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Ao Ver os Mármores de Elgin Fraco está meu espírito - a mortalidade Oprime-me demais, qual sono indesejado; Cada pico ou abismo de divino fado De que não deixo de morrer me persuade, Morrer como águia enferma, o olhar ao céu voltado. É contudo um prazer amável prantear Que eu os nebulosos ventos não haja de guardar Frescos para o olho da manhã, mal descerrado. Essas glórias que a ideia forma vagamente Cercam de intensa má vontade o coração: Tais maravilhas trazem dor e confusão Que mesclam a grandeza grega com o inclemente Passar do velho Tempo - com um mar fremente - Um sol - a sombra de sublime condição. Hino à Tristeza (IV, 146 - 290) “Ó Tristeza, Por que tomas A rubros lábios o matiz nativo da saúde? Para dar rubores de donzela Às moitas de roseiras brancas? Ou tua mão de orvalho é a ponta das boninas? “Ó Tristeza, Por que tomas Ao olho do falcão o ardor brilhante? Para dar luz ao vaga-lume Ou, em noite sem lua, Tingir, em praias de sereia, a inquieta água do mar? “Ó Tristeza, Por que tomas A uma plangente voz canções suaves? Para dá-las, na noite fresca, Ao rouxinol Que possas escutar entre os serenos frios? “Ó Tristeza, Por que tomas

Poesias Keats

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Ao Ver os Mrmores de ElginFraco est meu esprito - a mortalidadeOprime-me demais, qual sono indesejado;Cada pico ou abismo de divino fadoDe que no deixo de morrer me persuade,orrer como !uia enferma, o ol"ar ao c#u voltado$% contudo um pra&er amvel prantear'ue eu os nebulosos ventos no "aja de !uardarFrescos para o ol"o da man", mal descerrado$(ssas !l)rias que a ideia forma va!amenteCercam de intensa m vontade o cora*o+,ais maravil"as tra&em dor e confuso'ue mesclam a !rande&a !re!a com o inclemente -assar do vel"o ,empo - com um mar fremente - .m sol - a sombra de sublime condi*o$ Hino Tristeza (IV, 146 - 29! /0 ,riste&a, -or que tomas1 rubros lbios o mati& nativo da sa2de3-ara dar rubores de don&ela4s moitas de roseiras brancas3Ou tua mo de orval"o # a ponta das boninas3 /0 ,riste&a, -or que tomas1o ol"o do falco o ardor bril"ante3 -ara dar lu& ao va!a-lume Ou, em noite sem lua,,in!ir, em praias de sereia, a inquieta !ua do mar3 /0 ,riste&a, -or que tomas1 uma plan!ente vo& can*5es suaves3 -ara d-las, na noite fresca, 1o rouxinol'ue possas escutar entre os serenos frios3 /0 ,riste&a, -or que tomas4 ale!ria de maio o j2bilo do cora*o3 6en"um amante pisaria 1 primavera em sua fronte,Dan*asse embora desde a noite at# o raiar do dia,- 6em flor al!uma lan!uescente,,ida por santa para o teu recesso,Onde quer que ele fol!ue e se divirta$70 ,riste&a(u desejei bom-dia( pensei deix-la para trs, bem lon!e,as satisfeita, satisfeita,(la quer-me ternamente;%-me to constante e to amvel+(u queria en!an-la,1ssim deixando-a,as a"8 ela #-me to constante e to amvel$/9ob as min"as palmeiras e do rio : mar!em(u sentei-me a c"orar+ em todo o vasto mundo6o "avia nin!u#m para inda!ar por que eu c"orava+1ssim fiquei1 enc"er de l!rimas as ta*as do nen2far,;!rimas frias como os meus temores$/9ob as min"as palmeiras e do rio : mar!em(u sentei-me a c"orar+ que noiva enamorada,9e a ilude um va!o pretendente, ao vir das nuvens,6o se oculta nem se vela9ob escuras palmeiras e de um rio : mar!em3/( ao sentar-me, por sobre os morros a&ul-claros-los nus+( 9ileno em seu asno perto caval!ava,1lvejado com flores ao passar ( ebriamente bebendo aos !randes tra!os$/?oviais don&elas, donde vn"eis3 Donde vn"eis3,antas e tantas e com tanto j2bilo3-or que deixastes os retiros desolados, Os ala2des e mais branda sorte3- @9e!uimos =aco8 =aco a se mover velo&, Conquistador8=aco, o jovem =aco8 mal ou bem suceda,Dan*amos diante dele pelos vastos remos+nero$'ue a alada Fantasia va!ue sempre,6unca ac"aremos o -ra&er em casa$ Esta M-o Vi/a(sta mo viva, a!ora quente e pronta-ara um sincero aperto, se estivesse fria( no sil>ncio !