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RELATÓRIO EXECUTIVO
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo 3
PLANO VER-O-PARÁ
Relatório Executivo
Plano estratégicode turismo do Estado do Pará 2012 - 2020
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo4 5
Simão JateneGovernador do Estado do Pará
Pará, a obra prima da Amazônia.Reunindo em seu território aspectos da enorme diversidade da Região, numa síntese
exuberante onde se destacam a força doce do Amazonas, a delicadeza dos igarapés gelados, as
praias banhadas pelo Atlântico: várzeas, florestas, campos e montanhas compondo cenários tão
distintos quanto belos.
Com uma riqueza cultural que se manifesta no canto, nas danças, na culinária, no arte-
sanato que resgata a arte dos povos indígenas e reconta a alegria popular expressa nos singelos
brinquedos de miriti.
Tendo um povo com autoestima crescente, que se orgulha de seu estado, de sua beleza,
riqueza e cultura. Um povo acolhedor, hospitaleiro e caloroso, que sente prazer em receber os
visitantes e apresentar seu querido Pará.
Tudo isto faz do Pará a Obra Prima da Amazônia. E fazer da Obra Prima da Amazônia um
destino turístico forte é meta prioritária do Governo. Uma meta adequada à política econômica
definida para o Estado, que tem claramente uma forte vertente focada na sustentabilidade.
Uma meta perfeitamente integrada às diretrizes maiores do Governo, por ser a atividade
turística um segmento econômico que essencialmente não agride a natureza, desde que correta-
mente conduzido, e que espalha democraticamente seus efeitos positivos por toda a sociedade.
Para dar forma concreta à meta, o Governo criou a Secretaria de Estado de Turismo,
coordenadora do Sistema Estadual de Gestão do Turismo e responsável pelo desenvolvimento e
fortalecimento do setor; e definiu um planejamento estratégico, o “Ver-o-Pará”, para sustentar o
trabalho do setor como política pública capaz de gerar desenvolvimento com sustentabilidade e
justiça social.
Cumprimos agora mais uma etapa na construção desta meta, com o lançamento do Pla-
no “Ver-o-Pará”, o mais completo e abrangente planejamento do setor turístico jamais realizado no
Estado, instrumento fundamental e importante no conjunto das ações que se destinam a elevar
a qualidade de vida e reduzir as desigualdades entre o povo paraense.
Um plano que vai estimular a vocação natural do Pará de fazer da sua história, da sua cul-
tura e do seu meio ambiente importantes insumos para o desenvolvimento econômico e social,
baseado na sustentabilidade. Um plano que será implantado com a seriedade e a determinação
que são também traços característicos deste povo amigo que vive, com muito e justificado orgu-
lho, na Obra Prima da Amazônia.
Boi de Máscara - São Caetano de Odivelas - Pará
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo6 7
Secretário de Turismo do Estado do ParáAdenauer Góes
Entre 1999 e 2006 presidi pela primeira vez a Companhia Paraense de Turismo (Paratur),
onde permaneci até 2006. Nesse período lançamos e iniciamos a implantação do primeiro Plano
de Desenvolvimento Turístico do Estado do Pará, com a consultoria da empresa espanhola THR.
O Plano nasceu do entendimento do Governo do Estado, em seu planejamento macro, de ser o
turismo um dos eixos prioritários de desenvolvimento, gerador de emprego, renda e qualidade de
vida à população paraense.
O convite feito pelo governador Simão Jatene para retornar à Paratur, em 2011, teve a
orientação de retomar a política pública voltada ao turismo, em sintonia com os setores empre-
sarial, sociedade civil organizada e o trade. O “Ver-o-Pará” (Plano Estratégico de Turismo do Pará)
surge neste contexto como ferramenta que busca a excelência de resultados, dá diretrizes ao
Sistema Estadual de Gestão do Turismo (SEGETUR), este por sua vez composto pela Secretaria
de Estado de Turismo (Setur), Companhia Paraense de Turismo (Paratur) e Fórum de Desenvolvi-
mento Turístico do Pará (Fomentur). A finalidade é reforçar a gestão pública do turismo e, desta
forma, dar clareza à sociedade de que o turismo é atividade produtiva e econômica prioritária para
o Estado, assim como dar segurança ao empresariado para que venha a investir cada vez mais na
consolidação dos arranjos produtivos necessários para o crescimento da atividade.
Lançado em novembro de 2011, este Plano direciona dois eixos de investimento: a promo-
ção do turismo, utilizando ferramentas de inteligência de mercado, missão da Paratur, e o desen-
volvimento e fomento de novos produtos turísticos, além do fortalecimento das políticas públicas
de turismo, missão da Setur. O “Ver-o-Pará” chega para consolidar o slogan “Pará: A obra-prima
da Amazônia” nos mercados local, regional, nacional e internacional e a nova marca turística do
Pará, inspirada nas cores e derivados do açaí, nos grafismos marajoara, tapajônico e araguaia.
Fazem parte do Ver-o-Pará, elaborado com consultoria da empresa espanhola Chias Ma-
rketing, nove macro programas, 42 projetos de desenvolvimento turístico e 26 projetos voltados
para ações de marketing.
Visando fortalecer ainda mais a gestão pública e seu pacto com o empresariado e a socie-
dade em prol do desenvolvimento, o Governo Simão Jatene lançou, no início de 2012, o Modelo
de Gestão para Resultados, mais que um sistema que quantifica e qualifica os indicadores dos
programas, projetos, ações e serviços resultantes da política pública estadual, representa um
compromisso com o desenvolvimento do Pará visando reduzir as desigualdades sociais, gerar
emprego, renda e melhor qualidade de vida aos cidadãos. Esse novo modelo envolve praticamente
todas as áreas da gestão pública, inclusive o turismo.
Como parte da prioridade do turismo como eixo de desenvolvimento foi criada a Secreta-
ria de Estado de Turismo (Setur) em 29 de dezembro de 2011, com a publicação, no Diário Oficial
do Estado do Pará da Lei Nº 7.593, de 28 de dezembro de 2011, através da qual o governador
Simão Jatene criou também o Sistema Estadual de Gestão do Turismo (Segetur).
Como executora deste Plano, a Setur, órgão da administração direta, vinculada à Secreta-
ria Especial de Estado de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção (Sedip), surge com
a finalidade de planejar, coordenar e gerenciar a política de desenvolvimento turístico no Pará.
Por fim este Plano Ver-o-Pará representa o resultado de um pacto da gestão pública, do empresa-
riado, da sociedade em geral pelo turismo deste Estado, visando inseri-lo entre os destinos mais
procurados do mundo, o principal destino turístico da Amazônia.
O Planejamento e a Execução como prioridadesRainha do Çairé - Alter do Chão - Santarém
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo8 9
Socorro Costa
O “Ver-o-Pará”, Plano Estratégico de Turismo elaborado para dar as novas diretrizes da
política pública de investimentos no setor de turismo, reflete a essência de tudo o que foi pensado
pelo Governo do Estado, por meio da Companhia Paraense de Turismo (Paratur) e da Secretaria
de Estado de Turismo (Setur), para colocarmos o Estado como destino turístico prioritário nos
mercados regional, nacional e internacional.
É importante observar que o Pará já se consolidou como um dos destinos mais atraentes
do Brasil junto aos mercados consumidores do turismo, uma das atividades econômicas que
mais crescem no mundo, vetor de desenvolvimento sustentável. É em nome desse desenvolvi-
mento, que gera qualidade de vida, trabalho e renda à nossa gente, a partir da vinda de turistas,
que a PARATUR, com apoio da SETUR dará continuidade ao desafio de promover o turismo, tendo
como slogan Pará, a obra-prima da Amazônia, em uma territorialidade que soma 144 municípios
e uma oferta de inúmeros atrativos. Neste contexto queremos apresentar ao mundo os mais
fortes segmentos do Estado: cultura, natureza, sol e praia, eventos e possibilidades de negócios,
considerando os direcionamentos deste Plano Estratégico, a partir do decálogo da originalidade,
autenticidade, criatividade, diversidade e sustentabilidade.
Pesquisas junto ao trade, à sociedade civil organizada, aos gestores e agentes municipais
ligados ao turismo e ainda junto aos principais mercados consumidores dos nossos produtos
foram imprescindíveis para chegarmos a este Plano, com uma nova marca turística que reflete a
cor, a nossa riqueza cultural, nossa importância histórica e aponta os rumos que devemos seguir.
Desta forma, o “Ver-o-Pará” é a ferramenta básica desse trabalho, para que a política
pública do turismo, desenvolvida pela Setur, juntamente com a missão de promoção e marketing
da Paratur, em parceria com o trade, nos deem os resultados almejados. Com isso, nossas metas
vão ser certamente alcançadas.
As referências da nossa cultura, gastronomia, natureza, eventos, praias, dos nossos ar-
tistas são muito fortes. Garantir que essa imagem seja ainda mais dinamizada e que com isso
a PARATUR e a Setur possam atrair cada vez mais turistas ao Pará é o nosso grande desafio.
Cabe agora garantir que dentro da nova missão da Paratur, de desenvolver a promoção
e divulgação através de ferramentas de marketing, possamos dar continuidade ao que já está
desenhado até 2020 pelo “Ver-o-Pará”.
O Pará que queremos, o Pará que vendemos!
Presidente da Paratur
Theatro da Paz
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo10 11
O Plano Ver-o-Pará – Plano Estratégico de Turismo, como plano orgânico, em constante evolução, tem como pressuposto a necessidade de “fazer acontecer” e, para tanto, gera programas e projetos para execução imediata. Não é um planeja-mento que substitui ou ignora as iniciativas anteriores, é um ponto de referência, que incorpora programas avançados em curso, sincronizando suas ações ao eixo estratégico do plano, de forma a garantir a coesão com as metas e objetivos formu-lados.
A metodologia utilizada nesse plano se baseia em um modelo participativo, como ilustra o quadro abaixo. Sob a liderança técnica da equipe da Paratur e da Chias Marketing, foram recopilados os projetos de desenvolvimento e marketing em andamento e mobilizado todo o setor de turismo no Estado, com o objetivo de ouvir suas opiniões e colher sugestões.
O Plano Ver-O-Pará,um plano de turismopara “fazer acontecer”
Mobilização, articulação e participação do Trade Turístico
Liderança Técnica: Paratur + Consultoria
Ação imediata
I. Planejamento integrado
II. Revisão do Plano estratégico
III. Plano de ações urgentes
Ninhal de guarás
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo12 13
O Plano Ver-o-Pará, elaborado entre junho e novembro de 2011, utilizou uma metodologia internacional de planejamento estratégico, aplicada com sucesso em vários destinos e países de América Latina e o mundo, que contempla três fases:
FASE I: uma análise exaustiva da situação atual do turismo no Pará, no con-texto nacional e mundial.
FASE II: uma proposta de planejamento estratégico, decorrente das conclu-sões da análise da situação atual.
FASE III: dois planos operacionais, que definem as atuações necessárias para pôr em prática as linhas estratégicas geradas durante a etapa anterior.
Fase IA análise da situação atual
Fase IIO planejamento estratégico
Fase IIIO plano operacional
Centro histórico de Belém
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo14 1514
FASE IArtesanato em cerâmica - Icoaraci - Pará
A análiseda situaçãoatual
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo16 1716
O objetivo desta fase foi estabelecer uma radiografia do turismo no Pará, como fundamentação para um planejamento consistente do setor. Neste sentido, foram analisados os seguintes aspectos:
•Os volumes atuais do turismo no mundo, no âmbito internacional e nacio-nal, onde foram considerados também os movimentos turísticos interna-cionais específicos do segmento de ecoturismo ou turismo de natureza.
•A atividade turística no Pará, referenciada por séries históricas que permiti-ram, a partir da reconstrução do processo evolutivo compreender o estágio de desenvolvimento e desempenho econômico do turismo no Estado.
•O território, as infraestruturas de acesso e os serviços turísticos, existentes e em fase de projeto.
•A situação do produto Pará nos canais de comercialização do mercado lo-cal, nacional e internacional.
•A situação dos recursos, produtos e da oferta turística atual dos seis polos turísticos do Estado do Pará.
•A opinião interna, ou seja, a percepção dos gestores públicos, empresários, profissionais e representantes da sociedade civil sobre a situação do turis-mo no destino Pará.
•A opinião externa, ou seja, a avaliação que o turista atual que visita o Pará, levantada por meio de pesquisa qualitativa, faz sobre os produtos e destinos do Estado.
•A política turística nas três esferas de governo, em âmbito federal, estadual e municipal.
Este capítulo apresenta a situação dos movimentos turísticos no mundo, no Brasil e no Pará.
Os dados utilizados para a análise foram coletados nos bancos estatísticos e informações organizadas e mantidas pelos órgãos oficiais, por entidades representa-tivas do setor turístico em âmbito nacional e internacional. Para conhecer o volume turístico atual do Pará e a sua evolução nos últimos dez anos, foram utilizadas as séries estatísticas da Paratur. E para estimar a demanda potencial do ecoturismo ou turismo de natureza, foram utilizados dados sobre os movimentos turísticos interna-cionais neste segmento específico.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo – OMT, o ano 2010 regis-trou 940 milhões de chegadas internacionais no mundo, recuperando o ritmo de crescimento após a queda dos fluxos turísticos em decorrência da crise econômica mundial de 2008.
