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COLÉGIO ESTADUAL SÃO BARTOLOMEU PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2012

POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · e as mensagens estéticas, educação para o movimento e para a cidadania, exigindo, portanto, o reconhecimento de alguns critérios do convívio

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COLÉGIO ESTADUAL SÃO BARTOLOMEU

PROJETO

POLÍTICO

PEDAGÓGICO

2012

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SUMÁRIO

I Apresentação........................................................................................................5

II Introdução............................................................................................................6

2.1 Identificação......................................................................................................6

2.2 Histórico............................................................................................................6

III Níveis e Modalidades de Ensino Ofertados ..................................................... 7

3.1 Ensino Fundamental …....................................................................................7

3.2 Ensino Médio …...............................................................................................9

3.3 Organização Pedagógica da Escola – Oferta de Cursos.................................11

3.3.1 Distribuição das turmas.................................................................................11

IV Marco Situacional …..........................................................................................11

4.1 Realidade Brasileira..........................................................................................11

4.2 Perfil do Alunado Atendido pelo Colégio..........................................................14

4.3 Localização Física da Escola ... ......................................................................15

4.4 Espaço Físico...................................................................................................15

4.5 Organização Administrativa e Pedagógica.......................................................16

4.6 Corpo Docente..................................................................................................17

4.7 Quadro de Agentes Educacionais de Apoio I...................................................19

4.8 Matriz Curricular do Ensino Fundamental .......................................................19

4.9 Matriz Curricular do Ensino Médio por Blocos ….............................................20

4.10 Rendimento/ Movimento Escolar …................................................................21

4.11 Sala de Recursos Multifuncional Tipo I ...........................................................22

4.12 Programa Sala de Apoio à Aprendizagem …..................................................22

V Marco Conceitual.................................................................................................23

5.1 Concepções Baseadas na Perspectiva Sócio-Interacionista...........................23

5.2 Concepção de Escola …..................................................................................25

5.3 Concepção de Sociedade.................................................................................25

5.4 Concepção de Cultura......................................................................................27

5.5 Concepção de Trabalho....................................................................................29

5.6 Concepção de Cidadania.................................................................................30

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5.7 Concepção de Tecnologia.................................................................................33

5.8 Concepção de Homem.....................................................................................34

5.9 Concepção de Educação .................................................................................35

5.10 Concepção de Conhecimento........................................................................37

5.11 Concepção de Ensino.....................................................................................39

5.12 Concepção de Aprendizagem.........................................................................40

5.12.1 Processo de Reclassificação/Aproveitamento de Estudos ….....................42

5.12.2 História e Cultura Afro Brasileira e Indígena …...........................................42

5.13 Concepção de Avaliação................................................................................44

5.14 Recuperação de Estudos...............................................................................46

5.15 Currículo ….....................................................................................................46

5.16 Letramento …..................................................................................................48

5.17 Gestão Escolar …............................................................................................48

5.18 Infância …........................................................................................................48

5.19 Adolescência …................................................................................................49

VI MARCO OPERACIONAL....................................................................................49

6.1 Decisões Operacionais......................................................................................50

6.2 Princípios da Gestão Democrática e os instrumentos de Ação Colegiada.......51

6.2.1 Conselho Escolar............................................................................................53

6.2.2 Direção ….......................................................................................................54

6.2.3 APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) …...............................55

6.2.4 Grêmio Estudantil...........................................................................................56

6.3 Professor(a) Pedagogo(a) ….............................................................................56

6.4 Professor ….......................................................................................................58

6.5 Secretaria …......................................................................................................59

6.6 Serviços Gerais ….............................................................................................59

6.7 Conselho de Classe …......................................................................................59

6.7.1 A Direção e a Equipe no Conselho de Classe …...........................................61

6.8 Formação Continuada ......................................................................................62

6.9 Avaliação do Projeto Político Pedagógico ........................................................62

6.10 Avaliação Institucional Externa........................................................................63

6.10.1 Exame Nacional do Ensino Médio(ENEM)..................................................63

6.10.2 Prova Brasil..................................................................................................63

6.10.3 Olimpíada de Matemática............................................................................64

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VII Objetivos Gerais

7.1 Enfoques Legais e Sociais...............................................................................64

7.2 Estágio ….........................................................................................................64

VIII CONCLUSÃO...................................................................................................65

IX BIBLIOGRAFIA...................................................................................................67

X PROPONENTES.................................................................................................70

X I PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES...........................................72

11.1 Proposta Curricular de ARTE ….....................................................................73

11.2 BIOLOGIA.......................................................................................................80

11.3 CIÊNCIAS.......................................................................................................95

11.4 EDUCAÇÃO FÍSICA- Ensino Fundamental...................................................107

11.4.1 EDUCAÇÃO FÍSICA- Ensino Médio...........................................................114

11.5 ENSINO RELIGIOSO....................................................................................121

11.6 FÍSICA...........................................................................................................128

11.7 FILOSOFIA....................................................................................................147

11.8 GEOGRAFIA..................................................................................................154

11.9 HISTÓRIA......................................................................................................160

11.9.1 HISTÓRIA...................................................................................................165

11.10 LÍNGUA PORTUGUESA..............................................................................169

11.11 L.E.M.-ESPANHOL......................................................................................187

11.12 L.E.M.- INGLÊS Ensino Fundamental.........................................................199

11.12.1 L.E.M.- INGLÊS Ensino Médio.................................................................212

11.13 MATEMÁTICA Ensino Fundamental...........................................................220

11.13.1 MATEMÁTICA Ensino Médio......................................................................234

11.14 QUÍMICA......................................................................................................243

11.15 SOCIOLOGIA...............................................................................................249

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I APRESENTAÇÃO

O presente documento tem como referencial a realidade da comunidade e dos

alunos e suas expectativas e possibilidades concretas. Constitui - se num instrumento que

expressa as diretrizes do processo ensino aprendizagem, tem a finalidade de traçar as

ações a serem desenvolvidas no colégio como: tomada de consciência dos principais

problemas da escola, das possibilidades de solução e definição das responsabilidades

coletivas e pessoais para eliminar ou atenuar falhas detectadas. Buscar o saber,

transformando - o em matéria prima e adequando - o às condições reais dos alunos.

Construindo e utilizando o conhecimento como emancipação e formando cidadãos para a

vida.

É importante salientar que este projeto não tem a preocupação de apresentar

soluções definitivas, mas expressa o desejo e o compromisso da comunidade escolar que

a partir de um processo de trocas e buscas comuns, participa da construção do futuro da

comunidade na qual está inserido.

O presente projeto procura articular proposta com vistas a garantir a

aprendizagem significativa pelos alunos dos diferentes conteúdos selecionados, em

função dos objetivos que se pretende atingir. É fundamental organizar a escola como um

espaço vivo, onde a cidadania possa ser exercida a cada momento e desse modo, seja

aprendida, fazendo com que os jovens se apropriem do espaço escolar e reforcem os

laços de identificação com a escola.

Certos de que um projeto educativo só se realiza se os envolvidos conseguirem

atuar de maneira integrada e cooperativa, este documento foi elaborado com a

participação de todos os segmentos da comunidade escolar e contém a expressão da

vontade coletiva.

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II INTRODUÇÃO

2.1 Identificação

O Colégio Estadual São Bartolomeu – Ensino Fundamental e Médio, situa-se à

Rua Panamá, 111, Jardim Diamantina, na zona urbana, do município de Apucarana, no

Estado do Paraná.

2.2 Histórico

Na gestão do Prefeito Álvaro Aníbal Lauteuschlaguer, foi construída em

madeira a "Casa Escolar São Bartolomeu",situada à rua Panamá, 111 – Jardim

Diamantina.

A denominação de Escola São Bartolomeu deu - se através do Decreto nº

143/72 de 12/12/72 com a resolução nº 5683/74, D.O.E. de 07/01/75 passou a pertencer

ao Estado, integrando a Escola Integrada Estadual de 1º e 2º Graus Nilo Cairo. A

resolução nº 37/77, aprovou o Plano de Implantação da Escola. A autorização de

funcionamento sob a denominação de "Escola São Bartolomeu – Ensino de 1º Grau deu -

se através do Decreto 3.529/77 de 23/06/77. A Resolução nº 556/84 autoriza, de forma

gradativa a implantação de 5ª a 8ª séries no período noturno.

Em 1974, foi reconstruída em alvenaria, sendo inaugurada no dia 28/01/75,

passando a denominar - se "Grupo Escolar São Bartolomeu".

O curso de 1º Grau Regular foi reconhecido através da Resolução nº 4.314/87.

Em 1990, houve a municipalização das quatro primeiras séries do Ensino

Fundamental a partir de 19/06/90, através da Resolução nº 1710/90, ficando sob a

responsabilidade do Governo do Estado do Paraná apenas as quatro últimas do Ensino

Fundamental.

O programa Adequação Idade - Série ( PAI-S) criado pela Resolução nº

1553/97 de 24/04/97, foi implantado neste estabelecimento em 1997, funcionando até o

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ano de 2000. sendo que a partir de 2003, além de ofertar aulas no período matutino,

passou também a funcionar no período vespertino.

A partir do ano de 2005, atendendo à solicitação e a necessidade da

comunidade, foi autorizado a funcionar, através da Resolução nº 4015/04 , o Ensino

Médio, no período matutino. O estabelecimento passou a denominar - se: Colégio

Estadual São Bartolomeu – Ensino Fundamental e Médio.

A escola recebeu esse nome em homenagem a São Bartolomeu, o sexto

apóstolo a ser chamado por Jesus. Comemoramos o dia desse Santo em 24 de agosto,

por ser esse o dia de sua morte.

III NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS

3.1 Ensino Fundamental

Conforme Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental:

I As escolas deverão estabelecer, como norteadores de suas ações pedagógicas:

- os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do

respeito ao bem comum;

- os princípios políticos dos direitos e deveres de cidadania, do exercício da

criticidade e do respeito à ordem democrática,

- os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, e da diversidade de

manifestações artísticas e culturais.

II Ao definir suas propostas pedagógicas, as escolas deverão explicitar o reconhecimento

da identidade pessoal de alunos, professores e outros profissionais e a identidade de

cada unidade escolar e de seus respectivos sistemas de ensino.

III As escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são constituídas na interação

entre os processos de conhecimento, linguagem e afetivos, como consequência das

relações entre as distintas identidades dos vários participantes do contexto escolarizado,

através de ações inter e intra-subjetivas, as diversas experiências de vida dos alunos,

professores e demais participantes do ambiente escolar, expressas através de múltiplas

formas de diálogo, devem contribuir para a constituição de identidades de afirmativas,

persistentes e capazes de protagonizarem ações solidárias e autônomas de constituição

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de conhecimentos e valores indispensáveis à vida cidadã.

Necessita apoiar-se nas seguintes âncoras:

• Investimento na melhoria/crescimento institucional do professor, do pessoal

de apoio, do ensino e do aluno através de cursos de capacitação regular e

semestral de caráter interno, bem como da participação em encontros,

fóruns, seminários e congressos fora da instituição.

• Acompanhamento contínuo tanto da revisão quanto da operacionalização

do Projeto Político-Pedagógico, com a participação direta do corpo docente,

assegurando a maior aproximação possível entre o discurso declarado e a

prática educativa.

• Mecanismos de interação que asseguram uma constante auto-avaliação do

desempenho dos profissionais que apontam para aspectos que precisam

ser melhorados.

• Reuniões Pedagógicas para planejar, repensar, avaliar e coordenar as

ações gerais da instituição.

• Existência de um Conselho de Classe que se reúna periodicamente para

acompanhar o desempenho dos professores e dos alunos, assegurando a

estes últimos o direito à participação.

• Pesquisa periódica com pais e responsáveis, através de formulários, para

que a Instituição possa se certificar do seu próprio desempenho e melhorar,

se necessário, sua proposta, seu trabalho e a própria imagem.

• Avaliação institucional anual considerando todos os setores e serviços da

organização.

• Instituição com uma gestão democrática, participativa, inovadora, visando à

formação de pessoas criativas e autônomas.

• Existência de integração de cultura e educação: tolerância e capacidade

para dialogar com a diversidade.

• Instituição aberta, pluralista, onde existe espaço para negociar propostas

imprevistas e que possam ser contempladas.

• Enfoque voltado para a motivação intrínseca, capacidade administrativa e

acadêmica.

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Tem em vista a qualidade da formação a ser oferecida a todos os estudantes,

considerando os interesses e necessidades da comunidade escolar. O ensino

fundamental introduz o aluno num processo sistemático da construção e reconstrução do

conhecimento, desenvolvendo capacidades e aprendizagens de conteúdos necessários à

vida em sociedade.

O processo de ensino-aprendizagem deve oportunizar atividades

cognitivamente significativas que permitam ao aluno estabelecer relações entre o

cotidiano e o científico, o racional e o afetivo, o público e o privado, o individual e o

coletivo.

O aprendizado dos conteúdos sistematizados implica o domínio da língua

falada e escrita, princípios da reflexão matemática, noções espaciais e temporais que

organizam a percepção do mundo, princípios da explicação científica, convívio com a arte

e as mensagens estéticas, educação para o movimento e para a cidadania, exigindo,

portanto, o reconhecimento de alguns critérios do convívio coletivo.

A dimensão do trabalho pedagógico deve ser planejada e desenvolvida de

forma interdisciplinar perpassando todas as áreas de ensino, e cuja temática inspira-se

em projetos de trabalho que priorizam atitudes e hábitos de indagação, interpretação,

pesquisa e síntese.

Esta prática pedagógica considera as mudanças culturais vividas no final deste

milênio, a complexidade presente no mundo atual, a diversidade e o multiculturalismo,

provenientes do avanço tecnológico e da globalização econômica e propõe ao professor

uma postura de orientador.

3.2 Ensino Médio

O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica. Objetiva aprofundar os

conhecimentos, preparar para o mercado de trabalho, para o exercício da cidadania,

incluindo a formação ética, pensamento autônomo e crítico. Ao mesmo tempo objetiva

uma maior aproximação entre a teoria e a prática no cotidiano do currículo.

O Ensino Médio valoriza a pesquisa, tanto nos laboratórios como nas

atividades de campo com os alunos. Dessa forma os valores, solidariedade, pensamento

autônomo, conhecimento sócio-cultural, interação com a ciência e tecnologia, estão

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contemplados neste nível de ensino.

Contribuir para a formação de seres humanos comprometidos com sua

comunidade num espírito crítico, solidário e humano é objetivo de nossa proposta.

São princípios que devem inspirar o currículo do Ensino Médio:

♦ fortalecimento dos laços de solidariedade e de tolerância recíproca (respeito

à diversidade);

♦ formação de valores: (ética da identidade, política da igualdade);

♦ aprimoramento como pessoa humana;

♦ exercício da cidadania (inclusão e interação).

São princípios pedagógicos estruturadores do currículo a interdisciplinaridade e

a contextualização para atender o que a lei estabelece quanto às competências de:

♦ preparar para o mundo do trabalho e a prática social;

♦ compreender os significados ( formas contemporâneas de linguagem);

♦ ser capaz de continuar aprendendo;

♦ ter autonomia intelectual e pensamento crítico;

♦ possuir flexibilidade para adaptar-se a novas condições;

♦ compreender os fundamentos científicos e tecnológicos dos processos

produtivos;

♦ relacionar a teoria com a prática.

Entende-se interdisciplinariedade como a possibilidade de relacionar as

disciplinas em áreas de projetos de estudos, pesquisa e ação. Contextualização é o

estabelecimento de relações entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Contextualizar é

ligar fato (a prática) com a teoria, ou com o conhecimento científico formal.

Diante dessa perspectiva e da necessidade de oferecer um ensino que, firmado

em princípios de flexibilidade, assegure capacidade de permanente adaptação, raciocínio

lógico, habilidades de analise, síntese, prospecção, leitura de sinais e agilidade na

tomada de decisões, preconiza-se a estruturação do currículo que contemple:

♦ uma base científica comum, com o objetivo de dotar o educando de

conteúdos científicos potencializadores de progressivo domínio da integração das novas

tecnologias;

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♦ domínio dos instrumentos e dos conhecimentos sócio-culturais,

indispensáveis à integração social e à articulação do mundo do conhecimento com o do

trabalho.

3.3 Organização Pedagógica da Escola – Oferta De Cursos

Horário de Funcionamento:

Período Matutino – Das 7 h 30 min às 12h

Período Vespertino – Das 13 h às 17 h 30min

Período Intermediário – Das 17h 30min às 19h 30min.

O Ensino Fundamental será organizado em 04 (quatro) séries perfazendo

quatro anos letivos. As aulas terão duração de 50 (cinquenta) minutos, com 05(cinco)

aulas diárias de segunda a sexta-feira.

A Escola oferta o Ensino Fundamental apenas no turno diurno (matutino e

vespertino), sendo 6º, 7º. e 8º anos no período vespertino e 8º. e 9ºano no período

matutino.

Neste Estabelecimento o Ensino Fundamental consta o calendário de 40

(quarenta) semanas anuais, somando 200 dias letivos, perfazendo um total de 3.200

horas, durante os quatro anos.

A escola também conta com Salas de Apoio à Aprendizagem de Língua

Portuguesa e Matemática, Sala de Recursos Multifuncional tipo 1 e o programa Mais

Educação no Período Matutino, onde o atendimento é realizado para os alunos do

Período Vespertino e o CELEM, no período intermediário sendo das 17h e 30min às 19h e

30min.

No decorrer do ano letivo são realizados projetos educativos e culturais como:

comemoração do dia da mulher, das mães e dos pais; encontros de espiritualidade;

treinamento para natação, semana literária, entre outros.

3.3.1 Distribuição Das Turmas:

ENSINO FUNDAMENTALMATUTINO

CLASSES ALUNOS8º ano 1 299º ano 2 59

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TOTAL 3 88

ENSINO FUNDAMENTALVESPERTINOCLASSES ALUNOS

6º ano 3 597º ano 3 838º ano 1 45TOTAL 7 187

CELEM - ESPANHOLINTERMEDIÁRIOCLASSE ALUNOS

1º ANO 1 18

O Ensino Médio será ofertado no período diurno (matutino), organizado por

Blocos de Disciplinas Semestrais, perfazendo 03 (três) anos letivos. As aulas terão

duração de 50 (cinquenta) minutos, com 05 (cinco) aulas diárias, em cinco dias semanais

(de segunda a sexta-feira).

Neste Estabelecimento o Ensino Médio consta com o calendário de 20 (vinte)

semanas semestrais, somando 100 (cem) dias letivos, o total de horas será de 400

(quatrocentas) horas semestrais, totalizando 2400 (duas mil e quatrocentas) horas

durante os 03 (três) anos.

IV MARCO SITUACIONAL

4.1 Realidade Brasileira

Uma análise minuciosa da realidade brasileira reporta-nos à reflexão de

posturas governamentais. Urge uma reforma política com referenciais baseados em

estruturas e estratégias reais brasileiras, visando a formação de consciências

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ENSINO MÉDIOMATUTINOCLASSES ALUNOS

1 º ANO 2 352 º ANO 1 243o ANO 1 22TOTAL 4 81

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responsáveis e participantes num processo de construção de uma digna cidadania.

A crise econômica e os conflitos sociais promotores das desigualdades

desafiam consciências e posturas, impulsionando-as para ações interativas que partem

dos mais variados segmentos sociais e organizações.

A rapidez com que se processa a comunicação e as facilidades que

possibilitam a informação, repassa pela avaliação das mais diversas camadas sociais,

concluindo-se como benesses e privilégios para alguns em detrimento de outros, com

poder aquisitivo e mínimas condições de aprender ou de acessar os recursos disponíveis.

Nos inquietamos com a rápida evolução da tecnologia que invade a

privacidade dos valores éticos e morais do cidadão. Vislumbra-se um horizonte de opções

para que se vivencie princípios básicos à construção de uma sociedade mais humana,

fraterna e solidária.

O aluno atual, com uma gama de dados, de informações é questionado, não

aceita manipulação de ideias. Às vezes, desmotiva-se pela lentidão com que se

processam as mudanças em educação, enquanto em outras áreas as transformações são

mais rápidas.

O contexto contemporâneo exige do aluno e da sociedade uma

transformação frente aos novos recursos que a tecnologia oferece. A expectativa da

mudança está na relação direta do desenvolvimento do aprender, resinificando projetos

de vida através de uma nova ótica.

Com a inclusão massiva das crianças na escola a comunidade educativa tem

que se enfrentar, de modo muitas vezes violento e conflituoso, com dilemas cotidianos

para os quais não encontra respostas fáceis no repertório científico. Os desafios e

exigências pela melhoria da qualidade na educação levam a sociedade a pressionar a

escola para mudar e oferecer um ensino de qualidade.

Portanto, a comunidade educativa se encontra perplexa diante dos problemas

da dinâmica e do funcionamento das estruturas escolares com dificuldade para dar conta

dessa nova demanda educativa. A escola está sendo acossada por dentro pelas

demandas diárias do fazer educativo, que precisa ser inclusivo para todos os alunos,

precisa responder às demandas de proteção e sendo pressionada por fora pela demanda

por uma educação escolar eficaz: precisa produzir aprendizagem.

Além do mais, escola atual, como um polo irradiador de cultura, baseia-se em

princípios de construção de uma cidadania. Desencadeadora de valores que

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operacionaliza através de projetos socializantes, promovendo desafios para efetiva

participação e engajamento de todos envolvidos com o processo de aprendizagem para

seu fim único, a valorização pessoal e humana.

A busca de uma escola ideal neste contexto implica:

• vivência de valores permanentes;

• formação de um novo homem, com novos valores;

• acompanhamento do desenvolvimento científico e tecnológico;

• aliar-se aos Programas Educativos ( Mais Educação, Sala de Apoio À

Aprendizagem entre outros);

• valorização dos conhecimentos científicos;

• integração: participativa e ética;

• preparação para encaminhar os educandos para os desafios do mundo;

• conscientização da responsabilidade de preparação para o mundo do trabalho;

• prática de princípios cidadãos;

• priorização de ações participativas e autônomas com criatividade e criticidade.

O aluno contemporâneo, inserido num contexto de múltiplas e constantes

mudanças, deve ser preparado com uma visão de homem que implica:

• ser agente construtor do conhecimento em perfeita harmonia com seus

semelhantes;

• ser livre e autônomo para criar e recriar os projetos de vida que realmente

contemplam a sua expectativa;

• ser participante, ativo de um processo de aprendizagem com valores

emancipatórios;

• ser consciente dos princípios e relações norteadoras da construção de

conhecimentos adequados à emancipação humana.

4.2 Perfil do Alunado Atendido pelo Colégio

Os alunos atendidos por este Estabelecimento provém de várias classes

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sociais, moradora dos bairros da periferia da cidade. São filhos de assalariados. O

desemprego, também, está presente na vida de alguns pais, que sobrevivem à custa de

trabalhos temporários.

Fatos desencadeadores de ruptura na estrutura familiar são comuns e

sabemos que em nosso meio há alunos que não encontram dentro de casa o ambiente de

atenção, carinho e amor de que precisam para crescer harmonicamente, equilibrados e

felizes. Isso ocorre pela ausência prolongada dos pais, em razão de trabalho; pelo

despreparo de muitos deles no exercício de paternidade e maternidade; pela falta de

compromisso e envolvimento na vida escolar do filho. Ocorre enfim, pelo reflexo das

crises econômicas e sociais que permeiam a vida dos moradores dos bairros que cercam

a escola.

É claro que existem alunos que vivem em famílias que favorecem o

crescimento total dos mesmos, possibilitando cursos diferenciados, lazer, apoio,

segurança...

É nesse quadro que atua o Colégio São Bartolomeu, trabalhando para que

cada aluno compreenda que é agente da própria história e transforme sua realidade, num

tempo melhor, de mais alegria, onde educação e cultura, sejam sinônimos de paz e de

oportunidades para todos.

4.3 Localização Física da Escola

A escola está localizada num bairro da zona urbana do município de Apucarana,

situado à Rua Panamá, 111, Jardim Diamantina. O bairro é tranquilo e possui todo tipo de

comércio incluindo área médica, odontológica, assistência social, transporte público e

igrejas, sendo considerado um bairro grande e com boa infraestrutura. As ocupações

principais dos alunos e dos seus é nas indústrias, facções de bonés e nas confecções,

sendo uma grande parte como trabalhadores informais, atuando também em

supermercados e no comércio em geral ficando suas rendas financeiras na maioria, entre

2 a 3 salários mínimos por famílias.

A escolarização da população é na maioria de nível Fundamental Incompleto.

4.4 Espaço Físico

O prédio é constituído da seguinte forma:

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• 07 salas de aula de 48 m2;

• 01 sala para biblioteca e laboratório do Pró-Info de 48 m2;

• 01 sala para secretaria com 24 m2;

• 01 sala para direção e Coordenação 18 m2;

• Sala dos Professores com dois banheiros, no total de 30 m2;

• Laboratório de Ciências com 30 m2;

• Laboratório para análise digital com 30 m2;

• Sala para o programa Mais Educação com 18m2;

• Sala para Apoio com 18 m2;

• Sala de Recursos com 11m2;

• Cozinha com 30 m2;

• Pátio coberto com 240 m2;

• 02 banheiros com 03 sanitários cada;

• 02 banheiros adaptados para alunos com necessidades especiais;

• 01 Quadra poliesportiva coberta;

• 01 dispensa com 10 m2;

• 01 casa para permissionário com 60 m2.

4.5 Organização Administrativa e Pedagógica:

TURNO NOME FUNÇÃO CARGA

HORÁRIA

VÍNCULO

MATUTI

NO

E

VESPER

TINO

Elmo Gonçalves Rodrigues Diretor 40 horas

QPMAna Paula Marques Konevalik Professora

Pedagoga

20 horas

PSSSilvia Regina Moreno Sasso Professora

Pedagoga

20 horas

PSSIrene Emereciano de Souza Professora

Pedagoga

20 horas

PSSMaria de Fátima Aragão Professora

Pedagoga

20 horas

QPMEliane Lepre Milano Secretário 40 horas

QPPE

16

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Natanael Carvalho da Silva Agente

Educação II

40 horas

QFEBLeonice Alves de Oliveira Agente

Educação II

40 horas

QFEB

Sergio Marcos Pereira Agente

Educação II

40 horas QFEB

4.6 Corpo Docente:

NOME DISCIPLINA

TURNO

MATUTIN

O

VESPERTINO

SITUAÇÃO

FUNCIONAL

Amauri Redigolo Educação

Física

X X

QPMAlaene Muchão Ferraresi

Hannoun

Quimica x QPM

Adriano Estevam Pereira Informática x PSSCintia Emanuele da Silva Filosofia x PSS Eliane Lemes dos Santos

Corrêa

Karatê x PSS

Eloísa de Almeida Delgado Língua

Portuguesa X QPMElsa Teresinha da Cunha

Maranho

Ciências X QPM

Gislaine Apª da Silva

Ildefonso

História/Portug

uês

x x PSS

Heliaddi Pontes Silva Reis Informática X PSSJeferson de Jesus Pereira Filosofia X PSSJoelma de Sene Vieira Língua

Portuguesa

X

QPMJosiane Fernandes da Silva Sala de

Recursos

X PSS

Leonirce Moya Mareze História

17

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X X QPMIrenilde Soares Cabral Matemática /

Sala de Apoio

x X

QPMLuiz Rafael R. Moço Educação

Física

X QPM

Marinete Dalriça R.

Zanlorenzi

Matemática

Sala de Apoio

X QPM

Natali Araújo da Silva Aceti Arte X PSSNayara de Cassia Araújo

Cavalini

Educação

Física

X PSS

Neide Dias Rastelli Sala de

Recurso

x

QPMLuciana Cirino de Jesus Ciências

X

QPM

Paulo César Rondina Geografia X QPMRocelita Aparecida Menoci

Neves

Física X

QPMSilmara de Fátima Marafon Sociologia X PSSTaísa Titericz Arte X PSSTiago Nogueira História X PSSViviane Zanon Costa Biologia X QPMZilma de Paiva Farias Matemática X QPMAngela Szczpanski Geografia X QPMMaria das Dores Almeida Língua

Estrangeira

Moderna /

Inglês / Língua

Portuguesa

X X

QPM

Irene Silvino C. Martines

Batista

Matemática X QPM

Neide Dias Rastelli Sala de

Recurso

x

QPMJosiane Millan dos Reis Matemática X PSSMárcia Brito Ciências X QPMMaria José Botelho Delgado

Dogani

Arte X PSS

Marinete Dalriça R.

Zanlorenze

Matemática/

Sala de Apoio

X X QPM

Marlene Salas Rodelo Maluf Geografia X PSSRosa Maria Brasil Sobreiro Português X PSSValquíria Mendes de Oliveira Língua x

18

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Estrangeira

Moderna

Espanhol/ Sala

de Apoio

QPM

Rosaine Segantine Língua

Portuguesa

X

Silvana Maria da Silva Língua

Portuguesa

X QPM

Vanessa Cristina Honorio História X QPM

4.7 Quadro De Agentes Educacionais de Apoio I :

TURNO NOME FUNÇÃO CARGA HORÁRIAAna Lusdeti Dias Aux. Serviços

Gerais

40 horas

Dirce Ferreira

Banak

Aux. Serviços

Gerais

40 horas

Ederzina de

Fátima Rosa

Aux. Serviços

Gerais

40 horas

Ijanete de Souza Aux. Serviços

Gerais

40 horas

Sara Ribeiro de

Carvalho

Aux. Serviços

Gerais

40 horas

Amélia Leonel

Ferreira

Aux. Serviços

Gerais

40 horas

Lucinda Ferreira

Lima de Souza

Aux. Serviços

Gerais

40 horas

4.8 Matriz Curricular do Ensino Fundamental:

CURSO: 4039 – ENSINO FUND. 6/9 ANO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE

6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 4 3

19

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NACIONAL

COMUM

Educação Física 3 3 3 3Ensino

Religioso*

1 1 0 0

Geografia 3 3 3 3História 3 3 3 4Língua

Portuguesa /

Literatura

4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4SUB-TOTAL 23 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICA

DA

L.E.M.- Inglês** 2 2 2 2

SUBTOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25Nota : Matriz Curricular de acordo com a LDBEN nº9394/96

• O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.

4.9 Matriz Curricular única do Ensino Médio na organização por Blocos de

Disciplinas semestrais:

CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 20 SEMANAS

BLOCO 1 BASE

NA CIONAL

COMUM

DISCIPLINAS 1ª

Série

Série

3ª Série

BIOLOGIA 4 4 4

EDUCAÇÃO FÍSICA 4 4 4

FILOSOFIA 3 3 3

HISTÓRIA 4 4 4

LEM - INGLÊS 4 4 4

LÍNGUA PORTUGUESA 6 6 6

TOTAL 25 25 25

20

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CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 20 SEMANAS

BLOCO 2 BASE

NA

CIO

NAL

CO

MUM

DISCIPLINAS 1ª

Série

Série

3ª Série

ARTE 4 4 4

FÍSICA 4 4 4

GEOGRAFIA 4 4 4

MATEMÁTICA 6 6 6

SOCIOLOGIA 3 3 3

QUÍMICA 4 4 4

TOTAL 25 25 25

Nota : Matriz Curricular de acordo com a LDBEN nº9394/96

• O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.

4.10 RENDIMENTO / MOVIMENTO ESCOLAR – ano 2011

ENSINO APROVAÇÃO REPROVAÇÃO EVASÃO

Fundamental – total 70,80% 16,70% 0,50%

Médio - total 86,00% 2,40% 2,40%

IDEB OBSERVADO E METAS PROJETADAS

IDEB IDEB METAS METAS METAS METAS METAS

2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015

3,4 3,9 2,8 3 3,3 3,7 4,2

• A partir do ano letivo de 2009, o Colégio passou a ofertar o CELEM

(Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) de Língua Espanhola, como

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um ensino extracurricular, plurilinguista e gratuito, para alunos da Rede

Estadual Básica, matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no

Ensino Médio, Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos.

Sendo também extensivo à comunidade, professores e agentes

educacionais. O CELEM é regulamentado pela Resolução nº 3904/2008

e pela Instrução Normativa nº 019/2008, além de ser subordinado às

determinações do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar.

4.11 Sala de Recursos Multifuncional

Sala de Recursos é um serviço especializado, de natureza pedagógica, que

apoia e complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns, do

Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano, regulamentada pela Instrução Nº 013/2008.

São indicadas para alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental

de 6º ao 9º ano ( egressos da educação especial ) ou aqueles que apresentam

problemas de aprendizagem, com atraso acadêmico significativo, transtornos funcionais

específicos e deficiência intelectual e que necessitam de apoio especializado

complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na classe comum.

Para frequentá-la o aluno deverá entre outras:

■ estar matriculado e frequentando o ensino fundamental de 6º ao 9º ano;

■ receber atendimento de acordo com as suas necessidades, podendo ser de 2

(duas) a 4 (quatro) vezes por semana, não ultrapassando 2 (duas) horas diárias.

■ o aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as

dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na Classe Comum.

Os conteúdos a serem trabalhados não diferem daqueles propostos para o

ensino fundamental, pelo Currículo Básico, com as devidas adaptações dos

encaminhamentos metodológicos, atendendo às necessidades individuais.

4.12 Programa Sala de Apoio à Aprendizagem

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O Programa Sala de Apoio à Aprendizagem, contempla alunos de 6º anos e 9º

anos do Ensino Fundamental com defasagem na leitura, escrita e cálculo.

É indicada para alunos que necessitam de apoio complementar para obter

sucesso no processo de aprendizagem na classe comum.

Para frequentá-la, o aluno deverá:

■ estar matriculado e frequentando o ensino fundamental, no 6º ano ou 9º ano;

■ receber atendimento de acordo com as suas necessidades, devendo ser de 2

(duas) vezes por semana, não ultrapassando 2 (duas) horas diárias.

■ o aluno frequentará a Sala de Apoio à Aprendizagem o tempo necessário

para superar as dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na Classe

Comum de 6º ano ou 9º ano.

Os conteúdos a serem trabalhados não diferem daqueles propostos para o

ensino fundamental previsto no Currículo Básico, com as devidas adaptações dos

encaminhamentos metodológicos, atendendo às necessidades individuais.

V MARCO CONCEITUAL

5.1 Concepções Baseadas na Perspectiva Sócio-Interacionista:

Vygotsky construiu a teoria histórico-cultural e propôs um caminho diferente

para o desenvolvimento. Para este teórico, o desenvolvimento é um processo de

reconstrução individual das situações recebidas de fora. Aquilo que é interpsíquico passa

a ser intrapsíquico, ou seja, primeiro elas acontecem em nível social, para depois serem

incorporadas pelo indivíduo em nível pessoal. Em outras palavras, o desenvolvimento se

dá de fora para dentro, de social passa a individual. A criança vai interiorizando o

conhecimento, via mediação dos adultos.

Portanto, é pelo aprendizado que ocorre o desenvolvimento. A criança nasce

com um conjunto de células cerebrais que são o alicerce do desenvolvimento psicológico

e, este, irá depender das condições sociais, de vida e dos estímulos recebidos. As

funções psíquicas se transformam de naturais para superiores.

Trata-se de uma nova forma de compreender como se dá a evolução dos

processos psicológicos em direção ao conhecimento. Aqui, não há desenvolvimento sem

aprendizagem, ambos estão intimamente ligados. Assim, nós só nos desenvolvemos se

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aprendemos.

Para que ocorra o desenvolvimento, é necessário a mediação, principalmente

da linguagem, que ocupa um papel central nesse processo, como um elemento regulador

do comportamento e desempenhado um papel essencial no estabelecimento da inter-

relação das funções psíquicas. Neste sentido, é a linguagem que permite o

desenvolvimento, há uma ligação e até uma dependência da linguagem em suas

diferentes formas (oral, gestual, escrita) para o desenvolvimento psicológico, já que, a

linguagem , como instrumento de mediação, faz a ponte de ligação entre o individual e o

cultural.

Resumindo, a aprendizagem pressupõe mediação, que significa a relação entre

as pessoas e os objetos do conhecimento. Fora desse âmbito não há como pensar em

desenvolvimento. A interiorização do conhecimento se dá por intermédio da linguagem, na

interação com os outros, que vai formando e regulando as diferentes funções psíquicas

(atenção, memorização, percepção, incluindo as emoções e os sentimentos).

Nesta perspectiva, o processo de ensino cria situações de aprendizagem que

conduzem ao desenvolvimento. O ensino visa formar capacidades e só se justifica se ele

for capaz de promover novos níveis de desenvolvimento intelectual.

Ao professor cabe o papel de principal responsável pelo bom ensino,

engendrador de desenvolvimento, já que ele é o elemento mediador e possibilitador de

interações entre os alunos e os objetos do conhecimento. Através do ensino, o professor

desafia o nível em que o aluno está, tendo um olhar para as capacidades que

desenvolverá, possibilitando a socialização das experiências culturais acumuladas

historicamente.

Essa visão implica que o professor tem a responsabilidade de socializar o

conhecimento através da linguagem. Os alunos irão adquirí-lo por reconstituição interna.

Para tanto, o professor precisa conseguir explicar o conteúdo de modo que o aluno

entenda.

Ou seja, a aprendizagem depende da linguagem, das formas de explicação.

Por isso importa que espécie de linguagem utiliza, de como está sendo explicado o

conteúdo, enfim como está ensinando, já que cada aluno tem uma sensibilidade de

percepção diferente do outro. Uma fala não atinge a todos os alunos igualmente e para

alguns é preciso buscar outro caminho, novas formas de explicação.

O professor também precisa ter uma boa relação com o conteúdo para saber

explicá-lo de diferentes formas, para explicar de forma significativa. Os conteúdos não

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podem ser ensinados mecanicamente. Para que haja aprendizagem e consequentemente

desenvolvimento, é preciso haver bom ensino, muitas vezes, com orientação

individualizada, para que o aluno aprenda significativamente.

Essa teoria acrescenta novas reflexões, principalmente, quanto à importância

da mediação, da linguagem, da necessidade de o professor saber explicar, saber bem o

conteúdo e da necessidade de se preocupar com cada aluno em particular.

5.2 Concepção de Escola

A escola é considerada por todos, como um espaço e lugar privilegiado de ensino-

aprendizagem. Nesse contexto, surgem alguns questionamentos junto aos professores e

demais profissionais da educação, especialmente, no momento da elaboração do Projeto

Político Pedagógico da Escola: Que forma devemos conceber o papel social da escola?

Como devemos conduzir as orientações pedagógicas e os conteúdos de ensino? Com

efeito, a escola tem um papel importante na evolução do processo de aprendizagem de

cada cidadão que consegue passar por uma instituição educativa, cuja função é orientar e

preparar socialmente.

A escola contemporânea tem passado por expressivas transformações de caráter

social, político e econômico. Essas transformações originam-se nos pressupostos que

vêm sendo direcionados aos modos de vida. Os modos de vida estão sendo vivenciados

pela escola. São variantes de diversos matizes, que se multiplicam a cada dia.

Observamos situações espetaculares, dignas, responsáveis, equilibradas, criativas. Mas,

enfrentamos também, situações lastimáveis, como se as pessoas estivessem perdendo o

senso da aprendizagem do bem-viver, de relacionar-se, de aprender, de querer e de

respeitar-se. Este é o ponto das discussões, encontros, leituras e reformas no cotidiano

da escola. Sempre buscando considerar que a escola tem papel social expressivo na

construção e reconstrução daqueles que passam parte de suas vidas sendo orientados e

preparados por ela.

5.3 Concepção de Sociedade

Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e a

natureza do trabalho educativo, enquanto docentes, aparecemos sem iniciativa,

“arredados ou deslocados pela força arroladora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de

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acontecimentos que tornaram obsoletos os conteúdos e as práticas educativas” (Péres

Gómes, 1998). E para que isso não aconteça é que precisamos entender em que tipo de

sociedade estamos inseridos.

Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de

relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do

homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana,

desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo

bens, garantindo a base econômica e é o jeito específico do homem realizar sua

humildade, sendo que:

“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade. Nesse sentido a sociedade cria o homem para si“. ( Pinto, 1994).

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho

concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social, a partir

das contradições geradas pelo processo de transformação da base econômica.

Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a

sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que

regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis

naturais, mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.

Atílio Boron (1986) questiona, que tipo de sociedade deixa como legado estes

quinze anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo? Uma sociedade heterogênea e

fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo o tipo – classe, etnia,

gênero, religião, etc. – que foram exarcebadas com a aplicação das políticas neoliberais.

Uma sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas velocidades”, como

costuma ser denominada na Europa, porque há um amplo setor social, um terço excluído

e fatalmente condenado à marginalidade e que não pode ser “reconvertido” em termos

laborais, nem inserir-se nos mercados de trabalhos formais dos capitais desenvolvidos.

Essa crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas

conservadoras, foi por sua vez reforçada pelo excepcional avanço tecnológico e científico

e seu impacto sobre o paradigma produtivo contemporâneo.

Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é, portanto,

aquela na qual os governantes são eleitos pelos votos. A democracia pressupõe uma

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possibilidade de participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os

processos decisórios que dizem respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc.).

Raul Pont no texto sobre democracia representativa e democracia participativa

conclui que nossa convicção funda-se no processo histórico que nos ensina que não há

verdades eternas e absolutas nas relações entre sociedade e o Estado e que estas se

fazem e se refazem pelo protagonismo dos seres sociais e que a busca de uma

democracia substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e igualdade

social, continua sendo um horizonte histórico, em suma, nossa utopia para a humanidade.

5.4 Concepção de Cultura

Antropologicamente, sabemos que a cultura é o conjunto de experiências

humanas adquiridas pelo contato social e acumulado pelos povos através do tempo. O

estudo da cultura nos possibilita entender os muitos caminhos que conduziram os grupos

humanos às suas relações presentes e suas perspectivas de futuro.

A história registra com abundância as transformações por que passam as

culturas, sejam movidas por suas forças internas, seja em consequência de contatos e

conflitos, mais frequentemente por ambos os motivos. Por isso, ao discutirmos sobre

cultura temos sempre em mente a humanidade em toda a sua riqueza e multiplicidade de

formas de existência. São complexas as realidades dos agrupamentos e as

características que os unem e diferenciam, e a cultura as expressas.

Assim, cultura diz respeito à humanidade como um todo e ao mesmo tempo a

cada um dos povos, nações, sociedades e grupos humanos.

Cada realidade cultural tem sua lógica interna, a qual devemos procurar

conhecer para que façam sentido as suas práticas, costumes, concepções e as

transformações pelas quais estas passam. A riqueza de formas das culturas e suas

relações falam bem de perto a cada um e nós, já que convidam a que nos vejamos como

seres sociais.

A discussão sobre cultura pode nos ajudar a pensar sobre nossa própria

realidade social. De fato ela é uma maneira estratégica de pensar sobre nossa sociedade.

Cultura é uma dimensão do processo social, da vida de uma sociedade. É uma

construção histórica, um produto coletivo da vida humana.

Discutir sobre cultura implica discutir o processo social concreto. É uma

discussão que ameaça extravasar e estender para outras discussões e preocupações.

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Lendas ou crenças, festas ou jogos, costumes ou tradições, esses fenômenos não dizem

nada em si mesmos; eles apenas o dizem enquanto parte de uma cultura, a qual não

pode ser entendida sem referência à realidade social de que faz parte, à história de sua

sociedade.

O fato de que as tradições de uma cultura possam ser identificáveis não quer

dizer que não se transformem, que não tenham sua dinâmica. Nada do que é cultura pode

ser estanque, porque esta faz parte de uma realidade social onde a mudança é um

aspecto fundamental.

A cultura é o resultado de toda a produção humana. Segundo Saviani, “ para

sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de

sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza,

criando um mundo humano ( o mundo da cultura )”. ( 1992, p, 19 ).

Portanto, a cultura é uma dimensão da sociedade que inclui o conhecimento

num sentido ampliado e todas as maneiras como esse conhecimento é expresso. É uma

dimensão dinâmica, criadora, ela mesma em processo, uma dimensão fundamental das

sociedades contemporâneas.

Temos que pensar a cultura como parte da trajetória da raça humana, como

marca deixada pelo homem e pela mulher na história do mundo, pois o ato que gera a

cultura é trabalhado com a revolução do próprio corpo, pensamento, no tempo e no

espaço, a todo instante, trabalhando o momento de crítica e de construção, de

continuidade e percepção, porque a cultura faz com que você se olhe no espelho e

reconheça como o próximo, como o outro, como o diferente, como o igual, como o negro

e o branco, trabalhando nas múltiplas possibilidades.

Esse processo pressupõe a construção de normas, valores e expectativas de

comportamento, assim como de formas de organização e construção social. É dessa

maneira que os seres humanos elaboram conceitos sobre a natureza, si mesmos e a

sociedade e estabelecem na, convivência entre os pares, um ethos do grupo, constituído

de imagens que condensam aspectos morais, estéticos e valorativos e que se configuram

num estilo de vida e visão de mundo.

A cultura é o resultado de toda a produção humana segundo Saviani, “para

sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de

sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza,

criando um mundo humano ( o mundo da cultura )” ( 1992, p, 19 ).

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A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre

nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que

agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade. Por isso, discriminamos o

comportamento desviante. Assim, o modo de ver o mundo, as apreciações de ordem

moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais

são assim produtos de uma herança cultural, ou seja , o resultado da operação de uma

determinada cultura.

As variações culturais são resultado da história, relacionando-se com as

condições materiais de sua existência. Entendido assim, o estudo da cultura contribui no

combate a preconceitos, oferecendo uma plataforma firme para o respeito e a dignidade

nas relações humanas.

Mostrar desde cedo a multiplicidade cultural é uma forma de estimular o

convívio, o respeito e a valorização das diferenças. E a escola é o lugar ideal para fazer

isso. O papel do professor é mostrar que as pessoas pertencem a vários grupos sociais,

cada um com histórias e modos de vida singulares. Ações que valorizem as diferentes

etnias e culturas devem fazer parte da educação. É preciso que os alunos aprendam a

repudiar todo e qualquer tipo de discriminação, seja ela baseada em diferenças de

cultura, raça, classe social, nacionalidade, entre tantas outras.

