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XII-004 - ESTRATÉGIAS DE MEDIÇÃO LEITURA E FATURAMENTO PARA AS POLÍTICAS COMERCIAL E TARIFÁRIA DE UMA EMPRESA DE SANEAMENTO Milton J. Nielsen(1) Engenheiro Mecânico graduado em 1967 pela Universidade Federal do Paraná. Engenheiro da Sanepar há 30 anos. Desde 1995 atua no Grupo Específico de Consultoria Intercâmbio e Pesquisa – Sanepar. Atualmente desenvolve Estudos para Gestão do Parque de Medidores de Água. Juarez Trevisan(2) Economista e administrador de empresas pela Faculdade de Administração e Economia/FAE. Esta na Sanepar a 30 anos e atualmente desempenha suas atividades na área de medição da Unidade de Receita de Grandes Clientes. Airton Bonato(3) Engenheiro Operacional graduado em 1982 pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná. Coordena trabalhos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico na Unidade de Serviços de Medidores de Vazão da Sanepar. Marlene Alves de Campos Sachet(4) Bacharel em Estatística graduada em 1999 pela Universidade Federal do Paraná. Pós graduada em Gestão da Qualidade e Produtividade pela Faculdade de Administração e Economia - Centro de Desenvolvimento Empresarial - FAE/CDE em 2000, gestora da qualidade pela PUC/PR. Trabalha na Sanepar há 18 anos tendo atuado nas áreas de informática e suprimentos. Atualmente desempenha suas atividades no Grupo Específico de Consultoria Intercâmbio e Pesquisa - Sanepar como Estatística. Endereço(1): Rua Engenheiros Rebouças, 1376 –Rebouças - Curitiba - PR - CEP: 80215- 900 - Brasil - Tel.: (41) 330-3384 - e-mail: [email protected]

POLÍTICAS COMERCIAL E TARIFÁRIA DE UMA EMPRESA DE ... · distribuição, inclusive com ... Matriz de Tarifas Crescentes Discretas ou Contínuas (Limitada) ... Pré pagamento: aplicação

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XII-004 - ESTRATÉGIAS DE MEDIÇÃO LEITURA E FATURAMENTO PARA AS POLÍTICAS COMERCIAL E TARIFÁRIA DE UMA EMPRESA DE SANEAMENTO Milton J. Nielsen(1) Engenheiro Mecânico graduado em 1967 pela Universidade Federal do Paraná. Engenheiro da Sanepar há 30 anos. Desde 1995 atua no Grupo Específico de Consultoria Intercâmbio e Pesquisa – Sanepar. Atualmente desenvolve Estudos para Gestão do Parque de Medidores de Água. Juarez Trevisan(2) Economista e administrador de empresas pela Faculdade de Administração e Economia/FAE. Esta na Sanepar a 30 anos e atualmente desempenha suas atividades na área de medição da Unidade de Receita de Grandes Clientes. Airton Bonato(3) Engenheiro Operacional graduado em 1982 pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná. Coordena trabalhos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico na Unidade de Serviços de Medidores de Vazão da Sanepar. Marlene Alves de Campos Sachet(4) Bacharel em Estatística graduada em 1999 pela Universidade Federal do Paraná. Pós graduada em Gestão da Qualidade e Produtividade pela Faculdade de Administração e Economia - Centro de Desenvolvimento Empresarial - FAE/CDE em 2000, gestora da qualidade pela PUC/PR. Trabalha na Sanepar há 18 anos tendo atuado nas áreas de informática e suprimentos. Atualmente desempenha suas atividades no Grupo Específico de Consultoria Intercâmbio e Pesquisa - Sanepar como Estatística. Endereço(1): Rua Engenheiros Rebouças, 1376 –Rebouças - Curitiba - PR - CEP: 80215-900 - Brasil - Tel.: (41) 330-3384 - e-mail: [email protected]

