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Luta livre em evidência no AM INDEFINIÇÃO Aguardando prop osta da iniciativa pr ivada, indefinição sobre quem administrará a Arena da Amazônia Vivaldo Lima está atrapalhando o planejamento do calendário de jogos do estádio . Pódio E 3 MANAUS, DOMINGO, 04 DE JANEIRO DE 2015 [email protected] Pódio E6 e E7 RICARDO OLIVEIRA

Pódio - 4 de janeiro de 2015

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Luta livre em evidência no AM

INDEFINIÇÃOAguardando proposta da iniciativa privada, indefinição sobre quem administrará a Arena da Amazônia Vivaldo Lima está atrapalhando o planejamento do calendário de jogos do estádio. Pódio E3

MANAUS, DOMINGO, 04 DE JANEIRO DE 2015 [email protected]

Pódio E2 e E3DIEGO JANATÃ

Pódio E6 e E7

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E2 MANAUS, DOMINGO, 04 DE JANEIRO DE 2015

Então, penso em fi car lá fora mesmo. O futebol amazonen-se está um pouco atrás dos demais. Pretendo jogar aqui ainda, mas só lá para o fi nal de carreira, com 36, 37 anos. Pretendo me estabilizar lá fora, jogar em grandes clu-bes e depois Europa. Não penso muito em fi car no Brasil”

Há quase três anos lon-ge de casa, o zaguei-ro do Paraná, Bianor Neto, aproveitou as

férias de fi nal de temporada para voltar a Manaus e rever a família e os amigos. Pouco aproveitado em 2014 no clube paranaense, o fi lho do técnico do Fast, Ney Júnior, já proje-ta um ano melhor. Livre das contusões, ele deve fi gurar na equipe profi ssional do Tricolor na temporada.

Em entrevista ao PÓDIO, Bianor destacou o começo de carreira no Rio Negro, quando formou a dupla de zaga titular ao lado do pai. Ele também comentou sobre a situação fi nanceira conturbada que o Paraná passou na última tem-porada com salários atrasa-dos e contou um pouco mais sobre a experiência de jogar em um dos maiores centros futebolísticos do Brasil.

PÓDIO - Qual importância de começar a carreira como profi ssional jogando ao lado de Ney Júnior, seu pai?

Bianor - Jogar com meu pai foi sonho realizado, tanto para mim quanto para ele. Meu pai é um exemplo para mim tanto dentro de campo como fora, então pude adquirir um pouco dessa experiência jogando ao lado dele. Ele é um grande profi ssional que sempre fui fã. Jogando ao lado dele percebi o talento que ele tinha. Só faltou mesmo uma oportunidade para ele decolar na carreira. Foi demais para mim essa experiência de jogar junto com ele. A torcida do Rio Negro realmente me abraçou, eu tenho um grande carinho pela torcida que sempre con-fi ou em mim. Só tenho a agra-decer a torcida rio-negrina e ao professor Iane, que meu deu a oportunidade.

PÓDIO - Como foi esse processo da sua transfe-rência do Rio Negro para o Atlético-PR?

B - Foi bem natural. Eu reagi tranquilo. A pessoa sai do Rio Negro, com aquela situação de salário atrasado, estrutura mais ou menos e assina com o Atlético-PR, onde é um dos melhores clubes em termo de estrutura do país, cheguei lá pensei que eu estava na Europa. Me perguntava se aquilo ali era Brasil mesmo. Centro de treinamento com vários campos, uma estrutura fantástica e o salário em dia. Então fi quei bastante conten-te quando cheguei lá e vi toda aquela estrutura.

PÓDIO - E a sua saída do Atlético-PR para o Paraná?

B - Isso foi tranquilo tam-bém. O Paraná é uma equipe de Série B, time de expressão, que revela bastantes jogado-res. Então, fui feliz, porque o Paraná é uma vitrine do fute-bol brasileiro e com grandes esperanças de aparecer no cenário nacional.

PÓDIO - O Paraná pas-sou por momentos difíceis na última temporada por conta de salários atrasa-dos, com os jogadores se recusando a treinar e a concentrar. Como foi para você enfrentar tudo isso?

B - Lembrei um pouco do Rio Negro aqui. Lá esse úl-timo ano foi complicado, até porque eu saí do Atlético-PR, um clube que pagava em dia, já estava acostumado com isso, depois fui para o Paraná e voltei à situação do Rio Negro, que o salário atrasava dois, três meses, é complicado. Queira ou não queira, a gente tem família, todo mundo tem conta para pagar e ficar nessa situação é complicado. Mas, eu creio que esse ano de 2015 vai ser bom, a diretoria vai con-tratar com o que tem. Não vai fazer contratações para depois não conseguir arcar com as despesas. Vai dar tudo certo, salário em dia, títulos e acesso.

PÓDIO - Até que ponto essa questão de salário atrasado influencia den-tro de campo?

B - A pessoa diz “ah, não está recebendo salário e isso não influencia em nada”, não influencia na hora do jogo, que ali entrou em campo se esquece de tudo e só importa a vitória. Mas influencia na semana, pelo fato de ser o assunto do vestiário. Acaba que no treinamento o foco se perde. Tem colégio de filho, conta para pagar, e isso acaba se tornando frequente no dia a dia. A resenha acaba sendo essa, “quando sai o pagamento?”, e isso acaba interferindo dentro de cam-po na hora do jogo. É claro que ninguém quer perder, mas isso acaba interferindo em algumas partidas.

PÓDIO - Como foi atuar ao lado do Lúcio Flávio, expe-riente meio-campista com passagens por grandes clu-bes do futebol brasileiro?

B - O Lúcio Flávio é um grande ídolo para nós, jovens do elenco. Tanto como pro-fissional, como no pessoal. O cara é uma pessoa ma-ravilhosa, humilde, de grupo mesmo. Mesmo com a idade que ele tem é o que mais treina, é muito profissional, chega sempre no horário.

