.0 278 1999 11.4 15.9 21.1 7.3 66.1 49.1 75.1 26.3 23.3 47.9 18.4 46.3 408 2000 37.9 82.4 47.9 71.7 53.7 120.6 81.9 53.1 42.6 8.1 17.9 65.6 683 2001 9.2 2.8 80.6 39.5 6.9 137.5 98.8 50.9 14.8 45.9 5.5 30.5 523 2002 118.5 73.9 110.0 24.0 102.4 134.5 48.0 43.2 11.8 20.2 18.3 1.8 706 2003 32.8 52.9 129.3 27.3 52.3 80.5 42.0 26.6 25.3 10.4 4.4 7.4 491 2004 240.6 149.4 127.0 90.9 59.8 114.3 89.2 27.2 34.8 2.3 1.3 8.9 946 2005 38.5 26.7 131.0 63.9 129.5 165.7 59.5 48.3 8.7 5.1 0.6 95.0 773 2006 10.4 60.6 196.9 75.0 87.9 139.7 59.3 38.3 14.6 3.5 7.6 10.6 704 2007 39.7 66.4 224.3 51.8 58.2 104.7 39.2 73.2 38.8 2.7 8.3 13.7 721 2008 39.1 23.3 270.7 98.6 77.4 57.5 74.7 57.0 13.0 1.8 0.7 8.0 722 2009 43.9 75.1 247.7 89.9 138.5 61.9 103.8 69.2 4.1 1.6 12.2 35.7 884
média (mm/mês)
31 41 85 72 79 84 72 41 19 11 14 22
Continuação
150
Quadro 2 .3 - Chuva mensal UA3.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total (mm/ano)
1933 28.0 51.7 26.9 193.9 110.8 127.3 74.5 39.7 25.2 34.5 6.1 23.8 742 1934 16.9 93.5 128.1 51.8 153.1 107.7 63.8 46.0 22.7 67.2 15.2 30.5 796 1935 40.6 63.5 75.6 122.3 97.1 172.5 85.9 78.4 11.7 3.5 14.0 11.7 777 1936 13.6 96.0 27.3 31.6 135.1 230.7 93.8 49.1 11.7 9.8 7.9 3.7 710 1937 5.0 34.3 28.0 143.0 112.9 138.9 84.5 43.3 11.1 11.9 3.7 8.9 626 1938 19.7 17.8 70.8 97.7 86.8 93.1 52.8 66.8 29.6 20.8 20.4 7.5 584 1939 23.9 25.9 91.7 51.2 97.5 46.0 101.0 57.1 18.3 83.0 61.8 15.4 673 1940 49.6 77.0 100.3 119.9 234.4 70.7 80.1 55.0 74.2 13.6 3.0 35.6 913 1941 4.7 26.0 164.8 115.4 67.1 90.6 110.5 52.9 13.6 13.5 23.7 19.1 702 1942 9.8 19.0 58.3 96.2 91.0 110.4 71.3 88.1 16.2 24.1 4.4 30.0 619 1943 21.3 91.1 68.5 48.4 86.4 45.9 86.7 76.3 47.0 11.5 16.3 23.8 623 1944 34.6 13.8 30.3 116.9 210.0 111.6 99.9 106.7 60.1 7.7 15.9 13.9 821 1945 19.5 44.8 22.4 43.1 229.6 113.2 81.2 57.1 35.0 22.5 5.3 21.2 695 1946 28.8 18.0 68.7 74.9 91.4 92.5 58.0 41.4 30.3 4.1 12.1 41.0 561 1947 17.4 21.1 124.4 144.3 99.0 98.8 51.9 26.1 24.5 11.1 66.4 35.3 720 1948 16.5 18.5 108.6 52.6 106.2 189.2 152.4 41.9 41.9 36.3 15.3 19.1 798 1949 12.6 28.1 17.4 69.9 202.1 95.2 68.3 59.1 56.2 10.6 126.0 5.0 750 1950 19.7 19.1 61.9 143.9 81.8 54.8 87.1 72.9 26.1 19.8 12.7 19.8 619 1951 13.7 19.7 11.5 132.0 119.8 263.0 80.8 35.9 18.9 14.3 18.0 29.5 757 1952 18.4 10.9 94.6 31.7 86.7 74.3 41.2 62.2 9.7 4.5 8.4 33.4 476 1953 14.8 9.0 38.8 102.0 127.0 114.8 85.3 46.4 9.2 7.5 72.9 7.0 635 1954 22.8 43.7 50.3 163.5 262.1 83.9 48.3 40.7 12.3 5.8 18.4 13.0 765 1955 32.2 52.3 79.2 57.7 96.8 38.6 67.4 41.9 43.1 11.5 6.4 16.6 543 1956 16.7 56.4 86.8 75.2 54.5 48.2 84.4 93.3 17.8 14.2 16.2 1.2 565 1957 36.7 7.2 106.4 125.0 127.5 63.6 42.0 23.1 8.7 17.6 3.1 8.0 569 1958 8.1 20.4 27.6 26.7 162.3 74.8 131.9 64.5 44.1 4.7 3.3 10.3 578 1959 10.0 82.5 19.1 67.0 87.3 146.8 75.8 67.1 35.3 8.1 13.9 4.1 617 1960 13.5 23.0 162.0 104.4 79.4 75.9 90.1 41.6 10.7 20.8 5.8 16.7 644 1961 88.6 23.1 113.9 69.4 87.3 117.9 103.4 53.0 17.0 47.3 12.0 11.0 744 1962 4.9 18.4 56.8 59.2 143.7 243.7 105.5 46.4 49.6 9.3 12.5 20.4 770 1963 50.4 22.7 98.2 68.9 71.5 82.4 47.1 34.5 24.7 0.3 7.7 92.8 601 1964 65.2 58.3 141.3 175.4 156.1 139.7 95.9 108.1 83.9 12.9 6.1 21.7 1064 1965 69.0 26.0 46.1 97.5 69.9 184.8 48.1 56.7 34.9 19.9 11.7 15.5 680 1966 41.0 94.3 34.4 135.7 94.2 166.8 202.4 45.6 57.3 1.3 31.2 10.0 914 1967 8.2 16.1 83.8 119.0 105.3 89.1 108.4 68.2 41.0 26.4 1.2 21.2 688 1968 44.1 7.8 134.6 75.9 101.5 44.7 90.9 32.7 12.8 3.3 16.1 13.4 578 1969 56.6 26.8 112.9 60.4 116.1 190.9 222.1 30.5 18.1 9.7 8.1 10.1 862 1970 75.3 32.6 76.9 73.5 39.7 70.9 258.0 66.1 12.8 1.2 1.3 1.4 710 1971 13.0 4.5 41.3 101.5 117.6 85.3 100.9 44.0 45.3 49.5 15.2 0.2 618 1972 21.0 44.9 71.4 77.3 134.4 124.7 59.6 88.6 26.1 19.7 1.4 41.9 711 1973 49.5 4.9 25.5 174.4 55.8 100.0 106.4 44.2 88.2 17.0 8.3 10.6 685 1974 53.5 45.8 150.6 203.8 87.4 115.8 109.1 47.8 41.3 0.1 23.4 47.0 926 1975 34.0 8.2 73.6 68.1 138.9 113.9 251.1 51.8 43.8 0.8 6.5 84.8 875 1976 6.1 51.3 138.9 63.2 68.7 54.6 59.2 23.4 3.2 88.6 26.0 35.0 618 1977 38.5 36.6 40.6 156.6 160.3 200.2 175.7 37.4 52.2 34.5 0.6 22.2 955 1978 3.5 135.0 145.7 90.4 118.9 136.5 140.1 75.9 99.3 11.7 14.1 28.4 1000 1979 57.2 68.8 81.1 69.4 118.5 93.7 81.2 47.3 63.3 17.5 28.1 0.7 727 1980 29.7 133.6 157.9 58.2 55.2 154.3 30.2 36.5 21.3 44.7 14.2 16.7 752 1981 74.7 16.8 251.0 45.0 49.2 50.2 65.1 31.8 25.7 0.1 23.9 80.5 714 1982 18.4 37.3 5.9 70.6 111.6 88.4 78.3 61.1 31.2 1.7 1.2 16.3 522 1983 16.3 67.8 89.2 27.2 89.1 52.7 54.9 48.0 10.2 30.5 5.6 5.2 497 1984 16.7 3.2 52.7 129.8 118.4 55.6 109.1 111.7 36.5 17.6 16.3 0.2 668 1985 49.5 130.0 188.3 202.4 98.4 100.4 144.0 75.9 20.9 5.2 9.2 7.6 1032 1986 23.3 50.6 136.4 158.3 125.3 141.8 138.1 86.1 62.7 29.7 57.8 45.0 1055 1987 31.9 46.9 100.1 107.1 31.6 107.2 101.3 49.4 13.6 10.9 1.2 0.6 602
