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MUNICÍPIO DE MISSAL - PR
SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA
DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PMGIRS) – 1° REVISÃO
DEZEMBRO/2016
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
PREFEITURA MUNICIPAL DE MISSAL
Prefeito – Adilto Luis Ferrari
SECRETARIA DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE
Secretário Municipal– Altair Luiz Fetzner
DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE
Diretor – Rafael Mognol
EQUIPE TÉCNICA
Pâmela Gallas Buche
EQUIPE DE APOIO
Claudete Scherer
Paulo Paetzold
Prefeitura Municipal de Missal – PR
Rua Nossa Senhora da Conceição, 555
Centro | Caixa Postal 01 | 85890-000| Missal | Paraná
Tel: (45) 3244-8000
www.missal.pr.gov.br
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
APRESENTAÇÃO
Esse trabalho foi elaborado a partir de dados levantados pelo
Departamento de Meio Ambiente, visando atender os artigos 18 e 19 da PNRS
Lei 12.305/10 que dentre outras especificações, exige a elaboração desse Plano.
A problemática dos resíduos sólidos é um fator de grande complexidade
e sua geração tem aumentado cada vez mais, tornando-se ainda mais
importante o correto gerenciamento desse material.
A quantidade de resíduos sólidos no Brasil em 2011 totalizou 61.936.368
toneladas, crescimento de 1,8% de 2010 para 2011 de acordo com os dados do
Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2011, estudo realizado pela
Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
(ABRELPE).
Ainda conforme ABRELPE (2011), além da geração, aumentou também
a abrangência da coleta dos resíduos sólidos urbanos (RSU), que passou de
54.157.896 para 55.534.440 toneladas, cerca de 2,5% de aumento.
O Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos (PMGIRS)
vai oferecer possibilidades de reaproveitamento dos materiais recicláveis,
geradores e suas responsabilidades além de apresentar as penalidades aos
usuários que descumprirem essa Lei.
O levantamento das informações foi elaborado pelos técnicos do
Departamento de Meio Ambiente através de pesquisas e consultas existentes
nos arquivos da Prefeitura Municipal de Missal bem como em fontes como IBGE,
SNIS e CETESB.
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
LEGISLAÇÃO
A Constituição Federal em 1988 estabelece os direitos de cidadania
impulsionando a participação e a descentralização, principalmente no que se
refere à saúde, meio ambiente, direitos da criança e outros. Em seu artigo 30,
determina que compete aos Municípios:
Inciso V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, os serviços públicos de interesse local, que tem caráter essencial.
Compete ao Poder Público Municipal a prestação do serviço de limpeza
pública, entendido como caráter essencial, incluindo a varrição, coleta,
transporte e o destino final dos resíduos sólidos gerados por uma comunidade
local, que diz respeito primordialmente à saúde pública e à degradação
ambiental.
Lei Federal nº 8.080 - Artigo 23 - é competência comum da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: Inciso VI: “proteger o meio
ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas”.
Desta forma, cabe ao Poder Público Municipal, fiscalizar e controlar as
atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, fixando normas, diretrizes e
procedimentos a serem observados por toda a coletividade.
Lei Federal 12305/10 – institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos,
dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as
diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos,
incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público
e aos instrumentos econômicos aplicáveis. § 1° Estão sujeitas à observância
desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado,
responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que
desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de
resíduos sólidos.
Decreto 7504/10 – Este Decreto estabelece normas para execução da
Política Nacional de Resíduos Sólidos, Regulamenta a Lei n° 12.305, de 2 de
Agosto de 2010.
Lei n° 1.184 de 17 de dezembro de 2013 – Aprova o Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS do Município de Missal.
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
SUMÁRIO
LEGISLAÇÃO .................................................................................................. 04
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 09
2 OBJETIVOS .................................................................................................. 11
2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 11
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................... 11
3 CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO .......................................................... 11
3.1 HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE MISSAL .................................................... 12
3.2 ASPECTOS FISICO-AMBIENTAIS ............................................................ 12
3.2.1 Aspectos Climáticos ............................................................................. 13
3.2.2 Aspectos Hidrográficos ........................................................................ 14
3.2.3 Superfície ............................................................................................... 14
3.3.1 População .............................................................................................. 14
3.3.2 Planos do Departamento de Meio Ambiente ....................................... 14
3.3.3 Aspectos Econômicos .......................................................................... 15
3.3.4 Qualidade de Vida ................................................................................. 15
4 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ...................... 15
4.1 CLASSIFICAÇÕES .................................................................................... 16
4.1.1 De acordo com a Origem ...................................................................... 16
4.1.2 Quanto a Periculosidade ...................................................................... 17
4.1.3 Quanto ao grau de degradabilidade .................................................... 18
4.2 RESÍDUOS COM LOGÍSTICA REVERSA OBRIGATÓRIA ....................... 18
4.2.1 Embalagens de Agrotóxicos ................................................................ 18
4.2.2 Pilhas e Baterias .................................................................................... 20
4.2.3 Pneus Inservíveis .................................................................................. 21
4.2.4 Óleos e Graxas ...................................................................................... 22
4.2.5 Eletroeletrônicos ................................................................................... 22
4.2.6 Lâmpadas ............................................................................................... 24
4.3 RESÍDUOS QUE NÃO SE ENQUADRAM NA LOGISTICA DE REVERSA
OBRIGATÓRIA ................................................................................................ 26
4.3.1 Resíduos do Serviço de Saúde ............................................................ 26
4.3.2 Resíduos Industriais ............................................................................. 27
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
4.3.3 Resíduos de Óleos Comestíveis .......................................................... 28
4.3.4 Resíduos de Construção Civil .............................................................. 28
4.3.5 Resíduos Sólidos de Varrição Manual de Vias e Logradouros Públicos
......................................................................................................................... 29
4.3.6 Resíduos de Galhos .............................................................................. 30
4.3.6.1 Serviços de Varrição ............................................................................ 30
4.3.6.2 Serviços de Capina .............................................................................. 30
4.3.6.3 Serviços de poda .................................................................................. 30
4.3.6.4 Serviços de jardinagem ........................................................................ 31
4.4 REJEITOS .................................................................................................. 31
4.5 RESÍDUOS RECICLÁVEIS ........................................................................ 29
4.5.1 ACAMIS .................................................................................................. 31
4.5.1.1 Recursos técnicos.............................................................................. 32
4.6 COLETA SELETIVA ................................................................................... 33
4.6.1 Benefícios Da Coleta Seletiva .............................................................. 34
4.6.1.1 Ambiental ............................................................................................. 34
4.6.1.2 Econômico ............................................................................................ 35
4.6.1.3 Social .................................................................................................... 35
5 ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL .............................................................. 40
6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................ 41
6.1 PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................. 42
6.1.1 Projeto Beija-Flor .................................................................................. 42
6.1.2 Projeto PEROBA .................................................................................... 42
6.1.3 Recuperação de Nascentes .................................................................. 43
7 RECURSOS HUMANOS DO MUNICÍPIO .................................................... 43
8 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ................................................................. 44
9 REVISÃO - MONITORAMENTO – METAS E MEDIDAS ............................. 45
10 MEDIDAS DE ADVERTÊNCIA E PUNIÇÃO .............................................. 50
11 QUADRO SÍNTESE DAS RESPONSABILIDADES ................................... 50
12 CAPACITAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO ................................................... 51
12.1 FORMAS DE ATUAÇÃO .......................................................................... 51
12.1.1 Escolas ................................................................................................. 52
12.1.2 Comunidade ........................................................................................ 52
12.1.3 Associação de Catadores ................................................................... 52
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
12.1.4 A Atuação do Município de Missal..................................................... 53
13 INFORMAÇÕES DE INVESTIMENTO E CUSTOS .................................... 54
14 CONCLUSÃO ............................................................................................. 55
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE MISSAL – PR .... 12 FIGURA 2 – EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS ........................................... 19 FIGURA 3 – ACONDICIONAMENTO DE PILHAS E BATERIAS ..................... 20 FIGURA 4 – BARRACÃO DE DEPÓSITO DE PNEUS .................................... 21 FIGURA 5 – COLETA DE ELETRÔNICOS ...................................................... 23 FIGURA 6 – PANFLETO COLETA DE RESÍDUOS ELETRÔNICOS .............. 23 FIGURA 7 – COLETA DE LÂMPADAS FLUORESCENTES ............................ 25
FIGURA 8 – GRÁFICO DA PRODUÇÃO DE MATERIAL RECICLÁVEL NOS
ÚLTIMOS TRÊS ANOS .................................................................................... 33
FIGURA 9 - CRONOGRAMA DA COLETA SELETIVA .................................... 33 FIGURA 10 - CRONOGRAMA DA COLETA SELETIVA NA ÁREA URBANA . 34 FIGURA 11 – PANFLETO (EXTERNO) ........................................................... 35 FIGURA 12 – PANFLETO (INTERNO) ............................................................ 35 FIGURA 13 – MEMBROS DA ACAMIS ............................................................ 37 FIGURA 14 – BARRACÃO DA ACAMIS .......................................................... 38 FIGURA 15 – EQUIPAMENTOS DA ACAMIS ................................................. 39 FIGURA 16 – LOCALIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL ........... 40 FIGURA 17 – ACESSO AO ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL ..................... 41 FIGURA 18 – IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO COM GEOMEMBRANA 41 FIGURA 19 – AÇÕES DO PROJETO BEIJA-FLOR ........................................ 42 FIGURA 20 – AÇÕES DO PROJETO PEROBA .............................................. 43 FIGURA 21 – AÇÕES DO PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE NASCENTES ......................................................................................................................... 43
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
1 INTRODUÇÃO
Os resíduos sólidos, também popularmente denominados como “lixo”, são
sobras da atividade humana, considerados pelos geradores como inúteis,
indesejáveis ou descartáveis. Normalmente, apresentam-se sob o estado sólido,
semissólido ou até mesmo líquido (quando esse não pode ser lançado em rede
pública após tratamento convencional).