Outro ponto a se considerar é que a escola tem a especial função de trabalhar

as culturas populares de forma a levar os alunos à produção de uma cultura erudita.

Como afirma Saviani “a mediação da escola, instituição especializada para operar a

passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura

erudita; assume um papel político fundamental. (SavianI, apud, Frigotto, 1994, p, 189).

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita,

cabe à escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço

motivador, aberto e democrático.

5.5 Concepção de Trabalho

O trabalho é uma atividade que está “na base de todas as relações humanas,

condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana intencional que

envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida”

(Andery, 1998, p, 13 ).

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Nesta perspectiva entender o trabalho como ação intencional, o homem em

suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista produz bens. Porém , é preciso

compreender que o trabalho não acontece de forma tranquila, estando sobrecarregado

pelas relações de poder.

Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais.

Os bens materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio. Já nos

bens não materiais produção e consumo acontece simultaneamente.

No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e nesta

dimensão que esta posto a formação do homem.

Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento

de que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que

envolve, formas de organização necessária para a formação do ser humano.

O conhecimento como construção histórica é matéria-prima (objeto de estudo)

do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos

conhecimentos, dando-lhes condições de entender o viver, propondo modificações para a

sociedade em que vive, permitindo “ao cidadão-produtor chegar ao domínio intelectual do

técnico e das formas de organização social sendo portanto capaz de criar soluções

originais para problemas novos que exigem criatividade, a partir do domínio do

conhecimento”. (Kuenzer, 1985, p, 33 e 35)

5.6 Concepção de Cidadania

Historicamente, o Brasil foi construído de cima para baixo e de fora para dentro

poderes coloniais, elites proprietárias,estado realimentando as desigualdades e

agravando as exclusões. Neste momento, requer construir uma outra base social,

constituída por aqueles excluídos da história brasileira que, organizando-se na sociedade

civil e nos diferentes movimentos sociais, acumularam força e conseguem expressar-se,

tomando as rédeas do seu destino, criando uma nação soberana e aberta ao diálogo e a

participação.

De acordo com Boff (2000,p.51) “cidadania é um processo histórico-social que

capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de

elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a

ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”

Reafirmando a citação de Boff, Martins, (2000, p.53) diz:

30

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“...a construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres. A realização se faz através de lutas contra as discriminações, da abolição de barreiras segregativas entre indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais, ou seja, pela extensão das mesmas condições de acesso às políticas públicas e pela participação de todos nas tomadas de decisões. É condição essencial da cidadania, reconhecer que a emancipação depende fundamentalmente do interessado, uma vez que, quando a desigualdade é somente confrontada na arena pública, reina a tutela sobre a sociedade, fazendo-a dependente dos serviços públicos. No entanto, ser/estar interessado não dispensa apoio, pois os serviços públicos são sempre necessários e instrumentais”.

O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se tornar

cidadão consciente, (sujeito de direitos), organizados e participativos do processo de

construção político-social e cultural.

Angel Pino in (Boff SEVERINO A J., ZALUARA e outros 1992, p.15-25),

consideram que “o conceito de cidadania traduz ao mesmo tempo, um direito e o

exercício desse direito. Sem este, aquele é uma mera fórmula.” Portanto, a educação

como um dos principais instrumentos de formação da cidadania, deve ser entendida como

a concretização dos direitos que permitem ao indivíduo, sua inserção na sociedade.

“A realidade social e educacional atual de nosso país, requer o enfrentamento e

a superação da contradição da estrutura que existe entre a declaração constitucional dos

direitos sociais (dentre eles, a educação) e a negação da prática desses direitos; da

ideologia que associa a pobreza material à cultural; de recolocar-se o problema da escola

pública em termos de direito de todos, de acesso ao conhecimento elaborado; recolocar a

questão do trabalho como atividade de produção/apropriação de conhecimento não

apenas como mera operação mecânica, em repensar a relação escola/trabalho.

Segundo Martins (200,p.54), pode-se se afirmar que “aquela relação entre

cidadania e democracia explicita-se no fato de que ambas são processos; o processo

não se dá num vazio, a cidadania exige instituições, mediações e comportamentos

próprios, constituindo-se na criação de espaços sociais de luta na definição de instituições

permanentes para expressão política”

. Neste sentido, a autora distingue a cidadania passiva, aquela que é

outorgada pelo Estado, com a ideia moral da tutela e do favor. Cidadania Ativa – aquela

que institui o cidadão como portador de direitos e deveres, mas essencialmente criador de

direitos, de abrir espaços de participação. Confirma ainda, que a cidadania requer a

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consciência clara sobre o papel da educação e as novas exigências colocadas para a

escola que, como instituição para o ensino - a educação formal pode ser um locus

excelente para a construção da cidadania.

As dimensões da cidadania, segundo Boff (2000), são cinco:

■ A dimensão econômico-produtiva: a massa é mantida intencionalmente,

como massa e a pobreza é empobrecimento, portanto a pobreza material e política é

produzida e cultivada, por isso é profundamente injusta.

■ A dimensão político-participativa: as pessoas interessadas lutam em prol de

sua autonomia e participação social, tornando-se cidadãos plenos.

■ A dimensão popular: inclui somente as que têm acesso ao sistema produtivo

e exclui os demais, sendo esta a dimensão vigente.

■ A dimensão de con-cidadania: os cidadão devem reivindicar e não pedir ao

Estado, precisam organizar-se não para substituir, mas para fazê-lo funcionar. Define

também o cidadão mediante a solidariedade e a cooperação.

■ A cidadania terrenal: apresenta a dimensão planetária na consciência de

causas comuns, com a responsabilidade coletiva da garantir um futuro para a terra e a

humanidade.

Tipos de Cidadania segundo Boff (2000):

■ Cidadania seletiva: se a construção da cidadania envolve um processo

ideológico de formação de consciência pessoal, coletiva e social, de reconhecimento

desse processo em termos de direitos e deveres, no projeto neoliberal vigente a cidadania

passa a ser seletiva porque a reduz, Boff afirma (200, p.57). “Ele debilita e reduz a

cidadania nacional, quer dizer, a autonomia do próprio país. Internamente reforça a

cidadania seletiva”.

Alguns setores são beneficiados pela modernização, outros, os setores

populares só cabe uma cidadania menor. Outros, os excluídos, servem como massa de

manobra, sem qualquer cidadania, tirando o seu poder de rebelião, compensado, fazendo

assistencialismo fácil e promessas.

■ Cidadania menor: no projeto do capitalismo nacionalista não se leva em

conta o capitalismo e sua lógica que explora e exclui. Ele é visto como criador de

oportunidades e de progresso. Dá-se ênfase à auto-estima de um Brasil grande, uma

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potência emergente com seus recursos naturais riquíssimos e potencialidades

populacionais.

Aqui também a cidadania é restrita para setores beneficiários.

Segundo Boff “será uma cidadania político-participativa para os segmentos incorporados

na produção, mas não será econômico-produtiva, pois trabalhadores continuarão sendo

duramente explorados. Portanto terão uma cidadania de 2ª classe, esporádica, às vezes

expressa em grandes manifestações públicas, mas sem conseqüências reais... As

políticas estatais continuarão assistencialistas mantendo a população pobre, dependente

e desmobilizada com controle aos movimentos sociais” (2000, p.66).

■ Cidadania maior e plena: con-cidadania: O projeto de democracia racial e

popular é totalmente diferente dos autores muito distante do que vivemos. Está sendo

construído por todos os excluídos da história brasileira, se organizando dentro dos

movimentos raciais. Com força foram se infiltrando em condutos-políticos partidários, já

agora em condições de disputar a conquista e o controle do poder com muita luta,

resistência, argumentos e organização.

Esse projeto visa construir uma nação autônoma, capaz de democratizar a

cidadania, mobilizar a sociedade inteira para a mudança, primando por uma sociedade

sustentável que se desenvolva com a natureza e não contra ela, que produza o suficiente

para todos e que não permita a acumulação para poucos. BOFF (2000, p. 73) diz: “Nele

fica clara a vontade de soberania nacional e o tipo diferente de cidadania política,

econômica, participativa, solidária e popular. Será uma cidadania cotidiana, plantada no

funcionamento dos movimentos raciais e, por isso, em contínuo exercício”.

Construir a cidadania e con-cidadania popular é a forma concreta de se

construir o Projeto-Brasil que buscamos.

5.7 Concepção de Tecnologia

Sobre tecnologia Noble (1984) assinala que criou-se uma redoma falaciosa em

torno do verdadeiro propósito e natureza da tecnologia. Segundo o autor “esta é vista na

sociedade como um processo autônomo; algo constituído e visto à margem de tudo como

se tivesse vida própria, independente das intenções sociais, poder e privilégio.

Examinamos a tecnologia como se fosse algo que mudasse constantemente, e que

constantemente, provocasse alterações profundas na vida das escolas. Decerto que isto é

parcialmente verdade. No entanto, se nos debruçarmos sobre o que tem vindo a mudar

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podemos incorrer no erro de não questionar quais as relações que permanecem

inalteradas. De entre estas, as mais importantes são as desigualdades econômicas e

culturais que dominam a nossa sociedade”.

Segundo Cristina Gomes Machado (2002), o processo educativo há de se

revelar capaz de sistematizar a tendência à inovação solicitando o papel criador do

homem. É preciso implementar no Sistema Educacional, uma pedagogia mediante a

qual não apenas se reforme o ensinamento, mas que também se facilite a aprendizagem.

A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e

serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais vigentes.

A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 ao propor a formação

tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUERGER (2000), a concepção

que a aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o específico, determinando

novas formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os conteúdos.

A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa

no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das

desigualdades, ou para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer

mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas.

“Urge pois continuar a lutar pela escolarização como um bem público contra a domesticação política que tem inflamado o debate educativo contribuindo para que a educação em geral e o currículo, em particular, se constitua numa efetiva base para que os mais desfavorecidos tenham, tomem e transformem a própria concepção de poder”. ( Paraskeva,2001)

Assim, fica claro, que ter no currículo, uma concepção de educação tecnológica

não será suficiente para o acesso de todos, da Escola Pública, sem que haja uma

vontade e ação política que possibilite investimento para que esses recursos tecnológicos

(elementares e sofisticados) existam e possam ser ferramenta que contribua para o

desenvolvimento do pensar, sendo um meio de estabelecer relações entre o

conhecimento científico, tecnológico e sócio-histórico, possibilitando articular ação, teoria

e prática.

5.8 Concepção de Homem

O homem é um ser complexo. A sua formação ou a deformação está

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intimamente ligada ao meio sociocultural e à base biológica.

Afirma Vygotsky que as características tipicamente humanas não estão

presentes desde o nascimento do indivíduo, nem são meras pressões do meio externo.

Elas resultam da interação dialética do homem e seu meio sociocultural. Ao mesmo tempo

em que o ser humano transforma o seu meio para atender suas necessidades básicas,

transforma-se a si próprio.

A base biológica do funcionamento psicológico é o cérebro, visto como órgão

principal da atividade mental. Este cérebro é um sistema aberto, de grande plasticidade,

que poderá ser moldado, ao longo do processo educativo. O desenvolvimento da

atividade mental se processará através da mediação dos seres humanos entre si e deles

com o mundo, com a utilização de instrumentos técnicos e sistemas de signos,

destacando-se entre eles a linguagem.

À escola, como instituição social de educação, compete propiciar meios para o

desenvolvimento intelectual do homem, na busca de sua autonomia, cidadania e

realização pessoal em toda plenitude.

5.9 Concepção de Educação

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens

situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado

pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.

“Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que

ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela

própria, um processo de trabalho” (Saviani, 1992,p.19)

Segundo Pinto (1994) a educação é um processo histórico de criação do

homem para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para benefício

do homem.

É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história

individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.

É um fato existencial porque o homem se faz ser homem - processo

constitutivo do ser humano.

É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a

sociedade, num movimento contraditório de reprodução do presente e da expectativa de

transformação futura.

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É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de

homem.

É libertadora porque segundo Boff (2000,p.77) se faz necessário desenvolver

uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo de

desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.

Nesse sentido , a educação visa atingir três objetivos que forma o ser humano

para gestar uma democracia aberta. São eles:

■ A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados

para pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizante da

realidade que o possa orientar em sua vida.

■ A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico,

político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-lhe a

satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações;

■ A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de

avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novos

conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humana.

Assim, a educação é um processo de desenvolvimento da capacidade física,

intelectual e moral do ser humano, visando à sua melhor integração individual e social.

Ela se desenvolve na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas organizações

civis, militar e eclesiástica, nas entidades culturais e políticas e, principalmente, nas

instituições escolares.

A educação escolar, no nível básico, objetiva o exercício pleno da cidadania,

formação ética, autonomia intelectual, inserção do homem no mercado de trabalho e à

prática social.

No mundo atual, em constantes e rápidas modificações, há que se refletir sobre

a educação para o século XXI, que aponta algumas considerações:

■ a educação deve cumprir um triplo papel: econômico, científico e cultural.

■ as rápidas transformações causadas pelo processo científico, as novas

formas de atividades: econômica e social e a importância de uma educação

suficientemente ampla, com possibilidade de aprofundamento em determinada área de

conhecimento. Essa educação geral constitui-se no passaporte para a educação

permanente, na medida em que fornece as bases para continuar aprendendo ao longo da

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vida.

■ é importante o desenvolvimento de aptidões que possibilitem enfrentar novas

situações, privilegiando a aplicação da teoria na prática e enriquecendo a vivência na

ciência e na tecnologia.

■ deve-se priorizar a formação do educando como pessoa humana e como

cidadão.

Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação

tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para

constituir-se e transformar a realidade.

.

5.10 Concepção de Conhecimento

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre

os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais

mediadas pelo trabalho.

Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de seu trabalho

e nem dos conhecimentos produzidos nestas relações porque o trabalhador não domina

as formas de produção e sistematização do conhecimento. Segundo Marx e Engels “a

classe que tem à disposição os modos de produção material controla concomitante os

meios de produção intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as idéias

daqueles que carecem desses meios ficam subordinadas a ela” (Frigotto, 1993, p. 67).

Ainda neste sentido, Andery (1988, p.15) confirma que “Nesse processo do

desenvolvimento humano multideterminado e que envolve inter-relações e interferências

recíprocas entre ideias e condições materiais, a base econômica será o determinante

fundamental”. Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes formas: senso

comum, científico, teológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas vezes

antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das

condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as

necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de

ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando

portanto a forma de interferir na realidade.

Essa interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a

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socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações.

Conforme Veiga (Veiga, Ilma Passos, 1995, p, 27), “o conhecimento escolar é dinâmico e

não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e

aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos,

conceitos, e generalizações, sendo portanto, o objeto de trabalho do professor.

Para Boff, “Conhecer implica pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar

consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer, portanto, representa

um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não

transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em

ação”. ( 2000, p, 82 ).

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando

mudanças interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma

intencionalidade.

Conforme Freire, “O conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa, é

sempre “intencionado”, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa” ( 2003, p, 59).

Portanto, há de se ter clareza com relação ao conhecimento escolar, pois como destaca

Severino, “educar contra-ideologicamente é utilizar, com a devida competência e

criatividade, as ferramentas do conhecimento, as únicas de que efetivamente o homem

dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua existência real”. (1988, p, 88 ).

O ser humano possui conhecimento adquirido através do senso comum, ou

seja, o conhecimento real, não científico, que é constituído no cotidiano, de forma

espontânea. Ao longo do desenvolvimento, aprende-se a abstrair e generalizar

conhecimentos aprendidos espontaneamente, mas é bem mais difícil formalizá-los ou

explicá-los em palavras porque, diferentemente da experiência escolar, não são

conscientes, deliberados ou sistemáticos.

O processo de aquisição do conhecimento é ascendente, isto é, inicia-se de

modo inconsciente e até caótico, de acordo com uma experiência que não é controlada e

encaminha-se para níveis mais abstratos, formais e conscientes.

O processo de aquisição de conhecimento sistemático escolar tem uma direção

oposta à do conhecimento espontâneo, é descendente, de níveis formais e abstratos para

aplicações particulares.

Na prática, o conhecimento espontâneo auxilia a dar significado ao

conhecimento escolar. O conhecimento escolar reorganiza o conhecimento espontâneo e

estimula o processo de sua abstração.

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A contextualização, um dos princípios da organização curricular, facilita a

aplicação da experiência escolar para a compreensão, da experiência pessoal em níveis

mais sistemáticos e abstratos e o aproveitamento da experiência pessoal para facilitar o

processo de concreção dos conhecimentos abstratos que a escola trabalha. Isto significa

que a ponte entre teoria e prática, recomendada pela LDB, dever ser de mão dupla.

Cabe à escola desenvolver o conhecimento espontâneo, encaminhando-o a

níveis mais abstratos, formais, conscientes e sistematizados, com a utilização das

competências cognitivas básicas: raciocínio abstrato, comparação, capacidade de

compreensão de situações novas que é a base para solução de problemas.

A contextualização é um recurso pedagógico para tornar a construção de

conhecimentos um processo permanente de formação de capacidades intelectuais

superiores.

5.11 Concepção de Ensino

A prática pedagógica da escola, as formas de convivência no ambiente escolar,

a organização das situações de aprendizagem e os procedimentos de avaliação deverão

ser coerentes com os valores estéticos, políticos e éticos que inspiram a Constituição e a

LDB e as Diretrizes.

Tendo em vista a perspectiva sócio-interacionista, a concepção histórico-crítica,

a Pedagogia Progressista e os objetivos educacionais, o ensino deverá ser organizado

por meio de experiências que devem satisfazer, ao mesmo tempo, os interesses dos

alunos e as exigências sociais.

À escola cabe suprir as experiências que permitam ao aluno aprender num

processo ativo de construção e reconstrução do objeto, numa interação entre estruturas

cognitivas do indivíduo e estruturas do ambiente. Dá-se mais valor aos processos mentais

e habilidades cognitivas, ou seja, é mais importante o processo de aquisição do saber do

que o saber propriamente dito.

O ensino parte dos seguintes princípios:

■ a escola deve adequar as necessidades individuais ao meio social;

■ os conteúdos são estabelecidos a partir das experiências vividas pelos

alunos frente às situações problemas;

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■ a aprendizagem é baseada na motivação e na estimulação de problemas.

A metodologia completa, abrangente e coerente, aplicada na construção do

conhecimento e formação do cidadão criativo e participativo, deverá ocorrer por meio de

experiências, pesquisas e método de solução de problemas. Neste sentido, a ideia de

aprender está sempre presente. No ensino, valorizam-se as tentativas experimentais, a

pesquisa, a descoberta e o estudo do meio natural e social.

Buscar-se-á uma pedagogia de qualidade, promovendo a integração e

articulação dos conhecimentos das áreas e disciplinas, num processo permanente que

leve o educando à compreensão da totalidade através da contextualização, da

interdisciplinariedade e da transdisciplinariedade.

Nessa perspectiva de trabalho, o aluno é considerado protagonista da

construção de sua aprendizagem e o papel do professor ganha novas dimensões, tanto

no âmbito do ensino dos conteúdos quanto no da avaliação da aprendizagem. O

professor atua não como transmissor de um conhecimento pronto, mas como organizador,

consultor, mediador e incentivador da aprendizagem, proporcionando as situações, os

recursos e as informações necessárias à construção dos conceitos.

Prioriza-se o ensino que permita o acesso ao conhecimento e sua utilização

para a atuação na sociedade. Assim, o objetivo básico do ensino é que a aprendizagem

seja significativa para o aluno.

5.12 Concepção de Aprendizagem

O desenvolvimento pleno do ser humano depende do aprendizado que realiza

num determinado grupo cultural, a partir da interação com outros indivíduos da sua

espécie.

O aprendizado depende das condições biológicas do indivíduo e da dimensão

social que fornecem instrumentos e símbolos que medeiam a relação do indivíduo com o

mundo. Como condições biológicas entende-se o desenvolvimento perfeito do organismo

humano e, como dimensão social, o ambiente humano e natural impregnados de

significado cultural. A aprendizagem é que possibilita e movimenta o processo de

desenvolvimento.

Segundo Vygotsky, o aprendizado pressupõe uma natureza social específica e

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um processo, através do qual os indivíduos penetram na vida intelectual daqueles que o

cercam. Desse ponto de vista, o aprendizado é o aspecto necessário e universal, uma

espécie de garantia de desenvolvimento das características psicológicas especificamente

e culturalmente organizada.

O aprendizado se processa informalmente fora da escola, no entanto é na

escola que se introduzem elementos novos no desenvolvimento do ser humano, de forma

sistematizada.

O desenvolvimento e a aprendizagem estão inter-relacionados. Através da

interação com o meio físico e social, o ser humano realiza uma série de aprendizados.

Vygotsky identifica dois níveis de desenvolvimento: um que se refere às

conquistas já efetuadas, que ele chama de nível de desenvolvimento real ou efetivo, e o

outro, o nível de desenvolvimento potencial, que se relaciona às capacidades em vias de

serem construídas. O desenvolvimento real é aquilo que o indivíduo é capaz de fazer, de

forma autônoma e desenvolvimento potencial é aquilo que ele faz em colaboração com os

outros elementos do seu grupo social.

Entre estes dois níveis encontra-se a zona de desenvolvimento proximal que

define aquelas funções que ainda não amadureceram, portanto, aquilo que é zona de

desenvolvimento proximal hoje, será nível de desenvolvimento real amanhã. No seu

cotidiano, observando, experimentando, imitando e recebendo instruções de pessoas

mais experientes de sua cultura, aprende a fazer perguntas e também obter respostas

para uma série de questões.

O indivíduo, como membro de um grupo sociocultural determinado, vivência um

conjunto de experiências e opera todo o material cultural, como conceitos, valores, ideias,

objetos concretos, concepção de mundo a que tem acesso, construindo o seu

conhecimento, desenvolvendo suas funções psicológicas superiores.

À escola compete desenvolver os conhecimentos construídos na experiência

pessoal dos educandos, os chamados conceitos cotidiano ou espontâneo, através de

ensino sistemático, elaborado em sala de aula, transformando-o em conceitos científicos.

Vygotsky ressalta que, se o meio ambiente não desafiar, exigir e estimular o

intelecto do adolescente, o processo de desenvolvimento poderá atrasar ou mesmo não

se completar, ou seja, poderá não chegar a conquistar estágios mais elevados de

raciocínio. Isto quer dizer que o pensamento conceitual é uma conquista, que depende

não somente do esforço individual, mas principalmente do contexto em que o indivíduo se

insere, que define, aliás, o seu “ponto de chegada”

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A escola deve propiciar ao educando um conhecimento sistemático sobre

aspectos associados aos conceitos espontâneos, possibilitando-lhe que tenha acesso ao

conhecimento científico, construído e acumulado pela humanidade.

O aprendizado escolar exerce significativa, influência no desenvolvimento das

funções psicológicas superiores, através dos processos de formação de conceitos,

envolvendo operações intelectuais dirigidas pelo uso de linguagens e códigos, atenção

deliberada, memória lógica, reflexão, abstração, capacidade de comparar e diferenciar,

além de outras informações recebidas do exterior, desencadeando uma intensa atividade

mental no educando.

As considerações gerais sobre a legislação indicam a necessidade de construir

novas alternativas de organização curricular comprometidas, de um lado, com o novo

significado do trabalho no contexto da globalização e, do outro, com o sujeito ativo, a

pessoa humana que se apropriará dos conhecimentos para aprimorar-se como tal, no

mundo do trabalho e na prática social.

A perspectiva é, pois, de uma aprendizagem permanente, de uma forma

continuada, tendo em vista a construção da cidadania.

5.12.1 Processo de Reclassificação/ Aproveitamento de Estudos

A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino

avalia o grau de experiência do aluno matriculado, levando as normas curriculares

gerais, afim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com a sua experiência e

de seu desenvolvimento, independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do

aluno, aliada a apuração da sua frequência.

A adaptação de estudos de disciplinas é atividade Didático pedagógica

desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica

Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo.

5.12,2 História e Cultura Afro Brasileira e Indígena

LEI Nº 11.645, DE 10 DE MARÇO DE 2008

Altera a Lei nº. 9394, de 20 de Dezembro de 1996, modificada pela Lei nº

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10.639 de 09 de janeiro de 2003, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, para incluir no Currículo Oficial da Rede Pública de Ensino a obrigatoriedade da

temática “ História e Cultura Afro Brasileira e Indígena”.

Art. 1º. A Lei nº. 9394, de 20 de Dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida

dos seguintes arts. 26-A,79-A e 79-B:

Art.26-A Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos e

privados, torna-se obrigatório o estudo da História e Cultura Afro Brasileira e Indígena.

§ 1º. O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos

aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a

partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da História da África e dos

africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra brasileira e

indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as

suas contribuições nas áreas sociais, econômica e política, pertinentes à História do

Brasil.

§ 2º. Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro Brasileira e dos Povos

Indígenas Brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial

nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.

§ 3º. ( VETADO )

“Art. 79-A. ( VETADO )”

“Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ’Dia

Nacional da Consciência Negra“.

Art.2º. esta Lei entra em vigor na data de sua publicação Art. 79-A.

Desta forma, busca-se assegurar o direito às histórias e culturas que compõem

a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a

todos brasileiros.

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Além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso valorizar

devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, que se repetem

há séculos, à sua identificação e a seus direitos. Os sistemas de ensino,

estabelecimentos e professores terão como norteadores para suas ações os seguintes

princípios:

- Consciência política e histórica da diversidade

- Fortalecimento de identidades e de direitos

- Ações educativas de combate ao racismo e as discriminações

Estes princípios e seus desdobramentos mostram exigências de mudança de

mentalidade, de maneiras de pensar e agir dos indivíduos em particular, assim como das

instituições e de suas tradições culturais.

O ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Indígena é um meio privilegiado

para a educação das relações étnico raciais e tem por objetivos o reconhecimento e

valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros e indígenas, garantia de

seus direitos de cidadãos, reconhecimento e igual valorização das raízes africanas da

nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias, asiáticas.

O ensino de História e de Cultura Afro Brasileira e Indígena se fará por

diferentes meios, inclusive, a realização de projetos de diferentes naturezas, no decorrer

do ano letivo, com vistas à divulgação e estudo da participação dos africanos e de seus

descendentes em episódios da história do Brasil, na construção econômica, social e

cultural da nação, destacando-se a atuação de negros em diferentes áreas do

conhecimento, de atuação profissional, de criação tecnológica e artística, de luta social.

O Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno/DF Resolução Nº. 1 de 17

de Julho de 2004, institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Indígena.

5.13 Concepção de Avaliação

A avaliação é concebida como instrumento para ajudar o aluno a aprender,

fazendo parte integrante do dia a dia em sala de aula.

Não se aceita mais que a avaliação consista na mera contagem de acertos e

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erros, na utilização de resultados para classificar e selecionar (e rotular) os alunos,

afastando da aprendizagem escolar justamente os que mais precisam dela - aqueles que

se originam de grupos sociais mais desfavorecidos e distantes da cultura escolar. A

avaliação deve ser um instrumento de aprendizagem e não de reprovação.

A avaliação deve ser vista como acompanhamento da aprendizagem; deve ser

contínua e centralizada no desempenho do aluno. Deve deixar de ser meramente

classificatório.

A avaliação tem uma função permanente de diagnóstico e acompanhamento do

processo pedagógico; avalia, portanto, o educando, a prática docente, a escola e o

sistema escolar. O resultado obtido deverá indicar o ponto em que o conteúdo deve ser

retomado e em que aspecto o processo pedagógico deve ser reformulado.

O clima de trabalho instalado, na perspectiva de que avaliação é um

instrumento para ajudar o aluno a aprender, assegura espaço para os alunos arriscarem.

E, ao arriscar-se, podem errar. O erro nessas classes não configura, portanto, pecado ou

ameaça, mas uma pista valiosa: permite investigar quais problemas os alunos enfrentam

e por quê. E, a partir daí, orientá-los melhor e transformar eventuais erros de percurso em

situações de aprendizagem, resultando em avanços e eliminação de dificuldades.

Estará dessa forma atendendo o que preconiza a LDB “obrigatoriedade de

estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de

baixo rendimento escolar”. (Art. 24, inciso V, alínea E).

Para avaliar é preciso ter em mente o processo ensino-aprendizagem. Assim,

cada professor deve explicitar, claramente, para si próprio, o que espera que os alunos

alcancem. E os alunos também devem saber, a cada passo, o que se espera deles.

É preciso assumir postura de constante observação e cuidadoso registro.

Deve-se observar, atentamente, o desempenho e o aproveitamento dos alunos no

desenvolvimento das atividades, anotando as observações que se fizerem.

O registro, além de poderoso auxiliar da memória, ajuda a organizar o

pensamento e estimula a reflexão sobre a prática pedagógica, propiciando uma visão

geral do trabalho desenvolvido, direcionando a organização da sequência do ensino para

toda a classe. Permite, também, avaliar o processo de aprendizagem dos alunos e a

atuação docente.

Esse tipo de registro permite uma percepção crítica da atuação docente,

facilitando as mudanças de encaminhamento metodológico necessários, o que contribui

para tornar sua prática mais competente.

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Entendemos avaliar como uma ação que ocorre durante todo o processo de

ensino e aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como

fechamento de grandes etapas de trabalho.

A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua

sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de

aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o

processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Para o aluno, é o instrumento

de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para a

reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.

Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais os aspectos das

ações educacionais demandam maior apoio. Ao dispor dessas informações é possível

adotar procedimentos para correções e melhorias no processo, aperfeiçoando o trabalho

pedagógico. Dessa forma, não se está puramente medindo e julgando os alunos.

Estamos medindo a nossa própria capacidade, enquanto escola e enquanto professores,

em passar o conhecimento para eles.

Entendemos também que ainda há um longo caminho a ser feito no sentido de

aprimorar a avaliação realizada em nossa Escola, passando do exercício da avaliação

tradicional para essa nova perspectiva.

Assim, pensar a avaliação de forma a superar sua visão estática e

classificatória significa pensar no processo ensino-aprendizagem como um todo, fazê-lo

trabalhar a favor da permanência do aluno no sistema de ensino, buscando uma

aprendizagem efetiva e significativa.

Estamos cientes de que a avaliação transformadora não se limita ao momento

final do processo: ela o acompanha em sua trajetória de construção cotidiana. Busca

identificar os padrões culturais dos alunos que chegam à escola e os elementos

necessários para ampliar esses padrões, através de uma relação de diálogo no dia a dia

das práticas de ensino.

A avaliação diagnóstica servirá de ajuda ao processo de ensino-aprendizagem:

fornecerá aos professores elementos que permitam identificar os conhecimentos prévios

dos alunos, bem como os pontos críticos para que se avance na construção do

conhecimento, tendo em vista um projeto de escola não- excludente. Aqui, concebe-se

avaliação como diálogo constante entre avaliadores e avaliados, a partir do qual

intensifica-se o crescimento de alunos e professores.

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5.14 Recuperação de Estudos

De acordo com a Lei 9394/96, a recuperação de estudos, insere-se como parte e como

consequência do processo de avaliação da aprendizagem, sendo direito daqueles que

não conseguiram aprender com os métodos adotados pela escola, em um determinado

tempo, que terão uma nova oportunidade de rever os conteúdos que o mesmo não teve

aproveito.

Em nosso Colégio, oferecemos esta recuperação de estudos de forma paralela com os

conteúdos trabalhados.

5.15 Currículo

O currículo deve orientar o processo de ensino e de aprendizagem a partir de

princípios gerais e norteadores do planejamento e da ação pedagógica. Neste sentido, o

currículo orienta a prática pedagógica levando em conta os seguintes elementos:

1) Informações sobre o que ensinar – definir os conteúdos e objetivos;

2) Informações sobre quando ensinar – organizar, ordenar e sequenciar os

conteúdos e objetivos;

3) Informações sobre como ensinar – estruturar as atividades e estratégias

pedagógicas para atingir os objetivos definidos;

4) Informações sobre o quê, quando e como avaliar - verificar se os objetivos

foram atingidos e introduzir, quando necessário, correções ao processo (COLL,

1987).

Estes elementos relacionam-se entre si e são desencadeados e delimitados a

partir do perfil de profissional que se deseja formar e dos objetivos do curso, para então

se definir as estratégias e conhecimentos necessários para dar conta da formação

pretendida.

Além disso, o currículo é concebido enquanto uma instância dinâmica,

alimentada pela avaliação constante do processo de aprendizagem e do curso. Este

modelo de currículo dinâmico traz a tona não só os conceitos previamente selecionados

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pelo professor, mas o conjunto de saberes presentes no contexto social que ganham

relevância na proposta de problemas contextualizados. Os problemas são definidos a

partir dos objetivos e do conteúdo para promover a colaboração. Assim, a aprendizagem

não fica restrita ao conteúdo, mas é ampliada a partir da busca de novas informações e

interação para solução do problema. compõe-se pelos objetivos definidos do curso e das

disciplinas, pela seleção de experiências.

As experiências de aprendizagem proporcionadas pelos problemas

concretizam os pressupostos teórico-metodológicos, pois estes se voltam para a

realidade, assim são contextualizados e flexibilizam a busca e a construção do

conhecimento a partir do interesse e da autonomia do aluno. Assim, os desafios

constituem em desafios amplos e contextualizados que permitem a proposta de soluções

diversificadas de acordo com os conhecimentos e experiências dos alunos.

5.16 Letramento

Segundo Kleiman (2007) o letramento tem como objeto de reflexão, de ensino,

ou de aprendizagem os aspectos sociais da língua escrita. Assumir como objetivo o

letramento no contexto do ciclo escolar implica adotar na alfabetização uma concepção

social da escrita, em contraste com uma concepção tradicional que considera a

aprendizagem de leitura e produção textual como a aprendizagem de habilidades

individuais. Essa escolha implica, ainda, que a pergunta estruturadora/estruturante do

planejamento das aulas seja: “quais os textos significativos para o aluno e para sua

comunidade”, em vez de: “qual a sequencia mais adequada de apresentação dos

conteúdos (geralmente, as letras para formarem sílabas, as sílabas para formarem

palavras e das palavras para formarem frases)”.

Determinar o que seja um texto significativo para a comunidade implica, por sua

vez, partir da bagagem cultural diversificada dos alunos, que, antes de entrarem na

escola, já são participantes de atividades corriqueiras de grupos sociais que, central ou

perifericamente, com diferentes modos de participação

5.17 Gestão Escolar

A gestão escolar constitui uma dimensão importantíssima da

educação, uma vez que, por meio dela, observa-se a escola e os problemas educacionais

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globalmente, e se busca abranger, pela visão estratégica e de conjunto, bem como pelas

ações interligadas, tal como uma rede, os problemas que, de fato, funcionam de modo

interdependente.

5.18 Infância

Até o século XVII as crianças conviviam igualmente com os adultos,

não havia um mundo infantil, diferente e separado, ou uma visão especial da infância.

Uma concepção com interesses próprios e necessitando de uma formação específica,

que só acontece em meio à Idade Moderna. Esta mudança se deve a emergência de uma

nova família, centrada não mais em amplas relações de parentesco, mas num núcleo

unicelular, preocupado em manter sua privacidade e estimular o afeto entre seus

membros.

A partir da Idade Moderna a criança é vista como um indivíduo que

precisa de atenção especial e cuja é demarcada pela idade. O adulto passa a idealizar a

infância e a criança é o indivíduo inocente e dependente do adulto devido à sua falta de

experiência da realidade.

De acordo com a Psicologia da Aprendizagem a infância é tratada como uma

etapa de preparação do pensamento para a vida adulta. O pensamento infantil não tem

ainda uma lógica racional.

As grandes transformações sociais ocorridas no século XVII contribuíram

decisivamente para a construção de um sentimento de infância. As mais importantes

foram as reformas religiosas católicas e protestantes, que trouxeram um novo olhar sobre

a criança e sua aprendizagem. Outro aspecto importante é a afetividade, que ganhou

mais importância no seio na família. Essa afetividade era demonstrada, principalmente,

por meio da valorização que a educação passou a ter. A aprendizagem das crianças, que

antes se dava na convivência das crianças com os adultos em suas tarefas cotidianas,

passou a dar-se na escola. O trabalho com fins educativos foi substituído pela escola, que

passou a ser responsável pelo processo de formação. As crianças foram então separadas

dos adultos e mantidas em escolas até estarem “prontas” para a vida em sociedade.

( Ariès, 1978 ).

No século XVIII, além da educação a família passou a se interessar pelas

questões relacionadas à higiene e à saúde da criança, o que levou a uma considerável

diminuição dos índices de mortalidade.

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5.19 Adolescência

A palavra adolescência vem do latim “ adolesco”, que significa crescer. É uma

fase cheia de questionamentos e instabilidade,que se caracteriza por uma intensa busca

de si mesmo e da própria identidade, os padrões estabelecidos são questionados, bem

como criticados todas as escolhas de vida feita pelos pais, buscando assim a liberdade e

autoafirmação.

VI MARCO OPERACIONAL

“A transformação da educação não pode antecipar-se à transformação da

sociedade, mas esta transformação necessita da educação”.

( Paulo Freire)

6.1 Decisões Operacionais

Apresentamos algumas ações que, implementadas, apresentam potencial de

superação dos principais desafios situacionais da nossa escola, tais como: a evasão

escolar, baixa motivação do professor-aluno, os transtornos de comportamento e as

ações docentes. São ações de implementação a médio e longo prazo. As propostas são:

• Desenvolvimento de projetos que englobem maneiras diversificadas de

ensinar e aprender, com recursos diversificados que nortearão as

atividades educativas a serem desenvolvidas.

• Momentos de estudos organizados pela equipe pedagógica, para

despertar no professor e no aluno a busca pela construção do

conhecimento. As ações propostas como formação continuada para os

professores e equipe pedagógica são grupos de estudos, reuniões

pedagógicas, reuniões das instâncias colegiadas e palestras.

• Estímulo à organização interna da escola, com a definição das funções,

papéis específicos e atribuições.

• Promoção do relacionamento institucional entre os aspectos

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administrativos e pedagógicos na vigência de dificuldades pedagógicas

que demandem ações administrativas.

• Atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, para

integrá-los no ensino regular,criando condições para que frequentem

assiduamente as Salas de Recursos Multifuncionais e Programa Sala de

Apoio à Aprendizagem, uma vez que as mesmas funcionam em

contraturno e muitos desses alunos ficam impossibilitados de irem às

suas casas para o almoço e retornarem ao colégio, necessitando

portanto de realizarem suas refeições na escola.

• Promover a consciência e difusão da Cultura Afro-brasileira e Indígena

na comunidade escolar, visto que a relevância do estudo de temas da

cultura Afro-brasileira e Indígena dizem respeito a todos os brasileiros

que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma

sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação

democrática.

• Encaminhamento de alunos ao mundo do trabalho através de parcerias

com empresas por intermédio do CIEE, da Guarda-Mirim e outras

entidades.

• Sensibilizar o aluno, dentro da Educação Ambiental, a conviver de forma

harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o

planeta, auxiliando-o a analisar criticamente os princípios que tem

levado à destruição inconsequente dos recursos naturais e de várias

espécies. Tendo a clareza que a natureza não é fonte inesgotável de

recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira

racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como

processo vital.

6.2 Princípios da Gestão Democrática e os Instrumentos de Ação Colegiada

A conquista da qualidade da educação exige a participação engajada de

cidadãos na construção dessa mesma qualidade. A realidade exige hoje que se construa

uma comunidade educativa com um propósito definido e partilhado por todos, o que inclui

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a decisão sobre os rumos e a co responsabilidade sobre os processos e resultados.

Significa também “qualificar a qualidade” que se pretende para cada escola,

considerando que a qualidade não existe a priori, ela precisa ser negociada, pois é

polissêmica e certamente terá pesos e sentidos diferentes em cada contexto.

Essa conquista é alimentada pela dimensão do coletivo e não pela ideia da

apropriação individual. Tem sido amplamente reconhecida a importância dos múltiplos

atores no processo de construção de uma infraestrutura educacional que ofereça ensino

de qualidade. O cenário é o da articulação da comunidade escolar (alunos, famílias,

associações e profissionais da educação) para que se mobilizem esforços e

responsabilidades na busca de soluções.

Assim, escola e comunidade, com seus múltiplos sujeitos e espaços, criam

aprendizagens para suas crianças, jovens, adultos e idosos. Dessa forma, os espaços

precisam ser intencionalmente alargados, flexibilizados e planejados para ampliar e

adensar aprendizagens.

É preciso pensar hoje num novo conceito de “comunidade escolar” – o conceito

esteve tradicionalmente afeito ao grupo escola responsável diretamente pelo currículo:

diretor, coordenadores pedagógicos, professores, alunos. Depois, incorporamos as

instâncias de participação como os conselhos de escola, os pais ou a associação de pais

etc.

Hoje, a comunidade escolar é cada vez mais compreendida como "comunidade

educativa", considerando-se o conceito ampliado de educação que inclui não mais

apenas a educação escolar como já referido. Nesse sentido, a comunidade escolar se

amplia no território ao incluir a comunidade.

O grupo escola tradicional tinha um compromisso rígido com uma escola

voltada para dentro, alheia ao universo cultural dos alunos e seus interesses. Tratava-se

de um modelo de escola pouco sensível à compreensão dos fatos e fenômenos concretos

da realidade social mais próxima.

A escola deve responder atualmente não apenas às demandas da sociedade

da informação, da sociedade complexa, mas também a um projeto educativo voltado para

a comunidade e para a vida cotidiana, que tenha significado e sentido compartilhados.

Deve assegurar, além de um ensino- aprendizagem com qualidade, os recursos e

estratégias que deem continência ao desejo de participação e de desenvolvimento do

aluno e da comunidade .

O pano de fundo da comunidade escolar é sempre o território – a educação

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precisa ser contextualizada, sem que com isso se descarte o conhecimento acumulado

pela humanidade. Estabelecer essa vinculação significa incluir as necessidades da

comunidade local, saber escutar, saber olhar, conhecer e respeitar o que está lá, para

poder ser de fato uma escola daquela comunidade.

Da escola, espera-se que cumpra aquilo que a população mais espera de sua

função: o aprendizado da leitura e da escrita, o acessar e processar conhecimento. É

importante reconhecer que a escola não pode tudo; mas a escola, com a comunidade,

pode criar e recriar oportunidades construindo um projeto de educação, criando uma

verdadeira comunidade educativa desde a escola e para além dela.

Decorre daí que uma gestão democrática, onde há a participação de todos e

integrada com a sala de aula contribui para o aprendizado do aluno. Quando se fala em

gestão não se trata apenas de controlar recursos, coordenar funcionários e assegurar o

cumprimento dos dias letivos e horas aula. É um novo modelo de administração

totalmente integrado à esfera pedagógica. Segundo essa ótica, todas as ações

administrativas, até as mais burocráticas, devem visar o produto final, que é a educação.

Na gestão democrática, o que antes era trabalho exclusivo da direção passa a

ser compartilhado com a comunidade. A participação dos pais torna-se um dos pontos

chave no processo administrativo e pedagógico, acompanhando o desempenho de alunos

e professores, discutindo programas e projetos, dando sugestões, fiscalizando e, em

alguns casos inclusive, tomando decisões.

Em síntese, a escola deve buscar um ideal comum que é fazer com que todos

os alunos aprendam e a gestão participativa atribui responsabilidades a todos e baseia-se

no trabalho em grupo, onde as soluções para os problemas tornam-se mais efetivos.

6.2.1 Conselho Escolar

Para compor o conselho escolar, serão eleitos representantes dos:

• Professores;

• Equipe Pedagógica;

• Funcionários;

• Pais de alunos;

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• APMF;

• Alunos maiores de 16 anos cursando o ensino médio;

• Movimentos sociais da comunidade.

O diretor é o presidente, órgão deliberativo e fiscalizador de gestão. No ato da

eleição, para cada número, será eleito também um suplente. As reuniões do conselho

são marcadas de acordo com a necessidade do colégio.

CONSELHEIROS TITULARES SEGMENTOS

Elmo Gonçalves Rodrigues Diretor - Presidente

Glaice Fernanda de Carvalho Pio Pedagoga

Eloísa de Almeira Delgado Professora

Maria da Dores Almeida Professora

Natanel Carvalho Silva Administrativo

Dirce Ferreira Banak APMF

Lucas Soares Ferreira Aluno

Matheus Felipe Wilsinski Aluno

José Roberto da Cruz Pai

Matheus Campos de Castro Grêmio Estudantil

João Pinto Firmiano Movimentos Sociais Organizados

Sara Ribeiro de Carvalho Agente de Apoio

6.2.2 Direção

Dirigir quer dizer mobilizar os recursos humanos para os objetivos certos, na

hora certa, do modo certo. É tarefa do Diretor envolver a comunidade escolar em todas as

atividades pedagógicas, obter empenho e cooperação espontânea para se alcançar os

objetivos propostos pela Escola, motivando essa participação para que as tarefas sejam

realizadas com maior eficiência.

O Diretor deve se orientar por uma visão global do sentido da educação e da

escola, da sua relação com a comunidade, das implicações legais do trabalho escolar,

das relações interpessoais e intergrupais no interior da escola, da organização do

trabalho, dentre outros.

Deve participar de todos os processos a fim de que possa ser administrador e

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companheiro, responsável pelo maior processo administrativo mas, ao mesmo tempo,

líder solidário presente em todas as questões que se refiram às necessidades

educacionais, juntamente com toda a comunidade escolar.

Devido à sua posição central na escola, o desempenho de seu papel exerce

forte influência sobre todos os setores e pessoas. É do bom desempenho e de sua

habilidade em influenciar o ambiente que depende, em grande parte, a qualidade deste

ambiente e clima escolar, o desempenho do seu pessoal e a qualidade do ensino e

aprendizagem.

No Colégio Estadual São Bartolomeu, o Diretor trabalha em consenso com

toda a equipe, estabelecendo relações, orientando e conduzindo o Colégio, objetivando

integrar a comunidade no processo educativo, somando forças através de parcerias,

criando um ambiente favorável onde os alunos possam desenvolver suas capacidades e

os conduzindo para emancipação humana.