O turismo no mundo e no Pará
1
Entradas(em milhões de turis-
tas internacionais)2000 2005 2008 2009 2010
Variação09/08
%
Variação10/09
%
Estimativa2011%
Mundo 674 797 916 881 940 -3.8 6.6 4 ª 5
Europa 385 439 484 461 475 -4.9 3.2 2 ª 4
Ásia e Pacífico 110 154 184 181 204 -1.7 12.8 7 ª 9
AMÉRICAS 128 133 148 141 149 -4.9 6.4 4 ª 6
África 26 35 44 46 49 3.7 7.8 4 ª 7
Oriente Médio 24 36 55 53 61 -4.3 14.8 7 ª 10
Catedral da Sé - Belém Cavalos marajoaras - Marajó
Vista do farol de Belém
Feliz Lusitânia
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo18 1918
Em termos de turismo emissivo, os principais mercados emissores continu-am sendo os países da Europa, América do Norte, com participação crescente da China:
O movimento turístico internacional para o Brasil em 2010, de acordo com os dados registrados pela OMT, foi de 5,2 milhões de turistas estrangeiros, retomando o ritmo de crescimento após a crise mundial de 2008.
Quanto à origem dos turistas internacionais que chegam ao Brasil, apenas 11 países representam 74% do mercado emissivo para o Brasil. Em ordem decrescente de emissões estão: Argentina, Estados Unidos, Itália, Uruguai, Alemanha, Chile, França, Paraguai, Portugal, Espanha e Inglaterra.
Em termos de receita, a região Américas e o Brasil cresceram acima da média mundial, conforme mostra a tabela a seguir:
Quanto à situação específica do segmento de turismo de natureza no mer-cado internacional, de acordo com o Estudo de Mercado do Turismo da Amazônia Legal Brasileira, realizado em 2008 pelo Ministério do Meio Ambiente dentro do Pro-ecotur, 45,4% do total dos turistas pesquisados, apresentaram um potencial elevado para o turismo de férias na Amazônia Brasileira.
Principais mercados emissores - 2008(em milhões de viagens)
Principais mercados emissores para o BrasilAnuário Estatístico 2010 - Embratur
Potencial de interesse em viagens para amazônia% sobre as viagens de férias de longa distância
Holanda
Rússia
Canadá
Japão
Itália
China
França
Inglaterra
Estados Unidos
Alemanha
ArgentinaUSAItáliaUruguaiAlemanhaChileFrançaParaguaiPortugalEspanhaInglaterraBoliviaColombiaPeruHolanda
Ásia
América do Norte
Europa
Baixo Alto
Média geral
Entradas Brasil(em milhões de turis-
tas internacionais)
Receita Brasil( em bilhões USD )
2000
2000
2005
2005
2008
2008
2009
2009
2010
2010
Variação10/09
%
Variação10/09
%
Variação10/00
%
Variação 10/00
%
Mundo 674 797 916 881 940 +6.6% +39%
AMÁRICAS 128 133 148 141 149 +6.4% +16%
AMÉRICA DO SUL 15 18 22 21 23 +10% +53%
BRASIL 5.3 5.4 4.8 4.8 5.2 +8% -2%
Mundo 475 677 938 850 918 +8% +94%
AMÁRICAS 131 145 188 166 182 +10% +39%
AMÉRICA DO SUL 9.2 12.4 19.2 18.3 20.5 +12% +123%
BRASIL 1.8 3.8 5.8 5.3 5.9 +11% %
21,7
1,399,592
641,491245,491
228,545226,630
200,724199,719194,340189,065179,340
167,35599,539
85,56781,02076,411
200,000 400,000 600,000 800,000 1,000,000 1,200,000 1,400,000 1,600,000
24,9
46,8%
43,1%
37,1%
39,3%
36,1%
40,7%
45,4%
52,3%
26,9
27,9
30,8
36,2
43,1
68,5
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
79,7
91
Fonte: OMT 2008 e Estudo de Mercado do Turismo Sustentável da Amazônia Legal Brasileira – 2008 Proecotur/MMA
Fonte: Estudo de Mercado do Turismo Sustentável da Amazônia Legal Brasileira – 2008 Proecotur/MMA
Fonte: OMT – Barômetro, 2011
Fonte: OMT – Barômetro, 2011
Fonte: Anuário Estatístico Embratur, 2010
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo20 2120
Por meio de uma pesquisa amostral domiciliar, o Ministério do Turismo com-puta as viagens domésticas, que compreende aquelas realizadas pela população residente dentro do próprio país, individualmente ou em grupo, com pelo menos um pernoite no destino, do qual são excluídas as viagens rotineiras, que são os desloca-mentos realizados mais de dez vezes ao ano para um mesmo destino.
Em 2010, o Ministério do Turismo estimou em mais de 186 milhões de viagens domésticas realizadas no Brasil por ano. Observa-se que o movimento turístico in-terno tem crescido continuamente nos últimos cinco anos, com taxa média de 6% ao ano.
Volume de viagens domésticas no Brasil (em milhões)
Praia de rio - Marabá - Pará
Café da manhã paraense Tacacá, comida típica paraese
200
138,7
2005 2006 2007 2008 2009 2010
147,1156
165,4175,4
186,5
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Fonte: Ministério do Turismo 2011
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo22 2322
Conforme os dados apresentados no gráfico acima, o volume total de turistas que chegam atualmente ao Pará é de aproximadamente 655 mil turistas por ano, com uma participação de 9% do turismo internacional na composição total.
Mesmo que a participação do turismo internacional no total ainda seja pe-quena, a evolução mostra uma média de crescimento anual desse mercado de 8%, enquanto o mercado nacional demonstra taxa média de crescimento anual de 4%.
Os gráficos acima apresentam a distribuição dos meios de hospedagem e de unidades habitacionais por polo turístico. Observa-se um desequilíbrio entre os polos, com uma concentração da oferta hoteleira em três deles: Belém, Amazônia Atlântica e Araguaia-Tocantins, sendo que Belém concentra os empreendimentos de maior tamanho e Amazônia Atlântica os de menor tamanho, em termos de unidades habitacionais.
Para estabelecer o dimensionamento do setor de serviços turísticos do Estado do Pará foram utilizados os dados quantitativos dos Inventários da Oferta Turística dos municípios nos diferentes Polos. Conforme os registros considerados, o Estado do Pará tem hoje um total de:
•448 meios de hospedagem•9.456 unidades habitacionais
O setor turístico do ParáA fonte disponibilizada pela Paratur é o “Indicador do Turismo do Estado do Pará”, publicado anualmente e calculado a partir das fichas de hóspedes da hotelaria. Mas trata-se de uma informação frágil e pouco confiável, quando comparada aos dados de outras fontes, porque o monitoramento compreende alguns poucos hotéis de Belém e a base de cadastro da Paratur se apresenta desatualizada. No entanto, ela representa a única informação disponível para conhecer a evolução do turismo no Pará nos últimos dez anos:
Evolução de entrada de turistas no Pará
Estrangeiros Brasileiros
Ofertas de meiosde hospedagem no Pará
Nº de empreendimento por polo turístico
Ofertas de meiosde hospedagem no Pará
Nº UHS por polo turístico
Xingu
Tapajós
Marajó
AraguaiaTocantins
Amazônia Atlantica
Belém
Total
Xingu
Tapajós
Marajó
AraguaiaTocantins
Amazônia Atlantica
Belém
Total
20 487
0 0100 2000200 4000300 6000400 8000500 10000
37 3000
448 9456
67 1073
38 426
150 3270
135 1200
Fonte: Elaborado por Chias Marketing a partir dos dados dos Inventários da Oferta Turística dos municípios
700.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
Fonte: Paratur- Indicadores do Turismo nos 41 a 51 (2005 os dados foram estimados)
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo24 2524
Este capítulo apresenta a análise da situação do produto Pará nos canais de comercialização do mercado local, nacional e internacional. Também analisa a opinião do trade turístico nacional sobre o produto Pará, levantada por meio de uma pesquisa qualitativa junto às principais operadoras e agências de turismo brasileiras presentes na 39a Feira das Américas/ABAV, que aconteceu em outubro de 2011 no Rio de Janeiro.
As agências e operadoras de viagens e turismo do Estado do Pará cadastra-das na Paratur totalizam 148 empresas, dessas 22% ocupam-se do turismo recepti-vo, das quais 70% estão localizadas no Polo Belém:
A partir da análise das ofertas nos sites das empresas, estabeleceu-se o ma-peamento dos produtos turísticos com maior presença na oferta do trade local. O gráfico acima mostra que a maioria de produtos é do Polo Belém, seguido pelos Polos Tapajós e Marajó e, em menor medida, pelo Amazônia Atlântica. Quase nula é a oferta dos Polos Araguaia-Tocantins e Xingu.
A situação do Paráno mercado
2
O produto Pará no trade local
Ofertas do Receptivo paraense por polo turístico
Xingu
Marajó
Tapajós
Amazônia Atlântica
Araguaia Tocantins
Belém
1%
17%
1%
12%
27%
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%
42%
Cheiro do Pará - Belém
Fonte: Elaborado por Chias Marketing
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo26 2726
Para este levantamento de dados foi utilizada a metodologia “Survey”, que consiste na aplicação de questionários a uma amostra intencional do universo pes-quisado, com a técnica de entrevista pessoal. Foram entrevistados 59 representantes de empresas, com origem em 5 regiões do Brasil, sendo ouvidos principalmente os proprietários, gerentes e/ou diretores das agências e operadoras de turismo e, também alguns supervisores, coordenadores e analistas.
Os resultados foram sistematizados de acordo com o tamanho da empresa, considerando o volume de negócios que movimenta anualmente e a correspondente participação no mercado, sendo estabelecidas duas categorias: “maiores empresas” e “outras empresas”; as últimas são normalmente operadoras e agências mais es-pecializadas, que atuam com foco em segmentos específicos.
O produto Pará no trade nacional
Comercializa o Pará
Por que não comercializa os produtos turísticos do Pará Total (%)
Mercados pesquisados - origem das empresas
Sudeste
Sul
Nordeste
Centro Oeste
Norte
Doze das empresaspesquisadas nãocomercializam o
Pará,especialmente
empresas de menorporte. Entre as
agências/operadorasde maior porte
apenas uma nãocomercializa o Pará
12%
76%
7%4% 1%
20%5%
29%
80%
Total Maiores empresas Outras empresas
95% 71%
Não tem de manda/ procura pelo estado
Falta conhecimento do destino
Falta divulgação do destino
Falta treinamento do destino para comerciallizar o produto
Falta estrutura portuária para atracar os navios/ transatlânticos
Não tem equipe para o Brasil/ só comercializa destino internacional
41,7
41,7
33,3
8,3
8,3
8,3
Comercializa Não comercializa
Fonte: Plano Ver-o-Pará – Pesquisa trade nacional – PARATUR 2011
Fonte: Plano Ver-o-Pará – Pesquisa trade nacional– PARATUR 2011
Fonte: Plano Ver-o-Pará – Pesquisa trade nacional – PARATUR 2011
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo28 2928
O Amazonas é o único estado da macrorregião Norte citado pelos entrevistados, que destacam Manaus entre os destinos nacionais mais vendidos e é identificado como o principal concorrente do Pará no mercado brasileiro.
Àqueles que afirmaram comercializar, foi perguntado quais produtos turísti-cos vendem. Excluindo-se serviços específicos, como a emissão de passagem e re-servas de hotel, as respostas apontam poucas ofertas, concentradas principalmente em Belém e Ilha de Marajó, que são nominados diretamente e também através de roteiros integrados, sendo provavelmente também o caso dos “pacotes de 2 a 5 dias”.