O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos - PMGIRS é
um dos instrumentos da PNRS, de acordo com o Art. 8º da citada Lei:
“É condição para o acesso aos recursos da União destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para a obtenção de benefícios por incentivos ou financiamentos de entidades federais de créditos ou fomento para tal finalidade”.
Dentre os objetivos do PMGIRS devem ser destacados o diagnóstico do
território, a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem e o tratamento
dos resíduos sólidos, bem como a disposição final ambientalmente adequada
dos rejeitos, a coleta seletiva e a participação da sociedade na gestão dos
resíduos.
Ainda, conhecer o diagnóstico local dos geradores de Resíduos Sólidos
contendo a origem em naturezas específicas, o volume, a caracterização por
estabelecimentos públicos ou privados, disposição final, de forma a atender à
legislação vigente sendo através de estudo de campo e levantamento
quantitativo, caracterizando a especificidade e volume dos resíduos gerados.
Programas de Coleta Seletiva de Lixo e tratamento de material reciclável
são instrumentos para o incentivo à reciclagem e para a redução dos resíduos
sólidos lançados em aterros sanitários. Projetos voltados para essa área têm se
mostrado de fundamental importância tanto para a população quanto para o
poder público. Além de preservar e recuperar o meio ambiente com o
recolhimento do lixo no município e aumentar a vida útil do aterro, a
conscientização sobre a importância da coleta seletiva e a reciclagem, a coleta
seletiva gera empregos, mantém a cidade mais limpa e estimula a cidadania,
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
visto que as pessoas passam a se preocupar com a separação do lixo produzido,
resultando em um benefício geral.
O conteúdo do Diagnóstico do PMGIRS será dividido em:
Resíduos de logística reversa obrigatória;
Resíduos Especiais;
Rejeitos;
Resíduos Recicláveis;
Associação de Catadores de Materiais Recicláveis;
Aterro Controlado;
Limpeza Pública:
Varrição;
Capina;
Roçada;
Pintura de meio-fio;
Poda.
Salienta-se que o planejamento da gestão e do gerenciamento dos
resíduos sólidos é tarefa contínua e dinâmica, devendo o presente Plano ser
constantemente avaliado e revisto quando necessário, sendo no mínimo
indicada uma revisão formal a cada quatro anos.
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Minimizar os impactos socioambientais gerados pelos resíduos sólidos no
Município de Missal/PR.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Determinação de coleta e destinação para cada segmento de resíduo;
Proporcionar maior qualidade de vida aos munícipes;
Desenvolver na população educação, consciência e responsabilidade
ambiental;
Dar continuidade do Projeto de Coleta Seletiva de Lixo;
Fornecer apoio técnico e social as famílias dos Catadores de Materiais
Recicláveis;
Promover, com a reciclagem um aproveitamento maior dos materiais,
evitando-se desperdícios, exaustão e degradação dos recursos naturais;
Evidenciar os programas desenvolvidos em relação à mitigação dos
impactos socioambientais e uma cidade limpa;
Diagnóstico exato das características locais e da produção dos Resíduos
Sólidos no sentido de se proporem soluções técnicas adequadas e viáveis para
a realidade local;
Combate ao desperdício;
Incentivo à reutilização dos materiais;
Reaproveitamento de materiais através da reciclagem;
Medidas ao agente poluidor fora das normas.
3 CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO
O Município de Missal está situado na região Oeste do Paraná, distante
615 km da capital do Estado, com uma área territorial de 324,397 km². Faz divisa
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
com o Município de Santa Helena ao Norte, Itaipulândia ao Sul e Oeste,
Medianeira a Sul e Leste e Ramilândia a Leste.
A população estimada em 2014 para Missal foi de 10.830 habitantes,
segundo IBGE (2014).
Figura 1 - Mapa de localização do Município de Missal – PR. Fonte: Wikipédia (2016)
3.1 HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE MISSAL
A maioria dos colonizadores de Missal (1961 e 1962), pertence à 2ª
geração de imigrantes alemães, que trouxeram consigo características da
cultura germânica, expressas nas construções enxaimel, nos jardins floridos e
na gastronomia, elementos que foram experimentando adaptações às
especificidades locais no decorrer dos tempos. A Sipal Colonizadora, fundada
pelo Padre José Backes, foi a grande responsável pela venda dos lotes e
formação da cidade. Na época, somente famílias que pertenciam à religião
Católica poderiam se instalar em Missal. Com orientação de Dom Geraldo
Sigaud, líder dos Bispos na época, Pe. José Backes loteou a área de três mil
alqueires, que se transformou no Município de Missal.
Uma das grandes fontes geradoras de recursos à época da colonização
foi a extração de madeira.
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
O nome do município “Missal” originou-se do fato que os bispos queriam
um nome que significasse objeto religioso, para simbolizar de alguma maneira
sua origem inserida no fato religioso. Todos conheciam como Gleba dos Bispos,
ou Terra dos Bispos. Foram sugeridos vários nomes. O nome escolhido foi
MISSAL – inspirado pelos colonizadores e pioneiros, baseado no livro em que o
sacerdote se orienta para celebrar a missa – fanal do trabalho espiritual do
sacerdote, assim como as terras são fanal do trabalho material do agricultor.
No nome Missal, a palavra formada pelo termo “missa”, acrescida do
sufixo nominativo “al”. O termo “missa” vem do latim “misa” que significa
originalmente serviço religioso. O sufixo “al” origina-se do latim ale, significando
coleção em quantidade. O termo “Missal” é referência do livro litúrgico que
contém o texto de todas as missas do ano. É de uso obrigatório para a igreja
católica por decreto do Papa Pio V, a partir de 1570, conforme Decreto do
Concílio Vaticano. O Missal orienta as linhas gerais, segundo as quais se deve
ordenar a celebração eucarística, bem como expõe as regras para cada forma
particular de oração e tempo litúrgico.
A formação de Missal deu-se a partir do desmembramento do município
de Medianeira e a data oficial de criação do município foi em 30 de dezembro de
1981, por meio da Lei Estadual n° 7.566. No dia 1º de fevereiro de 1983 foram
empossados o primeiro Prefeito e os membros da Câmara de Vereadores; nesta
data se comemora o aniversário de emancipação político-administrativa.
3.2 ASPECTOS FISICO-AMBIENTAIS
3.2.1 Aspectos Climáticos
O Município de Missal tem o clima subtropical úmido mesotérmico. Seus
verões são quentes com tendência a concentração das chuvas e com
temperatura média superior a 22° C. O inverno, com geadas pouco frequentes,
apresenta temperatura média inferior a 18° C. Não há estação seca definida. O
índice pluviométrico médio anual é 1.788 milímetros.