151
Quadro 2 .3 - Chuva mensal UA3.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total (mm/ano)
1988 10.0 22.8 102.7 129.7 74.3 121.3 209.9 54.3 32.1 10.8 20.3 39.0 827 1989 37.4 4.3 52.2 171.7 152.0 128.9 216.2 71.5 18.4 26.9 25.5 70.1 975 1990 17.4 24.6 9.4 105.0 87.3 93.8 153.8 73.8 35.5 22.9 7.2 9.9 641 1991 9.6 16.9 60.5 73.6 165.1 81.0 85.7 123.1 20.9 18.9 14.3 0.7 670 1992 69.8 108.3 152.4 81.9 40.8 116.3 107.2 59.2 76.4 10.2 16.5 2.8 842 1993 9.0 2.7 23.9 34.2 47.8 84.1 86.6 42.4 9.6 30.4 21.7 7.3 400 1994 17.9 34.9 59.6 58.6 205.5 226.3 160.4 60.9 60.2 14.8 7.7 17.5 924 1995 6.5 46.8 33.7 79.6 103.5 154.4 172.8 46.8 18.4 4.0 45.1 6.2 718 1996 27.5 28.1 41.9 140.8 63.1 111.4 109.6 108.3 30.2 24.1 44.6 8.3 738 1997 27.7 78.8 102.5 90.1 146.5 64.6 96.4 50.4 5.4 7.4 3.2 16.2 689 1998 24.1 3.3 21.8 43.0 48.4 49.0 69.6 64.2 13.1 9.4 2.5 4.7 353 1999 14.0 30.0 26.5 14.7 74.0 49.1 112.0 34.3 26.8 42.1 10.5 36.2 470 2000 57.0 50.2 55.0 94.7 85.0 205.5 174.0 138.0 115.2 15.7 13.3 58.1 1062 2001 18.0 3.0 69.3 65.1 16.4 184.1 106.8 70.2 24.3 53.1 16.1 25.3 652 2002 167.1 86.4 131.8 25.2 145.5 134.3 74.3 56.9 14.7 14.6 28.1 2.3 881 2003 13.4 51.2 117.7 54.0 56.9 98.1 71.0 33.9 46.7 16.9 9.5 22.3 592 2004 215.2 173.6 88.1 85.3 52.8 167.7 115.3 36.7 36.4 1.6 2.8 6.6 982 2005 3.7 46.3 93.5 34.4 145.9 328.9 77.2 103.4 12.8 6.8 0.8 55.5 909 2006 6.6 27.4 71.2 72.9 88.3 177.2 87.7 46.5 12.5 3.7 36.1 10.3 640 2007 45.2 50.8 153.0 82.5 81.1 122.8 95.8 131.7 64.5 5.7 16.0 29.8 879 2008 56.8 27.3 280.3 97.6 170.9 122.8 161.9 133.8 13.5 14.3 0.6 19.5 1099 2009 55.7 126.0 149.2 156.7 166.6 122.4 153.4 177.4 23.3 5.7 26.4 48.5 1211
média (mm/mês)
33 43 84 93 109 117 104 62 33 18 17 22
Continuação
152
Quadro 2 .4 - Chuva mensal UA4.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total (mm/ano)
1933 48.6 101.0 52.2 446.0 127.8 190.0 98.4 66.2 46.7 45.6 14.3 42.7 1279 1934 18.1 175.2 194.3 108.7 337.0 192.9 105.6 88.7 44.3 112.6 21.9 55.7 1455 1935 69.3 66.4 119.8 210.0 197.1 282.2 151.2 135.9 25.7 9.3 26.2 14.4 1308 1936 24.4 117.4 58.6 61.7 301.5 436.1 187.0 74.5 16.8 17.9 3.6 2.4 1302 1937 9.0 70.7 36.3 233.8 205.2 272.6 131.3 79.6 29.4 15.1 9.6 19.7 1112 1938 35.1 23.6 137.0 237.4 207.4 180.7 113.7 145.0 73.1 38.4 51.6 11.1 1254 1939 47.3 59.8 204.8 84.7 173.7 91.4 203.8 132.9 38.1 148.9 77.0 30.6 1293 1940 58.9 99.5 126.3 261.0 474.1 144.9 154.3 78.6 125.6 29.2 8.7 55.3 1616 1941 8.0 32.4 153.0 254.7 112.3 208.5 237.7 139.9 31.4 27.5 46.7 30.0 1282 1942 18.4 42.8 94.4 194.8 215.3 204.8 144.2 186.4 42.6 44.2 5.5 54.2 1248 1943 56.1 110.5 157.6 81.6 155.9 130.9 170.2 131.8 96.6 24.3 29.5 23.0 1168 1944 30.3 17.2 58.4 255.5 422.6 227.5 171.4 240.4 130.6 22.8 23.0 24.3 1624 1945 31.2 93.9 47.0 69.1 325.9 271.8 122.2 136.3 62.8 44.7 13.6 35.2 1254 1946 76.2 21.8 109.7 123.7 143.1 146.1 98.2 81.7 56.7 7.4 13.8 62.6 941 1947 39.6 22.8 104.3 184.0 209.7 170.3 83.8 55.7 52.7 29.8 111.5 64.3 1128 1948 35.3 34.9 101.7 82.3 184.3 376.7 294.8 75.6 64.3 54.8 36.3 25.4 1366 1949 22.2 30.3 55.8 132.9 373.6 167.9 131.9 119.2 99.7 23.7 132.3 12.8 1302 1950 41.5 38.6 137.1 323.3 209.1 134.5 183.5 190.4 51.7 55.0 25.5 43.7 1434 1951 34.1 47.2 7.9 189.5 242.5 618.5 116.8 64.1 42.0 36.6 46.2 46.8 1492 1952 29.8 26.7 179.6 77.1 179.0 161.4 69.7 175.9 24.0 13.8 15.7 53.5 1006 1953 48.1 29.2 88.9 178.2 187.5 245.7 185.2 110.7 30.5 18.8 89.4 17.1 1229 1954 38.8 52.2 91.3 185.0 327.0 112.4 86.9 72.4 33.1 15.0 20.6 28.0 1063 1955 64.8 84.7 131.9 125.3 164.9 110.8 174.9 118.9 83.2 30.3 15.4 32.5 1138 1956 32.1 93.2 249.9 183.2 128.6 121.3 158.0 172.7 35.6 35.4 23.7 7.3 1241 1957 82.7 20.3 180.7 206.8 235.5 123.1 96.4 55.4 17.7 30.4 7.1 15.7 1072 1958 15.9 48.9 52.1 76.6 266.6 118.4 253.7 178.8 89.7 10.9 9.3 16.6 1138 1959 19.6 77.1 45.0 140.8 167.5 292.2 192.5 127.8 69.7 11.2 27.6 7.5 1179 1960 19.0 55.0 268.6 215.3 166.0 204.7 162.2 106.8 31.0 51.2 11.9 48.0 1340 1961 140.9 63.9 208.8 196.6 192.9 236.3 208.1 85.4 37.6 81.6 23.4 20.5 1496 1962 0.8 38.2 132.0 101.4 234.4 450.8 218.7 65.4 97.3 24.3 26.6 42.5 1432 1963 62.8 63.4 212.3 213.1 159.0 177.8 125.9 75.1 50.4 9.3 42.8 133.3 1325 1964 91.8 158.6 155.1 213.2 155.0 243.4 121.9 177.8 140.0 19.6 13.3 17.3 1507 1965 87.2 29.0 52.8 187.5 181.9 322.3 102.5 109.7 63.6 12.9 36.0 45.9 1231 1966 61.9 101.6 45.7 137.3 176.7 245.3 379.1 134.6 103.3 11.4 51.4 24.6 1473 1967 19.6 49.6 164.1 214.8 177.0 179.8 177.6 93.5 38.4 39.3 5.9 16.9 1177 1968 56.2 33.7 209.1 100.1 128.2 82.9 168.3 80.1 44.0 10.2 41.1 35.9 990 1969 67.5 49.5 108.7 105.8 249.5 243.0 294.0 90.0 36.3 30.4 22.4 17.0 1314 1970 59.8 62.5 125.0 170.4 85.6 194.1 362.5 163.2 