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Dcsla ío-ino, os leitores volto- ião ei cncontiar NR nas bancas .i pailir do dici 23 do corrente mês. A iodos doojamos um reinado de Momo muilo animado. Cuba: território livre ^ da América Rep. de ALMIR MATOS na 8' página Jânio entrega a política econômica à light e ao FMI Texto na 3a pág. do I' cad. Ini r-aTTT"'-^"——— I In .*••?. ^»w ^m\ mW vP^-^t Á™ **flHH*v 4 ÉSI LaaW ^^^*»»H| ^mw^r mW Hk. ^ ¦vJ*»! a Q GOVERNADOR Cariei Lacerda mandou cem policiai* dettruirem numerotat hortoi lecaliiadat *m ia- carepaguá. tob a alegação dt au* at raforidat hortat ettavam t*ndo irriga- dai com águat d* um rio que recebia ot doipejot do hotpital d o * leprotot - rj..-» *>xi»te nat redondeiot. Na «erda- d*, porém, trata-to dt libertar a light, proprietária dot terrenos, dat indeniia- -çõei devidat oei agritultoret, uma ve*.. que aquela tmprêta americana preten-j de vendê-lot a etpeculadorei imobili- rios. Na 6' página ditté caderneU*) moi coejplefa. repórt.age.1^ a rejp*j|o. A guerra da Lagosta nas praias do Ceará Rep. de RUI FACÓ na pág. do V cad. O que Jônio pretende e o que mmtm ÊkW^3^k%Wm mmm HHHH Hv LW*bHi^ p *X t 1^***fl*B^***^H***r^H*lfl*»l H****\VJ :11 11Pt íjr^f mmW£v£m* W •F39H*?^' 'JmtSLí 0WC^mWvím^mmyW V|^*fl|Rfü^Li»»»»aalV »»mI H»flI wSS^WímWm^^BÊÊ^mm^^M ¦aaaWaxf E* ' f*T ^A*f.&mllIIW# ti'¦-. L*KvL ^í::;^9fl»*a\\MHl æztíJb* --MgffSmr | :mmsf<m\¦!HHPar* . *~»^»- ' i^B ,llnR^<JSS*?£t "wSÊsk?V^H ,&£; - *^' ^P^*ílHLi ,Mlw'^'4HH *»»W*^ '1 19rV*wl I lir Lti IS 18I æFia«Ji9 ^^*aM*aB%ff'**iJ*wJ*ll^mH -91 *m «*HI EMV^**CT^**i*f-H***7X'**BF^*ftt^R*l L*HfllL*K1^h*! 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Mas é certo que existem fatores permanentes cuja atuação se manifesta num sentido favorável aos povos. E são esses os fatores que se fortalecem e desenvolvem, pesando cada ve? mais na situação, tornando-se decisivos, passando a coman- dar os acontecimentos. Não é sem motivo que, nos últimos anos, a iniciativa tem cabido, no campo inter- nacional, à União Soviética e aos demais países so- cialistas. #T*OAA o novo governo norte-americano, surgiram Hiiudanças positivas. Seria lolalmenle fatso pre- londer-se contrapor Kennedy a Eisenhower, o Partido Democrata ao Partido Republicano, o novo ao antigo governo. Mas, num ponto a situação sofreu modifica- ções inegáveis. Antes, a desabrida politica dos cir- culos mais agressivos do imperialismo ianque eslava lendo livre curso e havia levado á suspensão do diá- logo entre os dois campos, a outra fase de agrava- mento da situação. Agora, surgem possibilidades de voltar-se a percorrer o caminho das negociações, dos entendimentos, em busca de solução para os graves problemas que toldam o panorama mundial. E qual- quer passo à fronte nesse terreno pode conduzir a no- vos êxitos no fuluro. /"4 QUE acabei de ser dito não autoriza a conclusão de que o governo de Kennedy ergueu a bandeira da paz. Nada disso. Suas palavras, na primeira men- sagem dirigida ao Congresso norte-americano, mos- Iram também que o atual presidente se aferra a pon- tos-de-vista ê objetivos nada pacíficos, mas agressivos, particularmente quando anuncia estímulos à corrida armamentista e se refere às relações (de tipo colônia- lista) com a América Latina, Cuba em primeiro lugar. Entretanto, a porta aberta ás negociações significa bastante. Abre a possibilidade de medidas concrelas ,que levem à dislenjão. |^ÃO se pode perdei de vista a exisióncin de duos tendências nos meios governamentais dos países imperialistas: a que se oricnla para a queira e a que se inclina a aceitar, de uma forma ou doulia, a idéia da coexistência pacífica. Isso decorre cio fato de ciue ao lado dos círculos mais reacionários, que são leva- dos a piocurar na aventura c na agressão um remédio para seus males, existem lambem forcas-que. comp.e- endem o perigo de uma nova guerra paio o próprio capitalismo. /"\ IMPORTANTE, porém, c. compreender-se as modi- licações que surgem. Não como meros cspccla- dores, que assistem os acontecimentos de palanque, limitando-se a torcer., a aplaudir ou vaiar como quem' acompanha uma partida de futebol. Mas para tirar dos fatos as conclusões devidas e adquiri, maioi clareza paia nossas ações. ÉT SABIDO que o desenvolvimento da situação inter- nacional influi no desenvolvimento da situação nacional. Náo, evidentemente, daquela maneira a.b- solula e exclusiva, que eslá na base do pensamento dos que tudo esperam de fora. Como dizem os -chine- ses, o calor da galinha nâo basta para lazer nascer os pintos."'' AS NOVAS possibilidades de negociação e enlen- dimenlo, por mínimas que sejam, surgidas nas relações internacionais favorecem a ação dos que lu- Iam pela paz, a democracia e o progresso em nosso pais. O clima de dislensão leva ao enfraquecimento das posições do imperialismo opressor. As forças pa- triólicas e democráticos que lulam por oleançar a com- pleta emancipação econômica do Brasil e tornó-lo plenamente soberano recebem, assim, forle estímulo. Trata-se, pois, de impulsiona-las. Sua açào vigilante e organizada será capaz de afastar os obstáculos opostos pelos inimigos inlernos e alcançar novoi crescentes êxitos. Olhando para o mundo, é »*ja a perspecliva que vomos em nossa pátria. Ros+a Mar para transforma-la em realidade. V

POLICIA DE UCERDR - marxists.org · mêi depoit do reaiuitomcnto tolo-rio mínimo, c ja foi feito aot banca-rioi aposentados entie os anos de 1934 e 1957. Dentro dc 60 diai lodoi

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Page 1: POLICIA DE UCERDR - marxists.org · mêi depoit do reaiuitomcnto tolo-rio mínimo, c ja foi feito aot banca-rioi aposentados entie os anos de 1934 e 1957. Dentro dc 60 diai lodoi

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EDIÇÃO PARA A GUANABARAANO II Po do jgggfcsj, gsjsjMBjjsj sjsj IQ o lé dt fovtrt.ro dt 1961

«dados Hércules Correia e CorbisíerDelatem Problemas Com Moradorefo Parque Proletário da Penha

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Diretor tgggysj — Qriondt iomWm Jr. Diretor — Mário Alvtt Redo to». Chefe — Frogmtn lorgts Htfhupm m •• Mc*tt* »*•*•»«..#/*•*#

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I ' f'x4

IAPB Está Pagando Todos os Benefícios da Previdência Social Texto na?' pagina

Lacerda e Ascendino Censuram e Proíbem Filmes Progressistas'A verdadeira história da dcslru ição das hortas de Jacarepagiiá

POLICIA DE UCERDR

T(.'ito na

pagina

PROTEGER"SRIÍDE" DR U6HTNOVOSRUMOSe~o Carnaval

Como acontece todo» ot ano»,

em virtude de os festos carnava-

lescos coincidirem com oi dios de

mais intenso trabalho em nossa

redação, NOVOS RUMOS não

circulará na p r ójc i m a 'emana.

Dcsla ío-ino, os leitores só volto-

ião ei cncontiar NR nas bancas .i

pailir do dici 23 do corrente mês.

A iodos doojamos um reinado de

Momo muilo animado.

Cuba:território livre ^da AméricaRep. de ALMIR MATOSna 8' página

Jânio entregaa política econômicaà light e ao FMI

Texto na 3a pág. do I' cad.

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proprietária dot terrenos, dat indeniia--çõei devidat oei agritultoret, uma ve*..

que aquela tmprêta americana preten-jde vendê-lot a etpeculadorei imobili-

rios. Na 6' página ditté caderneU*)moi coejplefa. repórt.age.1^ a rejp*j|o.

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o pais exigeArt. de RENATO GUIMARÃESna 5* pág. do 2' cad.

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PerspectivaORLANDO BOMFIM JR.

A SITUAÇÃO internacional se desenvolve num rumo

que encoraja a ação das forças que lutam pelapaz, pela democracia e pelo progresso. Não se traia,evidentemente, de um mar de rosas. Nem de um ca-minho suave e ameno, que leva de maneira tranqüilaao lugar almejado. Mas é certo que existem fatores

permanentes cuja atuação se manifesta num sentidofavorável aos povos. E são esses os fatores que sefortalecem e desenvolvem, pesando cada ve? mais nasituação, tornando-se decisivos, passando a coman-dar os acontecimentos. Não é sem motivo que, nosúltimos anos, a iniciativa tem cabido, no campo inter-nacional, à União Soviética e aos demais países so-cialistas.

#T*OAA o novo governo norte-americano, surgiramHiiudanças positivas. Seria lolalmenle fatso pre-

londer-se contrapor Kennedy a Eisenhower, o PartidoDemocrata ao Partido Republicano, o novo ao antigo

governo. Mas, num ponto a situação sofreu modifica-ções inegáveis. Antes, a desabrida politica dos cir-culos mais agressivos do imperialismo ianque eslavalendo livre curso e havia levado á suspensão do diá-logo entre os dois campos, a outra fase de agrava-mento da situação. Agora, surgem possibilidades devoltar-se a percorrer o caminho das negociações, dosentendimentos, em busca de solução para os gravesproblemas que toldam o panorama mundial. E qual-quer passo à fronte nesse terreno pode conduzir a no-vos êxitos no fuluro.

/"4 QUE acabei de ser dito não autoriza a conclusãode que o governo de Kennedy ergueu a bandeira

da paz. Nada disso. Suas palavras, na primeira men-sagem dirigida ao Congresso norte-americano, mos-Iram também que o atual presidente se aferra a pon-tos-de-vista ê objetivos nada pacíficos, mas agressivos,

particularmente quando anuncia estímulos à corridaarmamentista e se refere às relações (de tipo colônia-lista) com a América Latina, Cuba em primeiro lugar.Entretanto, a porta aberta ás negociações já significabastante. Abre a possibilidade de medidas concrelas

,que levem à dislenjão.

|^ÃO se pode perdei de vista a exisióncin de duostendências nos meios governamentais dos países

imperialistas: a que se oricnla para a queira e a quese inclina a aceitar, de uma forma ou doulia, a idéiada coexistência pacífica. Isso decorre cio fato de ciueao lado dos círculos mais reacionários, que são leva-dos a piocurar na aventura c na agressão um remédiopara seus males, existem lambem forcas-que. comp.e-endem o perigo de uma nova guerra paio o própriocapitalismo.

/"\ IMPORTANTE, porém, c. compreender-se as modi-licações que surgem. Não como meros cspccla-

dores, que assistem os acontecimentos de palanque,limitando-se a torcer., a aplaudir ou vaiar como

quem' acompanha uma partida de futebol. Mas paratirar dos fatos as conclusões devidas e adquiri, maioiclareza paia nossas ações.

ÉT SABIDO que o desenvolvimento da situação inter-nacional influi no desenvolvimento da situação

nacional. Náo, evidentemente, daquela maneira a.b-solula e exclusiva, que eslá na base do pensamentodos que tudo esperam de fora. Como dizem os -chine-ses, o calor da galinha nâo basta para lazer nasceros pintos. "''

AS NOVAS possibilidades de negociação e enlen-dimenlo, por mínimas que sejam, surgidas nas

relações internacionais favorecem a ação dos que lu-Iam pela paz, a democracia e o progresso em nossopais. O clima de dislensão leva ao enfraquecimentodas posições do imperialismo opressor. As forças pa-triólicas e democráticos que lulam por oleançar a com-pleta emancipação econômica do Brasil e tornó-loplenamente soberano recebem, assim, forle estímulo.Trata-se, pois, de impulsiona-las. Sua açào vigilantee organizada será capaz de afastar os obstáculosopostos pelos inimigos inlernos e alcançar novoi •crescentes êxitos. Olhando para o mundo, é »*ja aperspecliva que vomos em nossa pátria. Ros+a Marpara transforma-la em realidade.

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m.7 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, iemrjiie de 10 o '6 de fevereiro de I9òi

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O IAPB Está PagandoTodos os Benefícioscia Nova Lei Orgânica

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político rcolmcnie 00*0, «oliodo talei*

ramenle poro o cuntpnmenlo do Ui

Orgânico do ttoftúínóp Sociol, «ra

beneficio excluilvo «Jot ínlciéiití oo»

boncôrio. de iodo o poít.

Aposentadoria reajustadaOitie modo, imbuídot do conte!*

Indo de que oi «ecuiioi doi lAPi tão

deitinodoi a político attitfencial dot

icut icgurados. e noo para ai nego-

ciotoi • lofodeioi que lempre morco-

rom a vida deito» iniiiluicòe», a aluol

adminiieocõo do UPB mandou pagar,ímodiolamente, ¦¦¦¦ oi -o dai

apotentodoriai e pentoei, na bate de

70% do oiuol u'ío mínimo. Aiiim,

enquanto oi ouiioi apoientodoi da

Guanabara • ¦ »m recebendo um

beneficio de Ct$ 4.200,00 oi banca-riot ja eslâo recebendo o mínimo de

Cr$ 6.720,00.O ?¦¦¦ da> opoicnladoiioi

e pensõei fcojui'odoi começou ummêi depoit do reaiuitomcnto do tolo-rio mínimo, c ja foi feito aot banca-rioi aposentados entie os anos de 1934e 1957. Dentro dc 60 diai lodoi oi de-mais apotenladoi e pcnsionislai doIAPB já lerão recebido oi leui benefi-cioi reajuitadoi, com todoi oi atraia-doi.

Aposentadoria móvelO decreto 47 149, de 29 da oulu-

bra de 1959, que mandou reajuitartAdos ai aposenladoriai concedidai•té 31 de dezembro de 1957, e efe-

o pagamento a partir de 13 dedo 1958, também já está em pie-

•M «necução, sendo que o pagamento«Jot atrasado! alcançou, alé agora,SMrs de 60 milhões de.cnueicn

Re&petamento de 1%O roajuitamenlo das aposenta-

doríai por invalide-, que deverá terMto na base de 1 % do salário debeneficio para cada grupo do 12 con-Mbvttõei Mensais realizadas pelo se-Ourado, segundo o arl. 49 do Regula-mento da lei Orgânica, também eitásendo executado pelo IAPB, que o estápagando em dia.

Todos os demais beneficiai, in-cluindo auxilio-doença, auxilio-reclu-são, auxílio-maternidade, funerário,

ele, eiièe wndo lígoteioMe»** eo**teovncro «••*.!>•« - • o lei Otfáiiia,

AposrnUdorta ordinária:solução

A apot«flifl<fo«a per tempo dei#nri{o, Que itsundo o suíte 32 dalei 0||íi in teia (oniedido ao ttowrado oue compleior 30 anei de •• ¦ • .o* 55 onoi de idodt, çíndo não eneem e»eiu<òo noi demoli taitíiuloi, por*qu* depene* d* ««gulomentocão oaforma pela quoi terõ feita a o. rucoo correipondeme oo tempo em queo legutado nâo lenha contribuirio po«oa prevldlnclo iodai, Com «feiio. paioque «<••¦«•> ¦.. o opoientadoiio. o ca-balhador Icm de p'o»o< que pagou du-rom* 30 onoi oo Intniuio. Mai. comoem geiql o» in• .¦-•• de pitvidéncíodotam d* menoi d* 30 onoi. eno d«-feienca ie«o de i*i deio-iboltooa peloempiegodo, o fim de coettguir o opo-ter» adorio.

Conuderondo o necetiidode deoiendr oo» pedidos de opotenladorío.o IAPB decidiu eilobelecer um cíiénopioprio pata - • a ;u dos ioaoi ¦-'•remei aoi onoi que o empregado náodescontou para o Imtitulo, tem prejui*to do deliberação que venha a serlomada posteriormente pelo DNPS.

No trabalho elaborado pela repor-tiçõo competente do IAPB, loma-so co-mo exemplo um empregado que teriade pagar at to«oi referentis a 8 anose nove meses, a porlir de agâiio de1934. O cálculo é feito ióbte ot tola-tioi que te recebia no época e ot det-conlot tombem feitos na bate dot taxaida época moit próximo. Concluiu-te. nocoto, que o empregado leria de pogorCiS 5.812,00, o que poderia ter fei-to parceladamenie. Etiabelecido o cri-lêrio de cobrança, o IAPB iniciara ain-da neiia temano o detpacho de todosoi proceitoi que ettavam na dependin-cia do recolhimento dai laxai.

Do mesmo modo já estão tendodespachados oi procenot referenlei aoabono de permanência no serviço, se-gundo o qual oi trabalhadores de 55onoi de idade ou mais, que tenham di-reito a apoientadoria mas que prefi-ram continuar em atividade, receberãoum abono de 25% do salário de be-neficio, pago pela instituição de pre-vidincia.

Empréstimos simplerA Carteira de Empréstimo Simples

do IAPB mantém-se permanentementeaberta, e a atual administração cole-giade daquele instituto, empenhadana dinamizacão do trabalho em todosos setoroí, de modo a atender o maisrapidamente possível aos segurados, de-terminou'a descentralizarão dos ém-préstimot simples, enviando Initruçõeiàs Delegacias Regionais para que con-cedam, elas mesmas, os referidos em-préstimos, que outrora eram concedidosna sede central. A verba para emprés-limo simples consignada no orçamen-to de 1961 vai a 275 milhõei de cru-zenroi. Também o Empréitimo-Coope-rativo, que antes era decidido na se-de central do IAPB, foi descentraliza-

NotaSindical

í\ Bússola doPresidente

Os lideres sindicais de todo o pais rounir-se.ao nos próximos dias 18 e'.9, em São Paulo, a convite do Conselho Sindical daquele Estado, para discutirJôòre o conteúdo dc um documento a ser entregue ao presidente da República,no qual se definirá o pensamento das entidades sindicais brasileiras sobre osproblemas que dificultam o pleno desenvolvimento do pais, contribuem paratornar mais tormentosa a existência das massas trabalhadoras e que, por Issomesmo, exigem do atual governo a adotação. de medidas adequadas parasolucioná-los.'

O referido documento, para ser fiel aos anseios dos milhões de traba-thadores das cidades e dos campos, deverá expressar a síntese dos resultadosdos conclaves sindicais que se realizaram em todo o território nacionalnestes últimos anos, e constituir, pelo seu conteúdo e pela representaçãodos seus signatários, uma tomada de posição do movimento sindical brasileiroface às ameaças, veladas umas e ostensivas outras, de que foram alvo asmassas trabalhadoras no discurso de posse do presidente Jânio Quadros.

Com efeito, embora assinalasse em seu discurso de posse que "O povosera a um tempo a minha bússola e o meu destino" o sr. Jânio Quadrosacabou revelando-se um mau navegante, ao enveredar, em seu própriodiscurso, por uma rota completamente estranha à que lhe indica a "suabússola".

A referência expressa que o sr. Jânio Quadros fêz à liberdade de organi-zação sindical e ao direito de greve, e à inadmlsslbllldade de "sua utilizaçãodolosa contra a nossa coletividade, sobretudo se a serviço de conveniênciasexternas", para logo depois condenar os últimos movimentos reivindlcatórlos,salientando, enfaticamente que «o meu governa, entretanto, representa umparadeiro a isso, definitivo e último", deixa claro que o seu objetivo não éo de se orientar pelos interesses das massas trabalhadoras e do povo, mas

o de lmpor-lhes maiores sacrifícios, tolhendo-lhes inclusive a liberdade dereivindicar, a fim de atender às exigências dos seus credores ianques e dosseus intermediários nativos.

A confusão premeditada sôbre os objetos dos movimentos reivindlcatórlosdas massas trabalhadoras é coisa velha. A distorção dos fatos para justificara violação das liberdades sindicais e democráticas e o massacre de traba-lhadores também o é Quem não se lembra do estardalhaço que se fêz em tornode uma ingênua bandeira do Divino Espírito Santo que tremulava no mastrod* igreja do Cabo Frio, o que foi tomada pelo ministro Armando Falcão comoa bandeira do "soviet", que teria sido instaurado naquela pequena cidadefluminense pelos grevistas que reivindicavam mais uma migalha de pão.O fato, embora muito ridículo, determinou a movimentação de forças federaise d ocupação -militar da cidade.

O discurso do sr. Jânio Quadros deixa claro que a qualquer greve poderácorresponder uma bandeira do "sovtet" E até que apareça um padre para es-clarecer que a flámula não é do "soviet" mas do Divino Espirito Santo, os gre-vistas já estarão na cadeia, os sindicato»- Interditados, e a democracia «defendi-tia".

lima coisa é certa: o custo de vida continua subindo, e as massas traba-Ihadoras, por mais empenhadas que estejam na luta pela solução dosproblemas gerais do Rais,. não deixarão de reivindicar os reaiustamentossalariais c a melhoria das condições de vida e de trabalho, indispensáveisa sua própria .sobrevivência. Dal a oportunidade da reunião programadapara São Paulo. Oportunidade porque, agora mais do que nunca, torna-senecessária ti reafirmação da pensamento das massas trabalhadoras sôbre osseus próprios problemas, e da sua condutana luta {\a defesa das liberdades demo-cràtíeus <• pria solução nacionalistapara'; os problemas econômicos, politlcosi' -oeinis do pai--, expressos r>-" ¦ "conclavessindicais.

Nilson Azevedo

do, i»n»i.u >.'i,.-,;.» -..* melhor oiendrmento de» boncoi<ef, que te ui.t.,. .em loitjo etcolo do referido refuto,:. ......... r ¦¦•¦ ->8t . a.tjít» tídõílíí,notadomente em $õo Paulo e *¦¦¦¦>Alegre, onde a» .oeperaiívai de ce<»tumo le tranifor<no«om tm iniiituit'»eimuita úftlf o (*'*i ..tiiiii* bantaiio,Política minliiliaii

O C*itii -f-r.-tu de Aplicação ««oPatrimônio de IAPS. aue cuida do bo»«-i<ca imoboaiio daquele initStule. vempromovendo uma «-.••. o completo noctiieiío que orientava ot rcabiocóet daodminittfacoo potiada. Atuando emconformidade -»- a política do Con-telho de Admlnliltocclo do IAPS, quetua e*ciuti*aníai* ao atendimento < »direitos que ot teguiodot odquu». >u"»i-r» da lei Orgânico do Previd镦••cia Sociol. o líder sindico! bom. oPed«o Pouto de Sompo-o locerdp. < -•te encontro a frente do Depotlamemode Aphcocco do Pooímònio, jó c;iápondo cm e*ecucoo o cento tendem c".que lhe dora uma idcía ¦ .. o da oiuoltituocâo de moiadia dot bancariot edot teut p ¦¦> Iobiiocionoii, afim de trocar uma ,.-*.: politica de fi*nancíamenio imobiliário e de contltu-cdei de iniciativa do Initiiulo, de acõr-do com o lei Oigonica da Prevldinc aSocie'

Apartamentos fechaaosO critério oJolado p> .. ad-

facão anterior levou a que o IAPB• -.-.-. i-.c edificíoi lu*uotot, cemaportameniot ¦ i> o. em cidade«de pouca dentidade boncàría e de boi-«ot lalórioi. O iciultado c que exíitem, ainda hoie, na cidade de Fianco. 40 opoiiamentot fechodot, perlett-centet oo IAPB, cnquonlo ot bancário-continuam mal alojado!, mai lambei'tem recunot para teiídir nai mojestetai hobitacõei do IAPB. Na cidade d?Barreloi, dot 36 aparlamenloi coni-Iruidoi, apenai 16 foram ocupado!por bancaioi, reilando ainda 20 quenão encontram pretendentes, porque otleut preços ettão muilo acima dai pos-libilidadei dos bancário! da locade.

Anaamento dos processosAlém dai medidos deilinac.os o

corrigir ai criminoiai deformações cuemarcaram a política imobiliária do od-miniilracõo anterior, está tendo dedoandamento a todoi oi processos de fi-nanciamenlo pelo Plano B, que eca-vam paralisados desde 1958, por de-terminação do presidente da Repúblca.

Inaugurando uma política real-mente nova, oi componentes dos ór-gãoi colegiadoi do IAPB vêm contan-do com todo o apoio dos bancários,que têm contribuído deciil>/am«rfllt^ parao êxito da nova politica administrai!-va adotada na sua instituição de pre-vidência social.

Bancários defendem IAPBCoerentes com essa atitude é que

oi liderei dai entidades sindicais dosbancárioi sediadas no Estado da Gua-nabara enviaram um telegrama aopresidente Jânio Quadros, protestandocontra as notícias segundo as quais ogoverno estaria disposto a intervir nosinstitutos. Solicitando o desmentido dopresidente da República, os lideres ban-fárioi ialientam que "A aluai adminis-¦ ração do IAPB, cujos componentes,empregados e empregadores, saíramdo Conselho Fiscal que negou aprova,ção durante dois anos consecutivos àscontas do sr. Enos Sadok, vem mora-lizando o Instituto e, inclusive, anulan-do as nomeações ilegais e desnecessá-rias e pautando suas atitudes pela ne-cessidade do rigoroso atendimento dosinteresses dos contribuintes, cumprin-do o plano de benefícios estabelecidopela Lei Orgânica da Previdência So-ciai. O telegrama, que foi assinado pe-los líderes Humberto Pinheiro Menezes,presidente da Confederação dos Ban-cários, Luis Viegas da Motla Lima, pre-sidente da Federação dos Bancários doRio de Janeiro, Estado do Rio e Espi-rito Santo ,e Aluizio Palhano, pnesi-dente do Sindicato dos Bancários daGuanabara, revela bem o carinho queos bancários de todo o pais devotamà sua instituição de previdência, e asua disposição de defender as conquis-tas estabelecidas na Lei C -iâr!' daPrevidência Social*.

Encontronacional dosradsotefegraSisias

Está programado para reali-zar-se em Fortaleza, dc Ti a 26 docorrente, o II Encontro Nacionaldos Trabalhadores nus EmpresasTclegráficas, Radiotelegráficas eRadiotelefônicas. O Encontro visaao estabelecimento de uma plata-forma comum de reivindicaçõesdos trabalhadores desse setor. En-tre as questões a serem debatidasno conclave, destacam-se as rela-cionadas com a elaboração da ta-bela para o novo acordo salarial aser pleiteado rm cam pinha nacio-nal, a defesa da Lei Otifànica daPrevidência Social c n instituiçãodo salário profissional.

\?^M Spi '¦¦^!*1 ^m' *¦ OB^l ^^V ¦> ¦*¦'- I S^ÁU!,«¦ SJHmE h| bmKt ^

V* «i 'MM U%M ofeo^o^!^/^'• ^Mm '^^ mM mm Wmí^. ^«B ¦ymttl* ^H mm] mmmmmül ¦

Bancáriosatentos

Oi bancárioii cariocu Icm docmpcnliatlo dr-i.u.-iio papel ria luta en Mfêãde »ru instituto de prctírlriiria. Agoia que o I M'll r u eiilrctue a um »uUn-tiro representante da <-i.r-r. o» banruríut rariora» tnolillliam-M em defetadat inrtllrfa* natiradoras lomadu prio Consellio do l.\l'M. Kecet.temente, napo%*e da diretoria do Kindirato, u* prolilrnia» do IAPB corutiluiram paneImportante do d)*cur«o de pusie do dr. Aluulo Palhano tfolo).

íiavios da Costeira serãoReteeSos se oPagamento nâo Sair Até Dia IO

O petiool de botdo da Compo*n'',a No;íonol de Navfga-.oo Cr-slcíiaetfâ decidido o reler ot navios da re-fi.iin empiêsa em todov ot poi»ot na-cionait, a paitit do dia 10 do concnic,se ate aquela data não tiver lido efe-tuodo o pagamento doi ío'ui;os don>és de itinciio, acescidos dos benefí-cioi do paridade.

Einanl do Ammal P*v'xolo, deixou desolicitai cio antigo minitlro tía r j.-« • •da a liberação da voba para aquelefim e, em contcquènon diuo, aindanão foi feito o pagamento do peitoai.

Telepiama a Jânio

Falia Ue verba

O par: o mor o d., salários do!traballiadores da Costeira devia ter ti-do iniciado no dia I" do corrente, maia cdminiilraçâo da empresa informouaos lideres marítimos que não há -ver-

ba neccisária para aquela despesa. Oex-ministro da Vioção, comandante

O Conielho D-:.;-.- ¦.. da Fe-deiccoo Nacional dos Manlimoi, teuni-do na s*r.-ana passoda para examinara liluação, decidiu enviar telegrama! aoir. Jânio Quadioi c ao seu ministreda Viacão para que providenciem aimediata liberação da verba destinadaao pagamento dos trabalhadores daCosteira. Também o sr. Slcnio Dugued,ndnvnislrador da Costeira, vem man-tendo conlacto com as atuais aulori-

CERVEJARIA DE RIBEIRÃO PRETO COMETE ARBITRARIEDADES

Operários DespedidosPorque lutaramPor Aumento de Salários

Ribeirão Preto, fevereiro (do Cor-respondente) — Dezenas de trabalha-dores da Companhia Cervejaria Pau-listfc, desta ' cidade, foram demitidos.em virtude de terem participado, en-novembro último, da campanha sala-rio' dirigida pelo sindicato da catego-ria. A arbitrariedade cometida pela em-presa sob capa aparentemente legal,tem como objetivo desmoralizar o sin-dlcato e impedir a sua ação junto aostrabalhadores visando a garantir osseus direitos e a lutar por suas reivin-dicações. A Companhia Cervejaria Pau-lis'a, através de alguns dos seus dire-lores e apoiada em matéria pagas pu-bicadas em jornais ribeiropretanos, de-so'ivolve junto aos trabalhadores esfor-Cos no sentido de que estes abando-nem o sindicato, e chegam inclusive àoireaça de dispensa para aqueles quese negarem.' " ———

A ação da empresa, entretanto,rc:ebeu o mais vivo repúdio dos Ira-beilhadores da cidade que, através dosse is sindicatos representados no Con-st ho Sindical, divulgaram manifestop.blico de protesto contra a ação dosd^ etores daquela indústria e de amplasc'idariedade ao Sindicafo dos Traba-II adores nas Indústrias de Bebidas eao seu presidente, sr. José Delibo.

/}••,

c. fim dí que seja' bossivcl"superarnão só as dificuldades do iiioincn-to., mas a luta continua pelo reco-nhecimento dos seus direitos.Tirão Preto, .30" de janeiro dc 1961a) Argcu Bgydio des Santos

Presidente

;' ' s governamental!, pondo-at apai úa gtovt* liiuacdo ent < .e te en*conliu aquela emprèta, e pleiteando aimediata libetucão da verba, a fim deevitar o colcpto no teu tittemo detransporte.

Retenção tios navios

O Conselho OcHberoi.vo do Fe*..:.;..o Nacional doi Mai...mos. emdecilão que dala de longo tempo, etornada lei paia oi marilimoi de to-do o pais, decidiu que deverão serrclidai om todoi oi porioi nacionais.a partir do dia 10 de cada mel, asembarcaçòei pertencentes Ó! empresaique não tenham efetuado o pagamen*lo da sua tripulação ale aquela dala.A decisão, segundo adiantou a NU opresidente da Federação Nacional dosMarítimos, c baseada no próprio re*guiamenlo da Capitania dos Porloi •na Consolidação dai Leis do Trabalho,os quais estabelecem que os saláriosdos trabalhadores devem ler pagosalé o dia 10 de cada mês. Baleadosna lei é que os tripulantes das embar*cações da Companhia Nacinal de Na*'vegação Costeira estão decididos a nãosair dos portos onde eitiverem, a par-lir do dia 10 do corrente, caio até lánão tenham recebido os seus saláriosreferentes ao mês de janeiro.

Mensagem da diretoria da FederaçãoNacional dos Estivadores pelo seuprimeiro ano administrativo

0 manifestoAssinado pelo presidente do Con-

Si lho, sr. Argeu Egydio dos Santos, temseguinte texto o manifesto divulgado

pilo órgão da unidade sindical:O CONSELHO SINDICAL REGIO-

NAL DOS TRABALHADORES DE RI-ÜEIRÀO PRETO, Investigado os fatosrelacionados com a dispensa de traba-lhadores que vem sendo efetuada pela(ia. Cervejaria Paulista, apurou que:°) A referida dispensa talvez tenha

se processado nos termos da Con-solidnção das Leis do Trabalho, vêzque os recibos apresentados esta-vam formalmente em ordem

2,°) A dispensa foi motivada pelo fatodos operários despedidos terem se-guido a orientação de seu Sindl-cato no reajuste salarial recen-temente promovido.-

3.°) funcionários categorizados daque-Ia firma vêm aconselhando osdemais empregados a pedirem de-missão do Sindicato, chegandoalguns a redigirem o documentonecessário para isso, com papel emáquina da firma.