Total Grandesempresas
OutrasempresasDificuldades para vender o Pará
Falta de divulgação
Desconhecimento dos Turistas
Falta de procura/ Demanda
Falta de Voos/ OpçãoVôos difíceis/ com conecção
Falta de Vôos/ Poucos vôos
Vôos com horários ruins
Preços elevadosDas passagens aéreas
dos hotéis
AgênciasDesconhecimento técnico do destino
Falta de parceiros locais
Não faz reservas pela internet
Falta de infraestrutura localHotelaria
Estrutura portuária (cruzeiros)
Distância do destinoNão sabe
62,7
18,6
13,6
25,41,7
6,8
1,7
18,615,3
3,4
15,38,5
5,1
1,7
8,53,4
1,7
6,81,7
76,7
9,5
4,8
33,30,0
19,0
4,8
23,823,8
9,5
9,5
14,34,8
4,8
55,3
23,7
18,4
21,12,6
0,0
0,0
15,810,5
5,3
18,413,2
2,6
2,6
5,32,6
2,6
7,92,6
Total Grandesempresas
Outrasempresas
Sugestões para aumentar asvendas do Pará
DivulgaçãoDivulgação em Revistas / Jornais / TV / RádioEventos/ Workshops apa apresentar o Pará aos operadoresDivulgar os atrativos turísticos/ praiasPromover viagens para apresentar o destinoDivulgar calendário de eventosParticipar de feiras nacionais/ internacionaisDivulgar cultura/ gastronomia do ParáTer representações do estado em São Paulo e Rio
PreçosDiminuir tarifas de passagens aéreas
Diminuir custo de hotelaria/ hospedagem
Promoções/ pacotes para certos grupos
Infraestrutura (investir na infraestrutura local)
Voos (mais voos diretos)
Não respondeu / não aplicou
88,1 95,2 84,2 39,0 23,8 47,4 33,9 42,9 28,9
30,5 33,3 28,9 27,1 38,1 21,1 6,8 10,5 6,8 4,8 7,9 3,4 4,8 2,6 1,7 2,6
13,6 19,0 10,5 6,8 9,5 5,3
5,1 4,8 5,3
1,7 4,8 0,0
6,8 14,3 2,6
1,7 4,8
8,5 4,8 10,5
Principais concorrentes do Pará
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Manaus Pantanal Macapá Bonito C. dosViadeiros
C. dosGuimarães
Rio G.do Sul
Rio deJaneiro
Jalapão(TO)
Produtos comercializados
Pacotes 2 a 5 dias
Ilhas de Belém
Centro histórico Belém
Marajó
Roteiros Belém Marajó
Alter do Chão
Cruzeiros Fluviais
Círio de Nazaré
Fonte: Plano Ver-o-Pará – Pesquisa trade nacional – PARATUR 2011
Fonte: Plano Ver-o-Pará – Pesquisa trade nacional– PARATUR 2011
Fonte: Plano Ver-o-Pará – Pesquisa trade nacional– PARATUR 2011
Fonte: Plano Ver-o-Pará – Pesquisa trade nacional– PARATUR 2011
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo30 3130
Para avaliar a opinião do trade turístico internacional sobre o produto Pará foi utilizado o Estudo de Mercado da Amazônia Legal Brasileira, do qual foram extraídos os aspectos relevantes para o Estado. O referido estudo analisou a presença da oferta Brasil e a oferta Amazônia Brasileira nas principais operadoras de cada um dos países alvo da pesquisa, totalizando uma amostra de 74 empresas em 11 países selecionados.
O quadro a seguir sintetiza a presença dos produtos do Pará e da Amazônia Brasileira nos mercados pesquisados.
O resultado demonstra que o produto da região melhor posicionado nos mer-cados internacionais é Manaus, seguido por dois produtos do Pará, Belém e Ilha do Marajó. Amazônia Brasileira como oferta integral só aparece em um país e observa-se que as ofertas da região presentes nos catálogos das operadoras em todos os merca-dos têm relação com o Rio Amazonas e a cultura indígena local.
O produto Pará no trade internacional
Búfalos - Marajó - Pará
Búfalos - Marajó - Pará
Manaus Foz doAmazonas
MontanhasAmazônicas
ReservasIndígenas
AmazôniaBelém Ilha doMarajó
FrançaAlemanhaEspanhaInglaterraItáliaPortugalArgentinaUSACanadáChinaJapão
Fonte: Elaborado por Chias Marketing com dados do Estudo de Mercado do Turismo Sustentável da Amazônia Legal Brasileira
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo32 3332
Este capítulo apresenta a análise do território do Estado e da acessibilidade ao destino Pará, pelas diferentes vias de acesso. Em seguida apresenta a avaliação dos recursos e produtos do destino. A identificação dos atrativos turísticos do Estado do Pará foi estabelecida com base nos inventários dos municípios dos polos do Estado. Os inventários foram produzidos ao longo de mais de dez anos, o mais antigo é de 1999 e o mais recente data de 2011. Assim existe variação na abordagem e do que se considera como sendo atrativo. A cidade de Belém não tem um inventário da oferta turística; os atrativos avaliados neste polo foram identificados nas pesquisas de campo, nas leituras e nos vários sites que apresentam a cidade, incluindo as agências e operadoras de receptivo.
O processo histórico de ocupação do território, o modelo desenvolvimento econômico-social, as dimensões geográficas, as características físicas, ambientais e pluviométricas da Amazônia, são fatores determinantes das condições atuais dos acessos no Pará. Os caminhos naturais da região são os rios, a eles estão sendo integrados progressivamente os eixos rodoviário, ferroviário e aéreo.
Em função das longas distâncias, do tempo necessário para o deslocamento e das necessidades de infraestrutura do acesso aéreo (quase sempre restrita à pista e terminal de passageiros), o transporte aéreo é considerado como a alternativa mais eficiente para o transporte de passageiros na região Norte atualmente; e o Pará dispõe da melhor malha aeroviária, com vários aeroportos em operação de voos regulares, diretos ou em conexão para todo Brasil (Altamira, Santarém, Porto Trom-betas, Marabá, Carajás, Tucuruí e Belém) e voos internacionais para Paramaribo e Caiena; além de inúmeros aeroportos com operação de voos regionais. No entanto, a oferta de voos ainda é pequena e o valor dos bilhetes é superior à média nacional; ou seja, os voos são caros e com poucas alternativas de horários.
Por outro lado, devido à imensa malha fluvial, o caminho natural para os des-locamentos humanos na Amazônia sempre foram os rios e os barcos elementos presentes no cotidiano das populações.
A situação daoferta turísticado Pará
3
O território e as infraestruturasde transporte
Inscrições rupestres - Monte Alegre - Pará
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo34 3534
No Pará, o rio Amazonas constitui-se a via principal do transporte fluvial, com navios regulares entre Belém e Manaus, passando por Santarém e com conexão para Macapá; os rios Tocantins, Tapajós, Trombetas, Jari e Guamá1 como vias se-cundárias de ligação intrarregional; além de vias menores, mas de importância vital na maioria dos municípios paraenses. O transporte fluvial é considerado o mais eficiente em termos ambiental e o mais competitivo na comparação dos custos (relação tonelada transportada X km percorridos).
No entanto, mesmo com todas as mudanças tecnológicas e dos materiais utilizados na fabricação de barcos, a indústria náutica amazônica se mantém prati-camente inalterada, a única modificação expressiva ao longo de mais de 500 anos foi a introdução do vapor em fins do século XIX.
A estrutura dos barcos e a tecnologia utilizada foram aprendidas no período colonial, quando a região era uma base estratégica para a recuperação das naus e caravelas europeias que viajavam pela costa brasileira. Essas tradições possuem um valor histórico e cultural extraordinários, inclusive como atrativo turístico, mas representam um atraso para o transporte fluvial e um entrave para a melhoria dos acessos na região. O desconforto das embarcações e lentidão nos deslocamentos tornam as viagens experiências enfadonhas e cansativas.
A deficiência na fiscalização é fator de geração de riscos, a Capitania dos Portos da Amazônia Oriental, órgão responsável pelo gerenciamento técnico e de segurança da navegação, tem uma equipe considerada pequena para atendimento adequado do Pará e o Amapá; e o mesmo ocorre com a Agência Nacional de Trans-porte Aquaviários em relação ao corpo de fiscais; os acidentes acontecem devido à superlotação, ao excesso de peso e falta de equipamentos de segurança. E o Estado não tem uma legislação específica para regulamentar o transporte hidroviário.
O transporte rodoviário, principal modal utilizado no Brasil, é incipiente no Pará. Atualmente o Estado tem aproximadamente 5 mil km de rodovias asfaltadas, isso equivale a menos 3% das rodovias pavimentadas no país. Em função do alto índice pluviométrico da Amazônia, os deslocamentos rodoviários ficam comprome-tidos ou inviabilizados, o que explica parcialmente o baixo investimento no setor. Se proporcionalmente a extensão das rodovias é pequena para o tamanho do território, porém ela se mostra capaz de estabelecer a interligação do Estado com todas as regiões brasileiras, a partir de Belém e Santarém; e é a principal forma de acesso entre a capital e a Costa Atlântica.
O modal ferroviário se restringe ao trecho de Parauapebas (Polo Araguaia-To-cantins) a São Luís do Maranhão. Inaugurada em 1985, a Estrada de Ferro Carajás, construída e operada pela Vale, tem como principal objetivo escoar a produção de minério de ferro para o Porto de Itaqui na capital maranhense, mas opera também o transporte de passageiros com embarques em dias alternados nos dois sentidos, são três partidas semanais de São Luís e três de Parauapebas, com possibilidade de embarque e desembarque em mais treze estações ao longo do percurso.
Ilha de Algodoal - Maracanã - Pará
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo36 3736
Na década de 1990, a Paratur fez o zoneamento turístico do Estado e defi-niu quatro Polos de desenvolvimento setorial (Costa Atlântica, Tapajós, Marajó e Araguaia-Tocantins), antecipando em mais de 10 anos os princípios do Programa de Regionalização do Ministério do Turismo.
No Plano de Turismo elaborado em 2001, houve o desmembramento de um polo e a criação de outro, definindo os atuais seis polos turísticos do Pará:
•Polo Belém•Polo Amazônia Atlântica•Polo Araguaia-Tocantins•Polo Marajó•Polo Tapajós•Polo Xingu
Os recursos e os produtos
Belém
Polo Belém
Polo Amazônia Atlântica
Polo Araguaia-Tocantins
Polo Marajó
Polo Tapajós
Polo Xingu
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo38 3938
A análise dos polos foi feita com base nas visitas de campo realizadas pela equipe de consultoria e complementadas em fontes secundárias, disponibilizadas pela Paratur ou acessadas diretamente.
Mas, os inventários dos municípios não consideram a diferença entre recurso e produto, diferenciação que a nossa equipe utiliza para a avaliação da oferta turís-tica de um destino.
O processo de transformação de recursos em produtos, adotada pela Con-sultoria baseia-se na definição proposta pelo Dr. Josep Chias*. Os “recursos” são os atrativos (patrimônio natural, cultura, clima) e a população que vive no território. Quando esses recursos são estruturados para uso turístico, transformam-se em produtos. Assim, entende-se que um “produto” é aquele recurso que oferece a pos-sibilidade para a prática de uma atividade turística (visitar, assistir, participar, estudar, comprar, comer), porque foram organizadas propostas para o visitante usufruir do atrativo e estabelecidas condições de acessibilidade para o público.
Não existe atrativo que seja capaz de agradar todos os públicos. Para fins de planejamento, faz-se necessário a avaliação e hierarquização dos atrativos e diferen-ciar atrativos que são produtos dos que são recursos. O Dr. Josep Chias desenvol-veu uma metodologia de valoração que foi aplicada, com sucesso, em vários planos de desenvolvimento e promoção turística, elaborados pela Consultoria para destinos em diferentes países.
*CHIAS, Josep. Turismo o negócio da felicidade. São Paulo: Senac, 2007.
A metodologia compreende um sistema para avaliação técnica dos atrativos que permite determinar seu valor potencial e seu grau de aproveitamento atual.
Para a definição do Valor Potencial dos atrativos foram adotados os critérios de singularidade, valor intrínseco e identidade local. Cada critério recebeu nota va-riando entre 1 e 5 pontos, de acordo com a análise estabelecida.
Singularidade: o que distingue um recurso pelo fato de ser único no Mundo, na América Latina, no Brasil ou no Estado. Quanto mais raro, maior será o âmbito de atração geográfica do mesmo.
Valor Intrínseco: valor inerente a cada um dos recursos, mas que compra-tivamente o destaca dentro da sua própria categoria (museus, prédios, natureza, parques).
Identidade local: valor que tem um recurso pelo fato de ser do próprio local, mesmo que não seja especificamente um recurso turístico. O mercado reconhece o diferencial naquilo que forma parte da identidade do lugar.
Cada critério tem um peso diferenciado, para o cálculo final do processo de avaliação utiliza-se fatores de ponderação às notas concedidas.
O resultado da soma total alcançada por cada produto é o seu valor potencial no mercado, o que permite determinar o ranking de Recursos e Produtos Turísticos do Estado do Pará, bem como fixar uma hierarquia para Produtos Estrela, A, B e C.
Produtos Estrela: Do ponto de vista metodológico, os produtos estrela sãoos produtos que alcançam o topo da hierarquia e são considerados, pela sua excepcio-nal potencialidade, como imprescindíveis para conhecer um determinado destino turístico.
Produtos “A” são produtos que complementam os Produtos Estrela e secon-vergem em indutores de viagens e fatores de redução dos períodos de baixa tempo-rada e, nesse caso, os demais atrativos podem complementar a visita e ampliar o tempo de permanência do turista no destino.
Os produtos avaliados como Produtos “B” exercem uma função estratégica, permitindo a ampliação do período de permanência do turista ou a motivação de seu retorno.
Os atrativos classificados como Recursos são apresentados como possibi-lidades de ampliação às opções existentes, mas que precisam de um processo de desenvolvimento antes de serem oferecidos ao mercado.
Total de atrativos turísticos avaliados por pólo
Belém
3%18%
19%
21%
6%
33%
Fonte: Elaborado por Chias Marketing com dados dos inventários da Oferta Turística dos Municípios
Araguaia Tocantins
Amazônia Atlântica
Marajó
Tapajós
Xingu
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo40 4140
A oferta turística atual do Estado do Pará é formada por 30% de atrativos, em situação de recursos, e 70% podem ser considerados produtos.
Dentre os 70% que formam o grupo de produtos, existem diferentes situações de valor potencial, dos quais 10% foram classificados com valor potencial de produto estrela, 32% com valor potencial de produto A e 58% com valor potencial de produto B, conforme mostra o gráfico seguinte:
No entanto, o valor potencial de um produto não é suficiente para sua co-mercialização nos mercados. Para que um turista potencial possa comprar, fazer uso desse produto turístico e, assim gerar recursos financeiros em seu contexto, o mesmo precisa ter oferta complementar (dormir, comer, comprar...), para então ser comunicado e promovido junto aos públicos alvos.