6.2.3 APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)

Associação Civil, entidade jurídica de direito privado,vinculado à escola,

composto por pais, mestres e funcionários, eleito pela comunidade escolar de 2 em 2

anos em prol da qual trabalha sem fins lucrativos.

De acordo com o Estatuto da APMF, Art. 3º - Os objetivos da APMF são:

I Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando,

de aprimoramento do ensino e integração família – escola – comunidade, enviando

sugestões, em consonância com a proposta pedagógica para apreciação do Conselho

Escolar e equipe pedagógica administrativa.

II Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-

lhes melhores condições de eficiência escolar em consonância com a proposta pedagógica

do estabelecimento de ensino.

III Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto

escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa comunidade.

IV Proporcionar condições ao educando, para participar de todo o processo

escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e o

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Conselho Escolar.

V Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa

forma, para a melhoria de qualidade de ensino, visando uma escola pública, gratuita e

universal.

VI Promover o entrosamento entre pais, alunos,professores e funcionários e

toda a comunidade, através de atividades sócio -educativa, cultural e desportivas, ouvido o

Conselho Escolar.

VII Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião

conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata.

VIII Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade para a importância desta ação.

6.2.4 Grêmio Estudantil

De acordo com a Lei Estadual nº11057/1995, o Grêmio Estudantil é o órgão

máximo de representação dos estudantes do Colégio, sendo seus membros eleitos de 2

em 2 anos, de acordo com o Estatuto aprovado em Assembleia Geral.

O Grêmio tem por objetivos :

I – Representar condignamente o corpo discente;

II – Defender os interesses e seus direitos;

III – Cooperar para melhorar a escola e a qualidade do ensino;

IV – Incentivar e promover atividades educacionais, culturais, cívicas, desportivas

e sociais;

v – Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com

outras instituições de caráter educacional;

REPRESENTANTES DO GRÊMIO FUNÇÃO

Matheus Campos de Castro Presidente

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Renam Estevan Silva Fernandes Vice Presidente

Débora Eloisa da Silva Secretária Geral

Karina Cavalheiro de Melo Primeira Secretária

Patrick Aparecido Conrado Tesoureira

Jaine Camila Medeiro Primeira Tesoureira

Anderson Felipe de Oliveira Diretor de Imprensa

Rafael Meira Pena Diretor de Esporte

Jhonatan Gabriel Pasini Diretor de Cultura

Aline Silva Amorim Diretora de Saúde e Meio Ambiente

6.3 Professor(a) Pedagogo(a)

De acordo com o texto “Sentido da Pedagogia e Papel do Pedagogo”, de

Dermeval Saviani, o professor pedagogo ocupa um espaço dentro da escola de contribuir

com os professores na elaboração das ações que serão desenvolvidas com os alunos,

procurando novas formas de levar o aluno a despertar, indo em busca de novos

conhecimentos.

Para Saviani, o professor Pedagogo é o possibilitador na formação cultural e

humana do indivíduo.

A perspectiva para a educação no novo século deve ser a de ajudar o indivíduo

a compreender seu mundo, a ser capaz de lidar com a mudança e a ser humano cívico. É

nesse sentido que o pedagogo contribui de maneira significativa, pois indivíduos que

realmente conseguiram ser transformados, de alguma forma atuarão na sociedade como

indivíduos responsáveis, ocupando seus lugares na sociedade.

O papel do pedagogo na escola também é estar envolvido no

ensino/aprendizagem, passando o conhecimento que o aluno não tem, procurando

planejar em conjunto com os professores para conseguir atingir a todos.

As ações desenvolvidas na escola deverão abranger todos os segmentos da

comunidade escolar, buscando sempre trabalhar coletivamente, onde o pedagogo será o

elemento articulador dessas ações.

As transformações científicas e tecnológicas que ocorrem de forma acelerada,

exigem que os pedagogos busquem novas aprendizagens e consequentemente novas

tarefas à escola, instância responsável pela educação formal e social.

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Considerando as mudanças necessárias é preciso oportunizar meios de

oferecer aos alunos um conhecimento mais abrangente e humanista, que contemple o

domínio das conquistas tecnológicas, mas também, as questões da ética que dizem

respeito às relações intersociais, num mundo que se torna cada vez mais globalizado.

Atuar como profissional de pedagogia, exige não só o domínio dos

conhecimentos específicos em torno dos quais deverá agir, mas, também compreensão

das questões envolvidas em seu trabalho, sua identificação e resolução, autonomia para

tomar decisões, responsabilidade pelas ações feitas. Requer ainda, que o pedagogo

saiba avaliar criticamente a própria atuação e o contexto em que atua e que saiba,

também, interagir cooperativamente com a comunidade profissional a que pertence e com

a sociedade.

Não basta a um profissional ter conhecimentos sobre seu trabalho. É

fundamental que saiba mobilizar esses conhecimentos, transformando - os em ações.

Neste sentido, sendo os processos de ensino e de aprendizagem formais o objeto que

define a atuação do pedagogo nos sistemas educacionais, é preciso, em primeiro lugar,

saber ensinar para poder coordenar o trabalho de quem ensina, sendo capaz de atuar nas

múltiplas dimensões: política, ética, estética, artística, técnica, afetiva entre outras.

O pedagogo está tentando encontrar sua identidade em meio a tantas funções

que lhe são atribuídas, ficando sobrecarregado com as situações cotidianas da escola,

referente ao processo de aprendizagem e problemas sociais que refletem na vida escolar

do aluno.

Diante dos desafios a serem enfrentados o pedagogo busca amenizar os

problemas na medida do possível, uma vez que há situações que exigem atendimentos

com profissionais de outras áreas.

6.4 Professor(a)

O mestre Paulo Freire, fala de virtudes e qualidades indispensáveis aos

educadores. E vai além, afirmando que esses são predicados que vão se gerando na sua

prática e não são algo com que nascemos, encarnamos por decreto ou recebemos de

presente.

Cabe ao professor conquistar a cada dia um pouco mais; aprender a cada dia

um pouco mais e transformar - se, adaptar - se a esse admirável mundo novo já que não

os consagra como ícones do conhecimento, porque o conhecimento está aí, disponível

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através da Internet, Televisão, TV , Programas Multimídia. A mudança não para, e

atropela quem fica no caminho.

O professor desse novo tempo precisa despertar a curiosidade de seus alunos

para os fatos que tem a ensinar. E precisa ensinar de tal maneira que os alunos se

interessem em aprender e colocar em prática o seu saber, transmitindo-o a outros. Deve

lecionar, visando o aluno como um ser humano por inteiro. Não basta passar conceitos a

eles. É necessário incutir conceitos de disciplina, gratidão, religiosidade, ética e cidadania.

O professor estimula, assim, não apenas o conhecimento da disciplina em si, mas

também o respeito a todo ser humano, às regras sociais e às leis maiores que regem o

Universo.

O professor deve levar em conta todas as particularidades que regem o

universo de seus alunos. E, uma vez dado o conteúdo, o professor deve exercitá-la,

colocando-a na prática do dia a dia dos alunos. É esse uso consciente que transforma a

informação pura e simples em conhecimentos e sabedorias utilizáveis.

Um aluno formado por um verdadeiro professor adquire, além do conhecimento

da matéria, o prazer de saber e o prazer de ensinar o que sabe , melhorando todo o

ambiente ao seu redor. E esse é o maior desafio que o educador enfrenta. Ensinar a

alegria de viver e a responsabilidade, não só, sobre a própria vida, mas também a de

outras pessoas. Cabe ao professor construir relações de confiança para que o aluno

possa perceber - se em todas as suas dimensões e viver como pessoa inteira.

É esse desafio que move os professores da Escola São Bartolomeu e que

permeia as atividades de todos eles numa difícil luta de área: ajudar a formar pessoas

felizes. Afinal, ser feliz ainda é o melhor da vida !

6.5 Secretaria

É o setor responsável por todo serviço de documentação do aluno,

registrando todo o processo escolar em pastas individualizadas, expedindo declarações,

transferências, certificados, relatórios, etc.; responsável também por toda a

correspondência do Estabelecimento, elaborando - a e encaminhando às autoridades

competentes.

Ao mesmo tempo utiliza - se de sistema tecnológico e informatizado,

distribuindo as tarefas a serem executadas pelos funcionários, segundo as necessidades

do Colégio.

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6.6 Serviços Gerais

É o setor encarregado da limpeza e da conservação da Escola, mantendo-a

asseada, agradável e convidativa à frequência dos alunos. Executa o serviço de preparar

e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativa e qualitativamente. Atua também

como educador junto à comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de

higiene, lixo e poluição, de forma a contribuir na construção de bons hábitos alimentares e

ambientais, incentivando os alunos a evitar desperdício.

6.7 Conselho de Classe

O Conselho de Classe tem por objetivo refletir sobre o desempenho dos alunos

a partir das observações e registros organizados pelos professores em consonância com

os objetivos do Projeto Político Pedagógico da escola e efetivar a expressão dos

resultados das avaliações bem como comprová-las, sempre que necessário, contactando

com a família.

Integrantes do Conselho de Classe:

■ Diretor

■ Pedagoga

■ Professores das disciplinas

Competências do Conselho de Classe

1. oportunizar a cada professor a visão global da aprendizagem do aluno

através do confronto das diversas avaliações colhidas bem como de outras

informações;

2. traçar um perfil da turma, indicando alunos com dificuldades específicas,

analisando as causas do seu rendimento e encaminhando-os à recuperação

de conteúdo e/ou habilidade;

3. tomar decisões visando atender às necessidades da série e de cada aluno;

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4. interpretar e registrar sistematicamente os dados analisados;

5. avaliar o desempenho docente em relação ao desempenho discente;

6. redimensionar, se necessário, procedimentos pedagógicos a partir da

análise dos planos de trabalho;

7. buscar a coerência com o Projeto Político Pedagógico da Escola;

8. opinar, refletir e decidir sobre a avaliação final do aluno;

9. registrar, em ata própria, todas as decisões do Conselho de Classe bem

como contatar com a família para que esta tome conhecimento destas

decisões.

Normas de funcionamento do Conselho de Classe

■ É presidido pelo Diretor ou Pedagogo.

■ Reúne-se tantas vezes quantas forem necessárias e sistematicamente a

fim de que o resultado do rendimento do aluno, expresso em nota seja fruto de um

processo pedagógico sério, competente e coletivo.

A organização do conselho de classe na escola.

■ Conselho de Classe: órgão colegiado composto pelos sujeitos diretamente

envolvidos no processo pedagógico escolar.

Tem como características básicas a participação direta e integrada dos sujeitos

do trabalho pedagógico, a organização interdisciplinar e a atenção na avaliação escolar.

Espaço interdisciplinar de reflexão, discussão, estudo e tomada de decisão

sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola.

Órgão deliberativo por se constituir em um espaço prioritário de tomada de

decisões pedagógicas.

6.7.1 A Direção e a Equipe Pedagógica no Conselho de Classe

• Organizar na escola espaços coletivos de discussão, reflexão e estudo

sobre as práticas pedagógicas escolares, de modo que todos os

educadores participem de maneira democrática e construtiva.

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• Assegurar a participação de todos os sujeitos envolvidos diretamente no

trabalho pedagógico escolar no Conselho de Classe.

• Coordenar o processo de discussão, reflexão, estudo e tomada de

decisões a respeito da prática pedagógica da escola.

• Garantir que as decisões tomadas pelo Conselho de Classe possam ser

efetivadas na escola.

• Participar do Conselho de Classe, discutindo e intervindo no sentido de

assegurar que o Projeto Político Pedagógico da escola seja efetivado.

6.8 Formação Continuada

Partimos do pressuposto de que é importante buscar a formação constante.

A capacitação dá um novo significado ao trabalho educativo. O professor deixa de ser

mero executor e transforma-se em alguém que tem o direito de melhorar a sua

prática, utilizando-se de recursos bibliográficos, recorrer aos cursos oferecidos pela

secretaria de educação, fazer um curso de pós-graduação, etc.

Também é muito importante buscar a formação individual e coletiva dentro

da própria escola, através de temas ou preocupações comuns. O motor desses

encontros é a possibilidade de proporcionar situações novas de aprendizagem, além

de incentivar o trabalho em equipe.

O desafio que se coloca é buscar a melhor maneira de lidar com o

conhecimento, para ajudar a construir um mundo melhor.

6.9 Avaliação do Projeto Político Pedagógico

A avaliação é contínua, sistemática e anual. A equipe diretiva acompanha a

implementação do Projeto Político Pedagógico, propondo as estratégias que se fizerem

necessárias para torná-lo mais eficaz.

Todos os segmentos envolvidos no processo educativo, em plenária, realizarão

a avaliação no final do ano letivo.

A Proposta Pedagógica do colégio será a aplicação de ambos princípios,

axiológicos e pedagógicos, no tratamento dos conteúdos de ensino que facilitem a

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constituição de habilidades e competências explicitadas na LDB.

6.10 Avaliação Institucional Externa

6.10.1 Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)

O ENEM foi instituído em 1998 pelo Ministério da Educação para ser aplicado,

em caráter voluntário, aos estudantes e egressos deste nível de ensino. Realizado

anualmente tem como objetivo principal avaliar o desempenho do aluno ao término da

escolaridade básica, para aferir o desenvolvimento de competências fundamentais ao

exercício pleno da cidadania.

Também é objetivo do ENEM estruturar uma avaliação ao final da Educação

Básica que sirva como modalidade alternativa ou complementar aos exames de acesso

aos cursos profissionalizantes pós-médios e à educação superior e possibilitar a

participação e criar condições de acesso a programas governamentais.

A estrutura do Exame Nacional do Ensino Médio, tem como base uma matriz

com a indicação de competências e habilidades associadas ao conteúdo do Ensino

Fundamental e Médio, que são próprias ao sujeito na fase de desenvolvimento cognitivo,

correspondente ao término da escolaridade básica.

O ENEM é realizado em duas fases contendo questões objetivas de múltipla

escolha e uma proposta para redação.

Em 2009, dos 21 alunos matriculados no 3º ano do Ensino Médio, 10 alunos

participaram do ENEM sendo a nota percentual 529,66.

O Colégio procura motivar os alunos, através da divulgação das Instituições que

usam o ENEM como um acesso ao Ensino Superior e para o Prouni.

6.10.2 Prova Brasil

A Prova Brasil expandiu a avaliação feita, desde 1995, pelo Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Básica, aplicada a todos os estudantes das séries avaliadas e

apresenta médias de proficiência por unidade escolar. Ela foi idealizada com o objetivo de

auxiliar os gestores nas decisões e no direcionamento de recursos técnicos e financeiros,

assim como a comunidade escolar no estabelecimento de metas e implantação de ações

pedagógicas e administrativas, visando a melhoria da qualidade de ensino.

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6.10.3 Olimpíada de Matemática

O Governo Federal lançou em conjunto com os Ministérios de Ciências,

Tecnologia e Educação, as Olimpíadas de Matemática para as Escolas Públicas de todo o

país.

A Olimpíada é dividida em três níveis, sendo o primeiro de 6º e 7º ano, o segundo

de 9º ano e o terceiro para os alunos de Ensino Médio. Em média, cinco milhões de

alunos de todo o Brasil participa do desafio, configurando a segunda maior Olimpíada de

Matemática do mundo, só perdendo para os Estados Unidos. As provas são realizadas

em duas fases. Os prêmios vão desde medalhas para os alunos que apresentam melhor

desempenho até quadras de esportes para os colégios e estágios de quinze dias para os

professores no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

VII OBJETIVOS GERAIS

7.1 Enfoques Legais e Sociais

A Lei Federal nº. 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, é o documento norteador da educação

brasileira, a partir de sua sanção.

A LDB, norteadora da organização curricular nacional, considerando a

grandeza territorial e sócio-cultural diversificada, tem no seu eixo organizacional a

flexibilidade de propostas pedagógicas, mas também deixa claro os princípios axiológicos

e pedagógicos comuns a todos, que conduzirão a formação básica necessária na forma

de competências e habilidades demonstradas ao final do curso (Art. 35 e 36).

7.2 Estágio

Sendo o estágio obrigatório ou não obrigatório, concebido como procedimento

didático pedagógico e como ato educativo intencional, é atividade pedagógica de

competência da instituição de ensino e será planejado, executado e avaliado em

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conformidade com os objetivos propostos para a formação profissional dos estudantes de

acordo com a Lei nº 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio dos estudantes; a

Deliberação nº 02/2009 do Conselho Estadual de Educação; a Lei nº 8.069/1990 que

dispões sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente; em especial os artigos 63, 67, 68 e

69 da Instrução nº 006/2009 – SUED/SEED.

VIII CONCLUSÃO

Estaremos a partir de agora expressando estas convicções levando em

consideração uma abordagem mais interdisciplinar, transdisciplinar e que contempla a

transversalidade e a contextualidade dos princípios em questão.

Com esta perspectiva reconhecemos a dimensão histórico - cultural (sempre

inacabada) do próprio processo de aprendizagem da história da humanidade. Esta

história - do mundo e do homem - não pode mais ser analisada sob o ponto de vista

linear. É preciso reconhecer as contradições que mobilizam os homens, a história e a

cultura. Portanto, não se trata de ordenar e classificar os fragmentos de histórias, mas

reconhecer os bastidores destes cenários, apontando limites e desafios.

Apesar deste enfrentamento com a realidade, o presente projeto quer ser um

documento que aponta a esperança como possibilidade. Não uma esperança ingênua,

nem tampouco o mobilismo de quem desistiu de acreditar na mudança, perdendo assim

seu endereço na História.

Temos de reconhecer que somos seres condicionados, mas não determinados.

A História é sempre um tempo de possibilidades. Enquanto humanos, representamos uma

presença por inteiro - com corpo, ideias, afirmações, negações - e não podemos escapar

à responsabilidade ética desta presença.

Portanto, enquanto educadores presentes no contexto pedagógico, quando

negligenciamos o lugar do corpo, da alegria, do diálogo, do estudo e da profundidade da

análise, estamos colaborando para a construção de uma determinada concepção de

educação.

Recusar ao sonho e à utopia significa imobilizar o ser humano. Mas queremos

acreditar na incompletude do ser humano, no reconhecimento de sua constante procura,

de sua curiosidade e de sua capacidade de transformar. Portanto, educar não é treinar,

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não se reduz a classificar e registrar notas e/ou conceitos.

Educar implica inserir a escola na sociedade. Discutir as interferências de uma

para outra. Decidir quais são efetivamente os conteúdos pertinentes a serem tratados na

escola e de que forma... Abrir espaços pedagógicos para abordar de fato a nossa cultura

brasileira, rejeitando materiais didáticos que negligenciam o pluralismo e o

multiculturalismo. Esta é a ética a ser estabelecida na escola, aquela que se rebela contra

as manifestações discriminatórias de raça, gênero, classe, cultura.

Este é o verdadeiro conteúdo transversal da educação, independente se

trabalhamos com crianças, jovens ou adultos, pois é através da determinação de vivenciar

esta ética, de praticá-la que de fato podemos nos tornar educadores. Igualmente a forma

como tratamos os conteúdos, como lidamos com as pessoas, como nos comprometemos

com as questões sociais é que vão concretizando o projeto pedagógico da instituição.

O conhecimento se constitui, enquanto forma e conteúdo, na medida em que

acontecem trocas entre o organismo e o meio. Trocas possíveis pela ação assimiladora e

acomodadora do organismo, ação inicialmente reflexa, mas em seguida intencional,

depois simbólica e operatória.(Piaget).Significa dizer que não existe consciência,

linguagem ou inteligência antes da ação do sujeito. Isto é fundamental a nível

metodológico.

O homem, é uma presença no mundo, que intervém, que transforma, que fala,

que sonha, que constata, compara, avalia, valoriza, decide, que rompe. E é neste domínio

da decisão, da avaliação, da ruptura e da opção que instaura a necessidade da ética.

Desejamos, enquanto instituição, consolidar um ambiente educativo que

efetivamente gera aprendizagem, e isto implica cruzar fronteiras (a do gênero, da classe,

da cultura etc), reconfigurar saberes e poderes e cartografar espaços de reflexão nas

múltiplas arenas da vida. Seria portanto um ambiente pouco harmônico, ainda que de

negociação constante; pouco estruturado, ainda que organizado; pouco sereno, ainda que

o devaneio e o sonho, tenham lugar garantido. Que tenhamos coragem e ousadia para

começar este processo e ainda que o próprio caminho não possa ser antecipado e

controlado.

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IX BIBLIOGRAFIA

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IBEP

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Resoluçao Nº

2467/06

______Secretaria de Estado da Educação. Resolução Nº 3037/2006

______Superintendência da Educação - Identidade do Ensino Médio SEED – Pr ––

Versão Preliminar – Julho 2006.

IESDE., Instituto de Estudos Sociais e Desenvolvimento Educacional –. Curso Normal à

Distância. História da Educação. Módulos 2 e 3.

JELIN, English- A high school coursebook , Israel

KUHLMANN, Wolfang. ( Prinzip Verantwortung versus Diskwrsethik, in Bohler. Tradução

de Flávio Beno Siebenichlerl.

LAPORTA, Edgar: Practical English Course

LIBERATO. Compact English Book Wilson

LONGEN, A. Matemática (Ensino Médio). 1 ed. (1ª 2º e 3º série). Curitiba: Editora

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PRADO JR, Caio. Evolução política do Brasil. 10. Ed. São Paulo, Brasiliense, 1977.

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REVISTA Nova Escola, Os frutos da boa gestão: número 137, novembro de 2000, p.36

.RICARDO, Adhemar Flavio Historia 3. Belo Horizonte, MG. Edit. Lê. 1993

SARGENTIM, Hermínio Geraldo – Português 5ª, 6ª, 7ª e 8ª

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Diretrizes

68

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Curriculares para o Ensino Fundamental. Julho, 2.006.

______Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio.

Julho, 2.006.

______Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e

para o Ensino de História da Cultura Afro-Brasileira e Africana – Lei 10639/03. Cadernos

Temáticos.SEED, PR.

SCHMIDT, Mario Furley. Nova Historia, 2 ed. revista e atualizada. São Paulo. Nova

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SUNG, Jung e Silva, da Cândido Josué. Conversando sobre ética e sociedade.

Petrópolis, RJ, Vozes, 1995.

TEIXEIRA, Hudson Ventura. Ed. Física e Desporto

WONSOVICZ, novo espaço Filosófico Criativo

69

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X PROPONENTES

Equipe Administrativa e Pedagógica função Assinatura

Elmo Gonçalves Rodrigues diretor

Ana Paula Marques Konevalik pedagoga

Irene Emereciano de Souza pedagoga

Maria de Fátima Aragão pedagoga

Silvia Regina Moreno Sasso pedagoga

Eliane Lepre Milano Secretário

Leonice Alves de Oliveira Tec. Adm.

Maria de Fátima Batista Tec. Adm.

Natanael Carvalho da Silva Tec. Adm.

Ana Lusdeti Dias Aux.serv.ger.

Amélia Leonel Ferreira Aux.serv. ger.

Dirce Ferreira Banak Aux.serv.ger.

Ederzina de Fátima Rosa Aux.serv.ger.

Ijanete de Souza Aux.serv.ger.

Lucinda Ferreira Lima de Souza Aux.serv.ger.

Sara Ribeiro de Carvalho Aux.serv.ger.

Adriano Estevam Pereira Professor

Alaene Muchão Ferraresi Hannoun Professora

Amauri Redigolo Professor

Ângela Szczpansk Professora

Cintia Emanuele da Silva Professora

Eliane Lemes dos Santos Professora

Eloísa de Almeida Delgado Professora

Elsa Teresinha da Cunha Maranho Professora

Gislaine Aparecida da Silva Ildefonso Professora

Heliaddi Pontes Silva Reis Professor

Irene Silvino da Costa Professora

Irenilde Soares Cabral Professora

Joelma de Sene Vieira Professora

Josiane Fernandes da Silva Professora

Leonirce Moya Mareze Professora

Luciana Cirino de Jesus Professora

Luiz Rafael Ribeiro Moco Professor

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Marcia Oliveira de Brito Professora

Maria das Dores de Almeida Professora

Maria Jose Botelho Delgado Dogani Professora

Marinete Dalrica Ribeiro Professora

Marlene Salas Rodelo Professora

Natali Araujo da Silva Professora

Nayara de Cassia Araujo Cavalini Professora

Neide Dias Professora

Paulo César Rondina Professor

Rocelita Aparecida Menoci Neves Professora

Rosa Maria Brasil Sobreiro Professora

Rosaine Segantine Gonçalves Professora

Silmara de Fatima Marafon Professora

Silvana Maria da Silva Professora

Taisa Titericz Professora

Tiago Nogueira Professor

Valquíria Mendes de Oliveira Professora

Vanessa Cristina Honório Professora

Viviane Zanon Costa Professora

Zilma de Paiva Farias Professora

Lourival Carlos Marques APMF

Beronice Benedito Farias APMF

Lucas Soares Ferreira Cons.Escolar

José Roberto da Cruz Cons.Escolar

Matheus Campos de Castro Grêmio

Renan Estevan Silva Fernandes Grêmio

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PROPOSTAS

PEDAGÓGICAS

CURRICULARES

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11.1 PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE – FUNDAMENTAL E MÉDIO

A)APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A educação em um todo no Brasil começa com a vinda dos jesuítas ao Brasil;

estes educavam grupos de origem portuguesa, indígena e africana; com tradição religiosa

os jesuítas catequizavam os alunos e utilizavam do teatro para a melhor assimilação da

nova religião aos indígenas, ensinava o “pudor”, a forma de conhecer dos brancos. Ainda

má catequização dos indígenas trabalhavam artes e ofícios, com a música, literatura,

teatro, dança pintura, escultura e outras artes manuais; traziam embutidos a arte da Idade

Média e Renascimento, estilos europeus que estouraram nos séculos XIV e XV e

influenciaram todo pensamento do período.

As atividades educacionais dos jesuítas foram de 1500 a 1759, sendo 250 anos

de uma importante construção da base cultural de nosso país. No estado paranaense

encontram-se as marcas da passagem dos jesuítas, que introduziram na nossa cultura

elementos significantes, onde podemos encontrar na música caipira, na qual, a viola vem

de suas origens jesuíticas, as Cavalhadas, Folia de Reis, que com o tempo sofreram

mudanças, mas não perderam sua essência e as características iniciais. Outra

colaboração cultural foi as construções, onde na arquitetura de igrejas e mosteiros

jesuíticos trabalharam com o estilo Barroco, que deixou marcas profundas em Paranaguá

e em todo território brasileiro.

Em torno do século XVIII, ocorre a Reforma Pombalina, onde o governo do

Marquês de Pombal expulsa os jesuítas e prepõe uma reforma com ideias Iluministas,

tirando o caráter religioso da nossa educação, mas na prática não houve mudanças

efetivas e o ensino ficou nas mãos de padres mestres, que não mudaram o trabalho dos

jesuítas. As artes começaram a serem trabalhadas com a matemática, com desenhos

técnicos e características do estilo trabalhado no século XVIII, mas com influências

Iluministas e elitistas.

Com o início da guerra Napoleônica e conflitos entre países europeus, a família

real vem para o Brasil, com pessoas da corte que quase somam 15 mil pessoas, que se

instalam no Rio de Janeiro. Até esta chegada, era proibida a entrada de livros no Brasil,

as criações de gráficas e livrarias. Dom João VI, quis implantar o estilo “europeu” de

cultura, já que encontraria um Barroco com faces populares; abriu teatros, a Biblioteca

Nacional e trouxe a Missão Artística Francesa, que era composta por artistas, mecânicos,

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carpinteiros entre outros que propunham o ideal clássico, estilo criado na Grécia, mas

nunca esquecido por completo. Trabalhavam padrões de beleza, os mesmos das

academias de arte com o nome Neoclássico, o “novo clássico”, que surgiu no final do

século XVIII e início do século XIX. Este grupo composto de vários artistas, entre eles

Nicolas – Antoine Taunay, Jean – Baptiste Debret, chegaram em 1816 e em 1826 abriram

a Escola de Belas Artes, onde hoje é o Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Derrubaram

estilos trabalhados pelo povo brasileiro e deixaram de lado obras de grande expressão

como as do artista Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho), que ao contrário dos

neoclássicos, trabalhava o popular e a mistura entre barroco e arte africana.

Com estes acontecimentos, caiu totalmente o ensino com caráter religioso e

começou o ensino público, com a abertura do Colégio Dom Pedro II, entre outros

estabelecimentos públicos, ou totalmente eclesiásticos. Nestes estabelecimentos públicos

foram mudadas as maneiras de trabalhar artes, segundo a estética clássica, e iniciou o

ensino de Belas Artes e música voltada para uma formação estética e ainda as artes

manuais.

Um fator de grande importância para a arte brasileira foi a Semana de Arte

Moderna de 1922, na qual foi rompido o estilo clássico e trabalhado o modernismo com

temas nacionais, que valorizavam a expressão individual do aluno, o seu sentimento.

Mudou-se então a maneira do aluno ser visto pelo professor, o qual não podia mais

interferir em suas criações.

No período que abrange as décadas de 20 e 70, foram grandes mudanças e

experiências que sofreram o ensino de artes, vivendo da estética modernista e ideais da

escolanovista, onde o aluno desenvolvia naturalmente. Mas estes ideais não conseguiram

alcançar seus objetivos, já que não havia uma formação específica dos professores; esse

período focou conhecido como o “deixar fazer”, já que os professores não queriam

interferir na criação do aluno. Professores de quaisquer matérias podiam assumir a

disciplina de artes, o que fez cair ainda mais a qualidade do ensino. Mas em 1071, pela

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a arte é incluída no currículo escolar

com o título de Educação Artística, mas ainda não era considerada disciplina, apenas uma

atividade educativa. O professor ainda não estava preparado e não conseguia ainda

dominar os quatro eixos da arte (artes visuais, teatro, música e dança), o que fez piorar

bastante o ensino de artes.

Entre as décadas de 70 e 80 o professor tentou tornar-se polivalente em Arte,

isso ajudou a decair o ensino, já que esta tentativa diminui os saberes do aluno.

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Com a Lei nº 9.394/96, o ensino de Arte se torna obrigatório na educação

básica, vê-se conscientização profissional que ajuda a evoluir a Arte-Educação; novas

características fazem com que haja a necessidade da disciplina ser chamada de Arte e

não mais Educação Artística.

Assim, surgiram novas propostas para que ocorresse uma transição para o

século XXI, a melhoria necessária do ensino e aprendizagem de arte, onde é visto

estudos em relação à educação estética, a estética do cotidiano intervindo na cultura do

aluno e integrando o fazer artístico com a apreciação da obra de arte e a contextualização

histórica.

B)OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE ARTE

Desenvolver o conteúdo de estética, através de apreciação de obras de arte, a

criação artística e o momento histórico que envolve as transformações. Buscar o

desenvolvimento da expressão do aluno em meio social, como ser pensador e consciente

de suas possibilidades de transformações, compreendendo e articulando a percepção,

imaginação, emoção, sensibilidade e refletindo sobre obras e a realidade à sua volta,

dando possibilidade ao aluno conhecer diferentes manifestações artísticas, mostrando a

diversidade cultural e artística de povos que formam a nossa história.

Dar a possibilidade ao aluno de conhecer diversos materiais necessários à sua

compreensão, entender a importância do patrimônio histórico e cultural à sua volta, para

compreender tudo o que constitui a nossa cultura, entrando em contato com todo

processo necessário ao seu desenvolvimento artístico.

C) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

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ÁREAS CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSConteúdos Específicos

ARTES VISUAIS

• Ponto• Linha• Superfície• Textura• Volume• Cor• Luz

• Figurativa• Abstrata• Figura/fundo• Bidimensional/

Tridimensional• Semelhanças• Contrastes• Ritmo visual• Gêneros• Técnicas

• Arte Pré-Histórica• Arte no Egito Antigo• Arte Greco-Romana• Arte Pré-Colombiana nas Américas• Arte Oriental• Arte Africana• Arte Medieval• Renascimento• Barroco• Neoclassicismo• Romantismo• Realismo• Impressionismo• Expressionismo• Fauvismo• Cubismo• Abstracionismo• Dadaísmo• Surrealismo• Op – art• Pop – art• Teatro Pobre• Teatro do Oprimido• Música Serial• Música Eletrônica• Rap, Funk, Tecno• Música Minimalista• Arte Engajada• Hip Hop• Dança Moderna• Vanguardas Artísticas• Arte Brasileira• Arte Paranaense• Indústria Cultural

MÚSICA • Altura• Duração• Timbre• Intensidade• Densidade

• Ritmo• Melodia• Harmonia• Intervalo Melódico• Intervalo Harmônico• Tonal• Modal• Gêneros• Técnicas• Improvisação

TEATRO • Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais• Ação• Espaço Cênico

• Representação• Sonoplastia/iluminação/cenografia/figurino/caracterização/maquiagem/adereços• Jogos Teatrais• Roteiro• Enredo• Gêneros• Técnicas

DANÇA • Movimentocorporal• Tempo• Espaço

• Ponto de apoio• Salto e queda• Rotação• Formação• Deslocamento• Sonoplastia• Coreografia• Gêneros• Técnicas

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D) METODOLOGIAS DA DISCIPLINA

O professor da disciplina de artes trabalhará conteúdos como o conhecimento

estético através da reflexão da diversidade cultural a as manifestações artísticas que nos

rodeia além daquelas que formaram a nossa cultura, onde ocorrerá a apreciação do aluno

referente aos quatro eixos da arte (Artes Visuais, Música, Dança e Teatro), desenvolver a

sensibilidade e a percepção do aluno que formem o seu pensamento e gosto artístico,

através da realidade que o leve a discussões que ajudem na sua formação.

Desenvolver o conhecimento artístico, onde o aluno entrará em contato com o

processo criativo, compreendendo todo esse processo desde o imaginário à elaboração e

a concretização do objeto artístico e o contato com o público; neste processo, o aluno

entrará em contato com a sua emoção e expressá-la através das de materiais,

desenvolvendo técnicas através dos elementos básicos das Artes Visuais, da Dança, da

Música e do Teatro.

Desenvolver o conhecimento contextualizado, que compreende o contexto

histórico, no qual será abordado o ato político, econômico e sociocultural, entendendo

todo o processo que dá origem aos movimentos artísticos.

Estes são conceitos que trabalhados juntos dão alcance a todo o objetivo a

que deverá ser chegado pelo aluno, se a forma transmitida oferecer essa possibilidade.

Artes Visuais: análise e produção de trabalhos artísticos, que se relacionem

aos conteúdos de composições visuais como: bidimensional; desenhos, fotografias,

propaganda visual, gravuras; tridimensionais; esculturas, instalações, arquitetura. Através

da história da arte estabelecer contato com a crítica humano social, e as possibilidades de

transformação desta realidade.

Dança: através dos conteúdos próprios a dança, desenvolver aspectos

cognitivos que, uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor

compreensão estética da arte. Elementos formais: movimentos corporais, movimentos do

corpo ou de parte dele num determinado tempo e espaço.

Música: desenvolver o habito de se ouvir música para assim melhor

compreendê-la e seus sons com mais atenção de modo que se possam identificar seus

elementos formadores, as variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e

organizados em uma composição musical. A música é formada, basicamente, por som e

ritmo, varia em gêneros e estilo.

Teatro: para o aluno sentir e perceber são essenciais assistir a peças teatrais

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para assim fazer análise de questões como: descrição do contexto, nome da peça, autor,

direção, local, atores, período histórico de representação; analise da estrutura e

organização da peça: tipo de cenário e sonoplastia, expressões. Oportunizar aos alunos a

análise, a investigação e a composição de personagens, de enredos e de espaço de

cena. Compreende-las através de danças, jogos e brincadeiras, rituais folguedos

folclóricos.

E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA DE ARTE

A avaliação não apresenta critérios, mas parte de acordo com a realidade do

sistema, através de provas, pesquisas e trabalhos. A avaliação só faz sentido, se

favorecer a aprendizagem. A avaliação não precisa ser classificatória, mas não precisa

ser suprimida.

Deverá ser avaliado o conhecimento do aluno em arte, revelando a sua

realidade, passando por todo o processo desde o criativo até a produção, seja individual

ou coletiva, tendo como base os saberes artísticos.

Desenvolver a capacidade de apreciação, tendo em consideração suas

emoções e reflexões diante dos trabalhos e objetos artísticos. Os procedimentos seguidos

devem levar em consideração a relação dos conteúdos e a aprendizagem do aluno.

Dessa forma, a avaliação em Arte será diagnóstica e processual e sem

estabelecimento de parâmetros comparativos entre os alunos; estará, portanto, discutindo

dificuldades e progressos de cada um a partir de sua própria produção. Sendo diagnóstica

a avaliação será referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação

dos alunos. Sendo processual abrange todos os momentos da prática pedagógica. A

avaliação será feita por meio de observação e registro, considerando aspectos

experiências (práticos) e conceituais (teóricos), buscando o desenvolvimento do

pensamento estático e a sistematização do conhecimento para a leitura da realidade.

Criação teatral pesquisa teatral, análise de registros teatrais: livros, revistas, vídeos,

filmes. Apreciação musical, pesquisa e junto a músicos e análise de obras. Análise de

obras de artes visuais,

produção visual registro coreográfico, análise de diferentes tipos de dança, arranjos e

improvisações.

O planejamento deve ser constantemente direcionado, utilizando a avaliação

do professor, da turma sobre o desenvolvimento das aulas e também, a auto avaliação

dos alunos.

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F) BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Fundamental

FUSARI, Maria Felisminda de Rezende e. Arte na educação escolar / Maria Felisminda de

Rezende e Fusari, Maria Heloísa Corrêa de Toledo Ferraz. - 2 ed. revista – São Paulo:

Cortez,2001.

FISCHER, Ernst. A necessidade da Arte. 9. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.

OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes curriculares da Educação Fundamental

da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Ensino Fundamental – Arte. Curitiba,

2004.

______. Cadernos temáticos: a inserção dos conteúdos de História e cultura afro-

brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.

______. Orientações curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.

______. Diretrizes curriculares de Educação Artística para o Ensino Fundamental. Julho

2008.

Professora: Natali A da S. Acetti

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11.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - BIOLOGIA

A) APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A educação do Ensino médio (nos blocos) no Estado do Paraná com suas

Diretrizes Curriculares e em consonância com o documento apresentado como a segunda

proposta preliminar das Diretrizes Curriculares Estaduais para o Ensino Médio de Biologia

da Rede Estadual de Ensino do Paraná, apresenta os fundamentos teóricos,

metodológicos e avaliativos do ensino da Biologia, que norteiam a elaboração da proposta

curricular desta disciplina.

Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade

absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e aprendizagem

da Biologia no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de ensino dessa

disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a devida reflexão, seja

superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos educandos em buscar

explicações científicas para os fatos, através das posturas críticas, referências pelo

conhecimento científico.

É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus contextos e

valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de Biologia no contexto

escolar.

Segundo as diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio, desta

Secretaria de Estado de Educação, “é objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em

toda sua diversidade de manifestações”. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto

de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou

ainda, de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação ente

seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e os demais

componentes do seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas a transformações

que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo, transformadas e

transformadoras do ambiente.

Nas Diretrizes, ainda, afirma-se que “ao longo da história da humanidade,

várias foram as explicações para o surgimento e a diversidade da vida, de modo que os

modelos científicos conviveram e convivem com outros sistemas explicativos como, por

exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa. Elementos da História e da Filosofia

tornam possível, aos alunos, a compreensão de que há uma ampla rede de relações entre

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a produção científica e os contextos sociais, econômicos e políticos. É possível verificar

que a formulação, a validade ou não das diferentes teorias científicas está associada a

seu momento histórico”.

As Diretrizes do Ensino Médio para a disciplina de Biologia consideram

que o “conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de

questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de

recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção

humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos

organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa. Sabe-se

que desde o surgimento do planeta Terra, espécie humana, ou Homo sapiens não foi o

ser predominante, e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos

seres vivos que por aqui passaram. Por outro lado, ao longo deste processo de

humanização, que durou aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a

linguagem, a escrita e a fala, diferenciando-se de todas demais formas de vida. Isso

possibilitou ao homem a socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de

instrumentos utilitários e o início das atividades agrícolas.

Ressaltam também, “o papel da Ciência e da sociedade como pontos

articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos,

enquanto sujeitos históricos atuantes num determinado grupo social, reconhecerem suas

fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza (...). É preciso que estes

sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie depende do equilíbrio e do

respeito a todas as formas de vida que fazem do planeta o maior ser vivo conhecido”.

É importante que o educando (bloco) tenha acesso ao conhecimento

científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os

seres vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber

questionador e reflexivo. Da mesma forma, que se faz necessário que perceba os

aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que possa atuar de forma

consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os valores

sociais, morais e políticos que sustentam a vida.

B) OBJETIVOS GERAIS

O ensino de Biologia deve propiciar ao educando a compreensão dos avanços

biotecnológicos, e da ciência, procurando sempre partir da sua realidade, induzindo-o a

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construir conceitos científicos sobre tudo que o cerca, bem como formular questões,

diagnosticar e propor soluções para problemas reais, colocando em prática conceitos,

procedimentos e atitudes que contribuirão para torná-lo sujeito crítico, reflexivo e atuante,

entendendo o objeto de estudo – o fenômeno VIDA – em toda sua complexidade de

relações.

C) DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao

longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este

fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos

naturais levou o ser humano a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel

como parte deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a

sobrevivência humana.

Desde o paleolítico, o ser humano, caçador e coletor, as observações dos

diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram

registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em

explorar a natureza.

No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no

Ensino Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos

modelos teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos –, que

evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino, buscou-se,

na história da ciência, os contextos históricos nos quais influências religiosas,

econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.

A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem

na antiguidade. Ideias desse período, que contribuíram para o desenvolvimento da

Biologia, tiveram como um dos principais pensadores o filósofo Aristóteles (384 a.C. – 322

a.C.). Este filósofo deixou contribuições relevantes quanto à organização dos seres vivos,

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com interpretações filosóficas que buscavam, dentre outras, explicações para a

compreensão da natureza.

Na idade média, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa, tanto no

aspecto religioso quanto no social, político e econômico. O conhecimento sobre o

universo,

vinculado a um Deus criador, foi oficializado pela igreja católica que o

transformou em dogma.

Essa concepção teocêntrica permeou as explicações sobre a natureza e

considerava que “para tudo que não podia ser explicado, visto ou reproduzido, havia uma

razão divina; Deus era o responsável” (RAW, SANT’ANNA, 2002.p 13).

A necessidade de organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento

produzido pelo ser humano fez surgir as primeiras universidades medievais, nos séculos

IX e X, como as de Bolonha e Paris. Nas universidades, sistematizou-se o conhecimento

acumulado durante séculos e passou-se a discuti-lo de maneira distinta do que ocorria

nos centros religiosos. Nessas universidades, mesmo sob a influência da Igreja, as

divergências relativas aos estudos dos fenômenos naturais prenunciaram mudanças de

pensamento em relação às concepções, até então hegemônicas, sobre aqueles

fenômenos.

Com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção filosófico-

teológica medieval, os conceitos sobre o ser humano passaram para o primeiro plano,

iniciando uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos naturais. Esse

movimento da ciência compreendeu, assim, o processo de superação de ideias antigas e

emergência de novos modelos.

A história da ciência, na renascença, também foi marcada pelo confronto

de ideias. Ao mesmo tempo em que alguns naturalistas utilizaram o pensamento

matemático como instrumento para interpretar a ordem mecânica da natureza (ROSSI,

2001), outros, como os botânicos, realizavam seus estudos sob o enfoque descritivo. O

número elevado de espécimes vegetais e a “[...] uniformidade estrutural das plantas

frutíferas (angiospermas)” (MAYR, 1998, p. 199) despertaram maior interesse pela

observação empírica e direta das plantas representando a preocupação dos naturalistas

em descrever e ilustrar a natureza criada por Deus.

Na zoologia, a descrição dos animais também se desenvolveu, porém, de

modo diferente da botânica. Os animais eram analisados de forma comparativa, com

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atenção maior à sua organização na scala naturae e com base no que hoje se denomina

de comportamento e ecologia.

Os estudos de zoologia desenvolveram-se mais rapidamente a partir dos

avanços tecnológicos, posteriores a 1800, com o desenvolvimento das técnicas de

conservação dos animais que permitiram estudos anatômicos comparativos, dando novo

impulso à sistemática animal e aperfeiçoando as observações e descrições feitas por

Aristóteles (RONAN, 1987a; MAYR, 1998).

Nesse período surgiram novos conhecimentos biológicos, como por

exemplo, a classificação dos seres vivos numa escala hierárquica envolvendo diferentes

categorias e denominações: gênero, família, espécie, ordem. Entretanto, muitos

naturalistas se mantiveram sob a influência do paradigma aristotélico.

Diante de discussões sobre a classificação dos seres vivos por diversos

naturalistas, Carl von Linné (1707-1778), considerado o principal organizador do sistema

moderno de classificação científica dos organismos, propôs, em sua obra Systema

Naturae (1735), a organização dos seres vivos a partir de características estruturais,

anatômicas e comportamentais, “mantendo a visão de mundo estático idêntico em sua

essência à criação perfeita do Criador” (FUTUYMA, 1993, p. 02), isto é, classificou os

seres vivos, e manteve o princípio da criação divina.

Com Linné, o sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia

pela comparação das espécies coletadas em diferentes locais. Tal tendência refletiu a

atitude contemplativa e interessada em retratar a beleza natural, com a exploração

empírica da natureza pautada pelo método da observação e descrição, o que

caracterizaria o pensamento biológico descritivo.

Sob a concepção descritiva, a vida era conceituada como “expressão da

natureza idealizada pelo sujeito racional” (RUSS, 1994, p. 360-363).

