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Relatrio IV
Relatrio Sntese
Novembro / 2013
SPPS - 251113CONTRATO: 063/2012
TC 2575.0351.344-60/2011/MC/CAIXA
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTODE SANTANA DE PARNABA
C O N S U L T O R I A L T D A .
SANTANADEPARANABAPLANOMUNICIPALDESANEAMENTORELATRIOIVSNTESEDOPMSBSPPS251113NOVEMBRO/2013
CONTRATO:063/2012
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO
SANTANA DE PARNABA
RELATRIO IV - SNTESE
SPPS 251113
CONTRATO: 063/2012
Novembro/2013
SANTANADEPARANABAPLANOMUNICIPALDESANEAMENTORELATRIOIVSNTESEDOPMSBSPPS251113NOVEMBRO/2013
CONTRATO:063/2012
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So Paulo, 25 de Novembro de 2013.
SPPS 251113
PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTANA DE PARNABA
At.: Jaderson Spina
Ref.: Plano Municipal de Saneamento
Prefeitura Municipal de Santana de Parnaba
Relatrio IV Sntese do PMSB
Prezado Secretrio,
Atendendo solicitao de V.Sa, encaminhamos o Relatrio IV - Sntese, referente
ao Plano Municipal de Saneamento de Santana de Parnaba - SP.
Sendo o que se apresenta para o momento, subscrevemo-nos.
Atenciosamente,
_________________________________________
Eng Francisco J. P. Oliveira
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CONTRATO:063/2012
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SUMRIO
1 - INTRODUO ............................................................................................................................. 6
2 - CARACTERIZAO DO MUNICPIO ........................................................................................... 8
2.1 - LOCALIZAO E ACESSOS ............................................................................................................ 8 2.2 - CLIMA, HIDROGRAFIA E HIDROLOGIA ............................................................................................. 8 2.3 - REAS DE PROTEO AMBIENTAL E COBERTURA VEGETAL .............................................................. 9 2.4 - USO E OCUPAO DO SOLO ...................................................................................................... 10 2.5 - ASPECTOS SOCIOECONMICOS .................................................................................................. 10 2.6 - NDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO ...................................................................................... 12 2.7 - ASPECTOS INSTITUCIONAIS - ESTRUTURA DO SISTEMA DE SANEAMENTO DO MUNICPIO ................... 13
3 - DESCRIO E DIAGNSTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE GUA EXISTENTE ... 15
4 - DESCRIO E DIAGNSTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITRIO EXISTENTE ... 19
5 - DESCRIO E DIAGNSTICO DO SISTEMA DE COLETA E DISPOSIO FINAL DE RESDUOS SLIDOS ...................................................................................................................... 23
6 - DESCRIO E DIAGNSTICO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA ................................. 27
7 - ESTUDOS DEMOGRFICOS .................................................................................................... 32
8 PROPOSTAS PARA OS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE GUA E ESGOTAMENTO SANITRIO ...................................................................................................................................... 36
8.1 PROJEES DE DEMANDAS ........................................................................................................ 36 8.1.1 - Demandas Previstas para o Sistema de Abastecimento de gua ................................. 36 8.1.2 - Demandas Previstas para o Sistema de Esgotamento Sanitrio .................................... 38
8.2 ANLISE DO SISTEMA PRODUTOR DE GUA DO MUNICPIO DE SANTANA DE PARNABA FRENTE S DEMANDAS PREVISTAS ....................................................................................................................... 41 8.3 ALTERNATIVAS PROPOSTAS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE GUA ................................... 42
8.3.1 Proposta de Setorizao do Sistema de Abastecimento de gua ................................ 43 8.3.2 Proposta para Manuteno do Abastecimento at 2020 ............................................... 45 8.3.3 - Alternativa I ...................................................................................................................... 48 8.3.4 Alternativa II .................................................................................................................... 49 8.3.5 Custos de Implantao das Melhorias Propostas para o Sistema de Abastecimento de gua ............................................................................................................................................ 51
8.4 ALTERNATIVAS PROPOSTAS PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITRIO DE SANTANA DE PARNABA ......................................................................................................................................... 55
8.4.1 Sistema de Esgotamento ETE Aldeia da Serra .............................................................. 57 8.4.2 Sistema de Esgotamento ETE Fazendinha ................................................................... 58 8.4.3 Sistema de Esgotamento ETE Tambor ......................................................................... 59 8.4.4 Sistema de Esgotamento ETE Polvilho ........................................................................... 60 8.4.5 Sistema de Esgotamento ETE Gnesis ......................................................................... 61 8.4.6 Sistema de Esgotamento Integrado Pirapora do Bom Jesus ........................................ 62 8.4.7 Sistema de Esgotamento Integrado ETE Barueri ........................................................... 62 8.4.8 Sistemas de Esgotamento Isolados ............................................................................... 64 8.4.9 Custos de Implantao das Melhorias Propostas para o Sistema de Esgotamento Sanitrio ...................................................................................................................................... 66
8.5 - FINANCIAMENTO PARA IMPLANTAO DAS MELHORIAS PROPOSTAS ............................................... 69
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8.6 - ALTERNATIVAS DE GESTO DOS SERVIOS .................................................................................... 69
9 PROPOSTAS PARA A GESTO DOS RESDUOS SLIDOS .................................................... 73
9.1 PROJEES DE DEMANDA ......................................................................................................... 74 9.2 - OBJETIVOS E METAS DO PLANO .................................................................................................. 75 9.3 - DETERMINAO DOS INVESTIMENTOS .......................................................................................... 78
9.3.1 - Coleta de Resduos Slidos Urbanos ............................................................................. 78 9.3.2 - Varrio Manual ............................................................................................................... 79 9.3.3 - Servios Complementares .............................................................................................. 79 9.3.4 - Coleta Seletiva Educao Ambiental ........................................................................... 80 9.3.5 - Beneficiamento de Entulho ............................................................................................. 81 9.3.6 - Triturador de Podas ......................................................................................................... 81 9.3.7 - Construo de Ecopontos e Pontos de Entrega Voluntria ............................................ 81 9.3.8 - Investimento total para limpeza urbana ........................................................................... 81 9.3.9 - Investimento das unidades de tratamento, transbordo e triagem dos resduos slidos 82 9.3.10 - Investimento do plano de encerramento e monitoramento do aterro municipal .......... 82 9.3.11 - Despesas com a Limpeza Urbana ................................................................................ 82 9.3.11 - Despesas com a containers semienterrados ............................................................... 83
9.4 - POSSVEIS FONTES DE FINANCIAMENTO ........................................................................................ 83 9.5 - ANLISE DE VIABILIDADE ECONMICA ........................................................................................... 83 9.5 - MODELO DE FISCALIZAO ......................................................................................................... 86
10 PROPOSTAS PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA ................................................... 87
10.1 - DRENAGEM ............................................................................................................................. 89 10.2 -REAS DE RISCO ...................................................................................................................... 93 10.3 - OBJETIVOS E METAS ................................................................................................................ 95 10.4 - ESTIMATIVA DE CUSTO .............................................................................................................. 97 10.5 - MODELO DE FISCALIZAO DE DRENAGEM ................................................................................ 98 10.6 - DEFINIO DE RESPONSABILIDADE DE DRENAGEM ..................................................................... 99
11 PROGRAMAS , PROJETOS E AES PROPOSTOS PARA OS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE GUA E ESGOTAMENTO SANITRIO ..................................................... 100
11.1 - FORMULAO DE OBJETIVOS E METAS ..................................................................................... 100 11.2 - DEFINIES DE PROGRAMAS, PROJETOS E AES ................................................................... 110 11.3 - PROGRAMAO DAS AES PROPOSTAS................................................................................. 118 11.4 PLANO DE INVESTIMENTOS DAS AES PROGRAMADAS ........................................................... 124
12 - PROGRAMAS , PROJETOS E AES PROPOSTOS PARA A GESTO DE RESDUOS SLIDOS E LIMPEZA URBANA .................................................................................................... 126
12.1 - FORMULAO DE OBJETIVOS E METAS ..................................................................................... 126 12.2 - DEFINIES DE PROGRAMAS, PROJETOS E AES ................................................................... 128 12.3 - PROGRAMAO DAS AES PROPOSTAS PARA A GESTO DE RESDUOS SLIDOS E LIMPEZA URBANA .......................................................................................................................................... 134 12.4 - PLANO DE INVESTIMENTOS DOS PROJETOS E AES PROPOSTAS .............................................. 142
13 - PROGRAMAS , PROJETOS E AES PROPOSTOS PARA A DRENAGEM URBANA .......... 145
13.1 - FORMULAO DE OBJETIVOS E METAS .................................................................................... 145 13.2 - DEFINIES DE PROGRAMAS, PROJETOS E AES ................................................................... 146
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13.3 - PROGRAMAO DAS AES PROPOSTAS PARA A DRENAGEM URBANA ...................................... 152 13.4 - PLANO DE INVESTIMENTOS DAS AES PROGRAMADAS ............................................................ 156
14 - MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL E AVALIAO DAS AES DO PMSB ................. 159
14.1 CONTROLE SOCIAL ................................................................................................................ 159 14.1.1 Participao Social na Elaborao do PMSB de Santana de Parnaba ..................... 159 14.1.2 Controle Social dos Programas , Projetos e Aes Propostas .................................. 161
14.2 MECANISMOS DE AVALIAO ................................................................................................. 163 14.3 - REGULAO E FISCALIZAO DE SERVIOS DE SANEAMENTO ................................................... 165 14.4 REVISO PERIDICA DO PMSB .............................................................................................. 166
15 - ANEXOS................................................................................................................................. 168
15.1 DIVISO DO MUNICPIO EM ZONAS HOMOGNEAS .................................................................... 169 15.2 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE GUA ALTERNATIVA I .......................................................... 171 15.3- SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE GUA ALTERNATIVA II ........................................................... 173 15.4 - PROPOSTAS PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITRIO ..................................................... 175 15.5 - SUB-BACIAS DO MUNICPIO DE SANTANA DE PARNABA E REAS CRTICAS .................................. 177 15.6 - LOCALIZAO DE ALTERNATIVAS PARA DISPOSIO DE RESDUOS CLASSE II ................................ 179
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1 - INTRODUO
A realizao do Plano Municipal de Saneamento Bsico tem sua origem na Lei do
Saneamento, que busca assegurar que o planejamento seja, de fato, um
instrumento de gesto pblica que, aliado regulao, fiscalizao e controle
social, proporcione, de forma articulada a outras polticas pblicas, a
universalizao, integralidade, transparncia, sustentabilidade e eficincia dos
servios de saneamento.