Conforme a metodologia técnica da Consultoria a concentração ou não dessa oferta complementar em torno de um produto turístico e a notoriedade dele nos merca-dos, constituem os dois critérios para estabelecer o valor atual de um produto turístico.
A diferença entre o valor atual de um produto turístico determinado, a partir, da valoração técnica dos critérios “concentração de oferta” e “notoriedade” e, a nota máxima que um produto pode alcançar nesta categoria é o Grau de Aproveitamento Atual do produto avaliado.
No caso do Estado do Pará, o Grau de Aproveitamento Médio Total dos produ-tos turísticos do Estado é de 35%:
A partir dos inventários turísticos dos municípios que integram este plano e das visitas técnicas realizadas pela equipe consultora aos diferentes polos, foram identificados 465 recursos e produtos turísticos no Pará, que após uma primeira análise de características e localização foram agrupados em 396 para fins de avalia-ção, conforme os critérios estabelecidos na metodologia, chegando-se à seguinte conclusão:
Resultado da valoração técnica dos atrativosturísticos do Pará
Produtos
Fonte: Elaborado por Chias Marketing
Recursos
30%
70%
Fonte: Elaborado por Chias Marketing
Resultado da valoração técnica dos atrativosturísticos do Pará
Produtos Estrela
Produtos A
Produtos B
10%
32%58%
Grau de aproveitamento médio total
120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
100%
35%
Valor Max. G. Ap médio total.
Fonte: Elaborado por Chias MarketingFonte: Elaborado por Chias Marketing
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo42 4342
Devido ao tamanho do destino Pará, a sua diversidade de recursos e o dife-rente grau de desenvolvimento dos polos, a Consultoria analisou também o Grau de Aproveitamento atual, por polo turístico:
A situação atual dos recursos e produtos do Estado do Pará demonstra que a potencialidade é elevada, mas o valor real do conjunto de produtos é baixo, na maioria dos polos, o que significa que o Estado deverá trabalhar no desenvolvimento conforme as prioridades de Valor Potencial dos produtos e no marketing conforme o Valor Atual em cada caso.
Litoral do Pará
Grau de aproveitamento dos produtos turísticosdo Estado do Pará
120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
100%
Valor Max. Belém AraguaiaTocantins
Amazônia Marajó Tapajós XinguAtlântica
52%
28% 29% 30%37% 36%
Fonte: Elaborado por Chias Marketing
Castanha do Pará
Feira do Açaí - Belém do Pará
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo44 4544
Nesta seção apresenta-se uma síntese da visão que os diferentes segmentos do trade do Pará têm sobre o turismo no Estado e em seus polos regionais.
O objetivo desse processo de avaliação foi aferir a percepção que gestores públicos, empresários, profissionais e os representantes da sociedade civil têm do estágio de desenvolvimento, do potencial e dos impasses que o setor de turismo enfrenta no Pará; e, ao mesmo tempo, mapear sugestões para responder às oportu-nidades e deficiências apontadas.
Para facilitar a participação e a mobilização de todos os atores diretamente en-volvidos no turismo paraense, foram realizadas reuniões e entrevistas nos 21 muni-cípios turísticos dos seis polos. Em função das dimensões geográficas do Estado do Pará, das distâncias entre os municípios e das condições de deslocamentos, essas reuniões ocorreram em duas etapas, entre 12 e 30 de junho e entre 31 de julho e 13 de agosto, totalizando 33 dias de trabalho e mobilizando 1.497 participantes. As reu-niões e entrevistas seguiram a mesma dinâmica, a liderança técnica compartilhada entre um representante da Paratur, assessora especial da Presidência da Paratur e coordenadora do Plano Ver-o-Pará, e um representante da Chias Marketing, consul-tora máster designada para o projeto.
Os resultados foram tabulados e sistematizados neste relatório:
A opinião interna4
Fonte: Elaborado por Chias Marketing
O que falta ao produto turístico do Pará
Qualidade
Incentivos
Acesso
Investimentos
Mão de obra qualificada
Infraestrutura
Divulgaçãi/Marketing
Com que destinos compara o Pará
Destinos de praia
Não tem comparação
Bahia
Destinos em desenvolvimento
Maranhão
Amazonas
Fonte: Elaborado por Chias Marketing
Facilidades para a promoção e acomercialização do turista do Pará
Ambiente dos negócios
Amazônia
Gastronomia
Belezas naturais
Diversidade de atrativos
Sugestões para a gestão do turismo no Pará
Criar a Secretaria Estadual de Turismo
Melhorar os acessos
Efetivar o planejamento
Marketing
Infraestrutura
Sugestões de ações e programas para o turismo do Pará
Investimento
Planejamento
Marketing e promoção
Capacitação profissional
Sensibilização
Dificuldades para a promoção e acomercialização do turista do Pará
Competitividade (preço)
Mão de Obra
Informação
Infraestrutura
Falta de divulgação
Acesso
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo46 4746
Nesta seção apresenta-se o resultado da pesquisa qualitativa realizada junto ao turista atual do Pará. O objetivo desse processo foi conhecer o perfil do turista atual, compreender as motivações que o levaram a visitar o Pará, aferir a percepção que ele tem da qualidade dos serviços recebidos e conhecer a imagem e posiciona-mento atual do Pará no mercado consumidor. As entrevistas foram realizadas nas salas de embarque dos aeroportos, no momento da saída dos turistas do Estado, e no “check out” do meio de hospedagem. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 a 24 de julho de 2011, no período de alta temporada no Estado e foram entrevistados 800 turistas, entre turistas com origem no próprio Estado, no Brasil e nos mercados internacionais.
A opinião externa5
Perfil do turista atual
Gênero
Grau de instrução
Média de viagens de lazer realizadas nos últimos três anos
Média de viagens nacionais e internacionais por ano
Destinos brasileiros que mais gostou nos últimos 3 anos
Quantas vezes visitou o Pará
Pernoites que passou no Pará
Gasto médio total da viagem
Destinos que visitou no Pará
69% masculino31% feminino
52% educação superior30% educação básica18% educação pós-graduação
4,73 viagens
2,26 viagens
Fortaleza
Santarém /PA
Soure e Salvaterra /PA
Rio Grande do Norte
Recife
Bragança /PA
Belém /PA
São Paulo
Rio de janeiro
Manaus
4,5 vezes
7,8 noites
R$ 1.829
Santarém
Belém
Conceição do Araguaia
Marabá
Salinópolis
Mosqueiro
Altamira
Salvaterra
Soure
Itaituba
Fonte: Núcleo de Planejamento - Paratur
Açaí, comida típica
Pesca do pirarucu
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo48 4948
Análise comparativa de todas as opiniões levantadas durante a elaboração do Plano Ver-o-Pará: a opinião interna, ou seja a opinião dos gestores públicos e privados do turismo do Pará, o trade nacional, o trade internacional e o turista atual.
Os aspectos positivos do destino Pará, conforme a opinião de todos os públi-cos pesquisados:
Os aspectos negativos do destino Pará, conforme a opinião de todos os pú-blicos pesquisados:
Motivação e planejamento de viagem
Fonte: Núcleo de Planejamento - Paratur
Principal motivação para visitar o Pará Conhecer os atrativos naturais Negócios e trabalho Visitar parentes e amigos
Principal fonte de informação para escolher 64% recomendação de P/Ao Pará 20% internet 4% agência de viagem 12% outrosOrganização da viagem para o Pará 58% organização própria 29% agência de viagem 13% recomendação de P/A
Meio de transporte utilizado para viajar ao Pará 67% avião 52% carro próprio 5 ônibus 13 outros
Companhia de viagem ao Pará 41% só 30% familiares e amigos 16% amigos 8% cônjuge 5% outrosOnde se hospedou no Pará 59% hotel 29% casa de parentes e amigos 10% pousada 2% outros
Principais atividades de lazer realizadas durante Foi à praiaa estadia Fez compras Fez passeios de barco
Principais atividades de lazer realizadas durante Foi à praiaa estadia Fez compras Fez passeios de barco
Os aspectos mais positivos do destino Alter do Chão A cultura As belezas naturais
Os aspectos mais negativos do destino A infraestrutura O atendimento A devastação da floresta
A cor que melhor representa o Pará 50% verde 25% vermelho 11% amarelo
Símbolo que mais associa ao Pará Boto Castanheira Círio Igreja da se Índio Arara
O Para em relação a outros destinos 46% melhor e muito melhorda Amazônia 36,5% nem melhor nem pior 13,%% pior e muito pior
Intenção de voltar 95%
Recomendação a parentes e amigos 90%
Percepção x expectativas 68% melhor e muito melhor que as expectativas 36% nem melhor nem pior que as expectativas
Atrativos naturais 95% satisfação
Hospitalidade do povo 86% satisfação
Gastronomia 77% satisfação
Atrativos culturais 74% satisfação
Cultura viva 74% satisfação
Artesanato 65% satisfação
Restaurantes 57% satisfação
Imagem e posicionamento do Pará
Nível de satisfação e qualidade percebida
Avaliação geral da viagem
NaturezaCultura
PraiasEventos
Negócios
NaturezaCultura
SuperatrativosGastronomiaHospitalidade
GastronomiaBelezas naturais
Atrativos
(Ilha do Marajó)
Atrativos(Alter-do-Chão)
CulturaBelezas naturais
FlorestaHospitalidade
A opiniãointerna(316)
A opiniãodo Trade
internacional(74)
A opiniãodo Trade nacional
(59)
A opiniãodo turista atual
(800)
Infraestrutura
Falta incentivoA esportes
ProfissionalismoDevastação
Violência
Infraestrutura
AtendimentoDevastaçãoAeroportos
Poluição
AcessoInfraestrutura
EquipamentosPreços elevadosRisco à saúde
Falta dedivulgação
Infraestrutura
Preços elevados
A opiniãointerna(316)
A opiniãodo Trade
internacional(74)
A opiniãodo Trade nacional
(59)
A opiniãodo turista atual
(800)
NaturezaCultura
PraiasEventos
Negócios
NaturezaCultura
SuperatrativosGastronomiaHospitalidade
GastronomiaBelezas naturais
Atrativos
(Ilha do Marajó)
Atrativos(Alter-do-Chão)
CulturaBelezas naturais
FlorestaHospitalidade
A opiniãointerna(316)
A opiniãodo Trade
internacional(74)
A opiniãodo Trade nacional
(59)
A opiniãodo turista atual
(800)
Infraestrutura
Falta incentivoA esportes
ProfissionalismoDevastação
Violência
Infraestrutura
AtendimentoDevastaçãoAeroportos
Poluição
AcessoInfraestrutura
EquipamentosPreços elevadosRisco à saúde
Falta dedivulgação
Infraestrutura
Preços elevados
A opiniãointerna(316)
A opiniãodo Trade
internacional(74)
A opiniãodo Trade nacional
(59)
A opiniãodo turista atual
(800)
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo50 5150
Em 2011, o Governo do Estado definiu uma agenda mínima para o quadriênio 2011/2014. Nomeada Pacto pelo Pará, essa agenda estabelece os projetos e ações com os quais o Governo se compromete a realizar na atual gestão. Pela Secretaria Especial de Estado de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção, por meio da Paratur, o turismo foi contemplado com R$ 110 milhões que serão investi-dos nos projetos sinalizados neste capítulo.
Indiretamente, o setor de turismo se beneficiará com programas e projetos que constam do Pacto pelo Pará, são aproximadamente R$ 190 milhões de investi-mentos, que serão executados por outras áreas e Secretarias.