Enquanto a zoologia, a botânica e a medicina trataram de explicar a

natureza de forma descritiva, no contexto filosófico discutia-se a proposição de um

método científico a ser adotado para compreender a natureza. Em meio às contradições

desse período histórico, o pensamento do filósofo Francis Bacon (1561-1626) contribuiu

para uma nova visão de ciência, pois recuperou o domínio do ser humano sobre a

natureza.

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Ao introduzir suas ideias sobre aplicação prática do conhecimento, Bacon,

propôs um procedimento de investigação que “substitui a revelação mística da verdade

pelo caminho no qual ela é obtida pelo controle metódico e sistemático da observação”

(FEIJÓ, 2003, p. 18). Seu pensamento se contrapôs à filosofia aristotélica, a qual

influenciou, por séculos, o modo de entender e explicar o mundo.

Neste mesmo período, o filósofo francês René Descartes (1596-1650)

contrapõe-se ao pensamento baconiano considerando que “[...] o domínio e a

compreensão do mundo requerem a aceitação de um poder especial na mente que

assegurava a verdade: a razão humana [...]” (FEIJÓ, 2003, p. 20). O uso da razão é a

faculdade máxima do conhecimento e para isto, o uso do método permite “a ampliação ou

o aumento dos conhecimentos e procedimentos seguros que permitem passar do já

conhecido ao desconhecido” (CHAUÍ, 2005, p. 128).

Em meio a mudanças no mundo filosófico, o médico Willian Harvey (1578-

1657), que, segundo Descartes, possuía “[...] uma visão de mundo baseada em uma

filosofia mecanicista” publica a obra De Modus Cordis, em 1628, propondo um novo

modelo referente à circulação do sangue, resultante de experiências com

o corpo humano. Este modelo, não o método, foi acolhido por Descartes1

(1596- 1650) como uma das bases mais consistentes do que viria a se constituir como

pensamento biológico mecanicista (DELIZOICOV, 2006, p. 282).

Os embates teóricos tornaram-se mais evidentes com o questionamento

sobre a origem da VIDA. As ideias sobre a geração espontânea, aceitas pelos naturalistas

até o século XIX, começaram a ser contrariadas no século XVII, quando o físico italiano

Francesco Redi (1626-1698), entre outros, apresentou estudos sobre a biogênese.

Nas discussões sobre a natureza do desenvolvimento dos seres vivos, os

defensores do pré-formismo defendiam a existência de estruturas pré-formadas no interior

de um ovo, e atribuíam as principais qualidades formadoras ao pai, “enquanto seus

opositores, que sustentavam a tese da epigênese” defendiam a “diferenciação gradual de

um ovo inteiramente amorfo para os órgãos do adulto” (MAYR, 1998, p. 129).

Naquele momento, não foi possível estabelecer conclusões sobre a

origem da vida, pois os conhecimentos desenvolvidos até então impediam

esclarecimentos e definições precisas sobre a natureza evolutiva.

O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e o

aperfeiçoamento de instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica.

Para entender o funcionamento da VIDA, a Biologia fracionou os organismos vivos em

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partes cada vez mais especializadas e menores, com o propósito de compreender as

relações de causa e efeito no funcionamento de cada uma delas.

Entretanto, as modificações nas estruturas sociais, políticas e

econômicas, concretizadas no Estado moderno europeu, favoreceram mudanças

filosóficas e científicas.

D) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

A proposta de sugestões de conteúdos básicos para a elaboração do

currículo-disciplina de biologia nos blocos do Colégio São Bartolomeu fundamenta-se nas

“Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio”, da Secretaria do Estado da

Educação do Paraná – SEED – PR.

É importante considerar que a organização dos conteúdos curriculares da

disciplina de Biologia tanto tem o objetivo de contemplar as necessidades e o perfil dos

educandos desta modalidade de ensino de Educação Básica.

Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio – SEED –

PR.

Os conteúdos básicos são entendidos como os saberes mais amplos da disciplina

que podem ser desdobrados nos conteúdos pontuais que fazem parte de um

corpo estruturado de saberem construídos e acumulados historicamente e que

identifiquem a disciplina como um campo do conhecimento. Dentro da

perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo “conteúdo” não se

refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinadas aos alunos para que

conheçam, memorizem, compreendam, apliquem, relacionem, etc. Hoje, o critério

que decide se certos conhecimentos concretos devem ser incluídos no currículo

não se restringe ao seu valor epistemológico e aceitação como conhecimento

válido: a relevância cultural, o valor que lhes é atribuído no âmbito de uma cultura

particular em um determinado momento histórico, entra em cena.

Segundo as diretrizes:

Estabelecer os conteúdos básicos para o ensino de Biologia requer uma análise

desse momento histórico, social, político e econômico que vivemos; da relevância

e abrangência dos conhecimentos que se pretendem serem desenvolvidos nessa

modalidade de ensino; da atuação do professor em sala de aula; dos materiais

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didáticos disponíveis no mercado; das condições de vida dos alunos e dos seus

objetivos. A decisão sobre o que e como ensinar Biologia no Ensino Médio deve

ocorrer de forma a promover as finalidades e objetivos dessa modalidade de

ensino e da disciplina em questão. Não se trata de estabelecer uma lista de

conteúdos em detrimentos de outra por manutenção tradicional ou por inovação

arbitrária. Referindo-nos aos conceitos e concepções que têm a ver com a

construção de uma visão de mundo; outros práticos e instrumentais para a ação,

e ainda aqueles que permitem a formação de um sujeito crítico. Precisaremos

estabelecer conteúdos básicos que, por sua abrangência, atendem às realidades

regionais e, ao mesmo tempo garantem uma identidade da disciplina.

Na proposta elaborada a partir das discussões com os professores do

Ensino Médio Regular, propõe-se ampliar a integração entre os conteúdos básicos,

destacando os aspectos essenciais sobre a vida e a vida humana que vão ser trabalhados

por meio de conhecimentos científicos referenciados na prática.

A sugestão dos conteúdos básicos está escrita a seguir:

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Organização dos seres vivos

Mecanismo biológicos

Biodiversidade

Classificação dos seres vivos; critérios taxonômicos e filogenéticos

Sistemas biológicos; anatomia, morfologia e fisiologia

Mecanismo de desenvolvimento embriológico.

Mecanismo celulares biofísicos e bioquímicos.

Teorias evolutivas

Transmissão das características hereditárias

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Manipulação genética

Dinâmica dos ecossistemas; relações entre os seres vivos e

interdependência com o ambiente

Organismos geneticamente modificados

Ainda no que consta nas Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino

Médio – SEED-PR, há a justificativa para a organização e distribuição dos Conteúdos

Básicos, descrita a seguir:

Os conteúdos básicos de Biologia ao mesmo tempo agrupam as diferentes áreas

da Biologia e proporcionam um novo pensar sobre como relacioná-los sem que

se perca de vista o objetivo do ensino da disciplina no Ensino Médio. A nova

proposta pretende modificar a estrutura firmada pela trajetória que o ensino de

Biologia vem atravessando nestas últimas décadas. Estabelece os conteúdos

básicos e um novo olhar de forma a relacioná-los com seus conteúdos pontuais

sob os pontos de vista vertical, transversal e horizontal, procurando uma lógica

dialética que leve o professor a integrá-los e relacioná-los de maneira que o aluno

não tenha mais uma visão fragmentada da biologia.

E) ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O conjunto dos saberes do educando deve ser considerado o ponto de

partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com o mundo

do trabalho e com outras dimensões do meio social.

Conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de Biologia – Ensino

Médio – SEED-PR, “na escola, a Biologia deve ir além das funções que já desempenha

no currículo escolar. Ela deve discutir com os jovens instrumentalizando-os para

desenvolver problemas que atingem direta os indiretamente sua perspectiva de futuro”.

As Diretrizes, ainda, consideram que.

Para a discussão de todas as características socioambientais e do papel do

ensino formal de Biologia, as relações estabelecidas entre o professor-aluno e

aluno-aluno são determinantes na efetivação do processo de ensino-

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aprendizagem, e para isto, há necessidade de leitura e conhecimento sobre

metodologia de ensino para que as aulas de Biologia sejam dinâmicas,

interessantes, produtivas e resultem em verdadeira aprendizagem.

Ressaltam também que, “pensar criticamente, ser capaz de analisar fatos

e fenômenos ocorridos no ambiente, relacionar fatores sociais, políticos, econômicos e

ambientais exige do aluno investigação, leitura, pesquisa. No ensino de Biologia,

diferentes metodologias podem ser utilizadas com este propósito. A metodologia de

investigação, por exemplo, permite ao aluno investigar a realidade buscando respostas

para solucionar determinados problemas”.

Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto

da ação de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e

espaço e, ainda na disciplina de Biologia, como forma de resgate e de construção de

melhores possibilidades de vida individuais e coletivas, há que se optar por uma

metodologia de ensino e aprendizagem adequada à realidade do aluno.

Segundo Ribeiro (1999, p8)

Criar novas formas de promover aprendizagens fora dos limites da organização

escolar tradicional é uma tarefa, portanto, que impõe antes e mais nada um

enorme desafio para os educadores (...) romper o modelo de instrução tradicional

implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor

precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento,

seqüenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso

possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza

o público da educação básica de jovens e adultos.

Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos educandos,

a compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou seja, que o

conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não somente

nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e global, o que lhe

permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e autônoma. Para tanto, o

educador deve partir dos saberes adquirido previamente pelos educandos, respeitando

seu tempo próprio de construção da aprendizagem, considerando:

• -Que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de

forma real, como ponto de partida o conjunto de saberes trazido pelos educandos;

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• -As experiências dos educandos no mundo do trabalho;

• -A necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, o tempo

pedagógico e o físico, visto que os mesmo interferem na sua “formação” científica;

• -As relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento científico.

Nesse contexto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de

forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto

a inter-relação dos vínculos do conteúdo estudados com as diferentes situações com que

se deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode-se dar a partir de uma

problematização, ou seja, em lançar desafios que necessitem de respostas para

determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo que

é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não

pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993 p. 26). As dúvidas são muito comuns na

disciplina de Biologia, devendo ser aproveitas para reflexão sobre o problema a ser

analisado, e assim, para o educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização,

sem reduzir os conteúdos apenas à sua aplicação prática, deixando de lado o saber

acadêmico.

Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de

Biologia é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do pensamento

da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o significado do estudo

dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da cultura

científica e tecnológica oriundas desse processo.

É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador, que

será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem como o olhar atento e

crítico sobre a realidade trazida pelos educandos.

A busca de soluções para as problematizações constitui-se em referência

fundamental no ensino da Biologia. Quando elaborada individual ou coletivamente deve

ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos educando e a evolução no

processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura científica deve ser

incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo de cada grupo ou

indivíduo.

Uma estratégia comum em Biologia é a utilização de experimentos e

práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o sentido e

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o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que algumas vezes, situações muito ricas

do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório. Deve-se

considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano, assim como

espaços alternativos, situações ou eventos para se desenvolver uma atividade científica.

A utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório deve ser vistas como

uma atividade comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo

ser acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p. 75):

É importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento

essencial nas aulas de Ciências, mas que ela, por si só, não garante um bom

aprendizado (...) a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não

dispensa o acompanhamento constante do professor, que devem pesquisar quais

são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É

comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação

encontrada pelos alunos.

Outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do

material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que não

seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito do livro didático, BIZZO

(2002, p. 66) propõe que ele seve ser utilizado como um dos materiais de apoio, como

outros que sejam necessários, cabendo ao professor, selecionar o melhor material

disponível diante de sua própria realidade, onde as informações devem ser apresentadas

de forma adequada à realidade dos alunos.

Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar

aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos. Os

conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem diversas visões

sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os diversos saberes,

estimular a autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida

sequência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada as relevância

e a necessidade dos mesmos, bem como a coerência dos mesmos no processo

educativo.

O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver

a reflexão, de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento deve ser

ponto de partida para a revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo

educando e, principalmente, pelo educador.

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O ensino da Biologia deve propiciar o questionamento reflexivo tanto de

educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de ensino e

aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar sobre a sua prática a

fim de retornar o conteúdo em enfoque metodológico diferenciado e estratégias

diferenciadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de

partida para que o educando e o educador compreenda a ajam sobre o processo de

construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.

Partindo da ideia de que a metodologia deve estar respeitando o conjunto

de saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnosticado no sentido de

resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações

entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e

valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes,

durante e depois do processo.

A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou

classificatório, visto que o ensino da Biologia deve respeita e valorizar a realidade do

educando em todos os seus aspectos, principalmente naqueles que deram origem à sua

exclusão do processo educativo.

É importante destacar a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, conforme Lei 10.639/03 e da História e Cultura dos Povos Indígenas,

conforme Lei 11.645/08, nos currículos da Educação Básica valorizando a história e

cultura de seus povos, como estudo da herança de genes, cor de pele, tipos sanguíneos,

o uso de plantas, culinárias, e outros.

A Lei 9795/99, afirma que “A Educação Ambiental é um componente

essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma

articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e

não-formal.” Sendo assim serão adotadas nas aulas de Biologia, metodologias

diversificadas para despertar em todos a consciência de que o ser humano faz parte do

meio ambiente, lembrando que os problemas ambientais refletem com conseqüências que

atingem a todos nós, e trabalhando a Biodiversidade, estaremos despertando com mais

intensidade a preservação ambiental.

F) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

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A avaliação deverá verificar a aprendizagem, a partir daquilo que é básico e

essencial.

De acordo com o artigo 24 da LDB n° 9394/96, a avaliação deve ser contínua e

cumulativa, em relação a aprendizagem do estudante, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

É fundamental que a avaliação se processe de forma contínua e evolutiva. O ato

avaliativo é um conjunto de atividades docentes que devem ser coerentes entre si,

portanto deve ser usada como subsídio para a revisão do processo ensino-aprendizagem

como instrumento de diagnóstico do trabalho do educador.

G) REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educaçao. Departamento de Educaçao Básica. Diretrizes Curriculares de Biologia. Curitiba, 2008.

LOPES, Sonia; ROSSO, Sérgio – Volume único. 1ª edição 2005

AULINO, Wilson Roberto. Biologia, Volume único. Ed. Ática. 1ª edição.

BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, nº 118, dez 2002,

P.19

BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de ciências. In:

NARDI, R. Questões Atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras, 1998.

BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.

_____. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio, MEC,

Brasília, 2004.

CUNHA, S.B. da & GUERRA, A.J.T. A Questão Ambiental. Diferentes Abordagens. Rio

de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

FRIGOTTO, Gaudêncio, CIAVATTA, Maria. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho.

Secretaria de Educação Média e Tecnológica – Brasília: MEC, SEMTEC, 2004.

KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4ª ed. revisado e ampliado. – São

KUENZER,A . Z. Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do

trabalho. São Paulo: Cortez, 2002.

MEC/SEB – Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 2004.

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MORIN, E. O Pensar Complexo e a Crise da Modernidade. In: GUIMARÃES, M. A

formação de Educadores a Ambientais Campinas, São Paulo:

Papirus, 2004.

RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação de

jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade.

v.20, n. 68, Campinas: dez 1999.

.

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11.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - CIÊNCIAS

A) Apresentação da Disciplina

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico

que resulta da investigação da Natureza. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente

os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos

fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente

construída, que influência e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais,

éticas e políticas(KNELLER, 1980 ANDERY ET AL.,1998).

Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos à sua volta

e aprender com eles, a Ciência já estava presente, embora não apresentasse o caráter

sistematizador do conhecimento .

A partir do século XI, acontecimentos nortearam o pensamento do homem

em relação à Ciência, como: as Cruzadas entre Oriente e Ocidente, Revolução Científica

e a invenção da imprensa . Podemos inferir também que muitos pensadores e cientistas

como Leonardo da Vinci (1452 – 1519), Nicolau Copérnico (1473-1547), Galileu Galilei

(1564-1662), Francis Bacon (1561-1626), René Descartes (1596-1650), Isaac Newton

(1642-1727), dentre outros contribuíram para o desenvolvimento do pensamento

científico.

No século XX, a Ciência teve uma grande evolução em relação ao passado,

promovendo grandes descobertas para a humanidade, mas sofrendo conseqüências

negativas ao incentivar as guerras e influenciar a miséria de muitos, já que suas

aplicações são falíveis, intencionais e agem sobre a tecnologia e as relações sociais.

No Brasil, o currículo de Ciências sofreu influências de épocas, destacando-

se o ensino das verdades clássicas (década de 20); a experiência pela experiência

(década de 50); a solução de problemas pelo método científico (década de 60); as

unidades de trabalho com base na tecnologia educacional (década de 70).

O ensino de Ciências Físicas e Naturais só foi introduzido na educação básica

a partir de 1931, onde os conteúdos programáticos propostos englobavam o estudo do

ar,da água e da Terra e consideravam os aspectos físicos ,químicos,cósmicos,biológicos e

sociais ao abordar os conteúdos específicos dessas áreas científicas.

Na década de 1950, a importância do ensino de Ciências cresceu em todos os

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níveis e passou a ser objeto de movimentos em busca de reformas educacionais, à

medida que a tecnologia e a ciência foram reconhecidas essenciais para o

desenvolvimento econômico, cultural e social.

Nas décadas de 1960 e 70 fatos históricos, como a crescente degradação

ambiental e o atrelamento do desenvolvimento científico-tecnológico às guerras, fizeram

ampliar as discussões sobre a interação entre Ciência e Tecnologia, incluindo a sociedade

e os efeitos nela provocados.

Ao analisar a educação e o currículo de Ciências, em cada momento histórico,

percebeu-se que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com os

interesses políticos, econômicos e sociais de cada período, determinando assim, a

mudança de foco do processo de ensino e de aprendizagem. A partir de 2003, com o

processo de reformulação da política educacional paranaense, resgata-se a função da

escola, e o tratamento dado aos conteúdos específicos explicitados no currículo escolar.

Anualmente, a disciplina de Ciências se constitui num conjunto de conhecimentos

científicos, que tem como princípios, a historicidade, a intencionalidade, a provisoriedade

e as inter-relações, que são essenciais para compreender e explicar os “Fenômenos

naturais”, dentro dos conteúdos estruturantes: Ambiente, Matéria e Energia, Corpo

Humano e Saúde e Tecnologia; abrangendo os aspectos físicos,químicos e biológicos, e

estabelecendo as relações destes com o mundo construído pelo homem em seu

cotidiano, favorecendo dessa forma a discussão, análise, argumentação,compreensão e a

articulação que promove assim a socialização dos conhecimentos científicos tecnológicos,

a democratização dos procedimentos de natureza social e colabora para a construção da

autonomia de pensamento e de ação, que influi na tomada de decisões relevantes.

Enfim, ao se pensar em Ciências como construção humana,, numa

perspectiva histórica, é fundamental considerar a evolução de pensamento do ser

humano, pois é a partir dele que a história da Ciência se constrói.

B) OBJETIVOS DA DISCIPLINA

- Retomar a função social da disciplina de Ciências, por meio de tratamento crítico e

histórico dos conteúdos.

- Estabelecer relações entre o mundo natural( conteúdo de ciências), o mundo construído

pelo homem (tecnologia) e seu cotidiano ( sociedade).

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- Conhecer e compreender as transformações e, principalmente a integração entre os

sistemas que compõem o corpo humano, bem como as questões relacionada à saúde e

à sua manutenção.

- Entender o funcionamento dos ambientes da natureza, de como a vida se renova, se

mantém e de como as ações humanas interferem nela.

- Considerar as interações, as transformações, as propriedade, as transferências, as

diversas fontes e formas, os modos de comportamento, as relações com o ambiente,

assim como os problemas sociais e ambientais inerentes a matéria e a energia.

- Analisar e refletir sobre o papel da tecnologia , no cotidiano das pessoas, na construção

e/ou alterações provocadas no ambiente.

- Possibilitar a capacidade de entender a realidade, situar-se no mundo participando de

forma ativa, na sociedade, sendo capaz de compreender criticamente uma notícia, de ler

um texto científico, de entender e avaliar questões de ordem social e política..

- Promover compreensão das causas e efeitos explícitos decorrentes dos problemas

sócio-ambientais e tecnológicos.

- Retomar a função social da disciplina de Ciências, por meio do tratamento crítico e

histórico dos conteúdos.

C) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande amplitude, que

identificam e organizam os campos de estudo, considerados fundamentais para as

abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos e consequente compreensão de

seu objeto de estudo e ensino.

Os conteúdos estruturantes que fundamentam o ensino de ciências são:

1. ASTRONOMIA

2. MATÉRIA

3. SISTEMAS BIOLOGICOS

4. ENERGIA

5. BIODIVERSIDADE

• CONTEÚDOS BÁSICOS

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Os conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais considerados,

imprescindíveis, para a formação conceitual dos estudantes em cada série do ensino

fundamental.

Os conteúdos básicos da disciplina de Ciências ´por série são:

6º Ano

*Universo

*Sistema Solar

* Movimentos terrestres

* Movimentos celestes

* Astros

* Constituição da Matéria

*Níveis de organização

* Formas de Energia

* Conversão de Energia

*Transmissão de energia

*Organização dos seres vivos

* Ecossistemas

* Evolução dos seres vivos

7º ANO

* Astros

* Movimentos terrestres

* Movimentos Celestes

* Constituição da matéria

* Célula

* Morfologia e fisiologia dos seres vivos

* Formas de Energia

* Transmissão de energia

*Origem da vida

* Organização dos seres vivos

* Sistemática

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8º ANO

* Origem e evolução do universo

*Constituição da matéria

* Célula

* Morfologia e fisiologia dos seres vivos

* Formas de Energia

* Evolução dos seres vivos

9º ANO

* Astros

* Gravitação universal

* Propriedades da Matéria

* Morfologia e fisiologia dos seres vivos

* Mecanismos da herança genética

* Formas de Energia

*Conservação de energia

* Interações ecológicas

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O processo de ensino e aprendizagem de Ciências valoriza a contradição, a

diversidade e a divergência, o questionamento da certezas e incertezas, superando o

tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos,orientando-se por uma abordagem

mais crítica, que considere a sua função social.

O tratamento que deve ser dado aos conteúdos, exige conhecimentos

científicos de outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem

no mundo. A química, física, biologia, ecologia, astronomia, dentre outras contribuem para

o estudo, a explicação e a compreensão dos fenômenos naturais e suas implicações no

cotidiano.

É importante estabelecer as inter-relações entre os diversos conteúdos

específicos, onde se torna imprescindível que se reconheça que existem conhecimentos

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físicos, químicos e biológicos basilares, para o processo de ensino e de aprendizagem,

que necessitam ser abordados nas quatro séries finais do ensino fundamental.

É necessário que os conteúdos sejam explorados a partir dos aspectos

relacionados à historicidade da produção do conhecimento em questão, identificando a

sua intencionalidade, aplicabilidade, não se esquecendo da provisoriedade da produção

científica, pois a ciência é dinâmica e a todo momento ocorrem novas pesquisas, que

geram novas teorias e tecnologias.

É importante dar preferências a problemas locais que possam ser ampliados

para problemáticas mais abrangentes, onde o professor provoca a discussão, análise e

reflexão sobre as diferentes formas que possam levar alunos e professores a assumir um

novo posicionamento.

Diante disto, a responsabilidade maior ao ensinar Ciências está intimamente

ligada a um ensino que promova à alfabetização científica como um conjunto de

conhecimentos que facilitariam aos homens e mulheres uma leitura crítica do mundo em

que vivem, como também o entendimento da necessidade das transformações que

ocorrem no âmbito da Ciência.

Mediante o exposto faz-se necessário:

- organizar atividades interessantes que permitam a exploração e a sistematização dos

conteúdos, enfatizando as relações no âmbito da vida, do universo, do homem e dos

equipamentos tecnológicos;

- auxiliar o aluno na construção de explicações, mediado pela interação com o professor

e outros alunos e pelos instrumentos culturais próprios do conhecimento científico;

- a atuação do professor, informando, apontando relações, questionando a classe com

perguntas e problemas desafiadores, trazendo exemplos, organizando o trabalho com

diferentes materiais;

- variar a forma de se buscar, organizar e comunicar os conhecimentos, fazendo uso da

observação, da experimentação, da comparação, da elaboração de hipóteses, o debate

oral, o estabelecimento de relações entre fatos e fenômenos e idéias, a leitura e a escrita

de textos informativos, a elaboração de pesquisa bibliográfica, a busca de informações

variadas em jornal, revista, vídeos e televisão,a elaboração de perguntas e problemas, a

proposição para a solução de problemas;

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- articular-se com o Portal Educacional dia-a-dia Educação, Projeto com Ciência, TV

Paulo Freire, Fera e outros.

- realizar atividades de valores morais, étnicos, religiosos, culturais, etc. voltada a uma

formação humana permanente, contínua e interdisciplinar, abordando temas polêmicos

indiretamente;

- valorização e resgate de valores da cultura do campo enfatizando a qualidade de vida e

a importância do papel da produção do campo para a viabilização na cidade, garantido

sua permanência no espaço em que vive.

Tendo em vista a formação de alunos na nossa realidade é importante destacar a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, conforme Lei 10.639/03 e

da História e Cultura dos Povos Indígenas, conforme Lei 11.645/08, nos currículos da

Educação Básica valorizando a história e cultura de seus povos.

A Lei 9795/99, afirma que “A Educação Ambiental é um componente essencial e

permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em

todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.”

Sendo assim serão adotadas metodologias diversificadas para despertar em todos a

consciência de que o ser humano faz parte do meio ambiente, lembrando que os

problemas ambientais refletem com consequências que atingem a todos nós.

É necessário, dentro das possibilidades da disciplina, trabalhar conteúdos referentes ao

Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento à

Violência; Prevenção ao uso indevido de Drogas e Educação Ambiental (já citada-Lei)

Lembrando que faz parte da Diversidade: Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência;

Educação Escolar Indígena;

Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.

E) AVALIAÇÃO /CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Da Avaliação da Aprendizagem, da Recuperação

de Estudos e da Promoção

Art. 139- A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino

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e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento

pelo aluno.

Art. 140- A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de

síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

Art. 141- A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos

em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez, vírgula zero).

Art. 142- O Sistema de Avaliação Bimestral, será composto pela somatória da

nota 6,0 (seis) referente a atividades diversificadas; mais a nota 4,0 (quatro) referente a

um instrumento (prova escrita) de avaliação por bimestre.

§ 1º - O peso atribuído a prova escrita não deve ser maior que a somatória dos

pesos de outros instrumentos de avaliação.

§ 2º - É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único

instrumento de avaliação.

§ 3º - Os instrumentos utilizados pelo professor serão definidos de acordo com

os critérios pré estabelecidos no Plano de Trabalho Docente, podendo ser, entre outros:

10. seminários;

• atividades escritas (provas, relatórios, dissertações, sínteses);

• atividades orais (seminários, provas, debates, palestras);

• pesquisas (de campo, bibliográficas);

• trabalho em grupo e/ou individual;

• realização de eventos artísticos, culturais e esportivos, apresentação e

desenvolvimento de projetos e outros.

Art. 143- A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos

e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas

expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.

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§ 1º - O aluno(a) que vier a faltar em dia de prova deverá ter a segunda

chamada solicitada pelos responsáveis junto à secretaria do estabelecimento num prazo

máximo de setenta e duas (72) horas, mediante justificativa de amparo legal, em

requerimento próprio, por escrito, anexando a cópia dos documentos comprobatórios, que

serão analisados para deferimento ou indeferimento.

§ 2º - A segunda chamada de provas será realizada com data marcada pela

equipe pedagógica, preferencialmente nos finais de semana ou em contra turno.

§ 3º - Os trabalhos de pesquisa e/ou extra classe que não forem entregues na

data marcada serão aceitos somente com justificativa dos responsáveis, num prazo

máximo de setenta e duas (72) horas.

Art. 144- Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados

em consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político Pedagógico.

Art. 145- A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o

acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos

alunos entre si.

Art. 146- O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a

reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Art. 147- Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos

durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu

desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

Art. 148- Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o

período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades

detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

Art. 149- A avaliação do ensino da Educação Física e de Arte, deverá adotar

procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno,

conforme art. 8º da Deliberação nº 07/99-CEE.

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Art. 150- Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de

sua vida escolar.

Art. 151- O estabelecimento proporcionará a Recuperação a todos os alunos

que não atingiram a nota integral;

§ 1º – o valor será substitutivo na totalidade.

Art. 152- A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente

do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

Art. 153- A recuperação de estudos em nosso Estabelecimento, ocorrerá de

duas formas:

I. com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos

instrumentos de avaliação;

II. com a reavaliação do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula.

Art. 154- A recuperação de conteúdos dar-se-á de forma paralela, permanente

e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

Art. 155- A recuperação será organizada com atividades significativas, por

meio de procedimentos didáticos metodológicos diversificados (provas e testes de

aproveitamentos orais e escritos, tarefas específicas, trabalhos de criação, observações

espontâneas ou dirigidas, discussões, trabalhos em grupo, seminários, realização de

eventos artísticos, culturais e esportivos, apresentação e desenvolvimento de projetos e

outros), não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não

apropriados.

Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área

de estudos e os conteúdos da disciplina. Os resultados da recuperação serão

incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais

um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro

Registro de Classe.

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Art. 156- A promoção, é resultado da avaliação do aproveitamento escolar do

aluno, aliada à apuração da sua frequência.

Art. 157- Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do

Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é igual ou superior a

6,0 (seis, vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.

Art. 158- Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio,

que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual

ou superior a 6,0 (seis, vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao

final do ano letivo.

Art. 159- Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio

serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do

aproveitamento escolar;

II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0

(seis, vírgula zero) em cada disciplina.

Art. 160- A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de

retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.

Art. 161- Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão

devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de

documentação escolar.

F) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COLÉGIO ESTADUAL SÃO BARTOLOMEU DE APUCARANA. Regimento Escolar.

Apucarana. 2010 – Adendo Regimental de Alteração e Acrescimento nº 002/2009 –

Aprovado em 27/01/2010.

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

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Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de CIÊNCIAS para a

Educação Básica. Curitiba, 2008.

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Cadernos temáticos: História e Cultura afro-

brasileira e africana, educação ambiental, enfrentamentos á violência.

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11.4 DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO FUNDAMENTAL

A. Apresentação Geral Da Disciplina

A Educação Física escolar entendida como área de conhecimento que introduz

e integra o aluno na cultura corporal, tem como máxima proporcionar aos educandos

atividades diversificadas das manifestações corporais, contribuindo desta forma na

construção de uma autonomia que possibilitará ao aluno adaptar as atividades às

realidades e possibilidades de suas características físicas, psíquicas, cognitivas, sociais e

econômicas.

Sendo assim, as diversas formas de manifestações da cultura corporal podem

ser produzidas, transformadas e construídas, aumentando as possibilidades de inclusão

nas aulas de Educação Física.

Verifica-se também como papel da disciplina, contribuir na construção de

valores conceituais entre eles; a ética, higiene, identidade cultural, respeito ao meio

ambiente, orientação sexual e relação de trabalho e consumo.

Percebe-se que a Educação Física escolar pode contribuir de forma

significativa para o desenvolvimento integral do aluno, no entanto, é necessário que toda

comunidade escolar a assuma como área de conhecimento, como disciplina integrada e

necessária para o sucesso da educação formal.

Somente assim, a Educação Física escolar dará sua parcela de contribuição,

na formação dos aspectos bio/psico/sócio/econômico dos educadores.

B. Objetivos Gerais

• Contribuir para o desenvolvimento geral do educando, dimensionando

a Educação Física escolar para além de uma visão somente prática e seletiva,

valorizando os aspectos afetivos, cognitivos, sociais, culturais e econômicos dos

alunos.

• Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual

está inserido;

• Ampliar o campo de intervenção da Educação Física, para além das

abordagens centradas na motricidade;

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• Desenvolver os conteúdos elencados no currículo de maneira que

sejam relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognitiva do aluno;

• Desenvolver as práticas corporais, tendo como princípio básico o

desenvolvimento do sujeito unilateral;

• Promover a inclusão;

• Superar na Educação Física o caráter de mera atividade de prática

pela prática;

● Proporcionar a potencialização das formas de expressão do corpo; do

contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama; do grupo, em

estabelecer critérios que contemplem todos os participantes; do respeito por aqueles que

de alguma forma, não conseguem realizar o que foi proposto pelo próprio grupo, levando

à reflexão das formas já naturalizadas de preconceito, sobre a domesticação e violência

em relação ao corpo.

Utilizar-se da leitura e da produção de textos que auxiliem o aluno a

formar conceitos próprios a partis do sue entendimento da realidade bem como relata-

los com clareza e coerência, relacionando os referenciais trabalhados nas aulas de

Educação Física e associando-os às outras áreas do conhecimento, partindo de

analises próximas e suas relações com o mundo globalizado;

Propiciar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie

o coletivo.

C) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

11. A expressividade corporal

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Manifestações esportivas:

• Princípios básicos dos esportes (fundamentos)

• História dos diferentes esportes

• Jogos pré – desportivos

• Regras oficiais

• Regras negociadas

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• Materiais e equipamentos utilizados e

alternativos na prática dos esportes

• Diferença entre jogo e esporte

• O sentido da competição esportivo

• Possibilidades dos esportes como atividade

corporal (objetivos e importância).

• Jogos de salão (xadrez, dama, dominó etc).

• Tática nos vários esportes

Manifestações ginásticas

- Histórico e origem da ginástica-

◦ Ginástica como condicionamento físico,

preparação para outras atividades e como forma de aquecimento.

- Cultura de circo: malabares e malabares e movimentos acrobáticos

(rolamentos roda, parada de mão).

◦ Diferentes tipos de ginástica (teoria e prática)

Brincadeiras, brinquedos e jogos.

◦ Jogos e brincadeiras com e sem material

◦ Por que brincamos? Objetivos das brincadeiras e

seu valor

◦ Oficina de construção de brinquedos

◦ Brincadeiras tradicionais, cantadas, de roda etc.

ELEMENTOS ARTICULADORES

O Corpo Que Brinca e Aprende: Manifestações Lúdicas

Todos podem brincar independente de sua raça,

etnia, gênero ou classe social (direito).

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Necessidade ou não de materiais para a prática

de brincadeiras (comércio x diversão x movimento corporal humano x

mundo moderno)

Brincando descobrimos nossos limites e os

limites do outros

Entender e respeitar o diferente

Formas particulares que o brinquedo e

brincadeira tomam em distintos contextos e momentos históricos

- Através da brincadeira e possível a construção da autonomia

◦ Reflexão sobre as formas já naturalizadas de

preconceito, domesticação e violência sobre o corpo.

O Desenvolvimento Corporal E A Construção Da Saúde

◦ Conceituação sobre saúde

◦ Hábitos posturais corretos, higiene pessoal e

saúde.

◦ Todo tem direito ao desenvolvimento corporal

independente de serem portadores de necessidades educativas especiais

◦ Saúde e prática de atividade física

◦ O corpo como sujeito e vítima da violência

- Atividade física e alimentação

- Atividade física, educação e informação.

- Atividade física e preservação ambiental

- Controle e frequência cardíaca

- Produção de energia através dos alimentos

◦ Saúde x prática de atividade física x direito a

condições mínimas para uma vida digna

◦ Obesidade, anorexia males de nosso tempo.

◦ A busca pelo corpo perfeito

◦ O corpo, sua natureza e a cultura (preconceitos,

tabus, moda, consumo).

◦ Elementos sociais, culturais, políticos e

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econômicos que interferem na construção social da saúde para todos.

A Relação Do Corpo Com O Mundo Do Trabalho

- O que é qualidade de vida?

- O que é preciso para se ter qualidade de vida?

- O que é lazer?

- Possibilidades corporais e mundo do trabalho

- A vida dos atletas de alto-nível

- 0 que é ginástica laboral? O porquê da

ginástica laboral?

De acordo com a Lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003 que regulamenta o ensino da

Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino serão acrescidas as seguintes temáticas

aos conteúdos:

• Estudo das práticas corporais da cultura negra, em diferentes momentos

históricos.

•Brinquedos e brincadeiras da cultura africana e sua ressignificação na nas

práticas corporais afro-brasileiras.

•Jogos praticados pelos afrodescendentes e africanos numa perspectiva

histórica.

•Manifestações corporais expressas no folclore brasileiro.

•As capoeiras, seus significados e sentidos no contexto histórico-social,

como elemento da cultura corporal. Por meio da capoeira, torna-se possível resgatar

a historicidade do negro, desde o momento em que foi retirado do continente africano.

São exemplos significativos as suas dança de guerra, festa caça, como a da

puberdade e as grandes caminhadas pelas florestas. Tais elementos representam

subsídios na construção de propostas para o trabalho pedagógico nas escolas.

A lei 10.645/08 que inclui historia e cultura dos povos indígenas.

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D) Metodologia da Disciplina

Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se

em conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido,

seguindo as estratégias: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o

retorno à prática social.

• PRÁTICA SOCIAL caracteriza se com uma

preparação (aluno) para a construção do conhecimento escolar.

• PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, e o

momento em que a prática social é colocada em questão, analisada e

interrogada.

• INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio

do qual o conteúdo sistematizado é colocado disposição dos alunos para

que assimilem e o recriem, ao incorpora-lo, transformem-no em instrumento

de construção pessoal e profissional.

• CATARSE é a fase em que o educando

sistematiza e manifesta o que assimilou.

• RETORNO À PRÁTICA SOCIAL é o ponto de

chegada do processo pedagógico na perspectiva histórico-crítica.

E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser

individual ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, traduzida em forma de notas,

que serão registradas no livro de classe (PPP).

Comprometimento e envolvimento - se os alunos entregam as atividades

propostas pelo professor; se houver assimilação dos conteúdos propostos, por meio da

recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações

problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo

e propondo soluções para as divergências; se o aluno se mostra envolvido nas atividades

práticas ou realizando relatórios.

Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para

112

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revisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como

planejar e propor outros encaminhamentos que visem à superação das dificuldades

constatadas nas diversas manifestações corporais, evidenciadas nas: brincadeiras, jogos,

ginástica, esporte.

F) Bibliografia

BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. Cadernos

CEDES v. 19. n.18 Campinas, 1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares da Educação Física para o Ensino Fundamental. Versão preliminar, junho de

2008.

______Introdução as Diretrizes Curriculares. Profª Yvelise F. S. Arco-Verde (org) Curitiba:

SEED, 2006-10-25

______Secretaria De Estado Da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de

História da Cultura Afro-Brasileira e Africana – Lei 10639/03. Cadernos Temáticos.SEED,

PR.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Estadual São Bartolomeu - Ensino

Fundamental e Médio. Apucarana- Pr 2012.

Professores: Amauri Redigolo

Luiz Rafael Ribeiro Moço

113

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11.4.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO

MÉDIO

A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Educação Física escolar, entendida como área de conhecimento que introduz

e integra o aluno na cultura corporal, tem como máxima proporcionar aos educandos

atividades diversificadas das manifestações corporais, contribuindo desta forma na

construção de uma autonomia que possibilitará ao aluno adaptar as atividades às

realidades e possibilidades de suas características físicas, psíquicas, cognitivas, sociais e

econômicas.

Sendo assim as diversas formas de manifestações da cultura corporal podem

ser produzidas, transformadas e construídas, aumentando as possibilidades de inclusão

nas aulas de Educação Física.

Verifica-se também como papel da disciplina, contribuir na construção de

valores conceituais entre eles; a ética, higiene, identidade cultural, respeito ao meio

ambiente, orientação sexual e relação de trabalho e consumo.

Percebe-se que a Educação Física escolar pode contribuir de forma

significativa para o desenvolvimento integral do aluno, no entanto, é necessário que toda

comunidade escolar a assuma como área de conhecimento, como disciplina integrada e

necessária para o sucesso da educação formal.

Somente assim a educação física escolar, dará sua parcela de contribuição, na

formação dos aspectos bio/ psico/sócio/econômico dos educadores.

B. Objetivos Gerais da Disciplina

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• Contribuir para o desenvolvimento geral do educando, dimensionando a

educação física escolar, para além de uma visão somente prática e seletiva,

valorizando os aspectos afetivos, cognitivos, sociais, culturais e econômico

dos alunos.

• Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está

inserido;

• Ampliar o campo de intervenção da educação física, para além das

abordagens centradas na motricidade;

• Desenvolver os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam

relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognitiva do aluno;

• Desenvolver as práticas corporais, tendo como princípio básico o

desenvolvimento do sujeito unilateral;

• Promover a inclusão;

• Superar da Educação Física o caráter de mera atividade de prática pela

prática;

• Proporcionar a potencialização das formas de expressão do corpo;

- do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama;

- do grupo, em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes;

- do respeito por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o que

foi proposto pelo próprio grupo, levando à reflexão das formas já naturalizadas de

preconceito, sobre a domesticação e violência em relação ao corpo.

• Utilizar-se da leitura e da produção de textos que auxiliem o aluno a formar

conceitos próprios a partis do sue entendimento da realidade bem como

relata-los com clareza e coerência, relacionando os referenciais trabalhados

nas aulas de Educação Física e associando-os às outras áreas do

conhecimento, partindo de analises próximas e suas relações com o mundo

globalizado;

• Propiciar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o

coletivo.

C) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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Esportes

- O esporte em suas manifestações pode contribuir para a integração e

participação das pessoas na coletividade

- Abordagem do esporte como pratica, como objeto de estudo e reflexão.

- A profissionalização esportiva (migração e desterritorização, exigências de

esforços a limites extremos, alta competitividade)

- Direito e acesso a pratica esportiva adaptada e realidade escolar

- Diferença de jogar, com os companheiros e jogar contra o adversário.

Jogos

- Como elemento lúdico = formas de brincadeira

- Jogos de caráter cooperativo

- Como forma de pratica não excludente, não sexista e não individualista.

- O jogo como elemento da cultura de diversos povos, da cultura local e

regional.

- Como utilizar do jogo em tempo livre de descontração

- Possibilidade de criação e recriação, conforme a cultura local.

Ginástica

Corpo e ginástica

- história da ginástica

- como o corpo tem sido visto desde os primórdios da ginástica

- métodos de ginástica

- atividade física personalizada.

Ginástica escolar

- vivencia sem preocupação com técnica ou como exclusividade

- o que pode e da para ser utilizado da ginástica dentro do contexto e com o

cotidiano escolar

- criação de movimentos e coreografias

- materiais utilizados na pratica da ginástica e materiais alternativos

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- espaços na escola para a pratica

Ginástica na Sociedade Capitalista

- ginástica como preparação de um novo trabalhador, objetivos e

implicações (ginástica laboral).

- formas variadas de ginástica de academia, circense, rítmica, artística,

geral, relaxamento, da imitativa a esportividade.

- ginástica como apologia ao culto do corpo (padrões estéticos)

- ginástica como possibilidade de conhecimento, possibilidades e limites,

seus e dos outros.

- ginástica como domesticação e regulação imposto pelo capital

Lutas

- Tipos de lutas (artes marciais)

- Diferenças das lutas orientais e ocidentais

- Transformações pelas quais passam ao longo dos anos

-

Elementos Articuladores

A Desportivização

- como se deu nas diversas praticas corporais (ginástica, jogos, e

lutas)

A Mídia

- as práticas corporais e a mídia (consumismo, valores, sentidos e

significados).

A Saúde

. Saúde e meio social

. Alimentação saudável e pratica de atividade física

. Obesidade e anorexia

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. Aspectos anatomo fisiológico e pratica corporal (funcionamento do

corpo, seus limites, pratica corporal e condicionamento físico, avaliação física e

procedimentos).

. Lesões, primeiros socorros, consequências e sequelas,

treinamento de alto nível.

. Doping, consequências e sociedade capitalista.

O Corpo

. Visão de corpo na historia

. A visão não dualista de corpo

. Modelos de corpo construídos hegemonicamente e determinados

como referencial de beleza

Tática e Técnica

- Uso de técnicas e táticas relacionada as influencias e condicionantes

históricos

- Tática e técnica mais um dos objetivos traçados ao longo da pratica

pedagógica

- Técnica e tática e sua transitoriedade, criação de novas técnicas para

execução dos mais variados movimentos.

O Lazer

. Como forma de possibilidade de pratica no tempo livre

A Diversidade

. Inclusão da diversidade na escola (étnico, social, sexual, alunos

com necessidades especiais).

. Aspectos legais (lei 10.639 73)

. Abordagens relativas a gênero, sexualidade, sexismo e outras

formas de preconceito e aulas de educação física (reconstrução de conceitos e atitudes

tratamento e o outro não como objeto, mas como ser humano).

De acordo com a Lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003 que regulamenta o

118

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ensino da Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino serão acrescidas as

seguintes temáticas aos conteúdos:

• Estudo das práticas corporais da cultura negra, em diferentes momentos

históricos.

•Manifestações corporais da cultura afro brasileira.

•Brinquedos e brincadeiras da cultura africana e sua ressignificação na nas

práticas corporais afro-brasileiras.

•Jogos praticados pelos afrodescendentes e africanos numa perspectiva

histórica.

•Manifestações corporais expressas no folclore brasileiro.

•A capoeira, seus significados e sentidos no contexto histórico-social, como

elemento da cultura corporal. Por meio da capoeira, torna-se possível resgatar

a historicidade do negro, desde o momento em que foi retirado do continente

africano. São exemplos significativos os seus dança de guerra, festa caça,

como a da puberdade e as grandes caminhadas pelas florestas. Tais elementos

representam subsídios na construção de propostas para o trabalho pedagógico

nas escolas.

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido,

levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que está

inserido, seguindo as estratégias: prática social, problematização, instrumentalização,

catarse e o retorno à prática social.

• Prática Social caracterizasse com uma preparação (aluno) para a

construção do conhecimento escolar.

• Problematização trata do desafio, e o momento em que a prática social é

colocada em questão, analisada e interrogada.

• Instrumentalização é o caminho por meio do qual o conteúdo sistematizado

é colocado disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao

incorpora-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e

profissional.

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• Catarse é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que

assimilou.

• Retorno á Prática Social é o ponto de chegada do processo pedagógico na

perspectiva histórico-crítica.

E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA

O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser

individual ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, traduzida em forma de notas,

que serão registradas no livro de classe.

Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para

revisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como

planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades

constatadas nas diversas manifestações corporais, evidenciadas nas: brincadeiras, jogos,

ginástica, esporte.

F) BIBLIOGRAFIA

BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. Cadernos

CEDES v. 19. n.18 Campinas, 1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares da Educação Física para o Ensino Médio. Versão preliminar, junho de 2008

________Introdução à diretrizes curriculares. Profª Yvelise F. S. Arco-Verde (org.)

Curitiba: SEED, 2006-10-25

________Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais

e para o Ensino de História da Cultura Afro-Brasileira e Africana – Lei 10639/03. Cadernos

Temáticos. SEED, PR.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Estadual São Bartolomeu - Ensino

Fundamental e Médio. Apucarana- Pr 2006

Professores: Amauri Redigolo

Luiz Rafael Ribeiro Moço

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11.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENSINO RELIGIOSO

A) APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso é uma disciplina que há muito tempo vem fazendo parte dos

currículos escolares, percebemos que ao longo do tempo assumiu diversas

características pedagógicas e foi ministrado nos diversos períodos da história do Brasil.

No período do Brasil colônia foi quando se incluiu os temas religiosos na educação

brasileira com a Companhia de Jesus, com o objetivo de catequizar os indígenas fazendo

com que eles deixassem suas crenças e aderissem aos ensinamentos da Igreja Católica

Apostólica Romana.

Já no advento da república, devido os ideais positivistas de separação de estado e

igreja, e com o critério de laicidade a educação tende a uma certa neutralidade.

Em 1934, com o Estado Novo foi instituída a disciplina de Ensino Religioso nos currículos

da educação pública, mas com o direito individual de liberdade de credo. Para elas, uma

vez que estivesse, legalmente, garantindo o direito de não participar do ensino religioso, a

liberdade de credo do cidadão já estaria garantida.

Isto, no entanto, não significava um respeito às liberdades religiosas, a questão

religiosa desse período era restritiva, pois aquele que não pertencia à religião hegemônica

(cristã), frequentando ou não as aulas de Ensino Religioso, não tinha o privilégio de ter

sua religião estudada na escola pública.

Contrário do que acontecia no Brasil com a Declaração Universal dos Direitos

Humanos, que declara que toda pessoa tem direito de pensamento, consciência e

religião, este direito inclui a liberdade de e manifestar essa religião ou crença pelo ensino,

pela prática, pelo culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em

particular.

No Brasil, este posicionamento foi sentido na década de 60, porém as aulas de

Ensino Religioso ainda eram ministradas por professores voluntários ligados às

denominações religiosas, com isso a responsabilidade pelos docentes não era do estado.

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Somente com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua correção,

em 1997 pela Lei 9.475. De acordo com o artigo 33da LDBEN, o Ensino Religioso

recebeu a seguinte caracterização:

Art.33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação

básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de

Educação básica assegurando o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas

quaisquer formas de proselitismo. Os sistemas de ensino regulamentarão os

procedimentos para a definição dos conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as

normas para a habilitação e admissão de professores.

Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes

denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.

Com isso houve na história do Brasil um modelo laico e pluralista dos temas

religiosos na educação impedindo qualquer forma de prática catequética nas escolas

públicas.

Houve a imposição aos profissionais responsáveis pela disciplina de Ensino

Religioso a tarefa de repensar a fundamentação teórica sobre a qual se apoiar aos

conteúdos a serem trabalhados em sala, a metodologia a ser utilizada etc.

No Estado do Paraná houve debates constituídos por grupos de educadores

ligados às escolas, às entidades religiosas, às universidades e às Secretarias de

Educação permitiram rever aspectos relativos ao Ensino Religioso preocupando-se em

elaborar materiais pedagógicos e cursos de formação continuada.

Após algum tempo com a mudança do artigo 33 da LDBEN 9.394/96 e finalmente

com a elaboração dos PCN feita pelo MEC do ano de 1997, chega-se a conclusão que o

Ensino Religioso é componente curricular da Educação Básica e de suma importância

para a formação do cidadão, para seu pleno desenvolvimento como pessoa.

É vetada qualquer forma de doutrinação ou proselitismo, bem como propunha o

respeito as diversidade cultural e religiosa do Brasil. E é por consequência, é parte do

dever constitucional do estado em matéria educativa.

Podemos destacar os notáveis avanços obtidos na contemporaneidade em relação

ao Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná como:

− O repensar do objetivo de estudo da disciplina;

− O compromisso com a formação continuada dos docentes;

− A consideração da diversidade religiosa no Estado frente à superação das

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tradicionais aulas de religião;

− A necessidade do diálogo e do estudo na escola sobre as diferentes leituras do

Sagrado na sociedade;

O ensino da disciplina em cuja base se reconhece a expressão das diferentes

manifestações culturais e religiosas.

Todas essas mudanças mencionadas foram se aperfeiçoando ao longo do tempo,

tudo isso para mostrar ao educando que religião e conhecimento religioso são patrimônios

da humanidade, pois se constituíram historicamente na inter-relação dos aspectos

culturais, sociais, econômicos e políticos.

Com isso a disciplina de Ensino Religioso deve orientar-se para a apropriação dos

saberes sobre as expressões e organizações religiosas das diversidades culturais na sua

relação com outros campos do conhecimento. Superando preconceitos e consolidando o

respeito à diversidade cultural e religiosa.

B) OBJETIVOS

A disciplina de Ensino Religioso vai oferecer subsídios para que os estudantes entendam

como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o

Sagrado. Com isso possibilitará estabelecer relações entre culturas e espaços por elas

produzidos, em suas marcas de religiosidade.

A partir desse enfoque o Ensino Religioso contribuirá para:

− Superar desigualdades étnico-religiosas;

− Garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por

consequência, o direito à liberdade individual e política;

− Atenderá os objetivos da educação básica que, segundo a LDB 9394/96, é o

desenvolvimento da cidadania;

− Superar toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo

de preceitos e sacramentos, pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou

moral impõe um modo adequado de agir e pensar, de forma heterônoma e

excludente, ela impede o exercício da autonomia de escolha, de contestação e até

mesmo de criação de novos valores.

C) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.

O conteúdo estruturante em termos metodológicos propõe-se, um processo de

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ensino a de aprendizagem que estimule a construção do conhecimento do educando

através de abordagens de conteúdos escolares que tratem das diversas manifestações

religiosas e culturais, dos seus ritos, das suas paisagens e dos seus símbolos, e formas

diversas de religiosidade.

Por tanto no Ensino Religioso qualquer religião deve ser tratada como conteúdo

escolar, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural das pessoas e faz parte de

diferentes modelos de sociedades.

A disciplina de Ensino Religioso propiciará ao educando uma compreensão e análise

das diferentes manifestações do Sagrado e a interpretação de seus múltiplos significados,

ainda a forma de como a sociedade é influenciada pelas tradições religiosas. Isso

promoverá a ele a oportunidade de se tornarem capazes de entender os movimentos

específicos das diversas culturas e como o elemento religioso colabora parta a construção

do sujeito.

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude

que contribui para o desenvolvimento humano, envolve conceitos, teorias e práticas de

uma disciplina escolar.

Os conteúdos Estruturantes da disciplina de Ensino Religioso

propostos são:

− Paisagem Religiosa;

− Universo Simbólico Religioso;

− Texto Sagrado

PAISAGEM RELIGIOSA

Define-se paisagem religiosa por uma combinação de elementos culturais e

naturais que remetem experiência com o Sagrado sobre uma série de representações

sobre o transcendente e o imanente, presentes nas diversas tradições culturais e

religiosas. Assim, a paisagem religiosa é parte do espaço social e cultural construído

historicamente pelos grupos humanos, é uma imagem social. Ela se dá pela

representação do espaço, da história e do trabalho humano. São as paisagens religiosas

que remetem às manifestações culturais e nelas agrega um valor que conduz o imaginário

à consagração.

A paisagem religiosa pode ser constituída, predominantemente, por elementos

naturais (astros, montanhas, florestas, rios, grutas, etc.) estes lugares expressão a fé do

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homem e também estão, essencialmente, carregadas de um valor Sagrado.

Todas estas paisagens se transformam temporariamente num universo

especialmente simbólico, resultante das crenças existentes na tradição religiosa. Por sua

vez, em lugares Sagrados são realizados, regularmente, ritos, festas e homenagens em

prol da manifestação de fé de determinados grupos.

UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

Universo Simbólico Religioso é um conjunto de linguagens que expressam

sentidos, comunica e exerce papel relevante para a vida imaginativa e para a construção

das diferentes religiões no mundo.

Sua complexa realidade configura o Universo Simbólico Religioso tem como

chave de leitura as diferentes manifestações do Sagrado no coletivo, cujas significações

se sustentam em determinados símbolos religiosos que têm como função resgatar e

representar as experiências das manifestações religiosas.

De modo geral, a cultura sustenta por meio de símbolos, que são criações

humanas cuja função é comunicar ideias. Por tanto são parte essencial da vida humana,

todo sujeito se constitui e se constrói por meio de inúmeras linguagens simbólicas, não só

no que diz respeito ao Sagrado, mas em todo o imaginário humano.

Estão presentes em quase todas as manifestações religiosas e também no

cotidiano das pessoas.

TEXTO SAGRADO

Os textos Sagrados expressam ideias e são o meio de dar viabilidade à

disseminação e à preservação de diferentes tradições e manifestações religiosas, o que

ocorre de diversas maneiras.

Sua característica é o reconhecimento feito pelo grupo, ele transmite uma

mensagem originada do ente sagrado. Ao serem articulados Textos Sagrados e Ritos

como festas religiosas, situações de nascimento e morte, as diferentes tradições e

manifestações buscam criar mecanismos de unidade e de identidade do grupo de

seguidores, de modo a assegurar que os ensinamentos sejam consolidados e

transmitidos às novas gerações e novos adeptos.

Os textos Sagrados registram fatos relevantes da tradição e manifestação

religiosa, sendo entre eles: as orações, a doutrina, a história, que constituem sedimento

no substrato social de seus seguidores e lhes orientam as práticas.

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Os textos Sagrados se tornam muito importantes para a disciplina de Ensino

Religioso, pois permite identificar como a tradição e as manifestações atribuem às

práticas religiosas o caráter sagrado e em que medida orienta ou estão presentes nos

ritos, nas festas, na organização das religiões, nas explicações da vida e morte.

CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO PARA 6º ANO

− Organizações Religiosas

− Lugares Sagrados

− Símbolos Religiosos

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas estão baseadas nos princípios fundacionais

legitimando a intenção original do fundador e os seus preceitos. Assim estabelecem

fundamentos, normas e funções a fim de compor elementos mais ou menos determinados

que unam os adeptos religiosos e definem o sistema religioso.

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos de modo

institucionalizado. Serão tratadas com conteúdos, sob a ênfase das principais

características, estruturas e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as

diferentes formas de compreensão e de relações com o Sagrado. Poderão ser

destacados:

• Os fundadores e/ou líderes religiosos;

• As estruturas hierárquicas.

Ao tratar de líderes o professor enfatizará as implicações da relação que eles

estabelecem com o Sagrado, quando a sua visão de mundo, atitudes, produções

religiosas mundiais e regionais e seus respectivos líderes estão: o Budismo (Sidarta

Gautama), o Cristianismo (Cristo), Confucionismo (Confúcio), o Espiritismo (Allan Kardec),

o Taoímo (Tão Tse), etc.

LUGARES SAGRADOS

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de

reverência, de culto, de identidade. As principais praticam de expressão do sagrado

nestes locais:

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• Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeira, etc.

• Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, cemitérios, etc.

No processo pedagógico o professor e o aluno podem identificar Lugares Sagrados

para as diferentes tradições religiosas em função de fatos considerados relevantes, tais

como morte, nascimento, pregação, milagre, redenção ou iluminação de um líder

religioso.

As peregrinações os cultos, os templos, as sinagogas, as igrejas, as mesquitas, os

cemitérios, as catacumbas, as criptas e os mausoléus, também se tornam lugares

Sagrados.

TEXTOS SAGRADOS ORAIS OU ESCRITOS

Entende-se por ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas

diferentes culturas religiosas, como cantos, narrativas, poemas, orações, pinturas

rupestres, tatuagens, histórias contadas pelos mais velhos como: escritas cuneiformes,

hieróglifos egípcios, etc. Entre eles destacam-se Vedas, o Velho e o Novo Testamento, o

Tora, o Al Corão e textos sagrados das culturas africanas e indígenas.

SIMBOLOS RELIGIOSOS

São linguagens que expressam sentimentos pode ser uma palavra, um som, um

gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação matemática, cores, textos e

outros que podem ser trabalhados conforme os seguintes aspectos:

Dos ritos;

Dos mitos;

Do cotidiano.

Entre eles estão representados como a arquitetura religiosa, os mantras, os paramentos,

os objetos, etc.

CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO PARA 7º ANO

TEMPORALIDADE SAGRADA

O tempo da revelação do Sagrado constitui, privilegio em que o humano se liga ao

divino. Enquanto o tempo profano onde o homem experimenta a passagem do tempo em

que, basicamente, um momento é igual ao outro.

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Ao homem religioso esta sempre aberta à possibilidade de parar a duração temporal

profana é, por meio de ritos e celebrações, entrar em contato com o Sagrado. Essa ideia

é o que fundamenta a vida após a morte e marca as religiões.

Pode-se trabalhar a Temporalidade Sagrada na disciplina de Ensino Religioso como:

o evento da criação, os calendários, seus templos sagrados, (nascimento de líder

religioso, passagem de ano, data de rituais, festas, dias da semana, calendários

religiosos).

Ex: O natal (cristão), Kumba Mela (hinduísmo), Losar (passagem do ano tibetano), etc.

FESTAS RELIGIOSAS

São eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos

diversos: Confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.

Peregrinações

Festas familiares

Datas comemorativas

Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup (indígena),

Festa de lemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.

RITOS

São praticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um

conjunto de rituais. Pode ser compreendido como a recapitulação de um acontecimento

sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes

tradições/manifestações religiosas e também podem remeter as possibilidades futuras a

partir de transformações presentes.

Ritos de passagem

Mortuários

Propiciatórios

Outros

Exemplos: Dança (Xire), Candomblé, Kiki (Kaigang – ritual fúnebre), Via Sacra, Festejo

indígena de colheita, etc.

VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para além da morte as diversas tradições/manifestações

religiosas e sua relação com o sagrado.

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O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas:

Reencarnação

Ressurreição – ação de voltar à vida

Além Morte

Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se torna presentes

Outras interpretações

D) METODOLOGIA

O encaminhamento teórico metodológico da disciplina pressupõe um constante

repensar das ações que subsidiarão o trabalho, focando sempre o respeito às diversas

manifestações religiosas com o objetivo de ampliar e valorizar o universo cultural dos

educandos. Para tanto, é fundamental aproximar as disciplinas com as demais áreas do

conhecimento.

Todo o conhecimento trabalhado nas aulas de Ensino Religioso tem como

intencionalidade contribuir para a superação do preconceito à ausência ou à presença de

qualquer crença religiosa, bem como da discriminação de qualquer expressão do

Sagrado, para isso tornasse fundamental colocar o aluno em contato com a diversidade

cultural religiosa, buscando compreender cada uma delas no contexto dos diferentes

povos e/ou grupos.

Nesse contexto as aulas serão encaminhadas por intermédio da leitura de textos

escritos e/ou imagéticos, análise de recortes de filmes depoimentos discussões e

produções de textos individuais ou em grupos. Outro encaminhamento utilizado é o da

pesquisa individual e/ou em grupo via internet, entrevistas, materiais impressos sobre

conhecimentos que compões o conteúdo programático. O material disponível na página

eletrônica da Secretaria de Estado da Educação e do NRE também contribuem para o

encaminhamento das análises e explicações por meio da TV pen drive. Além desses

recursos é possível utilizar materiais e/ou jogos e atividades online. Propõe-se aula

dialogada a partir da experiência religiosa do educando e dos seus conhecimentos

prévios para, em seguida, apresentar o conteúdo a ser trabalhado.

RECURSOS DIDÁTICO -PEDAGÓGICO E TECNOLÓGICO

- TV multimídia

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- DVD

- CD

- Cartaz

- Livro didático

- Filmes

- Revistas

- Pen drive

- Textos de apoio

E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Atividades em sala de aula

Interpretação de textos

Trabalhos em grupos abordando temas dados

Ilustrações, leituras de textos, confecções de cartazes, poemas.

F) REFERÊNCIAS

- Parâmetros Curriculares Nacionais – Editora Ave Maria – São Paulo 1997

- Cartilha Diversidade Religiosa e Direitos Humanos – Gráfica da Assembleia

Legislativa da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná SEE d1

2006.

- Ensino religioso Capacitação para um Novo Milênio, Fórum Nacional Permanente do

Ensino Religioso.

- Lei n 10.639, 9 de janeiro de 2003.

- Dialogo – Revista de Ensino Religioso Edições Paulinas

- Apontando Novos Caminhos para o Ensino Religioso

- Subsídios para 5 série SEED/DEF/ASSINTEC. 2003

- África e Brasil! Africano – Editora Ática 2006

- Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná –

SEED/D1 2006.

- Ensino Religioso Capacitação para um novo milênio.

- Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso.

- O Sagrado no Ensino Religioso – SEED.

- Apostila organizada pelo professor Luís Antônio Burim.

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11.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FÍSICA – ENSINO MÉDIO

A) APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda a sua complexidade,

permitindo conhecer as leis gerais da Natureza que regulam o desenvolvimento dos

processos que se verificam, tanto no Universo circundante como no Universo em geral. O

objetivo da Física consiste em descobrir as leis gerais da Natureza e esclarecer, com

base nelas, processos concretos.

Desde os tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade

observava a natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir

subsistência. A Física é uma das mais antigas disciplinas acadêmicas, talvez a mais velha

de todas através de sua inclusão na Astronomia. Ao longo dos dois últimos milênios, a

Física foi considerado sinônimo de Filosofia, Química e certos ramos da Matemática e,

mas, durante a Revolução Científica no século XVI, ela tornou-se uma ciência única e

moderna por mérito próprio. Assim sendo, Física como disciplina escolar, propõe aos

estudantes o estudo da natureza, sua evolução, suas transformações e as interações que

nela ocorrem.

A Física é tanto significante como influente, em parte porque os avanços na sua

compreensão que foram muitas vezes traduzidos em novas tecnologias, mas também as

novas ideias na Física muitas vezes ressoam com as outras ciências, matemáticas e

filosóficas. Por exemplo, avanços na compreensão do Eletromagnetismo influenciaram

diretamente o desenvolvimento de novos produtos que transformaram drasticamente a

sociedade moderna (exemplo: televisão, computadores e eletrodomésticos); avanços na

Termodinâmica influenciaram o desenvolvimento no transporte motorizado; avanços na

Mecânica inspiraram o desenvolvimento do cálculo.

Assim sendo, os conteúdos disciplinares, inclusive os da Física, devem ser

tratados, na escola, de modo contextualizado, estabelecendo-se, entre elas, relações

interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se

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apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Desta perspectiva,

propõe-se que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais,

políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e

propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística nos

contextos em que elas se constituem.

Essa concepção de escola orienta para uma aprendizagem específica, colocando

em perspectiva o seu aspecto formal e instituído, o qual diz respeito aos conhecimentos

historicamente sistematizados e selecionados para compor o currículo escolar. E, de que

currículo se fala?

Embora se remeta ao saber produzido e acumulado pela humanidade como fonte

dos saberes escolares, podendo-se inferir o direito dos estudantes da Educação básica

ao acesso a esses conhecimentos, uma das principais críticas ao currículo definido pelo

cientificismo/academicismo é que ele trata a disciplina escolar como ramificação do saber

especializado, tornando-a refém da fragmentação do conhecimento. A consequência disso

são as disciplinas que não dialogam e, por isso mesmo, fechadas em seus redutos,

perdem a dimensão da totalidade.

Outra critica a esse tipo de currículo argumenta que, ao aceitar o status quo dos

conhecimentos e saberes dominantes, o currículo cientificista/academicista enfraquece a

possibilidade de constituir uma perspectiva crítica de educação, uma vez que passa a

considerar os conteúdos escolares tão somente como “resumo do saber culto e elaborado

sob a formalização das diferentes disciplinas” (SACRISTAN, 2000, p. 39). Esse tipo de

currículo se “concretiza no syllabus ou lista de conteúdos. Ao se expressar nesses termos,

é mais fácil de regular, controlar, assegurar sua inspeção, etc., do que qualquer outra

fórmula que contenha considerações de tipo psicopedagógico” (SACRISTAN, 2000, p. 40)

O currículo que se propõe à Educação Básica é aquele que ofereça ao estudante,

a formação necessária para o enfretamento com vistas à transformação da realidade

social, econômica e política de seu tempo. Esta ambição remete às reflexões de Gramsci

em sua defesa de uma educação na qual o espaço de conhecimento, na escola, deveria

equivaler à idéia de atelier-biblioteca-oficina, em favor de uma formação, a um só tempo,

humanista e tecnológica.

Tal currículo proposto, baseado nas dimensões científica, artística e filosófica do

conhecimento, entende a escola como espaço do confronto e diálogo entre os

conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular.

A Física, portanto, atua como um campo estruturado de conhecimentos que

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permite a compreensão dos fenômenos físicos que cercam o mundo macroscópico e

microscópio e tem como objetivos gerais:

• Evidenciar a construção do conhecimento físico como um processo

histórico, em estreita relação com as condições sociais, políticas e

econômicas de determinada época;

• Mostrar o desenvolvimento histórico dos modelos físicos para dimensionar

corretamente os modelos atuais, sem dogmatismo ou certezas definitivas;

• Apresentar as unidades e as relações entre as unidades de uma mesma

grandeza física para fazer traduções entre elas e utiliza-las adequadamente;

• Identificar regularidades, associando fenômenos que ocorrem em situações

semelhantes, para utilizar as leis que expressam essas regularidades, na

análise e previsões de situações do dia a dia;

• Identificar diferentes movimentos que se realizam no no cotidiano e as

grandezas relevantes para sua observação (distâncias, percursos,

velocidade, massa, tempo,etc.) buscando características comuns e formas

de sistematizá-los (segundo, trajetórias, variações de velocidade, etc.);

• Reconhecer que as modificações nos movimentos são consequências de

interações, por exemplo, identificando que, para um carro parado passar a

deslizar em uma ladeira, é necessário uma interação com a Terra;

• Reconhecer a Física como construção humana, aspectos de sua história e

relações com o contexto cultural, social, político e econômico;

• Construir e investigar situações-problema, identificar a situação física,

utilizar modelos físicos, generalizar de uma ou outra situação, prever,

avaliar, analisar previsões;

• Esclarecer que tabelas, gráficos e expressões matemáticas podem ser

diferentes formas de representação de uma mesma relação, com

potencialidades e limitações próprias, para ser capaz de escolher e fazer

uso da linguagem mais apropriada em cada situação, além de poder traduzir

os significados dessas várias linguagens;

• Revelar o papel desempenhado pelo conhecimento físico no

desenvolvimento da tecnologia e a complexa relação entre ciência e

tecnologia ao longo da história;

• Mostrar as formas pelas quais a Física e a tecnologia influenciam nossa

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interpretação do mundo atual, condicionando formas de pensar e interagir;

• Compreender a responsabilidade social que decorre da aquisição de

conhecimento, mobilizando-se para diferentes ações, seja na defesa da

qualidade de vida, da qualidade das infra-estruturas coletivas, seja na

defesa de seus direitos como consumidor;

• Evidenciar que, se de um lado a tecnologia melhora a qualidade da vida

humana, do outro ela pode trazer efeitos que precisam ser ponderados para

um posicionamento responsável;

• Mostrar o desenvolvimento histórico da tecnologia, nos mais diversos

campos e suas consequências para o cotidiano e as relações sociais de

cada época, identificando como seus avanços foram modificando as

condições de vida e criando novas necessidades. Esses conhecimentos são

essenciais para dimensionar corretamente o desenvolvimento tecnológico

atual, por meio tanto de vantagens como de seus condicionantes;

• Levar ao acompanhamento do desenvolvimento tecnológico

contemporâneo;

• Evidenciar, em situações concretas, a relação entre Física e a ética.

B) Conteúdos Estruturantes/Básicos da disciplina

1. – Movimento – é o conteúdo que trabalha as idéias de conservação de

momentum e de energia, pois elas pressupõem o estudo de simetrias e leis

de conservação, em particular da Lei da Conservação de Energia,

desenvolvida nos estudos da Termodinâmica, no século XIX, e considerada

uma das mais importantes leis da Física.

• Momentum e Inércia;

• Conservação da quantidade de movimento;

• Impulso;

• Leis de Newton;

• Energia e o Princípio da Conservação de Energia;

• Gravitação.

2. – Termodinâmica – os estudos podem ser desdobrados a partir das Leis da

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Termodinâmica, em que apareçam conceitos como temperatura, calor

trocado e o trabalho realizado, num determinado processo físico que

envolve a presença de um corpo e/ou sistema e o meio exterior e as

primeiras formulações da conservação de energia, sobretudo os trabalhos

de Mayer, Helmholts, Mazwell e Gibbs. O estudo e o desenvolvimento da

termodinâmica surgiram da necessidade de criar máquinas e de aumentar a

eficiência das máquinas existentes naquela época, as máquinas a vapor.

Leis da Termodinâmica;

Lei zero da Termodinâmica;

1ª Lei da Termodinâmica;

2ª Lei da Termodinâmica.

3. – Eletromagnetismo – o estudo desse conteúdo possibilita compreender o

conceito de carga elétrica, o que pode conduzir ao conceito geral de carga

no contexto físico de partículas, ao estudo de campo elétrico e magnético.

Trata também de conteúdos relacionados a circuitos elétricos e eletrônicos,

responsáveis pela presença da eletricidade e dos aparelhos eletrônicos no

cotidiano, com a presença e a importância da eletricidade no cotidiano.

• Carga elétrica;

• Campo e ondas eletromagnéticas; Força eletromagnética;

• Equações de Maxwell: Lei de Gaus para eletrostática, Lei de Coulomb, Lei de

Àmpere, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday;

• A natureza da luz e suas propriedades.

C) METODOLOGIA

O planejamento do trabalho de sala de aula é a base da construção do processo de

ensino e de aprendizagem. Têm-se a possibilidade de saber exatamente o ponto de

partida e o ponto de chegada de cada tema abordado.

Sendo o ensino e a aprendizagem um processo ativo e coletivo, deve estar

baseado nas interações aluno-aluno, aluno-professor, professor-aluno.

O Ensino de Física considera a ciência uma produção cultural, objeto humano

construído e produzido nas e pelas relações sociais, sendo que o processo de ensino-

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aprendizagem deve partir do conhecimento trazido pelos estudantes, fruto de suas

experiências de vida em seu contexto social. Interessam, em especial, as concepções

alternativas apresentadas pelos estudantes e que influenciam a aprendizagem de

conceitos do ponto de vista científico.

A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino que

contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos, proporcionando melhor

interação entre professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e

social no ambiente escolar.

Ainda que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para essa

disciplina, saber Matemática não pode ser considerado um pré-requisito para aprender

Física. É preciso que os estudantes se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase

aos aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.

Os recursos que poderão ser utilizados são: aulas expositivas sobre os temas

centrais; trabalho de campo com observações; usos de vídeos; sites da internet; jornais

com temas abordando notícias científicas; aulas práticas; interpretações de textos;

resoluções de problemas e exercícios.

A problematização de situações que envolvam um conteúdo físico possibilita aos

estudantes levantarem hipóteses na tentativa de explicar as questões propostas pelo

professor. Observem-se os seguintes passos:

2) Iniciar um conteúdo a partir de uma problematização exige do professor muito mais

uma postura questionadora, do que a do professor que responde as questões ou

fornece explicações;

3) Na sequência, cabe ao professor a organização do conhecimento para a

compreensão do conteúdo problematizado, através do encaminhamento mais

apropriado escolhido também por ele;

4) O encaminhamento dado pelo professor, através de diversas estratégias de ensino,

deve possibilitar ao estudante, analisar e interpretar as situações iniciais propostas

e outras que são explicadas pelo mesmo conhecimento (DELIZOICOV e ANGOTTI,

2000, p. 54-55).

A partir desse encaminhamento metodológico e das relações entre

professor/estudantes e dos estudantes entre si, intensificam-se as possibilidades de

debates e discursos aproximando os sujeitos e facilitando a criação, a análise, a

formulação de conceitos, o desenvolvimento de idéias e a escolha de diferentes caminhos

para o encaminhamento da atividade. Ainda, privelegia-se o confronto entre as

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concepções prévias do estudante e a concepção científica, o que pode facilitar a

formação de um conceito científico.

D) AVALIAÇÃO

O resultado, a observação e a concepção do conhecimento devem ser

diagnosticados durante a avaliação, um processo contínuo e cumulativo.

A avaliação compreendida como na prática reflexiva e diagnóstica que orienta a

intervenção pedagógica, bem como dar indicativos para acompanhar e aperfeiçoar o

processo ensino-aprendizagem, buscando utilizar técnicas e instrumentos diversificados,

com a finalidade educativa expressa na proposta pedagógica.

Entendem-se como instrumentos de avaliação: confronto de textos, trabalhos em

grupos, avaliações escritas, experimentação e relatos.

Tendo como finalidade o crescimento do educando e consequentemente o

aperfeiçoamento da práxis pedagógica. A avaliação se caracteriza como um processo que

objetiva explicitar o grau de compreensão da realidade, emergentes na construção do

conceito. Isto ocorre com o confronto de textos, trabalhos em grupo, avaliações escritas,

experimentações e etc., servindo também para que o professor avalie seu trabalho. Do

ponto de vista quantitativo, o professor deve orientar.

Pelo estabelecido no regime escolar, qual prevê no caso do educando, ter

alcançado o conhecimento que seja oportunizado a ele a revisão do, contudo, ou seja,

oferecido uma recuperação, que deverá ser paralela, recuperando tanto os conteúdos ,

como as notas.

Quanto aos critérios de avaliação em Física, devesse verificar:

•A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e

aprendizagem planejada;

•A compreensão de conteúdos físicos presentes em textos científicos e não científicos;

•A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as

teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os

conhecimentos da Física.

Como exemplo de instrumentos de avaliação, a partir de uma aula de

experimentação, pode-se pedir ao aluno um relatório individual, com questões, abertas

que permitam a exposição de suas ideias. Isso o levará a refletir sobre o fenômeno

discutido nas questões. No caso de prática demonstrativa, isto é, realizada pelo professor,

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pode-se pedir um relato explicativo, por escrito, da experiência. O relatório individual e o

relato explicativo são, nesse caso, os instrumentos de avaliação. Nas questões que

estruturam esses instrumentos estarão os critérios de avaliação.

Assim, o professor terá subsídios para verificar a aprendizagem dos estudantes e,

se for o caso, poderá interferir no processo pedagógico revendo seu planejamento. Por

fim, reiterasse, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do conhecimento pelos

estudantes e desempenhar seu papel na democratização deste conhecimento. Como ato

educativo, a avaliação potencializa o papel da escola cria condições reais para condução

do trabalho pedagógico.

5 – Conteúdos Obrigatórios

A proposta pedagógica curricular contempla a Legislação vigente, através da

abordagem das temáticas de Desenvolvimento Sócio Educacional, os quais se tornaram

conteúdos obrigatórios.

5.1 – Educação Tributária Dec. Nº1143/99, portaria Nº413/02

Os tributos pagos pelos brasileiros equivalem atualmente a quase 40% das

riquezas produzidas no país (PIB). Com isso o Brasil já atingiu a média da carga tributária

dos países mais ricos do mundo.

Nesse grupo de nações ricas, há várias que têm a carga inferior a brasileira, como

os Estados Unidos (25,78%) e a Austrália (30,68%). Só na Europa existem cargas

tributárias maiores do que a nossa: Suécia (51,35%), Dinamarca (49,85%), Bélgica

(46,85%) e França (45,04%).

Tributos diretos e indiretos – os impostos certamente se destacam entre os demais

tributos e sobre eles há muita coisa importante que você deve saber, pois você também

paga impostos. Que ver? Existem impostos diretos que são aqueles cobrados com base

nos bens, nas rendas e salários dos contribuintes, mas também existem impostos

indiretos que incidem sobre a produção e comercialização de mercadorias, recaindo sobre

as vendas dos produtos industrializados.

Ao se abordar sobre calorimetria, a importância da descoberta da máquina a vapor

para o desenvolvimento industrial, as transformações físicas das matérias na indústria

para se obterem determinados produtos, os custos de tais produções, o preço pago pelo

consumidor, os impostos geralmente embutidos nos preços dos produtos e que todos nós

pagamos, muitas vezes sem saber que estamos pagando, enfim, poder-se-ia abordar a

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Educação Tributária.

A Constituição Federal, de 1988, em seu artigo, parágrafo 5º diz que o contribuinte

deveria ser informado sobre esses impostos, mas inexiste até hoje legislação específica

para regular a matéria. Trabalhando a Física dessa maneira, estaríamos reconhecendo a

Física como construção humana, os aspectos de sua história e relações com o contexto

cultural, social, político e econômico.

5.2 – Enfretamento à violência contra a criança e adolescente

Esse tema, com certeza, deve ser pensado e trabalhado em todas as disciplinas do

currículo. Para tentar erradicar a violência na escola ou ao menos tentar minimizá-la, a

Física poderia lançar mão de atividades que proporcionam a socialização entre

estudantes, educadores e toda a escola. Poderiam ser feitas atividades com filmes, onde

se pode abordar a Cinemática, a Ótica, a Acústica, enfim, vários ramos dessa disciplina.

Ou então jogos que abordam a questão da rapidez (velocidade), movimentos, interações,

etc.

5.3 – Prevenção ao uso indevido de drogas

A produção e o consumo de drogas evidenciam transformações que utilizam tanto

processos químicos (reações) como processos físicos, por parte de todas as substâncias

envolvidas, levando à dependência. Ao se abordar na Física a questão da energia, que

inclusive não provém unicamente de alimentos, mas também da ingestão de drogas,

estaríamos, antes de qualquer coisa, trabalhando a conscientização. Por exemplo, no

contexto militar, as anfetaminas – “comprimidos de energia” – foram intensamente

utilizadas por soldados, durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, para combater o

cansaço, a fome e o sono; a morfina era, e ainda pode ser utilizada, para as dores físicas

e mutilações. Muitos soldados que sobreviveram à guerra tiveram como resultado da

ingestão indevida de drogas a dependência química e física. Outro exemplo é a aplicação

de substâncias entorpecentes em crianças – comumente conhecida por “benção da mãe”

– durante a Revolução industrial, uma vez que as mães necessitavam estar fora de casa

por longos períodos do dia. Nos círculos desportivos, alguns atletas apelam para a

administração de substâncias químicas, com o objetivo de aumentar o seu desempenho

(força, rendimento, velocidade, impulso, etc.), ou seja, todos os conceitos relacionados à

Física.

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5.4 – História do Paraná – Lei Nº. 13381/01

Na História do Paraná, em 1976, a indústria dava saltos expressivos, como a

instalação de uma fábrica de ônibus e caminhão em Curitiba e em 1977, o inicio do

funcionamento da refinaria Presidente Getúlio Vargas. Realiram-se ainda nessa época os

primeiros grandes melhoramentos que fizeram da capital paranaense um modelo de

novas soluções urbanísticas: inaugurou-se a primeira parte das ciclovias da cidade e

surgiu o sistema de ônibus expressos.

Aumentaram, no entanto, as disputas de terra, até mesmo em reservas indígenas,

assim como denuncias de graves perturbações ambientais causadas pelo crescente

número de barragens para construção de usinas hidrelétricas nos rios Iguaçu,

Paranapanema, Capivari e Paraná.

Em 1982, o desaparecimento do salto das Sete Quedas, imposto pela necessidade

de formar o imenso reservatório da represa de Itaipu, provocou intenso movimento de

protesto. Agravava-se também, ainda em meados da década de 1990 a questão da terra,

com atentados e manifestações de trabalhadores sem terra.

Assim, dentro do tema Energia, em Física, pode-se abordar a importância da

criação da Usina de Itaipu, assim como a questão energética no País, além das questões

ambientais.

5.5 – Música – Lei Nº. 11769/2008

O estudo da Acústica em Física é fascinante e atrai a atenção das pessoas e, não

somente de estudantes, mas principalmente deles. Compositores brincam, fazem

metáforas, falam de fenômenos físicos em suas músicas. No entanto, até mesmo pessoas

que gostam dessas músicas, às vezes não entendem ou tais conceitos passam

despercebidos. Analisemos alguns trechos de músicas e façamos uma analogia com a

Física.

• “Mas nós vibramos em outra frequência / Sabemos que não é bem assim / Se

fosse fácil achar o caminho das pedras / Tantas pedras no caminho não seria ruim”.

Trecho da música “Outras frequências”, cantada pelos Engenheiros do Hawai. “...

Vibramos em outra frequência” – frequência é definida com a quantidade de

oscilações por unidade do tempo. Vibrar em outra frequência é oscilar

diferentemente de outro referencial em um mesmo intervalo de tempo.

• “Quando o segundo Sol chegar / Para realinhar as órbitas dos planetas /

Derrubando com assombro exemplar / O que os astrônomos diriam se tratar de

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outro cometa”. Trecho da música “O Segundo SOL” cantada por Cássia Eller e /ou

Nando Reis. É praticamente impossível a existência de um segundo Sol. Porém se

chegasse a existir, as órbitas dos planetas do sistema solar seriam realinhadas em

razão da existência de outro corpo massivo (o segundo Sol), em que a Lei da

Gravitação Universal (massa atrai massa) teria papel fundamental nessa

circunstância.

5.6 – Sexualidade Humana

O tema sexualidade na Escola, é um dos mais polêmicos e de maior

dificuldade para ser tratado. Por esta razão, deve ser abordado da maneira menos

preconceituosa possível. De quem é a responsabilidade de educar, sexualmente, os

jovens e por que não os menos jovens? Inicialmente responderíamos que é

responsabilidade dos pais, da escola, enfim, da sociedade como um todo. Mas,

sabemos que na prática, não é bem assim que as coisas acontecem. Na realidade,

hoje é a escola que possui cada vez mais a responsabilidade de educar os alunos

para uma sexualidade saudável. Sabemos também que em sua maioria, as escolas

não estão cumprindo este papel com eficiência. Como motivo está o despreparo dos

professores em abordar o tema, cheio de tabus, e a concorrência desleal dos meios de

comunicação que acabam confundindo a cabeça do nosso jovem. Em um momento

estão fazendo campanha para uso de camisinha, e no outro instante estão

promovendo a promiscuidade, principalmente em novelas que “descrevem o dia a dia,

quando jovens praticam sexo sem usar a tal camisinha (com raras exceções). Mas,

retornemos a escola. Um dos principais motivos em que a responsabilidade passou a

ser da escola é a falta de convivência familiar. Pai e mãe trabalham fora de casa e não

participam efetivamente da vida escolar dos filhos. Outro fator relevante é a falta de

formação e informação dos pais a respeito do assunto, polêmico e com muitos

paradigmas, preferem na maioria dos casos não falar do assunto com os filhos.

É de fundamental importância o papel da escola na educação sexual, isto

desde a pré-escola. Se a criança cresce aceitando a sua sexualidae, certamente terá

uma vida sexual saudável. Mas, para que o sucesso seja alcançado é necessária,

antes de tudo, a preparação dos educadores. Refiro-me a todos, não somente os

professores de ciências ou de psicologia, nisso se inclui também, o professor de

Física. Esta preparação envolve o repensar de conceitos sexuais e a conseqüente

quebra de tabus existentes ainda hoje. Como por exemplo, a homossexualidade,

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encarada como um “desvio social”. A mudança envolve todos os segmentos da escola,

professores, pedagogos e a direção. É uma corrente que, na falta de apenas um dos

seus elos, não serve a seu propósito.

É pura demagogia querer uma escola moderna com real interesse na

formação de seus alunos, enquanto ainda existirem colegas que se barbarizam e

marginalizam adolescentes grávidas, alunos homossexuais. Ou ainda que não admita,

por exemplo, que a masturbação é parte do processo sexual.

E, para se discutir a sexualidade humana, as oportunidades “surgem” por si

só, em diversas ocasiões e debates entre os próprios estudantes, sem estar

“diretamente” relacionada a um conteúdo específico da disciplina. É necessário

repensar conceitos e atitudes e não ignorar a sexualidade. O tema deve ser tratado

como coisa normal e essencial, assim como beber águia, comer ou respirar. Quando

todos nós encaramos a sexualidade desta maneira, sem sombra de dúvidas, teremos

ao menos, batalhados por uma geração sexualmente saudável e responsável.

5.7 – História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei Nº 11.645/08

Não temos como descartar a influência cultural dos povos africanos e

indígenas na formação eclética de nossa cultura. A mascação da folha de coca, por

exemplo, é utilizada até hoje pelos povos andinos como forma de diminuir a fome e o

cansaço. Os índios sempre consumiram alucinógenos em seus rituais com o objetivo

de se encontrarem com as divindades. Manuscritos egípcios apontam o uso do ópio

em 6 000 a.C., sendo utilizado, principalmente, para abrandar o choro das crianças e

no tratamento das diarréias.

As heranças culturais entre os índios e descendentes africanos brasileiros

guardam muitas semelhanças. Ambos os povos que deram origem aos brasileiros

(negros e índios) foram expulsos de suas terras, roubados em suas culturas,

desvalorizados quanto as suas vozes-línguas, execrados nos seus costumes, feridos

quanto a suas crenças religiosas e estigmatizados quanto as suas identidades, para

que assim servissem aos desejos do colonizador como marionetes vivas. Entretanto,

como observou Freire (2004) os povos em questão utilizaram-se de uma “Manha

histórica” como postura de sobrevivência e resistência. É esta manha histórica que

deu origem a tão rica cultura (música, dança, arte, literatura, etc.). A cultura afro-

indígena brasileira é herdeira de grande beleza e peculiaridade singular.

Assim sendo, tanto a música (Acústica) quanto a dança (Cinemática,

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Dinâmica) são conteúdos cuja abordagem é de suma importância, refletindo assim a

herança cultural deixada por tais povos. E, ainda em outras abordagens como a

construção de calendários e a contagem do tempo, as constelações, o gnômon. O

relógio de sol, a arte e geometria nas pinturas corporais e dos utensílios, formas,

volumes, a exploração com responsabilidade da fauna e da flora, construção de

canoas, flechas, armas, utensílio, o emprego de metais, a exploração de

conhecimentos matemáticos geométricos na construção de Pirâmides do Egito, enfim,

um vasto campo de conhecimentos e contribuições.

5.8 – Educação Ambiental – Lei Federal Nº9795/99, Dec.4201/02.

Historicamente o setor de geração de energia elétrica vem produzindo

grandes impactos ambientais e sociais em toda a sua cadeia de produção. Porém,

apenas recentemente o debate sobre os diferentes impactos ambientais provocados

pela geração e utilização desta energia tem feito parte da agenda mundial de

discussões. Os problemas decorrentes da degradação ambiental, resultantes das

ações antropogênicas sobre a Terra, tiveram maior destaque a partir da Conferência

de Estocolmo (UM Conference on the Human Environment), realizada em 1972. Neste

encontro enfatizou-se a necessidade de se reaprender a conviver com o planeta Terra,

conservando-o e, em alguns casos, preservando-0 para garantir a continuidade da

vida. Entretanto, foi a partir das discussões da Comissão Mundial para mo Meio

Ambiente e o Desenvolvimento (World Commission on Environment and

Development), documentado no relatório Nosso Futuro Comum (BRNDTLAND,1987),

que os debates se voltara para a necessidade de se repensar o modelo de

desenvolvimento vigente que orienta as organizações humanas, que tem como um de

seus pressupostos básicos o consumo intensivo perdulário de mercadorias e de

energia, traduzido de forma mais explicita no chamado “american way of life”. Os

valores que sustentam este modelo de desenvolvimento caracterizam-se, sobretudo,

pela exagerada ênfase no aspecto econômico e implica na exploração sem limites dos

recursos naturais e na utilização de tecnologias que produzem em larga escala.

Para Leff (2001) a problemática ambiental – a poluição e degradação do

meio, a crise de recursos naturais, energéticos e de alimentos – tem sido explicada

pela racionalidade econômica e tecnológica dominantes. Contrapondo-se a este

modelo de racionalidade produtiva que degrada o ambiente, vários ambientalistas e

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outros setores organizados da sociedade têm procurado construir uma racionalidade

produtiva alternativa. Entretanto, a organização prática desta construção teórica não

está limitada apenas pela transformação das condições econômicas, tecnológicas e

políticas que determinam as formas dominantes de produção, mas, em última análise,

“estão sujeitas também a certas ideologias teóricas e delimitadas pro paradigmas

científicos que dificultam as possibilidades de reorientar as práticas produtivas para

um desenvolvimento sustentável” (LEFF, 2001, p.61).

Não desconsiderando a importância da linguagem matemática no ensino de

ciências naturais, fundamentalmente no ensino de Física, a prática de ensino nesta

área deve ser enriquecida, a fim de propiciar aos estudantes a capacidade de coletar

dados e informações relativos a fenômenos vivenciados em seu cotidiano, analisar

esses dados, interpretando os conceitos fundamentais e relacionando-0s com os

fenômenos com os quais se deparam no dia a dia.

5.9 – Direitos das Crianças e Adolescentes – Lei Federal Nº11525/07

A importância do ensino de Física está relacionada com o compromisso de

evidenciar, em situações concretas, a relação entre a Física e a ética, além de mostrar

a referida disciplina como fator de construção humana, essencial ao desempenho do

papel de cidadão do ser humano enquanto papel imprescindível à formação histórica

da humanidade.

O ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, conforme o próprio nome

demonstra, é um estatuto ou codificação que trata do universo mais específico

vinculado ao tratamento social e legal que deve ser oferecido às crianças e

adolescentes de nosso país, dentro de um espírito de maior proteção e cidadania

decorrentes da própria Constituição promulgada em 1988. O ECA dispõe sobre a

proteção integral à criança e ao adolescente, sendo fruto da lei 8.069 de 13 de julho de

1990, que no ano de 2008 completou “maioridade” de existência.

