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Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia

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Plano Safrada Agricultura,

Pecuária, Pesca e Aquicultura da

Bahia 2015/2016

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Plano Safra da Agricultura,Pecuária, Pesca e Aquicultura da

Bahia 2015/2016

Salvador, 2015

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIARui Costa

SECRETARIA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA, IRRIGAÇÃO, REFORMA AGRÁRIA, PESCA E AQUICULTURA

Paulo Câmera

FICHA TÉCNICA

OrganizaçãoCarlos Armando Barreto de Santana Assessor Especial - Gabinete Seagri

Colaboração TécnicaEdilson de Oliveira Santos

Gestor Governamental – SPA/Seagri

Colaboração Editorial e RevisãoRosangela Machado

Coordenadora de Informação/Seagri

FotosHeckel Júnior – Seagri

Sílvio Ávila - Editora GazetaAcervo Biblioteca Seagri

Avenida Luiz Viana Filho, 4ª Avenida, nº 405 – CAB CEP: 41745-002 – Salvador – BahiaTel.: (71) 3115-2783 / 2862

www.seagri.ba.gov.br – [email protected]/seagri.bahia

Bahia. Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016. – Salvador: SEAGRI, 2015.

56 p. il.

1. Agricultura – Planejamento – Bahia. 2. Pecuária – Planejamento - Bahia. 3. Política Agrícola – Bahia. I. Título. CDU 631(814.2)

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GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA

RUI COSTA

SECRETÁRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA, IRRIGAÇÃO, PESCA E AQUICULTURA

PAULO CÂMERA

CHEFIA DE GABINETE

JOSÉ PIRAJÁ PINHEIRO FILHO

SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICA DO AGRONEGÓCIO - SPA

GUILHERME DE CASTRO LINO BONFIM

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO AGROPECUÁRIO - SDA

ADRIANO DE SÁ BOUZAS

AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA – ADAB

OZIEL OLIVEIRA

BAHIA PESCA S.A.

DERNIVAL OLIVEIRA

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Sumário

APRESENTAÇÃO 8

1 PANORAMA DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DA BAHIA 11

2 CRÉDITO RURAL 15

3 PROGRAMA NACIONAL DE APOIO AO MÉDIO PRODUTOR RURAL – PRONAMP 16

4 PLANO AGRICULTURA DE BAIXA EMISSÃO DE CARBONO – ABC 18

5 APOIO ÀS CADEIAS PRODUTIVAS 20

PLANO ESTADUAL DO COCO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO SETOR DA BORRACHA NATURAL

DO ESTADO DA BAHIA – PRODEBON . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

PLANO ESTADUAL DA PECUÁRIA LEITEIRA – LEITE BAHIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

PRÓ-GENÉTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

PRÓ-BERRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

6 PROGRAMA TERRA MOLHADA 28

7 PESCA E AQUICULTURA 29

PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ALEVINOS PARA AGUADAS PÚBLICAS . . . . . . . . . . . . . . . . 29

CULTIVO DE PEIXES EM TANQUES-REDE NA BARRAGEM BANDEIRA DE MELO . . . . . . . . . . . . 29

CENTRO VOCACIONAL TECNOLÓGICO E TERRITORIAL DO PESCADO (CVTT) . . . . . . . . . . . . 30

AÇÕES PARA O FORTALECIMENTO DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS . . . . . . . . . . . . . . . . 31

PROGRAMA RENOVAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

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APOIO A SAÚDE DA MULHER MARISQUEIRA – DISTRIBUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (KIT MARISQUEIRA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

PARQUES AQUÍCOLAS EM ÁGUAS DE DOMÍNIO DO ESTADO DA BAHIA . . . . . . . . . . . . . . . . 34

REVITALIZAÇÃO DO POLO CAMARONEIRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

8 APOIO À COMERCIALIZAÇÃO 36

POLÍTICA DE GARANTIA DE PREÇOS MÍNIMOS - PGPM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

CENTRO DE COMERCIALIZAÇÃO DE ANIMAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

ARMAZENAGEM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

MERCADO DO PRODUTOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

SELO DE CERTIFICAÇÃO – PRODUTO DA BAHIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

9 APOIO À AGROINDUSTRIALIZAÇÃO 42

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

E DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA – DESENVOLVE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

10 DEFESA AGROPECUÁRIA 43

PROGRAMA BAHIA PECUÁRIA SEGURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

PROGRAMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE DO BICUDO DO ALGODOEIRO . . . . . . . . . 45

PROJETO DE CONTROLE DAS MOSCAS DAS FRUTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

PROJETO DE REGIONALIZAÇÃO DO ABATE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

PLANO ESTRATÉGICO PARA REGULARIZAÇÃO DO ABATE NÃO INSPECIONADO

DE FRANGO NO ESTADO DA BAHIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

SISTEMA BRASILEIRO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL - SISBI . . . . . . . . . 48

11 GESTÃO DE RISCO CLIMÁTICO 49

ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

12 MATOPIBA 50

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APRESENTAÇÃO

OGoverno do Estado da Bahia, ao lan-çar através da Secretaria da Agricul-

tura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicul-tura, o PLANO SAFRA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA, PESCA E AQUICULTURA DA BAHIA 2015/2016, demonstra, mais uma vez, seu compromisso com o desenvolvi-mento do setor ao criar condições favorá-veis para que os produtores rurais prossi-gam na manutenção e expansão de suas atividades, de forma eficiente, competiti-va, sustentável e em harmonia com a pre-servação do meio ambiente.

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O Plano estabelece diretrizes e prioridades, reúne, integra e divulga importantes instrumentos da política agrícola, a exemplo do Crédito Rural, Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural – PRONAMP, Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – ABC, Política de Garantia de Preços Mínimos – PGPM e Programas de Apoio às Cadeias Produtivas e o recém criado Pro-grama de Certificação de Qualidade – Produto da Bahia, dentre outros .

Compreendendo um conjunto de ações, o Plano Safra tem como uma das prioridades a expan-são do crédito com sustentabilidade, buscando atender ao pequeno produtor não pronafiano, o médio e o grande produtor . Para este segmento, estão sendo aportados recursos creditícios da ordem de R$ 5,7 bilhões para financiamento da safra 2015/2016, a serem aplicados nas opera-ções de custeio, investimento, e comercialização da produção .

Pesca e Aquicultura também terá destaque, com ações direcionadas para incrementar o cresci-mento sustentável dessas atividades . A Bahia, quarto colocado dentre os estados produtores de pescado do país, apresenta um imenso potencial produtivo a ser explorado por possuir o mais extenso litoral do Brasil, com 1 .188 km, cerca de 13,2% da costa brasileira, e reunir em seu territó-rio importantes bacias hidrográficas .

As ações de defesa agropecuária serão intensificadas no sentido de melhorar ainda mais o já elevado status sanitário alcançado pela Bahia, indispensável para a competitividade do segmen-to, protegendo os produtores contra eventuais perdas econômicas e, por outro lado, garantindo a segurança dos alimentos oferecidos aos consumidores .

Na trajetória a ser cumprida pela SEAGRI sobressai, mais do que nunca, o papel reservado às articulações e às parcerias na concretização dos interesses coletivos dos agricultores . Desse modo, tendo como foco a reorganização e o fortalecimento das cadeias produtivas, buscar-se-á maior integração entre o setor agropecuário e a agroindústria, sobretudo nos segmentos e áre-as de maior potencial competitivo .

Neste documento, foi inserido um capítulo dedicado ao MATOPIBA, região de fronteira agrícola formado por partes dos territórios do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, instituída, recentemen-te, através de Decreto do Governo Federal que dará à região um tratamento diferenciado, inclu-sive implantando o Plano de Desenvolvimento Agropecuário do MATOPIBA – PDA MATOPIBA, em fase final de elaboração no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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– MAPA . A SEAGRI terá assento no Comitê Gestor do PDA – MATOPIBA, representando o Go-verno do Estado da Bahia .

Com efeito, as principais ações a serem desenvolvidas no exercício do Plano Safra da Agricul-tura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016, podem ser visualizadas neste material e têm o propósito de contribuir para o pleno alcance dos objetivos a seguir mencionados .

OBJETIVOS:

¤ Aumentar a oferta de recursos do crédito rural; ¤ Ampliar o compromisso com o desenvolvimento sustentável da agropecuária; ¤ Fortalecer as cadeias produtivas da agropecuária com a participação efetiva das câmaras setoriais;

¤ Incentivar a agricultura de baixa emissão de carbono; ¤ Ampliar o apoio à comercialização; ¤ Aumentar as ações que visam o incremento da produtividade na agricultura, na pecuária, na pesca e na aquicultura;

¤ Ampliar o apoio ao pequeno produtor não pronafiano e ao médio produtor rural; ¤ Incrementar a agroindustrialização da produção, com agregação de valor .

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

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PANORAMA DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DA BAHIA

A Bahia ocupa uma extensão territorial de 564,7 mil km², constituindo-se no quinto maior es-tado do Brasil, onde estão presentes os biomas caatinga, cerrado e mata atlântica e ainda

os ecossistemas das zonas costeiras formados por praias, mangues, dunas e lagunas. Também, em termos climáticos, o Estado da Bahia caracteriza-se pela diversidade, variando desde o cli-ma tropical úmido ao semiárido quente.

A grande área territorial e a heterogeneidade climática e de ecossistema proporcionam à Bahia uma matriz produtiva bastante diversificada na agropecuária, elencando mais de 50 produtos vegetais cultivados, além de mais de uma dezena de segmentos com importância econômica significativa na pecuária .

A produção baiana de grãos na safra 2014/2015 alcançou 8,1 milhões de toneladas, 5,3% superior à safra passada . O volume produzido com algodão é de 1,1 milhão de toneladas, colocando o Estado no segundo posto no ranking nacional . A colheita baiana de feijão é de 309,7 mil tone-ladas, fazendo com que a Bahia figure no rol dos mais importantes produtores nacionais . Com uma produção de 48,2 mil toneladas, a Bahia responde por cerca 85% da produção brasileira de mamona . O milho produzido em solos baianos, juntando a safra de verão e a safra de inverno, alcançou 2,8 milhões de toneladas, o que corresponde 38,4% da safra nordestina . Colhendo 4,1 milhões de toneladas de soja, a Bahia é responsável por 51,4% da colheita do Nordeste .

A Bahia é o quarto maior produtor de café do Brasil, com 2,4 milhões de sacas ano, destacando-se entre os melhores cafés do país em qualidade, como também, vem se consolidando como fornecedora de cafés especiais, com ótimos resultados nas competições internacionais .