PÓDIO - Mesmo com pou-ca idade e atuando num bom centro, você já pensa em um dia voltar a atuar no futebol amazonense?

B - Então, penso em ficar lá fora mesmo. O futebol amazonense está um pouco atrás dos demais. Pretendo jogar aqui ainda, mas só lá para o final de carreira, com 36, 37 anos. Pretendo me estabilizar lá fora, jogar em grandes clubes e depois Europa. Não penso muito em ficar no Brasil. E espero que dê tudo certo para mim lá, já que o Paraná é uma vitrine. Eu indo bem lá, várias portas vão se abrir.

PÓDIO - Muito jogador de fora quando vem jo-gar aqui reclama do clima. Você fez o caminho inver-so. Como foi sua adapta-ção as baixas temperatu-ras do Sul?

B - Infl uencia um pouco nos primeiros 15 dias. Mas depois acostuma, adapta. O jogador tem que estar acostumado a isso. Joga em várias cidades, então tem que se adaptar.

PÓDIO - Quais as prin-cipais diferenças entre o futebol amazonense e paranaense?

B - Não vou nem falar de qualidade, que no Amazonas tem muito bons jogadores. O que é diferente é a estru-tura de campo, do dia a dia do jogador. Lá a estrutura é melhor, não tem nem como comparar. Os salários são diferentes, tudo é diferente. Em relação a qualidade vejo o futebol amazonense forte, com pratas da casa que tem qualidade para atuar fora, mas que falta oportunidade.

PÓDIO - O Ney Júnior cogitou a possibilidade de te trazer para jogar o Estadual aqui, mas a diretoria do Paraná não liberou. Você queria voltar ao Amazonas ou preferi-ria esperar a oportunida-de surgir em Curitiba?

B - Eu estava disposto a vir e ajudar meu pai, até porque trabalhar com ele seria bom. Mas, já que a diretoria achou melhor me aproveitar lá... Eles têm um grande carinho por mim e falaram que esse será o meu ano.

PÓDIO - Você é um cara novo, tem só 20 anos. Fora de campo, tem muito assé-dio das curitibanas?

B - Pior que tem. Eu ainda nem chutei direito lá, joguei pouco, mas é impressionante. Aqui em Manaus você fala que é jogador e praticamente não é nada. Agora lá, você chega num lugar, todo mundo

conhece, já te olham de um jeito diferente. Ainda mais quando saio com uns amigos que jogam mais. Tem que ter uma cabeça boa, se não acaba se perdendo. Lá a mulherada é bonita, mas é complicado.

PÓDIO - Já surgiu o inte-resse de algum grande bra-sileiro ou de algum clube europeu no seu futebol?

B - Só especulação. Meu empresário tem bastante in-fl uência na Europa. Apareceu uma Série B de lá, mas acabou não dando certo. Mas para isso eu preciso jogar. Como 2014 não foi um ano muito bom, pois quase não atuei, essa é a hora. Em 2015 quero jogar para poder aparecer e consequentemente vai vim as propostas, como aconte-ce com meu amigo Alisson. Era banco meu na Copa São Paulo, acabou que jogou no meu lugar pelo fato de ter fraturado o pé, e hoje fechou contrato de empréstimo com o Botafogo, após 20 atuações com a camisa do Paraná na Série B. Um grande amigo meu, parceiro, que merece toda sorte do mundo.

PÓDIO - O que os parana-enses conhecem do nosso futebol? Que tipo de co-mentário eles fazem?

B - Uns comentários meio sem noção, que me deixam até meio bolado, dizendo que aqui só tem índio. No dia que o Nacional foi jogar lá contra o Coxa, eu fiz até uma aposta com uns amigos. Eles disseram que ganharam em Manaus porque o Coriti-ba estava ressaqueado pela conquista do título Estadual, e eu apostei no Nacional. Acabou que o Nacional foi lá e eliminou o campeão paranaense. Então, deu para eles terem uma noção de que Manaus tem jogadores de qualidade.

PÓDIO - Com essa ex-periência que você está passando no Paraná já deu para perceber o que preci-sa mudar no nosso futebol para melhorar?

B - Tem que dar mais estrutura para os jogadores trabalharem. Salário em dia é essencial, todo time tem que honrar com seu compro-misso. A Federação também precisa mudar algumas coi-sas para o nosso futebol ir para frente. Para mim o que tem que mudar mesmo é a torcida. Tem que deixar de torcer pelos times lá de longe e ir aos estádios prestigiar nosso futebol, que está cheio de jogadores de qualidade. Com isso o futebol ama-zonense vai melhorar e os acessos vão aparecer.

Bianor Neto

‘O futebol AMAZONENSE está UM POUCO atrás dos DEMAIS’

Para mim, o que tem que mudar mesmo é a torcida. Tem que deixar de torcer pelos times lá de longe e ir aos está-dios prestigiar nosso fu-tebol, que está cheio de jogadores de qualidade. Com isso o futebol ama-zonense vai melhorar e os acessos vão aparecer”

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

FOTOS: ALBERTO CESAR

Não vou nem falar de qualidade, que no Ama-zonas tem muito bons jogadores. O que muda é a estrutura de campo, do dia a dia do jogador. Lá é melhor, não tem nem como com-parar”

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E3MANAUS, DOMINGO, 04 DE JANEIRO DE 2015

Indefinição impossibilita

Com interesse da iniciativa privada, administradores do estádio aguardam decisão do governador para projetar 2015 da arena

A Arena da Amazônia Vivaldo Lima abrirá o ano de 2015 com o pé direito. No fi nal

deste mês – dias 21, 23 e 25 – o estádio recebe o Super Series, triangular envolvendo três titãs do futebol brasileiro: São Paulo, Flamengo e Vasco. Além do torneio amistoso, o calendário do Campeonato Amazonense, que começa no dia 21 de fevereiro, registra seis partidas no local.