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
3.2.2 Aspectos Hidrográficos
O território é dividido em 6 bacias e microbacias hidrográficas sendo:
Bacia do Rio Paraná;
Microbacia do Rio São Vicente;
Microbacia do Rio São João;
Microbacia do Rio Ocoí;
Microbacia do Rio Branco;
Microbacia do Rio Feijão Verde.
3.2.3 Superfície
O território do Município de Missal possui uma área de 319,510 km² e está
a uma distância de 615 km da Capital do Estado, Curitiba.
3.3 ASPECTOS ANTRÓPICOS
3.3.1 População
De acordo com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e
Social (IPARDES, 2015), a população estimada em 2014 para o Município de
Missal foi de 10.830 habitantes. A população urbana representa, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, 51,74% residindo
na área urbana e 48,26% na área rural.
Possui uma densidade populacional de 33,53 hab/km², apresentando uma
taxa de crescimento populacional de 0,04% ao ano (IBGE, 2010).
3.3.2 Planos do Departamento de Meio Ambiente
O Município de Missal possui alguns Planos de Planejamento e
Informação aos Munícipes quanto ao âmbito ambiental, disponíveis no Site da
Prefeitura, sendo:
Plano Municipal de Recursos Hídricos;
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
Plano Municipal de Saneamento Básico;
Plano Municipal de Arborização Urbana;
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
3.3.3 Aspectos Econômicos
Missal é um Município agrícola conhecido por sua riquíssima agricultura
familiar. Também se destacam as lavouras e a produção de animais.
Tabela 1 - Estabelecimentos Agropecuários e área segundo as Atividades Econômicas - 2006
ATIVIDADES ECONÔMICAS ESTABELECIMENTOS ÁREA (ha) Lavoura temporária 732 12.847
Horticultura e floricultura 46 256
Lavoura permanente 11 470
Pecuária e criação de outros
animais 903 10.666
Produção florestal de
florestas plantadas 5 22
Produção florestal de
florestas nativas 7 39
Aquicultura 5 23
TOTAL 1.709 24.324
FONTE: IBGE - Censo Agropecuário
3.3.4 Qualidade de Vida
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Municipal de Missal é 0,711
(IBGE, 2010). Em relação aos outros municípios do Brasil, Missal apresenta a
1574ª posição de 5565 municípios (PNUD, 2013).
4 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Segundo a NBR 10.004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT –, Resíduos Sólidos são definidos como:
16
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
“Resíduos nos estados sólidos e semissólidos, que resultam de
atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistema de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.”
E segundo a Lei 12.305/2010 resíduo sólido é:
“Todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estado sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d´água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível”.
O diagnóstico dos resíduos sólidos abrange a origem, volume,
quantificação, caracterização, coleta e destinação final de cada resíduo gerado
no Município de Missal.
4.1 CLASSIFICAÇÕES
4.1.1 De acordo com a Origem
Resíduos Domiciliares: os originários de atividades domésticas em
residências urbanas;
Resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de
logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
Resíduos sólidos urbanos: quando compreenderem os resíduos
domiciliares e os resíduos de limpeza urbana;
Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: são
resíduos gerados nessas atividades, excetuados os resíduos de limpeza urbana,
os resíduos de serviços públicos de saneamento básico, de serviço de saúde,
serviços de transporte e de construção civil. Se os resíduos de estabelecimentos
comerciais e prestadores de serviços forem caracterizados como não perigosos,
os mesmos podem, em razão de sua natureza, composição ou volume, ser
equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal;
17
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os resíduos
gerados nessas atividades, excetuados os resíduos sólidos urbanos;
Resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações
industriais;
Resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde,
conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do
Sisnama e do SNVS;
Resíduos de construção civil: os gerados nas construções, reformas,
reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da
preparação e escavação de terrenos para obras civis;
Resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e
silviculturais incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;
Resíduos de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais
alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;
Resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração
ou beneficiamento de minérios.
4.1.2 Quanto a Periculosidade
Resíduos Classe I - Perigosos: aqueles que, em razão de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade,
patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade,
apresentam significativo risco a saúde pública ou a qualidade ambiental, de
acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
Resíduos Classe II - Não perigosos: aqueles que não se enquadram nos
resíduos perigosos;
Resíduos Classe II-A - Não Inertes: não se enquadram nas classificações
de Resíduo Classe II-B. Estes resíduos podem ser biodegradáveis, solúveis em
agua e apresentar combustibilidade;
Resíduos Classe II-B - Inertes: Quaisquer resíduos que, quando
amostrados de uma forma representativa, e submetidos a um contato dinâmico
e estático com agua destilada ou deionizada, a temperatura ambiente não
tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores
aos padrões de agua, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
4.1.3 Quanto ao Grau de Degradabilidade
Facilmente degradáveis: restos de alimentos e similares presentes nos
resíduos domiciliares;
Moderadamente degradáveis: onde estão agrupados os restos de papeis,
papelão e demais produtos celulósico;
Dificilmente degradáveis: pedaços de pano, aparas de couro, borracha e
madeira;
Não degradáveis: vidros, metais, plásticos, dentre outros materiais.
4.2 RESÍDUOS COM LOGÍSTICA REVERSA OBRIGATÓRIA
A Logística Reversa é definida no Art. 3°, inciso XII da PNRS como:
“instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um
conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em
seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final
ambientalmente adequada”. Dessa forma a responsabilidade é compartilhada
entre os geradores, o Poder Público, os importadores e fabricantes.
Os resíduos que se enquadram na logística reversa nos termos da PNRS
são: Embalagens de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos e graxas, seus
resíduos e embalagens, produtos eletrônicos e seus componentes e lâmpadas
fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista.
4.2.1 Embalagens de Agrotóxicos
As embalagens vazias de agrotóxicos são classificadas como resíduos
perigosos, apresentando elevado risco de contaminação humana e ambiental se
descartadas sem controle adequado.
Segundo dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Processamento de
Embalagens Vazias (INPEV), desde a sua criação, esse instituto coordenou a
remoção de mais 168 mil toneladas de embalagens por todo o território brasileiro,
sendo estimado que, em 2010, aproximadamente 95% das embalagens
primárias (aquelas que entram em contato direto com o produto) foram retiradas
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
do campo e enviadas para a destinação ambientalmente correta. Esses dados
indicam que a legislação e as ações que gerem o setor são eficazes, sendo o
Brasil considerado atualmente referência mundial na logística reversa de
embalagens vazias de agrotóxicos.
O sistema de logística reversa de agrotóxicos, seus resíduos e
embalagens, seguirá o disposto na Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, e no
Decreto no 4.074, de 04 de janeiro de 2002.
As embalagens de Agrotóxicos são recolhidas pela Associação dos
Comerciantes de Agroquímicos da Costa Oeste (ACCO). O Município faz a
campanha de conscientização ambiental e divulga os locais e datas da recolha
desses resíduos.
Os produtores são orientados a fazer a tríplice lavagem das embalagens
e acondicioná-las em local coberto e seco aguardando os dias que antecedem a
recolha, marcada em algum ponto específico no Município.
Todo o controle deve estar embasado no cadastro da devolução das
embalagens. O cadastro tem a finalidade de informar todas as devoluções que
o agricultor ou usuário dos produtos estejam fazendo naquele momento, quanto
à quantidade das embalagens por tipo, por produto, se foi tríplice lavado ou não,
com a informação dos dados do agricultor e assinaturas de quem está
entregando e de quem está recebendo, tudo por documento.
Figura 2 – Embalagens de Agrotóxicos
A empresa ACCO faz a recolha duas vezes por ano nos meses de junho
e novembro e repassa o relatório para o Município que se responsabiliza pela
fiscalização rigorosa sobre o descarte inapropriado desse material.
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Tabela 2 – Embalagens de Agrotóxicos
Embalagens de Agrotóxicos
Quantidade (t) Ano
- 2013
- 2014
12 2015
FONTE: Departamento de Meio Ambiente
4.2.2 Pilhas e Baterias
Conforme o Art. 19 do CONAMA 401/2008, “os estabelecimentos de
vendas de pilhas e baterias referidas no Art. 1 “pilhas e baterias portáteis,
baterias chumbo-ácido, automotivas e industriais e pilhas e baterias dos
sistemas eletroquímicos níquel-cádmio e óxido de mercúrio” devem
obrigatoriamente conter pontos de recolhimento adequados”. Ainda, esses
estabelecimentos devem destinar adequadamente e apresentar, quando
solicitado pelos órgãos fiscalizadores, a declaração de destinação adequada
pela empresa do ramo.