#lido da tumba,ncia+- -a, aqui est, estendendo-a para ti$ 0de #o1re a Indol2n,ia No trabalham nem fiamI Certa man" vi tr>s fi!uras de perfil, De cabe*a inclinada as tr>s, e de mos juntas;( vin"a uma ap)s outra com sereno andar, .sando plcidas sandlias, vestes brancas;-assaram, quais fi!uras de marm)rea urna, 'uando a !irarmos para ver o lado oposto;ncia toda mel;0, que a amar!ura no atinja a min"a vida( assim jamais eu sabia como as luas mudam6em ou*a a vo& intrometida do bom-senso8V-or que, ai8 terceira ve& elas passaram perto3eu sono, tin"am-no bordado va!os son"os;in"a alma tin"a sido relva borrifada-or flores, por inquietas sombras, raios frustros+6o "ouve tempestade na man" nublada,Com as l!rimas de maio a l"e pender das plpebras$Fol"as novas de vide opressas na janela-or onde entrava a tepide& das brota*5es( a vo& do tordo, ) Fma!ens8 era dar-me adeus8(m vossas vestes no cara pranto meu$VI,r>s Fantasmas, adeus8 6o me podeis er!uer1 fronte de seu fresco leito, a !rama em flor,6o me atrairia ser nutrido com elo!ios,'ual cordeiro de estima em farsa emocional8Desvanecei-vos suaves; sede uma ve& maisFi!uras mascaradas na urna son"adora;1deus8 ,en"o vis5es para o correr da noite( para o dia vis5es d#beis e copiosas;9umi, Fantasmas, deste esprito indolente,( entrando pelas nuvens, nunca mais volteis8 Ao 3om'4lsar, *ela *rimeira Vez, o Homero de 3$a'man? por imp#rios de ouro eu muito viajara,Diversos reinos vira - e quanto belo (stado8? muitas il"as, a ocidente, eu circundara,1s quais em feudo 1polo aos bardos tin"a doado$(u j sabia que em pas mais dilatadoEomero, o que pensava fundo, !overnara+-or#m seu lmpido ar no tin"a ainda aspirado,1t# que ouvi a vo& de C"apman, brava e clara$Como o que espreita o c#u e col"e na viso1l!um novo planeta, assim fiquei ento;Ou como quando - de !uia o ol"ar - Corte& nem bemO -acfico "avia dividisado, al#m -9eus "omens a se ol"ar, supondo com afli*o -( ficou sem falar, num pico em Darien$ 5ardos da *ai6-o e da Alegria0 =ardos da -aixo e da 1le!ria,ncias-or uma curta "ora; no, tal como as rvores'ue murmuram em torno a um templo lo!o esto-reciosas como o pr)prio templo, assim a lua,1 poesia paixo, infinitos esplendores,Obsedam-nos at# tornar-se lu& que incita6ossa alma, e unem-se a n)s de modo to estreito,'ue existam sobre n)s ou trevas ou ful!or,Devem estar sempre conosco, ou bem morremos$ Astro +4lgenteFosse eu im)vel como tu, astro ful!ente86o suspenso da noite com uma lu& deserta,1 contemplar, com a plpebra imortal aberta, - on!e da nature&a, insone e paciente -1s !uas m)veis na misso sacerdotalDe abluir, rodeando a terra, o "umano litoral,Ou vendo a nova mscara - cada leve9obre as montan"as, sobre os pHntanos - da neve,6o8 mas firme e imutvel sempre, a descansar6o seio que amadura de meu belo amor,-ara sentir, e sempre, o seu tranquilo arfar, Desperto, e sempre, numa inquieta*o-dul*or,-ara seu mei!o respirar ouvir em sorte,( sempre assim viver, ou desmaiar na morte$ "ntitled9im, eu serei teu sacerdote, e eri!irei um templo(m no tril"ada re!io de min"a mente,6a qual os pensamentos, ramos rec#m-crescidos com apra&vel dor,urmuraro ao vento em ve& de teus pin"eiros;1o lon!e, ao lon!e em torno, aquelas rvores que formam!rupos ne!ros(mplumaro, aclive por aclive, a serra de deserta crista;( l os firos, correntes, pssaros e abel"as nin"aro as Drades deitadas pelo mus!o;(, bem no meio dessa lar!a pa&,1dornarei um r)seo santurioCom a treli*a en!rinaldada de um ativo c#rebro,( com bot5es, com sinos, com estrelas sem um nome,Com tudo o que jamais pBde inventar aquela jardineira, aFantasia,'ue, produ&indo flores, no produ& jamais as mesmas+( para ti l estar todo o pra&er suave 'ue pode obter o pensamento umbroso,.m claro arc"ote, e uma janela aberta : noite-ara que ten"a entrada o ardente 1mor8 0de a *si;42(scuta, ) deusa, os versos que, sem melodia,Doce coer*o e !rata relembran*a me tiraram;-erdoa que eu module os teus se!redosesmo na branda conc"a desses teus ouvidos+Eoje son"ei por certo; ou contemplei-siqu>, a de asas, com ol"os acordados36uma floresta eu camin"ava descuidoso,as de repente, e desmaiando surpresa,80 a mais jovem e viso de lon!e a mais encantadoraDe toda a esmaecida "ierarquia olmpica8ais bela que no c#u safira o astro de febeOu ncio e morre ao se afastar,'ual se tivesse, o ar em va&ante, uma s) onda+1ssim essas palavras vieram e partiram,(nquanto em l!rimas, com a lar!a e bela fronte(la tocava o c"o, e o seu cabelo esparso,apete era de seda que 9aturno usasse$;enta para mudar, a ;ua derramava9uas quatro esta*5es de prata sobre a noite,(nquanto os dois mantin"am posi*o im)velComo esculturas naturais numa cavernaCatedralesca+ o deus deitado inda no solo,( a deusa, entristecida, em prantos a seus p#s$ V?s'era de #ta@ AgnesInue ela ri ao lHn!uido luar,(nquanto -orfrio mira-l"e a face,Fitando qual perplexo !aroto a anci'ue mant#m cerrado um lindo livro de eni!mas,De )culos ela senta ao lado da c"amin#$;o!o, os ol"os dele bril"am, quando l"e revela1s inten*5es de sua amada; e ele no cont#m1s l!rimas, ao pensar nos frios encantamentos,(m adelena dormindo no colo das vel"as lendas$AVIOcorreu-l"e um pensamento qual rosa em flor,Dubescendo sua fronte, e no dolente cora*oEouve lauta festa$ (nto en!endrou.m estrata!ema, que fe& recuar a anci$/%s um "omem cruel e impiedoso$1 doce dama, deixe-a re&ar, dormir e son"ar1 s)s com seus anjos, lon!eDe "omens p#rfidos como tu$ nue sortil#!io a mantin"a adormecida$?amais amantes "aviam se encontrado em tal noite,Desde que erlin pa!ara a seu DemBnio$AA/9er como quiseres7, clamou a 1nci$/,odos os doces e quitutes estaro l,6esta noite de !ala$ 1o lado do bastidormula retorna$AAIICom a mos tr>mula sobre o bala2stre,1 vel"a 1n!ela tateia procurando a escada,'uando adelena, don&ela encantada de 9ta$ 1!nes,1l"eia, er!ue-se qual esprito em misso$4 lu& do crio ar!>nteo, e com piedoso esmero,nue luar$(la cerrou a porta, e arfava, em unssono1os espritos do ar, e :s !randes vis5es$6o pronunciava palavra, ai dela8as seu cora*o, seu cora*o era vol2vel,Ferindo com sua lbia o lado emotivo;'ual rouxinol que sem ln!ua for*asse em vo1 !ar!anta, e do cora*o morresse exausto$AAIV1 janela es!uia de tr>s arcos,Com !uirlandas e ima!ens incrustadasDe frutas, flores e tou*as de relva,( vitrais como diamantes ornados,Fncontveis tintas em mati&es espl>ndidos,1sas adamascadas das mariposas pintadas;1trav#s de mil "erldicas,9antos