De acordo com um dos res-ponsáveis pela administra-ção da Arena da Amazônia Vi-valdo Lima, Ariovaldo Malízia, jogos das Copas Verde e do Brasil também devem ser re-alizadas na arena. Contudo, o cenário de indefi nição acerca de quem irá gerir o novo palco do futebol baré atrapalha a programação a médio e longo prazo do estádio.

“Até agora a programação permanece inalterada. Os eventos programados até o fi nal de janeiro estão confi r-mados. Alguns jogos da Série A do Amazonense serão fei-tos na arena e alguns da Copa Verde também. O mais impor-tante é defi nir a gestão, se vai continuar com o governo ou se vai privatizar. Enquanto isso não for defi nido pelo governador, vamos continuar tocando o barco para frente”, avalia Malízia.

A incerteza é por conta do interesse da empresa que administra o Beira-Rio, es-tádio do Internacional. Numa entrevista concedida a uma rádio da capital, o governa-dor do Amazonas, José Melo, divulgou que a empresa fi cou de apresentar uma proposta ainda neste mês. Enquanto isso não acontece, fi ca difícil até mesmo planejar os jogos do Estadual na arena.

“Eu defendo que a arena tenha que receber jogos da

Série A (do Estadual). Claro que é uma situação diferen-ciada, pela questão do grama-do. Tem que ser programado. Até porque os custos são altos. Neste mês vamos parar e pensar com a Federação como tornaremos viável es-ses jogos”, aponta o gestor.

Ciente de que os dirigentes dos clubes temam em jogar na arena, como aconteceu na final da Segundinha do Estadual, quando Rio Negro e Operário preferiram jogar na Colina, Malízia sabe que as equipes podem até não ter renda, mas crê que se bem planejados, os jogos do Barezão podem atrair a torcida ao estádio.

“Isso preocupa. Com certeza

passa na cabeça dos dirigen-tes algo nesse sentido. Mas é preciso correr esse risco. Contudo, precisa ser algo bem trabalhado, para atrair o tor-cedor. não é porque é na arena que vai levar torcedor para lá. Sabemos que o torcedor amazonense é exigente quan-to a qualidade do espetáculo”, reconhece Malízia. “Para mim é um estádio sensacional para a fl uidez e o conforto do torce-dor. Mas para quem organiza é problemático. Quem organi-za tem que pagar segurança privada, que é caro. Tem que ser uma empresa credenciada pela polícia federal. Esse tipo de coisa que temos de pensar em como vamos agir para viabilizar”, arremata.

CALENDÁRIOPara 2015, nove jogos estão programados na Arena da Amazônia. Em janeiro, Flamengo, São Paulo e Vasco partici-param de um triangu-lar. A partir de feverei-ro, o estádio receberá jogos do Barezão

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

programação da arena Estádio sediou três par-tidas em 2014. Para este ano, nove jogos já estão programados, seis deles pelo certame Estadual

Para Malízia, este ano deve ser ainda mais proveitoso para a Arena da Amazônia Vivaldo Lima. Otimista, ele rechaçou o medo de ver o es-tádio se tornar um “elefante branco” e acredita na reali-zação em número de eventos maior do que foi em 2014, principalmente pelo tempo disponível para organizar

espetáculos no espaço.“Acho que vai ser mais

utilizada. Acabou a Copa do Mundo há seis meses. Ago-ra vai ter tempo sufi ciente para as pessoas planejarem melhor. Eu acho que esse ano vai ser muito bom. Nós não podemos esquecer que essa é uma das arenas mais bonitas do Brasil e o mundo,

fi ca na Amazônia e isso é um atrativo. É importante a gente pensar com otimismo. Acho que o ano vai ser mui-to bom, com um calendário cheio”, confi a o gestor.

Um dos motivos que faz Malízia pensar dessa forma é o Super Series. Conforme ele, o evento será gran-dioso e terá cobertura da

imprensa de todo o Brasil, o que projeta ainda mais Manaus, além de fazer bem para a auto-estima local. “São situações que para mim se reveste numa gran-de ação social, porque as pessoas que vão lá, se de-liciam, passam momentos bons num espaço grande e seguro”, conclui.

Utilização em 2015 deve ser ainda maior

Na Copa do Mundo, es-tádio recebeu uma das partidas mais aguarda-das da primeira fase: Itália e Inglaterra

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Partidário do pla-nejamento como fonte de sucesso dentro e fora de campo, Maddy já

traçou as ações para a temporada

de 2015, ano em que o Princesa do So-

limões disputa a Copa Verde, o Campeonato

Amazonense e a Copa

do Brasil. “Todo nosso tra-balho é realizado dentro de um planejamento. Vamos ter uma despesa mensal em torno de R$ 100 mil, com boas expectativas para a temporada”, explica o dirigente.

Sobre as possibilidades de conquista do título Estadual, Maddy prefere manter a política de pés

no chão. Ciente do nível de dificuldade que o certame terá neste ano, ele sonha em chegar as fases finais e aí, sim, brigar pelo caneco. “O Princesa do Solimões trabalha com a possibilida-de de se classificar entre os primeiros na pontuação geral do certame regional e local, para depois brigar pelo título”, arremata.

Planejar em primeiro lugar

Um novo olhar para o futebolRaphael Maddy e Patrícia Serudo, gestores de clubes do interior do Amazonas, despontam no cenário local tendo o planejamento como a base do trabalho

WILLIAN D’ANGELO E CÍCERO JRWeb Rádio Em Tempo

Quebrando os paradig-mas de que futebol é coi-sa de homem, desponta no futebol baré a fi gura da empresária e estudante de psicologia Patrícia Serudo, cuja história impressiona, uma vez que o envolvimento dela com o Penarol iniciou nas arquibancadas.