Assim sendo resolve:.") Lamentar profundamente que ele-

mentos da categoria profissionalvenham se prestando para a de-sunião da classe trabalhadora,afrontado o diretor da livre asso-

ciaçâo.ü.01 Hipotecar solidariedade pelo aci-

ma exposto ao Sinr^cato dos Tra-balhadores nas Industrias de Be-bidas bem como aos associados

deite, dos quais espera êsl.e consê-lho, sp im.in, cada vez ir: emtónio da sua enUüf.dc- de- classe,

A Federação Nacional dos Tra-iiiadores, almejando proppreio-nar melhores condições cie vida aos

trabalhadores de estiva c desesti-va do Brasil, depois dc traçar asmetas definitivas da atual admi-nistracão. reunindo em torno de sitodos os Sindicatos representativo?7dos estivadores dos mais diversosrincões do país, modificando, ain-da, os métodos até então adotados,lançou-se com aqueles que lhe vol-tavam os olhos como uma forçaviva e a chave da unidade nacio-nal da categoria á luta pela obten-ção das reivindicações que dc fatonos beneficiariam e restabeleceriaa esperança da família nacional¦islivadora.

Tendo à frente uma plêiade dehomens modestos, porém, portado-res de um mesmo ideal, honestose empreendedores, a Federação,bastante solidificada pelos sindica-tos, volveu a atenção das autori-dades para os problemas que seacumulavam em nossos portos, en-volvendo os serviços de estiva. E,unindo de Norte a Sul, Leste aOeste os seus coordenados, içandoa "Bandeira da Unidade", entregouàs mãos do estivador reivindica-ções apresentadas vinte anos atrás.

Constituindo-se em uma gran-de equipe, sob uma única direção,penetrou em todos os Dcpartnmen-tos Ministeriais, chegando à Pre-sidència da República, buscandosolução para os problemas génera-lizados e os de importância nacio-nal.

Inúmeras foram as questõesresolvidas pela entidade máximados estivadores que fizeram vibraros trabalhadores nacionais, parti-cnlarizando-se os da estiva; o bem--estar foi garantido, as Caixas deAcidentes retornaram a algunssindicatos, os salários foram rea-jurados, taxas foram criadas, aextinção da "estiva ljvre-' tom nu--se rea/, çonseguirnm-se férias re-muneràdas, elevou-se o respeito àno.3ba categoria, os ebü.auuiOb tor-

naram-se indispensáveis à existên-cia da solidariedade das classestrabalhadoras. Tudo isso somadofornece um sólido alicerce para aslutas que se apresentam e exigema nossa força total, como a aprr>vacão do Projeto 850-55. vitima dacalúnia e da pressão econômica dosinimigos do desenvolvimento ebem-estar dos trabalhadores e doBrasil.

O patrono de nossas vitórias foia "UNIDADE", com ela devemosmarchar para novas lutas e con-quWas. Apoiemos cada vez mais osnossos sindicatos, a nossa Federa-ção, que, através do comando daDiretoria de nosso órgão de grausuperior, conquistaram grandr*reivindicações que possibilitarãodias melhores para os estivadorese familiares.

Ressaltamos a colaboração e *impressindívçl solidariedade ofe-recida pelos trabalhadores de ou-trás categorias profissionais, a re-levante ajuda da imnrensa faladac escrita, que desempenhou impor-tante pape! na nossa luta. as«imcomo a simpatia demonstrada pelopovo às nossas causas.

Queremos, ainda, agradecer àsautoridades que ofereceram os seuspréstimos, contribuindo a«im pa-ra a afirmação da justeza das nos-sas reivindicações.

Somos uma grande força pio-dutiva da Nação, por isto, nos fa-zemos 'respeitar,

porque os nossosdeveres são cumriridos, Eis nornuenão abdicamos do- nossos direitos.

A Federanão Manfonál dos Fi-tivadores como entidade líder eimpõe na luta por me'hores con-'t.ções de vida e de trab»'bo. e Uri»fará para elevar bom alto e-ra uni-dade. pornue o seu lema é a con,signa do TFf Con«r~e«so y-"!«i>-i(u~. Estivadores: "UNIDOS POMOSFORTES".

Peta dit-efor-aOswaldo »-'•— da Silva

Presidente

Page 3: POLICIA DE UCERDR - marxists.org · mêi depoit do reaiuitomcnto tolo-rio mínimo, c ja foi feito aot banca-rioi aposentados entie os anos de 1934 e 1957. Dentro dc 60 diai lodoi

NOVOS RUMOS— *le «Je Jonelfo, fomono de 10 o Io ele leveicito de 1961 ———----———_

Jânio Entregou aEconômica à Light e ao FMI

3 —

PolíticaO n.iiii in» du * .i.tii.i.» dr J •

nio. sr. Clemente Mariani, moitrouanula os limite* Ue. nu- -... ..:, ¦»«. quinas sem que o noventa excr*pel.mottla. fi .,,.., melhor, para fe ee*i* sobre elas qualquer apéoleque e homem cumpridor de pio* ler uma idéia da ímportíuieía do de controle e sem estarem obriga-»tc*»<u.. urço ao tomar \vhh-. aur* oruao. bem eomo a imixirtAneia de das a adquirir divisas no merca-ser fole orgfio dirigido |>elo sr. Bumou que convidaria o sr. Ulaviu

Ciou veia de ttuihoes pata a dire*Cio da SUMOC. Três diaa depois,o homem ;.» estava nomeado e em*j- -.ms.... Completou-se. asním, empoucos dias, o total domínio dasl>'-.i..«..-.-. ii.»-..- da |X)litica eco*númica do pais pela mais ativa emais esperta quadrilha enlrogiils*ta aqui existente: o chamado"grupo Gudin".

O falo, alias, foi comemoradoá altura pelo grupo. A posse do sr.Bulhões foi transiormada numaverdadeira "(cata intima" do entre-i;.u in" Ali estavam, esfregandoas mãos dc U\o contentes e ávidosde Poder, o próprio Eugênio Gii-din, Roberto Campos, ArmandoF razão, c alguns outras poucos in-tcgranics dessa refinada "elite" deagentes ianques. Alem do promo-tor da lesta. Clemente Mariani,que se limitou a lazer um brevetiiM-ui... paia dizer apenus — c oque bastava — que entregava oposto au sr. Uulliot-s para que èslcaplicasse ali os "princípios" eco-n «micos delcndido-, |x>r Gudin.

0 que é a SUMOCE" difícil exagerai a imporlán*

cia da nomeação de um homemcomo o sr. Otávio Bulhões, paraum posto como o (ic diretor daSUMOC. Este c um órgão decisivonó traçado e na execução da poli-tica econômica e financeira du pais.Funcionando ainda com base emleis da ditadura, suas funções emmuitos pontos violentam incittsl-ve as atribuições do Congresso Na-cional. lato que tem sido reitera-damenle denunciado na Câmarados Deputados, sem que, no en-tanto, os parlamentares tenhamtomado ate hoje qualquer provi-déncia efetiva para impedir essairregularidade.

Uma portaria da SUMOC tem•função de ici: pode mudar radi-calmente — e tem mudado — oregime dc operações cambiais, ouos limites do crédito bancário, ou

lluies. do que lembrar o fato deque foi uma |wrtaria da SUMOC... de n.' 113. asoiiuiila jielo mes-mo sr. Otávio Bulhões, em 1955 —quando <¦:¦• ocupou o canto pelaprimeira vez. no governo Café Fi-lho — que possibilitou hs empre-sas ::s.pi-i i.»ii -'.:> -. estrangeiras "st»l*tarem" os fronteiras cambiais dopaut. trazendo para aqui sues ma*

do de câmbio. EMa |>ortaria deucmprvtax estrangeiras uma si*

tuaçAo de (ranço favoritismo, emrelação ás empresas nacionais quecom clps competiam, e transfor»"•>!•? num extraordinário fatorde de- nacionalização de nossa in*dúslrla.

I" assim o autor da famosa•Instrução 113" que agora volta àSUMOC. Da primeira vez, ali foi ter

Relações Com a URSSe Subordinação Aos EUA

O ...-..•. i• . . Víloüboa*, da UDK.fi/. nutro dm iti.ii r«vcla<-..¦. extrema-mente grave, no Srimilo. Falando dntntiifir. |ior ocruluo da despedida quenll li.ci.» o .M'iiíitl.. Afnn.xi Arlnoti st. Jo'«o Vi1; i. contou que. em1931. convidado a participar da dr-ICRBÇAO ¦¦¦¦• ¦>'¦• u.i a Assembléia duONU. foi no Itnuiamtí pedir Instruçõesnnrn n mm ntunráo cm Nova York.S«ta Mirproa (oi enorme, acrescentoutlc. qurudo ouviu cutuo. do ministro.como tòdn resposta a seu pedido deorientação, esta ordem:

— "Vote *,einprc com a delcRaçaonortc-.vncrlcpna,"

E" difícil encontrar outro (ato quedenuncie de forma tão crua a subor-dlnneiio de nossa politica externa apolítica do Departamento de Estadoianque. O sr. Vllasboas. em seu dis-curso, manifestou a esperança de que,no governo oue se Inicia, tais fatosnío se repitam.

Sua esperança seria menor, entre-tanto, se éle lembrasse o nome do mi-rilstro do Exterior que lhe dera aque-Ia "esquisita" Instrução. Era João Ne-ves da Fontoura. O mesmo João Nevesa quem o sr. Aion«o Arinos, hote,quando toma posse do mesmo minis-tério. endereça os mn;.s raspados elo-cios. numa entrevista a "O Globo",onde aquele ex-chanceler escreve edi-toriais.

Ja se ve que. se os homens muda-ram. não mudou a concepção de di-ploniaeia que encarnam. É' verdadeque os tempos, estes sim. mudarammuito. Hoie. o sr. João Neves da Fon-toura não pode mais defender aber-tamente. como fazia em 51, a tese da-alienação progressiva" da soberanianacional, em favor dos Estados Uni-dos. Bem ao contrário, seus editoriais

Frente NacionalistaResponde a Jânio

icontratenfretftf-da e

A Frente Parlamentar Nactona-lista reagiu energicamente às ca-lúnias e provocações contra o mo-vimento nacionalista, contidas nodiscurso de posse dc Jânio. Imedia-tamente após o discurso, os diri-gentes da Frente articularam umareunião do órgão, para debater oassunto. Após a reunião, realizada

,-na residênc'a"do deputado Gabriel¦Passos, a direção da Frente divul-gou o seguinte manifesto:

«Na fala inaugural rio sr. presi-(lente da República, a Fronte Paria-

jmontar Nacionalista encontrar-a-'respeito do nacionalismo, conceitos,

que não pode deixar sem resposta.2\Tão ssr!a necessário, aliás, contes-Jtar as afirmações de S. Exa. Bas-'tr.ria invocar os numerosos discur-fces do cancl!clato c as declaraçõesjporemptór"! s feitas perante o povoWe todo o Bvasil.| «Para evitar equívocos, repetire-imios que o nacionalismo que vem

{norteando nossa conduta parlamen-fltiir não c jacobinismo, não se dirigejeontra nenhuma nação estrangeira,

renta e combate, sem dúvida,e qualquer opressão, venha de

jonria vier. Por isso mesmo não temJi^ac-ões internacionais, nem é di-frigldo por instruções dessa ordem,eomo a linguagem nm tanto cre-

.puscular do discuirp presidencial(procura fazer acreditar.

«Não. O nacionalismo da Frente'rlamenvar Nacionalista começa«caba no Brasil, está voltado ex-•ivamente. para os interesses do•sil, na livtn por um melhor pa-"to

de vida -ai:i o nosso povo nole.-forço para libertar o pais da su-n. vão ou influência de grupos eco-mómicos estrangeiros ou de seus re-presentahtés e "satélites no Brasil.

«A Frente, como entidade, não1omou parte na campanha'eleitoral,nâo somente pelo fato de se com-

,por de representantes de todos os¦partidos, como pela circunstância[dc se declararem categoricamenteinacionalistas os candidatos apresen-¦tados. Mas justamente porque os

1 candidatos pregaram o nàcionalis-!mo do Norte ao Sul do pais, é que't 'nos o direito de exigir do c:>"d:-

o 'o. que as urnas consagraram, co"-, foi o que mais avançou nessapregação nacionalista, e o que as-sumiu perante o eleitorado maio-r s compromissos, que fiel às suas

próprias palavras e ás esperanças

que semeou entre as populaçõesconfiantes, não venha a abandonar,o muito menos a hostilizar, o únicoprograma capaz de assegurar aemancipação econômica do pais.

«Verdade qne a fala presidencialsilencia a respeito das manobrasrios homens do negócios, como nadadiz das forças imporia listas, que con-quistaram posições-ehave na econo-mia nacional, influindo sóbre aconstituição dos governos, muitobem representadas na composiçãodos Ministérios, conspirando semcessar --contra---os -verdadeiros in-lerêsses do pais. Não obstante,a Frente Parlamentar Nacio-nalista, no cumprimento de seus dc-veras, recorre da fala do presidentepara os discursos e compromissosdo candidato, para que a própria dc-mocracia, tão justamente exaltadano discurso presidencial não venhatransformar-se em farsa, em queassegure a propaganda dos cândida-tos o direito de iludir o povo e fal-tar a compromissos, solenementefirmados na praça pública».

em -o Olobo" já nio *r Indignamilianic do principio da cooxUtcnrta pa-dílca e. 11..-Mr.ii. aceitam o reatamen-10 de relacoe» com a URSS. Ou limite*de «un atuação entrcRtilxta se estreita-mm multo, nos ultimo* ano*: puraatuar com mal* eficiência, ele é obri-nado a tr.milRir em certos contos, a1.1 -<-r concessões, sob pena de cair norldieulo do grosso da opinião pública.Mas. tanto éle como o Jornal cm quertcrext nada perderam de sua qualt-dade de partidário* Incondicionais doImperialismo norte-americano, dispa"-tos a tudo para Banhar os louvores r>Embaixada norte-americana.

Relações com a URSSA mesma ordem de id . pode e

deve apllcar-sc em relação a noticiase declarações oficiais do atual governo.segundo as quais este se dispõe a en-caminhar o reatamento de relaçõescom a URSS. a China c outros paiseslOClallstas. Essas medidas são hoje re-conhecidas como reivindicações daImensa maioria do nosso povo. queaspira a uma política externa de inde-pendência e soberania. Por isso. suaadoção representaria autenticamenteuma vitória popular.

Mas. apesar disso, elas não signifl-cam por si sós a mudança dc nossapolitica externa, no sentido de inde-pendência desejado pelo povo. Estámuito próximo o exemplo da Argenti-na. para qne se possa ter Ilusões aeste respeito: Frondizl mantém rela-ções normais com a União 8oviéticae outros países socialistas, e nem porisso deixa de fazer um governo en-carniçadamente entreguista. O que de-fine a nossa politica externa é o ca-làter de subordinação das relaçõesde nossos governos com os EstadosUnidos, e não a existência ou não derelações com a URSS.

Dessa forma, Jânio pode perfeita-mente reatar com a URSS. sem demaneira alguma contrariar a essênciadn Do'itica entreguista e reacionáriadefinida em seu discurso de posse cpe'os homens oue octioam os postos--chave de seu Ministério. Pode mesmoreconhecer a China, embora isso iáseia mais difícil: mas a recente de-elo ração de Kennedy. segundo a qual ogoverno de Washington se aprontapara reconhecer o governo de Pequime aceitar a entrada dos representantesdesta rrovérno na ONU, abre uma ners-nectiva nara que também Jânio possafa?er inclusive isso. sem irritar emdemasia os seus '"bons amigos" ricWashington.

O novo brasileiro deve, assim, exi-cir nue Jânio cumpra os compromis-snsauc assumiu de normalizar as re-Ia ções dn Brasil com todos os paisesrio mundo. A existência, ainda queapenas formal, de suas relações, iáserá uma contribuição para o alívio"tia. tensãointernaelünal' e um èStihíüIò-no sentimento pacifico de nosso povoMas devp existir também o oue é real-mente' decisivo: que Jânio dé rs rela-cões do Brasil com o canino socialistari caráter e a nmnlttude que elas po-riem ter, COmo fator para o desenvol-vim-mt-n p a em^ncitmcão do pais. Ep::lf*tr Isso significa lutar nela subs-t-ttulção ria política ric submissão edependência em relação ao imperia-llsmo norte-americano definiria porJânio, já em seus primeiros atos nogoverno, por uma politica dc desenvol-vimento independente da economianacional, por uma politica democráti-ca c nacionalista.

ret

&

JustiçaArtigo

Repele5&

A Comissão de Constituição e Jus-tiça da Câmara dos Deputados, emreunião realizada cm dezembro doano passado, aprovou o projeto dc leiilo deputado Campos Vergai, que pro-põe a eliminação do artipo 5K da leieleitoral vigente. Esse artigo, como csabido, veda a inscrição dc candidatosa cargos eletivos que tenham perten-cido a partidos cujo registro eleitoraltiver sido anulado. Tal dispositivo cvoltado diretamente contra os comu-nistas, que a partir daquela lei fica-ram proibidos formalmente de con-correrem às eleições.

A Comissão de Constituição e Jus-tiça, na base do relatório do ilustredenutado e jurista Barbosa Lima So-brinho, c levando sobremaneira emconta a opinião do também ilustre,jurista e deputado da UDN, professorPedro Aleixo, aceitou o projeto dodeputado Campos Vergai, declaran-do-o constitucional, por considerar olispositivo vigente, êsle sim, incons-litucional, uma vez que violenta tli-retamente os artigos da Constituiçãocue estabelecem os direi.os do citla-tião e os casos rxnre.sso.s em nue cadauni '"in os seus direitos políticos cas-sados.

Tal pronunciamento do órgão técni-co da Câmara de Deputados tem umagrande importância, pois que, assim,reconheceu-se como justa e acertadauma das principais reivindicações dasforcas que lutam pela ampliação dademocracia em nossa terra. Há váriosanos os democratas, combatem o rea-cionário artigo fift, assinalando-o comouma excrescência reacionária, vêemtal decisão da Comissão dc Justiçacomo uma vitória.

Entretanto, o projeto do deputadoCampos Vergai para se transformarem lei deve vencer vários obstáculos.Isto só será possível se dc todo o Bra-sil chegarem à Câmara dos Deputados,e_ posteriormente, ao Senado, comis-soes telegramas, abaixo-assinados, etc.exiçindo a revogação do artigo 58. Nomomento, esta deve ser uma das prin-cipais preocupações dos democratas,e princioalmente dos comunistas, poisnue a derrubada do artigo 58 poderálevar a uma modificarão sensível rmpanorama das. eleições de outubro de1%"». nossibilitando que Prestes e ou-tros lideres comunistas de prestiiri»"¦rtitiueni, como candidatos, 110 piei-to.

por obra t» jjrav» tlc j-olin» militarontfcgulita u> 24 do «itosto u> 5-1Agora, u*. circunstanciai sao dife*rentes, jhh» 61o volia pelu mau "le*gel" de Jfinio. ma» o espirito quei'i<• ¦:•!¦ a nua .1 ¦.-.';.,».. e o mesmode ante.-i, Gudin mio é mais o mi*nistro da Fazenda, mas o ministroda Fazenda reconhece nele. pu*bUcamente, o seu -guia espiritual".Além di.sM). ambos — Oudin e Cie*mente Mariani — se reconhecempelo (ato dc serem "pubhe rela*lions" dc empresas imperialistasdc energia elétrica: Gudin. como••diretor" da Bond and Share. cManam, como "diretor" da RioLight.Ministério da Light

!¦" -I...I- uniu característica dnMinistério janlsla, no setor eco-nômlco, a vinculaçiío com a lírIu.Além do ministro Manam, tam-bém o sr. Leopoldo Figueiredo fazparte do jíiujkj de homens de ne-gòcio e "pessoas bem relacionadas"aos quais a Liphl e a Bond andShare dâo o titulo de "diretor" epagam altos salários, para usá-lo.--como "cobertura" politica parasuas roubalheiras: é membro do"Conselho dc Administração" daSão Paulo Light. além de ser liga-do ao imperialismo através dc suafirma dc comércio exterior f'L.Figueiredo S. A.") c de sociedadesde investimentos controlados pelosmonopólios ianques.

Está dessa forma concretizadoo primeiro passo para a efetivaçãoda politica entreguista e reacloná-ria anunciada por Jânio em seudiscurso de posse. A "equipe" mon-tada no setor econòmico-financei-ro de seu governo é feita de enco-menda para aplicar as "reformas''colocadas pelos imperialistas ian-quês, através do FMI. como con-

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RelaçõesPúblicasdição "sino

qua non" para as "boasrelações" entre ò Brasil c os Esta-dos Unidos: a supressão dos con-troles estatais sobre o câmbio, ocongelamento dos salários, a res-trição ao crédito industriai, a li-

Alem de iicrtcnrcr no quadro dc "rc-Ifiçõcs publicas'' da LlglU, ClementeMariani c "testo-de-ferro" da "PauAmerican" c (oi usado por esta cm-presa numa manobra para assumir ocontrole da "Panalr".

quidaçãò das empresas estatais.'Iodas estas são medidas aberta-mente defendidas tanto por Gu-tlin como por Otávio Bulhões, noslivros e artigos dc "doutrinação"

que têm publicado.

anques Não Reconhecemas Fronteiras do Brasil

D episódio' da revolta dos demo-cratas portugueses a bordo do"Santa Maria» deu oportunidade aque viessem à tona, na imprensa,alguns problemas que afetam asoberania do pais, em suas rela-ções com os Estados Unidos. I'ii-meiro, revelou-se que aviões e na-vios militares norte-americanos eu-

vouldbut

have i

Portuis ;o men-

snc »•that Galvão aiv

political asylum.But Galvão at wtek's end had <lill ait-

other alternative, and one with dizzyinuimplications. The tiny rock island of Fer-nando dc Noronha lav only a tew hundretfmiles to the south. \J[longl to BuziL it hai h*i*n l*-"*H in-ih»

iile-tracl<lonwU.S. as a missile-tracking station, and tis,i.ooo rtilflWtls IlUlude U.S. civi''jn l*rh-ntcians and troops. Shnuld the Santa Ma- \ria land her 580 passengers there, Cap-tain Henrique Galvão niighl possibly sailaway again hefore the U.S. and Bcaiilcan untanglè the jègal cõmplexities ofthe situation._

Tldlf rrtlliui.11 li lTitr

iram e saem do lerritôrio nacionalsem qualquer constrangimento, co-1110 se

"aqui fôs-se uma terra sem

dono. Tratando-se de um episódio.sensacional, sóbre t> qual eslavaconcentrada a atenção de toda aimprensa do pais e do mundo, asautoridades brasileiras foram obri-gadas a reconhecer o escândalo epedir «explicações» a Washington.Ficou claro, entretanto, que em si-Inação normal, quando .1 opiniãopública não esta vigilante, ;i sobera-nia brasileira sobre o nosso terrító-rio e sóbre nossas águas lerrilo-riais simplesmente não existe, paraos militares ianques.

Veio depois outra revelação, ain-da mais grave: o não reconlieci-mento da soberania brasileira sobrea ilha de Fernando Noronha, porparte do governo dc Washington.Isso ficou evidenciado por um artigopublicado 110 Time , órgão oficio-so do Departamento de Estado só-bre 0 caso do Sanla Maria-. Nes-te artigo, afirmou d «Time que ocapitão Galvão, em vez de aportarno Recife, onde seria obrigado pelogoverno brasileiro a entregar o na-

vio, tinha uma alternativa que °deixaria a salvo da soberania doBrasil: era reabastecer o navio odesembarcar os passageiros em Fer-nando Noronha.

A estreita e rochosa ilha (icFernando Noronha — afirma p Ti-me ¦ — ficava apenas algumas mi-lhas ao sul. Embora pertencendo aoBrasil, a ilha foi alugada aos Es-lados Unidos como base de fogue-tes, e,entre seus mil habitantes es-lâo as tropas e técnicos norle-ame-ricunos.» Nisso se baseia a revistapaia afirmar* que o estatitlo legalda ilha õ complexo . não existiu-do ;i soberania do i'.r;isil naquelasparagens.

Fora de RumoNo primeiro fim dc semana pas-

sado cm Brasília o sr. Jânio Qua-dros dirigiu-se à Cidade Livre,muio-incógnito, apenas auompa-n had o do motorista do carro queo conduzia. Alguns candangos oreconheceram e Jânio voltou aoAlvorada, onde posou para foto-grafos, lendo uma biografia drLincoln c cortando cabelo. Êssecurte dc cabelo foi para pagarpromessa feita a um Figaro d»Estado do Kio, durante a campa-nha eleitoral. Não menos inten-cional deve ter sido a publicidade,em tomo da leitura sobre .1 vidade Lincoln.

• Houve Lambem, aos primeiros diasAr. governo, regular emissão de bi-Ihetes, muitos dos quais a Minis-tios. As recomendações do Presi-dente, enviadas a seus auxilia resimediatos, aparecem na impren-sa, através dc rópias da AgênciaNacional, Num desses bilhetes re-comeilda-se o restabelecimento derelações comerciais e diplomáticasnão apenas com a União Sovicti-ca <• a China, como também com »

Hungria, Bulgária c Rumáma;

Tratando de. aspetos do métododialético e das ideologias, GeorgesPolitzcr, em seu livro "PrincipieisElementares dc Filosofia", observai|i.c as ideologias são o reflexo dascondições materiais da sociedade.Entretanto 1'olilzer adverte: nãose deve dai deduzir que a ideologiaproletária deva ser automática-mente a dc um proletariado. Haoperários que não tem consciên-cia operária. As pessoas podemviver em determinadas condições,mas a consciência dessas pessoaspode não corresponder â rcalida-de. K Politzcr observa; "E' o queKngels chama uma consciênciafalsa."

Evidentemente, casos cit• .uns-ciência falsa existirão noutrasclasses. Será. o exemplo de .InninQuadros, um caso cie consciênciafalsa'.1 A atitude desse homem,sabidamente a serviço da reação,ao promover o reatamento de re-lacões com Estados socialista.-, se-rã manifestação cie consciênciafalsa?

Na opinião de alguns homens ligados a uma iI;k correntes que dãoapoio an governo Jânio Quadros 1,

O falü vem confirmar, uma vezmais, a alienação de nossa sobera-nia, representada prio acordo cl»Fernando Noronha, cm favor dosmilitaristas norto-anicncanoKTe Ira?imiii nova prova da má IV' e da an-sência de patriotismo dõs brasilei-rs que assinaram êsle acordo, cque sempre negaram que o mesmorepresentasse qualquer restrição oubrecha no estatuto dcif|Ujejn_ilJia_C£ii-mrj 'pTiTr-eia'"fi7í~Tei rilório nacional.

Pdulo Motto LimoAtí!*

movei do atual Presidente, mu-dando momentaneamente o rumoda pnhtica externa do lirasll, de-ve ser levado á conta de fatoresde que se utiliza " ex-governadordc São Paulo para realizar mano-bras táticas, fundamentadas tiadoutrina militar da mobilidade.Não se trata, portanto, de um casode consciência falsa. Fazendo con-cessão a exigências de amplas ca-inadas de nosso povo, o sr. Já nioQuadros, nessa emergência, pareceter cm vista fortificar a posiçãode seu governo, para depois alcan-ear outros objetivos mais altosda política de que se faz executore que. muito sintomaticamente, eo-meea a receber aplausos de porta--vozes ctò :.irunw4s-l+-rtttfr.—no—j7iT"^'nais norte-americanos e de paisesdo ocidente europeu

Pequenos gestos, como a ida fur-tiva à Cidade Livre e o ato de sedeixai fotografar cortando o ca-belo, combinados com algumascartadas fortes, como a da amplia-cão cie nossas relações com o mun-do socialista, são atos conscientes,com objetivo determinado c en-panam muita Rente boa. Masnem por isso deixa o reconheci-men tu dc ser benéfico.

Anm

Page 4: POLICIA DE UCERDR - marxists.org · mêi depoit do reaiuitomcnto tolo-rio mínimo, c ja foi feito aot banca-rioi aposentados entie os anos de 1934 e 1957. Dentro dc 60 diai lodoi

" : '• "ii. .

- 4 NOVOS RUMOS Rio de Jonoir ... -.«-,*,.-,, de 10 o 16 de fevereiro de 1961 —

"CAMISA PfiROA" CONTRA "FERA AZUL"

Ascendino e Lacerda InvestemContra a Liberdade de Criação:Proibido o Filme «Fera Azul»

Depois do i-u*a 'Rio 40 gráUi",do qual foi protagonista o gene*ral Mene-zcs Côrlf*. na época co*roncl c chefe cl«* |x»IU-ia nomeadol*lo sr. Café Filho, volta o cinemaa enfrentar o problema da consu*ra como iiulnimenio coercitivo alivre cxprcisAo do pensamento. Evolta exatamente na Guanabara,pela açáo de um inieleetuaMan»terneiro. o sr. Ascendino Leile. no*meado chefe do Serviço de Censu*ra pelo governador Carlos Lacei-da, que pensa da mesma maneiraque o general Menezes Cortes.

O homem, depois de interditarum disco de critica de autoria docompositor Jucn Chaves, arieim*teu contra o filme japonês "A FeraAzul", proibindo-o sob a alegaçãode que o mesmo prega a "luta de

NR na Bahia

classe*", fato que pode prejudicara "formação moral do nosso povo"Dias depois, voltou a carga, dessave* contra o íilme nacional "Sexoe Vida" As razoes alegadas para aproibição deste, sáo as de ordemmoral. etc. e tal.

Os nto* do sr Ascendino Lei*te revelam com t-àda a clareza oespirito fascista que norteia aadministração do sr. Carlos Lacrr-da, a preocupação cm afogar namais violenta repressão as mani-festaçôes democráticas e por issomesmo discordantes de sua poli*tica.

A utilização do Serviço de Cen*Mira como instrumento de coação,visa diretamente a intelcctualida-de: os escritores, os autores de pe-ças teatrais e as homens de cinema

no Brasil. O sr. Leite, um intelec»tual que se revelou mais policialdo que todas os policiais que anteschefiaram o Serviço de Censuraquis advertir quando proibiu o lll*me japonês e, o que é mais graveao proibir "Sexo e Vida" deixoubem claras sua» intenções de mas*

.u.ir a orientação reacionária quimprime ao serviço que chefia, soba •¦ai.-i de um falso e prejudicialpreconceito moral. Náo é por ar..que S. Exa. Revma. cardeal D. Jai-me de Barras Câmara veio logo apúblico aplaudir a atitude do cen-sor.

As atitudes tipicamente íam-isl«lo novo chefe da censura, nervirninentretanto pura revelar uma situa-

-i" ilegal deixada pela mudança daCapital Federal. O Serviço de Cen-

Itabuna: Udenismo Ameaçaa Liberdade de imprensa

Panam sobre o sul do Estadoacintosas ameaças à liberdade deimprensa, isto é. ao direito de cri-tica e de opinião usado por algunsjornais que aqui circulam.

Estas ameaças devem desper-tar as forças vivas democráticasda região, para uma tomada deposição em delesa dos sagradospostulados do homem, garantidosem nossa Carta Magna.

Depois da vitoria do sr. Jânio

NR no Estado do Rio

Centro cultural

e artístico

sino-brasileiroMACAÉ, fevereiro (do Corres-

pondente) — No dia 21 de janei-ro realizou-se nesta cidade, a sole-nidade de fundação do Centro Cul-tural c Artístico Sino-Brasileiro,entidade que se destinará a pro-mover o estreitamento dos laçosde amizade e o intercâmbio cultu-ral e artístico entre o povo rir Ma-caé e a grande nação asiática. Aprimeira diretoria do Centro estáassim constituída: presidente —Moacyr Santos: 1." viec-presiden-te, vereador Roberto Mourão; 2."vice-presidente, dr. Manoel doCarmo Losada; 3." vice-presidente,prof. Miguel Ângelo da Silva San-tos; 4." vice-presidente, dr. EvcrestSalles; 1.°" secretário, professoraMaria José Borges Guedes; 2."secretário, sr. Alberto Ramires daCosta; 1." tesoureiro Márcio Mo-rcira Paes; 2." tesoureiro, NestorFundão; diretor social, RanildcCastro Paes; procurador, JoséVieira Motta.

Sindicatofesteja

-••w-H-ver-sáft-e-

Quadros ã presidência da Repú-blica, em diversas cidades da zonacacaucira o udenismo vem de-monstrando desejos de eliminarpela violência adversários politi-cos. Os primeiros colocados namira das armas dos vencedores ío-ram os jornalistas independentes.

Em Canavieiras, chefes politi-cos acionistas vomitam ameaçassobre o jornalista José PinheiroTolentino. Queimam o órgão "Vozdo Rio Pardo" em plena rua. O re-ferido confrade participou da cam-panha pró-Lòtt e usa do direitoda critica contra os seus oposito-res. A policia se omite.

Em Itajuipe, um aventureiro,instigado pelo udenismo daqueleMunicípio, tenta derrubar pelalòrça um prefeito legalmente cons-t ituído e, este mesmo aventureiro,saca de revólver para assassinar ojornalista Clodoaldo Cardoso, di-retor da 'Tribuna de Itajuipe'" 0crime deste jornalista é não con-corda r com a derrubada do pre-feito Chaves. A polícia se omite.

Em Itabuna, o deputado fe-deral João Alves de Macedo (ude-nista), no interior do Banco doBrasil, desconhecendo a Constitui-ção Federal, lança impropérios,palavrões e ameaças contra o di-retor da "Tribuna Regional", •"*

Curso de

Economic

PolíticaEntra agora cm seu segundo período

o curso de economia política promovidopela revista "Estudos Sociais", cujaspalestras vêm sendo realizadas no Edi-ficio Glória, à rua Francisco Serrador,2, sala 303. As próximas palestras te-rão como temas e autores, na seguinteordem:

7, 0 p 10 de fevereiro, "ReproduçãoIn capital", por Ivan Ribeiro;

21, 23 e 24 de fevereiro, "A renda¦Ia terra e a.s relações agrárias sob ocapitalismo", por Diógencs Arruda;

ÍS de fevereiro, 2 e 3 de março, "Oimperialismo", por Renato Guimarães;.X Q p 10 ¦df--jxiaxKQv-iiCE.Í!iij*5 firrUca-s-

HÉLIO MUNtl

combativo jornalista ..-.anocl Leal.O crime do confrade foi ter dr-nunciado, no jornal que dirig<.uma. trar.,ação duvidosa que Iriaprejudicar lavradores do Sul daBahia.