22.3 9.2 9.8 12.5 1277 1971 20.4 13.1 70.2 115.0 272.4 160.4 165.8 109.0 110.0 105.6 35.6 6.9 1185 1972 70.8 44.9 124.8 226.6 320.9 245.1 159.1 259.0 53.6 51.4 3.6 22.6 1582 1973 44.3 24.2 67.1 236.5 136.4 206.4 165.4 102.7 150.3 39.0 22.8 26.6 1222 1974 102.9 59.6 275.5 270.5 271.3 172.2 206.2 79.4 93.7 7.9 32.2 49.0 1620 1975 66.1 16.1 139.7 106.1 134.4 169.3 348.5 139.1 62.2 13.9 13.7 111.6 1321 1976 21.2 70.3 227.6 107.4 95.9 106.5 114.3 56.8 27.8 124.8 67.1 67.6 1087 1977 51.7 87.4 74.9 195.5 331.0 343.2 331.6 71.9 90.9 55.6 8.8 36.2 1679 1978 9.6 122.2 160.7 141.4 218.8 207.8 204.0 142.4 195.8 21.8 23.7 30.4 1479 1979 113.9 114.9 90.6 122.5 208.5 204.7 163.2 74.8 172.3 21.5 34.1 6.8 1328 1980 77.8 284.7 223.2 99.5 112.5 263.5 85.7 72.7 57.5 93.3 36.3 33.1 1440 1981 115.8 49.7 203.3 79.0 118.9 170.2 135.4 53.7 49.0 6.5 47.0 131.8 1160 1982 46.5 105.1 39.7 182.8 272.7 208.5 147.4 120.8 94.6 7.8 7.8 24.6 1258 1983 29.2 135.7 219.9 58.6 144.2 117.9 116.4 107.0 21.1 61.7 10.1 8.1 1030 1984 57.9 14.4 74.8 255.6 260.1 132.4 267.6 192.9 82.3 38.7 28.5 1.9 1407 1985 35.4 160.2 218.7 289.4 149.9 192.6 300.7 133.5 57.1 5.4 17.1 23.2 1583 1986 35.4 86.1 224.6 253.1 220.3 267.2 261.8 156.2 119.1 56.2 114.2 81.7 1876 1987 61.0 81.7 167.4 209.1 67.2 201.7 187.3 96.9 29.9 28.0 3.5 2.8 1136
153
Quadro 2 .4 - Chuva mensal UA4.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total (mm/ano)
1988 21.7 32.6 153.9 238.0 153.0 216.2 396.6 105.6 66.5 20.9 41.8 66.8 1513 1989 73.4 15.3 84.3 322.1 266.3 248.9 422.7 132.1 35.6 43.1 47.6 100.4 1792 1990 33.0 21.8 21.7 207.0 162.7 184.6 298.5 158.6 80.8 49.1 20.8 19.2 1258 1991 19.1 28.0 76.5 142.7 308.5 151.7 182.0 202.2 36.5 56.4 25.7 1.6 1231 1992 96.8 195.2 270.7 130.3 80.6 237.4 184.9 116.1 133.8 21.5 34.9 5.3 1507 1993 11.7 3.8 35.6 51.6 65.9 147.2 142.4 75.1 13.8 31.3 26.8 11.9 617 1994 35.5 45.9 109.2 141.5 406.2 401.6 340.7 121.5 121.8 33.3 18.1 38.5 1814 1995 20.1 48.5 78.6 143.8 223.3 329.0 348.7 91.1 29.3 8.2 98.1 1.5 1420 1996 55.0 63.1 76.9 208.1 120.9 219.6 275.7 236.3 87.8 42.1 111.5 10.3 1507 1997 25.1 169.5 185.5 194.2 327.9 139.7 190.9 90.0 5.8 12.5 9.8 40.0 1391 1998 43.9 27.6 45.8 95.3 144.2 98.7 170.2 180.3 43.5 22.6 6.9 15.8 895 1999 46.9 75.5 59.0 58.4 190.2 109.5 247.9 121.9 68.0 84.0 22.2 106.6 1190 2000 156.4 87.2 119.3 262.9 194.1 528.4 492.1 333.3 342.3 46.0 65.0 97.7 2725 2001 46.3 13.3 117.1 157.2 50.2 385.2 245.1 164.3 55.1 108.7 24.6 59.5 1427 2002 267.9 133.5 226.9 66.7 263.1 364.1 157.0 123.6 37.7 44.5 100.6 9.4 1795 2003 44.3 113.7 224.1 123.5 182.5 279.2 205.1 150.6 133.0 50.5 22.6 45.8 1575 2004 286.3 203.7 130.2 155.3 178.9 541.3 254.8 158.2 135.8 4.8 11.5 0.9 2062 2005 9.4 117.0 50.5 152.3 381.9 650.3 137.2 260.3 23.8 30.8 10.2 89.8 1914 2006 32.0 12.1 63.1 165.1 233.3 345.0 189.7 100.2 51.9 11.9 55.2 63.3 1323 2007 116.3 92.2 139.0 149.2 147.1 350.0 242.0 238.4 116.1 15.9 30.4 57.8 1695 2008 64.7 12.7 306.0 107.1 363.2 292.0 337.9 309.4 30.7 52.0 3.9 41.0 1921 2009 88.0 232.2 68.8 306.4 230.6 287.1 282.8 410.6 68.9 8.7 56.2 67.7 2108
média (mm/mês)
55 72 129 170 210 236 202 133 70 36 33 37
Continuação
154
ANEXO 3 Vazões mensais Ipojuca
155
Quadro 3 .1 - Vazões mensais UA1.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média anual (m³/s)
Total (mm/ano)
1933 12.74 4.78 1.51 2.98 6.51 8.63 5.64 2.63 0.94 0.09 0.00 0.00 3.87 81
1934 0.00 0.00 0.00 0.00 0.46 1.22 0.72 0.28 0.00 0.00 0.00 0.00 0.22 5
1935 0.00 0.00 0.00 0.00 1.85 6.42 4.15 3.53 1.31 0.12 0.00 0.00 1.45 30
1936 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 12.58 5.87 2.68 0.97 0.07 0.00 0.00 1.85 39
1937 0.00 0.00 0.00 0.00 0.21 5.30 4.94 2.49 0.89 0.03 0.00 0.00 1.16 24
1938 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1939 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.46 0.19 0.00 0.00 0.00 0.00 0.05 1
1940 0.00 0.00 2.15 3.44 10.50 7.35 4.34 2.24 1.17 0.12 0.00 0.00 2.61 55
1941 0.00 0.00 36.45 7.02 3.71 2.48 1.74 0.77 0.19 0.00 0.00 0.00 4.36 92
1942 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 3.05 1.83 1.13 0.34 0.00 0.00 0.00 0.53 11
1943 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 2.99 1.88 0.84 0.05 0.00 0.00 0.48 10
1944 0.00 0.00 0.00 0.10 19.45 14.28 16.71 15.14 8.22 1.80 0.36 0.00 6.34 133
1945 0.00 0.00 0.00 0.00 59.04 12.19 8.95 4.29 1.84 0.39 0.00 0.00 7.22 152
1946 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1.97 1.19 0.52 0.14 0.00 0.00 0.00 0.32 7
1947 0.00 0.00 14.65 7.26 4.57 4.57 2.78 1.22 0.42 0.00 0.00 0.00 2.96 62
1948 0.00 0.00 2.79 1.41 3.44 25.22 21.47 9.92 4.38 1.20 0.08 0.00 5.83 123
1949 0.00 0.00 0.00 0.00 12.59 10.24 6.91 3.88 2.13 0.32 0.16 0.00 3.02 64
