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i PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ PRODUTO 5- Revisão 1 CADERNO DO DIAGNÓSTICO HABITACIONAL NOVEMBRO/2010

PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

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i

PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL –

PLHIS - MARINGÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

PRODUTO 5- Revisão 1 CADERNO DO DIAGNÓSTICO HABITACIONAL

NOVEMBRO/2010

Page 2: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

PREFEITO

Sílvio Magalhães Barros II

VICE-PREFEITO

Carlos Roberto Pupin

SECRETÁRIO EXTRAORDINÁRIO DE HABITAÇÃO

Gilberto Donizetti Delgado

SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO

Jurandir Guatassara Boeira

SECRETARIA DE AÇÃO SOCIAL E CIDADANIA - SASC

Rosa Maria Marques de Sousa

Page 3: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

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CONSELHO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO:

REPRESENTANTES DA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – CMPGT

TITULAR SUPLENTE ÓRGÃO

REPRESENTADO

Jurandir Guatassara Boeira

(Presidente) José Vicente Alves do Socorro (Vice-Presidente) SEPLAN

Walter José Progiante Claudinei José Vecchi SEURB

Mika Yada Noguchi Maria Isabel Cordeiro Calvo Machado SEURB /SEPLAN

Inako Kubota Jocelei Terezinha Tozeto Menon SEURB

José Gilberto Purpur Vera Maria de Oliveira SETRAN

Antonio Mário Manicardi

Filho (Marinho) Márcia Midori Fukuyama Parra SEURB

Diniz Afonso Lídia Maria da Fonseca Maróstica SEMAA

REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL – CMPGT

TITULAR SUPLENTE ÓRGÃO

REPRESENTADO

Pedro Granado Martines Sílvio Saiti Iwata CODEM

Hélio Moreira Júnior Fernando Farinazo AEAM

Rúbia Irma Sales Lilianny Ripker Gaspar COMDEMA

Adolfo Cochia Junior Marcos Mauro Pena de Araújo Moreira Filho SINDUSCON

Ana Lúcia Rodrigues Carla C. Rodrigues de Almeida UEM

Carlos Antonio Trentine Dionilson da Silva FEABRAM

Fernando Alves dos Santos Wandré Fernando Faeti Alvarenga FEABAM

Anicéia Savi Claudecir da Silva AMUSEP

Letícia Weiller Samuel Antonio Claret P. de Miranda CESUMAR

REPRESENTANTES DO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL – CMPGT

TITULAR SUPLENTE ÓRGÃO

REPRESENTADO

Humberto José Henrique Aparecido D. Regini CMM

Page 4: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

iv

EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL

Secretaria Extraordinária de Habitação Gilberto Donizette Delgado

Secretaria Extraordinária de Habitação Sergio Bertoni

Secretaria Extraordinária de Habitação Valério Odorizzi

Secretaria Extraordinária de Habitação Márcia Midori Fukuyama Parra

Secretaria Extraordinária de Habitação Márcia Tamie Matsumato Amaro

Secretaria de Ação Social Maria Célia de Rezende Zanata

SEPLAN-Secretaria de Planejamento Rosa Maria Loureiro

Secretaria de Planejamento Marleidy Araujo de Oliveira

Secretaria de Planejamento Jurandir Guatassara Boeira

Page 5: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

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EQUIPE RZS - CONSULTORIA E PLANEJAMENTO LTDA

Coordenação Geral – Arquiteta/Urbanista Zulma das Graças Lucena Schussel

Coordenação do Processo Participativo

Arquiteto/ Urbanista Tomás Moreira

Engenheiro Civil Ricardo Schussel

Advogada Jusselma Tosin Maia

Assistente Social Rúbia Stein do Nascimento

Arquiteto/Urbanista Paulo Nascimento Neto

Arquiteta/Urbanista Sílvia Lucena Schussel

Estagiária de Arquitetura e Urbanismo Juliana Helena Bordini Tomaz

Page 6: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

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APRESENTAÇÃO

Este documento corresponde ao CADERNO DO DIAGNÓSTICO HABITACIONAL do

município de Maringá - Produto 5 da Etapa 2 de acordo com o contrato nº 053/2010, entre a

Prefeitura Municipal de Maringá e a empresa RZS – Consultoria e Planejamento Ltda., para

elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS de Maringá.

Apresenta o levantamento e análise de dados e informações técnicas necessárias à

adequada elaboração do plano, abrangendo os seguintes aspectos e ações: inserção regional e

caracterização do município; levantamento dos atores sociais; necessidades habitacionais; oferta

habitacional, quantidade e localização de terras passíveis de serem destinadas para Habitação de

Interesse Social; levantamento dos marcos regulatórios e legais; condições institucionais e

administrativas; programas e ações; recursos para financiamento; caracterização do quadro da

irregularidade urbanística e fundiária.

Page 7: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

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LISTA DE SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

CadÚnico – Cadastro Único

CEBRAP – Centro Brasileiro de Análise e Planejamento

CAIXA – Caixa Econômica Federal

CEM – Centro de Estudos da Metrópole

COHAPAR – Companhia de Habitação do Paraná

CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

DATASUS – Banco de dados do Sistema Único de Saúde

FDS – Fundo de Desenvolvimento Social

FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

FJP – Fundação João Pinheiro

FNHIS – Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social

FPM – Fundo de Participação dos Municípios

FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério

HIS – Habitação de Interesse Social

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços

IPARDES - Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social

IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano

IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte

ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis

ITR – Imposto Territorial Rural

LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias

LOA – Lei de Orçamentária Anual

MCidades – Ministério das Cidades

OGU – Orçamento Geral da União

ONU – Organização das Nações Unidas

PAR – Programa de Arrendamento Residencial

PPA – Plano Plurianual de Investimentos

PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público

PDM – Plano Diretor Municipal

Page 8: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

viii

PlanHab – Plano Nacional de Habitação

PLHIS – Plano Local de Habitação de Interesse Social

PSH – Programa de Subsídio À Habitação de Interesse Social

RAIS – Relação Anual de Informações Sociais

RMM – Região Metropolitana de Maringá

s.m. – salário mínimo

SNHIS – Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social

SUS – Sistema Único de Saúde

UEM – Universidade Estadual de Maringá

ZEIS – Zona Especial de Interesse Social

Page 9: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

ix

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO......................................................................................................................... vi

SUMÁRIO .................................................................................................................................. ix

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 17

2. INSERÇÃO REGIONAL E CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ..................................................... 18

2.1. Localização e Características Gerais ........................................................................................ 18

2.2. Histórico ................................................................................................................................... 18

2.3. Inserção Regional ..................................................................................................................... 20

2.4. Aspectos demográficos e sociais de Maringá .......................................................................... 27

2.5. Aspectos Econômicos .............................................................................................................. 31

2.6. Aspectos de Uso e Ocupação do Solo ...................................................................................... 32

2.7. Aspectos de Infraestrutura ...................................................................................................... 44

2.8. Aspectos de Mobilidade .......................................................................................................... 45

2.9. Aspectos Ambientais ................................................................................................................ 47

3. IDENTIFICAÇÃO DOS ATORES SOCIAIS E SUAS POTENCIALIDADES ........................................... 51

3.1. Entrevistas com Atores Atuantes na Área de Habitação – Maringá ........................................ 51

3.2. Síntese das Entrevistas............................................................................................................. 59

4. CARACTERIZAÇÃO DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS ......................................................... 61

4.1. Caracterização do contingente populacional que demanda investimentos habitacionais ..... 61

4.2. Metodologia para o Cálculo das Necessidades Habitacionais de Maringá ............................. 62

4.3. Necessidades Habitacionais da Região Metropolitana de Maringá ........................................ 63

4.4. Síntese das Necessidades Habitacionais da Região Metropolitana de Maringá - RMM ......... 69

4.5. Necessidades Habitacionais de Maringá ................................................................................. 70

4.6. Déficit Habitacional ou Déficit Quantitativo ............................................................................ 72

4.7. Síntese do Déficit Habitacional ou Déficit Quantitativo .......................................................... 80

4.8. Inadequação Habitacional e Déficit Habitacional Qualitativo ................................................. 82

4.9. Demanda Demográfica Futura por habitação em Maringá ..................................................... 88

4.10. Síntese das necessidades habitacionais de Maringá segundo as projeções elaboradas a

partir das informações da FJP ......................................................................................................... 88

4.10. Comparação entre os resultados produzidos, o CadÚnico e a pesquisa do CEM ................. 89

4.10.1. CadÚnico......................................................................................................................... 90

4.10.2. CEM................................................................................................................................. 99

Page 10: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

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4.11. Quadro Síntese das Necessidades Habitacionais de Maringá ............................................. 100

5. CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA HABITACIONAL ..................................................................... 102

6. IDENTIFICAÇÃO DA QUANTIDADE E LOCALIZAÇÃO DAS TERRAS PASSÍVEIS DE SEREM

DESTINADAS PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL ............................................................. 112

7. MARCOS REGULATÓRIOS LEGAIS NA QUESTÃO URBANA E HABITACIONAL ........................... 114

7.1. Listagem da legislação relacionada com o PLHIS ................................................................... 115

7.1.1 Lei Orgânica Municipal .................................................................................................... 115

7.1.2 Plano Diretor de Maringá ................................................................................................ 115

7.1.3 Lei de Parcelamento do Solo ........................................................................................... 116

7.1.4 Lei do Sistema Viário ....................................................................................................... 117

7.1.5 Lei de Uso e Ocupação do Solo........................................................................................ 117

7.1.6. Lei do Perímetro Urbano ................................................................................................ 129

7.1.7. Fundo Municipal de Habitação ....................................................................................... 130

7.2. Demais Leis Municipais com interface na Política Municipal de Habitação .......................... 131

7.3. Instrumentos Urbanísticos com interface para Programas de Habitação ............................. 137

8. LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÕES INSTITUCIONAIS E ADMINISTRATIVA .............................. 139

8.1. Administração Pública ........................................................................................................... 140

8. IDENTIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS E AÇÕES ......................................................................... 147

8.1. Relação dos programas habitacionais financiados ou executados diretamente pela Prefeitura

Municipal, e pelos demais entes federativos ou por agências bilaterais ..................................... 147

8.2. Plano Plurianual de Investimentos - PPA ............................................................................... 150

9. IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE RECURSOS E FINANCIAMENTO ........................................... 151

9.1. Linhas de atendimento e programas habitacionais a nível federal ....................................... 151

10. RESUMO DAS OFICINAS POPULARES .................................................................................. 160

11. REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 162

12. ANEXO: MAPAS................................................................................................................. 164

SUMÁRIO QUADROS

Quadro 1 – RELAÇÃO DE ZONAS E BAIRROS DE MARINGÁ ................................................................. 34

Quadro 1 – POTENCIALIDADES E DEFICIÊNCIAS – NECESSIDADES HABITACIONAIS DA RMM ........... 69

Quadro 3 – RELAÇÃO DE BAIRROS DE MARINGÁ, SEGUNDO A REGIÃO, SASC, 2010......................... 91

Page 11: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

xi

SUMÁRIO TABELAS

Tabela 1 – POPULAÇÃO TOTAL, URBANA E RURAL, MARINGÁ – 1960/2007 ..................................... 19

Tabela 2- MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ, SEGUNDO POPULAÇÃO, ÁREA E

DENSIDADE DEMOGRÁFICA – 2000/2007/2009. ................................................................................ 22

Tabela 3 – MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ SEGUNDO O RENDIMENTO

NOMINAL MENSAL DAS PESSOAS RESIDENTES COM 10 ANOS OU MAIS DE IDADE, 2000. ............... 24

Tabela 4- ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL, SEGUNDO OS MUNICÍPIOS DA

REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ ............................................................................................ 25

Tabela 5 – POPULAÇÃO CENSITÁRIA, SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO E SEXO – 2000 ........................ 28

Tabela 6 – POPULAÇÃO MASCULINA E FEMININA POR FAIXA ETÁRIA, 2000. .................................... 29

Tabela 7 – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL – IDH-M -2000 ............................ 30

Tabela 8- NÚMERO DE ESTABELECIMENTO E EMPREGOS SEGUNDO AS ATIVIDADES ECONÔMICAS

2008 ..................................................................................................................................................... 31

Tabela 9- VALOR ADICIONADO FISCAL SEGUNDO OS RAMOS DE ATIVIDADES - 2008 ....................... 32

Tabela 10- ABASTECIMENTO DE ÁGUA, PELA SANEPAR, SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009 ............. 44

Tabela 11- ATENDIMENTO DE ESGOTO, PELA SANEPAR, SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009 ............ 45

Tabela 12 - CONSUMO E NÚMERO DE CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA - 2009 .................... 45

Tabela 13 – SÍNTESE DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS DAS REGIÕES METROPOLITANAS DE

MARINGÁ - 2000. ................................................................................................................................ 64

Tabela 14 – TOTAL DE DOMICÍLIOS E DÉFICIT HABITACIONAL, SEGUNDO OS MUNICÍPIOS DA RMM,

2000. .................................................................................................................................................... 68

Tabela 15 – INADEQUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS, RMM, 2000. ............................................. 68

Tabela 16 - PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES– 2000 A 2021 ................... 70

Tabela 17- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR ...... 71

Tabela 18- PROJEÇÃO ESTIMATIVA DO DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO (1) ...................................... 73

Tabela 19- PROJEÇÃO DA ESTIMATIVA DOS COMPONENTES DO DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO (1)

MARINGÁ ............................................................................................................................................ 74

Tabela 20- PROJEÇÃO DA COABITAÇÃO FAMILIAR E DOMICÍLIOS IMPROVISADOS URBANOS, POR

FAIXAS DE RENDA ................................................................................................................................ 75

Tabela 21- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS IMPROVISADOS, POR SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO................ 75

Tabela 22- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS IMPROVISADOS, POR FAIXAS DE RENDA ........... 76

Tabela 23- PROJEÇÃO DAS FAMÍLIAS CONVIVENTES, POR SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO ....................... 77

Tabela 24- PROJEÇÃO DAS FAMÍLIAS CONVIVENTES URBANAS, POR FAIXAS DE RENDA................... 77

Tabela 25- PROJEÇÃO DOS CÔMODOS (1), POR SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO ....................................... 77

Page 12: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

xii

Tabela 26- PROJEÇÃO DOS CÔMODOS (1) URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA .................................. 78

Tabela 27- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS ALUGADOS, POR FAMÍLIAS COM RENDA ATÉ 3

SALÁRIOS-MÍNIMOS ............................................................................................................................ 78

Tabela 28 – VALORES DOS ALUGUÉIS EM DIVERSAS ÁREAS DE MARINGÁ, 2010 .............................. 79

Tabela 29 – DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO – MARINGÁ – 2000/2021 ............................................. 81

Tabela 30- PROJEÇÃO DA INADEQUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS ............................................. 83

Tabela 31- PROJEÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DO ADENSAMENTO URBANO EXCESSIVO (1) ............ 83

Tabela 32- PROJEÇÃO DO ADENSAMENTO URBANO EXCESSIVO (1), POR FAIXAS DE RENDA ........... 83

Tabela 33- PROJEÇÃO DA CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA URBANA (1), POR FAIXAS DE RENDA .... 84

Tabela 34- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS A PARTIR DOS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE

INFRAESTRUTURA URBANA ................................................................................................................ 84

Tabela 35- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM DOIS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE

INFRAESTRUTURA (1) .......................................................................................................................... 85

Tabela 36- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM TRÊS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE

INFRAESTRUTURA ............................................................................................................................... 85

Tabela 37- PROJEÇÃO DA CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA URBANA (1) EM DOMICÍLIOS COM

RENDA FAMILIAR ATÉ 3 S.M. .............................................................................................................. 85

Tabela 38- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM RENDA ATÉ 3 S.M. E DOIS CRITÉRIOS DE

CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (1) ................................................................................................... 86

Tabela 39- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM RENDA ATÉ 3 S.M. E TRÊS CRITÉRIOS DE

CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (1) ................................................................................................... 86

Tabela 40- PROJEÇÃO DA CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA URBANA (1) EM DOMICÍLIOS COM

RENDA FAMILIAR MAIOR DE 3 ATÉ 5 S.M. .......................................................................................... 86

Tabela 41- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM RENDA MAIOR DE 3 ATÉ 5 S.M. E DOIS

CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (1) ............................................................................ 87

Tabela 42- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM RENDA > 3 ATÉ 5 S.M.E TRÊS CRITÉRIOS DE

CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (1) ................................................................................................... 87

Tabela 43- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS NÃO-ATENDIDOS POR SERVIÇOS DE

INFRAESTRUTURA (1) .......................................................................................................................... 87

Tabela 44. PROJEÇÃO DA DEMANDA DE DOMICÍLIOS, MARINGÁ, 2010-2021 .................................. 88

Tabela 45 - SÍNTESE DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS, MARINGÁ – 2010/2021 .......................... 89

Tabela 46 – Domicílios quanto à situação da propriedade – CadÚnico, 2010. ................................... 96

Tabela 47 - Situação dos domicílios segundo o tipo de construção dos cadastrados no CadÚnico

Maringá ............................................................................................................................................... 99

Tabela 48 – PESSOAS RESIDENTES EM ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS E SUBNORMAIS, MARINGÁ 100

Page 13: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

xiii

Tabela 49 - DOMICÍLIOS EM ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS E SUBNORMAIS, MARINGÁ ................ 100

Tabela 50- LOTEAMENTOS DE MARINGÁ - 2010 .............................................................................. 102

Tabela 51- ALVARÁS EXPEDIDOS EM MARINGÁ – 2000/2010 .......................................................... 110

Tabela 52 – VAZIOS URBANOS APTOS A RECEBEREM EMPREENDIMENTOS DE HIS ........................ 112

Tabela 53- RECEITAS MUNICIPAIS SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009 .............................................. 141

Tabela 54- RECEITAS CORRENTES MUNICIPAIS SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009 ......................... 142

Tabela 55- RECEITAS TRIBUTÁRIAS MUNICIPAIS SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009 ....................... 142

Tabela 56- EVOLUÇÃO DOS IMÓVEIS LANÇADOS POR ANO - CADASTRO IPTU ................................ 143

Tabela 57- TRANSFERÊNCIAS CORRENTES MUNICIPAIS SEGUNDO A ORIGEM DAS TRANSFERÊNCIAS -

2009 ................................................................................................................................................... 144

Tabela 58- DESPESAS MUNICIPAIS POR FUNÇÃO - 2009 .................................................................. 144

Tabela 59- DESPESAS MUNICIPAIS SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009 ............................................. 146

Tabela 60- DESPESAS CORRENTES MUNICIPAIS SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009 ........................ 146

Tabela 61- DESPESAS DE CAPITAL MUNICIPAIS SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009 ......................... 146

Tabela 62- CONJUNTOS HABITACIONAIS MARINGÁ ......................................................................... 147

TABELA 63- PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS MARINGÁ .................................................... 150

Page 14: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

xiv

SUMÁRIO FIGURAS

Figura 1 – LOCALIZAÇÃO DE MARINGÁ ............................................................................................... 18

Figura 2 – REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ 2010 .................................................................. 21

Figura 3 – EVOLUÇÃO POPULACIONAL DE MARINGÁ ......................................................................... 28

Figura 4 – PIRÂMIDE ETÁRIA ............................................................................................................... 29

Figura 5 - ANTE-PROJETO DA CIDADE DE MARINGÁ, DE AUTORIA DE JORGE DE MACEDO VIEIRA,

ELABORADO EM MEADOS DA DÉCADA DE 1940. ............................................................................... 33

Figura 6- DIVISÃO EM ZONAS DE MARINGÁ ....................................................................................... 43

Figura 7 - RODOVIAS QUE LIGAM MARINGÁ AOS DEMAIS MUNICÍPIOS ............................................ 46

Figura 8 – LOCALIZAÇÃO DO CONTORNO NORTE - MARINGÁ ............................................................ 47

Figura 9 – FOTOS DA OBRA DE REBAIXAMENTO DA LINHA FÉRREA ................................................... 47

Figura 10 – DECLIVIDADES MARINGÁ E SEU ENTORNO ...................................................................... 48

Figura 11 – BACIAS HIDROGRÁFICAS DO PARANÁ .............................................................................. 48

Figura 12 – POSIÇÃO DE MARINGÁ EM RELAÇÃO ÀS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO PIRAPÓ E IVAÍ .... 49

Figura 13 – PRINCIPAIS RIOS DE MARINGÁ ......................................................................................... 49

Figura 14 – IMAGENS DA ARBORIZAÇÃO PÚBLICA DE MARINGÁ ....................................................... 50

Figura 15– ESQUEMA DOS ASPECTOS ADOTADOS PARA A IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES

HABITACIONAIS, BASEADO NO ESTUDO DA FJP ................................................................................. 61

Figura 16 – DIVISÃO POLÍTICA, SEGUNDO ÁREAS DE EXPANSÃO DA AMOSTRA (AEDS) .................... 64

Figura 17 – DÉFICIT HABITACIONAL SEGUNDO ÁREAS DE EXPANSÃO DA AMOSTRA (AEDS), 2000. . 65

Figura 18 – FAMÍLIAS CONVIVENTES SEGUNDO ÁREAS DE EXPANSÃO DA AMOSTRA (AEDS), 2000. 66

Figura 19 – COHABITAÇÃO DISFARÇADA SEGUNDO AEDS, 2000 ....................................................... 66

Figura 20 – INADEQUAÇÃO HABITACIONAL POR INFRAESTRUTURA SEGUNDO ÁREAS DE EXPANSÃO

DA AMOSTRA (AEDS), 2000 ................................................................................................................. 67

Figura 21- DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES - MARINGÁ .................................................. 71

Figura 22 - DOMICÍLIOS URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR - MARINGÁ ............. 72

Figura 23 - DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO ........................................................................................ 74

Figura 24 - ESTIMATIVAS DOS COMPONENTES DO DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO ......................... 74

Figura 25 - COABITAÇÃO FAMILIAR E DOMICÍLIOS IMPROVISADOS URBANOS, POR FAIXAS DE

RENDA ................................................................................................................................................. 75

Figura 26 - DOMICÍLIOS IMPROVISADOS, POR SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO ......................................... 76

Figura 27 - DOMICÍLIOS URBANOS IMPROVISADOS, POR FAIXAS DE RENDA ..................................... 76

Figura 28- CÔMODOS (1) URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA ............................................................. 78

Page 15: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

xv

Figura 29- DOMICÍLIOS URBANOS ALUGADOS, POR FAMÍLIAS COM RENDA ATÉ 3 SALÁRIOS-

MÍNIMOS ............................................................................................................................................. 79

Figura 30- CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA URBANA (1), POR FAIXAS DE RENDA ............................. 84

Figura31- DESPESAS MUNICIPAIS POR FUNÇÃO - 2009 .................................................................... 145

Page 16: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

xvi

MAPAS

Mapa 01 – Sistema Viário Municipal

Mapa 02 – Hipsometria Urbana

Mapa 03 – Declividade Urbana

Mapa 04 – Hidrografia

Mapa 05 – Regiões PLHIS

Mapa 06 – Densidade Demográfica

Mapa 07 – Renda Média segundo Setores Censitários

Mapa 08 – Domicílios Permanentes segundo Setores Censitários

Mapa 09 – Domicílios Improvisados segundo Setores Censitários

Mapa 10 – Domicílios alugados segundo Setores Censitários

Mapa 11 – Domicílios sem banheiro segundo Setores Censitários

Mapa 12 – Divisão da Sede Urbana em Zonas

Mapa 13 – Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo

Mapa 14 – Instituições de Saúde

Mapa 15 – Equipamentos de Ensino

Mapa 16 – Valor da terra segundo Zonas Urbanas

Mapa 17 – Loteamentos Populares

Mapa 18 – Infraestrutura urbana de esgoto sanitário e pavimentação

Mapa 19 – Vazios Urbanos

Mapa 20 – Aptidões e Restrições

Mapa 21 – Vazios Urbanos Classificados

Mapa 22 – Vazios Urbanos aptos por Renda Média segundo Setores Censitários

Mapa 23 – Vazios Urbanos aptos por Valor Médio da terra segundo Zonas

Page 17: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

17

1. INTRODUÇÃO

O processo de elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS)

implica na apresentação de um diagnóstico completo da situação habitacional local, definição das

diretrizes, estratégias, linhas de ação e programas, e estabelecimento das metas para o

atendimento das necessidades habitacionais do município.

A elaboração do PLHIS insere-se no contexto de mudanças no quadro institucional no

país, que aponta para a progressiva responsabilização dos municípios pela elaboração e

implementação de políticas como a urbana e a habitacional. Marco inicial nesse quadro, a

Constituição Federal de 1988, no bojo do processo de redemocratização pelo qual passava o país,

implementa a descentralização administrativa e fortalece o papel dos municípios. Faz parte desse

contexto a aprovação do Estatuto da Cidade, em 2001; a criação do Ministério das Cidades em

2003; e o Sistema Nacional de Habitação (SNH), que se propõe a articular as ações e recursos das

diversas esferas de governo e dos agentes comprometidos em enfrentar o problema habitacional.

Neste Sistema, insere-se o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, fruto de anos de

mobilização dos movimentos por moradia e reforma urbana.

Esse novo desenho institucional coloca para os municípios, a tarefa de criar e

aperfeiçoar o seu quadro normativo próprio, a partir dos instrumentos criados pelo Estatuto das

Cidades e das responsabilidades que passam a assumir, criando mecanismos administrativos, no

âmbito de suas políticas habitacionais, que permitam atender às exigências dos Planos Diretores e,

a adesão ao SNH.

Para Maringá, o PLHIS completa as condições necessárias para adesão ao Sistema

Nacional de Habitação, o que coloca o município, em tese, em posição privilegiada para obter

recursos federais e estaduais para implementar seus programas e projetos. Com o PLHIS, o

município passa também a dispor de um instrumento que lhe permitirá dar um novo salto de

qualidade na gestão de sua política habitacional.

Nesta perspectiva, o Plano Local de Habitação de Interesse Social constitui-se como

instrumento de articulação da política habitacional e de controle e monitoramento de seus

resultados. Como elementos de referência para a elaboração e desenvolvimento do Plano,

ressaltam-se a Constituição Federal, o Estatuto da Cidade, a Lei Federal nº 11.124, que cria o

Sistema Nacional de Habitação e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, a Lei Orgânica

Municipal e o Plano Diretor do Município.

Page 18: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

18

2. INSERÇÃO REGIONAL E CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

2.1. Localização e Características Gerais

Maringá está situada no Noroeste do Estado do Paraná. Sua posição geográfica

corresponde à: Altitude: 555 m; Latitude 23 º 25 ' 31 '' S e Longitude 51 º 56 ' 19 '' W. O município

possui uma área total de 489,8 km², com densidade demográfica de 666,89 hab/km² (site oficial da

PMM) e está situado à 434 km da capital do Estado - Curitiba.

Figura 1 – LOCALIZAÇÃO DE MARINGÁ

FONTE: www.maringa.com

2.2. Histórico1

O povoamento da área compreendida pelo atual Município de Maringá iniciou-se por

volta de 1938, mas foi apenas a partir dos primeiros anos da década de 40, que as primeiras

edificações urbanas surgiram na localidade conhecida mais tarde por Maringá Velho. Maringá foi

fundada em 10 de maio de 1947 como Distrito de Mandaguari e, em l948 passou à categoria de

Vila, elevada a Município através da Lei nº 790 de 14/11/l951, tendo como Distritos Iguatemi,

1 Texto extraído do Termo de Referência anexo ao Edital de tomada de preços nº 093/2009-PMM.

Page 19: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

19

Floriano e Ivatuba (que posteriormente desmembrou-se de Maringá e pela Lei Estadual n.º 4.245,

de 25 de julho de 1960, foi transformado em município). Foi elevada à categoria de comarca em

1954.

Desde sua fundação, foi atribuída a Maringá a função de pólo regional, como núcleo de

comercialização da produção agrícola, centro de abastecimento, negociação de terras, prestação de

serviços, entre outras. Portanto, além da imigração provocada pela nova fronteira agrícola para o

plantio e cultivo do café, atraía também população em razão de outras atividades econômicas.

Assim é que, no primeiro censo demográfico de que participou, em 1950, somente três anos após

sua fundação, já contava com 38.588 habitantes e, mesmo considerando-se que a grande maioria,

81,16% vivia no campo, já se formava um significativo núcleo urbano de apenas três anos e com

mais de 7.000 habitantes. O rápido crescimento nas duas primeiras décadas está diretamente

relacionado à expansão da fronteira agrícola com o plantio do café, enquanto a redução da

velocidade do crescimento populacional nos anos 60 está ligada à erradicação do cafeeiro, o que

provocou, no período, uma forte emigração da zona rural para outras regiões e estados do país,

assim como para sua zona urbana. Nos anos 70, ainda como conseqüência da redução do cultivo do

café e da introdução de novas culturas no campo, menos demandadoras de mão de obra e mais

intensivas de capital, a população do campo continuou diminuindo em termos absolutos, o que

indica uma intensificação do processo de urbanização como decorrência da urbanização das

atividades econômicas.

Tabela 1 – POPULAÇÃO TOTAL, URBANA E RURAL, MARINGÁ – 1960/2007

Ano População

Total População

Urbana População

Rural

Taxa de Urbanização % (Pop. Urb/Pop.

Tot.)

1950 38.588 7.270 31.318 18,84

1960 104.131 47.592 56.539 45,70

1970 121.374 100.100 21.274 82,47

1980 168.239 160.689 7.550 95,51

1991 240.292 234.079 6.213 97,41

1996 267.942 260.955 6.987 97,39

2000 288.653 283.978 4.675 98,38

2009 335.511 330.836 4.675 98,61 *(estimativa IBGE)

FONTE: Pref. Muncipal / IBGE 2000.

Page 20: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

20

GRÁFICO 1– EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO MARINGÁ 1960/2007

*2009(estimativa IBGE) FONTE: PMM/ IBGE 2000

Dessa maneira, boa parte do crescimento populacional na área urbana, observado a

partir dos anos 70, considerada a significativa redução da taxa de fecundidade, deve ser atribuída a

fluxos migratórios do campo para a cidade, de outras cidades da região e de outras regiões para

Maringá, atraídos pelas atividades econômicas urbanas que respondem pela quase totalidade da

geração da riqueza (98,8% segundo dados de 1998).

2.3. Inserção Regional

A Política de Desenvolvimento Integrado do Estado do Paraná, elaborada na década de

70, previu o Plano de Desenvolvimento Integrado para a Região Londrina-Maringá que apesar de

não ter sido implantado, resultou em estudos importantes sobre os dois pólos da região norte do

Estado.

Em 1989, foi criado o Metroplan, um projeto pioneiro no Brasil, que tinha como

objetivo principal desenvolver a Região Metropolitana de Maringá, envolvendo as cidades de

Maringá, Sarandi,Paiçandu e Marialva. O principal objetivo foi desenvolver projetos e buscar

recursos em conjunto nas áreas de habitação, saúde, educação, sistema viário, cultura, lazer e

esportes, entre outros, para as cidades circunvizinhas à Maringá, que vinham se caracterizando

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

1950 1960 1970 1980 1991 1996 2000 2009

Po

pu

laçã

o

Anos

População Total

População Urbana

População Rural

Page 21: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

21

como “cidades dormitórios”, para que as mesmas se desenvolvessem e pudessem futuramente

garantir a seus habitantes uma qualidade de vida similar à de Maringá.

O projeto teve um impacto positivo nessas cidades, que foram contempladas inclusive

com planos diretores, porém, não teve continuidade em função da mudança dos gestores públicos

no ano de 1993.

Em 1998, foi criada a Região Metropolitana de Maringá (RMM) pela Lei Estadual nº

83/98, compondo-se de 08 municípios, aos quais foram acrescidos, em 2002, pela Lei nº. 13.565, o

município de Floresta e, em 2005, pela Lei Complementar nº 110/2005, os municípios de Doutor

Camargo, Ivatuba, Astorga e Itambé. Ressalta-se que as áreas que apresentam um processo de

conurbação com Maringá, situam-se nos municípios de Maringá, Sarandi e Paiçandu, sendo

bastante grande a disparidade social e econômica entre esses municípios, como demonstra a tabela

2.

A Lei Complementar Estadual nº 127 de 17 de Fevereiro de 2010 alterou o artigo 1º da

Lei Estadual nº 83/98, que criou a RMM, incluindo mais doze municípios e se constituindo dos

seguintes municípios: Maringá, Sarandi, Marialva, Mandaguari, Paiçandu, Ângulo, Iguaraçu,

Mandaguaçu, Floresta, Dr. Camargo, Itambé, Astorga, Ivatuba, Bom Sucesso, Jandaia do Sul,

Cambira, Presidente Castelo Branco, Flórida, Santa Fé, Lobato, Munhoz de Mello, Floraí, Atalaia,

São Jorge do Ivaí e Ourizona.

Figura 2 – REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ 2010

Fonte: RZS Consultoria a partir do Mapa Rodoviário do Paraná disponível em www.Guiageo-Parana.com/mapa-

rodoviario.htm acessado em out/2010.

Page 22: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

22

Tabela 2- MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ, SEGUNDO POPULAÇÃO, ÁREA E DENSIDADE DEMOGRÁFICA – 2000/2007/2009.

Município Área (Km²)

2000 2007 2009

Pop. Total

Dens.Hab./Km²

Pop. Total

Dens.Hab./ Km²

Pop. Total Dens.Hab.

/Km²

Ângulo 106 2.840 26,87 2.807 26,56 2.893 27,37

Astorga 437 23.637 54,12 24.191 55,39 25.164 57,62

Atalaia 138 4.015 29,09 3.627 26,28 3.645 26,41

Bom Sucesso 323 6.173 19,11 6.397 19,80 6.676 20,67

Cambira 163 6.688 41,03 6.862 42,10 7.142 43,82

Doutor Camargo 117 5.777 49,32 5.609 47,89 5.753 49,12

Floresta 158 5.122 32,49 5.215 33,08 5.417 34,36

Flórida 83 2.434 29,33 2.448 29,49 2.535 30,54

Floraí 191 5.285 27,67 5.051 26,45 5.158 27,01

Iguaraçu 164 3.598 21,92 3.741 22,79 3.907 23,80

Itambé 244 5.956 24,42 5.897 24,18 6.082 24,93

Ivatuba 96 2.796 29,15 2.715 28,31 2.786 29,05

Jandaia do Sul 188 19.676 104,66 19.534 103,90 20.159 107,23

Lobato 241 4.064 16,86 4.219 17,51 4.405 18,28

Mandaguaçu 293 16.828 57,35 18.259 62,22 19.270 65,67

Mandaguari 335 31.395 93,77 31.890 95,25 33109 98,89

Marialva 476 28.702 60,35 30.017 63,12 31.397 66,02

MARINGÁ 490 288.653 588,77 325.968 664,88 335.511 684,34

Munhoz de Mello 137 3.401 24,82 3.552 25,93 3.714 27,11

Ourizona 176 3.396 19,30 3.296 18,73 3.380 19,20

Paiçandu 172 30.764 178,65 34640 201,16 36.876 214,14

Presidente Castelo Branco

156 4.305 27,60 4.674 29,96 4.934 31,63

Santa Fé 276 8.870 32,14 9.774 35,41 10.354 37,51

São Jorge do Ivaí 379 9.307 24,56 5.286 13,95 9.195 24,26

Sarandi 104 71.422 688,29 79.686 767,93 84.651 815,78

TOTAL 5.642 595.104 105,47 645.355 114,38 674.113 119,47

FONTE: RZS Consultoria a partir de IBGE CIDADES Disponível em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1

acessado em out/2010.

Page 23: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

23

Gráfico 2 - MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ, SEGUNDO A DENSIDADE DEMOGRÁFICA – 2000/2007/2009

FONTE: RZS Consultoria a partir de IBGE CIDADES Disponível em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1 acessado em out/2010.

No Gráfico 2 observa-se que Sarandi apresenta a maior densidade demográfica nos

anos de 2000, 2007 e 2009, enquanto em Maringá a densidade demográfica bruta estimada para

2009 é igual a 684,34 hab/km². Logo abaixo deles estão os municípios de Paiçandu, com 214,14

hab/km² e Jandaia do Sul com 107,23 hab/km². Os demais municípios apresentam uma densidade

demográfica inferior a 100 hab/km², sendo que Lobato se caracteriza por uma densidade

demográfica muito baixa, sendo a menor dos municípios da RMM (18,28 hab./km²). Observa-se

ainda, que alguns municípios vêm perdendo população, como é o caso de Floraí, Ivatuba, Doutor

Camargo e Atalaia.

0,00 500,00 1000,00 1500,00 2000,00 2500,00

Lobato

Ourizona

Bom Sucesso

Iguaraçu

São Jorge do Ivaí

Itambé

Atalaia

Floraí

Munhoz de Mello

Ângulo

Ivatuba

Flórida

Presidente Castelo Branco

Floresta

Santa Fé

Cambira

Doutor Camargo

Astorga

Mandaguaçu

Marialva

Mandaguari

Jandaia do Sul

Paiçandu

MARINGÁ

Sarandi

População/ Km²

2000

2007

2009

Page 24: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

24

Tabela 3 – MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ SEGUNDO O RENDIMENTO NOMINAL MENSAL DAS PESSOAS RESIDENTES COM 10 ANOS OU MAIS DE IDADE, 2000.

Município

Rendimento Nominal Mensal das Pessoas residentes com dez ou mais anos de idade

Sem Rendimento

Até 1 s.m > 1 a 2

s.m > 2 a 3

s.m > 3 a 5

s.m > 5 a 10

s.m > 10 s.m Total

Ângulo 827 516 554 231 108 82 61 2.379

Atalaia 1.129 752 729 276 217 147 98 3.348

Bom Sucesso 1.867 1.252 1.117 263 217 149 93 4.958

Cambira 2.069 1.388 1.031 441 249.280 280 105 254.594

Floresta 1.411 975 949 292 312 248 94 4.281

Flórida 500 630 444 195 165 51 43 2.028

Floraí 1.379 1.166 1.002 335 257 244 114 4.497

Iguaraçu 1.003 664 610 305 175 126 88 2.9710

Jandaia do Sul 4.952 4.184 3.449 1.223 1.105 879 632 16.424

Lobato 1.219 664 617 322 252 183 111 3.368

Mandaguaçu 5.279 2.500 2.884 1.131 794 724 450 13.762

Mandaguari 9.520 5.410 4.891 2.295 1.944 1.240 787 26.087

Marialva 8.946 4.311 4.619 1.921 1.839 1.477 874 23.987

MARINGÁ 81.955 26.879 42.775 23.489 25.312 24.700 18.603 243.713

Munhoz de Mello 1.004 725 563 207 101 125 53 2.778

Ourizona 1.152 624 535 257 136 117 65 2.886

Paiçandu 9.547 4.080 5.712 2.597 1.607 939 272 24.754

Presidente Castelo Branco

1.228 778 772 303 252 90 49 3.472

Santa Fé 2.231 1.921 1.773 547 429 303 219 7.423

São Jorge do Ivaí 1.612 1.070 995 318 239 303 162 4.699

Sarandi 22.887 8.107 13.082 5.917 4.518 2.083 635 57.229

TOTAL 160.714 67.932 88.493 42.560 289.084 34.364 23.520 706.667

FONTE: IBGE: Resultados da Amostra do Censo Demográfico 2000 – Malha Municipal Digital do Brasil: situação em 2001. Rio de Janeiro, 2004. Disponível em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.ht?1

Page 25: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

25

Gráfico 3 - MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ SEGUNDO O RENDIMENTO NOMINAL MENSAL DAS PESSOAS RESIDENTES COM 10 ANOS OU MAIS DE IDADE, 2000.

