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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
PROVÍNCIA DE CABO DELGADO GOVERNO DO DISTRITO DE MACOMIA
PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO DO DISTRITO DE MACOMIA
Setembro, 2015
FICHA TÉCNICA
Afonso Bacar (Secretário Permanente)
Carlos António Mahunguane (Director SDPI)
José Manuel Iassine (SDPI)
NgamoUasire (Secretária Distrital)
Gamito Armando Francisco (SDAE)
MaulanaLuís Augusto (Secretaria Distrital)
Bernardo Dinis (SDEJT)
Rui JumaUssene (SDMAAS)
COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO
Ercílio Zimba (MITADER/ DNDR)
Cláudio Julai (MITADER/ DPCA Cabo Delgado)
INTRODUÇÃO
As mudanças climáticas constituem uma realidade para o País. Estudos realizados sob a direcção do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) e publicados em 2009 mostram que as temperaturas e a precipitação desviaram-se do seu regime normal. As temperaturas aumentaram e espera-se que aumentem ainda mais no futuro enquanto as chuvas se tornaram menos regulares e se espera que se tornem ainda mais erráticas sobretudo em regiões do interior Sul do país. Foi neste contexto que o Conselho de Ministros reuniu-se e aprovou na 39ª Sessão realizada em Novembro de 2012 a Estratégia Nacional de Adaptação e Mitigação às Mudanças Climáticas (ENAMMC) cujo objectivo central é fortalecer a capacidade do país para fazer face a situação climática actual e futura.
Esta estratégia prioriza no período de 2013-2014 acções que visam incrementar a resiliência climática ao nível distrital/local ao mesmo tempo que se combate a pobreza a este nível. Para a materialização deste ensejo o governo definiu a elaboração de Planos Locais de Adaptação (PLAs), através dos quais as comunidades e o distrito como um todo identificam as suas capacidades e vulnerabilidades para fazer face as mudanças climáticas e definem acções de adaptação que concorrem para a redução dos impactos das mudanças climáticas, bem como aumentar a sua capacidade de adaptação.
O Distrito de Macomia é alvo de eventos extremos ligados as mudanças climáticas sofrendo de forma sistemática de secas cíclicas, ventos fortes e inundações ocasionais em ascendência que refletem-se na vida da população através da insegurança alimentar. Por exemplo, no ano 2013 o distrito foi assolado por chuvas que resultaram em cheias que destruíram toda a produção do distrito, provocando muita fome.
O presente PLA destaca intervenções nos sectores de agricultura, pesca, artesanato, pecuária, comércio, turismo e serviços para tornar as comunidades mais resilientes. O
distrito perspetiva com estas intervenções‘Macomia, celeiro e berço turístico da Província, resiliente às mudanças climáticas’. Ele deverá complementar o PEDD e ser operacionalizado através do PESOD. Assim, considera-se o presente PLA como um documento anexo ao PEDD, que aquando da sua elaboração fazia pouca referência `as mudanças climáticas. Este PLA foi elaborado pelos técnicos de planificação do Distrito com o apoio técnico do MITADER/DNDR, DNA e DPCA de Cabo Delgado. As acções apresentadas neste documento, resultam de discussões havidas na sede distrital e em duas comunidades do Distrito (emLitandacua, Posto Administrativo de Chai e Crimize, Posto Administrativo de Mucojo), tomando em consideração a questão de projeções climáticas da região em que o Distrito se encontra inserido.
Estrutura do Plano Local de Adaptação do Distrito de Macomia
O presente PLA é constituído por Sete (7) capítulos a saber:
• Capítulo I
Apresenta um breve histórico da ENAMMC e dos PLAs bem como a constituição da equipe de trabalho;
• Capítulo II
Apresenta a metodologia usada para a elaboração do plano e menciona com particular destaque o exercício participativo, junto das comunidades no levantamento de vulnerabilidades e capacidades de adaptação (CVCA) e o desenvolvimento da Teoria de Mudanças (TdM);
• Capítulo III
Apresenta o perfil do distrito com destaque para as componentes físicas geográficas, socioeconómica e de vulnerabilidade climática;
• Capítulo IV
Apresenta a visão, os pilares estratégicos e as atividades definidas para tornar o distrito resiliente às mudanças climáticas;
• Capítulo V
Apresenta o plano de acção da implementação da estratégia onde se faz, usando a matriz do PESOD, a calendarização das atividades ao longo dos 05 anos da
vigência do plano;
• Capítulo VI
Apresenta o sistema de Monitoria e Avaliação (M&A); e
• Capítulo VII
Apresenta as oportunidades de investimento para um desenvolvimento resiliente no distrito.
2. METODOLOGIA
Este capítulo apresenta os procedimentos metodológicos e os instrumentos usados para a elaboração do Plano Local de Adaptação do distrito. A elaboração do presente plano foi baseada no Guião Metodológico para os Planos Locais de Adaptação (PLA). Este guião apresenta um conjunto de dez etapas que vão desde a preparação do trabalho de campo até a avaliação final do PLA.
Para o presente PLA foram desenvolvidas as seguintes atividades:
1a ETAPA: CONSTITUIÇÃO DE EQUIPE,REVISÃO DA LITERATURA SOBRE O DISTRITO E CONSULTAS NO NÍVEL PROVINCIAL
O guião metodológico sugere que, a fase de preparação do trabalho de campo, deve incluir a constituição da equipe de trabalho e o levantamento de dados secundários sobre o distrito. Assim, para o distrito de Macomia foi constituída uma equipe multissectorial liderada pelo Secretário Permanente do distrito, em representação do Senhor Administrador e integrava um técnico da Direcção Nacional do Desenvolvimento Rural, um técnico da DPCA, um técnico do Serviço Distrital de Atividades Económicas (SDAE), um técnico de planificação do Serviço Distrital de Educação, Cultura, Juventude, Ciência e Tecnologia (SDEJT), um técnico de planificação da Secretaria Distrital, um técnico de planificação do Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas (SDPI), um técnico do Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social (SDSMA).
A primeira atividade desta equipe foi a recolha de dados secundários (uma revisão da literatura) sobre o perfil do distrito, com enfoque para os aspetos físico-geográficos, socioeconómicos e de projeções climáticas, cuja análise permitiu identificar a vulnerabilidade climática assim como as oportunidades de investimento e desenvolvimento local com vista a criar resiliência das comunidades às mudanças climáticas. Grande parte desta informação foi encontrada em documentos estratégicos e de planificação do distrito como o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito (PEDD), o Plano Distrital de Uso da Terra (PDUT), o Plano Económico Social e Orçamental do Distrito (PESOD) e seus respetivos relatórios de balanço. Outros documentos importantes consultados incluíram os resultados das projeções climáticas do INGC, Balanço do Governo local, Estatísticas distritais do INE, o perfil distrital elaborado pelo MAE.
2ª ETAPA: LEVANTAMENTO NA SEDE DO DISTRITO
Esta etapa compreendeu uma capacitação aos técnicos distritais sobre os objectivos dos PLAs e as ferramentas usadas para a elaboração dos PLAs nomeadamente as ferramentas da Análise de vulnerabilidade climática e capacidades (CVCA) e naTeoria de Mudanças (TdM). A equipe envolvida nesta etapa é a mesma descrita na etapa 1.
Para o CVCA foram usadas cinco ferramentas nomeadamente a Matriz de vulnerabilidade, o Perfil histórico, o Calendário sazonal, a Análise institucionale o Mapeamento de recursos
e de riscos. A medida que a capacitação era feita, fazia-se também um exercício prático de recolha de dados usando as ferramentas do CVCA para o nível distrital e sobre a TdM. Em seguida, fez-se a programação do levantamento da informação ao nível das comunidades, assim como a atribuição de responsabilidades e a elaboração do programa de trabalho nas comunidades. O trabalho nas comunidades foi liderado pelos membros da equipa técnica do distrito.
3ª ETAPA: LEVANTAMENTO A NÍVEL COMUNITÁRIO
Os dois grupos trabalharam com as comunidades de Litandacua e Crimize. A escolha
destas localidades teve em conta a vulnerabilidade das mesmas as ameaças climáticas sendo que Litandacua localizado na zona oeste do distrito é mais propensa a cheias e inundações e a comunidade de Crimize, localizada e este da província, sendo mais propensa a secas, ventos fortes e erosão costeira. Assim, do levantamento foi possível obter informação sobre impactos das mudanças climáticas relacionadas aos eventos acima descritos.
Os membros das comunidades foram divididos em dois grupos de homens e mulheres, dada a fraca afluência, não permitindo agrupar em outro tipo de categorias. Ambos os grupos trabalharam com as cinco ferramentas do CVCA. No final os membros da
comunidade forma reagrupados e convidado o líder para representar de forma gráfica o perfil da comunidade.
Na mesma sessão iniciou-se com a definição da Teoria de Mudança, onde foram apontadas como principais atividades de sustento a agricultura, pesca, pecuária, artesanato e serviços. De referir que, essas atividades foram citadas como sendo as principais fontes de sustento tanto nas duas comunidades assim como no levantamento preliminar na sede distrital.
Figura 1: imagem ilustrando o levantamento a nível da comunidade de Litandacua
4ª ETAPA: HARMONIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
A etapa de harmonização da informação consistiu na sistematização da informação, através dos dados obtidos a partir dos CVCA, desde a informação colhida na sede do distrito às comunidades, tendo se produzido o primeiro draft 0 do PLA do Distrito de Macomia. No final da harmonização foi possível definir a visão e os objectivos estratégicos, incluindo as acções de adaptação. Estas acções foram organizadas num plano de acção usando a matriz de PESOD. Para além da matriz do PESOD foi construída uma matriz para o processo de monitoria e avaliação que além do indicador de produto considera também os indicadores dos outros níveis da TdM (resultados e impactos). Foi igualmente usada uma matriz para avaliar a capacidade institucional do distrito para responder as mudanças climáticas.
Findo o trabalho de campo e a compilação do draft do PLA, a equipe manteve um encontro com o secretario permanente e equipe trabalhou na elaboração do documento onde foram apresentadas as atividades desenvolvidas no distrito, tendo igualmente sido soliciatado maior apoio na liderança e responsabilidade da equipe distrital para continuar com o processo de elaboração do draft final do PLA como plasmado no guião metodológico.