crepusculares e escuros bras5es,.m escudo rubesceu ao san!ue de reis e rain"as$AAVO luar de inverno cintilava nos vitrais,(spar!indo raios rubros ao peito de adelena,(nquanto de joel"os clamava a ddiva dos c#us;=ot5es de rosa caam em flor :s suas mos postas,( suave ametista incrustou-se : sua cru&,Ealou-se em seu cabelo a aur#ola de santa,9emel"ando anjo espl>ndido, rec#m-vestido,9em asas, para o c#u - -orfrio estremeceu$(la ajoel"ou-se, coisa to pura e imaculada$AAVIDeanima-se o cora*o$ Findas as preces,(la despoja o cabelo da !uirlanda de p#rolas;Detira uma a uma as j)ias clidas;-ouco a pouco desla*a o perfumado corpete;( a veste farfal"ante desli&a aos joel"os$(la, semi-oculta qual sereia nas al!as,-ensando acordada diva!a, e vislumbra,6a mente, a bela 9ta$ 1!nes em sua cama,9em ol"ar para trs, pois quebraria o encanto$AAVII;o!o, ela freme em seu nic"o suave e !#lido,Desfalecendo e desperta, ja&ia perplexa,1t# que o sono clido e opiceo l"e oprimisseOs membros letr!icos, e sua alma se esvassextase, al"eia : dor e a ale!ria;1bra*ada qual missal onde o -a!o pre!a;Ce!o ao sol e a c"uva,Como se a rosa ao boto volvesse$AAVIIIOculto neste paraso, e to encantado,-orfrio mirava o vestido va&io,Ouvia seu alento, como se ela por acaso1cordasse numa ternura onrica;1o escut-la, louvou aquele instante,( suspirou$ (nto sorrateiro saiu,9em rumor, como o medo na "ostil paisa!em,( pelo tapete inc)lume passou silente espreitando-elas rendas - 1"8 'uo profundo ela dormia$AAIA1li, ao lado da cama, onde a lua t>nueG&ea ar!>ntea crepusculava, pBs9uave uma mesa e, ansioso, sobre ela estendeu.m tecido carmesim, dourado e ne!ro$1", se tivesse um atelism de orfeu8O estridente clarim da festa da meia-noite,O tmpano e o clarinete distante,Ferem-l"e o seu ouvido, embora com o som esmaecendo$1 porta do vestbulo cerrou todo o rudo$AAA(la ainda imersa num sono de plpebras a&uis,6os alvos len*)is suaves alavandados,'uando ele do armrio retira fartos pun"adosDe ma* cristali&ada, marmelo, ameixa e caba*as;Com doces mais tenros que o creme,( xaropes relu&entes, tintos de canela;an e tHmaras, vindos dos !ale5esDe Fe&, e especiarias, todas elas,Da sedosa 9amarcand e do ;bano de cedro$AAAI(ssas delcias amontoou com a mo bril"ando(m pratos dourados e cestas iridescentesDe prata entrela*ada; suntuosa se disp5e6o retiro tranquilo da noite,(spar!indo na fria sala o aroma luminoso$ - /1!ora, meu amor, meu anjo serfico, desperta8%s meu paraso, e eu teu eremita$1bre os ol"os, por 9ta$ 1!nes, ou adormecerei1 teu lado, de tanto que me doer a alma$7AAAII9ussurrando, o bra*o firme e clido,oca seu travesseiro$ O son"o dela estavanue brisa vive ou fenece;( !randes carneiros berram no riac"o das montan"as;Grilos cantam; e a!ora com suave trinadoO papo-roxo sibila do jardim,1ndorin"as !orjeiam nos c#us$ 0de a "m 9o46inolI Doi-me o cora*o, e um torpor letr!icoFere meu sentido, como se tomasse cicuta,Ou in!erisse at# o fim al!um )pioFnstantes atrs, e ao ;etes me precipitasse$6o que inveje teu ale!re destinoas por ser feli& com tua ale!ria - 'ue tu, Drade das leves asas,6um lu!ar melodiosoDe faias verdes, e sombras incontveis,Celebras a plena vo& teu canto de vero$IIO"8 Gole farto de vin"o vel"o8Fresco " muito no profundo cora*o da terra,Com sabor da Flora e verdes prados,Dan*a e can*o -roven*al, ale!ria queimada de sol8O"8 ta*a plena do quente 9ulC"eia da vera e rubra EipocreneCom borbul"as qual contas piscando nas