PLOT

A Reinveno dosContos de Fadas

ndiCe

4 Contos de FadasContos de Fadas

7 Branca de Neve

ediTORiALTemos orgulho de apresentar voc a mais nova revista de cinema do mun-do digital, a revista PLOT! Com moldes modernos e de livre acesso, para que a cul-tura venha todos atravs de matrias espe-ciais com muita cultura pop. Trazemos at voc nossa primeira edio com um tema atual em nosso cinema, as releituras cinematogrficas dos contos de fadas, contando com curiosidades e muita informao sobre o conto, desde sua origem at a ltima adaptao cinematogrfica. Ento seja bem-vindo, mergulhe co-nosco nestes universos trazidos at voc pela revista PLOT, a sua nova forma de entreteni-mento. Boa diverso!

A edio.

Contexto histrico

O conto

Os contos de fadas no cinema

Branca de Neve e os Sete AnesBranca de Neve e o Caador

Contos de fadas so histrias que constituem um legado de tradio oral popular. Os contos so constru-dos em cima de um personagem princi-pal cuja trajetria comea com uma situ-ao introdutria e, posteriormente, com a busca para a soluo de um problema. Estas histrias foram contadas de gerao para gerao durante anos originando de populaes de pequenos vilarejos da Alemanha e Frana at final-mente serem registradas por escritores com o intuito de conservar o folclore popular local. A principal razo para que estes povos buscassem passar estes con-tos adi ante era a de transmitir conhec-imentos e valores culturais. Porm, com o tempo estes contos foram sofrendo mudanas em virtude de terem passado por vrios lugares e por terem sido apre-sentados para diferentes povos. Tm-se ento vrias verses de um mesmo con-

to, pois estes eram adaptados de acordo com a cultura de cada regio. Os contos de fadas que lemos hoje para as crianas tiveram suas origens numa cultura em que histrias eram contadas entre adultos. Originalmente estes contos abordavam temas pouco mais violentos, e, na maioria dos casos, sem finais realmente felizes. Os contos de fadas s passaram a ser uma forma de entretenimento para as crianas a partir das publicaes dos contos adap-tados de autores como Charles Perrault e os Irmos Grimm.

Contos Fadas

Jacob e Wilhelm Grimm foram dois irmos alemes que se dedicaram ao registro

de vrias fbulas infantis.

de

5

Branca de neve

O conto

O conto Branca de Neve foi compilado pelos Irmos Grimm e publicado pela primeira vez em 1812, em um livro com vrios outros contos, intitulado Kinder-und Hausmarchen (Contos de Fadas Para Crianas e Adultos). Assim como todos os outros contos contidos neste livro, Branca de Neve foi escrito com base em histrias contadas em pequenos vilarejos. Estas

histrias percorriam a regio e eram contadas de gerao para gerao fim de transmitir conhecimento e lies morais.O conto dos irmos Grimm guarda algumas diferenas das muitas verses que se popularizaram antes e aps a compilao feita por eles em seu livro.Aps um tempo, com o sucesso do livro dos Grimm, o conto ganhou uma verso cinematogrfica.

Um passo que impulsionou os con-tos de fadas para o sucesso com o pblico infantil foi a deciso de Walt Disney e de outros estdios de animao de adaptarem estes con-tos e lev-los para o cinema, dando as-sim formas e rostos aos personagens que j faziam sucesso entre as crianas. Os estdios amenizaram ainda mais estes contos, trouxeram a magia em maior ascenso e passaram a abordar duas temticas em especial: amor ao prximo e solidariedade. Os aspectos negativos eram apresentados a fim de mostrar s crianas que problemas, con-flitos internos e sociais sempre iro ex-istir, porm, deve-se ter esperana e per-sistncia para vencer estes obstculos. As animaes foram muito bem aceitas, chegando at a se tornarem uma forma de aprendizagem para as cri-anas. partir da, as produtoras destas animaes passaram a ter ainda mais a preocupao das mensagens que seri-am transmitidas atravs dos desenhos.

