4
Caderno C MANAUS, SÁBADO, 7 DE JUNHO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 N o último teste an- tes da estreia na Copa do Mundo, o Brasil optou por enfrentar um adversário pa- recido com o que encontra- rá na próxima quinta-feira, em São Paulo. Na capital paulista – mas no estádio do Morumbi e não no de Itaquera – e contra a Sérvia – e não contra a Croácia –, a equipe teve problemas, porém venceu por 1 a 0, na tarde de ontem (06). Após um mau primeiro tempo na arena tricolor, a seleção chegou ao seu gol com o oportunismo de Fred, aos 12 minutos da etapa final, quando parte do pú- blico já gritava o nome de Luis Fabiano. Hulk também balançou a rede, mas o gol foi mal-anulado, erro que man- teve a vantagem mínima até o apito final. Em um dia de novos cortes em outros times, os comanda- dos de Luiz Felipe Scolari ter- minaram o jogo inteiro, mas com problemas para resol- ver. Houve claras dificuldades para superar a boa marcação sérvia e espaço para contra- ataques bastante perigosos. Júlio César chegou a ter o poste acertado em cabeceio de Jojic, e Neymar esteve lon- ge do que precisará apresen- tar para levar o Brasil ao título mundial em casa. Substituído no intervalo, após um tempo de muito pouco futebol, Oscar viu Willian entrar melhor e corre risco de perder sua vaga até a estreia. Felipão tem seis dias para azeitar o time. Dificuldades A falta sofrida por Neymar aos dois segundos de jogo não foi o único obstáculo encontrado pelo Brasil no primeiro tempo. A equipe de Felipão teve muita dificul- dade para superar as linhas de marcação sérvias, com quatro jogadores cada, que espremiam o setor de cria- ção dos donos da casa. Os visitantes não se limi- tavam a marcar, tinham boa qualidade nos passes e evi- tavam chutões. O lateral es- querdo Kolarov se apresenta- va com frequência no campo de ataque, onde construiu boa jogada aos 8 minutos, acer- tando a rede de Júlio César do lado de fora. O jogo era mais pegado do que gostariam os brasi- leiros, que, diferentemente dos adversários, vão jogar a Copa do Mundo. Irritado com a marcação, Neymar soltou a mão no rosto de Basta. Pouco depois, sofreu falta mais dura de Petrovic, que acabou levando o cartão. A única quase chance bra- sileira aconteceu em um erro de saída de Basta, mas Ney- mar foi travado na hora do chute. Minutos mais tarde, Fred não falhou muito em chute de fora. Apesar das dificuldades, a torcida paulis- tana mostrava apoio maior do que é seu costume. O problema foi que os erros de passe e as bolas perdidas começaram a se multiplicar. Vacilo de Daniel Alves permi- tiu contra-ataque perigoso, com Kolarov pela esquerda. Júlio César fez defesa parcial e viu David Luiz chutar o que viu pela frente para afastar o perigo. Logo em seguida, em novo contragolpe, Mitro- vic cabeceou livre e errou. A seleção sérvia mostrou qua- lidade e jogou bem. FICHA TÉCNICA BRASIL SÉRVIA Local: Árbitro: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP) Henrique Caceres (PAR) Brasil: Júlio César; Daniel Alves (Maicon), Thiago Silva, David Luiz e Marcelo (Maxwell); Luiz Gustavo, Paulinho (Fernandinho) e Oscar (Willian); Hulk, Fred (Jô) e Neymar (Bernard) Técnico: Luiz Felipe Scolari Sérvia: Stojkovic (Lukac); Basta (Vulicevic), Ivanovic, Tosic e Kolarov; Jojic, Petrovic (Mrda), Matic e Ma- rkovic (Gudelj); Mitrovic (Dordevic) e Tadic (J. Tosic) Técnico: Ljubinko Drulovic Gols: Fred, aos 12 minutos do segundo tempo Cartões Amarelos: Petrovic, Matic (Sérvia) 1 0 JUCA KFOURI Vaias didáticas O paulistano que foi ao Mo- rumbi não tinha motivo algum para estar bem-humorado. Chovia desde cedo, a greve no metrô continuava, os conges- tionamentos de trânsito