1950 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.87 0.44 0.10 0.00 0.00 0.00 0.12 2
1951 0.00 0.00 0.00 3.82 3.98 55.34 14.08 7.50 2.97 0.53 0.00 0.00 7.35 155
1952 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1953 0.00 0.00 0.00 0.00 2.15 9.25 8.51 4.28 1.54 0.20 0.00 0.00 2.16 45
1954 0.00 0.00 0.00 0.00 2.45 3.49 1.80 0.88 0.23 0.00 0.00 0.00 0.74 16
1955 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1956 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 2.04 0.77 0.03 0.00 0.00 0.24 5
1957 0.00 0.00 5.11 3.50 3.61 2.36 1.21 0.44 0.05 0.00 0.00 0.00 1.36 29
1958 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.72 0.32 0.09 0.00 0.00 0.00 0.09 2
1959 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.84 0.48 0.21 0.00 0.00 0.00 0.00 0.13 3
1960 0.00 0.00 39.36 8.05 4.94 3.43 1.84 0.81 0.20 0.00 0.00 0.00 4.89 103
1961 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 3.04 3.35 1.57 0.51 0.00 0.00 0.00 0.71 15
1962 0.00 0.00 0.00 0.00 4.20 33.28 12.13 5.95 2.50 0.39 0.00 0.00 4.87 103
1963 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1.66 0.83 0.27 0.01 0.00 0.00 3.88 0.55 12
1964 1.52 1.01 3.33 2.80 2.46 4.80 3.12 1.78 0.75 0.01 0.00 0.00 1.80 38
1965 0.00 0.00 0.00 1.61 0.83 5.07 2.77 1.30 0.43 0.00 0.00 0.00 1.00 21
1966 0.00 0.00 0.00 27.21 6.88 9.12 13.27 6.88 3.21 0.57 0.06 0.00 5.60 118
1967 0.00 0.00 2.58 5.67 7.39 4.45 2.51 1.26 0.48 0.00 0.00 0.00 2.03 43
1968 0.00 0.00 0.00 0.00 0.06 0.01 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.01 0
1969 0.00 0.00 4.61 2.99 1.62 2.20 14.93 5.13 1.93 0.31 0.00 0.00 2.81 59
1970 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 2.06 0.96 0.25 0.00 0.00 0.00 0.27 6
1971 0.00 0.00 0.00 4.54 2.94 1.97 1.33 0.55 0.17 0.00 0.00 0.00 0.96 20
1972 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 3.50 1.86 1.18 0.37 0.00 0.00 0.00 0.58 12
1973 0.00 0.00 0.00 0.99 0.56 0.32 0.13 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.17 4
1974 0.00 0.00 9.84 31.46 10.21 6.93 4.10 1.84 0.62 0.00 0.00 0.00 5.42 114
1975 0.00 0.00 0.00 0.46 3.05 2.01 17.03 5.25 2.41 0.38 0.00 0.00 2.55 54
1976 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1977 0.00 0.00 0.00 0.00 3.60 20.67 18.59 8.17 3.22 0.61 0.00 0.00 4.57 96
1978 0.00 0.00 12.47 5.74 3.68 3.65 2.28 0.99 0.43 0.00 0.00 0.00 2.44 51
1979 0.00 0.00 0.00 0.00 1.15 0.66 0.34 0.04 0.00 0.00 0.00 0.00 0.18 4
1980 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1.55 0.69 0.18 0.00 0.00 0.00 0.00 0.20 4
156
Quadro 3 .1 - Vazões mensais UA1.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média anual (m³/s)
Total (mm/ano)
1981 0.00 0.00 71.65 10.09 4.81 2.50 1.14 0.40 0.05 0.00 0.00 0.00 7.55 159
1982 0.00 0.00 0.00 0.00 3.72 2.40 1.29 0.58 0.11 0.00 0.00 0.00 0.67 14
1983 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1984 0.00 0.00 0.00 26.74 10.86 6.32 5.48 3.01 1.24 0.13 0.00 0.00 4.48 94
1985 0.00 1.96 15.06 50.23 10.27 10.22 6.71 3.37 1.18 0.12 0.00 0.00 8.26 174
1986 0.00 0.00 4.71 5.04 2.99 1.96 2.65 1.32 0.61 0.00 0.00 0.00 1.61 34
1987 0.00 0.00 0.51 0.24 0.04 0.49 0.27 0.04 0.00 0.00 0.00 0.00 0.13 3
1988 0.00 0.00 3.17 4.31 2.16 1.41 7.63 3.79 1.50 0.17 0.00 0.00 2.01 42
1989 0.00 0.00 0.00 4.03 12.55 12.42 14.46 7.85 3.15 0.69 0.00 0.00 4.60 97
1990 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.23 0.03 0.00 0.00 0.00 0.00 0.02 0
1991 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1992 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1993 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1994 0.00 0.00 0.00 0.00 2.29 17.92 9.70 4.85 2.08 0.34 0.00 0.00 3.10 65
1995 0.00 0.00 0.00 0.00 2.29 6.84 4.44 2.04 0.72 0.00 0.00 0.00 1.36 29
1996 0.00 0.00 0.00 8.24 5.38 7.39 5.78 3.48 1.27 0.13 0.00 0.00 2.64 56
1997 0.00 0.00 0.00 0.13 6.51 4.41 2.87 1.53 0.48 0.00 0.00 0.00 1.33 28
1998 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1999 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
2000 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 5.10 4.81 2.53 1.17 0.12 0.00 0.00 1.14 24
2001 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 11.19 10.35 6.23 2.55 0.82 0.00 0.00 2.60 55
2002 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 10.10 8.38 4.50 1.65 0.35 0.00 0.00 2.08 44
2003 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1.93 1.06 0.38 0.05 0.00 0.00 0.00 0.28 6
2004 15.64 6.34 3.45 1.76 0.81 2.79 1.65 0.74 0.24 0.00 0.00 0.00 2.78 59
2005 0.00 0.00 0.00 0.00 1.29 11.97 8.82 5.19 1.92 0.27 0.00 0.00 2.46 52
2006 0.00 0.00 2.42 6.69 3.96 16.59 7.17 3.69 1.42 0.17 0.00 0.00 3.51 74
2007 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 2.19 1.19 0.69 0.24 0.00 0.00 0.00 0.36 8
2008 0.00 0.00 7.29 4.57 6.78 4.89 3.02 1.57 0.57 0.00 0.00 0.00 2.39 50