FONTE: IBGE: Resultados da Amostra do Censo Demográfico 2000 – Malha Municipal Digital do Brasil: situação em 2001. Rio de Janeiro, 2004. Disponível em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.ht?1

Com exceção de Maringá, os demais municípios da RMM concentram entre 80% e 90%

da população na faixa de renda entre de 0 e 2 salários mínimos, o que confirma o seu baixo

desempenho no que se refere ao IDH-M Renda. Bom Sucesso e Munhoz de Mello estão com a pior

situação em relação a esse indicador.

Tabela 4- ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL, SEGUNDO OS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ

Municípios

Índice de Desenvolvimento Humano – 2000

IDH-M IDHM - IDHM - IDHM -

Longevidade Educação Renda

Ângulo 0,742 0,743 0,822 0,662

Astorga 0,750 0,696 0,848 0,707

Atalaia 0,765 0,758 0,855 0,682

Bom Sucesso 0,776 0,816 0,854 0,657

Cambira 0,767 0,800 0,839 0,662

Doutor Camargo 0,767 0,757 0,861 0,683

Floraí 0,771 0,755 0,862 0,695

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

> 5 a 10 s.m

> 3 a 5 s.m

> 2 a 3 s.m

> 1 a 2 s.m

Até 1 s.m

Sem Rendimento

Page 26: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

26

Floresta 0,773 0,736 0,896 0,686

Flórida 0,775 0,799 0,848 0,697

Iguaraçu 0,740 0,709 0,839 0,672

Itambé 0,769 0,748 0,874 0,686

Ivatuba 0,768 0,722 0,882 0,700

Jandaia do Sul 0,783 0,753 0,881 0,715

Lobato 0,795 0,828 0,856 0,701

Mandaguaçu 0,762 0,743 0,858 0,686

Mandaguari 0,791 0,799 0,888 0,687

Marialva 0,784 0,745 0,879 0,728

MARINGÁ 0,841 0,787 0,938 0,798

Munhoz de Mello 0,767 0,796 0,836 0,668

Ourizona 0,77 0,809 0,839 0,662

Paiçandu 0,746 0,745 0,852 0,642

Presidente Castelo Branco 0,742 0,743 0,831 0,653

Santa Fé 0,773 0,790 0,839 0,691

São Jorge do Ivaí 0,792 0,805 0,866 0,705

Sarandi 0,768 0,799 0,858 0,646 FONTE: RZS Consultoria a partir de IBGE CIDADES Disponível em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1

acessado em out/2010.

Gráfico 4 – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL, SEGUNDO OS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ

FONTE: RZS Consultoria a partir de IBGE CIDADES Disponível em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1 acessado em out/2010.

0,6800,7000,7200,7400,7600,7800,8000,8200,8400,860

Igu

araç

u

Ân

gulo

Pre

sid

ente

Cas

telo

Bra

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Pai

çan

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Ast

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Man

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Fló

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ialv

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Man

dag

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i

São

Jo

rge

do

Ivaí

Lob

ato

MA

RIN

IDH-M

Page 27: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

27

No Gráfico 4 observa-se que Maringá apresenta o maior IDH-M (0,841) entre os

municípios da Região Metropolitana. Da mesma forma, no Gráfico 5 verifica-se que Maringá

apresenta os maiores índices de IDH-M de Educação (0,938) e Renda (0,798) da região, enquanto

que, no que se refere ao IDH-M de Longevidade (0,787), os municípios de Santa Fé, Munhoz de

Mello, Flórida, Mandaguari, Sarandi, Cambira, São Jorge do Ivaí, Ourizona, Bom Sucesso e Lobato

apresentam um Índice maior que o seu.

Gráfico 5 - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL DE LONGEVIDADE, EDUCAÇÃO E RENDA, SEGUNDO OS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ

FONTE: RZS Consultoria a partir de IBGE CIDADES Disponível em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1 acessado em out/2010.

2.4. Aspectos demográficos e sociais de Maringá

Maringá atualmente é a terceira maior cidade do Paraná e o 66º município mais

populoso do país, com a taxa de crescimento de 1.86% ao ano, conforme ilustra o gráfico abaixo.

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

0,600

0,700

0,800

0,900

1,000

MA

RIN

Mar

ialv

a

Jan

dai

a d

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org

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Flo

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Bo

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Pre

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Bra

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Sara

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Pai

çan

du

IDHM - Longevidade IDHM - Educação IDHM - Renda

Page 28: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

28

Figura 3 – EVOLUÇÃO POPULACIONAL DE MARINGÁ

FONTE: IBGE 2000 Disponível em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1 acessado em out/2010

Em 2000, o total dos domicílios ocupados recenseados pelo Censo foi de 84.208,

enquanto a média de habitantes por domicílio era igual a 3,41.

Tabela 5 – POPULAÇÃO CENSITÁRIA, SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO E SEXO – 2000

TIPO DE DOMICÍLIO MASCULINO FEMININO TOTAL %

Urbano 136.107 147.871 283.978 98,38

Rural 2.407 2.268 4.675 1,62

TOTAL 138.514 150.139 288.653 100,00

FONTE: Caderno Estatístico de Maringá (IPARDES/2010)

Page 29: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

29

Figura 4 – PIRÂMIDE ETÁRIA

FONTE: IBGE 2000

Tabela 6 – POPULAÇÃO MASCULINA E FEMININA POR FAIXA ETÁRIA, 2000.

IDADE HOMENS MULHERES TOTAL % FAIXA DE IDADE EM RELAÇÃO AO TOTAL

0 a 4 10.752 10.571 21.323 7,39

5 a 9 11.996 11.622 23.618 8,18

10 a 14 12.972 12.848 25.820 8,95

15 a 19 13.621 14.011 27.632 9,57

20 a 24 12.825 13.688 26.513 9,19

25 a 29 11.397 12.686 24.083 8,34

30 a 34 11.756 13.459 25.215 8,74

35 a 39 11.248 12.821 24.069 8,33

40 a 44 9.745 11.388 21.133 7,32

45 a 49 8.275 9.692 17.967 6,23

50 a 54 6.547 7.455 14.002 4,85

55 a 59 5.560 5.869 11.429 3,96

60 a 64 4.187 4.527 8.714 3,02

65 a 69 2.901 3.494 6.395 2,22

70 a 74 2.303 2.628 4.931 1,71

75 a 79 1.504 1.748 3.252 1,13

80 a 84 537 935 1.472 0,51

85 a 89 313 462 775 0,27

90 a 94 64 193 257 0,09

95 a 99 11 42 53 0,02

>100 ... 138.514 150.139 288.653 100

FONTE: IBGE 2000

A pirâmide etária em 2000 mostrava que a população nas faixas etárias de 0 a 19 anos,

somava praticamente um terço da população total (34,1%), com uma pequena predominância do

Page 30: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

30

número de homens. A população na faixa etária acima de 60 anos representa aproximadamente 9%

do total da população. Com a tendência do aumento da longevidade da população esse percentual

deve crescer, o que implica na necessidade de criação de projetos específicos para esse segmento

da população, como por exemplo, o Condomínio do Idoso.

Maringá, no Censo de 2000, apresentou um percentual menor de população nas faixas

de 0 a 4 anos e 5 a 9 anos, quando comparada com a população nessa faixa etária do Paraná e do

Brasil, o que corresponde à uma taxa de natalidade mais baixa que as médias estadual e nacional.

Segundo a contagem da população realizada em 2007 pelo IBGE, o total de habitantes

era de 325.968, sendo a população urbana 283.792 habitantes. Ainda segundo o IBGE, a população

estimada para 2010 é de 335.511 habitantes.

Com relação ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (Tabela 7), verifica-se

que o município está bem posicionado tanto em relação aos demais municípios paranaenses como

também no contexto nacional, destacando-se a situação referente à educação que se apresenta

bem superior à média estadual (0,879).

Tabela 7 – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL – IDH-M -2000

INFORMAÇÃO ÍNDICE UNIDADE

Esperança de vida ao nascer 72,22 Anos

Taxa de alfabetização de adultos 94,61 %

Taxa bruta de freqüência escolar 92,27 %

Renda per capita 465,37 R$ 1,00

Longevidade (IDHM-L) 0,787 -

Educação (IDHM-E) 0,938 -

Renda (IDHM-R) 0,798 -

IDH-M 0,841 -

Classificação na Unidade da Federação 6 -

Classificação nacional 65 -

FONTE: Caderno Estatístico de Maringá (IPARDES/2010)

Page 31: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

31

2.5. Aspectos Econômicos

Do ponto de vista das atividades econômicas no município, são apresentadas na

Tabela 8, informações sobre o número de estabelecimentos e empregos por tipo de atividade.

Tabela 8- NÚMERO DE ESTABELECIMENTO E EMPREGOS SEGUNDO AS ATIVIDADES ECONÔMICAS 2008

Fonte: IPARDES (2010)

Atividades Econômicas Estabelecimentos Empregos

Abs. % Abs. % Indústria de extração de minerais 2 0,01 79 0,06

Indústria de produtos minerais não metálicos 71 0,53 772 0,65

Indústria metalúrgica 189 1,38 1.655 1,37

Indústria mecânica 100 0,72 1.098 0,92

Indústria de materiais elétricos e de comunicação 38 0,27 753 0,62

Indústria de materiais de transporte 59 0,45 729 0,60

Indústria da madeira e do mobiliário 185 1,34 1.662 1,38

Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 158 1,15 1.437 1,19

Indústria da borracha, fumo, couros peles, prod. sim. e ind. diversa 76 0,56 1.018 0,85

Indústria química, prod farmac., veterin., perf., sabões, velas e mat. plást. 117 0,85 1.769 1,47

Indústria têxtil, do vestuário e artefatos de tecidos 590 4,30 7.197 5,97

Indústria de calçados 7 0,05 34 0,02

Indústria de produtos alimentícios, de bebida e áLCool etílico 237 1,74 8.892 7,38

Serviços industriais de utilidade pública 16 0,11 186 0,16

Construção civil 813 5,93 6.298 5,24

Comércio varejista 4.929 35,95 28.119 23,35

Comércio atacadista 929 6,78 6.032 5,01

Instituições de crédito, seguro e de capitação 184 1,34 2.655 2,21

Administração de imóveis, valores mob., serv. tecn. aux. ativ. econ. 1.744 12,74 9.734 8,08

Transporte e comunicação 636 4,63 8.096 6,73

Serviços de alojamento, alm., reparo, manut., radiofusão e televisão 1.363 9,94 9.926 8,24

Serv. médicos, odontológicos e veterinários 779 5,68 5.154 4,28

Ensino 209 1,53 8.422 7,00

Administração pública direta e indireta 10 0,07 8.137 6,75

Agricultura, silvicultura, criação de animais, extração vegetal e pesca 268 1,95 561 0,47

TOTAL 13.709 100,00 120.415 100,00

Page 32: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

32

A atividade econômica com maior número de estabelecimentos e maior geração de

emprego é o comércio varejista com 35,95% do total dos estabelecimentos e 23,35% do total de

empregos gerados no município, enquanto que as atividades rurais representam 1,95% do total dos

estabelecimentos e 0,47% dos empregos, o que é explicado pelo grau de urbanização que o

município apresenta.

Em relação ao Valor Adicionado Fiscal, a maior contribuição é do setor terciário -

comércio e serviços que representa 50,78% do total, seguido pelo setor secundário - indústria que

representa 31,07% do total, confirmando sua característica de pólo regional, que atrai a população

dos municípios menores para serviços especializados.

Tabela 9- VALOR ADICIONADO FISCAL SEGUNDO OS RAMOS DE ATIVIDADES - 2008

Fonte: IPARDES (2010)

Maringá conta atualmente, com 16 parques industriais estrategicamente localizados,

tendo o apoio do Programa de Desenvolvimento Econômico de Maringá – PRODEM. O Programa

tem como objetivo expandir e desenvolver o setor industrial no município por meio de incentivos

fiscais, com vista a gerar novos empregos para a comunidade.

2.6. Aspectos de Uso e Ocupação do Solo

Quanto aos aspectos de uso e ocupação do solo, Maringá no seu traçado original, foi

estruturada a partir da linha férrea no sentido leste-oeste que coincidia com os principais divisores

de águas de duas bacias hidrográficas, tendo ao sul dois fundos de vale, onde foram previstos

parques urbanos. A área central foi definida pelo quadrilátero formado pela linha férrea, os

bosques a leste e oeste e o centro cívico ao sul.

Ramo de atividade Valor (R$ 1,00) %

Produção primária 122.848.263 3,36

Indústria 1.135.709.600 31,07

Indústria – Simples Nacional (1) 147.960.282 4,05

Comércio / Serviços 1.856.014.680 50,78

Comércio – Simples Nacional (1) 381.933.180 10,46

Recursos / autos 9.822.141 0,28

TOTAL 3.654.288.146 100,00

Page 33: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

33

Figura 5 - ANTE-PROJETO DA CIDADE DE MARINGÁ, DE AUTORIA DE JORGE DE MACEDO VIEIRA, ELABORADO EM MEADOS DA DÉCADA DE 1940.

Fonte: Disponível em www.ub.es/geocrit/-xcol/55/Figura2.jpg (acessado em 12/08/2010)

A Companhia Melhoramentos Norte do Paraná em 1945, contratou o engenheiro Jorge

de Macedo Vieira para elaborar o projeto da cidade. O projeto, com grande influência das cidades-

jardins, definia espaços residenciais diferenciados que deveriam ser ocupados pelas classes

respectivas: no centro da cidade e proximidades localizaram-se as áreas residenciais “principais”, a

oeste as “populares”, e a leste, próximo à zona industrial, a área residencial “operária”. Nos dias

atuais as classes de rendas altas ocupam a área previamente definida como principal, além de uma

parcela da área inicialmente projetada para as classes populares; as rendas médias ocupam a área

destinada, no projeto inicial, às classes operárias; e as rendas baixas se localizam nas áreas de

expansão que se desenvolveram fora do primeiro traçado (os novos conjuntos habitacionais). A

área urbana do município era envolvida por chácaras de aproximadamente um alqueire, destinadas

à produção de hortifrutigranjeiros para abastecer a cidade, e na seqüência, após essas áreas, por

lotes maiores, até o parcelamento rural

No Plano de Diretrizes Viárias de 1979, a expansão do perímetro urbano decorrente do

grande crescimento populacional que vinha ocorrendo no município, determinou a forma atual da

Page 34: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

34

cidade, com características diferenciadas do plano original. Em 2000 foi aprovado o Plano Diretor

de Desenvolvimento, que foi revisado pelo Plano Diretor aprovado em 2006, mas manteve o

mesmo perímetro urbano do anterior, com algumas alterações. Com o processo de êxodo rural

ocorrido na região, Maringá apresenta um elevado crescimento demográfico urbano, que

extrapolou seus limites municipais, conturbando com os municípios de Sarandi e Paiçandu

principalmente.

A cidade de Maringá se divide em 53 Zonas, que se subdividem em 355 bairros (Ver

Quadro 1), sendo que o Conjunto Habitacional Requião concentrava o maior número de habitantes

em 2000, segundo o Censo, o que pode ser confirmado no Mapa nº06 - Densidade Demográfica.

Quadro 1 – RELAÇÃO DE ZONAS E BAIRROS DE MARINGÁ, 2009

ZONA BAIRROS

0 Lt 290/294

1 Zona 01

2 Zona 02

Parque Residencial Anchieta

3 Zona 03

4 Condomínio Residencial Céu Azul - ( Lt 268 C ) Gba Pat Mgá

5 Conjunto Habitacional Itamaraty

Zona 05 – Ampliação

6 Conjunto Habitacional Planalto

Sub Quadra 27 da Zona 6

7 Jardim Ipiranga

Jardim Acema

Jardim Carolina

Jardim Castor

Jardim Universitário

Loteamento Alto da Boa Vista

Residencial Moreschi

8 Jardim Santa Rita

Condomínio Horizontal Alhambra (Lt 460rem) Gba Pat Mgá

Condomínio Nashville Residence - ( Lt 446/447) Gba Pat Mgá

Condomínio Petit Village ( Lt 475/489a) Gba Pat Mgá

Condomínio Residencial Condado dos Nobres

Condomínio Residencial Deltaville I ( Lt. 450 A) Gba Pat Mgá

Condomínio Residencial Deltaville Ii (Lt 452) Gba Pat Mgá

Condomínio Residencial Pacos D'arcos ( Lt 488/488-A ) Gba Pat Mgá

Jardim Santa Mônica

Page 35: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

35

Jardim Vila Rica

Vila Cristino

Zona 08 – Ampliação

9 Zona Armazém

10 Zona Industrial

11 Vila Esperança I Parte

Vila Santo Antônio

12 Vila Bosque

13 Vila Cleópatra

14 Vila Progresso

Jardim Canadá

Lt. 29 Gba Pat Mgá

15 Vila Nova

16 Sub Lt 145 Gleba Rib. Maringá

Condomínio Ana Rosa - Gba Rib. Mgá. Lt 149

Jardim Diamante

Condomínio Cidade Campo - Gba Rib. Mgá Lt 150 B

SUB LT 150 E 150A Gleba Rib. Maringá

17 Vila Emília

Condomínio Horizontal Recanto da Serra (Lt 65a/2arem) Gba Rib Pinguim

Jardim Cerro Azul

Jardim Itapuá

Jardim Novo Horizonte I Parte

Jardim Novo Horizonte III Parte

Jardim Novo Horizonte V Parte

Jardim Social

18 Vila Ipiranga

Vila Cafelândia

Jardim Guararapes

Sub. Lt. 560 - (K 120)

19 Jardim Kosmos

Cidade Industrial - Gba Pat Mgá LT 164A/165/166/167 E ..

Condomínio Residencial Andrea

Conjunto Residencial João de Barro Thaís

Jardim Guairacá

Jardim Olímpico

Jardim Ouro Cola

Moradia Atenas - Gba Pat Mgá. Lt 5/6

Moradia Atenas 2ª Parte

Parque Hortência II Parte

Page 36: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

36

Sub.Lt. 60 A 1 Gleba Patr. Maringá

20 Jardim Alamar

Cidade Monções - Setor 08

Condomínio Horizontal Plaza Espanha ( Lt 30/31) Rec Magnatas

Condomínio Horizontal Portal de Segóvia ( Lt 256/257/258) Gba Pat Mgá

Condomínio Horizontal Portal De Sevilha ( 345-M ) Gba Pat Mgá

Condomínio Horizontal Vale Verde

Condomínio Residencial Aghata ( Lt 43 ) Recanto dos Magnatas

Condomínio Residencial Inga Ville ( LT 252 B Rem) Gba Pat Mgá

Condomínio Residencial Morada de Florença ( Lt 245 K ) Gba Pat Mgá

Condomínio Residencial Pasárgada ( Lt 36/37) Gba Pat Mgá

Condomínio Residencial Vila Fontana ( 61d/Ae 61e/1) Gba Rib Pinguim

Condomínio Residencial Village ( Lt. 252 B/1 ) Gba Pat Mgá

Condomínio Vale do Sol ( Lt 3/4b/5) Rec Magnatas

Condomínio Via CastellI ( Lt 247 A ) Gba Pat Mgá

Conjunto Residencial Ângelo Planas

Jardim Betty

Jardim das Nações

Jardim Higienópolis

Jardim Itália

Jardim Itália II

Jardim Laudicéia

Jardim Universo

Loteamento Jardim Botânico

Recanto dos Magnatas

Sub Lt 116 B -

Sub Lt 244 B – Abertura De Ruas

Sub. Lt. 245a Gba Pat Mgá

21 Vila Vardelina

Condomínio Residencial Cidade Universitária I ( Lt 34-O ) Gba Pat Mgá

Jardim Los Angeles

Jardim Lucianópolis

Jardim Mandacaru

Jardim Maravilha

Jardim Monte Carlo

Jardim São Jorge

Jardim Seminário

Núcleo Social Papa João XXIII

Sub Lt 31/32

Sub Lt 34 - Gba Pat Mgá

Page 37: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

37

Vila Santa Isabel

22 Jardim São Clemente

Jardim Atami

23 Vila Morangueira

Vila Morangueira Ampliação

24 Jardim Alvorada I Parte

Jardim Alvorada II Parte

25 Jardim Ipanema

Condomínio Mont Hermon ( Lt 7/66 ) Gba Rib Pinguim

Conjunto Residencial Cidade Alta

Conjunto Residencial João de Barro I

Jardim São Paulo

Núcleo Habitacional Santa Felicidade

Parque Tarumã

Residencial Tarumã

Sub Lt 107 – Abertura De Ruas

Sub. 1/12a15 Gleba Rib. Pinguim

26 Jardim Internorte

27 Vila Marumbi

Chácaras Assaí

Chácaras Paulista

Condomínio Horizontal Villagio Bourbon - Lt 64/65rem - Gba Rib Pinguim

Jardim Novo Horizonte II Parte

Jardim Novo Horizonte IV Parte

Jardim Tabaeté

Sub Lt 436/436a Gba Pat Mgá Z27

Sub Lt436b Gba Pat Mgá Z27

Sub. Lt 64 C Gleba Rib. Pinguim

Subdivisão Lt 64c9a/64-C9-10/A

28 Jardim Aclimação

Condomínio Horizontal Everest ( Lt 64d Rem) Gba Rib Pinguim

Condomínio Renaiscense Lt 64 D/X ) Gba Rib Pinguim

Condomínio Residencial Quinta da Torre - ( Lt 63/2a) Gba Rib Pinguim

Jardim Fregado III

Parque Arpoador

Parque Da Gávea

Parque Lagoa Dourada

Sub Lt 49-B-1 – Abertura de Ruas

Sub Lt 64 A/ 64 A2/ A/ 64 D/ 1-B-D Gba. Rib. Pinguim

Sub Lt 64 D/1c/27 Etc. Gleba Rib. Pinguim

Page 38: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

38

Sub Lt 64-D-4 - Abertura de Ruas

29 Vila Esperança II Parte

Condomínio Jardim Imperial ( Lt L39 N/1 ) Gba Pat Mgá

Jardim Imperial

Jardim Imperial Ii

Lt.139 L. Gba Rib. Mgá

Parque Residencial Cidade Nova

Sub Lt 139f/139f/13a2 Gba Rib. Mgá

Sub Lt. 139 M-1 Gba Rib. Mgá

Vila Esperança III Parte

30 Conjunto Residencial Herman Moraes de Barros

Residencial Copacabana

Parque Residencial Quebec

Parque das Palmeiras

Parque Das Bandeiras

Lt. 144 - A Gleba Rib. Maringá

Jardim Vitória

31 Parque Grevíleas I Parte

Jardim Dias

Jardim Dias I

Jardim Kakogawa

Jardim Licce

Jardim Tóquio

Parque Avenida

Parque Grevíleas II Parte

Parque Grevíleas III Parte

Parque Residencial Eldorado

32 Jardim Paris

Jardim Paris II

Jardim Império do Sol - Gba Rib. Mgá. Lt 122

Jardim Monte Rei

33 Distrito Iguatemi

Condomínio Solo Rico - G.P.I. Lt 174

Conjunto Habitacional Iguatemi

Conjunto Residencial Dona Angelina

Conjunto Residencial João Paulo I

Conjunto Santa Terezinha

Jardim Belo Horizonte

Jardim Marajoara

Sub Lt 205 – Abertura de Ruas

Page 39: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

39

Sub Lt 206/207 – Abertura de Ruas

Sub Lt 34 E 35 – Abertura de Ruas

34 Distrito Floriano

Conjunto Residencial João Barro II

Conjunto Habitacional João de Barro II 2ª Parte

35 Vila Ruth

Vila Regina

36 Parque Industrial I

Conjunto Habitacional Itatiaia

Conjunto Residencial Governador Parigot De Souza

Conjunto Residencial Guaiapó

Conjunto Residencial Karina

Fator Imóveis

Jardim América

Jardim Atlanta

Jardim da Glória

Jardim Nova América

Jardim Paulista - G.R.S. Lt 268/1

Jardim Paulista II

Jardim Paulista III

Loteamento Liberdade I Parte

Loteamento Liberdade II Parte

Loteamento Liberdade III Parte

Loteamento Liberdade IV Parte

Parque Industrial II

Parque Residencial Ibirapuera

Parque Residencial Regente

Requião I

37 Chácara Morangueira

Condomínio Horizontal das Acácias ( Lt 92/16-93/14a/92/) Gba Rib Morangueiro

Conjunto Habitacional Lea Leal

Conjunto João de Barro Champagnat

Conjunto Residencial Branca de Jesus Camargo Vieira

Conjunto Residencial João de Barro Itaparica

Conjunto Residencial Paulino Carlos Filho

Jardim Campos Elíseos

Jardim Colina Verde

Jardim Dourado

Jardim Novo Oásis

Jardim Oásis

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40

Jardim Piata

Jardim Pinheiros

Jardim Pinheiros II

Jardim Pinheiros III

Jardim Santa Alice

Jardim Tupinambá

Jardim Virgínia

Loteamento Batel

Loteamento Grajaú

Lt 87a Gleba Rib. Morangueiro

Parque Residencial Patrícia

Parque Residencial Tuiuti

Sub Lt 87a/1/1 Gleba Rib. Morangueiro

Sub. Lt. 87a/1 Gleba Rib. Morangueiro

Subdivisão Lt 87 B Gba Rib. Morangueiro

38 Parque Residencial Aeroporto I Parte

Centro Cívico de Maringá

Condomínio Greenfields- (Lt.500-A-1-A-1/1-A-1/2-C) - Gl. Pat. Mgá

Condomínio Horizontal Saint Etienne (Gba Pinguim LT 64/1-Rem)

Condomínio Parthenon ( Lt 63/3a ) Gba Rib Pinguim

Condomínio Residencial Versailles (Lt 63/2-1/4-A) Gba Rib Pinguim

Conjunto Habitacional Céu Azul

Conjunto Habitacional Del Plata

Conjunto Habitacional Europa

Conjunto Habitacional Sanenge III

Conjunto Residencial João De Barro Porto Seguro I

Conjunto Residencial João De Barro Porto Seguro II

Jardim Bertioga

Parque Residencial Aeroporto II Parte

Parque Residencial Aeroporto III Parte

39 Jardim São Silvestre

Chácaras Aeroporto

Conjunto Cidade Alta

Conjunto Habitacional Sol Nascente

Conjunto Residencial João de Barro Cidade Alta I

Conjunto Residencial João de Barro Cidade Alta II

Conjunto Residencial João de Barro Cidade Canção

Loteamento Madrid

Lt. 1/4/1/4-B Gba Rib. Pinguim

Prolar

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41

40 Jardim San Remo

Condomínio Horizontal Parresh ( Lt 392 E 398 ) Gba Pat Mgá

Condomínio Residencial Betel ( Lt 366-A ) Gba Pat Mgá

Condomínio Residencial Horto Florestal ( Lt 345 ) Gba Pat Mgá

Condomínio Residencial Karrapicho ( Lt 390 ) Gba Pat Mgá

Condomínio Residencial Vinhedo

Jardim Gabriella

Jardim Guaporé

Jardim Parque Horto

Loteamento Residencial Bim

Parque Residencial Rio Branco

Residencial Maanaim ( 400b/408e/407 ) Gba Pat Mgá

41 Jardim Ivemar

42 Parque Industrial Bandeirantes III Parte

43 Chácaras Estilos

Conjunto Habitacional Sanenge

Conjunto Residencial Governador Ney Braga

Jardim Aurora - Gba Pat Mgá Lt 83/83a/84/84ª

Jardim do Carmo

Jardim dos Pássaros

Jardim Everest

Jardim Indaiá

Jardim Montreal

Jardim São Miguel

Jardim São Paulo

Lt.51 B / 52 Gba Pat Mgá

Parque Hortência I Parte

Parque Industrial Bandeirantes I Parte

Parque Industrial Bandeirantes II Parte

Subdivisão do Lote 40 Gba Pat Mgá

44 Conjunto Residencial Inocente Vila Nova Jr.

Jardim Iguaçu

Jardim Verônica

Jardim Veredas

Jardim Alzira

Jardim Veredas Ii

Jardim Santa Rosa

Sub Lt 37a5/37c5/37d5-1 Gba Rib. Pinguim

45 Jardim Nilza

Distrito Industrial II

Page 42: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

42

Parque dos Cerealistas

46 Loteamento Ebenezer

Chácaras Alvorada

Conjunto Residencial Rodolpho Bernardi

Jardim Andrade

Jardim Novo Alvorada

Jardim Santa Clara

Loteamento Ebenezer III Parte

Loteamento Sumaré

Lt. 7/7/A/7-1 Gba. Rib. Morangueiro

Sub Lt 10d Gleba Rib. Morangueiro

47 Parque Itaipu I Parte

Jardim Industrial

Parque Industrial Mario Bulhões Da Fonseca

Parque Industrial Sul

Parque Itaipu II Parte

Sub Lote 34-B/B-4 Gba Rib. Pinguim

48 Jardim Tropical

Conjunto Residencial Planville

Jardim Brasil

Jardim Brasília - Gba Rib. Mgá. Lt 107a/107b

Jardim Paris III - Gba Rib. Mgá. Lt 111/112/113

Jardim Paris IV

Jardim Paris V

Jardim Paris VI

Jardim Petrópolis

Jardim Real

Jardim Rebouças

Jardim Santa Helena

Parque Das Laranjeiras

Parque Jardim Paraíso

Sub Lt 37 B

49 Jardim São Domingos

50 Zona 50

51 Parque Industrial Duzentos

53 Condomínio Bela Vista - Gba Rib. Mgá. Lt 148 E 1

Condomínio Bela Vista 2 - Gba Rib. Mgá. Lt 148 E

Condomínio Country Village

Condomínio Itelvino Fenato

Condomínio Monte Alto

Page 43: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

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Condomínio Recanto dos Guerreiros

Condomínio Santa Maria - Gba Rib. Mgá. Lt 148 L

Condomínio Santa Marina - Gba Rib. Mgá. 148 S 1

Sub Lt 64-D-1

Fonte: Prefeitura de Maringá 2010

Comparando-se o Mapa nº07 – Renda Média segundo os Setores Censitários, com o

Mapa 12 – Divisão da Sede Urbana em Zonas, constata-se que as Zonas 38, 39 25 e 22 concentram

o maior número de pessoas na faixa de renda de 0 a 1 salários mínimos. A área urbana apresenta

uma formação concêntrica da distribuição da renda, onde as rendas mais altas estão concentradas

na região central da cidade e vão diminuindo com o aumento da distância em relação ao centro,

característica da maioria das cidades brasileiras. O surgimento dos condomínios na zona rural está

mudando essa composição, com o aparecimento de faixas de rendas mais altas naquela região do

município.

Figura 6- DIVISÃO EM ZONAS DE MARINGÁ

Fonte: Google Earth (2010)

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O município apresentava em 2007, um Grau de Urbanização de 98,60%, enquanto que

a taxa de crescimento dos domicílios representava 1,84%, ao ano.

No que se refere às ocupações irregulares, Maringá conseguiu reduzir seu número na

década de 70 e 80, a partir de um conjunto de medidas da Prefeitura que afastaram as

aglomerações populares de baixa renda das áreas centrais e pericêntricas. As famílias foram

transferidas para a periferia do município-pólo e para as periferias dos municípios do entorno. Os

moradores de 14 pequenas ocupações irregulares (próximas ao cemitério) foram transferidos para

núcleos habitacionais produzidos pela prefeitura municipal, como é o caso do Núcleo Habitacional

Santa Felicidade, que hoje concentra grande número de famílias de baixa renda.

Os conjuntos habitacionais estão localizados nas bordas do perímetro urbano,

principalmente na porção leste da cidade. (Ver Mapa nº 17 – Loteamentos Populares). As cidades

de Sarandi e Paiçandu também receberam as famílias de ocupações irregulares de Maringá.

2.7. Aspectos de Infraestrutura

A infraestrutura de saneamento do município tem uma boa capacidade instalada,

sendo que a SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná detém a concessão dos sistemas de

água e de esgotos. A categoria dominante no número de unidades atendidas pela SANEPAR é a

residencial. Os números no atendimento de esgotos apresentam relevância, pois o município

atingiu o índice de 92,81% da população atendida com coleta de esgoto, sendo 100% tratado,

contra a média brasileira de 49,4%.

Tabela 10- ABASTECIMENTO DE ÁGUA, PELA SANEPAR, SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009

Fonte: IPARDES (2010) Nota: unidades (economias) Atendidas é todo imóvel (casa, apartamento, loja, prédio, etc.) ou subdivisão independente do imóvel, dotado de pelo menos um ponto de água, permanentemente identificável, como unidade autônoma, para efeito de cadastramento e cobrança de tarifa.

Categorias Unidades Atendidas Ligações

Residenciais 112.973 90.845

Comerciais 14.909 10.678

Industriais 816 797

Utilidade pública 655 650

Poder público 434 433

TOTAL 129.787 103.403

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Tabela 11- ATENDIMENTO DE ESGOTO, PELA SANEPAR, SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009

Fonte: IPARDES (2010)

A energia elétrica consumida no município de Maringá é fornecida pela COPEL – Companhia

Paranaense de Energia. Maringá é a única cidade do Paraná totalmente servida por rede de

distribuição protegida (redes compactas), o que proporciona elevada confiabilidade e qualidade no

suprimento, inclusive para os Parques Industriais. Possui 605 km de rede de distribuição urbana em

13,8 kV e conta com 1.050 km de rede de distribuição urbana em baixa tensão (127/220 v). São três

subestações da COPEL que atendem a demanda de energia elétrica de Maringá, possibilitando

alternativas de fornecimento em caso de emergência.

Tabela 12 - CONSUMO E NÚMERO DE CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA - 2009

Categorias Consumo

(Mwh) Consumidores

Residenciais 282.915 119.491

Setor secundário 253.345 5.317

Setor comercial 248.113 16.629

Rural 7.396 942

Outras classes 94.903 998

Consumo livre (indústria) 41.939 1

TOTAL 886.672 143.377

Fonte: COPEL, Concessionárias – CPFL, COCEL, FORCEL, CFLO e CELESC - Cadernos Municipais IPARDES (2010)

(1) Refere-se ao consumo de energia elétrica da autoprodução da indústria. Inclui os consumidores atendidos por outro fornecedor de energia e os que possuem parcela de carga atendida pela COPEL Distribuição e a outra parcela por outro fornecedor.

2.8. Aspectos de Mobilidade

Maringá dispõe de um sistema rodoviário que permite sua integração com as

principais cidades do Paraná e de outros estados, onde se destacam a BR 376 (Maringá - Curitiba),

BR 369 (Maringá - São Paulo), BR 317 (Maringá – Foz do Iguaçu) e BR 323 (Maringá – Guaíra), como

é possível observar na Figura 8.

Categorias Unidades Atendidas Ligações

Residenciais 93.500 63.519

Comerciais 13.381 8.857

Industriais 461 448

Utilidade pública 429 421

Poder público 268 268

TOTAL 108.039 73.513

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Figura 7 - RODOVIAS QUE LIGAM MARINGÁ AOS DEMAIS MUNICÍPIOS

Fonte: D.E.R. - Mapa Rodoviário do Paraná

Quanto à hierarquia viária do município, segundo o Plano Diretor de Maringá (2006),

“destaca-se a Avenida Colombo, cuja função regional conflita com a circulação intra-urbana e

interrompe a malha da cidade, dividindo-a em duas porções: norte, com as maiores concentrações

populacionais; e sul, concentrando o maior número de estabelecimentos de comércio, serviços e

indústrias. Da mesma forma, a linha férrea continua sendo um obstáculo na malha urbana, não só

pelo seu leito, mas também por áreas, hoje degradadas, com atividades originalmente ligadas à sua

função logística, como a antiga zona industrial.” Estão sendo executadas as obras do Contorno

Norte que pretendem retirar 20.000 veículos por dia da Avenida Colombo, cerca de 25% do total

diário. Com 17 km de extensão, desviarão o tráfego regional, diminuindo o movimento das ruas

centrais.

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Figura 8 – LOCALIZAÇÃO DO CONTORNO NORTE - MARINGÁ

Fonte: Disponível em http://amocaminhoes.wordpress.com/2009/08/08/centenas-de-operarios-constroem-uma-das-mais-importantes-obras-de-maringa-pr/gd_08d2fad69150/. Acessado em

20/10/2010.

Com os recursos do PAC, outra obra em execução é o rebaixamento da Linha Férrea,

com a construção de duas pistas da via expressa, muros de contenção e sete viadutos, (nas

avenidas Tuiuti, Gaspar Ricardo, Rebouças e Monlevade (setor leste), José de Alencar, Arlindo

Planas e Avenida 19 de Dezembro(setor oeste).

Figura 9 – FOTOS DA OBRA DE REBAIXAMENTO DA LINHA FÉRREA

Fonte: Disponível em http://revista.construcaomercado.com.br/negocios-incorporacao-construcao/101/imagens/i159772 acessado em 20/10/2010.

2.9. Aspectos Ambientais

Do ponto de vista do relevo e da hidrografia, Maringá apresenta declividades suaves

como ilustra a figura abaixo e situa-se no divisor de águas dos rios Pirapó e Ivaí que fazem parte da

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Bacia Hidrográfica do rio Paraná. Esse fator tem como conseqüência que as nascentes na zona

urbana são de pequeno volume de água, apresentando caixas de drenagem reduzidas, o que exige

um controle maior da drenagem urbana, para evitar processos erosivos.

Figura 10 – DECLIVIDADES MARINGÁ E SEU ENTORNO

Fonte: Disponível em http://www.itcg.pr.gov.br (acessado em 12/08/2010)

Figura 11 – BACIAS HIDROGRÁFICAS DO PARANÁ

Fonte: Disponível em

http://www.suderhsa.pr.gov.br/meioambiente/arquivos/File/suderhsa/DADOS%20ESPACIAIS/Bacias_Hidrograficas_A4.pdf (acessado em 12/08/2010).

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Figura 12 – POSIÇÃO DE MARINGÁ EM RELAÇÃO ÀS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO PIRAPÓ E IVAÍ

RIO IVAÍRIOTIBAGI

RIO PIRAPÓ

Fonte: Disponível em http://www.suderhsa.pr.gov.br/meioambiente/arquivos/File/suderhsa/mp01.pdf (acessado em

12/08/2010)

Figura 13 – PRINCIPAIS RIOS DE MARINGÁ

FONTE: GOOGLE (ACESSADO EM 28/08/2010)

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Segundo o Plano Diretor Municipal (2006), o manancial de abastecimento de Maringá

encontra-se com sua bacia hidrográfica comprometida devido ao baixo índice de cobertura vegetal

e uso do solo sem a infraestrutura necessária.