Principal produtor de cacau do Brasil, com uma colheita de 141,1 mil toneladas, a Bahia é respon-sável por 60% da produção nacional . Mesmo ainda sofrendo implicações da vassoura-de-bruxa, doença que devastou a lavoura no início dos anos noventa, a cacauicultura ainda se constitui numa oportunidade de investimentos que se transformam em geração de emprego e renda .

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A biofábrica mantida pelo Governo do Estado tem contribuído para a recuperação da lavoura, garantindo a produção e distribuição de mudas de cacau clonal e seminal . O Sul da Bahia vem se destacando na produção de chocolates finos de excelente qualidade, atendendo aos merca-dos nacional e internacional .

Com uma produção de 4,5 milhões de toneladas, a fruticultura é uma das atividades que mais geram emprego e renda e promove o desenvolvimento em algumas regiões na Bahia, sobretu-do, nos perímetros irrigados do Semiárido, e por possuir elevado efeito multiplicador impulsiona regionalmente os diversos setores econômicos .

A Bahia apresenta-se com uma grande diversidade de produtos em sua matriz frutífera, posicio-nando-se como, senão a maior, uma das maiores do País . O Estado é líder na produção nacional de banana, mamão, coco, manga, maracujá; segundo colocado na produção de citros, além de ser grande produtor de abacaxi . A despeito de ser um grande produtor de frutas, a Bahia pro-cessa pouco desses produtos, significando, portanto, que existe grande espaço para avançar na agroindustrialização .

O Vale do São Francisco é o mais importante centro frutífero do Brasil, com destaque para a pro-dução de manga e uva . A região é a única do mundo capaz de produzir cinco safras de uva em dois anos, devido às suas características naturais como luminosidade, umidade e disponibilidade de água . Possui variedades de uvas com qualidades comprovadas para a produção de vinho, colocando-se como o segundo polo vinícola do Brasil, com grande potencial para crescimento .

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

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Outra oportunidade para investimentos na industriali-zação é na cadeia produtiva do coco, cuja produção é de 553,0 milhões de frutos na Bahia, maior produtor nacional . Com o Plano de Revitalização e Dinamização da Cadeia Produtiva do Coco, elaborado pela SEAGRI, que prevê uma série de intervenções no segmento, a produção estadual deve chegar a 1,0 bilhão de frutos/ano, em 2023 . Atualmente, a agroindústria processa 220,0 milhões de frutos por ano . Assim, existe uma boa quantidade de frutos para serem processados ainda no Estado . Além disso, a expansão da demanda nacional e mundial por derivados de coco, sobretu-do da água, representa uma opção interessante para atração de agroinvestimentos nesta cadeia produtiva .

O maracujá se constitui em mais uma alternativa de in-vestimentos na verticalização na Bahia, maior produtor nacional, colhendo 320,0 mil toneladas ano . Não exis-te nenhuma grande indústria no Estado processando a fruta para produção de suco nem doces ou geléias .

Sobre a pecuária, a bovinocultura baiana possui um re-banho de 10,8 milhões de cabeças, o que corresponde a 37,4% do rebanho do Nordeste, colocando a Bahia em oitavo lugar no ranking nacional . A Bahia é certi-ficada como zona livre de febre aftosa, o que permite acessibilidade a importantes mercados internos e ex-ternos . O segmento tem progredido na modernização genética e profissionalização, mas ainda tem muito o que avançar para melhorar seu perfil competitivo .

A ovinocaprinocultura, devido à rusticidade e a fá-cil adaptação às condições do meio ambiente, é uma alternativa econômica importante para o Semiárido,

Com uma produção de

4,5 milhões de toneladas, a

fruticultura é uma das atividades

que mais geram emprego e renda

e promove o desenvolvimento

em algumas regiões na Bahia.

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que tem a caatinga como vegetação predominante . Abrangendo 265 dos 417 municípios da Bahia, a área do Semiárido baiano representa 69,7% do território estadual . Trata-se de uma região marcada por chuvas com distribuição bastante irregular, baixa umidade e intensa evapo-ração, resultando num déficit hídrico para a maior parte do ano, o que se constitui na base dos problemas socioeconômicos que assolam a sua população .

A Bahia é o maior produtor nacional de caprinos e o segundo de ovinos, porém os rebanhos não são dotados de uma padronização de carcaça, fato que prejudica sensivelmente a comerciali-zação . Visando corrigir essa deficiência, a SEAGRI criou o programa Pró-Berro, cujo objetivo é melhorar geneticamente o rebanho, através do financiamento de reprodutores de alta qualidade a juros baixos e prazos estendidos .

Com condições climáticas e ambientais favoráveis, o Estado tem um amplo potencial para se consolidar como grande produtor de pescado e avançar tanto na atividade de pesca como na aquicultura . A Bahia possui a maior costa marítima do País, um litoral de aproximadamente 1,2 mil quilômetros de extensão, além de possuir 60,0 bilhões de m3 de água doce . O governo do Estado, através da SEAGRI/Bahia Pesca, apoia o crescimento sustentável dessas atividades, desenvolvendo um conjunto de ações que fortalecerão toda a cadeia produtiva, impactando significativamente do ponto de vista socioeconômico . São elas: capacitação de mão de obra, construção de terminais pesqueiros, e aquisição, renovação e distribuição de embarcações .

Manter a agropecuária como um patrimônio sanitário livre de pragas e doenças é de vital impor-tância para sustentar a competitividade no contexto de uma economia globalizada . Afora isso, os consumidores são os principais favorecidos, na medida em que lhes são ofertados alimentos com nível de proteção adequada . Da mesma forma os produtores, uma vez que evitarão sofrer eventuais perdas econômicas .

A Bahia livre de febre aftosa com cobertura vacinal de 95% do rebanho, é excelência no atendimento nos casos de raiva, é o primeiro Estado do Norte/

Nordeste a certificar propriedades livres de brucelose e tuberculose.

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

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Quadro 1 BAHIA - Crédito Rural, Safra 2015/2016 • (Em mil R$)

SETOR TOTAL

1. Agricultura Empresarial 5.700.000

1.1 Agricultura 3.800.000

1.2 Pecuária 1.900.000Fonte: BB, BNB e Desenbahia e Banco Central do Brasil.

CRÉDITO RURAL

A disponibilização de recursos de crédito rural, pelo Governo Federal para o custeio e comercia-lização das safras e para investimentos, na modernização do agronegócio, tem gerado, cada

vez mais, ganhos de competitividade, emprego, renda e geração de divisas de suma importância para o equilíbrio da balança comercial brasileira. Neste contexto, a expansão do crédito rural com sustentabilidade, no Estado da Bahia, para este Plano Safra, foi projetada levando em consideração um conjunto de fatores que criam um cenário favorável para que isto aconteça, a saber:

¤ A estruturação de programas para as cadeias produtivas, a exemplo do Plano Estadual de Revitalização e Dinamização da Cadeia Produtiva do Coco, do Plano Estadual do Leite e do Programa de Desenvolvimento do Setor da Borracha Natural do Estado da Bahia;

¤ O crescente dinamismo da agricultura empresarial baiana, simbolizado, principalmente, pela pujante safra de grãos que a cada ano bate recorde de produção;

¤ A ação da SEAGRI desenvolvendo gestões junto ao MAPA, embasadas em estudos técnicos, para ampliação dos zoneamentos de riscos climáticos com a inclusão de novas culturas e municípios .

Os recursos de crédito rural colocados à disposição da agricultura empresarial baiana, neste plano, é de R$ 5,7 bilhões, representando 19% a mais do que o previsto para a safra anterior. Desses recursos, R$ 3,8

bilhões se destinam a agricultura e R$ 1,9 bilhões a pecuária (Quadro 1).

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PROGRAMA NACIONAL DE APOIO AO MÉDIO PRODUTOR RURAL – PRONAMP

O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural – PRONAMP – busca promover o desenvolvimento das atividades rurais dos médios produtores, proporcionando o aumento

da renda e a geração de empregos no campo, fi nanciando investimentos e despesas de custeio agrícola e pecuário.

O público alvo do Programa são produtores rurais, sejam: proprietários, posseiros, arrendatários, ou parceiros, que tenham renda bruta anual de até R$ 1,6 milhão, desde que, no mínimo, 80% de sua renda bruta seja originária da atividade agropecuária ou extrativa vegetal .

Podem ser fi nanciados investimentos individuais e coletivos relativos a bens e serviços neces-sários ao empreendimento, desde que constituam um projeto de investimentos e estejam dire-tamente relacionados com a atividade produtiva . Dessa forma, o produtor pode obter fi nancia-mento para as seguintes intervenções:

¤ construção, reforma ou ampliação de benfeitorias e instalações permanentes; ¤ obras de irrigação, açudagem, drenagem, proteção e recuperação do solo; ¤ destoca, fl orestamento e refl orestamento; ¤ formação de lavouras permanentes; ¤ formação ou recuperação de pastagens; ¤ eletrifi cação e telefonia rural; ¤ aquisição de animais de pequeno, médio e grande porte, para criação, recriação, engorda ou serviço; ¤ aquisição de equipamentos empregados na medição de lavouras; ¤ despesas com projeto ou plano (custeio e administração); ¤ recuperação ou reforma de máquinas, tratores, embarcações, veículos e equipamentos, bem como aquisição de acessórios ou peças de reposição, salvo se decorrente de sinistro coberto por seguro; e

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¤ aquisição de máquinas, equipamentos e implemen-tos, desde que destinados especificamente à ativi-dade agropecuária .

Nas operações de Investimento o limite financiável é de até R$ 385,0 mil por beneficiário, por ano agrícola . Quando se tratar de empreendimento coletivo, o limi-te financiável varia de acordo com o número de bene-ficiários, respeitado o teto individual por participante e limitado a 10 mutuários . O prazo para pagamento é de até oito anos, incluídos até três anos de carência e a taxa de juros é de 7,5% ao ano .

Para operações de custeio, o valor financiável é de até R$ 710,0 mil por beneficiário, por ano agrícola, limitado a até 70% da receita prevista para o empreendimento a ser financiado . O prazo para pagamento é de até dois anos para o Custeio Agrícola e de até um ano para o Custeio Pecuário . A taxa de juros é de 7,75% ao ano .

Neste Plano Safra serão

disponibilizados R$ 695,0 milhões

de recursos creditícios para

o PRONAMP na Bahia,

representando um acréscimo de

20% em relação aos recursos aplicados no

Plano Safra 2014/2015.