Com esse desejo de vingança oudenismo na zona cacaucira to:-na-se uma ameaça: Os lares deseus adversários politicos poderãodeixar de ser invioláveis, famíliasinteiras poderão ser assassinadas,e os direitos do povo e dos traia-lhadores serão tripudiados

Causa estranheza a apatia dosecretário sem Pasta e da policiaregional em não tomarem mreli-das para que sejam respeitados osdireitos e garantias individuais as-segurados no capítulo II Art. 141,da Constituição Federal.

Diante destes acontecimentosqueremos deixar claro que nãoaceitaremos passivamente, comofatos consumados, os crimes queestão sendo planejados contra ademocracia. A liberdade de i&nsa-mento de que hoje gozamos riopaís custou sangue de nosso povo,sangue da nossa juventude noscampos da Itália na guerra anti-fascista.

- >. que anten era ntihordlttado noI». j arlamento Federal de Stn.iir.in*• i Pública, portanto de alçada duuovemo du UniAo, tinha podenM dederigfio pnrti permitir <hi interditarti .'Víbki' de um !--¦'.¦ ou .1 apre*•etitnçno de pecas de teatro cm todo•< t.-rriloriii nacional. Mesmo com aii lindeienciu dis*. I i* • ¦ lamt ¦ Inpara a jurisdiç-fio do Estado da Qua-imbara, o chefe do Serviço de Cen-Mira, que agora ¦• cHtndual, contl»ihiou a twtifrulr dos podôrc* quelhe davam a condição de óivâo fe*il.-ial. Nesse sentido, já sc fizeramouvir numerosas munifratnçôcK deprotestou, entre as i|iiain se destaca.i <lo secretário de Segurança do Ks*lado do Rio, ipu» não reconheço uu-loi idade no senhor Ascendino Leitepar», decidir que filmes deverão serou não exibidos naquele l-.-t.ni>*. Opronunciamento da autoridade fIn-ininonse st» torna multo mais sério«nando ela afirma que os distribui-dores do filme «A Fera Azul- po*dirão pleitear a exibição da peli-cuia no Estado do Rio, que serãoatendidos,

Arrancar rias mãos do Intelec-lual-lantcrnciro que age como unicamisa parda hitlrristr-i esse piivilé--tio ó. nlém de medida legal, mani-fcstaçâo de respeito às instituiçõesdemocráticas. Exigir a sua demis-são ó contribuir para o saneamen-Io dos espíritos, cortar pela raizum mal que sempre prejudicou alivro criação dos intelectuais, im*pedindo o florescimento de um ei-tema e um teatro genuinamentedemocráticos o identificados com asituação do pais e os problemas do(MIV1

MAGÉ, fevereiro (do Corres-pondente) — Com a presença degrande número de trabalhadores,líderes sindicais e do repre-sentan-te do governador Roberto Silvei-ra, realizou-se, no dia 5, ato sole-ne de comemoração do aniversá-rio. dxL-Sindicato. ..dos.-.Trabalhado-.,res na Indústria de Fiação e Te-eelagem desta cidade. Como partedas comemorações, foi feita naocasião a entrega de diplomas àsjovens que terminaram o curso deCorto e Costura instituído pela en-tidade.

Ato de apoirà RevoluçãoCubana

MACAÉ. fevereiro (do Corres-pondente) — Patrocinado por per"sonalidades políticas, dirigentessindicais e estudantis, realizou-senesta cidade ato de solidariedadeà Revolução Cubana. Grande mas-sa popular participou da manifes-tação, durante a qual falaram odeputado estadual Aristóteles deMiranda Mello, o professor Rober-to Mourão. o líder camponês JoséLyra Madeira e o estudante Alber-to Ramires da Costa.

p rrise geral do capitalismo", porMarco Antônio Coelho;14, 16 e 17 de março, "A passagemdo capitalismo ao socialismo", porLourdes Carvalho;21, 23 c 24 de março, "A economia

socialista", por Luiz, Carlos Prestes.As palestras se realizam no horário

de I!) às 21 horas, às terças-feiras, ede 20 às 22 horas, às quintas e sex-tas-feiras; a palestra, dura uma. hora,com outro tanto destinado aos cleba-trs. A entrada é franca.

NR no R. G. do Sul

Porto Alegre:

curso denacionalismo

PORTO ALEGRE, fevereiro (doCorrespondente) — Realizou-sena noite do dia 7 último, no salãonobre do IAPI desta Capital, a so-lenidade de entrega dos diplomasaos participantes da l,a turma queconcluiu o Curso de Introdução aoNacionalismo, ministrado pela As-sociação Gaúcha dos Ex-Alunos doISEB e em cooperação com o Sin-

-sh-ae-fee-des- -Tra-ba-Httrrinn*:s~ íms"lH-"dústrias Gráficas de Porto Alegre.

Paraninfo foi o governadorLeonel Brizzola e durante a sole-nidade foram homenageados ogen. Jorge Braga Pinheiro, o depu-tado federal Armando Temperam'Pereira, o professor Álvaro VieiruPinto, diretor db ISEB, e o depu.-.lado' Rolatld Coíbisier. Orador daturma foi o sr. Orosman Ramos.

Ernesto José da Costei-aleceu em Curitiba, Paraná, no dia 28 de janeiro último, nosso

conhecido e estimado companheiro Ernesto José da Costa, um dos maisativos e leais militantes do movimento comunista daquele Estado. Filho decamponeses pobres, desde jovem revelou-se um revoltado contra as injus-ticas sociais c a miséria decorrentes da estrutura retrógrada ainda vigenteem nossos campos. Vitima destas injustiças, foi encarcerado vários anosna Penitenciária do Estado, onde liderou várias lutas e revoltas contra odesumano e antiquado regime penitenciário que, se não chegou a mudaro mesmo regime, obrigou o governo, no ocasião, a substituir todo_o pessoal~áâ Mummisiiucoo e aoalou toaa a opinião pública do"PÕraná. Ainda naPenitenciária, Ernesto chegou a tomar conhecimento das idéias marxistase do movimento comunista em nosso país, aos quais aderiu e serviu fiel-mente até seus últimos momentos de vida.

Foi repórter e redator do semanário «Tribuna do Povo» e última-mente militava no jornal «Última Hora», edição do Paraná, dirigindo duasseções das mais populares daquele jornal: «Fala o Povo» e «Cidade Aflita».Seu desaparecimento prematuro, foi sentido por todos os seus amigos e co-legas de trabalho e particularmente por Iodos os comunistas de Curitiba edo Paraná que tinham em Ernesto, um exemplo de abnegação e de fide-lidadu á luta e à ideologia do proletariado.

tft¦*®*Wffi$'^.'A$ii!mffi***m iffi!1tl^iTfl?^l ^KXlcÍir#•«^KH^^Jui.^nÉèw.ali* sÊ-' tv,* v KUáJI IwklaH¦Éltt^ÉÉtfcÚ '-^^^Mbatt mmmMmm -k MmA^^^**1mm mmm\Mmmm mm*

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NR em Brasília

Candangos Apoiama Revolução Cubana

Entre 25 r .'10 de janeiro último,realizaram-se em Itrasilia, miIi opatrocínio «Ir personalidades poli-tiras c intelectuais, numerososato* públicos de solidariedade aCulta. O primeiro deles teve lugarna eidade-satélite de Sobradiuho.ottde o dr. Olinto Meireles, que vi-sitou recentemente Cuba junta-mente com uma delegação de par-lamcntarcs brasileiros, pronunciouuma palestra «pie foi ouvida pormais de 1.000 candangos. No Pia-no Piloto foram realizados dois

atos: um nn dia 2K. quando falouo deputado Dum i li Kits Vrlasco. enutro no dia -lo. que contou eom *presença do adido cultural da Le-nação Cubana no Hrasil. dr. Mar-tim Mora. Por fim. realizou-se, naeidade-satélite de Taguatinga. umafesta popular de solidariedade aCuba. durante a qual foi exibi.**»um filme documentário sobre ;ncomemorações do aniversário «i.«Revolução. A foto ê «le uma ila«.manifestações realizadas em Ura*silia.

PROFESSORES CARIOCAS DIRIGEM-SE À CONSTITUINTE

Bases Para a Soluçãodo Problema Educacional

O Sindicato dos Professores dolíio de Janeiro enviou à Assem-bléia Constituinte do Estado da

Mais livros parMoscou fala

portuguêsA iniciativa de estudar

sileiros, que sc encontramdo, atualmente, a Univcrs!Amizade dos Povos, cm Mcsentido de lecionar línguaguêsa a todos os estudante c*ressados, que ali se acham, dasmais diversas nacionalidades, con-forme NOVOS RUMOS noticiou,causou ótima impressão nos maisdiferentes círculos, principalmenteentre a classe estudantil e as en-lidades que sc preocupam em am-pliar o conhecimento do Brasil c(li: sua cultura.

Compreendendo o alcance doempreendimento dos jovens brasi-leiros que estão em Moscou, o Mo-vimento Nacionalista Brasileiro,Seção de São Paulo (em eslrutu-ração), decidiu emprestar todo oseu apoio aos nossos patrícios,atendendo à solicitação de livrosde texto, gramáticas e manuais dalíngua portuguesa, material didá-tico indispensável à boa çow—secuçãoJe^fiiiti-abje^ívTJsT"

Ale o momento, a seção paulis-ti do M. N. B. já enviou para Mos-(ou os seguintes livros: Modernagramática expositiva da línguaportuguesa, de Arthur de AlmeidaTorres; Manual de lingua portu-[ uêsa, do mesmo autor; e o Peque-ho dicionário brasileiro da línguaportuguesa.. (Jl.n ed.); de Auréliolíüarque de Holanda Ferreira.

O Movimento Nacionalista Bra-dleiro, Seção de São Paulo, solici-ia a todos aquiles que sc interes-sam por essa iniciativa, de alto in-terêsse cultural para o pais. quelhe enviem publicações e livrosi(iie sejam úteis ao ensino de por-tugués, como, por exemplo, os se-iíiiinles: Vocabulário ortográfico'da língua portuguesa, de AntônioSoares Amora, ou o de Tcnório rli*Albuquerque; Dicionário de dúvi-das e dificuldades da lingua por-tuguêsa, de Zclio dos Santos Jq--tha; Liç^es__de_jiBái^ise7--tfê^3[íria-

—itnThr Gama Õury; e o Dicionáriorusso-português, de Vera Nevve-rowa, bem como edições em por-tuguês e russo da Bíblia, e obrasem esperanto-português.

O M. N. B. de São Paulo res-ponsabiliza-se pelo envio do mate-rial até Moscou. Os interessadospoderão dirigir-se à sede do Movi-mento Nacionalista Brasileiro, Sc-ção de São Paulo, Pátio do Colégio,I. telefone 33-3896, na cidade deSão Paulo.

Guanabara uma valiosa contribui-ção para a elaboração da Consti-tuição do Estado no capitulo relê*rente ã Educação e Cultura.

Uma comissão de mestres ca-tegorizados sc encarregou de redi-gir o anteprojeto do mencionadocapitulo. Compòs-se a comissão dosprofessores Maciel Pinheiro Filho,Alex Aniz Abrahão, Walter Ribei-ro Lemos. Carlos da Silva Teixei-ra, Alfredo Marques de OliveiraFilho, Levy Borborcma Porto, Syl-vio Serpa Cosia, Hélio Marques daSüva, João Resende Pereira cBayard Demaria Boitcux.

Princípios fundamenta

O trabalho apresentado .7 As-sembléia Constituinte da Guana-baia em nome do Sindicato dosProfessores parte de um principiobásico: a defesa da Escola Públi-ca, porque, diz, "é a única verda-deiramente democrática e huma-na", mais que qualquer outra ca-paeilada para oferecer ao proíes-sor as condições materiais — jus-to salário, tempo para estudo, ho-ras para descanso e lazer — e mo-rais, tais como liberdade de ensi-no e pesquisa, independência pes-^,soai, mínimas exigíveis papâr^ó"exercício do magisj.ór-iflr''

BjU-eíír^sír os professores cario-"cas pela defesa e valorização dosprofissionais que exercem o magis-terio particular; em favor de prer-rogativas das Faculdades de Filo-sofia e especialmente de seus cur-sos de pedagogia; organização téc-__nica e democrática da administra-ção do ensino,_.i.sentarae qualquerinfluência ""éxtra-educacional, epreservação dos valores cultu-rais.

Principais sugestões

O artigo 1." do anfcep ,-... uoSindicato dos Professores prevêque "a educação é direito de to-do.s e será dada no lar e na escola.Deve inspirar-se sempre nos prin-eioios da liberdade e nos ideais dasolidariedade humana."

Naturalmente, o Poder Pji'3ÍíC0"será obrigado a cnaj^aírfóndiçõesmateriais iicecsSárías para que

jL-rsertriTeito não seja, como até hojeentre nós, simples letra de fôrma.E' alarmante, no Rio, o númerode crianças sem escola, em partepor faltarem recursos a grandenúmero de famílias de trabalha-dores, em parte porque o Estadonão dispõe de prédios e outros re-quisitos in.disp.ensay.eis para tornarrealmente um direito a instrução.

Por isso mesmo, o anteproje-tu do Sindicato estabelece em seuartigo 2." que "o e ensino de to-dos os graus e ramos será mínis-irado pelos poderes públicos e é li-

vrc a inici; .a particular, respei-tadas as leis que o regulam".

Nem poderia ser de outra for-ma, num pais como o nosso, emque mais da metade da populaçãoainda é analfabeta e mesmo numaimportante cidade como o Rio oproblema do analfabetismo, taisas suas proporções, não pode dei-xar de ser um assunto de Estacto.

Como complemento do art. 2.",o art. 9 determina que a Lei Or-gànicá do Ensino, dentre outrasprovidências, regulará: a) a obri-gatoriedade do ensino primáriopúblico de todas as crianças de 6a 14 anos de idade, além de outrasmedidas destinadas a resolver tãoimportante questão.

Com este objetivo, prevê aaplicação na construção de esco-Ias públicas de nivel primário emédio da taxa de 10',; sobre o va-lor dos espólios de transmissõescausa-mortis e de 5!.' sobre o va-lor total das operações intervivos.

Levadas à prática medidas se-melhantes, depois de tornadaslei, os habitantes do Rio poderiamcontar com um mínimo de garan-tias para que seus filjtms—-=-—e" riaosó os filhos,jáí7S^í5rivilegiados —Jxoh^r^scolas, possam usufruir"Om direito humano hoje universal-mente consagrado e, mais do queisso, tornado realidade em paísesonde o analfabetismo era uma ca-lamidade como no Brasil: o direi-to à instrução.

NOVOS RUMOS

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Page 5: POLICIA DE UCERDR - marxists.org · mêi depoit do reaiuitomcnto tolo-rio mínimo, c ja foi feito aot banca-rioi aposentados entie os anos de 1934 e 1957. Dentro dc 60 diai lodoi

*¦» Wo UA Janeiro, «emente de iuo 10 do fdvoreiro do IVôi

Notas Sôbrc Livros.. _«JBwn .p*í*J,hW"»' ** »«*» í»"** <P» de |.hihü„ fíciiiiudo, ê*te roteiro

ü, - . l**'"'* «w Vinícius di» MonU qui» t a *iia Aniulmia ferilre 13»•dltaol. Aqui i-;.;,.,.- acompanhar a lorota e fecunda iraleiorw dé»trerinao vaia da moderna uw»ia toraMleira 8ua orolu*Üo mieira «< eneon*ira utnAe viiiuinn a> trenntai páftfMs: dr*dr ». poesia» ds fundo mlstlooe dftsospéro. |,..-.,:.,•. |Mtu m>u eraude tema — a Mulher -- ale a pomü»«octal de "O ¦¦!":.... riu ,;,-••,.,..Vão loniif o. di;u> cm qun numa eldadetlllha (iruviitciaua. mau ura-vtneiana do qut» u Rio, li. Miliego c inquieto, dr* Viiiiriu» de Morai» Trrupuo fietc-i' Era para mim uma jhjcíí» nbn-ur* ma» ¦;-¦ .u.•».:.., ..... umaui.nni Muhiis de »«<ui> ver»* tiraram para sempre na minha m-moria.Relí-m aeora. a nbtrundartr é a mr»ma. u metmu encanta abismai.Ma« u Morta mudou, K mudou (tara melhor, aperfeiçoou-mi na forma,li.-. • :.. • no» tema», isnuhnu um contendo novo. -...- predominaainda. n< ¦¦• < rolrianea. o loriiunio do sexo K aqui nao «* pode falar em«ublimaiMo ViiiHiti. dr> Morai* da-no* ..<¦•¦•¦ tema inejiiotavrl da poetiadeu scriilo» cantil* de sabor de Imda. de Nalurr/a rui , ¦ •.• ¦.,, continua,de criação di> Mundo* K' o Poeta «em hipocrisias, e. nor i%»q mrsmo, Poetaem t«da u »ua iih-nltiide. resumindo-ae em "A bru»i*a uneMa ,t, Mulher

Am* Úl'". um de m<ua melhores eantoa.Creio porem que ViniciUi de Morai* iinjri-.M.ti na ía»e deliniilva eBiau elevada de sua itocinailca rum "O operário em construção" Retomaéle aqui o eaminho do noa» maior poeta do pagado. Castro Alves Nntu-Mlmente em ritmo novo e ante um homem novo — o trnhplhndor quesanha consciência de mia fòn-a •• do destino de sua classe mi processo de- -redenção,————~-———— ————»—.«—.—Entre im poucos que procuram fa/é-io. Vinícius de Morai», reabilitaA i' enire noa, rellrando-n dai alturas maeesstvri em que a eoloea-ram nas ultimai rteradas porta* aristocratas, e nproximando-a do povoUma fane da nus»» história esse arlstocratismo da isoesia?Sun. e possível. Du Plckhaiiov que, como as macieiras dao maçãs,

¦mu >orledade em decadência so |H«le oferecer uma arie decadente. Ma»t <¦:.•:• que no selo mesmo deMa sociedade em decadência ne Remam forcasque lhe >ào antagônicas e que imprimem um novo rur»o ao.* acontecimento*.K i- ¦.. forças tem tombem uma idrnlouta própria, dentro da qual surgemneceMailamente representantes das tendências revolucionárias tambémnos domínio» da literatura e da arte em eerai. Nao importa a origem•ocial desses homens que souberam compreender o processo histórico co acompanham.

Ou muito me elimino, ou a Segunda Guerra Mundial, com seu cor-tejo dt problemas sociais candentes, desatados em toda parte, contribuiudecisivamente para dar uma nova rota a poesia de Vlniciu.s de Morais,enquanto lhe deu uma perspectiva mais clara da organização da sociedadeenntempotàne.i o sua evolução. Krr.i por acaso que este Poeta vive ho;etão intimamente Irmanado com as fontes da poesia imputar, convivendotom o> .sambistas e éle próprio compondo sambas de rara beleza cantadostm lodo o Brasil?

, E' possível qui' Vinícius de Morais ainda náo esteia de lodn libertodos |i.¦¦•¦:.¦• ¦¦¦ de tinido religioso que motivaram seus primeiros poemas.Seu "Operário em construção" ainda e precedido de palavras bíblicas. Ma.snáo há duvida de que um poeta que escreve semelhante poema jâ possuiile próprio a consciência da mudança de essência que se onerou no tra-balhador moderno: "O que sempre dizia _tim / Começou a tíuet não"

Também nesta nova poesia. Viníciusde Moi ais se afirma na negativa de umaarte ultrapassada e condenada a finar-seeom a burguesia.

NOVOS RUMOS 5 -

0 Que Será a Escola Nacional de Cinema

Rui Fqcó

UM ANUNCIOHouve espanto. Uni jornal publicou mu anúncio que dizia, assim:"Sepultura perpetua - - Cedo direitos de uma na parle plana do Cerni-

tério de S. João Batista, por CrS I 600.000,00 mi troco por apto. de sala. 2quartos. Zona tíul. Tratar, etc". CD.A. comentou o anúncio numa desuas crônicas n<s "Correio da Manhã" ao mesmo tempo que um leitortnaw amigo levava à minha casa. pessoalmente o recorte, dizendo: - - Veque crônica podes Jazer.

Nâo sou mulher de facilmente ser espantada. Não Íoi em vão queroeu rosto criou rugas, meus cabelos embranqueceram, meus olhos enfra-queceram. Andei sempre tão preocupada cm ver tudo que é natural minhavelhice sem ingenuidade. Sabia, inclusive porque jã recebera noticias deame. amiga, que esses túmulos perpétuos estavam ou estio sendo vendidospor preços altíssimos, quantias que são muito mais de vivos do que deBiortos. E compreendo. E' um sujeito proprietário de uma área de terraonde está plantado em mármore com anjos ou retratos, um mausoléo. Praqué? Os mortos acabam mesmo ticando só ossinhos e de ossinhos hoje nãoeive nem mais cachorro. Sim, não dêem vitaminas aos cachorros « vejamse éte.v vivem. Neguem-lhes carne e verão o que acontece. Mas voltemossoe mortos, ou melhor falemos dos vivos.

E' proprietário de alguma coisa uma pessoa viva que só tèm hojeou possui também ura mausoléo perpétuo no cemitério de 8. João Batista?Náo será melhor vendé-io para comprar mn apartamento nesta hora emque morar é tão difícil quanto comer? A parte plana do Cemitério de S.Joáo Batista é ocupada por pessoas martissimas, repousando há muitosanos, tão mortos que nem mais visagens poderão faz.er. Defuntos novosa ricos podem ocupar o lugar desses antigos e ostentarem o luxo dostnausoléos soberbos.

Mas há alguém, ainda, nesta época de viagem à Lira, de descobertas tãoimportantes que põem por terra velhiosiroos tabus, alguém que gaste umfciilr.ão, quase dois. para ter um mausoléo? Já nio era hora de se pensar,po Brasil, em incinoração? Tanta gento não tem onde morar e os oemi-térlos ocupam enormes lugares. Esses perguntas como m afirmaçõeslevam-nos a compreender o anúncio que tanto espanto provocou nosoutros. Lembro minha amiga contando:

— Hoje para se morrer é tão caro, tão caro que conheço uma senhoraqüe quase deixa o marido sem enterrar. O pedaço de terra do cemitérioé de preço tão alto que antes comprar um apartamento...

Foi justamente pensando assim que esse proprietário de um mau-soléo perpétuo quer urgentemente passá-loadiante por um milhão e seiscentos milcruzeiros ou trocá-lo por um apartamen-to na Zona Sul ta mesma zona do comitê-rioi com sala, dois quartos, etc. Compreen-do. perfeitamente.

Tópicos TípicosNo COKiiEIO DA MANHA, há duas semanas, o Dr. Roberto Campos,

tom o talento que Deus lhe deu c a Keação aproveita, defende a tese deque imperialismo é coisa do passado, c diz. que "no Brasil, nunca íoi tãointenso c popular o medo ao imperialismo e ao colonialismo quanto agora,que ambas as coisas estão em velo/ desintegração" — fenômeno que o Dr.Campos chama de "a caça ao obsoleto". No mesmo artigo, aliás, c espresi-dente do BNDE confessa que. tempo houve em que êle andava "encharcadode literatura marxista, rezando pela cartilha de Lenine, Hilferding e RosaLuxemburgo". Essa revelação parece-nos ser da maior importância paraquem quiser compreender-lhe o drama íntimo. Desde que a verdade lhefoi revelada, isto é, a partir rio momento em que percebeu a naturezasagrada do capitalismo c transformou-se em paladino da propriedade pri-vada, o Dr. Campos tem tido uma preocupação fundamental: redimir-sede pecado cia mocidade, de ter sido marxista. Por isso, batendo-seleoninamente contra o socialismo, contra o nacionalismo, só se sente traii-quilo quando o chamam de "Bob Fields",

A hostilidade dos comunistas, a irritação dos nacionalistas em geral,os ataques das esquerdas-, são galardões para o Dr. Campos, representamo reconhecimento cia eficiência cia sua ação reacionária. Pode-se dizer,mesmo. quo. longo rio proteger-se, cio se oferece às pedras que lhe atiramo« seus adversários, chegando até a provocá-las, quando os adversáriosesmorecem. (No artigo de quo estamos falando, cio se refere, com orgulho,a este yêzo do D. Quixote, dando-lhe a designação entro carinhosa e irônicacU "vicio danado de nadar contra a corrente".). Os leitores devem estarlembrados da entrevista quo o Dr. Campos dou na televisão, há meses,atacando a Petrobrás o o monopólio oslatal na exploração do petróleo!ocasião om qiir se expôs á ira do toda a nação. Qual o motivo daquela'franqueza inábll? Temos absoluta certeza de que. naquele exato momento,quando sentiu sôbrc si a fúria unanime das forças populares, o repúdiomaciço do povo brasileiro, tal como quando os estudantes o apelidaram deo entreguista "Bob Fields", o Dr, Campos era um homem feliz.

Porque o Dr. Campos precisa sentir-se combatido como reacionário,para sentir-se seguro contra o seu passado, para sentir-se liberto do mar-xista que éle um dia chegou a ser. O drama intimo do ilustre economistac exatamente esse: o de ter necessidade da antipatia dos marxistas a fimde estar certo de que conseguiu romper com o marxismo. Quando um co-munista lhe faz uma censura, êle vai dormir tranqüilo, está eom a almasalva Mas hoje, quando lhe levarem ás mães estes TÓPICOS TÍPICOS,,éle vai ter insônia. Pois a verdade, Dr. Koberlo Campos, é que o marxistaque o sr. já foi não está inteiramente morto,não: sob o conjunto delirantemente reacio-nário do seu artigo, transparecem inequivo-eos elementos do mais purn maixisiiio-leni-nismo... Só que nós, por maldade, não lhediremos quais são,

l mi exume ligeiro tlu Kltllaçâutlit iniltl-lll.i . íl|illi,iti.i.l,ill, ,i n».eiuiml evidencia imediatamente osterríveis obstáculos que cnlreii-Mm uh iHiiM-us patrícios, \ in*I. IU l.l lli- ri|tlt||.i|||i |ll,, III,,li, Hl le i iiiii|ili-in v trRrii em iiuhhuh eviiiiii.is .i iirin lente tiiHiulação üusLiliin .iloi ms «o ii.in mu iiieriidr hoIveteranos, viciados nu fwllu tle re-CliniOS Ue liiisMi iinlii-.lii.i. u mcompetência e .negligência tim»i|iiMilniN técnicos e mixilinrr». de-Mínima os mala pacientes realiza,dores,

Raros produtores dispõem derecursos puni .alugar Instrumen-t.ii m.iis udi'i|imdo i* i.H- .mu êãaea.se defrontam rum .. Inipossi*hiiiii.Mii' de riitniiii,ii it maquina*riu de que precisam <iu,ui mi Hru-sil. Quunto uo pessoal, conium-.senos dedos de umu múo os IioiikiliiniiiiailnicN r ox aceitáveis "cn-mern-men"; e esse "bons" |mde-sccolocar entre aspas porque difícil-mente se revelam capazes de umufotografia de nivel Internacional.

Os luliurntõrios constituem oterror c fonte perene de Insôniapura os .realizadores lu-m inten-cionados artisticamente, .Menuspor suas. Instalações deficientescomo pelo receio nos erros, dcsiui-dos, enganos c tolices pratiendos

pelo pessoaL \ incompetência do«técnicos, artiflees «• auxiliarc» m»é Miprradu pels ucglicènria. de»,caso, desinteresse pela quulidudriii> li.ili.illm. in im i.i VW, r»liiiuil.iiios pelos próprios udmiiiuirudo>re» aiidun de lucrai alu« e Mi eisrmlnu.1 a «lista da reputni.acf co*nirrrul du emprena.

Nada *e compara, entretanto,no pn.i.irin.i do som, ,\ paciéii't-ia dr um realiiador esgota*se uoprimeiro ciiu de truh.illio, <• precl*sa de Iruniiformur-se em técnicopara c.iruulir um mínimo de qua-liil.nit a aua piodui.úo. t.i.n.i,..,,regravaçâo, traiuposicáo, dubla,gem s;in fases r rxignn dos cl*leustus um esforço quuse insii-

porta vel p.u.i conlcr*se e levar ucubo a empreituda. e nüo |miuosdesistem no meio do caminho eabandonam a fila á mia própriasorte.

fcsse retruto pode purrcer prs-simisla ao leitor desavisado masnâo o será purn uquélcs qi e mi-litani nn nossa indústria ir lil-mes. quer nu Imi^u-niri .i^em.quer na mais precúriu nimia drciirlu-metragem. V. » razão desses1-onn'iitarios é o desejo de discutira futura Kxcolu Nacional de Cl*iirmii frente às necessidades drnossa reulidade cinematográfica.

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ERENBURG NA CüSfl DOS SETENTAO consagrado escritor, publi-

lista e lutador pela paz Ilya Eren-burg completou 70 anos, dia 2(ide janeiro. Grandes comemora-ções assinalaram o aco.nleci.men-to na União Soviética, onde inú-meras homenagens foram presta-

das ao autor de "A Queda de Pa-ris". Na foto, Erenburg assiste,.sorridente, à solenidade realizadano dia de seu aniversário na Casados Escritores, quando recebeu aMedalha de Ouro da Paz, otitor-gada por decisão do ConselhoMundial da Paz.

Ja sr pude verificar que i' ¦tré% cursos programados pue •»,,.tio das atividade» da l'stola, pelomenos dois suo de absoluto intrrêskOi iiM'iit.i»i-in r loioKiafiu. t>mesmo uãu »e pode dizer do uiilio< ni mi. que »e nâo r prematuro, epelo menu* iudispeiinàvel numaprimeira fase, em beneficio de 0U<tios de mais real e efetiva exigên<cia. A urceatidade de formar Ire-nlcos r atuiliares de laboratório,bem como técnico de som, nãopode ser rsquecida iirm drixaduparu segundas etapas. Islo ar im-põe se se deseja um centro dr eu*.iuo que de fato trugu efetivo eimediato proveito paru o ciurmubrasileiro,

Ue outra parte convém lem-brur que paru evitar o academia*mo e formalismo de nosso ensino,a Kscola jamais deveriu se preo*t tip.ir npenus com u formavno deprofissionais, mas dedicar-se comtintas us suas possibilidadrs e portodos os meios á tarefa de treinaro prssoul já eucajudo nu profis-suo, mediante cursos de apertei-cjoamenlo. K nem se pode deixurpara segundo plano, como se dri-xa na Kuropa. os chumados tra-bulhos práticos. Kntrndo mesmoque uma escola de cinema, paruter proveito, deviria cuidar nir-nos em definir-se como um cru-tro de divult;ai.4o e rnsinamriilotrórico do qur como um especialerntro dr produção complrmrnlu-do |Mir lieois teóricas r submrlidoa um sistema didático.

O previsto funcionamento daKm-oIu uo Instituto Nacional drCinema Educativo só pode ser re*crbido como umu noticia alvica-reiru. O cnlrosumento du Esculacom n produção de filmes torna-seliem mais fácil, r r um pondera-vel fator contra o acadcmisnío cmque cairia se isolada ou integra-da em nossa formal c solene Uni-versidade. O otimismo, porém, nãor completo porque o INCE mes-mo já r. de há muito, entidadeacadêmica e hurneratizada. e. sal-

Violência de

Lacerda contra

Álvaro MoreiraHá cerca de vinte anos, o atual

governador da Guanabara apare-ceu em prantos na casa de ÁlvaroMoreira — ponto de reunião deintelectuais — e comunicou quehavia praticado uma baixeza, aovender por trinta contos de réisuma reportagem a Valentim Boti-ças, onde denunciava seus com-panheiros militantes do PartidoComunista. Expulso como traidorda casa do escritor, não mais foiadmitido nos círculos eu limais deesquerda.

Agora, tanto tempo passado,cheio de poder nas mãos, aprovei-lou-se de um processo ja prescri-to — originado pelo funciona-mento da Escola do Povo — parasubmeter Álvaro Moreira a tunaviolência, fazendo-o. por meio deordem de seus beleguins, compa-recei' à Polícia Central para deporno citado processo.

Com mais de selem a anos, a•saúde já desgastada. Ia foi obii-gado a ir Álvaro Moreira, acom-panhado de seu médico, de quemtinha ordens do máximo repouso,sofrer o vexame de ser interroga-do por um policial qualquer.E' o ódio de Lacerda contra ainteligência, contra qualquer for-iria de progresso, a demonstrarque ninguém pode viver em segu-rança sob setr governo."Pan Morous", de Machado de Assis

Pedro Severino

Não pensem os leitores que setrata de um novo Machado deAssis desconhecido, apresentadopor R. .Magalhães .Ir. ou outroilustre machadiano. Pan Morousé o título com o qual saiu, há uniasemana, em Praga, a obra-primada nossa literatura. Dom Cas-murro.

A obra foi publicada cm tira-gem de 10.000 exemplares, numacoleção popular e bastante pro-curada pelos leitores, intituladaA leitura mundial. Pan Morousconstitui o 251." tomo da coleção,na qual foi incluída, também, atradução tcheca das Memórias de

¦um sargento de milícias, de Ria-nuel Antônio de Almeida, publica-da no ano passado, e Vidas secas,de Graciliano Ramos.