Grande parte da vegetação encontrada na área urbana localiza-se em reservas

florestais com matas naturais e parques municipais. Porém, a vegetação pública favorece a

paisagem urbana em Maringá, uma vez que as espécies plantadas nas vias com florações em

diferentes partes da cidade durante as diferentes épocas do ano garantem uma melhor qualidade

de vida na cidade. É possível identificar certas avenidas pela sua vegetação característica, como a

Avenida Duque Caxias e suas tamareiras no canteiro central; as palmeiras imperiais ladeadas de

pau ferro na Avenida XV de Novembro; os flamboyants na Avenida Tiradentes; o ipê roxo na

Avenida Brasil; a figueira na Avenida Luiz Teixeira Mendes; o pau ferro na Avenida Rio Branco; e a

grevílea no canteiro central da Avenida Gastão Vidigal.

Figura 14 – IMAGENS DA ARBORIZAÇÃO PÚBLICA DE MARINGÁ

Fonte: Disponível em www.hpbysandra.com.br. acessado em 08/09/2010.

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3. IDENTIFICAÇÃO DOS ATORES SOCIAIS E SUAS POTENCIALIDADES

Esse item corresponde ao levantamento de informações sobre as formas de organização

dos diversos grupos sociais que atuam o setor habitacional de interesse social e sua capacidade de

atuação.

A identificação dos atores sociais provenientes da sociedade civil foi realizada a partir

da capacitação dos técnicos municipais, que indicaram os atores a partir da importância da

participação de cada um deles na questão habitacional. Através dessas reuniões, de dinâmicas e

questionários que foram aplicados para o público que nelas compareceram foram definidos os

atores que, segundo a comunidade, mais influenciam na questão habitacional de Maringá.

Posteriormente foram realizadas entrevistas com diversos desses atores, buscando sua opinião

sobre a questão habitacional em Maringá.

3.1. Entrevistas com Atores Atuantes na Área de Habitação – Maringá

ENTREVISTA COM JURANDIR GUATASSARA BOEIRA

Guatassara é arquiteto urbanista, secretário de Planejamento Urbano em Maringá,

participa do Programa Nacional de Habitação e do Conselho Municipal e já participou do Plano

Nacional de Habitação.

Segundo Guatassara, a coabitação, a invasão em fundos de vale, a falta de terra e o

alto custo da mesma, para todas as classes, são as grandes deficiências habitacionais de Maringá.

Guatassara cita a diferença existente entre o preço dos lotes: enquanto os maringaenses demoram

20 anos para quitar um lote, em outras cidades levariam de 2 a 3 anos. E há mecanismos de

especulação muito fortes na cidade chegando ao ponto do poder público não tomar conhecimento.

Afirma ainda que em Maringá não existem favelas bem delimitadas pois as áreas de

pobreza estão espalhadas ao longo da cidade. Porém, existem áreas como Santa Felicidade e Paris

que são regiões com alto índice de drogadição.

Outro problema na questão habitacional de Maringá segundo Guatassara, são as ZEIS.

Apesar da existência de uma Lei Complementar para a ZEIS, não há demarcação de áreas definidas,

causando pulverização das casas ao longo do município. O poder público define uma área através

da outorga onerosa, lei de incentivo de forma público-privada e distribui por uma grande área

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urbana. De acordo com Guatassara, já são 900 casas em 27 lugares diferentes o que se torna

complicado para controle. A proposta de pulverização habitacional se justifica pela busca da

integração social, porém Jurandir afirma que moradores vizinhos a ZEIS reclamam de ter famílias de

baixa renda morando ao lado de suas casas desvalorizando o entorno.

Guatassara sugere que para melhorar os problemas habitacionais de Maringá, é

necessário que haja alargamento e regularização de vias e a formulação de diretrizes para

adequação dos espaços públicos existentes em todos os loteamentos. Atualmente há locais de

praças usados como habitação de interesse social. Sugere também novas tipologias de habitação:

mais casas, menos apartamentos uma vez que as famílias não têm condições de pagar o

condomínio.

ENTREVISTA COM ROSA MARIA MARQUES DE SOUSA

Rosa Maria é geógrafa, especialista em Cooperativismo na área de responsabilidade e

assistência social, participa da COCAMAR e faz parte da SASC, Secretaria de Assistência Social e

Cidadania.

Segundo Rosa Maria, a população em vulnerabilidade social é a maior prejudicada com

a deficiência habitacional. São essas famílias que o CRAS seleciona e ajuda. Já foram entregues mais

de 160 casas e faltam ainda 14 casas para conclusão de uma etapa. As famílias assistidas ainda

contam com acompanhamento e monitoramento durante seis meses. O cadastro para conseguir

assistência já passa de 600 registros atualizados.

Rosa ainda afirma que há habitações precárias nos conjuntos Madrid, Requião, Santa

Felicidade que enfrentam problemas de coabitação, drogadição, alcoolismo, zoonoses devido ao

convívio direto com animais e falta de organização da coleta de lixo reciclável. Sugere que para

melhoria dos problemas habitacionais, é necessário trabalho social junto ao CRAS, CREA, conselho

Tutelar e unidades básicas sociais, além da vigilância sanitária para tratar as zoonoses.

ENTREVISTA COM CLAUDINEI JOSÉ VECHI

Claudinei José Vechi é arquiteto e urbanista que trabalha há 6 anos na Secretaria de

Controle Urbano e Obras Públicas e participou de várias associações em Maringá como o Rotary, o

Conselho Municipal de Planejamento de Gestão Territorial e a Associação dos Engenheiros e

Arquitetos. Além disso, participou de diversas audiências públicas, sobretudo audiências do Plano

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Diretor. Segundo o arquiteto, na questão habitacional em Maringá, a oferta de habitação para as

famílias com renda de 3 a 6 salários mínimos é considerável e adequada, oposto da oferta a famílias

de 0 a 3 salários mínimos que estão dispersas pela cidade vivendo precariamente. Como exemplo

da falta de habitação para famílias de baixa renda, Claudinei citou o Núcleo Habitacional Santa

Felicidade que abriga coabitações e habitações precárias, além de vias estreitas.

A respeito da existência e localização das habitações em condições precárias, o

arquiteto disse que estão dispersas pela cidade, nos fundos de vale, mas são pontuais. Ele contou

que na época da gestão de João Paulino foi proibido loteamentos de habitação popular em Maringá

e houve a obrigação de se implantar toda a infraestrutura nos loteamentos acarretando o

inflacionamento no preço da terra e levando a população de baixa renda para Paiçandu e Sarandi,

deixando os problemas sociais de Maringá para as cidades dormitórios.

Os empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida - MCMV estão aquém da

demanda devido ao elevado custo da terra em Maringá, levando os conjuntos para os distritos e

municípios vizinhos, de acordo com o arquiteto. Atualmente, nos distritos existe interesse dos

empreendimentos imobiliários para o setor de 0 a 3 salários mínimos e de 3 a 6 s.m. (conjuntos

habitacionais), devido à proximidade com as indústrias, onde trabalha a população. As prefeituras

da região procuram a AMUSEP, a qual recorre a Maringá para avaliar e dar apoio na elaboração do

projeto e no termo de referência.

Já o mercado imobiliário de 6 a 10 s.m é muito aquecido em Maringá, segundo Vechi,

com destaque para a zona sul, zona central e zona sete com edifícios de 10 a 15 andares. Além

desse fator, a cidade se caracteriza pela prestação de serviço e pólo universitário, e conta com a

presença de muitas kitnets.

Claudinei considera como um dos principais problemas enfrentados na questão

habitacional de Maringá, o alto custo da terra. O elevado valor do terreno não se adéqua ao que a

Caixa Econômica Federal aceita, inviabilizando muitas iniciativas. Já nas casas construídas pelo PAC,

por não haver muitos vazios urbanos na cidade, utiliza-se apenas terrenos públicos, pulverizados

pela cidade. Vechi ainda afirmou que existe discussão para a expansão do perímetro urbano, mas

não há nada concretizado.

Outro problema enfrentado por Maringá são as construções irregulares. Segundo

Vecchi, a população constrói - predominantemente habitações unifamiliares – sem alvará e

posteriormente procura regularização. Porém, nem sempre é possível regularizar já que as

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construções não obedecem a recuos, taxa de permeabilidade nem a coeficiente de

aproveitamento.

ENTREVISTA COM JOÃO GRANADO RODRIGUES

João Granado Rodrigues, nascido em Maringá, é formado em engenharia civil e

membro da SINDUSCON. Atua no Abrigo Deus Cristo e Caridade há 17 anos e na Entidade Espírita, a

qual procura atender necessidades básicas de famílias carentes. Não possui vínculo empregatício

com o poder público atuando somente como construtor civil.

Para João Granado, a maior deficiência habitacional de Maringá é a dificuldade de

conseguir terreno devido aos elevados preços, gerando habitações precárias que apresentam casas

sem infraestrutura e regiões inteiras com precariedade habitacional como Santa Felicidade,

Requião, João de Barro, que possuem casas sem arrimo. É necessário que haja maior número de

moradias para que diminua o pagamento de aluguel.

Como sugestão para resolver o problema da moradia e Maringá, Rodrigues vê a

necessidade de mais equipamentos urbanos e a preocupação dos construtores de entregar casas

com materiais de boa qualidade para estimular a conservação e manutenção.

João Rodrigues explica que a preocupação do Abrigo Deus Cristo e Caridade – Entidade

Espírita é priorizar o atendimento às crianças, porém para atender as crianças, é necessário atender

aos pais também. As famílias ficam abrigadas em casas e recebem cestas básicas para construção

de casa com 42m². Até 1997/1998, as famílias que eram assistidas pela entidade recebiam

atendimento por 12 meses em casas de acolhimento e cerca de 70% a 90%, do salário do chefe da

família era depositado em uma conta poupança para efetivar a compra de terreno. Atualmente, o

prazo de permanência das famílias se estendeu para 18 meses. Com esse sistema, mais de 400

famílias já foram atendidas. Para manutenção do Abrigo, recebem um subsídio anual do município

e buscam doações junto ao empresariado de Maringá.

Entre 1984 e 1991, lançou-se cerca de 40 edifícios - condomínios. Nos anos 90 as

construções ficaram estagnadas devido a quedas de mercado. Desde 2003 os empreendimentos

tem se mantido, apesar dos custos estarem bastante elevados, novos investimentos foram

iniciados como a construção de 14 edifícios de grande porte. Atualmente, o mercado imobiliário

apresenta-se estabilizado. Porém, as famílias de baixa renda preferem residir em casas e não em

edifícios pela possibilidade de ampliação.

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ENTREVISTA COM HUGO HOFFMANN e LORETE S. HOFFMANN

Hugo Hoffmann participa do Núcleo Social Papa João XXIII há 25 anos e atualmente é o

presidente geral. Aposentado, mora em Maringá desde 1959. Lorete Hoffmann é responsável pela

coordenação dos cursos do Núcleo.

Segundo eles, a questão habitacional em Maringá é bastante precária e faltam

terrenos para a construção de casas. As famílias que não conseguem moradias em Maringá,

acabam indo para distritos ou cidades vizinhas, como Floriano, Paiçandu e Sarandi.

Para solucionar os problemas habitacionais, Hugo e Lorete Hoffmann sugerem a

criação de cotas para habitação de interesse social em todos os loteamentos aprovados e

necessidade de loteamentos para a população em situação de vulnerabilidade social e que haja

maior apoio do Ministério Público.

Segundo eles, as famílias fazem a inscrição no início de cada ano e uma equipe avalia -

conforme preenchimento do formulário, número de filhos, situação financeira – a situação de cada

família. O Núcleo conta com cerca de 25 voluntários e muitos deles já desenvolvem atividades há

mais de 20 anos. Para se manter, o Núcleo recebe subsídios municipais, cerca de 70 mil reais da

Prefeitura através do FIA, Fundo da Infância e Adolescência.

ENTREVISTA COM IRMÃ ADILES MARIA GUARDALBEN

Irmã Adiles, que reside em Maringá há 6 anos, é professora aposentada, pertence à

congregação São Vicente de Paula e participa de atividades com a comunidade no Núcleo Social

Papa João XXIII.

Para ela, a questão da habitação em Maringá gira em torno da dificuldade de se

conseguir comprar um terreno devido ao elevado custo da terra. Maringá está muito desprovida de

habitação para famílias de baixa renda e ocorrem muitos casos de coabitação em espaços

pequenos para a quantidade de pessoas residindo juntas.

Segundo irmã Adiles, a equipe do Núcleo Social prioriza o atendimento de famílias com

número maior de filhos pequenos, ou com mulheres como chefes de família. Todas as famílias que

procuram o Núcleo Social passam por uma triagem e permanecem cinco anos na casa cedida pelo

Núcleo, com direitos e deveres pré estabelecidos. Durante o período, pagam R$ 300,00 mensais

que ficam guardados em uma conta poupança para no final do período somarem cercas de 18 ou

20 mil reais para a aquisição de moradia. Algumas famílias ainda contam com a ajuda de

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“padrinhos” que auxiliam na aquisição de material para a construção da casa. Geralmente as

famílias saem após os cinco anos com a casa já adquirida e contam com auxílio jurídico para os

trâmites exigidos pela Caixa Econômica Federal. De acordo com irmã Adiles, no bairro Ney Braga, é

possível comprar casas de R$ 10 mil de entrada mais parcelamentos.

Irmã Adiles ainda disse que o Núcleo Social Papa João XXIII conta com uma escola que

inicialmente atendia apenas às crianças do próprio Núcleo, mas hoje já se estende para crianças da

vizinhança. Possuem além da escola, atividades diversas no contra-turno como capoeira, canto e

jogos. Até o ano 2000, a escola contava com 20 professores da Prefeitura, porém, atualmente a

escola é mantida pelos Irmãos Maristas. O Núcleo conta com 25 voluntários, 8 instrutores e 4 irmãs

aposentadas - voluntárias auto-sustentáveis.

ENTREVISTA COM ROMOALDO CARLOS FACCIN

Faccin é engenheiro agrônomo gerente geral da EMATER. Sua área de trabalho vai

além de Maringá, por isso não se considera a pessoa ideal para discutir Maringá.

Para Faccin, o número de loteamentos privados existentes em Maringá é altíssimo

devido à valorização dos terrenos fazendo com que a população de baixa e média renda compre

terrenos à prestação, com parcelas e juros altos em municípios como Sarandi e Paiçandu que

apresentam maiores deficiências habitacionais que Maringá.

Maringá por ser um aglomerado urbano, tem características voltadas para a prestação

de serviços, indústrias e também como uma cidade universitária apresenta muita rotatividade nos

endereços domiciliares. Tem a maior colônia japonesa, centro de Imigração Japonesa que nas

décadas de 80 e 90 investiram muito dinheiro no município.

Romoaldo critica o IBGE que ainda utiliza conceitos da década de 30 para definir os

aglomerados urbanos, dividindo-os em área urbana e área rural. Na Europa, hoje o que define os

aglomerados urbanos é a densidade populacional (pop/km²).

O agrônomo sugere que para diminuir o problema habitacional o poder público

deveria adquirir áreas de terras nas adjacências da região metropolitana de Maringá e investir em

loteamentos com parcerias estaduais e federais e reduzir o IPI do material de construção para

incentivar a construção civil. Ainda afirma que se fazem necessários investimentos em saúde e

educação além da habitação.

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ENTREVISTA COM ADOLFO COCHIA JUNIOR

Adolfo Junior é engenheiro civil, atua no Conselho Municipal de Planejamento e

Gestão Territorial, participou por 2 gestões do Sindicato da Indústria da Construção Civil da Região

Noroeste de Maringá. É conselheiro do CREA – comissão de estudos, e do CODEM, Conselho de

Desenvolvimento Econômico de Maringá além de coordenar a Câmara Estadual da Indústria da

Construção Civil – FIEP. Está envolvido em diversas entidades e sempre atua nas discussões e

planejamento urbano da cidade.

Cochia acredita que planejamento é fundamental para melhorar o déficit habitacional

de Maringá. Para ele o município deve se preocupar com equipamentos urbanos quando

transformar áreas residenciais em áreas comerciais, pois muda toda a estrutura, inclusive as

dimensões das vias.

Adolfo se preocupa com a acessibilidade das construções de 4 pavimentos, que para

ele, já deveriam incluir elevadores. E afirma que uma vez priorizado o atendimento para população

de 0 a 3 salários mínimos ou de 3 a 6 s.m., é necessário identificar o perfil dessa população, atender

os problemas e planejar soluções desde o início: quanto mais baixa for a renda, maior a

necessidade de Escolas Profissionalizantes para geração de renda.

Acredita que é necessária a aglomeração de empreendimentos, por que estão muito

dispersos pela cidade. Minimiza custos de infraestrutura, distribuição de energia elétrica, coleta de

lixo, entre outros. E seria considerável inserir ZEIS nos loteamentos.

ENTREVISTA COM MARCIA CALDERAN DE MORAES e JANE MARIA MORTEAM CHICARELLE

Márcia é assistente social e coordenadora do Trabalho Técnico Social e Jane Maria

também é assistente social. Foram contratadas para o PAC através da empresa de Curitiba “Espaço

de Vida Propaganda e Marketing”.

Márcia explicou que o cadastro do CRAS alimenta e atualiza o cadastro da Habitação.

Cerca de 600 cadastros estão sendo atualizados com critérios que estabelecem prioridade em

relação ao perfil de vulnerabilidade social dos interessados em adquirir moradias que estão sedo

entregues desde outubro de 2009. Há critérios como renda familiar, mulher como chefe de família,

pessoas com necessidades especiais, idosos, número de filhos, pessoas que moram no distrito,

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entre outros. Existem hoje mais de 20 mil inscrições ao todo, com uma média de 40 inscrições

diárias.

O programa está dividido em quatro etapas: primeira, entrega de 169 casas; segunda,

reforma do espaço físico do CRAS da região; terceira, entrega de mais 312 casas e quarta, entrega

de 184 casas. Está sendo realizado ainda um trabalho social com reuniões mensais que abordam 3

eixos: o meio ambiente, geração de trabalho e renda, e convivência familiar. As pessoas assinam

termos de adesão se comprometendo com a participação. O programa ainda trabalha a auto-

estima da população através de cursos de cuidados pessoais, manicure-pedicure, entre outros.

As assistentes sociais ainda disseram que através do programa “linha de interesse”,

casas estão sendo demolidas para abertura de ruas. As famílias estão sendo monitoradas na fase de

adaptação de hábitos e costumes.

ENTREVISTA COM ANA LUCIA RODRIGUEZ

Ana Lucia Rodriguez é graduada em Ciências Sociais e pós doutora em Urbanismo,

docente na Universidade Estadual de Maringá (UEM) desde 1988 e atua no Observatório das

Metrópoles no Núcleo de Pesquisa vinculado ao Centro de Ciências Humanas da UEM. Faz parte da

Associação dos Docentes da UEM, no Conselho de Planejamento e Gestão Territorial, no Fórum

Maringaense pelo Direito à Cidade e coordena o PLHIS de Campo Mourão e Marialva.

A respeito da questão habitacional em Maringá, Ana Lucia afirma que essa é uma

questão importante que não ganha atenção necessária do poder público. Segundo ela, o poder

público não reconhece a demanda, visto que a fila para conseguir moradia é de cerca de 20.000

famílias, 1/5 das famílias maringaenses, uma vez que o total de famílias é de 100.000. A coabitação

e o aluguel são indicadores da demanda habitacional em Maringá. De acordo com Ana Lucia, se

considerarmos o contexto local, o déficit habitacional é pequeno, porém, num contexto

metropolitano, os índices se tornam representativos. Grande parte da população que não teve sua

demanda por moradia atendida em Maringá compõe o déficit de Paiçandu e Sarandi. Deve ser

levado em conta, segundo Ana Lucia, o movimento pendular que é de 50% da população de Sarandi

em direção à Maringá e deve haver uma discussão entre os municípios para ações efetivas de

caráter metropolitano. Houve um ensaio com o envolvimento do METROPLAN, mas não houve

avanço. Em Mandaguaçu, por exemplo, em uma população de 8 mil habitantes, 5 mil são resultado

de realocações antigas de Maringá, nas década de 1970 e 1980, gestão de João Paulino e Said

Ferreira.

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Uma das dificuldades de se diminuir a demanda de habitações, diz Ana Lucia, é a falta

de uma zona específica para ZEIS. Não existe no Plano Diretor nem no município, ZEIS delimitadas.

O Conselho Municipal está elaborando uma minuta para encaminhar à prefeitura para tentar

regularizar a questão. Existe uma lei definindo o que é ZEIS em Maringá, mas não aponta os locais,

fazendo com que os loteadores solicitem por decreto do poder executivo a flexibilização dos

parâmetros de qualquer área, mesmo que não seja possível implantar empreendimentos para as

faixas de renda entre 0 a 3 s.m., em função do custo da terra. Assim, o mercado tem utilizado a

flexibilização do zoneamento para empreendimentos voltados apenas para as faixas de renda de 3

a 6 s.m., não atendendo a demanda da população carente. Toda a esfera participativa está ocupada

pelos agentes imobiliários, dificultando a modificação da lógica de mercado. O mercado imobiliário

tem atuado nas faixas de 6 a 10 salários mínimos, somente com o MCMV se verifica alguns

empreendimentos de 0 a 3 s.m. Existem ainda, muitos vazios urbanos na cidade, não só

subutilizados, mas também não ocupados.

Ana Lucia sugeriu ainda que o PLHIS rompa com a dinâmica imobiliária e defina uma

Política Habitacional efetiva. Nos distritos, a implantação de conjuntos habitacionais deve ser

cuidadosa porque a área em questão foi planejada para receber indústrias pesadas. A população ali

residente está vinculada a atividades locais e os empreendimentos populares destes distritos

acabam recebendo também a população residente na Sede, não oferecendo moradia digna para

todos.

Segundo Ana Lucia, a imagem mental que se faz de Maringá é a de uma cidade de

investimentos onde pessoas de baixa renda não são bem vindos. E a população tem dificuldade de

mudar e aceitar a democratização da terra. O alto preço da terra faz com que a segregação social se

mantenha. Desde o surgimento da cidade a lógica mercantilista está presente, nunca houve uma

gestão municipal em que houvesse um direcionamento para a gestão democrática do terreno,

tanto por uma questão política quanto cultural.

3.2. Síntese das Entrevistas

Houve uma unanimidade nas preocupações dos entrevistados, com diferentes perfis

profissionais, quanto à valorização do preço da terra em Maringá, que produz grandes dificuldades

para implementação de habitação de interesse social no município, gerando uma disfunção, que é

o afastamento das famílias mais carentes do município para os municípios da região metropolitana.

Page 60: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

60

Foram relatadas várias experiências de entidades filantrópicas que estão sendo

desenvolvidas no município em prol das famílias mais carentes, auxiliando-as na aquisição da casa

própria. Em algumas, foram dadas condições para as famílias morarem provisoriamente em casas

das entidades, enquanto poupavam para poder comprar a casa em um programa do poder público.

Pelos relatos apresentados, constata-se que essas soluções foram bem sucedidas e que poderiam

servir de inspiração para programas públicos de habitação.

Outra questão que obteve unanimidade foi que, para resolver o problema da

habitação é necessária a implantação de infraestrutura e de equipamentos públicos nas áreas onde

elas serão construídas. Outras situações identificadas foram as referentes a coabitação e aluguel

muito caro.

É importante observar que essas constatações foram também manifestadas nas

oficinas populares que foram realizadas nos diversos bairros, onde a população ponderou que é

difícil entrar num programa de habitação de interesse social tendo que continuar a pagar o aluguel

durante a construção do conjunto e sabendo de antemão que a fila do cadastro chega a

aproximadamente 20.000 famílias.

Page 61: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

61

4. CARACTERIZAÇÃO DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS

4.1. Caracterização do contingente populacional que demanda

investimentos habitacionais

O dimensionamento das necessidades para o setor habitacional implica na identificação do

contingente populacional que precisa de investimentos para a habitação ou terrenos, segundo as

suas particularidades e características, considerando o domicílio – estrutura física que abriga,

protege e fornece serviços e comodidades a seus ocupantes, e as pessoas – que normalmente

constituem unidades familiares com valores culturais, demográficas, econômicas e sociais.

Um dos condicionantes da demanda habitacional refere-se ao estoque de habitações, atual

e futuro, formado pelas peculiaridades da população, nos aspectos de crescimento (crescimento

vegetativo e migração), estrutura etária e padrões culturais e de comportamento na capacidade

social e econômica de formação de novos domicílios.

O equacionamento da demanda habitacional compreende a individualização das

necessidades habitacionais, a sua quantificação e qualificação.

As necessidades habitacionais abrangem o conhecimento da segmentação da população,

com a identificação da composição familiar, gênero, idade, nível de instrução, renda, composição

do domicílio, entre outras.

Figura 15– ESQUEMA DOS ASPECTOS ADOTADOS PARA A IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS, BASEADO NO ESTUDO DA FJP

FONTE: RZS (2009)

Page 62: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

62

4.2. Metodologia para o Cálculo das Necessidades Habitacionais de Maringá

Para o cálculo das necessidades habitacionais, partiu-se da metodologia desenvolvida

pela Fundação João Pinheiro (FJP), adotada pelo Ministério das Cidades como referencial básico

para o diagnóstico nacional. Essa abordagem se justifica, entre outras coisas, por distinguir, no

âmbito do conjunto das situações de inadequação e de precariedade das condições de moradia,

aquelas cuja solução passa pela construção de novas unidades, em novo terreno, daquelas cuja

solução passa por melhorias nas unidades (como reforma e ampliação) ou melhorias no entorno

(como problemas de infra-estrutura).

Com a metodologia da Fundação João Pinheiro, a situação das habitações pode ser

caracterizada ou como inadequação habitacional, exigindo melhoramentos, mas sem remoção, ou

como déficit, em que é necessário o reassentamento, apenas nos casos de situações não

consolidáveis, como áreas de risco, ou necessidades de desadensamento para adequação ao

projeto de urbanização. A metodologia empregada pela FJP tem como base os dados produzidos

pelo IBGE, particularmente o Censo Demográfico, permitindo a sua aplicação em todo o território

nacional e a comparabilidade dos dados.

Para efeito do PLHIS, partiu-se da caracterização dos domicílios de Maringá, conforme

o Censo Demográfico de 2000 – IBGE. Sobre isso, cabe ressaltar que a Contagem Populacional de

2007 não apresenta o detalhamento necessário para a utilização da metodologia da FJP, o que

obrigou a utilização dos dados censitários de 2000.

Outra informação importante para o PLHIS é a demanda futura por moradia, que

corresponde a uma quantidade de moradias que deve ser acrescida ao estoque para acomodar o

crescimento populacional projetado.

Visando subsidiar a construção da política pública de habitação no país, a Secretaria

Nacional de Habitação (SNH) do Ministério das Cidades lançou a publicação Demanda futura por

moradias: Uma abordagem demográfica (OLIVEIRA, 2009), organizada a partir do estudo

elaborado pela equipe do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais

(CEDEPLAR).

A SNH tem empreendido diversas ações no sentido de preencher as lacunas de

conhecimento relacionado ao setor habitacional brasileiro. Um dos eixos desse esforço tem sido a

contratação de estudos e pesquisas com abrangência nacional, visando dotar a comunidade de

políticas públicas de habitação de informações para o planejamento habitacional e urbano.

Page 63: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

63

Além de ter subsidiado a construção do Plano Nacional de Habitação (PlanHab), o

estudo que originou esta publicação é mais um instrumento para apoiar estados e municípios em

seu planejamento local. A publicação Demanda futura por moradias: Uma abordagem demográfica

apresenta um detalhado estudo sobre a projeção da demanda futura por moradias no conjunto do

país, com resultados para os estados e municípios no horizonte temporal dos próximos quinze

anos. (OLIVEIRA, 2009)

A projeção da demanda por moradia foi realizada para o total de domicílios. Para

efeito do PLHIS, foi considerado apenas o percentual da população nas faixas de renda (de 0 a 3

SM;e de 3 a 5 SM) prioritárias para o atendimento da política habitacional. Para a obtenção do

percentual que essas faixas representavam na demanda total por domicílios, foi utilizado o

percentual de 2000, sabendo-se que existe uma margem de erro no cálculo, uma vez que elas

podem ter aumentado ou diminuído no período. No entanto, segundo orientação do Ministério das

Cidades, “Vale ressaltar que uma estimativa baseada no conhecimento da realidade, mesmo que

imprecisa, já significa uma primeira aproximação. É melhor ter esta aproximação da realidade

registrada no Plano. O mais importante é organizar uma base de dados, a partir das informações e

dos recursos disponíveis, que seja passível de atualização com baixo custo e que possa fornecer

informações adequadas para o planejamento de intervenções futuras" (MINISTÉRIO DAS CIDADES,

2009).

4.3. Necessidades Habitacionais da Região Metropolitana de Maringá

Em 2010 a Região Metropolitana de Maringá teve um acréscimo de 12 municípios,

como foi relatado anteriormente nesse documento. Com isso, criou-se uma dificuldade em analisar

as necessidades habitacionais da nova região metropolitana, uma vez que os organismos de

pesquisa que elaboraram estudos sobre o déficit habitacional no Brasil e no Paraná ainda não

produziram material que permita essa análise. Em vista disso, optou-se por apresentar os

resultados existentes para os municípios que compunham anteriormente a Região Metropolitana

de Maringá, uma vez que os mesmos representam a aglomeração urbana consolidada, onde está

ocorrendo o processo de conurbação urbana e, onde estão expressados os maiores problemas

habitacionais da região.

Segundo o Atlas das Necessidades Habitacionais do Paraná: Regiões Metropolitanas

(IPARDES, 2004), o déficit habitacional da Região Metropolitana de Maringá em 2000, se

Page 64: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

64

considerado percentualmente em relação ao total de domicílios, se apresentava maior que o da

Região Metropolitana de Curitiba. Enquanto o município pólo apresentava um déficit

percentualmente maior que os demais municípios, esses apresentaram um percentual maior em

relação à deficiência por infraestrutura.

Tabela 13 – SÍNTESE DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS DAS REGIÕES METROPOLITANAS DE MARINGÁ - 2000.

Região Metropolitana Domicílios

particulares permanentes

Déficit Habitacional

Inadequação Habitacional

Domicílios %

Por Infraestrutura Domicílios com

adensamento excessivo

Domicílios com

carência

Domicílios com

deficiência

Região metropolitana de Maringá

Pólo 84.208 5.113 6,07 1.492 32.379 2.247

Demais municípios 53.917 2.880 5,34 4.431 36.323 2.110

Total RMM 138.125 7.993 5,78 5.923 68.702 4.357

TOTAL DO PARANÁ 2.663.037 169.227 6,35 494.958 820.767 117.595

FONTES: IBGE – Censo Demográfico (arquivo de microdados), IPARDES

Para a elaboração do Atlas foram consideradas as Áreas de Expansão da Amostra

(AEDs) que resultam da agregação de Setores Censitários de acordo com critérios estabelecidos

pelo IBGE. A figura abaixo mostra a divisão espacial das AEDs na RMM/2000.

Figura 16 – DIVISÃO POLÍTICA, SEGUNDO ÁREAS DE EXPANSÃO DA AMOSTRA (AEDS)

Fonte: IPARDES, 2004.

Page 65: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

65

Na tabela nº 13 é apresentada uma síntese da situação da RMM com os municípios

que a compunham em 2000, em relação ao déficit habitacional. O déficit habitacional da

RMM/2000 está representado na figura abaixo, segundo o número de domicílios, e pode-se

observar que os municípios de Mandaguaçu, Paiçandu e Maringá eram os que apresentavam o

maior número de ocorrências.

Figura 17 – DÉFICIT HABITACIONAL SEGUNDO ÁREAS DE EXPANSÃO DA AMOSTRA (AEDS), 2000.

Fonte: IPARDES, 2004.

Também é possível constatar que as famílias conviventes predominavam nas zonas

rural e periférica da área urbana de Maringá, como também nos municípios de Sarandi,

Mandaguari e Floresta, apresentando um percentual variando entre 5,17% e 10,32%.

Page 66: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

66

Figura 18 – FAMÍLIAS CONVIVENTES SEGUNDO ÁREAS DE EXPANSÃO DA AMOSTRA (AEDS), 2000.

Fonte: IPARDES, 2004.

A coabitação disfarçada predominava nos municípios de Marialva, Ângulo e Floresta.

No entanto, os municípios de Sarandi e Iguaraçu apresentavam um percentual grande de

ocorrências no se território.

Figura 19 – COHABITAÇÃO DISFARÇADA SEGUNDO AEDS, 2000

Fonte: IPARDES, 2004.

Quanto à inadequação habitacional por carência de infraestrutura, com exceção das

áreas centrais de Maringá, que apareceram no intervalo de 0,00% a 15,93%, a maior parte dos

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67

domicílios se encontravam no intervalo de “63,75% e mais” do total dos domicílios com

inadequação habitacional por carência de infraestrutura.( Figura 20)

Maringá, em 2000 apresentava um déficit habitacional de 5.113 habitações, enquanto

a soma dos demais municípios era de 2.880 habitações, totalizando 7.993 domicílios na RMM/2000.

Quanto à inadequação habitacional por carência de infraestrutura, Maringá apresentava um total

de 28.542 domicílios e os demais municípios somavam 34.658 domicílios, totalizando 63.200

domicílios na RMM/2000.

Quanto aos domicílios com adensamento excessivo, Maringá registrava 2046

domicílios, enquanto os demais somavam 1.858, totalizando 3.904 domicílios na RMM/2000.

Figura 20 – INADEQUAÇÃO HABITACIONAL POR INFRAESTRUTURA SEGUNDO ÁREAS DE EXPANSÃO DA AMOSTRA (AEDS), 2000

Fonte: IPARDES, 2004.

Page 68: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

68

Tabela 14 – TOTAL DE DOMICÍLIOS E DÉFICIT HABITACIONAL, SEGUNDO OS MUNICÍPIOS DA RMM, 2000.

Município Domicílios particulares

permanentes

Déficit habitacional

Domicílios %

Maringá 84.208 5.113 6,07

Ângulo 831 41 4,93

Floresta 1.476 93 6,30

Iguaraçu 1.029 56 5,44

Mandaguaçu 4.703 192 4,08

Mandaguari 9.167 560 6,11

Marialva 8.101 287 3,54

Paiçandu 8.559 401 4,69

Sarandi 20.038 1.250 6,24

Total do pólo 84.220 5.113 6,07

Total demais municípios 53.917 2.880 5,34

Total RMM 138.137 7.993 5,79

TOTAL DO PARANÁ 2.663.037 169.227 6,35

FONTE: IBGE – Censo Demográfico 2000 (arquivo de microdados), IPARDES.

Tabela 15 – INADEQUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS, RMM, 2000.

Município INADEQUAÇÃO FUNDIÁRIA (1)

ADENSAMENTO EXCESSIVO (1)

DOMICÍLIO SEM BANHEIRO (1)

CARÊNCIA DE INFRA-ESTRUTURA (2)

Abs.

% dos domicílios urbanos

Abs. % dos

domicílios urbanos

Abs. % dos

domicílios urbanos

Abs. % dos

domicílios urbanos

Ângulo 11 1,72 23 3,59 7 1,09 633 98,75

Iguaraçu 36 4,40 24 2,93 20 2,44 490 59,83

Mandaguaçu 111 2,80 163 4,10 44 1,11 2.307 58,10

Mandaguari 181 2,17 255 3,06 139 1,67 5.588 67,12

Marialva 209 3,27 173 2,71 63 0,99 2.389 37,37

Maringá 1.620 1,95 2.046 2,47 628 0,76 28.542 34,40

Paiçandu 157 1,89 360 4,33 136 1,64 6.419 77,28

Sarandi 501 2,57 860 4,41 144 0,74 16.832 86,25

Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI) Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas Notas: Municípios de população na cidade, inferior a 20.000 habitantes foram agrupados em "DEMAIS MUNICÍPIOS". (1) Apenas casas e apartamentos urbanos. (2) Casas e apartamentos urbanos que não possuem um ou mais dos serviços de infraestrutura: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica, e coleta de lixo.

Os resultados do Censo de 2000 demonstram que o problema da região está mais

concentrado na deficiência de infraestrutura, enquanto que o déficit habitacional, apesar de ser

representativo na realidade local, apresenta-se abaixo dos percentuais do Paraná.

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69

4.4. Síntese das Necessidades Habitacionais da Região Metropolitana de

Maringá - RMM

O quadro abaixo apresenta uma síntese das principais potencialidades e deficiências

habitacionais da Região Metropolitana de Maringá (considerando apenas os municípios que

integravam a RM na época), a partir das informações coletadas.

Quadro 2 – POTENCIALIDADES E DEFICIÊNCIAS – NECESSIDADES HABITACIONAIS DA RMM

POTENCIALIDADES DEFICIÊNCIAS

Déficit habitacional em relação ao total de

domicílios na RMM menor que a média

paranaense.

Déficit quantitativo de aproximadamente 7.993

habitações, sendo 5.113 em Maringá e 2.880

nos demais municípios da RMM.

Pouca ocorrência de ocupações irregulares.

Demanda por infraestrutura nas áreas urbanas

municipais, uma vez que 63.200 domicílios

apresentam carência de infraestrutura.

O relevo natural de Maringá, facilitando a

implantação de conjuntos habitacionais.

Alto custo do aluguel em Maringá onerando as

famílias de baixa renda.

Produção de Habitação de Interesse Social pela

Prefeitura Municipal de Maringá

A coabitação é o maior problema com relação

ao déficit habitacional da RMM/2000.

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70

4.5. Necessidades Habitacionais de Maringá

Nesse item são apresentadas as projeções do déficit habitacional para os anos de

2010, 2013, 2017 e 2021, a partir da metodologia explicitada no início do capítulo 4. O objetivo na

escolha dos anos para a projeção é a possibilidade de utilizá-la para a elaboração dos Planos

Plurianuais de Investimentos – PPAs, quando será necessária essa informação para elaboração das

propostas de investimentos na área de habitação.

A Tabela 16 apresenta as projeções referentes ao período de 2000 até 2021 para

Maringá. A Tabela 17 discrimina essa demanda por faixas de renda. A projeção da demanda

demográfica, segundo o referido estudo, aponta que o acréscimo de domicílios em Maringá até

2021 será de 138.477 domicílios, sendo que dessas, 62.173 unidades na faixa de renda de 0 a 5

salários mínimos, aproximadamente 45% do total da demanda.

É importante destacar que, mantida a tendência atual, a população rural de Maringá

tende a decrescer. No entanto, com a possibilidade aberta pela Lei nº 819/2010 que altera a Lei

nº334/1999 que dispõe sobre o parcelamento do solo, de permitir a implantação de loteamentos

fechados na Macrozona Rural, a área rural tenderá a diminuir, uma vez que essas áreas passarão a

compor o perímetro urbano municipal.

Tabela 16 - PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES– 2000 A 2021

Município DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES (1)

Maringá TOTAL ZONA URBANA ZONA RURAL

2.000 84.208 82.890 1.318

2.010 113.090 111.320 1.770

2.013 120.137 118.257 1.880

2.017 129.606 127.577 2.029

2.021 140.581 138.381 2.200

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. (1) Totais obtidos através do processamento dos microdados do Censo Demográfico 2000.