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PLANO AGRICULTURA DE BAIXA EMISSÃO DE CARBONO – ABC

O Plano ABC, coordenado nacionalmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento – MAPA, com período de vigência até 2020, é um dos planos setoriais que têm

por fi nalidade responder aos compromissos assumidos voluntariamente pelo Brasil, no âmbito dos acordos climáticos internacionais, de redução de emissão de Gases de Efeito Estufa – GEE, promovendo a adoção de tecnologias de produção agropecuária sustentáveis que assegurem a redução dos referidos gases e elevem simultaneamente a renda dos produtores rurais. Para sua efetivação foi estabelecido um arranjo institucional que contempla representações das diversas entidades envolvidas com o tema.

Neste contexto, insere-se o Plano ABC – BAHIA elaborado e gerido pelo Grupo Gestor Estadual, coordenado pela SEAGRI, instituído através Resolução SEAGRI de Nº 001, publicada no Diário Ofi cial do Estado de 7 e 8/09/2013, composto por diversas instituições e órgãos governamen-tais e não governamentais: Mapa, MDA, Banco do Brasil, BNB, Conab, Ceplac, Embrapa, Ibama, UFRB, FAEB, SENAR, Instituto Biofábrica do Cacau, Instituto Cabruca, OCEB, ABAF, AIBA e Fundação BA .

Tendo como princípio uma abordagem integrada, ou seja, uma atuação ampla alinhada com o Plano Nacional, o Plano Estadual, com vigência até 2020, busca estimular a implantação de sis-temas produtivos sustentáveis, priorizando a recuperação de pastagens degradadas, o sistema de integração lavoura-pecuária-fl oresta, o plantio de fl orestas, o plantio direto na palha, a fi xa-ção biológica de nitrogênio e o tratamento de dejetos animais .

Para cumprir o compromisso estadual de reduzir a emissão e aumentar o sequestro de gases de efeito estufa(GEE) na agropecuária baiana, espera-se alcançar as seguintes metas:

¤ recuperar 120 .000 ha de pastagens; ¤ implantar 25 .000 ha com integração lavoura-pecuária-fl oresta; ¤ manejar 30 .000 ha com sistema de plantio direto na palha;

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¤ implantar 35 .000 ha de florestas produtiva e de preservação;

¤ implantar 20 .000 ha com fixação biológica de ni-trogênio;

¤ processar 800m³ de dejetos animais para produ-ção biogás e compostagem;

¤ capacitar 600 produtores e técnicos nas tecno-logias do Plano ABC;

¤ implantar três unidades demonstrativas .

Como suporte para alcance das metas estão previstas diversas ações, entre as adotadas, destaca-se a cria-ção, pelo Governo Federal, de uma linha de crédito específica para o ABC, destinada a produtores rurais e suas cooperativas com limite de financiamento por beneficiário de R$ 2,0 milhões, por ano safra, poden-do o teto ser ampliado para até R$ 5,0 milhões quan-do destinado para plantio de florestas comerciais, taxa de juros de 7,5% ao ano para produtores com renda bruta anual de até R$ 1,6 milhão e de 8% ao ano para produtores com renda bruta anual superior a R$ 1,6 milhão, prazo de reembolso do financiamento de até 15 anos, com carência de até oito anos quando se tratar de implantação de florestas comerciais .

Na Bahia, foram financiados até 30/06/2015, 1 .889 contratos com recursos totais da ordem de R$ 677,1 milhões . O Banco do Brasil foi responsável por 94% dos recursos aplicados no ABC e o BNDES pelos restantes 6% . Para este Plano Safra foram dispo-nibilizados R$ 300,0 milhões para financiamentos do Programa ABC, representando crescimento de 20% em relação aos recursos aplicados na safra passada .

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Page 20: Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia

5 APOIO ÀSCADEIAS PRODUTIVAS

PLANO ESTADUAL DO COCO

O agronegócio do coco tem grande importância socioeconômica para o Estado, que fi gura como maior produtor nacional, destacando-se como atividade geradora de emprego e renda, com grande potencial para dinamizar a agroindústria, que pode ser abastecida tanto pela pro-dução familiar como pela agricultura empresarial .

Por ser perene, a cultura do coco permite que sua produção seja consorciada com outras cultu-ras e com criação de animais, sendo uma prática recomendada pela literatura técnica e por ins-tituições de pesquisa . Além de gerar renda ao produtor durante todo o ano, o coqueiro absorve grande contingente de mão de obra, sendo um grande fi xador do homem no campo, gerando 240,0 mil postos de trabalho no Estado .

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Page 21: Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia

Na Bahia, a cocoicultura reveste-se de uma importância social bastante significativa, uma vez que 90% dos estabelecimentos rurais produtores possuem área menor ou igual a 50 hectares . Portanto, é uma atividade que é conduzida basicamente por produtores da agricultura familiar

A cadeia produtiva no Estado ainda não está estruturada, uma vez que o segmento agroindus-trial é inexpressivo diante do potencial existente, obrigando assim que o escoamento de grande parte da produção se dê por outros estados como Rio de Janeiro e São Paulo . A comercialização de 75% da colheita acontece via intermediários, que ditam os preços, prejudicando sensivelmen-te a renda do produtor .

Outro problema que afeta a cocoicultura refere-se ao mercado de coco seco, devido a concor-rência desleal na importação do produto proveniente dos países asiáticos . Naqueles países, a produção de coco ralado não atende às exigências de qualidade fitossanitárias, de armazena-gem e transportes, bem como não atende o recomendado pela Organização Mundial do Traba-lho (OIT) com relação às obrigações trabalhistas mínimas . Esse problema ordena que o Brasil adote uma política de importações, onde se exija que o país de origem do produto respeite as mesmas normas fitossanitárias e trabalhistas exigidas aqui .

A produção de coco da Bahia, em 2013, foi de 566,5 milhões frutos, em uma área plantada de 75,4 mil hectares . O Litoral Norte/Agreste de Alagoinhas é a principal região produtora, com condições edafoclimáticas adequadas, muita insolação, chuvas regulares e terrenos arenosos ideais para o cultivo da lavoura . Acajutiba, situado nesta região, e Rodelas, na região do São Francisco, são os municípios que mais se destacam, produzindo anualmente, cada um, cerca de 72,0 milhões de frutos .

A expansão da demanda nacional e mundial por derivados de coco, sobretudo da água, repre-senta uma oportunidade interessante para atração de agroinvestimentos nesta cadeia produti-va . O município do Conde ganhou um importante empreendimento agroindustrial mas que por si só não é suficiente para a verticalização estadual do segmento . Por outro lado, a produção do Litoral Norte é insuficiente para atender à demanda da indústria, necessitando, portanto, de recuperação da lavoura para suprir a demanda que tende a crescer .

O Plano de Revitalização e Dinamização da Cadeia Produtiva do Coco, elaborado com a partici-pação efetiva dos principais representantes da cadeia produtiva no Estado, através da Subcâmara

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Setorial do Coco, prevê a realização de ações que con-templam os requisitos citados . As áreas beneficiadas pelo Plano têm abrangência nos Perímetros irrigados de Juazeiro e Rodelas, no Baixo Sul, no Sul da Bahia e no Território do Litoral Norte/Agreste de Alagoinhas .

Para a execução do Plano, a SEAGRI, em estreita ar-ticulação com a Subcâmara Setorial do Coco, atua-rá como órgão responsável por catalisar, influenciar e acompanhar as ações junto aos protagonistas dos diversos elos da cadeia . Dessa forma, espera-se que nos próximos dez anos, a produção estadual de coco atinja um bilhão de frutos, o que vai atender à deman-da industrial e in natura . A segunda meta do plano é atrair para o Estado duas agroindústrias que benefi-ciem integralmente o coco, com capacidade mínima de processamento de 75,0 milhões de frutos ano . Por último, criar 140 mil novos postos de trabalho nas áre-as de identidade da cultura .

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO SETOR DA BORRACHA NATURAL DO ESTADO DA BAHIA – PRODEBON

A seringueira é a principal fonte de borracha natural, produto de vasta aplicação na indústria, sendo que mundialmente existem mais de 40 mil produtos que utilizam a borracha natural na sua constituição . A sua principal utilização, no entanto, acontece na indústria pneumática, que absorve 75% da borracha natural produzida no mundo .

Com uma produção anual de 17,2 mil toneladas de borracha seca, a Bahia é o segundo maior produtor

A produção de coco da Bahia, em 2013, foi de 566,5 milhões

frutos, em uma área plantada de

75,4 mil hectares. O Litoral Norte/

Agreste de Alagoinhas é a

principal região produtora,

com condições edafoclimáticas

adequadas

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nacional, posicionando-se atrás apenas de São Paulo . O Estado possui três polos de borracha, que concentram toda a produção: o Polo de Ituberá (Baixo Sul), o Polo de Una (Litoral Sul) e o Polo de Itamaraju (Extremo Sul) .

A Bahia tem recebido investimentos significativos na ca-deia produtiva com a criação de cluster moderno de bor-racha englobando quatro indústrias pneumáticas, além de indústrias de suporte e três unidades de processamen-to com capacidade para beneficiar até 21,0 mil toneladas de borracha seca/ano, gerando 2 .100 empregos diretos . Em função da oferta insuficiente, o estado compra bor-racha de outras unidades da Federação (Espírito Santo, Pernambuco, Minas Gerais, Amapá, Pará e Maranhão), fato que eleva os custos e reduz a competitividade .

A área cultivada com seringueiras na Bahia é de 33,3 mil hectares, das quais grande parte encontra-se em estágio de idade avançado . A heveicultura é uma atividade que desempenha relevante papel socioeconômico, na medi-da em que é uma importante geradora de emprego e renda . A exploração caracteriza-se pela ocupação permanente de mão de obra, evitando o em-prego temporário e garantindo um fluxo regular de renda durante todo o ano .

O crescimento, nos últimos anos, da demanda por borracha natural e a perspectiva favorável do mercado para as próximas décadas, justificaram, em 2013, a criação do PRODEBON, programa go-vernamental voltado para o aumento da produção baiana através do fomento de novos seringais

O PRODEBON é executado mediante a conjugação de esforços do governo nas esferas federal, estadual e municipal, em parceria com a sociedade e o setor privado, e busca a integração dos setores primário e secundário, objetivando o alcance da autossuficiência do Estado da Bahia em borracha natural através da ampliação da produção e melhoria da qualidade do produto, benefi-ciando, ao longo do seu período de execução (2013-2032), 21,1 mil produtores . Com o avanço do Programa, a produção de borracha vai se espalhar para outras regiões, como os Territórios de

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Identidade do Litoral Norte e Agreste Baiano, Médio Rio de Contas, Recôncavo, Vale do Jiquiriçá e Costa do Descobrimento .