•Centro de Convenções de Marabá
•Centro de Convenções de Santarém
•Inventário Turístico do Pará
•Acessibilidade e logística de transporte para o Marajó
•Promoção e divulgação do Pará
•Plano Estadual de Qualificação no Turismo
•Programa Turismo Seguro
•Projeto Prodetur – Polos Belém, Marajó e Tapajós
A Politica Turística6
Projetos de responsabilidade diretada Paratur:
Bragança - Pará
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo52 5352
Projetos que beneficiaram o turismo de forma indireta:
•Parque Ambiental do Utinga e Apoio às manifestações culturais do Pará
Secretaria de Cultura
•Terruá Pará Secretaria de Comunicação
•Jogos Indígenas Secretaria de Esporte e Lazer
•Programa Municípios Verdes SEDIP
•Navega Pará PRODEPA/SECTI
Prodetur Pará – Polos Belém, Marajó e TapajósMP
PRODUTO TURÍSTICO
COMERCIALIZAÇÃO
FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
INFRAESTUTURA E SERVIÇOS BASICOS
GESTÃO AMBIENTAL
PROGRAMA
Melhoria e qualidade dos produtos e serviços turísticos
Observatório estratégico turístico do polo
Formatação de produtos turísticos
Mapeamento cultural e centros de referência
Revitalização do Sistema de Sinalização e Informação Turística
Conservação e recuperação dos atrativos turísticos
Melhoria dos Equipa-mentos de Apoio Turístico
Plano de Marketing
Estrutura de governança e gestão
Melhoria de abasteci-mento de água e esgotamento sanitário
Otimização e ordena-mento do lixo
Melhoria do sistema de iluminação pública
Melhoria da acessibili-dade hidroviária
Melhoria da acessibili-dade rodoviária
Implementação de gestão ambiental
AÇÕES
Criação de selos de qualidade para meios de hospedagem e segmento de A&B
Inventário da oferta turísticaPesquisa de mercado Pesquisa de demanda de qualificação
Formatação de novos produtos e roteiros turísticos
Mapeamento da cultura material e imaterial das comunidades tradicionais (indígenas e quilombo-las) Construção do Centro de Referência Cultural e de Artesanato
Implantação, adequação e revitalização da sinalização turística, em áreas de interesseConstrução do CIT e de educação ambiental em áreas de interesse
Revitalização e restauro de edificações de interesse turístico
Ordenamento e construção das orlas fluviaisImplantação de sistema de duchas e sanitários nas praias fluviais e integração com a rede coletora de esgoto
Elaboração do Plano de Marketing para os polosCampanhas publicitárias – criação de marcasProdução de material de divulgaçãoRealização de famtours e presstripsConstrução de sites promocionais dos polos
Fortalecimento institucional dos órgãos gestores de turismo. Fortalecimento institucional da UCP/Prodetur-PA
Abastecimento de água e esgotamento sanitário dos destinos e áreas de interesse turístico nos polos
Implantação de sistema de coleta de lixo, incluindo a distribuição de lixeiras.Implantação do sistema de coleta seletiva com centro de triagem e compostagem de lixo Implantação de aterros sanitários
Implantação do sistema de iluminação pública em trilhas ecológicas
Construção, reestruturação e ampliação de trapiches. Ampliação de terminais hidroviários de embarque e desembarque Reestruturação do sistema de transporte hidroviário do Marajó
Pavimentação das vias de acesso a atrativos turísticosReestruturação do sistema de transporte rodoviário do Marajó, com a construção da ponte sobre o rio Paracauri
Elaboração do EIA e RIMA no poloElaboração do Plano de Ecoturismo em áreas protegidas do poloElaboração do plano de gestão integrada dos resíduos sólidos no poloEstudo de avaliação ambiental estratégica Estudo de capacidade de carga
Museu de Arte Sacra
Fonte: Elaborado pela Chias Marketing a partir dos PDTIS dos Polos Belém, Tapajós e Marajó - Prodetur
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo54 5554
Neste capítulo estão sistematizadas as conclusões da Fase I, por meio de três instrumentos específicos:
•Análise F.O.F.A., que identifica as ameaças e as oportunidades, os pontos fortes e fracos do turismo no Estado do Pará;
•Os Gaps de gestão do turismo do Pará;•O estudo do Posicionamento Atual do Estado do Pará no mercado turístico;
Conclusões
Fonte: Elaborado pela Chias Marketing
As ameaçasCrescimento sem sustentabilidade
O crescimento dos outros estados e destinos da Amazônia Brasileira
O crescimento de Manaus
O crescimento dos concorrentes
A presença nos catálogos não garante a venda do destino
A captação desses turistas por parte dos demais estados da Amazônia Legal
A devastação dos recursos naturais e crescimento desorgani-zado
A falta de informação para a tomada de decisões e avaliação de resultados
Os fatosO aquecimento da demanda turística internacional após a crise de 2008 e demonstra capacidade para reagir rapidamente aos contextos de crise econômica
O Brasil recuperou o fluxo de turistas internacionais após a queda em 2008 e a receita vem crescendo proporcional-mente mais que o volume
O turismo doméstico no Brasil cresce em média 6% ao ano, em 2010 chegou a 186 milhões de viagens nacionais.
A Amazônia Legal capta apenas 5% do volume de viagens domésticas, o que representa 9,3 milhões de turistas.
O cenário país está marcado por crescimento econômico regionalizado e inclusivo, o que esta gerando um maior consumo geral e de viagens.
Segundo a pesquisa junto ao trade internacional, a Amazônia Brasileira ocupa 14% da presença nos catálogos dentro da oferta Brasil.
Dos 14% de presença nos catálogos do trade internacional, Manaus concentra 28% e Belém e Marajó juntos representam 19%
Para os 11 mercados internacionais pesquisados, o principal concorrente da Amazônia Brasileira são os países da Amazônia Internacional e Costa Rica.
Nos 11 mercados internacionais pesquisados, Belém está presente em nove e o Marajó em cinco.
O trade do mercado nacional tem oferta estruturada apenas para três destinos do Pará e 52% deles não apresentam roteiros ou pacotes específicos.
O Estado do Pará capta aproximada-mente 600 mil turistas nacionais ao ano, o que representa apenas 6% do movimento doméstico da Amazônia Legal.
O cenário econômico atual do Estado é marcado pelos investimentos de grandes empresas e a instalação de grandes projetos nas áreas de mineração e geração de energia
A informação sobre a evolução do volume e da receita gerada pelo turismo do Para é incompleta. O Indicador do Turismo do Pará utiliza como fonte os hóspedes nos hotéis, sendo que esta a amostra e parcial.
As oportunidadesCenário internacional é favorável para ofertas diferenciadas e mais exclusivas
O turismo internacional no Brasil e o perfil do turista internacional atual são um mercado potencial prioritário parao Pará
O turismo interno no Brasil constitui outro grande mercado potencial parao Pará
As viagens domésticas com destino à Amazônia legal são outro importante mercado potencial para o Pará
Captar uma porção desse novo segmento de consumidor brasileiro
A presença da Amazônia Brasileirana oferta do trade internacional pode crescer
Belém e os demais produtos do Pará têm muito espaço para crescer no mercado internacional
Em comparação aos concorrentes, a Amazônia Brasileira possui o maior apelo dentro do segmento de turismo de natureza
Ampliar a oferta do Pará nos mercados internacionais
Ampliar a oferta do Pará nos mercados nacionais
O destino ainda capta uma porção muito pequena do potencial da região
Crescimento do turismo de negócios
Desenvolver um novo sistema de informação e estatística
A análise F.O.F.A
Onça pintada
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo56 5756
Os pontos fracos
O gap ou diferença que existe entre a oferta e o produto existente
Apesar da quantidade, muitos atrativos apresentam caracterís-ticas semelhantes e 50% são recursos que ainda não estão acessíveis para uso turístico.
A falta de informação confiável sobre a oferta de leitos do destino e sobre as categorias e tipos de hospedagem
Imagem de oferta de baixa qualidade
Falta de credibilidade no destino
A estrutura e serviços não são compatíveis com as necessidades e expectativas do turista de lazer, em especial o público de natureza.
O contraste entre este destino e outros menos desenvolvidos do Estado
Os projetos fiquem na fase de planejamento
Situação inadequada dos serviços de transporte em termos de integração territorial, oferta de rotas e horários, tempo de deslocamento, qualidade, conforto e segurança
Os fatosO trade local apresenta oferta estruturada para 4 dos 6 polos turísticos, 2 polos concentram 70% das ofertas: Belém e Tapajós
A valoração turística aplicada aos atrativos determinou que dos 465 atrativos identificados, 28 produtos tem potencial de MOTIVADORES, 200 podem ser COMPLEMENTARES e, 237 baixo potencial ou não estão desenvolvidos ou estruturados adequadamente
Não existe um inventário sistematiza-do da oferta turística no polo Belém, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos, mas a cidade apresenta hoje uma oferta ampla de serviços e equipamentos.
Os demais polos têm inventário da oferta turística, mas a maioria dos empreendimentos tem problemas de qualidade nas instalações, nos serviços e o grau de informalidade é alto.
A rede de serviços nos polos de grande desenvolvimento econômico, em função da pressão da demanda, tem tarifas médias superiores às metrópoles brasileiras, especialmen-te os setores de hospedagem e restaurantes.
A oferta hoteleira do Pará está concentrada na área urbana, são empreendimentos com vocação para o atendimento do turista de negócios.
O polo Marajó começa a apresentar mudanças conceituais nos empreen-dimentos de hospedagem, baseada em instalações mais confortáveis e serviços mais qualificados, compatí-vel com as expectativas de turistas mais experientes.
A política turística do governo estadual está em concordância com as necessidades apontadas como pontos fracos pelos diferentes públicos pesquisados e com os segmentos de turismo a desenvolver
O Pará dispõe da melhor malha aeroviária da região Norte com 7 aeroportos, que conectam o Estado com todo o Brasil e o mercado internacional; mas a oferta de voos é limitada e as tarifas elevadas
No Pará o rio Amazonas e a principal via do transporte fluvial, com navios regulares entre Belém e Manaus; e o transporte fluvial é considerado o mais eficiente em termos ambientais e de custos; mas apresenta atraso em termos de tecnologia, conforto e
Os pontos fortes
Utilizar essa oferta para construir a imagem do destino
Existe uma oferta atual estruturada para motivar a viagem ao Pará e existe um grande potencial para desenvolvimento
Existe uma oferta hoteleira, de restaurantes e demais serviços para receber o turista dos mercados nacional e internacional.
Existe informação quantitativa para desenvolver soluções aos problemas de qualidade e informalidade
Existe uma forte demanda de serviços hoteleiros para turistas de negócios
As melhorias aplicadas podem gerar interesse de melhorias de qualidade nos outros destinos e contribuir a imagem global do destino
Existe compreensão dos problemas atuais pelos responsáveis do governo estadual e o compromisso para encaminhar soluções
A existência de uma rede de transporte com capacidade para garantir o acesso do turista
OS PONTOS FORTES
Fonte: Elaborado pela Chias Marketing
segurança nas viagens; e falta informação objetiva e integrada sobre os serviços e rotas existentes.
O transporte rodoviário é incipiente no Pará, o alto índice pluviométrico da Amazônia compromete a conservação das rodovias,mas a rede atual garante a ligação de boa parte do território, principalmente entre a capital e a costa atlântica
As marcas turísticas desenvolvidas não estão sendo utilizadas na promoção; as marcas de governo têm lugar de destaque tanto nos materiais impressos quanto digitais.
Falta integração aos materiais de promoção, do ponto de vista gráfico e das mensagens.
Observa-se uma atividade promocional intensa nos mercados, mas sem definição de prioridades
A diversificação de mercados não permitiu a definição de uma estratégia de promoção diferenciada por mercado
Para os três públicos pesquisados os pontos fortes do Pará são a NATUREZA e a CULTURA
O trade internacional vê na GASTRO-NOMIA outro ponto forte
A HOSPITALIDADE é também um ponto forte para quem já visitou o Pará e para o trade internacional
O ambiente para EVENTOS é uma potencialidade para os empresários do setor
Para os três públicos pesquisados, a INFRAESTRUTURA é o principal ponto fraco, seguido pelos equipamentos, os serviços e o atendimento pouco profissional.
Para quem já conhece o Pará a DEVASTAÇÃO aparece como um ponto fraco
No imaginário do trade internacional que não conhece o RISCO A SAÚDE é um ponto fraco
No trade internacional existe a percepção de DESTINO COM PREÇOS ELEVADOS
Não existe uma imagem turística definida nos públicos alvo, o quegera a oportunidade de criar um impacto nos mercados por meio da nova identidade e sistema de comunicação.
O destino possui os recursos para captação de turistas tanto dos mercados regionais, nacionais e internacionais.
Dispor de informação sobre os aspectos fracos ou com problemas para direcionar as soluções
Os pontos fracos
Falta de uma identida-de turística do destino e falta uma estratégia de comunicação integrada
Os recursos, hoje, não estão acompanhados pelos equipamentos, serviços e infraestrutu-ras necessários para atender as demandas dos mercados.
Os pontos fracos estão constituídos por aspectos de muita relevância e que precisam de grandes investimentos para serem resolvidos
Os fatos Os pontos fortes
A análise F.O.F.A A análise F.O.F.A
Os pontos fracos
O gap ou diferença que existe entre a oferta e o produto existente
Apesar da quantidade, muitos atrativos apresentam caracterís-ticas semelhantes e 50% são recursos que ainda não estão acessíveis para uso turístico.
A falta de informação confiável sobre a oferta de leitos do destino e sobre as categorias e tipos de hospedagem
Imagem de oferta de baixa qualidade
Falta de credibilidade no destino
A estrutura e serviços não são compatíveis com as necessidades e expectativas do turista de lazer, em especial o público de natureza.
O contraste entre este destino e outros menos desenvolvidos do Estado
Os projetos fiquem na fase de planejamento
Situação inadequada dos serviços de transporte em termos de integração territorial, oferta de rotas e horários, tempo de deslocamento, qualidade, conforto e segurança
Os fatosO trade local apresenta oferta estruturada para 4 dos 6 polos turísticos, 2 polos concentram 70% das ofertas: Belém e Tapajós
A valoração turística aplicada aos atrativos determinou que dos 465 atrativos identificados, 28 produtos tem potencial de MOTIVADORES, 200 podem ser COMPLEMENTARES e, 237 baixo potencial ou não estão desenvolvidos ou estruturados adequadamente
Não existe um inventário sistematiza-do da oferta turística no polo Belém, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos, mas a cidade apresenta hoje uma oferta ampla de serviços e equipamentos.
Os demais polos têm inventário da oferta turística, mas a maioria dos empreendimentos tem problemas de qualidade nas instalações, nos serviços e o grau de informalidade é alto.
A rede de serviços nos polos de grande desenvolvimento econômico, em função da pressão da demanda, tem tarifas médias superiores às metrópoles brasileiras, especialmen-te os setores de hospedagem e restaurantes.
A oferta hoteleira do Pará está concentrada na área urbana, são empreendimentos com vocação para o atendimento do turista de negócios.