RESUMO Os Sistemas de Abastecimento de Água, na sua quase totalidade, tem suas políticas claramente definidas, principalmente as políticas comercial e tarifária, mas também quase na sua totalidade necessitam de boas estratégias de faturamento, leitura e posteriormente de uma estratégia de medição capaz de satisfazer a demanda das outras estratégias usando as tecnologias disponíveis. O texto que segue enfatiza as estratégias comercial, de faturamento, de leitura e mais objetivamente a de medição dos volumes consumidos pelos usuários dos serviços dos sistemas de abastecimento de água, com o objetivo de mostrar a importância da seleção dos medidores de água. As estratégias comerciais e de faturamento consideram a classificação dos clientes por categoria: industrial, comercial, residencial, poderes públicos e utilidade publicas e atividades básicas; e fazem a utilização de uma matriz tarifária que contemple a situação de oferta do produto, com uma taxa fixa (assinatura) e uma parte variável, mas ainda desestimulando o desperdício e estimulando a conservação da água. Havendo a sobra de produto pode-se até estimular o consumo, mas nunca o desperdício, com a redução de preços da água. O Sistema de Abastecimento de Água poderá utilizar a tarifa horo-sazonal, deslocando o abastecimento dos grandes consumidores do horário de pico para o período de baixo consumo (noturno), com redução de preços, pois o ganho será a melhor utilização da capacidade de transporte da rede de distribuição, inclusive com benefícios operacionais, como evitar a falta de produto em algumas regiões durante o dia, e econômico e financeiro, como o de retardar investimentos. Na parte de leitura deve-se classificar os clientes de acordo com faixas de volumes consumidos mensalmente. As várias possibilidades de formas de leitura, como a leitura visual com emissão de conta por microcomputador portátil; captura de dados; leitura automática do medidor; demandam uma seleção criteriosa dos medidores de água. Também apresenta-se definições e estimativas do "ciclo de vida útil x custos" , que são referencias básicas para se estabelecer as regras de manutenção e de troca dos medidores de água. PALAVRAS-CHAVE: políticas; estratégias; ciclo de vida; sistema de abastecimento; categorias 1) INTRODUÇÃO Os Sistemas de Abastecimento de Água devem ter definidas clara e objetivamente as suas políticas comercial e tarifária. No caso dos Sistemas de Abastecimento de Água e das Companhias de Saneamento nacionais as mesmas políticas comercial e de faturamento tem muito em comum, pois foram norteadas pela nobre função de serviços públicos de saneamento básico e fortemente influenciadas pela fontes oficiais fornecedoras de recursos e pelo "Plano Nacional de Saneamento" e são de conhecimento geral dos profissionais do setor. Por isso as políticas comercial e de faturamento não são os objetos deste artigo, mas sim as estratégias comercial, de faturamento, de leitura e objetivamente a de medição dos volumes

consumidos pelos usuários dos serviços dos sistemas de abastecimento de água, com o objetivo de mostrar a importância da seleção dos medidores de água. Também, a análise das contas de água, baseadas nos fatores determinantes de consumo da água relativos a cada atividade humana e sócio-econômica, é apresentada como uma das principais atividades que precisa estar estruturada e aplicada, pois vai atuar como um fator de estímulo da implementação e elemento de controle funcional dessas estratégias. A aplicação bem sucedida das políticas comercial e de faturamento depende de boas e eficientes estratégias de faturamento , leitura e medição da água estabelecidas com uma visão sistêmica. 2) DEFINIÇÃO DAS ESTRATÉGIAS A estratégia é a arte de explorar condições favoráveis e meios disponíveis com a finalidade de se alcançar determinados objetivos e metas. As atividades desenvolvidas pela população de uma cidade, decorrente de suas necessidades e objetivos, geram demandas de água (ou perfis de demandas de água) resultantes da somatória da demanda individual de todas as ligações abastecidas, determinando uma matriz sócio-econômica dos usuários de um serviço de abastecimento de água. Por outro lado temos os Sistemas de Abastecimento de Água com suas necessidades e seus objetivos e a tecnologia em constante evolução. Surge então a necessidade de definições de suas políticas comercial e tarifária, e a necessidade de definição de suas estratégias capazes de possibilitar a implantação da mesmas políticas e alcançar efetivamente os seus os objetivos. Estas definições devem ser desenvolvidas com uma visão sistêmica, ou seja, entendendo que um conjunto de partes que no caso podem ser as estratégias, interagem entre si segundo um plano para se atingir objetivos e metas. Conforme a teoria dos sistemas defini-se: Conjunto de partes interagentes - significa que a alteração de uma das partes implica na alteração de pelo menos uma outra parte do conjunto. Segundo um plano – envolve o conceito de organização buscando uma evolução contínua em etapas. Atingir objetivos e metas – a interação entre as partes deve ocorrer visando atingir determinados fins, objetivos e metas. No caso uma medição correta com seus naturais desdobramentos contábeis, comerciais, financeiros, econômicos e operacionais.

Como referência , algumas linhas básicas destas estratégias são apresentadas a seguir, conforme figura 01: Figura 01 - Gestão de Parque de Medidores de Água – Visão Sistêmica Fonte : Os autores 2.1 ESTRATÉGIAS COMERCIAL E DE FATURAMENTO As estratégias comercial e de faturamento convencional, tradicional e usual usada pelos Sistema de Abastecimento de Água, tem sido aplicadas conforme o seguinte modelo básico: Classificação dos Usuários em Categorias de Atividades Básicas; Classificação dos usuários por Faixas de Consumo Discretas; Matriz de Tarifas Crescentes Discretas ou Contínuas. Classificação por Categorias e Atividades Básicas: Cadastro Simplificado ( dados cadastrais do cliente): residencial, comercial, industrial, poder público e utilidade pública. b) Faixas de consumo mensal, conforme tabela 03 Tabela 03 – Distribuição Percentual dos Usuários dos Sistema de Abastecimento de Água da Sanepar por Faixas de Consumo Mensal, Junho de 2002 Denominação dos usuários Faixa de consumo m3/mês Percentual de HDs Instalados (ligações) Percentual de Volume Medido Pequenos