A Lei 11.445/07, em seu Art. 3, define Saneamento Bsico como sendo o
conjunto de servios, infraestruturas e instalaes operacionais de:
a) abastecimento de gua potvel;
b) esgotamento sanitrio;
c) limpeza urbana e manejo de resduos slidos;
d) drenagem e manejo das guas pluviais urbanas;
O Plano o resultado de um conjunto de estudos cujo objetivo principal
conhecer a situao atual do municpio e planejar as aes e alternativas para a
universalizao dos servios pblicos de saneamento.
A inteno proporcionar a todos, o acesso UNIVERSAL ao saneamento bsico
com qualidade, equidade e continuidade, esta pode ser considerada como uma
das questes fundamentais do momento atual, posta como desafio para as
polticas sociais. Desafio este, que aloca a necessidade de se buscar as
condies adequadas para a gesto dos servios.
As orientaes propostas pela Lei do Saneamento Bsico se constituem em
diretrizes para apoiar e orientar os titulares dos servios pblicos de saneamento
na concepo e implementao das suas polticas e planos.
Segundo o Ministrio das Cidades (2009), o acesso universal aos benefcios
gerados pelo saneamento ainda um desafio a ser alcanado. Os servios de
saneamento esto relacionados de forma indissocivel promoo da qualidade
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de vida, bem como ao processo de proteo dos ambientes naturais, em
especial dos recursos hdricos.
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2- CARACTERIZAO DO MUNICPIO
2.1 - LOCALIZAO E ACESSOS
O municpio est inserido na regio metropolitana da capital paulista (conforme
estabeleceu a Lei Complementar n 14, de 8 de junho de 1973), microrregio de
Osasco.
Localiza-se a uma latitude Sul 23 26 39 e uma longitude Oeste 46 55 04,
estando a uma altitude entre 696 e 1.202 m. Tem como municpios limtrofes as
cidades de Araariguama, Pirapora do Bom Jesus, Cajamar, So Paulo, Barueri e
Itapevi.
O principal acesso cidade pela rodovia SP-312 (Estrada dos Romeiros), que
se localiza entre a Rodovia Castelo Branco (SP-280) e a Rodovia Anhanguera
(SP-330), prximo ao rodoanel Mario Covas (SP-021).
2.2 - CLIMA, HIDROGRAFIA E HIDROLOGIA
O clima da rea geogrfica na qual se localiza Santana de Parnaba, segundo a
classificao de Koeppen, do tipo Cwa, que significa clima temperado mido
com inverno seco e vero quente e chuvoso. A regio apresenta ndice
pluviomtrico anual em torno de 1.413,1 mm, com variaes mensais mdias
mnimas e mximas, respectivamente de 37,3 e 221,7 mm. J a temperatura
mdia anual de 20,3 C, sendo julho o ms mais frio (com mdia de 16,5 C) e
fevereiro o mais quente (mdia de 23,4 C). O municpio apresenta ventos
dominantes na direo leste-oeste.
Santana de Parnaba possui reas contidas nas Bacias dos Rios Sorocaba, Tiet
e Juqueri. Por esse motivo o municpio est inserido na Unidade de Gesto de
Recursos Hdricos (UGRHI) 6, correspondente Bacia do Alto Tiet, onde
participa de dois Sub-comits de gesto dessa unidade: o Sub-comit
Juqueri/Cantareira e o Sub-comit Jusante do Pinheiros/Pirapora. (Plano Diretor
2005/2006).
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Parte do territrio municipal pertence UGRHI 10 Sorocaba/Mdio Tiet, mas
devido pequena rea contida nessa Unidade, Santana de Parnaba no
participa de seu Comit de gesto.
2.3 - REAS DE PROTEO AMBIENTAL E COBERTURA VEGETAL
Das APAs existentes no estado de So Paulo, o municpio de Santana de
Parnaba engloba dentro do seu limite territorial apenas um trecho da APA Vrzea
do Tiet.
As principais reas verdes do municpio de Santana de Parnaba, institudas
atravs de legislao, so as seguintes:
Reserva Biolgica Tambor rea 3.673,4 hectares Lei Municipal n
2.689 de 22/12/2005;
APA da Vrzea do Rio Tiet rea 7.400 hectares Lei Estadual n
5.598/1987;
Serra do Voturuna rea 1.128 hectares - Tombamento Condephaat n
91.783 e Lei Municipal n 3.297/2013.
Morro do Major rea de 6,0 hectares - tombado pela Lei Municipal n
1.840/1994.
Tambm, encontra-se em processo de criao o Parque Natural Municipal na
regio do Alphaville Burle Marx, que contar com uma rea de 691 hectares. O
municpio conta ainda com Reservas Particulares do Patrimnio Nacional -
RPPNs, entretanto, no constam dados oficiais do tamanho destas reas.
De acordo com levantamento do Instituto Florestal de So Paulo, o municpio de
Santana de Parnaba possui 30,22% de cobertura vegetal, o que corresponde a
aproximadamente 5.409,77 ha do territrio municipal. A cobertura vegetal do
municpio se compe basicamente de reas de mata e capoeira, como tambm,
reas de reflorestamento.
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2.4 - USO E OCUPAO DO SOLO
A ocupao do territrio de Santana de Parnaba caracterizada pela presena
de grandes contrastes, pois abriga ao mesmo tempo bairros de baixa renda,
como tambm, vrios condomnios fechados de alto padro, localizados
principalmente nos bairros Tambor, Alphaville e Aldeia da Serra.
O Rio Tiet corta o municpio na sua poro central, na direo sudeste a
noroeste, dividindo o territrio em duas partes. A Sede localiza-se na margem
oeste do Rio Tiet, junto rea tombada do Centro Histrico do municpio. A
ocupao da regio central predominantemente residencial, entretanto, h
tambm reas de uso diversificado e algumas zonas especiais de interesse
social (ZEIS), constituda de loteamentos irregulares nos bairros Itaim Mirim,
Jardim Parnaba, Jardim Amlia e Centro Histrico, bem como de ncleos
favelares localizadas no bairro Jardim So Luis, prximo Estrada dos Romeiros
e no bairro So Vicente de Paula.
2.5 - ASPECTOS SOCIOECONMICOS
Em relao s caractersticas demogrficas de Santana de Parnaba, as mulheres
representam aproximadamente 51% dos 108.813 habitantes do municpio. A
maior parte da populao, de ambos os sexos, composta por pessoas na faixa
etria entre 30 e 60 anos, que representam em torno de 40% da populao. O
percentual de idosos, com idade acima de 60 anos, de 8%.
Santana de Parnaba apresenta suas principais atividades econmicas baseadas
no setor de servios e comrcio, especialmente na regio de Alphaville. No bairro
Fazendinha h algumas indstrias em atividade. Ao contrrio de cidades como
Cajamar e Barueri, o desenvolvimento industrial em Santana de Parnaba no foi
to marcante.
Em Santana de Parnaba, a taxa de analfabetismo entre a populao jovem
(acima de 15 anos) de 4,50%, enquanto que no Estado de So Paulo
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corresponde a 4,33%. Cerca de 57,59% da populao entre 18 a 24 anos possu
o ensino mdio completo (SEADE, 2010).
Com relao sade o municpio de Santana de Parnaba implantou o Programa
de Sade da Famlia que tem a finalidade de aproximar os servios de sade da
populao. O municpio conta atualmente com a seguinte infraestrutura:
03 Unidades Bsicas de Sade (UBS);
03 Unidades de Sade Avanada (USA);
02 Pronto Atendimentos (PAM);
03 Centros de Especialidades (CEP);
03 Centros da Ateno Psicossocial (CAPS), sendo 1 lcool e drogas, 1
Adulto e 01 Infantil;
01 Centro de Fisioterapia (CEFIS);
01 Base Operacional com 27 Ambulncias, sendo 25 comuns, e 1 Resgate
e 1 UTI;
02 Unidades de Sade da Famlia (USF);
01 Unidade Mvel de Sade Home Care.
Alm dos pontos de atendimento o municpio conta tambm com especialidades
como: Assistncia Social, Biologia, Enfermagem, Engenharia Sanitria, Farmcia,
Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinria, Odontologia,
Psicologia, Terapia Ocupacional, e tambm um setor de regulao como
apresentado a seguir:
Vigilncia Sanitria;
Vigilncia Epidemiolgica;
Setor de Controle de Endemias (Dengue);
Zoonoses.
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O municpio, de uma maneira geral, apresenta dados um pouco inferiores ao
Estado de So Paulo no que se referente s taxas mortalidade infantil e
mortalidade na infncia, que so, respectivamente, de 9,67 e 10,21 mortes por
mil nascidos vivos, enquanto que para o Estado de So Paulo estas mesmas
taxas so de 11,55 e 13,25 por mil nascidos vivos. Esses dados se referem s
condies bsicas de vida e, indiretamente, ao desenvolvimento da cidade em si
(SEADE, 2010).
Quanto s doenas relacionadas ao saneamento, a Tabela 1, a seguir, apresenta
dados de alguns indicadores epidemiolgicos levantados pela Secretaria
Municipal de Sade de Santana de Parnaba, durante o perodo de 2010 a 2012.
Foram verificadas notificaes de pelo menos 03 doenas relacionadas com
problemas de falta de saneamento, sendo, 2011 o ano com maior incidncia,
com destaque para o nmero de casos de Dengue, onde foram registrados 570
casos somente no referido ano, entretanto, em 2012, houve uma significativa
reduo, onde foram contabilizados em torno de 66 ocorrncias:
Tabela 1 - Doenas relacionadas a problemas de saneamento.
Notificao Frequncia
2010 2011 2012 Acidentes com animais peonhentos 26 46 31 Dengue 160 570 66 Hepatite A 1 2 2 Surtos de diarria e gastroenterite de origem infecciosa presumvel
0 0 0
Fonte: Secretria de Sade do Municpio de Santana de Parnaba.
2.6 - NDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
O IDH foi desenvolvido com o objetivo de medir o grau de desenvolvimento
econmico e a qualidade de vida oferecida populao. Este ndice varia de 0
(nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total).