Como diagnóstico da situação atual dos resíduos de pilhas e baterias, o
Município de Missal apresenta um programa específico para a coleta de pilhas e
baterias bem como apresenta pontos de entrega voluntária na Secretaria de
Agricultura e Meio Ambiente, sub-Prefeituras e Vigilância Sanitária.
Figura 3 – Acondicionamento de pilhas e baterias
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As pilhas e baterias são acondicionadas em bombonas até a recolha
desse material pela empresa Krefta Tecnologia em Serviços, com uma
frequência de duas vezes ao ano com recolha aproximada de 5kg por mês.
Tabela 3 – Embalagens de Agrotóxicos
Pilhas e Baterias
Quantidade (Kg) Ano
- 2013
45 2014
55 2015
FONTE: Departamento de Meio Ambiente
4.2.3 Pneus Inservíveis
Com base na Resolução do CONAMA n° 416/2009 as empresas e
borracharias são responsáveis por levar os pneus previamente recolhidos em
seus estabelecimentos até o barracão de armazenagem, coberto e seco para o
acondicionamento, localizado nas dependências do aterro municipal.
Os proprietários desses estabelecimentos devem agendar a entrega junto
ao Departamento de Endemias que realiza o cadastro dessas empresas e
mantém o controle do material enviado para o barracão de armazenagem.
Figura 4 – Barracão de depósito de pneus
A responsável pela destinação adequada dos pneus inservíveis do
Município de Missal é a Associação Reciclanip, que realiza a coleta duas vezes
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por ano e destina adequadamente os pneus inservíveis, onde na maioria das
vezes o material é triturado e reutilizado como base de asfalto.
Tabela 4 – Pneus Inservíveis
Pneus Inservíveis
Quantidade (t) Ano
27 2013
16 2014
14 2015
FONTE: Departamento de Meio Ambiente
4.2.4 Óleos e Graxas
Os óleos usados ou contaminados representam um risco de
contaminação ambiental, sendo classificados como resíduos perigosos segundo
a NBR 10.004/2004.
Nos estabelecimentos privados, tais como lojas, postos de combustíveis,
oficinas mecânicas, indústrias, transportadoras e agricultores, os resíduos de
óleos e graxas também são armazenados em tambores, e posteriormente
coletados por empresas terceirizadas, devidamente licenciadas, as quais dão a
destinação correta.
Existem também embalagens de óleo que são coletadas, transportadas e
limpas por recicladores, os quais destinam para recicladoras.
Para obter o Licenciamento Ambiental, os estabelecimentos de lavagem
de automóveis são obrigados a instalar filtros para o tratamento de efluentes
líquido, bem como caixas separadoras e coletoras de óleos e graxas. A coleta é
feita por caminhão tanque munido de bomba de sucção pela empresa
credenciada.
Cabe ao Município a fiscalização rigorosa nas empresas que possuem
geração desse resíduo e acompanhamento da liberação do IAP, quando couber.
4.2.5 Eletroeletrônicos
Resíduo eletrônico ou lixo eletrônico, conhecidos pelo acrônimo de REEE
(Resíduo de Equipamentos Eletro Eletrônicos) é o termo utilizado para qualificar
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equipamentos eletroeletrônicos descartados ou obsoletos. A definição inclui
computadores, televisores, geladeiras, telemóveis/celulares, entre outros
dispositivos.
Figura 5 – Coleta de Eletrônicos
Figura 6 – Panfleto coleta de resíduos eletrônicos
Os REEE, se descartados de forma inadequada, constituem-se em um
sério risco para o meio ambiente, pois possuem em sua composição metais
pesados altamente tóxicos, como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo, além de
outros compostos químicos. Em contato com o solo, os metais pesados
contaminam o lençol freático; se queimados, liberam toxinas perigosas.
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Portanto, a manipulação e processamento desses resíduos, de forma
incorreta e desprotegida, contamina os seres humanos que executam estas
tarefas e o meio ambiente à sua volta.
A responsabilidade pelos REEE é dos geradores, portanto as empresas
que comercializam esses materiais devem oferecer pontos de coleta em locais
cobertos e secos, que serão fiscalizados pela Administração Municipal, além
disso devem destinar adequadamente esses resíduos e apresentar a declaração
de destinação adequada, quando solicitados pelos órgãos fiscalizadores.
No Município, esses resíduos são recolhidos pela empresa Krefta
Tecnologia em Serviços duas vezes ao ano.
Tabela 5 – Eletroeletrônicos
Eletroeletrônicos
Quantidade (t) Ano
4,3 2013
3 2014
4,5 2015
FONTE: Departamento de Meio Ambiente
4.2.6 Lâmpadas
As lâmpadas presentes na maioria dos lares, comércio, indústria e em
quase todas as atividades modernas, apesar da comodidade que nos oferece,
contém metais pesados que possam provocar sérios problemas ao meio
ambiente, como a contaminação do solo e da água atingindo a cadeia alimentar.
Podem ser encontradas no mercado, lâmpadas contendo: vapor de mercúrio, de
vapor de sódio, luz mista e também as lâmpadas fluorescentes.
Orientações da SEMA-PR: Quando “queimadas” não devem ser
descartadas junto com os demais resíduos do lixo doméstico, pois há a
necessidade da descontaminação das mesmas, para neutralizar as substâncias
químicas nocivas, a fim de que, seus componentes possam ser reciclados após
tratamento adequado. As lâmpadas fluorescentes, enquanto intactas, não
oferecem perigo, porém, quando quebradas ou rompidas, liberam mercúrio que
se evapora no meio ambiente. Todos os materiais que compõem as lâmpadas
são reaproveitáveis. Através de etapas de separação e descontaminação das
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
lâmpadas, pode-se recuperar o vidro, metal e os componentes químicos
existentes a fim de evitar danos.
As empresas são responsáveis pelas lâmpadas comercializadas em seus
estabelecimentos, devendo obrigatoriamente oferecer pontos de coleta e
contrato com empresas que recolham esse material, ficando a responsabilidade
pelo Poder Público de fiscalizar esses comércios. No Município a empresa Krefta
Tecnologia em Serviços é a responsável pela coleta e destinação final desse
resíduo.
Tabela 6 – Lâmpadas
Lâmpadas
Quantidade (Un) Ano
297 2013
201 2014
209 2015
FONTE: Departamento de Meio Ambiente
Figura 7 – Coleta de Lâmpadas Fluorescentes
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4.3 RESÍDUOS QUE NÃO SE ENQUADRAM NA LOGISTICA DE REVERSA
OBRIGATÓRIA
4.3.1 Resíduos do Serviço de Saúde
Os Resíduos de serviços de saúde (RSS) podem ser definidos como
aqueles “provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza
médico-assistencial humana ou animal, aqueles provenientes de centros de
pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde,
medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados, aqueles provenientes
de necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal e aqueles provenientes
de barreiras sanitárias” (CONAMA, 2001).
A Resolução RDC n° 33/2003, da ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) dispõe sobre o gerenciamento dos RSS, e em seu Capítulo
IV trata das responsabilidades pelos estabelecimentos geradores:
4 - É de responsabilidade das empresas prestadoras de serviços terceirizados a apresentação de licença ambiental para as operações de coleta, transporte ou destinação final dos resíduos de serviços de saúde, ou de licença de operação fornecida pelo órgão público responsável pela limpeza urbana para os casos de operação exclusiva de coleta.
5 - É de responsabilidade dos órgãos públicos responsáveis pelo gerenciamento de resíduos, a apresentação de documento aos geradores de resíduos de serviços de saúde, certificando a responsabilidade pela coleta, transporte e destinação final dos resíduos de serviços de saúde, de acordo com as orientações dos órgãos de meio ambiente.
Através de exigência Legal, o serviço público de Missal não pôde mais se
responsabilizar pelo transporte e destinação final dos resíduos de Saúde
gerados no município.
