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CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGO BR 285 - KM 174 - CAIXA POSTAL, 569 - FONES, 3]2-3111 - 312-3387 e 312-3587 99.100 - PASSO FUNDO - RS. PLANO PILOTO DE CONSERVACÃO DO SOLO , I EM IBIRUBA - RS - :OPERAÇAO GUARDA-CHUVA:

PLANO PILOTO DE CONSERVACÃO, DO SOLO · integral de conservação do solo no Rio Grande do Sul. Nessa oportunidade, ... A fim de dinamizar estas etapas, foi traçado um Plano de

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CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGOBR 285 - KM 174 - CAIXA POSTAL, 569 - FONES, 3]2-3111 - 312-3387 e 312-358799.100 - PASSO FUNDO - RS.

PLANO PILOTO DE CONSERVACÃO DO SOLO,IEM IBIRUBA - RS

-:OPERAÇAO GUARDA-CHUVA:

CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGOBR 285 - KM 174 - CAIXA POSTAL, 569 - FONES, 3]2-3111 - 312-3387 e 312-358799.100 - PASSO FUNDO - RS.

Sem.útáJúo: Plano Piloto de Conservação do Solo em Ibirubá/RS - "Operação Guarda-Chuva".

Ap!te6e.ntadoJL: Jose E10ir DenardinRetatoJL: Ana Christina A1buquerque Zanattavata: 20 de julho de 1979

José E10ir Denardin: Em 1975, por iniciativa do Dr. Wa1ter Kug1er, teve início umprocesso de contatos com outras entidades, no sentido de desenvolver um programaintegral de conservação do solo no Rio Grande do Sul.

Nessa oportunidade, tomou-se conhecimento da existência de um plano, por parte da Secretaria da Agricultura do Estado (S.A.), para o estabelecimento de uma área piloto com objetivos de desenvolver os recursos naturais renovaveis. Com baseneste plano, cogitou-se a integração de esforços das entidades envolvidas ~com aproblemática da Conservação do Solo no Rio Grande do Sul. Representantes de 6 entidades (S.A., FAO, UNESCO, EMBRAPA, UFRGS e CELERS) realizaram 10 reuniões, aindano ano de 1975, havendo concordância sobre a conveniência de se somar esforços p~ra colocar, o mais rapido possível, em execução uma tarefa de conservação do solo.Nessas reuniões, foi escolhido o município de Ibiruba como área de atuação e tratou-se, também, de assuntos relacionados aos trabalhos integrados a serem desenvo1vidos neste município.

Justifica-se a escolha de Ibiruba pelo fato de apresentar:Boas condições naturais, ou seja, ter solos representativos do planalto riograndense;boa estrutura fundiária com adequadas condições sacio-econômicas e

"localização na bacia do maior reservatario hidrelétrico do RGS.O trabalho seria desenvo1vido.neste município, de maneira a alcançar 2 objeti

vos básicos:- Implantar um plano piloto de preservação dos recursos naturais renováveis;- formar uma consciência conservacionista pública.

Isto foi conseguido pela adoção, em areas pre-se1ecionadas, de praticas con

!!)EMMAPAservacionistas, complementadas com a pesquisa científica (experimentos com chuva natural rioCNPT), e que fossem de real impacto local de modo a motivar a opinião pública sobre o problema da erosão do solo.

Recorrendo a fotografias aereas com escala 1:60.000 e observações a campo, escolheu-se as áreas e produtores onde seriam implantados os trabalhos. Procurou-selevar em conta, na escolha destas áreas, outras características que possibilita~sem, futuramente, a sua instrumentação climatolõgica e hidrolõgica por parte do IPH-UFRGS.

Ainda no mesmo ano de 1975, a Secretaria da Agricultura contratou os serviçosda Central de Levantamentos Aerofotogrametricos do Rio Grande do Sul (CELERS) para ~fetuar o levantamento aerofotogramétrico do município de Ibirubá na escala 1:20.000.Alem disso, instalou um escritório com um técnico treinado e com equipamentos paratrabalhar com fotos aereasobjetivando dar,apoio ã pesquisa e orientar. diretamenteos agricultores no uso correto da terra.