2009 0.00 0.00 1.13 48.86 133.99 40.86 34.78 61.12 13.95 2.98 1.05 0.07 28.23 594
Área (km²) 1498 Vazão específica (L/s/km²) 1.56 Média interanual 2.33 49
Continuação
157
Quadro 3.2 - Vazões mensais UA2.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média anual (m³/s)
Total (mm/ano)
1933 0.00 0.00 0.00 0.10 1.43 2.03 1.25 0.55 0.16 0.00 0.00 0.00 0.46 19
1934 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1935 0.00 0.00 0.00 0.00 0.12 1.90 1.17 0.73 0.23 0.00 0.00 0.00 0.35 14
1936 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 3.73 2.33 1.04 0.36 0.00 0.00 0.00 0.62 26
1937 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1.84 1.20 0.56 0.17 0.00 0.00 0.00 0.31 13
1938 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1939 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1940 0.00 0.00 0.00 0.00 2.80 1.89 1.08 0.53 0.24 0.00 0.00 0.00 0.55 23
1941 0.00 0.00 10.15 2.86 1.46 0.95 0.58 0.24 0.04 0.00 0.00 0.00 1.36 57
1942 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.90 0.51 0.30 0.06 0.00 0.00 0.00 0.15 6
1943 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.77 0.45 0.17 0.00 0.00 0.00 0.12 5
1944 0.00 0.00 0.00 0.00 5.69 5.94 6.38 5.17 2.66 0.55 0.07 0.00 2.20 92
1945 0.00 0.00 0.00 0.00 23.66 5.18 3.31 1.54 0.64 0.10 0.00 0.00 2.87 120
1946 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.51 0.29 0.10 0.00 0.00 0.00 0.00 0.07 3
1947 0.00 0.00 2.64 1.74 1.05 1.06 0.61 0.24 0.05 0.00 0.00 0.00 0.62 26
1948 0.00 0.00 0.00 0.00 0.51 8.26 7.39 4.11 1.78 0.46 0.01 0.00 1.88 79
1949 0.00 0.00 0.00 0.00 3.92 4.23 2.67 1.44 0.75 0.09 0.02 0.00 1.09 46
1950 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1951 0.00 0.00 0.00 0.92 0.66 21.17 5.45 2.80 1.09 0.17 0.00 0.00 2.69 113
1952 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1953 0.00 0.00 0.00 0.00 0.44 3.05 2.44 1.16 0.39 0.01 0.00 0.00 0.62 26
1954 0.00 0.00 0.00 0.00 0.71 0.74 0.35 0.15 0.00 0.00 0.00 0.00 0.16 7
1955 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1956 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.29 0.07 0.00 0.00 0.00 0.03 1
1957 0.00 0.00 0.56 0.33 0.34 0.20 0.08 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.13 5
1958 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.04 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1959 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1960 0.00 0.00 10.97 3.21 1.91 1.24 0.65 0.27 0.05 0.00 0.00 0.00 1.52 64
1961 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1.00 0.79 0.34 0.08 0.00 0.00 0.00 0.18 8
1962 0.00 0.00 0.00 0.00 1.25 10.72 4.77 2.25 0.93 0.12 0.00 0.00 1.67 70
1963 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1964 0.00 0.00 0.00 0.00 0.11 0.97 0.59 0.31 0.10 0.00 0.00 0.00 0.17 7
1965 0.00 0.00 0.00 0.39 0.19 1.56 0.85 0.38 0.11 0.00 0.00 0.00 0.29 12
1966 0.00 0.00 0.00 3.98 2.41 4.85 6.26 3.24 1.47 0.25 0.00 0.00 1.87 78
1967 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1968 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1969 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 2.06 5.45 2.62 1.00 0.16 0.00 0.00 0.94 39
1970 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 2.24 1.14 0.38 0.00 0.00 0.00 0.31 13
1971 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1972 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1.47 0.73 0.37 0.09 0.00 0.00 0.00 0.22 9
1973 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1974 0.00 0.00 0.00 9.38 2.93 1.80 1.08 0.44 0.13 0.00 0.00 0.00 1.31 55
1975 0.00 0.00 0.00 0.41 0.77 0.49 7.89 2.41 1.02 0.14 0.00 0.00 1.09 46
1976 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1977 0.00 0.00 0.00 0.17 3.95 7.80 8.15 3.93 1.67 0.32 0.00 0.00 2.17 91
1978 0.00 0.00 1.30 0.74 0.48 0.40 0.24 0.07 0.00 0.00 0.00 0.00 0.27 11
1979 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1980 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.07 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.01 0
158
Quadro 3.2 - Vazões mensais UA2.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média anual (m³/s)
Total (mm/ano)
1981 0.00 0.00 24.20 3.22 1.35 0.69 0.33 0.10 0.00 0.00 0.00 0.00 2.49 104
1982 0.00 0.00 0.00 0.00 0.33 0.24 0.10 0.02 0.00 0.00 0.00 0.00 0.06 2
1983 0.00 1.03 0.40 0.11 0.04 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.13 6
1984 0.00 0.00 0.00 1.91 1.23 0.66 0.52 0.27 0.05 0.00 0.00 0.00 0.39 16
1985 0.00 0.00 2.66 9.07 3.67 3.22 1.88 0.99 0.34 0.00 0.00 0.00 1.82 76
1986 0.00 0.00 0.80 1.39 0.79 0.49 0.37 0.15 0.03 0.00 0.00 0.00 0.34 14
1987 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1988 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 2.88 1.53 0.61 0.06 0.00 0.00 0.42 18