Cada estabelecimento de Saúde (Público e Privado) elaborou ou deverá
elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde, no qual
consta a forma correta, desde armazenamento interno até o transporte e
destinação final de todo o resíduo produzido em seus departamentos. Compete
a cada estabelecimento contratar a empresa que prestará este serviço, desde
que apresente as licenças ambientais exigidas para o devido tratamento e
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
transporte dos resíduos em questão. Tudo com o propósito final de assegurar a
preservação do meio ambiente e a saúde pública.
A frequência de coleta dos resíduos de saúde nos estabelecimentos é
semanal, quinzenal e até mensal, especificada no contrato de prestação de
serviços conforme estabelecido com a demanda.
Normalmente a destinação dada pelas empresas contratadas é o método
de incineração.
Segundo levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Agricultura
e Meio Ambiente, a quantidade de RSS gerada anualmente no Município é de
aproximadamente 3,0 toneladas, sendo de departamentos públicos, coletada
pela empresa Transremove.
Tabela 7 – Resíduos de Serviços de Saúde
Resíduos de Serviços
de Saúde
Quantidade (t) Ano
3,2 2013
3,0 2014
3,1 2015
FONTE: Departamento de Meio Ambiente
4.3.2 Resíduos Industriais
O CONAMA 313/2002 define o Resíduo Industrial como sendo “todo o
resíduo que resulte de atividades industriais e que se encontre nos estados
sólido, semi-sólido, gasoso – quando contido, e líquido – cujas particularidades
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos de
água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em
face da melhor tecnologia disponível. Ficam incluídos nessa definição os lodos
provenientes de sistema de tratamento de agua e aqueles gerados em
equipamentos e instalações de controle de poluição”. Os resíduos Industriais são
definidos no PMSB, art. 13, como aqueles “gerados nos processos produtivos e
instalações industriais”.
De acordo com a Lei Estadual n° 12.493, de 22 de janeiro de 1999, em
seu artigo 4, “as atividades geradoras de resíduos sólidos de qualquer natureza,
são responsáveis pelo seu acondicionamento, armazenamento, coleta,
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
transporte, tratamento e disposição final, pelo passivo ambiental oriundo da
desativação de sua fonte geradora, bem como pela recuperação de áreas
degradadas”. Ainda segundo a Lei Estadual n° 12.493, em seu artigo 10, prevê
que “os resíduos sólidos industriais devem ter acondicionamento, transporte,
tratamento e destinação final adequados, atendendo as normas aplicáveis da
ABNT e as condições estabelecidas pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP,
respeitadas as demais normas vigentes”.
No Município de Missal estão instaladas poucas indústrias, dentre elas
industrias de malhas onde grande parte de seus resíduos são encaminhados a
Associação dos Artesãos, dos Deficientes Físicos, para confecção de peças de
aproveitamento desses resíduos que consistem em retalhos de tecido.
4.3.3 Resíduos de Óleos Comestíveis
Os resíduos de óleos comestíveis contaminam o ambiente se descartados
de maneira irregular. No Município a Associação de Catadores de Materiais
Recicláveis de Missal (ACAMIS) coleta o material e revende, gerando lucro para
a Associação e destinando de forma adequada esse resíduo. Também temos
escolas que reutilizam esse material na fabricação de sabão artesanal o que
contribui também para a conscientização dos cidadãos quanto ao descarte mais
adequado desse resíduo, incentivando e viabilizando ações criando mecanismos
para que a reciclagem de óleo, após seu uso, se torne uma pratica com postos
de coleta em mais pontos preestabelecidos.
4.3.4 Resíduos de Construção Civil
Os resíduos de construção civil (RCC) são definidos no artigo 13 da
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) como “aqueles gerados nas
construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil,
incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras
civis”.
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
O correto gerenciamento dos RCC’s deve ser iniciado pela separação
adequada e o acondicionamento na fonte e na destinação final que antecede a
reciclagem.
Seu correto gerenciamento evita que esses resíduos sejam destinados
em locais inapropriados tais como margens de rios e terrenos baldios. Além
disso, uma separação adequada permite que grande parte do material seja
reaproveitado.
Os geradores são divididos em dois grupos:
- Pequeno Gerador: Aquele que produz até 1m³ de RCC.
- Grande Gerador: Aquele que produz acima de 1m³ de RCC.
Para os resíduos de construção e demolição possíveis de reutilização ou
reciclagem sejam resíduos da classe A, que são trituráveis e/ou classe B
(madeiras, ferro, plásticos, papel e outros) devem ser acondicionados em locais
específicos e reutilizados ou reciclados. Para os resíduos da classe A, após
moagem, devem ser reutilizados como cascalho.
No Município de Missal há uma empresa que recolhe esses resíduos com
caçambas. Os geradores alugam a caçamba por tempo de uso ou por carga.
Tabela 8 – Resíduos de Construção Civil
Resíduos de
Construção Civil
Quantidade (t) Ano
- 2013
- 2014
180 2015
FONTE: Departamento de Meio Ambiente
4.3.5 Resíduos Sólidos de Varrição Manual de Vias e Logradouros Públicos
O Município não conta com varrição mecanizada, sendo a mesma
realizada por funcionários da Secretaria de Obras, Transporte e Urbanismo.
Todos os resíduos descartados pela população são varridos
manualmente e acondicionados em sacos plásticos de 100 litros agrupando-os
em locais apropriados para posteriormente serem coletados e transportados até
o aterro sanitário.
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
Os serviços de coleta e transporte dos resíduos de varrição são realizados
diariamente por veículo caçamba e uma pá carregadeira.
Tabela 9 – Resíduos de limpeza de logradouros públicos
Resíduos de limpeza de
logradouros públicos
Quantidade (t) Ano
- 2013
3000 2014
3060 2015
FONTE: Departamento de Meio Ambiente
4.3.6 Resíduos de Galhos
4.3.6.1 Serviços de Varrição
Os serviços de varrição são executados por funcionários da Prefeitura no
período diurno. A equipe de varrição é composta por 5 funcionários que realizam
o serviço em passeios e vias públicas correspondendo a um total de 1.600
km/ano.
4.3.6.2 Serviços de Capina
O Serviço de capina é realizado em passeios e sarjetas com processo
manual e mecânico. O procedimento é de capina/roçada.
4.3.6.3 Serviços de poda
O serviço de poda é executado pela própria Prefeitura, com 2 funcionários,
e por empresa terceirizada temporária, além das equipes de manutenção da
Copel – Companhia Paranaense de Energia.
A quantidade de árvore podada por ano fica entre 400 e 600 árvores de
pequeno, médio e grande porte.
31
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
4.3.6.4 Serviços de jardinagem
Os serviços de jardinagem são realizados por equipe composta de 1
funcionário, que recolhe aparas de grama e arbustos provenientes da
manutenção de jardins de praças e demais espaços públicos.
4.4 REJEITOS
Rejeitos são “resíduos sólidos que, depois de esgotada todas as
possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que
não a disposição final ambientalmente adequada” (Lei 12.305/2010).
Os rejeitos são coletados pelo caminhão compactador da Prefeitura
Municipal, e destinados ao Aterro Sanitário Municipal. São os resíduos
produzidos nas dependências domiciliares e de suas atividades rotineiras. Não
há sistema de compostagem no aterro.
A coleta abrange 100% do Município, sendo realizado apenas na área
urbana, conforme cronograma.
Quadro 1 – Horário da Coleta Domiciliar/comercial
Local Coleta Domiciliar/comercial
Centro 06:00 até o final da execução do serviço (Segundas,
quartas e sextas)
Bairros e Distritos 06:00 até o final da execução do serviço (terças e
quintas)
Sábados, feriados e pontos
facultativos
03:00 até o final da execução do serviço apenas no
centro.
Fonte: Secretaria de Obras, Transporte e Urbanismo
Os valores em toneladas dos rejeitos gerados pela população missalense
são estimados considerando as cargas diárias com uma média de quilos,
portanto o valor não pode ser considerado exato.
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
Tabela 10 – Rejeitos
Rejeitos
Quantidade (t) Ano
- 2013
3.478,3 2014
3.960 2015
FONTE: Departamento de Meio Ambiente
No ano de 2015 foram produzidos 3.960 toneladas de rejeitos com uma
população estimada de 10.847 habitantes, o equivalente a uma média de
1Kg/hab/dia. Um valor alto mas já é considerado a média de produção pelos
brasileiros.