0 a 30 96,00 80,66 Médios 31 a 100 3,19 8,98 Grandes A 101 a 250 Grandes B 251 a 500 Grandes (A + B) 101 a 500 0,68 5,20 Grandes C 501 a 1000 0,09 1,61 Granes D

1001 a 3000 Mega > 3000 (Grandes D + Mega) >1001 0,04 3,55 Fonte : Os autores c) Matriz de Tarifas Crescentes Discretas ou Contínuas (Limitada) Categoria residencial Tarifa fixa de consumo mínimo (0 a 10 m 3/mês); Tarifa Progressiva / Faixas de volume consumido mensalmente. d) Outras Categorias (Industrial, Comercial, Poder público e Utilidade Pública): Tarifa fixa de consumo mínimo ( 0 a 10 m3/mês); Tarifa única por m3 consumido; Periodicidade de faturamento igual a cada 30 dias. Sugestões de novas estratégias comerciais e de faturamento Classificação por Categorias e Atividades Básicas Detalhadas: Cadastro detalhado (dados do imóvel e de suas instalações hidráulicas e sanitárias, dos cliente e de suas atividades, secas ou úmidas, capacidade produtiva de suas instalações e padrões de consumo) e mais as seguintes categorias subdivididas ou detalhadas: residencial,

comercial, industrial, poder público e utilidade pública, subdivididas ou detalhadas, como por exemplo: Categoria comercial : lojas, livrarias, padarias, lanchonetes, bares, restaurantes, etc... Matriz Tarifária Completa, ver figura 3 Figura 3 – Matriz Tarifária PREÇO POR M3 ÚNICO PREÇO POR M3 DECRESCENTE PREÇO POR M3 CRESCENTE TARIFAÇÃO SEM PARTE FIXA TARIFAÇÃO COM PARTE FIXA TARIFAÇÃO COM PARTE FIXA CONSUMO MINIMO Fonte: Actes du colloque, Coût Et Prix de L’eau en Ville/1988 Estratégias Comercial e de Faturamento Aplicáveis a curto prazo: Pré pagamento: aplicação seletiva – ligações de curta duração (circos, feiras, exposições, etc), maus pagadores, locais de leitura difícil e outros. Aplicáveis a médio e longo prazo: Períodos de Faturamento Menores para Grandes e Mega Consumidores ( quinzenal, semanal, etc.) Aplicar a sazonalidade regional e coletiva; Aplicar a Horo Sazonalidade individual e seletivamente; Contas com demanda contratada ( = demanda + consumo); Contas com demanda contratada sazonais;

Contas com demanda contratada horo sazonais. Análise de contas A análise das contas deve ser um dos elementos táticos fundamentais na implementação das estratégias comercial e de faturamento. Numa determinada atividade que pode ser executada em diferentes escalas, o consumo da água, quer seja, para o processo, o produto, consumo humano ou para todas elas, será proporcional a escala da atividade. Assim o consumo da água de alguns usuários que executam as mesmas atividades podem ser estudados através de procedimentos experimentais e de estudos estatísticos dos dados permitindo identificar e caracterizar os fatores que influenciam a demanda de água e se estabelecer uma parametrização, padrões de consumo relativos aquela atividade e a estimativa de consumo para outros usuários congêneres. Os consumos de água verificados através de medição e leitura devem ser comparados regularmente com os padrões de consumo estabelecidos para uma determinada atividade e em seguida analisados. Pode-se assim determinar se o consumo está compatível ou não com os padrões estabelecidos. Fazer estudos e experimentações sobre o consumo mensal nos hospitais de uma metrópole e estabelecer uma equação de regressão linear de múltiplas variáveis que possibilite a estimativa de consumo mensal em função do número de leitos, da área útil construída e das temperaturas médias das máximas diárias do respectivo mês. Então o resultado será uma equação do tipo seguinte C mensal = b 1 . N leitos + b 2 . A construida + b 3 . T MMD + K fórmula 1 C mensal = Consumo mensal N leitos = Número de Leitos A construída = Área Construída Tmmd = Temperatura média das máxima diárias K = Constante b = Coeficiente Os consumos mensais medidos nos hospitais desta cidade podem ser comparados com os resultados dos cálculos de estimativas feitas através da equação acima.