tradi- cionais nas sextas-feiras eram ainda maiores que os de sempre até pela suspensão do rodízio e chegar ao estádio exigiu boa dose de paciência e sacrifício. Eram poucos os claros no campo do São Paulo quando o jogo começou com um pontapé sérvio em Neymar nem bem foi dada a saída. Um tempo inteiro depois, o pri- meiro, quando acabou, mostrava duas grandes chances de gol para a Sérvia, nenhuma para o Brasil, uma trombada indigna da chamada melhor dupla de zaga do mundo e uma reposição de bola indecente de Júlio César. Neymar se expunha, toma- va paulada, e não encontrava companhia nem em Hulk, nem em Oscar, nem em Fred. Aí, a torcida vaiou. Nada escandaloso, mas vaiou. De fato, ninguém que estava no Morumbi merecia ver o que vira no primeiro tempo. Precisava ser oti- mista para acreditar que as coisas melhorariam no segundo tempo, mas, lembremos, era hora de entrar quem ao invés de se poupar queria mesmo era se mostrar. De cara Willian substitui Os- car, mas foi um passe preciso de Thiago Silva para Fred ma- tar no peito, escorregar e bater deitado de direita para fazer 1 a 0 que animou os mais de 67 mil torcedores. Porque minutos antes a torcida voltara a vaiar, insatisfeita com o que via. A seleção sustentou a vitória tocando bola sob vaias, mas, justiça se faça, embora tenha levado bola na trave na tarde em que a defesa inteira foi mal, Hulk marcou gol muito mal-anulado pelo bandeirinha paraguaio. O único alento é o de pensar que mesmo jogando abaixo do que se espera a seleção venceu e não tomou gol. Além de ter mostrado muito a se corrigir até a estreia. Daí as vaias serem até didáticas. COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO A torcida paulista até que foi generosa ao apupar sem raiva a má exibição brasileira no Morumbi A seleção sustentou a vitória tocando bola sob vaias, mas, em- bora tenha levado bola na trave na tarde em que a defesa foi mal, Hulk marcou gol muito mal-anulado Brasil bate Sérvia em último teste Com dificuldades para furar o bloqueio sérvio, seleção brasileira bate adversário, mas ouve vaias durante a partida DJALMA VASSÃO/GAZETA PRESS Um dos últimos lances do primeiro tempo foi uma trombada entre Thiago Sil- va e David Luiz, o que provavelmente influenciou nas primeiras vaias signifi- cativas, ouvidas quando o árbitro apitou. Apagadíssi- mo nos 45 minutos iniciais, Oscar ficou no vestiário, dando lugar a Willian. Não houve resultado imediato, e parte do pú- blico no estádio do São Paulo começou a gritar o nome do centroavan- te tricolor Luis Fabiano – que não está no grupo da Seleção. Outra parte vaiou a manifestação e vibrou, 3 minutos depois, aos 12, com o gol do centroavante Fred. O camisa 9 recebeu um ótimo lançamento de Thiago Silva na área e foi ainda melhor. Matou no peito, aproveitou o erro de Ivanovic no tempo de bola e, mesmo desequilibrado, conseguiu concluir de pé- direito no canto esquerdo do goleiro Stojkovic. Felipão botou Maicon, Maxwell e Jô para jogar. E viu um gol legal de Hulk, que recebeu lançamento na cara do gol e tirou de Stojkovic, ser anulado incorretamente. Neymar chegou a ouvir vaias ao ser substituído, já aos 37 minutos da se- gunda etapa. No apito final, a maior parte do es- tádio aplaudiu o time que buscará o hexa a partir da próxima semana. Fred faz torcida esquecer Luis Fabiano após marcar gol ADVERSÁRIO Os visitantes não se limitavam a marcar, tinham boa qualidade nos passes e evita- vam chutões. O lateral esquerdo Kolarov se apresentava com fre- quência no campo de ataque e levava perigo Atacante do Fluminense Fred ouve torcida pau- lista clamar por Luis Fabiano, mas marca o único gol da partida e sai aplaudido de campo