Para a autossuficiência, será preciso implantar 100,0 mil hectares de seringueira entre os anos 2013 e 2032, sendo 75% em sistemas agroflorestais (SAF’s) e 25% em substituição de eritrina por seringueira em plantios de cacau, com recursos globais da ordem de R$ 1,6 bilhão . Neste sentido, é de fundamental importância a participação dos agentes financeiros oficiais, disponi-bilizando linhas de crédito adequadas às características da lavoura .

A celebração de parceria com a CEPLAC, Instituto Biofábrica do Cacau – IBC e indústrias pneu-máticas para reativar a unidade de produção, com capacidade para produção de 2,0 milhões de mudas de seringueira, na Estação Experimental de Una; a realização de dois cursos de formação de mão-de-obra; e a distribuição de 60,0 mil mudas, através da Michelin e da Continental Pneus, para agricultores familiares, são algumas das metas para o período do atual Plano Safra .

PLANO ESTADUAL DA PECUÁRIA LEITEIRA – LEITE BAHIA

A pecuária leiteira é de significativa importância para agropecuária de um modo geral, uma vez que o segmento é responsável pela geração de renda de grande número de produtores rurais, além de grande absorção de mão de obra . Garante receita o ano inteiro, o que é fundamental para a manutenção do produtor no meio rural .

Apesar de ser relevante, a atividade na Bahia não atende à demanda estadual, muito embora o Estado possua o terceiro maior rebanho leiteiro do País . A produção leiteira baiana é de 1,2 bi-lhões de litros de leite, ao passo que o consumo estadual supera o volume produzido em 500,0 milhões de litros ano .

A bovinocultura leiteira baiana tem sérios problemas de ordem tecnológica, gerencial e organi-zacional . Parte destes problemas está relacionado com o perfil dos produtores e com as carac-terísticas das propriedades . Buscando reverter o quadro, a SEAGRI elaborou, com a participação da Câmara Setorial do Leite, o Plano Estadual da Pecuária Leiteira – Plano Leite Bahia, dotado de um conjunto de ações que envolvem, na sua execução, ampla matriz institucional constituída por órgãos públicos e entidades não governamentais atuando de forma integrada e complementar, com vistas ao aumento da produção e da produtividade, a melhoria da qualidade do produto .

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

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O Plano abrange 18 Territórios de Identidade, agrupados em cinco polos regionais por caracte-rísticas edafoclimáticas semelhantes, tendo como principais ações:

¤ assistência técnica, com transferência de tecnologia para técnicos e produtores; ¤ implantação de tanques de expansão; ¤ implantação de unidades de beneficiamento de leite; ¤ promoção do mercado institucional; ¤ implantação de laboratório certificado pelo MAPA; e ¤ infraestrutura (estrada e energia) .

No âmbito das ações da SEAGRI, serão instalados 100 tanques de expansão, incluindo a constru-ção de abrigos, com recursos da ordem de R$ 3,9 milhões, e capacitados 100 representantes de associações e ou outras instituições responsáveis pelos tanques, no período deste Plano Safra

PRÓ-GENÉTICA

Criado pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu - ABCZ, e executado em parceria com o Governo do Estado, através da SEAGRI, com a FAEB, SEBRAE e BNB, o Programa de Melhoramen-to Genético das Raças Zebuínas – PRÓ-GENÉTICA tem por objetivo viabilizar a aquisição de repro-dutores Puros de Origem - PO, com vistas a melhorias no desempenho zootécnico e econômico do rebanho, a elevação da renda do produtor, a valorização da genética como garantia de qualidade .

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O programa trabalha com a oferta de touros melhoradores, como meio de carrear genética supe-rior para os segmentos de produção . O fato de trocar um touro sem padrão genético por outro de genética superior é suficiente para, em apenas uma safra, alterar positivamente o perfil genético do rebanho .

A regra, estabelecida pela ABCZ, de inclusão de apenas touros registrados, PO - Puros de Origem, no programa não é aleatória . Sabe-se que touros provenientes de plantéis de seleção acumulam genética melhoradora . E o que é mais importante: esse melhoramento genético acumulado é trans-mitido com eficiência para seus descendentes . Quem garante essa consistência genética é o regis-tro genealógico, que certifica que o reprodutor ofertado no programa é proveniente de rebanhos oficialmente controlados . Touros PO ainda produzem progênies uniformes, o que facilita a comer-cialização dos animais .

Os touros ofertados no Pró-Genética precisam ainda atender, de acordo com regulamento elabora-do pela ABCZ, dentre outras, às seguintes especificações: idade compreendida entre 18 e 42 meses, de forma a possibilitar ao produtor rural o seu uso imediato no rebanho, aproveitando-o durante toda a sua vida útil; exame andrológico positivo, atestando sua qualidade como reprodutor; exame negativo para brucelose e tuberculose; e peso mínimo de acordo com a raça e idade .

Serão beneficiárias as pessoas físicas e jurídicas, de qualquer porte, inclusive as associações e coo-perativas ligadas à exploração da pecuária bovina de corte ou de leite em todo o Estado da Bahia, através de financiamento com linhas de crédito do BNB na compra de tourinhos vistoriados por técnicos da ABCZ, em feiras específicas do programa . Além do financiamento pelos bancos, o produtor pode optar por outras formas de pagamento oferecidas pelos próprios vendedores ca-dastrados no programa .

Está prevista a realização de 15 Feiras do PRÓ-GENÉTICA no período do presente Plano Safra, devendo ser comercializados cerca de 400 reprodutores PO, representando, aproximadamente, R$ 3,0 milhões em negócios

PRÓ-BERRO

O Programa de Melhoramento Genético dos Rebanhos de Caprinos e Ovinos da Bahia, PRÓ-BER-RO, tem por objetivo a difusão, em larga escala, de reprodutores geneticamente superiores, com

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

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índices zootécnicos preestabelecidos, das diversas raças com aptidão para produção de carne e leite, em todos os Territórios de Identidade do Estado, visando facilitar o acesso à aquisição de re-produtores melhoradores, com registro genealógico, por meio de financiamento bancário .

Desse modo, o Programa contribuirá para o aumento da produção e produtividade animal, ele-vando a taxa de desfrute e produção de leite, diminuindo o ciclo produtivo garantindo carcaças padronizadas e de excelente qualidade .

O PRÓ-BERRO será operacionalizado através das feiras de reprodutores inseridas em exposições, constantes do Calendário Oficial de Exposições e Feiras Agropecuárias do Estado da Bahia, ran-queadas ou chanceladas pela Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos da Bahia – ACOOBA e órgãos vinculados à SEAGRI, agendadas e divulgadas com antecedência .

Serão diretamente beneficiados pelo Programa, os pequenos e médios criadores de ovinos e caprinos para produção de carne e leite no Estado Na execução do Programa atuarão de forma integrada e complementar as seguintes instituições: SEAGRI, ADAB, ACOOBA, BNB, Banco do Brasil, FAEB/SENAR, SEBRAE, Sindicatos, Associações e Cooperativas A meta, para este Plano Safra, é a comercialização de 400 reprodutores, significando um volume de recursos da ordem de R$ 1,2 milhão

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PROGRAMA TERRA MOLHADA

A irrigação é tradicionalmente praticada pelos peque-nos agricultores da Bahia, nas regiões que dispõem

de terras localizadas próximo de mananciais hídricos, onde é fácil a utilização desta água por gravidade ou através de sistemas simplifi cados de irrigação por inun-dação e sulcos, que têm baixa efi ciência no uso da água.

Visando uma melhor utilização dos recursos naturais (solo e água) para a produção agrícola, possibilitando o acréscimo da área irrigada e o aumento da produtividade das culturas exploradas, a SEAGRI criou o PROGRAMA TERRA MOLHADA, destinado à aquisição e distribuição de equipamentos de irrigação para utilização por peque-nos agricultores, em áreas pontuais de 2 ha, sem altera-ção da situação fundiária .

Este programa possibilita a ampliação da área irrigada, com investimentos inferiores a R$ 10,0 mil por hectare e sem ônus dos custos de administração, operação e manu-tenção comuns nos distritos de irrigação .

No período de execução deste Plano Safra, deverão ser implantados pela SEAGRI, 80 Kits de Irrigação, re-presentando recursos da ordem de aproximadamenteR$ 1,2 milhão que possibilitarão agregar mais 160 hecta-res irrigados, benefi ciando 80 agricultores irrigantes em várias regiões do Estado, ampliando a produção agrícola regional e a oferta de produtos de qualidade .

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PESCA E AQUICULTURA

PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ALEVINOS PARA AGUADAS PÚBLICAS

Esta ação tem por finalidade a produção de alimentos para as comunidades através do aproveitamento das aguadas públicas existentes no Estado, a partir do cultivo extensi-vo de criação de peixes, com o povoamento e repovoamento destes corpos d’água com alevinos de tilápia, tambaqui, carpa e pacu, dentre outras espécies produzidas nas oito Estações de Piscicultura da SEAGRI/Bahia Pesca, que juntas possuem uma capacidade instalada de produzir até 60 milhões de alevinos por ano: Pedra do Cavalo, em Cachoeira; Barragem de Pedras, em Jequié; Paraguaçu, em Boa Vista do Tupim; Joanes, em Camaça-ri; Rio Corrente, em Santana; Itamaraju, em Itamaraju; Itapicuru, em Cipó; e Caiçara, em Paulo Afonso .

Distribuir 25,0 milhões de alevinos em açudes públicos e benefi ciar 10,0 mil famílias em 90 mu-nicípios, no período julho de 2015 a junho de 2016, são as metas estabelecidas, com custo global da ordem de R$ 1,5 milhão .

CULTIVO DE PEIXES EM TANQUES-REDE NA BARRAGEM BANDEIRA DE MELO

O cultivo de peixes em tanques-rede é um sistema de produção intensivo destinado ao aprovei-tamento racional dos lagos, represas, canais, rios e açudes, em que os animais são confi nados em altas densidades, alimentados com ração balanceada, dentro de estruturas construídas com telas ou redes, fechadas em todos os lados semelhante a um tanque que fi ca fl utuando na su-perfície dos mananciais .

A Barragem Bandeira de Melo, com extensão de 863,0 metros e 19,1 metros de altura, localiza-se no Semiárido Baiano, em área limítrofe aos municípios de Itaetê e Boa Vista do Tupim, e tem uma vazão regularizada de 18,83 m³ por segundo . Seu lago armazena um volume de cerca de 111,0 milhões de m³ de água .