4.5 RESÍDUOS RECICLÁVEIS
De acordo com os dados levantados pela Secretaria Municipal de
Agricultura e Meio Ambiente, vê-se na Figura abaixo a quantidade produzida de
cada material destinado para a reciclagem nos últimos três anos.
Tabela 11 - Quantidade de material reciclável destinado a reciclagem
Material 2013 (Kg) 2014 (Kg) 2015 (t)
Papelão 115,5 110 179
Plástico 32,5 32,8 49
Metal 18,2 19,6 28
Vidro 3,1 3,5 5
Outros 10,6 12,4 29
Total 179,90 178,30 290
Fonte: ACAMIS
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Figura 8 – Gráfico da produção de material reciclável nos últimos três anos
4.6 COLETA SELETIVA
A coleta seletiva abrange 100% do Município, sendo realizado
diariamente na área urbana e mensalmente na área rural. O projeto tomou
expansão nos departamentos públicos, comércio, na indústria, escolas e
domicílios, atingindo assim a responsabilidade de todos os cidadãos. No interior,
a recolha acontece mensalmente, abrangendo toda a zona rural, coleta conforme
cronograma.
CRONOGRAMA DA COLETA NA ÁREA RURAL E DISTRITOS
LOCALIDADE PERIODICIDADE DIA
Portão Ocoí Semanal Quintas-feiras de manhã
Dom Armando Semanal Quartas-feiras de manhã
Espaço Rural Mensal Intervalo do Dia 06 à 10
Figura 9 - Cronograma da coleta seletiva
179,9 178,3
290
0
50
100
150
200
250
300
350
2013 2014 2015
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CRONOGRAMA DA COLETA NA ÁREA URBANA
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
Jardim
Gramado Manhã
Loteamento
Panorâmico Manhã
Loteamento
Birck Manhã
Bairro Kotz Manhã
Bairro San
Francisco Manhã
Bairro
Renascer Manhã
Padre Rick Manhã
Centro Tarde Tarde Manhã
Vista
Alegre Tarde
Figura 10 - Cronograma da coleta seletiva na área urbana
Foram entregues 4.000 panfletos sobre a Coleta Seletiva no Município no
ano de 2016 para as Agentes Comunitárias de Saúde, que repassaram para
todos os moradores, da área urbana e rural.
O panfleto aborda a classificação dos resíduos recicláveis, materiais
orgânicos e rejeitos, esclarecendo dúvidas a respeito da destinação correta de
cada resíduo.
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Figura 11 – Panfleto (externo)
Figura 12 – Panfleto (interno)
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4.6.1 Benefícios Da Coleta Seletiva
4.6.1.1 Ambiental
Diminui a exploração de recursos naturais renováveis e não renováveis;
Evita a poluição do solo, da água e do ar;
Melhora a qualidade do composto produzido a partir da matéria orgânica;
Melhora a limpeza da cidade;
Possibilita o reaproveitamento de materiais que iriam para o aterro
sanitário;
Prolonga a vida útil dos aterros sanitários;
Reduz o consumo de energia para fabricação de novos bens de consumo;
Diminui o desperdício.
4.6.1.2 Econômico
Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis
pelas indústrias;
Gera renda pela comercialização dos recicláveis;
Diminui os gastos com a limpeza urbana.
4.6.1.3 Social
Cria oportunidade de fortalecer organizações comunitárias;
Gera empregos para a população;
Incentiva o fortalecimento de associações e cooperativas.
4.6.1 ACAMIS
A ACAMIS originou-se através de um grupo de catadores de materiais
recicláveis, trabalhadores informais, que atuavam de forma independente no
município, os quais viviam em condições ínfimas de sobrevivência. Na época, a
transformação deste grupo, em Associação, foi articulada com o apoio da Itaipu
37
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
Binacional, que participa ativamente de projetos sócio ambientais na região
Lindeira ao Reservatório de Itaipu.
Criada em 11 de maio de 2004, com total apoio do Governo Municipal,
tem como objetivo primordial o de estruturar os catadores e incluí-los
socialmente, gerando maior renda para suas famílias e consequentemente
melhorar a recolha de materiais recicláveis no município. Com a formalização, o
processo de exploração no momento da venda dos materiais diminuiu, elevando
os rendimentos econômicos, pela comercialização de forma coletiva e igualitária.
Em 2007 devido ao Lançamento da Coleta Seletiva Municipal – Projeto
ECOMISSAL, diversos foram os resultados alcançados, entre eles, o
fortalecimento da ACAMIS, aumento da renda dos catadores, obviamente
melhorando a qualidade de vida, sua inclusão social, passando a serem vistos
como Catadores de Materiais Recicláveis e não como lixeiros, e aquisição de
equipamentos (prensa hidráulica, balança, carrinhos manuais) e uniformes.
Outro resultado significante foi a diminuição relevante da quantidade de
materiais levados ao aterro sanitário municipal, aumentando consideravelmente
a vida útil da área.
A Coleta Seletiva foi se abrangendo de forma gradativa a todo Município.
Inicialmente a coleta se dava no perímetro urbano e nos bairros. Depois,
expandiu-se ao espaço rural. Portanto, a partir de 2009, todo o Município pôde
ser beneficiado com o programa.
Figura 13 – Membros da ACAMIS
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
A Associação visa a recolha dos materiais recicláveis em todos os
domicílios urbanos e rurais, instituições de ensino, estabelecimentos comerciais,
governamentais e industriais. Um projeto amplo, englobando de forma geral
todos os munícipes e visitantes.
Pelas mãos dos associados o material é coletado, triado, armazenado,
enfardado e comercializado.
Figura 14 – Barracão da ACAMIS
Nos últimos três anos, a ACAMIS, não apresentou alteração significativa
no número e gênero de membros, a média girou em torno de seis membros,
neste espaço de tempo. Considerando que são em média de seis famílias
sobrevivendo desta atividade, em um Município de pequeno porte.
Com todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pela ACAMIS, as
condições de vida dessas famílias melhoraram, favorecendo sua socialização.
4.6.1.1 Recursos Técnicos
A Associação é acompanhada por uma Tecnóloga Ambiental,
disponibilizada pela Prefeitura Municipal, mas além dela, os Catadores podem
contar com toda a estrutura técnica da administração.
Quanto aos equipamentos existentes e disponíveis são: 2 Prensas
Hidráulicas, 1 Balança, 2 transpallets manuais, um caminhão baú e uniformes
cedidos pela Itaipu Binacional, além de estarem instalados em um barracão novo
construído pela Administração Municipal em parceria com a FUNASA.
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
Figura 15 – Equipamentos da ACAMIS
A utilização de EPI’S - Equipamentos de Proteção Individual pelos
catadores é indispensável, como a utilização de luvas, botas, vestimenta e boné.
Os próprios catadores fazem o controle de compra e venda dos materiais
recicláveis por peso, onde a renda mensal é dividida igualmente entre os
associados.
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
5 ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL
O aterro sanitário está situado em lote rural de 24.000 m², na Linha Três
Pinheiros s/n, a três quilômetros do perímetro urbano.
Figura 16 – Localização do Aterro Sanitário Municipal
A construção do aterro está dentro das devidas normas de legislação. O
local se tornou apropriado para a deposição de resíduos sólidos comuns gerados
no Município. A área é totalmente cercada com um portão central de acesso,
rodeada por árvores da espécie uva-japonesa, evitando o extravio de materiais
pelo vento. A perspectiva de Vida Útil é do ano 2017.
Já está sendo estudada a aquisição de uma nova área anexa a atual área
do Aterro, dentro das Normas Ambientais, com previsão para início da Operação
já na segunda metade do ano de 2017. Após início das atividades na nova área,
a atual área de utilização para Aterro será desativada.
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Figura 17 – Acesso ao Aterro Sanitário Municipal
Figura 18 – Impermeabilização do Aterro com Geomembrana
6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Educação Ambiental no Município de Missal busca valores que
conduzam a uma convivência saudável respeitando o meio ambiente e todas as
espécies que nele vivem.
As ações são tanto teóricas quanto práticas e contemplam diferentes
idades e parcerias para suas realizações.
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Dentro do PMGIRS é muito importante abranger a Educação Ambiental
pois ela assume um papel de divulgação e de prática das atividades ambientais,
assim como demais projetos, programas ou ações de educação ambiental que
prezem a prevenção da geração, a redução, reutilização, reaproveitamento e
reciclagem.