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Figura 21- DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES - MARINGÁ

FONTE: RZS a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

No que se refere à projeção das faixas de renda da população, como já foi explicado

anteriormente, não tendo outra fonte de dados confiável, foi feita uma estimativa de que o

crescimento populacional até 2021 manteria a mesma distribuição percentual das faixas de renda.

A faixa com renda inferior a três salários mínimos representa 24,30% dos domicílios urbanos

enquanto que a faixa de 3 a 5 representa 20,60%. Os domicílios com rendas entre 0 e 5 s.m. somam

44,90% do total do município, (62.173 habitações) o que é bastante significativo, tendo em vista

que esse é o público prioritário para o atendimento pelo PLHIS.

Tabela 17- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR

ANO

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)

ATÉ 3 > 3 A 5 > 5 A 10 > 10 TOTAL

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

2000 20.140 24,3 17.099 20,6 22.861 27,7 22.790 27,5 82.890 100

2010 27.051 24,3 22.944 20,6 30.755 27,7 30.570 27,5 111.320 100

2013 28.716 24,3 24.375 20,6 32.712 27,7 32.454 27,5 118.257 100

2017 30.981 24,3 26.280 20,6 35.291 27,7 35.025 27,5 127.577 100

2021 33.607 24,3 28.520 20,6 38.282 27,7 37.972 27,5 138.381 100

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

99%

1%

DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES

URBANA RURAL

Page 72: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

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Figura 22 - DOMICÍLIOS URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR - MARINGÁ

FONTE: RZS / Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

4.6. Déficit Habitacional ou Déficit Quantitativo

O Déficit Habitacional ou Déficit quantitativo refere-se à quantificação de necessidade de

reposição de unidades habitacionais precárias e o atendimento às famílias que não dispõem de

moradia em condições adequadas. Pelos dados de 2000, em Maringá esse déficit corresponde a

5.113 unidades, sendo 5.056 unidades na área urbana.

De acordo com os conceitos da FJP, considera-se na composição do déficit habitacional a

necessidade de produção de novas habitações devido à parte do estoque de domicílios não

oferecer as condições básicas de uma moradia, ou à existência de famílias que comprometem

excessivamente sua renda com aluguel. A esses conceitos, soma-se também a existência de

domicílios em assentamentos precários que necessitam ser removidos. As situações nas quais os

domicílios não oferecem as condições básicas de moradia são os chamados domicílios “rústicos”,

“improvisados”, “cômodos alugados ou cedidos” e “famílias conviventes”.

Os “domicílios rústicos” são aqueles predominantemente “construídos” com material

improvisado e devem ser repostos (reconstruídos), seja por que não apresentam paredes de

alvenaria ou madeira aparelhada, seja porque representam desconforto e riscos de contaminação

por doenças e insalubridade.

Os “domicílios improvisados” são locais utilizados como moradia tendo sido construídos

com outra finalidade, denotando necessidade de novas habitações. Exemplos: caixas de papelão,

24%

21%28%

27%

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR(EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)

ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 MAIS DE 5 A 10 MAIS DE 10

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73

vãos de pontes, carcaças de veículos. O Censo Demográfico de 2000 identificou 141 domicílios

improvisados em Maringá, sendo aproximadamente 117 na área urbana.

É chamada de “famílias conviventes”, mais de uma família composta por pelo menos duas

pessoas (famílias conviventes secundárias) residindo no mesmo domicílio da família considerada

“principal”. O Censo Demográfico de 2000 identificou 4.636 famílias nesta condição, sendo que

apenas 33 estão situadas na área rural. Assim, em Maringá, 99,28% das famílias conviventes estão

situadas na área urbana e 64,30% delas estão na condição de renda familiar até 3 salários mínimos.

Em Maringá, em 2000, 9.724 domicílios se encontravam vagos, sendo que desses, 9.434 se

localizavam na área urbana e 290 na área rural. Não foi realizada projeção desses valores, porque a

tendência é a diminuição dessa situação frente à pressão por mais moradias que tende a ocorrer no

município.

A tabela 19 demonstra que, se nada for feito na área habitacional pelo município, em 2021

o déficit habitacional atingirá o valor total de 8.575 unidades, sendo que 8.435 na área urbana e

141 na área rural.

Tabela 18- PROJEÇÃO ESTIMATIVA DO DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO (1)

Município DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO (2)

ABSOLUTO % DO TOTAL DOS DOMICÍLIOS

Maringá Total Urbana Rural Total Urbana Rural

2000 5.113 5.056 57 6,1 6,0 0,1

2010 6.898 6.785 113 6,1 6,0 0,1

2013 7.328 7.208 120 6,1 6,0 0,1

2017 7.906 7.776 130 6,1 6,0 0,1

2021 8.575 8.435 141 6,1 6,0 0,1

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. NOTAS: (1) Déficit habitacional básico: soma da coabitação familiar, dos domicílios improvisados e dos rústicos, (2) Para municípios o déficit habitacional básico não inclui as estimativas de domicílios rústicos inferiores a 50 unidades.

Page 74: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

74

Figura 23 - DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO

FONTE: RZS / Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

Obedecendo a composição do déficit quantitativo adotada pela FJP, foi realizada a

projeção de cada um dos itens, sendo que não consta a ocorrência de domicílios rústicos no

município.

Tabela 19- PROJEÇÃO DA ESTIMATIVA DOS COMPONENTES DO DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO (1) MARINGÁ

ANO

DOMICÍLIOS IMPROVISADOS

FAMÍLIAS CONVIVENTES CÔMODOS

DOM.

RÚSTICOS (2)

TOTAL

Total Urb. Rural Total Urb. Rural Total Urb. Rural Total

2000 141 117 24 4.636 4.603 33 336 336 0 0 5.113

2010 190 158 32 6255 6210 45 453 453 0 0 6.898

2013 202 168 34 6645 6597 47 482 482 0 0 7.328

2017 218 181 37 7168 7117 51 520 520 0 0 7.906

2021 236 196 40 7775 7720 55 564 564 0 0 8.575

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

Figura 24 - ESTIMATIVAS DOS COMPONENTES DO DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO

FONTE: RZS / Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

99%

1%

DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO

urbana

rural

3%

91%

6%

ESTIMATIVA DOS COMPONENTES DODÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO

DOMICÍLIOS IMPROVISADOS FAMÍLIAS CONVIVENTES CÔMODOS

Page 75: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

75

Tabela 20- PROJEÇÃO DA COABITAÇÃO FAMILIAR E DOMICÍLIOS IMPROVISADOS URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA

ANO

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)

ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 MAIS DE 5 A 10 MAIS DE 10 TOTAL

Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto %

2000 3.253 64,3 986 19,5 582 11,5 235 4,7 5.056 100

2010 4.911 64,3 1.488 19,5 879 11,5 355 4,7 6.785 100

2013 5.217 64,3 1.581 19,5 933 11,5 377 4,7 7.208 100

2017 5.628 64,3 1.706 19,5 1.007 11,5 407 4,7 7.776 100

2021 6.104 64,3 1.850 19,5 1.092 11,5 441 4,7 8.435 100

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

Figura 25 - COABITAÇÃO FAMILIAR E DOMICÍLIOS IMPROVISADOS URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA

FONTE: RZS / Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

Tabela 21- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS IMPROVISADOS, POR SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO

ANO DOMICÍLIOS IMPROVISADOS % EM RELAÇÃO AOS DOMICÍLIOS

PARTICULARES (1)

TOTAL URBANO RURAL TOTAL URBANO RURAL

2000 141 117 24 0,2 0,1 1,9

2010 190 158 32 0,2 0,1 1,9

2013 202 168 34 0,2 0,1 1,9

2017 218 181 37 0,2 0,1 1,9

2021 236 196 40 0,2 0,1 1,9

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

64%19%

12% 5%

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR EM SALÁRIOS-MÍNIMOS

ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 MAIS DE 5 A 10 MAIS DE 10

Page 76: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

76

Figura 26 - DOMICÍLIOS IMPROVISADOS, POR SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO

FONTE: RZS / Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

Tabela 22- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS IMPROVISADOS, POR FAIXAS DE RENDA

ANO

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)

ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 MAIS DE 5 A 10 MAIS DE 10 TOTAL

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

2000 26 22,2 27 23,1 9 7,7 55 47,0 117 100

2010 39 22,2 41 23,1 13 7,7 83 47,0 158 100

2013 42 22,2 43 23,1 14 7,7 88 47,0 168 100

2017 45 22,2 47 23,1 15 7,7 95 47,0 181 100

2021 49 22,2 51 23,1 17 7,7 103 47,0 196 100

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

Figura 27 - DOMICÍLIOS URBANOS IMPROVISADOS, POR FAIXAS DE RENDA

FONTE: RZS / Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI)

83%

17%

DOMICÍLIOS IMPROVISADOS

URB. RURAL

22%

23%8%

47%

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAREM SALÁRIOS-MÍNIMOS

ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 MAIS DE 5 A 10 MAIS DE 10

Page 77: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

77

Tabela 23- PROJEÇÃO DAS FAMÍLIAS CONVIVENTES, POR SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO

Município FAMÍLIAS CONVIVENTES % DOS DOMICÍLIOS

PARTICULARES PERMANENTES

Maringá TOTAL URB. RURAL TOTAL URB. RURAL

2000 4.636 4.603 33 5,5 5,55 2,64

2010 6255 6210 45 5,5 5,55 2,64

2013 6645 6597 47 5,5 5,55 2,64

2017 7168 7117 51 5,5 5,55 2,64

2021 7775 7720 55 5,5 5,55 2,64

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

Tabela 24- PROJEÇÃO DAS FAMÍLIAS CONVIVENTES URBANAS, POR FAIXAS DE RENDA

Município FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)

Maringá ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 MAIS DE 5 A 10 MAIS DE 10 TOTAL

Ano Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

2000 3.012 65,4 909 19,8 519 11,3 163 3,5 4.603 100

2010 4.547 65,4 1.372 19,8 783 11,3 246 3,5 6210 100

2013 4.830 65,4 1.458 19,8 832 11,3 261 3,5 6597 100

2017 5.211 65,4 1.573 19,8 898 11,3 282 3,5 7117 100

2021 5.652 65,4 1.706 19,8 974 11,3 306 3,5 7720 100

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

Os chamados “cômodos alugados ou cedidos” são as famílias que moram em quartos ou

cômodos alugados ou cedidos usando de forma comum áreas de acesso e equipamentos sanitários,

com ausência de privacidade. O Censo Demográfico de 2000 identificou 336 cômodos em Maringá,

todos na área urbana do município sendo que 63,98% dessas famílias estão inseridas na faixa de

rendas de 0 e 3 s.m.

Tabela 25- PROJEÇÃO DOS CÔMODOS (1), POR SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO

Município CÔMODOS % DOS DOMICÍLIOS

PARTICULARES PERMANENTES

Maringá TOTAL URB. RURAL TOTAL URB. RURAL

2000 336 336 0 0,4 0,4 0

2010 453 453 0 0,4 0,4 0

2013 482 482 0 0,4 0,4 0

2017 520 520 0 0,4 0,4 0

2021 564 564 0 0,4 0,4 0

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

Page 78: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

78

Tabela 26- PROJEÇÃO DOS CÔMODOS (1) URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA

Município FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)

Maringá ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 MAIS DE 5 A 10 MAIS DE 10 TOTAL

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

2000 215 64,0 50 14,9 54 16,1 17 5,1 336 100

2010 325 64,0 75 14,9 82 16,1 26 5,1 453 100

2013 345 64,0 80 14,9 87 16,1 27 5,1 482 100

2017 372 64,0 87 14,9 93 16,1 29 5,1 520 100

2021 403 64,0 94 14,9 101 16,1 32 5,1 564 100

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. (1) Considerou-se o total dos cômodos próprios, alugados e cedidos, exceto os cedidos por empregador.

Figura 28- CÔMODOS (1) URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA

FONTE: RZS / Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI).

Quanto ao “ônus excessivo com aluguel”, a Fundação João Pinheiro classifica as famílias

com renda familiar até três Salários Mínimos, que comprometem 30% ou mais de sua renda com

pagamento de aluguel. A Tabela 27 apresenta os domicílios alugados por faixas de renda.

Tabela 27- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS ALUGADOS, POR FAMÍLIAS COM RENDA ATÉ 3 SALÁRIOS-MÍNIMOS

Município FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-

MÍNIMOS) ALUGADOS EM AGLOM.

SUBNORMAL

Maringá

DOMICÍLIOS ALUGADOS

Sem rendimentos

Até 1 s.m. Mais de 1 a

2 s.m. Mais de 2 a

3 s.m.

2000 392 507 1.865 2.380 0

2010 592 765 2.815 3.593 0

2013 629 813 2.991 3.817 0

2017 678 877 3.227 4.118 0

2021 736 951 3.500 4.466 0

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

64%15%

16% 5%

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR EM SALÁRIOS-MÍNIMOS

ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 MAIS DE 5 A 10 MAIS DE 10

Page 79: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

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Figura 29- DOMICÍLIOS URBANOS ALUGADOS, POR FAMÍLIAS COM RENDA ATÉ 3 SALÁRIOS-MÍNIMOS

FONTE: RZS / Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI).

Observa-se que o maior número de domicílios urbanos alugados encontram-se na faixa de 2

a 3 s.m., uma vez que as famílias com menor renda têm dificuldades para pagar o aluguel.

Nas oficinas do PLHIS realizadas com a população dos bairros, a maior reclamação dos

participantes foi quanto ao valor do aluguel, que por ser muito alto, comprometia o orçamento da

família não permitindo a compra de um imóvel próprio. Em pesquisa na Internet e em jornal local,

verificou-se que o valor médio do aluguel em bairros onde se localizam os conjuntos habitacionais,

para casas de 1 dormitório é de R$ 352,00; para as casas de 2 dormitórios o valor médio é de

R$485,00; e para as casas de 3 quartos o valor médio é de R$ 562,00. Quanto aos apartamentos, o

valor médio varia de R$ 340,00 à R$ 496,00. Considerando-se que em 44,91% dos domicílios a

renda varia de 0 a 1 s.m., e que o valor do salário mínimo atual é R$ 510,00, o menor valor médio

de aluguel encontrado (R$ 352,00) comprometeria 69% da renda da família, caracterizando ônus

excessivo com aluguel para as faixas de renda mais baixas.

Tabela 28 – VALORES DOS ALUGUÉIS EM DIVERSAS ÁREAS DE MARINGÁ, 2010

QUARTOS TIPO LOCALIZAÇÃO ÁREA VALOR

LOCAÇÃO R$ 1,00

1 CASA JARDIM ALVORADA S.I 350

1 CASA CONJUNTO PARIGOT DE SOUZA S.I 450

1 CASA JARDIM TABAETÉ 29 360

1 CASA VILA MORANGUEIRA 55 280

1 CASA PARQUE DAS GREVÍLEAS 37 300

1 CASA JARDIM UNIVERSO S.I 350

1 CASA JARDIM NOVO OÁSIS 50 500

1 FUNDOS VILA SANTA IZABEL S.I 300

2 CASA JARDIM PARIS III S.I 550

8%10%

36%

46%

DOMICÍLIOS ALUGADOS

Sem rendimentos Até 1 s.m. Mais de 1 a 2 s.m. Mais de 2 a 3 s.m.

Page 80: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

80

2 CASA JARDIM DIAMANTE S.I 560

2 CASA JARDIM DIAMANTE S.I 620

2 CASA JARDIM ITAIPU 85 650

2 CASA CONJUNTO REQUIÃO S.I 400

2 CASA CONJUNTO NEY BRAGA S.I 425

2 CASA VILA SANTO ANTONIO 60 450

2 CASA VILA SANTO ANTONIO 60 450

2 CASA VILA BOSQUE S.I 400

2 CASA CONJUNTO RES. BRANCA VIEIRA S.I 350

3 CASA CONJUNTO PATRÍCIA 59 600

3 CASA JARDIM BRASILIA S.I 600

3 CASA CONJUNTO ITATIAIA S.I 400

3 CASA CONJUNTO KARINA S.I 650

1 APTO JARDIM SÃO SILVESTRE S.I 300

1 APTO JARDIM NOVO HORIZONTE S.I 380

2 APTO JARDIM ALVORADA 70 550

3 APTO JARDIM NOVO HORIZONTE 90 520

3 APTO JARDIM NOVO HORIZONTE 90 480

3 APTO PARQUE RES, CIDADE NOVA 60 490

FONTE: INTERNET E JORNAIS LOCAIS (ACESSADO EM AGOSTO/2010)

4.7. Síntese do Déficit Habitacional ou Déficit Quantitativo

O Déficit Habitacional ou Déficit quantitativo refere-se à quantificação de necessidade de

reposição de unidades habitacionais precárias e o atendimento às famílias que não dispõem de

moradia em condições adequadas. Pelos dados de 2000, em Maringá esse déficit corresponde a

5.113 unidades, sendo 5.056 unidades na área urbana. O Censo Demográfico de 2000 identificou

141 domicílios improvisados, sendo 117 na área urbana. As “famílias conviventes” somaram 4.636,

sendo que apenas 33 estão situadas na área rural. Os chamados “cômodos alugados ou cedidos”

totalizaram 336 cômodos, todos na área urbana do município, sendo 215 ocupados pela população

de até 3 s.m.. Quanto ao “ônus excessivo com aluguel”, no ano 2000, foram contados 5.144

domicílios alugados por pessoas com renda até 3 salários mínimos, com projeção para 2021 de

9.653 domicílios, caso a questão não seja resolvida nos próximos anos.

Page 81: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

81

Tabela 29 – DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO – MARINGÁ – 2000/2021

2000 2010 2013

Déficit Habitacional Básico

Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural

Absoluto 5.113 5.056 57 6.898 6.785 113 7.328 7.208 120

Déficit habitacional básico (1) (2) - % do total dos domicílios

6,1 6,0 0,1 6,1 6,0 0,1 6,1 6,0 0,1

Domicílios improvisados

141 117 24 190 158 32 202 168 34

Domicílios Rústicos 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Famílias conviventes – coabitação familiar

4.636 4.603 33 6.255 6.210 45 6.645 6.597 47

Cômodos 336 336 0 453 453 0 482 482 0

2017 2021

Déficit Habitacional Básico

Total Urbana Rural Total Urbana Rural

Absoluto 7.906 7.776 130 8.575 8.435 141

Déficit habitacional básico (1) (2) - % do total dos domicílios

6,1 6,0 0,1 6,1 6,0 0,1

Domicílios improvisados

218 181 37 236 196 40

Domicílios Rústicos 0 0 0 0 0 0

Famílias conviventes – coabitação familiar

7.168 7.117 51 7.775 7.720 55

Cômodos 520 520 0 564 564 0

Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios

Selecionados e Microrregiões Geográficas.

(1) Déficit habitacional básico: soma da coabitação familiar, dos domicílios improvisados e dos rústicos.

Page 82: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

82

4.8. Inadequação Habitacional e Déficit Habitacional Qualitativo

Além do déficit quantitativo, é necessário também analisar as características dos domicílios

que representam o déficit qualitativo. Para isso, analisam-se determinados critérios, como a

inadequação habitacional, a densidade, a infra-estrutura e outros.

A “inadequação habitacional” corresponde à necessidade de melhoria de unidades

habitacionais que apresentem certo tipo de carências, entre os quais se identifica a carência de

infra-estrutura, o adensamento excessivo e a inadequação fundiária. Compõem esse déficit os

domicílios nas seguintes situações: “densidade excessiva”, “inadequação fundiária urbana”,

“carência de serviços de infraestrutura” e “inexistência de unidade sanitária domiciliar interna”.

A “densidade excessiva” corresponde a domicílios com mais de dois moradores por cômodo

servindo de dormitório (o que inclui quartos e sala), excluindo-se as famílias conviventes, já

consideradas para cálculo do déficit. Cerca de 2.046 domicílios de Maringá apresentavam

densidade excessiva no ano de 2000. Na cidade, o adensamento urbano excessivo é encontrado nas

três faixas de renda selecionadas, sendo que 42,50% encontram-se na faixa de renda mensal

familiar até 3 salários mínimos, considerada prioritária com relação ao PLHIS.

Segundo a Fundação João Pinheiro, a “inadequação fundiária urbana” corresponde a

famílias que declaram serem proprietárias da edificação, mas não do terreno em que residem,

correspondendo a situações irregulares de ocupação de terras. Em Maringá, verifica-se que 2% dos

domicílios urbanos encontram-se nesta situação, correspondendo a 1.620 unidades em números

absolutos. A inadequação fundiária é encontrada nas três faixas de renda selecionadas, sendo que

na faixa de 3 a 5 salários mínimos, ela representa 25,40% dos domicílios com inadequação

fundiária. A maioria da inadequação fundiária está na faixa de renda mensal familiar maior do que

5 salários mínimos, correspondendo a 48,60% do total de domicílios com inadequação.

A chamada “carência de serviços de infraestrutura básica” refere-se a domicílios sem

acesso a um ou mais dos seguintes serviços: energia elétrica; abastecimento de água por rede com

canalização interna; esgotamento sanitário por fossa séptica ou por rede; coleta de lixo direta ou

indireta. Mais de 30% dos domicílios urbanos apresentam carência de algum destes serviços.

A “Inexistência de unidade sanitária domiciliar interna” corresponde a famílias que não

dispõem de acesso a sanitários ou banheiros no interior de suas moradias, correspondendo a 628

domicílios de Maringá, sendo que destes, 303 são domicílios com renda mensal familiar de até 3

salários mínimos.

Page 83: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

83

Tabela 30- PROJEÇÃO DA INADEQUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS

Município INADEQUAÇÃO FUNDIÁRIA (1)

ADENSAMENTO EXCESSIVO (1)

DOMICÍLIO SEM BANHEIRO (1)

CARÊNCIA DE INFRA-ESTRUTURA (2)

Maringá Abs. % Dos

domicílios urbanos

Abs. % dos

domicílios urbanos

Abs. % dos

domicílios urbanos

Abs. % dos

domicílios urbanos

2000 1.620 2,0 2.046 2,5 628 0,8 28.542 34,4

2010 2.175 2,0 2.747 2,5 843 0,8 38.326 34,4

2013 2.311 2,0 2.919 2,5 896 0,8 40.715 34,4

2017 2.493 2,0 3.149 2,5 966 0,8 43.924 34,4

2021 2.704 2,0 3.415 2,5 1.048 0,8 47.643 34,4

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.(1) Apenas casas e apartamentos urbanos. (2) Casas e apartamentos urbanos que não possuem um ou mais dos serviços de infra-estrutura: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica, e coleta de lixo.

Tabela 31- PROJEÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DO ADENSAMENTO URBANO EXCESSIVO (1)

ANO

ADENSAMENTO URBANO EXCESSIVO PERCENTUAL NO TOTAL DOS

Total Em

aglomerados subnormais

Em domicílios alugados c/ renda

até 3 s.m.

Domicílios urbanos

Aglomerados Subnormais

2000 2.046 0 290 2,5 0

2010 2.747 0 389 2,5 0

2013 2.919 0 414 2,5 0

2017 3.149 0 446 2,5 0

2021 3.415 0 484 2,5 0

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

Tabela 32- PROJEÇÃO DO ADENSAMENTO URBANO EXCESSIVO (1), POR FAIXAS DE RENDA

ANO

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)

ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 MAIS DE 5 TOTAL

Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto %

2000 870 42,5 656 32,06 520 25,4 2.046 100

2010 1313 42,5 990 32,06 785 25,4 3089 100

2013 1395 42,5 1052 32,06 834 25,4 3281 100

2017 1505 42,5 1135 32,06 900 25,4 3540 100

2021 1633 42,5 1231 32,06 976 25,4 3839 100

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

Page 84: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

84

Tabela 33- PROJEÇÃO DA CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA URBANA (1), POR FAIXAS DE RENDA

ANO FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)

ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 MAIS DE 5 TOTAL

Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto %

2000 7.852 27,5 6.750 23,7 13.940 48,8 28.542 100

2010 11.853 27,5 10.190 23,7 21.043 48,8 43.086 100

2013 12592 27,5 10.825 23,7 22.355 48,8 45771 100

2017 13.584 27,5 11.678 23,7 24.117 48,8 49.379 100

2021 14.735 27,5 12.667 23,7 26.159 48,8 53.560 100

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. (1) Considerados as casas e apartamentos urbanos carentes de um ou mais dos serviços de infra-estrutura: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo.

Figura 30- CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA URBANA (1), POR FAIXAS DE RENDA

FONTE: RZS / Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). (1) Considerados as casas e apartamentos urbanos carentes de um ou mais dos serviços de infra-estrutura: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo.

Tabela 34- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS A PARTIR DOS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA URBANA

ANO

APENAS UM CRITÉRIO MAIS DE UM CRITÉRIO

Ilum. Elétr.

Abastec. De água

Esgot. Sanitário

Coleta de lixo

Total 2 3 4

2000 8 4.386 23.301 29 27.724 513 305 0

2010 12 6.621 35.175 44 41.851 774 460 0

2013 13 7.034 37.367 47 44.460 823 489 0

2017 14 7.588 40.318 50 47.964 888 528 0

2021 15 8.231 43.725 54 52.025 963 572 0

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. (1) Considerados as casas e apartamentos urbanos carentes de um ou mais dos serviços de infra-estrutura: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo.

27%

24%49%

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR EM SALÁRIOS-MÍNIMOS

ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 MAIS DE 5

Page 85: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

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Tabela 35- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM DOIS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (1)

ANO

DETALHAMENTO DOS SERVIÇOS CARENTES

TOTAL Iluminação e água

Iluminação e esgoto

Iluminação e lixo

Água e esgoto

Água e lixo

Esgoto e lixo

2000 0 28 0 358 24 103 513

2010 0 42 0 540 36 155 774

2013 0 45 0 574 38 165 823

2017 0 48 0 619 42 178 888

2021 0 53 0 672 45 193 963

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. (1) Considerados apenas casas e apartamentos urbanos.

Tabela 36- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM TRÊS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA

ANO

DETALHAMENTO DOS SERVIÇOS CARENTES

TOTAL Iluminação, água e esgoto

Iluminação, água e lixo

Iluminação, esgoto e lixo

Água, esgoto e lixo

2000 11 0 0 294 305

2010 17 0 0 444 460

2013 18 0 0 471 489

e2017 19 0 0 509 528

2021 21 0 0 552 572

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

Tabela 37- PROJEÇÃO DA CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA URBANA (1) EM DOMICÍLIOS COM RENDA FAMILIAR ATÉ 3 S.M.

ANO

APENAS UM CRITÉRIO MAIS DE UM CRITÉRIO

Iluminação Abastec. De água

Esgot. Sanitário

Coleta de lixo

Total Dois Três Quatro

2000 8 235 7.209 8 7.460 252 140 0

2010 12 355 10.883 12 11.261 380 211 0

2013 13 377 11.561 13 11.963 404 225 0

2017 14 407 12.472 14 12.906 436 242 0

2021 15 441 13.528 15 13.999 473 263 0

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.(1) Considerados as casas e apartamentos urbanos carentes de um ou mais dos serviços de infraestrutura: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo.

Page 86: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

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Tabela 38- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM RENDA ATÉ 3 S.M. E DOIS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (1)

ANO

DETALHAMENTO DOS SERVIÇOS CARENTES

TOTAL Iluminação e água

Iluminação e esgoto

Iluminação e lixo

Água e esgoto

Água e lixo

Esgoto e lixo

2000 0 28 0 177 24 23 252

2010 0 42 0 267 36 35 380

2013 0 45 0 284 38 37 404

2017 0 48 0 306 42 40 436

2021 0 53 0 332 45 43 473

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.(1) Considerados apenas casas e apartamentos urbanos.

Tabela 39- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM RENDA ATÉ 3 S.M. E TRÊS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (1)

ANO

DETALHAMENTO DOS SERVIÇOS CARENTES

TOTAL Iluminação, água e esgoto

Iluminação, água e lixo

Iluminação, esgoto e lixo

Água, esgoto e lixo

2000 11 0 0 129 140

2010 17 0 0 195 211

2013 18 0 0 207 225

2017 19 0 0 223 242

2021 21 0 0 242 263

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. (1) Considerados apenas casas e apartamentos urbanos.

Tabela 40- PROJEÇÃO DA CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA URBANA (1) EM DOMICÍLIOS COM RENDA FAMILIAR MAIOR DE 3 ATÉ 5 S.M.

Maringá

APENAS UM CRITÉRIO MAIS DE UM CRITÉRIO

Iluminação Abastec. De água

Esgot. Sanitário

Coleta de lixo

Total Dois Três Quatro

2000 0 364 6.181 0 6.545 107 98 0

2010 0 549 9330,68 0 9880 162 148 0

2013 0 584 9912,16 0 10496 172 157 0

2017 0 630 10693,41 0 11323 185 170 0

2021 0 683 11598,88 0 12282 201 184 0

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. (1) Considerados as casas e apartamentos urbanos carentes de um ou mais dos serviços de infra-estrutura: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo.

Page 87: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

87

Tabela 41- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM RENDA MAIOR DE 3 ATÉ 5 S.M. E DOIS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (1)

ANO

DETALHAMENTO DOS SERVIÇOS CARENTES

TOTAL Iluminação e água

Iluminação e esgoto

Iluminação e lixo

Água e esgoto

Água e lixo

Esgoto e lixo

2000 0 0 0 61 0 46 107

2010 0 0 0 92 0 69 162

2013 0 0 0 98 0 74 172

2017 0 0 0 106 0 80 185

2021 0 0 0 114 0 86 201

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

Tabela 42- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM RENDA > 3 ATÉ 5 S.M.E TRÊS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (1)

Maringá

DETALHAMENTO DOS SERVIÇOS CARENTES

TOTAL Iluminação, água e esgoto

Iluminação, água e lixo

Iluminação, esgoto e lixo

Água, esgoto e lixo

2000 0 0 0 98 98

2010 0 0 0 148 148

2013 0 0 0 157 157

2017 0 0 0 170 170

2021 0 0 0 184 184

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. (1) Considerados apenas casas e apartamentos urbanos.

Tabela 43- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS NÃO-ATENDIDOS POR SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA (1)

ANO

ILUM. ELÉTRICA

ABASTEC. ÁGUA

ESGOT. SANITÁRIO

ABAST. ÁGUA E ESGOT. SANIT. (2)

COLETA DE LIXO

DOM. URB.

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

2000 47 0,1 5.073 6,1 24.095 29 663 0,8 450 0,5 82.968

2010 71 0,1 7.658 6,1 36.373 29 1.001 0,8 679 0,5 125.246

2013 75 0,1 8.135 6,1 38.640 29 1.063 0,8 722 0,5 133.052

2017 81 0,1 8.777 6,1 41.685 29 1.147 0,8 779 0,5 143.538

2021 88 0,1 9.520 6,1 45.215 29 1.244 0,8 844 0,5 155.693

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. (1) São listados todas as casas e apartamentos urbanos não atendidos pelos serviços de infraestrutura. (2) Casas e apartamentos urbanos não atendidos simultaneamente por esses dois serviços.

Os resultados apresentados nesse item revelam uma situação particular do município

de Maringá, pois o município apresenta uma infraestrutura instalada que resulta em baixos

Page 88: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

88

percentuais de domicílios não atendidos e que segundo os dados da FJP se refletem em todas as

faixas de renda.

4.9. Demanda Demográfica Futura por habitação em Maringá

A demanda demográfica corresponde a uma quantidade de moradias que deve ser

acrescida ao estoque para acomodar o crescimento populacional projetado. A Tabela 44 apresenta

as projeções referentes ao período de 2010 até 2021 para Maringá e discrimina essa demanda por

faixas de renda. Considerando os objetivos do PLHIS, foram utilizadas para cálculo as demandas

referentes às faixas de renda entre 0 e 3 salários mínimos e maiores que 3 até 5 salários mínimos.

Tabela 44. PROJEÇÃO DA DEMANDA DE DOMICÍLIOS, MARINGÁ, 2010-2021

2.010 2.011 2.012 2.013 2.017 2.021

Domicilio total 113.090 115.564 117.880 120.137 129.606 140.581

Demanda por ano 2.743 2.474 2.316 2.257 9.469 10.975

Demanda acumulada

2.743 5.217 7.533 9.790 19.259 30.234

Demanda de 0-3 SM (24,3%)

667 601 563 547 2.301 2.662

Demanda 3-5 SM (20,6%)

564 508 476 464 1.949 2.260

Demanda de 5-10 SM (27,7%)

760 684 641 625 2.615 3.038

Demanda acima de 10 SM (27,5%)

753 680 636 621 2.604 3.015

Soma Demanda 0 a 5 SM

1231 1109 1039 1011 4250 4922

Fonte: OLIVEIRA E. L.; GIVISIEZ, G. H. N. e RIOS-NETO, E. L. G. Demanda futura por moradias no Brasil 2008-2023: uma abordagem demográfica. Brasília: Ministério das Cidades, 2009.

4.10. Síntese das necessidades habitacionais de Maringá segundo as

projeções elaboradas a partir das informações da FJP

Visando sintetizar as necessidades habitacionais do município de Maringá para 2021 é

apresentada a tabela 45, que apresenta a projeção do déficit habitacional, considerando-se que

não haja nenhum investimento na área de habitação.

Page 89: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

89

Observa-se que são demandas diferenciadas e, portanto, não se somam. No caso do

déficit quantitativo, no qual foram considerados os domicílios rústicos, improvisados e famílias

conviventes, a intervenção é a construção de novas moradias.

No caso do déficit qualitativo, no qual foram considerados adensamento excessivo,

inadequação fundiária, domicílios sem banheiro e carência de infraestrutura, as intervenções são

diferenciadas em: melhoria da moradia, urbanização e regularização fundiária.

Quanto à demanda demográfica, a intervenção é a construção de novas moradias.

Para o planejamento dessas intervenções é necessário considerar o déficit de 2010 e os

incrementos que ocorrerão ao longo do tempo.

Tabela 45 - SÍNTESE DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS, MARINGÁ – 2010/2021

2.000 2.010 2.013 2.017 2.021

Déficit habitacional

(demanda quantitativa) 5.113 7.718 8.200 8.845 9.596

Déficit qualitativo* (carência de

infinfraestrutura urbana) 28.542 38.326 40.715 43.924 47.643

Demanda demográfica

(de 0 à 5 SM) 1231 1109 1039 1011 4250

* Nesse item considerou-se apenas a carência de infraestrutura urbana, uma vez que apresenta o maior número de ocorrências e os demais se sobrepõe a ele.

4.10. Comparação entre os resultados produzidos, o CadÚnico e a pesquisa

do CEM

Foi realizado um comparativo entre os dados da Fundação João Pinheiro com os do

CADÚNICO, cadastro sócio-econômico de famílias de baixa renda gerido pelo Ministério de

Desenvolvimento Social (MDS), que objetiva subsidiar os programas sociais desenvolvidos pelas

três esferas governamentais. Os dados do CADÚNICO referem-se ao número total de habitantes,

sendo necessária a conversão para a mesma unidade de medida adotada pelam FJP (domicílios).

Para isto, foi utilizado o número de habitantes por domicílio em Maringá, que segundo o IBGE,

corresponde a 3,41 hab./domicílio.

Page 90: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

90

Essa comparação permite verificar que o CADÚNICO apresenta um total de 6.512 domicílios

alugados, enquanto a projeção para 2010 da FJP apresenta um total de 592 domicílios alugados na

faixa de renda familiar até 1 salários mínimos. Como as informações do CADÚNICO são mais atuais,

é possível afirmar que as projeções estão conservadoras.

Quanto à população inscrita no CADÚNICO, vale ressaltar o total de 17.420 domicílios que

de alguma maneira estão incluídos em um contexto de baixo desenvolvimento social. Ainda,

destaca-se que 30% da população cadastrada possui moradia própria.

4.10.1. CadÚnico

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de renda com

condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza (com renda mensal por pessoa de

R$ 70,01 a R$ 140) e extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de até R$ 70). O objetivo do

Programa é ampliar o acesso dos cidadãos aos seus direitos sociais básicos em especial os relativos

à saúde e a educação. Para receber o benefício, a família precisa estar dentro dos critérios de

inclusão e preencher um cadastro. Através do CadÚnico, o Ministério de Desenvolvimento Social

faz a seleção das famílias e cabe aos municípios fazer o acompanhamento nas áreas da educação,

saúde e assistência social. Em Maringá, atualmente existem aproximadamente 17.420 famílias

cadastradas na Central do Cadastro Único e Bolsa Família, vinculada à SASC – Secretaria de

Assistência Social e Cidadania.

O acompanhamento na área da Educação é feito através da frequência escolar. Para

crianças e adolescentes entre 06 e 15 anos é exigida a freqüência mínima de 85% e para

adolescentes entre 16 e 17 anos, a frequência mínima de 75%. A Lei de Diretrizes e Bases da

Educação (Lei 9394/96) estabelece no seu artigo 24, inciso VI que o acompanhamento da

freqüência é de responsabilidade dos estabelecimentos de ensino, sendo atribuições dos

dirigentes disponibilizar dados e informações dos alunos beneficiários do PBF. É atribuída

responsabilidade à família através da Portaria MEC/MDS nº 3.789/04 que estabelece que os pais

devem matricular e garantir a frequência dos filhos na escola para terem o direito ao

recebimento do benefício.

Na área de saúde, as famílias beneficiárias assumem o compromisso de

acompanhar o cartão de vacinação e o crescimento e desenvolvimento das crianças menores de

7 anos. As mulheres na faixa de 14 a 44 anos também devem fazer o acompanhamento e, se

Page 91: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

91

gestantes ou nutrizes (lactantes), devem realizar o pré-natal e o acompanhamento da sua saúde

e do bebê.

O Quadro nº 03 abaixo, relaciona os bairros de Maringá às regiões adotadas pelo

CadÚnico, enquanto que as tabelas 46 e 47 apresentam a situação do domicílio das pessoas

cadastradas no CadÚnico, segundo informações do Relatório de 2010, elaborado pela Central do

Cadastro Único e Bolsa Família vinculada à SASC – Secretaria de Assistência Social e Cidadania de

Maringá.

Quadro 3 – Relação dos Bairros de Maringá, segundo a Região – SASC, 2010.