O polo Marajó começa a apresentar mudanças conceituais nos empreen-dimentos de hospedagem, baseada em instalações mais confortáveis e serviços mais qualificados, compatí-vel com as expectativas de turistas mais experientes.
A política turística do governo estadual está em concordância com as necessidades apontadas como pontos fracos pelos diferentes públicos pesquisados e com os segmentos de turismo a desenvolver
O Pará dispõe da melhor malha aeroviária da região Norte com 7 aeroportos, que conectam o Estado com todo o Brasil e o mercado internacional; mas a oferta de voos é limitada e as tarifas elevadas
No Pará o rio Amazonas e a principal via do transporte fluvial, com navios regulares entre Belém e Manaus; e o transporte fluvial é considerado o mais eficiente em termos ambientais e de custos; mas apresenta atraso em termos de tecnologia, conforto e
Os pontos fortes
Utilizar essa oferta para construir a imagem do destino
Existe uma oferta atual estruturada para motivar a viagem ao Pará e existe um grande potencial para desenvolvimento
Existe uma oferta hoteleira, de restaurantes e demais serviços para receber o turista dos mercados nacional e internacional.
Existe informação quantitativa para desenvolver soluções aos problemas de qualidade e informalidade
Existe uma forte demanda de serviços hoteleiros para turistas de negócios
As melhorias aplicadas podem gerar interesse de melhorias de qualidade nos outros destinos e contribuir a imagem global do destino
Existe compreensão dos problemas atuais pelos responsáveis do governo estadual e o compromisso para encaminhar soluções
A existência de uma rede de transporte com capacidade para garantir o acesso do turista
OS PONTOS FORTES
Fonte: Elaborado pela Chias Marketing
segurança nas viagens; e falta informação objetiva e integrada sobre os serviços e rotas existentes.
O transporte rodoviário é incipiente no Pará, o alto índice pluviométrico da Amazônia compromete a conservação das rodovias,mas a rede atual garante a ligação de boa parte do território, principalmente entre a capital e a costa atlântica
As marcas turísticas desenvolvidas não estão sendo utilizadas na promoção; as marcas de governo têm lugar de destaque tanto nos materiais impressos quanto digitais.
Falta integração aos materiais de promoção, do ponto de vista gráfico e das mensagens.
Observa-se uma atividade promocional intensa nos mercados, mas sem definição de prioridades
A diversificação de mercados não permitiu a definição de uma estratégia de promoção diferenciada por mercado
Para os três públicos pesquisados os pontos fortes do Pará são a NATUREZA e a CULTURA
O trade internacional vê na GASTRO-NOMIA outro ponto forte
A HOSPITALIDADE é também um ponto forte para quem já visitou o Pará e para o trade internacional
O ambiente para EVENTOS é uma potencialidade para os empresários do setor
Para os três públicos pesquisados, a INFRAESTRUTURA é o principal ponto fraco, seguido pelos equipamentos, os serviços e o atendimento pouco profissional.
Para quem já conhece o Pará a DEVASTAÇÃO aparece como um ponto fraco
No imaginário do trade internacional que não conhece o RISCO A SAÚDE é um ponto fraco
No trade internacional existe a percepção de DESTINO COM PREÇOS ELEVADOS
Não existe uma imagem turística definida nos públicos alvo, o quegera a oportunidade de criar um impacto nos mercados por meio da nova identidade e sistema de comunicação.
O destino possui os recursos para captação de turistas tanto dos mercados regionais, nacionais e internacionais.
Dispor de informação sobre os aspectos fracos ou com problemas para direcionar as soluções
Os pontos fracos
Falta de uma identida-de turística do destino e falta uma estratégia de comunicação integrada
Os recursos, hoje, não estão acompanhados pelos equipamentos, serviços e infraestrutu-ras necessários para atender as demandas dos mercados.
Os pontos fracos estão constituídos por aspectos de muita relevância e que precisam de grandes investimentos para serem resolvidos
Os fatos Os pontos fortes
A análise F.O.F.A A análise F.O.F.A
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo58 5958
Gap é um termo em inglês que significa intervalo, lacuna ou distanciamento e que na metodologia adotada neste planejamento, permite mostrar os desajustes existentes entre os recursos turísticos do Pará e aquilo que efetivamente é comer-cializado pelo mercado.
No entanto, dos 228 produtos, apenas 5 são ofertados pelos canais de distri-buição, ou seja, pouco mais de 2% são efetivamente promovidos e comercia-lizados.
Para estabelecer o posicionamento atual foi utilizada a metodologia desenvol-vida pelo Dr. Josep Chias que seleciona quatro fatores correspondentes a dois eixos, “Natureza versus Cultura” e “Estímulos versus Sensações”, e um terceiro relaciona-do com a valorização da qualidade/preço da oferta.
No extremo do eixo Natureza encontram-se elementos gerais, como a paisa-gem, ou mais específicos, como são as florestas e as praias, sem dúvida um dos recursos com maior força de atração.
Na outra extremidade do eixo estão aqueles elementos que caracterizam a oferta cultural de um destino, como seu patrimônio histórico, as atividades culturais e a gastronomia. Para os turistas culturais, por exemplo, a gastronomia reflete um dos elementos mais significativos de um lugar, tanto pelo que tem de cozinha própria como pelo que o ato de comer supõe de cerimonial.
O posicionamento atual do destino Pará
O segundo eixo nos leva mais às vivências que o próprio turista experimenta durante a viagem e que podem ser diferenciadas entre sensações e estímulos. Neste sentido, entende-se por sensações aquelas que são consequência do lugar e de sua gente. A desconexão como motivação-chave do lazer, a hospitalidade percebida na acolhida das pessoas e o sorriso como expressão da felicidade consigo mesmo, foram os três elementos considerados no Pará.
No outro extremo do eixo situa-se aqueles fatores relacionados com a oferta criada pelo homem, como são os espetáculos, os eventos culturais, as manifesta-ções populares ou as compras. Entre ambos, o modo de vida que diferencia o lugar.
O terceiro eixo relaciona-se com um fator que pode ser medido a posteriori, denominado confiabilidade, uma medida mista de segurança, não só cidadã, mas também de que se cumpre o que foi prometido ou, de relação custo/benefício.
Assim, o posicionamento atual do Pará em termos competitivos, conforme a opinião do turista atual e do trade atual e potencial é:
Os Gaps da gestão do turismo do Pará
19%
6%
24%
51%40%
5%
7%
9%
22%
13%
2%2%
GAP DE
PROMOÇÃO
O que temos228 produtos estruturados
O que é ofertado5 produtos comercializados
Observação de PlantasObservação de pássaros
Hospitalidade
Desconexão
GastronomiaPatrimônio Histórico
Educacional
Religiosidade
ArtesanatoFestas Populares
Música
Congressos e eventosPesca
Aventura
Volta a naturezaModo de vida
amazônico
Pará
MANAUS
Cultura
Sensações
Estímulos
Natureza
+ Confiabilidade
- Confiabilidade
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo60 6160
FASE II
Por do sol - Vila da Barca - Belém
O planejamentoestratégico
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo62 6362
“Uma estratégia é a formulação antecipada de uma via de condução das ações para alcançar alguns objetivos”.
Neste caso, no Plano Ver-o-Pará, buscou-se estabelecer uma estratégia como a decisão do caminho para conseguir um objetivo futuro; objetivo esse que tem de ser alcançável, mas que é também quase um desafio para todos, ou seja, deve ser uma utopia possível.
Decorrente das conclusões foram traçadas as linhas de atuação mercadoló-gica do Estado do Pará e foram definidos elementos como a visão de futuro para o turismo do Estado e a estratégia de comunicação a ser implantada.
Visão 2020: Pará, destino líder da Amazônia...pelo uso sustentável dos recursos naturais;...pela valorização da cultura local;...pela preservação da autenticidade;com uma identidade turística própria;
com uma oferta cultural que surpreende pela originalidade;com uma arquitetura em harmonia com o meio ambientecom padrão internacional de serviços turísticos;
para viver uma experiência turística amazônica com conforto e segurança.
Esta pergunta abrange as decisões mais importantes sobre o futuro que se deseja consolidar para o turismo no Estado, assim como a direção que deve ser se-guida para viabilizá-las. Sua definição seguiu o processo metodológico, onde todas as decisões se inter-relacionam formando um conjunto estratégico para o turismo, construído sob a perspectiva de longo prazo, sendo o ano de 2020 o horizonte tem-poral e que, a partir de agora, deverá alinhar toda a atuação pública e privada, tanto no âmbito do desenvolvimento, como no do marketing turístico.
Conforme expressado nas conclusões, o Pará, como destino turístico, tem hoje um posicionamento associado a produtos de natureza, mas é percebido pelos diferentes públicos pesquisados, tanto profissionais quanto consumidores, como um destino de baixa credibilidade ou confiabilidade. Essa baixa credibilidade está associada à falta de estrutura, baixa qualidade de serviços e altos preços.
Refere-se menos às questões de segurança física ou de saúde, apesar desses dois quesitos estarem presentes na percepção de risco por parte do mercado inter-nacional. Portanto, e considerando que o desafio é ser o Destino Líder da Amazônia em 2020, conforme expressado na visão, o trabalho deverá concentrar-se nas ações que permitam, no futuro, ser percebido como um destino com credibilidade, man-tendo o perfil de destino de natureza, mas incorporando os valores da cultura local, não percebidos até hoje pelo mercado, e gerando produtos para que o turista possa vivenciar sensações próprias do modo de vida amazônico.
O posicionamento é uma estratégia de marketing e não apenas de comunicação, pois seu valor é de formulação da imagem comparativa e, portanto, competitiva da oferta ao mercado. Expressa algo diferente do posicionamento e da realidade atual, já que no pla-no de desenvolvimento são formulados novos produtos e melhorias dos existentes, para, de fato, mudar o lugar em que está situado o Pará hoje no cenário do turismo mundial.
Sua concretização deve ser o resultado dos processos de desenvolvimento e marketing turístico que irão ser implantados, a tradução da experiência que os turistas e profissionais do setor terão da viagem e da estadia no Estado, independentemente do destino visitado, e também as expectativas dos turistas potenciais, que ainda não visitaram o Estado, esperam encontrar.
O que queremos ser como destinoturístico no futuro?
Qual é o posicionamento que queremos conseguir no mercado turístico mundial?
Observação de Plantas
Observação de pássaros
Hospitalidade
Desconexão
Gastronomia
Patrimônio Histórico
Educacional
Religiosidade
Artesanato
Festas Populares
Música
Congressos e eventosPesca
Aventura
Volta a naturezaModo de vida amazônico
ParáMANAUS
CULTURA
SENSAÇÕES
ESTÍMULOS
NATUREZA
+ Confiabilidade
- Confiabilidade
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo64 6564
As metas 2020As metas, evidentemente quantitativas, concretizam uma série de indicadores
do volume turístico, como o número e tipo de visitantes, a duração de cada perma-nência e o gasto por pessoa-dia, tipo de viagem, o que levará à determinação da arrecadação desejada, investimentos, empregos gerados, de forma a permitir que a atividade possa ser medida.
Assim, a aposta quantitativa para o destino Pará é:
• No mercado nacional, triplicar o número de turistas brasileiros no Pará.
• No mercado internacional, ampliar a participação do volume e da receita gerada pelo turismo internacional para 15% sobre o volume e a receita global do turismo do Estado.
São os aspectos que caracterizam a estratégia e para os quais será preciso dar ênfase especial em todas as ações do plano. Dentre muitos, um é fundamental pelo que supõe de definição estratégica e que será difícil mudar: a aposta pelo volume turístico desejado, que não seja massificado, que seja limitado. A definição dos objetivos contou com a participação do setor turístico, que foi mobilizado em todo o processo de traba-lho, e se fundamentou no conjunto dos estudos sobre os recursos, das análises sobre a competitividade e das tendências do mercado turístico:
•Melhorar a oferta atual dos equipamentos e serviços para o turista atual de negócios, para atender às demandas deste segmento em expansão no Estado do Pará, e promover o consumo turístico de lazer pré e pós negócio;
•Fomentar o desenvolvimento sustentável de novas estruturas e equipamen-tos turísticos orientando os investidores sobre o perfil desejado dos mesmos, coerente com a Visão 2020;
•Fomentar o desenvolvimento de oferta complementar, principalmente ligada à gastronomia típica e ao artesanato local, mantendo os valores de autenti-cidade e originalidade que os caracterizam;
•Aumentar a promoção no mercado nacional, focando os investimentos nos mercados e segmentos selecionados como adequados para o produto Pará;
•Aumentar a promoção nos mercados internacionais que já vendem Brasil, com vista aos megaeventos que o Brasil sediará em 2014 e 2016;
•Aumentar a presença do produto Pará na oferta do trade internacional que já vende Amazônia Brasileira;
•Captar novos mercados internacionais com interesse potencial na Amazônia;
•Desenhar um novo sistema de informação estatística capaz de medir, de forma homogênea ao longo do tempo, a evolução do turismo no Pará.