“Comecei minha caminha-da como torcedora do Leão de Itacoatiara. Após isso, me tornei patrocinadora do clube em 2011 e, como tal, me tornei mais participativa nas reuniões de presidência do Penarol opinando, sugerindo e cooperando com a parte de marketing e comunicação. Além disso, servi de elo entre a diretoria do clube e patroci-nadores”, afi rma Serudo, que foi aclamada como gestora do clube em 2013.

O fato de ser administrado-ra e estudante de psicologia põe Patrícia em um patamar diferenciado na gestão do clube penarolense. “Procuro usar o conhecimento adquiri-do, não somente nas minhas

áreas de estudo, mas também busco e aplico o que estudo em outras disciplinas.”, ilustra a jovem gestora.

O conhecimento transdis-ciplinar de Patrícia tem per-mitido que ela implemente

uma gestão diferenciada que visa frutos a médio e longo prazo, com foco nas categorias de base. Segun-do ela, esta visão contrasta com o imediatismo que reina no futebol brasileiro.

“Há certa resistência quan-to ao trabalho realizado nas categorias de base, pois

sempre se busca resultados imediatos. Não há um apreço pelo trabalho que visa retorno a médio e longo prazo. En-tretanto, com muita fi rmeza, cautela e persistência temos lutado no Penarol para que tenhamos como principal le-gado uma estrutura de base para os anos vindouros e ter sempre uma equipe forte”, conta a presidente.

Sua fi rmeza e luta pelos seus ideais tem tornado Pa-trícia Serudo um símbolo da nova gestão que desponta no cenário baré. Ela afi rma que trabalho, atuação e fi rmeza têm permitido que ela supere as desconfi anças. “As pesso-as normalmente desconfi am de minha capacidade de gerir não pelo fato de eu ser mu-lher, mas sim por ser muito jovem dentro deste nicho. Todavia, diante da diretoria, comissão técnica e jogado-res do Penarol, vou conquis-tando a cada dia o respeito e a admiração por conta do trabalho sério desenvolvido”, afi rma Patrícia.

Paixão começou na arquibancada

GESTÃODesde que iniciou sua caminhada à frente do Penarol, a empresária Patrícia Serudo sempre dei-xou claro que o foco de sua gestão seria na valorização das categoria de base

“Meu envolvimento e participação ativa com as questões do futebol amazonense também têm permitido que eu conquiste o meu espaço entre os dirigentes de clu-bes locais. Discuto, sugiro, opino, atuo e sou fi rme nos ideais que tenho para melhorias não somente no Penarol, mas no fute-bol amazonense como um todo.”, salienta Serudo.

Esperançosa quanto ao futuro do futebol baré, Patrícia lamenta o fato de ainda ter que lutar contra a má imagem que se tem dos gestores lo-cais, mas celebra a re-novação de mentalidade nos cargos majoritários dos clubes. “Estamos dispostos a mudar este conceito. Vislumbro dias de glória para o futebol local.”, encerra.

Respeito foi conquistado com atuação

Com os pés no chão, mas sem perder a ousadia, a gestão de Patrícia Seru-do para 2015 tem como objetivo a formação de uma equipe forte que bus-que o título. “Comparando com 2014, aumentamos a folha em R$ 20 mil, totalizando um orçamento de R$ 90 mil para este ano. Já temos receita pre-vista e buscando outros parceiros, além de nossa boutique que já funciona a todo vapor em Itacoa-tiara.”, afi rma Serudo.

Além dos investidores, Patrícia espera contar com

um apoio incondicional: “O nosso torcedor será, sem dúvida, o nosso grande par-ceiro este ano de 2015. Nossa cidade abraça o Pe-narol e tem uma das mais apaixonadas e presentes torcidas. Estamos con-tando com ela e faremos projetos que contemplem o nosso torcedor”, aponta.

Onde Patrícia quer che-gar com o Penarol? Ela responde sem titubear. “Quero novamente ver o Penarol nas competições nacionais, despontando como uma força do futebol amazonense”, encerra.

Investimento para a temporada

Um novo olhar para o futebolUm novo olhar para o futebolUm novo olhar para o futebolUm novo olhar para o futebolUm novo olhar para o futebol

Partidário do pla-nejamento como fonte de sucesso dentro e fora de campo, Maddy já

traçou as ações para a temporada

de 2015, ano em que o Princesa do So-

limões disputa a Copa Verde, o Campeonato

Amazonense e a Copa

do Brasil. “Todo nosso tra-balho é realizado dentro de um planejamento. Vamos ter uma despesa mensal em torno de R$ 100 mil, com boas expectativas para a temporada”, explica o dirigente.

Sobre as possibilidades de conquista do título Estadual, Maddy prefere manter a política de pés

Planejar

Sempre presente nas viagens do elenco, o diretor de futebol do Princesa faz um bom trabalho no clube

Maddy em Macapá, no Zerão Presidente sonha em recolocar o Penarol na disputa de títulos

Patrícia investe pesado nas categorias de base do Penarol

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Crítico, Maddy sem-pre se posicionou firme em relação aos problemas do futebol amazonense

Novos ventos sopram no futebol amazo-nense, sendo uma temporada que che-

ga com promessa de dias melhores, com a Federação Amazonense de Futebol (FAF) e a Associação dos Clubes Pro-fi ssionais do Estado do Ama-zonas (ACPEA) anunciando a nova fórmula de disputa do Campeonato Amazonense de 2015, com duração de cinco meses e uma fi nal marcada para a Arena da Amazônia Vivaldo Lima.