Em resumo, com base na Matriz de vulnerabilidade, analisou-se as principais atividades de sustento da população, as ameaças a que estas estão sujeitas e as medidas tomadas e as
respectivas limitações para fazer face a essas ameaças. Com o Perfil Histórico fez-se o levantamento dos principais eventos que marcaram a história do distrito o que permitiu avaliar a frequência e intensidade desses eventos ao longo dos anos. Com o Calendário Sazonal analisou-se a variação intra-anual das principais ameaças que afectam o distrito. A Análise Institucional foi usada para mapear os principais actores que operam no distrito, seu tipo de intervenção e as sinergias entre os diferentes actores. O Mapeamento de Recursos e de Riscos permitiu identificar a localização geográfica, dos vários recursos físicos e naturais existentes assim como das principias ameaças que ocorrem em cada região das comunidades e do distrito como um todo.
A TdM permitiu ver a lógica das intervenções propostas no sentido de aumentar a resiliência do distrito assim como permitiu identificar mudanças que irão se operar com as intervenções propostas e respetivos indicadores de mudanças para alimentar o sistema de monitoria e avaliação do presente PLA.
Figura 2: imagem ilustrando o processo de harmonização da informação ao nível da Sede do Distrito
3. PERFIL DO DISTRITO DE MACOMIA
Esta secção apresenta de forma resumida informações sobre os principais aspetosfísicos geográficos e socioeconómicos do distrito com o objectivo de situar o leitor sobre a situação actual do distrito. Mais detalhes sobre o mesmo podem ser obtidos a partir dos principais documentos de planificação do distrito como o PEDD, o PDUT e PESOD e outros como estatísticas distritais do INE e o perfil distrital produzido pelo MAE.
3.1. Aspectos físico-geográficos
O distrito de Macomia, locaciliza-se na zona centro da Província de Cabo Delgado, a aproximadamente a 205 km da capital provincial (Pemba), e tem como área de influência a zona abrangida pelo Parque Nacional das Quirimbas (PNQ), juntamente com os distritos de Meluco, Quissanga, Ancuabe e Metuge.
Geograficamente, o Distrito de Macomia limita-se a norte pelos distritos de Mocimboa da
Praia e Muidumbe, a Sul pelos o Distritos de Meluco e Quissanga, a Este Pelo Oceano
Indico e a Oeste pelos distritos de Muidumbe e Meluco.
Administrativamente o distrito é constituído por quatro Postos Administrativos designadamente: Posto Administrativo da sede, Posto Administrativo de Chai, Posto Administrativo de Mucojo e Posto Administrativo de Quiterajo, 11 localidades e 48 aldeias. O Distrito tem uma superfície de 4.252 km², o que representa 5.4% da superfície da província.
O Distrito de Macomia situa-se na zona subplanáltica de transição para a zona do litoral, com um relevo dissecado e encostas declivosas intermédias, tem altitudes que variam entre os 500 e os 1000 metros. A restante região do distrito caracteriza-se por planícies costeiras percorridas por alguns rios que passam do interior para costa.
Mapa nº 1: Divisão Administrativa do Distrito de Macomia
Fonte : INE 2007
Fisiograficamente, o distrito é constituído por dambos (ndabo nas línguas locais), formas
especiais dos vales, da zona agro-ecológica que estão presentes na zona R7 e depressões
hidromórficas que são vales extensos, não profundos, sem escoamento de água na
forma de uma linha de drenagem ou mesmo leito do rio.
No distrito ocorrem sete principais agrupamentos de solos caracterizados na sua maioria
em três tipos designadamente:
Solos Franco-Arenosos: caracterizam –se pelo bom arejamento, elevada
permeabilidade, excelente drenagem interna e externa, assim como fertilidade
variável, o que confere uma boa aptidão para a prática de variadíssimas culturas,
com um sistema radicular profundo;
Solos Vermelhos :localizam-se no interior do distrito, sendo: solos aluvionares, solos
das dunas e solos sedimentares marinhos; e
Solos pouco profundos predominantes por todo o Distrito.
Do ponto de vista de índice de produtividade, os solos que cobrem o território de
Macomia, encontram-se subdivididos em quatro níveis, designadamente:
Primeiro: solos com índice de produtividade baixo são os mais predominantes,
ocupando cerca de 59% da superfície total do distrito. (Postos Administrativos de
Macomia Sede, Mucoso, Chai e Quiterajo);
Segundo: solos com índice de produtividade médiaocupam cerca de 37% da
superfície total do distrito e localizam-se no extremo Sul do Distrito concretamente
no Posto Administrativo de Mucojo e na parte setentrional no Posto Administrativo
de Macomia Sede;
Terceiro: solos com índice de produtividade boaocupam cerca de 3% da superfície
total do distrito e localizam-se no extremo Sul do distrito no Posto Administrativo de
Mucojo e na parte setentrional no Posto Administrativo de Macomia Sede; e
Quarto: solos com índice de produtividade muito baixa ocupam cerca de 1% da
superfície total do distrito e correspondem uma mancha de média proporção que se
localiza nas regiões costeiras dos Posto Administrativos de Mucojo e Quiterajo.
Segundo os resultados definitivos do III Recenseamento Geral da População e Habitação
de 2007, o distrito de Macomia conta com um universo de 87.283 habitantes dos quais
52% mulheres, espalhados numa superfície de 4.252km², com uma densidade
populacional de 20.5hab/Km²,(Vide o quadro abaixo).
Tabela 1: Superfície, População Total e Densidade Populacional
Designação Distrito Província Distrito/Província (%)
Superfície (Km²) 4.252 78,778 Km² 5.4
População (hab.) 87.283 1.797.335
Hab
0.0
Densidade Populacional 20.5 22.8 ..
Fonte: INE-2007
3.2. Aspectossócio-económicos
3.2.1. Atividades económicas e de sustento
As principais atividades de sustento da população de Macomia são: agricultura, pesca, artesanato, pecuária e serviços. Para além destas, algumas famílias sustentam-se através de remessas de emigrantes, trabalho sazonal (ganho-ganho).
Agricultura
A prática da agricultura é a principal atividade económica da população do Distrito de
Macomia e cerca de 80% da população local dedica – se a este ramo de atividade, tanto
para garantir a segurança alimentar como para gerar recursos financeiros para aquisição
de outras necessidades básicas (como fonte de rendimento).Em média, a área de cultivo de
cada família vária de 1,5 ha a 2 ha por ano, produzindo diversas culturas, em regime de
consociação de culturas na base das variedades locais.
Ela está subdividida em duas zonas de produçãoagrícola, sendo uma no interior e outra
costeira. Na zona do interior a população dedica-se a actividadeagrícola, enquanto costeira
a produção pesqueira.
De um modo geral, a actividadeagrícola no distrito é de subsistência e desenvolvida pelo
sector familiar em regime de consociaҫão de culturas com base nas variedades locais
praticada manualmente (com recurso a enxadas de cabo curto), em pequenas explorações
pois o sector privado é praticamente inexistente.
Para além da agricultura, o sustento familiar também é garantido com base noutras
atividades, nomeadamente, artesanato, caça, apicultura, olaria e criação de animais
domésticos de pequenas espécie A caça e a exploração artesanais de minerais são
realizadas exclusivamente por homens, enquanto a agricultura, criação de animais e o
artesanato são realizadas por homens e mulheres.
As principais culturas produzidas no Distrito são: mandioca, milho, feijão, amendoim, arroz,
Mapira e hortícolas que são usadas para o consumo das famílias, enquanto a castanha de
caju, gergelim, tidas como de culturas de rendimento.
Os potencias produtores são os Postos Administrativos Macomia Sede,Chai, Quiterajo
tendo produzido na última campanha (2010/2011) 24.382 toneladas de culturas
alimentares e 1.786,47 toneladas de culturas de rendimento. A cultura mais produzida e a
mas comercializada é a mandioca. A finalidade da produção agrícola é basicamente de
consumo, sendo em alguns casos os excedentes canalisados para a comercialização.
Volume de Produção e Áreas Cultivadas Culturas Alimentares
Tabela nº 2: Principais Culturas Produzidas no Sector Familiar
Fonte: SDAE Macomia/2012
Pecuária
A atividade pecuária no Distrito é praticada pelos sectores familiar com maior expressividade e privado. As principais espécies criados são: bovinos,caprinos,ovinos e suínos tendo os caninos como animais de estimação. Em relação as aves as principais espécies criadas são: galinhas, patos e pombos e galinhas do mato.
Sector Produtivo 2009 2010 2011 Taxa de
cres.10/11
Sector Familiar
Bovino 0 48 61 27.08
Coelhos 5000 3657 3835 4,86
Galinhas 506.937 476.68
4
485.94
0 1,94
Patos 47.145 51.282 57.200 11,54
Galinhas do mato 500 205 288 40,48
Sector
Tipo de cultura
Área cultivada
Área cultivada
Taxa
Rend.⁄há
Total de Produção Taxa
Produtivo 09/10 2011/2 Cres. Cres.10⁄11
10⁄11 9/10 10/11
Sector familiar
Milho 80,005 9,250 15.62 0.6 2.80 3,000 107042.86
Arroz 3,323 3,165 -4.75 0.6 2,300 2,500 8.7
Mapira 356 358 0.56 0.8 430 450 4.65
Mandioca
43,649 48.90 12.03 0.8 14,230 15,850 11.38
Feijões 2,162 2.63 21.65 0.3 300 500 66.67
Amendoim
882 900 2.04 0.3 320 350 9.38
Gergelim
1.50 178 18.67 0.7 825 1,732 109.94
Total
130,377 13,724.53 -89.47 18,407.80 24,382 32.45
Pombos 7.500 0 0 0
Caprino 36.490 38.614 40.815 5,70
Suíno 0 0 0 0
Ovino 8.300 7315 8160 11,55
Total 611.872 577.75
7
596.24
1 3,19
Tabela nº 3:Efectivo Pecuário
Em relação ao crescimento do efectivo pecuário no global para as espécies de galinhas, coelhos e galinhas do mato registaram um crescimento medio negativo de 2% e 11% respectivamente. Para as espécies de patos, caprinos e bovinos tem mostrado um crescimento medio de 10%, 6% e 5%.
Apesar de não ser grande produtor da carne, o distrito defronta-se com falta de infraestruturas básicas de abate, conservação e venda da carne e seus derivados de modo a garantir a saúde pública dos consumidores.
Pesca
A produção pesqueira registou no global um crescimento de 13.2% ao passar de149.520 toneladas no ano 2010 para 169.276 toneladas em 2012.
O produto pesqueiro que contribuiu com maior expressividade foi o peixe com 97% da produção global, sendo os Postos Administrativos de Mucojo e Quiterajo os potenciais produtores.