Os objetivos 2020 Metas de crescimento do volume de turistas
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
500.000
-2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: Elaborado por Chias Marketing
TURISTAS NACIONAIS TURISTAS INTERNACIONAIS
Estação das Docas - Belém
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo66 6766
De acordo com as informações sobre o mercado atual e potencial levantadas na análise da situação atual, foram selecionados os mercados geográficos que de-vem ser alvo das ações de marketing do destino Pará. Para a seleção e o agrupamen-to dos mercados foi considerada uma combinação de elementos chaves, tais como: proximidade, acessibilidade, perfil da população, motivação e interesse potencial na Amazônia Brasileira.
“Na definição, criação, desenho e implantação da identidade turística estão a chave do êxito da implantação da estratégia de marketing”
A criação da nova marca turística foi um processo desenvolvido a partir de um briefing gerado pela equipe da Consultoria, resultado do trabalho das fases I e II, que define o conceito que a marca deve transmitir:
A COR DO AÇAÍ, um dos principais símbolos que as pesquisas apontaram como elemento de associação ao Pará,+OS GRAFISMOS DA CULTURA MA-RAJOARA, TAPAJÔNICA E POVOS INDÍGENAS DO XINGU, representando a história do Pará, que poucas pessoas conhecem, e valorizando a cultura local+A NATUREZA AMAZÔNICA, principal recurso do destino, fator fundamental de atratividade e elemento de grande apelo internacional.
Assim, como resultado do processo de trabalho de desenho gráfico desen-volvido pela agência de publicidade, resultou a nova marca turística do Pará, com a mensagem permanente incorporada como elemento integrante da marca:
A seleção de mercados
A identidade turística
A partir da valoração técnica dos recursos e produtos realizada na fase I des-te plano, que diferenciou os atrativos que necessitam ser desenvolvidos para que venham a ser promovidos nos mercados e quais já estão prontos para a promoção, foi definida a seleção de produtos. A relação direta entre os produtos e recursos identificados e as tipologias de demanda que deverão ser captadas para o Estado, originou a seguinte seleção de segmentos, que servirá como base para o desenho detalhado dos produtos para a promoção e para definição das necessidades de desenvolvimento, dentro de cada segmento.
A estruturação de produtos
Mer
cado
Nac
iona
l
Mer
cado
Inte
rnac
iona
l
Estado do Pará
Estados vizinhos
Região SudesteSão PauloCampinas
São José do Rio PretoRibeirão Preto
SantosBelo HorizonteRio de Janeiro
Região Centro-Oeste:Brasília
Região Sul:Curitiba
Porto Alegre
Portugal
França
Inglaterra
Alemanha
Países escandinavosOslo
EstocolmoCopenhagen
América do Norte:New York / Los Angeles
Maiami
América do Sul:Bs Aires/Santiago/Guianas/Suriname
Grade de Produtos
Turismo na natureza
Aventura Cultura viva Esportes náuticos Congressos Compras e serviços
Cruzeiros Fluviais Festas populares Lazer Cruzeiros Fluviais Entretenimento urbano
Pesca Esportiva Religiosidade
Turismo rural Turismo étnico
Eventos culturais
Ecoturismo Gastronomia Ilhas Incentivos
Lazer e natureza Patrimônio histórico Reuniões
Turismo Cultural Sol e praia Turismo de Eventos
Turismo de Negócios
Castanha do Pará
Caldeirada de peixe
Açaí com peixe frito
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo68 6968
A marca turística expressa a identidade e se transforma no elemento central da lembrança mental no mercado, chegando a ser o ativo intangível mais importan-te do turismo do Estado.Tornar a marca do Pará duradoura, reconhecida e fortalecer cada vez mais seu valor intangível no cenário nacional e internacional, para que o turismo e a marca turística se firmem como estandartes da imagem do Estado.
Cerâmica marajoara
Mururé, planta aquática da Amazônia
A nova marcaturística do Pará
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo70 7170
Outro elemento que foi trabalhado para a construção da identidade turística é o que se denomina de decálogo, uma síntese dos valores de base da argumentação para fazer com que o turista potencial decida visitar o território que será promovido. Os argumentos que expressam não só o que se é, mas o diferencial dessa identida-de. Uma argumentação detalhada que descreve as características e diferenças da oferta turística geral do Estado do Pará.
No Pará encontram-se os mais antigos registros da presença do ho-mem na Amazônia Brasileira.
Os marajoaras e os tapajônicos foram povos de expressiva criativida-de e sofisticada linguagem artística, a cerâmica é o legado que resistiu ao tempo e às condições ambientais da região.
As primeiras cidades da Amazônia Brasileira foram fundadas no Pará no começo do século XVII. Conjuntos arquitetônicos originais e enriquecidos pela economia da borracha revelam o processo de ocupação do território e as soluções de adaptação ao contexto da floresta tropical.
Originalidade
Os valores do destino Pará
O novo decálogo turístico do Pará Cerâmica marajoara e tapajônica
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo72 7372
Festas populares seculares como o Círio de Nazaré e a Marujada mes-clam fé, religiosidade e rituais profanos.
Carimbó, xote bragantino, siriá e o lundu marajoara são alguns dos ritmos tradicionais autênticos presentes no cotidiano da população e que se configuram como uma das mais puras formas de expressão da cultura paraense.
A gastronomia de sabores únicos revela as influências da formação cultural paraense e os ingredientes naturais da Amazônia, presentes nos sorvetes de frutas regionais, no açaí, nos pratos típicos...
A produção artesanal faz o resgate da plasticidade das civilizações originais e a valorização das matérias primas da floresta como fibras, se-mentes e minerais.
Autenticidade
Círio de Nazaré - Belém Marujada - Bragança - Pará
Carimbó - Marajó - Pará
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo74 7574
O paraense é criativo e inovador.
Saberes e fazeres tradicionais convivem com a cultura erudita e inspi-ram novas formas de organização e distribuição da produção cultural. Hoje o brega paraense é um ritmo popular e uma referência para a cadeia produ-tiva da música na era da informação.
O manejo dos recursos naturais e o conhecimento empírico da floresta estimulam a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. No Pará, encontram-se algumas das instituições de referência no setor, como o Museu Paraense Emílio Goeldi, o Instituto Evandro Chagas e a Embrapa da Amazônia Oriental.
CriatividadeBrega - dança do Pará
Artesanato em mirití
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo76 7776
Portão de entrada da maior floresta tropical do planeta, o Pará é um ce-leiro da biodiversidade amazônica, que concentra paisagens e cenários úni-cos, como as águas azuis do rio Tapajós em seu encontro com o Amazonas; Marajó, maior ilha fluviomarinha do mundo e suas planícies inundáveis; a pororoca...E condições excepcionais para a prática de atividades turísticas na natureza.
A pluralidade cultural é característica determinante do processo de formação histórica do Pará, influências de inúmeras etnias e tradições que se revelam em seus conjuntos arquitetônicos, em ricas manifestações cul-turais, na religiosidade, na gastronomia, nos saberes e fazeres, no modo de vida, na maneira como as populações tradicionais se relacionam com a floresta e seus recursos.
Diversidade
Revoada de guarás Canoa com ribeirinho
Papagaios - Amazônia
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo78 7978
Mais da metade do território paraense é área protegida, são 684 mil km2 distribuídos em 64 unidades de conservação (UC) públicas e 43 terras indígenas demarcadas.
O Pará concentra iniciativas dedicadas ao conhecimento sobre o po-tencial da biodiversidade e o manejo sustentável dos recursos da Amazônia.
O Estado lidera o programa “Municípios Verdes” voltado para a recu-peração de áreas devastadas e com foco no manejo sustentável da Floresta.
Sustentabilidade
Rio da Amazônia
Menino com Tucunaré
Hangar Centro de Convenções
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo80 8180
FASE IIICarimbó - Belém - Pará
Planooperacional
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo82 8382
Terminada a formulação da estratégia, a parte intangível do plano e o elemen-to definidor do caminho a seguir para a conquista das metas, foram elaborados os Planos Operacionais, que concretizam a estratégia e tem dois conteúdos diferentes, mas complementares:
O Plano Operacional de Desenvolvimento do Plano Ver-o-Pará é constituído por três Macroprogramas:
•M1 Macroprograma de Estruturação de produtos•M2 Macroprograma de Qualidade•M3 Macroprograma de Competitividade
A estratégia de desenvolvimento do turismo paraense estabelece sinergia com a gestão estratégica do Governo do Estado e propõe sua integração às iniciativas e processos em curso de outras áreas e atividades, otimizando esforços e investimen-tos, de forma a ampliar as possibilidades dos municípios e regiões turísticas. Desta forma o processo de desenvolvimento do turismo no Pará terá como princípios a sus-tentabilidade, com atenção especial ao controle de impactos negativos da atividade, o fortalecimento do desenvolvimento socioeconômico e a proteção do patrimônio natural e cultural.
•O Plano Operacional de Desenvolvimento•O Plano Operacional de Marketing O Plano Operacional de Desenvolvimento define a sustentabilidade como
eixo sistêmico, a qualidade e a competitividade como vértices estruturantes para os macroprogramas, programas e projetos, com o objetivo de garantir o ambiente favorável para os negócios, promover a inclusão através da redução da pobreza e desigualdade social, fazer o melhor aproveitamento dos recursos naturais e culturais sem comprometer sua viabilidade no tempo, estimular a capacidade de produção e de inovação no âmbito do setor de turismo.
O Plano Operacional de Marketing apresenta as ações de promoção, tanto em sua vertente de comunicação aos públicos como na de comercialização do pro-duto turístico junto ao trade turístico, chegando também a definir projetos de sen-sibilização do setor privado.Paralelamente propõe a implantação de um sistema de monitoria, informação e controle de marketing que permitirá a revisão e atualização permanente do Plano Operacional, bem como sua renovação a cada três anos em função dos resultados alcançados.
Plano Operacional de Desenvolvimento
P1. Estruturação de produtos turísticos pré e pós-negócios
P2. Estruturação de produtos para turismo de “quase negócios”
P3. Amazônia paraense: singularidade e diversidade na natureza
P4. Rios do Pará: caminhos, praias fluviais e experiências amazônicas
P5. Comunidades tradicio- nais: autenticidade nos fazeres e saberes
P6. Patrimônios do Pará – 400 anos da Amazônia Brasileira
P7. Produtos originais do Pará
P8. Escola de Gastronomia da Amazônia
P9. Centros de Referência dos polos Marajó, Tapajós e Belém
P10. Parque Ambiental do Utinga
A1. Programação cultural e de lazerA2. Atividades no entorno das cidades
A3. Compras e ServiçosA4. Atividades de lazer A5. Bureau de captação de EventosA6. Roteiros de incentivo
A7. UCs: Aventura, ecoturismo e escolas na naturezaA8. A produção e o manejo sustentável da Floresta
A9. Cruzeiros fluviais: lazer e eventos A10. Sítios pesqueiros A11. Torneios de pescaA12. Vivências em comunidades ribeirinhasA13. Praias de rio, uma experiência amazônicaA14. Festas populares e o folclore
A15. Saberes, fazeres e a conservação da floresta
A16. Belém – Capital da AmazôniaA17. Rotas históricas no Pará A18. Landi, a Amazônia neoclássicaA19. Festas e tradições da cultura viva: mapeamento e
incentivoA20. Selo da marca Pará, a obra prima da AmazôniaA21. Produtos sustentáveis da FlorestaA22. A cerâmica utilitária – novos produtosA23. Linha de produtos Ver-o-PesoA24. Do Pará para o mundo: sabores da culinária A25. Formação de chefs A26. Polos regionais de gastronomiaA27. Núcleos de informação turísticaA28. Exposição e comercialização da produção associada A29. Eventos e apresentações culturais
A30. Estruturas receptivas, conteúdo e atividades turísticas
Programa de estruturação de produtos Turísticos Cronograma
Projetos Ações 2012 2013 2014
P11. Revitalização do patrimônio histórico- cultural das cidades turísticas
P12. Aventura Segura
P13. Qualificação dos produtos e roteiros atuais
A31. Escritório de projetos
A32. Estratégias e parcerias para captação de recursos e liberação do PAC das Cidades Históricos
A33. Qualificação e certificação dos produtos de aventuraA34. Inventário da oferta turística A35. Banco de dados da oferta turística
A36. Avaliação técnica de roteiros e produtos – reestruturação e qualificação
Programa de melhoria dos produtos Turísticos Cronograma
Projetos Ações 2012 2013 2014
Programa Serviços e Equipamentos Turísticos Cronograma
Projetos Ações 2012 2013 2014
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P14. Meios de hospedagem
P15. Alimentos & Bebidas
P16. Empresas de receptivo
P17. Transporte fluvial
P18. Centros de Convenções de Marabá e Santarém
P19. Estruturas receptivas nas comunidades
A37. Selo de qualidadeA38. Mapa de oportunidades de investimentoA39. Construção e retrofitA40. Hotéis de natureza (identidade, autenticidade e
sustentabilidade)A41. Experiências e referências da hotelaria no mundoA42. Selo de qualidadeA43. Cozinhas do ParáA44. Boas práticas no setor de A&BA45. Selo de qualidadeA46. Especialização e qualidade no receptivoA47. Receptivo PA: ampliando a estrutura dos serviçosA48. Selo de qualidadeA49. Barco legal (formalização, normas de segurança
para o transporte turístico)A50. Conforto e segurança nos rios do Pará (renovação
da frota)A51. Inovação e tecnologia em navegação fluvial
(atualização dos modelos e adequação tecnológica)A52. Elaboração do projetoA53. ConstruçãoA54. Implantação do modelo de gestãoA55. Cama & CaféA56. Restaurantes domiciliaresA57. Receptivo comunitário
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo84 8584
Programa Turismo Verde CronogramaProjetos Ações 2012 2013 2014
A109. Fomento a grupos de cultura popular e realização de eventos
A110. Implantação de pontos de cultura em municípios com reconhecida tradição de cultura popular
A111. Elaboração e administração do mapa de oportunidades de investimento
A112. Elaboração de projetos de inovação de produtos e serviços
A113. Rede da gestão pública de turismoA114. Sites de turismo dos municípiosA115. Sites dos empreendimentos turísticos
P39. Municípios Verdes do Turismo
P40. Educação ambiental
P41. Educação patrimonial
P42. Sangue cor de açaí
P43. Turista “Verde”
P44. Empreendedorismo e inclusão social
P45. Turismo Seguro
A116. Adequação das estratégicas do programa para os municípios turísticos: recuperação do ambiente urbano, sustentabilidade dos negócios do setor
A117.Conhecendo a Amazônia paraenseA118. Elaboração de projetos pedagógicos com
as escolas públicas com conteúdo de turismo e natureza
A119.Conhecendo a cultura viva do ParáA120. Projetos pedagógicos com as escolas
públicas com conteúdo sobre o patrimônio cultural paraense.