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A SEAGRI, através da Bahia Pesca, incentivará a diversificação das atividades econômicas no Semiárido, considerando o potencial regional, de modo a viabilizar a geração de renda e, con-sequentemente, a fixação do homem no campo . Desse modo, o aproveitamento da Barragem Bandeira de Melo para a criação de peixes em tanques-rede será iniciado no período do presen-te Plano Safra, explorada por pequenos produtores rurais, inscritos no CadÚnico e possuidor de Declaração de Aptidão ao Pronaf, das comunidades situadas no entorno .

A Bahia Pesca será responsável pela capacitação e assistência técnica aos produtores e o Banco do Nordeste e a Desenbahia pelo financiamento dos investimentos e custeio da atividade pro-dutiva, tendo como meta para o período beneficiar diretamente 500 famílias, com recursos de crédito da ordem de R$ 7,5 milhões, discriminados por município consoante .

CENTRO VOCACIONAL TECNOLÓGICO E TERRITORIAL DO PESCADO (CVTT)

A criação, na Bahia, de um Centro voltado para o ensino e desenvolvimento de pesquisas em pesca e aquicultura como forma de gerar tecnologias e conhecimentos aplicados à atividade foi de fundamental importância para o maior e melhor aproveitamento do potencial natural que o Estado oferece . É de se esperar que a sua concretização impulsione o crescimento da produção pesqueira na Bahia .

O Centro Vocacional Tecnológico Territorial do Pescado (CVTT), que está sendo implantado (com 95% de suas obras concluídas), no povoado de Acupe, município de Santo Amaro da Pu-rificação, fruto de um convênio celebrado entre a União, por intermédio do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação – MCTI, e o Estado da Bahia, através da Bahia Pesca, com recursos da ordem de R$ 7,5 milhões, constituir-se-á num importante instrumento para melhoria do cenário de desigualdade socioeconômica regional, tendo como principal finalidade, levando em conta a vocação da região onde está inserido, a redução dos déficits educacionais, científicos e tecnoló-gicos junto às comunidades de pescadores .

As seguintes ações estão programadas para este período do Plano Safra 2015/2016 no CVTT, cujo início deve acontecer a partir da sua inauguração, este ano:

¤ Incubação de duas pequenas empresas – uma na atividade de pesca e outra na aquicultura, em Atualização de Gestão de Pescado . Serão capacitadas 60 pessoas;

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¤ Curso Piloto de Ensino Profissional Marítimo (EPM) – objetiva regularizar a situação dos pes-cadores artesanais, beneficiários do Programa Renovar, habilitando-os com as competências exigidas nas Normas da Autoridade Marítima, para condução de embarcações motorizadas de pesca;

¤ Retomada do Projeto Puçá – Programa Integrado de Manejo e Gerenciamento do Caranguejo Uçá: preservação ambiental de manguezais e povoamento destas áreas com megalopas (fi-lhotes) de caranguejo . Está prevista a distribuição de dois milhões de megalopas;

¤ Cursos de Aperfeiçoamento em Navegação Naútica – qualificar pescadores artesanais e ma-risqueiras no uso de novos equipamentos eletrônicos, como Sonar e GPS, na navegação e na localização de cardumes e pesqueiros .

AÇÕES PARA O FORTALECIMENTO DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS

Trabalho conjunto Bahia Pesca e CAR, voltadas para as atividades de pesca e aquicultura, a serem desenvolvidas, a partir de editais de chamamento público, objetivando a implantação de módulos produtivos que levem ao fortalecimento das comunidades tradicionais, com foco em gênero, raça e etnia, beneficiando, prioritariamente, remanescentes de quilombolas, indígenas, ribeirinhos, mulheres pescadoras, pescadores artesanais e assentados, beneficiários do Progra-ma Vida Melhor, executado com recursos do Programa Bahia Produtiva . Módulos Produtivos:

1 Cultivo de Peixes em Tanques-Rede e Viveiros Escavados para Assentados e Ribeirinhos – para o projeto de cultivo de peixes em Viveiros Escavados, a previsão é implantar cinco mó-dulos, produzir 20 t/ano e beneficiar 100 famílias; para o Tanque-Rede, serão também cinco módulos, visando uma produção de 320 t/ano, para beneficiar o mesmo número de famílias . Quanto aos recursos, um total de R$ 2,5 milhões para implantação dos dez módulos .

2 Cultivo de Ostra – A Bahia Pesca pretende introduzir e difundir a prática do cultivo da ostra nativa Crassostrea rhizophorae em regiões estuarinas da Bahia, de maneira a aumentar a produção estadual e diversificar a matriz produtiva das comunidades tradicionais (pescado-res, marisqueiras, indígenas e quilombolas) que já utilizam o manguezal como fonte de ren-da . As famílias selecionadas receberão capacitação para o cultivo e assistência técnica, além de um módulo produtivo, que poderá ser fixo ou flutuante . A Bahia Pesca acompanhará e capacitará, em serviço, as famílias contempladas e monitorará os parâmetros físico-químicos da água para a correlação destes parâmetros com o desempenho das ostras que terão seus

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dados biométricos medidos periodicamente, e avaliados em relação aos respectivos locais escolhidos para o cultivo . O valor total dos recursos financeiros para implantar dez módulos produtivos é da ordem de R$ 1,1 milhão .

3 Cultivo de Algas – consiste na fabricação de sabonetes e balas a partir da produção de algas marinhas pelas marisqueiras do Recôncavo Baiano que também serão responsáveis pelo processo de beneficiamento numa pequena indústria construída na Ilha de Itaparica, voltada para a manipulação de algas . Os resultados dos trabalhos já são observados nas comunidades de Manguinhos e Misericórdia, sendo necessário a continuidade das ações por meio da dinamização da produção, com novos cultivos, capacitação de novos envolvidos no processo produtivo, na agregação de valor e no escoamento dos produtos gerados . O módulo produtivo tem a capacidade de produzir 10 .800 kg de algas úmidas, corresponden-tes a 360 kg de algas secas, por ciclo de três meses podendo beneficiar uma entidade com no mínimo 20 marisqueiras . A meta é implantar 16 módulos, no sistema de cultivo flutuante, para produzir 201 .600 sabonetes, beneficiando 320 famílias, sendo necessários recursos da ordem de R$ 214,5 mil .

PROGRAMA RENOVAR

Substituição gradual das embarcações de madeira (regatas, catraias e canoas), motorizadas ou não, de uso exclusivo na atividade pesqueira de pescadores artesanais que se enquadrem no perfil

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do Programa Vida Melhor . O projeto tem início com a capacitação dos pescadores artesanais em técnicas de construção de pequenas em-barcações em fibra de vidro, por ser material mais duradouro e de fácil manuseio . O processo compreende, também, a manutenção e o uso de motores marítimos, sendo que ao final do curso cada pescador terá fabricado sua própria embarcação . Até o ano de 2019 será promovi-da a renovação de 9 .900 embarcações, o que representa a quase totalidade das embarca-ções com até 7,0 metros de comprimento . No período deste Plano Safra, serão renovadas 510 embarcações e qualificados 600 pescadores e pescadoras artesanais, com aporte de recursos da ordem de R$ 4,4 milhões .

APOIO A SAÚDE DA MULHER MARISQUEIRA – DISTRIBUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (KIT MARISQUEIRA)

Prevenção, diagnóstico e controle das do-enças ocupacionais que acometem as pes-cadoras marisqueiras visando a melhoria das condições de saúde e qualidade de vida das comunidades . A Ação também visa a doação de equipamentos de proteção a saúde (EPI) tipo: bota específica para uso em manguezais, chapéu com aba de prote-ção, calça e blusa com proteção de raios so-lares, luva, e outros . A meta para o período do Plano Safra é distribuir mil Kit’s, com o custo total de R$ 900,0 mil .

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PARQUES AQUÍCOLAS EM ÁGUAS DE DOMÍNIO DO ESTADO DA BAHIA

Áreas predefinidas no meio aquático, neste caso, em águas continentais – rios, barragens, açu-des, represas e demais mananciais hídricos – delimitadas com base em estudos específicos, georreferenciadas e previamente licenciadas pelos órgãos ambientais, com objetivos comuns, voltados, exclusivamente, para a produção de peixes, em águas de domínio do Estado, compa-tíveis com a prática da piscicultura .

Os Parques Aquícolas em Águas de Domínio do Estado serão criados por Decreto, dispondo so-bre a autorização de uso de espaços físicos de corpos d’água de domínio do Estado para fins de aquicultura . O Governo do Estado deverá autorizar a implantação de projetos aquícolas através da cessão das águas ou promover licitações públicas para o aproveitamento destas águas em diferentes usos, entre eles a piscicultura .

Os recursos financeiros de investimentos e custeio necessários para implantação dos pro-jetos nos Parques Aquícolas serão oriundos do Plano Safra da Pesca e Aquicultura, do Governo Federal

Considerando o percentual permitido pela legislação de uso de até 1% da área inundada dos reservatórios hídricos e, ainda, considerando apenas as 12 principais barragens de domínio do

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

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Estado e uma produção anual por família de 4 .800 kg de peixe, os Parques Aquícolas estaduais em águas continentais poderão beneficiar até 30 mil piscicultores e empresários, numa área útil total de 5,9 milhões de m³ . Cabe a Bahia Pesca prestar a assistência técnica a todos os benefici-ários, principalmente, aqueles produtores da agricultura familiar que forem contemplados com os projetos de cultivo de peixes nos Parques Aquícolas .

Os empreendimentos com uma área de até 1000 m² serão destinados aos piscicultores da agricultura familiar, enquanto aqueles acima de 5000 m² serão destinados para grandes pis-cicultores, empresários na atividade, que obedecem critérios específicos, do ponto de vista da licença e financiamento . O início da implantação dos primeiros projetos do gênero está previsto para o segundo semestre de 2016, após o desenrolar dos procedimentos legais para a provação da criação do parque .

REVITALIZAÇÃO DO POLO CAMARONEIRO

Nos últimos anos a produção de camarão no Estado da Bahia caiu abruptamente a níveis muito baixos, em razão de problemas na renovação das licenças de operação das fazendas, concedi-das pelos dos órgãos de controle ambientais . A Bahia que outrora chegou a ocupar o terceiro lugar na produção nacional, hoje é o quinto no ranking .