1989 0.00 0.00 0.00 0.00 1.85 1.28 4.34 2.31 0.85 0.15 0.00 0.00 0.90 38
1990 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.29 0.10 0.00 0.00 0.00 0.00 0.03 1
1991 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1992 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1993 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1994 0.00 0.00 0.00 0.00 1.66 8.58 5.01 2.49 1.08 0.17 0.00 0.00 1.58 66
1995 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 2.89 1.84 0.86 0.29 0.00 0.00 0.00 0.49 20
1996 0.00 0.00 0.00 1.59 0.90 1.48 0.94 0.54 0.17 0.00 0.00 0.00 0.47 20
1997 0.00 0.00 0.00 0.00 2.38 1.54 0.95 0.50 0.13 0.00 0.00 0.00 0.46 19
1998 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
1999 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
2000 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 2.33 1.69 0.87 0.38 0.01 0.00 0.00 0.44 18
2001 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 3.32 3.65 1.97 0.77 0.19 0.00 0.00 0.83 35
2002 0.00 0.00 0.00 0.00 0.39 3.41 2.02 0.99 0.35 0.02 0.00 0.00 0.60 25
2003 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0
2004 3.44 3.11 1.84 1.08 0.57 2.34 1.98 0.90 0.38 0.00 0.00 0.00 1.30 55
2005 0.00 0.00 0.00 0.00 1.93 10.00 3.93 2.01 0.75 0.09 0.00 0.00 1.56 65
2006 0.00 0.00 3.82 2.33 1.42 4.40 2.75 1.33 0.50 0.03 0.00 0.00 1.38 58
2007 0.00 0.00 9.31 2.69 1.44 2.37 1.29 0.72 0.30 0.00 0.00 0.00 1.51 63
2008 0.00 0.00 19.72 4.12 2.40 1.47 0.89 0.45 0.13 0.00 0.00 0.00 2.43 102
2009 0.00 0.00 14.57 3.58 4.68 3.12 3.11 1.80 0.65 0.06 0.00 0.00 2.63 110
Área (km²) 753 Vazão específica (L/s/km²)
0.87 Média interanual 0.66 27
Continuação
159
Quadro 3.3 - Vazões mensais UA3.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média anual (m³/s)
Total (mm/ano)
1933 6.47 4.02 2.06 7.84 4.91 6.74 5.28 3.74 2.60 1.93 2.31 1.83 4.14 228
1934 1.50 1.70 2.61 1.95 5.13 4.54 3.76 2.73 2.58 2.04 1.73 1.37 2.64 145
1935 1.12 1.02 0.78 2.14 2.65 8.38 4.92 4.05 2.73 1.95 2.33 1.85 2.83 156
1936 1.51 1.72 1.28 1.08 3.65 14.54 6.98 4.94 3.07 1.92 2.29 1.82 3.73 205
1937 1.49 1.35 1.00 3.30 3.13 6.31 4.75 3.44 2.30 2.42 2.05 1.62 2.76 152
1938 1.33 1.21 0.89 1.56 1.93 2.78 2.21 1.85 1.55 1.23 1.04 0.82 1.53 84
1939 0.67 0.61 0.87 0.69 1.65 1.29 2.32 1.73 1.32 1.04 0.88 0.70 1.15 63
1940 0.57 0.50 1.01 2.19 12.50 5.92 4.91 3.58 2.82 2.48 2.09 1.66 3.35 185
1941 1.36 1.23 4.50 3.31 2.71 3.17 3.92 3.02 2.08 2.32 1.96 1.56 2.60 143
1942 1.27 1.16 0.85 1.48 2.00 3.33 2.46 2.48 2.46 1.95 1.65 1.31 1.87 103
1943 1.07 1.24 0.90 0.76 1.41 1.09 1.84 1.80 1.44 1.14 0.96 0.76 1.20 66
1944 0.63 0.55 0.42 1.68 9.93 6.02 5.69 5.38 4.06 2.26 2.02 2.26 3.41 188
1945 1.85 1.68 1.24 1.05 11.34 6.38 5.43 3.95 2.69 2.40 2.03 1.61 3.47 191
1946 1.32 1.19 0.88 0.96 1.69 2.55 2.15 1.58 1.34 1.06 0.90 0.71 1.36 75
1947 0.58 0.53 1.65 3.79 3.06 3.70 2.90 2.66 2.12 1.68 1.42 1.13 2.10 116
1948 0.92 0.81 1.47 1.09 2.21 9.59 9.08 5.23 3.52 1.99 2.38 1.88 3.35 184
1949 1.54 1.40 1.03 0.96 8.82 5.00 4.08 3.01 2.83 1.99 2.28 1.72 2.89 159
1950 1.41 1.28 0.94 3.33 2.95 2.52 2.84 2.50 1.94 1.54 1.30 1.03 1.97 108
1951 0.85 0.77 0.57 2.25 3.38 21.83 6.74 4.56 2.93 2.53 2.14 1.69 4.19 230
1952 1.39 1.21 1.42 1.14 1.73 2.08 1.51 1.33 1.12 0.89 0.75 0.60 1.27 70
1953 0.49 0.44 0.33 1.19 2.88 3.53 3.49 2.57 2.40 1.90 1.61 1.28 1.84 101
1954 1.04 0.95 0.70 4.90 19.16 7.10 5.08 3.41 2.85 2.06 1.75 1.38 4.20 231
1955 1.13 1.03 0.87 0.73 1.66 1.27 1.44 1.12 0.95 0.75 0.63 0.50 1.01 55
1956 0.41 0.36 0.57 0.68 0.55 0.53 1.35 1.83 1.38 1.09 0.92 0.73 0.87 48
1957 0.60 0.54 1.19 2.44 3.25 2.98 2.78 1.95 1.65 1.30 1.10 0.88 1.72 95
1958 0.72 0.65 0.48 0.41 5.49 3.60 4.92 3.37 3.01 2.04 1.73 1.37 2.32 127
1959 1.12 1.06 0.78 0.68 1.37 5.09 3.26 2.59 2.41 1.84 1.56 1.24 1.92 105
1960 1.01 0.89 4.00 3.45 3.12 2.55 2.87 2.17 2.33 1.85 1.56 1.24 2.25 124
1961 1.02 0.92 1.67 1.30 1.86 2.91 3.49 2.65 2.42 1.92 1.62 1.29 1.92 106
1962 1.05 0.95 0.71 0.60 4.00 17.33 7.21 5.11 3.49 1.92 2.30 1.82 3.87 213
1963 1.49 1.35 1.58 1.32 1.47 2.16 1.59 1.25 1.06 0.84 0.71 0.56 1.28 71
1964 0.46 0.40 2.06 6.24 7.61 8.84 6.87 6.29 5.17 2.83 2.37 1.98 4.26 234
1965 2.29 2.08 1.54 2.10 1.92 9.02 4.06 3.49 2.38 1.70 1.44 1.14 2.76 152
1966 0.93 1.20 0.86 2.68 2.98 8.09 13.48 6.47 4.44 2.14 2.54 2.01 3.99 219
1967 1.65 1.50 1.33 2.50 2.53 3.04 3.74 3.10 2.29 2.39 2.02 1.60 2.31 127
1968 1.31 1.15 2.43 2.08 2.70 2.15 2.67 1.94 1.62 1.29 1.09 0.86 1.78 98
1969 0.71 0.64 1.43 1.04 2.43 9.93 15.61 6.88 4.17 2.14 2.55 2.02 4.13 227
1970 1.66 1.50 1.17 1.16 0.92 1.42 18.18 4.85 2.93 2.25 1.90 1.51 3.29 181
1971 1.24 1.12 0.83 1.60 2.80 3.28 3.09 2.32 2.28 1.81 1.53 1.21 1.93 106
1972 0.99 0.87 0.67 0.83 3.36 4.31 3.23 3.00 2.15 2.23 1.89 1.49 2.08 115