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Para a obteno destes valores, levado em considerao a educao,
longevidade e o produto interno bruto per capita. Com isso, a Fundao SEADE,
chegou em 2010, a um valor de IDH de 0,814 para o municpio de Santana de
Parnaba, valor este, que ficou acima da mdia estadual, de 0,783.
2.7 - ASPECTOS INSTITUCIONAIS - ESTRUTURA DO SISTEMA DE SANEAMENTO DO MUNICPIO
No municpio de Santana de Parnaba existe o Conselho de Defesa do Meio
Ambiente Municipal Sustentvel (CONDEMAS), que um rgo colegiado,
consultivo e deliberativo, formado por representantes de rgos governamentais
e de entidades representativas da sociedade civil organizada, para discutir e
propor normas, planos, programas e aes relativos proteo do meio
ambiente e ao uso sustentvel dos recursos naturais, bem como deliberar sobre
a aprovao de todo e qualquer projeto que envolva deciso ambiental.
Em relao ao meio ambiente e seus correlatos rgos operadores locais e
prestadores de servio nas quatro reas relacionadas ao saneamento bsico
(abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, resduos slidos e drenagem), a
seguir apresentado, de forma sucinta, o arcabouo legal disponvel.
Lei n 2.821 de 18 de setembro de 2007 - Institui o Sistema Municipal de Meio
Ambiente, normaliza a funo do departamento de meio ambiente e cria o
conselho de defesa do meio ambiente municipal sustentvel do municpio de
Santana de Parnaba e d outras providncias.
Decreto n 3.280 de fevereiro de 2011 - Cria o comit de coordenao e o comit
executivo para coordenao e operacionalizao do processo de elaborao do
plano e da poltica municipal de saneamento bsico e d outras providncias.
Lei n 3.041, de 19 de abril de 2010 - Institui o calendrio de datas
comemorativas associadas a temas ambientais da Prefeitura do municpio de
Santana de Parnaba.
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Lei n 2.823 de 18 de setembro de 2007 Institui o Cdigo Ambiental de Santana
de Parnaba e d outras providncias.
Lei Complementar n 30 de 17 de Novembro de 2006 Dispe sobre o plano
diretor do municpio de Santana de Parnaba, para o perodo de 2006/2013 e d
outras providncias.
Lei n 2.462 de 12 de setembro de 2003- Dispe sobre o zoneamento de uso e
ocupao do solo do municpio de Santana de Paranaba.
Lei n 2.942 de 13 de abril de 2009 Dispe sobre a instituio do programa
municipal de conservao e uso racional da gua nas edificaes pblicas e
privadas e d outras providncias.
Lei n 3.045 de 23 de abril de 2010 Dispe sobre a criao do sistema
municipal de preservao das nascentes e mananciais no municpio de Santana
de Paranaba e d outras providncias.
Lei n 3.179 de 23 de maro de 2012 Dispe sobre a obrigatoriedade da
ligao da tubulao de esgoto rede coletora pblica e d outras providncias.
Lei n 2.822 de 18 de Setembro de 2007 Dispe sobre a criao do fundo
especial de preservao ambiental e fomento de desenvolvimento - FUNESPA.
Lei N 3.293, de 5 de agosto de 2013 - Institui no municpio de Santana de
Parnaba o Cadastro Tcnico Ambiental de Atividades - CTAA, a Taxa de Controle
e Fiscalizao Ambiental - TCFA, previstos na Lei Federal N 6.938, de 31 de
agosto de 1981, e na Lei Estadual N 14.626, de 29 de novembro de 2011, e d
outras providencias.
Lei n 3.297, de 8 de agosto de 2013 - Cria no municpio de Santana de Parnaba,
o territrio de gesto de proteo ambiental do Voturuna e do manancial Santo
Andr, veda e fixa prazo que especifica procedimentos administrativos para fins
imobilirios e correlatos.
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3 - DESCRIO E DIAGNSTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE GUA
EXISTENTE
A Sabesp responsvel pelo sistema de abastecimento de gua do municpio,
que por sua vez, composto por vrios sistemas isolados e interligaes com o
Sistema Integrado do SAM Sistema Adutor Metropolitano. Foram definidos
como sistemas ou unidades de planejamento as derivaes do SAM, ETAs e
poos.
Alm do SAM, ao todo o municpio conta com sete sistemas produtores isolados,
sendo seis localizados em Santana de Parnaba (Sede, Bacuri, Cidade So
Pedro, Jardim So Lus, Fazendinha e Bairro 120) e um no municpio de Barueri
(Aldeia da Serra).
O sistema produtor de gua potvel do municpio de Santana de Parnaba tem
um potencial de produo igual a 1.185,8 m3/h, conforme Tabela 2, a seguir, que
apresenta o resumo das vazes de produo de gua tratada do sistema de
abastecimento do municpio.
Do total produzido, cerca de 44% oriundo dos Sistemas Isolados, sendo 368,0
m3/h atravs das ETAs Bacuri, Sede e Aldeia da Serra e 295,8 m3/h por meio de
poos. A outra metade provm do Sistema Integrado, que fornece em tempo
integral, aproximadamente 522,0 m3/h.
Tabela 2 - Resumo dos Sistemas Produtores que abastecem Santana de Parnaba.
Sistema de produo Vazo de produo (m3/h)
Vazo de produo (l/s)
Percentual de abastecimento (%)
ETAs 368,0 102,2 31,0
Poos 295,8 82,1 25,0
SAM 522,0 145,0 44,0
Total 1.185,8 329,3 100
Fonte: Adaptado PIR, 2011.
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As reas do municpio que no so atendidas pelas redes de distribuio de
gua da Sabesp utilizam-se para seu abastecimento de poos caipiras em
propriedades particulares ou poos profundos em condomnios residncias.
Ainda, de acordo com informaes da prefeitura municipal, em janeiro de 2013
haviam oito empresas, cadastradas na Vigilncia Sanitria, que realizam servios
particulares de suplementao de gua atravs de caminhes pipa. A prpria
prefeitura tambm realiza, atravs de caminhes pipa prprios, o abastecimento
pblico de gua em alguns colgios do municpio e em alguns bairros: Sur, Vila
Rica, Chcara So Lus, Inga e tambm no bairro Cristal Park, que atualmente
no atendido pelo sistema pblico de abastecimento de gua e demanda
sozinho 80% do volume transportado pelos caminhes pipa municipais, que por
sua vez, so abastecidos por duas hidrobicas (tambm pertencentes prefeitura
municipal) localizadas nos bairros Centro e Fazendinha.
A maior parte da gua proveniente de mananciais superficiais, utilizada para o
abastecimento de Santana de Parnaba, provm do Sistema Cantareira e, em
menor escala, de mananciais como o Crrego Sur, afluente do Ribeiro Santo
Andr, Crrego do Barreiro, afluente do Rio Tiet e Lago Orion, este localizado no
municpio de Barueri, mas que abastece o loteamento fechado Aldeia da Serra,
localizado, em parte, no municpio de Santana de Parnaba.
Quanto aos mananciais subterrneos, o municpio de Santana de Parnaba
localiza-se em uma regio considerada limitada no que diz respeito explorao.
Isso se deve ao fato de que o municpio situa-se em terrenos pertencentes ao
Embasamento Cristalino que rene uma dezena de tipos litolgicos, constituindo
num aqufero fissurado, e que por isto, condiciona a obteno de gua
existncia de descontinuidades, tais como falhas, fraturas, fendas e fissuras na
rocha, que por sua vez, permitam o acmulo e a percolao de gua.
Entretanto, a prefeitura de Santana de Parnaba, segundo informaes
repassadas, dever providenciar estudos mais detalhados e especficos relativos
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disponibilidade hdrica dos mananciais subterrneos do municpio, visando o
abastecimento pblico.
A distribuio de gua em Santana de Parnaba ocorre de acordo com zonas
abastecimento a princpio delimitadas tendo em vista a rea de influncia dos
centros de reservao pertencentes aos Sistemas Isolados e ao SAM.
Entretanto, trata-se de uma suposio, pois no existe atualmente uma
delimitao fsica com vlvulas de manobra e demais acessrios como vlvulas
redutoras de presso (VRPs), que possam definir efetivamente setores de
abastecimento.
O ndice de perdas, superior a 30%, indica a necessidade de implantao de
aes para a reduo e controle de perdas no sistema de abastecimento de
gua. O fato de o municpio apresentar topografia bastante acidentada e, por
isso, regies submetidas a presses muito elevadas, pode ser considerada a
maior causa de vazamentos visveis ou no e, consequentemente, um dos
principais fatores causadores de perda de gua no sistema.
Alm de reduzir as perdas, outra dificuldade do sistema de abastecimento
atender as reas compostas por ocupaes desordenadas, principalmente na
regio prxima ao municpio de Cajamar, onde os sistemas existentes so
complexos.
O sistema de abastecimento de gua atende cerca de 93,84% do municpio de
Santana de Parnaba, por meio de cerca de 26.456 ligaes domiciliares e
comerciais. A rede de distribuio apresenta uma extenso total 458 km e
abrange duas zonas de presso: zona Alta e zona Baixa no setor Centro.
Composta por 75% de PVC e 24% de ferro fundido, aproximadamente 30% das
redes apresenta idade superior a 50 anos e 50% superior a 20 anos.
Conforme descrito, as redes de distribuio cobrem apenas as reas
urbanizadas do municpio, portanto, no se encontram totalmente interligadas.
Alm disso, a topografia acidentada do municpio contribuiu para que o sistema
atual se configure em setores de abastecimento isolados.
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O fato de o municpio apresentar relevo bastante irregular tambm torna o
abastecimento complexo devido grande variao piezomtrica na rede,
tornando necessria a utilizao de boosters para o encaminhamento da gua
para as regies mais altas, bem como de vlvulas redutoras de presso (VRPs),
para controle da presso nas regies mais baixas. Atualmente existem instaladas
cerca de 34 VRPs e 16 boosters.