O resultado de estudos e experimentações realizados em abatedouros de pequenos animais indicou o consumo de água de 150 a 250 litros por animal abatido. Então o consumo mensal obtido foi dividido pelo número de animais abatidos no mesmo período e resultou em um consumo médio de: 1ª hipótese – 200 litros por animal abatido – resultado esperado; 2ª hipótese – 350 litros por animal abatido – resultado acima do esperado; Investigar possíveis causas como vazamentos, desperdícios, etc.. 3ª hipótese – 110 litros por animal abatido – resultado abaixo do esperado; Investigar possíveis causas como sub medição, fraudes, etc... Observação importante: As contas dos mega e dos grandes usuários devem ser analisadas uma de cada vez isoladamente e depois podem ser analisadas em grupos de contas semelhantes quanto a atividade e a sua escala. Também são necessários outros procedimentos ou rotinas de análise e de controle para as contas, principalmente dos pequenos e médios usuários, tais como: Auditorias ou exames das contas estimadas devido a impossibilidade de leitura e suas causas. Auditorias ou exames das contas de volume registrado igual a zero m3/mês. Auditorias ou exames das contas que apresentaram alteração de consumo expressiva a mais ou a menos relativos aos respectivos consumos históricos. Auditorias ou exames para verificação da exatidão dos relatórios de leitura ou das leituras, inclusive amostragem aleatórias e ou seletivas e verificações em campo. Auditorias ou exames para verificação de exatidão dos cadastros dos usuários, dos medidores de água que equipam suas ligações e sobre a inclusão de novas contas nas rotas de leituras. Relatórios, análise e auditoria das contas retificadas, de suas causas e justificativas. Relatórios, análise e auditoria sobre as trocas de medidores de água, de suas causas e justificativas. Relatório, análise e auditoria da quantidade de medidores fornecido para manutenção preventiva e corretiva, comparado com o número de trocas, registro de troca atualizado no sistema comercial e quantidade de medidores devolvidos.

2.2 ESTRATÉGIA DE LEITURA O procedimento atual e geral de leitura dos medidores de água consiste na leitura visual direta dos mesmos, podendo se fazer o uso de micro computadores portáteis que permitem a emissão imediata das contas que no ato são entregues aos usuários, sem distinção de sua categoria e faixa de consumo. A emissão e entrega da conta, imediatamente após a leitura do medidores de água, é vantajosa e econômica caso dos pequenos e médios usuários, mas não o é no caso dos grandes e dos mega usuários que merecem receber um tratamento diferenciado, quer seja na prévia análise de suas contas e também no ato da entrega das mesmas, quando se deve dispensar atenção ao usuário e fornecer informações obtidas pela medição e dar as explicações necessárias. Existem situações que dificultam ou mesmo que impossibilitam este procedimento de leitura visual, tais como: No caso em que os medidores de água encontram-se em locais de muito difícil acesso (debaixo de balcões, dentro de vitrines, dentro de residências construídas no alinhamento predial junto as calçadas, etc.) A deterioração da situação de segurança pública implica, cada vez mais, no aumento de barreiras e obstáculos (cachorros, portões trancados com cadeados, etc.), que dificultam o acesso do agente comercial (leiturista) dos Sistema de Abastecimento de Água aos medidores de água. Assim sendo é necessário que se tenham formas alternativas de leituras dos medidores de água, como por exemplo: Leitura visual direta pelo próprio usuário do medidor de água, que gera dígitos de controle e posterior comunicação ao SAA; Leitura usando tecnologia de Rádio Freqüência (RF). A estratégia de leitura deve contemplar as formas de leituras a serem aplicadas( ver figura 04), tais como: Leitura visual (LV) = Leitura visual direta do medidor de água: Leitura visual remota = consiste na leitura de um display ou de um mostrador localizado num local acessível quando o medidor de água esta num lugar de difícil acesso. O medidor de água esta ligado ao display normalmente por uma linha física (ou ainda leitura usando tecnologia de Rádio Freqüência – RF);

Leitura visual (ou remota) e digitação em Micro Computador Portátil com emissão de conta imediata = (LV + MCP). Este procedimento é usado para os pequenos e médios usuários cujas contas são de valores menores; Leitura com captura de dados: análise posterior emissão das contas igual (CD). Este procedimento é mais apropriado para os médios e grandes usuários cujas contas são de valores maiores. Os agentes comerciais de campo apenas comandam para que a captura de dados seja feita, porém não interferem na leitura e a possibilidade de erros e de fraudes e digitação das mesmas ficam infinitamente reduzidas. Por serem contas de valores expressivos, as contas podem ser entregues posteriormente de forma mais personalizada e atenciosa. A captura de dados pode ser feita com ou sem interferência física como através de radio freqüência - RF ou através de portas físicas de contacto e óticas, telefonia fixa e telefonia celular, etc.. Leitura automática do medidor = Automatic Meter Reading = AMR com a utilização de tecnologia de telemetria de telefonia fixa e celular e de Radio Freqüência e análise continua das demandas. Pode-se desenvolver uma central de controle dos mega e dos grandes usuários, onde um computador e um software apropriado fazem contacto, periódicos programados e em tempo real quando desejado, com as unidades terminais remotas ou unidades de interface dos medidores de água que recebem e armazenam continuamente sinais emitidos pelos medidores de água. Como exemplo na cidade de Curitiba, a Sanepar possui uma central de controle contínuo de 100 mega e grandes usuários. Tanto a captura de dados (CD) como a leitura automática dos medidores de água (AMR ) são necessárias para a aplicação de tarifas sazonal, horo sazonal, demanda contratada ( demanda + consumo). Portanto é necessário ter os medidores de água equipados de forma a permitir estas modalidades de leituras e de contas. Figura 04 - Hierarquia da Tecnologia de Leitura dos Medidores de Água Fonte: Os autores