Pódio - 7 de junho de 2014

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

Citation preview

Cade

rno

C

MANAUS, SÁBADO, 7 DE JUNHO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

No último teste an-tes da estreia na Copa do Mundo, o Brasil optou por

enfrentar um adversário pa-recido com o que encontra-rá na próxima quinta-feira, em São Paulo. Na capital paulista – mas no estádio do Morumbi e não no de Itaquera – e contra a Sérvia – e não contra a Croácia –, a equipe teve problemas, porém venceu por 1 a 0, na tarde de ontem (06).

Após um mau primeiro tempo na arena tricolor, a seleção chegou ao seu gol com o oportunismo de Fred, aos 12 minutos da etapa final, quando parte do pú-blico já gritava o nome de Luis Fabiano. Hulk também balançou a rede, mas o gol foi mal-anulado, erro que man-teve a vantagem mínima até o apito final.

Em um dia de novos cortes em outros times, os comanda-dos de Luiz Felipe Scolari ter-

minaram o jogo inteiro, mas com problemas para resol-ver. Houve claras difi culdades para superar a boa marcação sérvia e espaço para contra-ataques bastante perigosos.

Júlio César chegou a ter o

poste acertado em cabeceio de Jojic, e Neymar esteve lon-ge do que precisará apresen-tar para levar o Brasil ao título mundial em casa. Substituído no intervalo, após um tempo de muito pouco futebol, Oscar viu Willian entrar melhor e

corre risco de perder sua vaga até a estreia. Felipão tem seis dias para azeitar o time.

DificuldadesA falta sofrida por Neymar

aos dois segundos de jogo não foi o único obstáculo encontrado pelo Brasil no primeiro tempo. A equipe de Felipão teve muita dificul-dade para superar as linhas de marcação sérvias, com quatro jogadores cada, que espremiam o setor de cria-ção dos donos da casa.

Os visitantes não se limi-tavam a marcar, tinham boa qualidade nos passes e evi-tavam chutões. O lateral es-querdo Kolarov se apresenta-va com frequência no campo de ataque, onde construiu boa jogada aos 8 minutos, acer-tando a rede de Júlio César do lado de fora.

O jogo era mais pegado do que gostariam os brasi-leiros, que, diferentemente dos adversários, vão jogar a

Copa do Mundo. Irritado com a marcação, Neymar soltou a mão no rosto de Basta. Pouco depois, sofreu falta mais dura de Petrovic, que acabou levando o cartão.

A única quase chance bra-sileira aconteceu em um erro de saída de Basta, mas Ney-mar foi travado na hora do chute. Minutos mais tarde, Fred não falhou muito em chute de fora. Apesar das difi culdades, a torcida paulis-tana mostrava apoio maior do que é seu costume.

O problema foi que os erros de passe e as bolas perdidas começaram a se multiplicar. Vacilo de Daniel Alves permi-tiu contra-ataque perigoso, com Kolarov pela esquerda. Júlio César fez defesa parcial e viu David Luiz chutar o que viu pela frente para afastar o perigo. Logo em seguida, em novo contragolpe, Mitro-vic cabeceou livre e errou. A seleção sérvia mostrou qua-lidade e jogou bem.

FICHA TÉCNICABRASIL

SÉRVIA

Local:

Árbitro:

Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)

Henrique Caceres (PAR)

Brasil: Júlio César; Daniel Alves (Maicon), Thiago Silva, David Luiz e Marcelo (Maxwell); Luiz Gustavo, Paulinho (Fernandinho) e Oscar (Willian); Hulk, Fred (Jô) e Neymar (Bernard) Técnico: Luiz Felipe ScolariSérvia: Stojkovic (Lukac); Basta (Vulicevic), Ivanovic, Tosic e Kolarov; Jojic, Petrovic (Mrda), Matic e Ma-rkovic (Gudelj); Mitrovic (Dordevic) e Tadic (J. Tosic) Técnico: Ljubinko Drulovic

Gols: Fred, aos 12 minutos do segundo tempo

Cartões Amarelos: Petrovic, Matic (Sérvia)

10

JUCA KFOURI

Vaias didáticas

O paulistano que foi ao Mo-rumbi não tinha motivo algum para estar bem-humorado.

Chovia desde cedo, a greve no metrô continuava, os conges-tionamentos de trânsito tradi-cionais nas sextas-feiras eram ainda maiores que os de sempre até pela suspensão do rodízio e chegar ao estádio exigiu boa dose de paciência e sacrifício.

Eram poucos os claros no campo do São Paulo quando o jogo começou com um pontapé sérvio em Neymar nem bem foi dada a saída.

Um tempo inteiro depois, o pri-meiro, quando acabou, mostrava duas grandes chances de gol para a Sérvia, nenhuma para o Brasil, uma trombada indigna da chamada melhor dupla de zaga do mundo e uma reposição de bola indecente de Júlio César.