Indicador
Quantidades (Toneladas)
T. Cresc.
2009 2010 2011
Peixe de Mar Aberto 76.768 144.890 164.420 13,47
Camarão 300 300 280 -6,66
Carangueijo 0 270 150 -44,44
Lulas 2.500 1.380 516 -62,60
Polvo 1.650 1360 2.700 98,52
Lagosta 0 480 1.010 110,41
Ostras 1.300 840 200 -76,19
Total 82.518 149.520 169.276 13.2
Tabela nº 4:Produção Pesqueira
Comércio
A Rede Comercial no Distrito é constituída por 357 estabelecimentos comerciais
informais (343 baracas,10 lojas rurais, desta uma inoperacional, 3 armazéns localizado
na vila ambos com a capacidade de armazenar 440 toneladas de produtos diversos e 2
mercados sendo um para a comercialização de produtos pesqueiros e outro produtos
diversos).
O sistema de comercialização agrícola é maioritariamente dominado pelo sector informal e conta com 8 comissões de venda que servem de elo de ligação entre os compradores e vendedores em todos os Postos Administrativos. Os principais produtos agrícolas que entram no circuito da comercialização são tubérculos, citrinos leguminosas, cereais, e culturas de rendimento.
Os principais produtos não alimentares comercializados são:
Produtos de higiene e de limpeza; Roupa para várias idades; e Pequenos aparelhos eletrodomésticos e sonoros.
Turismo
O Distrito de Macomia possui inúmeras potencialidades turísticas por explorar, nomeadamente na área de ecoturismo e turismo cinegético e uma vasta costa marítima rica em recursos pesqueiros, com belas praias ainda subaproveitadas.
Fazem parte ainda dos atractivos do distrito os locais de interesse histórico e cultural,
como são os casos de do Posto Administrativo de Chai ( Litamanda, Nkoe e Nguida), que constituem património Nacional.
Actualmente, o sector turístico de Macomia está conhecendo um franco desenvolvimento principalmente na região costeira e ilhas.
O distrito conta com 18 instâncias turísticas, sendo :
8 no Posto Sede sendo Bar Chung, Casa Hospede Caminho do Norte, Cantina do
Cantinho, Pensão KwetuKumo e Macomia Lodge), todos com a capacidade de 39
quartos, 50 camas e empregam 18 funcionários; e
10 no Posto Administrativo de Mucojo ( MogondulaLodge, PanganeLodge,
QuifulaLodge, Medjumbi Island Resort, Pousada Pangamar, GuludoExperience,
Aluguer de Quartos Curance , Ora Savana Beach, Ponta Pangane e CrimiziLodge),
todos com a capacidade de 81 quartos, 185 camas e empregam 215 funcionários.
Nas zonas do interior do distrito, o panorama é excepcionalmente pitoresco, na intercalação da planície e montanhas, onde se encontram testemunhos da civilização
antiga. É de salientar que uma grande parte do território do distrito, está integrado na área de jurisdição do Parque Nacional das Qurimbas(PNQ).
Educação
O distrito de Macomia funciona com 12 Zonas de Influência Pedagógica (ZIP’s) composta por 49 unidades Escolares, destas 35 são de EP1, 12 do EP2 , 1 do ESG1 ciclo , que introduziu o 2º ciclo em 2011 (11ª classe) e 1 do ensino técnico profissional e 39 Centros de AEA. A escola secundária geral funciona na sede do distrito leccionando o curso diurno. Todos os Postos Administrativos têm escolas primárias do EP1 e Completas.
Quanto ao corpo docente o distrito conta com 417 professores para todos níveis do ensino, destes 85 são mulheres. Todos os Postos Administrativos têm escolas primárias Completas do EP1.
O distrito conta com 202 salas de aulas, destas 167 são de material convencional, 35 de material precário. As escolas estão distribuídas por Postos Administrativos sendo:
18 Escolas no Posto Administrativo Sede; 18 Escolas no Posto Administrativo de Mucojo; 7 Escolas no Posto Administrativo de Chai; e 6 Escolas no Posto Administrativo deQuiterajo.
Tabela nº 5: Estabelecimentos Escolares por Nível de Ensino no Distrito - 2007-2011
Estabelecimentos de Ensino
Ano Variações (%)
2007 2008 2009 2010 2011 2011/2010 2011/2007
Escolas por nível de Ensino
Primárias
EPI 46 46 47 47 47 0,0 2,2
Públicas 46 46 47 47 47 0,0 2,2
Privadas / Comunitárias
- - - - - .. ..
EPII 10 10 10 10 12 20,0 20,0
Públicas 10 10 10 10 12 20,0 20,0
Privadas / Comunitárias
-
.. ..
Secundárias
ESGI 1 1 2 2 2 0,0 100,0
Públicas - - - - - .. ..
Privadas 1 1 2 2 2 0,0 100,0
ESGII - - - - 1 .. ..
Públicas - - - - - .. ..
Privadas - - - - 1 .. ..
Fonte: MINED - Direcção de Planificação e Cooperação
Nb: Não se trata do número de edifícios escolares, mas do número de escolas que leccionam níveis de ensino
Saúde
A rede sanitária do Distrito, apesar de estar a evoluir a um bom ritmo, ainda é insuficiente para o atendimento atempado das reais necessidades das populações devido a disparidade das distâncias que estas percorrem a procura dos cuidados básicos de saúde, assim como apresentam índices de cobertura baixos uma vez que o distrito conta com 7 unidades sanitárias das quais 1 é do tipo I, 6 do tipo II com uma capacidade de 90 camas para internamento para um universo populacional de 86.011 habitantes, o que significa 1 unidade sanitária para 12.287pessoas.
Tabela nº 6: Localização das Unidades Sanitárias e n.º de camas por unidade
Posto
Administrativ
o
Local. (U/S) Tipo
Número de Camas
Total Medicina Maternidade Pediatria Outras
Macomia
Sede
Macomia Sede I 20 13 5 16 54
Nguida II 0 3 0 0 3
Mucojo Mucojo Sede II 4 3 0 0 7
Naúnde II 0 3 0 0 3
Quiterajo Quiterajo Sede II 0 3 0 0 3
Pequeue II 0 4 0 0 4
Chai Chai Sede II 12 4 0 0 16
TOTAL
7 36 33 5 16 90
Fonte: SDSMAS
Abastecimento de Água e saneamento
O abastecimento de água rural as populações do Distrito é feito através três Pequenos Sistemas de Abastecimento de Agua (PSAA), furos mecânicos, poços tradicionais e por via dos rios.
Existem 186 fontes de abastecimento de água, destes 107 estão operacionais e 79 avariados para uma população de 86.011 habitantes.
A cobertura no abastecimento de água é de 38.41%. Contudo há que salientar que em algumas zonas a população ainda consome água não tratada o que favorece a ocorrência de doenças de origem hídrica. Em geral, nas comunidades do distrito de Macomia, o abastecimento de água é feito pelas fontes naturais, isto é, a partir dos rios nascentes e poços tradicionais.
Para um controlo e garantir a funcionalidade das fontes de água ao nível dos Postos Administrativos, foram criados em todas aldeias 48 comités de gestão de água que zelam pelo saneamento nos 4 Postos Administrativos.
Os postos e aldeias que mais se ressentem da falta de água são:
Macomia – sede Nanga, Xinavane, Machova, Onumoz, Nacate, Koko, Bangala 1,
Nguida, Chicomo, Tandavala e Muagamula
MucojoMessano, Lumuamua, Nabala, Nambija, Goludo, Crimize, Maljirane,
Tuanepa,
Chai Litamanda, Sofala, Nkoe, 5° Congresso,
QuiterajoNatugo 2, Milamba, Milanda, Zaire, Gaza, Unidade, Ilala, Namaneco,
Piquewe, Muera
Em relação a caleiras e cisternas foram construídas no Distrito:
587 Caleiras;e
71 Cisternas.
3.3. VULNERABILIDADE CLIMÁTICA E CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO
3.3.1. Contexto actual
O distrito de Macomia faz parte de uma área de conservação, constituindo desta forma
uma zona ambientalmente sensível, dada a riqueza e a complexidade dos recursos
florestais e faunísticos que ela comporta.
As más práticas ambientais que ocorrem como são os casos das queimadas
descontroladas, a exploração insustentável dos recursos florestais para os variadíssimos
fins, bem como a caça furtiva podem perigar a rica biodiversidade existente no distrito.
Estas práticas se não monitorizadas podem ocasionar problemas de desflorestamento e
consequentemente a perda gradual e ou mesmo a extinção de algumas espécies de
animais e de plantas úteis ao equilíbrio ecológico.
Contudo, constituem principais problemas ambientais que ocorrem no distrito de os
seguintes:
Queimadas descontroladas – tem como principais causas a técnica de limpeza das
áreas de cultivo e a caça, que contribuem para o empobrecimento do solo e
desaparecimento da fauna;
Erosão dos solos – tendo como principais factores as quedas de precipitação e a
exploração da vegetação nas zonas contiguas aos aglomerados populacionais, a
erosão ocorre com maior intensidade junto das vias de acesso e campos agrícolas;
Deficiente saneamento – caracteriza-se pela quase ausência de sistema de gestão de
resíduos sólidos cujo manuseamento se resume a queima e aterro.
Assim sendo, dada a importância de preservação do meio ambiente e com vista a
assegurar um adequado planeamento de espaço físico e ordenamento territorial ao nível
do distrito, tem-se realizado diversas acções tais como educação e sensibilização das
comunidades para observância das medidas de conservação do meio ambiente,
protecção de solos contra a erosão e remoção de resíduos sólidos nos mercados para
garantir a higiene.
Constituem grandes prioridades na área do meio ambiente, a protecção dos recursos
naturais e seu uso sustentável, saneamento do meio, ordenamento territorial, prevenção
da degradação dos solos, redução das queimadas descontroladas, através de
capacitação institucional, sensibilização e educação da população em matéria de gestão
e conservação dos recursos naturais e florestais, contribuindo assim, para a prevenção e
redução da degradação do meio ambiente, sobretudo a protecção de solos no distrito.
Porém, segundo o estudo do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) “Estudo Sobre o Impacto das Alterações Climáticas no risco de Calamidades em Moçambique” indicam para uma tendência de subida de temperaturas por todo o país e mostram que as províncias da zona centro são as mais propensas a cheias, ciclones e flagelo, seguidas das províncias das Zonas Sul e Norte. Estas alterações previstas terão impactos económicos, sociais e ambientais afectando consequentemente os meios de subsistência das comunidades e a sua segurança alimentar uma vez que com tais alterações poderá trazer problemas como:
A indisponibilidade de água resultante da seca dos leitos dos rios e esgotamento
dos reservatórios subterrâneos;
Na agricultura, a redução de terras cultiváveis e rendimento das culturas e
mudanças nos sistemas de produção;
Na pecuária, o enfraquecimento da saúde animal, ocorrência de pestes e redução
da produtividade;
Na saúde, no aumento de doenças provocadas pela água, como a diarreia, cólera e
alteração dos focos de malária;
Nos ecossistemas a alteração da ecologia dos ecossistemas, o desaparecimento de
algumas espécies e o surgimento de novas;
Nas infra-estruturas e habitação a destruição de estabelecimentos comerciais, turísticos, sociais, estradas, pontes, etc.