bordas,=oca tinta de p2rpura;9e pudesse beber, e sumir deste mundo,( conti!o desvanecer na escura floresta$IIIDesvanecer, dissolver e deslembrarO que tu entre as fol"as jamais con"ecesteO fastio, a febre, e o fr>mito1qui, onde os "omens sentam e se escutam !emer;Onde a paralisia a!ita os 2ltimos parcos cabelos brancos,Onde os jovens empalidecem, e morrem qual espectros;Onde apenas pensar causa a dor( o desespero dos ol"os pl2mbeos,Onde a =ele&a no pode suster seus ol"os bril"antes,6em um novo 1mor defin"ar mais um dia$IV;on!e, ;on!e8 1 ti voarei,6o na carrua!em de =aco e seus leopardos,as nas invisveis asas da -oesia(mbora o turvo c#rebro retarde e confunda$? conti!o8 9uave # a noite,( talve& a Dain"a ;ua esteja em seu tronoCercada por suas Fadas estelares;as aqui no " lu&,9eno aquela que do c#u com as brisas sopra-elas !laucas trevas e sendas sinuosas de mus!o$V6o vejo que flores esto a meus p#s,6em qual suave incenso dos ramos exala,as, na treva embalsamada, desvelo o aroma'ue cada m>s re!ala1 relva, a coifa, as frutferas rvores silvestres;=ranco pilriteiro e madresilva pastoral;1s violetas que cedo murc"am veladas sob as fol"as;( a primeira fil"a dos meados de maio,1 rosa de almiscar, no vin"o de orval"o imersa,urm2rea para!em de moscas das tardes de vero$VI6o escuro escuto; por vrias ve&es'ue ten"o sido sedu&ido pela suave morte,;"e dando ternos nomes em versos refletidos,-ara que pe!asse no ar meu sutil alento;6unca como a!ora me parece to boa a morte,Findar a meia-noite sem nen"uma dor,(nquanto tu em torno desvanesces a alma6este >xtase81inda cantarias, e de nada valeriam meus ouvidos - 1 teu alto r#quiem em terra transformado$VII6o nasceste para a morte, 1ve imortal81s !era*5es famintas no pisam em ti;1 vo& que escuto esta noite foi ouvida-elo pal"a*o e o imperador nos tempos remotos$,alve& a mesma melodia que encontrou lu!ar6o triste cora*o de Dute, quando, saudosa do lar,C"orou entre o tri!o estran!eiro;1 mesma que vrias ve&es encantou1s m!icas janelas, abertas sobre a espumaDos mares peri!osos, nas encantadas terras perdidas$VIII-erdidas8 (sta palavra # como um sino'ue, dobrando, me fa& voltar a mim mesmo81deus8 1 fantasia no pode tanto iludirComo parece, ) elfo ludibriador$1deus8 1deus8 ,eu "ino pun!ente se esvai1l#m dos prados vi&in"os, sobre o tranquilo riac"o,9ubindo o monte; # a!ora profundamente enterrado6as clareiras do vale ao lado$Foi esta uma viso ou son"ei desperto31 m2sica se foi+ - (starei dormindo ou acordado3 0&E A "M VA#0 B9EB0I,u, noiva ainda no desvir!inada da quietude,,u, criada pelo sil>ncio e o tempo lento,Eistoriadora silvestre, que podes assim expressar.m conto floral mais suave que nossa rima$'ue lenda de friso de fol"as se oculta sob teu tra*adoDe divindades ou mortais, ou ambos,6o ,empe ou nos vales da 1rcdia3'ue "omens ou Deuses so eles3 'ue don&elas relutantes3'ue louca perse!ui*o3 'ue luta para escapar3'ue flautas e pandeiros3 'ue >xtase selva!em3II1s melodias so doces, mas aquelas no ouvidas9o mais doces; desta maneira, v)s, suaves flautas, soai;6o ao ouvido sensorial, mas, ternamente,,oquem as melodias espirituais do no-som$=elo jovem, sob as rvores, no deixars,ua can*o, como jamais perdero as rvores suas fol"as;1mante audacioso, nunca, nunca beijars(mbora perto de tua meta - no te aflijas;(la no se desvanecer, e embora no ten"as o deleite,9empre amars, e ser ela sempre bela8III1"8 Os ramos ale!res, ale!res8 'ue no perdereis jamais