Dentro do universo do fu-tebol baré, algumas equipes despontam pela forma da ges-tão de suas administrações, apresentando estratégias e resultados satisfatórios. Após a realização da Copa do Mundo do ano passado, o futebol amazonense ganhou novos estádios e hoje vive um novo momento, exigindo uma proposta e uma postura diferente dos dirigentes para o esporte. O ano de 2014 foi marcado também pela chegada da Associação dos Clubes Profi ssionais do Estado do Amazonas (ACPEA), que traz propos-tas para reestruturar o fu-tebol local, assim como de um certame regional mais extenso, trazendo a expec-tativa de um novo rumo para a modalidade na metrópole da Amazônia.

A jovem Patrícia Seru-do, presidente do Pena-rol e Rafael Maddy, diretor de futebol do Princesa do Solimões, são exemplos de dirigentes que adotam suas experiências empresariais nas administrações de seus respectivos clubes, em busca de vitórias e boa colocações no certame local.

Força do interiorEntre as novas caras do

futebol amazonense, des-ponta o manacapuruense e empresário Raphael Maddy. “Vamos em frente, temos que ter coragem”, é o sentimento que move o diretor de futebol do Tubarão do Norte.

Há pelo menos nove anos como diretor de futebol do clube alvirrubro, Ma-ddy é conhecido por sua ousadia e expe-riência administra-tiva comandando a equipe do interior. “Sou empresário, e isso me ajuda a levar a expe-riência para o clube. Precisa-mos ter sempre o pensamento de que o clube é uma empresa e deve ser traba-lhado como tal”, destaca.

De fato, ao longo de sua gestão, Maddy usou técnicas de meritocracia durante fa-ses importantes da equipe do Princesa do Solimões e isso serviu como fonte de moti-vação para os atletas. Assim foi, entre outros momentos, na Copa do Brasil no ano de 2014. Maddy prometeu e

premiou os atletas pelo triun-fo sobre o Brasiliense e no jogo contra o Santos, caso a equipe conseguisse realizar o segundo jogo.

Durante a gestão de Ma-ddy, o Princesa do Solimões tem se constituído como uma força do futebol amazonense. Em 2012, a equipe rubra foi vice-campeã da Taça Cida-de de Manaus (1º Turno do Barezão), conquistou o título inédito do clube de Mana-capuru em 2013 e ainda foi vice-campeã em 2014.

Como se não bastasse os tí-tulos, o Tubarão do Norte dis-putou competições nacionais pela primeira vez em toda sua história, como a Copa Verde e a Copa do Brasil, além de ter sido o representante amazonense no Campeonato Brasileiro da Série D, onde foi desclassifi cado de maneira dramática ainda na prime-ira fase.

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Partidário do pla-nejamento como fonte de sucesso dentro e fora de campo, Maddy já

traçou as ações para a temporada

de 2015, ano em que o Princesa do So-

limões disputa a Copa Verde, o Campeonato

Amazonense e a Copa

do Brasil. “Todo nosso tra-balho é realizado dentro de um planejamento. Vamos ter uma despesa mensal em torno de R$ 100 mil, com boas expectativas para a temporada”, explica o dirigente.

Sobre as possibilidades de conquista do título Estadual, Maddy prefere manter a política de pés

no chão. Ciente do nível de dificuldade que o certame terá neste ano, ele sonha em chegar as fases finais e aí, sim, brigar pelo caneco. “O Princesa do Solimões trabalha com a possibilida-de de se classificar entre os primeiros na pontuação geral do certame regional e local, para depois brigar pelo título”, arremata.

Planejar em primeiro lugar

Um novo olhar para o futebolRaphael Maddy e Patrícia Serudo, gestores de clubes do interior do Amazonas, despontam no cenário local tendo o planejamento como a base do trabalho

WILLIAN D’ANGELO E CÍCERO JRWeb Rádio Em Tempo

Quebrando os paradig-mas de que futebol é coi-sa de homem, desponta no futebol baré a fi gura da empresária e estudante de psicologia Patrícia Serudo, cuja história impressiona, uma vez que o envolvimento dela com o Penarol iniciou nas arquibancadas.

“Comecei minha caminha-da como torcedora do Leão de Itacoatiara. Após isso, me tornei patrocinadora do clube em 2011 e, como tal, me tornei mais participativa nas reuniões de presidência do Penarol opinando, sugerindo e cooperando com a parte de marketing e comunicação. Além disso, servi de elo entre a diretoria do clube e patroci-nadores”, afi rma Serudo, que foi aclamada como gestora do clube em 2013.

O fato de ser administrado-ra e estudante de psicologia põe Patrícia em um patamar diferenciado na gestão do clube penarolense. “Procuro usar o conhecimento adquiri-do, não somente nas minhas

áreas de estudo, mas também busco e aplico o que estudo em outras disciplinas.”, ilustra a jovem gestora.

O conhecimento transdis-ciplinar de Patrícia tem per-mitido que ela implemente

uma gestão diferenciada que visa frutos a médio e longo prazo, com foco nas categorias de base. Segun-do ela, esta visão contrasta com o imediatismo que reina no futebol brasileiro.

“Há certa resistência quan-to ao trabalho realizado nas categorias de base, pois

sempre se busca resultados imediatos. Não há um apreço pelo trabalho que visa retorno a médio e longo prazo. En-tretanto, com muita fi rmeza, cautela e persistência temos lutado no Penarol para que tenhamos como principal le-gado uma estrutura de base para os anos vindouros e ter sempre uma equipe forte”, conta a presidente.

Sua fi rmeza e luta pelos seus ideais tem tornado Pa-trícia Serudo um símbolo da nova gestão que desponta no cenário baré. Ela afi rma que trabalho, atuação e fi rmeza têm permitido que ela supere as desconfi anças. “As pesso-as normalmente desconfi am de minha capacidade de gerir não pelo fato de eu ser mu-lher, mas sim por ser muito jovem dentro deste nicho. Todavia, diante da diretoria, comissão técnica e jogado-res do Penarol, vou conquis-tando a cada dia o respeito e a admiração por conta do trabalho sério desenvolvido”, afi rma Patrícia.