O fato de vermos incluído onosso clássico nessa coleção c mui-to honroso para nós. porque os li-vros que nela se publicam são ri-gorosamente seleciona,(.li)s, |i;i.r.arepresentarem dignamente asmais diversas literaturas do mun-do inteiro. Assim no ano de 1960,

além de fVÍ. A. de Almeida, foramapresentados aos leitores tchecos,nessa coleção, entre outros: Cíce-ro, Erenburg, Flaubert, Chester-ton. Karinthy, Radiguet, Shclley,Verga.

O livro é barato, como é comumna Tchecoslováquia, onde os li-vros se publicam em elevada lira-gem. Corresponde a treze passa-gens de bonde em Praga. .lá vimosalguma recente edição brasileirade Dou CasmuiTo que custasse (15cru/ei ros?

Esta edição é a primeira apre-sentaçáo do nosso clássico naTchecoslováquia e o estudo deZdenek llampejs, que a acom [ia-nha, é a primeira análise que sefêz na Tchecoslováquia do nos-so maior escritor nacional. O pre-faciador descreve em 1~ páginasa época cm que viveu Machado deAssis, apresenta os principais da-dos biográficos, analisa a produ-ção jornalística, poética c teatral

.i.i.<U_í's.Ç..i.'iior, . dedicaniln_a_ maioratenção aos seus romances c con-tos. líaseado liuin bom conheci-mento da literatura machadiana,

táo enriquecida ultimamente, ío-caliza o prof. llampejs ainda ai-guns problemas interessantes, p.ex., a atitude de Machado de As-sis pura com a gente de côr, paracom a vida política, enfim, antea própria monarquia. No espiri-to dos argumentos salientados tãobrilhantemente por Astrojildo Pe-reira, demonstra o prefaciado!' ossentimentos democráticos de Ma-chado de Assis, provando tambémque não se. justificam as acusa-ções que lhe fizeram, de arte pelaarte. Terminando seu estudo.afirma o estudioso tcheco queMachado de Assis figura en-tre os maiores escritores iiniver-sais.

O leitor tcheco, que vinha lo-mando contato com a literaturabrasileira através de traduções deJorge Amado, Guilherme liguei-redo e Graciliano Ramos, ManuelAntônio de Almeida. Alui/io Aze-vedo e Castro Alves, pode hoje la-liiiliari/.ar-se com outro vulto denossas letras —, Machado, deAssis,

M. SILVEIRA DE FARIASvo se o novo governo efelufcr mu*<IHn .,.,..-¦. MihM.iili mis no-, qu.,itrot tomo nos mrtndos dr lr,ibi-li"- dr pomo servira u colabora*çfio dn Instituto, Ademais o im {;rrqurr lambem modriui/uçán «irseu iquipumrulo c ampliação ilesuas iiim.iI.i. ,n- r dr seu In.lru*ni, iii.it iW ii.iti.iili,,

A sugestão iio ex-ministro nuEducação < Cultura, prof, ClòvísKalgauo, no sentido de acumularmun,! prssoa u direção du lusli-luto c uu l.sioM !• excelente n«usn por evitar conditos de au.o.1*dadr r dr «iiíiiiiiiisiiuçuo iiiuss,principalmente, porque lacllita <¦simplifica o entendimento cntirus duas nu idade». O probirmu,será a cm olha do nome qur imrc.spoiiMibilizar.ne |k*Jum primciruaunos dr vida n.i Escola. Sr naolur umu pcrsuiiuliiludc exempiar,distingulda por seus méritos rromprlrnciii, sr cair lias mãos nrpolitiqueiros, carreiristas ou bu-rocratiu, dr nudu terá \uhdo »esforço r o entusiasmo dos qur s«dedicam u niiii reti/ar o cm pi reu-dlmento, o mesmo se podr repe*tir qii.iiiiu a designação dos pro-irsMircs. Sr r verdade qur serádificil encontrar mestres catego*ri/ados im âmbito nacional, nempor isso srr.i mais fácil a rscolhu.Indispensável será que sr recrii*le, pelo menos para temporadas,.ilgiuii nomes estrangeirai, comoJ.in I.i \da. Thorold Üickson, Ka-rcl Kriih ou Joris Ivcns. Intíis*prnsávrl lambem aproveitar per-sonalidailis iiivulgarcs no quadronativo como Otávio de Paria. Pli*nio SiiKSCkiild Kocha, Paulo Kmi-lio Sales Gomes r Alex Vianv.

O projeto de organização riuEscola inova o sistema dr compora Congregação, ai chamado Con-selho, integrando-o por apenastrês professores e coniplclaildo-ocom três críticos de ciiiemu ilidi-cados pela entidade de classe. Ainovação pode ser útil, por issoqur visa ao dialogo du entidadecom outros setores do cinema bra-sileiro; náo se compreende c ocxciusivisino de representar ape-nas a ABCC, e por que não inte*urar também representantes daProdução, cujo interesse é eviden-te. da Federação de Cincclubes,entidade máxima dos organismosde cultura cinematográfica. ouainda da Divisão Cultural do Mi-iiistério de Relações Exteriores,cujos serviços podem ser de aliointeresse para o convite e patroci-nio a professores estrangeiros, en-

re outros.

Náo escondemos nosso receioquanto ao funcionamento da fu-tura escola, embora desejandointensamente o êxito da inicia ti-va. sem dúvida, das mais impor-tantes na atual fase de nossa ei-nematografia.

Teatro HKATIII7,li ANDEI RA

"0 BOCA DE OURO" (II)Nao é noviiluilc ;i 'iuroniüC/ao'', di-

gamos a.s.sun ij.i qiie w!;i em moda;i palavra) "do teatrólogo Nelson Ro-drlgues pela Cia. Nacional de Tea-tro, Eu, por exemplo, chegada lia pou-co ao Rio, tomei contato com éle atra-vc.s de duas de .suas peças "A Faleci-da" c "Senhora dos Afogados", ai pc-los Idos de i!ir>4. se bem me lembro,pela companhia oficial, então chiiiim-da "A Dramática". Cenário e Ilumina-ção do .saudoso Santa Rosa cheios da-quele lirismo poético que transborda-va de tócla.s as suas criações, ficava-.se spiu saber se o mérito das peças.caberia totalmente ao cenógrafo quetanto as valorizava, I-. também a ai-gumas belas Interpretações, como a.sde Nalália Timberg e Sônia Oitlcica,por exemplo, ou independia de um eoutras. Em boa hora o S N.T. edl-lou as obras completas desse autor,para um estudo mais sério por partedos interessados. Mesmo não goslnn-do de algumas, surpreendeu me a lot-ça dramática do autor, sua verdaclci-ra intuição teatral. A beleza quaseclássica cie "Senhora dos Afogados"tragédia atualisslmn e ao mesmo lem-po valida em qualquer época, Agora,ante ii "Bma de Ouro" eugita-se mui-to de saber da importância ou náo daobra de Nelson Rodrigues. Paia mimseu grande, mérito é ser um teatro-logo que. cm quase tudo o que escrevese situa, claramente, no tempo e no es-paço. Suas peças podem ser rigorosa-mente limitadas a uma di terminadaepocn em determinado local Elas c.x-pres, ;>m i A Falecida", "O Boca deOuro", "O Vestido de ;w,i>',í i porexemplo, a vida cie certas famílias pr-queno-burguesas paitperizadas, na ?.n-na suburbana da cidade do Rio de Ja-nelro, nu segunda metade do scculqXX. Com seus pequenos interesse,:jogo do Incho, fofocagens de vizinhas,rivalidades, traições, lutas desespera-das paru ascendei' na escala social

quase sempre sem olhar os meios• suas mi ctias físicas e intuais, suaImensa ignorância e falta tle perspec-Uva. E' uni quadro desolador, sem ciú-vida M:i-' tem n valor ue. í lil do-cumehlário Mesmo apresentando uniavisão unilateral dn vida, me mii apre-sentando freqüentemente uma foto-grafia defonhada da rea!(Iü Ncl: un Hoiil çuies i í.'tlado dessa Ri-nie simplestro de custumes, porémvas menu.-) sombrias,

laric. cxv; in.lar o outroM.i Um leu-c pcr.spec'1-

JL.

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a- 6 NOVOS RUMOS Rio dt Jontiro, lemona do 10 o 16 oV fevereiro de 1961 —

0 ESCÂNDALO SAS NORTAS "LEPROSAS" Dl JACAREPACUá

Polícia de LaceraaProtege a "S*»Qde" da Light

Noventa gun» da Limpeto Uibo-na, acompanhado! d* moii uni lonloi

pellcioil, deitrunam hó lilt temonotatro*. *oriai hortot em Joiarepoguá. Oon.iini d* cattetelet. pót. entodoi e

picorelat dot invaiMei e a grande vio-linda da invaiáo impediram quolqueiiea(ão momentânea d o t agriculloret.qut «iram, d* um momento paia outro,dittruidat intelramenlo iuoi plontofõetd* agrião, alface, couve o oulroí pio*dulot, Pouco depoii. o governador la-«erda vitltou a lama e a deiolacõo que.-ito.om dot conleiiot «icejonlei. po-tando para ot lologralot * repórter*»temi delentor da toude da populoçãocatioca.

"Higiene" policialDe lo.c a invotóo deitiuidoro,

<om todo a tua truculência de tipo fa»_cuia, foi explicado na ocatião comouma medida de proteção ó populaçãocarioca, particularmente 6 de Jocore-pagua. p o í t oi planlacóet leferidotteriam irrigada! com óguoi tervidoi doColônia de leproiot de Curupaili, cujo!esgotos detaguariam num córrego qur-oiravetta a lona arrolada. Foi dilo

que a medida utoneodora» fora suge-rida pelo diretor do Departamento deEigolot Sanitariot. em viilude da po-luição dai água» que urinavam oi hor-lat.

Contudo, a destruição ..saneado-ra» não panou de uma encenoçóo pa-ra disfarçar interênei escusos. A repor-lagem de NOVOS RUMOS, em re-vitto ói hortoi deilruidoi. pôde com-talar que não há a monor relação en-Ire a iuo destruição e umo ponivcl pn-luição dai óguai de irrigação pela Co-lima de Leprosos

Qualquer um que visitar o local

poderá verificar, em primeiro lugar,

que ai hortas deilruidas não recebemáguas do carrego dado como poluido;poderá ver, igualmente, que as águasdo referido córrego estão a mais deum metro abaixo do nivel das hortasdestruídas, e que os lavradores nãoUm qualquer aparelhamento de irriga-

çéo ou canais que permitam elevaiaquelai óguos a»é o nivel dos planta-fiei.

Riacho poiuirlnAi hortas detlruidas sao rogadas,

r*a realidade, polo rio Covanca e pelaágua de poços artesianos que existemna área; elat nem siquer PODEM re-ceber águas do riacho poluido, a nãoter que fossem feilas grandes escava-cões para fazê-lo subir em sentido con-trário ao seu curso natural.

Por outro lado, numa confirma-tão de que a «destruição saneadora»não pasta de uma farta e de uma cor-Hna d« fumaça para esconder inferes-Mt que nada têm a ver com a higiene* a taúde da população, a reporta-gem de NU observou que outras hor-ta* situadas mais abaixo à margem doriacho em questão, e que de fato uti-tlzom suas águas, foram deixadas in-tecleis.

Cortina de fumaçaNa realidade, por que policiais e

gari* receberam ordem para destruirplantações de quase 100 lavradores,fazendo com que dobrasse o preço dashortaliças na região?

A maior parte dos terrenos em quese localizem as hortas destruídas per-tence à «Rio Light S. A.», ou melhor.

ã c->->ubiif<uif>fi cujoi <»rr0!*v*lriot n

governo Lacerda recebeu há pouco: n«Companhia f e 11 o Canil do JardimHotánuo Como umo companhia quete diria deficitária conteguiu poituiideienat de ftectaret de teitai numaatea próximo à tona uibana. ond* om*lio quodrodo vot* circo de OS? 00000 — eit o que o gevernadoiLacerda deveria averiguar, q u o n d oaceitou o («no-velho do companhia d*bondr

Ao invei ditto, mandou deitruírai horlot dot d*i*nai d* laviadoietaot quait a tubildióiia da «Ught» olu*

in ot lolet agricolot, • itto porque aconceitionário iniciara uma liontocôocom uma companhia imobiliária paraa v*nda détl*t lerrenot arrendado».

Especulação imobiliãri.Ao vender o terreno * luipvnder

o» orrendomentot, a ¦ light'. c*ila-mente náo eilará interditada em inde-nizor oi lavradoret por tua pioduçáo.avaliada em cerca de CrS 6 milhòetnem por iuoi benfeitorias, no valoraproximado de CrS 4 milhõet. O lucroda especulação imobiliária terá muitomaior tem o pagamento dettai inde-nizaçôe?

E simplesmente o aumenio do lu-cro imobiliário que o tr. Lacerda fa-voreceu, ao inicior, na prática, a ex-pulião dot lavradoret arrendatáriotdat terrai da u Light», detlruindo tuatplantações sem a menor indcniiaçáoe sem qualquer informação aoi lavra-dores sôbre o seu futuro. E êtie lucroimobiliário é tão grande que, já temajuda de cassetetes, fêz com qut aárea cultivada do ex-Distrito Federalbaixasse de 48.578 hectares em 1940.para 39.663 hectares em 1950.

Talvez agora se tome mait com-preensivel porque tão grande númerode escritórios eleitorais do tr. Lacerdalocalizava-se nos térreos de edifíciosem construção.

Saúde a casseteteDe qualquer maneira, é evidente

que a taúde não é um cato de policia.Oue ela fôtse tratada como tal, já bat-ária para levantar a suspeição sôbre

a razão «sanitário» da batida policia-esca de Jacarepaguá. Metmo que fõs-

se constatada a poluição das hortos everduras, o governo deveria encontrarjunto com os lavradoret uma soluçãoconveniente: desvio das águas poluí-dai, através de esgotos subterrâneos;conserto ou melhoria da estação detratamento e desinfecção dat águas daColônia de Curupaili ou, om último ca-so, transferência dos lavradoret paraoutras terras.

O governo deveria, no mínimo,avisar os lavradores, dando-lhes umprazo para tomar providências, e éesta a opinião dos próprios lavradores.Nada, entretanto, foi solicitado ou in-formado a eles. Ao invés ditto, umainvasão de surpresa; enxadas * picare-tas destruindo em horas um trabalhode anos, com proteção e ajuda de umchoque da Policia de Vigilância, im-pedindo qualquer protesto. E nem umajalavra de explicação.

ProvidênciasEm visto disso, os lavradores de-

cidiram entrar com uma ação na Jus-tiça, reclamando uma indenização pe-los prejuízos que tiveram com a des-truição de sua produção; pretendemeles provar que as terras que cultivam

não recebem óguai de Curupaili * que,de quolquei medo, o governo não po-de r*tponiabllirifloi per ttla poluirãoobiigando-ot o abandonar tuat feriai.

Váriot laviadoret relatam, Inclu-sive, que o córiego dado como poluídonão tem quotquer ovlto nat tuot mar-gent • por iuo. deienat de «lanço*d* Jacaiepoguá bilncom # tomam bo-nho em tuat óguai* not dia* quentesA «preocuparão tonltáila» de govei-

nodor loceido parece*lhet, poli, multolimitada e etpecifica..,

Por oulro lado, na AttembleiaCenttltulnle. ei deputadot HérculetCorreia e ftolond Coibiilor, depoit det tilorem ai hortai detliuidat e entia*¦cm em conloto' com ot lavrador..», fi-: vam o denúncia da invasão, ieme-

* ndo oo Executivo eiladual um roque*i. me nlo de Informações tóbre a«]ue*tr*>.

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Oquesobrou

Ni-m tudo foi destruído. Alguma coi-sa sobrou d» fúria destrui.lo.a ilns be-leguins ile Lacerda. Mas a falta ileágua c o calor mataram as planta-ções abandonadas por seus tlonns porurdem rio governador.

PrepotênciaHÉRCULES CORREIA DOS REIS

Aot leuenlo dlai d* teu governo, dei»a claro o ir. Coiloi loceido oi i* »propóiltoi, o tua político • ot tnélodof que pretende empregar te <a «mpregnlpara roíolver oi problemas do cldad*-Eitodo. Incopai de pelo menoi »• ¦ > •mlnhor oquèlet que exigiam folucoei mait urgente., revela no ftacono diiiecômico de odmlniitraçâo o conteúdo demagógico de iuo componho eleitor ',

quando oprenoava ooi quatro venloi o etlilinclo de uma comluflo de lecni tque plonejova a orientocôo de tua admlnitlracão, ao meimo tempo que lv*vir à lona lodo o conteúdo leacionòiio e antipopulor de tua pollllca.

Oue fèi Lacerda em 60 dlai? Mondou teui capangot realuar dtmo.:*iracõet hoiiit aot voieadorei, numa ptlmeira demontlroçào do que i « . tfaier com todo» oi que cfA|*> divergem) ordeno, alrovét de melodot vio';nic: •poraliiocõo da construção do edifício Etcoipiõo, medido tomada po'f •' ••fazer a vaidade de um memSro do teu tecrelorlado, o ir. lavlola, 1» . igo p. i»»oal do proprielár'o do edific-o; monda dcilrulr. tem mait nem menos, o pi *da ilha da Cigola; ordeno a reprcitão contra oi cabeceiioi-de-fero» e oi am*bulantc», para melhor alenc'er cs grupoi reacionário! da Atiociocào (< . <•ciol; onloi mermo de um exame alerto do moiivo alegado laliét improcedente),mando un bondo de 100 pol.ciaii ceilruir oi iior.oi do loi',o do Tanque, cmJacoiept • jr, ,ioro lallifoxcr oi > nlci ir» da light, proprielária doi lenenci»invene i mi'i;,i.i.i(iin,-i> ir.ii.ii r.o.oiÍ! oi de ónibui e lotacòet, obrigando-ota ttabrj' ar ií- barha eicar.iioooo e o rc por o» bigodr'.,

Além dêstct fo.oi, é de te o»;ino!fi a aibilrori' i.cde cometido contra oescritor Alvoio Moreno, convocado poia cirior na pr .cio em proceno já ca*duco, e o deuefpeiío que v*m moinfc.onco no qur íe rcfcie oo cumprimentode deciiòet judiciai», como e o ca;o cia referente ôi ironsmiiiôei dai tciiòeida Câmara Municipal pela Rádio Ror,ueie Pinlo.

Foi lào longe o govemcJor, duionte ès:et doii meiet, em molério deviolação do orciem dcmbcrálica c,u?, Icmtroio cie Cf-.c ícui atai lejom oru-lodo» pelo ação da Juiliça to c>uc jã lem ocor.ido com váiiotl, volta »uo iracontra ot magistrado: cio Suptcmo Tribuncl, iiijullando-os', numa atiiuac queprovoca revolta em lodo o f.cir.

Por oulro lodo, »uo aii.ude cm relação o» forco» que o elegeram écompletamente diferente. C» olo» tão »ub:li.uido» por pa-evro». Por que, porexemplo, não tomou medida» no tcn.ido de criar uma companhia mi»to r"-'dexplorar o serviço telefônico? Por que não aciona a ComponiYo Jardim Bo*tônico por prejuízos decorrentes do entrego de material donificodo e inu.ili-zado oo Estado? Por quê, enfim, não cob.a ot 6 bilhões de eruxciio» do» ex*portadoret de café, quando »e »obe que nè;»e coso éle teria o apoio do pró-prio Supremo Tribunal Federal?

A moralização apregoada tonta» vezes pelo governador eslá »e rro*lizando ás avessas. Os financiadores de »ua campa- r.0 iccebendo o r o*metido prêmio, e o povo é quem paga.

Pelo que se fêz alé agoio, pelo» método» empregado», conliece-se quoo »r. Lacerda persegue um objetivo: piepa.ar o terreno paia um clima que,generalizado no pais, só pode levar à violação dos dircilos democrático» e àinstauração de um regime de exceção, conforme intentara no 24 de agô»lo,conluiado com homens que hoje figuram no ministério do sr. Jânio Quadros.

A reação do» ato» do governador, da qual é dnmontlração inequívocao manifesto de advertência recentemente lançado por diriçcnle» políticos, sin-dieci» e esludanlis da Guanobara, revelo que as condiçõe» política» hoje exit-lentes no Brasil são diferentes das que se manifestavam há algum anos. Opovo eslá vigilante c picciso se monler cisilm para mait tarde não vir a »ersurpreendido.

HÉRCULES E CORBISIER NO PARQUE PROLETÁRIO DA PENHA

Constituição (do Jeito Qued*â Muito Pouco Para as Favelas

Está)Uma dighl-mirim» funciona no

Parque Proletário da Penha, submeten-do os favelados à mait brutal expio-ração. Indivíduot inescrupulosot. con-trotam o fornecimento de luz atravésdos medidores que instalaram, cobran-do preços exorbitantes que variam deCr$ 5,00 por kw a CrS 40,00 por lâm-pada. Além disso, na sua ânsia delucros maiores, sobrecarregam os medi-dores provocando constantes queimas e,conseqüentemente, o corte de forneci-mento para centenas de favelados. Taisocorrências são periódicas e delas osfornecedores se aproveitam para co-brar taxas exorbitantes para restabe-lecer as ligações.

A denúncia foi formulada pelosmoradores do Pqrque, durante o en-contro que tiveram com os constituintesHércules Correia dos Reis e RolandCorbisier, especialmente convidados pa-ra debater com os favelados questõesligadas à elaboração da constituiçãoda Guanabara.

A reunião, realizada sob os auspí-cios de NOVOS RUMOS, compareceramcentenas de trabalhadores, que aplau-

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rii ":> algun'; dias atrás aqui vicejavam pés-de-couve, alfacos, quinlmschuchu

diram demoradamente os dois repre-senlantes da oposição na ass^Méiaguanabarina.

Uma batalha só.'Não pode o governador Carlos

Lacerda — falou o deputado Corbi-sier, abrindo a reunião — resolveros problemas do povo carioca. Para seeleger governador êle assumiu compro-missos, não com o povo, mas com osgrupos reacionários nacionais e estran-geiros, seus grandes eleitores, notada-mente a Light, os homens da rua Acre,os frigoríficos e os tubarões do ensino/.

Depois de reafirmar a sua dispo-sicõo de cumprir os compromissos quehovia assumido durante a campanhaeleitoral, fêz um reloto sucinto da si-tuação na Assembléia Constituinte,definindo as posições dos representan-tes do governo e da oposição diantedos problemas existentes na Guanaba-ra. Em relação à questão das favelas,disse o deputado Corbisier que a mi-noria propusera a constituição de uma

.íissão especial, da qual participa-ricim rèpresenlanies de todas as fave-Ia', da Guanaba.a, a fim de se elabo-rar um programa contendo as indica-ções para a solução dos mais gravesproblemas que afligem tais núcleosurbanos.

«A essa como outras propôs,^sque beneficiariam a população — afir-mou o constituinte petebista — a maio-rici, dócil ás determinações do gover-nador, opôs sua recusa».

Sob intensos aplausos da multidãopresente, o deputado Corbisier termi-nou seu discurso ressaltando a necessi-dade de o povo se unir na batalhapela solução dos grandes problemasnacionais, dos quais não estão desli-gados os problemas particulares daGuanabara.

Remendo em casa vel!"Há quantos anos os candidatos

percorrem as favelas e prometem, an-les de cada pleito, resolver todos osproblemas que afligem os favelados?O que foi feito até hoje? — pergun-tou o deputado Hércules Correia dosReis, ao iniciar seu discurso.

«Nada» foi a resposta dos pre-sentes à reunião.

Após constatar o completo aban-dono a que foram relegadas as fave-Ias do Rio de Janeiro, apesar das mi-Ihares de promessas já feitas, o depu-tado Hércules assinalou que não bostadar ao trabalhador favelado uma as-sistência social que cheira a esmola,instalar uma ou outra bica. «O favela-do precisa — disse — é de segurança.Segurança de que amanhã não serádespejado do pedaço de que ocu-pa .

Prestando contas do seu traba-lho na Assembléia, relatou as alivida-des que foram desenvolvidas na sub-comissão competente pelos membros daminoria que dela fazem parte (o depu-lodo Hércules é um deles). Assinaloucomo uma das vitórias obtidas a in-

clusão no projeto de Constituição, deartigo que determina a dotação de3V. da arrecadação do Estado para aurbanização das favelas, de autoriados representantes do PTB e do PSB.

Conclamando finalmente o povoa lutar decididamente para fazer apro-var uma constituição democrática epiogicssisla, assinalou o exemplo dopovo cubano.

xCuba — disse — deu o exem-pio a todos os povos da América La-lina. A Revolução fêz a reforma agra-ria que deu teria aos camponeses ea reforma urbana que deu moradia atodo o povo. . . A defesa da Revolu-ção Cubana é parte da luta de cadapovo da América» — concluiu.

Debate frutíferoApós o discurso do deputado

Hércules Correia dos Reis, estabeleceu-•se um debate durante o qual os fave-lados solicitaram medidas no sentidode se coibir a exploração a que sãosubmetidos pelos fornecedores de luze outras visando a dotar a favela dosmelhoramentos capazes ae proporcio-nar condições de vida mais humanaspara os seus moradores.

Os parlamentares presentes, naocasião, se comprometeram a fazer umrequerimento de informações ao govêr-no estadual a fim de que o mesmo in-torme à Assembléia sôbre o problemado fornecimento de luz às favelas eque medidas pretende tomar para im-ped|r os abusos.

CINECLUBISTAS PREPARAM FUNDAÇÃO DE SU A CONFEDERAÇÃO

«Jornada Dos CineclubesCondenou a Dublarem

erraai í asada

<lia>, atras aqui Vicejavam pés-de-couve, alfacecenouras, aRriões, enfim os mais variados tif.tis de verdurt

ciam tnilas as semanas para i.s lates dn carioca, atas o terreno c ii.il-iclit <iucr vendê-lo, Para náo indenizar os arrendatários,policia rtcslruir as hortas.

I,ac

, tomates,i que des-Light, c :imandou a

Sob o patrocínio da Federação dosCine-Clubos do Rio de Janeiro, e ori-entada pelo Centro dos' Cine-Clubesde São Paulo, realizou-se na Guanaba-ia, de 21 a 24 de janeiro último, a «IIIJornada de Cine-Clubes». O certame,ao qual compareceram 83 delegadosde entidades do gênero em todo oBrasil, além de representantes de cine--clubes da Argentina e Venezuela, tevea prestigiá-lo também a presença dopresidente da FIAF, sr. J. Toeplitz.

Um vasto programa foi cumprido,destacando-se a realização de sessõesplenárias e reuniões de comissões téc-nicas, a visita a estúdios cinematográ-ficos e a apresentação de alguns dás-'.icos :!o cinema mundic'.

Resultados práticosDurante as sessões plenárias, rea-

lizadas nos auditórios do Ministéro daE:,'.::ação, da Câmara di- V?icc nres cdu Faculdade Naco.ial de Filosofia,

discutiram-se numerosos problemas li-gados às atividades dos cine-clubes ealguns concernentes aos problemas ge-rais da cinematografia. As principaisresoluções aprovadas durante o certa-me foram as seguintes: 11 — lnic!arcampanha de âmbito nacional em fa-vor da aprovação de Leis Municipaissemelhantes à Lei 4854 de São Paulo,que cria um adicional sôbre o impostode diversões nos ingressos de cinema,em favor dos produtores brasileiros,mediante prêmios e financiamentos di-autoridades, manifestando-se contra adublagem de filmes estrangeiros; 31 —encaminhar mensagens às autoridades,retos; 2) — encaminhar mensagem àsno sentido de que seja aprovado p'o-jeto do deputado Sérgio Magalhães emíavor da Cinemateca Brasileira; 41 —d-lcgar poderes à Cinemateca íliafüpi-ra para elaborar e apreseniar às auto-rcl^ies competentes um projeto do Es-tatulo do Cinena não Comercial noB.ús.l, visa.iuo ú preservação dos bons

filmes exibidos no país, apus a sua ex-ploração comercial; 51 — apoiar asresoluções do I Congresso Brasileirodos Críticos de Cinema, realizado re-centímente em São Paulo; 6) — ctiarum Conselho Nacional dos Cine-Clubes,com o fito de organizar a Confedera-ção Brasileira dos Cine-Clubes, entida-de máxima dos cine-clubistas do Brasil.

O Conselho criado em virtude daresolução acima, eslá constituído dotseguintes elementos: Valter PontesIGB), Pe. Barros (Nova Frihurgol, Jo-

sé Alberto Fonseca (Belo Horizonte),ijmberto Didonnet (Porto Alegre) eCarlos Vieira (São Paulo;, O plencmoaprovou a escolha da cidade de Pôr-Io Aler-re, como sede da próxima jer-nada a se realizar em fevereiro de1963.

Os delegados ao certame foramrecepcionados pelo Ir.sIÜuto Naclj;.^!do Cinema Educativo, cujo diretor lhesofereceu um coquetel na «Maison doFrance».

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— Rio dt Janeiro, itmona de 10 a 16 de leve eíro de 1901 alia •wi 7-

Programa de Kennedy: Superar CriseCom a Corrida Armamentista

O presidente John Kennedy,em sua primeira mensagem sobreo Estado da União npresrntadii uoCongresso no dia 31 de janeiro,confirmou oficialmente aquiloque os relatórios oficiosos e nume*rosos trabalhos de técnicos e eco*nomistas afirmavam a respeito dusituação econômica c politicii dosEstados Unidos. Traçou com astintas da verdade as condições rmque vive o povo (falta de habita-ção, educação deficiente, falta de

a-.-.i.i.-tiM.i médica), a crise eco*nniiiii .i que st» ugruvu e tom riuo uumrulo r.ulii vex maior donúmero dr desempregados. As so*bicões que o presidente ilidicu, es*lii-it.inii-nti- ligadus an que élenuisideru o proílriiiit in.tis nj-udii.o d» política externa ii ser segui*dn pelo seu governo, süo aquela*.di-diriidiiH no aumento do podernj-rrvdvo do pnis. de mantitençúodos blocos militares e das tropasestacioiiiidiis em base*, no cxlc-

riur e que consumirão mais da mrtnde do orçamento americano pa-ra o presente exercido.

Chamando u atenção dos Iri-tores pura o trabalho compurutivo da situação eronómlcu dos llados Unidos e du I KSS publica-do no número Klü de NOVOS Kl'-Mus, piihllcumos abaixo iil>-iindos im lios mais imjioriiiiiU-s damrnsagem de Kenuedy. (O* titu-los e Milititulos sào du responsa-bilidade dn redação de MO.

A Realidade Americana Para a Paz, Palavras;Crise, Desemprego e Miséria Para o Rearmamento, Fatos

"O estado atuai da economiaé perturbador. Assumimos o go-•gí vérno após sete meses dc reces*sào. três anos c meio dc uma eco-nomia frouxa, sete anos dc um rc-duzido desenvolvimento económl*co e nove anos dc declínio na ren-da agrícola."As bancarrotas chegaram anível recorde desde a grande de*pressão. Desde 1951, a tenda agrí*cola diminuiu cm 25 por cento.Salvo por um breve período, em19.*i8. o número dc desemprega-dos é atualmente o maior da hiu-toria. De cinco milhões c meio denorte-americanos sem empregos,mais de um milhão procuram umemprego há mais de quatro meses;cada mês que passa, cerca de150.000 trabalhadores dissipam a.sjá parcas pensões por desempregoa que têm direito."Quase uma oitava parte dosdesempregados vivem quase semesperanças cm dezenas e dezenasde zonas afetadas pela depressão.

restante inclui elementos re-cém-formados, incapazes dc apli-car seus talentos, agricultores for-çados a deixar empregos de meioperíodo com que vinham equili-brando seus orçamentos, traba-•lhadores especializados e não-es-•pecializados dispensados por In-ílústrias importantes como as demetais, maquinário, automóveis emáquinas."Nossa recuperação da deprés-são de 1958, além disso, foi anê-mica e incompleta. O produto na-cional bruto não recuperou seupleno potencial. O desemprego nãoSretornou aos níveis normais. OUso máximo de nossa capacidadeindustrial não foi restabelecido."Em resumo: a economia nor-tc-americana está - em diíiculda-<J:s. A economia industrial maisrica da Terra alinha-se cem a úl-tima em questão de desenvolvi-mento econômico. D:sde a prima-vera pa?sada, na v.Tdníe, regre-diu. As aplicações este.o em cie-ciínio. Cs lucros cairam abaixo dosníveis previstos. Cessaram as cons-truções. Um milhão de automó-veis" hão vendidos aguardam com-p''i?..dorcs. Menos gente está tra-LViliartüo —' e a semana médiad• trabalho diminuiu' prra monoso; 40 noras. I;ão'o''istanle. os pro-ços continuaram a aumentar, deíc'-m° c;"'. muitos norte-america-nos têm ;-.í,ora menos pera com-p/ar artigos que custam..mais....."A p'-"""r;ia còonômic? é uma?-'2 incerti — como ficou demon?-t do nela previsão feita há umr o dcota tribuna-, de que lüüú se-i \ "o ano mais próspero cie nossa

.Icui;.". 2r.i;*cw f p:" '''.'^ da

cise c d ¦ ~nr-,A''-i s-'".iri válidasj: ra os anes cie 190.1 e 1932 — ee'.o pi'evÍ3ô?8 (">e urna uninimida-c') alarmante — eôla a-Jninfstre-(.¦ o não pi-clcn

'3 ficar impassí-v:l."

i milhõesnão tem onòe morar

"Temos a c.i -i cheia de obrasinacabadas c negligenciadas. No..-tas cidades estão sendo engolia-das pelos tugúrios. D»-?e longosFnos depois c-.c o Congresso ter de-o arado que- tomos por objetivo"um lar decente e um ambienteconveniente — para cada. famíliaemericana", ainda temos "5 mi-laões de americanos vivendo em.habitações precárias. Será nee.as-

sárlo aplicar este ano um novoprograma de construção de mora-dias, subordinado a um novo Dc-parlamento de Assuntas Urbanosc Residenciais".