O distrito de Macomia pela sua localização geográfica, região central da província de Cabo Delgado, apresenta um nível baixo em termos de propensão a ocorrência de eventos extremos resultantes do impactos adversos às mudanças climáticas. Não
obstante, a valorização de abordagens sobre adaptação às mudanças climáticas no contexto do desenvolvimento do distrito se revela de extrema importância, quer no processo de tomada de decisão, assim como nos modelos de desenvolvimento a seguir. Deste modo, cabe as autoridades locais procederem com a monitoria do fenómeno através de informação cada vez mais actualizada, e adoptar medidas de que visam minorar os impactos nas acções de cada um dos sectores.
As calamidades naturais têm sido um dos embaraços no processo de implementação das
acções de desenvolvimento. A prevenção dos desastres, através de acções concretas nos
planos sectoriais, que visam minizar os impactos das catástrofes (adversidades naturais)
constituí ainda um grande desafio para o distrito, e acções concretas nesta componente
deverão ser tomadas em consideração pelos diferentes serviços distritais.
Associado às mudanças climáticas, a ocorrência de catástrofes tem vindo a aumentar nos
últimos tempos, aumentando assim o nível de incertezas no seio das comunidades sobre
os seus meios de vida. Contudo, é importante dotar medidas mitigadoras antes e depois
da ocorrência de catástrofes, através de plano de contigência, onde recursos materiais e
financeiros sejam garantidos de forma a se ter uma capacidade de resposta em caso de
ocorrência de calamidades.
A história de cenários apontados revela que a província de Cabo Delgado no geral está exposta a uma diversidade de factores e perigos causadores de calamidades embora seja difícil estimar a periodicidade da sua ocorrência. A Tabela demonstra o nível de risco dos distritos da província, notando-se o distrito de Macomia na categoria de alto risco nessa classificação.
Tabela 7: Nível de Risco por Distrito
Distritos de alto risco Distritos de médio risco Distritos de baixo risco
Meluco Mueda Montepuez
Ancuabe Nangade Namuno Quissanga (Mahate) Palma
Mueda (Negomano e Ngapa) Metuge
Macomia (Chai e Quiterajo)
Fonte: PEDCD, 2011
Os resultados do levantamento feito através do CVCA mostram com base na ferramenta do perfil histórico que as secas, cheias e as inundaçoes são os eventos extremos que mais afectam o distrito de Macomia. E aliados a estes eventos nos períodos mais críticos é frequente a eclosão de epidemias (diarreias, cólera, e malária) devido ao deficiente saneamento do meio e consumo de água imprópria. Contudo, a seca tem sido o principal desastre que enfraquece a capacidade produtiva das populações culminando
com a falta de alimentos e no aumento da inseguraça alimentar.
Perfil Histórico do Distrito de Macomia
Ano de Referência Acontecimento/ Evento Climático Impacto
1959 Ciclone Estragos nas casas e machambas e mortes
1964 Cheias, ventos fortes Fraca produção e muita fome
1970 Seca Muita fome
1975 Independência Nacional
1981 Seca Muita fome
1998 Cheias Cólera que causou muitas mortes
2002 Cheias Muita fome
2005 Alteração drástica do ciclo da maré O mar vazou e encheu repentinamente (fora do normal)
2013 Cheias Muita fome
2014 Cheias Destruição das culturas e muita fome
Tabela 8: perfil histórico do distrito de Macomia
Observando o perfil acima, pode-se notar que a ocorrência de secas e cheias é
característica predominante deste distrito, com destaque para os anos 1964, 1970, 1998, 2002, 2013 e 2014 como os mais críticos.
Para uma melhor compreensão de como os eventos climáticos como secas e inundações afectam a vida das comunidades foi elaborada a matriz de vulnerabilidade e capacidades que abaixo se apresenta.
CTIVIDADES
EVENTOS/ AMEAÇAS
Cheias e inundações Ciclones
Queimadas Descontroladas Chuvas Seca
Pragas e doenças
nos animais e plantas
Conflito homem animal
Agricultura 3 3 3 3 3 3 2
Pesca 3 3 2 3 2 1 1
Artesanato 3 3 3 3 3 1 1
Comércio 3 3 3 2 3 3 2
Serviços 3 3 3 2 3 3 2
Turismo 3 3 3 2 3 2 3
Total por ameaça 18 18 17 15 17 13 11
Tendência/
frequência
Muita frequência e quando aparece provoca
muitos estragos
pouca frequência e quando aparece causam muita
destruição
Muito frequentes e provocam muita
destruição
pouco frequentes e quando aparecem sao muito
intensas
Muito frequentes com tendência a
aumentar
Muito frequentes e causam muitos
estragos
Muito frequentes com tendência de
reduzir Tabela 9:Matriz de Vulnerabilidade do Distrito de Macomia
Nota: pontuação máxima 3 significa que o evento afecta bastante a atividade, 2 mínima e1 sem impacto significativo
A tabela acima ilustra que em ordem de importância as principais atividades económicas e de sustento do distrito são: Agricultura, Pesca, Artesanato, Comercio, Serviços e
Turismo. Para além destas atividades, algumas famílias sustentam-se através da pecuária e de remessas dos parentes ou familiares emigrantes ou através do trabalho sazonal (ganho ganho). Entretanto, a agricultura e a pesca foram mencionadas como sendo as principaisatividades pois parte significativa da população depende destas para a satisfação das necessidades alimentares.
Em termos de principais riscos, as cheias e inundações, os ciclones, a seca e queimadas descontroladas incluindo chuvas, aparecem como o principal problema que ameaça as atividades de sustento. Pela ocorrência destes eventos, a produção agrícola ocorre num ambiente de muito risco e incerteza. Além da agricultura, os ciclones afectamseveramente a pesca e a pecuária devido aos ventos fortes e a propagação de
doenças/ pragas.
As inundações foram citadas como sendo obstáculo no desenvolvimento e no sustento local pois, inviabilizam as vias de acesso do distrito. Nesses casos as comunidades enfrentamproblemas de escassez de alimentos, provocando igualmente a falta de dinheiro para as transações comerciais.
As queimadas são outro evento queimpacta negativamente a vida das comunidades devido sobretudo a destruição das culturasagrícolas, a redução das áreas de pastagem e a destruição dos recursos florestais. Como principais causas das queimadas destaca-se a caça, abertura de novas áreas para a agricultura e a produção de carvão.
De modo complementar a análise de vulnerabilidade climática do distrito elaborou-se uma matriz(tabela 5) anexa a matriz de vulnerabilidade do distrito que pode ser designada por tabela de Capacidade de Resposta. Nesta tabela constam as medidas de
adaptaçãopropostaspelas comunidadespara fazer face aos eventos climáticos e que depois permitiram a elaboração da Teoria de Mudança.
Ameaça Actividade impactada Acções em curso Limitações Medidas de adaptação
sugeridas
Cheias e inundações
Agricultura
Abertura de machambas em zonas altas
Deficiente fertilidade dos solos nas zonas altas e de insumo agrícola
Disseminação de novas tecnologias, e construção de dique
Pesca Construir tanques píscolas
Falta de fundo para aquisição de alvinos
Secagem e fumagem de pescado
Comércio
Uso de vias alternativas para ao acesso ao posto administrativo
Baixo poder de compra de produtos da população local
Reabilitar as vias de acesso, promover abertura de mais estabelecimentos comerciais
Ciclones Agricultura
Fazer re-sementeira das culturas perdidas
Fertilidade dos solos, défice de insumos agrícolas
Fazer re-sementeira das culturas perdidas
Queimadas
Descontroladas
Agricultura Fiscalização de focos de queimadas
Fraca capacidade de controlo e de combate as queimadas
Fazer campanhas de gestão de queimadas Fazer gestao de ecossistema florestal
Artesanato
Reserva de palha e trabalho sazonal com recurso a palha como meio
de pagamento
Insuficiência de
coqueiros por família Plantio de coqueiros
Seca Agricultura
Uso de culturas tolerantes a seca e agricultura nas zonas baixas
Conflito homem animal, défice dos insumos
Trocas comerciais, construção de represa, prática da agricultura de conservação
Conflito homem animal Agricultura
Fazer machambas
em bloco e vedação dos campos
Numero limitado de guardas florestais no
Parque das Quirimbas para o afugentamento dos animais
Organização da
comunidade para apoio no afugentamento dos animais
Tabela 10: Capacidade de adaptação
Outro exercício importante para perceber a vulnerabilidade climática foi a elaboração do calendário sazonal (tabela 6) que tinha como finalidade a identificação dos períodos e a regularidade da ocorrência dos eventos durante o ano.
ACTIVIDADES Jan. Fev. Marc. Abril. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Agricultura
Pesca
Artesanato
Comércio
Serviços
Turismo
EVENTOS Jan. Fev. Marc. Abril. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Cheias e inundações
Ciclones
Queimadas Descontroladas
Chuvas
Seca
Pragas e doenças nos animais e plantas
Conflito homem animal Tabela 11: Calendário sazonal
Legenda:
Actividade/ Evento não ocorre
Actividade/ Evento ocorre, mas com fraca intensidade
Actividade/ Evento ocorre, com muita intensidade
Como se pode constatar no calendário acima, no distrito de Macomia pratica-se a agricultura de sequeiro que se caracteriza por baixa produção, desenvolvida num regime de corte e queima e muito dependente da queda pluviométrica. A agricultura e praticada em duas épocas, divididas pelos meses de Janeiro a Maio e de Outubro a Dezembro.
A pesca é praticada durante todo o ano, com maior incidência nos meses de Abril a Novembro. Relativamente ao artesanato, o comercio, serviços e turismo, e praticado durante todo o ano. Em relação aos eventos climáticos, a época seca ocorre geralmente entre os meses de Junho a Novembro., coincidindo com as queimadas descontroladas e baixa humidade devido a escassez da chuva.
Devido ao prolongamento da seca os camponeses são obrigados a fazer até duas sementeiras. Esta situação contribui para a insegurança alimentar que se faz sentir entre os meses de Setembro a Novembro, pois até este período a maior parte dos agregados
familiares (Afs) já esgotou as reservas alimentares da última campanha agrícola. Para fazer face a seca, como apresentado na matriz de vulnerabilidade, as comunidades vão praticando culturas tolerantes a seca e diversificam, geograficamente, a localização das machambas.