Paixão começou na arquibancada

GESTÃODesde que iniciou sua caminhada à frente do Penarol, a empresária Patrícia Serudo sempre dei-xou claro que o foco de sua gestão seria na valorização das categoria de base

“Meu envolvimento e participação ativa com as questões do futebol amazonense também têm permitido que eu conquiste o meu espaço entre os dirigentes de clu-bes locais. Discuto, sugiro, opino, atuo e sou fi rme nos ideais que tenho para melhorias não somente no Penarol, mas no fute-bol amazonense como um todo.”, salienta Serudo.

Esperançosa quanto ao futuro do futebol baré, Patrícia lamenta o fato de ainda ter que lutar contra a má imagem que se tem dos gestores lo-cais, mas celebra a re-novação de mentalidade nos cargos majoritários dos clubes. “Estamos dispostos a mudar este conceito. Vislumbro dias de glória para o futebol local.”, encerra.

Respeito foi conquistado com atuação

Com os pés no chão, mas sem perder a ousadia, a gestão de Patrícia Seru-do para 2015 tem como objetivo a formação de uma equipe forte que bus-que o título. “Comparando com 2014, aumentamos a folha em R$ 20 mil, totalizando um orçamento de R$ 90 mil para este ano. Já temos receita pre-vista e buscando outros parceiros, além de nossa boutique que já funciona a todo vapor em Itacoa-tiara.”, afi rma Serudo.

Além dos investidores, Patrícia espera contar com

um apoio incondicional: “O nosso torcedor será, sem dúvida, o nosso grande par-ceiro este ano de 2015. Nossa cidade abraça o Pe-narol e tem uma das mais apaixonadas e presentes torcidas. Estamos con-tando com ela e faremos projetos que contemplem o nosso torcedor”, aponta.

Onde Patrícia quer che-gar com o Penarol? Ela responde sem titubear. “Quero novamente ver o Penarol nas competições nacionais, despontando como uma força do futebol amazonense”, encerra.

Investimento para a temporada

Um novo olhar para o futebolUm novo olhar para o futebolUm novo olhar para o futebolUm novo olhar para o futebolUm novo olhar para o futebol

Partidário do pla-nejamento como fonte de sucesso dentro e fora de campo, Maddy já

traçou as ações para a temporada

de 2015, ano em que o Princesa do So-

limões disputa a Copa Verde, o Campeonato

Amazonense e a Copa

do Brasil. “Todo nosso tra-balho é realizado dentro de um planejamento. Vamos ter uma despesa mensal em torno de R$ 100 mil, com boas expectativas para a temporada”, explica o dirigente.

Sobre as possibilidades de conquista do título Estadual, Maddy prefere manter a política de pés

Planejar

Sempre presente nas viagens do elenco, o diretor de futebol do Princesa faz um bom trabalho no clube

Maddy em Macapá, no Zerão Presidente sonha em recolocar o Penarol na disputa de títulos

Patrícia investe pesado nas categorias de base do Penarol

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Crítico, Maddy sem-pre se posicionou firme em relação aos problemas do futebol amazonense

Novos ventos sopram no futebol amazo-nense, sendo uma temporada que che-

ga com promessa de dias melhores, com a Federação Amazonense de Futebol (FAF) e a Associação dos Clubes Pro-fi ssionais do Estado do Ama-zonas (ACPEA) anunciando a nova fórmula de disputa do Campeonato Amazonense de 2015, com duração de cinco meses e uma fi nal marcada para a Arena da Amazônia Vivaldo Lima.

Dentro do universo do fu-tebol baré, algumas equipes despontam pela forma da ges-tão de suas administrações, apresentando estratégias e resultados satisfatórios. Após a realização da Copa do Mundo do ano passado, o futebol amazonense ganhou novos estádios e hoje vive um novo momento, exigindo uma proposta e uma postura diferente dos dirigentes para o esporte. O ano de 2014 foi marcado também pela chegada da Associação dos Clubes Profi ssionais do Estado do Amazonas (ACPEA), que traz propos-tas para reestruturar o fu-tebol local, assim como de um certame regional mais extenso, trazendo a expec-tativa de um novo rumo para a modalidade na metrópole da Amazônia.

A jovem Patrícia Seru-do, presidente do Pena-rol e Rafael Maddy, diretor de futebol do Princesa do Solimões, são exemplos de dirigentes que adotam suas experiências empresariais nas administrações de seus respectivos clubes, em busca de vitórias e boa colocações no certame local.

Força do interiorEntre as novas caras do

futebol amazonense, des-ponta o manacapuruense e empresário Raphael Maddy. “Vamos em frente, temos que ter coragem”, é o sentimento que move o diretor de futebol do Tubarão do Norte.

Há pelo menos nove anos como diretor de futebol do clube alvirrubro, Ma-ddy é conhecido por sua ousadia e expe-riência administra-tiva comandando a equipe do interior. “Sou empresário, e isso me ajuda a levar a expe-riência para o clube. Precisa-mos ter sempre o pensamento de que o clube é uma empresa e deve ser traba-lhado como tal”, destaca.

De fato, ao longo de sua gestão, Maddy usou técnicas de meritocracia durante fa-ses importantes da equipe do Princesa do Solimões e isso serviu como fonte de moti-vação para os atletas. Assim foi, entre outros momentos, na Copa do Brasil no ano de 2014. Maddy prometeu e

premiou os atletas pelo triun-fo sobre o Brasiliense e no jogo contra o Santos, caso a equipe conseguisse realizar o segundo jogo.