Entendendo a importância do setor para o desenvolvimento regional, o Governo vem desen-volvendo ações para que o Estado volte a ser um dos maiores produtores de camarão do país . Ainda neste ano, será criada uma Comissão Técnica, formada por profissionais dos órgãos que tenham interface com os trabalhos a serem desenvolvidos, para conceber um Plano de Revita-lização dos Polos de Carcinicultura da Bahia – Recôncavo, Baía de Camamu e Litoral Sul – nas regiões onde se concentram as maiores fazendas de criação de camarão, capaz de destravar e agilizar os processos administrativos de concessão das licenciamento de operação das proprie-dades; e, mais adiante, estender seus trabalhos e estudos para viabilizar o aumento da área de produção de camarão no Estado . Estudo realizado pela Bahia Pesca demonstra um potencial para a carcinicultura em torno de 100,0 mil hectares, com uma produção girando em torno de 600,0 mil toneladas de camarão e capaz de gerar, aproximadamente, 340,0 mil empregos dire-tos e indiretos .

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Page 36: Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia

APOIO ÀCOMERCIALIZAÇÃO

Para a safra 2015/2016, estão previstos recursos da ordem de R$ 116,3 milhões para apoio à comercialização. Estes recursos permitirão a aplicação dos instrumentos de equaliza-

ção dos preços, aquisição direta dos produtores, oferta de contratos públicos e privados de opção de venda, implantação de centros de comercialização de animais, conclusão de mercado do produtor e implantação e implementação do selo de certifi cação de qualidade Produto da Bahia. POLÍTICA DE GARANTIA DE PREÇOS MÍNIMOS - PGPM

A PGPM é um importante instrumento de Política Agrícola que visa assegurar ao produtor pre-ços que permitam a sua manutenção na atividade rural e ao mesmo tempo garantir a comer-cialização dos produtos agropecuários, o abastecimento e a segurança alimentar da população . Por outro lado, a fi xação do preço mínimo de forma antecipada funciona como parâmetro de orientação que auxilia os agricultores na tomada de decisão quanto a alocação de recursos .

A expectativa da Conab é de que serão utilizados recursos da ordem de R$ 110,0 milhões para amparar no Estado da Bahia, na safra 2015/2016, produtos em que os preços na época da co-mercialização fi quem abaixo do preço mínimo estipulado

Para a safra 2015/2016, o Governo Federal defi niu os seguintes valores dos preços mínimos .

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Quadro 2 PREÇOS MÍNIMOS DOS PRINCIPAIS PRODUTOS NA BAHIA

PRODUTOS TIPO/CLASSE UNIDADE VALOR (R$) VIGÊNCIA

Algodão em caroço - 15 kg 21,41 Mai2016/abr2017

Algodão em pluma SLM 41.4 15 kg 54,90 Mai2016/abr2017

Alho - Kg 3,21 Jul2015/jun2016

Amendoim - 25 kg 22,16 Fev2016/jan2017

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Page 37: Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia

Quadro 2 PREÇOS MÍNIMOS DOS PRINCIPAIS PRODUTOS NA BAHIA

PRODUTOS TIPO/CLASSE UNIDADE VALOR (R$) VIGÊNCIA

Arroz longo fino em casca Tipo 1-58/10 60 kg 33,00 Fev2016/jan2017

Arroz longo em casca Tipo 2-55/13 60 kg 24,45 Fev2016/jan2017

Borracha natural - kg 2,00 Jan2016/jun2016

Cacau (amendoa) Tipo 2 kg 5,59 Jul2015/jun2016

Caroço de algodão Único 15 kg 3,15 Mai2016/abr2017

Castanha de caju Único kg 1,70 Jul2015/jun2016

Farinha de mandioca Fina T3 kg 0,96 Jan2016/dez2016

Goma/polvilho Classificada kg 1,28 Jan2016/dez2016

Feijão Cores (BA-Sul) Tipo 1 60 kg 78,00 Nov2015/out2016

Feijão Cores (exceto BA-Sul) Tipo 1 60 kg 78,00 Jan2016/dez2016

Feijão Caupi Tipo 2 60 kg 50,40 Jan2016/dez2016

Guaraná Tipo 1 kg 7,58 Jul2015/jun2016

Leite - L 0,78 Jul2015/jun2016

Mamona em baga Único 60 kg 63,47 Jul2015/jun2016

Milho exceto Oeste/BA Único 60 kg 24,99 Jun2016/mai2017

Milho Oeste da Bahia Único 60 kg 21,60 Jan2016/dez2016

Milho pipoca - kg 0,53 Jan2016/dez2016

Raiz de Mandioca - t 201,16 Jan2016/dez2016

Piaçava (fibra) - kg 1,70 Jul2015/jan2016

Sisal SLG kg 1,64 Jul2015/jun2016

Sorgo exceto Oeste/BA Único 60 kg 22,50 Jun2016/mai2017

Soja - 60 kg 27,72 Jun2016/dez2016

Umbu (fruto) - Kg 0,56 Jul2015/jun2016

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, Portaria nº 142 de 8 de julho de 2015.

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CENTRO DE COMERCIALIZAÇÃO DE ANIMAIS

A falta de infraestrutura adequada para comercialização de animais, além de se constituir num limitador do de-senvolvimento regional da pecuária na Bahia, prejudica diretamente o produtor na medida em que dificulta a au-ferição de resultados econômicos que viabilizem seu em-preendimento .

Os Centros de Comercialização de Animais, idealizados pela SEAGRI, além de oferecer ao produtor um local para realização de negócios, proporcionam acesso a informações e troca de experiências, uma vez que reú-ne agentes vendedores, compradores, e produtores de animais . Assim, há um dinamismo da atividade regional, visto que as relações comerciais ocorrem num mesmo ambiente físico e num espaço curto de tempo, conferin-do mais renda ao criador, uma vez que elimina a ação do atravessador .

Tais equipamentos são formados por um conjunto de 32 currais, embarcadouro de animais em alvenaria, estrutu-ra de acesso a um recinto de leilões, uma balança, cober-ta com capacidade para 1 .500 kg e um quiosque para atender aos produtores no fechamento de negócios .

É propósito da SEAGRI, a partir deste Plano Safra, incentivar o uso do Centro de Comercialização como espaço, também, para a realização de eventos para divulgação de raças; fomento a elevação do padrão genético dos rebanhos; acesso a tecnologias e ao crédito, valendo-se, inclusive, de Programas coorde-nados pela Secretaria a exemplo do PRÓ-GENÉTI-CA, e do PRÓ-BERRO

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

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Dos 48 centros estabelecidos como meta, 29 já foram construídos; 13 estão em processo de con-clusão, devendo, os seis restantes serem construídos, no decorrer deste Plano Safra, envolvendo recursos da ordem de R$ 1,5 milhão .

ARMAZENAGEM

Historicamente, o armazenamento na Bahia tem sido aquém da produção de grãos, sendo que a situação se agrava quando a produção aumenta num ritmo mais veloz do que a disponibilidade de armazenagem . O volume produzido cresce a taxas significativas, ao passo que a condição de armazenagem, nos últimos anos, permanece praticamente estagnada . Isso gera perspectiva de um cenário cada vez mais negativo nos próximos anos, caso não haja a realização de investi-mentos consideráveis no setor .

A produção de grãos na Bahia na Safra 2014/2015 alcançou 8,1 milhões de toneladas, ao pas-so que a capacidade estática de armazenagem de grãos cadastrada na CONAB é de, apro-ximadamente, 3,2 milhões de toneladas . Considerando recomendação da FAO, de que esta capacidade seja 20% superior ao volume produzido por ano, a Bahia teria que possuir hoje uma capacidade estática de 9,6 milhões de toneladas, ou seja, há um déficit de 6,4 milhões toneladas entre armazenamento e produção de grãos . Ademais, a safra de grãos vem apresen-

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tando um crescimento médio anual de 3,7% nos últimos dez anos, o que torna mais premente a necessidade de intervenção do poder público, no sentido de desenvolver ações para amenizar e resolver esta situação .

Uma estrutura de armazenagem eficiente, permite a estocagem do produto por mais tempo, facilita o escoamento da safra e evita o congestionamentos nos portos, um problema recorrente no Brasil todos os anos a partir da metade da colheita . Além disso, reduz o custo com frete, uma vez que a demanda é melhor distribuída no tempo, e ainda proporciona ao produtor a obtenção de melhores preços e menores custos de venda, protegendo-se das flutuações das cotações no período de colheita .

O enorme déficit de armazenagem existente na Bahia, evidentemente, não será coberto apenas com a iniciativa pública . A armazenagem pública é estratégica como instrumento de suporte às políticas de comercialização e de abastecimento . Neste sentido, o Governo Federal anunciou que neste Plano Safra, construirá, no município de Luís Eduardo Magalhães, um grande arma-zém para 100,0 mil toneladas de grãos . Por outro lado, a redução do déficit dar-se-á, de forma mais significativa, com o estímulo à construção de armazéns pela iniciativa privada, inclusive em propriedades rurais, via financiamento no âmbito do Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem - MODERINFRA .

MERCADO DO PRODUTOR

Constitui-se em equipamento de suma importância para a economia local, pois reúne agentes ven-dedores, compradores, produtores e comerciantes que realizam operações de compra e venda, preferencialmente em nível de atacado . O fato de integrar esses agentes num espaço econômico diversificado permite dar garantias para todos os elos envolvidos e dinamiza todo o processo .

Do ponto de vista dos produtores e comerciantes, as principais vantagens ao contar com um mercado do produtor residem no fato de se ter uma maior proximidade com os mercados, bem como reduzir custos com comercialização . Além disso, na medida em que o Mercado esteja bem aparelhado, facilita as operações financeiras e outros tantos serviços .

Para o ano-safra 2015-2016, prevê-se, nesta linha de ação, a conclusão da cons-trução do Mercado do Produtor em Irecê, num investimento total previsto de

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

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R$ 4,7 milhões de reais, dos quais R$ 1,2 milhão de reais repassa-dos pelo Ministério do Desenvol-vimento Agrário e outros R$ 3,5 milhões de reais investidos com recursos do Governo Estadual

SELO DE CERTIFICAÇÃO – PRODUTO DA BAHIA

Instrumento de política agrícola de certificação e divulgação de produtos agroindustriais e agrí-colas baianos quanto a sua qua-lidade e origem, o Selo de Cer-tificação PRODUTO DA BAHIA objetiva fortalecer a competitivi-dade da produção do agronegó-cio baiano nos mercados interno e externo .