Faliam escolas e professores"As salas dc aula dc nossas es-

colas contém 2 milhões de crian-ças a mais do que poderiam con-ter devidamente. Essas criançassào Instruídas por 90.000 profes-sores que não sào devidamentequalificados para o magistério.Uma terça patte dos estudantessecundários formados c impedidaper falta dc recurios, de aplicare desenvolvei seus talentos. A ge-ração de 1940, que superlotou nos-sas escolas na década de 1950, en-tra agora, na década de 1960, emnossos colégios — colégios malpreparados para ministrar instru-çãc\ Não temos cientistas, enge-nheiros e professores para corres-ponder às exigências de nossasobrigações mundiais. Negligcn-ciamos a oceanografia, a conver-são de ágm salobra em potável cas pesquisas básicas, que consti-tuem o alicerce de todo progres-so tecnológico".

Assistência médica"As pesquisas médicas resultam

em novas drogas maravilhosas —mas tais drogas muitas vezes, es-tão além do alcance de muita gen-te, em virtude da falta de meios,especialmente no que concerneaos cidadãos idosos, falta de lei-tos nos hospitais, falta de sanató-rios e falta de médicos e dentis-ta~. Devem ser adotadas aindaeste ano medidas para proporcio-nar a.ástcncia médica aos cida-clãos idc:os, sob o sistema de apo-senladoria. e aumentar o nume-ro dessas instituições e pessoal."Faíta democraciae sobra corrupção

"Existem outros ^uiuos sensí-veis. Nosso suprimento de águapotável está diminuindo. O crimeorganizado e a delinqüência juve-nil custam aos contribuintes mi-l!ic:s de dólares todos os anos, de-mandando urgentes providênciasc nova' legislação-. A negação dedireitos constitucionais a' algunsdo npsóos concidadãos devido àsua raça — nas eleições e em.ou-iras ocasiões — perturba a cons-ciência nacional e nos expõe àacusação-da-opinião pública mun-dial. a qual conclui que nossa de-mocracia não corresponde às ai-tas premessas de no:;:a herança.A honestidade nos negócios par-ticui".'es não foi devidamente am-pr.vada -'sia honestidade nos nego-cios públicos".0 dóÈar

"E' verdade que, desde 1958, adiferença entre oj dólares que gas-tamos ou aplicamos no estran-geiro e os dólares que aqui retor-nam aumentou grandemente. Êstedéficit geral em nossa balança depagamentos aumentou em quase11 bilhões de dólares nestes trêsanos — e os detentores desses dó-lares no estrangeiro converteram--nos em ouro, em tal quantidadeque causaram uma fuga de quase5 bilhões de dólares de nossas re-servas de ouro. O déficit de 1959foi causado, em grande parte, pelodeclínio de nossas exportações —resultado de restrições sobre nos-

sos produtos e nossos preços. O dc-flclt de 1960, por outro lado, foimais resultado de um aumentono fluxo de capital particular cmbusca de novas oportunidades,maiores lucros ou vantagens espe-culativas no exterior."Entremcntes, êste pais temcontinuado a suportar mais doque sua parte das obrigações mi-litares e de ajuda ao Ocidente. Se-gundo a política aplicada até agi-ra outro déficit de 2 bilhões de dó-lares é previsto para 1901 — c oselementos naqueles países cuja po-sição do dólar dependia desses dc-íieits para melhorar, perguntam*-se agora se nossas reservas dcouro serão suficientes para ateu-der a nossas obrigações..."Enquanto se mantiver o-atualdéficit, serão encontrados meiospara reduzir a fuga dc dólares pa-ra o estrangeiro sem .sobrecarregara.s famílias dos homens a quem pe-dimos servir nossa pátria no ultra-mar."Esta administração pretenderesumindo, apoiar todos nossos cs-forços no estrangeiro, convencidade que no futuro — como no pas-sado — o dólar continue sendo"forte como o dólar".

«¦Todavia, todos esses proble-mas iMTílem importância quandocomparados «-om aqueles com qu<-nus confrontamos no mundo. NY-nhuin homem, nu ocupar este |*ôa*to, sem distinção dc partido ou seuiserviços anteriores cm Washington,poderia deixar de ficar abismado— mesmo num breve período de10 dias — ao tomar conhecimentoda enormidade das provações |>e-Ias quais teremos que passar no«próximo» quatro anas. A crise seagrava a cada dia. Dia a dia. a suasolução se torna mais difícil. Dia adia nos aproximamos mais da ho-ra dc perigo máximo, enquanto aa.-limas .se disseminam e as forçashostis se tornam mais fortes.

Creio que ó meu dever infor-mar o Congresso 'lo que nossasanálises durante os últimos dezdias revelaram que em cada umadessas principais áreas de crise oritmo dos acontecimentos se ace-lera e que o tempo não trabalhaa nosso favor.

0 que prevalecerá«Para enfrentar êstes desafios —

desempenhar o papel a que não

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Armas c desemprego'medo e miséria

Cinco milhões e melo não têm emprr-uu Vinte e cico milhões não lem ondemorar. Eni compensação, quase 60% doniianu-iito dos EUA são dedicados àsdespesas da corrida urmameiülsta, etiirbora tlisserlem muito sóbre a paz.

j.i..|. mi.- nos furtar no cenáriomundial *- devemos reexaminar «•revisar todo nosso arsenal dcmeios; militar, econômico o poli*tico.

Km primeiro lugar, devemosfortalecer nossos meios militares.Estamos penetrando num perjodoinrerto, em que as possibilidadesmilitares e diplomáticas exigem umgrande poderio do mundo livre dcforma a tornar qualquer ntrrcssãoevidentemente fútil.

«Assim, instrui o secretário daDefesa para que reconsidere todanessa estratégia de defesa — vi-sando satisfazer nossos (ompromis-sos — a eficiência, vulnerabilidadee dispersão de nossas bases estra-tégicas, forças e sistemas de alei-ta; a eficiência e a economia denossa operação e organização; aeliminação de bases e instalaçõesobsoletas; e a adequab.Hctade, mo-dernizaçãn e mobilidade de nossossistemas (\n armas nucleares o con-vcncionais á luz dos perigos atuaise futuros. Solicitei sugestões pre-liminares até o fim de fevereiro

— e então recomendarei toda cqualquer ação legislativa, orçamen-tária ou executiva que seja neces-sária à luz de tais recomendações.»

orça üe agressão

«Enltementes, solicitei ao secre-tário da Defesa qne adote imedia-lamente as seguintes três medidasclaramente 'necessárias:

-.il determinei pronta ação paualimentar nossa capacidad-3 detransporte aéreo. Obtendo maiormobilidade do transporte pelo ;;i— ¦¦ Lonseguind '•(, agora,— mslhorasseguraremos o poderio o capnei-laile dc nossas forças converteio-

na.s para respt i.('i, com discfin.i-nação c rapidez, r qualquer proY»-ma em qualquer p nto do globo, aqualquer momen o. Isso nos •¦¦,jv:.-lará especialincirte a mobilUar oduslocar nossas lôrças dc !.¦»¦]:útn ííi:t-j ras • ' 'sdas em -).-'i-'<diferentes <ln m t do.

«bj -- determinei pronta açãopara acelerar nosso programa desubmarinos «Poluns». Utilizandoagora verbas indiscriminadas, des-tinadas à construção de beli naves,construiremos e colocaremos cieprontidão — pelo monos nove nw-ses anles das (laias previstas •um número substancialmente maiorrie elementos dissuasórios imp r-tantes; uma força que nunca ata-c<irá primeiro, mas dota.Ia de po-dnrio suficiente pára represália,escondida sob us mares, dc formaa desencorajar qualquer agressor;

¦ c) -— determinei pronta, açãopara. acelerar lodo nosso progra-ma de foguetes. Até a conclusãodo estudo do secretário da Defesa,daremos ênfase a uma melhor or-ganização e planejamento - pa-ra pôf- cobro à duplicação e atrasoque têm prejudicado o programa,di foguetes. Sc quisermos mantera paz, precisamos dispor dc umaforça invulnerável de projéteis, su-finjentémente poderosa para desen-corajar qualquer agressor de fazeraté mesmo uma ameaça de ata-que, pois ele saberia qüe sendoimpossível destruir nossos elemen-tos. de represália, não poderia evi-lar sua própria destruição >

Desarmamento

«.lá adotei medidas para coor*de dc-üitmamento — ampliandonossos programas de : • --in: -.«> eestudos e para tornai- o controle

h aimatnentos um objetivo een-irai de mw-sn política nacional, uobminha direção pessoal.»

0 "problema" cubam

«Na América Latina, agentes co-munislas, buscando explorar a pa-ei fica revolução de esperança da-denar e expandir nosso esforçoqucla região, estabeleceram umabase em Cuba, a somente 90 milhasde nossas praias. Nosso desacordocom Cuba não tem relação com acampanha do povo cubano cm prolde uma vida melhor. Ela gira emtorno do dominio desse povo portiranias nacional e estrangeira. Areforma social e econômica deCuba deveria ser encorajada. Qws-toes de fundo econômico o de in-tercâmbio sempre podem ser reuol-vidas. Todavia, a dominação co-munista neste Hemisfério nuncapoderá ser objeto de negociação.

«Estamos comprometidos a tra-tialhar com as Repúblicas irmãspara libertar a.s Américas de todadominação estrangeira e toda ti*rania, visando a preservação da li-herdade no Hemisfério, do CaboHqrn ao Circulo Ártico».

"Ajuda" ã América Latina

... (fite o Congresso destine averba de 500 milhões de dólares,prometida pela Carta de Bogotá,a ser usada não como um instru-mento de guerra fria», mas comoum primeiro passo no sólido desen*volvimento das Américas.

• que seja estabelecida umafõrea-1 arefa » interdepartamental,

.sob a liderança do Departamentode Estado, para coordenar no ní-vel mais alto todas as políticas eprogramas de interesse para asAméricas;

que nossos delegados naOEA. trabalhando com os demaismembros, fortaleçam aquele orga-nismo como um instrumento depreservação da paz e destinado »impedir a dominação .estrangeirade qualquer parle do Hemisfério.!

As conclusões

... Somente através ua complita dedicação de Iodos nós ao interêsse nacional, poderemos conduzi)nosso país através dos anos coiturbados que se acham à frenttNossos problemas são críticos. Amaré * desfavorável. As notíciaspiores serão mais freqüentes doque as melhores, linnuanto espe-ramos pelo melhor, devemos cs-lar preparados para o pior.

Não podemt .¦ escapar de nos-sos perigos ¦ nem devemos dei-xar que nos levem ao pânico ouísolacioiiisino. Em muitas áreas dómundo onde o equilíbrio dc forçajá beneficia nosso adversário, asforças da liberdade acham-se pro-('lindamente divididas. E' uma dasironias de nossa época o fato dea técnica de um sistema duro erepressivo ser capaz de insular dis-ciplina e ardor cm seus adeptos

enquanto as bênçãos da liberda-de muitas vezes significaram pri-vilégio, mai.erjali.sniu e uma vidafácil.»...

Kennedy: «O TempoKruschiov: «O Tempo

Nao Trabalha a Nosso Favor»T I II ST 8 C ¦ h

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AméricaALMIR MATOSEnviado especial • Cuba(I* dc mm tfrfe de S reportagens)

Por mais identificado que estivesseocm a revolucoo cubano, teria que serdetconceitantc a impio.iõo inicial de

quem visitasse o • leiritoiio livre daAmérico» not primeiios dias de laneiro:enquanto o pois vivia a terrível ameaçode uma agressão que a qualquer ins-tante podia scr^doflagrado, e con*'o a

qual lodo a nação te achava literal*mente cm pé dc guerra, o povo semostrava nao so tranqüilo, mas alegrec feliz. Os combalcntes velavam emsuas trincheiras e ao longo do litoralviamos poderosos canhòcs prontos paiafazer fogo. Ma» andávamos nas ruose o que as fisionomias nos rcvelavomnão era a inquietação nem o medo, masuma serena confiança c, mais oinda,entusiasmo. Tínhamos, naturalmente,uma explicação pronta para isso: é aalegria da revolução. Era, contudo, umaexplicação pronta — e por mais certoque fosse permanecia sendo demasiadogeral para justificar plenamente aquelaalegria, aquele otimismo.

Confesso; foi percorrendo o ilho,vendo o que nelo jo se fêz nesses doisanos do revolução, ouvindo o pescadorde Manzanillo, o trabalhador da canade Matanzos ou n mulher, mae de 9 fi-lhos, que voi deixar o infecto casebredo Manzana de Gomez, em Santiago,que pode dor vida, sangue, nervos ooque antes só podia ser explicado fria-mente, no plano intelectual. Tão gran-des e tão palpáveis são os resultadostio revolução para o povo cubano, Ian-

tos e lão concretos são oi motivos poroéie se convencer de que suas sofridasmóos modelam umo novo vida que nemmesmo a iminência da agressão impe-lialista pode fozer calar a suo ruidosae pura alegria. O otimismo se impõe,tomo uma necessidade. Era o que nosdizia o jovem esposa do mensageirode telegramas José Hernandez, quehoje hobitom uma das 1.500 magni-ficas cosas construídas em Havana les-te (recolhem uma amortização de 17pesos mentoís por uma caso de saio eires quartos que, depois de paga, se-«a sua): como posso deixar de eslaralegre se moro numa casa assim, quec nossa e pela qual pagamos a metadedo que pagávamos antes ao dono docasebre de um quarto em que vivíamos?Somos felizes e por essa felicidade eue meu marido lutaremoi alé a morte!

Não há nenhuma jaetância nos lemosde combate do povo cubano, escritosou grilados de uma ponta o outra dailho. «Pátria ou morte!» não é uma sim-pies palavra-de-ordem: é uma entra-nhada decisão da esmagadora maioriados homens e mulheres de Cuba. Essagrande maioria está consciente de que,agora, a Pátria é realmente sua: é oterra nas mãos dos camponeses, são osfabricas trabalhando para Iodos e nãopara um grupelho de parasita», são aspraias, onde antes só iam os turistasamericanos ou os milionários de Cuba,abertas para os trabalhadores, são ascasas entregues aos que delas precisam,

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À lutacom um sorriso

são as escolas que há dois anos etqmodiodos quartéis, são as milícias — opovo em armas para defender o revo-lução —, é a liberdade pelo primciiavez experimentada, é a glória de seupais vencendo o furioso mas impotenteagressor.

Não ha jaetância. Mas quem assis-tiu ao desfile das milicias no dia 2, c,mais do que isso, quem eslêve cmcontado direto com o povo de Cubo —seus operários, seus camponeses, suojuventude — sabe que Fidel Castro ma-nifestou uma decisão praticamente unà-nime ao anunciar que, em caso deagressão, o pais resistiria por Irás atédo último escombro. Acredite o leitorque não há nenhum exagero meí, nemnenhuma intenção de explorar o seusenlimenlalismo, mas que é uma puraverdade o que passo a dizer: no «halb

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J)o lápis

a me Irai li adora

Professoras voluntárias: quando nã(» estão com o lápis ou o caderno nas mãoscarregam metralhadoras. Com a mesma segurança, liquidam o analfabetismo«• a contra-revolução. As mulheres cubanas nada ficam a dever aos homens emsua abnegação na defesa das conquistas revolucionáris, pois siib.-m que dissodepeatle tudo um futuro de felicidade para a pátria.

¦ :\;^y.r .; M+:.vág& ¦ ' ¦¦'-. - , -:-y5V-' ;-V, - -„.« . .: y - :> -,...... y ; : ,.

4 *4

,:A'4Tranqüilos atil»* « períico: »ó a consciência do que rale a re solução para i Tulria pode permitir qur ns operários c ram-poneses enfrentem, o acrehsor imperialisla com um sereno sorriso nos lábios, Esto náo dizem uma rrase frita quando«ritam: Pátria nu Morte! K uma palavra-de-ordem que empolga não só os habitante* da ilha heróica, mas lodns ospovos amantes da liberdade, que vêem no exemplo da pequ enina Culta o caminho a seciiir para solucionar sru% in-fortunios provenientes da opressão desumana imposta pelo ImpcrialiMim aos países pouco desenvolvidos.

do hotel Havana livre, onles do dis-curso de Fidel, êste repórter e o depu->ado Almino Afonso ouviam de umacriança de 8 anos, trajado de miliciana

a linda garota Maria dei Carmen,filha do operário Vítor Emanuel — o

-smo compromisso que mais tarde se-ria assumido pelo legendário chefe doGoverno cubano.

fc' claro que há também a contra-re-volução, e que ela atua e não se en-trega. Quem são os contra-revolucioná-rios? Numericamente poucos, muifo pou-cos: os parasitas que viram liquidadosos seus privilégios, os antigos senho-

• res' da terra, os milionários do contra-bando, os que sob a proteção do tf-rano Batista traficavam com a Pátrio, osque fizeram da imensa Quinta Avepldo

toda ela, dos dois lados e do co-mêço ao fim — um antro de cabarés,prostíbulos e casas de jogo. Tambémum punhado de mocinhos de vida fácil,filhos de papai, que costumavam ir aMiami passar os fins de semana ousimplesmente para ver um novo filmepornográfico: são os «senhoritos», co-mo os chomou Fidel. Antes, o comandodo contra-revolução se desdobrava en-tre Miami e a Embaixada Americana emHavana, embora o seu centro fosse econtinue a ser um só: o Departamentode Estado ianque. Com o rompimentode relações diplomáticas, porém, tive-mm de sair de Cuba cerca de 300 «di-plomatas» (enquanto Cuba tinha ope-nas 1 1 representantes nos Estados Uni-dos) que erom, na realidade, os arti-cjladores e financiadores diretos doterrorismo contra-revolucionório. A seuserviço está também o alto clero deCuba, inteiramente submisso às ordensdo cardeal Spelmann, mais até do queos do Vaticano, mas sem apoio de umgrande número de sacerdotes dignos,dentre os quais se destaca por sua bra-vura o padre Lence.

Os terroristas atuam ainda, emboranão exista nenhuma seriedade nas no-teias que lemos em nossa «grande im-prensa» sôbre supostos «levantes» ou

guerrilhas. Eles atuam como bandidos:iogam uma bomba,, assassinam um'pro-"fessor-voluntório, incendeiam um cana-vial, prejudicam a produção em uma ououtra fábrica, procuram enfim dificultara grandiosa obra criadora que o povocubano realiza. Também como bandi-dos, há os que fogem de Cuba porquepreferem viver limpando as botas deíeus amos norte-americanos. E há osque agem sub-repticiamente, tentandoespalhar a descrença ou o pânico, so-bretudo entre a juventude das escolasou em setores como o pequeno comer-cio. Mas o povo os despreza e os repu-dia.

Assistimos a um julgamento de ter-roristas em La Cabana e vimos, 5 jor-nalistas brasileiros, o equilíbrio e aseriedade com que são apuradas e pu-nidas as suas culpas. E' um tribunalrevolucionário, sob a presidência auste-ra e serena do capitão Aiala, grave ejusticeiro com'sua experiência de com-batente da Sierra Maestra e sua espês-sa e respeitável barba. No dia em quelá estivemos atuavam oito advogadosd.e.defesa..Conversamos com vários dê-les, e penso que nada melhor do quereproduzir o seu depoimento de defen-

sores dos terroristas: não hó nenhumalimitação ao nosso trabalho como advo-gados de defesa; somos considerados erespeitados pelo tribunal; nossos consli-tuintes não sofrem aqui qualquer vio-lindo; não houve até agora uma sódecisão que possa ser lida como injusta.

A contra-revolução vai sendo esma-gada pelo povo. E tudo o que vimosnos convence de não. existir em Cubaa mais remota possibilidade de êxito dequalquer movimento sério contra a re-volução: o poy.0 armado o esmagarianum abrir e fechar dt olhos. Que nin-guém lenha duvido: a revolução cuba-na é irreversível t se desenvolve, numritmo impressionante, sempre para afrente, para novas e maiores conquistas.

E os cubanos, certos de que êste é ocaminho que deve ser seguido, ao mes-me tempo em que são implacáveis paracom os inimigos, relevam para os seusamigos um carinho e uma gratidão quenão têm limite. Surpreende e emocionao sentimento internacionalista, que nãoé só de uma reduzida vanguarda, masdas massas do povo. Que calor havianos aplausos com que eram saudados osrepresentantes da América latina nos

vários comícios de a.ur participamos! Ecomo era ardente a gratidão com queos cubanos se lefcriam sempre, em qual-quer porte, o ajuda que lhes vem sen-do dada pelos países sociolisiasl OPadie lance folovo por todos t-lcs aodizer: • Reconhecemos essa meio que nosestendeu o povo russo na hora em quenos queria ossossinar o Ocidente quese chama cristão e não o c . Assinaloaqui apenas a giatidão do povo deCuba para com os poises socialistas. Emoutra reportagem mostioremos cm quetem consistido, concrelomenlc, c>sa aju-da.

E é assim, sólidamenle apoiada emum povo que sabe agora o que é serlivre e feliz e contando com a solido-riedade das nações sociolistas e dos(•ovos de todo o mundo, que a revo'u-çúo cubana avança. Cuba c uma pe-quena ilho do Caribe: o metade deSão Paulo em população e cm exten-são geográfica. Mos oi, pela primeiravez em nosso Continente, o Poderestá nas mãos do pevo. Cubo é o ter-ritório livre da América. A dcfr>sa desseterritório e dessa levolução tem quíser algo de sagrado paia o nosso po«o.

NOVOS RUMOSEducaçãoe Promessa

Continua em termos de promessas o grande problema da educaçãono Brasil. Sem ilusões no caráter da sociedade em que vivemos — sociedadeac privilégios — não é possível pretender solucioná-lo completamente. Oproblema da educação tem as suas implicações numa nova estrutura econò-niica, que determinará uma nova,estrutura social. Mas há o aspeto da a]Í5»wbetizaçao, o da instrução, que poderia ser encarado. do_p.aiH8-de--"Vistã daprópria burguesia, que, ná j^e.Si>j3ie--4afle---iiu_ffêsen'voÍvimento industrial,1Le.S.?3§U5---de---»»f>-de--ab"rã'""èspecializada. O problema da instrução vem seagravando de tal forma que, hoje, está atingindo, duramente, a camadamedia da população. No começo de cada ano escolar, os números e osfatos comprovam êsse agravamento. Num relatório a ser apresentado peloprofessor João Roberto Moreira ao novo ministro da Educação, constaque "de cada geração que se matricula no primeiro ano primário, apenas,48% passam para o 2.° ano: dessa mesma geração, apenas 20% terminamo curso primário; somente 10% dela ingressam nos cursos médios, e, apenas1%, quando muito, matricula-se num curso superior'; Os fatos ilustram os nú-meros. Todos os anos é a mesma corrida, em massa, para os estabelecimen-'tos do governo, que exclui, em massa, também, os interessados. Aqui, soum pequeno gênio pode ingressar nas escolas para formação de professõrnsou para os ginásios oficiais. A prova de matemática, este ano, para ingres-so no Instituto de Educação tem servido de tema até para discussões entrecatedráticos da matéria. Assim, também, a maioria das crianças da cha-mada classe média vai ser excluída daqueles 20%, que conseguia, até então,ingressar nq. curso médio, porque as anuidades vão, presentemente, desetenta a mais de cem mil cruzeiros. Quantos poderão pagá-las?

Mas a situação mais comovente é a dessas crianças de 7 anos quenão chegam a matrlcular-se no 2.° ano primário: 52 %! E a dos 80% quevêem todos os seus sonhos terminarem,, cruelmente, no último ano dccurso primário! Que farão de todos os seus sonhos?Sobre educação os novos administradores, naturalmente, não farãoinquéritos: a sociedade toda está envolvida no cnme. Preferirão fazer novas

promessas, que não serão cumpridas, porque há um interesse de classe emnãn permitir que os operários e camponeses tenham acesso á cultura. Todosssbem de sobra, todos os governos, este e os anteriores, que só a instalaçãoc!e unidades escolares correspondentes às necessidades da população infan-ti! e ao seu crescimento veretativo contribuirá, se nàojx^^-i^^TrtfcãcÍH)completa do analfabetismo, pelo mentK_>i?j^--t7ÍTrn-rnirriíssetis vergonhrsos indices. ~"--_'"." Tudo, porém, não passa de promessasque morrem com os sonhos das crianças:|Uo nào váo além do curso primário, por-que as que nào aprenderam a ler, também,não aprenderam a sonhar.

.Ana Montenegro

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CmpeiówH pt'a tua be.rm. Cha**a>ti

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jtmo do «Mm** •••*».!) qvt o otioui Itbt-¦Im, Mai enquanto ttbtiibt ptimont-•M *»Ií.(j,,m.Iii ho «ruilCrt no..i Mono

ro*wo n«ti< RO» fc#Mr»o» ItmPOI, '"

ha ***)*i dvtta dt («Hinhat polxti. ho

^ toma qooit vmt ctntma dt cotai,•*j(H*moi |ò mtnoi pafcm, tmboia todot

Do tima do* txwrmrot, «#«io i« '•>

ém *m manha o* tradieionort |ongodoto»h*mto<*m a fúna dot ondoi, vtn>to-tas, fc»«titm-u ao lorgo ali ptidt-tatt-it dt vitto.

fttat (rogtlt tmbarcacòti, qut l*o«igvnt onoi Iam a pttca da cavala•w do iicoio t do pongo vão ogo.ad* pttftrincia õ ptica da lagoila. Eoi vt|o rtlotnoitm na manhã ttguintt,«ontgodat dt ctuttoctoi, vivoi, tolii-lanlti ainda, a tt omonioaitm num gol-p&o a mtio caminho tniit o catoiio doi

pttcadoiti t o mor.

"Nio desça!Estou lhe avisando"...

Em Mono B.onco todot it conhe-ctm. Muilo loiomtnlt opoitct gtnie dt

FoMoleza paia o banho dt mai aot do-

mingos ou ftriadot.Um dia surgiu um deiconhtcido qut

erldtnltmtntt nõo vinha tt divertir.Amigo, qut fax por tilat ban-

doe? — ptrguolou-lht alguém.i _ Vim compror logoila.1 •— Para o ttnhor metmo?' — Nõo, paro uma tirma em Foilo-

leoa?A como paga?

Çr —a 20 cruxtiroi...A prtttnço do homem eipolhou-tt

logo antrt oi peicadorts. E ilc trazia

•ma novidade que interessava vivamtn-tt oo poscador: S cruitiros a maii porlagosta.

Mo) tabia o forasteiro (ou talvez

o toubeiso) qut aquela praia já era do-

minto do outra firmo, a «Pesca Alto-

Mar .?da». O ogtnte comprador desta

firma, oo taber da presença do intruso,hBo vacilou em abordá-lo:

O K. vai meimo comprar lagosto•csvi?

Vou...Maa amigo, você quer atrapalhar

• mtnba vido? Você nõo sabe que tu \ài a produção de lagosta daqui?!

E como o outro nõo demonstrassede desistir, veio a advertência

»rica e definitivo:Esj IKe aviso: nõo desça!...

Qssaodo os jongados chagaram com«mm carregamentos de lagostas o des-•toafcoddo havia desaparecido. Cada

JOQgoda continuou normalmente a man-•for o fsuto de sua pescaria para o bar-

da «Pesca Alto-Mar tida.».Veto um pouco adiante om bor-

i om ruína* «rosto* de sólidos pare-ém ém alvenaria. Imagino olgvm tem-

poro) que o terá doitruido. Pergunto e

jhttwho a resposta esclarecedora!Era um galpão do Morgan que a

Capitania dos Portos mandou bolar

Qm • MorganEtta personagem, pelos histórias que

¦M contam, está envolvida em toda a

ptoo recente luta que se trava nas praiosvo Ceará pelo domínio da pesca de la-

jposta. Outros galpões seus foram ano-

jeodo* a mondo da Capitania dos Por-•oe, pm outros praias, seus barcos de

pesco foram apreendidos, está êle sen-Wk.Mrbmotido a processos judiciais,

i No entanto, oqui mesmo em Morro

jtkorteo om êle que dominava até pou-|p tempo, tonto na compra como na

Á GuerraPraias

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Roptrt*e-a òe Ml FACo(Enfiado es*odaJ da IR)

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Os manzuásdc lagosta

0« pescadores do Nordeste utiliura, dfrrante a safra da Ia costa, dois instrumentos de pesca já tradicionais: o tnanr.uae o jereré. Ambos herdados dos nossos indígenas e que. à falta dos modernos instrumentos usados na pesca moderna,funcionam razoavelmente. Para o tipo de embarcações existente no Nordeste, a jangada, oferecem eles uma produçãorelativamente boa. Nesta foto vemos o nianzuá, armação de madeira coberto com uma tela de palha ou arame, naqual a lagosta penetra mas não pode sair. O mansuá do Ceará on da Bahia chama-se "covo" em Pernambuco.

exportação da lagosta. Fazia concorrên-cia à firma --Produto» Marítimos», dePernambuco. Outras firmas entraram nonegócio, que se tornava cada ano maisvantajoso. E Morgan foi praticamentedesbancado.

Trata-se de um norte-americano, ho-

je processado eomo contrabandista, re-

presentante da empresa norte-america-na que inicialmente adquiria toda a lo-gosta pescada nas praias do Nordeste.

A pescaria deste crustáceo em largaescala, no Ceará, data de poucos anos,

1954. Ninguém ia especialmente pes-car lagosta. As que por acaso eram pe-gadas, vendiam-se a 20 centavos, a 50centavos. Depois passou a 1 cruzeiro.Ainda a alcancei a 5 cruzeiros, vendidaa Morgan, há apenas três anos, nestamesma praia de Morro Branco. A con-corrência aumentou. Multiplicaram-se asiangadas destinadas à lagosta, desde aPrainha do Arquiraz, perto de Fortale-za, passando ¦ por Iguape, Caponga,Barra Nova, Morro Branco e ostenden-

do-se rumo ao Sul: Freixeiras, Diogo,

S^Zjfl^fl WS^JÊUmwM^m9MmwmW<^mV'j^^^^*tm^ *^*>^^^**>*(*-V'* * ^^stVÍ(*K£c^^^^ ' '•^^Q&i^^B ^^^^^1^^»^

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Uruau, Barra de Sucatinga, Piquiri, Prai-nha do Canto Verde. . .

Lagosta em aviãoA lagosta se revelara um grande ne-

gòcio como produto de exportação.Uma vez derrotado "Morgan, derruba-dos seus galpões, apreendidos seus bar-cos, embargada a construção de umfrigorífico em Fortaleza, seus concor-rentes de Pernambuco se lançaram emcheio na indústria. O preço de venda

para exportação é de tal forma com-pensador que a produção de lagostado Ceará passou a ser levada paraRecife em aviões especialmente freta-dos para êste fim. Pagavam 180 milcruzeiros pelo frete de cada aviãolagosteiro. Depois, o% , estradas derodagem melhoraram, o transporte senormalizou por meio de caminhões es-

pecialmente adaptados com câmaras fri-

gorificas.O beneficiamento da lagosta se efe-

tua no Recife, onde a recebem os navios--frigoríficos, que a transportam para osEstados Unidos e Europa.

0 que-fica para os pescadoresMorro Branco tem umas setenta jan-

gadas,- pescam normalmente umas 50.Cada uma delas ocupa de duas a 4 pes-soas, homens afeitos às lides marinhase também meninos que se vão erijandona luta diária contra o mar bravio, nomanejo dos instrumentos de pesca — em

geral os mais primários — no controledos remos e das velas.

Estas embarcações que herdamosdos índios, nelas introduzindo algumasmodificações lusas, pertencem ainda ho ¦

je aos próprios pescadores. Nâo inte-ressou a sua posse até agora aos quese guerreiam pelo monopólio da pesca

da lagosta. Mas tudo indica que a ve-lha jangada nordestina está condenadaao desaparecimento próximo.

Um jovem simpático com quem con-verso em Morro Branco, Francisco JoséCavalcanti, representante aqui da firmacompradora de lagostas — a Pesca Al-lo-Mar lida. — me informa que estãosendo esperados pela empresa 45 jan-gadas de madeira dotadas de motor,compradas na Holanda. Quinze ficarãoem Morro Branco e as demais serão dis-tribuidas por outras praias,

Não será êste o começo do contrõ-le completo da empresa sobre a pesca?Porque assim se tornará incomparàvel-mente maior a garantia do monopólio,uma vez que o pescador já nâo será odono incontesle de seu barco, ficandona dependência de todo um aparelha-mento mais complexo que êle na suarudeza não poderá dominar sozinho. Jóagora, a firma compradora lhe finan-cia a madeira para a fabricação da jan-gada, sua construção, o material parao velame, linhas, Cabos, anzóis. Sem ooparelhamento," uma jangada custa de20 a 30 mil cruzeiros e, uma vez com-pleta, seu valor de custo se aproximados óO mil.

Melhorou naturalmente, nestes seisou sete anos, a situação material dopescador. Antes, o consumo era exclusivamente local, em Morro Branco mes-mo e, a maior parte, em Beberibe, ondeo poder aquisitivo da população ébaixa.