REGIÃO BAIRROS

CENTRAL

Zona 1

Zona 2

Zona 3

Zona 4

Zona 5

Zona 6

Zona 7

Zona 8

Parque Residencial Anchieta

Parque Residencial Ângelo Planas

Conjunto Habitacional Belo Horizonte

Vila Bosque

Vila Cafelândia

Centro

Jardim Cerro Azul

Chácaras Assai

Chácaras Estilos

Jardim Cidade

Cidade Monções

Jardim Colina Verde

Jardim Copacabana

Vila Cristino

Parque Residencial das Bandeiras

Parque das Palmeiras

Jardim Diamante

Conjunto Habitacional Dona Angelina

Parque Residencial Eldorado

Page 92: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

92

Vila Emilia

Vila Esperança

Jardim Everest

Jardim Guararapes

Conjunto Habitacional Herman Moraes De Barros

Iguatemi

Parque Industrial Bandeirantes

Jardim Internorte

Jardim Ipiranga

Jardim Itália

Jardim Itamaraty

Itapua

Jardim Marajoara

Vila Marumby

Jardim Monte Rei

Jardim Nilza

Jardim Novo Horizonte

Vila Operária

Parque Residencial Patrícia

Parque Residencial Planalto

Parque Residencial Quebec

Parque Residencial Regente

Vila Regina

Parque Residencial Rio Branco

Vila Ruth

Jardim Santa Rita

Conjunto Santa Terezinha

São Domingos

Jardim Social

Jadim Tabaete

Jardim Universitário

Vila Rica

SUDOESTE

Jardim Alamar

Alzira

Jardim Atami

Loteamento Bela Vista

Vila Betty

Page 93: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

93

Residencial Bim

Borba Gato

Cidade Hannover

Vila Cleópatra

Parque das Nações

Floriano

Jardim Guaporé

Jardim Higienópolis

Iguaçu

Parque Residencial Industrial

Vila Nova Inocente

Parque Residencial Itaipu

Jardim Ivemar

Jardim Laodicéia

Jardim San Remo

Jardim Santa Rosa

Jardim Veredas

Jardim Verônica

NOROESTE

Andréia

Jardim Aurora

Jardim Brasil

Jardim Brasília

Jardim Canadá

Coloninha

Jardim Continental

Parque das Laranjeiras

Jardim do Carmo

Jardim dos Pássaros

Parque Hortência

Jardim Império do Sol

Jardim Indaiá

Jardim Kosmos

Jardim Los Angeles

Jardim Lucianópolis

Mandacaru

Jardim Maravilha

Monte Belo

Jardim Monte Carlo

Moradia Athenas

Moreschi

Conjunto Habitacional Ney Braga

Jardim Olímpico

Page 94: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

94

Jardim Ouro Cola

Jardim Paris

Conjunto Residencial Planville

Vila Progresso

Jardim Real

Jardim Rebouças

Zona Rural

Jardim Seminário

Conjunto Habitacional Sanenge

Santa Cruz

Jardim Santa Izabel

Jardim Santa Helena

Jardim São Jorge

Conjunto Habitacional Thais

Jardim Tropical

Vila Vardelina

Jardim Vitória

SUDESTE

Jardim Aclimação

Parque Residencial Aeroporto

Jardim Bertioga

Jardim Botânico

Jardim Catedral

Conjunto Habitacional Céu Azul

Cidade Alta

Conjunto Cidade Canção

Parque da Gávea

Del Plata

Jardim Europa

Jardim Ipanema

Conjunto Habitacional João De Barro

Conjunto Habitacional Lagoa Dourada

Jardim Leblon

Madrid Loteamento

Jardim Paraíso

Conjunto Habitacional Porto Seguro

Conjunto Habitacional Prolar

Jardim Santa Felicidade

Jardim São Silvestre

Conjunto Habitacional Sol Nascente

Conjunto Habitacional Tarumã

Jardim Universo

NORDESTE

Jardim América

Jardim Atlanta

Loteamento Batel

Page 95: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

95

Parque Residencial Branca Vieira C. Filho

Jardim Campos Elíseos

Conjunto Residencial Champagnat

Jardim Dourados

Jardim da Glória

Loteamento Grajaú

Conjunto Residencial Guaiapó

Parque Residencial Ibirapuera

Conjunto Residencial Itaparica

Conjunto Residencial Itatiaia

Conjunto Residencial Karina

Conjunto Léa Leal

Jardim Liberdade

Conjunto Moradia dos Ipês

Jardim Oásis

Conjunto Parigot De Souza

Conjunto Paulino C. Fillho

Jardim Paulista

Jardim Piata

Jardim Pinheiros

Conjunto Record

Conjunto Residencial Requião

Jardim Santa Alice

São Francisco

Conjunto Tuiuti

Tupinambá

Village Blue

Virginia

Jardim Alvorada

Ana Rosa

Jardim Andrade

Parque Avenida

Castor

Cidade Nova

Jardim Dias

Conjunto Ebenezer

Favoretto

Parque das Grevíleas

Guaraica

Parque Horto

Imperial

Jardim Kakogawa

Jardim Licce

Vila Morangueira

Portal das Torres

Page 96: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

96

Conjunto Rodolfo Bernardi

Jardim Santa Clara

Jardim Santa Monica

Santo Antonio

São Clemente

Sumaré

Tóquio

Fonte: Relatório 2010 – Bolsa Família, SASC

Tabela 46 – Domicílios quanto à situação da propriedade – CadÚnico, 2010.

REGIÃO Domicílios

casa própria Domicílios

casa alugada Outra

situação TOTAL

Domicílios casa

própria (%)

Domicílios casa

alugada (%)

Outra situação

(%)

CENTRAL 743 1.592 868 3.203 23 50 27

SUDOESTE 245 325 292 862 28 38 34

NOROESTE 864 997 838 2.699 32 37 31

SUDESTE 908 690 844 2.442 37 28 35

NORDESTE 2.094 2.908 2.107 7.109 29 41 30

TOTAL 4.854 6.512 4.949 16.315 30 40 30

Fonte: Relatório 2010 – Bolsa Família, SASC

Na tabela 46 é possível verificar que na região sudeste, um terço dos inscritos no

CadÚnico são proprietários de sua moradia, enquanto que na s regiões nordeste e central

predominam as famílias que habitam em imóvel alugado. Em “outra situação”, encontram-se

aqueles que moram em imóvel cedido ou similar.

Page 97: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

97

Gráfico 6 – Situação dos domicílios segundo a propriedade dos cadastrados no CadÚnico Maringá

Fonte: Relatório 2010 – Bolsa Família, SASC

Gráfico 7 - Situação dos domicílios segundo a propriedade dos cadastrados no CadÚnico Maringá

Fonte: Relatório 2010 – Bolsa Família, SASC

2328

3237

29

50

38 37

28

41

2734 31

3530

CENTRAL SUDOESTE NOROESTE SUDESTE NORDESTE

Situação do domicílio

própria (%) alugada (%) outro (%)

15% 5%

18%

19%

43%

Situação do domicílio: próprio

CENTRAL SUDOESTE NOROESTE

SUDESTE NORDESTE

Page 98: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

98

Gráfico 8 - Situação dos domicílios segundo a propriedade dos cadastrados no CadÚnico Maringá

Fonte: Relatório 2010 – Bolsa Família, SASC

Gráfico 9 - Situação dos domicílios segundo a propriedade dos cadastrados no CadÚnico Maringá

Fonte: Relatório 2010 – Bolsa Família, SASC

24%

5%

15%

11%

45%

Situação dos domicílios: alugados

CENTRAL SUDOESTE NOROESTE

SUDESTE NORDESTE

17%

6%

17%

17%

43%

Outra situação

CENTRAL SUDOESTE NOROESTE

SUDESTE NORDESTE

Page 99: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

99

Tabela 47 - Situação dos domicílios segundo o tipo de construção dos cadastrados no CadÚnico Maringá

REGIÃO Tipo

construção alvenaria

Tipo construção

madeira

Outro tipo

TOTAL

Tipo construção alvenaria

(%)

Tipo construção

madeira (%)

Outro tipo (%)

CENTRAL 2317 900 57 3274 71 27 2

SUDOESTE 786 85 22 893 88 10 2

NOROESTE 2362 297 49 2708 87 11 2

SUDESTE 2162 99 23 2284 95 4 1

NORDESTE 5977 1022 157 7156 84 14 2

Fonte: Relatório 2010 – Bolsa Família, SASC

Na tabela 47 observa-se que em todas as regiões predomina a construção em

alvenaria, sendo que na região central o número de domicílios em madeira ainda é expressivo.

Gráfico 10 - Situação dos domicílios segundo o tipo de construção dos cadastrados no CadÚnico Maringá

Fonte: Relatório 2010 – Bolsa Família, SASC

4.10.2. CEM

Os resultados da pesquisa desenvolvida pelo Centro de Estudos da Metrópole – CEM

sobre os assentamentos precários nos municípios brasileiros mostraram que apenas 0,93% dos

moradores de Maringá habitam em setores precários e não tem registro de pessoas morando em

setores subnormais. Ressalte-se que os estudos realizados pelo CEM são baseados em informações

71

88 8795

84

27

10 114

14

2 2 2 1 2

CENTRAL SUDOESTE NOROESTE SUDESTE NORDESTE

Tipo de construção

alvenaria (%) madeira (%) outro (%)

Page 100: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

100

do Censo Demográfico, e para efeito da estatística do IBGE, os assentamentos subnormais só são

considerados a partir de 50 domicílios, o que de certa forma pode mascarar a situação.

Tabela 48 – PESSOAS RESIDENTES EM ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS E SUBNORMAIS, MARINGÁ

Pessoas em Setores

Subnormais

Pessoas em Setores

Precários

Pessoas em Setores

Subnormais + Setores Precários

% de pessoas em Assentamentos Precários

em relação ao total da população

0 2619 2619 0,93%

Fonte:Disponível em http://centrodametropole.org.br/v1/mc/assets/pdfs/assentamentos_web.pdf

(acessado em 27/08/2010)

Tabela 49 - DOMICÍLIOS EM ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS E SUBNORMAIS, MARINGÁ

Domicílios em Setores Subnormais

Domicílios em

Setores Precários

Domicílios em Setores

Subnormais + Setores

Precários

Total de Domicílios em todos os Tipos

de Setores

% de Domicílios em Assentamentos

Precários em relação ao total de

domicílios

0 788 788 84.208 0,95%

Fonte: Disponível em http://centrodametropole.org.br/v1/mc/assets/pdfs/assentamentos_web.pdf

(acessado em 27/08/2010).

Com base nas comparações acima optou-se pela utilização das projeções da FJP que

apresentam-se conservadores, permitindo entender que agregam todo o universo atendido pelo

PLHIS.

4.11. Quadro Síntese das Necessidades Habitacionais de Maringá

Quadro 4 – POTENCIALIDADES E DEFICIÊNCIAS – NECESSIDADES HABITACIONAIS DE MARINGÁ

POTENCIALIDADES DEFICIÊNCIAS

Percentual do Déficit habitacional em relação

ao total de domicílios no município menor que

o mesmo percentual no Paraná.

Déficit quantitativo de aproximadamente 5.113

habitações.

Pouca ocorrência de ocupações irregulares. Falta de infraestrutura em algumas áreas

Page 101: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

101

urbanas municipais promovendo alto

percentual de inadequação habitacional.

Condições físicas dos territórios municipais,

facilitando a implantação de conjuntos

habitacionais.

Altos custos da terra.

Produção de Habitação de Interesse Social pela

Prefeitura Municipal Altos custos do aluguel.

Page 102: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

102

5. CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA HABITACIONAL

A oferta de moradias está condicionada à dinâmica de mercado, ao desempenho da

indústria de construção e à ação do setor público quanto à provisão de infraestrutura e o

estabelecimento do sistema regulatório.

Neste contexto, as questões de disponibilidade de terra e informalidade das construções

são reflexos da oferta de crédito e de terra, condicionados pelo sistema de financiamento, para

garantir prazos maiores e juros subsidiados, que devem ser substanciados por uma política federal.

A produção de terra urbanizada decorre da ação do poder público na provisão de infra-

estrutura, dos equipamentos e dos serviços urbanos, tais como energia, transportes, sistema viário,

saneamento, entre outros, que repercute na disponibilidade de oferta de espaços destinados à

moradia, condicionando os aspectos da questão fundiária e da política habitacional, articuladas

com a política urbana.

A produção de loteamentos em Maringá está relacionada na listagem abaixo,

fornecida pela Secretaria de Planejamento, que contém todos os loteamentos aprovados no

município.

Tabela 50- LOTEAMENTOS DE MARINGÁ - 2010

ZONA LOTEAMENTOS Nº de

quadras Nº de datas

ÁREA TOTAL (m²)