Atuando como mecanismo de identificação dos produtos agroindustriais e agrícolas da Bahia que atendam às normas de boas práticas de produção e fabricação, este instrumento tem um custo previsto de R$ 125,0 mil reais, neste ano-safra 2015-2016, para a emissão de cerca de 100 certificações de qualidade, que tem um valor global para conclusão em três anos de R$ 380,0 mil reais

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Page 42: Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia

9 APOIO ÀAGROINDUSTRIALIZAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL E DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA – DESENVOLVE

Principal instrumento baiano para a atração de novos empreendimentos, tendo por fi nalida-de fomentar e diversifi car a matriz industrial/agroindustrial do Estado da Bahia . Por meio dos incentivos do DESENVOLVE, prevê-se a formação de adensamentos industriais nas principais regiões econômicas do estado, complementando a integração e agregação de valor às cadeias produtivas essenciais para o desenvolvimento socioeconômico e a geração de emprego e renda .

O Desenvolve concede dois in-centivos a empresas industriais e agroindustriais da Bahia:

¤ Dilação do prazo de paga-mento, de até 90% do sal-do devedor mensal do ICMS normal, limitada a 72 meses;

¤ Diferimento do lançamento e pagamento do ICMS para aquisição de máquinas e equi-pamentos .

Com efeito, 26 empreendimen-tos agroindustriais tiveram ho-mologados a concessão dos in-centivos do DESENVOLVE, com relatoria favorável da SEAGRI, somente nos últimos 12 me-ses tabulados (março de 2014 a março de 2015) .

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Page 43: Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia

DEFESAAGROPECUÁRIA

A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, responsável por estruturar e manter o sistema unifi cado de atenção a saúde animal e vegetal no Estado, tem contri-

buído para o crescimento do setor agropecuário da Bahia, assegurando o desenvolvimento de uma agropecuária competitiva e sustentada, por meio da realização das seguintes ações:

¤ prevenção, controle e erradicação de pragas e enfermidades; ¤ imunização dos rebanhos; ¤ inspeção de produtos de origem animal; ¤ educação sanitária; ¤ diagnóstico laboratorial .

Para o atendimento das ações de defesa sanitária, safra 2015/2016, serão disponibilizados R$ 7,5 milhões dos quais R$ 3,7 milhões do Convênio SUASA/MAPA/ADAB e R$ 3,8 milhões da Arrecadação da Defesa Sanitária . Desses recursos, R$ 2,5 milhões serão destinados aos Programas de Defesa Sanitária Animal tendo como carro chefe o Programa Bahia Pecuária Segura; R$ 1,9 millhão para os programas de Defesa Sanitária Vegetal, com ênfase para os Programa de Monitoramento e Controle do Bicudo do Algodoeiro e do Projeto de Controle das Moscas das frutas, R$ 823,0 mil para os programas de Inspeção de Produtos de Origem Animal, com destaque para o Projeto de Regionalização do Abate; Plano Estratégico para Regularização do Abate não Inspecionado de Frango no Estado da Bahia e para o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal - SISB, R$ 187,3 mil para o Laboratório de Defesa Sanitária Agropecuária - LADESA e R$ 2,1 milhões na estruturação e manutenção de unidades de defesa agropecuária .

PROGRAMA BAHIA PECUÁRIA SEGURA

O serviço de vigilância epidemiológica tem como principal objetivo a obtenção contínua e opor-tuna de conhecimentos acerca dos componentes envolvidos com as condições de saúde e a

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Page 44: Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia

ocorrência de doenças . O monitoramento de propriedades, estabelecimentos rurais e eventos é peça-chave para esse serviço . A ADAB, no período 2015-2016, realizará aproximadamente 10 .000 ações de fiscalizações e o monitoramento de cerca de 304,0 mil propriedades agrícolas, garantindo, assim, a sanidade na agropecuária baiana .

Outra ferramenta de grande importância para a defesa agropecuária é a vacinação animal, que visa prevenir a ocorrência de doenças potencialmente infecciosas . A ADAB pretende realizar a vacinação de 18 milhões de animais contra aftosa, raiva e brucelose em todo Estado .

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

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Page 45: Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia

PROGRAMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE DO BICUDO DO ALGODOEIRO

O bicudo do algodoeiro, introduzido no Brasil em 1983, é a principal praga da cultura do algodão . Os prejuízos resultam dos custos para o combate ao bicudo e dos danos causados às estruturas reprodutivas do algodoeiro e ao produto final, reduzindo diretamente a produção .

O combate ao bicudo do algodoeiro requer ações coletivas, de ampla adesão e de caráter regio-nal . Praticamente todas as áreas algodoeiras do país estão infestadas com o bicudo . Somente os custos de controle com inseticidas têm variado de US$ 100 a US$ 300 por ha/ano .

Para a safra 2015/2016, está previsto, por meio do projeto fitossanitário do algodoeiro a amplia-ção do monitoramento do bicudo, fiscalização da eliminação de soqueiras, rebrotas e tigueras na entressafra, rigoroso cumprimento do vazio sanitário, redução nas populações da praga na emissão do primeiro botão floral, somado ao zoneamento em função de áreas de risco, utilizan-do ferramentas biológicas e químicas com o objetivo de reduzir as perdas em função da praga e os custos com controle .

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Page 46: Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia

PROJETO DE CONTROLE DAS MOSCAS DAS FRUTAS

A fruticultura irrigada, desenvolvida no Vale do Sub-médio São Francisco, é uma atividade es-tratégica de grande importância para o crescimento econômico . Responsável por mais de 90% das exportações de manga e uva de mesa, em seus 37,0 mil ha implantados, essa região trans-formou-se no principal polo de fruticultura irrigada do país . Estima-se que são gerados um total de 74,0 mil empregos diretos e 296,0 mil indiretos .

Para a safra 2015/2016, está previsto a intensificação do controle, supressão e convivência da Ceratitis captata nas áreas de produção localizadas nos perímetros irrigados de Maniçoba, Curaçá, Tourão, Mandacaru e Salitre, visando à ampliação das exportações de frutas, incluindo estratégias de Manejo Integrado de Pragas - MIP e a difusão do conceito de áreas de baixa prevalência de mosca das frutas .

PROJETO DE REGIONALIZAÇÃO DO ABATE

A Bahia é referência nacional no que diz respeito à implantação da Portaria 304/96 do Ministé-rio da Agricultura, a qual visa reduzir o abate clandestino e, por conseguinte, qualificar melhor a carne oferecida à população . O Projeto de Regionalização do Abate, executado através da SEAGRI/SDA/ADAB, no âmbito do Programa Carne Saudável, incentivou a instalação de mata-douros localizados estrategicamente que, além de suprir a demanda de carne do seu município, atende a demanda de localidades adjacentes . Desta forma, o Estado conseguiu a expansão de oito para 35 matadouros de bovinos no período de 1996 a 2015 .

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

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Como ação de governo complementar à regionalização do abate, surge a descentralização do abate com a proposta de construção de pequenas unidades frigoríficas, as quais obede-cerão aos preceitos regulamentares para sua instalação e funcionamento . Com isto busca-se atender os municípios distantes dos polos de abate a fim de suprir as demandas locais e, por conseguinte promover a melhoria na qualidade da carne, o aumento do emprego formal através da redução do abate informal, garantindo a segurança dos alimentos ofertados à população baiana .

Para o período de 2015/2016, espera-se que sejam concluídas as construções dos 11 matadouros nos municípios de Medeiros Neto, Iguaí, Santa Rita de Cássia, Valente, Araci, Itaberaba, Itanhém, Paramirim, Barra, Morro do Chapéu e Bom Jesus da Lapa, estes dois últimos com capacidade abate de 100 bovinos/dia e 30 suínos/ovinos/caprinos por dia e os demais com capacidade de 30 bovinos/dia .

PLANO ESTRATÉGICO PARA REGULARIZAÇÃO DO ABATE NÃO INSPECIONADO DE FRANGO NO ESTADO DA BAHIA

A avicultura do Estado tem crescido de forma significativa e, acompanhando esta tendência observou-se um incremento de mais de 100% do parque industrial inspecionado no período de 2006 a 2015, consolidando a cadeia produtiva baiana que responde pela geração de emprego e renda de milhares de pessoas .

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Page 48: Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia

Nesta cadeia produtiva os produtores independentes respondem por 15% da produção de fran-gos vivos e se caracterizam por comercializar sua produção com os distribuidores e pequenos abatedouros de bairro, fomentando o comércio de carne clandestina, que responde por aproxi-madamente 30% da carne ofertada no Estado .

Objetivando a regularização do abate informal a SEAGRI/ADAB idealizou um modelo de ma-tadouro frigorífico de aves com capacidade de 5 .000 aves/dia, proporcionando aos pequenos produtores um projeto pré-aprovado e acessível que atende aos preceitos higiênico-sanitários e tecnológicos . Aliado a isto, a parceria do Ministério Público do Estado com a Associação Baiana de Avicultura e a ADAB tem mostrado resultados impactantes .

Buscando um melhor controle sanitário e de produção de carne de frango inspecionado, foi realizado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público em que a cada doze meses tendo um prazo de quatro anos, pelo menos 25% dos abatedouros listados e apresentados pelas associações compromissárias devem estar regularizados em conformidade com a legislação vigente, com apresentação de registro em um dos órgãos de fiscalização competente . Cabendo à ADAB, orientar na implantação dos processos de regulamentação e/ou normatização dos estabelecimentos que manifestarem interesse de registro no serviço de inspeção estadual, bem como manter e intensificar as fiscalizações de trânsito avícola .

SISTEMA BRASILEIRO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL - SISBI

O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal - SISBI/POA - é parte integran-te do Sistema Unificado de Atenção Agropecuária - SUASA, criado pela Lei 8 .171/1991, atualizada pela Lei 9 .712/1998 e regulamentada através do Decreto 5 .741/2006 . Este sistema, de adesão voluntária, confere aos Serviços de Inspeção Estadual e Municipal que realizem o comércio in-terestadual, após a comprovação da equivalência junto ao MAPA dos seus processos e procedi-mentos de inspeção e fiscalização . O Estado da Bahia, através da ADAB, obteve a equivalência neste sistema através da Portaria 101, de 17 de março de 2010 .

Para o período de 2015/2016 espera-se o incremento no número de indústrias certificadas com o consequente fortalecimento desta importante ferramenta para a agropecuária do Estado .

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

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GESTÃO DE RISCOCLIMÁTICO

ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS

A SEAGRI e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - IMEMA - tem articulado a amplia-ção e modernização da Rede de Estações Meteorológicas da Bahia, por meio de parcerias com o Instituto Nacional de Meteorologia do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA/INMET e o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais do Ministério de Ciên-cia, Tecnologia e Inovação – MCTI/CEMADEN . Esta modernização da Rede Meteorológica Estadual possibilitará um melhor uso dos recursos aplicados na agricultura, apoiando os agricultores nas suas decisões de investimentos, bem como o planejamento de Políticas Públicas por parte do Governo .