Os contos de fadasno cinema

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Branca de neve e os Sete Anes

Branca de Neve e os Sete Anes foi lanado no ano de 1937 pelos estdios Disney e foi o pri-meiro longa-metragem j produzido, tornan-do-se assim um marco na histria do cinema.

Com a finalidade de com-preender as alteraes ocorridas entre o conto-de-fadas original

dos irmos Grimm e o filme Branca de Neve e os Sete Anes de Walt Disney, foi feita uma anlise comparativa na qual se detectou que a verso

cinematogrfica adaptou o conto aos anos de 1930, amenizando algumas par-tes da histria que pode-riam soar cruis ou in-

apropriadas para o pblico infantil da poca.

Diferentemente da verso literria dos Grimm, na verso dos estdios Disney, Branca de Neve - que apresenta-da como uma jovem moa, e

no uma criana - tem seu pri-meiro contato com o prncipe

logo no incio do filme, onde se apaixonam um pelo out-

ro.

Uma passagem tam-bm diferente na verso cinematogr-fica, no to traumtica e cruel, a prova da morte da jovem prince-sa que a Rainha

pede ao caador. A madrasta pede o corao de Branca de Neve como prova de sua morte e planeja guard-lo em uma caixa, diferen-temente da verso original onde a Rainha planeja comer os rgos da jovem. Da mesma forma mais ame-na se d o fim da Rainha, que, logo aps fazer com que Branca de Neve morda a ma envenenada, perseguida pelos anezinhos e cai de um penhasco.O feitio da ma apresentado com um antdoto: O primeiro bei-jo de amor. Assim surge o prncipe pelo qual Branca de Neve se apaix-onou e beija a jovem princesa que est desacordada em um caixo de vidro, fazendo assim com que volte vida. A verso cinematogrfica en-fatiza muito a relao de carinho de Branca de Neve com os animais, quais esto presentes em todo o filme. O longa-metragem tem cores alegres e cenas descontradas, e no mostra nenhuma cena violenta ou de morte. A protagonista apresentada como uma jovem muito doce, in-ocente e bondosa, estabelecendo assim um padro comportamen-tal digno de uma princesa.

eRAUMA

VeZ...10 11

No mistrio para ningum que o longa da Disney Branca de Neve e os sete anes e sempre ser um clssico para o cinema. Porm o pro-cesso de sua produo foi conturbada, cheia de desafios e conflitos. Os produ-tores da poca ficaram com muito medo de produzir este filme, pois at aquele poca no existia pelcula de animao

no circuito cinematogrfico, e o din-

heiro que eles investiram foi um val-or altssimo para poca, chegando aos US$ 1,5 milhes de dlares, era tudo ou nada. Mas a genialidade de Walt Disney no tinha limites, criando uma verdadei-ra obra prima, que nunca ningum iria esquecer, sua aceitao foi to grande que permaneceu como a maior bilhete-ria por muito tempo perdendo somente para E o vento levou.

No ano de 1989, Branca de Neve e os sete anes entrou para o rol dos 25 pri-meiros filmes a serem preservados pelo ar-quivo nacional de cinema na biblioteca do congresso dos EUA. Os crticos da poca eram s elo-gios para a produo, a Academia de Ar-tes e Cincias Cinematogrficas no ficou para traz, premiando a fita com um oscar do tamanho real e outras sete pequenas, o nico filme a receber esse mrito do oscar. Uma inspirao, uma obra prima, uma aula de cinema e o que o primeiro longa de an-imao nos fornece hoje, e para as futuras geraes.

Branca de Neve e os Sete AnesLaamento: 1937Disney Productions

A produo

do clssico

A Disney Picturesfoi reconhecida por ter

sido a pioneira nos longa-metragens de animao.