6.1 PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Os programas são desenvolvidos com parcerias como a ACIMI
(Associação Comercial e Industrial de Missal), Conselho da Mulher Empresária,
Escolas Municipais e Centros de Educação Infantil, Comitê Gestor da Itaipu,
EMATER, CAPA, ITAIPU, Conselho dos Municípios Lindeiros e Água Mineral
Itaipu.
6.1.1 Projeto Beija-Flor
O Projeto Beija-Flor já vem desenvolvendo ações no Município desde
2011. Objeto do Coletivo Educador, o Projeto realiza ações nas Escolas, Praças,
Avenidas e Repartições Públicas.
Figura 19 – Ações do Projeto Beija-Flor
6.1.2 Projeto PEROBA
O projeto PEROBA (Projeto Educativo de Reciclagem e Orgânicos para a
Boa Alimentação) visa revitalizar as hortas das escolas e sensibilizar os alunos
sobre a importância de preservar o Meio Ambiente, incentivando-os a fazerem a
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sua parte, separando de modo correto e responsável o lixo nas escolas e em
suas casas.
A manutenção do projeto é feita pelo acompanhamento das hortas, plantio
e adubação.
Figura 20 – Ações do Projeto PEROBA
6.1.3 Recuperação de Nascentes
O programa de recuperação de nascentes abrange todo o Município e já
recuperou mais de dez nascentes em diferentes comunidades de Missal. A
parceria entre Emater, Administração Municipal e Itaipu Binacional desenvolvem
uma proteção com o sistema solo-cimento idealizado pela Emater.
Figura 21 – Ações do Programa de Recuperação de Nascentes
7 RECURSOS HUMANOS DO MUNICÍPIO
A Administração dispõe de uma equipe de profissionais na área ambiental
(Departamento Municipal do Meio Ambiente) e administrativa. O quadro dos
funcionários diretamente envolvidos consta de:
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Equipe Técnica
Equipe da coleta de lixo:
01 Servidor motorista. Salário + Serviços Extraordinários
03 Servidores Serviços Gerais (rodízio mensal) 40%
Insalubridade
Equipe da Limpeza Pública (número de duas)
01 Coordenador Departamento Limpeza Urbana
02 Servidores Motoristas (sendo um destinado ao distrito de Dom
Armando);
04 Servidores Serviços Gerais
10 Servidores Garis
02 Servidores Serviços Gerais lotados na praça central
02 Servidores Serviços Gerais na limpeza dos distritos
Equipe dos Entulhos e resíduos de construção
01 Servidor Motorista
01 Servidor Operador Retro Escavadeira
02 Servidores Serviços Gerais
As demais Secretarias Municipais estão envolvidas direta e indiretamente
com a causa, cada qual se envolvendo e disponibilizando no que for necessário
seus recursos materiais e humanos. Toda à mobilização é necessária para a
ideal operação e acompanhamento do Sistema de Coleta Seletiva dos Resíduos
Sólidos Municipais.
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8 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Coleta convencional de lixo domiciliar
01 Veículo adaptado para coleta de lixo, FORD 1422, AJJ 1712, adquirido
em 18/07/2000,
Material de Consumo: Combustível, pneus, manutenção, material e equipamento
de segurança, etc.
Limpeza Pública
01 Veículo Agrale 7500, AKV, adquirido em 07/03/2003,
01 Veículo Mercedes 1113, AIK 2011, coleta Dom Armando,
01 Veículo Kombi AHZ 4518
Material de Consumo: Combustível, pneus, Ferramentas, materiais de varrição,
proteção, etc.
Coleta de Entulhos e RCC
01 Veículo Mercedes Benz 1113, AIK 2311,
01 Máquina MaXion 750 Retro escavadeira BP 15421, adquirida em
23/06/2000,
Material de Consumo: Combustível, pneus, manutenção, ferramentas e
materiais de segurança.
Outras Despesas (Anuais)
Contratação de Coleta de Resíduos Sólidos da Saúde Pública;
Custos de Serviços Administrativos, capacitações, campanhas,
monitoramento, Educação Ambiental, material de expediente.
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9 REVISÃO, MONITORAMENTO, METAS E MEDIDAS
É responsabilidade do executivo a nomeação de um Comitê de
Fiscalização e acompanhamento da execução do plano, que deverá ser revisto
e ajustado, observado o período de vigência do Plano Plurianual Municipal ou
quando houver necessidade. As revisões são oportunidades de se avaliar o
andamento das ações planejadas, como atualizar prazos ou novas ações e
metas para os próximos anos, de acordo com indicadores de desempenho
adotados, novas informações e demandas ou tecnologias que possam ter sido
desenvolvidas e/ou otimizadas no tempo decorrido desde a elaboração inicial e
novas fontes de financiamento de projetos.
Descrever em relatórios todos os procedimentos de controle e avaliação
e encaminhamento dos Licenciamentos Ambientais dos
empreendimentos e atividades;
Monitorar a Coleta Seletiva do Lixo Municipal;
Controlar o corte de árvores;
Tornar obrigatória a adesão de todos os cidadãos aos compromissos do
plano.
As possíveis situações críticas que exigem ações de contingências podem
ser minimizadas através do controle do funcionamento dos veículos e
equipamentos através de monitoramento como quilometragem
percorrida/veículo ou pesos máximos transportados/veículo e fiscalização da
abrangência de atendimento e qualidade do serviço medida por número de
reclamações.
9.1 META DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Ao longo de 04 anos diminuir em 10% a quantidade de resíduos sólidos
no Município; buscar e promover programas, projetos e ações voltados ao
conhecimento de não geração, minimização, reutilização, reciclagem,
tratamento e destinação final de resíduos sólidos no Município de Missal;
Atividades que reduzam ou evitem a geração de resíduos na origem:
Desperdício Zero, “residência lixo zero”;
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Abolir copos descartáveis, Projeto Caneca aplicado nos departamentos
públicos, escolas, igrejas, clubes e associações;
Divulgar os conceitos relacionados com a coleta seletiva, com a logística
reversa, com o consumo consciente e com a minimização da geração de
resíduos sólidos;
Concursos nos espaços educativos do Município, como o Espaço Verde,
sala cedida pela Prefeitura Municipal em parceria com a Itaipu Binacional
que visa a educação ambiental para toda a sociedade, disseminando
ideias de Escola e Cultura de Sustentabilidade, Espaços Lixo Zero,
Município com produção e consumo sustentável, etc.;
Constante estímulo para compostagem com os resíduos sólidos úmidos
para buscar a redução significativa de emissão e acúmulo de gases
poluentes no aterro;
Estimular a adoção de boas práticas de gestão de resíduos, por meio de
capacitação e distribuição de material técnico, de acordo com os
princípios da PMGIRS;
Manter parcerias com Estado e União.
Na figura abaixo podemos observar as metas especificas de cada material
gerado no Município.
Resíduos Metas
Embalagens de
Agrotóxicos Abolir descarte inadequado desse material.
Pilhas e
Baterias
Participar e integralizar efetivamente os geradores, através
de encontros para trocas de experiências, com a finalidade
de buscar os princípios básicos da não geração e da
minimização da geração dos resíduos e seu
reaproveitamento.
Pneus
Inservíveis
Participar e integralizar efetivamente os geradores.
Estabelecer um controle de depósito de pneus no momento
da armazenagem. Mostrar formas de reaproveitamento do
resíduo.
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Óleos e Graxas Fiscalização rígida por parte do Governo Municipal.
Eletroeletrônicos
Campanhas para coletas em pontos pré-estabelecidos e
destinação final adequada.
Lâmpadas
Participar e integralizar efetivamente os geradores, através
de encontros regionais e estaduais para trocas de
experiências, com a finalidade de buscar os princípios
básicos da não geração e da minimização da geração dos
resíduos e seu reaproveitamento, bem como campanhas
de recolha desse resíduo.
Resíduos do
Serviço de Saúde
Fiscalização rigorosa juntamente com as farmácias e
hospitais do Município acerca de sua destinação final.
Resíduos
Industriais
Aproveitar 100% dos resíduos.
Resíduos de
Óleos
Comestíveis
Maior conscientização.
Resíduos Sólidos
de Varrição
Manual de Vias e
Logradouros
Públicos
Realizar a compostagem do material.