Consoante a própria Lei, é caracterizada na condição de criança àquele de

idade até doze anos incompletos, e adolescente é àquele que estiver entre doze e

dezoito anos de idade, determinando que ambos devem usuftuir de todos direitos

fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral do ECA.

Também estabelece que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e

do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos

referentes à vida< à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à

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profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência

familiar e comunitária.

Destaca que nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer

forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão,

punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos

fundamentais. Acrescente-se que também no seu artigo 7º, disciplina que a criança e o

adolescente têm direito à proteção à vida e a saúde, mediante a efetivação de políticas

sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso,

em condições dignas de existência.

Cabe aos pais o dever do sustento, guarda e educação dos filhos menores,

cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as

determinações judiciais. Importante destacar que a falta ou a carência de recursos

materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do pátrio poder.

Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e

seus descendentes. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela

ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, sendo

que sempre que possível, a criança ou adolescente deverá ser previamente ouvido e a

sua opinião devidamente considerada. Consoante a mesma Lei, a criança e o

adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua

pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, sendo

dever de o Estado assegurar à criança e ao adolescente o ensino fundamental,

obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria,

progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio, além do

atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, e atendimento

em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade, dentre outros na

esfera educacional, inclusive com eventuais programas suplementares de material

didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

E) REFERÊNCIAS

SILVA,Cláudio Xavier da; BARRETO, Carlos Filho, Física aula por aula. São Paulo, v. 1,

2, 3, ed. FTD, 2010.

GREF. Física 1/2/3. EDUSP, 1991.

PARANÁ, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação Diretrizes

curriculares da educação básica, Paraná, 2008

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Livro Didático Público do Estado do Paraná: Física. Curitiba: SEED/DEPG, 2006.

SACRISTAN, j. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. p. 39 - 40, Trad. Ermani F.

da Rosa, Porto Alegre e: ed. Artemed ,2000.

Delizoicov, D & Angotti J. A. Metodologia do Ensino de Ciências. P. 54 – 55, São Paulo:

Cortez, 2000.

http://educacao.uol.com.br/cidadania/tributos-impostos-taxas-contribuicoes-e-a-esperada-

reforma-tributaria.jhtm, acessado em 16/04/2012.

www.escolacooperativa.com.br/downloads/drogas_na_escol1.doc, acessado em

16/04/2012.

www.parana.blog.br/progressos-e-problemas/, acessado em 16/04/2012

ttp://www.brasilescola.com/fisica/fisica-nas-musicas.htm, acessado em 16/04/2012

http://profecortez.blogspot.com.br/2008/01/sexualidade-na-escola.html, acessado em

16/04/2012

SILVA, Luciano Fernandes; CARVALHO, Luiz Marcelo de. A Temática Ambiental

e o Ensino de Física na Escola Média: Algumas Possibilidades de Desenvolver o

Tema Produção de Energia Elétrica em Larga Escala em uma Situação de Ensino.

Rev. Bras. Ensino. Fís. Vol. 24 nº3, são Paulo, sept. 2002,

Profª Rocelita Aparecida Menoci Neves

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11.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - FILOSOFIA

A) APRESENTAÇÃO

A filosofia no ensino médio pode ser interpretada como uma disciplina cultura que

trabalha com aquilo que pode dar sentido, ao discurso, ás coisas,ao mundo,á vida em

seus amplos e ou profundos aspectos. Essa característica acaba repercutindo no ensino

de filosofia e, desse modo á disciplina acaba sendo alvo de uma ampla demanda no

ensino médio.

O mundo contemporâneo no seu acelerado e definitivo processo de mutações

culturais,de mudanças tecnológicas,justamente daquilo que determina o

comportamento,ou seja,da vida humana de modo geral,exige uma profunda reflexão

sobre,o sentido,isto é,sobre uma significação que poderia sustentar a experiência

e,principalmente,suprir a lacuna deixada pela perda do ideal transcendência, da visão

sistêmica da totalidade e da unidade.

De certa maneira, em meio a dispersão intelectual na multiplicidade de saberem

científicos e tecnológicos,a filosofia é apresentada como uma tentativa de suprir uma

carência que é insanável pelos recursos próprios não só das disciplinas cientificas e

tecnológicas,mais também dos saberes em geral,ou seja,a filosofia no ensino médio visa

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recuperar da unidade de sentido ético para a vida contemporânea. Como diz Comparato:

“[...]o saber tecnológico não é apenas condição de Desenvolvimento de sistemas de organização Social,mas também um dos grandes instrumentos De exercício do poder. Pode-se mesmo dizer que a Utilização da tecnologia como recurso de poder Foi a maior de todas as invenções dos povos Europeus, e um dos principais elementos de Distinção entre a antiguidade e a era moderna.[...] a capacidade de fazer ou criar,bem como a De estudar e aprender,malgrado sua origem Divina,conduzem a humanidade á catástrofe,Quando separadas da sabedoria do agir.”

(COMPARATO,F.K,Ética,2006). Portanto,a filosofia,entendida a partir de suas sub-áreas especificas,como por

exemplo,a Ética,a Política,e a Teoria do Conhecimento,pode ser também interpretada

como uma pedagogia,ou seja, em certo sentido,toda filosofia é a descrição de um

caminho que leva da opinião ao conhecimento. Neste sentido a disciplina de filosofia vida

oportunizar aos adolescentes e aos jovens atualizar os sentidos

morais,éticos,sociais,políticos,cognitivos,científicos,estéticos e culturais em uma unidade

de sentido carente tanto aos recursos próprios das ciências e tecnologias,quanto ao

mundo contemporâneo e pragmático tão voltado para as soluções imediatistas.

Deste modo optamos por seguir a seqüência cronológicas dos autores e o fio do

desenvolvimento histórico do pensamento filosófico ocidental,dando ênfase aos

caracteres próprios da filosofia no que diz respeito ás sub-áreas de Metafísica,Teoria do

Conhecimento e Filosofia Moral,em seus desdobramentos na Ciência,Ética e na Filosofia

Política,por considerar que tal método poderia recuperar o sentido do passado,para

entender o presente e abrir caminhos ao futuro.

Começaremos pelos clássicos da antiguidade grega passando brevemente por autores

relevantes historicamente do Período Médio e Moderno,culminado na

contemporaneidade,tendo em vista contribuir para perspectivas teóricas e praticas

futuras.

Fundamentos Teóricos Metodológicos

A fundamentação teórico-metodológica desta Proposta Pedagógica Curricular está

pautada nas Diretrizes Curriculares de Filosofia enquanto espaço de análise e criação de

conceitos.

Tendo em vista os objetos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia,as aulas

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serão no sentido de levar o aluno a questionar sua

realidade,analisar,comparar,decidir,planejar e expor idéias,em como ouvir e respeitar as

de outrem configurando um sujeito critico e criativo.Igualmente,as atividades nas aulas

ocorrerão conforme o tema a ser tratado exigindo a sensibilização propriamente dita

(através de um problema,questionado dos próprios alunos,uso de textos e/ou

filmes,etc.),aulas expositivas(com abertura ao debate),estudo e reflexão de textos de

caráter filosóficos ou que possam dar margem á reflexão de cunho filosófico. Redação e

apresentação de trabalhos,em que os alunos demonstrarão ou não a apreensão dos

temas e problemas investigados através da criação de conceitos. Dessa forma cremos

estar caminhando em direção ao desenvolvimento de valores importantes para a

formação do estudante do ensino médio:solidariedade,responsabilidade e compromisso

pessoal para que estes alunos possam no futuro ter uma visão critica da sociedade e

analisá-la de forma mais abrangente e profunda.

*Aulas expositivas.

* Discussões e debates.

* Seminários

*Exercícios práticos de vestibular

*Produção textual

B) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos apresentados nesse planejamento seguem os orientações da DCE de

Filosofia, o qual se organizou também o livro didático publico de Filosofia,a partir de

conteúdos denominados conteúdos estruturantes,ou seja,conteúdos que se constituíram

historicamente e são basilares para o ensino de filosofia. MITO E FILOSOFIA,TEORIA

DO CONHECIMENTO,ÉTICA, FILOSOFIA POLÍTICA, ESTÉTICA E FILOSOFIA DA

CIÊNCIA. A partir dos conteúdos estruturantes,adaptamos os conteúdos específicos e

complementares que irão ser trabalhados com os alunos no decorrer do ano letivo.

Conteúdo Básico por série

1º ANO

Saber mítico;

Saber Filosófico;

Relação entre Mito e Filosofia;

Atualidade do Mito

O que é a Filosofia?;

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Formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica;

2º ANO

Ética e Moral;

Pluralidade ética;

Ética e Violência;

Razão,desejo e vontade;

Liberdade:autonomia do sujeito e a necessidade das normas;

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania forma e/ou participativa.

3º ANO

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética;

Natureza da arte;

Filosofia e arte;Categorias estéticas:feito,belo,sublime,trágico,cômico,grotesco,gosto,etc.

Estética e sociedade.

Conteúdos Específicos

1º ano

Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na série

Saber Mítico

Estrutura do pensamento mítico Características do Mito

Saber Filosófico Estrutura do pensamento filosófico pré-socrático

Características do pensamento filosófico pré-socráticoRelação entre

Mito e Filosofia

Diferenças e semelhanças entre o mito e a filosofia pré-socrática

Atualidade do A presença do discurso mítico nos filmes e na cultura moderna

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MitoO que é

Filosofia?

Principais características da filosofia ?racionalidade,conceito e

explicitação.

Possibilidade do

conhecimento

Diferenças entre o relativismo de Protágoras e a perspectiva

epistemológica de Platão.

Formas de

conhecimento

Ceticismo

Dogmatismo

Racionalismo

EmpirismoO problema da

verdade

Verdade como correspondência

Verdade como revelação

Verdade como convenção A questão do

método

Diferenças entre método dedutivo e indutivo

As regras do método cartesianoConhecimento

E lógica

Silogismo

Falácias

Retórica

2º ano

Conteúdo

Básico

Especialidade da abordagem na série

Ética e Moral Origens históricas da moral ocidental

Diferença entre moral e ética

Pluralidade e

ética

Diferentes concepções: eudaimonista, hedonista, cristã

Liberal, niilista, etc

Ética e

Violência

O problema da alteridade

O problema das virtudes

Razão desejo

e vontade

O conflito entre alma racional e alma irracional em Platão e

Aristóteles

Amizade

Liberdade

Liberdade

autonomia

Conceitos de liberdade

Livre-arbítrio

Liberdade e cidadania Relações entre

comunidade e

Estado e violência

Os conceitos de Virtude e Fortuna em Maquiavel

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poder

Liberdade e

igualdade

política

Conceito de Isonomia e Iségoria

Liberdade e liberalidade

Política e

ideologia

Liberalismo

Republicanismo

Socialismo

Marxismo

Esfera pública

e privada

Conceito de esfera pública

Conceito de espera Privada

Condições de instauração do espaço públicoCidadania

formal e/ou

participativa

A crise de representação

A questão da legitimidade da democracia participativa

3º ano

Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na sérieConcepções de ciência O que é ciência?

Concepções antiga e moderna de ciênciaA questão do método

cientifico

O método dedutivo e indutivo

Falseabilidade empírica

Ruptura epistemológica Contribuições e limites

da ciência

Ciência e sociedade

Paradigmas científicos

Ciência e ética

Bioética

A ciência e as suas conseqüências sociais

Ciência e senso comum

Natureza da arte

Historia da arte

Concepções de arte

Finalidade da arte

C.METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia, as

aulas serão no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar,

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decidir, planejar e expor ideias, bem como ouvir e respeitar as de outrem configurando um

sujeito crítico e criativo. Igualmente, as atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a

ser tratado exigindo a sensibilização propriamente dita (através de um problema,

questionamentos dos próprios alunos, uso de textos e/ou filmes, etc.), aulas expositivas

(com abertura ao debate), estudo e reflexão de textos de caráter filosófico - ou que

possam dar margem à reflexão de cunho filosófico. Redação e apresentação de

trabalhos, em que os alunos demonstrarão ou não a apreensão dos temas e problemas

investigados através da criação de conceitos. Dessa forma, cremos estar caminhando em

direção ao desenvolvimento de valores importantes para a formação do estudante do

ensino médio: solidariedade, responsabilidade e compromisso pessoal para que estes

alunos possam no futuro ter uma visão critica da sociedade e analisá-la de forma mais

abrangente e profunda.

D.AVALIAÇÃO

A proposta de trabalho para os alunos e a avaliação ocorrerá no sentido de

contribuir para o desenvolvimento do aluno, permitindo-lhe perceber seu próprio

crescimento e sua contribuição para a coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico

e somático (em caráter de zero a dez), conforme o desempenho individual e/ou coletivo

dos alunos.

Os instrumentos de avaliação são feitos através de trabalhos em sala e

extra classe, pesquisas, testes, provas, etc. O Sistema de Avaliação Bimestral, será

composto pela somatória da nota 6,0 ( seis ) referente a atividades diversificadas , mais a

nota 4,0 ( quatro ) referente a prova bimestral e o processo de recuperação ocorre de

forma paralela, permanente e concomitante ao processo ensino aprendizagem.

E. REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução

à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna, 1993. REALE, Giovanni. História da Filosofia. São

Paulo: Paulinas, volumes I, II e III, 1991.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São Paulo:

Saraiva 2005.

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.

SANTOS, M. Helena Varela, No Reino dos porquês, Porto Editora, 1990.

153

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HÜHNE, Leda Miranda, Fazer Filosofia, Rio de Janeiro, editora UAPÊ 1994.

CHALITA, Gabriel: Vivendo a filosofia, São Paulo, editora Ática, 2005.

RIUTORT, P. Compêndio de Sociologia, Paulus 2008.

ARANHA, M. L. A. e MARTINS, M. H. P., Temas de filosofia, 3ª edição, Moderna, 2005.

Livro Didático Público de Filosofia. DEM. Paraná: 2006.

GARCIA, José Roberto & VELOSO, Valdecir Conceição. Eureka: construindo cidadãos.

Florianópolis: Sophos, 2007.

COMPARATO, Fábio Konder, Ética: Direito, Moral e Religião no mundo moderno,

Companhia das Letras, São Paulo, 2006.

MACEDO JUNIOR, RONALDO PORTO: Curso De Filosofia Politica.

Do Nascimento Da Filosofia A Kant, 1ª Edição ATLAS, 2008.

CAILLE, ALAIN, LAZZERI, CHRISTIAN, SENELLART, MICHEL: Historia Argumentada Da

Filosofia Moral E Política, UNISINOS 2004.

AUDI, Robert, Dicionário de Filosofia de Cambridge, Paulus, São Paulo 2006.

11.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

A) Apresentação da Disciplina

As ideias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século

XIX, no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, pelo artigo 3 do decreto de 2 de dezembro de

1837, que previa, como um dos conteúdos contemplados, os chamados princípios da

geografia. A institucionalização da geografia no Brasil consolidou-se a partir da década de

1930, com o objetivo de servir aos interesses políticos do estado. Mas, há muito, a

Geografia deixou de ser somente uma mera inculcação do patriotismo, passando a

oferecer subsídios para os educandos desvendar o mundo pelo método de análise e

investigação, procurando formar um cidadão participativo e crítico, levando a conhecer o

espaço local, regional, nacional e mundial, bem como os interesses da sociedade em

comum, valorizando a cidadania e a conquista do seu próprio espaço.

A Geografia é uma Ciência que tem por objeto de estudo o espaço geográfico e

o modo dele ser produzido, resultado da inter-relação entre objetos e ações, segundo as

Diretrizes Curriculares que norteia essa Proposta Pedagógica Curricular. Para a

compreensão desse espaço geográfico essa ciência/disciplina possui um quadro

conceitual de referência: lugar, paisagem, território, redes, região, sociedade e natureza,

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cujo objetivo é desenvolver o raciocínio geográfico e formar uma consciência espacial.

B. Conteúdos Estruturantes/Básicos da disciplina

2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS 5ª

SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS 6ª

SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS 7ª

SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS 8ª

SÉRIE

Dimensão econômica do

espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão cultural e

Formação e transformação das paisagens

naturais e culturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

A formação, localização, exploração e utilização dos

recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades

produtivas e a (re)

organização do espaço geográfico.

As relações entre campo e

a cidade na sociedade capitalista.

A formação mobilidade das

fronteiras e reconfiguração

do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.A

transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

Movimentos migratórios e

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios do continente americano.

A nova ordem mundial, os territórios

supracionais e o papel do

Estado.

O comércio em suas

implicações socioespaciais

.

A circulação da mão-de-

obra do capital, das

mercadorias e das

informações.

A distribuição espacial das

As diversas regionalizações

do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os

territórios e o papel do Estado.

A revolução técnico-

científico-informacional e

os novos arranjos no espaço de produção.

O comércio mundial e as implicações

socioespaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os

155

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demográfica do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

A mobilidade populacional e

as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

suas motivações.

O espaço rural e a

modernização da agricultura.

A formação, o crescimento

das cidades, a dinâmica dos

espaços urbanos e a urbanização.

A distribuição espacial das atividades

produtivas, a (re)

organização do espaço geográfico.

A circulação de mão-de-

obra das mercadorias e

das informações.

atividades produtivas, a

(re) organização do espaço geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista.

O espaço rural e a

modernização da agricultura.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

Os movimentos migratórios e

suas motivações.

As manifestações sociespaciais da diversidade

cultural.

Formação, localização, exploração e utilização dos

recursos naturais.

indicadores estatísticos da

população.

As manifestações sociespaciais da diversidade

cultural.

Os movimentos migratórios

mundiais e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a

transformação da paisagem e

a (re) organização do

espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

O espaço em rede: produção,

transporte e comunicações

na atual configuração

territorial.

156

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2.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS - ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

A formação e transformação da paisagem;

A dinâmica da natureza e sua aplicação pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico;

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos do espaço e da produção;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial;

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente;

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticas da população;

Os movimentos migratórios e suas motivações;

As manifestações sociespaciais da

157

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diversidade cultural;

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

As implicações sociespaciais do processo de mundialização;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado.

C) Metodologia da Disciplina

O ensino da Geografia hoje foi pensado como uma coleção de conteúdos

renovados e críticos, cuja preocupação pedagógica é levar o aluno a construção de

conceitos e não meramente recebê-los prontos e memorizá-los.

Assim, o aluno é incentivado a refletir e discutir, tornando-se crítico através do

estudo da dinâmica da sociedade e da natureza.

Para que isso ocorra é preciso que o aluno passe a observar, descrever,

representar cartograficamente os espaços geográficos.

São fundamental, que se trabalhem diferentes tipos de mapas, Atlas, globo

terrestre atualizados em situações em que os alunos possam interagir com eles.

O estudo do meio o trabalho com imagens, representação dos lugares

próximos e distantes são recursos didáticos interessantes, por meio dos quais os alunos

poderão construir e reconstruir as imagens e as percepções da imagem local e global.

O ensino da Geografia, de uma forma geral, é realizado mediante aulas

expositivas ou leituras dos textos do livro didático, mapas, jornais, visitas, trabalhos de

campo, utilização de recursos audiovisuais, (TV multimídia, Internet, Projetor Multimídia

etc.).

De acordo com a legislação vigente no Brasil, a Geografia contemplam

conteúdos que prevêem o desenvolvimento social e da educação, contemplando a

História e cultura dos Povos indígenas (Lei 11645/08); História e Cultura Afro-brasileira

(Lei 10639/03); Política nacional de Educação ambiental; Cidadania e Direitos Humanos,

Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de

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Drogas e Gênero Sexual e a Educação do Campo, serão incorporados aos conteúdos

planejados à medida que se fizerem necessários e que surgirem oportunidades para os

mesmos.

Também trabalhamos com a Geografia do Paraná, para que o aluno analise as

transformações no espaço geográfico da sua região e as alterações na paisagem,

avaliando todas as circunstancias que possam ter contribuído para a formação da

sociedade atual, seja em âmbito cultural,social ou econômico.

D) Avaliação

A avaliação deverá ser feita de várias formas, num processo de observação

direta e indireta, continuamente, levando em consideração as diferenças nos ritmos de

aprendizagem, usando práticas variadas como leitura, interpretação e produção de textos

obtidos nos livros didáticos, jornais, revistas; leitura e interpretação de fotos, mapas,

imagens, tabelas gráficos, relatórios, maquetes e relatos de fatos vivenciados.

O sistema de avaliação adotado pelo Estabelecimento de ensino é bimestral e

será composto da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas, mais a

nota 4,0 (quatro vírgula zero) proveniente de provas escritas e/ou orais, totalizando nota

final de 10,0 (dez vírgulas zero). O peso da recuperação deverá ser proporcional às

avaliações como um todo, ou seja, equivalerá a nota 10,0 (dez vírgulas zero). A

recuperação será oportunizada a todos que não obtiveram nota máxima (10,0) seguindo

as orientações da LDB e Constituição.

E) BIBLIOGRAFIA:

ANDRADE, Manuel Correa. Geografia Ciência e Sociedade – SP. Atlas, 1987.

CAVALCANTI, L. de. S. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos: uma

contribuição de Vygotsky ao ensino de Geografia. Campinas, CEDS, v.24, n.66,

Campinas, 2005.

HOLFFMANN, J. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola a

universidade. Porto Alegre: Educação e Realidade,1993.

SANTOS, M. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.

___________A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo:

159

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Hucitec, 1996.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental, 2.009.

_____Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e

para o Ensino de História da Cultura Afro-Brasileira e Africana – Lei 10639/03. Cadernos

Temáticos. SEED, PR.

VESENTINI, J.W. Para uma geografia crítica na escola. São Paulo: Ática, 1992.

LACOSTE, Y. A . Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas:

Papirus, 1988.

PROFESSORES: ANGELA SZCZPANSKI

PAULO CESAR RONDINA

11.9 PROPOSTA PEDAGÓGICO CURRICULAR HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL

A) Apresentação da Disciplina

A disciplina de História foi introduzida nos currículos escolares brasileiros a

partir do século XIX, passou por diversas fases e alterações no seu processo de ensino

em virtude das influências teóricas e correntes de organização do pensamento.

Os historiadores e pesquisadores vêm considerando como ensino tradicional

de História vários contextos e fases vivenciadas. A história passou a existir como

disciplina escolar no Brasil com a criação do Colégio Pedro II, em 1837 e suas produções

foram elaboradas sob a influência da História metodológica e do positivismo,

caracterizadas, em linhas gerais, por uma História factual e linear e pela perspectiva de

valorização política dos heróis. Este modelo de ensino de História foi mantido no início da

República (1889).

Na década de 1930, debates teóricos levaram a inclusão da disciplina de

Estudos Sociais baseados em experiências norte-americanas e trazidos pela Escola

Nova. Na década de 1950, teve a continuidade dessa proposta por força da Lei nº

160

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5.692/71.

Durante o regime militar, a partir de 1964, o ensino de História manteve seu

caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do

ponto de vista factual e de uma sociedade hierarquizada e nacionalista não permitindo

análise crítica e interpretações dos fatos.

Somente na segunda metade da década de 1980, no início dos anos 1990,

cresceram os debates em torno das reformas democráticas na área educacional.

A reestruturação de novas diretrizes curriculares ajudou a identificar com mais

especificidade o objeto de estudos da disciplina que são os processos históricos

relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva

significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações (PARANÁ,

2008, p.46).

Dessa forma, buscamos ampliar e melhor fundamentar o desenvolvimento da

disciplina relacionando-o como uma História crítica da realidade vivida de acordo com as

produções e pesquisas mais recente. Elaboramos propostas de inclusão de conteúdos e

temas pertinentes, especialmente os indicados pela Lei nº 13.381/01, que torna

obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da rede publica estadual, os conteúdos de

História do Paraná, pela Lei nº 10.639/03, que inclui no currículo oficial da rede de ensino

a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-brasileira, pela Lei nº 11645/08, que

inclui História e cultura dos Povos Indígenas, pela Lei nº 9795/99 – Política Nacional de

Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação fiscal, Enfrentamento à

Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de

História e Cultura Afro-brasileira e Africana e a Diversidade: Relações Étnico-Raciais e

Diversidade Sexual e Educação no Campo.

B) Conteúdos Estruturantes

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais.

161

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Conteúdos Básicos - 6° Ano

• A experiência humana no tempo;

• O sujeito e suas relações com o outro no tempo;

• As culturas locais e a cultura comum.

Conteúdos Básicos - 7° Ano

• As relações de propriedade;

• A constituição histórica do mundo, do campo e do mundo da

cidade;

• A relação entre o campo e a cidade;

• Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

Conteúdos Básicos - 8° Ano

• História das relações da humanidade com o trabalho;

• O trabalho e a vida em sociedades;

• O trabalho e as contradições da modernidade;

• Os trabalhadores e as conquistas de direito.

Conteúdos Básicos – 9° Ano

• A constituição das instituições sociais;

• A formação do Estado;

• Sujeitos, Guerras e Revoluções.

C) Metodologia da disciplina

162

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Para que o ensino de história contribua com a construção da consciência

histórica é imprescindível à retomada constante da prática pedagógica do professor junto

aos seus alunos.

Para tanto a prática pedagógica partirá de alguns procedimentos

metodológicos: aula expositiva; problematização do conteúdo que se propõe a tratar,

partindo da experiência cotidiana e do interesse do educando; aguçar a curiosidade e o

desenvolvimento da prática da investigação, através de pesquisas e leitura do livro;

utilizar-se do livro didático, mas apontando suas limitações buscando outros referenciais

de diferentes interpretações; incrementar o uso de novas linguagens e tecnologias

(documentos, imagens, vídeos, revistas, jornais, mapas, quadro de giz, DVD, aparelho de

som etc.); desenvolver o espaço para debates, discussões, interpretações e opiniões

através de seminários, produção de texto, entrevistas, etc.

D) Avaliação

A avaliação propõe reflexos da prática pedagógica, bem como do aprendizado

do ensino de História. A avaliação objetiva a democratização do ensino, utilizando da

prática diagnóstica, compreendida num encaminhamento formativo, contínuo,

permanente, cumulativa, processual e diversificada, evitando a avaliação seletiva

excludente e autoritária.

Recorrerei a diferentes atividades como leituras, interpretação e análise de

textos, mapas, imagens e documentos, produção de narrativas históricas, pesquisas

bibliográficas, apresentação de seminários, resolução de exercícios, provas objetivas e

subjetivas e outros.

Os valores que simbolizam as avaliações perfazem um total de 100 pontos

somatórios para cada um dos bimestres letivos, sendo os mesmos divididos nas várias

atividades totalizando valor 6,0 e 4,0 da avaliação bimestral.

O processo de recuperação ocorrerá em caráter paralelo. No final de cada

bimestre será realizada uma avaliação para recuperação de notas e conteúdos no valor

de 10,0.

163

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E) Referências

- BOULOS, Junior Alfredo. História: Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD. 2009

(Coleção História: Sociedade e Cidadania). 6º Ano ao 9º Ano;

- COTRIM, Gilberto. Saber e Fazer História. São Paulo, 2005. 6º Ano ao 9º Ano;

- PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação das Relações Étnicas Raciais e para o Ensino de História da Cultura Afro-

brasileira – Lei 10.639/03. Cadernos temáticos SEED, PR;

- PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História para o

ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2009;

- PROJETO ARARIBÁ. História. São Paulo. Editora Moderna, 2006. 6º Ano ao 9º Ano;

- PROJETO POLITICO PEDAGOGICO (PPP). Colégio Estadual São Bartolomeu – Ensino

Fundamental e Médio;

- REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual São Bartolomeu – Ensino Fundamental e

Médio;

- SEED. Representações, Memórias, Identidades, Caderno Pedagógico de História do

Paraná, 2008;

- SCHMIDT, Mario. Nova História Critica. São Paulo. Nova Geração, 2003 6º Ano ao 9º

Ano.

PROFESSORES: LEONIRCE MOYA MAREZE

VANESSA CRISTINA HONÓRIO

164

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11.9.1 PROPOSTA PEGAGÓGICA CURRICULAR HISTÓRIA - MÉDIO

A . Apresentação Geral da Disciplina.

A disciplina de História foi introduzida nos currículos escolares brasileiros a

partir do século XIX, passou por diversas fases e alterações no seu processo de ensino

em virtude das influências teóricas e correntes de organização do pensamento.

Os historiadores e pesquisadores vêm considerando como ensino tradicional

de História vários contextos e fases vivenciadas. A história passou a existir como

disciplina escolar no Brasil com a criação do Colégio Pedro II, em 1837 e suas produções

foram elaboradas sob a influência da História metodológica e do positivismo,

caracterizadas, em linhas gerais, por uma História factual e linear e pela perspectiva de

valorização política dos heróis. Este modelo de ensino de História foi mantido no início da

República (1889).

Na década de 1930, debates teóricos levaram a inclusão da disciplina de

Estudos Sociais baseados em experiências norte-americanas e trazidos pela Escola

165

Page 166: POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · e as mensagens estéticas, educação para o movimento e para a cidadania, exigindo, portanto, o reconhecimento de alguns critérios do convívio

Nova. Na década de 1950, teve a continuidade dessa proposta por força da Lei nº

5.692/71.

Durante o regime militar, a partir de 1964, o ensino de História manteve seu

caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do

ponto de vista factual e de uma sociedade hierarquizada e nacionalista não permitindo

análise crítica e interpretações dos fatos.

Somente na segunda metade da década de 1980, no início dos anos 1990,

cresceram os debates em torno das reformas democráticas na área educacional.

A reestruturação de novas diretrizes curriculares ajudou a identificar com mais

especificidade o objeto de estudos da disciplina que são os processos históricos

relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva

significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações (PARANÁ,

2008, p.46).

Dessa forma, buscamos ampliar e melhor fundamentar o desenvolvimento da

disciplina relacionando-o como uma História crítica da realidade vivida de acordo com as

produções e pesquisas mais recente. Elaboramos propostas de inclusão de conteúdos e

temas pertinentes, especialmente os indicados pela Lei nº 13.381/01, que torna

obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da rede publica estadual, os conteúdos de

História do Paraná, pela Lei nº 10.639/03, que inclui no currículo oficial da rede de ensino

a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-brasileira, pela Lei nº 11645/08, que

inclui História e cultura dos Povos Indígenas, pela Lei nº 9795/99 – Política Nacional de

Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação fiscal, Enfrentamento à

Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de

História e Cultura Afro-brasileira e Africana e a Diversidade: Relações Étnico-Raciais e

Diversidade Sexual e Educação no Campo.

B-Conteúdos:

1º, 2º e 3º anos do Ensino MédioCONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de

Trabalho

Tema 1 - Trabalho escravo, servil, assalariado e o

trabalho livre.

Tema 2 - Urbanização e Industrialização .

Tema 3 - O estado e as relações de poder.

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Relações de

Poder

Relações

Culturais

Tema 4 - OS sujeitos, as revoltas e as guerras.

Tema 5 - Movimentos sociais, políticos e culturais e as

guerras e revoluções.

Tema 6 - Cultura e religiosidade.

C- Metodologia da Disciplina

Conforme orientação às diretrizes Curriculares da SEED-PR faremos recortes

temáticos para o ensino de História abordando as relações de trabalho, relações de

cultura e relações de poder, apoiados em textos produzidos para o Livro Didático público

de História. Utilizarei a narrativa histórica e interpretação de documentos como forma de

comunicação e abstração dos temas abordados.

Entre os princípios encaminhados para as aulas selecionarei:Aula

Expositiva,Leitura e interpretação de imagens, filmes,Exposição em sala,Realização de

debates,Realização de seminários,Discussão de filmes e documentários,Estudos de

textos e documento,Produção de texto,Entrevistas,Realização de pesquisas.

D- Avaliação

Propõe superar a avaliação meramente classificatória e realizando – as em

caráter processual, diagnostica continuada e valorizando a produção de conhecimento

avaliarei por meio de narrativas históricas, leituras, interpretação de documentos, leituras

diferenciadas, trabalhos em grupos, avaliações subjetivas e objetivas, debates e

produções de texto.

Os valores que simbolizam as avaliações perfazem um total de 100 pontos

somatórios para cada um dos bimestres letivos, sendo os mesmos divididos nas várias

atividades valor 6,0 e avaliação bimestral objetivas e subjetivas valor: 4,0.

O processo de recuperação ocorrerá em caráter paralelo. No final de cada

bimestre será realizada uma avaliação para recuperação de notas e conteúdos valor 100.

167

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E- Referencias Bibliográficas

PARANÁ. Secretaria de Estado e a Educação. Diretrizes Curriculares de História para o

Ensino Fundamental. Versão Preliminar, junho 2008.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações étnicas raciais

e para o ensino de História da cultura Afro – Brasileira e Africana –Lei nº 10.639/03.

Cadernos Temáticos SEED, PR.

PROJETO Político Pedagógico(PPP). Colégio Estadual São Bartolomeu – Ensino

Fundamental e Médio;

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual São Bartolomeu – Ensino Fundamental e

Médio;

FIGUEIRA, Diante Garcia. História Novo Ensino Médio, Editora Ática. São Paulo, 2005.

História/vários autores – Curitiba SEED, PR, 2006.

MOTA, Myriam B.Braik, Patricia R. História – das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo:

Moderna, 2005.

HOBSBAWM, Eric J. Sobre História. Trad.Cid Knipel ,Moreira, São Paulo : Companhia

das letras, 1998.

LE GOFF, Jacques. História e Memória, Trad.Bernardo Leitão. Campinas, SP : Editora da

UNICAMP,2003.

PINSKY, Jaime e Carla Bassanezi Pinsky História e Cidadania, Editora Contato.

BENSI, Luís Donisete Grupioni, Índios no Brasil, Global Editora, 4ª Edição. São Paulo,

2000.

SOUZA, Marina de Mello e, África e Brasil Africano, Editora Ática, 2ª Edição, São Paulo,

2008.

PROFESSORA: LEONIRCE MOYA MAREZE

168

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11.10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULA – LÍNGUA PORTUGUESA /

LITERATURA

A) Apresentação geral da disciplina

Histórico

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os

currículos escolares brasileiros nas últimas décadas do século XIX, e a preocupação com

a formação do professor dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.

Depois de institucionalizada como disciplina, o Latim moldou as primeiras

práticas de ensino.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino

da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da língua Portuguesa

foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e Poética,

169

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abrangendo, esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical

ganhou a denominação de Português e, em 1871 foi criado, no Brasil, por decreto imperial

o cargo de professor de português.

O ensino de Língua Portuguesa manteve sua característica elitista até meados

do século XX, quando se iniciou , no Brasil, a partir de 1967, “um processo de

democratização do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados exames

de admissão, entre outros fatores (...).” (Frederico & Osakabe, 2004, p.61)

Com a Lei 5692/71, o ensino da Língua Portuguesa, se pautou em teorias da

comunicação, sendo mais pragmática e utilitária e não se preocupando com o

aprimoramento das capacidades linguísticas do falante.

A partir dessa Lei, a disciplina de Português passou a denominar-se, no

primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação

em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries) baseando-se, principalmente nos

estudos de Jakobson, referentes à teoria da comunicação.

Durante a década de 70 e até os primeiros anos da década de 80, o ensino da

Língua pautava-se em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de

habilidades de leitura.

Os estudos linguísticos, centrados no texto e na interação social das práticas

discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram ao

Brasil em meados da década de 70 e contribuíram para fazer frente à pedagogia

tecnicista, geradora de um ensino baseado na memorização. A dimensão tradicional de

ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso,

contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise. No Brasil, essas

idéias tomaram corpo, efetivamente, a partir dos anos 80, com as contribuições teóricas

dos pensadores que integraram o Círculo de Bakhtin.

Quanto ao ensino da literatura, vigorou, até meados do século XX, a

predominância do cânone. A partir dos anos 70 o ensino de Literatura restringiu-se ao

então 2º grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.

A partir dos anos 80, os estudos lingüísticos levaram os professores à

discussão e ao repensar sobre o ensino da língua materna bem como para a reflexão

sobre o trabalho realizado na sala de aula.

No final da década de 90, os Parâmetros Curriculares Nacionais

fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções

170

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interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral

e escrita.

Concepção da Língua Portuguesa

Na concepção interacionista ou sociointeracionista a linguagem é interação,

ou seja, forma de ação entre sujeito histórica e socialmente situados que se constituem e

constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Fruto da criação humana, ela

pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho. Como afirma Geraldi n(1991,

p. 6), “a linguagem não é o trabalho de um artesão, mas trabalho social e histórico seu e

dos outros e é para os outros e com os outros que ela se constitui.” Através da

linguagem o homem se reconhece como ser humano, pois ao comunicar-se com outros

homens e trocar experiências, certifica-se de seu conhecimento do mundo e dos outros

com quem interage. Isso lhe permite compreender melhor a realidade em que está

inserido e o seu papel como sujeito social. Ressaltando esse caráter social da

linguagem, Bakhtin (1992) a vê, também, como enunciação, como discurso, ou seja,

como forma de interlocução em que aquele que fala ou escreve é um sujeito que em

determinada situação interage com um interlocutor, levado por um objetivo, uma intenção,

uma necessidade de interação.

Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que

precede de alguém, como pelo fato de que se dirige a alguém. Ela constitui justamente o

produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em

relação ao outro. Tais palavras evidenciam que todo texto é articulação de discursos –

palavras minhas e de outros que, alheias, tornam-se também minhas. São vozes que se

materializam através do texto que, como todo sistema de signos, tem sua coerência

atrelada à capacidade de compreensão do homem na sua vida comunicativa e

expressiva. O texto não é, portanto, uma coisa sem voz; é, sobretudo, um ato humano.

Assim, as condições em que a produção escrita acontece é que determinam o texto:

quem escreve, o que escreve, para quem escreve, com que objetivo, quando e onde

escreve, fato esse que conduz ao uso de uma certa variedade de língua, um certo

registro, um como escrever. Ao pensar no como escrever e, de modo especial, na

intenção que permeia o ato da escrita, o produtor/autor inevitavelmente terá que fazer

opção por um determinado gênero textual.

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B) Objetivos Gerais da Disciplina

Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo de

ensino:

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada

contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do

cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de

práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto

tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

• refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto,

assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

• aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a

sensibilidade estética dos alunos, propiciando, através da literatura, a constituição de

um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da

oralidade, da leitura e da escrita.

• Propiciar o contato com a cultura africana e afro-descendentes através de atividades que

tenham como foco a criança e o jovem negros, bem como suas famílias, em

diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da diversidade étnica

brasileira.

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Estes objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um processo continuado de ensino e aprendizagem que, por meio da inserção e participação dos alunos em processos interativos com a língua oral e escrita, inicia-se na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica do aluno e não se esgota no período escolar, mas estende-se por toda a sua vida.

C) Conteúdo Estruturante : Discurso como prática social

Conteúdos Básicos:

6º ano

Adivinhas;

Anedotas;

Bilhetes;

Cantigas de roda;

Cartão;

Convites;

Avisos;

Biografias;

Autobiografia;

Contos de fadas;

Tirinhas;

Lendas;

Cartazes;

Músicas; Piadas ;

Quadrinhas;

Receitas;

Trava- língua; Poemas;

Cartum;

Classificados;

Regras de jogo;

Rótulos/ embalagens;

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Fábulas;

Histórias em quadrinhos;

Narrativas de enigmas;

Temas do texto; Papel do locutor e interlocutores; Finalidade do texto;

Argumentos do texto;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos e outros;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Contexto de produção;

informatividade;

Divisão do texto em parágrafo;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica/ ortografia;

Concordância verbal/ nominal;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

7º ano

Narrativa de aventura/ fantásticas/ míticas;

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Narrativas de humor;

Crônica de ficção;

Fábulas; Músicas/ Letras de músicas;

Paródias;

Lendas;

Diário;

Exposição oral;

Debate;

Causos;

Comunicado;

Provérbios;

Notícias;

Reportagem;

Horóscopo;

Manchete;

Classificados;

Fotos;

Placas;

Pinturas;

Propagandas/ slogan;

Histórias em quadrinhos;

Bulas;

Tema do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

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Finalidade do texto;

Argumentos do texto;

Intertextualidade;

Ambiguidade;

Informações explícitas e implícitas;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, e outros;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Contexto de produção;

Informatividade;

Divisão do texto em parágrafos;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica/ ortografia;

Concordância verbal/ nominal;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, repetição, gírias, recursos semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Semântica;

8º ano

Contos populares;

Contos;

Memórias;

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Resumo;

Debate;

Palestras;

Pesquisa;

Relatório;

Exposição oral;

Mesa redonda;

Abaixo-assinado;

Entrevista (oral e escrita);

Seminário;

Carta ao leitor;

Depoimento;

Artigo de opinião;

Cartum;

Charge;

Classificados;

Anúncios;

Crônica jornalística;

Diálogo/ discussão argumentativa;

Cartazes;

Comercial para TV;

Filmes;

Resenha crítica;

Sinopses de filmes;

Vídeo Clip;

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Blog;

Chat;

Fotoblog;

Conteúdo temático;

Papel do locutor e interlocutor;

Finalidade do texto;

Argumentos do texto;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Ambiguidade;

Informações explícitas e implícitas;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos e outros;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Léxico;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Contexto de produção;

Informatividade;

Divisão do texto em parágrafos;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica/ ortografia;

Concordância verbal/ nominal;

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Marcas linguísticas: coesão, coerência, repetição, gírias, recursos semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;

Semântica (operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado, significado das palavras, expressões que denotam ironia e humor no texto).

9º ano

Crônicas de ficção;

Literatura de cordel;

Memórias;

Pinturas;

Romances;

Poesias;

Músicas;

Resumo;

Paródias;

Relatório;

Cartazes;

Resenha;

Seminário;

Texto de opinião;

Diálogo/ discussão argumentativa;

Carta ao leitor;

Editorial;

Entrevista;

Notícia/ reportagem;

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E-mail;

Carta de reclamação;

Carta de solicitação;

Depoimentos;

Ofício;

Procuração;

Leis;

Requerimento;

Telejornal;

Telenovela;

Teatro;

Conteúdo temático;

Papel do locutor e interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Argumentos do texto;

Conteúdo de produção;

Intertextualidade;

Discurso ideológico no texto;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos e outros;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Adequação do discurso ao gênero;

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Turnos de fala;

Variações linguísticas( lexicais, semânticas, prosódias entre outras);

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial do texto;

Divisão do texto em parágrafo;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica/ ortografia;

Concordância verbal/ nominal;

Sintaxe de regência;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos, (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Semântica ( operadores argumentativos; modalizadores; polissemia);

Adequação da fala ao contexto( uso de gírias, repetições, etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;

ENSINO MÉDIO

Contos;

Crônicas;

Contos de fada contemporâneo;

Textos dramáticos;

Narrativas em geral;

Romance;

Sinopses de filmes;

Charge;

Cartum;

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Tiras;

Novela fantástica;

Poemas;

Fábulas;

Textos argumentativos;

Diários;

Testemunhos;

Biografia;

Artigos de opinião;

Carta de leitor;

Carta ao leitor;

Reportagem/ notícia;

Manchete;

Editorial;

Letras de música;

Paródia;

Propaganda/ slogan;

Carta de emprego;

Carta de reclamação;

Carta de solicitação;

Curriculum vitae;

Resumo;

Resenha;

Relatório científico;

Debate regrado;

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Diálogo/ discussão argumentativa;

Júri simulado;

Telejornal;

Teatro;

Blog;

Chat;

Fotoblog;

E-mail;

Vídeo clip;

• A partir de determinados gêneros, o professor irá trabalhar as Escolas Literárias. Verificar p.57 a 59 – 74 a 77 (DCE)

Conteúdo temático;

Papel do locutor e interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Referência textual;

Argumentos do texto;

Conteúdo de produção;

Intertextualidade;

Discurso ideológico no texto;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, expressões facial, corporal e gestual, entre outros;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

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Contexto de produção do texto literário;

Progressão referencial;

Léxico;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódias entre outras); Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial do texto;

Divisão do texto em parágrafos;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica/ ortografia;

Concordância verbal/ nominal;

Sintaxe de regência;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Semântica : operadores argumentativos, modalizadores, polissemia;

Adequação da fala ao contexto (uso de gírias, repetições, conectivos, etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;

Vícios de linguagem;

Elementos semânticos;

D) Metodologia da Disciplina;

Partindo dos pressupostos teóricos apresentados na Estética da Recepção e

na Teoria do Efeito, as professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar

elaboraram o Método Recepcional: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo

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a novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu

próprio horizonte cultural; transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como

os do professor, da escola, da comunidade familiar e social. Alcançar esses objetivos é

essencial para o sucesso das atividades.

É papel do professor promover o amadurecimento do domínio discursivo da

oralidade da leitura e da escrita em sala de aula, para que os alunos possam

compreender e intervir nas relações de poder com seus próprios conceitos para que os

mesmos possam ter emancipação e autonomia em relação a maneira de pensar e às

práticas de linguagens fundamentais ao convívio social. O aluno só terá voz na sociedade

e visão de mundo se o mesmo dominar as práticas discursivas.

A fala é a prática discursiva mais utilizada no cotidiano da maioria das pessoas.

O aluno precisa saber falar com fluência diante de situações formais. A prática oral

realiza--se por meio de operações linguísticas complexas, relacionada a recursos

expressivos como a entonação. Deve-se levar em consideração a linguagem culta, de

acordo com ambientes formais ou informais, pois não se deve impor uma norma como se

fosse a única e desconsiderar as outras variedades, afirma Bagno (2003, pg. 17).

Pensar que o domínio da escrita é inato ou uma dádiva restrita a um pequeno

número de sujeitos implica distanciá-la dos alunos.

O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que se

faz a partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão,

intenções, interlocutor(es) dentre outros.