Neymar se expunha, toma-va paulada, e não encontrava companhia nem em Hulk, nem em Oscar, nem em Fred. Aí, a torcida vaiou. Nada escandaloso, mas vaiou.

De fato, ninguém que estava no

Morumbi merecia ver o que vira no primeiro tempo. Precisava ser oti-mista para acreditar que as coisas melhorariam no segundo tempo, mas, lembremos, era hora de entrar quem ao invés de se poupar queria mesmo era se mostrar.

De cara Willian substitui Os-car, mas foi um passe preciso de Thiago Silva para Fred ma-tar no peito, escorregar e bater deitado de direita para fazer 1 a 0 que animou os mais de 67 mil torcedores. Porque minutos antes a torcida voltara a vaiar,

insatisfeita com o que via.A seleção sustentou a vitória

tocando bola sob vaias, mas, justiça se faça, embora tenha levado bola na trave na tarde em que a defesa inteira foi mal, Hulk marcou gol muito mal-anulado pelo bandeirinha paraguaio.

O único alento é o de pensar que mesmo jogando abaixo do que se espera a seleção venceu e não tomou gol. Além de ter mostrado muito a se corrigir até a estreia. Daí as vaias serem até didáticas.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

A torcida paulista até que foi generosa ao apupar sem raiva a má exibição brasileira no MorumbiA seleção sustentou

a vitória tocando bola sob vaias, mas, em-bora tenha levado bola na trave na tarde em que a defesa foi mal, Hulk marcou gol muito mal-anulado

Brasil bate Sérvia em último teste

Com difi culdades para furar o bloqueio sérvio, seleção brasileira bate adversário, mas ouve vaias durante a partida

DJA

LMA

VASS

ÃO/G

AZET

A PR

ESS

Um dos últimos lances do primeiro tempo foi uma trombada entre Thiago Sil-va e David Luiz, o que provavelmente infl uenciou nas primeiras vaias signifi -cativas, ouvidas quando o árbitro apitou. Apagadíssi-mo nos 45 minutos iniciais, Oscar fi cou no vestiário, dando lugar a Willian.

Não houve resultado imediato, e parte do pú-blico no estádio do São Paulo começou a gritar o nome do centroavan-te tricolor Luis Fabiano – que não está no grupo da Seleção. Outra parte vaiou a manifestação e vibrou, 3 minutos depois, aos 12, com o gol do centroavante Fred.

O camisa 9 recebeu

um ótimo lançamento de Thiago Silva na área e foi ainda melhor. Matou no peito, aproveitou o erro de Ivanovic no tempo de bola e, mesmo desequilibrado, conseguiu concluir de pé-direito no canto esquerdo do goleiro Stojkovic.

Felipão botou Maicon, Maxwell e Jô para jogar. E viu um gol legal de Hulk, que recebeu lançamento na cara do gol e tirou de Stojkovic, ser anulado incorretamente.

Neymar chegou a ouvir vaias ao ser substituído, já aos 37 minutos da se-gunda etapa. No apito final, a maior parte do es-tádio aplaudiu o time que buscará o hexa a partir da próxima semana.

Fred faz torcida esquecer Luis Fabiano após marcar gol

ADVERSÁRIOOs visitantes não se limitavam a marcar, tinham boa qualidade nos passes e evita-vam chutões. O lateral esquerdo Kolarov se apresentava com fre-quência no campo de ataque e levava perigo

@emtempo.com.br (92) 3090-1017

Brasil bate Sérvia Brasil bate Sérvia

Atacante do Fluminense Fred ouve torcida pau-lista clamar por Luis Fabiano, mas marca o único gol da partida e sai aplaudido de campo

C01 - PÓDIO.indd 8 6/6/2014 23:36:56

C2 MANAUS, SÁBADO, 7 DE JUNHO DE 2014

Atacante foi contratado pelo time de Manacapuru para disputar a Série D do Campeonato Brasileiro

Somália é o novo reforço do Princesa

Na tarde de ontem (06), a diretória do Princesa do Soli-mões anunciou a

contratação do centroavan-te Somália, para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série D. Com passagens por Santos, Grêmio e Flumi-nense, o jogador de 36 anos chegou para ser o homem-gol da equipe que não con-tava com nenhum atacante de área no seu elenco.