Para fazer face as ameaças procurou-se identificar as organizações ou actores que actuam no distrito e as suas respectivas ligações. Este exercício resultou na tabela de análise institucional (tabela 12) que abaixo se apresenta.
ORGANIZAÇÃO ÁREA DE INTERVENÇÃO LOCAL DE INTERVENÇÃO
NÍVEL DE
IMPORTÂNCIA/ IMAPACTO
Governo do Distrito Todos Todo distrito 3
Fundação AghaKhan
Agricultura, saúde, educação, comercio, sociedade civil, financiamento Todo distrito 3
Fundação NEIMA Educação, saneamento do meio Localidade Naunde 3
HELVETAS
Agricultura, saúde, meio ambiente e saneamento do meio, sociedade civil Todo distrito 3
OLIPA ODES
Agricultura, sociedade
civil Todo distrito 3
AMA (Associação Amigos do Ambiente
Saúde, meio ambiente e saneamento do meio Naunde 1
INAS Todos Todo distrito 3
Mesquita Todos Todo distrito 3
Igreja Católica Todos Todo distrito 3 Tabela 12:Principais organizações e actores no Distrito
Nota: pontuação 3- nível de importância muito alto; pontuação 2- nível de importância intermédio e 1- nível baixo
Em termos de capacidade institucional, o Distrito de Macomia apresenta os seguintes aspetos positivos:
• Boa sensibilização e ligação entre os parceiros promovida pelo SDPI e secretaria
distrital (pontuação 70%);
• Boa coordenação inter-institucional através do SDPI e da secretaria distrital
(pontuação 70%)
• Adequada capacidade técnica por vários técnicos do distrito já participaram em
várias formações ligadas as MC e redução de riscos de desastres (pontuação 70%)por isso sabem e já desenvolvem acções no âmbito de MC no distrito.
Como desafios que ainda precisam de atenção há a destacar:
• A Fraca integração das MC na Planificação considerando-se que precisa-se de
mais acção e reflexão de MC na planificação (pontuação de 25%);
• Fraco financiamento para as acções ligadas as MC (pontuação de 30%);
• O uso de informação climática no dia-a-dia assim como o envolvimento de vários
grupos na planificação foi considerado aceitável (pontuação de 50%).
Para finalizar as 5 ferramentas do CVCA, recorreu-se também ao mapeamento de recursos e de riscos do distrito. O Distrito de Macomia é afectado pela seca, inundações e ventos fortes; todavia pode-se notar uma diferença no nível de risco de uma região para a outra. As zonas norte e oeste apresentam, comparativamente a outras zonas,
relativamente baixo risco de seca, enquanto que a zona este do distrito apresenta um alto risco de seca.
Em relação ao risco de inundações pode-se destacar duas regiões na zona norte do distrito (no Posto Administrativo de Chai), com um alto risco.Dum modo geral as inundações tem maior probabilidade de ocorrerem na região norte do distrito e pouca probabilidade nas outras regiões e na sede do distrito.
Em geral, o impacto imediato das chuvas no distrito de Macomia é a intransitabilidade das vias de acesso ao nível dos Postos Administrativos. Devido as baixas ao longo das vias e a inexistência de aquedutos em vários pontos que necessitam, sempre que chove interrompe-se a circulação entre os postos administrativos do distrito.
3.3.2. Projeções climáticas
O estudo do INGC publicado em 2009 projecta aumentos de temperatura na ordem de 2.50C até 2060 e até 3.50C até 2090 para um cenário grave principalmente nas regiões semi-áridas como o Distrito de Macomia. A precipitação média total actual que varia entre 400 – 600mm deverá baixar assim como o coeficiente de variação inter-épocas. As projeções não sugerem grandes diminuições ou aumentos nos valores absolutos da precipitação total por época mas o coeficiente de variação é alto, o que significa que a incerteza de quando virá a precipitação ao longo das épocas chuvosas irá aumentar, o que irá dificultar a
planificação da atividade agrária.
4. MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESENVOLVIMENTO DO DISTRITO
O perfil distrital apresentado acima mostra que os eventos climáticas tem impactos no desenvolvimento do distrito e que mudanças climáticas poderão travar os esforços do governo do distrito na promoção da prosperidade e bem-estar de Macomia. Para
enfrentar as mudanças climáticas o distrito definiu a seguinte visão de desenvolvimento no contexto de mudanças climáticas:
VISÃO DE DESENVOLVIMENTO
4.1. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS
Para alcançar a visão acima, o distrito definiu, tendo em conta o levantamento feito sobre vulnerabilidades e capacidades, os seguintes 4 objectivos estratégicos (OE):
4.2 ACÇÕES PROPOSTA POR OBJECTIVO ESTRATÉGICO
OE 1: FORTALECER A AGRICULTURA OE 3: DINAMIZAR O COMÉRCIO
• Aumento das áreas de produção;
• Reabilitar a represa do viveiro central;
• Construção de diques;
• Disseminar a produção de culturas de ciclo curto e as tolerantes a seca;
• Promover agricultura de conservação;
• Promover agentes de venda de insumos agropecuários;
• Promover microfinanças comunitárias;
• Instalar sistemas de irrigação em zonas
potenciais.
• Melhorar as vias de acesso;
• Promover o fundo dos 7 milhões para
expansão do comércio nas localidades;
• Melhorar a cadeia de valor do peixe;
• Expansão da rede elétrica.
OE 2: PROMOVER A PISCICULTURA OE 4: REFORÇAR A CAPACIDADE INSTITUCIONAL
• Construir tanques piscícolas;
• Fornecer alvinos;
• Criar postos de venda de recção.
• Capacitar os técnicos do distrito em matérias de mudanças climáticas;
• Promover o associativismo ao nível do distrito.
4.3. TEORIA DE MUDANÇA DO DISTRITO DE MACOMIA
Para reflectir sobre as intervenções em curso e propostas para reduzir o risco climático, foi desenvolvida a teoria de mudança com os sectores que compõem os serviços distritais à nível da Sede do Distrito, após um exercício semelhante com as comunidades de Litandacua e Crimize. A teoria de mudança visa analisar a lógica e pertinência das acções propostas no sentido de aumentar a resiliência. Ou seja, procurou verificar se as atividades propostas que conduziam ao alcance dos objectivos e da visão formulada. Isto é igualmente importante para o sistema de monitoria e avaliação. O sonho do distrito como um todo e das comunidade em particular é de ver “Macomia, celeiro e berço turístico da Província, resiliente às mudanças climáticas”, que se traduz na visão do presente PLA.
Macomia, celeiro e berço da Província, resiliente às mudanças climáticas
O distrito, considera que o alcance desta visão será possível através de intervenções que (i) fortaleçam a agricultura; (ii) fortaleçam a pesca; (iii) dinamizem o comércio, e (iv) fortaleçam a capacidade institucional para melhor intervir.
Intervenções na agricultura (num total de 8 atividades) são esperadas o aumento das áreas de produção, a reabilitação da represa do viveiro centra, a construção de diques de proteção, a disseminação da produção de culturas de ciclo curto e tolerantes a seca, promoção da agricultura de conservação, instalação de agentes de venda de insumos e promoção de micro finanças comunitárias.
Intervenções na piscicultura (num total de 3), poderão resultar na diversificação das fontes de rendimento e melhoria da segurança alimentar, através do aumento do rendimento nas famílias contribuindo deste modo no combate a pobreza e no rumo ao desenvolvimento.
Com relação ao comércio o distrito considera que intervenções nas vias de acesso, promoção do fundo dos 7 milhões para o financiamento dos comerciantes, expansão da rede elétrica e melhoria da cadeia de valor do peixe, poderá dinamizar a comercialização, resultando numa maior circulação de pessoas e bens, reduzindo os
custos de transporte, o que vai igualmente concorrer para o fortalecimento do capital social. Contudo, estas intervenções nos sectores acima descritos precisam, no entanto de técnicos em quantidade e capacitados e com meios materiais para a execução e monitoria das intervenções (a componente de capacitação institucional). Duma forma geral o exercício da TdM permitiu identificar produtos provenientes das atividades propostas com resultados de impacto ao nível das comunidades, apresentado na seguinte figura abaixo.
VISÃO
Macomia, celeiro e berço da Província, resiliente às mudanças climáticas
Impacto Fortalecimento do capital humano
Aumento da renda familiar
Melhoria das condições de vida das comunidades
Segurançaalimentar e
nutricional
Aumento da
produção e
produtividade
Aumneto dos
excedentes
Assegurada a
semente
paraproxima época
Diversificação
das fontes
de receitas
Maior circulação de pessoa
s e bens
Adopção de
novastecnologia
s
Resultados
Produtos
Aumento das
area de produca
o
Melhoria da
informação sobre os los da cedeia de
valor
Opurtunidades
de negócio
Aumento da
produção
Melhoria do
escoamento
Diversificação
das cultura
s
Reducção do
tempo de
viagem
OE 1: Fortaleceraagricultura
• Aumento das áreas de produção
• Reabilitar a represa do viveiro central
• Construção de diques
• Disseminar a produção de culturas de ciclo curto e as tolerantes a seca
• Promover agricultura de conservação
• Promover agentes de vendade insumos agropecuários
• Promover micro finanças comunitárias
• Instalar sistemas de irrigação
OE 2: Dinamizar o comércio
• Melhorar as vias de acesso
• Promover o fundo dos 7 milhões para expansão do comércio nas localidades
• Melhorar a cadeia de valor do peixe
• Expansão darede elétrica
OE 3: Promoverpiscicultura
• Construir tanques piscícolas
• Fornecer alvinos
• Criar postos de venda de ração
OE 4: Fortalecer a capacidade institucional
• Capacitar os técnicos do distrito em matérias de mudançasclimáticas
• Promover o associativismo ao nível do distrito
5. PLANO DE ACÇÃO
O PLA do Distrito de Macomia tem um horizonte de tempo de 5 anos. A elaboração do mesmo segue as matrizes em uso para o desenho e implementação do PESOD Distrital. É filosofia do PLA que, ao longo do tempo, as acções apresentadas sejam incorporadas no PESOD e reflectidas no PEDD. Como referido na introdução, pretende-se que o PLA seja um instrumento de apoio e não um instrumento de planificação definitivo. O distrito assume o PEDD e o PESOD como sendo os seus instrumentos de planificação sendo que, os restantes são apenas instrumentos de apoio a estes dois. As matrizes abaixo apresentam o plano de acção da implementação do PLA no distrito de Macomia. No entanto, é preciso frisar que, a implementação de cada uma das atividades será precedida por uma análise mais minuciosa da sua viabilidade técnica, social e ambiental. O orçamento global do PLA de Macomia e de 00000,00 milhões de meticais segundo as
planilhas que abaixo se apresenta.