O sistema de reservao e distribuio de gua do municpio de Santana de Parnaba
conta atualmente com 29 reservatrios, todos do tipo apoiado, que totalizam uma
capacidade de reservao da ordem de 5.310 m. Cabe resaltar, que o sistema de
reservao do municpio formado em sua maioria por reservatrios pequenos,
com baixa capacidade de reservao. De acordo com a Sabesp estes
reservatrios foram implantados sem planejamento, a medida que o solo foi
parcelado, isso faz com que os custos operacionais para manuteno do
sistema de reservao tornem-se mais elevados.
J em relao ao Sistema Integrado do SAM, o municpio abastecido pelos
reservatrios Barueri-Centro e Barueri-Tambor, localizados em Barueri.
No final deste relatrio, nos Anexos 15.2 e 15.3 possvel verificar o sistema de
abastecimento de gua existente em Santana de Parnaba.
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4 - DESCRIO E DIAGNSTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITRIO
EXISTENTE
O municpio de Santana de Parnaba conta com ndices baixos de coleta e
afastamento de esgoto. No que tange ao tratamento, apenas uma parcela
mnima dos esgotos recebe tratamento, que por sua vez realizado na ETE
Gnesis (operada pela Sabesp) e em ETEs particulares que atendem
condomnios residenciais ou moradias que possuem sistemas isolados, em que
a operao tambm no de responsabilidade da Sabesp.
O municpio apresenta 187 km de rede de coleta de esgoto, sendo constituda a
maioria (83%) de Manilha de Barro Vidrado (MBV). Em relao ao nmero de
ligaes de esgoto, o municpio conta com aproximadamente 9.621 ligaes e
10.691 economias ativas com esgoto. A manuteno e operao da rede de
coleta dos esgotos de responsabilidade da Sabesp.
A maior parte do municpio, cerca de 70%, no dispe de coleta de esgotos. De
acordo com o PIR (2011) Santana de Parnaba apresentava no ano de 2010
aproximadamente 45 pontos cadastrados de lanamento de esgotos in natura
em cursos dgua e fundos de vale. Isso demonstra que os esgotos coletados
em algumas regies do municpio no so devidamente transportados at
interceptores e ETEs devido falta de coletores, provocando a poluio dos
corpos hdricos.
At o incio do ano de 2018 a Sabesp prev, por meio de seu plano de
investimentos, a implantao de trechos de redes coletoras e coletores tronco em
diversos pontos, com o intuito de diminuir o aporte de esgotos sem tratamento
at os crregos do municpio.
Em linhas gerais o municpio de Santana de Parnaba pode ser dividido em
dezesseis bacias de esgotamento sanitrio, tendo em vista, a conformao do
relevo local e os corpos hdricos que drenam o municpio, quais sejam (PDE,
2008):
JU-01: Crrego do Jaguari;
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JU-03: Crrego Paiol Velho;
TJ-03: Crrego Jurumirim;
TJ-05: Ribeiro Santo Andr;
TJ-06: Cota 749;
TJ-07: Ribeiro do Itaim;
TJ-08: Bairro do Tanquinho;
TO-01: Crrego Pedreira;
TO-02: Edgard de Souza;
TO-03: Parque Santana;
TO-04: Estrada Municipal;
TO-05: Jardim Isaura;
TO-06: Crrego do Barbeiro;
TO-08: Ribeiro Garcia;
TO-11: Rio So Joo;
TS-01: Ribeiro Coruguar.
No que tange ao tratamento, a maior parte dos esgotos gerados so lanados in
natura nos rios e crregos que percorrem o municpio. A pequena parcela de
esgoto que recebe tratamento diz respeito s ETEs particulares, instaladas em
condomnios e que tambm so responsveis pela operao destes sistemas.
O baixo ndice de coleta e tratamento de esgoto se deve, em parte, ao fato de
que os sistemas de esgotamento do municpio ainda se encontram em fase de
implantao, ou aguardando inicio de operao, como o caso do sistema da
ETE Fazendinha, que aguarda o trmino da implantao da prpria estao, bem
como, das redes de coleta e transporte dos esgotos, e o sistema ETE Aldeia da
Serra, j implantada, entretanto, ainda no conta com coletores tronco para
conduzir os esgotos at a estao, e por isso, no iniciou operao at o
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presente momento. J outra parcela significativa do municpio, que engloba
dentre outras reas, a regio do Centro, tambm aguarda finalizao do sistema
de afastamento dos esgotos, que sero revertidos para tratamento na ETE
Barueri.
A seguir, na Tabela 3, consta um resumo da situao atual do esgotamento
sanitrio no municpio de Santana de Parnaba e no Anexo 15.4 apresentada
uma planta em que possvel verificar o sistema de esgotamento sanitrio
existente em Santana de Parnaba.
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Tabela 3 - Resumo da situao atual dos sistemas de tratamento de esgoto de Santana de Parnaba.
ETE Responsvel pela
Operao Capacidade do
Sistema Tipo de Tratamento
Bacia de Esgotamento
Regio Atendida Fase
Aldeia da Serra Sabesp 40 l/s Lodo Ativado/ Nitrificao/Desnitrificao TJ -05 Aldeia da Serra Aguardando incio
de operao
Alpha Stio Condomnio - - TO-06 Residencial Alpha Stio Em operao
Alpha Life Condomnio - - TO-06 Residencial Alpha Life Em operao
Fazendinha Sabesp 200 l/s Lodo Ativado com aerao prolongada JU-01 Ncleos Fazendinha e Cidade
So Pedro Em obra
Gnesis Sabesp 3,3 l/s Reatores Anaerbios JU-01 Condomnios Gnesis I e II Em operao
Itahy Catu 5 l/s Reator Anaerbio/Lodo Ativado/Desnitrificao JU-03 Residencial Itayh Em operao
Jurumirim Sabesp - Lodo Ativado TJ-03 Refgio dos Bandeirantes/Cristal Park Futura
New Ville Sabesp - Lodo Ativado TJ-07 Residencial New Ville Aguardando incio de operao
Polvilho Sabesp - - JU-03 Colinas do Anhanguera Futura
Colinas do Anhanguera Prefeitura 10 l/s Lodo Ativado JU-03 Colinas do Anhanguera Provisria
Scenic Condomnio - Lodo Ativado JU-01 Residencial Scenic Em operao
Tambor Catu 28 l/s UASB/Tanques de aerao TO-06/TO-08 Tambor/Alphaville Em operao
Habicasa/Sesi/ Posto de Sade
Catu 6,82 l/s - - - Em operao
Sistema Principal-ETE Barueri Sabesp 28,5 m
3/s Lodo Ativado Convencional TJ-07/TO-01-02-03- 04-05-06-08
Centro/Parque Santana/Jardim Isaura/Alphaville/Tambor Futura interligao
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5 - DESCRIO E DIAGNSTICO DO SISTEMA DE COLETA E DISPOSIO
FINAL DE RESDUOS SLIDOS
Santana de Parnaba contempla todos os servios indicados na legislao,
praticados pela Prefeitura e por empresas da iniciativa privada. Estes servios
esto com desempenho a contento, tanto na questo da regularidade na
prestao dos servios, como na eficincia das operaes, necessitando de
pequenas adequaes nos Planos de Trabalho atuais.
Por outro lado, dois aspectos relativos limpeza urbana de Santana de Parnaba
devem ser aprofundados: a baixa reintegrao ambiental de materiais reciclveis
e a no valorizao dos resduos slidos que so encaminhados para o aterro
sanitrio.
Em Santana de Parnaba todos os resduos de classe II A coletados so
encaminhados adequadamente para o aterro sanitrio da TECIPAR
ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA., localizado na Avenida Ouro Branco, no
bairro Refgio dos Bandeirantes. J os resduos de servios de sade coletados
so destinados para a unidade de tratamento da empresa EPPOlix AMBIENTAL
LTDA., cuja planta est localizada no municpio. Aps o tratamento por
autoclavagem os resduos, descaracterizados e esterilizados, so encaminhados
para o aterro sanitrio da ESSENCIS SOLUES AMBIENTAIS S.A., em Franco
da Rocha SP.
A coleta seletiva atende a aproximadamente 50% do municpio e realizada pela
AVEMARE, cooperativa de ex-catadores, que possui 61 associados. A AVEMARE
realiza os servios de coleta, triagem e comercializao do material reciclvel.
Em relao aos resduos da construo civil, so coletados aproximadamente 40
toneladas de RCC por dia que so encaminhados para beneficiamento. Apesar
do servio de coleta de resduo da construo civil (RCC) ser realizado, no
municpio no h ecopontos para que os pequenos geradores destinem o RCC
adequadamente, por este motivo acaba sendo depositado em lugares
imprprios, como terrenos baldios e valas. No que se refere aos grandes
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geradores, estes so responsveis pela destinao adequada atravs de
contrato com o particular. Cabe mencionar que, uma parte desses geradores
ainda destina inadequadamente o RCC gerado, encaminhando-o para reas no
licenciadas.
Na Prefeitura Municipal de Santana de Parnaba as articulaes e as aes da
limpeza urbana, ficam sob responsabilidade da Secretaria de Servios Municipais
que tem como finalidade coordenar a elaborao e a implementao das
polticas de limpeza urbana, bem como minimizar os impactos ambientais
decorrentes da gerao dos resduos slidos.
Os principais objetivos so:
Promoo de servios de limpeza pblica e destinao final dos resduos;
Conservao de logradouros pblicos;
Execuo de outras atribuies afins.
A estrutura do sistema de limpeza urbana em Santana de Parnaba conta com a
administrao da Secretaria de Servios Municipais e sua operao realizada
por empresas da iniciativa privada e Prefeitura na seguinte distribuio de
responsabilidades:
a) PREFEITURA MUNICIPAL
Coleta de resduos da construo civil e transporte at o destino final;
Servios complementares (jardinagem);
Coleta seletiva.
b) TECIPAR ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA.
Coleta manual de resduos slidos domiciliares e transporte at o destino
final;
Coleta, transporte, tratamento e destinao final dos resduos slidos de
servios de sade;
Varrio manual e mecanizada de vias e logradouros pblicos;
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Servios complementares (limpeza de locais de feiras livres) e transporte
at o destino final.
c) TECILIX SERVIOS URBANOS LTDA.
Destinao final ambientalmente adequada dos resduos slidos de
Classe II A.
d) RCA PRODUTOS E SERVIOS LTDA.
Servios complementares (capina e roada).