Durante a gestão de Ma-ddy, o Princesa do Solimões tem se constituído como uma força do futebol amazonense. Em 2012, a equipe rubra foi vice-campeã da Taça Cida-de de Manaus (1º Turno do Barezão), conquistou o título inédito do clube de Mana-capuru em 2013 e ainda foi vice-campeã em 2014.

Como se não bastasse os tí-tulos, o Tubarão do Norte dis-putou competições nacionais pela primeira vez em toda sua história, como a Copa Verde e a Copa do Brasil, além de ter sido o representante amazonense no Campeonato Brasileiro da Série D, onde foi desclassifi cado de maneira dramática ainda na prime-ira fase.

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A mistura entre cabo-clo e índio deu cer-to, e a Região Norte do Brasil é conhe-

cida mundialmente como um grande celeiro de atle-tas no mundo das lutas. No principal evento de MMA do mundo, o UFC, temos como representantes os lutadores José Aldo, Adriano Martins e os irmãos Marajó. Além deles, podemos colocar nes-sa lista os lutadores Lyoto Machida, Ronaldo Jacaré e Diego Brandão, que não nas-ceram na região, mas foram criados na Amazônia.

A luta livre esportiva não poderia fi car de fora desse crescimento. Sendo um dos esportes mais completos do mundo, ela ganhou adeptos em todos os Estados, princi-palmente no Amazonas. Esse sucesso é fruto do trabalho de alguns mestres da moda-lidade que, com muita von-tade, conseguiram mudar a imagem do esporte.

Hoje em dia, é possível encontrar uma academia da modalidade em todos os bairros de Manaus, fato que

facilitou a familiaridade da população com o esporte. Um exemplo disso é a aca-demia Jr. Lopes de Luta Li-vre Esportiva, localizada no bairro Alvorada, Zona Oeste da capital.

CuriosidadeSegundo o faixa-preta Jú-

nior Lopes, os novos prati-

cantes da luta livre buscam a modalidade para mudar a rotina do dia a dia.

“Quem chega na academia hoje em dia, busca fugir do estresse e da rotina. Encon-tra no esporte uma nova família. Acaba fazendo ami-zades e começa a sentir pra-zer praticando a modalidade. Alguns vem por indicação,

mas a grande maioria tem curiosidade e quer conhecer o esporte que está fazen-do sucesso no mundo todo graças ao MMA. A luta li-vre está tomando conta do Norte. Temos praticantes no oeste do Pará. O Norte está se fortifi cando. Quem é de fora, fala que os atletas do Norte são bons, porque os lutadores daqui são foca-dos e disciplinados. Quando colocamos na cabeça que queremos uma coisa, só ti-ramos quando conseguimos. O Norte é terra de guerreiro”, disse o mestre, que comemo-ra o boom do esporte.

“Dou aula para pessoas de todas as faixas etárias. Fico feliz com o progresso de cada aluno. Alguns chegam fora do peso e rapidamente evoluem. Outros querem apenas trei-nar, mas criam o desejo de competir. Isso é muito bom para o professor. Porém, fi co feliz quando vejo uma criança entrando e crescendo dentro do tatame. Ela poderia estar na rua fazendo alguma coisa errada, mas está dentro do tatame, treinando e apren-dendo o que é hierarquia e respeito ao próximo”, pros-segue Júnior.

Luta livre em evidência no AmazonasCom várias academias espalhadas por toda a capital amazonense, modalidade ganha cada vez mais espaço, principalmente entre os jovens, que sonham com o MMA

FOTOS: RAIMUNDO VALENTIM

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

INTERESSEDe acordo com o faixa- preta Júnior Lopes, as pessoas se interessam pela prática da luta li-vra somente por curio-sidade, depois a brin-cadeira se transforma em coisa séria e alguns chegam a competir

Na luta livre, atletas utilizam técnicas di-

renciadas, semelhan-tes às do jiu-jítsu

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E7MANAUS, DOMINGO, 4 DE JANEIRO DE 2015

Luta livre em evidência no AmazonasFOTOS: RAIMUNDO VALENTIM

MMA colaborou com popularização do esporte no Estado Nos últimos anos, ocorreu

um grande aumento na pro-cura pela luta livre esportiva. A modalidade passou a ser praticadas por pessoas de to-das as idades nas academias de Manaus. O esporte, antes visto com desconfi ança, en-trou na vida dos manauenses que começaram a se desta-car nas competições pelo Brasil afora. Alguns motivos ajudaram nessa populariza-ção. Os principais foram: a facilidade de praticar a mo-dalidade, a visibilidade que ele ganhou nos últimos anos devido ao MMA e a

aproximação com o jiu-jítsu, fato que era inimaginável na década de 90.

“Hoje em dia, o pessoal do jiu-jítsu usa muito as chaves de perna, coisa que antes de 2000, você não via. A primei-ra vez que vi um jiujiteiro encaixar um golpe desses foi na luta entre o Rodrigo Medeiros e o Roleta no Mun-dial. Foi uma americana no pé. Antes, era con-denado um lutador

que utilizasse essa técnica. Eles passaram a treinar esse tipo de fi nalização porque se tornou efi ciente”, relembra Junior Lopes, que ainda citou o exemplo do lutador Rosi-mar Palhares Toquinho.

“Um cara que fez sucesso com essas fi nalizações foi o Toquinho. Ele é oriundo do

jiu-jítsu e chegou ao topo do esporte

sendo mestre nessa téc-

nica. Esse

intercâmbio que existe entre as modalidades é muito pro-dutivo para ambas as lutas. Vemos hoje grandes acade-mias com professores de luta livre, caso da Playboy’sss, que fi ca no Eldorado. Lá, eles têm aula com o gran-de mestre Paixão Ferreira, que já graduou outro grande faixa preta que é o Rayner. Essa troca de conhecimen-to é muito boa. Outro caso bom de lembrar é do Helton Henrique. Ele é treinador do Adriano Martins e é faixa preta da luta livre esportiva.