OBJECTIVO ESTRATÉGICO VALOR/ MT
OE1. FORTALECER A AGRICULTURA 0
OE2. FORTALECER A PECUÁRIA 0
OE3: PROMOVER A SUTENTABILIDADE DA EXPLORAÇÃO FLORESTAL 0
OE 4: REFORÇAR A CAPACIDADE INSTITUCIONAL 0
TOTAL 0
Tabela 13: Resumo do orçamento por objectivo estratégico
MATRIZES DETALHADAS POR OBJECTIVO (Ainda por trabalhar - equipe técnica do distrito)
MATRIZ DE ACÇÃO DO OE 1: AUMENTAR A RESILIÊNCIA DA AGRICULTURA
Secretaria/Serviço Distrital de MacomiaOrçamento MT:
Actividade Proveniente
do PEDD?
Sector: Agropecuária
Programa do Governo: Mudanças Climáticas (MCA 04) Objectivo do Programa: Aumentar a Resiliência da Agricultura
Indicador de Resultado do programa:
Nº
Ord. Acção de
Despesa Indicador de
Produto Meta Física
Realização / ano Localização Beneficiários
Orçamento por
Actividade Fonte de
Financiamento Responsabilidade I II III IV V
1
Construir Sistema de
Abastecimento
de Agua (SAA)
Nr de sistemas
construidos 15 3 3 3 3 3
Nhanale, Ndindiza, Saute, Zinhane, Machaila
28.141 48,750,000.00 Parceiros SDPI/SDAE/PRODEL SIM
Construir
represas Nr de represas
construidas 5 1 1 1 1 1
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
28.141 37,719,915.00 Parceiros SDPI/SDAE Sim
Reabilitar
represas Nr de represas
reabilitadas 5 2 2 1 0 0
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
28.141 4,750,000.00 Parceiros SDPI/SDAE Sim
Construir
sistemas de
captação de
águas pluviais Nr de sistemas
construídos 25 5 5 5 5 5
Machaila (5), Zinhane (5),
Saute (5) , Nhanale
(5) e Ndindiza (5)
28.141 300.000,00 Parceiros SDPI/DANIDA Sim
2
Disseminar cuturas de
ciclo curto e tolerantes a
seca
Areas (ha) cuturas
de ciclo curto e
tolerantes a seca 1.875ha 341ha 358ha 375ha 392ha 409ha
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
1.250
Agricultores 318,750.00 Parceiros SDPI/SDAE Sim
Quantidade de sementes de
culturas de ciclo curto e tolerantes
a seca Distribuídas pelo
SDAE e parceiros
225 Ton 41ton 43ton 45ton 47ton 50ton
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
1.250
Agricultores 6,000,000.00 Parceiros SDPI/SDAE Sim
Nr de famílias que
produzem culturas
tolerantes a seca 1.250 227 239 250 261 273
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
1.250 Famílias 45,000.00 Parceiros SDPI/SDAE Sim
3 Promover a
agricultura de
conservação
Área (ha) com
agricultura de
conservação 220ha 44 44 44 44 44
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
325 Famílias 67,500.00 Parceiros SDPI/SDAE Sim
Nr de famílias que
praticam a
agricultura de
conservação 325 39 52 65 78 91
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
325 famílias 33,750.00 Parceiros SDPI/SDAE Sim
4
Disseminar a ligacao CERUM-
Comunidades
Nr de camponeses
assistidos/
contacto com
CERUM 300 60 60 60 60 60
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
300
camponeses 459,000.00 Parceiros SDPI/SDAE Sim
Nr de tecnologias
demonstradas pelo
CERUM 15 3 3 3 3 3
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
300
Camponeses 43,875.00 Parceiros SDPI/SDAE Sim
Nr de
demonstracoes
por tecnologia 10 2 2 2 2 2
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
300
Camponeses 115,650.00 Parceiros SDPI/SDAE Sim
Total 49,553,440.00
MATRIZ DE ACÇÃO DO OE 1: AUMENTAR A RESILIÊNCIA DA AGRICULTURA
Secretaria/Serviço Distrital de ChiguboOrçamento MT:
Actividade Proveniente
do PEDD?
Sector: Agropecuária
Programa do Governo: Mudanças Climáticas (MCA 04)
Objectivo do Programa: Aumentar a Resiliência da Agricultura
Indicador de Resultado do programa:
Nº
Ord.
Acção de Despesa Indicador de
Produto Meta
Física
Realização / ano Localização Beneficiários
Orçamento por
Actividade Fonte de
Financiamento Responsabilidade I II III IV V
6 Promover agentes de
venda de insumos agropecuarios
Nr de agentes
que
comercializam
insumos
agropecuarios
10 2 2 2 2 2
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
10 Agentes 191,250.00 Parceiros SDAE Sim
7 Promover
microfinancascomunitarias
Nr de pessoas que beneficiam
do credito agrario
50 10 10 10 10 10
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
50 Pessoas 2,500,000.00 Parceiros SDAE Sim
Machaila
Nr de caixas
comunitarias 5 1 1 1 1 1
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
Produtores do
Distrito 23,000,000.00 Parceiros SDAE Sim
8 Instalar siatemas de irrigacao em zonas
potenciais
Nr de sistemas
de irrigacao
instalados 5 1 1 1 1 1
Nhanale, Dindiza, Saute, Zinhane, Machaila
300
Produtores 35,000,000.00 Parceiros SDAE/SDPI Sim
Area (ha)
irrigada 50ha 10ha 10ha 10ha 10ha 10ha
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
300
produtores 3,000,000.00 Parceiros SDAE Sim
Total 63,691,250.00
MATRIZ DE ACÇÃO DO OE 2: AUMENTAR A RESILIÊNCIA DA PECUARIA Secretaria/Serviço Distrital de: Orçamento MT:
Actividade Proveniente
do PEDD?
Sector: Agropecuária Programa do Governo: Mudanças Climáticas (MCA 04)
Objectivo do Programa: Aumentar a Resiliência da Pecuaria
Indicador de Resultado do programa: Nº de
Ordem Acção de
Despesa Indicador de Produto
Meta Física Realização / ano Localização Beneficiários
Orçamento
por Actividade Fonte de
Financiamento Responsabilidade I II III IV V
1
Construir
tanques de
abeberamento
em zonas
potenciais
Nr de novos tanques de abeberamentoconstruidos
5 1 1 1 1 1
Nhanale,
Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
21.106 Produtores 15,000,000.00 OE/Parceiros SDAE/INGC Sim
2 Reabilitar os
tanques de
ababeramento
Nr de tanques de
abeberamento
reabilitados 3 1 1 1
Dindiza,
Zinhane,
Nhanale
7.035 Produtores 900,000.00 OE SDAE/INGC Sim
3 Capacitar
promotores
veterinarios
Nr de criadores assistidos
pelos promotores 15 Assistencias 3 3 3 3 3
Nhanale,
Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
21.106 Criadores 573,750.00 OE SDAE Sim
4
Nr de promotores
veterinarios equipados 20 4 4 4 4 4
Nhanale,
Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
20
Promotores 1,400,000.00 OE SDAE Sim
Nr de promotores
veterinarios treinados 20 Treinos 4 4 4 4 4
Nhanale,
Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
20
Promotores 38,250.00 OE SDAE Sim
Nr de promotores
veterinarios equipados 20 4 4 4 4 4
Nhanale,
Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
20
Promotores 157,500.00 OE SDAE Sim
5 Expandir
vacinacoes
anuais
Nr de campanhas de
vacinacao por ano 10 2 2 2 2 2
Nhanale,
Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
21.106 Produtores 637,500.00 OE/Parceiros SDAE Sim
Nr de aniamais vacinados
por ano
35.000 45.000 65.000 70.000 80.000
Nhanale,
Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
80.000
Animais 28,125.00 OE/Parceiros SDAE Sim
Nr de criadores
beneficearios 21.106 0 0 0 0 0
Nhanale,
Dindiza, Saute,
Zinhane,
Machaila
21.106 28,125.00 OE/Parceiros SDAE Sim
Reabilitar
mangas de
tratamento
Nr de mangas de
tratamento reabilitadas 1 1 0 0 0 0 Dindiza 21.106 Produtores 190,000.00 OE/Parceiros SDAE/INGC Sim
18,953,250.00
MATRIZ DE ACÇÃO DO OE 2: AUMENTAR A RESILIÊNCIA DA PECUARIA Secretaria/Serviço Distrital de: Orçamento MT:
Actividade Proveniente
do PEDD?
Sector: Agropecuária Programa do Governo: Mudanças Climáticas (MCA 04)
Objectivo do Programa: Aumentar a Resiliência da Pecuaria Indicador de Resultado do programa:
Nº de Ordem
Acção de
Despesa Indicador de
Produto Meta Física Realização / ano
Localização Beneficiários Orçamento por
Actividade Fonte de
Financiamento Responsabilidade I II III IV V
Reabilitar
mangas de
tratamento
Nr de mangas de
tratamento
reabilitadas 1 1 0 0 0 0 Dindiza 21.106
Produtores 285,000.00 OE/Parceiros SDAE/INGC Sim
6
Construir
mangas de
tratamento Nr de mangas
construidas 5 1 1 1 1 1
Nhanale, Dindiza, Saute, Zinhane,
Machaila
21.106 Produtores 6,750,000.00 OE/Parceiros SDAE/INGC Sim
7 Melhorar o
sistema de
aviso previo
Nr de
comunidades
abrangidas 40 8 8 8 8 8
Nhanale, Dindiza, Saute, Zinhane,
Machaila
21.106 Prdoutores 191,250.00 OE SDPI/SDAE Nao
Servicos distritais
com sistema de
aviso previo no
seu sector
4 4 0 0 0 0 Dindiza - 39,375.00 OE SDPI/SDAE Nao
8 Fomentar a
producao de
feno
Nr de criadores
que produzem
feno 21.106 4.221 4.221 4.221 4.221 4.221
Nhanale, Dindiza, Saute, Zinhane,
Machaila
21.106 Produtores 39,375.00 Parceiros SDAE Nao
Quantidade (
ton) de feno
produziada 500 100 100 100 100 100
Nhanale, Dindiza, Saute, Zinhane,
Machaila
Todas Localidades
sendo 100 ton
por ano 39,375.00 Parceiros SDAE Nao
7,344,375.00
MATRIZ DE ACÇÃO DO OE 3:GARANTIR A SUTENTABILIDADE DA EXPLORACAO FLORESTAL
Secretaria/Serviço Distrital de: Orçamento MT:
Actividade Proveniente
do PEDD?