Os resduos slidos domiciliares coletados, no montante mdio mensal
aproximado de 3.000 toneladas, so dispostos adequadamente no aterro
sanitrio da TECIPAR ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA., localizado na
Avenida Ouro Branco, no bairro Refgio dos Bandeirantes, em Santana de
Parnaba.
No aterro, devidamente licenciado, permitida a disposio de resduos
domiciliares, de varrio e de resduos industriais classe II.
Em relao aos resduos de poda (resduo orgnico nobre), estes so destinados
para compostagem, presente na rea do aterro sanitrio da TECIPAR, que
mensalmente produz 80 toneladas de composto orgnico.
O valor previsto para a despesa com a limpeza urbana no Municpio de Santana
de Parnaba em 2012 de aproximadamente R$ 16.200.000,00 o que
representar cerca de 3,16% do oramento municipal, j que a receita estimada
de 2012 de R$ 511.920.000,00. Esta taxa se enquadra na mdia de
participao dos servios de limpeza pblica nos oramentos municipais, que
da ordem de 2,5% a 6,0% dos oramentos municipais.
Na regio de Santana de Parnaba existem alternativas para a disposio e
destinao adequada dos resduos slidos de classe II A, que podem ser
observados no Anexo 15.6. Desta forma, a disposio de resduos slidos de
classe II pode ser realizada no aterro sanitrio da TECIPAR, existente no
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municpio de Santana de Parnaba ou nos aterros sanitrios presentes nos
municpios de Itapevi e Caieiras.
Outra alternativa para destinao adequada dos resduos de Classe II A, que ser
implantada na regio, a Unidade de Reciclagem de Resduos com a
possibilidade de gerao de energia, esta planta estar localizada no Municpio
de Barueri e ter capacidade para receber 700 toneladas/dia de resduos. Assim,
mostra-se desnecessria a implantao das mesmas no municpio, j que os
resduos slidos de Classe II A podero ser destinados adequadamente para os
locais mencionados.
Cabe mencionar que em Santana de Parnaba no h locais de entrega voluntria
(PEVs) para a destinao de resduos de Classe II B dos pequenos geradores
(at 1 m), materiais reciclveis e podas verdes, isso contribui para que o
descarte seja realizado em reas inadequadas. O descarte de resduos de
qualquer natureza em reas inapropriadas causa diversos impactos, favorece a
degradao da qualidade ambiental e diminui a qualidade de vida da populao
que est no entorno.
Assim, primordial a implantao de um correto gerenciamento de resduos da
construo civil no municpio e para tal fundamental que a Lei 3.199/2012 seja
cumprida, devendo a Prefeitura de Santana de Parnaba fortalecer e estruturar a
fiscalizao, bem como aplicar aos infratores as sanes e as penalidades
previstas na legislao, Anexo I da Lei 3.037/2010.
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6 - DESCRIO E DIAGNSTICO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA
O municpio de Santana de Parnaba para a Unidade de Gesto de Recursos
Hdricos se situa no UGRHI-6, que correspondente Bacia do Alto Tiet,
participando o Municpio de dois Sub-comits do Comit geral de gesto dessa
unidade, o Sub-comit Juqueri/Cantareira e o Subcomit Jusante do
Pinheiros/Pirapora, sendo parte reduzida do territrio municipal pertencente
UGRHI-10 que a bacia do Sorocaba/Mdio Tiet, da qual no h participao
do Municpio no Comit de gesto dessa unidade.
Diferentemente de outros servios que compe o denominado saneamento
bsico, isto , gua, esgotos e resduos slidos, o manejo das guas pluviais,
tambm conhecido por drenagem urbana corriqueiramente gerido pela
administrao direta do municpio, logo a Prefeitura Municipal, no ocorrendo
concesso do mesmo. Em geral, a Secretaria de Obras e Servios responde por
todas as atividades de planejamento, regulao, fiscalizao e obras. Em
Santana de Parnaba isso se repete, sendo a Secretaria Municipal de Servios
Municipais quem executa as atividades de drenagem urbana.
A macro-drenagem do municpio de Santana de Parnaba pode ser dividida em
quatro vertentes:
Local, aplicada aos corpos dgua afluentes do rio Tiet e do rio Juquer;
Inter municipal, aplicada aos corpos dgua afluentes do rio Tiet e do rio
Juquer que cortam ou fazem divisa com outros municpios;
Metropolitana, aplicada aos rios Tiet e Juquer, da bacia hidrogrfica do
Alto Tiet;
Cabeceiras do Tiet Sorocaba, aplicada numa pequena rea do municpio
que drena para essa bacia hidrogrfica.
Na Bacia do Alto Tiet todos os corpos dgua so de domnio do Estado, cuja
gesto de competncia do DAEE, e qualquer interferncia no regime de
escoamento dever ser de conhecimento e consentimento (outorgado) do rgo.
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O aumento da capacidade de escoamento do Rio Tiet a montante do Municpio
causa problemas para os afluentes na foz provocando remansos e aumento de
assoreamentos, o custo de manuteno e as estruturas necessrias deveriam ser
de responsabilidade do operador da calha principal do rio Tiet.
Em relao infraestrutura existente, alm das travessias e galerias implantadas
por ocasio do parcelamento do solo, em particular nos loteamentos de alto
padro, existem canalizaes fechadas em vrios crregos, mas no h cadastro
organizado das obras executadas. Em outros pontos do municpio foi notada a
existncia de regularizaes de canais e acertos de travessias como pontes
sobre cursos dgua, mas tambm sem cadastro das mesmas.
Em relao aos cursos dgua mencionados, no h levantamento topogrfico
batimtrico que permitisse avaliar a capacidade de vazo das respectivas calhas.
A rea urbana sujeita aos fenmenos em nvel de macrodrenagem com
implicaes microdrenagem. A ao da municipalidade limita-se mais
microdrenagem, embora esta possa ficar afogada, principalmente na rea
urbana consolidada em plena plancie aluvial. Assim, problemas decorrentes de
nvel elevado das guas no rio Tiet, p.ex., causariam retorno na microdrenagem,
desta forma estruturas hidrulicas de controle de vazo e fluxo de escoamento
devam ser instaladas nas descargas de galerias desse rio.
As reas urbanas do Centro contam principalmente com sarjeta e sarjeto nas
ruas, sendo as principais estruturas hidrulicas responsveis pela coleta e
destino das guas superficiais provenientes das chuvas. As captadas e aduzidas
pela microdrenagem so destinadas ao rio Tiet e seus afluentes no municpio.
Nas visitas a campo realizadas em Santana de Parnaba foi notado que as
estruturas hidrulicas existentes relativas microdrenagem foram feitas
acompanhando o sistema virio. Nota-se em campo reas que so atendidas,
mas sem o cadastro que contivesse a extenso de galerias, posio de poos-
de-visita e bocas-de-lobo, bem como, a falta de condies operacionais
atualizadas que no permitem avaliar como o servio vem sendo prestado. Logo,
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no possvel precisar a rea de cobertura e analisar o comportamento
hidrulico e hidrolgico das estruturas existentes que compem a
microdrenagem.
Os cursos dgua de interesse em Santana de Parnaba so de domnio estadual,
logo extrapolam o mbito municipal, embora o municpio possa propor obras de
canalizao ou outras de seu interesse. Assim, a administrao municipal no
tem como interferir no regime de vazes dos rios Tiet e Juquer. Por outro lado,
no ribeiro Santo Andr, principal afluente do Tiet no municpio, existe um
potencial de criao de um parque de grandes propores, com uma ocupao
controlada na bacia de contribuio, com implantao de reservatrios de
acumulao de uso mltiplo, laser, controle de cheias e abastecimento pblico.
O desassoreamento e limpeza dos leitos dos cursos dgua de interesse uma
atividade de responsabilidade do Departamento de guas e Energia Eltrica do
Estado de So Paulo DAEE/SP e a Empresa Metropolitana de gua e Energia -
EMAE. No est a encargo do municpio, embora possa demand-la ao DAEE e
EMAE.
A capinagem e a limpeza das margens dos cursos dgua que atravessam a
cidade ficam a encargo da equipe prpria da prefeitura, porm no foi informada
a frequncia com que a mesma realizada.
Atualmente, a microdrenagem vem funcionando mesmo com problemas, devido
a:
a) boa capacidade de infiltrao da rea urbana, o que favorece a diminuio
do escoamento superficial;
b) boa declividade das ruas, facilitando o afastamento das guas pluviais
c) a pouca ocupao das vrzeas.
Apesar disso, o sistema de microdrenagem urbana, que atribuio tpica de
prefeitura municipal, necessita de maior cobertura, por exemplo, para evitar
empoamentos e principalmente enxurradas durante as chuvas. Logo, mesmo
sem cadastro da infraestrutura urbana em drenagem e com a necessidade de
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tornar a gesto mais avanada, o servio vem funcionando para eventos de
chuva menos intensa, pois no h meno s reas crticas para esses eventos.
Os principais problemas de drenagem encontrados no municpio de Santana de
Parnaba so basicamente trs, ocupao de reas de encosta, ocupao de
rea de preservao permanente ao lado dos cursos dguas e falta de limpeza
do sistema de drenagem.
Como a regio do municpio muito acidentada e comum que os problemas
de ocupao de encosta e reas de APP ocorram nos fundos de vales
intensificando ainda mais os problemas isso aliado a falta de manuteno gera
situaes de risco a populao.
Segundo DAEE 1999 no Cadastro de reas Crticas da Regio Metropolitana da
Grande de So Paulo foram detectadas no municpio de Santana de Parnaba 19
reas crticas, sendo 8 suscetveis a eroso/deslizamento, e 11 sujeitas a
inundao.
Desde de 2011 a Prefeitura de Municipal de Santana de Parnaba comeou os
trabalhos de levantamento de reas de risco, com posterior contratao do
Instituto de Pesquisas Tecnolgicas (IPT), e at o encerramento deste plano
foram levantadas um total de 21 reas de risco geolgico-geotcnico (Tabela 4),
com previso de entrega do relatrio entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014.
Estes dados correspondem a um levantamento preliminar e dever fazer parte de
um estudo mais amplo, como o PMRR - Plano Municipal de Reduo de Riscos
e/ou Mapeamento de Riscos Geolgicos em Encostas e Margens de Crregos.