Resíduos da
Construção Civil
Reaproveitamento para o aterramento de áreas e novas
construções em geral. Aproveitamento de 100% dos
resíduos produzidos no Município. Normatizar maneira de
dispor os resíduos para coleta, cronograma e repassar
custos aos geradores.
Resíduos
Recicláveis
Mercado para absorção total dos materiais recuperados;
motivar o envolvimento da população no processo,
objetivando mudanças de atitudes e hábitos impostos pela
sociedade de consumo, evitando o desperdício e reduzindo
sensivelmente a geração desses resíduos.
Rejeitos
Desenvolver Processos de Compostagem em parceria com
Universidades e afins, visando o aprimoramento das tecnologias,
revertendo seu uso em locais apropriados dentro do próprio
município. Implementar programas visando estimular a
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população a reativar a prática da adubação orgânica. Promover
intercâmbios municipais e estaduais sobre as diferentes técnicas
aplicadas no aproveitamento dos resíduos orgânicos na
compostagem.
10 MEDIDAS DE ADVERTÊNCIA E PUNIÇÃO
A gestão deve prever medidas de advertência ou punição que impeçam:
I - O lançamento de resíduos sólidos "in natura" a céu aberto, em áreas urbanas
ou rurais;
II - A queima de resíduos sólidos a céu aberto ou em instalações, caldeiras ou
fornos;
III - O lançamento de resíduos sólidos em terrenos baldios, margens de
vias públicas, corpos hídricos, áreas erodidas e poços ou cacimbas, mesmo
que abandonados, em áreas de preservação permanente e reserva legal;
IV - O lançamento de resíduos sólidos em sistema de redes de drenagem de
águas pluviais;
V - O recebimento de resíduos sólidos de Municípios vizinhos, seja para fins
de tratamento ou de disposição final.
11 QUADRO SÍNTESE DAS RESPONSABILIDADES
Tipos de Resíduos e
responsabilidades
específicas
Responsabilidade
pública
Responsabilidade privada
prin
cip
al
co
mp
lem
en
tar
ge
rad
or
tran
sp
orta
do
r
rec
ep
tor
Domiciliares RSD -
coleta convencional X
Domiciliares RSD
secos X
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Domiciliares RSD
úmidos X
Limpeza pública X
Construção civil
RCC X
Verdes X
Serviços de Saúde X X
Eletrônicos X X
Pilhas e baterias X X
Lâmpadas X X
Pneus X X
Óleos lubrificantes e
embalagens X
Agrotóxicos X X
Óleos comestíveis X X
Industriais X
12 CAPACITAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO
Frequentemente a equipe de profissionais que acompanha o
gerenciamento dos resíduos sólidos no Município, passará por capacitações
técnicas necessárias para o bom desempenho dos trabalhos desenvolvidos,
como: palestras, grupos de trabalho, cursos, treinamentos e especializações.
12.1 FORMAS DE ATUAÇÃO
A implantação de um novo plano sempre acarreta em um grande trabalho,
tratando-se de meio ambiente a mobilização deve ser muito maior, pois, envolve
mudança de hábito e cultura na população. A participação/comprometimento da
comunidade e coerência dos Catadores de Materiais Recicláveis na execução
do projeto é fundamental, para o bom êxito do projeto. Os agentes ambientais
serão treinados para se integrar a comunidade, buscando a confiança e a
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mobilização da população de maneira a trazê-la a participar ativamente do
processo.
12.1.1 Escolas
Todo o sistema educacional do Município de Missal estará envolvido na
educação ambiental, tanto inicial, como, permanente. Será elaborado pela
coordenação do PMGRS juntamente com a Secretaria Municipal de Educação,
um cronograma de palestras e atividades, que abrangerá todas as escolas
municipais, estaduais e particulares.
Toda essa mobilização deverá orientar e conscientizar os alunos sobre o
novo sistema de coleta de resíduos adotado pela administração e sua
importância para o meio ambiente e melhoria da qualidade de vida da população.
Estes levarão ao conhecimento dos pais e familiares, mostrando os direitos e
deveres dos cidadãos.
12.1.2 Comunidade
A população em geral, será informada e conscientizada através de
palestras nas comunidades e setores. As Agentes Comunitárias de Saúde terão
um papel crucial na orientação, será distribuída panfletagem à nível de
informação e orientação, a coordenação dará entrevistas nas rádios de
audiência no município e fará reportagens nos jornais de circulação municipal e
regional.
As lixeiras instaladas na cidade, também contribuirão para a
conscientização popular, já que foram direcionadas em pontos estratégicos,
onde há maior fluxo de pedestres.
12.1.3 Associação de Catadores
A comunidade fazendo sua parte separando os materiais, fica a encargo
da ACAMIS em coletar e segregar corretamente, destinando-os para a
reciclagem. Atualmente contamos com 6 (seis) membros na associação, mas
todos contribuirão com a recolha dos materiais.
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12.1.4 A Atuação do Município de Missal
Em um trabalho tão amplo quanto o PMGIRS, quanto mais parcerias e
convênios firmarmos, maior será o comprometimento da população e instituições
ao projeto. Temos assim a ACIMI (Associação Comercial e Industrial de Missal),
Lions Clube, Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, EMATER e Câmara de
Vereadores.
Através das secretarias municipais são disponibilizados recursos
humanos, materiais, técnicos e estruturais para a devida execução do projeto,
assim segue:
SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE
A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente coordena o Projeto de Coleta
Seletiva, executando junto com as entidades institucionais e educacionais as
atividades envolvidas. Fornece apoio técnico para as demais secretarias e toda
população. Firmou parceria com a Itaipu Binacional, a qual presta auxílio técnico
e material, como uniformes e carrinhos.
A secretaria tem auxiliado nos trâmites legais, implantação e ativação da
ACAMIS, bem como, dando todo amparo técnico e instrutivo aos catadores.
SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Através do cadastramento dos catadores e seus dependentes, a
secretaria fornece o amparo social, necessário para a melhoria da qualidade de
vida, orientando as famílias de acordo com suas necessidades. Estes cadastros
direcionam as famílias à inclusão em benefícios sociais federais, estaduais e
municipais, como o repasse de cestas básicas com produtos oriundos dos
agricultores missalenses.
SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS, URBANISMO E TRANSPORTE
Esta secretaria é responsável pelo trabalho de recolha e transporte do
rejeito e possível lixo orgânico, encaminhando ao aterro municipal, a mesma
disponibiliza servidores e caminhão.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE
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Prestará apoio e auxílio no cumprimento do cronograma de palestras e
atividades desenvolvidas no âmbito educacional e na educação permanente e
contínua dos estudantes municipais.
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
A Secretaria Municipal de Saúde conta com 28 Agentes Comunitárias de
Saúde, com áreas de atuação distribuídas na zona rural e urbana, em suas
visitas rotineiras nos domicílios, as mesmas orientam e conscientizam a
população, sobre os benefícios sócio ambientais do projeto.
É função do setor de Endemias recolherem os pneus inservíveis no
Município.
SECRETARIA MUNICIPAL DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO E TURISMO
Essa pasta auxilia na intermediação e comprometimento dos setores
empresariais e industriais do Município com o projeto.
13 INFORMAÇÕES DE INVESTIMENTO E CUSTOS
O diagnóstico de custo deve ser exaustivo. É preciso investigar as
diversas despesas que incidem sobre o conjunto de resíduos abordados. É
necessário organizar os dados sobre os custos diretos de operações de coleta e
transporte, destinação e disposição, inclusive os custos de limpeza corretiva de
deposição irregular; custos indiretos, tais como de fiscalização, combate a
vetores, custos administrativos, capacitação, os relativos a depreciação de
investimentos e outros. Tendo as despesas todas compiladas, definir um
indicador que relacione as despesas com manejo de resíduos sólidos e as
despesas correntes municipais.
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MISSAL – PR – 1° REVISÃO
14 CONCLUSÃO
Os resíduos sólidos são gerados em enorme quantidade em Missal, se
considerado o tamanho do Município, e eles representam uma considerável
fonte de problemas se não gerenciados com adequadamente. Uma correta
classificação e caracterização desses resíduos é parte fundamental para um
apropriado gerenciamento dos mesmos.
São muitas as ações que devem ser implementadas no sentido de
solucionar os problemas do Município dentro desse âmbito, algumas de caráter
imediato e outros há médio e longo prazo.
Este PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS será colocado para consulta pública conforme determina a Legislação.