Sector: Exploracao Florestal
Programa do Governo: Mudanças Climáticas (MCA 04) Objectivo do Programa: Garantir a Sustentabilidade da Exploracao Florestal
Indicador de Resultado do programa:
Nº de Ordem
Acção de
Despesa Indicador de
Produto Meta Física
Realização / ano Localização Beneficiários
Orçamento por
Actividade Fonte de
Financiamento Responsabilidade I II III IV V
1
Introduzir novas
tecnologias de fornos
melhorados para a
producao de
carvao
Nr de carvoeiros
que usam fornos
melhorados 300 60 70 80 85 5
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane, Machaila
300 65,000.00 Parceiros SDAE/SDPI Nao
Nr de fornos melhorados
estabelecidos 150 25 25 30 35 35
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane, Machaila
Comunidades das Zonas
circunvizinhas do
local de exploracao 163,125.00 Parceiros SDPI/MICOA Nao
2 promover a conservação e
o processamento
de frutos
silvestres
Nr de campanhas de conservação e processamento
de frutos silvestres
promovidas
20 4 4 4 4 4
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane, Machaila
300 Famílias 637,500.00 Parceiros SDAE/CERUM Sim
3 Nr de especies de frutos silvestres
processados 10 10 10 10 10 10
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane, Machaila
300 Famílias 241,875.00 Parceiros SDAE/CERUM Sim
Nr de Famílias que processam frutos silvestres
300 60 60 60 60 60
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane, Machaila
300 Famílias 270,000.00 PArceiros SDAE/CERUM Sim
Area de
florestas
preservadas 12.000ha 6.102,9ha 2.000ha 2.000ha 1.000ha 897,1ha
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane, Machaila
28.141 pessoas 12,000,000.00 Parceiros SDAE/CERUM/SDPI Sim
Formar e capacitar
comites locais de gestao de
recursos
florestais
Nr de comites
formados 50 10 10 10 10 10
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane, Machaila
450 Pessoas 1,000,000.00 Parceiros SDPI Sim
Nr de
capacitaces dos
comites 10 2 2 2 2 2
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane, Machaila
20 gestores de
Comites 71,250.00 OE SDPI Sim
Nr de
campanhas de
conservação e
gestao de
recursos
florestais
25
5 5 5 5 5
Nhanale, Dindiza, Saute,
Zinhane, Machaila
Comunidades em
Geral 95,625.00 Parceiros SDPI/SDAE Sim
4
Fazer
campanhas de
gestao de
queimadas
Nr de
comunidades
abrangidas 10 2
2 2 2 2
Dindiza, Nhanale,
Saute, Zinhane, Machaila
47 Comunidades 38,250.00 Parceiros SDAE/SDPI Sim
Total 14,582,625.00
MATRIZ DE ACÇÃO DO OE 4: DINAMIZAR O COMERCIO
Secretaria/Serviço Distrital de: Orçamento MT:
Actividade Proveniente
do PEDD?
Sector: Comercio
Programa do Governo: Mudanças Climáticas (MCA 04) Objectivo do Programa: Dinamizar o Comercio
Indicador de Resultado do programa:
Nº de Ordem Acção de Despesa Indicador de Produto Meta
Física Realização / ano
Localização Beneficiários Orçamento
por Actividade Fonte de
Financiamento Responsabilidade
I II III IV V
1 Reabilitar as vias de
acesso com material
resistente
Extensao (Km) de
estradas reabilitadas 300Km 100 50 50 50 50
Nhanale, Dindiza, Saute, Zinhane, Machaila
Distrito 13,599,997.00 OE/Parceiros SDPI Sim
2
Promover a abertura
de novos
estabelecimentos
comerciais
Nr de novos
estabelecimentos
comerciais 15 3 3 3 3 3
Nhanale, Dindiza, Saute, Zinhane, Machaila
15 Pessoas 23,475.00 OE SDAE Sim
3 Expandir a rede
electrica
Nr de novas ligacoes 1.25 150 200 250 300 350 Dindiza 1.925 Pessoas 573,750.00 Parceiros SDPI/EDM Nao
Nr de comunidades
com energia electrica 3 1 1 1 0 0
Dindiza, Nongote, Tchelefo
3.599 pessoas 1,550,025.00 Parceiros SDPI/EDM Nao
4 Estudar a cadeia de
valor do gado bovino
Nr de trabalhos de
pesquisa realizados
sobre o gado bovino 1 1 0 0 0 0 Dindiza 10 tecnicos da
ETD e Servicos 382,500.00 OE SD Nao
Total 16,129,747.00
MATRIZ DE ACÇÃO DO OE 4: REFORCAR A CAPACIDADE INSTITUCIONAL
Secretaria/Serviço Distrital de: Orçamento MT: Sector: Comercio Programa do Governo: Mudanças Climáticas (MCA 04) Objectivo do Programa: Reforcar a Capacidade Institucional Indicador de Resultado do programa:
Nº de Ordem Acção de Despesa
Indicador de
Produto Meta Física
Realização / ano Localização Beneficiários
Orçamento por
Actividade Fonte de
Financiamento Responsabilidade
Actividade Proveniente
do PEDD? I II III IV V
1
Capacitar tecnicos do SDAE, em novas tecnologias Agro pecuarias
e organizacao de produtores e criadores
Nr de capacitacoes 10 2 2 2 2 2
Dindiza, Nhanale,
Saute, Zinhane, Machaila
5 Tecn.SDAE e
Tecn. ETD 892,500.00 Parceiros SDAE/CERUM Sim
2 Adquirir meios circulantes para as
actividades do PLA
Nr de motorizadas 3 1 1 1 Dindiza 9HM 1,170,000.00 Parceiros SD Nao
Nr de carros 1 1 Dindiza 9HM 3,450,000.00
3 Contratar mais tecnicosagrarios Nr de tecnicos
contratados 5 1 1 1 1 1
Dindiza, Nhanale,
Saute, Zinhane, Machaila
5HM 8,640,000.00 OE/Parceiros SDAE/SD Sim
4 Capacitar tecnicos de planificacao
em MudancasClimaticas Nr de capacitacoes 10 2 2 2 2 2 Dindiza 9HM 151,875.00 OE/Parceiros SD Nao
5 Estabelecer sistemas de gestao e
apoio a promotores veterinarios Nr de sistemas
estabelecidos 25 5 5 5 5 5
Dindiza, Nhanale,
Saute, Zinhane, Machaila
Comunidades
Abrangidas 140,625.00 Parceiros SDAE Sim
6 Criar e oficializar novas
associacoes de produtores e
criadores
Nr de novas
associacoes de
criadores 10 2 2 2 2 2
Dindiza, Nhanale,
Saute, Zinhane, Machaila
50HM 51,000.00 OE SDAE Sim
Nr de novas
associacoes de
produtores 10 2 2 2 2 2
Dindiza, Nhanale,
Saute, Zinhane,
50HM 51,000.00 OE SDAE Sim
7
Estabelecer plataformas de comunicacao permanente entre
os varios intervenientes (Governo, Privados, Comunidades e ONGs)
da producaoagropecuarias
Nr de encontros por
ano 10 2 2 2 2 2 Dindiza 25 35,625.00 OE SD/SDAE/SDPI/CERUM Nao
Total 14,582,625.00
6. SISTEMA DE MONITORIA E AVALIAÇÃO
A monitoria e avaliação (M&A) do presente plano de adaptação será guiada pelos procedimentos em curso para a avaliação da implementação do PESOD. Isto vai permitir que não haja sobrecarga nos recursos humanos, materiais e financeiros do distrito. Enquanto a monitoria será um processo contínuo, espera-se uma avaliação de meio-termo no final do segundo ano e, uma avaliação final, após o 5º ano de implementação. Um plano mais detalhado de monitoria e avaliação será desenhado aquando da implementação das actividades no campo.
7. OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO NO DISTRITO
Ainda por trabalhar (equipe técnica do distrito)
Abaixo apresentamos as diversas potencialidades de investimento oferecidas pelo
distrito que, uma vez concretizadas poderão melhorar a autossuficiência e
resistência do distrito.