Aprovação

0 LT 290/294

26/05/76

1 ZONA 01 62 1237 1.284.439,20 -

2 ZONA 02 63 1375 2.117.158,00 -

2 PARQUE RESIDENCIAL ANCHIETA 2 28 12.100,00 25/01/73

3 ZONA 03 72 1434 1.683.000,00 -

4 ZONA 04 76 1462 1.907.903,80 -

4 CONDOMÍNIO RESIDENCIAL CEU AZUL - ( LT 268 C ) GBA PAT MGA

1 9 89.540,00 19/12/2000

5 ZONA 05 122 1867 2.198.577,82 -

5 CONJUNTO HABITACIONAL ITAMARATY 16 250 74.464,98 03/08/73

5 ZONA 05 – AMPLIACÃO 4 63 52.514,00 06/02/82

6 CONJ.HAB. PLANALTO 6 66 20.526,26 03/08/73

6 ZONA 06 64 1013 877.976,00 17/11/77

6 SUB QUADRA 27 DA ZONA 6 5 80 46.217,00 17/05/99

7 ZONA 07 134 3090 3.073.908,20 -

7 JARDIM IPIRANGA 12 247 125.900,00 17/02/60

7 JARDIM CASTOR 3 55 7.846,00 14/10/68

7 JARDIM UNIVERSITÁRIO 10 191 115.516,12 14/11/76

7 JARDIM ACEMA 2 36 21.357,10 26/01/81

7 JARDIM CAROLINA 2 37 20.861,96 19/12/88

7 LOT. ALTO DA BOA VISTA 11 125 72.600,00 13/11/2001

Page 103: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

103

7 RESIDENCIAL MORESCHI 11 141 85827,07 10/02/2004

8 ZONA 08 53 1043 1.728.800,00

8 JARDIM SANTA RITA 2 45 25.022,47 20/11/62

8 JARDIM VILA RICA 3 36 27.130,25 18/03/77

8 ZONA 08 – AMPLIAÇÃO 19 335 160.942,00 17/11/77

8 JARDIM SANTA MONICA 4 40 24.200,00 14/08/85

8 VILA CRISTINO 4 47 20.000,00 01/08/85

8 COND. RES. DELTAVILLE II (LT 452) GBA PAT MGA (*) 65 36.396,06 09/11/94

8 COND. RES. DELTAVILLE I ( Lt. 450 A) GBA PAT MGA

(*) 47 23.484,00 23/03/95

8 COND. RES. PACOS D'ARCOS ( LT 488/488-A ) GBA PAT MGA

(*) 14 11.700,00 06/12/96

8 CONDOMÍNIO PETIT VILLAGE ( LT 475/489A) GBA PAT MGA

(*) 23 13.162,50 03/03/2000

8 COND. NASHIVILLE RESIDENCE - ( LT 446/447) GBA PAT MGA

(*) 90 71.825,68 06/04/2001

8 CONDO HORIZONTAL ALHAMBRA (LT 460rem) GBA PAT MGA

(*) 20 11216,40 22/11/2002

8 COND RES CONDADO DOS NOBRES (*) 97 69706,81 16/01/09

9 ZONA ARMAZÉM 24 332 888.122,00 (*)

10 ZONA INDUSTRIAL 7 72 76.672,40 (*)

11 VILA ESPERANCA I PARTE 26 217 239.700,00 14/07/48

11 VILA SANTO ANTONIO 17 249 24.200,00 06/04/49

12 VILA BOSQUE 4 78 74.052,00 27/03/52

13 VILA CLEÓPATRA 7 114 75.115,00 15/09/49

14 VILA PROGRESSO 6 101 73.680,00 29/10/46

14 JARDIM CANADÁ 11 147 242.000,00 07/12/78

14 Lt. 29 GLEBA PATR. MARINGÁ 5 104 121.000,00 16/10/91

15 VILA NOVA 10 93 148.273,00 11/03/48

16 SUB LT 145 GLEBA RIB. MARINGÁ 6 122 254.100,00 26/08/99

16 SUB LT 150 e 150A GLEBA RIB. MARINGÁ 11 253 363.000,00 15/06/00

16 COND. ANA ROSA - G.R.M. LT 149 5 105 96.800,00 27/06/2000

16 CONDOMÍNIO CIDADE CAMPO - G.R.M. LT 150 B 9 108 108.900,00 01/09/1999

16 JARDIM DIAMANTE 36 742 471.900,00 23/05/2002

17 VILA EMÍLIA 12 120 96.800,00 30/06/54

17 JARDIM NOVO HORIZONTE I PARTE 12 228 104.743,08 05/01/74

17 JARDIM NOVO HORIZONTE III PARTE 19 482 169.451,28 10/12/76

17 JARDIM SOCIAL 7 91 45.980,00 22/08/77

17 JARDIM CÊRRO AZUL 5 56 31.460,00 29/11/77

17 JARDIM ITAPUÁ 6 29 63.006,46 13/07/84

17 JARDIM NOVO HORIZONTE V PARTE 8 75 46.531,01 07/07/00

17 CONDOMÍNIO HOR RECANTO DA SERRA (LT 65A/2ª rem) GBA RIB PINGUIM

(*) 28 58.852,70 30/08/04

18 VILA IPIRANGA 8 119 65.500,00 24/05/48

18 VILA CAFELÂNDIA 2 41 48.407,50 23/10/68

18 JARDIM GUARARAPES 5 230 70.906,00 11/03/82

18 SUB. Lt. 560 - (K 120) 2 26 59.551,13 05/02/92

19 JARDIM KOSMOS 4 65 48.400,00 22/11/73

19 JARDIM OURO COLA 10 197 121.000,00 31/11/79

19 PARQUE HORTÊNCIA II PARTE 22 418 242.000,00 23/12/82

19 CONJUNTO RESIDENCIAL JOÃO BARRO THAIS 28 488 294.281,40 30/07/91

Page 104: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

104

19 SUB. Lt. 60 A 1 GLEBA PATR. MARINGÁ 11 140 86.954,05 29/12/92

19 CONDOMÍNIO RESIDENCIAL ANDREA 14 167 121.000,00 16/07/2002

19 JARDIM OLÍMPICO 45 971 618.703,16 05/01/97

19 MORADIA ATENAS - G.P.M. LT 5/6 16 133 121.000,00 27/09/2000

19 CIDADE INDUSTRIAL - G.P.M. LT 164A/165/166/167 16 156 428.668,39 05/10/2000

19 JARDIM GUAIRACÁ 15 187 114.004,96 16/06/06

19 MORADIA ATENAS 2ª PARTE 5 94 70180,00 09/01/09

20 JARDIM ALAMAR 9 129 72.600,00 26/06/54

20 JARDIM LAUDICEIA 12 89 48.400,00 17/01/74

20 JARDIM DAS NAÇÕES 5 58 28.652,80 22/01/74

20 RECANTO DOS MAGNATAS 0 59 364.452,00 12/08/76

20 JARDIM BETTY 3 61 24.200,00 09/09/76

20 JARDIM HIGIENÓPOLIS 14 252 217.800,00 21/02/78

20 JARDIM UNIVERSO 40 666 363.000,00 23/02/81

20 CONJUNTO RESIDENCIAL ÂNGELO PLANAS 17 204 121.000,00 03/06/83

20 CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MORADA DE FLORENÇA ( LT 245 K )GBA PAT MGA

4 26 28.301,58 19/10/92 (

20 SUB. Lt. 245A GLEBA PATR. MARINGÁ 10 95 79.517,54 29/11/93

20 CONDOMÍNIO VIA CASTELLI ( LT 247 A ) GBA PAT MGA

2 24 6.536,40 26/01/94

20 CIDADE MONÇÕES - SETOR 08 2 22 14.263,40 07/07/95

20 CONDOMÍNIO RES. VILLAGE ( LT. 252 B/1 ) GBA PAT MGA

14 35.171,37 04/09/95

20 LOTEAMENTO JARDIM BOTÂNICO 6 152 73.357,63 28/11/96

20 CONDOMÍNIO HORIZONTAL PORTAL DE SEVILHA ( 345-M ) GBA PAT MGA

(*) 36 29.625,08 04/02/97

20 CONDOMÍNIO RESIDENCIAL AGHATA ( LT 43 ) RECANTO DOS MAGNATAS

(*) 12 6.910,20 18/06/97

20 JARDIM ITÁLIA 26 242 246.102,55 10/04/2002

20 CONDOMÍNIO RESIDENCIAL INGA VILLE ( LT 252 B rem) GBA PAT MGA

(*) 8 8847,78 20/12/2002

20 CONDOMÍNIO RESIDENCIAL PASARGADA ( LT 36/37) GBA PAT MAGA

(*) 5 5072,65 12/06/2002

20 CONDOMÍNIO HOR PLAZA ESPANHA ( LT 30/31) REC MAGNATAS

(*) 23 12555,95 13/11/2003

20 CONDOMÍNIO RESIDENCIAL VILA FONTANA ( 61D/Ae 61E/1) GBA RIB PINGUIM

(*) 67 54330,29 13/12/2002

20 JARDIM ITÁLIA II 31 507 335578,90 13/04/2004

20 SUB LT 244 B – ABERTURA DE RUAS (*) (*) (*) (*)

20 SUB LT 116 B - (*) (*) (*) (*)

20 CONDOMÍNIO VALE DO SOL ( LT 3/4B/5) REC MAGNATAS

(*) 7 7.672,25 06/12/04

20 CONDOMÍNIO HORIZONTAL PORTAL DE SEGOVIA (LT 256/257/258) GBA PAT MGA

(*) 92 51.806,13 24/11/04

20 CONDOMÍNIO HORIZONTAL VALE VERDE (*) 28 19594,38 01/11/07

21 VILA VARDELINA 6 80 32.131,70 23/12/46

21 VILA SANTA ISABEL 25 225 384.229,43 24/08/48

21 JARDIM MANDACARU 10 127 97.715,00 04/11/60

21 JARDIM LOS ANGELES 15 214 121.000,00 07/11/73

21 JARDIM MARAVILHA 15 234 119.045,20 28/02/74

21 NÚCLEO SOCIAL PAPA JOÃO XXIII 9 114 60.480,00 04/03/74

21 JARDIM LUCIANÓPOLIS 14 246 120.100,00 05/04/77

21 JARDIM SEMINÁRIO 10 155 110.860,00 27/09/79

Page 105: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

105

21 JARDIM MONTE CARLO 22 337 250.567,62 30/12/82

21 JARDIM SÃO JORGE 8 123 63.158,76 03/08/88

21 CONDOMÍNIO RES. CIDADE UNIVERSITÁRIA I (LT 34-O ) GBA PAT MGA

(*) 14 5.790,60 13/01/95

21 SUB LT 31/32 8 109 55.679,76 10/03/88

21 SUB LT 34 - GLEBA PATR. MARINGÁ 10 179 136.977,74 19/11/91

22 JARDIM SÃO CLEMENTE 21 325 242000,00 04/04/2003

22 JARDIM ATAMI 23 352 280109,38 02/09/2003

23 VILA MORANGUEIRA 111 2258 1.435.636,00 05/12/61

23 VILA MORANGUEIRA AMPLIAÇÃO 12 163 196.774,75 23/12/77

24 JARDIM ALVORADA I PARTE 166 3178 2.269.716,00 20/07/62

24 JARDIM ALVORADA II PARTE 68 1205 1.120.385,70 01/11/62

25 JARDIM IPANEMA 16 408 231.110,00 22/02/76

25 CONJUNTO RESIDENCIAL CIDADE ALTA 14 452 138.157,00 03/06/77

25 NÚCLEO HABITACIONAL SANTA FELICIDADE 9 246 92.700,00 08/02/76

25 CONJUNTO RESIDENCIAL JOÃO DE BARRO I 9 187 103.238,99 24/08/90

25 SUB. 1/12a15 GLEBA RIB. PINGUIM 18 374 191.415,79 24/09/93

25 PARQUE TARUMA 21 453 241.759,00 28/06/94

25 RESIDENCIAL TARUMÃ 21 597 241.759,00 11/12/96

25 CONDOMÍNIO MONT HERMON ( LT 7/66 ) GBA RIB PINGUIM

(*) 40 59.482,54 24/07/00

25 SUB LT 107 – ABERTURA DE RUAS (*) (*) (*) (*)

25 JARDIM SÃO PAULO 14 180 96800,00 16/02/09

26 JARDIM INTERNORTE 13 246 197.956,00 07/02/63

27 VILA MARUMBI 21 290 242.000,00 30/03/54

27 CHÁCARAS PAULISTA 7 43 89.782,00 23/04/71

27 CHÁCARAS ASSAÍ 6 45 72.600,00 23/04/71

27 JARDIM TABAETÉ 15 169 140.166,40 30/09/80

27 JARDIM NOVO HORIZONTE II PARTE 6 88 60.500,00 28/10/82

27 JARDIM NOVO HORIZONTE IV PARTE 9 74 52.614,16 04/01/83

27 SUBDIVISÃO LT. 64C9A/64-C9-10/A

52 37.757,19 08/06/87

27 SUB. LT 64 C GLEBA RIB. PINGUIM 8 62 45639,96 28/10/98

27 SUB LT 436/436A GBA PATR MGA Z27 5 (*) 2.293,66 25/02/99

27 SUB LT436B GBA PATR MGA Z27 3 (*) (*) 16/09/99

27 CONDOMÍNIO HOR VILLAGIO BOURBON ( LT 64/65rem ) GBA RIB PINGUIM

8 277 157087 20/09/06

28 JARDIM ACLIMAÇÃO 27 488 170.000,00 08/01/48

28 PARQUE DA GÁVEA 16 305 179.716,59 26/04/95

28 PARQUE LAGOA DOURADA 13 151 85.550,65 13/06/96

28 SUB LT 64 A/ 64 A2/ A/ 64D/ 1-B-D GL.RIB. PINGUIM

4 77 38.037,97 17/12/96

28 SUB LT 64D/1C/27 ETC...GLEBA RIB. PINGUIM 8 177 36.945,62 07/07/99

28 CONDOMÍNIO RES. QUINTA DA TORRE -( LT 63/2A) GBA RIB PINGUIM

3 25 17.278,96 14/12/2000

28 PARQUE ARPOADOR 3 87 41.087,31 19/12/2002

28 CONDOMÍNIO RENAISCENSE LT 64D/X )GBA RIB PINGUIM

3 23 39.036,06 20/12/2002

28 CONDOMÍNIO HOR EVEREST ( LT 64D rem) GBA RIB PINGUIM

(*) 50 39.184,74 27/04/2004

28 SUB LT 64-D-4 - ABERTURA DE RUAS (*) (*) (*) (*)

28 SUB LT 49-B-1 – ABERTURA DE RUAS (*) (*) (*) (*)

28 JARDIM FREGADOLLI 2 59 30.846,66 17/05/07

Page 106: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

106

29 VILA ESPERANÇA II PARTE 27 500 220.521,60 08/10/68

29 PARQUE RESIDENCIAL CIDADE NOVA 30 617 378.525,06 30/12/72

29 VILA ESPERANÇA III PARTE 46 510 227.065,00 19/10/73

29 Lt.139 L. GLEBA RIB. MARINGÁ 5 65 48.400,00 19/10/93

29 SUB Lt. 139 M-1 GLEBA RIB. MARINGÁ 11 224 162.333,72 09/11/93

29 JARDIM IMPERIAL 22 380 283.710,85 29/08/94

29 SUB LT 139F/139F/13A2 GLEBA RIB. MARINGÁ 5 46 27.134,05 13/02/95

29 CONDOMÍNIO JARDIM IMPERIAL ( LT L39 N/1 ) GBA PAT MGA

(*) 88 87.667,74 17/10/95

29 JARDIM IMPERIAL II 42 828 700.169,04 30/07/96

30 CONJUNTO RESIDENCIAL HERMAN MORAES DE BARROS

22 503 242.000,00 23/05/78

30 PARQUE DAS PALMEIRAS 30 567 363.000,00 17/07/79

30 JARDIM VITÓRIA 22 390 290.400,00 16/01/80

30 PARQUE RESIDENCIAL QUEBEC 10 583 363.000,00 30/06/80

30 RESIDENCIAL COPACABANA 22 439 242.000,00 17/10/80

30 PARQUE DAS BANDEIRAS 21 491 290.400,00 03/12/81

30 Lt. 144 - A GLEBA RIB. MARINGÁ 18 339 19.554,02 11/12/91

31 PARQUE GREVILEAS I PARTE 21 388 242.000,00 30/07/80

31 PARQUE GREVILEAS II PARTE 21 326 193.600,00 02/06/81

31 PARQUE RESIDENCIAL ELDORADO 10 120 87.935,34 12/03/82

31 PARQUE GREVILEAS III PARTE 39 704 399.421,57 04/01/83

31 PARQUE AVENIDA 37 566 354.851,83 04/01/83

31 JARDIM LICCE 18 306 121.678,67 31/01/00

31 JARDIM KAKOGAWA 6 80 46.889,95 20/08/01

31 JARDIM DIAS I 19 298 193.230,60 02/09/2003

31 JARDIM TÓQUIO 49 543 363.000,00 22/04/2004

31 JARDIM DIAS 29 544 363.369,40 09/02/06

32 JARDIM PARIS 46 872 524.978,12 06/08/99

32 JARDIM PARIS II 8 88 55.821,88 01/08/00

32 JARDIM IMPÉRIO DO SOL - G.R.M. LT 122 21 426 242.000,00 28/12/2000

32 JARDIM MONTE REI 40 1058 605.000,00 25/11/2004

33 DISTRITO IGUATEMI 19 264 264.781,00 09/01/52

33 JARDIM MARAJOARA 8 160 145.200,00 06/05/75

33 CONJUNTO RESIDENCIAL JOÃO PAULO I 3 51 22.118,80 06/01/81

33 JARDIM BELO HORIZONTE 7 103 48.400,00 13/12/82

33 CONJUNTO HABITACIONAL IGUATEMI 1 31 15.002,73 16/11/90

33 CONJUNTO RESIDENCIAL DONA ANGELINA 20 245 119.113,40 06/12/90

33 CONJUNTO SANTA TEREZINHA 13 201 92.842,99 09/11/93

33 CONDOMÍNIO SOLO RICO - G.P.I. LT 174 6 104 66.550,00 14/09/2000

33 SUB LT 206/207 – ABERTURA DE RUAS (*) (*) (*) (*)

33 SUB LT 205 – ABERTURA DE RUAS (*) (*) (*) (*)

33 SUB LT 34 E 35 – ABERTURA DE RUAS (*) (*) (*) (*)

34 DISTRITO FLORIANO 14 157 169.884,04 23/02/49

34 CONJUNTO RESIDENCIAL JOÃO BARRO II 6 53 48.401,25 24/08/90

34 CONJUNTO HABITACIONAL JOÃO DE BARRO II 2ª PARTE

10 153 96.800,00 03/08/92

35 VILA RUTH 5 59 29.416,92 01/06/71

35 VILA REGINA 8 60 24.200,00 12/12/73

36 PARQUE INDUSTRIAL I 3 31 242.913,37 06/11/68

Page 107: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

107

36 LOTEAMENTO LIBERDADE I PARTE 24 51 242.000,00 26/06/73

36 JARDIM DA GLÓRIA 19 239 120.996,00 22/01/74

36 LOTEAMENTO LIBERDADE II PARTE 21 567 254.000,00 13/03/74

36 PARQUE INDUSTRIAL II 3 16 121.000,00 05/06/75

36 JARDIM AMÉRICA 49 1060 511.588,00 01/04/76

36 LOTEAMENTO LIBERDADE III PARTE 15 207 102.850,00 21/12/76

36 CONJUNTO RESIDENCIAL KARINA 9 268 83.671,87 22/12/75

36 FATOR IMÓVEIS 4 42 18.150,05 01/04/77

36 LOTEAMENTO LIBERDADE IV PARTE 8 145 93.544,32 30/01/79

36 CONJ.RES.GOV. PARIGOT DE SOUZA 14 265 171.859,32 13/04/88

36 CONJ.HAB. ITATIAIA 18 250 185.362,37 31/05/89

36 REQUIÃO I 67 1298 129.289,85 21/10/93

36 CONJUNTO RESIDENCIAL GUAIAPÓ 57 1056 618.754,07 26/06/95

36 JARDIM ATLANTA 16 233 141.774,51 02/10/96

36 PARQUE RESIDENCIAL IBIRAPUERA 5 72 37.428,12 09/11/98

36 PARQUE RESIDENCIAL REGENTE 5 56 35.465,06 03/02/00

36 JARDIM PAULISTA - G.R.S. LT 268/1 21 249 150.000,00 27/11/2000

36 JARDIM PAULISTA 2 28 379 213.000,00 08/02/2002

36 JARDIM PAULISTA III 34 433 242000,00 02/06/2004

36 JARDIM NOVA AMÉRICA 9 141 95.853,61 15/12/04

37 CHÁCARA MORANGUEIRA 12 163 196.774,75 23/12/77

37 JARDIM VIRGÍNIA 2 49 19.677,00 20/02/76

37 JARDIM TUPINAMBÁ 22 159 96.800,00 16/05/79

37 CONJ. RES. BRANCA DE JESUS CAMARGO VIEIRA 25 527 242.000,00 22/11/79

37 CONJ. RES. PAULINO CARLOS FILHO 26 349 212.693,00 06/04/81

37 PARQUE RESIDENCIAL PATRÍCIA 18 237 124.388,00 27/12/82

37 JARDIM CAMPOS ELÍSEOS 29 433 270.347,00 30/12/82

37 PARQUE RESIDENCIAL TUIUTI 55 977 497.956,40 20/12/83

37 CONJUNTO HABITACIONAL LEA LEAL 25 208 170.036,59 27/12/85

37 JARDIM OÁSIS 36 350 332.416,49 08/02/91

37 JARDIM DOURADO 17 184 134.390,00 18/03/91

37 CONJUNTO JOÃO DE BARRO CHAMPAGNAT 22 367 203.764,00 07/06/91

37 CONJUNTO RESIDENCIAL JOÃO DE BARRO ITAPARICA

32 84 307.300,17 11/07/91

37 JARDIM NOVO OÁSIS 45 962 587.941,61 01/06/93

37 JARDIM PINHEIROS II 11 171 93.194,73 09/06/93

37 JARDIM PIATA 19 280 156.522,24 31/08/93

37 LT 87A GLEBA RIB. MORANGUEIRO 18 207 151.866,90 28/12/93

37 JARDIM PINHEIROS 31 447 284.003,37 09/03/94

37 LOTEAMENTO BATEL 31 500 348.463,88 24/10/96

37 LOTEAMENTO GRAJAÚ 15 243 135.208,92 29/09/97

37 JARDIM SANTA ALICE 18 232 144.091,82 03/11/97

37 JARDIM PINHEIROS III 30 476 338.800,00 31/08/99

37 SUB LT 87A/1/1 GLEBA RIB. MORANGUEIRO 15 176 11.415,20 04/02/00

37 SUB. Lt. 87A/1 GLEBA RIB. MORANGUEIRO 22 325 130.686,10 04/02/00

37 CONDOMÍNIO HOR. DAS ACÁCIAS-( LT 92/16-93/14A/92/) GBA RIB MORANGUEIRO

(*) 12 6.779,62 28/05/2001

37 SUBDIVISÃO LT 87 B GBA RIB. MORANGUEIRO 5 127 56.774,11 19/12/2001

37 JARDIM COLINA VERDE 33 539 388074,86 24/11/06

38 PARQUE RES. AEROPORTO II PARTE 5 125 72.600,00 23/08/79

Page 108: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

108

38 PARQUE RES. AEROPORTO I PARTE 3 93 34.554,00 07/10/80

38 PARQUE RES. AEROPORTO III PARTE 16 323 199.650,00 27/12/79

38 JARDIM BERTIOGA 10 133 91.161,00 04/01/83

38 CONJUNTO HABITACIONAL SANENGE III 9 203 77.466,93 14/01/91

38 CONJ.RES. JOÃO DE BARRO PORTO SEGURO II 7 120 83.378,98 06/12/91

38 CONJ.RES. JOÃO DE BARRO PORTO SEGURO I 9 129 62.183,27 13/08/92

38 CONJUNTO HABITACIONAL DEL PLATA 6 55 39.250,37 27/12/96

38 CONJUNTO HABITACIONAL CEÚ AZUL 11 126 89.540,00 27/12/96

38 CONJUNTO HABITACIONAL EUROPA 10 129 83.645,91 26/09/2001

38 CONDOMÍNIO RESIDENCIAL VERSAILLES (LT 63/2-1/4-A) GBA RIB PINGUIM

(*) 38 26450,94 21/07/2003

38 CONDOMÍNIO GREENFILDS- (Lt.500-A-1-A-1/1-A-1/2-C) - GL. PAT. MGÁ

(*) 25 26374,99 07/02/2007

38 CONDOMÍNIO PARTHENON ( LT 63/3A ) GBA RIB PINGUIM

(*) 36 36.060,33 24/11/05

38 CONDOMÍNIO HOR SAINT ETIENNE (Gba Pinguim LT 64/1-rem

4 63 39.726,18 02/06/06

38 CENTRO CÍVICO DE MARINGÁ 19 49 809.521,36 07/04/08

39 JARDIM SÃO SILVESTRE 34 670 411.400,00 21/07/80

39 CONJUNTO HABITACIONAL SOL NASCENTE 22 505 275.907,59 30/07/90

39 CONJ.RES. JOÃO DE BARRO CIDADE CANCAO 10 153 78.846,56 18/07/91

39 CONJ. RES. JOÃO DE BARRO CIDADE ALTA I 12 161 102.574,08 01/10/91

39 CONJ. RES. JOÃO DE BARRO CIDADE ALTA II 7 98 39.880,22 01/10/91

39 Lt. 1/4/1/4-B GLEBA RIBEIRÃO PINGUIM 9 207 86.853,37 27/10/92

39 LOTEAMENTO MADRID 36 820 427.488,20 17/02/98

39 PROLAR 3 72 53.678,94 13/071995

39 CHÁCARAS AEROPORTO 4 70 (*) aprox. 197

39 CONJUNTO CIDADE ALTA 3 59 22.562,71 07/04/06

40 JARDIM SAN REMO 3 17 12.101,19 01/03/78

40 PARQUE RESIDENCIAL RIO BRANCO 3 16 12.101,40 02/05/78

40 JARDIM GUAPORÉ 10 143 96.792,00 23/04/79

40 CONDOMÍNIO RES. KARRAPICHO ( LT 390 ) GBA PAT MGA

(*) 10 24.200,00 24/03/87

40 JARDIM PARQUE HORTO 7 102 57.350,60 22/08/95

40 CONDOMÍNIO RESIDENCIAL BETEL ( LT 366-A ) GBA PAT MGA

(*) 27 24.200,00 07/11/96

40 CONDOMÍNIO RESIDENCIAL HORTO FLORESTAL (LT 345 ) GBA PAT MGA

(*) 27 23.925,00 20/12/96

40 CONDOMÍNIO HORIZONTAL PARRESH (LT 392 E 398) GBA PAT MGA

(*) 14 2.188,51 13/08/98

40 LOTEAMENTO RESIDENCIAL BIM 12 164 120.655,18 24/12/2003

40 CONDOMÍNIO RESIDENCIAL VINHEDO 3 54 32.707,81 14/03/06

40 RESIDENCIAL MAANAIM (400B/408E/407 ) GBA PAT MGA

- 27 19710,11 06/02/07

40 JARDIM GABRIELLA 2 13 8.642,73 27/04/07

41 JARDIM IVEMAR 4 91 48.400,00 05/02/75

42 PARQUE INDUSTRIAL BANDEIRANTES III PARTE 5 20 65.331,16 12/09/78

43 CHÁCARAS ESTILOS 2 23 136.730,00 07/02/75

43 PARQUE INDUSTRIAL BANDEIRANTES II PARTE 2 32 86.300,35 12/08/78

43 PARQUE INDUSTRIAL BANDEIRANTES I PARTE 2 27 65.922,00 12/09/78

43 CONJ. RESIDENCIAL GOVERNADOR NEY BRAGA 35 867 435.600,00 23/10/81

43 JARDIM MONTREAL 9 190 133.100,00 04/12/79

Page 109: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

109

43 PARQUE HORTÊNCIA I PARTE 32 401 242.000,00 23/12/82

43 CONJUNTO HABITACIONAL SANENGE 12 203 111.375,32 27/03/89

43 Lt.51 B / 52 GLEBA PATR. MARINGÁ 9 160 83.189,78 diversos

43 JARDIM INDAIÁ 7 82 60.500,00 01/04/97

43 JARDIM DOS PASSÁROS 18 291 170.390,57 13/08/97

43 JARDIM AURORA - G.P.M. LT 83/83A/84/84A 12 186 96.800,00 24/11/2000

43 JARDIM DO CARMO 8 132 76359,21 30/07/2004

43 JARDIM EVEREST 23 317 199.650,00 20/12/04

43 JARDIM SÃO PAULO 14 180 96.800,00 16/02/09

43 SUBDIVISÃO DO LOTE 40 GBA PAT MGA 8 140 (*) 09/10/03

43 JARDIM SÃO MIGUEL 8 120 60.113,78 21/02/08

44 CONJ. RES. INOCENTE VILA NOVA JR. 38 1021 484.000,00 02/06/78

44 JARDIM IGUACU 23 343 237.282,00 12/10/78

44 JARDIM VERÔNICA 9 180 126.249,68 18/11/85

44 JARDIM VEREDAS 4 56 27.737,02 27/12/96

44 JARDIM ALZIRA 7 90 47.575,21 20/05/97

44 JARDIM VEREDAS II 9 126 64.188,00 22/10/97

44 JARDIM SANTA ROSA 16 328 178.366,87 09/08/99

44 SUB LT 37A5/37C5/37D5-1 G. R. PINGUIM 1 28 36.272,27 03/04/87

45 JARDIM NILZA 11 114 835.650,20 21/03/59

45 DISTRITO INDUSTRIAL II 13 133 950.911,80 11/08/86

45 PARQUE DOS CEREALISTAS 13 72 472.088,60 (*)

46 LOTEAMENTO EBENEZER 12 136 78.664,76 29/05/79

46 LOTEAMENTO EBENEZER II PARTE 10 92 46.857,80 15/07/80

46 CONJ. RESIDENCIAL RODOLPHO BERNARDI 16 260 94.060,61 28/05/90

46 Lt. 7/7/A/7-1 GL. RIB. MORANGUEIRO 27 372 100.732,98 10/11/92

46 JARDIM ANDRADE 9 183 122.963,79 13/08/97

46 JARDIM NOVO ALVORADA 19 333 207.663,64 09/08/99

46 SUB LT 10D GLEBA RIB. MORANGUEIRO 15 275 193.318,64 30/06/00

46 JARDIM SANTA CLARA 23 272 181.500,00 03/12/2002

46 CHÁCARAS ALVORADA 12 377 (*) 01/11/1962

46 LOTEAMENTO SUMARÉ 43 940 650.703,77 21/02/07

47 PARQUE ITAIPU I PARTE 23 645 435.600,00 03/01/81

47 PARQUE ITAIPU II PARTE 16 415 312.263,88 27/12/82

47 JARDIM INDUSTRIAL 14 294 159.357,42 04/12/85

47 SUB LOTE 34-B/B-4 GLEBA RIB. PINGUIM 11 103 300.902,25 09/11/94

47 PQ. IND. MÁRIO BULHÕES DA FONSECA 9 9 136.936,00 28/01/99

47 PARQUE INDUSTRIAL SUL 2 13 144.513,21 27/04/95

48 JARDIM TROPICAL 19 244 221.000,00 29/11/76

48 PARQUE DAS LARANJEIRAS 42 669 532.398,20 20/08/85

48 CONJUNTO RESIDENCIAL PLANVILLE 9 106 66.928,91 19/11/86

48 JARDIM REAL 23 445 286.554,60 15/05/96

48 JARDIM REBOUÇAS 13 269 239.580,00 13/12/96

48 JARDIM BRASIL 30 476 338.800,00 02/12/98

48 JARDIM SANTA HELENA 31 462 290.400,00 28/04/99

48 JARDIM PARIS III - G.R.M. LT 111/112/113 33 588 363.000,00 18/09/2000

48 JARDIM BRASÍLIA - G.R.M. LT 107A/107B 12 169 110.801,58 28/12/2000

48 JARDIM PARIS IV 4 36 20.965,51 13/11/2001

48 JARDIM PARIS V 6 66 43.028,01 13/11/2001

Page 110: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

110

48 SUB LT 37 B (*) (*) (*) (*)

48 PARQUE JARDIM PARAIZO 22 374 246.206,67 10/05/2005

48 JARDIM PETROPOLIS 6 50 34.653,21 08/04/08

48 JARDIM PARIS VI 21 419 338.800,00 04/09/08

49 JARDIM SÃO DOMINGOS 3 30 27.254,00 23/08/76

50 ZONA 50 6 16 121.230,44

51 PARQUE INDUSTRIAL DUZENTOS 5 20 242.375,00 11/03/86

53 CONDOMÍNIO BELA VISTA - G.R.M. LT 148 E 1 5 95 119.857,27 13/11/2000

53 CONDOMÍNIO BELA VISTA 2 G.R.M. LT 148 E 5 93 118.645,37 13/11/2000

53 CONDOMÍNIO SANTA MARIA - G.R.M. LT 148 L (*) 94 120.766,77 13/11/2000

53 CONDOMÍNIO SANTA MARINA .R.M. 148 S 1 4 100 132.288,11 01/12/2000

53 CONDOMÍNIO COUNTRY VILLAGE (*) (*) (*) (*)

53 CONDOMÍNIO MONTE ALTO (*) (*) (*) (*)

53 CONDOMÍNIO ITELVINO FENATO (*) (*) (*) (*)

53 CONDOMÍNIO REC DOS GUERREIROS (*) (*) (*) (*)

53 SUB LT 64-D-1 (*) (*) (*) (*)

Obs: (*) – sem informação disponível. Ficaram fora desta lista os bairros com id numero: 322 – 319 – 320 – 326 – 327 – 328 – 329 – 321 – 324 – 325 – 316 –315 – 317

Fonte: Secretaria de Planejamento Municipal (2010)

Nessa listagem estão incluídos os empreendimentos destinados a população em geral,

sendo que para a habitação de interesse social, o Mapa nº 17 – Loteamentos Populares apresenta a

produção do poder público que está também descriminada na Tabela nº 62, desse documento.

Com relação à produção de habitações populares por empreendedores privados e

particulares, foram selecionados no cadastro técnico da prefeitura, os alvarás do período de 2000

até junho de 2010, de construções residenciais com área inferior a 70,00m². O número de

construções por ano varia entre 2000 e 3000 unidades, numa média que tem abaixado nos últimos

anos.

Tabela 51- ALVARÁS EXPEDIDOS EM MARINGÁ – 2000/2010

ANO RESIDÊNCIAS COM MENOS DE 70,00m²

PROJETO RESIDENCIAL APROVADO

% DE RESIDÊNCIAS COM MENOS DE 70m²

SOBRE O TOTAL

2000 381 3.181 12,0

2001 277 3.156 8,8

2002 279 2.939 9,5

2003 131 3.005 4,4

2004 132 2.876 4,6

2005 64 3.051 2,1

2006 122 2.670 4,6

2007 93 2.823 3,3

2008 22 3.465 0,6

2009 10 3.252 0,3

Page 111: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

111

2010 – até Junho

61 2.203 2,8

FONTE: Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação Municipal - 2010

Page 112: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

112

6. IDENTIFICAÇÃO DA QUANTIDADE E LOCALIZAÇÃO DAS TERRAS PASSÍVEIS

DE SEREM DESTINADAS PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Apesar do número expressivo de loteamentos aprovados, o município ainda possui

áreas com uma ocupação dispersa que poderão ser adensadas. Para efeito do PLHIS, considerou- se

a existência de lotes vagos nos loteamentos aprovados, apesar de que, em muitos casos, o valor da

terra não permita a sua utilização para habitação de interesse social.

Para identificar as áreas passíveis de serem destinadas à habitação de interesse social,

foi utilizada a seguinte metodologia, utilizando-se as informações do Plano Diretor:

1. Identificou-se na lei de uso do solo quais seriam as zonas aptas para receberem

habitação de interesse social (HIS). (Mapa nº13 – Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo).

2. A partir das informações do Mapa nº 3 Declividades da área Urbana; da

identificação das Áreas de Preservação Permanente – APPs; e da Zona de Proteção Ambiental,

cruzadas com as zonas passíveis de receberem HIS foi elaborado o Mapa nº 20 - Aptidões e

Restrições.

3. Na sequência, as informações do Mapa nº 20 foram cruzadas com as do Mapa nº19

– Vazios Urbanos, resultando no Mapa nº 21 – Vazios Urbanos Classificados, que destaca as áreas

passíveis tanto do ponto de vista do zoneamento quanto das aptidões ambientais, para a

implantação de HIS.

4. Por último, o Mapa nº 21 – Vazios Urbanos Classificados foi sobreposto ao Mapa nº

07 – Renda Média segundo Setores Censitários, que identifica as áreas onde se encontram as faixas

de renda até 6 s.m., resultando no Mapa nº 22 que apresenta os vazios urbanos têm potencial para

receber HIS. O mapa 23 apresenta o cruzamento do mapa 21 com o mapa 16 – Valor da terra

segundo zonas urbanas.

5. Foram calculadas as áreas dos vazios urbanos aptos a receberem HIS, conforme

tabela abaixo:

Tabela 52 – VAZIOS URBANOS APTOS A RECEBEREM EMPREENDIMENTOS DE HIS

Vazios Urbanos - Maringá

Classe Área (m²) Área (ha) %

Áreas com restrição ambiental e quanto ao Zoneamento

4.263.546 426,35 6,3%

Page 113: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

113

Áreas com restrição ambiental 6.187.358 618,74 9,2%

Áreas com restrição quanto ao Zoneamento

11.827.811 1.182,78 17,6%

Áreas aptas - ZR2 43.605.717 4.360,57 64,8%

Áreas aptas - ZR3 1.388.116 138,81 2,1%

Total 67.272.548 6.727,25 100,0%

As áreas aptas (ZR2 e ZR3) somaram 44.993.833,00 m². Levando-se em conta a

necessidade de abertura de ruas, doação à prefeitura, no caso de novos loteamentos, considerou-

se como área líquida passível de ser loteada, 65% do total, que resultou em 29.245.991,22 m².

Considerando ainda, o lote mínimo de 300,00 m², nesses vazios urbanos será possível a

produção de aproximadamente 97.487 lotes.

Do ponto de vista da demanda, considerando-se as necessidades habitacionais

identificadas no capítulo anterior, em 2010 seria necessária a construção de 7.718 moradias para a

população com renda mensal entre 0 a 5 s.m., quantidade esta que é suficientemente absorvida

através do número de lotes passíveis de serem criados nos vazios urbanos. Com isso, verifica-se que

não serão necessárias, via de regra, a verticalização dos empreendimentos e expansão do

perímetro urbano.

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114

7. MARCOS REGULATÓRIOS LEGAIS NA QUESTÃO URBANA E HABITACIONAL

Neste tópico é apresentado o levantamento dos marcos regulatórios e legais

existentes, a partir de pesquisas nos sites oficiais do Poder Legislativo e Executivo Municipal. Após

este levantamento, é feita a análise da compatibilidade destes diplomas legais com a legislação

estadual e federal pertinente ao tema, bem como das necessidades atuais da população, para

verificação da necessidade de adequação e/ou atualização da legislação municipal.

A Constituição da Republica Federativa do Brasil, reconhece como direito fundamental

do direito de moradia através da emenda constitucional aprovada em 2000, direito esse que ficou

expressamente reconhecido entre os direitos sociais, em que pese que desde sempre a moradia é

direito fundamental, mesmo quando não estava expressa, pois é pré-condição para a existência de

outros direitos. Mais recentemente, com a aprovação do Estatuto da Cidade, foi estabelecida nova

ordem jurídica que deu suporte às ações dos governos municipais no enfrentamento dos

problemas urbanos, sociais e ambientais. O Estatuto da Cidade consolidou o espaço da

competência jurídica e da ação política municipal, principalmente na regularização fundiária.

O Estatuto da Cidade tem quatro aspectos fundamentais:

1 – consolida a noção da função social e ambiental da propriedade e da cidade como

marco conceitual jurídico-político para o direito urbanístico;

2 – regulamenta e cria novos instrumentos urbanísticos para a construção de uma

ordem urbana socialmente justa e includente;

3 – aponta processos políticos jurídicos para a gestão democrática das cidades; e

4 – para efetivar o direito de moradia – propõe diversos instrumentos jurídicos para a

regularização fundiária dos assentos informais em áreas urbanas municipais.

Para que o Estatuto tenha aplicação eficaz dependerá da estratégia de planejamento e

ação de cada município. Os municípios deverão definir um “Projeto de Cidade”, através da

legislação urbanística municipal começando pelo Plano Diretor.

A elaboração de um plano especifico de habitação é condição que se impõe para a

implementação do Estatuto da Cidade. A Lei do Plano Diretor deve conter, por isto, considerações

sobre o tema principalmente no que se refere aos instrumentos jurídicos de regularização

fundiária.

Page 115: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

115

De acordo com o que prevê o Estatuto da Cidade, Planos Diretores devem conter, pelo

menos, três estratégias, como forma de assegurar seu cumprimento quais sejam:

a) estratégia de ordenamento territorial, que defina como a função social da cidade e

da propriedade deve ser cumprida e também para orientar a aplicação dos instrumentos de

indução do desenvolvimento urbano e de regularização fundiária;

b) sistema de gestão, que estruture o poder público e a sociedade civil para a

elaboração e implementação do plano e para garantir pactos firmados;

c) investimentos prioritários, que possam concretizar o Plano Diretor.

Das estratégias acima citadas o Plano Diretor de Maringá não as contempla

integralmente, em relação ao ordenamento territorial, o zoneamento não esclarece como será

cumprida a função social. O sistema de Gestão propõe (art.173) abarcar todos os segmentos da

sociedade civil, mas não define mecanismos e estratégias de operação das distintas instâncias de

representação.

O Plano não faz referência a investimentos prioritários, tampouco explicita como

poderão ser definidos e ainda não aprofunda nem trata diretamente das questões habitacionais ².

7.1. Listagem da legislação relacionada com o PLHIS

Visando o direito a cidade e a garantia do acesso à moradia digna especialmente para a

população de baixa renda, são objeto de análise os seguintes instrumentos normativos e legais do

Município de Maringá: Plano Diretor Participativo, normas de zoneamento, Conselho e Fundo

Municipal de Habitação de Interesse Social.

7.1.1 Lei Orgânica Municipal

Em seu capítulo II do Título IV, definiu as metas para a política urbana, reforçando o

acesso de todos à moradia, a justa distribuição dos benefícios e ônus do processo de urbanização, a

regularização fundiária e urbanização específica para áreas ocupadas pela população de baixa

renda, entre outras.

7.1.2 Plano Diretor de Maringá

O Plano Diretor Participativo de Maringá foi aprovado em 2006, pela Lei

Complementar nº 632 de 06 de outubro, somente sendo implementado em 2008. Adota o

pressuposto presente no Estatuto da Cidade, a garantia da função social da cidade através da

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116

adoção de inúmeros instrumentos urbanísticos que garantem a promoção de inclusão social e de

gestão democrática, garantindo aos moradores o direito à participação na definição das principais

matérias urbanas: “todas as entidades da sociedade civil organizada, bem como aqueles que

tiverem interesse, em todas as políticas públicas, programas, projetos, planos, diretrizes e

prioridades contidas neste Plano, de modo a garantir o controle direto das atividades e o pleno

exercício da cidadania” (Art.12).

Sobre a garantia do acesso a moradia, o Plano Diretor de Maringá estabelece objetivos

e estratégias de desenvolvimento territorial e ambiental do Município disciplinando no artigo 23 os

objetivos e no artigo 24 as ações específicas definidas como estratégias. Ressaltamos os pontos

referentes à questão habitacional:

“Art. 23 – A Política de Desenvolvimento Territorial e Ambiental tem como objetivos:

I - ....

V – promover o acesso à habitação, priorizando a população de baixa renda

Art. 24 – Para a consecução desta política devem ser observadas as seguintes

estratégias:

I - ...

XV – definir política municipal de habitação, com ênfase em baixa renda,

contemplando:

a) destinação de áreas para a Habitação de Interesse Social;

b) criação de mecanismos de financiamento;

c) moradia rural;

d) combate a exclusão territorial.

§ 1º - Entende-se por Habitação de Interesse Social aquela destinada a população com

renda familiar mensal limitada a 06 (seis) salários mínimos.

§ 2º - Para priorizar a política habitacional, priorizar-se-á população com renda familiar

limitada a 03 (três) salários mínimos.”

7.1.3 Lei de Parcelamento do Solo

Lei Complementar nº 334/1.999, alterada pelas 340/2000, 363/2000, 468/2.003,

469/2.003, 558/2005, 644/2007, 819/2010. Tem por objetivos: orientar o projeto e a execução de

qualquer serviço ou obra de parcelamento do solo para fins urbanos no Município; prevenir

assentamento urbano em área imprópria para esse fim; evitar a comercialização de lotes

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117

inadequados às atividades urbanas; assegurar a observância de padrões urbanísticos e ambientais

de interesse da comunidade no processo de parcelamento do solo para fins urbanos; entre outros.

São regidos por essa lei loteamentos, subdivisões ou desmembramentos, remembramentos, além

das áreas das vias de circulação, os espaços livres de uso público e as áreas destinadas a

equipamentos comunitários e urbanos.

O Art. 1 da Lei nº 819/2010 altera o Art. 7 da Lei 334/1999 e obriga ao parcelador a

destinar 3%da área líquida dos lotes dos empreendimentos para o Fundo Municipal de Habitação

de Interesse Social, além dos percentuais mínimos a serem doados ao município definidos em lei.

7.1.4 Lei do Sistema Viário

A Lei 333/1999, alterada pela lei 354/2000, define o Sistema Viário Básico do

Município de Maringá, estabelecendo as diretrizes para a circulação e a implantação de

arruamentos nas zonas urbanas e na zona agrícola do Município. Tem por objetivos: complementar

as diretrizes de uso e ocupação do solo no ordenamento funcional e territorial do município; fixar

as condições necessárias para que as vias de circulação possam, adequadamente, desempenhar

suas funções e dar vazão ao seu volume de tráfego; assegurar a continuidade do arruamento

existente nos novos parcelamentos do solo no município; fornecer o suporte técnico para a

elaboração dos projetos de pavimentação dos logradouros públicos e vias de circulação.

7.1.5 Lei de Uso e Ocupação do Solo

O zoneamento de uso e ocupação do solo é tratado nas Leis Complementares: LC 3 1991 - dispõe

sobre normas e padrões de uso e ocupação do solo para as zonas urbanas do município de

Maringá, nos termos da Lei Complementar n. 1/1991 do Plano Diretor Integrado de

Desenvolvimento; LC 8 1993 - dispõe sobre o zoneamento, o uso e a ocupação das áreas do

perímetro urbano, não incluídas no anexo I da Lei Complementar n. 2/1991; LC 14 1993 - altera o

uso do solo da rua 37.028, localizada no conjunto habitacional João-de-barro Champagnat; LC 16

1993 - altera o uso do solo da rua projetada a, localizada no conjunto habitacional Sanenge III; LC

17 1993 - altera o uso do solo da rua Rio Guandu, localizada no conjunto habitacional Branca de

Jesus Camargo Vieira; LC 18 1993 - altera o uso do solo da rua Pioneiro José Jacinto Maia, localizada

no Jardim Copacabana; LC 19 1993 - altera o uso do solo da rua rio San Martin, localizada no

conjunto habitacional João-de-Barro Champagnat, LC 22 1993 - dispõe sobre o zoneamento, o uso e

a ocupação de áreas do perímetro urbano; LC 25 1993 - altera o uso do solo da rua Augustinho

Franco da Rocha, localizada no conjunto habitacional João-de-Barro Porto Seguro II, LC 44 1994 -

dispõe sobre o parcelamento do solo urbano no município e dá outras providências; LC 46 1994 -

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118

dispõe sobre normas de uso e ocupação do solo para as zonas urbanas no município de Maringá,

nos termos da Lei Complementar do Plano Diretor Integrado de Desenvolvimento; LC 57 1994 -

altera o artigo 28 da Lei Complementar n. 44/1994 (dispõe sobre o parcelamento do solo urbano no

município); LC 62 1994 - altera disposições da Lei Complementar n. 46/1994 (dispõe sobre normas

de uso e ocupação do solo para as zonas urbanas no município de Maringá); LC 88 1995 - altera os

incisos I dos artigos 8.º e 10 da Lei Complementar n. 44/1994 (dispõe sobre o parcelamento do solo

urbano no município); LC 90 1995 - altera a Lei Complementar n. 46/1994 (dispõe sobre normas de

uso e ocupação do solo para as zonas urbanas no município de Maringá); LC 95 1995 - altera a

redação da lei n. 46/1994 (dispõe sobre normas de uso e ocupação do solo para as zonas urbanas

no município de Maringá); LC 96 1995 - altera o anexo I da Lei Complementar n. 46/1994 (dispõe

sobre normas de uso e ocupação do solo para as zonas urbanas no município de Maringá); LC 99

1995 - altera o parágrafo 2.º do artigo 7.º da Lei Complementar n. 46/1994 (dispõe sobre normas

de uso e ocupação do solo para as zonas urbanas no município de Maringá); LC 158 1996 - altera os

anexos I e VI da Lei Complementar n. 46/1994 (dispõe sobre normas de uso e ocupação do solo

para as zonas urbanas no município de Maringá); LC 161 1996 - altera dispositivos da Lei

Complementar n. 46/1994 (dispõe sobre normas de uso e ocupação do solo para as zonas urbanas

no município de Maringá); LC 186 1997 - altera disposições da Lei Complementar n. 46/1994

(dispõe sobre normas de uso e ocupação do solo para as zonas urbanas no município de Maringá);

LC 189 1997 - altera disposições da Lei Complementar n. 46/1994 (dispõe sobre normas de uso e

ocupação do solo para as zonas urbanas no município de Maringá); LC 191 1997 - altera a redação

da Lei Complementar n. 44/1994 (dispõe sobre o parcelamento do solo urbano no município); LC

196 1997 - altera a redação da Lei Complementar n. 46/1994 (dispõe sobre normas de uso e

ocupação do solo para as zonas urbanas no município de Maringá); LC 209 1997 - altera a Lei

Complementar n. 44/1994 (dispõe sobre o parcelamento do solo urbano no município); LC 214

1997 - altera a Lei Complementar n. 46/1994 (dispõe sobre normas de uso e ocupação do solo para

as zonas urbanas no município de Maringá); LC 215 1997 - dispõe sobre a taxa de ocupação do solo

para os imóveis de uso comercial situados nas quadras 6 e 7 das zonas 42 e 43; LC 217 1997 - altera

a redação da Lei Complementar n. 46/1994 (dispõe sobre normas de uso e ocupação do solo para

as zonas urbanas no município de Maringá); c 231 1998 - altera a Lei Complementar n. 46/1994

(dispõe sobre normas de Uso e Ocupação do Solo para as zonas urbanas no município de Maringá);

LC 236 1998 - dispõe sobre o parcelamento de solo rural para fins urbanos; LC 252 1998 - altera a

redação do parágrafo único do artigo 21 da Lei Complementar n. 44/1994 (dispõe sobre o

parcelamento do solo urbano no município); LC 259 1998 - altera a redação do parágrafo 4.º do

artigo 7.º da Lei Complementar n. 46/1994 (dispõe sobre normas de uso e ocupação do solo para as

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119

zonas urbanas no município de Maringá); LC 299 1999 - altera a redação do parágrafo 4.º do artigo

7.º da Lei Complementar n. 46/1994 (dispõe sobre normas de uso e ocupação do solo para as zonas

urbanas no município de Maringá); LC 302 1999 - altera o recuo frontal da Zona Industrial 2,

estabelecido no anexo 6 da Lei Complementar n. 46/1994 (dispõe sobre normas de Uso e Ocupação

do Solo para as zonas urbanas no município de Maringá); LC 317 1999 - acrescenta parágrafo ao

artigo 21 da Lei Complementar n. 44/1994 (dispõe sobre o parcelamento do solo urbano no

município); LC 321 1999 - adiciona inciso ao artigo 21, caput, da Lei Complementar n. 44/1994

(dispõe sobre o parcelamento do solo urbano no município); LC 331 1999 - dispõe sobre o uso e

ocupação do solo no município de Maringá e dá outras providências; LC 334 1999 - dispõe sobre o

parcelamento do solo no município de Maringá e dá outras providências; LC 363 2000 - altera a

redação do inciso VIII do artigo 16, caput, Lei Complementar n. 334/1999 (que dispõe sobre o

parcelamento do solo no município de Maringá e dá outras providências); LC 416 2001 -

Regulamenta o parcelamento, o uso e a ocupação do solo na área denominada Zona Especial 1 -

Novo Centro; LC 422 2002 - altera a tabela de usos do solo, constante do Anexo I da Lei

Complementar n. 331/1999; LC 423 2002 - altera a redação do artigo 7.º da Lei Complementar n.

416/2001 (regulamenta o parcelamento, o uso e a ocupação do solo na área denominada Zona

Especial 1 - Novo Centro); LC 432 2002 - altera a tabela de usos do solo, constante do Anexo I da Lei

Complementar n. 331/1999; LC 446 2002 - altera a tabela de usos do solo, constante do Anexo I da

Lei Complementar n. 331/1999; LC 447 2002 - altera a delimitação da Zona de Proteção Ambiental

ZP15 e da Zona Residencial dois - ZR2 -, previstas na Lei Complementar n. 331/1999 (lei do uso e

ocupação do solo no município de Maringá); LC 461 2003 - altera a tabela de usos do solo,

constante do Anexo I da Lei Complementar n. 331/1999; LC 468 2003 - altera o artigo 1.º da Lei

Complementar n. 334/1999 (que dispõe sobre o parcelamento do solo no município de Maringá e

dá outras providências); LC 497 2003 - altera o artigo 19 da Lei Complementar n. 416, de 21 de

dezembro de 2002, que regulamenta o parcelamento, o uso e a ocupação do solo na área

denominada Zona Especial 1 - Novo Centro; LC 500 2003 - altera a delimitação da Zona Industrial

um (ZI1) e da Zona Residencial dois (ZR2), previstas na Lei Complementar n. 331/1999 (lei do uso e

ocupação do solo no município de Maringá); LC 510 2003 - altera o Anexo III da Lei Complementar

n. 331/1999 (que dispõe sobre o uso e ocupação do solo no município de Maringá); LC 515 2004 -

altera a redação do artigo 89 da Lei Complementar n. 335/1999 (Lei de Edificações do município de

Maringá) e do artigo 29 da Lei Complementar n. 331/1999 (Lei de Uso e Ocupação do Solo do

município de Maringá); LC 520 2004 - altera o artigo 2.º da Lei Complementar n. 416/2001

(regulamenta o parcelamento, o uso e a ocupação do solo na área denominada Zona Especial 1 -

Novo Centro); LC 522 2004 - altera a Lei Complementar n. 416/2001, que regulamenta o

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parcelamento, o uso e a ocupação do solo na área denominada Zona Especial 1 - Novo Centro; LC

529 2004 - altera a redação dos parágrafos 1.º e 3.º do artigo 7.º da Lei Complementar n. 416/2001

(regulamenta o parcelamento, o uso e a ocupação do solo na área denominada Zona Especial 1 -

Novo Centro); LC 534 2004 - altera o Anexo III da Lei Complementar n. 331/1999 (que dispõe sobre

o uso e ocupação do solo no município de Maringá); LC 558 2005 - acrescenta parágrafo ao artigo

16 da Lei Complementar n. 334/1999 (que dispõe sobre o parcelamento do solo no município de

Maringá e dá outras providências); LC 566 2005 - altera a Lei Complementar n. 416/2001 (que

regulamenta o parcelamento, o uso e a ocupação do solo na área denominada Zona Especial 1 -

Novo Centro); LC 576 2005 - autoriza a aprovação do conjunto habitacional Villagio Treviso I e II e

transforma o lote 1-C/1 (remanescente) da gleba Ribeirão Pinguim em ZR-3 - Ocupação

Multifamiliar; LC 582 2005 - exclui vias públicas projetadas constantes do Anexo III da Lei

Complementar n. 331/1999, que dispõe sobre o uso e ocupação do solo no município de Maringá e

dá outras providências; LC 597 2006 - altera a redação do art. 1º da Lei Complementar n. 595/2005

e dá outras providências. - (altera dispositivos da Lei Complementar n. 331/99 - uso e ocupação do

solo); LC 612 2006 - altera a tabela de usos do solo, constante do Anexo I da Lei Complementar n.

331/99 - (uso e ocupação do solo). Art. 1º na tabela de usos do solo, constante do Anexo I da Lei

Complementar n. 331/99, no item "ecs e", no campo usos permitidos", acrescente-se o uso

"hotéis"; LC 614 2006 - altera a redação da Lei Complementar nº331/99 (uso e ocupação do solo).

(em todas as zonas, deverá ser mantida, nos lotes, uma área permeável mínima de 10%, a qual

ficará livre de edificação, da projeção desta ou de avanço do subsolo, não podendo, ainda, receber

nenhum tipo de revestimento impermeável ou cobertura, exceto elementos vazados de concreto

para piso, do tipo "concregrama" ou "pisograma"); LC 615 2006 - dispensa o afastamento frontal de

4,00 metros para a edificação da torre sobre a data 14, da quadra 03, da Zona Central (uso e

ocupação do solo); LC 619 2006 - altera a tabela de usos do solo, constante do Anexo I da Lei

Complementar nº331/99 (uso e ocupação do solo - na tabela de usos do solo, constante do Anexo I

da Lei Complementar nº331/99, no item "ecs - e", no campo "usos permitidos", acrescente-se a

atividade "comércio de veículos automotores de médio e pequeno porte"); LC 622 2006 - altera a

redação do § 2º do artigo 29 da Lei Complementar nº331/99 (uso e ocupação do solo - quando o

serviço prestado for exclusivamente de lava-jato, o mesmo poderá ser instalado, obedecidas as

demais disposições deste artigo e a Lei de Edificações); LC 638 2006 - altera a redação da Lei

Complementar nº627/2006 (que dispõe sobre valores e alíquotas de tributos e sobre as condições

para os respectivos pagamentos no exercício de 2007) (art. 1º o inciso iv do artigo 16, passa a

vigorar com a redação seguinte: "art. 16... IV - R$ 15,00, no caso da taxa de licença para ocupação

do solo nas vias e logradouros públicos;" (NR) art. 2º o item 03 da tabela de valores para cobrança

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121

da taxa de licença para ocupação do solo nas vias e logradouros públicos - exercício de 2007 -,

constante do Anexo VII da Lei Complementar nº627/2006, passa a viger com o seguinte teor: anexo

VII - tabela de valores para cobrança da taxa de licença para ocupação do solo nas vias e

logradouros públicos - exercício de 2007. Item - 03 - atividade - mesas em calçadas - ano: a) imóveis

localizados nas regiões constantes na relação número 1 do Anexo I desta lei:.45,00; b) imóveis

localizados nas regiões constantes na relação número 2 do Anexo I desta lei:.30,00; c) imóveis

localizados nas regiões constantes na relação número 3 do Anexo I desta lei:..15,00;); LC 648 2007 -

dispõe sobre a outorga onerosa do direito de construir, mediante contrapartida ao poder público

municipal e condições especiais de recuo obrigatório frontal e ocupação de solo (Aspen Park

Shopping Center); LC 651 2007 - exclui vias públicas do traçado viário constante no Anexo III da Lei

Complementar n.331/99 (uso e ocupação do solo). (ficam excluídas do traçado viário do município

de Maringá as vias públicas projetadas sobre os lotes de terras 448, 449,462, 484, 485 e 461, todos

da gleba patrimônio Maringá); LC 674 2007 - acresce o § 7º-a ao artigo 8º da Lei Complementar n.

331/99 (uso e ocupação do solo no município - "art. 8º... § 7º-a será também permitida nos eixos

de comércio e serviços a instalação de estabelecimentos de culto, desde que possuam

revestimento acústico adequado."); LC 686 2007 - altera a faixa de terra pertencente à Zona

Residencial Dois (ZR-2) para Zona Residencial Três (ZR-3), contidas no Anexo III, e complementa a

tabela de parâmetros de ocupação do solo, constante do Anexo II, ambos da Lei Complementar

n.331/99 (que dispõe sobre o uso e ocupação do solo no município de Maringá); LC 701 2007 -

altera a Lei Complementar n. 331/99 (uso e ocupação do solo) e transforma a quadra 04 da Zona

Central - ZC para Zona Especial 15 - ZE15. "art.7º... VII-... o - ZE15 - centro cultural" (NR); LC 720

2008 - estabelece a ZE - 4 a nesta cidade e cria a sua tabela de parâmetros de ocupação do solo,

prevista na Lei Complementar n. 331/99; LC 721 2008 - dispõe sobre a autorização da outorga

onerosa do direito de construir, mediante contrapartida ao poder público municipal, com a

alteração da altura máxima de edificação na ZC - Zona Central, contida no Anexo II - tabela de

parâmetros de ocupação do solo, da Lei Complementar n. 331/99 ;LC 726 2008 - altera a redação

do § 1º, caput, do artigo 29 da Lei Complementar n. 331/99 (que dispõe sobre o uso e ocupação do

solo no município de Maringá); LC 747 2008 - suprime do plano viário do município, aprovado pela

Lei Complementar n.331/99 (uso e ocupação do solo), via projetada sobre o campus do cesumar.;

LC 777 2009 - revoga a Lei Complementar n. 651/2007 (que exclui vias públicas do traçado viário

constantes do Anexo III da Lei Complementar n.331/99); LC 789 2009 - altera o Anexo III da Lei

Complementar n.331/99 (que dispõe sobre o uso e ocupação do solo no município de Maringá); LC

797 2010 - altera a Lei Complementar n. 331, de dezembro de 1999, que regula o uso e a ocupação

do solo no município de Maringá; LC 828 2010 - altera a classificação de uso e atividade urbana do

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122

lote 169/170 da gleba patrimônio Maringá, bem como altera o Anexo III da Lei Complementar n.

331/99, que dispõe sobre o uso e ocupação do solo no município de Maringá; LC 829 2010 -

acrescenta dispositivos ao art. 143 da Lei Complementar n. 335/99, que regula o uso e a ocupação

do solo no município de Maringá; LC 832 2010 - altera a redação da alínea "a" do inciso V do artigo

7º, caput, da Lei Complementar n. 331/99 (Lei de Uso e Ocupação do Solo no município de

Maringá); LC 835 2010 - altera a redação da Lei Complementar n. 632/2006, que criou o Plano

Diretor do Município de Maringá (contrapartida de 3% do total da área líquida parcelada em

parcelamento do solo urbano); LC 839 2010 - altera a redação da Lei Complementar n. 334/99, que

dispõe sobre o parcelamento do solo no município de Maringá e dá outras providências;

A Lei tem por objetivo: disciplinar a localização de atividades no município,

prevalecendo o interesse coletivo sobre o particular; regulamentar a implantação das edificações

nos lotes e a relação destas com seu entorno; estabelecer padrões adequados de densidade na

ocupação do território; ordenar o espaço construído para assegurar a qualidade morfológica da

paisagem urbana.