Isso é um orgulho para todos os praticantes”,

ressalta o mestre. O professor fez questão de lembrar

que essa integração ajudou a acabar com a velha riva-lidade que existia entre as modalidades. No passado, praticantes de luta livre e de jiu-jítsu não se entendiam. Em certas ocasiões, essa rixa passou dos limites e brigas aconteceram.

“A rivalidade saiu das ruas e foi para o tatame, lugar certo. Se você se acha me-lhor que o outro, mostre no tatame. Quando a luta acabar, vai comprovar isso ou não. Depois da luta, você vai embora para casa e a amizade continua. Isso é uma coisa bem legal. Até por treinar junto, os luta-dores criaram amizades”, conclui Junior.

car nas competições pelo Brasil afora. Alguns motivos ajudaram nessa populariza-ção. Os principais foram: a facilidade de praticar a mo-dalidade, a visibilidade que ele ganhou nos últimos anos devido ao MMA e a

Medeiros e o Roleta no Mun-dial. Foi uma americana no pé. Antes, era con-denado um lutador

jiu-jítsu e chegou ao topo do esporte

sendo mestre nessa téc-

nica. Esse

faixa preta que é o Rayner. Essa troca de conhecimen-to é muito boa. Outro caso bom de lembrar é do Helton Henrique. Ele é treinador do Adriano Martins e é faixa preta da luta livre esportiva.

Isso é um orgulho para todos os praticantes”,

ressalta o mestre. O professor fez questão de lembrar

e foi para o tatame, lugar certo. Se você se acha me-lhor que o outro, mostre no tatame. Quando a luta acabar, vai comprovar isso ou não. Depois da luta, você vai embora para casa e a amizade continua. Isso é uma coisa bem legal. Até por treinar junto, os luta-dores criaram amizades”, conclui Junior.

Antes rivais, a luta livre e o jiu-jítsu hoje servem para troca de

conhecimento

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E8 MANAUS, DOMINGO, 04 DE JANEIRO DE 2015

Estrela do Norte planeja 2015 com foco na Taça BRCom 14 anos de existência, time da Zona Leste irá representar o Amazonas na elite da Taça Brasil, que será disputada em junho

Pequeno, mas cada vez mais profi ssional para virar um gigante no esporte de quadra

amazonense. É assim que o Estrela do Norte Esporte Clu-be, atual campeão estadual de futsal adulto feminino, faz seu planejamento estratégico para a temporada 2015. Em junho, o time amazonense buscará o inédito título da Primeira Divi-são da Taça Brasil.

“Vencemos o Campeonato Amazonense no nosso pri-meiro ano de participação e ganhamos na quadra o direito de representar o Estado na Taça Brasil, que é o sonho de todo clube e atleta. A respon-sabilidade em 2015 é imensa, por isso seremos cada vez mais profi ssionais dentro e fora de quadra, atraindo joga-doras de qualidade e apoio da iniciativa privada e do poder público”, afi rma o presidente do clube, Nei Lopes.

Fundado em 2 de julho de 1997, o Estrela do Norte tem sede própria, ao contrário de muitos clubes que se dizem profi ssionais no Estado. A “casa própria” fi ca na rua das Palmeiras, no São José 3, Zona Leste de Manaus.

Mas foi dentro de quadra que o clube ganhou notoriedade e

o respeito dos adversários. No concorrido Amazonense 2014, o time venceu a favorita equipe do Sesi/Salcomp por 4 a 2 na histórica fi nal realizada no dia 18 de dezembro, no Clube do Trabalhador - Sesi.

Comando divididoA direção técnica é dividida

por três jovens profi ssionais

da área de Educação Física: Sonny Ferreira, 24, Breno Frei-tas, 26, e João Paulo Guedes, 24. Juntos, eles trouxeram uma visão empreendedora e inova-dora de encarar o esporte. O time absorveu as lições dos mestres e transformou toda tática e estratégia em vitórias durante a competição.

“Logicamente, o que apren-demos na universidade é um

diferencial na hora de coman-dar a equipe. O esporte é a soma do lado físico, técnico, tático e psicológico. Mas fora da quadra ou do campo deve se ter o apoio da diretoria, ou seja, o aspecto profi ssional também deve funcionar. O sucesso é o resultado de esforços multidis-ciplinares”, explica Sonny.

Patrocínios e apoiosRespeitado nos bastidores,

o clube já tem para 2015 a garantia de apoio da Prefei-tura de Manaus, por meio do secretário Elvys Damasceno (Semjel). Parceiros como a Ca-chaçaria do Dedé, Jean Trans-portes, Exatidão Projetos, Sost Malhas, Academia ProFitness, Mercadinho Adão & Eva e PBL Sports também devem conti-nuar. A diretoria agora busca outras empresas para fechar o patrocínio master.

Em quadra, o time terá o reforço de pelo menos seis jogadoras. A reapresentação acontecerá no dia 12 de janeiro, a partir das 20h, na praia da Ponta Negra. Além da Taça Brasil, que acontece em junho, o Estrela do Norte jogará a Copa TV Amazonas, a partir de fevereiro, e os campeonatos es-taduais Sub-20 (março a junho) e Adulto (julho a dezembro).

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PREPARAÇÃODe olho na Taça Brasil, a equipe do Estrela do Norte se reforçará com seis atletas. A prepara-ção para a temporada começa no dia 12 de janeiro, com a reapre-sentação das atletas às 20h, na Ponta Negra

Meninas do Estrela do Norte irão se reapresentar no dia 12 de janeiro, às 20h, na Ponta Negra

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