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Tabela 4- reas levantadas com alto risco geolgico-geotcnico (2013).
rea Endereo Bairro
1 Rua dos Sabis/Rua Curi Cidade So Pedro
2 Rua Cosmos Chcara Solar Setor 2
3 Rua Gama/Rua Foro Jardim Jaguari
4 Rua Conselheiro Ramalho, altura do n 869 Cidade So Pedro
5 Rua Conselheiro Ramalho, altura do n 641 Cidade So Pedro
6 Rua Santa Cruz Vrzea de Souza
7 Rua Haiti Jardim So Luiz
8 Rua Frederico Ozanan Jardim So Luiz
9 Rua Mons. Paulo F. de Camargo/Rua Lua Jardim das Avencas
10 Rua Nicolau Barreto/Rua Estrela DAlva Jardim Marli
11 Rua Jorge Cardoso Borchal/Rua Joo Damio Jardim Rachel
12 Rua Souza/Rua Vila Nova Vila Amaral
13 Rua Maria Machado/Viela Jorge Cardoso Borchal Jardim Bela Vista
14 Rua Amazonas/Rua Lua Jardim Heloisa
15 Rua da Fartura Vila Poupana
16 Rua Rouxinol/Rua dos Sabis Cidade So Pedro
17 Rua Manoel Soares Jardim Yolanda
18 Rua Sete, final da Rua Francisca Buriti de Almeida/Estrada Mun. Tenente Marques
Parque dos Monteiros 1
19 Rua 26, proximidades da Estrada Loureno Salvador
Parque dos Monteiros 2
20 Vilela da Mina, final da Rua Antonio Santana Leite Parque Santana
21 Rua Alpha Jardim Jaguari Fonte: Prefeitura Municipal (2013).
O processo de ocupao de encostas e reas de risco um processo dinmico
e envolve fiscalizao e cadastramento constante das reas com sinais de
ocupaes irregulares. No Anexo 15.5 apresentada uma planta em que
possvel verificar as bacias e microbacias existente em Santana de Parnaba,
alm de reas com riscos de enchentes e deslizamentos.
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7 - ESTUDOS DEMOGRFICOS
O municpio de Santana de Parnaba, cujo crescimento demogrfico vinha sendo
bastante expressivo at a ltima dcada do sculo passado, experimentou a
partir da uma importante desacelerao, a exemplo do que j vinha ocorrendo
na Regio Metropolitana de So Paulo, qual pertence.
Tendncia irreversvel esta em virtude tanto da queda das taxas de natalidade,
como da interrupo dos fortes movimentos migratrios que, no passado,
contriburam para a considervel expanso da Grande So Paulo.
A Tabela 5, a seguir, mostra dados do crescimento populacional no municpio de
Santana de Parnaba desde o ano de 1970:
Tabela 5 - Evoluo Demogrfica no Municpio de Santana de Parnaba 1970-2010.
ANO POPULAO (habitantes)
TOTAL URBANA RURAL 1970 5.428 2.240 3.188 1980 10.081 3.128 6.953 1991 37.762 37.762 - 2000 74.820 74.820 - 2010 108.813 108.813 -
Fonte: IBGE CENSOS DEMOGRFICOS.
A Tabela 6, na sequncia, traz os valores da taxa mdia de crescimento anual da
populao de Santana de Parnaba:
Tabela 6 - Taxas Mdias de Crescimento Exponencial 1970-2010.
INTERVALO TAXAS (%)
1970-1980 6,19
1980-1991 12,01
1991-2000 7,60
2000-2010 3,75
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O crescimento de uma populao devido a uma srie de fatores da mais
variada natureza: sociais, econmicas, polticas, geogrficas e geomorfolgicas,
alm das particularidades locais e regionais. a ao integrada destes fatores
que vai determinar, em ltima instncia, o comportamento das variveis
estritamente demogrficas que comandam a evoluo demogrfica.
O modelo de projees adotado neste estudo pressupe a existncia de uma
funo que possa represent-los, resumindo o comportamento tanto das
variveis de carter endgeno, que dizem respeito reproduo populacional,
isto , a natalidade e a mortalidade, e as de natureza exgena, que refletem o
intercmbio demogrfico das regies, ou seja, expressa o saldo migratrio.
A populao objeto do presente estudo deve ter seu comportamento estudado
segundo as relaes de dependncia existente entre as reas que a compem.
O critrio de dependncia aqui adotado admite que, na ausncia de fatores
restritivos, o contingente demogrfico de uma dada parcela de solo cresce to
mais rapidamente quanto menos adensada for esta parcela.
A delimitao das zonas homogneas foi realizada com o apoio de imagens
obtidas de satlites (Google Earth), complementadas por observaes de
campo, dos tcnicos da Diretoria de Planejamento da Prefeitura e obedeceu s
indicaes do Plano Diretor do Municpio de Santana de Parnaba (2005/2006),
elaborado pela empresa Dal Pian Arquitetos.
Pode-se verificar, de acordo com o referido Plano, que o municpio de Santana
de Parnaba, devido a sua topografia acidentada, apresenta diversas reas com
restries ocupao:
ZH 01 Zona mdio-alto padro caracterizada por baixa densidade demogrfica,
com algumas reas urbanizadas sujeitas a ocupao e reas de expanso no
prioritrias;
ZH 02 Zona composta por condomnios de alto padro, densidade demogrfica
mdia, sendo as reas urbanizadas bastante ocupadas;
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ZH 03 Zona do Centro Histrico apresenta densidade demogrfica mdia, onde
se verifica poucas reas sujeitas ocupao;
ZH 04 Zona formada por condomnios de alto padro, com densidade
demogrfica mdia, sendo as reas urbanizadas bastante ocupadas, tambm
com poucas reas sujeitas ocupao;
ZH 05 Zona predominantemente residencial de padro baixo, apresenta
densidade demogrfica mdia-alta, com poucas reas sujeitas ocupao;
ZH 06 Zona idntica anterior;
ZH 07 Zona com caractersticas semelhantes s ZHs 05 e 06, porm com
disponibilidade maior de reas para ocupao;
ZH 08 Zona com caractersticas idnticas a ZH anterior, porm com restries
ocupao nas reas disponveis;
ZH 09 rea de preservao permanente;
ZH 10 rea de minerao;
ZH 11 rea de uso exclusivamente industrial;
ZH 12 Trata-se de uma zona de ocupao mista, onde se verifica a presena
de indstrias. Possui padro habitacional baixo;
ZH 13 Zona de mximo condicionamento ocupao, presena de poucas
residncias de alto padro, baixa densidade demogrfica;
ZH 14 Zona condicionada a proteo de manancial, onde encontram-se
instaladas poucas residncias, de alto padro, baixa densidade demogrfica;
ZH 15 Zona de baixa densidade demogrfica e que apresenta restries
ocupao;
ZH 16 Zona de mximo condicionamento ocupao, presena de alguns
loteamentos de alto padro, baixa densidade demogrfica. Nesta ZH encontra-se
a Reserva do Tambor;
ZH 17 Zona de baixa densidade demogrfica apresenta restries ocupao;
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ZH 18 Zona semelhante anterior, apresenta ainda, algumas reas rurais.
A Tabela 7, a seguir, apresenta a saturao e a evoluo da populao para o
horizonte de projeto por zona homognea e no Anexo 15.1 apresentada uma
ilustrao com a delimitao das zonas homogneas.
Tabela 7 - Evoluo de Populao por Zona Homognea.
Zona Homognea 2.012 2.017 2.022 2.027 2.032 2.037 2.042 SATURAO
ZH 01 942 1.118 1.264 1.379 1.460 1.506 1.515 1.871
ZH 02 3.592 3.745 3.873 3.973 4.044 4.084 4.092 4.404
ZH 03 7.233 7.365 7.474 7.560 7.621 7.655 7.662 7.929
ZH 04 26.475 27.236 27.867 28.362 28.712 28.912 28.952 30.492
ZH 05 12.508 12.749 12.949 13.105 13.216 13.279 13.292 13.779
ZH 06 7.471 7.607 7.720 7.809 7.871 7.907 7.914 8.190
ZH 07 33.456 36.269 38.601 40.428 41.723 42.460 42.610 48.302
ZH 08 2.744 3.910 4.876 5.633 6.170 6.476 6.538 8.896
ZH 09 0 0 0 0 0 0 0 0
ZH 10 0 0 0 0 0 0 0 0
ZH 11 3 3 3 3 3 3 3 3
ZH 12 6.367 6.550 6.701 6.820 6.905 6.952 6.962 7.333
ZH 13 132 243 335 407 458 487 493 718
ZH 14 360 451 526 584 626 650 654 837
ZH 15 1.905 2.251 2.538 2.763 2.923 3.014 3.032 3.733
ZH 16 4658 9423 13373 16467 18662 19.910 20.163 29.805
ZH 17 6.511 8.003 9.241 10.210 10.897 11.288 11.368 14.388
ZH 18 282 779 1.191 1.514 1.743 1.873 1.899 2.905
TOTAL 114.639 127.702 138.533 147.017 153.034 156.456 157.151 183.585
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8 PROPOSTAS PARA OS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE GUA E
ESGOTAMENTO SANITRIO
8.1 PROJEES DE DEMANDAS
A estimativa das demandas para os sistemas de abastecimento de gua e
esgotamento sanitrio de Santana de Parnaba foi realizada com base nos
resultados obtidos no estudo de crescimento populacional, apresentado no item
anterior, e que teve como horizonte de projeto o perodo compreendido a partir
do ano de 2012 at 2042. O estudo de demandas de extrema importncia, pois
ir nortear a definio das propostas apresentadas.
8.1.1 - Demandas Previstas para o Sistema de Abastecimento de gua
Para efeito de planejamento, visando a setorizao do sistema de abastecimento
de gua, bem como, considerando-se os diferentes padres de consumo no
municpio, as vazes calculadas de demanda foram posteriormente subdivididas
por setores definidos de acordo com os seguintes critrios: padro de consumo,
aspectos fsicos e geogrficos do municpio e localizao dos sistemas de
produo e armazenamento de gua (existentes ou projetados).
Na sequncia, a Tabela 8, apresenta um resumo das demandas totais obtidas
para o municpio no decorrer do horizonte de projeto. Cabe salientar, que as
vazes apresentadas contabilizam tambm as vazes das reas industriais de
Santana de Parnaba. A demanda das zonas industriais foi estimada a partir da
rea das mesmas, para as quais foi adotada uma ocupao de 50
trabalhadores/ha e consumo per capita de 70 l/trabalhador.dia, o que resultou em
uma demanda de 0,05 l/s.ha. Foi ainda, considerada uma ocupao progressiva
das zonas industriais no decorrer do horizonte de projeto.