A121. Campanha orgulho paraense: valores e a identidade cultural do Estado.
A122. Campanhas de conscientização dos turistas: práticas sustentáveis na relação com a natureza e as comunidades anfitriãs
A123. Comunidades nos negócios do turismo: EI e de microempresas
A124. Melhorar a segurança pública nas áreas de interesse circulação de turistas
P34.Fortalecimento da gestão pública
P35.Gestão empresarial (equipamentos e serviços)
P36.Gestão integrada turismo e patrimônios do Pará (natureza e cultura)
P37.Escritório de Projetos
P38.Navega Pará
A99. Reestruturação da gestão estadual de turismo
A100. Sistema de classificação dos municípios turísticos
A101. Ordenamento dos polos turísticos de desenvolvimento – segmentação
A102. Formação de gestores públicosA103. Aquisição de equipamentos para os
órgãos municipais de turismoA104. Sistemas de gestão dos negócios de
turismoA105. Turismo PA:casos de sucessoA106. Elaboração de planos de manejo e
estudos de capacidade de carga para UCs de interesse turístico
A107. Elaboração de EIA e RIMA para os municípios turísticos
A108. Elaboração de planos de desenvolvimento de atividades turísticas em áreas protegidas e UCs
Programa de Gestão CronogramaProjetos Ações 2012 2013 2014
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Programa de Infraestrutura Turística - Sinalização e Informação CronogramaProjetos Ações 2012 2013 2014
P22.
P23. Qualificação empresarial
P24.
P25. Melhoria do sistema de abastecimento de água
P26. Implantação de sistemas de esgotamento sanitário
P27. Destinação e manejo dos resíduos sólidos
P28. Urbanização das orlas
A63.A64. Conhecendo o ParáA65. Formação presencial e à distância
A66. Conteúdos técnicos da qualificação e os materiais
A67. Cursos presenciais e à distância
A68. Viagens de benchmarking
A69. Formação de profissionais para o atendimento ao turista
A70. Negócios e empreendimentos da comunidade
Programa casa do Turismo: Centro de qualificação profissional do Turismo Cronograma
P29. A85. Controle da poluição visual
A71. Troca de adutora em BelémA72.
A73. Ampliação dos sistemas de abastecimentode água nas sedesdos municípios (Belterra, Ponta de Pedras, Salvaterra, Soure)
A74. Implantação de sistemas de esgotamento sanitário (Belterra,Alter do Chão, Ponta de Pedras, Ilhas de Belém)
A75. Construção de usina de compostagem com coleta seletiva(Belterra, Ponta de Pedras, Salvaterra, Ilhas de Belém)
A76. Implantação de lixeiras para coleta seletiva de lixo em pontosturísticos (Santarém, Belterra, Ponta de Pedras, Soure,Salva Terra, Ilhas de Belém)
A77. Aquisição de equipamentos de coleta seletiva
A78. Implantação de centros de triagem de lixoA79. Implantação de Aterro Sanitário (Belterra,
Ponta de Pedras, Salterra, Soure)
A81. Construção de muros de arrimo e urbanização em praiasfluviais - Belterra, Ponta de Pedras, Salvaterra
A82. Construção de orlas fluviais em Ponta de Pedras,Salvaterra, Soure
A83. Implantação de projetos paisagísticos nas praias de Soure,Salvaterra, Ponta de Pedras, Belterra, Santarém e Ilhas do Belém
A84. Padronização do mobiliário urbano, das barracase serviços de praia
A80. Construção de banheiros públicos e duchas em praias fluviaisdas ilhas turísticas de Belém, Santarém, Belterra, Soure,Salvaterra e Ponta de Pedras)
A86. Jardins urbanos da Amazônia A87. Controle do trânsito urbano
A88. Padronização do mobiliário urbano
Programa Infraestrutura Urbana Cronograma
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Projetos Ações
Projetos Ações
Melhoria da acessibilidade para as Ilhas de Belém
Melhoria da acessibilidade no Tapajós
Melhoria da acessibilidade no Araguaia Tocantins
A89.
A90. Revitalização e pavimentação de estradas intermunicipais e de acesso a atrativos
A91.
A92. Sistema de iluminação pública nas trilhas ecológicas do PAM
A93. Melhorias das estruturas físicas de trapiches /portos ou terminais
A94. Pavimentação e/ou revitalização de vias de acesso às praias
A95. Construção de terminal de Catraeiros em Alter do Chão
A96. Pavimentação de acessos a áreas de interesse turístico
A97. Construção de ponte de madeira em Aramanaí
A98.
P30.
P31.
P32.
P33.
Programa Infraestrutura Turística - Acessibilidade Cronograma
Projetos Ações
Revitalização da sinalização turísticanos municípios
Ampliar a cobertura da sinalização turística (indicativa e interpretativa)
Manutenção e conservação da sinalização turística
Centros de Atendimento ao Turista e Postos de Informação Turística
Comunidade operadorade serviços turísticos
Qualificação da paisagem urbana (ordenamento urbano e tratamento paisagístico)
Melhoria da acessibilidade fluvial e terrestre do Marajó
Construção de ponte sobre o rio Paracauari
Reforma/ampliação e ou revitalização de portos, trapiches e terminais de passageiros
Recuperação/revitalização das rodovias estaduais (483, 475 e 150) que garantem o acesso e circulação entre os municípios do Polo
Qualificação profissional Os conteúdos técnicos da qualificação e os materiais
Informação e atendimento ao turista (conteúdo)
Ampliando a rede de informação (novos CATs e PITs)
Administração e gestão dos CATs e PITs (funcionamento)
2012 2013 2014
2012 2013 2014
2012 2013 2014
Implantação de micr-sistema de abasteci-mento de água em comunidades, vilas epraias (Belterra, Santarém, Salvaterra,Soure e Ilhas de Belém)
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo86 8786
Plano Operacional de Marketing
Um elemento fundamental para a concretização da estratégia de marketing formulada neste plano é o Modelo de Marketing a ser aplicado para a implantação das ações de comunicação nos mercados selecionados. Este modelo de atuação está baseado no que denominamos sistema PUSH AND PULL, que traduz o proces-so completo de comunicação a ser estabelecido nos mercados prioritários, em que: O PUSH representa os esforços de comunicação, promoção e apoio ao trade para ampliar, diversificar e melhorar a presença do destino Pará e os seus produtos turís-ticos no mercado. PULL representa os esforços dirigidos ao consumidor potencial, seja de forma direta, sobretudo por meio da publicidade, ou indireta, via imprensa, gerando uma imagem positiva do destino, de seus produtos turísticos, que seja coe-rente com o posicionamento desejado, estimule e fomente o desejo de visita e, desta forma, amplie a demanda de turistas para o Pará.
O Plano Operacional de Marketing do Plano Ver-o-Pará é constituído por três Macroprogramas:
•M1 Macroprograma de Comunicação•M2 Macroprograma de Promoção •M3 Macroprograma de Inteligência de Mercado e Inovação
O calendário de implantação do Plano Operacional de Marketing considera ações a serem executadas a princípio nos três primeiros anos do Plano Ver-o-Pará nos mercados geográficos de interesse. A partir daí, devem ser feitas atualizações que garantam a continuidade dos projetos de promoção nos principais mercados até 2020, considerando as disponibilidades orçamentárias anuais, as oportunidades e as informações atuais dos mercados.
IDENTIDADE TURÍSTICA
MATERIAIS DE COMUNICAÇÃO
P1. MARCA GRÁFICA:A1. Criação da nova marca turísticaA2. Manual de Identidade Corporativa do Turismo do ParáA3. Banners de marcaA4. Gestão da marca turísticaP2. BANCO DE IMAGENS:A5. Criação de um novo Banco de Imagens P3. PONTOS DE IDENTIDADE FÍSICA:A6. Estande feiras nacionais e internacionaisA7. Postos de informação turística P4. MATERIAL INSTITUCIONAL:A8. Resumo executivo do PLANO VER-O-PARÁA9. Apresentação multimídia do PLANO VER-O-PARÁP5. MATERIAL TRADE:A10. Folheto trade A11. Vídeo promocional do DESTINO e Mini
vídeosA12. Apresentação multimídia do DESTINOP6. MATERIAL CONSUMIDOR:A13. Folheto mapaA14. Folheto consumidor
Programa de Gestão CronogramaProgramas Projetos e Ações 2012 2013 2014
P7. MATERIAL DIGITAL PARA IMPRENSA:A15. Criação de Newsletter digitalA16. Atendimento e relacionamento com a imprensa dos mercadosP8. WEBSITE DO TURISMO DO PARÁ:A17. Desenho e estruturação do novo site do turismoA18. Estratégia de posicionamento na rede (SEO)P9. BANNERS PARA MÍDIA DIGITAL:A19. Desenho de banners para publicidades
nos portaisP10. NAVEGA PARÁ – CIDADES TURÍSTICAS
DIGITAIS
COMUNICAÇÃO DIGITAL
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Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo88 8988
70 PROJETOS,PARA FAZER ACONTECER!
P19. OBSERVATÓRIO DE TENDÊNCIAS (BENCHMARKING)
P20. MODELO DE GESTÃO
P21. SENSIBILIZAÇÃO DE POTENCIAIS INVESTIDORES
P22. PESQUISAS DE MERCADO, QUALITATIVA
P23. PESQUISAS DE MERCADO, QUANTITATIVA
P24. FALLOW UP DE COMPETIDORES E REFERENTES
P25. BANCO DE DADOS GERENCIADOR TURÍSTICO
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BUREAU DE INOVAÇÃO
OBSERVATÓRIO DO TURISMO PARAENSE
CronogramaProgramas Projetos e ações 2012 2013 2014
P11. SENSIBILIZAÇÃO TRADE LOCAL:A20. Reuniões com operadores
locaisA21. Relacionamento digitalP12. SENSIBILIZAÇÃO TRADE
DOS MERCADOSA22. Visitas personalizadas aos
operadores nos mercados geográficos prioritários
P13. VIAGENS DE FAMILIARIZAÇÃO A23. Organização de viagens de
familiarização por mercado geográfico
P14. PARTICIPAÇÃO EM FEIRAS E WORKSHOPS
A24. Participação em feiras nacionais
A25. Participação em feiras internacionais
P15. PUBLICIDADE MÍDIA IMPRESSA
P16. PUBLICIDADE MÍDIA DIGITAL
P17. ATENDIMENTO
A26. Atendimento e relacionamento com a imprensa
P18. VIAGENS DE FAMILIARIZAÇÃO
A27. Organização das viagens de familiarização
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oção
PROMOÇÃO AO TRADE
PROMOÇÃO AO CONSUMIDOR
PROMOÇÃO À IMPRENSA
Regional Nacional Am.do Sul Am.norte Europa2012/2014 2012/2014 2012/2014 2012/2014 2012/2014
CronogramaProgramas Projetos e ações
Plano Ver-o-Pará. Relatório Executivo9090
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
SIMÃO JATENEGovernador do Estado
SHYDNEY JORGE ROSASecretário Especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção
ADENAUER MARINHO DE OLIVEIRA GÓESSecretário de Estado de Turismo
COMPANHIA PARAENSE DE TURISMO - PARATURMARIA DO SOCORRO RODRIGUES DA COSTAPresidente
JOSÉ ALBINO BARBOSA DA SILVADiretor Administrativo e Financeiro
LILIANE OBANDO M. DE HOLLANDA LIMADiretora de Fomento
TEREZA JACQUELINE RODRIGUES ALVESGerente Geral de Marketing
CONCEIÇÃO SILVA DA SILVACoordenadora do Plano Ver-o-Pará
CHIAS MARKETING LTDA.
Direção TécnicaPatrícia Servilha
Consultora CoordenadoraAnete Ferreira
Consultores SeniorClaudia TosoneWalter Menezes
Consultora Jr.Natália Cordeiro
AdministraçãoRosemeire Cardoso
Secretaria Especial deDesenvolvimento Econômico
e Incentivo à Produção
Secretaria deEstado de
Turismo
www.paraturismo.pa.gov.br www.pa.gov.br