Abaixo apresentamos um exemplo Tabela 04 – Denominação de Usuários Denominação dos usuários Faixa de consumo m3/ mês Modalidade da Leitura Médio Prazo (próx. 10 anos) Longo Prazo (após 10 anos) Pequenos 0 a 30 LV + MCP LV + MCP Médios 31 a 100 LV + MCP LV + MCP Grandes A 101 a 250 LV + MCP

LV+ MCP ou CD Grandes B 251 a 500 LV + MCP LV + MCP/CD Grandes C 501 a 1000 LV ou CD CD ou AMR Grandes D 1001 a 3000 LV/CD/AMR CD/AMR Mega > 3000 AMR AMR Fonte: Os autores As rotas de leituras, ao menos dos grandes D e dos mega usuários devem ser exclusivas para eles, sem a preocupação de que as contas sejam entregues imediatamente após a leitura; quase sempre nas caixas postais dos edifícios ou aos porteiros dos edifícios e das fábricas. Estas contas devem ser analisadas e estes grandes usuários merecem uma maior atenção e as contas devem ser entregues de forma mais atenciosa que valorize o cliente e a relação da empresa com eles. Muitos clientes buscam fontes alternativas de fornecimento ( por ex. perfuração de poços próprios) por falta deste tratamento profissional, atencioso quando muitas informações, esclarecimentos e até alternativas (p. ex. consumo noturno aproveitando melhor os reservatórios dos clientes) poderiam ser apresentadas aos mesmos.

E mais, atualmente, a estratégia de leitura pode se valer de seguintes alternativas tais como: Auto Leitura visual pelo usuário (de medidores de água que também geram dígitos de controle) e posterior comunicação ao sistema de abastecimento de água Captura de dados, em períodos de tempo longos, de medidores de água equipados com memória capazes de fazer Auto Leituras Programadas (ou Data Logging) para os períodos de tempo usuais ou para intervalos de tempo menores ou mais curtos. Leitura visual periódica trimestral ou semestral ou anual com atualização periódica do volume registrado e digitação em Micro Computador Portátil com emissão de conta imediata; e com cobrança de taxas fixas mensais, equivalentes ao volume de consumo médio do usuário; nos meses que não ocorrem as leituras . 2.3 ESTRATÉGIA DE MEDIÇÃO Os profissionais de um Sistema de Abastecimento de Água devem estar comprometidos com a qualidade e com a exatidão da medição de água fornecida aos seus usuários, por causa do impacto que a medição de água tem nas finanças e obtenção de lucro ou nas perdas. O medidor de água é um instrumento totalizador de volume, instalado na ligação de um usuário do Sistema de Abastecimento de Água. Como o resultado de sua totalização forma a base da conta de água, o medidor de água deve ser apto a medir com exatidão e estar de acordo com as exigências de metrologia legal (no Brasil a portaria n.º 246 do Inmetro). Todas as ligações, sem exceção, devem ser equipadas com medidores de água – micro medição de 100% das ligações existentes nos Sistemas de Abastecimento de Água. A exatidão das operações de medição e de leitura dos consumos de água são diretamente proporcionais ao faturamento e ao lucro dos Sistema de Abastecimento de Água. A aquisição de um medidor de água adequado é governada por muitas variáveis, incluindo o seu custo e também pela relação custo/benefício. A situação ideal é que o rendimento da medição seja 100%, ou seja, que toda água que passa pelo medidor seja integralmente medida com plena exatidão e integralmente totalizada. Em termos gerais, deseja-se que a água seja medida com a máxima exatidão possível e viável.