O CNPT, de início, se preocupou com o aspecto de difundiras práticas conservacionistas mais simples, ou seja, evitar a queima dos restos culturais. A maneiramais rápida e de maior impacto para atingir este objetivo, naturalmente, seria a semeadura direta. Utilizando-se a experiência e colaboração do Dr. Michal Barker, daICI, esta prática pode ser introduzida em 4 propriedades dentro daquelas áreas previamente selecionadas ainda na safra de soja de 1975/76.

Dado às boas produções obtidas com a semeadura direta e ao eficiente controlede erosão produzido nesta safra de soja, procurou-se despertar o interesse da Metalúrgica Ibirubá para o desenvolvimento de uma máquina de plantio direto,uma vezque a única no mercado, ate então, era a "Rotacaster" da FNI-Howard. Já emme.adosde 1976 era lançada a primeira máquina de fabricação local.

Em 1976 e 1977 os trabalhos prosseguiram nas safras de trigo e soja.O Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS (por problemas administra

tivos e por estar envolvido em um outro projeto hidrologico) nao apresentou condições de instrumentar as áreas conforme havia sido planejado. O CNPT, preocupado emotimizar a área da pesquisa envolvida no plano, providenciou a vinda de um Consultor e partiu para a implantação de uma bacia piloto devidamente trabalhada e instrumentada climatolõgica e hidrologicamente. Com a chegada, em março de 1978, do Dr. ~Hidalgo-Granados, membro da FAO, teve início esta operação. Nesta ocasião se reformulou o programa anteriormente estabelecido e foram estabeleci das as seguintes etapas a serem vencidas:

Seleção de bacias hidrográficas representativas;levantamento detalhado dos solos das bacias;

!§)EMMAPAinstrumentação das bacias;

- planejamento conservacionista de uma das bacias;- implantação dos trabalhos de conservação integral do solo nesta bacia;

levantamento sócio-econômico dos agricultores;- acompanhamento da evolução dos mesmos;- implantação da disciplina de educação ecológica;- treinamentos de técnicos e agricultores;- estudo da evolução do assoreamento no reservatório Passo Real.

A fim de dinamizar estas etapas, foi traçado um Plano de Ação que previa a constituição de 4 equipes com tarefas determinadas a executar:

lê) Equipe de Extensão:Difundir práticas conservacionistas;

- treinar agricu1tores~- Orientar a implantação de práticas conservacionistas.

2~) Equipe de Educação:- Implantar a disciplina de educação ecológica.Estão sendo ministradas aulas desta disciplina em todas as escolas de 19 grau

do município de Ibírubá.- Conscientizar os alunos sobre a gravidade dos problemas ecológicos.- Salientar a importância do equilíbrio ecológico.- Incentivar a prática dos principios do equilíbrio ecológico.

3~) Equipe de Levantamento de Solos,-Levantamento detalhado dos solos.

Um levantamento de solos é feito em 3 níveis:1. De reconhecimento - envolve a classificação do solo em Ordem, Subordem, e

Grande-grupo;2. Semidetalhado - envolve a classificação do solo em Subgrtipo;3. Detalhado - envolve a classificação do solo em Família, Série e Fase.Este último foi efetuado" nos solos do Rio Grande do Sul, por uma equipe do

SNLCS e encontra-se em fase de elaboração do relatório.

4~) Equipe de Pesquisa- Estudar o comportamento do solo sob diferentes sistemas de exploração.

~EMIlRAPA

A execução desta tarefa contou com o auxílio dos alunos do Curso de Pés-Graduação da UFRGS. A partir dos estudos realizados, chegou-se aos seguintes resultados:

Efeitos de diferentes sistemas de cultivo sobre as características físicas do solo1. Densidade do solo

Profundidade Densidade do solo(cm) (g/cm3)

2- 7 0,8910-15 1,13~0-25 1,2030-35 1,37

2- 7 1,0410-15 1,2220-25 1,1430-35 1,21

2- 7 1,3710.,.15 1,4420-25 1,4130-35 1,34

2- 7 1,3710-15 1,2920-25 1,6430-35 1,66

2- 7 1,1710-15 1,3320-25 1,2230-35 1,22

A partir dos dados acima, observa-se que uma das maiores causas da erosão êa compactaçao do solo existente em uma camada localizada a.aprQXillladamente·15~20 cmda superfície.