De acordo com a Lei 331/1999 e suas alterações as zonas se dividem em:

I - Zona Central - ZC, em que predominam os usos de comércio e serviços centrais, as

atividades de animação e a concentração de empregos, além do uso habitacional de alta densidade;

II - Zona de Comércio e Serviços Setoriais - ZCS, em que predominam os usos de

comércio e serviços especializados de atendimento à economia e à população, além do uso

residencial de alta densidade;

III - Zona de Serviços - ZS, destinada exclusivamente aos usos de comércio e serviços

especializados e de indústrias não nocivas ou perigosas;

IV - Zonas Industriais - ZI, destinadas ao uso industrial, subdividem-se em:

a) Zona Industrial Um - ZI1, compreendendo atividades industriais não nocivas ou

perigosas, compatíveis com zonas urbanas de uso diversificado;

b) Zona Industrial Dois - ZI2, exclusivamente industrial, reservada às atividades que

signifiquem uso incômodo ou nocivo, mesmo depois de submetidas a métodos adequados de

proteção, condicionadas ao licenciamento do órgão municipal do meio ambiente;

c) Zona Industrial Três - ZI3, exclusivamente industrial, reservada às atividades que

representem uso nocivo pela geração de resíduos líquidos, ficando sua instalação condicionada ao

licenciamento ambiental do órgão municipal do meio ambiente, que definirá o grau de saturação

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123

da bacia hidrográfica e a capacidade de depuração dos seus cursos d’água;

V - Zonas Residenciais - ZR, destinadas ao uso residencial em caráter exclusivo ou

predominante, subdividem-se em:

a) Zona Residencial Um - ZR1, exclusivamente residencial, com padrão de ocupação

unifamiliar de baixa densidade, permissível a atividade individual de autônomos e profissionais

liberais no próprio domicílio, desde que comprovada a moradia concomitante;

b) Zona Residencial Dois (ZR2), predominantemente residencial, com padrão de

ocupação unifamiliar ou bifamiliar de baixa densidade;

c) Zona Residencial Três (ZR3), predominantemente residencial, com padrão de

ocupação unifamiliar, bifamiliar ou multifamiliar de média densidade;

d) Zona Residencial Quatro (ZR4), predominantemente residencial, com padrão de

ocupação unifamiliar, bifamiliar ou multifamiliar de alta densidade, permitidos comércio e serviços

em caráter restrito; (NR) (alterado conforme LC 340/2000)

e) Zona Residencial Cinco - ZR5, exclusivamente residencial, com padrão de ocupação

unifamiliar de baixa densidade;

f) Zona Residencial Seis (ZR6), predominantemente residencial, com padrão de

ocupação unifamiliar e bifamiliar de baixa densidade, permitidos comércio e serviços em caráter

restrito. (incluído conforme LC 340/2000)

VI - Zonas de Proteção Ambiental - ZP, destinadas a contribuir para a manutenção do

equilíbrio ecológico e paisagístico no território do Município, admitidas apenas edificações que se

destinem estritamente ao apoio às funções dos parques e reservas florestais, dividem-se em:

a) ZP1: faixas com largura mínima de 30,00m (trinta metros) de cada lado das

nascentes e cursos d’água do Município, destinadas à manutenção e recomposição das matas

ciliares, onde são vedados quaisquer tipos de edificação;

b) ZP2: Parque do Ingá;

c) ZP3: Bosque II;

d) ZP4: Horto Florestal;

e) ZP5: Parque da Nascente do Ribeirão Paiçandu;

f) ZP6: Bosque das Grevíleas;

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g) ZP7: Parque do Sabiá;

h) ZP8: Parque Florestal Municipal das Perobas;

i) ZP9: Recanto Borba Gato;

j) ZP10: Parque Ecológico Municipal do Guaiapó;

k) ZP11: Parque Florestal Municipal das Palmeiras;

l) ZP12: Parque do Cinqüentenário;

m) ZP13: Parque da Rua Teodoro Negri;

n) ZP14: Parque Alfredo Werner Nyffeler;

o) ZP15: Reservas do Córrego Borba Gato;

p) ZP16: Reserva da Rua Diogo M. Esteves;

q) ZP17: Reserva do Córrego Cleópatra;

r) ZP18: Reserva da Rua Pioneira Deolinda T. Garcia;

s) ZP19: Reserva do Córrego Moscados;

VII - Zonas Especiais - ZE, destinadas à manutenção de padrões urbanísticos

específicos em áreas onde haja a presença de atividades, usos ou funções urbanas de caráter

excepcional, não enquadráveis nas zonas definidas neste artigo, dividem-se em:

a) ZE1: Novo Centro;

b) ZE2: Cemitério Municipal;

c) ZE3: Cemitério Parque;

d) ZE4: Aeroporto Gastão Vidigal;

ZE4A: Parte integrante da ZE4- Tribunal (incluída conforme LC.720/2008)

e) ZE5: Pátio de Manobras da Rede Ferroviária Federal S/A;

f) ZE6: Campus da Universidade Estadual de Maringá;

g) ZE7: Estádio Willie Davids;

h) ZE8: Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro;

i) ZE9: Tiro-de-Guerra;

j) ZE10: Pátio de Inflamáveis;

k) ZE11: Zona Industrial Especial para Derivados de Petróleo;

l) ZE12: Terminal Rodoviário (Avenida Tuiuti);

m) ZE13: Campus do Centro de Ensino Superior de Maringá;

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n) ZE14: Zona de Proteção do Aeroporto de Maringá;

o) ZE15: Centro Cultural (NR) (incluída conforme LC 701/2007)

p)ZE16: Lotes 496,496-B,496-C,496-D,496-D/1,496-D/2,496-D/3,496-E,496-G/1,

496-G/2 da Gleba Patrimônio Maringá (incluída conforme LC 797/2010)

q)ZE17: Zona de Armazéns (zona 9) do projeto urbanístico original de Maringá

(incluída conforme LC 797/2010)

r)ZE18: Zona de Indústrias (zona 10) do projeto urbanístico original de Maringá

(incluída conforme LC 797/2010)

VIII - Zona Agrícola - ZA corresponde ao território rural do Município e destina-se

predominantemente às atividades extrativas, agrícolas, hortifrutigranjeiras e pecuárias, sendo

permissíveis:

os usos especificados no campo próprio do Quadro de Usos do Solo da Lei de;

estabelecimentos de armazenamento de gás com capacidade superior a 100

botijões, desde que localizados a uma distância mínima de 500,00m (quinhentos

metros) dos perímetros urbanos da Cidade de Maringá e de seus Distritos;

atividades que representem uso perigoso, mesmo depois de submetidas a

métodos adequados de segurança, sendo sua instalação condicionada a projetos

específicos de proteção previamente aprovados pelo órgão municipal do meio

ambiente, e desde que sejam localizados a uma distância mínima de 500,00m

(quinhentos metros) dos perímetros urbanos da cidade de Maringá e de seus

Distritos;

hotéis-fazenda, parques temáticos e similares.

Indústrias perigosas

Postos de combustíveis e serviços

Armazenagem de gás

Aterros e vazadouros de lixo

Curtumes, matadouros e frigoríficos

Motéis, drive-in

Hotéis de repouso e hotéis-fazenda

Restaurantes

Uso residencial vinculado à atividade agropecuária, escolas agrícolas e instituições de ensino superior (incluído pela LC 434/2002).

São admitidas as seguintes densidades demográficas máximas no Município:

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126

a) Zona Central - ZC: até 600 habitantes por hectare;

b) Zona de Comércio e Serviços Setoriais - ZCS: até 550 habitantes por hectare;

c) Zona Residencial Um - ZR1: até 70 habitantes por hectare;

d) Zona Residencial Dois - ZR2: até 140 habitantes por hectare;

e) Zona Residencial Três - ZR3: até 350 habitantes por hectare);

f) Zona Residencial Quatro - ZR4: até 575 habitantes por hectare;

g) Zona Residencial Cinco - ZR5: até 30 habitantes por hectare;

h) Zona Especial Um - ZE1 (Novo Centro): até 550 habitantes por hectare;

i) Zona Agrícola - ZA: até 10 habitantes por hectare.

A lei do Plano Diretor de Uso e Ocupação do Solo Urbano não menciona o tipo

zoneamento das Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, contudo o Plano Diretor, sana essa

omissão em seus artigos 67 e seguintes.

As ZEIS- Zonas Especiais de Interesse Social, que são zonas urbanas específicas, nas

quais há interesse público de promover a urbanização e/ou a regularização jurídica da posse da

terra, para salvaguardar o direito à moradia.

Estas zonas são destinadas prioritariamente para a produção e manutenção de

habitação de interesse social, a fim de promover a regularização da área, a implantação de infra-

estrutura urbana e equipamentos comunitários e a promoção de programas habitacionais.

É a partir deste instrumento que a ordem jurídica reconhece as áreas ocupadas por

favelas, assentamentos urbanos da comunidade de baixa renda, loteamentos populares irregulares,

terrenos não edificados, subutilizados ou não utilizados, necessários à implementação de

programas habitacionais e habitações coletivas.

Assim sendo, as ZEIS são uma categoria de zoneamento, criadas com o intuito de

permitir a aplicação de normas especiais de uso e ocupação do solo para fins de regularização

fundiária de áreas ocupadas em desconformidade com a legislação de parcelamento, uso e

ocupação do solo e de edificações.

Page 127: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

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As ZEIS podem ser genericamente agrupadas em dois tipos: a ZEIS de áreas ocupadas e

a ZEIS de áreas vazias, definidas conforme os objetivos inerentes à sua aplicação, respectivamente:

a regularização fundiária, e a produção de Habitação de Interesse Social.

Dentro destes dois tipos, há os quatro subgrupos a seguir, que podem ser definidos

conforme as características do local a ser transformado em zona especial:

1) Áreas particulares, onde a comunidade de baixa renda tenha adquirido a

propriedade por intermédio do Usucapião Urbano, através da posse para fins de moradia, bem

como as áreas públicas onde a população tem o direito à outorga da Concessão de Uso para fins de

Moradia;

2) Áreas com loteamentos irregulares nos quais se tem interesse público em promover

a regularização jurídica do parcelamento, a complementação da infraestrutura urbana ou dos

equipamentos comunitários, bem como a recuperação ambiental;

3) Áreas com grande concentração de habitação coletiva precária de aluguel (cortiços),

onde o Poder Público pretenda conduzir um programa de renovação dos edifícios e de

regularização da condição dos moradores. Esse tipo de ZEIS pode ser utilizado para revitalizar a

região e permitir o uso intensificado da área para projetos habitacionais de interesse social para a

população moradora de cortiço.

4) Áreas com concentração de terrenos não edificados, não utilizados ou subutilizados,

onde o poder público vise a implementação de programas habitacionais de interesse social,

atingindo diretamente os vazios urbanos.

O reconhecimento de determinada área como uma Zona Especial se dá mediante a

promulgação de uma lei específica, ou da respectiva previsão no Plano Diretor, devendo ser

precedida de um estudo de viabilidade técnica, jurídica e financeira da regularização e de um plano

detalhado de urbanização, instituído e executado pelo Poder Público municipal. Este instrumento

deve definir os padrões específicos de parcelamento, edificação, uso e ocupação do solo, e afixar

preço e forma de financiamento, de transferência ou de aquisição das unidades habitacionais a

serem produzidas, além de definir os critérios para a construção de área superior ao coeficiente de

aproveitamento, viabilizando assim a oferta de Habitação de Interesse Social.

Percebe-se então, que o estabelecimento de Zonas Especiais pressupõe uma nova

postura do legislador e do planejador urbano, uma vez que está implícito um reconhecimento, por

parte do poder público, de que a produção de baixa renda é, também, produtora e construtora da

cidade.

Page 128: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

128

Merece destaque que os critérios aqui mencionados poderão vir a normatizar a

previsão contida no artigo 70 da Lei 632/2006.

O zoneamento contempla ainda:

- o Setor Especial dos Eixos Rodoviários: sendo que lei municipal deverá estabelecer os

critérios e parâmetros de uso e ocupação do solo, desde que não contenha previsão de uso

residencial;

- o Setor Especial do Aeroporto: cujos critérios e parâmetros de uso e ocupação do

solo serão definidos por lei municipal, respeitando o Plano Diretor do Aeroporto;

- o Setor Urbano de Proteção do Manancial: para o uso e ocupação do solo deste setor

os critérios e parâmetros deverão vir regulamentados em lei municipal. Tem prioridade para

investimentos em infraestrutura urbana e recuperação ambiental.

Há que se dizer ainda, quanto as ZEIS, que o Município não apresenta lei que

estabeleça os critérios para delimitação das mesmas – LC 632/2006, artigo 70.

O Município de Maringá, quando da implantação das ZEIS, em verdade retirou o

caráter público de determinadas áreas oriundas da reserva de transferência que os loteadores são

obrigados a fazer ao poder público, desafetando-as.

Assim, foram desafetadas do seu caráter público para serem transformadas em ZEIS as

seguintes áreas de terras:

1) Data 01, da Quadra 224, do Jardim Atlanta;

2) Data 06, da Quadra 369, do Jardim Atlanta;

3) Data 25, da Quadra 214, do Jardim Botânico;

4) Data 01, da Quadra 29, do Jardim Diamante;

5) Data 01, da Quadra 20, do Jardim Diamante;

6) Data 01, da Quadra 30, do Jardim Diamante;

7) Data 01, da Quadra 380, do Parque Residencial Ibirapuera;

8) Data 01, da Quadra 95, do Jardim Indaiá;

9) Data 06, da Quadra 94, do Jardim Indaiá;

10) Datas 02 e 03, da Quadra 176, do Jardim Kakogawa;

11) Data 01, da Quadra 112, do Jardim Licce;

Page 129: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

129

12) Data 19, da Quadra 139, do Loteamento Madrid;

13) Data 26, da Quadra 82, do Loteamento Madrid;

14) Data 15, da Quadra 80, do Jardim dos Pássaros;

15) Quadra 74, do Conjunto Habitacional Paulino Carlos Filho;

16) Datas 04 e 05, da Quadra 414, do Jardim Paulista II;

17) Data 08, da Quadra 425, do Jardim Pinheiros III;

18) Datas 01, 01-A, 01-B, 01-C, 01-D, 01-E, 01-F, 01-G, 01-H, 01-I, 01-J, todas da Quadra

103, do Jardim Santa Rosa.

No entanto foram somente transformadas em ZEIS as seguintes áreas de terras:

1) Quadra 93, do Jardim Dourado;

2) Data 01, da Quadra 93, Conjunto Habitacional Léa Leal;

3) Data 17, da Quadra 52, do Jardim Paris IV;

4) Data 06, da Quadra 97, do Parque Residencial Patrícia;

5) Lote 17, 18, 19, 20, 21, 22/66 remanescente, da Gleba Pingüim;

6) Lote 87-B/A, da Gleba Ribeirão Morangueiro;

7) Lote 87-B/B, da Gleba Ribeirão Morangueiro.

Recentemente um novo projeto de lei foi aprovado pelo legislativo municipal

desafetando e transformando outro conjunto de 15 áreas públicas em ZEIS, para construção de

casas com recursos do PAC.

7.1.6. Lei do Perímetro Urbano

O perímetro urbano foi definido pela Lei 332/1999 e posteriormente modificado pelas

leis 297/1999, 451/2002 e 532/2004. O território municipal de Maringá foi dividido em Zonas

Urbanas e Zona Agrícola para fins urbanísticos e tributários. As zonas urbanas são nove: Cidade de

Maringá, Distrito de Floriano, Distrito de Iguatemi, Jardim São Domingos, Zona Industrial Especial,

Zona Industrial de Floriano, Zona Industrial de Iguatemi e Zonas de Urbanização Específica. Já a

Zona Agrícola é constituída pelo restante do território municipal.

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130

7.1.7. Fundo Municipal de Habitação

A Lei Ordinária 7.356/2006 criou o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social e

instituiu o Conselho Gestor e em 2008, através da Lei 8.242, o Conselho Gestor foi substituído pelo

Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial. O FMHIS tem por objetivo centralizar e

gerenciar recursos para programas destinados à implementação de políticas habitacionais

direcionadas à população de menor renda.

Segundo o Art. 6º, o FMHIS aplica os recursos em ações vinculadas aos programas de

habitação de interesse social que englobem: aquisição, construção, conclusão, melhoria, reforma,

locação social e arrendamento de unidades habitacionais em áreas urbanas e rurais; produção de

lotes urbanizados para fins habitacionais; urbanização, produção de equipamentos comunitários,

regularização fundiária e urbanística de áreas caracterizadas de interesse social; implantação de

saneamento básico, infraestrutura e equipamentos urbanos, complementares aos programas

habitacionais de interesse social; aquisição de materiais para construção, ampliação e reforma de

moradias; recuperação ou produção de imóveis em áreas encortiçadas ou deterioradas, centrais ou

periféricas, para fins habitacionais de interesse social; outros programas e intervenções na forma

aprovada pelo Conselho Municipal.

No que se refere às Receitas do Fundo, a lei definiu que constituirão receitas do

FMHIS: dotação do Orçamento Geral do Município, classificadas na função de habitação; outros

fundos ou programas que vierem a ser incorporados no FMHIS; recursos provenientes de

empréstimos externos e internos para programas de habitação; contribuições e doações de pessoas

físicas e jurídicas, entidades e organismos de cooperação nacionais e internacionais; receitas

operacionais e patrimoniais de operações realizadas com recursos do FMHIS; receitas advindas de

todos os programas habitacionais desenvolvidos pelo Município, com recursos do FMHIS, do Fundo

de Habitação Municipal criado pela Lei Municipal 2.593/1989, com alterações posteriores, e de

outros programas habitacionais municipais; recursos provenientes dos Governos Federal e

Estadual; receitas advindas da penalidade consubstanciada no art. 19 da Lei Complementar

143/2001; receitas advindas das disposições da Lei Complementar 336/1999 que institui a venda de

potencial construtivo e investimento desta operação em Programas Habitacionais de interesse

Social no Município; juros bancários e rendas de capital provenientes da imobilização ou aplicação

dos recursos do FMHIS; ouros recursos que lhe vierem a ser destinados.

O FMHIS será gerido pelo Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial,

constituído nos termos do art. 176 da Lei Complementar 632/2006. O Conselho será paritário,

composto por 16 (dezesseis) membros titulares e seus suplentes, formado necessariamente por:

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131

07 (sete) representantes da Prefeitura do Município de Maringá, assim

distribuídos: 03 (três) representantes do Órgão de Pesquisa, Planejamento e Gestão Territorial e 04

(quatro) representantes do Poder Executivo Municipal, das áreas relacionadas ao desenvolvimento

urbano, ao sistema viário e transporte público, meio ambiente e à habitação;

01 (um) representante do Poder Legislativo Municipal;

08 (oito) representantes da sociedade civil, assim distribuídos: 02 (dois)

membros de Conselhos Municipais distintos, sendo estes representantes da Sociedade Civil no

Conselho do qual fazem parte; 02 (dois) representantes das Assembléias de Planejamento e Gestão

Territorial; 02 (dois) representantes de entidades de Ensino Superior de áreas afins, contemplando

entidades públicas e privadas; e 02 (dois) representantes das organizações da sociedade civil, não

contempladas nas alíneas anteriores.

7.2. Demais Leis Municipais com interface na Política Municipal de

Habitação

Lei Complementar 826/2010 – Transforma em Zona Especial Para A Habitação De

Interesse Social – ZEIS o lote nº 55-A-3 da gleba patrimônio Maringá, com a finalidade de propiciar

a implantação de um projeto habitacional naquele local.

Lei Complementar 825/2010 – Transforma em Zona Especial para a Habitação De

Interesse Social – ZEIS os lotes nº 1-16 e 1-17 do Jardim Alvorada; 1/7-A-1-1/A da gleba Ribeirão

Pinguim e 498 da gleba patrimônio Maringá, com a finalidade de propiciar a implantação de

projetos habitacionais dentro do programa Minha Casa, Minha Vida.

Lei Complementar 814/2010 – Altera a redação da Lei Complementar 812 /2010, que

transforma em Zona Especial Para Habitação De Interesse Social – ZEIS o lote 119-a, da gleba

patrimônio Iguatemi.

Lei Complementar 812/2010 – Transforma em Zona Especial Para Habitação De

Interesse Social – ZEIS o lote 119-A da gleba Patrimônio Iguatemi (Programa Minha Casa, Minha

Vida).

Lei Complementar 799 de 12 de janeiro de 2010 - Lei que altera a Lei Complementar

nº 632/2006, que instituiu o Plano Diretor. Entre outras alterações, essa lei cria a Macrozona de

Ocupação Imediata, que corresponde ao anel de terrenos urbanos próximos à Macrozona Urbana

de Qualificação, onde há a predominância de grandes terrenos e pressão por ocupação urbana.

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132

Tem por objetivo aumentar a oferta de glebas urbanizáveis, reduzindo os custos da terra

urbanizável e urbanizada.

Seu efeito positivo para a política habitacional do município é o estabelecimento de

uma contrapartida pelo empreendedor de doação de 7% do total da área líquida parcelada ao

patrimônio público, que poderá ser efetivada em lotes ou moeda corrente, dos quais 3% serão

destinados para habitação de interesse social.

A mesma lei altera o art. 71 da Lei Complementar nº 632/2006, que passa a vigorar

com a seguinte redação:

“Art. 71. O terreno situado em Macrozona Rural contíguo aos perímetros urbanos do

Município e que for objeto de projeto de Habitação de Interesse Social será gravado como Zona

Especial de Habitação de Interesse Social – ZEIS e será automaticamente considerado como

urbano.”

Com essa medida, a lei amplia as possibilidades de empreendimentos de HIS, uma vez

que, entre os problemas relacionados à questão, o preponderante é o custo da terra na área

urbana de Maringá. O município poderia ter instituído para reforçar a intenção, o Direito de

Preempção das áreas prioritárias para empreendimentos habitacionais nesse anel, de forma a

conter a tendência de valorização que poderá ocorrer no preço da terra.

Lei Complementar 788/2009 - Acrescenta dispositivo na Lei Complementar 751/2008

(que desafeta áreas de terras do Município e transforma em zonas especiais – ZEIS para a

implantação do Programa de Aceleração do PAC).

Lei Complementar 776/2009 - Lei que estabelece a estrutura administrativa municipal.

Encontra-se em consonância com as diretrizes administrativas no que concerne a habitação

contendo a previsão da secretaria responsável pela administração do FMHIS, qual seja a Secretaria

Municipal de Controle Urbano e Obras Públicas (art. 27 inciso XXVI).

Essa mesma Lei no seu artigo 3º estabelece:

“Além das secretarias referidas no artigo anterior, o Prefeito Municipal, poderá instalar

ate 02 (duas) secretarias de natureza extraordinária, para tratar de assuntos ou programas de

importância e duração transitória.

Parágrafo único. O ato de instalação da secretaria de natureza extraordinária indicará a

duração estimada da missão a ser cumprida, os meios administrativos a serem usados e, conforme

o caso, as unidades administrativas que devam, temporariamente, ser vinculadas ao novo órgão.”

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133

Lei Ordinária 769/2009 – Altera dispositivos da Lei Complementar 751/2008 que

desafeta áreas do município de Maringá e transforma em Zonas Especiais De Interesse Social – ZEIS

para implantação do Programa de aceleração do crescimento – PAC.

Lei Complementar 764/2009 – Concede isenção dos impostos que especifica sobre os

imóveis localizados nas Zonas Especiais Para Habitação De Interesse Social – ZEIS, destinados à

implantação de projetos habitacionais que integrem o Programa Minha Casa Minha Vida, onde o

Município de Maringá conste como um dos presentes e/ou interveniente. Art. 1º. Ficam isentos de

cobrança dos impostos a seguir relacionados os imóveis localizados nas Zonas Especiais Para

Habitação De Interesse Social – ZEIS, destinados à implantação de projetos habitacionais que

integrem o Programa Minha Casa Minha Vida, onde o Município de Maringá, obrigatoriamente,

conste como um de seus aderentes, participantes e/ou intervenientes: a) ITBI, especificamente

sobre a transmissão de bens imóveis por ato oneroso, especificamente e exclusivamente, sobre as

transmissões de propriedade imobiliária que vierem a integrar o mencionado programa; b) IPTU

durante a fase de construção; c) ISSQN incidente sobre a construção dos empreendimentos

vinculados ao programa.

Lei Complementar 760/2009 – Dispõe sobre a autorização da outorga onerosa do

direito de construir, através de contrapartida ao poder público municipal, para a execução de

programas habitacionais de interesse social. Define as zonas que poderão receber potencial

construtivo e destina o pagamento ao FMHIS.

Lei Complementar 751/2008 – Desafeta áreas de terras do Município de Maringá e

transforma em Zonas Especiais De Interesse Social – ZEIS, para a implantação do Programa de

aceleração do crescimento PAC.

Lei Complementar 750/2008 – Transforma o loteamento denominado “Núcleo

Habitacional Santa Felicidade” em Zona Especial De Interesse Social – ZEIS, para a implantação do

Programa De Aceleração Do Crescimento PAC e da outras providencias.

Lei Complementar 717/2008 – Transforma o lote de terras 56-A, da Gleba Patrimônio

Maringá, em zona especial de interesse social – ZEIS (Programa Minha Casa Minha Vida).

Lei Complementar 697/2007 – Desafeta terras do município de Maringá e transforma

em Zonas Especiais De Interesse Social – ZEIS, para a implantação do Programa de Aceleração do

Crescimento – PAC.

Lei Complementar 565/ 2005 – Cria Zonas Especiais De Interesse Social – ZEIS no

município de Maringá.

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134

Lei Ordinária 7629/2007 – Alterada pela Lei Ordinária 8556/2010, “Institui o Programa

de Parceria com a Iniciativa Privada para a Implantação de Loteamentos Habitacionais de Interesse

Social” com o objetivo de regulamentar as condições para criação de loteamentos em áreas de

ZEIS.

Destacamos nesta lei o 2º parágrafo do artigo 5º, que afirma: “A implantação das

Zonas Especiais de Interesse Social fica limitada à abrangência de no máximo 10% (dez por cento)

da quantidade de imóveis do Município”. Isso contradiz aquilo que está garantido no PD como

política de democratização do espaço urbano, pois, desta forma, há um limite para as áreas

destinadas a empreendimentos de interesse social dentro do município.

Lei Ordinária nº 7356 de 21 de dezembro de 2006 - O Fundo Municipal de Habitação

de Interesse Social foi criado pela Lei 7356 de 21 de dezembro de 2006 que também instituiu e

indicou como gestor desse fundo o Conselho Gestor.

O Município de Maringá houve por bem em alterar a Lei 7356/2006, o que fez através

da Lei 8242/2008 que definiu como gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social o

Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial, instituído pela Lei do Plano Diretor - Lei

632/2006, art. 176, revogando as disposições em contrário.

No que se refere à competência do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão

Territorial, o art.179 da citada lei estabelece, no seu inciso IV que compete ao Conselho Municipal

de Planejamento e Gestão Territorial “acompanhar a arrecadação e aplicação dos recursos do

Fundo Municipal de Habitação.” Importante ressaltar a necessidade de regulamentação das

atribuições do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial como gestor do Fundo

Municipal de Habitação de Interesse Social de forma mais detalhada, sobre questões que, a titulo

de exemplo citamos: quem fará o orçamento anual do fundo; quem será o responsável pela

normatização e concessão de financiamento e subsídios com os recursos do fundo aos beneficiários

da política municipal de habitação.

Decreto 881/2009 – Criou a Secretaria Extraordinária de Habitação que tem como

atribuições por sub-rogação, coordenar e executar a política habitacional no Município,

desenvolver projetos habitacionais de interesse social, desenvolver convênios com a finalidade de

construção de moradias e administrar o Fundo De Habitação (art. 27 inc. XXIII, XXIV, XXV e XXVI da

Lei 776/2009).

Existe a possibilidade de acabar com a transitoriedade dessa secretaria a fim de que

passe a compor definitivamente a estrutura administrativa do Município. Atualmente, além das

Page 135: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

135

atribuições acima citadas a Secretaria Extraordinária de Habitação cuida da implantação do

Programa Minha Casa Minha Vida.

Legislação de Inclusão Social

É importante incorporar ao Plano de Habitação e Habitação de Interesse Social,

conforme os princípios e diretrizes orientadoras do Guia Nacional de Adesão ao Sistema e Fundo

Nacional de Habitação de Interesse Social, mecanismos de cotas para idosos, deficientes e famílias

chefiadas por mulheres, dentre o grupo identificado como o de menor renda, para atendimento

nos programas habitacionais.

A seguir observam-se as prioridades de atendimento das legislações sociais que

possuem interface com as políticas de habitação e desenvolvimento urbano.

Pessoas Idosas

A Lei Federal 10.741, de 1º de outubro de 2003 que instituiu o Estatuto do Idoso,

quanto ao direito de moradia estabelece:

“Art. 37º O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta,

ou desacompanhado de seus familiares quando assim o desejar, ou, ainda em instituição pública ou

privada”

“Art. 38º Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos,

o idoso goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o seguinte:

I- reserva de 3% (três por cento) das unidades residenciais para atendimento aos

idosos;

II- implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados ao idoso;

III- eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de

acessibilidade do idoso;

IV- critérios de financiamento compatíveis com os rendimentos de aposentadoria e

pensão.”

A obediência ao Estatuto do Idoso o Município de Maringá se evidencia com a

implantação do Condomínio do Idoso, projeto pioneiro que oferece moradia com total

acessibilidade e infraestrutura aos idosos. O projeto arquitetônico conta com 40 (quarenta)

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136

unidades, foi idealizado pela Prefeitura Municipal e desenvolvido pelos alunos de arquitetura da

UEM em parceria com o Governo.

Pessoas com Necessidades Especiais

Conforme art. 213 da Constituição Federal é dever do Estado assegurar às pessoas

portadoras de qualquer deficiência a plena inserção na vida econômica e social e o total

desenvolvimento de suas potencialidades, obedecendo aos seguintes princípios:

III - garantir às pessoas portadoras de deficiência o direito à habitação e reabilitação

com todos os equipamentos necessários.

Conforme o Decreto Federal Nº. 914, de 6 de setembro de 1993, art. 5º, são diretrizes

da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:

III - incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em

todas as iniciativas governamentais relacionadas à educação, saúde, trabalho, à edificação pública,

seguridade social, transporte, habitação, cultura, esporte e lazer;

IV - viabilizar a participação das pessoas portadoras de deficiência em todas as fases de

implementação desta Política, por intermédio de suas entidades representativas.

Em todo o Brasil, o poder público tem discutido o acesso das pessoas portadoras de

deficiência a moradia, através de projetos de leis estaduais e municipais, que têm apontado a

destinação e reserva de um percentual entre 3% a 5% de todas as novas habitações ou

empreendimentos dos Programas de Habitação para estas pessoas, tendo como referência o

percentual de 3% contemplado no Estatuto do Idoso.

A título de sugestão, ao implantar projeto de cunho habitacional, o órgão de Habitação

competente poderia identificar pessoas portadoras de deficiências, as quais seriam atendidas por

construções diferenciadas, adaptadas às suas necessidades especiais, atendendo as especificações

sobre acessibilidade constantes das Normas da ABNT NBR-9050. Para tanto, seria necessária lei

municipal dispondo sobre a destinação preferencial aos deficientes físicos das unidades

habitacionais localizadas em andar ou pavimento com melhores condições de acesso desde que

regularmente inscritos nos programas municipais de habitação.

Mulheres

Embora não exista legislação especifica a análise social referente à condição das

mulheres, nas áreas de intervenção, parte de uma concepção mais ampla de vulnerabilidade.

Page 137: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

137

Entende-se que mulheres que assumem sozinhas a responsabilidade doméstica

(prover recursos, manutenção da casa e cuidado com os filhos) são vulneráveis, podendo ou não ter

sofrido episódios de violência na relação com ex-companheiros.

O diagnóstico dos marcos legais permitiu evidenciar a ausência de regulamentação

sobre Projetos de Habitação de Interesse Social no Município de Maringá que permita não só a

análise parametrizada de processos submetidos à aprovação do Conselho, como também vincular a

demanda deste tipo de moradia à oferta de solo com condições de abrigá-la.

Titularidade no cadastramento

Em ocasiões de separação do casal, para o cadastramento e assinatura de contratos,

poderia ser priorizada a titularidade do responsável pela guarda dos filhos, entendendo que o

responsável pela guarda terá maiores necessidades.

7.3. Instrumentos Urbanísticos com interface para Programas de Habitação

Instrumentos Urbanísticos com interface para programas de habitação.

O município de Maringá prevê os seguintes instrumentos urbanísticos:

- Consórcio Imobiliário;

- Direito de Preempção;

- Direito de Superfície;

- Transferência do Direito de Construir;

- Outorga Onerosa do Direito de Construir;

- Operações Urbanas Consorciadas;

- Zonas especiais de interesse social;

- IPTU progressivo no tempo;

- Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

- Tombamento;

- Desapropriação;

- Concessão do direito real de uso;

- Concessão de uso especial para fins de moradia;

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138

- Assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos

favorecidos, especialmente na propositura de ações de usucapião.

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139

8. LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÕES INSTITUCIONAIS E ADMINISTRATIVA

Neste item são identificados os recursos humanos e equipamentos necessários para dar

suporte aos serviços habitacionais de infra-estrutura urbana. Para isso, serão analisadas a

capacidade de atendimento da estrutura de recursos humanos existente e a capacidade de

investimento da Prefeitura.

A visão contemporânea das políticas habitacionais está ligada a própria Administração

Direta, na tomada de medidas conjugadas com outras políticas públicas como a gestão ambiental,

infra-instrutora de transporte e saneamento.

Outro fator de destaque tem relação com o Sistema Nacional de Habitação de Interesse

Social, onde os recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social devem ser aplicados

de forma descentralizados aos Estados, Municípios e Distrito Federal, e realizado a título de

transferências voluntárias da União aos Estados, Municípios e Distrito Federal.

O Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social (FMHIS) é gerido por um Conselho

Municipal de Planejamento e Gestão Territorial de acordo com a Lei 8.242/2008. Porém, a esse

Conselho competem outras funções, como por exemplo: acompanhar a implementação do Plano

Diretor, analisando e deliberando sobre questões relativas à sua aplicação; emitir parecer sobre

projetos de lei de interesse da política territorial, monitorar a concessão de Outorga Onerosa do

Direito de Construir e a aplicação da transferência do direito de construir; aprovar e acompanhar a

implementação das Operações Urbanas Consorciadas; acompanhar a implementação dos demais

instrumentos de desenvolvimento municipal e de democratização da gestão; zelar pela integração

das políticas setoriais e pelo funcionamento do Sistema Único de Informações; deliberar sobre os

casos omissos da legislação pertinente à gestão territorial; convocar, organizar e coordenar as

conferências e Assembléias de Planejamento e Gestão Territorial; convocar audiências públicas;

aprovar os Estudos de Impacto de Vizinhança e promover a otimização dos investimentos públicos.

Devido a todas essas atribuições, não há uma dedicação exclusiva e aprofundada para o FMHIS.

Para aprovação de um projeto de loteamento há necessidade de tramitar o processo pela

prefeitura, pelas concessionárias de água e energia elétrica e também pelos órgãos ambientais da

cidade, do Estado e da União, naqueles aspectos que lhe cabem tornando a aprovação burocrática

e morosa, desestimulando a participação da iniciativa privada nesse processo.

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140

A regularização fundiária deve ser objeto de tratamento especial tanto na elaboração do

projeto quanto na sua aprovação, por meio de análise específica de cada ocupação, com o intuito

de preservar a infraestrutura e benfeitorias existentes, evitando ao máximo, promover

reassentamentos que apresentam um alto custo social e econômico.

Desta forma, devem ser estabelecidas medidas visando agilizar a análise e aprovação dos

loteamentos de interesse social, em especial daqueles decorrentes do esforço municipal de

regularização fundiária, como por exemplo, a simplificação do fluxo de tramitação ao

monitoramento constante dos processos, e a análise periódica de procedimentos, com a troca de

informações entre os técnicos que elaboram os projetos e os que analisam e aprovam.

8.1. Administração Pública

A base legal da estrutura administrativa do Poder Executivo do Município de Maringá é a

Lei 776/2009 e a Lei 794/2009, que definem a estrutura da administração direta do município:

Gabinete do Prefeito – GAPRE

Secretaria Municipal de Gestão – SEGE

Procuradoria Geral do Município – PROGE

Secretaria Municipal de Controle Interno – SEMCI

Secretaria Municipal de Relações Interinstitucionais – SEREI

Secretaria Municipal de Administração – SEADM

Secretaria Municipal de Fazenda – SEFAZ

Secretaria Municipal de Planejamento – SEPLAN

Secretaria Municipal de Educação – SEDUC

Secretaria Municipal de Saúde – SAÚDE

Secretaria Municipal da Mulher – SEMULHER

Secretaria Municipal de Esportes e Lazer – SESP

Secretaria Municipal de Transportes – SETRAN

Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMA

Secretaria Municipal de Serviços Públicos - SEMUSP

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico – SEDE

Page 141: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

141

Secretaria Municipal de Cultura – SEMUC

Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania – SASC

Secretaria Municipal de Controle Urbano e Obras Públicas – SEURB

Segundo o disposto na lei, cada órgão é considerado superior, em que seu titular goza das

prerrogativas do cargo de Secretário Municipal e tem à disposição uma estrutura de apoio

composta por diretorias, gerências e coordenadorias.

Conforme consta no Art. 3º da Lei 776/2009, o Prefeito Municipal pode instalar até duas

secretarias de natureza extraordinária, para tratar de assuntos ou programa de importância e

duração transitória. Nesse sentido, a Secretaria Extraordinária de Habitação foi criada para facilitar

a implantação do Projeto Habitacional Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. A Habitação

contava com uma diretoria dentro da estrutura da Secretaria de Controle Urbano e Obras Públicas,

mas diante da demanda exigida pelo projeto, foi preciso implantar a Secretaria Extraordinária.

Quanto às finanças municipais, Maringá apresenta uma situação que permite o

desenvolvimento de programas habitacionais, que poderão ser incluídos no seu orçamento, como

demonstram as tabelas abaixo.

Tabela 53- RECEITAS MUNICIPAIS SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009

CATEGORIA VALOR (R$ 1,00)

Receitas correntes 511.477.322,09

Receitas de capital 41.500.395,95

Deduções da receita corrente – FUNDEB (1) 29.368.632,82

Receitas correntes intra-orçamentárias 13.139.857,58

TOTAL 536.718.942,80

FONTE: Prefeitura/IPARDES NOTA: Total de receitas municipais – é a soma das receitas correntes e de capital, menos as deduções. (1) Fundo de manutenção e desenvolvimento de educação básica e de valorização dos profissionais

de educação.

Page 142: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

142

Tabela 54- RECEITAS CORRENTES MUNICIPAIS SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009

CATEGORIA VALOR (R$ 1,00)

Receita de contribuições 25.527.241,83

Receita de serviços 4.708.675,78

Receita patrimonial 11.219.715,42

Receita tributária 137.548.365,22

Receita de transferências correntes 297.958.498,23

Outras receitas correntes 34.484.825,61

TOTAL 511.447.322,09

FONTE: Prefeitura/IPARDES

Tabela 55- RECEITAS TRIBUTÁRIAS MUNICIPAIS SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009

CATEGORIA VALOR (R$ 1,00)

IMPOSTOS – TOTAL 119.872.514,22

Imposto predial e territorial urbano (IPTU) 41.413.810,91

Imposto de renda retido na fonte sobre os rendimentos do trabalho IRRF) (1) 6.130.388,66

Imposto de renda retido nas fontes sobre outros rendimentos 1.298.873,69

Imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI) 14.987.137,43

Imposto sobre serviços (ISS) 56.042.303,53

TAXAS - TOTAL 15.618.280,12

Pelo exercício do poder de polícia 3.133.327,61

Pela prestação de serviços 12.484.952,51

Contribuição de melhoria 2.057.570,88

TOTAL 137.548.365,22

FONTE: Prefeitura/IPARDES (1) Valor de arrecadação do Imposto de Renda sobre o pagamento de salários, inclusive adiantamentos de salários a qualquer titulo e remuneração por quaisquer serviços.

No que se refere ao IPTU, observa-se na tabela abaixo a evolução no número de

imóveis lançados desde 1977, com um acréscimo de 279% nos imóveis cadastrados, o que

representa um aumento significativo na sua arrecadação, que em 2009 representava

aproximadamente 30% das receitas tributária municipais. O gráfico ilustra o aumento ao longo dos

anos dos imóveis prediais em relação aos imóveis territoriais.

Page 143: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

143

Tabela 56- EVOLUÇÃO DOS IMÓVEIS LANÇADOS POR ANO - CADASTRO IPTU

ANO QUANTIDADE DE IMÓVEIS LANÇADOS

PREDIAL TERRITORIAL TOTAL

1977 14.358 18.454 32.812

1978 21.112 12.377 33.489

1979 24.002 11.792 35.794

1980 26.221 13.190 39.411

1981 26.717 15.725 42.442

1982 27.549 16.967 44.516

1983 28.698 17.221 45.919

1984 30.576 21.821 52.397

1985 31.429 22.062 53.491

1986 33.134 22.486 55.620

1987 34.972 22.113 57.085

1988 37.462 21.968 59.430

1989 40.954 20.898 61.852

1990 45.940 22.390 68.330

1991 49.734 20.247 69.981

1992 53.065 20.322 73.387

1993 56.434 20.416 76.850

1994 59.250 18.784 78.034

1995 61.427 20.272 81.699

1996 64.217 20.004 84.221

1997 65.586 22.352 87.938

1998 67.731 24.861 92.592

1999 69.934 24.914 94.848

2000 72.371 27.531 99.902

2001 74.650 28.325 102.975

2002 76.121 28.803 104.924

2003 82.895 24.883 107.778

2004 84.885 25.382 110.267

2005 88.429 28.061 116.490

2006 89.983 27.216 117.199

2007 91.836 27.560 119.396

2008 94.469 29.887 124.356

jan/10 97.111 27.276 124.387

FONTE: Secretaria de Planejamento Municipal - 2010

Page 144: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

144

GRÁFICO 11- EVOLUÇÃO DOS IMÓVEIS LANÇADOS POR ANO - CADASTRO IPTU

FONTE: Secretaria de Planejamento Municipal - 2010

Tabela 57- TRANSFERÊNCIAS CORRENTES MUNICIPAIS SEGUNDO A ORIGEM DAS TRANSFERÊNCIAS - 2009

ORIGEM DAS TRANSFERÊNCIAS VALOR (R$ 1,00)

Da união 147.984.930,76

Do estado 109.265.734,01

Outras (1) 40.707.833,46

TOTAL 297.958.498,23

FONTE: Prefeitura/IPARDES (1) Inclui as transferências multigovernamentais, às instituições privadas, ao exterior, à pessoas, a convênios e outras transferências não especificadas.