O levantamento do perfil de consumo e a conseqüente elaboração dos histogramas de consumo e de intensidade, freqüência e duração das vazões possibilitam o dimensionamento adequado dos medidores de água. No caso dos pequenos, médios e grandes, vide tabela 4, usuários residenciais, que são a grande maioria, pode-se fazer amostras dos mesmos agrupados segundo algumas variáveis como a por exemplo a faixa de consumo mensal, e deles fazer os levantamentos de perfis e depois os histogramas experimentais tipo característico de cada um desses grupos. No caso dos mega e grandes usuários os perfis e histogramas de consumo devem ser tratados em bases individuais e exclusivas, tendo-se em conta ainda que os mesmos normalmente possuem grande reservatórios o que permite o abastecimento programado à sua customização e a aplicação de contas com demanda contratada (demanda mais consumo), horo sazonal. Conforme as conveniências operacionais do Sistema de Abastecimento de Água, pode-se incentivar, com descontos, o abastecimento nos períodos de uso ocioso da capacidade de transporte da rede de distribuição de água e ao contrário, com acréscimos ou multas contratuais. Muitas vezes os mega e grandes usuários alteram seu perfil de consumo porque alteram os seus programas de produção. Portanto, os megas e grandes usuários devem ter o seu consumo monitorado continuamente ou periodicamente. E os medidores de água que equipam as ligações dos megas e grandes usuários devem ser periodicamente avaliados quanto a sua seleção e dimensionamento para possíveis troca, pois as suas contas são de valores expressivos e os seus consumos devem ser medidos com alta eficiência ou rendimento. A seleção e o dimensionamento dos medidores de água devem ter em consideração a exatidão e a sua permanência ao longo do tempo, as estratégias comercial de faturamento e mais a estratégia de leitura para que os medidores de água selecionados possibilitem a concretização das mesmas de forma integrada e com uma visão sistêmica. Como já esclarecido, a situação de abastecimento indireto dos usuários é a predominante nos sistema de abastecimento de água no Brasil. O abastecimento indireto de residências que possuem apenas reservatório equipados com torneiras de bóia implica na ocorrência de perfis de consumo com elevada freqüência de baixas e médias vazões. Portanto, quanto aos medidores de água que são usados nas ligações destas residências abastecidas indiretamente, deve-se dar especial atenção para que suas curvas características de erros tenham estabilidade ao longo do tempo, sejam adequadas aos perfis, histogramas de consumo e que a classe metrológica dos mesmos seja compatível com a elevada freqüência das baixas e médias vazões. Em termos práticos, pode-se dizer que isto significa recomendar o uso de mais medidores de água de classe metrológica C (atualmente) e D ( a médio prazo ) para as residências abastecidas indiretamente.

A classe metrológica, a sensibilidade ou a vazão de início de funcionamento e o sub-dimensionamento (down sizing) devem ser considerados inclusive para a medição e detecção de vazamentos e de outros consumos involuntários. Outro aspecto a ser considerado é a previsão de que os medidores de água sejam passíveis de "up grade" no futuro para fazer a emissão de sinais ou que já de origem podem estar pré-equipados para a emissão de sinais (PES) como pulsos por unidade de volume registrada, e que são armazenados em "data loggers" interno do próprio medidor ou externo fora dele, ver tabela 05. Tabela 05 – Informações Desejadas & Funções dos Medidores de Água Denominação dos usuários Faixa de consumo m3/mês Informações desejadas Básicas dos usuários Medidores de água Básicas + Complementares (futuro) Pequenos 0 a 30 Perfil & histogramas tipo experim. periódicos Vol. Registrado Amostras e testes periódicos Vol. Registrado

Vazões mínima e máxima Vazamentos Indicação de Fraudes Médios 31 a 100 Perfil & histogramas tipo experim. periódicos Vol. Registrado Amostras e testes periódicos Vol. Registrado Vazões mínima e máxima Vazamentos Indicação de Fraudes Grandes A 101 a 250 Perfil & histogramas tipo experim. periódicos Vol. Registrado Amostras e testes periódicos Vol. Registrado Vazões mínima e máxima Vazamentos

Indicação de Fraudes Grandes B 251 a 500 Perfil & histograma experimental individual periódico Vol. Registrado Amostras e testes Periódicos Vazamento Horo sazonal (totalização a cada X min) Vol. Registrado / período Vazões mínima e máxima Indicação de Fraudes Grandes C 501 a 1000 Perfil & histograma experimental Individual periódico Vol. Registrado Testes e ensaios individual periódicos vazamento

Horo sazonal (totalização cada X min) Vol. Registrado / período Vazões mínima e máxima Indicação de Fraudes Grandes D 1001 a 3000 Perfil & histogramas experimental Individual continuo Vol. Registrado Testes e ensaios periódicos ou monitoração continua Horo sazonal (totalização a cada X min) Vol. Registrado / período Vazões mínima e máxima + pressão da rede e nível no reservatório Indicação de Fraudes Mega

> 3000 Perfil & histogramas experimental Individual continuo Vol. Registrado Monitoração continua Testes e ensaios Periódicos vazamento Horo sazonal (totalização a cada X min) Vol. Registrado / período Vazões mínima e máxima pressão da rede e nível do reservatório Indicação de Fraudes Fonte: Os autores Notas: Registros da pressão da rede de distribuição de água e do nível e volume de água disponível no reservatório do usuário, simultâneos aos registros de vazão volumétrica de água que abastece o mesmo reservatório, permitem uma melhor análise da conta e o estudo de alternativas ao perfil de consumo ou de abastecimento que podem ser boas tanto para o usuário como para o Sistema de Abastecimento de Água. Além disso, estas informações que podem ser úteis tanto nos aspectos comercial e operacional, também podem ser úteis em condições de anormalidade operacional e de manutenção, pois as reservas do usuário podem ser monitoradas através de uma central de controle dos mega e grandes usuários, ações preventivas e corretivas podem ser feitas em favor do mesmo.