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111...CONVI1ANO

CULTIVOC/BOI

PLANTIODIRETO CONVI

20 ANOSA estabilidade de agregados por via únáda foi a mesma no Cultivo Convencional

de 1 ano e no de 20 anos. Isto ocorreu devido a que, no primeiro citado, foi feitoum desmatamento com trator de esteira o que provoca uma grande compactação e remoção da camada superficial do solo.

Werner W~sche: Cabe dizer que o que esta sendo feito na Amazônia, em termos dedesmatamento para formação de lavouras, é um suicídio. Isto porque a camada fértildaqueles solos é a superficial. Ja nos Cerrados o problema de fertilidade dés solosnão é tão grande, por ser feita correção dos mesmos, se restringindo este ã compa~taçao do solo.

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250

ote::(c..>e::(a::: 150I-

i ...J-u..z- MATAUJo 180.I-(J)

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PLANTIO DIRETOCONVI ~O ANOS

1._0CONV. - ANO

TEMPO (MIN.)J.E. Denardin: As camadas compactadas ê que provocam esta queda brusca na velocid~de de infiltração em todos os tratamentos ( com exceção daquele que envolve a MAT~.

-No plantio direto deveria ter sido feita a quebra desta camada, o que nao ocorreu.

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O

- Estudar a evolução do assoreamento no reservatório Passo Real.Aproveitando a seca ocorrida no ano de 1978, foi avaliado o assoreamento no

reservatório Passo Real a partir de medições feitas na periferia do mesmo.Com estes dados em mãos, se poderia dizer que o assoreamento médio nas mar

gens deste reservatório foi de 18 % em apenas 8 anos desde sua construção.

Concentração de sedimentos em suspensão na água de alguns contribuintes do reservatório Passo Real

Sedimentos em suspensão(g/m3)

Área de contribuição(ha)

Contribuintes doReservatório Passo Real

Rio Jacuí MirimArroio PuladorArroio da Bacia A

16001100190240

53127

IORTE

0.105

OPERAÇÃO GUARDA-CHUVAr

AllottOm.nto no R••• ,.,otoriode Posso Reol

Fechamento do Barragem 12/02 11970Enchimento compl.to do Reservot6rio 01/09/1972

PERFIL A2

__ -2,212

• -2.1161-5.2811

-1,514-1.1105

- 2.207-2,422

-2.7)2

o IPT está fazendo o mesmo estudo em toda a barragem. Pelo levantamento já realizado, o máximo de assoreamentoocorrido foi 90 cm 1DJstrando que os 18 % encontrados nas margens não podem ser extrapolados para todo o reservatório.

- Treinar tecnicos de extensaoDevido às bacias ainda estarem em fase de implantação, pouco foi feito neste

setor. Um item importante de se ressaltar e o treinamento que foi dado aos profess~res encarregados da disciplina "Educação Ecológica".

Instrumentar as bacias hidrográficas, I A instrumentação das bacias hidrogrãficas

guintes-passos:~. Escolha de 2 bacias

l

!§)EMBRAPA- elas deveriam ser representativas do Planâlto no que se refere a solos, declivi

dades e uso.2. Mapeamento

- A partir de fotos aéreas na escala 1:20.000, o IRGA fez o mapeamento das 2 bacias em escala 1:5.000;

- curvas de nível cotadas de 2,5 m em 2,5 ~

3. Para a escolha dos aparelhos a serem utilizados, era preciso conhecer valores deDrenagem Superficial.3.1. Chuva máxima em uma hora:

55 mm/h para um período de retorno de 10 anos. Este dado foi obtido a partirdas chuvas máximas com duração de 1 hora num período de6anos '.de. observa

3.2. Tempo de concentração:Este é um valor característico de cada bacia, dondeBacia A: 15 minoBacia B: 20 mino

3.3. Pique máximo de enxurrada:~ obtido a partir da fórmula CIA 3Q = 360 onde Q = vazao em /seg)

C = coeficiente de enxurradaI = intensidade máxima de chuva

para o tempo de concentração calculado (mm/h)

A = Área da bacia (ha)Os valores obtidos foram:Bacia A: Q = 6,8 m3/segBacia B: Q = 12,0 m3/seg

4. Com todos estes dados em mãos, passou-se ao passo seguinte que envolveria a lnstrumentação, propriamente dita, das bacias.4.1. Objetivos:

Obter informações sobre: - Clima- Balanço hídrico- Alterações em termos de erosão

4.2. Rede Pluviométrica:Pluviógrafos: 5 (leituras semanais)

1 (leitura diária)Pluviômetros: 3

No que se refere a sua localização, levou-se em conta a altitude, a distribuição a mais simétrica possível e onde não atrapalhasse o trabalho de máquinas agrícolas.