“O Somália veio para for-talecer o grupo. É um nome de peso, um atleta que já jogou em times grandes e tenho certeza que não vai só engrandecer nosso fute-bol, mas também o nome do Princesa do Solimões”,

disse o diretor de futebol do Tubaraão do Norte, Rone Barbosa. Segundo ele, o novo treinador da equipe, Charles Guerreiro, também aprovou o novo reforço.

Artilheiro do Campeonato Carioca em 2012 quando defendia a equipe do Boa Vista, Somália já estava nos planos do Princesa desde o começo do ano e a ideia

inicial era ter acertado sua contratação ainda no meio do Amazonense. “Ele estava no nosso projeto há mui-to tempo, infelizmente não conseguimos fechar, porque ele já tinha fechado com ou-

tro time e não poderia dei-xá-los na mão. Graças a

Deus agora deu tudo certo. Sua contratação mostra que o Princesa tem um projeto ambicioso para o futuro”,

explicou o dirigente.Mostrando felicidade por

fi nalmente ter acertado sua contratação, o novo camisa 9 do Princesa do Solimões disputará sua primeira Série D, e espera rapidamente cair nas graças da torcida de Manacapuru. “Sei da minha responsabilidade. Vi os jogos da equipe contra o Santos e a fi nal diante o Nacional. Percebi que a torcida é fi el e sempre apoia durante os jogos, ela realmente abraça os jogadores e isso é muito bom. Fiquei arrepiado quan-do vesti a camisa do time, porque sei que estarei repre-sentando cada torcedor em campo”, disse Somália.

Outros reforçosApós anunciar a contrata-

ção do lateral esquerdo Gel-vane e do atacante Somália, Rone Barbosa informou que a equipe do Princesa conti-nuará a procura de novos reforços para o segundo se-mestre. “Estou conversando com o Charles todos os dias e já passei quais as carências que a equipe tem. Ele me passou uma lista de joga-dores e estamos entrando em contato com alguns. O plano é trazer mais sete jogadores. Vamos atrás de goleiros, zagueiros e meias”, fi nalizou o diretor.

IONE MORENO

do Princesa do Solimões”,

inicial era ter acertado sua contratação ainda no meio do Amazonense. “Ele estava no nosso projeto há mui-to tempo, infelizmente não conseguimos fechar, porque ele já tinha fechado com ou-

tro time e não poderia dei-xá-los na mão. Graças a

Deus agora deu tudo certo. Sua contratação mostra que o Princesa tem um projeto ambicioso para o futuro”,

REFORÇOSAlém do lateral es-querdo Gelvane e do atacante Somália, Rone Barbosa infor-mou que a equipe do Princesa continuará a procura de novos

reforços para o segundo semestre

Somália chega como nova espe-rança de gol

C02 - PÓDIO.indd 2 6/6/2014 23:28:16

C3MANAUS, SÁBADO, 7 DE JUNHO DE 2014

Alemanha goleia, mas pode perder Marco Reus

A sexta-feira (06) era para ser de festa em Mainz. Após um primei-ro tempo complicado na Coface Arena, a Alemanha goleou a Armênia, pelo placar de 6 a 1, e viu Klose se tornar o maior artilhei-ro da história germânica, com 69 redes balançadas. Entretanto, um lance pre-ocupou os donos da casa até o apito fi nal: a lesão do habilidoso meia Marco Reus, que saiu machucado no tempo inaugural.

Quando a partida esta-va com o placar de 0 a 0, o habilidoso articulador do Borussia Dortmund torceu o tornozelo, após

sofrer uma entrada de Yedigaryan. O jovem saiu amparado por membros da comissão técnica e sequer conseguia fi rmar o pé esquerdo no chão. Chorando, foi encami-nhado para o hospital.

No lugar de Reus, en-trou Podolski, determi-nante para a constru-ção da goleada. Além de assistir Schurrle no pri-meiro tento germânico, deixou sua marca aos 26 minutos e viu Howedes, Klose e Gotze, duas ve-zes, completarem o pla-car expressivo. O meia Mkhitaryan descontou para os visitantes.

PREPARAÇÃO

Meia Ribéry, do Bayern de Munique, foi cortado da França por conta de uma lombalgia

Terceiro melhor jogador do mundo está fora da Copa

O francês Fran-ck Ribéry, do Bayern de Munique,

eleito o terceiro melhor jogador do mundo pela Fifa em 2013, está fora da Copa do Mundo.