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Tabela 8 - Evoluo das demandas para o Sistema de Abastecimento de gua de Santana de Parnaba.
ANO 2012 2017 2022 2027 2032 2037 2042
POP. (hab) 114.639 127.702 138.533 147.017 153.034 156.456 157.151
Q med (l/s)* 247,5 281,3 309,8 332,7 349,9 361,1 366,1
Q max diria (l/s)* 297,1 337,5 371,8 399,2 419,8 433,3 439,3
Q max horria (l/s)* 445,6 506,3 557,7 598,8 629,7 649,9 659,0
Q perdas (l/s)* 124,7 106,7 102,2 103,3 102,6 101,9 101,3
Q med+Q perdas (l/s)* 372,3 388,0 412,0 436,0 452,5 463,0 467,4
Q max d+Q perdas (l/s)* 421,8 444,2 474,0 502,6 522,5 535,2 540,6
* Inclui as vazes das reas industriais.
No grfico da Figura 1 possvel visualizar a evoluo das referidas demandas
ao longo do horizonte de projeto:
Figura 1 - Evoluo das demandas do Sistema de Abastecimento de gua.
Na Tabela 9, a seguir, constam os valores das demandas, em termos de vazo
mxima diria, para cada um dos setores de abastecimento de gua propostos:
0,0
100,0
200,0
300,0
400,0
500,0
600,0
2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045
Vazo(l/s)
HorizontedeProjeto(Anos)
PROJEODASVAZESDEGUA
Qmed(l/s) Qmaxdiria(l/s) Qmed+perdas(l/s) Qmaxd+perdas(l/s) Qperdas(l/s)
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Tabela 9 - Evoluo das demandas entre os setores de Abastecimento de gua propostos para Santana de Parnaba.
Q max diria (l/s)
Setor Fazendinha
Setor Centro
Setor Tambor
Setor Aldeia
reas Industriais
Sistemas Isolados
Total
2012 119,9 92,2 176,8 23,0 8,1 1,8 421,8
2017 120,9 93,9 190,6 23,3 13,4 2,1 444,2
2022 125,0 97,7 206,1 24,2 18,6 2,3 474,0
2027 129,5 101,8 220,1 25,1 23,6 2,5 502,6
2032 132,2 104,3 229,2 25,7 28,4 2,7 522,5
2037 133,6 105,5 234,0 26,0 33,2 2,8 535,2
2042 133,6 105,5 234,4 26,0 38,3 2,8 540,6
J na Tabela 10, na sequncia, possvel observar em quais setores de
abastecimento se encontram distribudas as demandas das reas industriais do
municpio e o quanto as mesmas impactam na demanda destes setores:
Tabela 10 - Evoluo da demanda industrial por setor de Abastecimento de gua.
Demanda Industrial por Setor
Q max diria (l/s)
2012 2017 2022 2027 2032 2037 2042
Setor Aldeia 4,3 4,4 4,7 4,73 4,6 4,6 4,5
Setor Fazendinha 0,0 2,5 4,8 7,1 9,4 11,6 15,4
Setor Centro 3,8 6,5 9,1 11,8 14,4 17,1 18,4
Total 8,1 13,4 18,6 23,6 28,4 33,2 38,3
8.1.2 - Demandas Previstas para o Sistema de Esgotamento Sanitrio
Da mesma maneira que para o sistema de abastecimento de gua, para o
sistema de esgotamento sanitrio foram calculadas as demandas totais do
municpio, que posteriormente foram subdivididas por bacias de esgotamento e
sistemas de tratamento, sejam eles existentes, projetados ou em fase de
implantao, visando facilitar o planejamento das intervenes propostas para o
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sistema de esgotamento sanitrio, as quais sero apresentadas nos captulos
posteriores deste relatrio prognstico.
As vazes de projeto para o sistema de esgotamento sanitrio de Santana de
Parnaba e sua evoluo ao longo do horizonte de estudo so apresentadas na
Tabela 11. As vazes das reas indstrias esto embutidas nas vazes
apresentadas a seguir, pois os esgotos sanitrios oriundos destas reas sero
encaminhados para tratamento juntamente com aqueles gerados em suas reas
adjacentes. A quantificao das vazes das reas industriais foi realizada com
base nas demandas de gua estimadas para as tais reas, que foram
determinadas de acordo com os critrios apresentados no item anterior.
Tabela 11 - Evoluo das demandas para o Sistema de Esgotamento Sanitrio de Santana de Parnaba.
ANO 2012 2017 2022 2027 2032 2037 2042
POP. (hab) 114.639 127.702 138.533 147.017 153.034 156.456 157.151
Q med (l/s)* 197,4 223,9 246,4 264,4 277,9 286,7 290,7
Q max diria (l/s)* 236,2 267,0 293,1 313,8 329,1 338,8 342,8
Q max horria (l/s)* 354,3 402,1 442,1 474,1 498,1 513,7 520,7
Q infiltrao (l/s)* 103,5 116,1 126,3 133,7 138,7 141,2 141,4
Q med + Q inf. (l/s)* 300,9 340,1 372,7 398,1 416,6 428,0 432,1
Q max d + Q inf. (l/s)* 339,7 383,2 419,4 447,5 467,8 480,1 484,2
* Inclui as vazes das reas industriais.
As evolues das demandas do sistema de esgotamento sanitrio esto
ilustradas no grfico da Figura 2 na sequncia:
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Figura 2 - Evoluo das demandas do Sistema de Esgotamento Sanitrio.
A seguir, na Tabela 12, esto dispostos os valores da evoluo das demandas
de esgoto de acordo com os sistemas de esgotamento e tratamento previstos
para o municpio de Santana de Parnaba.
Tabela 12 - Evoluo das demandas de esgoto de acordo com a diviso proposta para o Sistema de Esgotamento Sanitrio de Santana de Parnaba.
SISTEMAS Q max diria (l/s)
2012 2017 2022 2027 2032 2037 2042
ETE Aldeia de Serra 14,8 15,6 16,2 16,7 17,0 17,1 17,1
ETE Barueri 151,8 164,6 175,3 183,8 190,0 194,0 193,9
ETE Tambor 27,6 30,9 33,6 35,6 37,0 37,8 37,8
SES Pirapora 6,8 9,6 11,8 13,6 14,7 15,3 15,3
ETE Polvilho 26,3 34,6 41,5 46,8 50,5 52,6 52,8
ETE Fazendinha 99,4 109,9 118,8 126,1 131,5 135,3 139,0
ETE Gnesis 3,2 5,2 6,9 8,2 9,1 9,5 9,6
Isolados 9,8 12,7 15,3 16,8 17,9 18,5 18,7
Total* 339,7 383,2 419,4 447,5 467,8 480,1 484,2
* Inclui as vazes das reas industriais.
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045
Vazo
(l/s)
HorizontedeProjeto(Anos)
PROJEODASVAZESDEESGOTO
Qmed(l/s) Qmaxdiria(l/s) Qinfiltrao(l/s) Qmed+inf.(l/s) Qmaxd+inf.(l/s)
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A Tabela 13, na sequncia, mostra a evoluo das demandas de esgoto sanitrio,
referentes somente contribuio das reas industriais por sistema de
esgotamento em que se encontram localizadas. A demanda gerada na rea
atendida por sistemas isolados ser direcionada para tratamento na ETE
Cururuquara, que trata-se de um sistema compacto proposto, que ser descrito
adiante.
Tabela 13 - Evoluo das demandas das reas indstrias por Sistema de Esgotamento Sanitrio.
Contribuio Industrial por SES
Q max diria (l/s)
2012 2017 2022 2027 2032 2037 2042
ETE Barueri 3,5 6,0 8,4 10,7 12,9 15,1 15,6 ETE Fazendinha 0,0 2,9 5,7 8,4 11,0 13,6 17,9
Isolados* 4,5 5,1 5,7 5,7 5,7 5,7 5,7 Total 8,0 14,0 19,8 24,8 29,6 34,4 39,2
* ETE Cururuquara.
8.2 ANLISE DO SISTEMA PRODUTOR DE GUA DO MUNICPIO DE SANTANA DE PARNABA FRENTE S DEMANDAS PREVISTAS
Na Tabela 14, consta o balano hdrico realizado para o municpio de acordo
com a produo atual e a estimativa das demandas. A produo atual foi
considerada como sendo a mesma at o final do horizonte de projeto. Foi
verificado o balano resultante entre produo e demanda levando em conta
somente a gua produzida pelos sistemas isolados, como tambm, o balano
resultante considerando a produo pelos sistemas isolados mais o montante de
gua que estima-se que importado atualmente do SAM.
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Tabela 14 - Balano entre produo e demanda em Santana de Parnaba.
Ano
Sistemas Isolados + SAM Somente Sistemas Isolados
Produo (l/s)
Demanda (l/s)
Balano (l/s)
Produo (l/s)
Demanda (l/s)
Balano (l/s)
2012 329,1 421,8 - 92,7 184,1 421,8 - 237,7
2017 329,1 444,2 - 115,1 184,1 444,2 - 260,1
2022 329,1 474,0 - 145,0 184,1 474,0 - 290,0
2027 329,1 502,6 - 173,5 184,1 502,6 - 318,5
2032 329,1 522,5 - 193,4 184,1 522,5 - 338,4
2037 329,1 535,2 - 206,1 184,1 535,2 - 351,1
2042 329,1 540,6 - 211,5 184,1 540,6 - 356,5
Conforme possvel verificar na Tabela 14, a vazo estimada para o ano de 2012
estaria em torno de 421,8 l/s. Isso representa uma diferena superior a 20% entre
o montante produzido e a vazo demandada, ou seja, um dficit em torno de
92,7 l/s. A justificativa desta incompatibilidade entre os nmeros pode tambm
estar associada demanda reprimida, ou seja, as residncias esto ligadas ao
sistema de abastecimento, mas no esto recebendo a gua na quantidade
ideal.
8.3 ALTERNATIVAS PROPOSTAS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE GUA
So cogitadas duas alternativas para a ampliao do sistema de abastecimento
de gua de Santana de Parnaba e melhoria de suas condies operacionais
atuais.