Atualmente o Estado da Bahia dispõe de 89 estações meteorológicas . Serão implantadas mais 221 novas des-tas estações a serem distribuídas na região do semiárido baiano, área tradicionalmente caracterizada pela escas-sez de dados e informações climáticas .

A Bahia dará um salto signifi cativo de aproximadamen-te 250% no quantitativo de estações meteorológicas em apenas um ano, alcançando o total de 310 unidades me-teorológicas no seu território .

Tais informações são fundamentais para os agricultores de todos os portes produtivos, com contribuição direta em algumas de suas decisões mais importantes como: a defi nição da data de plantio; a escolha da lavoura (ou cultivar) em função da duração do ciclo; as alternativas de manejo do solo; o período e o nível de aplicação de fertilizantes; as ações de controle de pragas e doenças .

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MATOPIBA

A expressão MATOPIBA, resultante de um acrônimo com as iniciais dos estados do Mara-nhão, Tocantins, Piauí e Bahia, designa uma extensão geográfi ca que recobre parcialmente

os territórios dos quatro estados mencionados. Nas última décadas, diversas transformações socioeconômicas ocorreram nessa região ligadas à ampliação da infraestrutura viária, logística e energética, tendo entre outras consequências o surgimento de polos de expansão da frontei-ra agrícola baseados na adoção de tecnologias agropecuárias de alta produtividade. A região chama a atenção por seu dinamismo, complexidade e diversidade. Lá convivem a agricultura empresarial, áreas de preservação, agricultura familiar, quilombolas e indígenas.

A delimitação geográfi ca do MATOPIBA, elaborada pelo Grupo de Inteligência Territorial Es-tratégica – GITE, da Embrapa, abrange 31 microrregiões geográfi cas do IBGE, 337 municípios e representa cerca de 73,0 milhões de hectares . Ele engloba 324,3 mil estabelecimentos agrícolas, 46 unidades de conservação, 35 terras indígenas e 781 assentamentos de reforma agrária e 34 áreas quilombolas . A repartição territorial aproximada do MATOPIBA entre os quatro Estados é a seguinte: 33% no Maranhão 38% no Tocantins; 11% no Piauí e 18% na Bahia .

A agricultura nesta Região está num estágio de desenvolvimento avançado . Nos últimos 25 anos, segundo a Conab, o Maranhão aumentou sua produtividade em 424,3%, o Tocantins em 197,2%, o Piauí em 506,7% e a Bahia em 483,4% . A média brasileira foi de 133,0% no mesmo período .

Avanços tecnológicos obtidos pela agricultura brasileira, tais com novos cultivares adaptados às condições edafoclimáticas do cerrado, mecanização e automação dos processos de produção de grãos, intensifi cação do uso da terra com desenvolvimento de sistemas que permitiram o plantio di-reto, a prática de mais de um ciclo anual de produção por área, a integração entre lavoura, pecuária e fl oresta, entre outros, fi zeram com que a região se tornasse um dos alvos preferidos para expansão do agronegócio . Somente na Bahia, o MATOPIBA recebeu nos últimos oito anos mais de R$ 1,0 bi-lhão em investimentos em plantas agroindustriais, que já foram implantadas, estão em implantação ou ampliadas . Estes investimentos proporcionaram a criação de mais de 3 .000 empregos diretos .

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O MATOPIBA, contudo, é uma região marcada pela diversidade, concentração de renda, desi-gualdades socioeconômicas e disparidades na evolução das microrregiões . Segundo a Embra-pa, dados comparativos entre os Censos de 1996 e 2006 demonstram que algumas microrregi-ões tiveram mudanças substanciais, seja na composição do valor da produção ou na do uso da terra, enquanto que outras pouco mudaram em alguns desse domínios .

A produção de grãos nos quatro Estados vem evoluindo ano a ano, a taxas expressivas . De acordo com o levantamento de previsão de safras elaborado pela Conab, na totalidade dos quatro Estados a produção de grãos cresceu 8,1% na safra 2014/2015 no comparativo com a safra 2013/2014, saltando de 18,1 milhões de toneladas para 19,7 milhões de toneladas . Este cres-

Maranhão

Tocantins

Piauí

Bahia

Região do Matopiba

MATOPIBA

Fonte: MAPA

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cimento deve-se ao aumento da produtividade, visto que a área plantada apresentou pequena variação de apenas 2,5%, alcançando: 7,6 milhões de hectares em 2014/2015 contra 7,4 milhões de hectares registrados na safra 2013/2014 .

Os quatro Estados, juntos, são responsáveis por cerca de 9,5% da produção da safra brasileira de grãos 2014/2015 . A Bahia, segundo o citado levan-tamento, é responsável por maior área e por 41,3% da produção total dos quatro Estados . Sozinho, o Estado produziu 8,1 milhões de toneladas de grãos, um acréscimo de 5,3% em relação à safra passada, em meio a 3,2 milhões de hectares . As estimativas para o Maranhão são de 4,3 milhões de toneladas; para o Tocantins, 4,1 milhões de toneladas e para o Piauí 3,1 milhões de toneladas .

Da produção baiana, estima-se que 90% são advindos dos municípios que compõem o território do MATOPI-BA, aproximadamente 7,3 milhões de toneladas . Nes-sa região, produz-se a totalidade da soja baiana, 95% do algodão e 80% do milho produzido na Bahia .

A safra do Oeste da Bahia confirma a força produtiva do agronegócio regional, reconhecida em nível nacio-nal e internacional . No algodão, consolida-se como se-gundo maior produtor nacional, e sua alta qualidade é plenamente reconhecida . Na soja e no milho, tor-nou-se o principal fornecedor do Norte e do Nordeste . Apenas na produção das três commodities (conside-rado algodão em caroço), segundo dados da AIBA, o crescimento na produção foi de cerca de 70% entre 2003/2004 e 2013/2014 .

A delimitação geográfica do

MATOPIBA, elaborada

pelo Grupo de Inteligência

Territorial Estratégica - GITE,

da Embrapa, abrange 31

microrregiões geográficas

do IBGE, 337 municípios e

representa cerca de 73,0 milhões

de hectares.

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

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Neste período, a área destinada à produção cresceu em níveis próximos de 60%, ocupando 2,3 milhões de hectares . Dessa forma, como se observa, o que mais evoluiu foi mesmo a produtivi-dade, resultado da elevada tecnologia empregada na atividade agrícola, desenvolvida em nível empresarial na região de Cerrado que a caracteriza .

Com mais área e produtividade, ocorreu a melhora da produção e também da receita, que cres-ceu cerca de 26%, impulsionada pelos preços mais atrativos, especialmente da soja e do algo-dão, registrando Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 5,5 bilhões .

Merece também destaque no Oeste baiano a lavoura irrigada de café que é caracterizada por alta produtividade, sempre superior à brasileira, e que se incrementou no início da última dé-cada . Já chegou a 55 sacas/ha e mantém-se na faixa de 40 sc/ha, enquanto a nacional fica em cerca de 24 sc/ha . Com essa performance, a produção da safra 2013/14 situou-se em cerca de 26,0 mil toneladas e já recebe reconhecimento de qualidade, ao mesmo tempo em que está se habilitando a ter Indicação Geográfica . A área produtiva nos últimos anos adaptou-se ao mer-

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cado, com preços oscilantes, alcançando cerca de 14,7 mil hectares, segundo a AIBA, principal entidade representativa da classe produtora agrícola .

Além das commodities tradicionais, a região do MATOPIBA, na Bahia, se destaca na produção de outras importantes culturas, como a banana, tendo como destaque os plantios irrigados em Bom Jesus da Lapa e, também, as culturas da cana-de-açúcar e do mamão .

A criação de gado no Oeste baiano ainda sente problemas enfrentados com o clima mais seco nos anos de 2012 e 2013, particularmente na região mais tradicional do Vale, enquanto no Cer-rado são ampliados os confinamentos . De modo geral, o setor, que soma cerca de dois milhões de animais, busca evoluir com preocupação voltada à qualidade, inclusive para enfrentar even-tuais fenômenos climáticos adversos . A pecuária comercial abastece confinamentos formados em sistema de integração lavoura-pecuária, nos quais se aproveita subprodutos da agricultura, como palhadas e caroço de algodão .

O MAPA vem liderando discussões, envolvendo secretários de estados, representantes dos seto-res produtivos estaduais da indústria e da agricultura para a elaboração de um plano de desen-volvimento sustentável para a região, centrado na promoção do agronegócio no sentido amplo .

Através do Decreto nº 8 .447, de 6 de maio de 2015, publicado no Diário Oficial da União, de 7 de maio de 2015, o Governo federal dispõe sobre o Plano de Desenvolvimento Agropecuário do MATOPIBA – PDA Matopiba e a criação do seu Comitê Gestor . A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura – SEAGRI, representa o Governo do Estado da Bahia no Comitê Gestor . O PDA Matopiba orientará programas, projetos e ações federais relativos a ati-vidades agrícolas e pecuárias a serem implementados na sua área de abrangência e promoverá a harmonização daqueles já existentes .

Os municípios da Bahia que compõem o MATOPIBA, de acordo com o documento elaborado pelo Grupo de Inteligência Territorial Estratégica – GITE, da Embrapa, são: Angical, Baianópolis, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brejolândia, Canápolis, Carinhanha, Catolândia, Cocos, Coribe, Correntina, Cotegipe, Cristópolis, Feira da Mata, Formosa do Rio Preto, Jaborandi, Luis Eduardo Magalhães, Mansidão, Paratinga, Riachão das Neves, Santana, Santa Maria da Vitória, Santa Rita de Cássia, São Desidério,São Félix do Coribe, Serra Dourada, Serra do Ramalho, Sítio do Mato, Tabocas do Brejo Velho e Wanderley .

Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura da Bahia 2015/2016

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SECRETARIA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA, IRRIGAÇÃO, REFORMA AGRÁRIA, PESCA E AQUICULTURA

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Os textos dispostos neste Plano Safra são resultantes das infor-

mações prestadas pelas superinten-dências da SEAGRI e pelos órgãos vinculados, sendo sistematizadas pela equipe de elaboração, registrada na ficha técnica, que também consultou os agentes financeiros, as entidades representativas do setor agropecuá-rio, a legislação agrícola vigente e as fontes oficiais de dados estatísticos e indicadores agropecuários.

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