O abastecimento dos mega e grandes D usuários (tabela 5) deve ser considerado segundo o aspectos comercial e também operacional. Alternativas de formas e de horários de abastecimento devem ser estudadas, simuladas e testadas com o objetivo de otimizar o uso da capacidade de transporte da rede de distribuição de água. 2.4 POLÍTICAS, ESTRATÉGIAS E PLANOS DE AQUISIÇÃO, INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO E DE TROCA DOS MEDIDORES DE AGUA. As primeiras providências relativas a um parque de medidores de água existente, consistem na execução de um inventário, avaliação de performance dos seus medidores de água, constituição de um banco de dados, diagnóstico, cálculo estimativos da situação e do rendimento da medição. Também, isto implica em se desenvolver o conhecimento de como a água é demandada e consumida pelos usuários, tanto na quantidade como na forma. O diagnóstico também deve considerar as condições de instalação dos medidores de água do mesmo parque e a sua influencia na medição. Deve-se desenvolver o conhecimento dos produtos (medidores de água, seus acessórios, complementos e sistemas) existentes e disponíveis no mercado nacional e internacional, tendências tecnológicas e também estabelecer uma biblioteca de catálogos e literatura técnica correlacionada. Muito importante é fazer e executar programa permanente dos testes de laboratório e de campo com os medidores de água factíveis de uso no mesmos Sistema de Abastecimento de Água e estabelecer uma base de dados confiáveis. Segue-se a definição objetivos e metas e a elaboração de um plano de renovação do parque de medidores de água. Também é importante que se estabeleçam cronogramas, regras e diretrizes claras para a implementação do plano. A primeira fase do mesmo pode ser destinada aos megas, grandes e novos usuários, pretendendo-se dar ao plano a condição de auto sustentação. Segue-se com outras fases para o restante dos usuários. O ganho obtido com a troca dos medidores de água dos mega e grandes usuários gera os recursos que amortizam o investimento inicial e que possibilitam continuar a renovação do mesmo parque de medidores de água na direção dos usuários maiores para os menores, dos medidores de água mais velhos para os mais novos, dos tipos de medidores de água menos eficientes para os mais eficientes, etc..., através de outras fases planejadas.

A seleção e o dimensionamento dos medidores de água devem ter sempre em consideração as estratégias comercial, faturamento, leitura e medição, para que os medidores de água selecionados possibilitem a concretização das mesmas de forma integrada e com uma visão sistêmica. Uma boa seleção e dimensionamento dos medidores de água requer que os mesmos sejam instalados corretamente para que se confirmem as expectativas de uma medição com exatidão e qualidade. Isto pode determinar o desenvolvimento e o uso de novas unidades de ligação, medição e controle(ULMC) capazes de possibilitar a instalação correta e permitir o bom funcionamento e a proteção dos medidores de água. A estratégia de aquisição dos medidores de água não deve ser isolada, ignorando as outras estratégias que juntas compõe um todo sistêmico, mas sim devem estar casada com as outras estratégias e possibilitar a concretização das mesmas. Os planos de aquisição de novos medidores de água devem considerar e tornar factíveis as estratégias comercial, faturamento, leitura, medição e também tornar factível a manutenção e ou a troca dos mesmos com vistas à renovação do parque de medidores de água. Basicamente, referindo-se aos perfis e histogramas de consumo, intensidade, freqüência e duração das vazões de abastecimento, necessita-se de medidores de água capazes de medir com alto grau de rendimento e que tenham as suas curvas características de erros estáveis e com um ciclo de vida de custo mínimo longo (exemplo: ciclo de vida útil de custo mínimo dos medidores de água de residências unifamiliares igual a 10 anos ou mais). 2.5 DEFINIÇÕES DE CICLO DE VIDA DE UM MEDIDOR DE ÁGUA Ciclo de vida de um medidor de água É o tempo compreendido entre o momento que o medidor de água (após a sua calibração e verificação inicial) se torna apto a medir com a exatidão conforme uma norma, até o momento que se torna definitivamente inapto para receber manutenção preventiva e para medição. Ciclo de vida útil de um medidor de água É o tempo compreendido entre o momento que o medidor de água, (após a sua calibração e verificação inicial) se torna apto a medir com a exatidão conforme uma norma adotada, até o momento que se torna inapto para a manutenção preventiva e para medição referida a padrões convencionais pré estabelecidos. Ciclo de vida útil legal de um medidor de água