Tabela 58- DESPESAS MUNICIPAIS POR FUNÇÃO - 2009

FUNÇÃO VALOR (R$ 1,00) %

Previdência social 26.947.992,18 5,0

Saúde 164.119.506,90 30,3

Trabalho 881.418,20 0,2

Educação 88.298.624,78 16,3

Cultura 3.820.712,99 0,7

Direitos da cidadania 1.867.242,51 0,3

Urbanismo 74.427.142,68 13,8

Habitação 7.516.330,77 1,4

Saneamento 9.423.107,17 1,7

Gestão ambiental 1.465.822,96 0,3

Agricultura 528.355,71 0,1

Indústria 3.224.718,71 0,6

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

19

77

19

80

19

83

19

86

19

89

19

92

19

95

19

98

20

01

20

04

20

07

TOTAL

TERRITORIAL

PREDIAL

Page 145: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

145

Comércio e serviços 1.626.988,46 0,3

Transporte 21.122.381,91 3,9

Desporto e lazer 14.246.163,23 2,6

Encargos especiais 31.135.357,54 5,8

TOTAL 540.937.188,19 100,0

FONTE: Prefeitura/IPARDES NOTA: Despesas Municipais por Função – correspondem ao nível máximo de agregação das ações desenvolvidas na esfera municipal, para a consecução dos objetivos de governo.

Figura31- DESPESAS MUNICIPAIS POR FUNÇÃO - 2009

FONTE: RZS/ Prefeitura / IPARDES

Destacam-se dentro das despesas municipais por função, os baixos valores de gastos com

habitação. Os gastos com habitação representam menos de 1% do total dos gastos públicos.

No que se refere aos investimentos e possibilidades de financiamentos, o percentual de

investimentos é de aproximadamente 22,68% do total do orçamento das despesas, valor

significativo em números absolutos. Esse valor equivale a aproximadamente R$ 338,35 por

habitante por ano para aplicar em todas as funções urbanas.

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0

Saúde

Educação

Urbanismo

Encargos especiais

Previdência social

Transporte

Desporto e lazer

Saneamento

Habitação

Cultura

Indústria

Direitos da cidadania

Comércio e serviços

Gestão ambiental

Trabalho

Agricultura

Série1

Page 146: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

146

Tabela 59- DESPESAS MUNICIPAIS SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009

CATEGORIAS VALOR (R$ 1,00) %

Despesas correntes 408.107.522,91 75,4

Despesas de capital 132.829.665,28 24,6

TOTAL 540.937.188,19 100,0

FONTE: Prefeitura/IPARDES

Tabela 60- DESPESAS CORRENTES MUNICIPAIS SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009

CATEGORIAS VALOR (R$ 1,00) %

Pessoas e encargos sociais 183.203.217,98 44,89

Juros e encargos da divida 3.045.918,16 0,75

Outras despesas correntes 221.858.386,77 54,36

TOTAL 408.107.522,91 100,00

FONTE: Prefeitura/IPARDES

Tabela 61- DESPESAS DE CAPITAL MUNICIPAIS SEGUNDO AS CATEGORIAS - 2009

CATEGORIAS VALOR (R$ 1,00) %

Investimentos 109.691.359,89 82,58

Inversões financeiras 1.800.000,00 1,36

Amortização de dívida 21.338.305,39 16,06

TOTAL 132.829.665,28 100,00

FONTE: Prefeitura/IPARDES

Page 147: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

147

8. IDENTIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS E AÇÕES

8.1. Relação dos programas habitacionais financiados ou executados

diretamente pela Prefeitura Municipal, e pelos demais entes federativos ou

por agências bilaterais

Tabela 62- CONJUNTOS HABITACIONAIS MARINGÁ

Nome do Conjunto / Loteamento Data Q.Datas/aptos Área do Conjunto/m2 Aprovação

CONJUNTO RESIDENCIAL KARINA

268 83.671,87 1975

CONJUNTO RESIDENCIAL BRANCA DE J.C.VIEIRA

537 242.000,00 1779

LOTEAMENTO LIBERDADE 4ª PARTE

162 93.544,32 1779

QUADRA 67 A

41 21.542,90 1962

QUADRA M 77

50 11.080,00 1967

JARDIM CASTOR

55 7.846,00 1968

QUADRA M 98 A

60 13.440,00 1969

QUADRA M 18 A

32 7.556,76 1969

CONJUNTO RESIDENCIAL PRIMO (VILA ESPERANÇA) Quadras 4/5/6

64

1969

QUADRA M 107

24 5.040,00 1969

QUADRA M 63

60 13.000,00 1969

CONJ.RES.PRIMO(VILA ESPERANÇA) Quadras ½

44

1969

QUADRA M 91 e M 92

48 10.249,00 1969

QUADRA M 29 e M 30

38 7.730,86 1969

CONJUNTO HABITACIONAL ITAMARATY

250 79.464,98 1973

CONJUNTO HABITACIONAL PLANALTO

66 20.528,26 1973

MARINGÁ ( Apart. ) 137 480 38.769,60 1.974

CRISTÓVÃO COLOMBO ( Apart. ) 136/15-B e

136/B-7 240 2.513,60 1.975

CONJUNTO RESIDENCIAL IPANEMA

128 37.392,00 1976

MARTIN AFONSO ( Apart. ) 281 160 16.317,57 1.977

CONJUNTO RESIDENCIAL CIDADE ALTA

452 138.157,00 1977

CONJ. RESIDENCIAL HERMAN MORAIS DE BARROS

503 242.000,00 1978

CONJ. RESIDENCIAL INOCENTE VILANOVA JR.

1.021 487.187,79 1978

CONJ. RES. GOVERNADOR NEY BRAGA

867 435.600,00 1979

CONJUNTO RESIDENCIAL COPACABANA

190 58.267,27 1980

Page 148: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

148

JARDIM TABAETÊ

194 14.214,44 1980

CONJUNTO RESIDENCIAL JOÃO PAULO I

51 22.118,80 1981

CONJUNTO RESIDENCIAL PAULINO CARLOS FILHO

349 212.693,00 1981

CONJUNTO RESIDENCIAL OURO COLA

58 18.048,00 1981

CONJUNTO RESIDENCIAL GUARARAPES

112 16.427,50 1982

CONJUNTO RESIDENCIAL PATRÍCIA

120 53.875,69 1982

CONJUNTO RESIDENCIAL ÂNGELO PLANAS

204 121.000,00 1983

ALPHAVILLE ( Apart. ) 139-E/20-B 64 5.396,20 1.983

CARIMA II ( Apart. ) 64-C-4/1 80 4.997,00 1.983

YPE ( Apart. ) 28/29/30/31 32 1.900,92 1.984

RUY ALLEGRETTI, PROF. ( Apart. ) 25 à 33 64 3.801,84 1.984

PARIGOT DE SOUZA ( Apart. ) 14/15/16 32 1.900,92 1.984

CONJUNTO RESIDENCIAL RODOLPHO BERNARDI

260 145.200,00 1984

PATRÍCIA II ( Apart. ) 14 à 23 48 2.617,32 1.984

IGUAÇU ( Apart. ) 139-E/20-2 96 5.719,80 1.985

JARDIM INDUSTRIAL

294 107.987,72 1985

CONJUNTO SÍLVIO M. BARROS ( Apart. ) 1 320 18.069,36 1.985

CONJUNTO HABITACIONAL LEA LEAL

208 170.036,59 1985

AZALEIA CONJUNTO ( Apart. ) 65-A 96 5.367,60 1.986

CONJUNTO RESIDENCIAL PLANVILLE

106 66.928,91 1986

CONJ. RESIDENCIAL GOV. PARIGOT DE SOUZA

268 171.859,32 1986

NÚCLEO HABITACIONAL SANTA FELICIDADE

246 92.700,00 1986

ANCHIETA II ( Apart. ) 417 144 8.319,80 1.986

ANCHIETA II ( Apart. ) 431 144 9.491,87 1.986

MAIRA II ( Apart. ) 2 à 11 48 2.778,96 1.986

MAIRA I ( Apart. ) 7 à 25 96 6.144,86 1.986

ALPHAVILLE II ( Apart. ) 139-E/20A-C 144 12.301,72 1.987

CONJUNTO HABITACIONAL SANENGE

203 111.375,32 1987

CONJUNTO RESIDENCIAL PARQUE ITAIPU

57 19.008,38 1987

ITAIPU- MUTIRÃO

34

1987

CONJUNTO RESIDENCIAL CANANÉIA

46 7.711,20 1988

SANDRA REGINA ( Apart. ) 576-A 96 6.433,58 1.988

ANA TERRA ( Apart. ) 420 144 8.319,80 1.988

PERUIBE ( Apart. ) 575-A/576 96 5.703,32 1.988

IGUAÇU II ( Apart. ) 139-E/20-3 128 7.709,16 1.988

BERTIOGA ( Apart. ) 1 à 24 155 13.877,82 1.988

CONJUNTO HABITACIONAL ITATIAIA

250 185.362,37 1989

ELDORADO RESIDENCIAL PARQUE CONJ. ( Apart. ) 481 160 10.635,30 1.989

Page 149: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

149

CONJUNTO ISABELA (Apart.) 427-A 31 2.239,75 1.990

CONJUNTO HABITACIONAL IGUATEMI

31 15.002,73 1990

CONJUNTO HABITACIONAL SOL NASCENTE

505 275.907,59 1990

CONJUNTO HABITACIONAL JOÃO DE BARRO II

53 48.401,25 1990

CONJUNTO HABITACIONAL JOÃO DE BARRO I

188 103.238,99 1990

CONJ. RES. JOÃO DE BARRO PORTO SEGURO II

120 83.378,98 1991

CONJ. HAB. JOÃO DE BARRO CHAMPAGNAT

367 203.764,00 1991

CONJ. HAB. JOÃO DE BARRO CIDADE ALTA II

98 39.880,22 1991

CONJ. HAB. JOÃO DE BARRO CIDADE ALTA I

161 102.574,80 1991

CONJ. RES. JOÃO DE BARRO THAIS

488 294.281,40 1991

CONJ. RES. JOÃO DE BARRO CIDADE CANÇÃO

153 78.846,56 1991

CONJ. HAB. JOÃO DE BARRO ITAPARICA

466 307.300,17 1991

CONJ. HAB. SANENGE III

113 77.466,93 1991

CONJ. HAB. NATALIN FELTRIN (FLORIANO)

89 27.460,85 1992

CONJ. RES. JOÃO DE BARRO PORTO SEGURO I

130 62.183,27 1992

CONJUNTO SANTA TEREZINHA (IGUATEMI)

201 92.842,99 1993

CONJUNTO REQUIÃO 4ª PARTE

284 129.289,95 1993

CONJUNTO REQUIÃO

304 103.215,72 1993

CONJUNTO REQUIÃO 3º PARTE

290 110.094,64 1993

CONJUNTO REQUIÃO 2ª PARTE

288 175.351,00 1993

CONJUNTO RESIDENCIALTARUMÃ

584 488.900,54 1994

CONJUNTO HABITACIONAL GUAIAPÓ

770 365.042,14 1995

JARDIM SÃO SILVESTRE

411 90.672,05 1995

COND CJ RES SANENGE ( Apart. ) 1 12 547,00 1.996

RODOLPHO BERNARDI ( Apart. ) 12 10 486,54 1.996

LIBERDADE ( Apart. ) 1 12 571,12 1.996

CONJUNTO HABITACIONAL DEL PLATA

55 39.250,37 1996

CONJUNTO HABITACIONAL CÉU AZUL

126 89.540,00 1996

CONJUNTO RESIDENCIAL MORADIA DOS IPÊS

150 50.260,93 1998

CONJUNTO RESIDENCIAL MORADIA MARACANÃ

150 48.486,23 1999

CONJUNTO RESIDENCIAL MORADIA ATENAS

133 121.000,00 2000

CONJUNTO RESIDENCIAL OURO COLA

9 3.423,00 2003

CONJ. RES. ROD. BERNARDI dt.2; 10 casa gem

10 2.002,21 2004

CONJUNTO CIDADE ALTA

71 22.562,71 2006

FONTE: Secretaria de Planejamento Municipal – 2010

Page 150: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

150

8.2. Plano Plurianual de Investimentos - PPA

O Plano Plurianual de Investimentos do município do quadriênio 2010/2013 prevê

investimentos na área de habitação conforme demonstra a tabela abaixo:

TABELA 63- PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS MARINGÁ

AÇÕES GOVERNAMENTAIS

AÇÃO PROPOSTA VALORES EM R$

Manutenção das atividades habitacionais 1.838.769,00

Reforma de Unidades Habitacionais 1.946.000,00

Construção de Unidades Habitacionais 22.833.940,00

Infraestrutura em áreas habitacionais 17.919.602,00

Adequação de áreas destinadas a habitação 6.000.000,00

Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá. Disponível em http://venus.maringa.pr.gov.br/arquivos/orcamento/PPA/2010_2013/index_ppa_2010_2013.htm acessado em

out./2010.

Page 151: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

151

9. IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE RECURSOS E FINANCIAMENTO

Este capítulo trata da identificação dos diferentes programas habitacionais e fontes de

financiamento disponíveis para a solução do déficit habitacional. As linhas de atendimento e

programas habitacionais citados no texto a seguir foram extraídas do Plano Nacional de Habitação

de Interesse Social, principal fonte de referência sobre a matéria hoje no país.

O Sistema Nacional de Habitação visa reunir os esforços dos governos (União, Estados

e Municípios) e do mercado privado, além de cooperativas e associações populares, para atender o

déficit habitacional. O Sistema Nacional de Habitação está dividido em dois subsistemas:

(1) Subsistema de Mercado e,

(2) Subsistema de Habitação de Interesse Social. A tese que sustenta a Política

Nacional de Habitação é que é preciso combinar ações que ampliem o mercado privado em direção

às classes médias que atualmente não encontram alternativas para moradia e ações de promoção

pública que dêem conta da população de rendas mais baixas, especialmente aquelas situadas no

intervalo de 0 a 5 s. m.

A Caixa Econômica Federal, principal agente financeiro das operações para o setor

imobiliário e braço do governo na implantação da política habitacional, implementou mudanças

nos procedimentos de aprovação de projetos, no sentido de torná-los menos complexos e

burocráticos, não apenas para dar conta do aumento dos recursos destinados à habitação e ao

saneamento como também devido à reorientação da aplicação de parte deles para as faixas de

renda situadas abaixo de 5 salários mínimos.

9.1. Linhas de atendimento e programas habitacionais a nível federal

Atualmente o Ministério das Cidades é responsável por gerenciar onze programas

habitacionais relacionados diretamente à moradia, que no Plano Nacional de Habitação, foram

classificados em:

A) Programas que respondem ao déficit habitacional.

B) Programas que respondem à inadequação habitacional.

Page 152: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

152

C) Programas de assessoria técnica.

Considerando as necessidades habitacionais e as condições das moradias, muitas vezes

faz-se necessário a utilização de mais de um programa, buscando soluções tanto para as condições

de habitabilidade quanto para ausência de moradias.

Assim, todos os programas voltados à reposição do estoque, ao incremento do

estoque de moradias e à necessidade de mais moradias para dar conta do crescimento

populacional, dizem respeito à produção e aquisição de novas moradias e podem ser agrupados

como um conjunto.

Já os programas que buscam qualificar o espaço construído, melhorar a habitabilidade

da unidade e do ambiente urbano podem ser agrupados no conjunto relacionado à urbanização de

assentamentos precários e de melhoria da habitabilidade.

A) Programas do governo federal que respondem ao déficit habitacional

Em relação aos programas que respondem ao déficit habitacional foram considerados

aqueles que têm como objetivo, em uma ou mais modalidades, a construção de unidades

habitacionais, aquisição de unidades habitacionais novas ou usadas, produção de lotes urbanizados

e aquisição de material de construção vinculado a construção plena da moradia. A partir disso os

programas que buscam responder ao déficit são:

• Carta de Crédito Individual (CCI) na maior parte de suas modalidades;

O Programa Carta de Crédito Individual criado pela Resolução 184/95, tem como

objetivo a destinação de recursos para produção de moradias e combate a inadequação

habitacional através de financiamentos concedidos a pessoas físicas.

Está dividido em três linhas de ações:

1ª. Relacionada à aquisição de habitações e lotes existentes com as seguintes

modalidades: aquisição de Unidade Habitacional Usada e aquisição de Lote Urbanizado.

2ª. Voltada à aquisição ou produção de novas habitações com as seguintes

modalidades: aquisição de Unidade Habitacional Nova; construção de Unidade Habitacional.

3ª. Relacionadas a intervenções de unidades existentes, com as modalidades:

Conclusão, Ampliação, Reforma ou Melhoria de Unidade Habitacional e Aquisição de Material de

Construção.

Page 153: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

153

O CCI é um programa voltado ao financiamento direto ao mutuário final, na forma de

pessoa física. A procura pelo programa é realizada diretamente aos agentes financeiros

previamente habilitados para operar os programas do FGTS. Entre os participantes, o Ministério das

Cidades responde como gestor da aplicação, regulamentando o programa por meio de normas no

Conselho Curador do FGTS, além de acompanhar e avaliar o programa.

• Carta de Crédito Associativo (CCA);

O Programa Carta de Crédito Associativo implementado de acordo com a resolução

239/96, tem como objetivo a destinação de recursos por meio de financiamentos concedidos a

pessoas físicas de um mesmo grupo, podendo ser associações, sindicatos, cooperativas, e também

disponível às Companhias de Habitação (COHAB) e ainda empresas do setor da construção civil. As

modalidades do Programa Carta de Crédito Associativo estão voltadas a produção e aquisição de

moradias, produção de lotes urbanizados e aquisição e recuperação de unidades habitacionais.

Suas modalidades são: aquisição de unidades habitacionais; reabilitação urbana; construção de

unidades habitacionais; produção de lotes urbanizados.

Com recursos do FGTS o público alvo para o programa é definido a partir do limite de

renda mensal. Destinado à concessão de financiamentos a pessoas físicas, agrupadas em

condomínios, sindicatos, cooperativas e associações; ou pessoas jurídicas voltadas à produção

habitacional e, ainda, companhias de habitação e órgãos similares, uma das principais

características do programa é que os contratos de financiamento são efetuados diretamente com o

beneficiário final e, assim, as entidades organizadoras, ainda que promotores, não se

responsabilizam pelo retorno dos valores do empréstimo e, portanto, não se endividam junto ao

agente financeiro.

• Apoio à Produção;

Programa criado a partir dos recursos do FGTS e inserido na diretriz de apoio ao setor

privado, o Apoio à Produção foi criado pela Resolução 238/96, objetivando a Produção de

Habitações (modalidade única) pelo setor privado na promoção de geração de empregos, e onde o

setor privado deveria, também, ser responsável por um percentual maior de recursos próprios.

Page 154: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

154

• Pró-moradia;

Objetivando apoiar o poder público (estados, municípios, Distrito Federal e órgãos das

administrações diretas e indiretas) no desenvolvimento de ações integradas e articuladas com

outras políticas setoriais, foi criado em 1995 pela resolução 178/95 o Programa Pró-Moradia,

baseado nas diretrizes de descentralização e de ações integradas visando à melhoria de qualidade

das habitações da população com renda familiar baixa. O Pró-Moradia prevê três modalidades,

possibilitando alternativas habitacionais e, dentre estas a Urbanização e Regularização de

Assentamentos Precários, modalidade relacionada à inadequação habitacional. No caso da

modalidade voltada ao déficit salienta-se a Produção de Conjuntos Habitacionais. Podem ser

contratadas ações de Desenvolvimento Institucional.

• Programa de Subsídio à Habitação (PSH);

O PSH é um programa cujo objetivo principal é subsidiar a produção de

empreendimentos habitacionais para populações de baixa renda, nas formas de conjunto ou de

unidades isoladas. Possui duas modalidades: carta de crédito individual e financiamento de imóveis

na planta e/o em construção.

• Ação de Apoio à Provisão Habitacional de Interesse Social

O programa de Ação de Apoio à Provisão Habitacional de Interesse Social objetiva

apoiar estados, DF e municípios possibilitando com isso ações que viabilizem o acesso a moradia,

urbana ou rural, de famílias de baixa renda.

As modalidades do programa estão divididas em três sendo: Produção ou Aquisição de

Unidades Habitacionais, Produção ou Aquisição de Lotes Urbanizados, e Requalificação de Imóveis,

seja na aquisição de terrenos ou edificações habitacionais ou realização de obras e serviços para

modificação de uso e ocupação de imóveis para fins habitacionais.

• Programa Crédito Solidário;

Operado com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social – FDS, criado pelo

Conselho Curador, conforme Resolução 93/2004 e regulamentado pelo Ministério das Cidades nas

disposições da Instrução Normativa Nº 39 de 28 de dezembro de 2005 e suas posteriores

alterações, o programa tem como escopo principal possibilitar a população de baixa renda,

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155

organizada em forma de associação ou cooperativa, ter acesso a um financiamento que possibilita

através de construção, conclusão ou reforma atender suas necessidades habitacionais.

O Crédito Solidário está dividido em 4 modalidades, sendo: Aquisição de Material de

Construção; Construção em Terreno Próprio; e Conclusão, Ampliação e Reforma da Unidade

Habitacional. São participantes do programa o Ministério das Cidades no papel de gestor, a Caixa

Econômica Federal como Agente Operador, os Agentes Financeiros, a Administração Pública direta

ou indireta desempenhando o papel de Fomentador e Facilitador, as Cooperativas e Associações

como Proponentes, e os Beneficiários Finais.

Ação de Apoio à Provisão Habitacional de Interesse Social

O programa de Ação de Apoio à Provisão Habitacional de Interesse Social objetiva

apoiar estados, DF e municípios possibilitando com isso ações que viabilizem o acesso a moradia,

urbana ou rural, de famílias de baixa renda, caracterizadas por renda mensal limite de R$ 1.050,00.

As modalidades do programa estão divididas em três sendo: Produção ou Aquisição de

Unidades Habitacionais, Produção ou Aquisição de Lotes Urbanizados, e Requalificação de Imóveis,

seja na aquisição de terrenos ou edificações habitacionais ou realização de obras e serviços para

modificação de uso e ocupação de imóveis para fins habitacionais.

Assim como o Programa Apoio à Melhoria das Condições de Habitabilidade de

Assentamentos Precários, são utilizados os recursos do FNHIS e repassados aos estados, DF,

municípios ou órgãos administrados de forma direta ou indireta.

O valor da contrapartida é calculado de acordo com os percentuais definidos pelo

MCidades, com Lei de Diretrizes Orçamentárias vigente no momento da assinatura do contrato e

baseado no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal.

Os principais participantes do programa são: o Ministério das Cidades, no papel de

gestor e Concedente, tendo como atividades gestão, coordenação, acompanhamento entre outras;

a Caixa Econômica Federal, como Prestadora de Serviços, analisando documentação, celebrando

contratos e outras atividades referentes a função determinada; o Proponente trabalha como

Agente Executor, seja na forma direta ou indireta de administração pública estadual, do DF ou

municipal, elaborando proposta de intervenção de acordo com a demanda e necessidades sociais,

estimulando a participação entre outros; e por fim as famílias caracterizadas por renda mensal de

até R$ 1.050,00 residentes em áreas urbanas ou rurais como beneficiários.

Page 156: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

156

A modalidade Produção ou Aquisição de Unidades Habitacionais, objetiva intervenções

ou produção de moradias, em áreas dotadas de via pública e condições adequadas de infra-

estrutura, com abastecimento de água, esgotamento sanitário e energia elétrica. A composição do

investimento para a modalidade permite: projetos; serviços preliminares; terraplanagem; terreno;

habitação (aquisição ou produção); abastecimento de água; pavimentação e obras viárias;

esgotamento sanitário; energia elétrica/iluminação pública; drenagem pluvial; proteção, contenção

e estabilização do solo; equipamentos comunitários; trabalho social; mão-de-obra das famílias

beneficiadas; e assistência técnica.

A modalidade Produção ou Aquisição de Lotes Urbanizados, também é caracterizada

por produção ou aquisição, neste caso de terra com infraestrutura. Assim como a modalidade

Produção ou Aquisição de Unidades Habitacionais a área que receberá o programa deve estar

dotada de infra-estrutura básica e vias internas, além do acesso por via pública. É permitido para

compor o investimento os seguintes itens: projetos; serviços preliminares; terraplanagem; terreno;

abastecimento de água; pavimentação e obras viárias; esgotamento sanitário; energia

elétrica/iluminação pública; e drenagem pluvial.

O programa tem ainda a modalidade Requalificação de Imóveis, caracterizada por

ações voltadas a intervenções que possibilitem o uso habitacional adequado do imóvel, seja por

obras e serviços, mudança de uso, e ainda reparcelamento ou remembramento de terrenos ou

imóveis para uso habitacional. O valor do investimento pode ser composto a partir de: obras e

serviços; trabalho social; mão-de-obra das famílias beneficiadas; e assistência técnica. Assim como

para o programa Apoio à Melhoria das Condições de Habitabilidade de Assentamentos Precários,

alguns dos itens que compõem o investimento possuem limites de repasse.

O programa é implementado por meio de repasse de recursos do FNHIS para os entes

federados, que devem aportar contrapartida constituída de recursos financeiros, bens ou serviços.

B) Programas do governo federal que respondem à inadequação habitacional

• Apoio à Melhoria das Condições de Habitabilidade de Assentamentos Precários;

O principal objetivo do programa está voltado à promoção de regularização e execução

de operações que garantam a segurança, salubridade e habitabilidade da população localizada em

assentamentos precários, através de obras de urbanização que permitam viabilizar condições

adequadas para moradia. Segundo o Guia Básico dos Programas Habitacionais, o programa deve

atender as seguintes necessidades: “Promover urbanização de assentamentos humanos precários,

Page 157: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

157

com a execução de intervenções necessárias à segurança, salubridade e habitabilidade da

população localizada em área inadequada à moradia, visando a sua permanência ou relocação”.

O Programa Apoio à Melhoria das Condições de Habitabilidade de Assentamentos

Precários, antigo Programa Morar Melhor, possui atualmente apenas uma modalidade:

Urbanização de Assentamentos Precários. Compõem os investimentos do programa os seguintes

itens: projetos; serviços preliminares; terraplanagem; terreno; regularização fundiária; habitação

(aquisição, edificação, recuperação ou melhoria de unidades habitacionais); instalações hidráulico-

sanitárias; indenização de benfeitorias, alojamentos provisório/despesas de aluguel; abastecimento

de água; pavimentação e obras viárias; energia elétrica/iluminação pública; esgotamento sanitário;

drenagem pluvial; proteção, contenção e estabilização do solo; recuperação ambiental; resíduos

sólidos; equipamentos comunitários; trabalho social; mão-de-obra das famílias beneficiadas (nos

casos de obras executadas em regime de mutirão ou autoconstrução); e assistência técnica. Alguns

dos investimentos citados acima compõem o investimento na forma de contrapartida, são os casos

da indenização de benfeitorias e o alojamento provisório. No caso dos serviços preliminares existe

um limite de 4% dos recursos da União, e para trabalho social o limite estipulado em 20%.

Os recursos utilizados para o programa são provenientes do Orçamento Geral da

União, da União Orçamentária do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS),

repassados aos estados, DF, municípios ou órgãos das respectivas administrações direta ou

indireta. Os receptores dos recursos devem ancorar com o recurso do OGU uma contrapartida que

poderá ser financeira, bens ou serviços financeiramente mensuráveis e suscetíveis a composição do

investimento.

São participantes dos programas: o Ministério das Cidades, no papel de Gestor e

Concedente; a Caixa Econômica Federal, como Prestadora de Serviços, a administração pública

estadual, do DF ou municipal na forma direta ou indireta tem o função de Proponente e Executor; e

as famílias com renda mensal de até R$ 1.050,00 residentes nos assentamentos precários objetos

do programa, como Beneficiários.

• Habitar Brasil/BID;

O objetivo do programa Habitar Brasil/BID (HBB) está voltado ao fortalecimento

institucional dos municípios, execução de obras e serviços de infraestrutura e intervenções sociais e

ambientais. Para cumprir o objetivo do programa foram criados dois subprogramas sendo:

Desenvolvimento Institucional (DI) e Urbanização de Assentamentos Subnormais. O público alvo do

Page 158: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

158

programa são as famílias com renda de até 3 salários mínimos. O Subprograma de

Desenvolvimento Institucional tem como escopo permitir ao município o fortalecimento da

capacidade de atuação na melhoria das condições habitacionais da população de baixa renda,

enquanto o Subprograma de Urbanização de Assentamentos Subnormais está voltado a obras e

serviços de regularização fundiária e urbanização de assentamentos precários, além do

desenvolvimento comunitário da população local.

Os participantes envolvidos no programa são: o Ministério das Cidades, no papel de

Gestor; a Caixa Econômica Federal, como Agente Operador; os municípios, Distrito Federal e

estados, são presentes como Proponente e Agente Executor; e por fim a entidade Representativa

dos Beneficiários (ER), cumprindo o papel de representante dos Beneficiários na forma de

organizações comunitárias.

Enfim, o Habitar Brasil/BID (HBB) tem como objetivo contribuir para elevar a qualidade

de vida das famílias de baixa renda, predominantemente na faixa de até 3 salários mínimos, que

residam em aglomerados subnormais localizados em regiões metropolitanas, aglomerações

urbanas e capitais de estados. Procura fortalecer as condições administrativas e institucionais dos

municípios para dotá-los de maior capacidade de atuação no controle e recuperação desses

núcleos e na adoção de medidas para evitar novas ocorrências.

Outros programas que fazem parte já detalhados anteriormente são o Crédito

Solidário; Carta de Crédito Individual e Pró-moradia.

C) Programas de assessoria técnica

Os programas aqui listados dizem respeito à assessoria técnica para regularização

fundiária e assistência técnica para o projeto e a construção de moradias.

Programa Nacional de Apoio à Regularização Fundiária Sustentável - Papel Passado

Criado pelo Ministério das Cidades em 2003, o Programa Nacional de Apoio à

Regularização Fundiária Sustentável - Papel Passado representa, pela primeira vez no país, uma

política federal de regularização fundiária de áreas urbanas, coordenado pela Secretaria Nacional

de Programas Urbanos (SNPU).

A ação federal se dá por meio de três principais linhas de ação: (a) apoio financeiro às

ações de regularização; (b) atuação na remoção de obstáculos Fontes de jurídicos e legais

(obstáculos impostos tanto pela legislação em vigor, quanto associados aos processos e

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159

procedimentos administrativos e judiciais); e (c) apoio à autonomia e capacitação das equipes

municipais e das comunidades locais no processo de regularização.

O programa conta com recursos provenientes do OGU e ainda com a disponibilização

de terras públicas federais, beneficiando a população de baixa renda residente em favelas,

loteamentos e conjuntos habitacionais irregulares e apoiando a implementação de programas de

regularização fundiária sustentável nos estados, municípios e Distrito Federal.

Assistência Técnica

A assistência técnica de profissionais da arquitetura e engenharia aos serviços de

habitação de interesse social, prevista no Estatuto da Cidade, está no Projeto de Lei nº 6.981 de

2006. Partindo da necessidade de assegurar às famílias de baixa renda a assistência técnica pública

e gratuita para o projeto e a construção de moradias, a lei significa uma afirmação da função social

do arquiteto e um passo na luta pelo direito à moradia, na medida que pretende otimizar e

qualificar as construções, compreendendo o direito à assistência técnica como subsidiário do

direito da habitação. O projeto define que todos programas habitacionais financiados ou

subsidiados por recursos da União ou por recursos por ente público vinculado ao Governo Federal

devam incluir os serviços de assistência previstos na lei, atentando para o FNHIS.

As famílias com renda mensal de até três salários mínimos, residentes em áreas rurais

ou urbanas, serão as principais beneficiadas.

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10. RESUMO DAS OFICINAS POPULARES

As oficinas populares realizadas para discussão do PLHIS apresentaram uma série de

considerações feitas pelos participantes, que nortearam o diagnóstico técnico. Abaixo são

apresentados os principais questionamentos da população sobre o tema.

A falta de segurança foi uma das maiores reivindicações durante as oficinas públicas,

tanto de segurança geral, policiamento, falta de atendimento a emergências, quanto à segurança

nas escolas, assunto sempre presente nas oficinas, a falta de pavimentação foi outro item bastante

discutido, a falta de pavimentação prejudica também o transporte público que muitas vezes já é

precário e ainda com o problema da pavimentação se agrava nos dias de chuva onde fica sem

acesso. O esgoto sanitário também está a desejar, em muitos locais não existe ou é precário. A

seguir itens que foram também muito debatidos foram a sinalização de trânsito, principalmente em

frente as escolas públicas, a educação, desde creches, ensino médio e também foi apontada a

necessidade de escola para adultos, e a questão da saúde que deixa a desejar com a ausência de

estruturas e médicos. A iluminação pública é precária ou inexistente em algumas regiões,

precisando de melhorias nessa área também, os altos aluguéis prejudicam as famílias de baixa

renda, pois uma parte significativa de seus salários é gasto nisso, o que a moradia própria ajudará

muito essas famílias. Os participantes da comunidade nas oficinas levantaram também a questão

sobre a fiscalização dos programas sociais, pois muitas vezes os beneficiados acabam revendendo

as suas casas ou tendo atitudes em desacordo com a lei, além disso, uma reclamação constante foi

a demora na espera para ser contemplado com um programa social e também observou-se uma

falta de entendimento geral sobre como é organizada a ficha de espera para a contemplação dos

programas. O transporte público foi considerado bom em algumas áreas também. Alguns outros

itens citados nas oficinas foram: a falta de centro esportivo e cultural, mais academias para a

terceira idade, falta de ônibus escolar, necessidade de recuperação de fundo de vale, ausência de

delegacia 24h, necessidade de ampliação de ruas, aceleração da construção das casas do PAC,

geração de mais empregos, construção de casas populares, reclamações quanto a demora de

atendimento dos programas sociais, existência de coabitação, como os terrenos que em Maringá

são muito caros prejudicam a implementação de programas habitacionais, a necessidade de aparo

das árvores velhas nas áreas públicas, o problema da sujeira do lixo que os próprios catadores

deixam perto das regiões onde despejam a coleta, as dificuldades para conseguir financiamento

para compra da casa própria devido a problemas de idade avançada, a baixa qualidade das

moradias cedidas pela usina e pelas empresas, e a necessidade de cursos profissionalizantes. Outra

demanda foi a criação de condomínios para pessoas com deficiências físicas. Na área rural observa-

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se também a necessidade de um melhor atendimento de saúde, de escolas, a falta de

pavimentação, tanto nas ruas internas quanto no acesso a Maringá, e de policiamento. A rede de

esgoto é precária em toda região rural, assim como o transporte público, a segurança pública, a

educação, lazer - centro de ocupação para crianças, centro esportivo ser ativado e parque para

recreação, serviços – mercados, farmácias, bancos e postos de gasolina e construção de casas.

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11. REFERÊNCIAS

FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO – FJP. Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e

Microrregiões Geográficas. Disponível em: http://www.cidades.gov.br/secretarias-

nacionais/secretaria-de-habitacao/ (consultado em 21/06/2010)

IBGE. Censo Demográfico, 2000

IBGE. Contagem Populacional 2007

MINISTÉRIO DAS CIDADES. Plano Nacional de Habitação. Disponível em:

http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/secretaria-de-habitacao/politica-nacional-de-

habitacao/4PoliticaNacionalHabitacao.pdf (consultado em 21/06/2010)

PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ Disponível em: www.maringa.pr.gov.br/ (consultado em

21/06/2010)

CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ Disponível em: http://www.cmm.pr.gov.br/ (consultado em

21/06/2010)

IPARDES Caderno Municipal de Maringá Disponível em http://www.ipardes.gov.br (consultado em

21/06/2010)

CODEM - Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá http://www.codem.org.br/

http://www.codem.org.br/investe/ (consultado em 21/06/2010)

AEN – Agência Estadual de Notícias Disponível em http://www.aen.pr.gov.br/ (consultado em

21/06/2010)

ANTONIO, Daliana C. de Lima. A ocupação do espaço e o cumprimento das leis ambientais na cidade

de Maringá. Artigo. Curso de Ciências Sociais – Departamento de Ciências Sociais. Curso de Ciências

Sociais – Departamento de Ciências Sociais. Universidade Estadual de Maringá. Arq. Apadec, 8

(supl.): Mai, 2004.

RODRIGUES, Ana Lúcia. A ocupação urbana da região metropolitana de Maringá: uma história de

segregação. Revista paranaense de desenvolvimento, Curitiba, n.108, p.61-86, jan./jun. 2005.

IPARDES. (2004). Atlas das Necessidades Habitacionais do Paraná: Regiões Metropolitanas.

Curitiba: Instituto Paranaense de desenvovimento Econômico e Social.

MINISTÉRIO DAS CIDADES. (2009). Curso à Distância: Planos Locais de Habitação de Interesse Social

. Brasília: Ministério das Cidades.

Page 163: PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

163

OLIVEIRA, E. G.-N. (2009). Demanda futura por moradias no Brasi, 2008-2023: uma abordagem

demográfical. Brasília: MCidades

REGO, Renato Leão. O desenho urbano de Maringá e a idéia de cidade-jardim. Acta Scientiarum.

Maringá, v. 23, n. 6, p. 1569-1577, 2001.

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12. ANEXO: MAPAS

Mapa 01 – Sistema Viário Municipal

Mapa 02 – Hipsometria Urbana

Mapa 03 – Declividade Urbana

Mapa 04 – Hidrografia

Mapa 05 – Regiões PLHIS

Mapa 06 – Densidade Demográfica

Mapa 07 – Renda Média segundo Setores Censitários

Mapa 08 – Domicílios Permanentes segundo Setores Censitários

Mapa 09 – Domicílios Improvisados segundo Setores Censitários

Mapa 10 – Domicílios alugados segundo Setores Censitários

Mapa 11 – Domicílios sem banheiro segundo Setores Censitários

Mapa 12 – Divisão da Sede Urbana em Zonas

Mapa 13 – Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo

Mapa 14 – Instituições de Saúde

Mapa 15 – Equipamentos de Ensino

Mapa 16 – Valor da terra segundo Zonas Urbanas

Mapa 17 – Loteamentos Populares

Mapa 18 – Infraestrutura urbana de esgoto sanitário e pavimentação

Mapa 19 – Vazios Urbanos

Mapa 20 – Aptidões e Restrições

Mapa 21 – Vazios Urbanos Classificados

Mapa 22 – Vazios Urbanos aptos por Renda Média segundo Setores Censitários

Mapa 23 – Vazios Urbanos aptos por Valor Médio da terra segundo Zonas