As alternativas propostas envolvem intervenes e ampliaes nas unidades de
produo de gua, bem como nas unidades formadoras do sistema de
distribuio, ou seja, para o conjunto de reservatrios, adutoras e estaes
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elevatrias. A concepo das alternativas tambm contempla o estabelecimento
de setores de abastecimento.
Em ambas alternativas propostas para o sistema de abastecimento de gua de
Santana de Paranaba os sistemas de produo existentes, sejam eles ETAs ou
poos sero mantidos, visto a importncia estratgica dos mesmos, bem como
as boas condies operacionais e de conservao de suas estruturas, e a
manifestao por parte da Sabesp em manter os referidos sistemas em
operao.
Outro aspecto comum s alternativas estudadas que, devido ao fato de
Santana de Parnaba no dispor de recursos hdricos para abastecer de forma
completa as demandas do municpio, faz com que o estudo das alternativas
propostas contemplem a importao de gua de outros sistemas produtores,
localizados fora do municpio.
Na sequncia so apresentadas as alternativas propostas para o sistema de
abastecimento de gua do municpio e as intervenes e ampliaes sugeridas
para o atendimento de cada uma delas.
No entanto, primeiramente ser apresentada a setorizao proposta para o
sistema de abastecimento, visto que a mesma se aplica a todas as alternativas
estudadas.
8.3.1 Proposta de Setorizao do Sistema de Abastecimento de gua
Para a setorizao do sistema de abastecimento de gua do municpio de
Santana de Parnaba foi proposta a criao de quatro grandes setores de
abastecimento, delineados a partir da topografia e dos limites naturais existentes,
como tambm, dos centros de reservao e sistemas de distribuio (existentes
ou projetados). Nos Anexos 15.2 e 15.3, constam plantas em que possvel
visualizar a setorizao proposta para o sistema de abastecimento de gua do
municpio e, a seguir so listados os setores propostos:
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Setor de Abastecimento Centro: alm da Sede do municpio, compreende
tambm a regio do Jardim So Lus, Refgio dos Bandeirantes, Cristal
Park, Bairro do Germanos, Stio do Morro, Parque Santana e Jardim
Isaura.
Setor de Abastecimento Tambor: Alm dos condomnios residncias
Tambor e Alphaville, este setor de abastecimento engloba ainda a regio
de Itahy e Colinas da Anhanguera, sendo esta ltima uma rea adensada
e caracterizada por ocupao de baixo padro.
Setor de Abastecimento Fazendinha: foi proposto para a regio que
envolve, dentre outros, os bairros Fazendinha, Parque 120, Parque dos
Monteiros, Buraco, Jardim Itapu, Jardim Clementino, Vila Poupana e
Cidade So Pedro, alm do Chcara das Garas e Va Novo.
Setor de Abastecimento Aldeia da Serra: Este setor de abastecimento
engloba a regio de Santana de Parnaba localizada no sudoeste do
municpio, composta pelos bairros Aldeia da Serra, Capela Velha,
Cururuquara e parte da regio do Inga, no entorno de Aldeia da Serra.
Cabe salientar ainda, que alm dos quatro setores de abastecimento propostos,
uma grande parcela do municpio, referente bacia do Ribeiro Santo Andr e a
Serra do Voturuna, no ser interligada a nenhum dos setores de abastecimento
sugeridos, sendo atendida por sistemas de abastecimento isolados. Atualmente,
esta rea ocupada principalmente por chcaras, ou residncias com grandes
lotes e de maneira geral, bastante afastadas umas das outras.
Alm disso, trata-se de uma rea de preservao de manancial, para qual est
prevista uma baixa ocupao populacional, conforme Projeto de Lei n 137/2013,
aprovado pelo municpio de Santana de Parnaba, que cria o territrio de gesto
e proteo ambiental do Voturuna e do manancial Santo Andr, regulamentando
e disciplinando os procedimentos administrativos para fins imobilirios e
correlatos.
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Todos estes fatores tornam invivel a interligao desta regio ao SAM ou a um
dos demais setores de abastecimento propostos, sendo, portanto, mais indicado
que o abastecimento seja realizado atravs de poos particulares.
8.3.2 Proposta para Manuteno do Abastecimento at 2020
Pelo fato do municpio provavelmente no poder contar com gua proveniente,
quer seja do Sistema So Loureno, ou do Sistema Santo Andre, at o ano de
2020, as demandas at esta data devero ser supridas com gua proveniente do
SAM.
Conforme possvel observar na Tabela 15, a seguir, a demanda total do
municpio para o ano de 2020 ser quase 10% superior demanda atual.
Portanto, o SAM ter de suprir o abastecimento dos setores Centro, Tambor e
Fazendinha, que so aqueles interligados a este sistema, com incremento de
cerca de 37,3 l/s de gua.
Tabela 15 Resumo da estimativa populacional e de demandas para os anos de 2012, 2020 e 2042 para Santana de Parnaba.
SETOR Populao (hab.) Demanda Q Max. diria (l/s)*
2012 2020 2042 2012 2020 2042
Centro 30.323 34.664 40.310 96,0 103,6 123,9
Tambor 38.899 47.271 58.159 176,8 198,4 234,4
Aldeia da Serra 4.666 5.290 6.101 27,3 28,3 30,5
Fazendinha 40.390 45.405 51.926 119,9 126,6 149,0
Isolados 361 488 655 1,8 2,2 2,8
Total 114.639 133.098 157.151 421,8 459,1 540,6
* Includa a vazo das reas industriais.
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Tendo em vista as demandas previstas para os setores de abastecimento foi
possvel constatar que o sistema de aduo existente atualmente no municpio
possui capacidade para transportar gua para atender a demanda dos setores
at o ano de 2020, sem a necessidade de intervenes no mesmo, pois em
alguns poucos trechos, mais crticos, j foram previstas ampliaes pela Sabesp.
Alm do sistema de aduo verificou-se tambm a capacidade de
armazenamento de gua dos setores para os anos de 2020 e 2042 (Tabela 16,
na sequncia). Tal verificao foi feita a partir da determinao do volume
necessrio para reservao com base no valor equivalente a 1/3 da demanda
mxima diria para os referidos anos.
Cabe salientar, no entanto, que os bairros do Cururuquara, Cristal Park e Chcara
das Garas necessitam ateno prioritria em relao ao abastecimento de
gua,visto que atualmente no so atendidos pelo sistema pblico, de maneira
que recomenda-se o atendimento destas regies at o final de 2016. De acordo
com informaes da Unidade de Negcios Oeste da Sabesp, a concessionria j
contratou uma empresa para a perfurao de poos visando o abastecimento do
Cristal Park e Chcara das Garas.
Avaliando os dados da Tabela 16, possvel perceber que os setores no
possuem autonomia de reservao, sendo necessria a implantao de centros
de reservao em todos os setores propostos, isto ir colaborar principalmente
para eliminar intermitncias no abastecimento.
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Tabela 16 - Situao do sistema de reservao nos setores de abastecimento propostos.
13015010065065065065025017020010050501001001005010050503001001001008080100100
126,60
29,00
V. necessr io
(m3) 2020
2.984
5.714
3.646
78930,50
Dficit/Sobra
(m3) 2020
-2.604
-1.994
-789
-2.436
878
V. necessrio
(m3) 2042Q max Dir ia
(l/s) 2020
Apoiado
SAP R3 Apoiado
ApoiadoApoiado
Maria Machado R2Maria Machado R3So Pedro R2-R6So Pedro R4-R7
ApoiadoApoiado
ApoiadoApoiado
Apoiado
Apoiado
-878
4.291 -3.081
Aldeia da Serra
- - - -
Fazendinha 1.210 149,00
Bairro 120 - PooBairro 120 R1
Fazendinha R1
Maria Machado R1 Apoiado
ApoiadoFazendinha R2Jardim So Luiz
ApoiadoApoiado
So Pedro R5So Pedro R6
Apoiado
-3.031
Bacuri R1Bacuri R2Bacuri R3
Bacuri R8C. da Anhanguera R1C. da Anhanguera R2C. da Anhanguera R3C. da Anhanguera R4
ApoiadoApoiadoApoiadoApoiado
Apoiado
Apoiado
Bacuri R4 ApoiadoApoiadoBacuri R5
Bacuri R6Bacuri R7
ApoiadoTambor
C. da Anhanguera R5
ApoiadoApoiado
3.720 234,40 6.751198,40
Dficit/Sobra
(m3) 2042
CentroSAP R1 Apoiado
380 123,90 3.568 -3.188SAP R2 Apoiado
Setores Reservatrio
103,60
TipoV. disponvel
(m3) Q max Dir ia
(l/s) 2042
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8.3.3 - Alternativa I
A alternativa I contempla a implantao do Sistema So Loureno para suprir as
demandas de gua do municpio de Santana de Parnaba at o final do horizonte
de projeto (2042).
O Sistema Produtor So Loureno (SPSL) um projeto proposto pela Sabesp
que objetiva ampliar a oferta de gua para cerca de 1,5 milho de pessoas que
vivem na Regio Metropolitana de So Paulo (RMSP), na qual se inclui a
populao de Santana de Parnaba. Sendo que, a previso de que tal
populao chegue a 1,7 milhes em 2025.
Para a implantao da Alternativa I sero necessrias algumas intervenes no
sistema de abastecimento de gua existente em Santana de Parnaba,
principalmente no que se refere aduo e reservao, de maneira a garantir a
universalizao do abastecimento no municpio, bem como promover a
delimitao de setores de abastecimento. Maiores detalhes sobre as
intervenes proposta na Alternativa I podem ser visualizados na planta
constante no Anexo 15.2.
Conforme informaes fornecidas pela Sabesp, o abastecimento de gua no
municpio a partir do Sistema Produtor So Loureno ser feito pela subadutora
Gnesis/Santana de Parnaba, que trata-se de um trecho que deriva da ala
principal do Sistema So Loureno e interliga ao reservatrio Gnesis. Esse
trecho ser implantado dentro dos limites do setor de abastecimento Tambor,
passando junto ao condomnio residencial Gnesis, em Santana de Parnaba. A
referida adutora ir percorrer uma extenso de aproximadamente 10,0 km, e ter
dimetro de 800 mm em ao.
Pe