A compra da lagosta, e, na entresafra, da cavala e outros peixes, poifirmas de Fortaleza, a concorrência quese estabeleceu entre diferentes empresascompradoras, a exportação do produ-to, vieram desafogai a situação de misé-ria em que vivia ei população das praiasde pescaria. Morro Branco é um exem-

plO, »'•¦-.« •¦¦¦•.¦ •...'••»¦ «I alfUflt rod.odi pilho, móqulfloi dt cottvto, • o Colo-mo dt ir r......... local jó oodt ptopoi'

'¦• òi («iontoi t ati oduttoi 3 omo<loi Ittndo umo tm FitUtitotl,

f qut ' tttlem oi çobicoi da*iqgoiioi, tm olgumoi pioiot dodói apob*tio, tm outiot vtnd'do o I ctuitiioo unldodt. Mlthorti dt ptuoot to o..mintam dtilo dódlvo, «f <» dt tonaihuKO'lo, troitm mtimo jtqutt com co-cuõt pom tionipoító-lo.

FaUm peiciidortsSoo hommi forttf, coitidot dt tol t

vtnto do mor, ptlt tnduucido ptlo tol,mõoi coloioi do lioto dióno com eiitmoi, oi linhot, oi peltot, O ool foi

pticocer mito mtimo pioie, tio ummim oloMOCodo o fétido, qut |omali

conhictu eutto vido qut *>òo o domor.

Oi filhei — Alaim t Jonot Coma— tilãe pationdo ,>*'o laodt -nedure

no olã dlóilo do ouço, dtidt mtnlnot.Ptrgunto-lhtf st, como dittm todoi,

o vido mtlhorou.Milhotov, titpoi dtm-mt llti oo

mtimo «impo, tmboro ttnhom ttuf pi*dticakoi, viUom toupot c6r dt cou-ro, ilngidot tm banhoi dt tOica dt ca>

juilro.Ouonioi filho*. Jonat?Tenho ollo. Dois ptteom. Tris

tsióo na ticolo da Colftnio.E você, Aloim?Ttnho ttii filhos. Doil titudom

no escola.(Déitt Morro Branco, ole

' oj». ape-nas um iovtm comtguiu ir estudor no

gináiio em Forialtio. Todos cursrm oescola oqui mesmo e depois váo psicor

retto da vido. Poro qut aprtn-der?...)

Eles recordam com certo so.istocõo

qut há alguns enos vendiam lagosta acruzeiro; apenas ha ires onos cuslova

5 cruzeiros. Hoje vendem por 15.E quando vocês vendiom a lagos-

to a I cruzeiro, quanto custava uma li-nho '3 zeros-?

Custava 30 cruzeiro*E hoje?

Eles riem:Hojt cuslo 600 cruzeiros. E olhe

lá, acrescentam, é linha nilon (pronun-ciom aportuguesado) que nõo duratanto quanto a -3 zeros*. . .

A grandt diferença a seu favor é

que têm em mão algum dinheiro paracomprarem o mínimo qut «xige suo vi-da mais qut modesta: pobrt. Antes, a

ptsca era quase que exclusivamente pa-ra o autoabastecimento, nos limites es-treilos de uma economia natural.

A diferença — rtsumtm os pes-cadores — é que hoje tem o pasto quecompra todo o peixe, toda o lagosta. . .

A ameaça do monopólio

O americano Morgan, embora ba-

queado na luta qut se vem travandopelo domínio das praias dt pescaria, .çjpCeará, não"desiste de seu intento deprosseguir no negócio ollomenta luerali-vo que é comprar lagosta a cruzeiro evender a dólar.

Sua derrota nâo significa tampoucoque lenha cessado a «.guerra da lagos-ta» nas praias do Nordeste. Várias fir-mas estão empenhadas em obter o mo-nopólio da produção em Pernambuco,Rio Grande do Norte e sobretudo noCeará, o principal produtor. Além davPesca Alto-Mar ttda.t, estão no páreoa «vCompanhio Produtos Marítimos.», a^lagosta Verde Mares» (Morgan com-fantasia local) e a -tagostabrós (quetrata de fazer o enlatamenlo em Forta-leza).

A valorização do produto acarretaa ameaça do estabelecimento do mo-nopólio da pesca pela firma de maiorpotência teonômica. Já hoje vemos adivisão das praios entre as diferentes fir-mas e, deste «iodo, o estabelecimentode um preço fixo, arbitrado sem concor-rência. Os concorrentes eventuais sâo

perseguidos, ameaçados, expulsos.

Que faz a Colônia ?

As Colônias de pescadores que sfespalham por todo o litoral, subornadasà Capitania dos Portos, recebem umoporcentagem do produto da pescaria.Uma parcela dos pescadores individu-almcnte; outra dos compradores de

peixe, quando empresas organizadascom fins comerciais.

Mas a realidade é que as Colônias

já nâo satisfazem às reivindicações dos

pescadores. São organismos em que elespouco ou nada decidem Os pescado-res não se sentem orgânicamente entro-sados com a Colônia, como a operáriodos grandes centros com o seu sindi-cato. Numa Draia tomo Morro Branco,poi exemplo, a Colônia t :mpotenle

para defender os interesses do: pesca-dores ante os Morgan, que lao renun-ciam a seu objetive de implantai o mo-nopólio de umo atividade ainda baste-da em processos primários, como a pes-ca da lagosta, sem nenhum intuito deaperfeiçoá-la, mas com o fim único deobter c máximo de lucro com r> sacrifíciodo pescador.

Consertandea.s redes

Na praia, nos dias dc foTpa, são estendidas sôlire varas as redes de pesca.Estas redes são características da paisagem das praias dc pescaria, seja noCeará, no .Min .Grande do Norte, cm Pernambuco, O material é caro e nãopodi mt substituído facilmente; o pescador fica atento a cada buraco feito naspedras ou pelos peixes c mariscos.

¦'¦f"Wi*H"3jB|^^t4 vi*v vl "Bajjijffffj^-^^ffíj^ ' ti" Tví*i^""''*'T"i TÉjWMM8|B**o*M*JB8M^|*k*omMMÍ rfffr

ANO Rio de Janeiro, semana de 10 a 16 de fevereiro de 1961 Nu- 102

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- 7 NOVOS RUMOS - lio d» /ontl-o, «mono de 10 o 16 d» fmtt.ro di 1961 —

Cuba: Como a Revolução Derrotouos Trustes do Petróleo

O * -ot'» ft-colhido porCuUa para soluciona, as diiicul*tiâde* criadas prio «mpeiialuinopara a «ia *?t-oiiomi». í um exem»pio que (-súmula a luta emanei*padora dos povos launo-tmerica-nos. Ani# o rxemplo cubano, apa-ieccm cm sua* verdadeira* pro-porçôc* as soluções refot mistas dotipo OPA. isto c. soluçtjes mesqui*nhas. qur implicam rm continuarainda por longo tempo a rspolia*çAo dos HQ&m povos. Na melhordu hipoteae* tots soluçora aj»c*nas limitariam a taxa dr expio*inçâo dr nossos povos, mas Miniamal* liquida-la. Por isso é quea revolução cubana r suas solu*çoes são temidas.

L*m exemplo do que afiima*mos. è a forma como Cutw rn*<rcntou e resolveu a questão uopetróleo. O pato consome anual-'.tente 24.000.000 de barris de de*rtvados de petróleo, desde gasoli*na de aviação até aslalto. O con*sumo da ilha representa 31" dotolai do consumo dos Caraibas,incluindo a América Contrai. De*vc-sc assinalar que Cuba tem ca-pacidade de refinar todo o petró*ieo que consome, e n*. .; .*¦ ape*nas importar a matéria-prima,isto é. o petróleo cru. com exee-çao apenas de certos produtos cs*pecíahzados. como gasolina deaviação e lubrificantes.

Em 1960 houve, com relaçãoa 1958. último ano da tirania deBatista, um aumento de consu-mo de petróleo de 16.7';r. íato queconstitui uma prova a mais tio £• •impulso que a revolução deu à Qgg rCllHaTlfl^economia cubana. E' ilustrativocitar o que ocorreu, por exemplo,cxxn o consumo do asfalto: nãoobstante os esbanjamentos da ti-rania com obras públicas desne-cessaria*, foi assinalado no anopassado, em relação a 1958, umaumento de 84.000 barriu.

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v »>*8>Wl^^^^^BMB^r «- •-. .--* **S*^>^^r^T^^*^^^^BtMK-. i^ti^^l^S-^^^^^^^^WBl^BI^^^^^^^^^^^^^^^^BI^^^^^^B^^^^^^^TiWÉaM^^aISkmsR. ">W_i_^B. ****ÜMC^H ^^Fl .^BEjHi ¦ ,'^^^K tSZÁm*; Mm mmmTmmmVk^**^^^^^..^^^ 'mW^^F^mml mmmmm\^^^^^ m^mvmmmm^*jm_^FTSJ ^Pw*t^**»< ^WmJlr li iiijilISaVM FIH^^BBi*1^ BB B--*^#,-%.¦ íp* ¦" tflB-BBBL^*J^H _^mM^ JBt*'nsflB^Ti -ds^Ji^^S B^^^^^^H^^Bi BW" ¦¦ 'ÀmW ^^BB] B^^^dB! B^BLÍl ^BteflBB^-^^stB BV ^B¦**-- _4* mi»» ^H >bW -im , i • ¦P'S*6'^06ap '*S|^>-S1 ¦¦¦b*l^^***í ^i^^^^t^^^j*^^ BNI ¦•¦¦Tl ^^^•L_«»j H

NacionalizaçãoO loTcrn* revolucionário de Cuba qui* procurar petróleo em outra» fonttt, pol* até cnlko comprava aprna*. dosi st-iili»*. 1'nldot. Todarla. o» eenlro* produiorct controlados pelot lru»t-« norle-ameriranoii foram impedido» de venderdiretamente ao (orírno cubano, que recorreu ao mercado loclaUata. Aa companhia* ianque» de refino, obrigaria* purcláusula contratual a destilar o prlróleo do governo local, recutaram-ne a faté-lo. Diante do desrespeito ao» contraio»firmadot, nâo restou outra alternativa ai autoridades cubanas que a nacionalitayao das refinarias estrangeiras.

Economia dominadapólos monopólios

A economia petroleira emCuba era inteiramente dominadapelos monopólios internacionaisque operam nesse campo: 8tan-dard Oil, Shell, Texas, etc. As

nham capacidade de refino de88.000 barris por dia e podiam ar-mazenar um total de 5.652.100barris. Os monopólios refinavam96% do petróleo e dispunham de99% da capacidade de armaze-namento.

As refinarias estrangei-ras (Esso, Shell e Texaco, as maismodernas e as melhores, abarca-vam toda a gama de produção emmatéria de refinação, e, segundocálculos aproximados, foram ava-liada em 66.200.000 de dólares.Estas empresas — e êste é um de*

Refinarias lhes pertenciam e eram talhe pouco conhecido — obti-üès" qué igualmente impòrtavanT nhaWT^mT^-ptiHâeff hióros lé-'o petróleo cru. As refinarias ti- finando petróleo cru em Cuba, pa-

ra exportá-lo para outros paises.Foram exportados cm 1958 e 1959,respectivamente, 5.644.000 e ..2.597.700 barris.

A revoluçãocria o l.C.P.

Para dar novo rumo á politi*ca petroleira cubana, foi criado oI. C. P. (Instituto Cubano do Pe-tróleo). Suas metas principaiseram levar adiante um progra-ma de exploração, perfuração eexploração de possíveis jazidaspetrolíferas e regular ca preços.Fldel definiu assim aa tarefas doInstituto: "... era necessário que

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um organismo concentrasse todosos recursos e equipamentos e le*vasse adiante um verdadeiro pia*no de combustível".

Três meses depois de organi-zado, o Instituto lançou á vendaos seus produtos — gasolina, fueloil, gás oil e querosene. O preçodo querosene foi regularizado. Agasolina ICP, da mesma qualida-de da especial, foi posta no mer-cado com o mesmo preço da cha*mada gasolina comum, e, já noprimeiro mês, atendia a 16,57c domercado nacional, elevando-se a357o. no segundo mês.

O ICP ampliou imediatamen-te a capacidade de produção darefinaria de Cabaiguan, transferi-da para o Instituto pela Recupe-ração de Bens (organismo que de-volveu ao Estado todos os bensilicitamente apropriados pela ca-marilha de Batista durante a di-tadura), interveio nos arquivosdas empresas petroleiras e iniciouseus trabalhos de exploração.

Primeira medida contrats companhias estrangeiras

Um dos truques que os trustespetroleiros usavam para subtrairdivisas ao país era comprar a elesmesmos petróleo cru a preços ar-

iniciais. O Instituto, necessitan-do petróleo cru para a refinariaCabaiguan, celebrou um contra-to com Companhia InvcrsionlstaPomeroy, representante da Cia.norte-americana "Superior Oil",adquirindo 250 mil barris de pe-tróleo cru da Venezuela de 31graus API, ao preço de 2,10 dóla-res, no porto de Cuba. Êste preçoera inferior em 25% ao cobradopelas empresas refinadoras cmCuba, de acordo com o estabeleci-do pelo Platfs Oil gram, ou seja,2,80 dólares por barril. Os trustes,-porém sabotaram esta compra,apoiados no controle que têm sô-bre os transportes marítimos, eisso obrigou então o Instituto acomprar petróleo à "Soiuzneftex-port", da União Soviética. O pe-tróleo foi adquirido ao preço 'le2,15 dólares o barril, CIF Cuba.

O Banco Nacional de Cuba,considerando que o preço pago)elo petróleo soviético economiza-

ria anualmente 25 milhões de dó-lares em divisas, determinou que,de acordo com o tratado comercialentre Cuba e a URSS, o Banco doComércio Exterior fechasse umcontrato de compra com a "Soiuz-neftexport" de 900 mil toneladasde petróleo cru, nas mesmas con-

dlçôes do ôlro adquirido pelo ICP.Foiam determinadas eniao quo-ta* de -300 mil tonelada* p*iacada uma das reiinaria* etoan*grira»,

Mas oa monopólios e*.ran|ei-mi náo estivam dbpoito* a per*millr qur o pato economia»** di*visas, e mimo mrnoi ainda qussr lançasse a prjqutoa de petrõ*|r*o rm seu «ubsolo para airndrra*, cirscrntes ntcriisitiadrs rrtodsspela Induslnallzaçáo, Planrjoramentão o primeiro grandr golpecontra Cuba: deixar a Ilha sempetróleo, paralisar jub* indus*tiias, Imobillwtr o pais para obri*gtflo a »;- ¦••>• ¦-¦ ante o« mono*poliot,A 10 dr iunho de 1960. lideicompareceu a televisão para de*nunciar ao povo o complô dascompanhias estrangeiras. Algunsdias drpoto. a 24 de junho, Infor-mova qur as rmpresas se nega*vam a trazer petróleo para o patoc se negavam também a refinaro que o Instituto comprara àUnião Soviética, apesar de seremobrigadas a isso pela lei de 9 demaio de 1938.A intervenção

A 30 de junho, a refinaria daTexaco, cm Santiago de Cuba, es*gota suas reservas de óleo cru e itrecusa a receber petróleo sovieti*co .o.j.•¦; ¦..!.;.i pelo Instituto. O go*vôrno revolucionário responde Amanobra do monopólio, decrelan*do a intervenção na relinana.üias depotí», o iato sc repete como*? mesmos detalhes cm relação aEsso e á Shell. O ICP foi incum-bido em seguida de efetivar a me*dida governamental: operar asrefinarias e administrar o com*bustivel necessário ao pais. Final*mente, a 6 de acosto de 1960, ogoverno cubano anuncia ao paise ao mundo sua histórica decisãode nacionalizar as empresas nor-te-americanas, mediante expro*priação. Entre estas, encontra-vam-se a Esso. a Texaco e 8ln-clair. que passaram definitiva-mente às mãos do ICP.

Em cinco meses, de abril aagosto de 1960, Cuba importou daURSS 2.978.420 barris de óleo cru.De acordo com os preços estipula-dos pela Platfs Oil Oram, êste to-tal teria custado 7.976.411 dólares.Como Cuba pagou pelo petróleosoviético importado naquele pe-ríodo apenas 6.273.582 dólares, Istosignifica que o país economiaou,somente numa compra, 1.702.829dólares.

Ao mesmo tempo, o Institutorealiza um intenso trabalho depesquisa e se tem como certo queeste trabalho será coroado deêxito.

A Revolução venceu a bata-lha do petróleo num curto perío-do. E também nesse terreno pro-vou que não é possível transigircom o imperialismo quando estáem jogo o interesse da Nação.

NotaEconômica

Discurso de JQ:Premissas de Uma PolíticaEconômica Entreguista

Soviéticoscolaboram

A ajuda dos paises socialistas à ilha revolucionária de Fldel Castro tem sidode frande importância para a consolidação das conquistas dos "barbudos" deSterra Maestro. Expressão desse apoio foi o carregamento de 175.000 barrisde petróleo enviado a Cuba no "Pequim" (foto), ponto de partida para o grandevolume de trocas efetuadas atualmente pelos dois governos.

Nem Rifas Nem Chapas BrancasO sr. Sérgio Magalhães decla-

rou na Câmara, "apoiar todas asprovidências que forem tomadaspelo presidente da Repúblioacom o objetivo de moralizar aadministração pública." E acen-tuou: c a Sumoc? Sim, dr. Jânio,a Sumoc "o maior foco de cor-rução c o que mais teria preju-dicado o progresso do país."

O sr. Sérgio Magalhães, comosempre, denunciou as concessõesde câmbio privilegiado para osgrandes grupos de magnatas na-cionais e estrangeiros, não só nasimportaçcws como na remessa delucros para o exterior. Convidouo presidente da República a en-Irentar "a corrução mais profun-da, que desnacionalizou a indús-tria e favoreceu o domínio do ca-pitai estrangeiro".

Ora. isto que o eminentedeputado, homem de bem, bompatriota! está denunciando, jánão pode ser contestado. Não éunia invenção da "histeria nacio-in"¦¦¦ n". Não é um jargão nacio-nalista. Não ò por causa das .na-

ves espaciais, dos foguetes, daONU, que vamos deixar de gritarcontra essas famosas concessõesde câmbio, contra a sangria demilhões de dólares que vão parao estrangeiro. Lucros, lucros, lu-cros, fáceis, abundantes, escanda-losos, à custa de milhões de fa-mintos, meio famintos, maltrapi-lhos, favelados, gente que andapelo mato e pelo campo, batidade opilaçãn. analfabetismo, mor-rendo aos boendinhos. Não serápossível mudar acabando rifas.mandando lazer longas e infindá-veis devassas cm seis pequenosfocos de corrução, fiscalizandochapas brancas, demitindo doismil funcionários nomeados poramizade e herança do último go-verno. Não queremos economia defósforo nem austeridade contra osque já padecem, quantos anos! damais austera pobreza, contra essaquantidade humana que só temsalário — c sabe Deus! — pes-soas sem nome e sem acesso noBanco do Brasil e na Sumoc. Nãopodemos enganar a Nação, fazem

Dalcídio Jurandirdo pequenas extrações sem dôrquando as duras, as necessárias,as urgentes, são aquelas reclama-das, isto sim, pelo deputado Sér-gio Magalhães. Faça o dr. Jânioas grandes operações, aplique osgrandes remédios. Desconfio quevassoura só limpa o chão enão está no chão o lixo que màlsdegrada o país, e faz a nossamaior vergonha. Mas se verá em-punhando uma vassoura, comodiz, meta a vassoura na Sumoc,por exemplo, varrendo os gran-des na roubalheira e na espolia-ção do Brasil, "ponha cobro nê-les". como sc diz no Norte. Mudar,ao que penso, é abrir e sarar asiufecções grandes e nâo extirparcalos.

Acabar com rifas. escrever bi-llietes sobre domésticos afazeresministeriais, não cabe ao presi-dente. Ao presidente rabe. comoprometeu, mudar o Brasil, fazer arevolução, essa, que lanlo prqmc-teu. Está cm suas mãos, pre-sidente. *

•>u não'.'

O discurso pronunciado pelo presidente Janlo Quadros,no dia de sua posse, lança as premissas do que êle pretendefaser em matéria de política econômica. Ja ninguém temdúvida agora de que haverá mudanças substanciais nesseterreno. Certos aspectos da política de JK poderão seracentuados em tal grau que passaremos de uma política decompromisso para uma política de submissão ao Imperla-lismo. O novo presidente pretende retomar a Unha que sctentou executar com o golpe de 24 de agosto, que foi comosahsmos, uma ação política visando a mudar o rumo peloqual começava a enveredar o nosso desenvolvimento eco-nômlco — o caminho da Petrobras e, de um modo geral,de restrlç&es ao capital estrangeiro. A re&çfto das mansastrabalhadoras e das força* nacionalista* conseguiu, com o 11de novembro, deter a ofensiva dos monopólios estrangeiros,mas nio foi capai então de Ir muito além disso. A adml-nlstração de JK traduziu, fielmente, essa situação: sualinha de política econômica refletiu um determinado «*i»ul-librlo entre o entregulsmo e o nacionalismo e dal êle oscilarentre as coneessües e a resistência ao Imperialismo . A resls-tência ao FMI e o regime da Instrução 113 são os dois pólosquo niaicnm o carátor contraditório, no terreno da economia,do governo de Juscelino. O sr. Jânio Quadros tentará romperesse. equilíbrio a favor das forças econômicas que o apoiam,a favor dos monopólios estrangeiro.

Não haverá, no conteúdo básico da política econômicado novo presidente, qualquer originalidade: adotará as solu-ções do FMI. As forças nacionalistas e as massas trabalha-doras precisam estar atentas, porém para o» meios de queêle lançará mão ara Impingir aquela solução ao pais. O seudiscurso ê nesse sentido bastante sintomático, Indica que osr. Quadros usará a mais desenfreanda demagogia paraconfundir as massas c paralisar a sua ação. K' por Isso que,cnlculadanunie, descreveu n difícil situação cm que nos en-conirnmos mas twtn fazer qualquer alusão íis causasque a motivaram.

A sitmiçüo '* dlricll, ninguém o nega. O que o presidenteocultou, porém, é que o processo intlacionárlo e o cildlvl-(lamento «Io pais não são um tributo pago pelo seu di-si-n-volviimmto: o governo emitiu desordenadnmimte, aiimen-tou seus (leflclls orçamentários e assumiu compromissos emmoedas estrangeiras multo mais para atender às exi-gencias de nosso atraso de que as do nosso progresso. O sr.-Jânio Quadros só pode dizer uniu parte du verdade. A ver-dade Inteira o compromet.-rln, só poderia ser dita sc êleestivesse disposto a admitir as soiuçô:*s iiãe.lonall.slau edemocráticas,"-* êste não é,'evidentemente, o seu isso. Aoiiiitnirio, falando pela nwladc e cm tom oliuniMa. preten-de o presi*1" >íe crinr uma opinião pública que s* W favorávelà política de "austeridade" preconizada pelo FMI.

Nfto há dúvida qu.*! cheiramos a um ponto qiie exiçcmedidas para mudar o rumo da política cconomluo*flnan-ceiro do país. Mas essas medidas podem ser ilc duas ua-'iirc/.as. Vejamos.

Do ponto dè vista dos inlerêsse*, das correntes entre-

gulstas e reacionárias, a Inflação deve ser contida medianiao congelamento dos salários e a redução da taxa de Invés-timentos nacionais privados; a correção dos desequilíbriosorçamentários, deve «ir alcançada eom a diminuição doeInvestimentos públicos aplicados em obras e empresa* «ata*tais, com a efetivação de cortes nas despesas com fan-cionallsmo e com o aumento de Impostos diretos; o aumentoda produção e disponibilidade de mercadoria, devem ser con-seguidos predominantemente, com a implantação d* In-dustrlas estrangeiras e a Importação de produtos estrangei-ros; o equilíbrio do balanço de pagamentos, com uma refor-ma cambial que desvalorize aluda mal* o cruzeiro, comrestrições ao consumo Interno c aumento das exportaçõesa preços mais baixos e com a entrada indiscriminada efranca de capital* estrangeiros.

Do ponto de vista das forças nacionalista* * democrática*,as medidas para dar uma solução ã* nossa* atuais dlflcul-dad.es têm caráter completamente oposto. Para sanear amoeda e deter a Inflação, preconizou-se antes de tudo, Im-pedir novas desvalorizações cambial* do cniwlro, Impor aestabilização dos preços-ouro de nossos produto* de expor-tação, eliminar todos os entraves ao comércio Internacional,restringir drasticamente o consumo de artigos de luxo ousupérfluos, manter e ampliar o crédito bancário de caráterrigorosamente seletivo e suprimir o crédito bancário de ea-ráter Improdutivo e especulativo — tudo sem prejulio do*Investimentos reprodutivo* nem dos nível» reais Io* salário*e vencimentos, Para alcançar o equilíbrio orçamentário, é n«-cessárlo taxar forte e progressivamente os lucro* extraor-dlnárlos, melhorar, sem aumento de Impostos Indiretos, aarrecadação tributária, reduzir as despesa* supérflua* e adlá-veis, Para alcançar o aumento da produção, combater a es-eassez e melhorar o abastecimento de gêneros, é precisotomai* medidas urgentes visando a estimular e desenvolvera produção agrícola dr* subsistência e de matéria*,-primas Industriais, apressar a aprovação de uma lei agráriaprogressista, ciim* facilidades d>* niiimenamenlns, prosss.unir no programa de liiiluki-rialiáine&o com prioridade para ocapital nacional e facilidades para as pequenas e media».Indústrias. Finalmente, o equilíbrio do balanço de pagamen-tos deverá sei* aleançaúo com um ewtjunto de medidas queIncluo, entre outras, a ampInçAo da rwelta de divisas, arestrição do gastos em mondas estrangeiras e prluclpalmer.le a limitação (e suspensão se fór preciso) <1« pagamentosde empréstimos n envios d;*- renda** de Investimentos priva*dos estrangeiros,

om o seu discurso se pronuncioucnlregiilsta <iue acima descreve-

O sr. -tcnwi Ouadrnsclaramente pelo camtnlinmos.

0 exilo d** sua pio.presa depende meno.-. di'*'.cdu que d» csistêncla iiueMi * i,p*jii!i'itii ••- l'ôi'"*i >ia-clonrttlsltt-j c detuocriili-

INTERINO

Page 11: POLICIA DE UCERDR - marxists.org · mêi depoit do reaiuitomcnto tolo-rio mínimo, c ja foi feito aot banca-rioi aposentados entie os anos de 1934 e 1957. Dentro dc 60 diai lodoi

— Bit» <fe Jn.iciio, seiHomi <l* io o lô «le leveieifo de 1961 •« NOVOS RUMOS 3 -

•Um SeminárioOportunoP«i va*» w»..«»uiUid« «W*M««ati(o.noiml wailc.no * .o.o.mjí ,•«,

(uloda c.tit.ipmcni» oa po»o. oi¦' >j*»> ..' do <ni(iio • n defeso dofUlIUfQ iiituunnl <onvc(o o >c «Icien»elf»r «m todo o poí* «"» w«»p*ilOfVIs «norMMinlQ o Movimento ptla ¦••tointa » Uomo(uiiun(no do latino,

A principio dewooiricMiit.o •».p">ii<»i»»o. etlimulodo openoi pela

.•••>•" il ...... i.iun(oo <on««io.o mtí.me..' «ai. agora adquirindo

...i=f o* um movimento eonuiente.**** OffroMiodo • piocwrondo oi.<«n(or oty«'¦ •-. bem dtfinidot.

Vivando a «.<¦ <w *•»*« piocottoa • i f H.-. lealiiar no piimeiio to»motim détt» ano um Somlnáiio. A

•. inivo è oportuna « merece otopiautot do lodo* aquilo* que que-um Irontfoimar n Universidade Bra-«leito do um fator de otroto cullu-tal > d* «nlrav» ao notto detenvol-

¦ • 'o num imlrumenlo efitai deproqieuo para o notto naii, numcentro cullurol que ajuda o nottopiocetto de desenvolvimento * quepietervo nele ot carocteríiticat na-uonoit.

Resto agora aot etludonlet brati-leitot, principolmenle oquelet maitotívot e quo sempre estiveram à fr*n-l« dat grandet cauvot etludanlit,contribuir efetivamente para o exiloda iniciativa apoiando-a tem reter-vos. E apoiá-lo significa a realizaçãodo um Irabalho prático, imediato,voltado cm duas direções. Em primei-ro iugar paia o preparo e realizo-

çáo dot debates quo devem ter Ira-vudot desde ja. a partir de cadaescola. Nosso sentido a elaboraçãoH(. leves deve receber grando alen-çáo. Os temas a sprem enfrentadossão muilot e requerem estudo, pes-quita, seleção de dados. A am-pliação da escola pública de mo-do a facilitai o ensino a mi-ihares de crianças cm idade es-colar; a modificação no conleú-do dos estudos e da estruturadat escolas tuperiores de modo aadaptá-las át necessidades da socie-dade e da nação; melhores condi-

: o.-s de vida e de estudo; o reco-ihceimento dos direitos domocráti-.os dos estudante*, tais são alguns

dos aspectos a serem abordados eanalisados por todos os ângulos. Em¦- rjundo lugar: no sentido do levan-lamento de reivindicações imediatasno âmbito de cada escola ou facul-dade, visando desde já modificaçõesconcretas do modo a que so vá dan-do ao movimento estudantil brasileiroa consciência de suas grandes possi-bilidades no caminho da conquistaic uma universidade compatível comeis exigências da nação e os anseiosdo progresso do nosso povo.

Não temos dúvidas. Pela oportu-nidade de que se reveste, o Seminá-rio ideado pela UNE contará com oapoio decidido de todo o mundo•¦•iudantil de nosso país. E com isso

será móis um passo decisivo na re-forma de nosso sistema geral de en-sino, na renovação completa de nos-sa universidade.

ZA.

Jornal de Lacerda

não quis

rMjbJicar

Recebemos, do professor Bayard Boi-teux, presidente cio Sindicato dos Pro-fessòres e docente dn Faci'Hade de Fi-losofituda Universidade do Rio de Ja-miro, cópia de carta que enviou aojornal de propriedade do governadorCarlos Lacerda, que se negou a publi-cá-la, No referido documento,.o pro-fessòr Boiteux apresenta desmentidoa calúnias contra êle assacadas pelo

j-fihefe do executivo da Guanabara, em.programa de televisão, desafiando-o aapresentar provas do que disse.

Em corto trecho de sua missiva afir-ma . presidente do Sindicato dos Pro-fessòres: "Se o governador do Estadoipensa que intimida o nosso órgão dexiasse. seu presidente ou qualquer dos.;:rus dirigentes, com ameaças de pro-cessos está completamente enganado.

|A calúnia, a mentira são ns suas úni-cas armas, porém a Verdade c mais

jeliciente de todas. A Vordade padece,mas não perece".

As investidas de Lacerda oontraaçucle Sindicato e seu presidente sedevem ao tato de os professores ca-

ocas, em Assembléia Extraordinária,V>v,ovatem uma nota rir protesto con-ira a nomeação do sr. Flexa Ribeirov. ri o cargo de. Secretário da Educa-i.x;n inimigo conhecido que é da Esco-

ublitra o representante dos comer-. i:\nics cio ensino..

WÊÊLJ**a********fl (fi!

***^****kB mW^^ '^*****l Ml*********!

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i jUí.» «ílAá TÊ*' ¦ rvC>1 H i I mm l!Ü m^^^^ - .>h1 Ji^fi Ri-J" mi jB"»«¦ a. . . 9 s^v- ' ***' ^"^^-W^ftAiM-t^l fr"ir> -

UNE Participarádo Fórum de Moscoue do Festival 6a Juventude

m1i3^*mfm&?& Ê^& ¦^£?**^4&&V- ~*-'

t- * I _ » »* sr^» f

Prefeituraculahuia

il mnilrrlin Crupn Im.iI.ii de VisKitrirn. rm Casa Vm.ir.li. Itntu), rrrrrn-construído! >¦ uma du conlrlbulçíe* da administração dn prrfcitn MicurlArr.n-s ao Mnviiiiriii» dr Cultura Popular, «•iiip.r nümriiin rnrri.nl» pelosrjiludnnles, artistas >• intelectual* de Pernamliucu, visando » alevaiilantentoit.. nível cultural il<« povo.

500 ESTUDANTES NA LUTA CONTRA 0 ANALFABETISMO

Estudantes e Técnicos (Recife)Iniciam a Batalha Pelo Florescimentoda Cultura Popular Brasileira

O Comelho National dot fttudatvir. d*fidiu quo a União National dot

f«ludont»! poitifipoiá. oficiolment*. noi

doU .j.u.uict entontiot d» titudantét

piotjiomadot paio • caiitnt* ano: oFoium do Ju»*niud», om Motcou. * o

pióiimo fr.i....i Mundial do Ju«*nturi»9 dot fttudanioi.

I«mi retolutào foi lomada p*lo Con-t*lho «m tuo ¦' wii.i.n o«dináiío. koIÍ'iodo «m Manaus not diot 14 • 19 d* ju*nolie último.

Compõem o Contflho do.» .r|i.c-»n.iimiri «<- cada uma dat dirtloilot datUniô«t Etladuait d* Etludonlet. A »tl».o p-.me.io i*l«i*nt* â gettão OHvoliotCuanolt, compaitc*iom todot ot pioti*firme» dat d..-mu» «ntldadtt etloduoU,r.iriKinilrj.tr ap*na« ot d* Moto 0<¦'¦•¦to • T*o Crand* do Sul. At t«ttõet pli>*¦•"« cn • rtuniõet dot «ãriot <om -. ¦ •.

crtadoi durant* o <oncla«<> tiveram lu-

gar na tradicional Faculdade de Oireílodo Amaionot.