1973 1.22 1.11 0.82 6.02 3.03 3.04 3.63 2.70 2.51 2.42 2.05 1.62 2.51 138
1974 1.33 1.21 3.22 9.58 5.17 5.92 5.98 4.41 3.10 2.06 2.45 1.94 3.86 213
1975 1.59 1.44 1.07 0.95 3.87 3.75 19.11 6.34 4.16 2.03 2.43 1.92 4.06 223
1976 1.57 1.38 2.73 2.08 1.82 1.71 1.64 1.32 1.11 0.88 0.75 0.59 1.47 81
1977 0.49 0.44 0.33 3.94 6.47 13.28 13.57 7.28 4.89 2.60 2.01 2.24 4.79 264
1978 1.84 3.22 3.39 3.18 3.92 6.93 8.36 5.84 5.12 2.88 2.40 2.01 4.09 225
1979 2.32 2.11 1.71 1.52 2.89 2.90 2.92 2.20 2.28 1.81 1.53 1.21 2.12 116
160
Quadro 3.3 - Vazões mensais UA3.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média anual (m³/s)
Total (mm/ano)
1980 0.99 2.31 3.85 3.15 2.25 6.37 3.22 2.81 2.03 1.61 1.36 1.08 2.58 142
1981 0.88 0.80 11.18 4.65 3.10 2.41 2.13 1.52 1.28 1.02 0.86 0.68 2.54 140
1982 0.56 0.51 0.38 0.42 1.81 2.53 2.63 2.02 1.57 1.24 1.05 0.83 1.30 71
1983 0.68 0.62 0.81 0.66 1.40 1.25 1.14 0.92 0.78 0.62 0.52 0.41 0.82 45
1984 0.34 0.30 0.23 1.87 3.02 2.64 2.84 3.39 2.51 2.36 2.00 1.58 1.92 106
1985 1.30 2.56 6.60 11.24 6.73 6.64 9.16 6.25 4.12 2.40 2.14 2.39 5.13 282
1986 1.96 1.78 2.93 5.34 5.07 8.31 8.96 6.58 4.82 2.67 2.19 2.45 4.42 243
1987 2.00 1.82 1.98 2.64 1.87 2.58 3.20 2.44 2.38 1.88 1.59 1.26 2.14 118
1988 1.03 0.91 1.39 2.77 2.54 3.63 12.61 5.76 3.72 2.02 2.41 1.91 3.39 187
1989 1.56 1.42 1.05 5.97 6.57 7.14 15.70 8.00 4.94 2.65 2.14 2.39 4.96 273
1990 1.96 1.77 1.31 2.11 2.38 2.50 6.73 4.09 2.88 1.93 2.31 1.83 2.65 146
1991 1.50 1.36 1.00 1.03 5.62 3.66 3.52 4.20 3.02 2.03 2.42 1.92 2.61 143
1992 1.57 2.10 3.32 2.72 2.55 3.27 3.92 3.05 2.54 2.49 2.11 1.67 2.61 144
1993 1.37 1.24 0.92 0.78 0.62 1.52 2.08 1.48 1.23 0.98 0.83 0.65 1.14 63
1994 0.54 0.49 0.36 0.30 9.27 15.28 12.46 7.51 5.13 2.48 2.62 2.07 4.88 268
1995 1.70 1.54 1.14 1.29 2.27 6.45 10.00 5.20 3.29 1.98 2.37 1.88 3.26 179
1996 1.54 1.34 1.03 3.13 2.46 2.99 3.72 4.02 2.93 2.01 2.40 1.90 2.46 135
1997 1.56 1.41 1.74 1.96 4.58 3.28 3.52 2.67 2.55 2.02 1.71 1.35 2.36 130
1998 1.11 1.01 0.74 0.63 0.50 0.51 0.95 0.86 0.72 0.57 0.48 0.38 0.71 39
1999 0.31 0.29 0.21 0.18 0.63 0.57 2.13 1.48 1.10 0.87 0.74 0.59 0.76 42
2000 0.48 0.42 0.32 0.99 1.46 10.50 10.99 8.63 7.44 3.87 2.56 2.14 4.15 228
2001 2.47 2.24 1.66 1.40 1.11 8.37 4.94 3.92 2.63 2.38 2.01 1.60 2.89 159
2002 3.04 2.59 2.54 2.45 4.85 6.58 4.89 3.62 2.44 2.50 2.12 1.68 3.27 180
2003 1.37 1.25 2.01 1.47 1.24 2.44 2.40 1.70 1.44 1.14 0.97 0.77 1.52 83
2004 6.29 6.35 3.81 3.22 2.38 8.32 6.01 4.31 3.00 2.01 2.39 1.90 4.17 229
2005 1.55 1.41 1.50 1.22 4.72 36.66 6.83 5.92 3.90 2.24 2.01 2.24 5.85 322
2006 1.84 1.66 1.23 1.20 1.81 8.17 4.61 3.32 2.16 2.19 1.86 1.47 2.63 145
2007 1.21 1.09 3.34 2.73 2.62 3.83 3.85 4.94 3.83 2.21 1.97 2.20 2.82 155
2008 1.80 1.58 17.24 5.57 9.83 8.45 11.98 9.54 6.05 3.05 2.37 1.98 6.62 364
2009 2.29 2.62 3.80 6.54 9.82 8.67 11.42 13.52 7.20 3.34 2.43 2.03 6.14 338
Área (km²) 573 Vazão especifica (L/s/km²) 4.92 Média interanual 2.82 155
Continuação
161
Quadro 3.4 - Vazões mensais UA4.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média anual (m³/s)
Total (mm/ano)
1933 7.58 5.71 3.23 61.06 8.08 15.75 9.80 7.21 4.90 2.79 2.20 2.46 10.90 561
1934 2.02 5.65 9.35 6.20 40.40 18.73 11.98 9.34 6.31 4.33 2.64 2.21 9.93 511
1935 2.55 2.31 2.95 10.64 13.71 33.88 15.95 12.95 8.19 3.73 2.56 2.14 9.30 479
1936 2.48 2.49 2.37 2.01 28.33 68.06 17.88 10.46 6.25 3.11 2.36 2.64 12.37 637
1937 2.16 1.96 1.45 11.99 14.30 31.58 13.94 10.04 6.34 3.13 2.38 2.66 8.49 437
1938 2.18 1.98 3.21 13.57 15.67 17.29 11.77 12.15 8.50 4.34 2.71 2.21 7.96 410
1939 2.55 2.31 8.54 4.47 9.73 6.86 15.43 10.31 7.02 5.76 3.88 2.52 6.62 341
1940 2.18 2.43 3.13 18.37 74.02 15.48 15.67 10.32 8.95 4.79 2.80 2.34 13.37 688
1941 2.71 2.45 3.78 17.04 8.31 17.92 24.14 14.73 9.25 4.35 2.65 2.16 9.12 470
1942 2.50 2.26 2.20 8.66 14.62 18.60 14.42 17.17 9.50 4.74 2.61 2.18 8.29 427
1943 2.52 3.16 4.52 3.46 7.36 8.08 12.62 9.58 7.92 4.16 2.78 2.32 5.71 294
1944 2.68 2.35 1.80 15.29 60.66 22.66 19.00 24.62 15.14 7.19 3.60 2.48 14.79 761
1945 2.14 2.34 2.39 2.10 33.97 29.28 11.55 11.04 7.84 4.07 2.51 2.10 9.28 478
1946 2.42 2.20 2.57 2.87 5.72 8.81 6.71 5.55 4.11 2.46 2.20 2.46 4.01 206
1947 2.01 1.82 2.14 7.50 13.65 14.54 9.29 6.56 4.50 2.45 2.26 2.49 5.77 297
1948 2.04 1.79 2.09 2.08 8.47 52.36 35.80 10.96 7.55 4.01 2.37 2.65 11.01 567
1949 2.17 1.97 1.46 3.18 45.56 13.45 11.05 9.28 7.78 4.10 3.68 2.64 8.86 456
1950 2.28 2.91 3.12 33.04 16.88 13.45 17.59 18.26 10.31 5.25 2.81 2.19 10.68 549
1951 2.53 2.29 1.70 7.82 17.58 113.51 12.78 9.26 5.97 3.13 2.25 2.52 15.11 778
1952 2.06 1.80 5.87 3.36 9.35 11.60 7.21 11.72 6.17 3.12 2.47 2.07 5.57 287
1953 2.39 2.16 1.97 6.91 11.29 23.71 18.24 11.89 7.71 3.68 2.59 2.10 7.89 406