O Distrito de Macomia apesar de estar a registar progressos significativos, ainda
confronta-se com barreiras ao desenvolvimento de vária ordem, sendo as
principais conforme o diagnóstico efectuado, quer a nível sectorial quer nas
comunidades locais do Distrito, as seguintes:
ACTIVIDADES ECONÓMICAS (AGRICULTURA, PESCAS, COMÉRCIO E TURISMO)
Potencialidades Problemas Oportunidades Ameaças
a. Existência de terras férteis para prática da Agricultura;
b. Existência de recursos
florestais e faunísticos com elevado valor económico;
c. Existência de uma unidade de
produção e comercialização de mudas com a capacidade
de produzir 100.000,
d. Existência de 14 rios numa extensão de 583.1 km e 20 lagoas ambas com a potencialidade de irrigar de
macahmbas para prática de agricultura, horticultura e abeberamento modo acontribuir para a Segurança Alimentar e Nutricional;
e. O distrito é banhado a este
pelo oceano indico numa extensão de xkm e detentor de recursos marinhos;
f. Potencialhistórico e turístico
a. Prevalência do uso de
técnicas de produção rudimentares e queimadas descontroladas
b. Persistência da pratica
do uso irracional dos recursos florestais e
faunístico, sem obedecer o plano de maneio e defeso e queimadas descontroladas e conflitos de uso da terra e fauna bravia entre as comunidades, e autoridades da area de conservação (PNQ);
c. Insuficiência de insumos e meios matérias e técnicos
d. Fraco aproveitamento
das capacidades hídricas para satisfazer as necessidades de produção e consumo
e. Fraco aproveitamento
dos recursos pesqueiro,
a. Aumentar a produção e produtividade de multiplicação de sementes melhoradas para fazer face as campanhas agrícolas;
b. Aproveitar os recursos para geração de
rendimentos e diversificação da dieta alimentar;
c. Aumentar a produção e a produtividade de mudas para abastecer todos distritos da província de espécies de mudas diferentes;
d. Aproveitar os cursos de agua existentes para melhorar a produção de alimentos e colmatar o défice em alguns
mesesem todas do ano,
e. Obtenção de divisas actraves da exploração racional dos recursos marinhos que o distrito
a. Praga de animais,; Prevalência do conflito homem/Fauna bravia;
b. Desertificação, seca, perca
da biodiversidade e problemas ambientais;
c. Prgas
d. Secas, mudanças climáticas;
e. Possíveis inundações, ciclones;
f. Desaparecimentos dos locais históricos e perda dos seus reais valores;
g. Descapitalização e ausência de instituicoes bancárias,
h. Uso de artes e
instrumentos/técnicas de pesca rudimentar nocivos
ao ambiente o que pode por em risco extinção de certas especies;
i. Perda de vidas humanas
Potencialidades Problemas Oportunidades Ameaças
possui os mais diversos atractivos naturais, para a pratica do turismo cinergético ligado ao património historico, natural da Luta de libertacao nacional
g. Existência de agentes
económicos envolvidos na comercialização de produtos agrícolas, pesqueiros e pecuários;
h. Existencia de diferentes recursos marinhos (peixe, lulas e camarao)
i. Existencia de enormes recursos faunistico na zona do PNQ para o desenvolvimento do turismo;
j. Grande potencialidade turística e faunística que o distrito possui;
k. Existência de boas condições climatericas para a abertura de tanques pisciculas para aumentar a produção e a
produtividade pesqueira;
l. Existência de ONGs a operar no Distrito nas areas de microfinanças e do FDD no Distrito para alavancar a
isto aliado a pratica da pesca artesanal pelas comunidades, uso de técnicas de pescas inapropriadas que põem em risco a biodiversidade marinha;
f. Falta de divulgação dos locais e ausência de estratégias de promoção, e divulgação dos seus valores em todo o pais;
g. Deficiente rede
comercializado a fraca competitividade comercial e capacidade
económica para o alargamento e diversificação da actividade comercial rural e urbana isto aliado a falta de conhecimentos básicos de gestão de negócios e emprtendedorismo;
h. Prevalencia do uso de técnicas de captura de
pesca tradicionais que poem em risco a biodiversidade;
i. Prevalencia do conflito
entre o homem e a
dispõem,
f. Promover a divulgação e valoração destes locais como forma de atracão de mais turistas aos locais a fonte de arrecadação de receitas;
g. Aumentar a capacidade de negócios de modo a
diversificar a actividade comercial e aumentar a base de colecta de receitas do governo distrital com o incremento de mais agentes economicos e unidades comerciais;
h. Alocação de meios de
pesca semi-industrial/a
motor de modo a aumentar a produção e produtividade pesqueira para fazer face a SAN e aumentar a contribuição do pescado na diversificação do rendimento das comunidades nas varias cadeias de valor da comercialização
pesqueira;
i. Promover accoes de
j. Conflito caça furtiva e queimadas descontroladas
k. Roubos e clima (secas)
l. Falencia dos mutuarios aliado a fraca capacidade de reembolso.
Potencialidades Problemas Oportunidades Ameaças
actividade económica do distrito.
fauna bravia que tem resultado na perda de colheitas e destruição de hectares
j. Fraca promoção e divulgação das potencialidades turísticas e faunística que o distrito possui;
k. Elevados custos de manutencao dos tanques
l. Difícil acesso ao crédito
para intensificação e diversificação da actividade produtiva (agropecuária e pesqueira) e comercial;
.
maior sensibilizacao das comunidades locais das vantagens da preservacao das especiesfaunisticas para obtencao de receitas do pais
j. Divulgar as potencialidades do distrito de modo a
capitalisar melhor as vantagens comparativas no turismo que o distrito possui
k. Abertura de tanques piscícolas para aumentar a produtividade pesqueira de modo a diversificar a fonte de rendimento e melhorar a dieta alimentar da população;
l. Expandir o creditos a mais mutuarios de modo
a dinamisar a actividadeeconomicaactraves da circulação e rotatividade da moeda
PLANEAMENTO E INFRA-ESTRUTURAS
Potencialidades Problemas Oportunidades Ameaças
a) Ligação do distrito com
a rede nacional de
energia eléctrica;
b) Existência de diferentes
redes de comunicação
fixa e móvel; ( TDM,
Mcel, Vodacom e
Movitel);
c) .Existência de pequenas
indústrias (moageiras e
artesãos) no Distrito;
d)
a) Baixa qualidade da
corrente eléctrica
fornecida aos
consumidores,
b) Deficiente
cobertura as
localidades e fraca
prestação de
serviços aos
clientes;
c) Avarias constante
aliada a falta de
manutenção;
d)
a) Melhoara a
qualidade da
corrente electrica
para abastecer
projectos de
grande dimensao
para impulcionar o
desenvolvimento
socio economico
do distrito;
b) Alargar as redes a
todos os Postos
Administrativos e
Localidades;
c) Modernizar as
unidades industriais
com a chegada da
corrente electrica
no distrito de modo
a fazer face a
procura;
a) Roubo de matérias
eléctricos (cabos) e
queimadas
descontroladas;
b) Roubo de materiais e
condições climaticas;
c)
SAÚDE, MULHER E ACÇÃO SOCIAL
Potencialidades Problemas Oportunidades Ameaças
a) Existência de 7 unidades
Sanitárias no distrito para
cuidados de tratamento,
prevenção e mitigação do HIV
da população potencialmente
activa;
b) Existencia de muitas criancas
em edide pré-escolar;
c) Existência de Programa de
Saúde ligados a Mulher,
Nutrição e prevenço e combate
ao HIV/SIDA.
a) Falta de morgue nos 7 Centros
de Saúde e Fraca cobertura da
rede sanitária; 93.136 doentes
por médico
b) Insuficiência de
escolinhas/centros infantis
(actualmente o distrito tem 18
escolinhas).
c) Existência de poucas
associações das mulhere,
persistência de crianças com
Baixo Peso à Nascença e fraca
capacidade de divulgação até
nas localidades de medidas
preventivas do HIV/SIDA.
a) Apetrecahr as unidades
sanitarias com as
respectivas morgues;
b) Construir-se junto de
parceiros mas
escolinhas infantis para
garantir a educacao das
criancas;
c) Promover se a criação
de, mas associações de
mulheres divulgarem-se
as normas de nutricacao
e combinacao de
alimentos, assim como
intensificar medidas de
prevencao de doencas
de modo a reduzirem-se
as mortes.
a) Degradacao de corpos, sem
o devido tratamento;
b) Habitos culturais
c) HIV/SIDA e outras doenças
hábitos culturais e ausência
de agentes polivalentes de
saúde para divulgacao de
hábitos alimentares nas
comunidades
EDUCAÇÃO, JUVENTUDE, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
POTENCIALIDADES PROBLEMAS OPORTUNIDADES AMEAÇAS
a) Existência de população
em idade escolar;
b) Existência do corpo
docente e educadores AEA
no Distrito
c) Existência de associações
culturais, juvenis e
desportivas;
d) Existência do espaço para
construção de futura casa
de Cultura e Biblioteca
Distritais;
e) Existência de espaço de
5,000m2 para recreação
juvenil
f) Existência da escola técnica
profissional.
a) Desistência precoce
devido a habitos culturais
e assuntos económicos;
b) Insuficiência do corpo
docente e educadores
para todos níveis de
ensino;
c) Não legalizações das
associações e ausência de
dinamismo nas mesmas;
d) Falta de casa de cultura e
biblioteca distritail;
e) Falta de intercambio
jovenil;
f) Falta de residência para o
corpo docente e centro
internato da escola
técnica profissional.
a) Intensificar politicas
que visem a
educação da
população para
erradicar-se a
pobresa mental e o
analfabetismo;
b) Aumentar o número
de corpo docente e
educadores a todos
niveis de ensino;
c) Legalisar as
associações;
d) Construir-se a
biblioteca e casa da
Cultura para
estimular o gosto
pela leitura e
aumentar o nível do
conhecimento da
população;
e) Parcelar-se e
registar-se (legalisar)
o espaço para
recraçãojovenil;
f) Aumentar e elevar-
se cada vez mais a
a) Analfabetismo e
casamentos prematuros
nos Postos
administrativos de
Mucojo (Olumboa) e
Quiterajo (Mitacata)
b) Insuficiencia de fundos;
c) Destituição das
associações;
d) Analfabetismo;
e) Ausência de espaço para
a interação jovenil;
f) Desistência dos
estudantes;
formação técnico
profissional de
cidadãos
moçambicanos
BOA GOVERNAÇÃO (SECRETARIA DISTRITAL): ADMINISTRAÇÃO LOCAL, POLÍCIA, REGISTO CIVIL TRIBUNAL
POTENCIALIDADES PROBLEMAS OPORTUNIDADES AMEACAS
a) Existência de Recursos
Humanos dispostos a
trabalhar;
b) Existência de Tribunais
comunitários;
c) Existência de Delegação
Distrital de Registos civil e
Notariado no distrito;
d) Atribuição de subsídios aos
a) Insuficiência de quadros
qualificados no Distrito;
b) Fraco domínio da
legislação
c) Existência de cidadinos
(criança) não registadas
d) Insuficiência de fundos;
e) Não legitimação de todos
lidere comunitários;
a) Formar mas
funcionarios de modo a
melhorar cada vez mais
as condições de
trabalho,
b) Capacitar os juízes
comunitários na matéria
de legislação jurídica;
c) Criar brigadas móveis
para registar todas as
criancas nas
a) Transferências
constantes de
funcionários,
b) Detenções
arbritrarias
c) Persistência de não
registo de crianças
d) Fraca cobertura na
POTENCIALIDADES PROBLEMAS OPORTUNIDADES AMEACAS
líderes comunitários;
e) Existência de líderes
comunitários legitimados;
f) Descentralização de fundos
para o Distrito (FDD);
g) Existência de Conselhos
Consultivos Locais
f) Fraca capacidade de
rembolso dos mutuários
isto aliado a Insuficiência
de fundo
descentralizado;
g) Conflito entre clãs
comunidades;
d) Incentivar os lideres
comunitários para
mobilisar a população a
pagar impostos e outros
deveres civicos;
e) Legitimar todos lideres
comunitários do distrito
para melhor
desempenharem suas
atribuições no seio da
comunidade;
f) Potenciar a capacidade
de rembolso dos
mutuários para a
rotação dos créditos
divulgação dos
programas do
Governo
e) Perca de
legitimidade
constante
f) Falências e inflação
aliado a
transferência dos
beneficiários do
Documentos consultados
1. Plano Estratégico do Desenvolvimento do Distrito – PEDD;
2. Plano Económico, Social e Orçamento do Distrito – PESOD;
3. Mapeamento de Risco- elaborado pelo PMA
4. Perfil de Segurança Alimentar e Nutricional- elaborado pelo PMA
5. Plano Distrital de Uso da Terra – PDUT;
6. Perfil Distrital – Elaborado pelo MAE;
7. Estatísticas Distritais – INE;
8. Estratégia Nacional de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas –
produzido MICOA.