Resoluções

O Contelho aprovou, com volot delouvor, todot ot r*lalóriot aproteniodotpela ditetoria da UNE. bem como a To-moda de Contai exibida pela Tetourariada menloia da Praia do Flamengo. Foirecomendada a intentificac.õo da com-ponha por uma Reforma Univertilório.Encareceu-te a necetiidade da lula emprol da ampliação da ride de Catai doFtludante e de ftetlauranlet Univertilã-riot, e do barateamento do livro didõli-co. Face a ameaço de breve aprovaçãoda lei de Direlrizet e Batei, ora em di»-cutião no Senado, foi planejada umafoartirulocão. em lêrmot nacionais, dabatalha vitando o impedimento do queteria a morte do entino democrático nopois. O Contelho reafirmou, unânime-m e n l e, a convicção do etludanladob.asilciro de que ettá no incrementoda rede de Etcolat Públicas a solucôodo problema analfabetitmo.

Enlre at ii-soluçõrs de (arálci poli-tico merecem dettaque a reafirmação dodireito de autodeterminação dot povos• a disposição de defender, a lodocusto, a Revolução Cubana.

.leptidiado Ucerdn

Poi unanimidade o C»nt*lho tomou¦ t" uma moção d* i*tonH*tim*nto.

no União Notionol dot Eiiudonl*t, d*uma entidade que luto em d*f*io do d»motiailo t do ordem conititufional •«¦

gen*e no No(ão Ette pionuntiamoiisr '

wm ipúdio ót detlaiacoet difomotoiiotfeito* pelo ti Coilot loceido, Govei-nodci do Ettodo do Guanabara, tegun-do o quait a UNE. ao combatei o ou-mem» dot anuidadet eicolaret, piolen-dei a ciiãi um clima de conlurbacãocom a fito de impedii a po«te do ir.JcWn Quadiot na Pietldincia da R*-público.

( oi.' c-ncias

'••» poteilrot foram proferidot du-ranlo a i alliacâo do encontro. A pil*mtiia, peln deputado federol IUDN—Parál Feno Coita, i&bre a neccttidadede monopólio etlolal para o refino dei> ii ' -o A ssgunda pelo Governador('o t .m .'o do Amaionot, tr. GilbertoM tlr nho. veitcndo tóbre problemat ereallxocãrt d» • >o adminittiacão. E aúltima, «obre o lema «Dileta deCulu. por Olivei.ot Guanoit (preti-denle da UNE), rrcntemenle chegadoda pãlria de Marli e Fidel.

LouvorFoiam aprovadot. enlre oulrot, vo-

lot de louvor ao Movimento de CulturaPopulor da Prefeitura do Recife (Per-nombucol e á moneira pela qual o go-vernador Robeilo Silve;ia I Estado doRio) vem atendendo ãt solicitocõet do<universitário:.

PetrobrásA notta empresa estatal de petróleo

proporcionou aos conselheiros, repre-srntanlct ali de uma camada da popu-lacão brasileira — ot estudantes — quealinhou na vanguarda da memorávelcampanha do «Pelróleo c notto», agra-dáveit vi-.itcis ás suat instalações naAmazônia (em meio à realização doconclavel e na Bahia (após o encerra-mento da reunião).

Sob a denominação de -/Movimentode Cultura Popular», estudantes e técni-cos, apoiados na administração de Mi-guel Arroes, prefeito do Recife, funda-rom nessa cidade uma sociedade civil,brasileira, de finalidades educativas cculturais visando: incentivar a educaçãode crianças e adultos; proporcionar aelevação do nível cultural do povo pre-parando-o para a vida e o trabalho,-colaborar para a melhoria do nívelmaterial do povo através de uma edu-cação especializada; formar quadrosaptos a interpretar, sistematisar e trans-mitir os múltiplos aspectos da culturapopular; e laborar o planejamento téc-nico necessário à criação imediata deuma Fundação de Cultura Popular desti-nada a assegurar a contínua expansãodo movimento.

Caráter e amplitude

Em contato com dois entusiastas co-laboradores do Movimento, GermanoVasconcelos Coelho e Norma de Vas-ooncelos Coelho bem como com diver-sos alunos da Faculdade de Direito doRecife nossa reportagem pôde sentir aamplitude do Movimento ideado e ago-ra realizado pelos estudantes e intelec-tuais pernambucanos. Nossos entrevista-dos fazem questão de frisar o caráterapolitico daquela realização que aco-lhe em seu seio representantes de todasa6 tendências políticas, filosóficas, reli-giosas, unidos em torno de um interessecomum: batalhar pára que floresça, pie-namente em nosso pais a riquíssimaCultura de nosso povo. Assinaram o Es-tatuto da fundação da entidade, entreoutros Abelardo da Hora, podre Jai-me Diniz, Aluízio Falcão, Paulo Freire,Germano e Norma Vasconcelos Coelho.Ariano Suassuna, Paulo Cavalcanti, eto

1' etapa: alfabetizaçaoO Movimento de Cultura Popular

não é uma idéia e sim um plano emação. Suas iniciativas, interessantes eoriginais, conquistaram a simpatia dopovo pernambucano que o aplaude ecom êle colabora. A etapa inicial doIrabalho orienta-se fundamentalmentepara a tarefa de alfabetizar crianças eadultos pois >.<não se pode pensar emcultura popular enquanto grandes mas-sas de nosso povo permanecem na igno-rância e no atraso» afirma-nos NormaVasconcelos Coelho, Com esse objetivojá foram instaladas cerca de 60 esco-Ias criadas nos locais onde vive, traba-lha e se diverte o nosso povo. Clubesesportivos, organizações religiosas taiscomo praticantes de espiritismo, macum-ba, xangô etc, organizações filantrópi-cas e outras, abriram suas portas e cede-ram suas salas para a instalação doscursos de Alfabetizaçao. A Prefeitura doRecife colabora efetivamente com omovimento, instalando novos giuposes-

colores como o de Visgueiro em CosaAmarela, recentemente construído Asaulas são dadas por estudantes devida-mente preparados em cursos prévios na

qualidade de professores voluntários cbolsistas (estes últimos recebem um pe-queno salário). Já estão integrados nacampanha cerca de 500 estudantes.

Atividades culturais

As atividades culturais constituirãoo lema principal do Movimento. Nesseterreno já estão em curso diferentes rea-lizações, tais corno: abertura da Galeriade Arte do Recife, com uma exposiçãode pinturas de diferentes artistas piás-ticos enlre os quais anotamos os nomesde Abelardo da Hora, Ladjane, SílviaBarreto, E. Xavier, Celina, Lula CardosoAyres, etc. A galeria foi construída pelaPrefeitura, às margens do Capibaribe,após violenta polêmica contra aqueles

que julgavam que a galeria iria tirar obeleza daquele pitoresco recanto da Ve-neza Brasileira; criação do Teatro doArraial Velho dirigido por ^riano Suas-suna, cuja peça «A Pena e a Lei» estásendo devidamente ensaiada para inau-

guração do teatro. O Coral Falado doRecife é outra iniciativa que visa tornarconhecidos de nosso povo os autores re-

gionais brasileiros. Finalmente, destaca-mos o trabalho de pesquisas sôbre arealidade brasileira que vem sendo le-vado a cabo por grupos de estudantese técnicos ligados aos estudos econó-micos, às pesquizas sanitárias, etc.

Festa de Natal

criação de ambulatórios nos bairros po-populosos, o levantamento sócio-econó-mico dos bairros do Recife são algumasidéias que já vão se corporificando àbase de medidos concretas.

Expande-se o movimento

As noticias do interessante Irabalholevado a cabo pelos estudantes e téc-nicos de Pernambuco começam a chegetrem diferentes pontos do Estado e a Esta-dos vizinhos, e desses partem pedidosde Estatutos, sugestões, etc. visando acriação de movimentos idênticos em ou-Iras localidades do norle-nordesle.

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Estudantes ArgentinosTrarão ao Brasil CaravanaCultural de 70 Pessoas

A grande festa de Natal do povopernambucano foi um capitulo extra noconjunto de trabalhos do Movimento deCullura Popular.

Referindo-se a ela, o líder católicopernambucano, Nilo Pereira, afirmouatravés das páginas do «Jornal do Co-mércio" que «nunca vira uma festa queconservasse e revivesse tanto as carac-leríslicas primitivas do catolicismo)/.Naquela ocasião, a Prefeitura do Re-cife iluminou feèricamenle toda a ei-dade, ornamentada com árvores deNalal preparadas pelo conhecido artis-Ia, Abelardo da Hora.

Novos planos

••O movimento es:ó apenas no iní-cio e nossos planos de expansão sãomúltiplos e variadosv afirmou-nos Nor-ma V. Coelho. De fato, novos planos es-tão em preparo c contam para sua rea-lização com o apoio entusiasta de tõ-das as camadas sociais do Recife. A ins-falação de uma biblioteca infantil emedifício próprio, a orqcinizaçòo de umalipogrofia e imprensei do Movimento, a

Encontram-se no Rio ot estudantesElba Elena Fonrouge e Pedro Galarza,da Escola Nacional de Artes Dramáticasde Buenos Aires. Ambos visitam nossoPaís a fim de preparar a vinda, em fe-vereiro próximo, ao Brasil, de uma de-iegação argentina composta de 70 pos-soas — alunot e professores — com oobjetivo de reforçar o intercâmbio cul-tural argentino-brasileiro, através dèapresentações teatrais, mostra de artes

plásticas e festival de poesias.Elba Elena e Pedro Galarza esperam

atingir seus objetivos apoiados na UNE,Uniões Estaduais de Estudantes, Prefei-turas e outros meios intelectuais brasi-loiros.

PatrocínioFalando à nossa reportagem, os dois

estudantes disseram que o intercâmbioé patrocinado pelo Centro de Estudan-tes de Artes Plásticas de Buenos Airese integrado pelo Centro de Estudantesde Cerâmica e Representações Estu-dantis da Escola Nacional de Artes-Dramáticas e do r~»»rn do Estudantesde Arquitetura.

ProgramaDurante sua «tournée» pelo Brasil

a Caravana observará o seguinte pro-

grama: 1 — Apresentação pela EscolaNacional de Artes Dramáticas de três

pecas em um ato: a) «Os de mesa dez»do jovem dramaturgo argentino Oswal-do Dragun; b) «La Morsa» de Pirandel-loa c) «O salão de Automóvel» de lo-

— Exposição de artistas plásticosargentinos através de filmes Spilim-berg, «Lopes Claro» e dispositivos ex-

plocados por professores e artistas ar-

gentinot.

— Apresentação de obras de es-tudantes das Escolas de Artes Visuis eCerâmica, da Faculdade de Arquiteturae Urbanismo.

Integram a comitiva de 70 mem-bros, 12 profe»sôres que lecionam naEscola Nacional de Belas Artes e na Es-cola Nacional de Arte Dramática e re-

presentantes dos Institutos Teatrais dasUniversidades de La Plata e Buenos Ai-res. Entre esses destacamos: prof. Ca-milo Da Passano, vice-diretor da EscolaNacional de Arte Dramática; OsvaldoRivas, prof. decano da ENAD, Saulo Be-nacente, delegado argentino perante aUNESCO, para teatro; Juan Carlos Ge-nó, autor, ator, diretor e fundador dosInstitutos de Teatro da Universidade daPrata e da Universidade de Buenos Ai-res; Eva Dongé, atriz profissional con-vidade e que é bastante conhecida porsuat interpretações em Maria Stuart eLady Macbeth.

Além da divulgação das realizaçõesartísticas da Argentina, a caravana ob-

jetiva criar condições para o surgimen-to da Federação Latino-P-mericana deEstudante de Arte e construção de umaCasa do Estudante de Arte em cada

pais sul-americano, facilitando a or-

ganizaçõo de festivais latino-america-nos de teatros.

Apoio brasileiroOs estudantes Elba Elena Fonrouge

e Pedro Galarza em visita a diversas ca-

pitais, como Porto Alegre, Curitiba, SãoPaulo, Guanabara, etc. têm recebidoexpressivo apoio dot meios intelectuaise estudantis do notto país. Já apoia-ram a iniciativa a UNE, União Para-naense dos Estudantes, Federação dosEstudantes do Rio Grande do Sul, Pre-feitura Municipal de Curitiba, Teatrode Arena de São Paulo e Escola deArte Dramática de São Paulo.

«Prob/emas

de

Atualidade»A Editora "Problemas Contemporâ-

noa Lida. acaba de lançar o folheioProblemas de Atualidade >, inicio de

uma série de coletâneas sôbrc questõesde inlerêsse, no domínio da filosofia, daEconomia Politica e dos experiências re-contes da prálica de construção sócio-lista.

O sumário compreende:A Dialética materialista — cièn-

cia filosófica de Kammari;O que distingue a dialética da

sofistica e da eclética de Krisloslutian;O caminho do socialismo i

(plataforma polílica 0 pioqrcima).A venda na Editorial Vilóiici, Rua

Jupn Poblo Duarle, 50 (sob.ado).

Page 12: POLICIA DE UCERDR - marxists.org · mêi depoit do reaiuitomcnto tolo-rio mínimo, c ja foi feito aot banca-rioi aposentados entie os anos de 1934 e 1957. Dentro dc 60 diai lodoi

NOVOS RUMOS Rio de Jonciio, lemont. dt 10 o 16 4p ftvt<c..o d» 19©»

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VIC1.0OVERNA0OH. SECRETáRIOS 01 ESTADO, PREFEITOS, DEPUTADOS, VEREADORES E LIDERES SINDICAIS ASSINARAM

Povo Fluminense Apoia CubaContra Ameacasdo Imperialismo

Argentinos Doam Trator a CubaEm cerimônia realizada no Ins-

tituto Cubano de Anmacle com osPovos, Oscar Moyano, secretárioda Comissão dr Solidariedade áRevolução Cubana na Argentina,ímã. a entrega ;io diretor do Insii*tato de Reforma Agrária de Cuba,

Antônio XuiWs Jimener..

dc um trator comprado com o di-nheiro dc tuna coleta popular naArgcnlinn. .lunto com o trator, ioientregue uma copia d.t Declara-ção di- Havana, assinada por ummilhão dc argentinos, «pie. assim,cxpre-.Naram seu apoio á Kcvolu-ção Cubana. (PRENSA LATINA)

Armado por autoridade» e§ia«•i... - e municipaií deputado» evereadorei de numeroso* munir-'pio» liuminensej, Ioi divulgai.-*::...!..:•¦¦• de solidariedade ao jm>m»cubano e de prestigio aa atlvida*des da Conuswáo Brasileira contraa Intervenção em Cuba. recente*mente constituída.

Pela importância que tem ¦ peloqur rept< -;' i como medida u-i•teiisamento dai amplas • .<:¦do j • • • • brasileiro em relação a lu*ta do povo cubano contra a auuM*ça de intervenção dos impcriali**tas norte-americanos, divulgaiabaixo a integra do documento ea relação dos nomes das pc: ¦dades que o assinaram.

0 documentoBrasileiros:

Neste momento ameaçador pa-ta a par e a tranqüilidade das po*vos americanas, quando a Republi-ca de Cuba se vé ameaçada emsua soberania, e cerceada no seudireito inalienável de autodeternu*nação, o Brasil deve estar alerta,para. coeso, defender o sagradoprincipio de que cada povo é o se-nhor absoluto dos seus destinos.

O principio dc não-intcrvençàonos assuntas internas de cada na-ção. pastulado profundamente ar-raigado em nossas consciências,impõe uma tomada dc posição (ir-me c altiva do Brasil pela mtan-gibilidade da pátria de José Marti.Com tal objetivo e visando estrel-tar cada vez mais as laços dc soli-dariedade fraterna que nos une aonobre povo cubano, convocamos atodos os brasileiros, sejam quaisforem as suas convicções políticasou ideológicas, a manifestarem vi-gulosamente o seu apoio a umgrande movimento de opinião pú-

bltca contra qualquer ingerênciaestrangeira, seja econômica, diplo»mática ou militar, nos destinos po-lítíçns da gloriosa Republica deCuba e a prestigiarem as ativida*des da "COMISSÃO iiUA.sn kik..CONTRA A INTERVENÇÃO EMCUBA", entidade que ora se coni*tilui na defesa desses sagrado*princípios.

Rio. de Janeiro. 22 de setembrode 1080

ass.) Celso Peçanha. vice-govcr*nador do Estado do Rio de Janci*ro; Wandir de Carvalho, secreta*rio do Trabalho do Estado do Rio:Cláudio Moacir de Azevedo, presi*dente da União Fluminense de Es*tudantes: deputadas federaisVasconcelos Torres. Domingos Ve*lasco. Jonas Bahiense Lira. AarãoStcimbruck: deputadas estaduaisAdolfo de Oliveira, Murilo Cabral.Walter Orlandini. Bernardo Ben-feito. Rodrigues de Oliveira, JoãoFernandes. Durval Gonçalves, Al*tineu Cortes Pires. Jayme BUen-court. Waldir Medeiros. Raymun-do Aguiar, Odcrener Veloso, Teotó-nio Araújo. Nicanor Campanário.Aristóteles Miranda Mello. Geral-do Reis. Sá Rego. Carlos Quintcla.José Maria Ribeiro. Ar.sonval Ma-cedo. Antônio Curvelo Benjamim,Barcelos Martins. Benigno Fer-nandes. Álvaro Fernandes, pre-sidente da Assembléia Legisla-tiva. Palmir Silva, líder damaioria e Sebastião Azambuja: di-rigentes sindicais João Alberto Ju-nior. presidente da Federação doáTrab. na Ind. dc Fiação c Tcccla-gem do E. do Rio de Janeiro. Al-mir Reis Neto. presidente do Con-sclho Sindical Estadual do Estadodo Rio, Othon Reis. pres. do Sind.dos Metalúrgicos dc V. Redonda.Demistóclides Batista, presidente

0 MfKDO SOCIALISTA PARTICIPA DA BATALHA DE REDENÇÃO

Ouevara: Viagem de Dois MesesRendeu 58 Novas Fábricas

Como sabem os nossos leitores,o comandante Ernesto Gucvara,presidente do Banco Nacional deCuba, presidiu uma missão econô-mica, que, após percorrer váriospaíses socialistas, efetuando nego-efcrçõe* com os funcionários gover-namentais de cada um deles, re-gressou a Cuba, trazendo em suapauta o saldo de uma série de con-vênios comerciais, de créditos e deassistência técnica vantajosissi-mos para o pais.

Entre esse»? acordos, os mais im-portantes com respeito à indus-trialn-ação do país, encontra-se aaquisição de mais de 60 fábricasque começarão a ser construídastão logo se ultimem os necessáriosestudos técnicos, de mercado e lo-calii-ação.

Oferecemos a nossos leitoresuma lista dessas instalações, reser-vando-nos para depois os detalhessobre o que significarão essas fá-bricas em emprego, volume dc pro-dução, consumo de energia, etc.

Logo também daremos maioresinformações acerca de uma sériede fábricas, cujos contratos esta-vam asssinados antes da partidada missão do comandante Gueva-ra e que já se encontram sendo

Médicos: telegramae manifestaçãode apoio a Cuba

"Na qualidade de médicos cole-gas dé V. Exa., vimos apelar aopresidente da República no senti-do de que não seja modificadanossa política de amizade no quediz respeito a Cuba". — pediram,em telegrama enviado ao sr. Jus-celino Kubistchek, numerosos mé-dicos da Guanabara, entre osquais o professor Álvaro Doria eos drs. Renato Pacheco, MauroLins e Silva, Afranio Alencar Ma-tos, Armando Lacerda, Pedro Bor-ges, Pedro Monteiro, Valério Kon-der, A. Posse Filho, Lintz Caise,Isnard Teixeira, William Asmar oCarrazedo Filho.

Além do telegrama enviado. OvSmédicos da Guanabara patrocina-rão um ato de solidariedade aCuba, a se realizar no próximo dia23, às 20 horas, no auditório daABI.

construídos em diferentes regiõesde Cuba.

União Soviética

1) Usina siderúrgica.2) Reconstrução da indústria

metalúrgica.3) Refinaria de petróleo.t) Usina mecânica.5) Fábrica para produção de H*

mas, gTosas, etc.6) Investigações geológicas.7) Asscssoramento na indústria

de níquel.8) Química.!)) (Duas fábricas de papel de

jornal e outros.)

Tchecoslováquia

10) Fábrica autnmntriz.(Para tratores, caminhões,motocicletas, motonetas e mo-tores estacionários a gasoli-na.)

República Popular da China

ficas, penas etitilográficns.alfinetes, etc.

24) Fábrica de dinamite.

Bulgária

25) Fábrica dc carboneto de eál-cio, para 5.000 t. anuais.

26) Fábrica de areia siliea.27) Fábrica de fekta-pitoe e peg-

matitos,28) Fábrica de maizena e amido.29) Três usinas secadoras de fru-

tas e hortaliças.30) Moinhos para pimenta.31) Três descascadoras de arroz.32) Misturadora de forragem.33) Três instalações frigoríficas.34) Duas fábricas de conservas

para frutas e hortaliças.35) Dez unidades hidrelétricas

eom capacidade até 5 000 k\vcada uma.

Polônia36) Construção de um estaleiro

para barcos até 10 000 t.37) Fábrica de taxas para sapa-

tos.38) Fábrica de baterias elétricas.

11) Fábrica dc cloro-barirlha.12) Usina do reatores para a pro-

dução dc D.D.T. e diversosprodutos do cloro.

13) Fábrica de policloreto de vi-nilo.

11) Fábrica de cloreto férrieo.15) Fábrica para a produção.de

cloral.(Essas fábricas agrupar-se-ãoem uma unidade gigante.)

16) Fiação e tecelagem com 50 000fusos para algodão.

17) Usina para a produção de pól-pa de bagaço. (Para papel deescrever.)

18) Usina para a produção de pol-pa de bagaço. (Para fabrica-ção de papelão.)

1») Fábrica de válvulas industri-ais.

20) Fábrica de carvões de escovi-lhas.

21) Fábrica de correias de trans-missão, mangueiras de borra-cha para indústria automo-triz e borrachas de apagar,

22) Fábrica de unidades seladasincandescentes para veículos,aros de pistões. embreagens ebombas de gasolina.

23) Fábrica dc canetas esferográ*

São Leopoldo:Mov. Nacionalistaao fado de Cuba

O movimento Nacionalista deSão Leopoldo, no Rio Grande doSul, acaba dc divulgar um mani-festo de apoio à Revolução Cuba-na. Eis um trecho do documento."Essa independência conquista-da pelo povo cubano, êsse passodado no caminho da prosperidade,está, entretanto, em perigo, vistoque com isso, com essa Revolução,não estão conforme os que viviamda exploração do povo cubano.

Nosso país, nosso BRASIL, dian-te desse quadro, não pode ficarindiferente e não deve, muito me-nos, tomar posição contra CUBA,como o querem alguns dos dire-gentes da nossa política exterior.

Levantemos, portanto, nossavoz em defesa de CUBA, para ex-pressar nossa solidariedade ao di-reito que tem o povo cubano deviver livre e de dispor, em seu be-nefício exclusivo, das riquezas e dotrabalho dc sua pátria.''

39) Matadouro para 300 reses diá-rias e utilização de subprodu-tos.

40) Matadouro para 3 000 porcosdiários 9 utilização dc subpro-dutos.

Hungria

41) Fábrica de fechaduras cilín-dricas, com capacidade para30 000 unidades anuais.

República Democrática Alemã

42) Fábrica de latas para conser-vas.

43) Escovas dc uso doméstico.44) Eletrodos para solda.45) Máquinas de costura.46) Aparelhos de rádio.47) Fábricas têxteis com capaci-

dade de 150 000 fusos.48) Combinado para ensino, in-

dústria metalúrgica e palmi-lhas.

49) Fábrica de arames e produçãode cabos dc aço

50) Fábricas de cerâmica e por-celana doméstica.

51) Usina de purificação de cau-lim.

52) Fábrica de cimento.53) Fábrica de chapas de bagaço.54) Fábrica de máquinas fotográ-

ficas.55) Motores elétricos.56) Fábrica de chaves de fenda e

einzéis.57) Máquinas de escrever.58) Fábrica pára produção de

azeite de casca de arroz.

do Sindicato dos Trabalhado*res da lustrada de Ferro Lei»,..;.:..« Rafael Francisco de Al*meira. presidente da Fed, do*

i ¦ ¦»!¦ na Ind da Alimentarão. '¦'¦itoet 1 ..:...:.»!<¦ v Uair José Veloso.presidente e secretario do Sind, da• '¦¦¦>¦'•• ••;<.¦•<¦ Civil de Niterói e Nu-va Iguaçu, Aristóteles MirandaMello, llerval Arueira, Sec, e Te*.dos Ferroviárias da Leopoldina,Fausto Couto da Cunha, pres. duSind. dos Têxteis de Duque de Cn*xias. l.tdio C. Cerqueira, pres. duSind. dos Alfaiates de Niterói. Joa-quun Mayrink Filho, pres. do Sind.dos Rodoviário* Anexos de Nite*rót e S, Gonçalo, Dermcrval Madu*tetra, presidente do Sind. das Tra*balhadores na Indústria de Mine*rios e Carvio, Luiz Chagas Filho,pres. do Sind. dos Trab, na Ind. deCarnes e Derivados, Ulisses Joa-quim da Silva, pres. do Sind. dosTiub. em Produtos Químicos deNova Iguaçu. José Azevedo Pinto.pres. do Sind. das Trab. na Ind.de Açúcar de Itaborai e Sequare-ma, José Aquino de Santana, pres.do Sind. dos Trab. da CBEE. Con-sueto Ferreira Callado, pres. doSind. dos Barbeiros e Cabclerei-ros de Niterói e S. Gonçalo. Fran-cisco Fernandes de Araújo, pres.do Sind. dos Metalúrgicos dc Ni-terói, Astério dos Santos, pies. doSind. dos Têxteis dc Magé, Geral-do da Costa, Mattos, secretário ge-ral da Fed. Nacional dos Trab.Ferroviários. Gabriel Alves de Oli-veira, vice-presidente do Sind. dosTrab. da Ind. do Imobiliário dc Ni-lerói e Nova Iguaçu, Jair Albu-querque. secretário do Sind. dosBancários dc Niterói. Allamiro dcOliveira, tesoureiro do Sind. dosProdutos Químicos de Cabo Frio.Francisco M. de Amorim, secre-tario dos Vidreiros de Niterói e S.Gonçalo. J.R. Souza, do ConselhoFiscal do S.T.E.P.T., José Araújode Carvalho, 1." secretário da Fed.dos Têxteis do Estado do Rio, RailPeçanha, procurador do Sind. dosRodoviários Anexos de Niterói.Aloisio José de Araújo, tesoureiroda Associação dos Trabalhadoresem Produtos Químicas de Niterói,Adgard Alves Cardoso, diretor daC.I.S. do Estado do Rio, Elzio Ra-malho, tes. da União dos Servido-res Públicos de Nova Iguaçu, Plí-nio Alves Barreira, presidente doMovimento Nacionalista do Estadodo Rio; vereadores à Câmara Mu-nicipal de Niterói, Daniel Vallado,Presidente Parcy Ribeiro, HélioBrasil Alvares, José. Ramos, Evan-dro da Cruz Nunes, Joaquim Al-ves Mariano, Hermógcncs Franco,Jorge dc Almeida, presidente doPRT. Arino de Mattos, do Esladodo Rio de Janeiro.

RIO BONITO: vice-prefeito JoséBezerra Cavalcante, vereadores àCâmara Municipal Tarquino Frei-

re Ribeiro, Aloisio Ceko de Oltvel*ra (presidente), Ângelo Uni-xJuu de Direito. Dr, Maui».i»Kopk; e«t*rivâo de Ju-diça Ju-eFrancisco Soate*. Hèiio Nogueira,presidente do PTB, Clôvte A\ch*no Correia, farmacêutico, AntônioPires Estives, pres do Centro Na»clonalista, Arv Araújo Pigurredo,secretario do Centro Naeionflkrta,Hélio de Aragáo Vtlar. dentís-a*metalúrgico. Maurício Elayel, ad*vogado. Ruy Muniz. farmacêutico.Oscar Nunc* Pereira, agrlmeiuor,Maurício Pr-der. professor. Elvan-dty Cabral, agrtmcnsor. João •*<*r*iiardtno Filho, motorista: Genes*»>• Andrade da Silva, viec-presi-dente do C. Nac.

VOLTA REDONDA: vereadoresà Câmara Municipal Luiz Noguei*ra Neto. Djalma de Assis Mello.Natalino José Dias. Silvestre Pe*reira Rosa, Luiz Gomes Vieira Ju*nior, Luiz Gonzaga de Souza Clt-inacn. t£ly Coulínho; Jamil Risca-Ia, advogado. Moacir Ferreira, jor-nallsta, Argcmiro Costa Ribeiro eJosé Tavares, presidente e secreta*rio do Sindicato da Construção Ci-vil de Volta Redonda e Barra Man-sa

CAMPOS: Dr José Azevedo Al-ves, prefeito Municipal, vercado-res à Câmara Municipal. EdgardCoelho, Sebastião Morgam de Aze-vedo. Carlos Peçanha. Rockefellerfle Lima, Amaro Gome.s de Azeve-do. pres. do Sind. dos Motoristas,Américo Rodrigues, secretário doP.T.B.

DUQUE DE CAXIAS: vercado-res à Câmara Municipal Elias La-zaroni. José da Silva Barro1;. Car-'os Lopes Almeida. Pedro Bianco.Luiz Braz de Luna, José Nunes,Oscar Dias Oliveira. Armando Bel-lo França. Thomé Siqueira Barre-to. José Domingos Santana. JoséHonorato da Silva, Manoel Marins,José Barreto e Sabino Andrade Ri-beiro.

PIRAf: Nilo Teixeira Campos,prefeito Municipal:

SAO GONÇALO: vereadores àCâmara Municipal Júlio Motta,José Lourenço Azevedo, Ivo AlvesMarinho, João Damol Monteiro,colunista social de "Ultima Hora"Avrton Guimarães.

BARRA MANSA: vereadores Ar-lindo Lopes Ferreira, Oswaldo Car-minatti, Francisco Coelho, PauloAlves Ferreira, presidente da Asso-ciação dos Professores de. Alfaia-tes, Ernesto Silveira, sec. do PSB,Laudemir Ferreira, chefe da guar-da municipal, Anacharcs Rattrs,presidente do Sindicato dos Con-dutores de Veículos RodoviáriosAnexos, José Hermano Coelho, cor-relor, Manoel Ribeiro, do ConselhoFiscal do Sindicato dos Aliaiatcs,Oswaldo Gomes, comerciante.

MIRACEMA: Bruno de Martinu— jornalista.

Líderes Sindicais PaulistasDefendem a Revolução Cubana

Instituto Cubano de

Amizade dirige-se ao

dep. Josué de CastroAo tomar conhecimento da cria-

ção da Associação Brasileira Con-tra a Intervenção em Cuba, sob apresidência do deputado Josué dcCastro, o Instituto Cubano dc Ami-zade com os Povos dirigiu àque-le parlamentar um telegrama dcsaudação e agradecimento expres-sando "a convicção de que apoia-mos a nossa mútua luta. contra ocolonialismo, a exploração c a fo-sne."

Dirigentes sindicais paulistasnos enviaram a seguinte nota de"esclarecimento", na qual reafir-mam sua posição de apoio à revo-lução cubana:

"Os abaixo-assinados, dirigentessindicais do A.B.C., lace a notapublicada no jornal "Folha do Po-vo" e outros, em 23 de janeiro de1961, nota assinada pelos srs. Tra-jano José das Neves e Horácio Ric-ei, na qual protestam contra- fu-zilamentos de dirigentes sindicaispelo governo de Fidel Castro, ediante das inúmeras consultas quetrabalhadores de todos os setoresprofissionais têm nos dirigido, eem virtude desse protesto, dccla-ramos o seguinte:

Que somos plenamente favorá-veis à Revolução Cubana, pois amesma deu ao povo, casa, escolas,terra, nacionalizou a indústria es-trangeira que sugava a economianacional, etc, etc. abrindo assimao povo cubano o caminho de umaautêntica prosperidade.

De outro lado, achamos que oprotesto de dois dirigentes sindi-cais de Santo André não procedevisto os fuzilamentos terem se da-do por motivo de comprovados cri-mes de sabotagem contra a econo-mia popular, segundo testemunho,inclusive de dirigentes sindicaisbrasileiros recém chegados deCuba como os companheiros Dan-tas, Tenório de Lima e outros, enão por crimes políticos, comoalegam Trajano e Horácio, poisesses crimes pela primeira vez nasua história não já existem emCuba.

Santo André, 26 de janeiro de1961.

Ass.) Lincoln Grillo (Bancário-St. André), Sérgio A. Viola (Pó do

Pedra-Mauá), Marcos Adreotti(Mctalúrgicos-St. André), MiguelGuillem, (Metalúrgico-St, André),Ernesto Corraini (Metalúrgico-St.André), Antônio R. de Godoy(Textil-St. André), Antônio Diniz(Textil-St. André). José CesárioFernandes (Têxtil- São Bernandodo Campo), Antônio C. Lindolpho(Metalúrgicos-São Caetano), Pe-dro Daniel de Souza (Construção--São Caetano), Francisco F. de Bri-to (Textil-São Caetano), NewtonCândido (Construção-São Caeta-no), João Batista Vieira, JuvenalFontanella e Onofre José Ferreira.

Operários navais:toda solidariedadeà luta de Cuba

Os operários navais do Kstadodo Rio e da Guanabara enviaramao embaixador de Cuba vibrantemanifesto de apoio à Revoluçãodo povo cubano c a sualuta contra as ameaças de inter-venção formuladas pelo governodos Estados Unidos."A Revolução Cubana — diz odocumento — e as medidas dc ca-ráter econômico e social que põeem prática, constituem um direi-to sagrado do povo desse país dese libertar da espoliação dos trus-tes e monopólios norte-americanose da crueldade dos seus testas-de--ferro internos, merecendo, por is-so, a inteira solidariedade de to-dos os povos que lutam pela pró*pria emancipação nacional c pelamelhoria das condições dc vida emseus países".