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Branca de Neve e o Caador

espelho, espelho

meu...A

ReinVenO

A verso cinematogrfica mais recente do conto Branca de Neve e o Caador, lanada em 2012, com direo de Rupert Sanders. Porm esta verso vem mais sombria e pesada, tendo classificao indicati-va de 12 anos. Ns fizemos uma comparao entre o filme Branca de Neve e o Caador com a primeira verso cinematogr-fica e com o conto original, constatando-se que o roteiro do filme mais atual fez uso de situaes conhecidas da verso literria dos Irmos Grimm, que no haviam sido usadas na verso animada de Disney, mas estas situaes so apresentadas de maneira diferente e a histria ganha novas reviravoltas.

A esttica do filme transmite claramente o ob-jetivo de contar uma histria baseada num conto de fadas de uma forma diferente e mais sombria, com a predominncia de cores terrosas, figurinos medie-vais e ambientes misteriosos e frios. Esta verso traz tambm uma mudana drstica na personalidade de Branca de Neve. A protagonista retratada com uma fora e um poder de liderana nunca antes ex-plorado, porm, sem perder a feminilidade. O roterista do filme Evan Daugherty, foi a fundo nos contos dos irmos Grimm, sendo que o primeiro esboo do texto saiu quando o roteirista ainda cursava terceiro ano de sua faculdade de cin-ema na NYU. Porm o projeto passou por vrias di-ficuldades, desde conseguir um estdio para filmar como oramento para a produo. O diretor Rupert Sanders fez antes de tudo um pequeno trail-er de qual era a proposta do filme, mesmo sem dinheiro algum , somente com a ajuda de seus companheiros mais fieis. Encaminhou Universal Studios, que pde perceber o quo o filme prometia. A Universal entendeu a grandeza do projeto e assinou para bancar a produo.

em uma pocaMedieval

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O diretor Rupert Sanders queria para seu projeto um universo to-talmente novo, algo que tivesse sentimento, assim como os contos de fadas transmitem esse aspecto emocio-nal. Para esse filme foram criadas vrias criaturas por captura de movimentos, usando tecnologia de ponta, ao criar o espelho magico o cineasta tinha uma ideia muito clara de como seria sua aparncia, Rupert usou esculturas de um artista que ele admira muito, o irlandes Kevin Francis Grey, nos efeitos digitais. Rupert afirma que o que mais custou a ser feito foi a transio do espelho, onde

o objeto passa do estado lquido para o slido.

Para criar a floresta negra, usaram a todo tempo um tom pesado, em cada momento que passava se intensificava mais, passando de cobras at monstros em rvores, ficando cada vez mais ten-ebrosa, foi desenvolvido tambm um trasgo, pegando como referncia mov-imentos de um gorila, os produtores queriam um trasgo nunca visto antes e conseguiram graas a magia da com-putao. J a floresta encantada, para que se encaixasse no estilo do filme, foi montado um ambiente onde as leis da natureza no se aplicavam, como as co-bras que eram cobertas por musgos, as tartarugas que tinha pequenos jardins

em seus cascos, as fadas saiam de pssaros, usaram um visual bem potico para compor esse ato, o cervo apre-sentado nesse momento da histria um personagem interessante e desafiador, usaram como base um cavalo, pois o cervo real no momento do perigo fica imvel, e isso seria intil para a produo. Esse trabalho foi recompensado, sendo esta pro-duo indicada ao oscar de efeitos visuais e ao oscar de direo de arte.

Branca de Neve e o CaadorLaamento: 2012Direo: Rupert SandersUniversal StudiosElenco: Kristen Stewart, Charlize Theron, Chris Hemsworth e Sam Claflin

Criando oUniverso

O filme

Branca de Neve e o Caador 2

est previsto para 2015

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Projeto de final de curso apresentado ao Curso de Design Grfico da Fundao de ensino eurpides Soares da Rocha, mantenedora do Centro Universitrio eurpides de Marlia UNIVEM, como requisito parcial para a obteno do grau de Tecnlogo

em Design Grfico.

dAnieLLA CRiSTinA inCiO CARAZZATODOUGLAS YOSHIMOTO KOGAWAdeR CARLOS LZARO JUniOR

RenAn AdO APAReCidO ALVeS