4.3. Rede Linimetrica:Linígrafos: 2 (leituras semanais)Os 2 1inígrafos foram colocados no local de descarga das bacias. A parte

mais cara da instrumentação das bacias foi a da construção dos verte dores onde foram localizados os 1inígrafos.

4.4. Balanço Hídrico:O tanque Classe A já está comprado mas, devido ã falta de mão-de-obra para

efetuar as leituras, não se está fazendo nada neste sentido.Apõ.6 a. a.pJLe6e.nta.ç.ão 6w.a.., 601tam de.bati..do.6 cüve.JL60.6 a..6pe.e.:tO.6, e.n:tJLe. 0.6 quM.6:

1. Edar Peixoto Gomes: O tamanho do agregado não estaria relacionado com a densidade do solo?

J.E. Denardin: Creio que não porque, em princípio, são 2 coisas distintas: adensidade e a resistência do solo a um esforço mecânico (resistência do solo a1 pressão) e a estabilidade de agregados e a resistência do solo ã desagregaç.ãopela H20.Renato Ben: Não haveria relação inversa entre a densidade e a resistência de agregados?

J.E. Denardin: Sim, claro. Um dos fatores que contribui para a compactaçao dosolo ê o teor de materia orgânica ã medida em que diminui a densidade e aumentaa estabilidade de agregados. O solo mais denso, apesar de ter agregados resistentes a uma pressão, não apresentam estabilidade alguma "explodindo" em microagregados quando submetidos ã ação da água.

2. Maria Irene Fernandes: Por que a disciplina Educação Ecológica está sendo ministrada apenas ro primeiro grau?

w. Wllnsche: Houve uma grande resistência por parte do Secretário da Educação emincluir esta disciplina nas atividades das escolas estaduais não tendo sido, inc1usive, fornecidos professores. Frente a isso, o município de Ibirubá, dado oseacassos recursos, contratou apenas um professor que exerce as funções de coordenador da disciplina, a nível de 19 grau, em todo o município.

3'.Aro1do Gallon Linhares: Da área plantada, quanto e ocupado com trigo?

~EMBRAP"

J.E. Denardin: Na Bacia A, por exemplo, metade da área plantada com soja recebetrigo no inverno não havendo repetição de área dois anos seguidos.

4. E.P.Gomes: Os números nos quais vocês se basearam para dimensionar a instrumentação das bacias, principalmente naquela conservada, não iriam se modificar como tempo?

J.E. Denardin: Os valores que utilizamos foram, realmente, todos teoricos, baseados em tabelas norte-:americanas.Por exemplo, o tempo de concentração das bacias e uma media ponderada que envolve a razão entre a área dos tipos de uso dosolo e a área total da bacia multiplicada pelo número hidro1ógico de cada uso.Este número hidro1õgico é um valor teórico, obtido a partir de uma tabela norte-americana.

Estes valores certamente serao alterados sendo um dos objetivos deste trabalho o de alcançar a àua determinação e, se possível, montar tabelas válidas p~ra nossas condições.

5. E.P. Gomes: Gostaria de saber da utilização prática dos resultados que irão obter.'

w. WUnsche: Vejo a necessidade da implantação de experimentos em grande escalaenvolvendo participação dos tecnicos de diferentes áreas. Somente assim se pod~rá estabelecer um modelo matemático que permitirá, uma melhor avaliação do efeito de cada tipo de uso do solo sobre o comportamento da bacia em tenros de manejo e conservação do solo. Isto permitirá extrapo1ar os resultados ali obtidospara toda a região onde predomina o mesmo tipo de topografia, uso e solo.