Ciclo de vida útil legal de um medidor de água, instalado corretamente e operando sob certas condições estabelecidas, é o tempo compreendido entre o momento que o medidor de água, (após a sua calibração e verificação inicial) se torna apto a medir com a exatidão conforme uma norma adotada até o momento e ou o volume registrado no qual os erros das faixas de vazões características notáveis atingem os limites legais, como estabelecidos pela portaria n.º 246 do Inmetro, a saber: a) ±10% entre Qmin, inclusive e Qt, exclusive; b) ±5% entre Qt, inclusive e Qmax, inclusive; Contudo, deve-se ter sempre como referência o item 8.1 da portaria n.º 246 do Inmetro, que estabelece as verificações periódicas e que devem ser efetuadas em intervalos de tempo de no máximo cinco anos. O custo do ciclo de vida dos medidores de água O custo do ciclo de vida –CCV, de um medidor de água, é o custo total relativo ao seu tempo de vida para sua compra, instalação, operação, manutenção e retirada e disposição . Quando usado como uma ferramenta entre as possíveis alternativas, o processo de determinação do custo do ciclo de vida, indicará a melhor solução de custo benefício dentro dos limites dos dados disponíveis. Análise do custo do ciclo de vida Os componentes do custo do ciclo de vida são: os custos aquisição do medidor, de instalação e respectiva liberação para uso da ligação, de energia consumida, custos operacionais (ou de sua ineficiência), manutenção, tempo parado, efeitos no meio ambiente e de corte ou de troca. CCV = custo do ciclo de vida Ci = custo inicial ou preço do medidor e acessórios Cinst= custo de instalação e de autorização de uso (liberação) Cio= custo de ineficiência operacional Cm= custo de manutenção Ce= custo de energia consumida e ou dissipada Ctp = custo de tempo parado sem medir Camb= custo de prejuízo ambiental

Cct = custo de corte ou de troca C testes = custo de testes periódicos e eventuais No caso dos medidores de água residenciais usualmente adotasse: CCV = Ci + Cinst + Cman + Cio fórmula 1 Onde destaca-se o custo da ineficiência operacional, crescente ao longo do tempo, ou seja o custo da água entregue ao usuário e que não foi medida por causa da ineficiência (ou rendimento) do medidor relativo ao perfil e histograma de consumo do usuário, inclusive dos consumos involuntários de água. Os custos Ci e Cinst são fixos e vão sendo diluídos ao longo do tempo de vida do medidor. O custo de manutenção é eventual, mas no caso dos medidores de água residenciais normalmente não ocorre manutenção dos mesmos durante o período que o mesmo se encontra instalado, salvo algumas ações de campo executadas na instalação dos mesmos. Porem o custo Cio ou o custo de ineficiência operacional sofre um acréscimo contínuo ao longo do tempo de uso do medidor de água, ver figura 5 e 6. g) Ciclo de vida útil de custo mínimo É o tempo determinado pelo ponto mínimo da curva da equação do custo do ciclo de vida -CCV ao longo do tempo, sendo que o eixo das abscissas é destinado a variável tempo e o eixo das ordenadas é destinado ao CCV(anual), ou seja quando a derivada de CCV(anual) em relação a derivada do tempo for igual a zero: tangente CCV (anual) MÍNIMO = d CCV(anual) /d t = 0 fórmula 2, portanto tg a = 0 corresponde ao tempo de ciclo de vida de custo mínimo, ver figura 5 e 6. Figura 5 - Ciclo de Vida de Custo Mínimo, S. José dos Pinhais = Água – Tarifa/Março/2003, Consumo de Água de 15 m 3/mês Fonte: Os autores

Figura 06 - Ciclo de Vida de Custo Mínimo, S. José Dos Pinhais, Água + Esgoto, Tarifa/Março 2003 Consumo de Água de 15 m3/mês Fonte: Os autores 3) CONCLUSÃO A evolução tecnológica ocorrida nos últimos anos permitiu o surgimento de novos medidores de água capazes de funcionar com melhor sensibilidade e maior exatidão e equipados com a capacidade de executar algumas tarefas ou funções e melhor capacidade de comunicação. Assim sendo, contando com essas possibilidades, pode-se estabelecer novas e melhores estratégias comercial de medição, de faturamento e de leitura, com vantagens para os sistemas de abastecimento de água e para os seus usuários. A seleção e o dimensionamento dos medidores de água não deve ser feita de forma isolada e apenas para a possibilidade de leitura visual, mas sim com a consciência de sua importância e com uma visão sistêmica de seu papel conjunto com as estratégias de medição, de leitura e de faturamento e ainda considerando a efetivação de todas elas para se alcançar os objetivos funcionais desejados. Portanto deve-se considerar e explorar toda a potencialidade da tecnologia de medição, de comunicação e digital incorporada aos medidores de água de última geração disponíveis no mercado nacional e internacional. 4) REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA ACTE S DU COLLOQUE ORGANISÉ PAR I’ ESCOLE NATIONALE DES PONTS ET CHAUSSÉES, Coût Et Ptrix de L’ Eau em Ville- Alimentation et Assainissement, Presses de L’ école Nationale des Ponts et Chaussées, Paris, 6-8 décembre 1988. CHEREMISINOFF, Nicholas P., Encyclopedia of Fluid Mechanics – Flow Phenomena and Measurement, Vol. 01, Gulf Publishing Company Book Division, Houston, Texas, 1986. BOWEN, P. T., HARP, J. F. , Residential Water Use Patterns, AWWARF , Denver - Colorado, USA, 1993.

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