A leitura é vista como ato dialógico, interlocutivo. O leitor tem um papel ativo no

processo da leitura, e para se efetivar como coprodutor, procure pistas formais, formula e

reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu

conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência histórico-cultural.

E) Avaliação da Disciplina

É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um

processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do

aluno ao longo do ano letivo.

Em uma concepção tradicional, a avaliação da aprendizagem é vivenciada

como o processo de toma-lá-dá-cá. Ou seja, o aluno precisa devolver ao professor o que

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dele recebeu e, de preferência, exatamente como recebeu.

No entanto, a Lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

destaca a chamada avaliação formativa(capítulo II, artigo 24, inciso V, item a:”avaliação

contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os

eventuais provas finais”), vista como mais adequada ao dia a dia da sala de aula e como

grande avanço em relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao

somativo ou classificatório.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos

de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,

possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Informa ao

professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de

estratégia para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.

São estipulados os seguintes valores: 6,0 pontos de atividades diversificadas

e 4,0 para a avaliação bimestral .

RECUPERAÇÃO

O processo de recuperação ocorre de forma paralela, permanente e

concomitante ao processo ensino aprendizagem.

F) Bibliografia

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos – História

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e Cultura Afro-brasileira e Africana, Curitiba: 2005.

FARACO & MOURA. Português – Série Brasil, São Paulo: Ática,2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação . Currículo Básico para a

escola pública do estado do Paraná. 3ª ed. Curitiba, 1997.

PARANÁ / SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa Ensino Médio – Versão preliminar, SEED, 2008

FARACO, Carlos Alberto, Português: Língua e Cultura. Base Editora, Curitiba, 2005.

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11.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - LÍNGUA ESPANHOLA

A) Apresentação da Disciplina

As Diretrizes Curriculares primam sobre a importância do ensino LEM como

construção de identidades, além disso, há também todos os componentes culturais que o

aluno recebe através do estudo da língua.

O ensino de Língua Estrangeira no Brasil e a estrutura do currículo escolar

sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e

econômica.

As propostas curriculares e os métodos de ensino foram instigados a atender às

expectativas e demandas sociais atuais, e propiciar a aprendizagem dos conhecimentos

às novas gerações.

Após estudos e discussões, foi-se constatado que o sóciointeracionismo discursivo

tem orientado os trabalhos em sala de aula, na qual a língua é concebida como um

sistema para a expressão do significado num contexto interativo.

O ensino de LEM - Língua Estrangeira Moderna tem como objetivo melhorar a

instrução pública e também tornar o aluno mais competente em sua comunicação, que ele

interaja com o seu meio social através das práticas discursivas da leitura, escrita e

oralidade.

No contexto histórico podemos ver que a Língua Espanhola esteve presente nas

grades curriculares, porém só em 15 de agosto de 1986 foi criado oficialmente o Centro

de Língua Estrangeira Moderna (CELEM), como forma de valorizar o plurilinguismo e a

diversidade étnica que marca a história paranaense.Essa demanda tem sido preservada

pela SEED por mais de vinte anos.

Em 1996, a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB nº9394,

determinou que fosse incluída no Ensino Médio uma Língua Estrangeira Moderna como

disciplina obrigatória e uma segunda em caráter optativo.Em 1999, o MEC publicou os

Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira para o Ensino Médio, para

atender as demandas relativas à formação pessoal, acadêmica e profissional.`

Para destacar o Brasil no Mercosul, foi criada a Lei 11.161 de 5 de agosto de 2005,

que torna obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino

Médio, como objetivo de atender os interesses políticos-econômicos, e também melhorar

as relações comerciais entre o Brasil e os países de Língua Espanhola.

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Para que o ensino de Língua Estrangeira seja valorizado, a SEED em 2004 abriu

concurso público para compor o quadro próprio do magistério, com vagas para

professores de Espanhol, para suprir a demanda prevista na lei.Ampliou o número de

escolas que ofertam cursos do CELEM.

O presente curso foi elaborado para transmitir conhecimentos básicos aos alunos,

para que consigam comunicar-se de maneira satisfatória, em ocasiões que não seja

exigido um conhecimento profundo sobre a referida língua.

É interessante afirmar: Sempre que se aprende uma língua estrangeira, o aluno

acaba tendo uma consciência diferenciada da sua própria.

B) Justificativa da Disciplina

A aprendizagem de línguas estrangeiras é uma possibilidade de aumentar a auto

percepção do aluno como ser humano e como cidadão.

A língua espanhola contribui para o processo educacional como um todo, indo

muito além da aquisição de um conjunto de habilidades linguísticas. Leva a uma nova

percepção da natureza da linguagem, aumenta a compreensão de como a linguagem

funciona e desenvolve uma maior consciência do funcionamento da própria língua

materna. Ao mesmo tempo, ao promover uma apreciação dos costumes e valores de

outras culturas, contribui para desenvolver a percepção da própria cultura através da

compreensão de cultura(s) estrangeira(s).O desenvolvimento da habilidade de

entender/dizer o que outras pessoas, em outros países diriam em determinadas situações

leva, portanto à compreensão tanto das culturas estrangeiras quanto da cultura materna.

Essa compreensão intercultural promove, ainda, a aceitação das diferenças nas maneiras

de expressão e do comportamento.

Há ainda outro aspecto a ser considerado, o ponto de vista educacional. É a função

interdisciplinar que a aprendizagem da Língua Espanhola pode desempenhar no

currículo. O beneficio que a aprendizagem da Língua Espanhola pode desempenhar no

currículo. O beneficio resultante é mútuo. O estudo de outras disciplinas, notadamente

passa a ter outro significado, se em certos momentos forem proporcionadas atividades

conjugadas com o ensino de Língua Espanhola em considerações é claro, o projeto

educacional na prática de sala de aula.

A aprendizagem da Língua Espanhola não é só um exercício intelectual de

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aprendizagem de formas e estruturas linguísticas em um código diferente; é assim, uma

experiência de vida, pois amplia as possibilidades de agir discursivamente no mundo. O

papel educacional da Língua Espanhola é importante, desse modo, para o

desenvolvimento integral do indivíduo, devendo seu ensino proporcionar ao aluno essa

nova experiência de vida. Experiência que deveria significar uma abertura para o mundo

próximo, quanto o mundo distante, em outras culturas.

Pretende-se assim que o aluno cada vez mais desenvolva o senso crítico,

analisando as informações que recebe, trocando opiniões, comparando, discutindo,

somando esperiências, fazendo sempre uma ligação com o seu mundo, dessa forma,

promovendo o seu próprio crescimento.

C) Objetivos Gerais da Disciplina

O objetivo é um processo que integra escola e vida preparando o jovem de hoje e o

cidadão de amanhã que conheça, valorize este crescimento intelectual que amplia

principalmente sua prática discursiva no aprendizado deste idioma.

É importante também destacar que a LEM é hoje vista como um direito de todo

cidadão, é parte integrante da formação de todo aprendiz, o que implica um compromisso

da escola com esse processo. Atualmente a LEM é necessária para se compreender

outros discursos que chegam por meio das várias formas de comunicação e também para

atuar no mundo do trabalho e da tecnologia, para dar prosseguimento aos estudos...

Tanto a língua materna quanto a língua estrangeira encaram o desafio de fornecer

aos indivíduos um instrumento de ação no mundo, desenvolver a consciência crítica e ser

capaz de dialogar com o mundo contemporâneo multicultural em que estão inseridos.

Espera-se que ao término do Curso Básico do Celem, o aluno tenha uma

compreensão teórica e de conhecimentos necessários para uma compreensão mais

profunda da Analise do Discurso como Prática Social, utilizando a língua para construir

significados no mundo social. Dessa forma, a LEM tema incumbência de proporcionar ao

aluno:

- A utilização da língua materna como apoio para a construção de significados na Língua

Espanhola;

- Identificar a comunicação como formação profissional, acadêmica ou pessoal, a partir de

conhecimentos de um mundo pré-existente no aluno;

- Aprender a engajar-se no discurso por meio da Língua Espanhola;

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- Compreender e produzir enunciados corretos no idioma;

- Atingir um nível de competência linguística, capaz de permitir-lhe acesso a informações

de vários tipos, ao mesmo tempo em que contribua para a sua formação geral enquanto

cidadão;

- Ser capaz de conscientizar o aluno do papel da Língua Espanhola como Língua

Internacional;

- Compreender de que forma, determinada maneira de expressão pode ser literalmente

interpretada em razão de aspectos sociais e/ou culturais;

- Compreender em que medidas esses enunciados refletem a forma de pensar, agir e

sentir de quem os produz;

- Dominar as estratégias verbais e não verbais que entram em ação para compensar nas

falhas na comunicação;

- Utilizar aspectos como coerência e coesão na produção em Língua Espanhola (oral e

escrita);

- Levar o aluno a entender, falar, ler e escrever de acordo com a situação e necessidade

atual;

- Utilizar outras habilidades comunicativas e interpretativas de modo a poder atuar em

diversas situações;

- Esta proposta tem como objetivo desenvolver e estimular a estudar de forma autônoma,

sendo o professor seu orientador de maneira a permitir identificar seus conhecimentos e

dúvidas em um processo de aquisição da Língua Espanhola.

D) Conteúdo Estruturante e Conteúdos Básicos

Conteúdo Estruturante

O conteúdo estruturante da Língua estrangeira é o Discurso como prática social,

que tratará de forma dinâmica, por meio das práticas da leitura, oralidade e escrita.

Os conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudos de Língua

Estrangeira para compreensão da disciplina, são concebidos como Conteúdos

Estruturantes, a partir dos quais, se abordam os conteúdos específicos no trabalho

pedagógico. Os Conteúdos Estruturantes se constituem através da história, são

legitimados socialmente e, por isso, são provisórios e processuais.

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O conteúdo está relacionado com o momento histórico-social. Ao tomar a língua

como interação verbal, buscou-se um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo

assim, define-se como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o Discurso

como prática social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de

oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o discurso. Ao contrário de uma

concepção de linguagem que concretiza o ensino na gramática tradicional, o discurso tem

como foco o trabalho com os enunciados orais e escritos.

O professor deve criar oportunidades para que os alunos percebam as condições

de produção de diferentes discursos. É preciso que os níveis de organização linguística –

fonético - fonológico léxico - semântico e de sintaxe – sirvam ao uso da linguagem na

compreensão e na produção verbal e não verbal.

Com o foco na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico e a

interação ativa dos sujeitos, com o discurso, que dará ao aluno, condições de construir

sentido para o texto.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esfera social de circulação e seus gêneros textuais

Para trabalhar as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística no

CELEM, serão adotados como conteúdo básico os seguintes gêneros discursivos:

Esfera escolar

DebateCartazesMapas

Relatório Relatos de Experiências Resenha Resumo Seminário Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Esfera de imprensa

Filmes

ReportagensTiras

Agenda Cultural Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Caricatura Classificados Crônica Jornalística Editorial

Entrevista (oral e escrita) Fotos Horóscopo Manchete Mapas Notícia Reportagens

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Resenha Crítica Sinopses de Filmes

Tiras

Esfera Cotidiana

Anedotas Bilhetes Cantigas de Roda Carta Pessoal Cartão Cartão Postal Causos Comunicado Convites Curriculum Vitae Trava-Línguas

Esfera Literária

Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Científica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Paródias Pinturas Poemas Romances Textos Dramáticos

Esfera Científica

Artigos

Conferência Debate Palestra

Pesquisas

Esfera publicitária

Anúncio Caricatura Cartazes Comercial para TV E-mail Folder Fotos Slogan

Esfera política

Abaixo-Assinado Carta de Emprego Carta de Reclamação Carta de Solicitação Debate

Esfera de produção e bem de consumo

Bulas Manual Técnico Placas

Como prática discursiva trabalharemos na

Oralidade:

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

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·Conhecimento de mundo;

·Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

·Adequação do discurso ao gênero;

·Turnos de fala;

·Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos,

gírias, expressões, repetições);

·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito

Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Temporalidade;

·Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Intertextualidade;

·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

·Partículas conectivas básicas do texto;

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·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras

italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios;

·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes

no título, subtítulo, legendas e textos

Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Temporalidade;

·Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Intertextualidade;

·Partículas conectivas básicas do texto;

·Vozes do discurso: direto e indireto;

·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação,

polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;

·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

·Acentuação gráfica;

·Ortografia;

·Concordância verbal e nominal.

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E) Encaminhamentos metodológicos

A intencionalidade deste curso apresenta sintonia com as exigências que as

diretrizes curriculares apresentam. Dessa forma deve-se considerar o aluno agente ativo

no processo de aprendizagem, por isso as aulas serão ministradas na maior parte do

tempo na língua espanhola, desde que o aluno entenda a mensagem. As explicações

serão feitas na língua materna para que possa haver um maior aproveitamento. Desde o

início do curso, os alunos devem ouvir o espanhol e interagir com o professor e os

colegas. Os recursos didáticos facilitarão o aprendizado, para tanto, será utilizada a tv da

escola nas audições musicais, textos auditivos e trabalhar assuntos e temas relevantes.

A gramática será inserida sempre num contexto que deva facilitar o processo de

aprendizagem e aquisição da língua estrangeira.

Leitura:

Serão propiciadas práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, considerando os

conhecimentos prévios dos alunos.

O trabalho com os textos escolhidos serão encaminhados a partir de discussões e

reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,

temporalidade, vozes sociais e ideologia.

Escrita:

A produção textual será planejada a partir da delimitação do tema, do interlocutor,

intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,

temporalidade e ideologia, estimulando a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero

propostos.

A produção do texto terá as orientações do professor, de modo a auxiliar o aluno,

não só na escrita como na reescrita textual, fazendo a revisão dos argumentos das idéias,

dos elementos que compões o gênero; além de conduzir o educando a uma reflexão dos

elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

Será estimulada a produção escrita em diferentes gêneros.

Oralidade:

Serão organizadas formas de apresentar os textos produzidos pelos alunos

observando-se o contexto social de uso do gênero oral selecionado.

Serão preparadas apresentações orais de modo a explorar as marcas lingüísticas típicas

da oralidade em seu uso formal e informal.

Será estimulado o conto de histórias de diferentes gêneros.

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Análise Linguística:

A análise linguística não se dará de forma isolada, nem tão pouco será o ponto de

partida das aulas de Língua Espanhola. Ela acontecerá tendo em vista a necessidade de

cada texto apresentado ao aluno, acompanhando todo trabalho pautado pelos gêneros

textuais.

F) Critérios de avaliação / recuperação.

A finalidade da avaliação é ajudar a escola cumprir sua função social

emancipadora, ou seja, favorecer para que os alunos possam aprender mais e melhor,

tendo em vista o compromisso com a sociedade. A preocupação deve ser com o

desenvolvimento geral do aluno, no entanto para atribuição de notas este deve vir de

diversas atividades, sendo mais adequados os instrumentos que apresentam precisão e

validade.

Avaliação é uma prática pedagógica que está dentro do processo

ensino/aprendizagem, tem a função de diagnosticar o nível de aquisição do conhecimento

pelo aluno.

A avaliação deve ser contínua, cumulativa e processual, na qual deve refletir o

desenvolvimento geral do aluno, e considerar as características individuais deste conjunto

dos componentes curriculares cursados, valorizando mais os aspectos qualitativos que os

quantitativos.

A avaliação será realizada conforme o regimento do PPP da escola, e estará de

acordo com a Instrução Normativa 019/2008 do CELEM. Será cobrada ao longo do

bimestre, explorando as práticas discursivas de leitura, escrita, oralidade, bem como as

questões pertinentes ao trabalho com gêneros textuais. A avaliação deverá ser com valor

de 40 (quarenta) pontos. O restante dos pontos 60 (sessenta) com trabalhos realizados

em sala de aula. Devendo ser avaliado: a leitura, a escrita, a oralidade, em conversação

com os colegas e o professor.

Quanto à recuperação de conteúdos, ela será concomitante às aulas, acontecendo

sempre que necessário e haverá um momento específico – o fim do bimestre – para que

seja realizada a recuperação de nota. Será no valor de 100 (cem) pontos,

independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos, e dar-se-á de forma

permanente e concomitante ao processo ensino/aprendizagem.

A recuperação será organizada com atividades trabalhadas durante todo o

bimestre, com procedimentos didático-metodológicos diversificados.

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Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo

aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para que

haja um aperfeiçoamento de como prosseguir os trabalhos.

Recursos didáticos

No decorrer das aulas, serão utilizados: o quadro, filmes, tv multimídia, Internet, músicas

documentários, revistas, jornais, livros de apoio, entre outros.

Instrumentos de avaliação

Os instrumentos serão variados e serão escolhidos a partir do trabalho desenvolvido com

o texto em questão, podendo ser:

Atividades de interpretação, compreensão e análise dos textos estudados.

Discussões em grupo.

Produção de cartazes.

Debates.

Produção de textos.

Provas orais e/ou escritas.

Apresentação de todas as atividades propostas em sala de aula e como tarefa de casa.

Resolução de exercícios propostos.

Realização das atividades propostas, observando-se os critérios previamente

estabelecidos para cada uma.

Seminários, traduções, pesquisas, atividades de audição, conversação... Outros

instrumentos que possam surgir levando em conta o trabalho executado com o texto.

G) Referências Bibliográficas

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira

Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Instrução

Normativa nº 019/2008.Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba,

2008. 22p. Disponível em:

<http://diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/File/Instrucao_2008/Instrucao_019_CELEM.pdf>

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Acesso em 23 de março de 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Resolução

n. 3904-

PPP Col. Est. São Bartolomeu – Apucarana - Pr.

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11.12 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA / INGLÊS - FUNDAMENTAL

A. Apresentação Geral da Disciplina

O ensino das línguas estrangeiras modernas começou a ser valorizado depois

da chegada da família real ao Brasil em 1808 e contemplava o ensino de Francês, Inglês

e Alemão. A partir de 1906, com Saussure, inauguram-se os estudos da língua em caráter

científico. Em 1942 as línguas privilegiadas passaram a ser a francesa, a inglesa e a

espanhola. Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9394,

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna, escolhida

pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental.

Já para o Ensino Médio, poderia haver ma segunda, em caráter optativo,

dependendo das disponibilidades da instituição, permanecendo apenas o inglês, até 2005,

pelo fato de este ter sido escolhido como língua universal.

A inclusão da Língua Estrangeira Moderna na proposta curricular, em especial

das escolas públicas, faz-se necessária tendo em vista a falta de oportunidade que os

alunos oriundos das classes sociais menos favorecidas têm na escola, muitas vezes, o

único espaço de aprender e conhecer uma Língua Estrangeira. Por outro lado, aprender

uma Língua Estrangeira é oportunizar aos nossos educandos conhecer uma outra cultura,

possibilitar a construção de significados além daqueles permitidos pela Língua Materna,

como também alargar as possibilidades de entendimento do mundo, contribuindo assim,

para a formação de um sujeito ativo capaz de intervir no seu meio social para transformar

a realidade.

B) Concepção da disciplina

A língua é uma construção histórica e cultural, em constante transformação,

pois a mesma não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código linguístico e

ainda ela é concebida como discurso, não como estrutura ou como código a ser deci-

frado, constroi significado e não apenas os transmite. O sentido da linguagem está no

contexto de interação verbal e não no sistema linguístico, uma vez no ensino de língua

estrangeira , a língua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a

cultura, o sujeito e a identidade . O professor precisa saber o que se pretende fazer

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com o ensino da língua estrangeira na educação básica, ou seja, ensinar e aprender

línguas, é também formar subjetividade, permitindo que se reconheça no uso

da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de

proficiência atingido.

As aulas de Língua Estrangeira se configuram como espaços de interação

entre professores , alunos e pelas representações e visões de mundo que se

revelam no dia a dia . Os alunos ao analisar as questões sociais políticas econômicas

da nova ordem mundial , suas implicações onde venha desenvolver uma consciência

crítica em relação a língua na sociedade e ainda superar a ideia de que o objetivo de

ensinar Língua Estrangeira na escola , é apenas linguístico ou ainda que o modelo de

ensino dos Institutos de Idiomas seja parâmetro para definir seus objetivos de ensino

na Educação Básica. O Ensino de Língua Estrangeira nas escolas de língua

não tem necessidade de preocupações educacionais da escola pública,uma vez

que a escola de idiomas direciona-se mais para a comunicação em situações de

viagens, negócios e preparação para vestibulares ou testes.

Sabe-se que o Ensino da Língua Estrangeira deve considerar as relações

que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, onde o objetivo

e o desenvolvimento da consciência do papel da língua na sociedade e o

reconhecimento da diversidade cultural, possibilitando aos alunos que usem a

Língua Estrangeira em situações de comunicação: produção e compreensão de textos

não verbais. E ainda inserindo-os na sociedade com participantes ativos , sendo

capazes de relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos. Trata-se da

inclusão social do aluno , em uma sociedade reconhecidamente diversa e complexa

através do comprometimento mútuo.

Deve ainda considerar que o aluno traz para a escola determinadas

leituras de mundo, o qual constitui sua cultura que deve ser respeitada.

Estudando uma Língua Estrangeira, o educando aprende como distribuir

significados e entendendo melhor a realidade e confrontar com a cultura do

outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade e assim

atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade com agente social.

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C ) Objetivos Gerais da Disciplina

O ensino de Língua Estrangeira Moderna deve oportunizar o desenvolvimento

da consciência crítica sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade

brasileira e no cenário internacional, para que os alunos possam analisar as questões da

nova ordem global e suas implicações, bem como, construir identidades, aprender

percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos e formar subjetividades.

No Ensino Fundamental, a Língua Estrangeira Moderna deve também,

contribuir para formar alunos críticos e transformadores da realidade. Assim, ao final do

Ensino Fundamental, esperasse que o aluno:

• Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação

oral e escrita;

• Vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de

participação que lhe possibilite estabelecer relações entre ações individuais e

coletivas;

• Compreender que os significados são sociais e

historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática

social;

• Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na

sociedade;

• Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural,

bem como seus benefícios para o desenvolvimento do país.

Os objetivos acima elencados são flexíveis, posto que as diferenças regionais

devam ser contempladas.

A língua estrangeira deve possibilitar ao aluno uma visão de mundo mais

ampla, para que ele seja capaz de avaliar os paradigmas já existentes e crie novas

maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as relações que podem ser

estabelecidas entre a Língua Estrangeira e a inclusão social; o desenvolvimento da

consciência do papel das línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural

e o processo de construção das identidades transformadoras.

Um outro objetivo da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os

envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que está aprendendo em

situações significativas e relevantes. Além disso, o ensino de Língua Estrangeira

Moderna deve contemplar os discursos sociais que a compõem, ou seja, desenvolver

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pedagogicamente maneiras de construção de sentidos, de relação com os textos,

comunicar com eles, interagindo ativamente, sendo capaz de comunicar-se de diferentes

formas, com os diferentes tipos de textos, desenvolvendo a criticidade, de modo a atribuir

o próprio sentido aos textos.

O Ensino de Língua Estrangeira Moderna favorecerá o contato com os

discursos diversos da língua manifestados em forma de textos de diferentes natureza,

buscando alargar a compreensão dos diversos tipos de linguagem, ativar procedimentos

interpretativos, tornando possível a construção de significados, ampliando suas

possibilidades de entendimento de mundo para contribuir na sua transformação.

D) Conteúdo Estruturante

O conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira é o “Discurso” enquanto

prática social – efetivado por meio das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura,

oralidade e escrita.

Para que os alunos-sujeitos percebam a inter discursividade nas diferentes

relações sociais, é preciso que os níveis de organização linguística sirvam ao uso da

linguagem na compreensão e na produção escrita, oral, verbal e não-verbal.

De acordo com a abordagem crítica da leitura, a ênfase do trabalho pedagógico

recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamente com o discurso, sendo

capazes de comunicar com e em diferentes textos, os quais definirão os conteúdos

linguísticos discursivos, bem como as práticas discursivas a serem trabalhadas.

E) Conteúdos Básicos

6º Anos

Gênero de leitura

− Identificação do tema

− Intertextualidade

− Intencionalidade

− Léxico

− Coesão e coerência

− Funções das classes gramaticais no texto

− Elementos semânticos

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− Recursos estilísticos ( figuras de linguagem )

− Marcos linguísticos: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos ( aspas, travessão, negrito ).

− Variedades linguística.

− Acentuação gráfica.

− Ortografia.

Escrita

− Tema do texto

− Interlocutor

− Finalidade do texto

− Intencionalidade do texto

− Intertextualidade

− Condições de produção

− Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto).

− Léxico

− Coesão e coerência

− Funções das classes gramaticais no texto

− Elementos semânticos

− Recursos estilísticos ( figuras de linguagem )

− Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação , recursos (aspas ,

travessão, negrito ),

− Variedade linguística

− Ortografia

− Acentuação gráfica.

Oralidade

− Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,etc.

− Adequação do discurso ao gênero;

− Turnos de fala;

− Variações linguísticas;

− Marcas linguísticas ; coesão, coerência, gírias, repetição.

− Pronúncia

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Conteúdos do 7º Anos

Leitura

− Identificação do tema

− Intertextualidade

− Intencionalidade

− Léxico

− Coesão e coerência

− Funções das classes gramaticais

− Elementos semânticos

− Recursos estilísticos ( figuras de linguagem )

− Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos ( aspas, travessão, negrito );

− Variedade linguísticas.

− Ortografia

Escrita

− - Tema do texto

− Interlocutor

− Finalidade do texto

− Intencionalidade do texto

− Intertextualidade

− Condições de produção

− Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto.

− Léxico

− Coesão e coerência.

− Funções das classes gramaticais no texto;

− Elementos semânticos;

− Recursos estilísticos ( figuras de linguagem )

− Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

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Page 206: POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · e as mensagens estéticas, educação para o movimento e para a cidadania, exigindo, portanto, o reconhecimento de alguns critérios do convívio

( aspas, travessão, negrito )

− Variedade linguística;

− Ortografia;

− Acentuação gráfica;

Oralidade

− Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.

− Adequação do discurso ao gênero:

− Turnos da fala;

− Variações linguísticas;

− Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

− Pronúncia.

Conteúdos do 8º Ano

Leitura

− Identificação do tema;

− Intertextualidade;

− Intencionalidade;

− Vozes sociais presentes no texto;

− Elementos semânticos;

− Recursos estilísticos ( figuras de linguagem )

− Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos

( aspas, travessão , negrito)

− Variedade linguística;

− Acentuação gráfica;

− Ortografia.

Escrita:

− Tema do texto;

− Interlocutor;

− Finalidade do texto;

− Intencionalidade do texto;

− Intertextualidade;

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Page 207: POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · e as mensagens estéticas, educação para o movimento e para a cidadania, exigindo, portanto, o reconhecimento de alguns critérios do convívio

− Condições de produção;

− Informatividade ( informações necessários para a coerência do texto);

− Vozes sociais presentes no texto;

− Léxico,

− Coesão e coerência;

− Funções das classes gramaticais no texto;

− Elementos semânticos;

− Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

− Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

( como aspas, travessão, negrito);

− Variedade linguística;

− Ortografia;

− Acentuação;

Oralidade

− Elementos extralinguísticos: entonação, pausas , gestos , etc.

− Adequação do discurso ao gênero;

− Turnos de fala;

− Vozes sociais presentes no texto;

− Variações linguísticas;

− Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

− Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

− Adequação da fala ao contexto;

− Pronúncia;

Conteúdos do 9º Ano

Leitura

− Identificação do tema;

− Intertextualidade;

− Intencionalidade;

− Vozes sociais presentes no texto;

− Elementos semânticos;

− Recursos estilísticos ( figuras de linguagem )

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− Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos

( aspas, travessão , negrito)

− Variedade linguística;

− Acentuação gráfica;

− Ortografia.

Escrita:

− Tema do texto;

− Interlocutor;

− Finalidade do texto;

− Intencionalidade do texto;

− Intertextualidade;

− Condições de produção;

− Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);

− Vozes sociais presentes no texto;

− Léxico,

− Coesão e coerência;

− Funções das classes gramaticais no texto;

− Elementos semânticos;

− Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

− Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

( como aspas, travessão, negrito);

− Variedade linguística;

− Ortografia;

− Acentuação;

Oralidade

− Elementos extralinguísticos: entonação, pausas , gestos , etc.

− Adequação do discurso ao gênero;

− Turnos de fala;

− Vozes sociais presentes no texto;

− Variações linguísticas;

− Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

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− Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

− Adequação da fala ao contexto;

− Pronúncia;

E) Metodologia Geral da Disciplina

A partir do entendimento do papel das línguas na sociedade, mais do que um

meio de acesso à informação, é importante compreender que o trabalho docente com a

LEM Inglês é uma possibilidade de conhecer, expressar e transformar modos de entender

o mundo e de construir significados. Baseado nesses pressupostos, o texto deve ser

apresentado como princípio gerador de toda unidade temática e de desenvolvimento das

práticas linguístico discursivas. É um espaço para a discussão de temáticas fundamentais

para o desenvolvimento intelectual manifestado por um pensar e agir críticos, por uma

prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e valores.

Portanto, é importante trabalhar a partir de textos de diferentes gêneros

discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional e internacional

ou no mundo editorial, tarefa esta pertinente entre as atribuições da disciplina de LEM

Inglês.

Assim, a Língua deve ser abordada como espaço de construção de

significados, porque o falante/escritor tem papel ativo na construção de significados na

interação, assim como seu interlocutor. Desse modo, a Língua deve ser entendida como

prática sociocultural.

A aula da Língua Estrangeira Moderna deve ser um momento de discussão da

linguagem oral, escrita e ou visual a partir do texto lido, integrando todas as práticas

discursivas nesse processo.

Ressaltamos aqui, a importância dos recursos visuais no trabalho pedagógico,

para que os alunos com deficiência auditiva possam participar da aula de Língua

Estrangeira Moderna.

Os alunos serão encorajados a levantar questionamentos durante as aulas e a

ter uma posição crítica frente aos textos acerca das visões de mundo, tais como:

• Que pressupostos estão por trás de tal discurso?

• Qual é o seu propósito?

• Aos interesses de quem serve?

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• Como o autor compreende a realidade?

• Quais as implicações de sua posição e afirmação?

Isso posta, o trabalho em sala, será pautado no texto em seu contexto social de

produção e nos itens gramaticais que indiquem a estrutura da língua. Portanto, serão

apresentados em sala de aula os diversos tipos de textos, em atividades diversificadas,

tais como:

Comparação das unidades temáticas, linguísticas e com posicionais de um texto com

outros textos;

Interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula;

Leitura e análise de textos de outros países que falam o mesmo idioma estudado na

escola e dos aspectos culturais que ambos veiculam;

Leitura e análise de textos publicados (nacionais e internacionais) sobre o mesmo

tema e as abordagens de tais publicações;

Comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e

morfológicas da língua estrangeira estudada como língua materna.

Dessa forma, será valorizado no espaço da sala de aula, o conhecimento de

mundo e as experiências dos alunos, por meio de discussões dos temas abordados, como

também, subsidiar os educandos para que eles se posicionem em relação ao texto,

contemplando as quatro habilidades linguísticas, de modo a desenvolver o próprio sentido

acerca do contexto que o perpassa.

Sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a

diversidade cultural e a memória paranaense, de modo que buscam contemplar

demanda.

das em que também se situam os movimentos sociais organizados e destacam os

seguintes aspectos:

-O cumprimento da Lei Nº 13..381/01,que torna obrigatório, no ensino Fundamental

e Médio da rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná;

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-O cumprimento da lei N° 10639/03, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da

História e Cultura Afro Brasileira, seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação das relações étnico raciais e para o ensino de História e Cultura Afro Brasileira

e Africana;

-O cumprimento da lei Nº11645/08, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do

Ensino da História e cultura dos povos indígenas do Brasil.

F) Avaliação Da Disciplina

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir

para a construção de saberes.

A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional determina que a avaliação

seja contínua e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

A avaliação além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos,

servirá, também, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas

de acordo com as necessidades de seus alunos. A partir do ato avaliativo, é possível

perceber quais os conhecimentos (linguísticos, discursivos, sócio pragmático ou culturais

– e as práticas – leitura, escrita e oralidade) merecem mais atenção, ou seja, que ainda

não foram suficientemente trabalhados e que necessitam ser abordados para garantir a

efetiva aprendizagem do aluno em Língua Estrangeira.

A Avaliação é uma das questões cruciais da educação, e não pode ser vista

como algo que se realiza após a aprendizagem. Ela é “parte integrante do processo

educacional”. Portanto, deve ser diagnóstica, para que o professor identifique como seus

alunos estão aprendendo. Assim, o trabalho docente pode ser redirecionado para planejar

e propor outros encaminhamentos para superar as dificuldades encontradas no processo

ensino aprendizagem.

Os instrumentos de avaliação são feitos através de trabalhos em sala e

extra classe, pesquisas, testes, provas, etc. O Sistema de Avaliação Bimestral, será

composto pela somatória da nota 6,0 ( seis ) referente a atividades diversificadas , mais a

nota 4,0 ( quatro ) referente a prova bimestral e o processo de recuperação ocorre de

forma paralela, permanente e concomitante ao processo ensino aprendizagem.

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G) Referências Bibliográficas

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Identidade do Ensino Curitiba, SEED-

PR. 2006.

LEFFA, Wilson J. O Professor de Línguas: Construindo a profissão. Educar

Pelotas. 2006.

MULLER, Vera; SARMENTO, Simone Org. O Ensino do Inglês como Língua

Estrangeira: Estudos e reflexões. APIRS5, Porto Alegre. 2004.

PAIVA, Vera Lúcia M.O. O ensino da Língua Inglesa: Reflexões e Experiências. 3

edifício Pontes Editores. Campinas, São Paulo , 2005

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Moderna para a Educação Básica. Curitiba, SEED-PR. 2008

212

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11.12.1 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA / INGLÊS - MÉDIO

A. Apresentação Geral da Disciplina.

O ensino das línguas estrangeiras modernas começou a ser valorizado depois

da chegada da família real ao Brasil em 1808 e contemplava o ensino de Francês, Inglês

e Alemão. A partir de 1906, com Saussure, inauguram-se os estudos da língua em caráter

científico. Em 1942 as línguas privilegiadas passaram a ser a francesa, a inglesa e a

espanhola. Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9394,

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna, escolhida

pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental.

Já para o Ensino Médio, poderia haver má segunda, em caráter optativo,

dependendo das disponibilidades da instituição, permanecendo apenas o inglês, até 2005,

pelo fato de este ter sido escolhido como língua universal.

A inclusão da Língua Estrangeira Moderna na proposta curricular, em especial

das escolas públicas, faz-se necessária tendo em vista a falta de oportunidade que os

alunos oriundos das classes sociais menos favorecidas têm na escola, muitas vezes, o

único espaço de aprender e conhecer uma Língua Estrangeira. Por outro lado, aprender

uma Língua Estrangeira é oportunizar aos nossos educandos conhecer outra cultura,

possibilitar a construção de significados além daqueles permitidos pela Língua Materna,

como também alargar as possibilidades de entendimento do mundo, contribuindo assim,

para a formação de um sujeito ativo capaz de intervir no seu meio social para transformar

a realidade.

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B) Concepção da disciplina

A língua é uma construção histórica e cultural, em constante transformação,

pois a mesma não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código linguístico e

ainda ela é concebida como discurso, não como estrutura ou como código a ser deci-

frado, constroi significado e não apenas os transmite. O sentido da linguagem está no

contexto de interação verbal e não no sistema linguístico, uma vez no ensino de língua

estrangeira , a língua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a

cultura, o sujeito e a identidade . O professor precisa saber o que se pretende fazer

com o ensino da língua estrangeira na educação básica, ou seja, ensinar e apren-

der línguas, é também formar sbjetividade, permitindo que se reconheça no uso

da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de

proficiência atingido.

As aulas de Língua Estrangeira se configuram como espaços de intera-

ção entre professores , alunos e pelas representações e visões de mundo que se

revelam no dia a dia . Os alunos aoanalisar as questões sociais políticas econômicas

da nova ordem mundial , suas implicações onde venha desenvolver uma consciência

crítica em relação a língua na sociedade e ainda superar a ideia de que o objetivo de

ensinar Língua Estrangeira na escola , é apenas linguístico ou ainda que o modelo de

ensino dos Institutos de Idiomas seja parâmetro para definir seus objetivos de ensino

na Educação Básica. O Ensino de Língua Estrangeira nas escolas de língua

não tem necessidade de preocupações educacionais da escola pública,uma vez

que a escola de idiomas direciona-se mais para a comunicação em situações de via-

gens, negócios e preparação para vestibulares ou testes.

Sabe-se que o Ensino da Língua Estrangeira deve considerar as relações

que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, onde o objeti-

vo e o desenvolvimento da consciência do papel da língua na sociedade e o

reconhecimento da diversidade cultural, possibilitando aos alunos que usem a Lín-

gua Estrangeira em situações de comunicação: produção e compreensão de textos

não verbais. E ainda inserindo-os na sociedade com participantes ativos , sendo ca-

pazes de relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos. Trata-se da

inclusão social do aluno , em uma sociedade reconhecidamente diversa e complexa

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atravé do comprometimento mútuo.

Deve-se ainda considerar que o aluno traz para a escola determinadas

leituras de mundo, o qual constitue sua cultura que deve ser respeitada.

Estudando uma Língua Estrangeira, o educando aprende como distri-

buir significados e entendendo melhor a realidade e confrontando-se com a cultura do

outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade e assim

atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade com agente social.

C) Objetivos Gerais da Disciplina

O ensino de Língua Estrangeira Moderna deve oportunizar o desenvolvimento

da consciência crítica sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade

brasileira e no cenário internacional, para que os alunos possam analisar as questões da

nova ordem global e suas implicações, bem como, construir identidades, aprender

percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos e formar subjetividades.

No Ensino Fundamental, a Língua Estrangeira Moderna deve também,

contribuir para formar alunos críticos e transformadores da realidade. Assim, ao final do

Ensino Fundamental, espera-se que o aluno:

12.Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

13.Vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe

possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

14.Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos

e, portanto, passíveis de transformação na prática social;

15.Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

16.Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como

seus benefícios para o desenvolvimento do país.

Os objetivos acima elencados são flexíveis, posto que as diferenças regionais

devam ser contempladas.

A língua estrangeira deve possibilitar ao aluno uma visão de mundo mais

ampla, para que ele seja capaz de avaliar os paradigmas já existentes e crie novas

maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as relações que podem ser

estabelecidas entre a Língua Estrangeira e a inclusão social; o desenvolvimento da

consciência do papel das línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural

e o processo de construção das identidades transformadoras.

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Outro objetivo da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos

no processo pedagógico façam uso da língua que está aprendendo em situações

significativas e relevantes. Além disso, o ensino de Língua Estrangeira Moderna deve

contemplar os discursos sociais que a compõem, ou seja, desenvolver pedagogicamente

maneiras de construção de sentidos, de relação com os textos, comunicar-se com eles,

interagindo ativamente, sendo capaz de comunicar-se de diferentes formas, com os

diferentes tipos de textos, desenvolvendo a criticidade, de modo a atribuir o próprio

sentido aos textos.

O Ensino de Língua Estrangeira Moderna favorecerá o contato com os

discursos diversos da língua manifestados em forma de textos de diferente natureza,

buscando alargar a compreensão dos diversos tipos de linguagem, ativar procedimentos

interpretativos, tornando possível a construção de significados, ampliando suas

possibilidades de entendimento de mundo para contribuir na sua transformação.

D) Conteúdo Estruturante

O conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira é o “Discurso”

enquanto prática social – efetivado por meio das práticas discursivas, as quais

envolvem a leitura, oralidade e escrita.

Para que os alunos-sujeitos percebam a Inter discursividade nas

diferentes relações sociais, é preciso que os níveis de organização linguística sirvam ao

uso da linguagem na compreensão e na produção escrita, oral, verbal e não verbal.

De acordo com a abordagem crítica da leitura, a ênfase do trabalho

pedagógico recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamente com o

discurso, sendo capazes de comunicar-se com e em diferentes textos, os quais definirão

os conteúdos linguísticos discursivos, bem como as práticas discursivas a serem

trabalhadas.

E) Conteúdos Básicos

Leitura

− Identificação do tema;

− Intertextualidade;

− Intencionalidade;

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− Vozes sociais presentes no texto;

− Léxico;

− Coesão e coerência;

− Marcadores de discurso;

− Funções das classes gramaticais;

− Elementos semânticos;

− Discurso direto e indireto;

− Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

− Recursos estilísticos ( figuras de linguagem )

− Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos ( aspas, travessão, negrito);

− Variedade linguística;

− Acentuação gráfica;

− Ortografia.

Escrita

− Tema do texto;

− Interlocutor;

− Finalidade do texto;

− Intencionalidade do texto;

− Intertextualidade;

− Condições de produção;

− Informatividade ( informa ções necessárias para a coerência do

texto);

− Vozes sociais presentes no texto;

− Vozes verbais;

− Discurso direto e indireto

− Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

− Léxico;

− Coesão e coerência;

− Funções das classes gramaticais no texto;

− Elementos semânticos;

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− Recursos estilísticos ( figuras de linguagem)

− Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (aspas, travessão, negrito );

− Ortografia;

− Acentuação gráfica

Oralidade

− Elementos extralinguísticos; entonação,pausa,ges-

tos,etc.

− Adequação do discurso ao gènero;

− Turnos da fala;

− Vozes sociais presentes no texto;

− Variações linguísticas: coesão, coerência, gírias,re-

petição;

− Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e

escrito|;

− Adequação da fala ao contexto;

− Pronúncia.

E) Metodologia Geral da Disciplina

A partir do Conteúdo Estruturante, enquanto prática social será abordada

em sala de aula, questões linguísticas, culturais e discursivas, assim como as práticas do

uso da língua: Leitura, Escrita, Oralidade e a Compreensão Auditiva.

O texto, como unidade de comunicação verbal-escrita, será o ponto de

partida da aula de Língua Estrangeira Moderna-Inglês. Através de uma problematização

em relativa ao tema, o aluno deverá buscar uma solução e isso despertará o interesse dos

alunos para que desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus

conhecimentos linguísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas

presentes num discurso.

Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados de acordo com o grau

de conhecimento dos alunos e será voltado para a interação verbal, cuja finalidade é o

uso efetivo da linguagem em contexto. Isso posta será dada ao aluno a oportunidade de

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conhecer novas culturas e entender que uma cultura não é melhor nem pior que a outra,

mas sim diferente. Com isso, o aluno perceberá que a língua é algo que se constrói e é

construída por uma determinada comunidade. Desse modo, são fundamental que se

apresente ao aluno diferentes gêneros textuais, para que haja interação com uma infinita

variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.

Serão trabalhados, também, textos de vários gêneros: publicitário, jornalístico,

literário, informativo, poético, entre outros.

Oralidade: Expor aos alunos os textos orais, pertencentes a diferentes

discursos, procurando compreendê-los em suas especificidades.

Escrita: Deve ser apresentada aos alunos como uma atividade

socioinstitucional00, pois em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém. E,

no contexto escolar, esse alguém é definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico,

que com o aluno vai produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção de

textos dentro de um contexto.

Todas as atividades serão desenvolvidas a partir de um texto e, envolverão,

simultaneamente, as práticas da oralidade, da escrita, da leitura e dependendo das

condições estruturais e do nível dos alunos, a prática da compreensão auditiva, que irá

proporcionar, ao educando dessa forma, condições para assumir uma atitude crítica e

transformadora com relação aos discursos que se lhe são apresentados.

F) Avaliação

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir

para a construção de saberes.

A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional determina que a avaliação

seja contínua e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

A avaliação além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos,

servirá, também, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas

de acordo com as necessidades de seus alunos. A partir do ato avaliativo, é possível

perceber quais os conhecimentos (linguísticos, discursivos, sócio pragmático ou culturais

– e as práticas – leitura, escrita e oralidade) merecem mais atenção, ou seja, que ainda

não foram suficientemente trabalhados e que necessitam ser abordados para garantir a

efetiva aprendizagem do aluno em Língua Estrangeira.

A Avaliação é uma das questões cruciais da educação, e não pode ser vista

como algo que se realiza após a aprendizagem. Ela é “parte integrante do processo

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educacional”. Portanto, deve ser diagnóstica, para que o professor identifique como seus

alunos estão aprendendo. Assim, o trabalho docente pode ser redirecionado para planejar

e propor outros encaminhamentos para superar as dificuldades encontradas no processo

ensino aprendizagem.

Os instrumentos de avaliação são feitos através de trabalhos em sala e

extra classe, pesquisas, testes, provas, etc. O Sistema de Avaliação Bimestral, será

composto pela somatória da nota 6,0 ( seis ) referente a atividades diversificadas , mais a

nota 4,0 ( quatro ) referente a prova bimestral e o processo de recuperação ocorre de

forma paralela, permanente e concomitante ao processo ensino aprendizagem.

G) Referências Bibliográficas

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Identidade do Ensino Médio. Curitiba,

SEED-PR. 2006.

LEFFA, Vilson J. O Professor de Línguas: Construindo a profissão. Educat, Pelotas.

2006.

MULLER, Vera; SARMENTO, Simona Org. O Ensino do Inglês como Língua

Estrangeira: Estudos e reflexões. APIRS5, Porto Alegre. 2004.

PAIVA, Vera Lúcia M.O. O ensino da Língua Inglesa: Reflexões e Experiências. 3 ed.

Pontes Editores. Campinas, São Paulo. 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Moderna para a Educação Básica. Curitiba, SEED-PR. 2006.

11.13 - DISCIPLINA DE MATEMÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL

A. Apresentação Geral e Dimensão Histórica da Disciplina

O Ensino Fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão mediante

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o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o domínio da

leitura, da escrita e do cálculo para o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem.

A Matemática e uma ciência viva, caracterizando-se como uma forma de atuar no

mundo e compreende-lo, interagindo na construção humana e na relação com a natureza

e a sociedade; não se trata de verdades imutáveis e infalíveis. A matemática é dinâmica,

sempre aberta à incorporação de novos conhecimentos. Apropriar-se dos conceitos e

procedimentos matemáticos básicos contribui para a formação do futuro cidadão, que se

engajará no mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas.