O manifesto foi assinado pormais dc 1.000 trabalhadores.

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V

Wtio de Joneiio, «morto de 10 o 16 de fevereiro dt 1961 NOVOS RUMOS » -

O QUE JÂNIO PRETENDEE O QUE O PAIS EXIGE

A uapitriio tm gtial ttm itfjittiodowulioi criticai 0 o„f,!.ie «do ttiado do•«pvblka» opitttntod-i por »¦¦'¦"•" tmmo dÃmIio dUomo como pittldtnlt.As crilicoi obtdtctm a motivo» • obilMmi dhrtnot, moi poise* ho»tr tntrtmUst um dtnomlnador comumi o duvido«ponto 6 validado • » ttritdadt dt ccctot ridos t ofirmotôtt que <>'• *ê «•••onlrom, • atrovéi do» quoit JÔnio P'0*m*» aprtttnlor o poit numo conjunto-m dt iitieMo «iit econômica • iodai,qvoM «otogaiio no moi do falindoglobal».

Om foto, Jânio não fti um bolan-«d hoatilo do lituotõo do poli, nãoprocurou oi cauiat dt noiiat difícul*áaám» —• qut italmtntt tsliltm, tmbo*m não com aqutla grovldodt — ntm¦prtttalou mtdldai qut it dtttlnoiitm¦ ooftloir tuai cauiai. Stu balanço *wrfloStrol t olarmlitoj élo não moilioupetocupacão olgumo tm piocuiar a rciidos ptobltmoij t, tm matérlo dt provi-rttncJot, st limitou a ptdir lacrlflcloi ao

rica tvidtnlt, tnlrtlanlo, ptla Itllu-ia do rüicufio, qut a luptrficlalidadt¦ o atarmiimo dt Jânio nada têm dtoddtnioli ou graluitoi, t tão, p 11 ocontrário, fiutoi do mait frio cálculo,ft» não fés diicurio para dar balan-

«Trocad« roupagemno PTB»

Per um lapso de poginação,m stm aisinatura, em nona ediçãoowltflot, a artigo dt Renato Guima-rãtt IwWloludu. «Troca dt roupagem

no PTB».

(Oi, ntm piocuior couioi, Stu obi«ll>vo foi optnoi o dt tüompor oi inltrtCOti qut o onlmam, oo auumlr o pãi-Io — « iuo 4 o qut hò dt italmtnltlêilo tm mu diicufio. ,

Dlonlt diito, noda há qut titranhornoi Inúmtioi contiadlcâti, incotrin*clat t diiporotti do dltcuiioi tipllca-itmtimo a ratão da tstrtma groiitriadot «Idéia!» oll tspoitai por Jãnlo lê*brt o lodollimo — Idélai qut titãonoládamtnlt abolso dt itu nlvtl dt'nttllglnclo t dt conhtcimtnloi.

JAnlo tlmpleimtntt quli tornar pú-bllca a tua diipoilcão dt apllcor no go-vêmo umo política dticorodamtntt tn-litgulita t rtaclonárla. Stui tsagtrotnoi cditt lombilai, ao pintar a illua-cão do poli, foram aptnoi uma Itnta*tivo dt Juillflcar tua política, poli artalidodt mtima não a acomtlho t,onlti, a condtna. fio não podia, poroutro lado, itr franco t hontito tm iuollnguagtm. Só podt falar franca t ho-ntilamtnlt com o povo quem titá ofavor dot Inttrtiitt do povo, t Jâniolabt ptrftilamtntt qut a política pit-conitada por élt contraria frontalmtn*tt oi mali profundoi inltréiitt dt nonopovo. Oa! ai formulacâet ambíguai, li-nuoiai. muitai vétet deliberadamenteconluiai, que a lado hora te eneon-Iram em teu diicuno. E dai também airepelidas ameaçai — enai muito maitclarai e direiai — ao movimento ope-rário, aoi nacionalittai e aot comunit-tai, para dinuadi-loi de reiiilir à exe-cução de lua política.

Apesar das imprecisões e ambigui-dades voluntárias de seu discurso, Jâniodeixou bastante claros os objetivos fun-damentaii da política que pretende apli-car. Quer a todo cuito pagar ai divi-dai do país em Waihington, mesmo tepara liso fôr prédio que nono povo

RENATO GUIMARÃES

*tt dsipoit doi úlllmoi nlqutli*. Qutrtambém acabai com o Inflocão, náoctrlomtnlt ptloi tocrificioi qut tioocantlo poro o povo, poli Ht Iniiilttm qut vol locrlflcar ainda moli o po-vo, moi provávtlmtntt ptloi dlflculdo*dti qut tia opát á lartfa ttpoUodo*ra da tighi t d oi lotifundlódoi docafé-

Tanlo o Inflação como a divido teItrna citictntt tão, dt falo, piobltmaicuja tolução inttitita a lodo o povobratlltlro, t não aptnat à llghi t ooihomtm do cofé. Jânio podtrla ittolvê*-tos, com ctrlo focilldodt mtimo, t como aplauio dt lodo o povo, it odotantetilai mtdidai dt coráltr anllfeudal tantlimptrlolltla, lali como o coniiá-It dai rtmtuoi dt tucioi, o combattaos gcipoi lanquti dt tiptculodortt tIroficantti qut conliolam o noiso co-mérclo tsttrior t ai optracãti d» câm*bio, a tllminacão do monopálto doi Ei-ladoi Unidoi em noiso comércio exlt-nor a ctnocâo do financiamtnio aolatifúndio cafstiro, tle.

Com mtdidat déstt tipo — algumatdas quait, aliai, comiam de iuo pia-taforma eleitoral — Jânio poder a ma*tar os doit coelhos de uma só cojadada.A um só tempo aumentaria a receitacambial, podendo aisim cobiir oi com-piomiisot exlemos do pais, e elimina-ria, pelo menos em paile, os veidadeiiosfocos da inflação, que tesidem no fi-nanciamento do latifúndio e na «--.polia-cão imperialista. E' através da adoçãodessas medidas que Cuba está come-guindo fazer o seu desenvolvimentosem inflação, e sem qualquer sacrifíciopara o povo — bem ao contrário, o po-vo foi o primeiro e grande beneficiáriodessas medidas. Para não falar dos pai-sei socialistas, onde a inflação já pas-sou para a categoria dos fenômenos«pré-históricos».

Com Jânio, entretanto, a coisa ét

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¦l mmimmm»&l»m)te*~ty^K*^mmmwm&#tpt~- *»¦,.-- ¦•W3»í

Sorriem Felizes á Espera Das MamãesHo socialismo os crianças não têm

Mobltmac. No lar não lhes falta nada.Poro díles, também. Mas o socialis-roo não liberta, apenas, as crianças dos

problemas comuns às crianças do mun-do capitalista, tiberra também as suas

mamães, não só do ponto de vista ju-rídico, mas principalmente econômico.As mães no socialismo contribuem di-retamente para a construção de umavida nova, trabalhando na agricultu-ra ou nas fábricas. Enquanto isso, seusfilhos ficam entregues, nas creches

mantidas pelo governo, lia pessoal es-

pecializado que propicia às mesmastoda a assistência indispensável ao seudesenvolvimento sadio. Ê o que nosmostram essas crianças chinesas queaparecem na foto.

!••'¦• divtiio. CoMpiomtliMO tom o Im*ptiialiimo t (om oi homtni do cofe,élt náo it '•>¦•>> dt foima alguma in*Itrtitado noqutlt gintro dt mtdidat.Aconltct qwt lô há uma alitinotiva pa-ro ti quando it prtttndt ocoborcom o inflação t com oi dtficlti no bo-lon<o dt pogomtnloi. E' cotocoi-tt opoli no iltuocão dt Portugol, o n d ttampouco hâ Inflocão, ou piobltmaidt bolonco dt pagamtntoii o p o v opaga initgrolmtntt loilão por loitão,a eipoliacão (tudol t Imptrlatiitoj otconomla titã titognoda, o popula-cão »¦ ¦- ¦¦-!. moi ludo titã no mt<lhor dot mundot para ot latifundiário!t impeiíaliiloi.

Tiaia-it tnlâo dt «lolotaiiiai» oBiaiil. Hã mtimo uma rtctlta «dáiii-co» para foitr iitoi ot famoioi «rtfor-moi» do fundo Montlário Inltrnado-nal. Prtconisom a txtincão doi contra-Iti do fitado noi opeiacâei cambioit,coilei no crédito para tmprttndimtn-toi Industriais noclonoii liquidação doitmpiéiai do EUado, conttncoo d o tsalários, m a i o r 11 privilégioi paia«alralr» o copllal tiirangelro, Incluil-ve no campo do ptliáleo e dai rlqut-xas míntrali. E o chamada «liberaliza-cóo» da economia.

Afirmam ot tconomiiiat «orlodo-xoi> da burgutiia — rtprtsenladoi, noBraiil, pelo grupo Gudin-Roberlo Com-pos — que enai mtdidat, uma veiaplicadas, produzirão inicialmente umabrusca alia do custo de vida, mat, dt-pois de um ceiio período — leíi meses,segundo alguns, um ano, segundo ou-Iros — a moeda se estabiliza e o balan-ço de pagamentos se equilibra. O exem-pio vizinho da Argentina, onde o FMIassumiu o governo há mais de doisanos e, apeiar diuo, o cuiio dt vidacontinua octltrado tm alta t o balan-ço dt pagamtntoi continua dtfidtário,mostra qut ntm isso é vtrdadt. Mtimoit o fânt, contudo, eitá claro qut umasolução detiai dt forma alguma podeinteressar ao povo brasileiro. Seria a«estabilização» na miiéria, a eitabili-zacão de um rtglmt dt espoliação ede atraio.

Não obttante, é éist o tipo de «es-tobilização» viiado por Jânio. Há di-vtriot indidoi diuo: a tntrtga do Mi-nittério da Faxtnda ao grupo Gudin,

' atravéi do prtpoilo Cltmente Marianí,a nutrida campanha da Imprema janis-ta, dando uma vtrião alarmantt dai fi-nançai do pais t rtcomtndando aque-Ias medidai entregulitat «de emergén-cia», além do alarmlimo do próprioJânio, a deicrever a lituaçõo flnanceí-ra do país. Mait que tudo, porém, le-vam a essa conclusão ai freqüentesreferências dt Jânio, tm stu discur-it, a um ptriodo inicial dt governo«rudt t áiptro» qut élt pretende fa-zer, aoi «lacrlffcloi inevitáveis» quepretende exigir do povo, aos «limi-tes de eqüidade» que pretende imporàs reivindicações dos trabalhadores —como le oi trabalhadores é que se be-neficiaiiem da iniqüidade social 1

—xxx—Mas, não é por acato que, sempre

que dlzemot que um governo é entre-guiita, acrescentamos ao lado o quali-ficatlvo de reacionário. O entreguismoe a reação tão fiéii companheiros,- umnão pode existir sem o outro. F Jâniomostrou agora que sabe disso melhordo que ninguém. Dedicou metade do seudiscurso para a exposição da políticaenlreguista que pretende adotar; e ae-dicou a outra metade à <'amostragem»das disposições reacionárias com quepretende assegurar a execução des-sa política. Para garantir a entrega dopetróleo argentino a Esso e as «refor-mas» do FMI, Frondizi teve de apelarpara o estado de sitio e pára a dltadu-ra militar, pôr na cadela os democratas,fechar os jornais e partidos progressis-tas. Jânio quis mostrar que não ficaatrás, em sua disposição de servir aoimperialismo.

Nâo é poi oubo loião qut o ttu.'¦.-¦••¦ «tio pttodo dt omtocot " "nodonoliilat: oo movimtnto optiõdo t.tm pailkulor, ooi comvnlilot, Elt In*dul, dtuoiodomenit. t«tre «oi mo»i* ." dt notto tocitdodt ot «movi'mtntoi é« moita ptloi rtiWndkocòttorganiiadot dot coitgoriot profittio*nolt». OU qut itconhtct o dirtlto dtgitvt t dt libtidodt dt o>gonliocãolindicol, moi olí<mo oo mtimo tempoqut ¦••"•» por Inadmitiivfl tua uiitS*iacâo doloto contra a cotttivldadt, io-bitludo tt a ttrvlco dt convtniéncíot«¦•¦<¦ •¦¦¦ o qut é a mttma llnguagtmtmpitgada por folcão há poucot itrna*noi, quondo o tx-mlnitlro do Jutticaprtltndla timagar ptlo forca a justogitvt dot moiiilmot t ftrrovlárlotj ouitjo, ilt é qwtm dtddt quonde umagrtvt é Itgllima ou não, t continua-mot no metmo itglmt fatdiia do > ¦9 070..

Jânio chego ao cumulo de acuior otliabalhodortt dt «itivlndicar ttmprt tinctitonltmonlt, piovtitoi t rtgollat»,em tuai lutai por rtojuilamenlo dttalárlo. Aulm, oi aumenloi nomlnaitdt talóiiot conquiiladoi ptloi liobo-Ihodoiti, opói duiat lulot grevlttai. tqut ntm itquei lém alcançado a altado culto dt vido, tão no entendei deJânio, «regalias > Inadmltilvtli; t élealiimo mesmo: «o mou govêmo, entre-lanio. repieienla um paradeiro a Iuo.definitivo t último»! «Cumprt-lhti (aottrabalhadores) imbulr-tt da disciplinado trabalho», diz oinda, como te ostrabalhadoies brasileirot (assem p o tregra indisciplinados, que (izessem gre-ves por esporte, ou por «ordens doexterior-.

Deita concepção reacionária do mo-vimenio operário, Jânio passo ás omeo-cas abertas de violência contra os de-mocrotas e nacionalistas, espeeiolmen.le, os comunistas, aos quais procuraisolar das massas, porque são os maisaptos para organizar os movimentospopulares contra a política enlreguista

qut pitltfldt adotar. Otpolt dt um- poiàgiofo, tm quê Id ra

oi camunlttnt com o piépilo fiei'*, »troto oi flodonollitat t dtmocioletcomo umo tlmoltt «voiianlt» oe*»»ptilt lha incluiivt uma tobro paio ogoviino cubano qut, ttgundo Jãnlo,tt ttforco poro "• odlot noi Ei-tedot do • - ¦¦'•¦¦ <• i Jãnloi

«Eittt ttfoicot Idot dtmonotoi,naclonaliitot t comunluoi, paio conto*mlnor o povo com o iuo «ptitt»| prt*citam ttr dtimaicoiadoi, tnfrtniodott botldot ¦-.

I •• ai a Irítit liguro do dtmogocjo<•""- í. :'., quando lha a máscoia, dt-poli dt conttgulr enganai o povo. Moi.agoio. o tngonado parect itr ilt • "mo. Oot «Inltncáet» que hojt mnt'radt opticar uma política ieodo""'*i ttntitgultto, á e»ecucão prático '" **o

política, Jãnío tem um longo com' * aptrcoirti. E tua tática dt fodl;tor •*caminho ptlo iiolomtnio doi cor.-inlt-tai não «¦•¦•li tftito: ot lrabol><or>rtijá eitòo faligadoi por chováti anllco-munltlot que, ao contióiío da itolidodtmundiol, nunca se lenovom.

Jânio não conieguíró avoncoi napolilíca tniitguiita t leadonáría queagora — e tó agoio — onuncio. temacertar contas com o povo. Já hoje, co-mecom o despeitar paro a reolidorie eparo a luta os ponderáveis seiorti domovimento operário, da pequeno bur-guetia t, mttmo, da burguesia nacional,que nutriam «espeioncos» vagos, masporolisonies, em seu governo. A polili-ca que êle hoje claramente preconizaapenas atende aos interesses de umaínfima minoria de brasileiros. Peto con-cretizá-la, êle terá que enf-rn-. o í'0do imensa maioria do nono p •' r*ti"de os trabalhadores c estud-n'*« Mé os(uncionúrir. e militares naclono istos,que já sabem e já têm meios para exi-qir do governo umo política eonlrárioa essa. uma política de desenvolvímen-lo independente do pois, e de garon-lia dos liberdades democráticas.

Teoriae Prática LEI

O leitor A. S , que freqüenta o rur.so de Economia Política promo-vido por ESTUDOS SOCIAIS, pcdc-nou para explicar o quo é lei.

•1 marxlunui en.sina que o mundo é matéria em movimento. A matériai a ronle de lodo* on fenômenos e. como dizia Marx, "o agente de toda* astransformações". Dai, o quadro Infinitamente variado de «ua» revelações epropriedades.

A forma essencial em que a matéria existe e se revela é o movimento.1'sualmente, cumpreende-se o movimento como .simples deslocamento no espaço.Como reflexo do mundo material, o marxismo vê o movimento sob formasvariada» e, sempre, sob uma dupla manifestação: a de transformação, destn-volvimento, à base de contradições internas; e a de interconexão e intereon-dicionamento dos fenômenos, à base das relações de tudo que existe com omeio que o rodeia e Influencia. Essas relações podem ter necessárias oucasuais, internas ou externas, essenciais om acessórias. Podem ser estéreis oupassageiras, particulares ou gerais.

K" a esse quadro de ligações e condicionamento mútuo que está ligadoo conceito de lei. Nesse conjunto, ela reflete as relações Internas, essenciais,necessárias — as que condicionam o desenvolvimento dos fenômenos e definemsua qualidade. Imti lei não atua n qualquer momento e em qualquer lugar: surgee apllca-sc, nnclr e quando se criam determinadas premissas materiais e seimpõem as relações de necessidade c causalidade. Isso explica seu caráterhistórico e objetivo. Não é uma relação fortuita ou aparente — mu Internae profunda, visto que está ligada à própria essência dos fenômenos. A lei damals-valia, por exemplo, exprime a essência do modo de produção capitalistajustamente porque define a relação interna, de causa e efeito, que liga otrabalho e o capltnl — seja sob a forma de lucro, seja de Juros ou de renda.

Assim, tiiila lei é revelação e conseqüência do movimento do mundomaterial. As leis econômicas surgem c atuam quando a evolução das espéciese o trabalho levam ao aparecimento rio homem e à produção social. As leisda luta c!r, classes despontam com o ciclo das sociedades divididas em classesantagônicas, Não há leis cm "estalo puro", atuando independentemente.Como expressão do movimento, elas latnlr;m se enlaçam e condicionam. Emcarta campo ile fenômenos, há leis «cruls que se refletem nas leia restantes.Em cada modo de produção, há sempre unja lei econômica fundamental quedefine a essência das relações de produção existentes, combina-se às outrasleis e exerce sôbrc cias uma influencia decisiva. Veja-se, por exemplo, aenorme influencia da lei da mals-valia sobre a lei da concorrência e da anar-qui;, na produção.

O reconhecimento — ou a negação — das leis objetivas define as forçassociais de progresso ou de reação: dRÍ, o impacto dos interesses de classe naaplicação das leis econômicas, dentro da vida social. O marxismo proclamao caráter objetivo das leis c a possibilidade de ronhecé-las e utilizá-las, ace-Icrnnrlo a evolução da sociedade. Opõe-se, assim, ao vnluntarismo, que vê aação das classes e dos partidos sem qualquer sujeição a leis objetivas. Nega,com a mesma firmeza, o fatallsmo, que considera o homem inerme e semforças, ante as leis naturais e as leis econômicas,

Assim, para os comunistas, o conhecimento das leis do desenvolvimentosocial não constitui um fim — mas uma urina para a transformação revolu-eionária da sociedade, file permite compreender o presente e prever o futuro,dar à sua política uma base científica, guiar a classe operária e o povo, comsegurança e firmeza, no caminho da libertação nacional e social.

História do Movimento Operário (LXV) Ivan Ramos Ribeira

A primeira tentativa de realizar sua idéia de um jornalIlegal para toda a Rússia, capaz de unificar num só par-Üdo as forças dispersas da social-dcmocracia, Lcnin a fez,jmym resultado, quando se encontrava já na deportação,mm 18*7, através de entendimentos junto à "União de.Wa" de Petersburgo, que passara a ser dominada pelos"'economistas".

Uma segunda tentativa teve lugar em 180°, quandoaceitou o convite, que lhe chegou até ao desterro, de cola-borar na "Rabótchaia Gazieta" ("Gazeta Operária"). Tra-tava-se de um peródico fundado pelo grupo sociat-denio-erático de Klev (Ucrânia) pouco antes da realização do

íl Congresso do partido, e cuja publicação estava suspensa,depois de saídos dois números. Segundo uma das decisõesdo Congresso, esse jornal foi designado órgão oficial par-tidário e, como tal, devia voltar a editar-se.

Nos três artigos que enviou de início para a redaçãoda "Gazieta", Lcnin preocupou-se, particularmente, emtraçar as tarefas e o plano do jornal.

Aconteceu, entretanto, que logo depois do Congresso,¦» polícia localizou c destruiu a tipografia clandestina do

upo de Kiev, e a "Gazeta Operária" nunca mais saiu.Lenin tinha razão: na situação existente — em que

i, im- (>r "artesão" do trabalho social-democrático se tra-, ,i cm particular, no baixo nivel da atividade conspi-i iv-. Vim sucessivas quedas dos aparelhos ilegais — o

.-nal*-do' partido tinha de ser mesmo feito no estrangeiro.'sim deixaria de ser o o"e o próprio I,enln, cheio de

ardor e de esperança, chamava "um sonho".

LÊNIN CONTINUA DEPORTADO

Quanto aos originais dos artigos mencionados, foiexatamente como o leitor terá pensado: perderam-se. 0mesmo, entretanto, por incrível que pareça, não se deu como seu texto. Muitos anos depois, com efeito, quando aclasse operária da Rússia já chegara ao poder, foramencontradas cópias autenticas dos artigos, feitas por mãodesconhecida, e êlcs foram afinal publicados pela primeiravez, em 1925...

São desses artigos, escritos no segundo semestre de1899, todas as citações do anterior capitulo destas notashistóricas.

Em princípios desse mesmo ano, Lenln terminava deredigir gua famosa obra de economia política "0 desen-volvimento do capitalismo na Rússia — Processo de for-mação do mercado Interno para a grande indústria", logoem seguida publicado. Com êsse trabalho, que começaraa escrever três anos antes, na prisão, em Petersburgo,Lcnin consumou a derrota ideológica do populismo. Obrade fôlego, nela se faz o estudo de todos os aspectos fun-damentais do desenvolvimento do capitalismo dentro daRússia, a partir da reforma camponesa de 1861. Contraa errônea tese populista de que sem mercado externo o

capitalismo não pode desenvolver-se e de que esse era ocaso da Rússia, Lenln demonstra, sòlidamcnte apoiado nateoria eoonômica de Marx e em abundante documentaçãoestatística, que o capitalismo estava criando o seu própriomercado Interno no país. "0 processo fundamental de cria-ção do mercado Interno (isto é, de desenvolvimento daprodução mercantil e do capitalismo) é a divisão social dntrabalho", — afirma. E mostra como a separação entre oprodutor direto e os meios dé produção, isto é, a cxproprla-ção daquele, — fenômeno que vinha se processando emtoda a Rússia, Inclunlve e multo particularmente no tampo,— "ao assinalar a passagem da produção mercantil sim-pies ao capitalismo (e ao estabelecer a condição necessáriapara essa passagem), cria o mercado interno".

A deportação na Sibéria prolongar-se-á ainda pormais um ano, até fevereiro de 1900, e Lcnin continuatrabalhando infatigàvelmentc. Escreve sem cessar ar|igps,monografias, traduz para o russo a literatura niarxislamais recente e outras obras de interesse para o movimentooperário, mantém em dia nutrida correspondência. Con-seguiu organizar ilegalmente uma rede tão eficaz de lija-ções cora os grupos de soclal-dcmocratas dos centros mais

importantes da Rússia européia, assim como com os social--democratas russos emigrados na Suíça, na Alemanha, etc,que a sua atividade literária c política mais parecia a deum militante direta e vivamente ligado ao movimento ope-rário revolucionário.

Lenln contava já. naqueles anos, com a ajuda inteli-gpule, solicita c cheia de dedicação de Nar'iejda Crúpsritia(IKiüi-lMíli, que seria n companheira e amiga de toda asua vida.

Conhecera-a em Petersburgo, onde ela multara, desde1S10, num circulo de estudantes marxistas, e era profes-sõra numa escola noturna.' Ali trabalharam juntos na"União dr luta", a partir de lHfl.-i. Logo depois de Lenin,foi ela presa também pelos sicários do czar, assim se virampela nrimclra vez separados.

Em 1RÍ1R, a reação czarista resolveu deportar Crúps-caia por três anos para a Sibéria r jogou-a justamentena mesma colônia em que Lenln estava confinado, naaldeia do Sliúshcnsqtii, província do íetiissçi.

Os dois jovens enamorados, como boiis rcvojurjoná-rios que eram. não deixaram de perceber joso, iic-sc caso,o "lado positivo" da sanha dos çsbirros dá autocracia': a22 (le julho de 1838, casaram-se ..

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Correspondência:.Joaquim Teixeira Chaves, B. Horizonte — Agradecemos

a gentileza cio seu carlâo,

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"SnNTn MüRla" BOTEU JÂNIO)NII SIMPBTIB DO RECIFE

AMARO VALEMTIM(Corrôíponriôfrtt m RI m Parnambuco)

itr.it, (etrecclro — .% lula «to» bra*to* democrata» porlu«uè»r* que lo«tn.r .in a **,S*nt4 Maria" do ruttlfolrdo rliiador Saldar, foi duranir «anosdias u («ma *jur »|i..\"ii"i' o p««*«»do Hrrifr A nirdida nue o» ir.ilrtisrstomavam wnbticlmfalo dr que « narroIrl.rMr l.llix» I f>M* 80 I0sl4s llM*.-Irira». mobíli/aram-sr P-tra presta»apoio e *o|iriarirria«'r ao» rumandado%do . ..pn in GtUrlo.

\ Ass.triavao da Imprensa «Ir Per*niiiii.ii.- a «nan rsladual «Ia Unlftoni imi. M-i dou EMiilorcs, rrrande riú*mero de deputados, rercadorra t «li-tigrnlrs sindicai» pronunrtaram-sr.Imrrilata r publirammlr. saudando aluta dos democrata» poriugursrs Aomeimo tempo, a atriirân da Imprrusaii.ninli.il concentrara-** no Itrcifrinii.-n.is dr fotógrafo*, rinrastas. jor-nalisias. radialistas, oprradorrs dr 1 \.do pais e do estrangeiro, concentra*ram-se tia cidade, superlotando os ho-tris. para fa/rrrm a cobertura dosmovimrnlos do navio.

A chegada do "Santa Maria ' ao por-Io da »id.«dt- ocorreu ao melo dia «Irquarta-feira. Ilrs.de a manha, rntrr-tanto. grande massa popular ia sr en-«•outra* a reunida na 1'raca Rio llrau-co, para assistir ã chegada do navioO "Santa Liberdade" — assim Galvãor seus comandados fehaliraram o"San-ta Maria" — chegou até o limite detrês milhas das acuas Irrrltnrials Itra-slleiras, c ali ficou, à espera da con-rlusão das negociações com o governobrasileiro, para o desembarque dospassageiros.

Durante toda a lardc. o povo reci-íense ficou observando o navio, anco-rado ao longe. Em torno do barco por-tuguès estavam "de vigília" diversosnavios de guerra, inclusive um subma-rlno atômico da Marinha norte-ame-ricana. Apesar do sol inclemente, opovo passou a tarde na Traça RioBranco, comentando animadamente aproeza dos democratas portugueses, epermaneceu no Inral até altas horasda noite.

Ao longo da Traça, formaram-sepequenos grupos, e sempre que apare-cia alguém menos simpático à causados rebeldes de Galvão, logo "caiam"sobre êle dezenas de pessoas, expli-rando a justiça da luta anti-sala»-rista. MuMoc lembravam o manifesto

dr Galvão, qur andava dr ser diiul-sado pria unprrnu. N'e*l* documrn-lo, o hdrr portiicur* pronunrlou*»» afator «ir um ........ dr "terra para..... ni n«la mi.-tiiir ra»a para ourmnrla inorr. Ilberdadrs democrática»,ttem-rstar e progresso para o povo cliquidarão «Ia ditadura fa*rUla rmPortugal"

ComícioA noite, um grupo dr Itdrrr» «indi-

cais promnvru um romerio de apoioaos «IrinurraUs lusos, igualmrnlr naTrará Ulo llranrn A massa Intrrroin-pia frrquenlrmrnlc os uradorr», gri-lando rm roro "vl»as" ao» rrbelrir» r"morra»" a diladura dr Salazar. rainda manifestando a exigência drque o governo brasitriro garanti»»r aposse do 11.1*1» ao» comandados dr(...ti.... Ao irrminar o comício, con-sldcrairl numero de populare» seguiuem passeata atr o palácio do governo,

i fim dr fairr srnllr ao governadorCid Sampaio a solidariedade dos tra-balhadorrs r estudante* para rom aguarnlráo rebelde do "Santa Maria"Não encontrando o governador no pa-lano. os manifestantes seguiram atéa sede dn "Diário de Ternamburn".iindr realizaram um munem dr apoioaos anti-salararístas

Depois de longas negociações roma» autoridades civis r militares, o"Santa l.ibrrdadr" deu entrada noporto, -fundeando no Lamrlrâo, e fi-rando rom a proa de frente para asaída ria Barra» como a indicar quetornaria a ganhar o alto mar. O fatoocorreu ao meio-dia de quinta-feira,dia '.' O policiamento ostensivo im-pediu que o povo assistisse ao desem-barqur dos passageiros, certamentepara evitar a confraternização enlreos democratas portugueses e o povo doRecife.

Maior que Jânio

0 interesse do povo recifense pelasorte do "Santa Maria" foi tal que.durante vários dias. a façanha de Gal-vão e seus companheiros tornou-se ofato político mais sensacional na ei-dade. eclipsando mesmo o noticiárioem torno da posse de Jânio.

Ao mesmo tempo, a população dacidade era tomada de indignação ao

Irr «.ititir.nii.nl.. da» rrpeiida* viola-riies dr no»>a —*•<•¦ •¦¦¦ i *-ir'ida» pornavios r avlór» mililarr» norlc-amrri-ranos. que trafegavam sòbrr no*sntrrrilurio r rm nwt-a*. águas temi.,rial» s.ni qualqurr rr»priio a» aulori-dadn do pais Dezenas de aviões iauque», depois dr apresentar á» auto-rilade» bra»itriras um falso plano drtoo. ilrs.rr.nn iiirs|»-f.idamrhlr aoarroporlo dr fiuararanr». -nu qualqurr

i»o prévio, «..mu sr »r trala»»e deuma base militar de seu pais. e rn-quanto haviam afirmado que «e des-Ditavam a Púrm Itiro

A violação dr nossa soberania foi«áo flagranlr. que a» autoridade*, ml-luares no Hrrifr. ordrnaram a retrn-rão de 16 aviões ianque» no aeroporto.a>e que f«'»»srm apresentada» ao to-verno brasllrlro e»nllraeôe* ronvlnrrn-Ir». A fraqueza «to Itamarati. enlre-ia nlo. determinou que logo os avitiesfossem liberados

I iiuliiiniir drpois dr uma angu»-(lota espera por parte da população.rnrli.ll-sr que (ialvào e srlls i.ilil.ilidados haviam abandonado o "SantaMaria" as auloridadrs brasitrira». umavri que Jânio não Ihr* dru a garantiaurressária para que élrs sr rrabastr-cessem nn porto e lornassrm ao marl.«n«i depois, o navio iria ser devolvidoa Salazar prlo governo brasileiro, dr-mnnslrando a*»im que a "amizadrfervorosa" manifestada por Jânio a<ialvào. em rrlarão á luta pela demo-erarla rm Portugal, ficava apenas rmpalavras. Mas. de qualqurr forma. Mrebeldes obtiveram uma grande rito-ria moral, demonstrando an mundointeiro a justiça e a necessidade daluta contra o regime fascista que opri-me Portugal

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Vitoriamoral

Centenas de Jornalistas, vindos de todo o mundo, concentraram-se no Itrcifr.para cobrir a chegada do "Santa Maria". Os rebeldes dr (ialváo ronseguiramuma grande vitória moral, ao despertarem a consciência do mundo Inteirapara o regime fascista e sanguinário que oprime Portugal. Acima um flagranteno Cais de Mccife, quando se aguardava a descida dos revolucionários.

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«SantaLiberdade»

Ainda a bordo do "Santa Maria", o capitão Galvão recebeu o general Delgado, cuja vitória como candidato dosdemocratas nas recentes eleições presidenciais em Tortugal foi escondida e falseada por Salazar. Na foio, o capitãoGalvão (com a boina característica dos rebeldes) conversa com Delgado (ao centro, à paisana). 0 movimento demo-crático português tomou um grande impulso com o sucesso da captura rio "Santa Maria", ao qual us rebeldes reba-tiraram com o nome de "Santa Liberdade", como que a indicar a queda da ditadura salazarista.

Recusacie Jânio

Quando Jânio se negou a garantir aposse do navio aos democratas por-tufiiièses, os comandados de Galvãoformaram militarmente'no convés donavio, para ontregá-lo ao governo local

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VivaPortugal!

Ao deixarem o navio, entregue ao governo brasileiro, os rebeldes portugueses saíram cantando o bino de sua pátria oconduzindo a sua bandeira. Todos cies se consideraram vitoriosos nessa nue afirmam ser a primeira etapa da luta. lin-lniidos de grande entusiasmo com o feito, os participantes da revolta do «Santa Maria,- esperam que seu exemplo atinja,todos os portugueses da metrópole c das colônias, animando-os a participar da luta ativa pela derrubada da sangrentadiladura salarnzlsia.

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