1954 2.43 2.20 2.07 7.62 37.01 9.88 8.20 6.22 4.21 2.43 2.17 2.43 7.24 373
1955 1.99 1.91 3.00 3.23 8.06 6.55 12.42 8.59 6.84 3.70 2.64 2.21 5.10 262
1956 2.55 2.58 13.10 12.07 9.24 9.77 13.04 14.38 8.09 4.08 2.59 2.17 7.81 402
1957 2.50 2.27 6.24 12.16 18.84 12.65 10.25 7.28 4.48 2.49 2.14 2.39 6.97 359
1958 1.96 1.77 1.31 1.38 19.84 7.46 23.76 15.74 10.10 4.64 2.78 2.32 7.76 399
1959 2.68 2.43 1.80 3.23 8.20 33.08 17.80 11.99 8.81 3.99 2.59 2.17 8.23 424
1960 2.51 2.19 16.14 15.28 13.82 20.17 17.32 12.01 7.75 4.12 2.51 2.10 9.66 497
1961 2.72 2.27 9.54 12.60 15.44 24.60 22.72 13.24 8.37 4.79 2.55 2.07 10.08 519
1962 2.39 2.16 3.20 2.72 14.35 72.49 21.77 11.66 8.71 4.35 2.63 2.20 12.38 637
1963 2.54 2.30 9.25 13.75 12.15 16.44 12.24 8.99 6.10 2.98 2.36 2.70 7.65 394
1964 2.11 4.54 5.80 13.87 11.96 25.28 13.49 16.52 12.63 6.13 3.19 2.48 9.83 506
1965 2.14 2.74 2.03 7.88 11.09 41.91 11.13 9.38 6.83 3.29 2.45 2.05 8.58 441
1966 2.36 2.75 1.95 3.11 9.06 22.28 55.87 13.77 10.85 5.04 3.09 2.38 11.04 568
1967 2.06 2.63 4.92 12.72 13.14 16.64 17.42 11.09 7.26 3.77 2.48 2.07 8.02 413
1968 2.40 2.10 8.86 4.91 5.76 5.53 10.94 6.64 4.65 2.55 2.28 2.55 4.93 254
1969 2.09 1.89 2.32 2.89 16.97 22.91 37.20 12.45 7.94 3.88 2.47 2.06 9.59 494
1970 2.38 2.16 2.99 6.77 4.43 13.21 49.87 15.12 8.48 3.83 2.59 2.16 9.50 489
1971 2.50 2.27 1.68 2.80 22.12 12.47 14.00 9.68 8.30 5.57 3.24 2.46 7.26 373
1972 2.12 2.62 2.67 12.80 37.83 27.12 18.12 28.68 12.60 6.08 2.85 2.21 12.98 668
1973 2.55 2.31 1.71 12.47 7.93 16.91 15.28 10.38 11.02 5.63 3.10 2.44 7.64 393
1974 2.14 2.73 18.05 24.09 30.05 20.05 22.88 13.23 9.77 4.46 2.70 2.26 12.70 654
1975 2.61 2.36 2.87 3.22 5.17 11.13 46.25 12.45 8.68 3.94 2.56 2.36 8.63 444
1976 2.68 2.35 10.81 5.79 5.20 5.80 6.26 4.74 3.25 2.93 2.38 2.66 4.57 235
1977 2.18 2.16 1.60 8.34 37.93 48.49 47.17 12.83 9.33 5.05 2.64 2.21 14.99 772
1978 2.55 2.77 5.12 5.81 15.43 19.51 20.92 14.97 18.60 7.26 3.67 2.53 9.93 511
1979 2.44 3.15 2.54 3.63 12.79 17.58 15.64 9.87 12.64 5.44 3.13 2.43 7.61 392
1980 2.10 20.44 15.34 9.02 7.90 28.07 10.66 7.84 5.48 3.46 2.28 2.54 9.60 494
162
Quadro 3.4 - Vazões mensais UA4.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média anual (m³/s)
Total (mm/ano)
1981 2.46 2.18 8.31 4.22 4.65 11.09 9.69 6.45 4.42 2.37 2.12 2.45 5.03 259
1982 2.58 3.05 2.15 7.52 24.64 19.40 15.14 11.55 9.17 4.33 2.77 2.32 8.72 449
1983 2.68 3.26 11.18 5.29 7.43 7.40 7.54 6.95 4.75 2.95 2.39 2.68 5.38 277
1984 2.19 1.92 1.48 15.05 23.23 12.72 30.34 19.53 11.92 5.77 3.11 2.33 10.80 556
1985 2.69 4.64 11.78 28.81 13.75 19.56 40.33 15.29 10.59 4.36 2.58 2.16 13.04 671
1986 2.50 2.41 10.50 18.77 19.63 33.85 33.49 18.89 14.02 7.50 5.01 3.12 14.14 728
1987 2.25 2.90 5.40 12.43 6.37 15.45 16.64 10.30 6.67 3.43 2.47 2.07 7.20 370
1988 2.39 2.09 3.69 14.44 11.00 19.73 61.44 13.47 9.53 4.31 2.58 2.12 12.23 630
1989 2.45 2.22 1.90 31.10 24.96 27.63 68.99 15.64 10.16 4.94 2.87 2.16 16.25 837
1990 2.49 2.26 1.67 9.52 9.55 14.83 36.80 15.73 10.59 5.44 2.92 2.30 9.51 489
1991 2.66 2.41 1.83 3.43 31.41 12.45 15.98 18.37 9.52 4.96 2.72 2.19 8.99 463
1992 2.52 7.87 19.48 9.42 7.41 21.28 17.94 11.89 10.73 5.44 3.14 2.43 9.96 513
1993 2.10 2.69 1.99 1.68 1.65 5.69 7.14 4.79 3.16 2.11 2.52 2.00 3.13 161
1994 1.64 1.48 2.02 3.31 53.71 61.18 48.45 13.84 11.60 5.94 3.13 2.41 17.39 895
1995 2.09 2.67 2.08 3.71 13.87 43.81 50.16 12.78 7.96 3.59 2.57 2.07 12.28 632
1996 2.40 2.10 1.67 9.62 5.87 17.02 31.69 23.52 13.13 6.40 4.35 2.49 10.02 516
1997 2.16 5.88 9.06 13.12 41.20 15.45 19.50 11.87 6.90 3.33 2.48 2.07 11.08 571
1998 2.39 2.17 1.60 2.15 4.68 4.35 10.13 12.46 6.81 3.41 2.47 2.07 4.56 235
1999 2.39 2.17 1.60 1.36 8.55 5.62 21.03 9.59 7.13 4.25 2.45 2.16 5.69 293
2000 3.18 2.72 3.07 18.80 15.49 93.61 84.85 47.59 50.59 10.80 5.67 3.50 28.32 1458
2001 2.22 2.84 2.54 5.81 3.58 52.93 23.43 15.49 9.56 5.92 3.16 2.32 10.82 557
2002 12.97 7.55 14.87 7.71 24.24 54.99 17.75 13.05 8.70 4.41 3.02 2.13 14.28 735
2003 2.46 3.21 10.85 6.49 12.32 32.80 21.10 15.86 12.73 6.91 3.50 2.46 10.89 561
2004 15.20 13.98 8.75 10.46 14.33 96.50 30.47 18.16 14.15 6.32 3.22 2.48 19.50 1004
2005 2.14 2.95 2.05 5.11 49.26 120.98 14.63 27.44 10.55 4.88 2.63 2.20 20.40 1050
2006 2.55 2.31 1.71 5.47 15.20 48.17 19.37 12.14 8.26 3.74 2.49 2.09 10.29 530
2007 2.11 2.95 3.17 5.59 7.84 47.58 24.98 24.43 14.59 6.60 3.49 2.46 12.15 625
2008 2.12 2.62 25.02 6.80 46.69 37.62 49.48 42.06 12.76 6.16 2.88 2.22 19.70 1014
2009 2.56 12.10 4.62 29.94 19.65 38.14 38.01 66.16 14.84 5.77 3.32 2.25 19.78 1018
Área (km²) 613 Vazão específica (L/s/km²) 16.68 Média interanual 10.22 526
Continuação
SECRETARIADE RECURSOS HÍDRICOS
I n g é n i e r i e