A Educação Matemática oferece oportunidades para o aluno construir valores e

atitudes de natureza diversa, visando à formação do cidadão crítico, agindo com

autonomia e consciência, contribuindo para sua transformação social.

Devemos compreender a Matemática desde suas origens até sua constituição

como campo científico e como disciplina no currículo escolar brasileiro para ampliar a

discussão dessas duas dimensões. Os povos das antigas civilizações desenvolveram os

primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Entre eles

destacamos os povos babilônicos, gregos e egípcios que muito contribuíram com o que

hoje trabalhamos e temos de conhecimentos matemáticos. Entre as muitas contribuições

deixadas por estes povos, vale ressaltar o conhecimento geométrico deixado por

Euclides, os princípios da lógica e exatidão dos resultados, raciocínio abstrato e

numeração.

No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido

em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que

contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu

ensino com os idéias e as exigências advindas das transformações sócias e econômicas

dos últimos séculos.

Matemáticos, antes pesquisadores, tornaram-se também professores e passaram a

se preocupar mais diretamente com as questões de ensino. Para prática docente, alguns

professores começaram a buscar fundamentação não somente nas teorias matemáticas,

mas em estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos.

Sendo assim, a prática docente implica numa ação reflexiva e política, levando o

aluno a realizar análise, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação

de ideias.

Perceber isso é compreender o mundo a nossa volta e poder atuar nele. É preciso

que o saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a

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distância entre a Matemática da escola e a Matemática da vida.

B. Objetivos Gerais da Disciplina.

O ensino de Matemática do ensino fundamental deve levar o aluno a:

● Identificar conhecimentos matemáticos como meios para compreender e

transformar o mundo em sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico

da matemática, estimulando o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o

desenvolvimento da capacidade para resolver problemas, utilizando-se de conceitos e

procedimentos matemáticos bem como instrumentos tecnológicos disponíveis;

● Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da

realidade, estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o conhecimento matemático

(aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico);

● Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e

avaliá-las criticamente;

● Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre

esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares;

● Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na

busca de soluções para resolver problemas propostos, identificando aspectos

consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos

colegas e aprendendo com eles.

C. Conteúdos Estruturantes

Entende-se por conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude,

os conceitos e práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma

disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão. Constituem-se

historicamente e são legitimados nas relações sócias.

Os conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Básica da Rede Estadual,

são:

• Números e Álgebra

• Conjuntos numéricos e operações

• Equações e Inequações

• Polinômios

• Proporcionalidade

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• Grandezas e medidas

17.Sistema Monetário

18.Medidas de comprimento

19.Medidas de massa

20.Medidas de tempo

21.Áreas e volumes

22.Medidas de ângulos

23.Medidas de temperatura

24.Medidas de velocidade

25.Trigonometria

• Geometrias

• Geometria plana

• Geometria Espacial

• Tratamento de Informação

• Noções de probabilidade

• Funções

De acordo com a Lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003 que regulamenta o ensino

da Cultura Afro-Brasileira e a Lei 11.645/08 que regulamenta o ensino da temática

Indígena nos estabelecimentos de ensino, serão acrescidas as seguintes temáticas aos

conteúdos:

• Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por

cor, raça, renda e escolaridade nos pais e no município.

• Analise de pesquisas relacionadas ao negro e ao índio e mercado de trabalho

nos pais.

• Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à

população negra e a população indígena.

• Na área de geometria, o trabalho com formas da cultura africana e indígena,

como mosaicos.

D. Conteúdos Básicos

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada série

da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados

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imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da

Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de

escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é

responsabilidade do professor.

O quadro indica como os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos

estruturantes da disciplina, que tipo de abordagem teórico-metodológica devem receber e,

finalmente, a que expectativas de aprendizagem estão atrelados.

SÉRIE/ANO CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

AVALIAÇÃO

6º ANO

Números e

Álgebras

Sistemas de numeração; • Números Naturais; • Múltiplos e divisores; • Potenciação e radiciação; • Números fracionários; • Números decimais.

• Conheça os diferentes sistemas de numeração; • Identifique o conjunto dos naturais, comparando e reconhecendo seus elementos; • Realize operações com números naturais; • Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam (as) operações com números naturais; • Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto; • Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; • Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa; • Relacione as potências e as raízes quadradas e

Grandezas e

Medidas• Medidas de comprimento; • Medidas de massa; • Medidas de

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área; • Medidas de volume; • Medidas de tempo; • Medidas de ângulos; • Sistema monetário.

• Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento; • Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; • Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma; • Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas; • Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; • Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos; • Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); • Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais; • Calcule a área de uma superfície usando unidades

Geometrias

• Geometria Plana; •Geometria Espacial.

• Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta; • Conceitue e classifique polígonos; • Identifique corpos redondos; • Identifique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas; • Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos; • Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus

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elementos.

Tratamento da

Informação

• Dados, tabelas e gráficos; • Porcentagem.

• Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam; • Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária.

7º ANONúmeros e

Álgebras

• Números Inteiros; • Números Racionais; • Equação e Inequação do 1º grau; • Razão e proporção; • Regra de três simples.

• Reconheça números inteiros em diferentes contextos; • Realize operações com números inteiros; • Reconheça números racionais em diferentes contextos; • Realize operações com números racionais; • Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade; • Compreenda o conceito de incógnita; • Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; • Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; • Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente

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proporcionais; • Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.

Grandezas e

Medidas

• Medidas de temperatura; • Medidas de ângulos.

• Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; • Compreenda o conceito de ângulo; • Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;

Geometrias

• Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometrias não-euclidianas.

• Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos; • Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

Tratamento da

Informação

• Pesquisa Estatística; • Média Aritmética; • Moda e mediana; • Juros simples.

• Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas; • Leia, interprete, construa e analise gráficos; • Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos; • Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.

8º ANONúmeros e

Álgebras

• Números Racionais e Irracionais; • Sistemas de Equações do 1º grau; • Potências; • Monômios e Polinômios; • Produtos

Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; • Reconheça números irracionais em diferentes contextos; • Realize operações com números irracionais; • Compreenda, identifique e reconheça o número π

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Notáveis. (pi) como um número irracional especial; • Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; • Opere com sistema de equações do 1º grau; • Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações; • Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas.

Grandezas e

Medidas

• Medidas de comprimento; • Medidas de área; • Medidas de volume; • Medidas de ângulos.

• Calcule o comprimento da circunferência; • Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo; • Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal. • Realize cálculo de área e volume de poliedros.

Geometrias

• Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometria Analítica; • Geometrias não-euclidianas.

• Reconheça triângulos semelhantes; • Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares; • Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano; • Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; • Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas

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propriedades.

Tratamento da

Informação

• Gráfico e Informação; • População e amostra.

• Interprete e represente dados em diferentes gráficos; • Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.

9º ANO

Números e

Álgebras

• Números Reais; • Propriedades dos radicais; • Equação do 2º grau; • Teorema de Pitágoras; • Equações Irracionais; • Equações Biquadradas; • Regra de Três Composta.

• Opere com expoentes fracionários; • Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação; • Extraia uma raiz usando fatoração; • Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos; • Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; • Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica; • Identifique e resolva equações irracionais; • Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau; • Utilize a regra de três composta em situações-problema.

Grandezas e

Medidas• Relações Métricas no Triângulo Retângulo; • Trigonometria no Triângulo Retângulo.

• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo; • Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um

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triângulo retângulo;

Geometrias

• Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometria Analítica; • Geometrias não-euclidianas.

• Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles; • Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problemas; • Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos; • Aplique o Teorema de Tales em situações-problemas; • Noções básicas de geometria projetiva. • Realize Cálculo da superfície e volume de poliedros.

Tratamento da

Informação

• Noções de Análise Combinatória; • Noções de Probabilidade; • Estatística; • Juros Compostos.

• Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo; • Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório; • Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento; • Resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos.

Funções

• Noção intuitiva de Função Afim. • Noção intuitiva de Função Quadrática.

• Expresse a dependência de uma variável em relação à outra; • Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função; • Relacione gráficos com

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tabelas que descrevem uma função; • Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função; • Analise graficamente as funções afins; • Analise graficamente as funções quadráticas.

E. Metodologia Específica da Disciplina

Para que o ensino da Matemática contribua para a formação global do aluno, a

qual tem como objetivo maior a conquista da cidadania é fundamental explorar temas que

de fato encontrem na matemática uma ferramenta indispensável para serem

compreendidos. Assim, o aluno percebe a real necessidade dessa ciência para sua vida.

Os conteúdos que serão explorados juntamente com as atividades propostas permitirão

que o professor aborde aspectos da vida do aluno ligados a outras áreas de

conhecimento.

Os temas serão abordados, sempre que possível, por meio de situações reais que

valorizem o conhecimento prévio do aluno, estimulando-o a agir reflexivamente e

privilegiando a criatividade e a autonomia na busca de soluções para os mais diversos

problemas. O mundo esta em constante mudança, dado o grande e rápido

desenvolvimento da tecnologia. Maquinas de calcular, computadores, internet, etc., são

assuntos do dia-a-dia. A tecnologia da sociedade contemporânea deve ser utilizada na

escola como recurso didático. A calculadora, por exemplo, utilizada no momento certo e

com objetivos bem definidos, pode ser uma excelente ferramenta, e é bom lembrar que

tão importante quanto realizar cálculos corretamente é saber elaborar estratégias de

resolução para os problemas propostos. As pesquisas liberam os alunos dos cálculos,

conseguindo se concentrar melhor nos dados.

Para alcançar os objetivos do ensino da matemática serão utilizadas as tendências

metodológicas que seguem abaixo:

Resolução de Problemas: O estudante terá a oportunidade de aplicar

conhecimentos

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previamente adquiridos em novas situações. Na solução de um problema ele

precisa ter condições de buscar alternativas diferentes para chegar à solução.

Modelagem: Segundo Bassanezi, esta tendência consiste na arte de transformar

problemas reais com problemas matemáticos e resolve-los interpretando suas soluções

na linguagem do mundo real.

Etnomatemática: É a arte ou técnica de explicar, de conhecer, de entender nos

diversos contextos culturais. Tal tendência procura compreender o saber/ fazer

matemático ao longo da historia da humanidade, contextualizando em diferentes grupos

de interesse, comunidades, povos e nações.

Mídias Tecnológicas: Ha muitos recursos importantes para promover uma

aprendizagem significativa que permite inserir formas diferenciadas de ensinar e

aprender, e valorizar o processo de produção de conhecimentos. Dentre eles podemos

citar: calculadoras, computadores, internet. No Paraná podemos utilizar a TV Pen Drive, o

portal dia a dia da educação.

História da Matemática: Elemento orientado na elaboração de atividades, na

criação de situa coe, na fonte de busca, na compreensão e como elemento esclarecedor

de conceitos matemáticos.

Articulando as diferentes tendências: Nenhuma tendência metodológica

apresentada nas Diretrizes esgota toda a possibilidade para realizar com eficácia o

complexo processo de ensinar e aprender Matemática, por isso sempre que possível, o

ideal e promover a articulação delas.

Investigações Matemáticas: A pratica da investigação pedagógica de investigação

matemáticas tem sido recomendada por diversos estudiosos como forma de contribuir

para uma melhor contribuição da disciplina em questão.

E. Critérios de Avaliação da Disciplina

Entende-se a avaliação como um meio de aprendizagem que tem como função

auxiliar alunos e professores a identificarem como a aprendizagem esta ocorrendo. Ela

não deve ter caráter classificatório, mas sim, deve ser parte integrante do processo de

ensino, permitindo ao professor rever estratégias que vem utilizando, a necessidade de

retomar determinados conteúdos e buscar conhecer mais sobre o pensamento de seus

alunos.

Uma concepção de ensino de Matemática que leve em conta que o conhecimento

matemático é construído continuamente não pode ter este conhecimento avaliado

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exclusivamente por um tipo de instrumento ao final do processo educativo. A avaliação

deve ocorrer em diversos momentos do processo educativo, em situações formais e

informais. Ela deve também utilizar diversos instrumentos com o objetivo de o professor

observar com mais clareza o potencial de seus alunos e auxiliá-los a serem mais

autônomos e responsáveis por seu processo de aprendizagem. Sendo assim a avaliação

acontecerão por meio de testes orais e escritos (grupo ou individual), atividades utilizando

provas, trabalhos escritos, pesquisas, entrevistas e conversas informais, observações e

registros.

Todas essas formas de avaliar contemplam imprescindivelmente argumentações,

justificativas e explicações. A utilização de formas inovadoras de

avaliação auxilia os alunos quanto ao desenvolvimento de suas capacidades e

competências na aquisição de conhecimentos e permite ao professor identificar se os

objetivos que propôs foram atingidos.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo Professor. Essa

pratica devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

• Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

• Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

• Elabora um plano que possibilite a solução do problema;

• Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

• Realiza o retrospecto da solução de um problema.

Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:

• Partir de situacões-problema interna ou externas a matemática;

• Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos

Problemas;

• Elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;

• Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;

Os instrumentos de avaliação são feitos através de trabalhos em sala e

extra classe, pesquisas, testes, provas, etc. O Sistema de Avaliação Bimestral, será

composto pela somatória da nota 6,0 ( seis ) referente a atividades diversificadas , mais a

nota 4,0 ( quatro ) referente a prova bimestral e o processo de recuperação ocorre de

forma paralela, permanente e concomitante ao processo ensino aprendizagem.

F. Referências Bibliográficas

COLÉGIO ESTADUAL SÃO BARTOLOMEU. Projeto Político Pedagógico. Apucarana,

233

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2012.

COLÉGIO ESTADUAL SÃO BARTOLOMEU. Regimento Escolar, Apucarana, 2010.

DANTE, Luiz Roberto. Tudo e Matemática – 1a Edição – São Paulo: Ed.Atica, 2004.

GIOVANNI, J.R.; Castrucci, B.; Giovanni Jr., J. R. A Conquista da Matemática 5a a 8ª

serie. São Paulo: FTD, 2002.

NETTO, Secione Di Pierro – Matemática em Atividades – 1a Edição – São Paulo:

Scipione, 2002.

PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação,

departamento de educação básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para a

educação básica. Julho, 2.006.

______Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnico-raciais e

para o Ensino de Historia da Cultura Afro-Brasileira e Africana – Lei 10639/03. Cadernos

Temáticos. SEED, PR.

______ Ensino Fundamental Dom Bosco. Curitiba.

Professores: Irene Silvino da Costa Martines Batista

Irenilde Soares Cabral

Josiane Millam dos Reis

11.13.1 DISCIPLINA DE MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO

A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Na educação escolar o ensino da Matemática deve diferencia-se dos

métodos puramente sintéticos, pautados no rigor das demonstrações e propõe agora

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um ensino baseado nas explorações indutivas e intuitivas, o que configurou o campo de

estudo da Educação Matemática (SCHUBRING, 2003).

As discussões da Educação Matemática vêm desde o final do século XIX e

início do século XX, no Brasil, estas começaram a se multiplicar com o enfraquecimento

do Movimento da Matemática Moderna, mais precisamente a partir da década de 1970.

A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que

apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são

considerados suficientes para atuação profissional (FIORENTINI & LORENZATO, 2001),

pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre os

processos de ensino e de aprendizagem em Matemática (CARVALHO, 1991).

O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém,

está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a

aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001) e

envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se

apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos,

procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70). Investiga, também,

como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes

de natureza diversa, visando a sua formação integral como cidadão.

Cabe então aos educadores se interessar a se desenvolver tanto no

intelectual como no profissional, refletir sua pratica e analisar suas ideias para articular

um currículo que possa superar suas praticas pedagógicas. É importante a demonstração

matemática, através de teoremas e métodos que levam os nossos alunos a compreensão

da sua aplicabilidade, porém não devemos exigir o rigor dessas abstrações.

Nossa sociedade exige urna informação globalizada, então a matemática não

deve ser vista como um instrumento de forma isolada nas outras áreas da ciência, mas

sim, "ser inserida num contexto mais amplo: auxiliar importante na formação de

capacidades" (Adilson Longem - autor Coleção Nova Didática Matemática - Ensino

Médio).

É através da história das civilizações que os primitivos conhecimentos

matemáticos vieram compor a Matemática de hoje. As ideias eram provenientes de

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observações dentro das condições humanas de reconhecer configurações físicas e

geométricas, compararem formas, tamanhos e quantidades.

B). OBJETIVOS

A disciplina de Matemática apresenta os seguintes objetivos

• Abordar o conhecimento matemático sob uma visão histórica.

• Apresentar os conceitos de maneira que possam ser discutidos, construídos e

reconstruídos, influenciando assim na formação do pensamento do aluno.

• Ler, interpretar e até produzir textos relacionados à Matemática. Incluímos

• Aqui a valorização da História da matemática e sua evolução;

• Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficos,

diagramas presentes em veículos de comunicação;

• Desenvolver estratégias de resolução de problemas, o que permitirá uma melhor

compreensão de conceitos matemáticos, além de desenvolver as capacidades de

raciocínio;

• Observar e estabelecer as conexões existentes entre diferentes tópicos da

matemática e conhecimento aplicados em outras áreas;

• Desenvolver e aplicar conhecimentos matemáticos em situações presentes no

cotidiano.

C)CONTEUDOS ESTRUTURANTES/BASICOS DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO

MÉDIO

O conteúdo é instituído para que os alunos tenham condições de ler e

interpretar dados estatísticos, construir representações, formular e resolver problemas

que impliquem o recolhimento de dados e análise de informações.

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Por meio do tratamento de dados, a Estatística permite dentro da disciplina de

Matemática, realizar pesquisas, coletas de dados e construção de gráficos e tabelas,

possibilitando análise crítica da realidade com o objetivo de refletir sobre a discriminação,

racismo, entre outros, visando à aceitação das diferenças individuais presentes na

sociedade.

O estudo da Probabilidade permite lançar diferentes olhares sobre o mundo,

retirando do ensino desta disciplina a ideia de determinismo e exatidão. É um espaço para

a análise e reflexão, considerando os resultados obtidos por aferições.

A Matemática Financeira contribui para a formação de cidadãos mais críticos

frente às exigências da sociedade de consumo. Sua importância se reflete nas atividades

cotidianas de quem precisa lidar com dívidas ou crediários, interpretar descontos,

entender reajustes salariais, escolher aplicações financeiras, entre outras atividades de

caráter financeiro.

1ª BLOCO (6 aulas semanais)

Conjuntos numéricos;

Problemas envolvendo operações de conjuntos;

Função afim;

Função quadrática;

Função exponencial;

Função logarítmica;

Progressão aritmética;

Progressão geométrica;

Trigonometria;

2ª BLOCO (6 aulas semanais)

Princípio fundamental da contagem;

Arranjo simples;

Permutação simples;

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Combinação simples;

Teoria da probabilidade;

Espaço amostral, eventos e probabilidade de um evento;

União de dois eventos;

Multiplicação de probabilidades;

Sistemas Lineares;

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

3ª BLOCO (6 aulas semanais)

Geometria espacial (corpos redondos);

Matrizes;

Determinantes;

Matemática financeira;

Estatística;

Geometria Analítica;

A) METODOLOGIA ESPECIFICA DA DISCIPLINA

Enquanto educadores, temos uma constante preocupação que nossos alunos

compreendam o valor científico da Matemática, fazendo relação entre teoria e prática.

Para isso, a metodologia deve ser diversificada, de maneira a possibilitar aos educandos

a construção de conceitos matemáticos que lhes proporcionem uma melhor compreensão

da sua realidade e da realidade do outro.

O ensino deve ser contextualizado para que os alunos adquiram seus

conceitos, favorecendo o processo ensino-aprendizagem. A resolução de problemas deve

estar presente em todos os momentos, devendo-se fazer uso também das demais

tendências da Educação Matemática, como a Modelagem, a Etnomatemática, o uso de

Mídias Tecnológicas e a História da Matemática.

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A Resolução de Problemas permite que o professor desafie e resgate o prazer

da descoberta. Ao resolver problemas, os alunos são desafiados a pensar

matematicamente. Segundo Polya (1995),

resolver problemas é a razão principal de se aprender e ensinar

Matemática, além disso, é o processo em que os alunos desenvolvem

determinadas estratégias que poderão ser aplicadas em grande parte de

situações, reorganizando conceitos e habilidades.

Essa metodologia favorece a prática pedagógica, aumentando a participação

dos estudantes e proporcionando a contextualização e a interdisciplinaridade. Mas, Pinto

defende que “um problema, para ser verdadeiro para o estudante, deverá provocar

conflito cognitivo, desequilíbrio, enfim, deve configurar-se em um obstáculo a ser

ultrapassado” (2000, p. 58) e sabemos que os obstáculos só são superados a partir do

momento em que o estudante tiver liberdade para construir seus conhecimentos

matemáticos, oportunidade para pensar matematicamente e chances de “errar mais” sem

ser punido por seus erros, ou seja, é necessário que ele, ao “invés de ser protegido contra

o erro, deve ser exposto ao erro muitas vezes, sendo encorajado a detectar e a

demonstrar o que está errado, e porquê” (Brownell apud Pinto, 2000, p.66).

Por meio da valorização do erro na resolução de problemas, procurar-se-á dar

um novo sentido à Matemática, fazendo com que o estudante sinta que a disciplina é algo

inerente à sua história, que os erros, sejam na Matemática, sejam na vida, fazem parte do

processo, e são, quase sempre, o caminho para a aprendizagem efetiva.

Desenvolver a habilidade para resolver problemas é necessário em todos os

níveis de ensino e para isso não existe uma receita pronta. Cada professor, conhecendo

seus alunos e, de acordo com suas experiências, constrói a sua prática. É importante

destacar não só a resposta correta, mas o aparecimento de diversas soluções,

comparações, verbalizações, discussões e justificações do raciocínio.

São várias as mídias tecnológicas disponíveis, entre elas, o computador, a

calculadora, a tv pendrive, o uso de softwares, aplicativos da internet e a tv Paulo Freire.

Os ambientes motivados pelas mídias tecnológicas dinamizam os conteúdos curriculares

e potencializam o processo pedagógico. Possibilitam a experimentação, a observação e

investigação, potencializando formas de resolução de problemas.

Em relação ao computador, é preciso ter claro que o seu uso é muito

importante para atingir o objetivo de compreender ou construir um conceito ou conteúdo,

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e que apenas aprender manipulá-lo enquanto ferramenta, não é o foco desejado; sendo

fundamental o trabalho do educador enquanto mediador de todo o trabalho, considerando

os aspectos pedagógico e psicológico.

A Modelagem Matemática, segundo Bassanezi (2002), consiste “na arte de

transformar problemas da realidade em problemas matemáticos e resolvê-los

interpretando suas soluções na linguagem do mundo real.”. A modelagem eficiente

permite fazer previsões, tomar decisões, explicar e entender; enfim participar do mundo

real com capacidade de influenciar em suas mudanças.

Etnomatemática, segundo D’Ambrósio (1993), é “a arte ou técnica de explicar,

de entender, de se desempenhar na realidade, dentro de um contexto cultural próprio”.

Seu papel é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem o

conhecimento matemático. Esta tendência defende que existem formas diferenciadas de

pensar a Matemática, e que nossa função não é dizer se as diversas formas estão certas

ou erradas, mas respeitá-las. É preciso considerar que os conhecimentos existem em

todas as culturas e que cada grupo desenvolve suas próprias técnicas.

É de grande importância que seja feito um trabalho voltado para a História da

Matemática para que a aprendizagem dessa disciplina tenha sentido para os estudantes.

O saber historicamente construído, precisa ser trabalhado com nossos alunos, para que

eles possam valorizar o conhecimento, sentirem-se motivados para resolverem

problemas, fazendo uma reflexão sobre a produção histórica do conhecimento, com o

conhecimento contemporâneo da Matemática, bem como sua utilidade em todos os

campos da Ciência, possibilitando ao aluno analisar e discutir razões para a aceitação de

determinados fatos, raciocínios e procedimentos.

Portanto, o professor deve mostrar que a Matemática não é algo estático, que

essa ciência tem uma história, procurando fazer o seu trabalho com resolução de

problemas de forma instigante, partindo de situações tanto do cotidiano como outras

científicas, tendo consciência de que, como aponta Schoenfeld (2005),

Dificilmente vamos nos defrontar com uma situação no dia a dia em

que temos que resolver um problema de teoremas ou funções

quadráticas, mas o que os estudantes podem e deveriam ter como

conseqüência de sua educação, é a habilidade para raciocinar

cuidadosamente e eficientemente os recursos à sua disposição

quando defrontados com problemas em suas próprias vidas.

240

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B) AVALIAÇÃO

Computador, com a utilização de softwares, aplicativo do excel e internet;

Calculadora;

TV Multimídia e pendrive;

Sólidos geométricos (representações);

Jogos;

Livros paradidáticos, jornais e revistas;

Livro didático;

Temos o hábito de avaliar nossos alunos apenas comparando-os com os

melhores, quando na verdade deveríamos compará-los como eles próprios; ignoramos o

seu esforço, avaliamos apenas pelo erro, desconsiderando seus progressos.

A nota no momento da avaliação é o que menos importa, considerando que por

trás das notas estão os critérios utilizados e estes sim, merecem preocupação. Estes

serão elaborados com antecedência, levando-se em conta o que queremos do estudante

naquele momento. Mais importante do que a nota, é a atitude a ser tomada após a

avaliação, considerando que a mesma implica, muitas vezes, em mudança de postura e

procedimentos por parte do professor. Diante da avaliação devemos ter uma postura que

considere os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar os

problemas que lhes são propostos e a partir do diagnóstico de suas deficiências, procurar

ampliar a sua visão, o seu saber sobre o conteúdo em estudo, portanto, não basta

constatar os erros, é preciso explorar as possibilidades advindas desse erro, corrigi-lo,

mostrar o que o aluno aprendeu e não só o que errou, valorizando as tentativas feitas.

No processo avaliativo, segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná (2006),

É necessário que o professor faça encaminhamentos, que

pressupõem a observação e a intervenção por meio de formas

escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de

ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis,

computador e calculadora.

Desta forma, entende-se que o professor deve problematizar:

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Por que o aluno foi por este caminho e não por outro?

Que conceitos adotaram para resolver uma atividade de

maneira equivocada?

Como ajudá-lo a retomar o raciocínio com vistas à

apreensão de conceitos?

Que conceitos precisam ser discutidos ou rediscutidos?

Há alguma lógica no processo escolhido pelo aluno ou ele

fez uma tentativa mecânica de resolução?

Para isso as avaliações serão por meio de:

Observação direta do crescimento do aluno;

Trabalhos em grupo;

Trabalhos individuais;

Teste simulado durante as aulas;

Provas (somatórias e diagnósticas);

Participação nas aulas (argumentações orais);

Relatório da aula;

A recuperação dos conteúdos de Matemática será paralela, preventiva e

imediata, ou seja, ela será feita no decorrer de todo o bimestre.

C)C) REFERÊNCIAS DA DISCIPLINA:REFERÊNCIAS DA DISCIPLINA:

BASSANEZI, Rodney C. Ensino-aprendizagem com Modelagem Matemática. São

Paulo, Contexto, 2002;

BURIASCO, R. L. C. de et al. Matemática para a Escola Pública do Estado do Paraná.

Curitiba, 1992.

D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Da realidade à ação: reflexões sobre Educação e

Matemática. São Paulo: summus; Campinas: Editora da Universidade Estadual de

Campinas, 1993;

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superitendência de Educação. Diretrizes

242

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Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba:

SEED/DEPG, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Livro

Didático Público do Estado do Paraná: Matemática. Curitiba: SEED/DEPG, 2006.

PINTO, Neuza Bertoni. O erro como estratégia didática: estudo dos erros no ensino da

Matemática elementar. Campinas, SP: Papirus, 2000.

POLYA, George. A arte de resolver problemas: um novo aspecto do método

matemático. Tradução de Heitor Lisboa de Araújo. 2ª reimp. Rio de Janeiro: Interciência,

1995.

SCHOENFELD, A. H. Heurísticas na sala de aula. In: KRULIK, Stephen; REYS, Robert E.

(org.), A resolução de problemas na Matemática escolar. Tradução de Hygino H.

Domingues e Olga Corbo. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 13-31.

Professores: Zilma de Paiva farias

11.14 - DISCIPLINA DE QUÍMICA

A) APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Química é uma excelente motivação para a aprendizagem, ao aproximar o

que se ensina do que se vive ao permitir a compreensão do que ocorre na Natureza e os

benefícios que ela concede ao homem, ao mostrar a necessidade de respeitar o seu

equilíbrio. Para tanto a Química (conhecimento químico) e a Tecnologia Química

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(utilização da Química) devem colocar-se dentro de um contexto em que os alunos terão

a possibilidade de compreendê-los como um todo, para analisar criticamente a sua

aplicação a serviço da melhoria da qualidade de vida.

Ao desenvolver conteúdos integrados à vida do educando, oportunizando o

desenvolvimento de sua capacidade de investigação e crítica, posicionando junto, a

problemas que são advindos da Química, em seus aspectos econômicos, industriais,

sanitários, ambientais,..., o desenvolvimento da disciplina de Química proporcionará a

discussão da função de Química na sociedade e despertará o espírito crítico e o

pensamento científico. A Química tem forte presença no suprimento de demanda de

novos produtos,

Que é cada vez maior nas áreas surgidas nos últimos anos: biotecnologia,

química.

Fina, pesquisas direcionadas para oferta de alimentos e medicamentos, entre.

Outras. Essas questões podem e devem ser abordadas nas aulas de Química

por

Meio de uma estratégia metodológica que propicie a discussão de aspectos

sócia-

Científicos, ou seja, de questões ambientais, políticas, econômicas, éticas,

sociais e Culturais relativas à ciência e à tecnologia.

B) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os Conteúdos

Estruturantes da Química para o Ensino Médio, considerando seu objeto de

estudo/ensino: Substâncias e Materiais.

MATÉRIA E SUA NATUREZA

Estuda os aspectos macroscópicos e microscópicos da matéria, a essência da

matéria e caracteriza-se pelo “trabalho” com modelos e representações.

Conteúdos Básicos

• Estrutura da matéria

• Substância, Misturas e Métodos de separação.

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• Fenômenos físicos e químicos

• Estrutura atômica, Distribuição eletrônica.

• Tabela periódica

• Ligações químicas

• Funções químicas

• Radioatividade

BIOGEOQUÍMICA

Caracterizado pelas interações existentes entre a hidrosfera, litosfera e

atmosfera.

Conteúdos Básicos

• Soluções

• Termoquímica

• Cinética Química

• Equilíbrio Químico

QUÍMICA SINTÉTICA

Caracteriza-se pela síntese de novos materiais: produtos farmacêuticos, a

indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes),

fertilizantes, agrotóxicos.

Avanços tecnológicos, obtenção e produção de materiais artificiais que podem

substituir os naturais.

Conteúdos Básicos

• Química do Carbono

• Funções Oxigenadas

• Polímeros

• Funções Nitrogenadas

• Isomeria

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 1ª SÉRIECONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 1ª SÉRIE

• 1- Matéria e Energia

245

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• 2- Substâncias

• 3- Modelos Atômicos

• 4- O Átomo

• 5-Tabela periódica

• 6- Ligações Químicas

•• 7- Funções Inorgânicas7- Funções Inorgânicas

•• 8- Cálculos Químicos8- Cálculos Químicos

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 2ª SÉRIECONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 2ª SÉRIE

•• Soluções Soluções

•• TermoquímicaTermoquímica

•• Cinética Química Cinética Química

•• Equilíbrio QuímicoEquilíbrio Químico

•• RadioatividadeRadioatividade

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 3ª SÉRIECONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 3ª SÉRIE

• Características dos compostos orgânicos

• Funções orgânicas

• Isomeria

• Reações orgânicas

• Polímeros

• Bioquímica

C) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A atual proposta curricular é totalmente inovadora. Ela permite que o professor

deixe de lado uma metodologia de transmissão de conteúdos para adotar um maior

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envolvimento no ato de ensinar, que parta do conhecimento prévio dos alunos, onde se

incluem ideias pré-concebidas ou concepções espontâneas a partir das quais o aluno

elabora um conceito científico.

A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico

historicamente produzido. Portanto quando os alunos chegam à escola eles não estão

totalmente desprovidos de conhecimentos, pois no seu dia-a-dia e na interação com os

diversos objetos no seu espaço de convivência, muitas concepções são elaboradas.

Numa sala de aula, o processo ensino-aprendizagem ocorre com a reunião de

pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e ideias que dependem da sua

vivencia cotidiana. Isso torna impossível a utilização de um único tipo de encaminhamento

metodológico com o objetivo de uniformizar a aprendizagem.

Desta forma considerando os conhecimentos que o aluno traz, é necessário

proporcionar condições para a construção de conhecimentos científicos, através de uma

linguagem clara e acessível a respeito dos conhecimentos químicos. Entretanto, quando

os estudantes chegam à escola, não estão desprovidos

De conhecimento. Uma sala de aula reúne pessoas com diferentes costumes,

Tradições e ideias que dependem também de suas origens, isso dificulta a

adoção.

De um único encaminhamento metodológico para todos os alunos, além disso,

o.

Professor deve abordar a cultura e história afro-brasileira (Lei n. 10.639/03,

sendo.

Obrigatório à abordagem de conteúdos que envolvam a temática de história e

(Cultura afro-brasileira e africana), história e cultura dos povos indígenas

respaldados.

Pela Lei n. 11.645/08 e educação ambiental com base na Lei 9795/99, que

institui.

A Política Nacional de Educação Ambiental, relacionando aos conteúdos.

Estruturantes de modo contextualizado (PROPOMOS: ABORDAGEM DE

CONHECIMENTOS E INSTRUMENTALIZAÇÃO SOBRE ALIMENTOS, REMÉDIOS,

CORANTES E OUTROS PRODUTOS, UTILIZADOS NO NOSSO COTIDIANO).

É importante salientar que a química possui um caráter experimental e

interdisciplinar. A experimentação desempenha uma função essencial na consolidação e

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compreensão de conceitos, propiciando uma reflexão sobre a teoria e a prática. Muitas

vezes, para a assimilação destes conceitos é necessário que ela atue em conjunto com

outras ciências.

Estas ações pedem maior engajamento do professor com a abordagem de

temas relevantes, primando sempre pelo rigor conceitual. Estes temas abordados

corretamente devem intervir positivamente na qualidade de vida das pessoas e da

sociedade.

Não se pode negar que a Química tem um papel fundamental na vida das

pessoas, a qual só pode evoluir, apoiando as outras ciências. Estas ciências fazem parte

do dia-a-dia das pessoas e é importante para o equilíbrio da vida no planeta. Portanto, ao

observar o mundo à sua volta os participantes do processo educativo devem

compreender como é frequente, intensa e contínua, a aplicação do conhecimento químico

na sociedade atual. E perceber ainda como esse conhecimento tem sido constantemente

reformulado ao longo da história da humanidade.

D) AVALIAÇÃO

O aluno será avaliado num processo formativo, processual, qualitativo e

contínuo na construção do conhecimento. Este processo envolverá as diversas áreas,

buscando sempre o desenvolvimento das capacidades que possam ser necessárias à

vida em sociedade, para isto pode utilizar instrumentos selecionados de acordo com cada

conteúdo e objetivo de ensino, tais como:

- leitura, interpretação e produção de textos;

- pesquisas bibliográficas;

- relatório de aulas experimentais;

- apresentação de seminários;

- trabalhos interdisciplinares individuais e em grupos;

Esses instrumentos visam uma avaliação que não dicotomize teoria e prática,

de forma que em relação à leitura de mundo o aluno deverá posicionar criticamente nos

debates conceituais, articulando o conhecimento químico às questões sociais,

econômicas e políticas.

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E) REFERÊNCIAS

BAIRD, C. Química Ambiental. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

COVRE, G. J. Química Total. São Paulo. FTD. 2001.

FELTRE, Ricardo. Química. Obra em 3v. 6. ed. São Paulo. Moderna. 2004.

FONSECA, M.R.M, Química Integral. São Paulo. FTD, 2003.

MORTIMER, E.F; MACHADO A.H. Química para o ensino médio. 1ª ed. São Paulo:

Scipione, 2002.

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. Versão

preliminar, SEED: 2006.

PARANÁ/SEED. Orientações para organização do projeto político pedagógico.

SEED. 2007.

SARDELLA, A ; FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo: Ática, 2004.

PARANÁ/SEED. Química. Vários autores. SEED: 2006.

PERUZZO, F. M. e CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. São Paulo.

Moderna, 2002.

SARDELLA, A.; MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. 3ª ed. São Paulo:

ÁTICA, 1992.

Professora: Alaene Muchão Ferraresi Hannoun

11.15 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR SOCIOLOGIA

A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de sociologia objetiva identificar e refletir sobre as correntes sociológicas e

conceitos fundamentais à compreensão das transformações sociais contemporâneas. A

partir dos conteúdos estruturantes apresentados pela Secretaria de Educação o foco de

reflexões se organizará de tal forma a privilegiar os conteúdos e o desenvolvimento da

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consciência crítica a seguir. Gênese e principais problemas sociais deparados no início da

disciplina como ciência, principais correntes sociológicas que influenciaram o pensamento

moderno como a sociologia de Comte, Durkheim, Weber, Marx. Os desdobramentos

estruturantes de socialização, Cultura, trabalho, classes sociais, poder, ideologia,

cidadania, movimentos sociais e temas sociais do século XX1.

Acreditamos que embasados nessa linha de ação forneceremos ao alunado os

conhecimentos necessários para que se possa desenvolver uma consciência crítica,

facultando assim, as ferramentas necessárias para o entendimento da realidade social e

sua transformação, dentro de uma perspectiva de justiça social, uma vez que o

conhecimento científico e consciência crítica devem subsidiar a ação do cidadão na

sociedade.

B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Desnaturalização das ações que se

estabelecem na sociedade percepção de que a realidade social é

histórica e socialmente construída;

• Inserção do aluno como sujeito social que

compreende a sua realidade imediata, mas que também percebe o que

se estabelece além dela;

• Questionamento quanto à existência de

verdades absolutas, sejam elas na compreensão comum do cotidiano,

ou na constituição da ciência.

C) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O processo de socialização e as instituições sociais.

- Definição de Sociologia

- Gênese da Sociologia e Revolução Tecnológica e Industrial

- Transformações políticas, econômicas, culturais e sociais do Século X1X e

XX.

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- Principais correntes sociológicas do Século X1X: Comte, Durkheim, Weber,

Marx, Gramsci

- Principais correntes sociológicas no Brasil: Gilberto Freire, Fernando

Azevedo, Caio Prado Júnior, Sérgio Buarque de Holanda, Florestan Fernandes, Otávio

Ianni.

- A sociedade humana como objeto de estudo

- A convivência humana

- As instituições sociais

Cultura e indústria cultural

- Agrupamentos Sociais

- Cultura

- A influência da mídia na sociedade

- A cultura indígena, afro-brasileira e quilombolas.

Trabalho, produção e classes sociais.

- A base econômica da sociedade

- Classes sociais e estratificação

- Conflitos e mudanças sociais

- Capitalismo e Socialismo

- Desigualdades sociais

Poder, política e ideologia.

- O subdesenvolvimento

- O estado e o poder

- Educação

- Burocracia

- Ética e Moral

Direitos, cidadania e movimentos sociais.

- Comunidade, sociedade e cidadania.

- Conflitos rurais e urbanos

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- Movimentos de contestação à Globalização

- Fórum econômico Mundial

- Campanhas da Fraternidade da Igreja Católica

- Campanhas Sociais das diversas denominações religiosas

- Crise na política brasileira

O conteúdo

O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas estarão presentes as

séries.

Nas três primeiras séries do Ensino Médio:

1ª Série:

O surgimento da Sociologia e as teorias Sociológicas;

O processo de socialização e as Instituições Sociais.

2ª Série:

Cultura e Indústria Cultura;

Trabalho, Produção e Classes Sociais.

3ª Série:

Poder, Política e Ideologia;

Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.

SERIAÇÃO POR BLOCOS:

Primeiro Ano Segundo Ano Terceiro AnoO Surgimento da SociologiaAs teorias Sociológicas.O processo de socialização e as Instituições Sociais:63. Instituições familiares.64. Instituições escolares.65. Instituições religiosas.66. Instituições de reinserção.

Trabalho, produção de classes sociais.

O Surgimento da SociologiaAs teorias Sociológicas.Poder, política e ideologia.Direito, Cidadania e Movimentos Sociais.

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.

Formação e desenvolvimento do pensamento social.

O Surgimento da SociologiaAs teorias Sociológicas.Cultura e indústria cultural.

Formação e consolidação da sociedade capitalista e do desenvolvimento do pensamento social.

Os conceitos de culturas e Escolas antropológicas.

Antropologias Brasileiras.

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Conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades.

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições.

Globalização. Neoliberalismo. Trabalho no Brasil. Relação de Trabalho.

Sociológicas Clássicas.

Conceitos de poder.Conceitos de ideologia.Conceitos de dominação e legitimidade.

Estado no Brasil.

Desenvolvimento da Sociologia no Brasil.

Democracia, autoritarismo e Totalitarismo.

As expressões de violência nas sociedades Contemporâneas.

Direitos, Cidadania e Movimentos sociais.

Conceitos de Cidadania.

Direitos Civis, políticos, humanos e sociais no Brasil.

Movimentos Ambientalistas.

Questões das ONGS.

Diversidade e diferença cultural.

Relativismo, etnocentrismo e alteridade.

Culturas Indígenas.

Roteiro de pesquisa de campo.

Identidades como projeto e ou processo, sociabilidades e globalização.

Minorias, preconceitos, hierarquia e desigualdades.

Questões de gênero e a construção social do gênero.

Cultura afro-brasileira e a construção social da cor.

Identidade e questões sociais, dominação e hegemonia e contra movimentos.Indústria Cultural de massa.

Sociedade de Consumo.

D) Metodologia da Disciplina

A sociologia é uma disciplina histórica e dinâmica, portanto há necessidade de

redimensionar os procedimentos metodológicos, já que a realidade social está em

constante transformação. Torna-se, portanto, essencial uma flexibilidade programática

que venha de encontro com os anseios da sociedade.

O trabalho em grupo e interdisciplinar deve orientar toda a prática pedagógica

na sociologia, porque as diferenças ajudam a compreensão da diversidade cultural e à

compreensão da dialética da realidade. Subsidiados pelas Diretrizes Curriculares da Rede

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Pública de Educação Básica do Estado do Paraná a disciplina de sociologia deve integrar

conteúdos estruturantes com a problemática da realidade atual, já que essa

fundamentação servirá de ferramentas para a construção de um ensino de qualidade que

certamente resultará na construção de uma consciência crítica que em muito ajudará as

políticas públicas a minimizar os graves problemas da sociedade brasileira.

Em função da tradição bacharelesca da disciplina e das escassas pesquisas a

respeito do ensino de Sociologia, muitas vezes nas salas e aula de Ensino Médio tem a

reprodução de práticas acadêmicas. Tal prática acarretava distanciamento entre as

necessidades do aluno e o desejo dos professores de efetuar um trabalho pedagógico

significativo. Por outro lado, uma identidade da disciplina sociológica fica dificultada

quando os temas programados são improvisados ou tratados sem rigor metodológico. O

ensino deve contemplar a dinâmica dos fenômenos sociais, explicando para além do

senso comum de modo que favoreça uma leitura da sociedade à luz da ciência,

permitindo que a dimensão analítica do conhecimento sociológico estabeleça um diálogo

contínuo com as transformações socioeconômicas, culturais e políticas contemporâneas.

A ilustração dos fenômenos tratados com material e exemplos próximos à

realidade do aluno favorece a percepção da realidade e estimula conhecer outras

experiências.

A sociologia não deve abrir mão dos modernos recursos audiovisuais como

filmes, internet, documentários, simpósios, debates, pois como já referendado

anteriormente é uma disciplina que tem um caráter historio, isto é, em permanente

evolução.

Durante o processo letivo serão priorizados temas referentes aos desafios

Educacionais Contemporâneos como:

• História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Lei nº 11645/08.

• História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10639/03.

• Cidadania e Direitos humanos.

• Enfrentando à violência na Escola.

• Educação ambiental, Lei nº 9795/99.

• Prevenção ao uso indevido de Drogas.

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E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA

A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pautasse numa

concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com

os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula. Concebendo a

avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos objetivos da

disciplina, pretendesse a efetivação de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar”

conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso

critico e a conquista de uma participação na sociedade.

Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada a

avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da

percepção da realidade à volta do aluno e faz o professor, um pesquisador.

De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando

aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as apresentam

dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. Nesses termos, a

avaliação formativa deve servir como instrumento docente para a reformulação da prática

através das informações colhidas. A avaliação também se pretende continuada,

processual, por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar

a constante intervenção para a melhoria do processo de ensino aprendizagem.

O caráter diagnóstico da avaliação, ou seja, a avaliação percebida como

instrumento dialético da identificação de novos rumos, não significa menos rigor na prática

de avaliar. Transporto para o ensino da Sociologia, esse rigor almejado na avaliação

formativa, conforme Luckesi (2005) significa considerar como critérios básicos:

• A apresentação dos conceitos básicos da ciência, articulados com a

prática social;

• A capacidade e a coerência na exposição das idéias sociológicas;

• A mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da

autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da

disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates.

F) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SEED/ PR. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do

Paraná. Sociologia, Curitiba, 2008.

VESENTINE, Jose Willian. Sociedade e Espaço. Editora Ática. São Paulo, 1999.

WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro. Zahar, 1971.

DURKHEIN, Émile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo. Abril Cultural, 1973.

PRADO, Caio Jr. Evolução Política e Social do Brasil. São Paulo. Brasiliense, 10 ed.

1977.

SOCIOLOGIA. Vários autores. Livro Didático Público do Estado do Paraná. SEED/PR.

Curitiba, 2006.

ADORNO, Theodor. O Social e a Sociologia em uma era de incertezas. Plural, Sociologia.

São Paulo. Edusp, 1997.

COMTE, Auguste. Sociologia (organização e tradução de Evaristo de Morais Filho) São

Paulo; Ática, 1978.

MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.

O Manifesto do partido comunista: Karl Marx e Friedrich Engels; Maria Lucia de Como:

Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

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