O jogador, grande es-trela da seleção da Fran-ça, foi cortado ontem (6) pelo técnico Didier Deschamps por causa de uma lombalgia.

Segundo a Federação Francesa de Futebol, Ri-béry participou do trei-no de ontem, mas foi obrigado a sair de cam-po por causa de uma forte dor nas costas.

Em seguida, o meia passou por exames, que mostraram o agrava-mento da lesão e a impossibilidade de re-cuperação a tempo de participar do Mundial.

O meia Clément Gre-nier, do Lyon, também está fora da Copa. As-sim como Ribéry, ele foi cortado ontem. Segun-do a federação local, o jogador está com pro-blemas na virilha.

O meia Morgan Sch-neiderlin, do Southamp-

ton, e o meia-atacante Rémy Cabella, do Mon-tpellier, foram convo-cados por Deschamps para substituir os dois atletas cortados.

Ribéry é o grande nome da França na atu-alidade. Em janeiro, foi eleito o terceiro melhor jogador do mundo em 2013, pela Fifa. Ficou atrás de Cristiano Ro-naldo e Lionel Messi.

Em 2012/13, Ribéry ganhou o prêmio de melhor jogador da Eu-ropa pela Uefa e foi um dos principais desta-ques do título da Liga dos Campeões pelo Bayern de Munique.

A França está no Gru-po E da Copa do Mundo, ao lado de Suíça, Equa-dor e Honduras.

A estreia no Mundial será contra os hon-durenhos, em 15 de junho, em Porto Ale-gre. O segundo jogo é contra os suíços, no dia 20, em Salvador. A ter-ceira e última partida pela primeira fase de grupos será contra os equatorianos, em 25 de junho, no Rio.

França perdeu seu princi-pal jogador para o Mun-dial, além do meia Grenier

Klose fez um gol e se tornou maior artilheiro da seleção

REUTERSV

DIVULGAÇÃO

Tostão

Vitória difícilFoi um jogo igual. Duas chan-

ces de cada lado. O gol de Fred foi belíssimo, após um ótimo lan-çamento de Thiago Silva. Além de ser um craque na defesa, Thiago Silva, quando avança, é um bom volante.

As duas chances de gols da Sérvia nasceram em jogadas nas costas de Daniel Alves e de Marcelo. Os zagueiros saíram na cobertura e deixaram espa-ços no meio da área. É preciso diminuir os riscos.

Mais uma vez, o meio-campo foi muito marcador e pouco

criativo. Luiz Gustavo joga mui-to atrás, Paulinho se destaca quando chega ao ataque (não fez isso), e Oscar se movimenta pelo ataque, mas não é um ótimo armador. Com Fernandinho e Willian, melhora o passe. Mas tenho dúvidas se o time fica mais eficiente. A Sérvia marcou muito bem, com as duas linhas de quatro muito próximas. É o que a Croácia vai fazer.

O Brasil é forte porque tem uma excelente zaga, dois óti-mos laterais no apoio, quando têm chances para isso (a Sérvia

não permitiu), e porque tem na frente dois atacantes que, pelas características, se completam, Hulk e Neymar. Os dois não bri-lharam nesse jogo. Não tiveram espaços.

Escuto, com frequência, que o time depende demais de Neymar. Ainda bem. Imagine sem ele. Se o Brasil for campeão, é quase impossível que Neymar não seja a estrela da equipe e da Copa. Mas ele não vai ganhar os jogos sozi-nho nem vai fazer a equipe atuar bem. Um depende do outro. Se Neymar e o time se dissociarem,

termina o encanto dos dois.Já a Alemanha, que venceu

ontem a Armênia, por 6 a 1, não tem zagueiros tão bons quanto os nossos e apenas um ótimo lateral no apoio, Lahm, que talvez jogue de volante. Não tem também um Neymar no ataque. Em compensação, possuem um goleiro espetacular (Neuer) e vários craques no meio campo, que tornam o jogo mais agradável. O mesmo ocorre com a Espanha. O jogo bonito mu-dou de país. Que estilo é mais eficiente?

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

As duas chances de gols da Sérvia nas-ceram em jogadas nas costas de Daniel Alves e de Marcelo. Os zagueiros saíram e deixaram espaços no meio da área

C03 - PÓDIO.indd 3 6/6/2014 23:35:38

C4 MANAUS, SÁBADO, 7 DE JUNHO DE 2014

C04 - PÓDIO.indd 4 6/6/2014 23:22:19