6. E.P. Gomes: Uma das maneiras de se avaliar a conservação do solo e médindo asua capacidade de infiltração d'água. ~ possível, coW ést~ instrumentação, sedeterminar estes valores?

J.E. Denardin: Aplicando-se um processo desubterrânea e o que ê água superficial, porda água escoada, chega-se a estes valores.

c~lcu10 que determine o que e águadiferença da precipitação medida e

7. Vander1ei da R. Caetano: Como farão para medir o quanto de solo está sendo perd~do pelas bacias?

J.E. Denardin: Existem basicamente 3 processos:1. Coleta manual durante a chuva - processo muito utilizado pelos norte-america

!!)EMBRAPAreas menores ou naquelas em que as perdas de solo sao pequenas. Isto porque,além de se medir a quantidade de solo na garrafa, é necessario que se pesetodo o material sedimentado antes do vertedor (no poço de remanso);

3. integrador na agua corrente - o material coletado é uma amostra homogênea deH20 e solo.

Este último é o processo que pretendemos utilizar por ser o mais pratico. Pornão existir no mercado este tipo de equipamento, nós, o SNLCS e a HIDROCEAN-RJ estamos desenvolvendo.

8. M.I. Fernandes: O trabalho que estao desenvolvendo, a chamada "Operação Guarda-Chuva", ja esta tendo reflexo na agricultura da região?

W.W~nsche: Pela própria presença constante de técnicos, ja existe uma autoconscientização por parte dos agricultores no sentido de um aproveitamento mais racional de suas terras. O que é necessário é que tal espírito seja trans.mitido aoutras regiões.

9. V.da R. Caetano: A proximidade das duas bacias, conservada e não conservada,nãolevaria esta última a uma adoção de praticas conservacionistas em pouco tempo?Com isto, ela não estaria deixando de desempenhar seu papel de testemunha?

J.E. Denardin: Acredita-se que a Bacia B (testemunha) não tenha infra-estruturasuficiente, bem como poder aquisitivo para consegui-Ia, de modo que possa adotar todas as práticas conservacionistas a curto prazo.

"W. Wunsche: Atualmente estamos considerando menos importante a manutençao da bacia como testemunha. O melhor é tê-Ia instrumentada para poder medir os refIexos da melhoria das condições de uso do solo.

10. Bernard Bouglé: Qual seria a maneira de se recuperar, ou melhorar, asdes fisicas do solo?W. WUnsche: Esta e uma tarefa bastante simples pela grande capacidade de recup~ração que têm os solos: Não queimar os restos culturais;

- reduzir o número das operações de preparo.

11. A.G. Linhares: Vocês orientam os agricultores sobre as praticas que eles devemutilizar?W. Wllnsche: Começamos o nosso trabalho dando, em conjunto com a ICI, orientaçãoa cerca de plantio direto bem como sobre outras técnicas simples de conservaçãode solos. Agora, se continua dando orientação no sentido de conscientizar os a

~EMllRAl'Agricultores dos problemas e, atraves de suas próprias experiências - com o nosso auxílio eles atingem as soluções requeridas. Desta forma, se alcança uma repersussao muito maior entre os agricultores das vantagens e necessidades do emprego de determinadas tecnicas alem de se induzir o agricultor ã reflexão.Quando e o próprio agricultor que aplica as tecnicas, tem-se observado maior eficiência na difusão e utilização dos resultados positivos.

12. w. Wu'nsche: Gostaria de apontar uma serie de itens que serviriam como síntesedo que foi apresentado neste seminário:

Devemos ficar bastante alertas ao problema da degradação de nossos solos, e,indiretamente, da capacidade energética das barragens. Isto pode ser evidenciado pelo assoreamento ocorrido nas margens do reservatório de Passo Real,que foi de 18 %.Com os dados de física do solo se ve que a coisa so tende a piorar em um tempo cada vez menor. Deveremos, frente a isso:

encontrar e aplicar os meios de melhorar as condições físicas dos solos;- avaliar os custos e benefícios das práticas conservacionistas;

verificar a viabilidade tecnica das práticas recomendadas;estudar a relação entre preparos conservacionistas, rendimento e sanidade;determinar o que fazer com áreas improprias para agricultura.

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