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1
Rodrigo Azevedo
Fevereiro de 2005
Política Monetária:
Tópicos da agenda DIPOM 2005
2
Tópicos da Agenda Dipom 2005
I. Recomposição de Reservas Internacionais
II. Redução do Passivo Cambial
III. Administração da Liquidez no Mercado Aberto
IV. Avanços no Sistema de Pagamentos
Estrutura da apresentação
3
Tópicos da Agenda Dipom 2005
I. Recomposição de Reservas Internacionais
4
Conta Corrente e Balança Comercial
14 35
Balança Comercialescala direita
30725
020
Conta Correnteescala esquerda
US$
bilh
ões
-21
-14
-7 15
10
5
0-28 -5
-35 -10jan96
jan97
jan98
jan99
jan00
jan01
jan02
jan03
jan04
jan05
Fonte: Bacen
5
Investimento Estrangeiro Direto
Média Móvel de 3 e 6 Meses3,9
3 meses3,56 meses3,1
US$
bilh
ões
1,1
1,5
1,9
2,3
2,7
0,7
0,3jan jul jan jul jan jul jan jul jan jul jan00 00 01 01 02 02 03 03 04 04 05
Fonte: Bacen
6
Dívida Externa em Queda
dez 98 dez 99 dez 00 dez 01 dez 02 dez 03 nov 04
US$ bilhões
Dívida de médio e longo prazo 197,4 199,0 189,5 182,3 187,3 194,7 185,4
Setor público (não financeiro) 92,0 97,3 89,8 92,8 110,3 119,8 116,2Setor privado 105,5 10,6 99,7 89,5 77,0 74,9 69,2
26,3 26,6 27,4 27,6 23,4 20,1 18,1Dívida de curto prazoSetor público (não financeiro) 3,4 3,3 2,6 0,4 0,1 - -Setor privado 22,9 23,3 24,8 27,2 23,3 20,1 18,1
DÍVIDA TOTAL 223,8 225,6 216,9 209,9 210,7 214,9 203,592,4 100,7 92,4 93,2 110,4 119,8 116,2Setor público (não financeiro)
Setor privado 128,4 124,9 124,6 116,8 100,3 95,1 87,3
RESERVAS INTERNACIONAIS 44,6 36,3 33,0 35,9 37,8 49,3 49,5
154,0DÍVIDA LÍQUIDA 179,2 189,3 183,9 174,1 172,9 165,6
Fonte: Bacen
7
Indicadores de Solvência Externa
1999 2000 2001 2002 2003 2004
Juros/exportações (%) 36,4 31,0 30,3 25,3 21,0 15,9
Dívida total líquida/exportações 3,6 3,1 2,8 2,7 2,1 1,6
Dívida total líquida/PIB (%) 32,5 28,4 31,9 35,9 30,6 24,4
Fonte: Bacen
8
Porque acumular reservas ?
Em regime de câmbio flutuante, o nível de reservas internacionais no limite poderia ser próximo a zero. Porque então acumular reservas internacionais?
A literatura econômica indica ao menos três motivos:
1. Para reduzir a probabilidade de “paradas súbitas” de financiamento externo em momentos de incerteza;
2. Para reduzir custos de financiamento externo, via aumento de confiança ou melhoria de grau de classificação de risco soberano; e
3. Para reduzir a volatilidade da taxa real de câmbio.
9
Reservas Internacionais
58
53Reservas totais48
23
28
33
38
US$
bilh
ões 43
Reservas líquidas
18Reservas líquidas ajustadas
conceito FMI13
jan99
jul99
jan00
jul00
jan01
jul01
jan02
jul02
jan03
jul03
jan04
jul04
jan05
Fonte: Bacen
10
Oportunidade para Elevar Reservas
US$ bilhões
2003 2004 2005 (P)Conta corrente do setor privado 5,5 14,5 4,9Conta financeira líquida do setor privado 1,1 -11,4 3,6
Investimentos Estrangeiros Diretos 10,1 18,2 14,0Investimento em carteira 3,2 2,2 3,0Empréstimos de médio e longo prazos -3,9 -13, 5 -8,7Créditos comerciais -4,8 -3,4 -0,7Investimentos brasileiros no exterior -2,2 -13,4 -4,0Outros -1,4 -1,4 -
Hiato financeiro 6,6 3,1 8,5Intervenção líquida do Banco Central -1,6 -5,3 -Variação do passivo em dólar dos bancos -5,0 2,2 -8,5
Fonte: Bacen
11
Política de Recomposição de Reservas
Objetivo: Consolidar a sustentabilidade do balanço de pagamentos através da elevação do nível de reservas internacionais a médio prazo.
Contexto: regime de metas de inflação com câmbio flutuante.
Princípios básicos de atuação:
Avaliação de condições adequadas de mercado a cada momento
Não adicionar volatilidade ao mercado cambial
Não interferir na tendência de flutuação da taxa de câmbio
Resultados: Volume com baixa volatilidade
US$ 5,3 bilhões acrescido às reservas em 2004
US$ 2,6 bilhões acrescido às reservas em janeiro de 2005.
12
Reservas Internacionais61
US$
bilh
ões
53
55
59 Reservas Internacionais atingiram US$ 58,6 bilhões em 24 de fevereiro
57
51
49jan 04 mar 04 mai 04 jul 04 set 04 nov 04 jan 05
Fonte: Bacen
13
2002 2003 2004 2005 (P)A - Reservas (início de período) 35,9 37,8 49,3 52,9B - Variação das reservas 2,0 11,5 3,6 -8,1
Bônus4. FMI
EntradasSaídas
5. Outros6. Liquidação de compras do Tesouro NacionalC - Reservas (fim de período)
1,21,8
Reservas Internacionais
-0,3 -0,4
US$
bilh
ões
1. Intervenção do Banco Central -9,1 1,6 5,2 2,62. Serviço da dívida líquida -7,7 -9,7 -12,6 -11,6
Juros (líquidos) -4,1 -4,8 -5,5 -5,4Pagamento de amortizações -3,6 -4,9 -7,1 -6,2
3. Entradas 5,3 5,4 6,7 6,5Multilaterais 1,3 0,9 1,0 2,0
3,9 4,5 5,7 4,511,5 4,8 -4,3 -7,016,0 176 - --4,6 -12,8 -4,3 -7,01,5 3,9 1,2 -0,90,6 5,5 7,3 2,4
37,8 49,3 52,9 44,8(-) Empréstimos do FMI 20,8 28,4 24,9
D – Reservas líquidas 17,0 20,9 28,0(-) Excesso de depósitos em bancos brasileiros no exterior -0,3(-) Excesso de bônus brasileiros 3,3 2,9(-) Variações em paridade e preços -0,1 1,0
E – Reservas líquidas ajustadas 14,2 17,4 25,3 25,3
Fonte: Bacen
14
Tópicos da Agenda Dipom 2005
II. Redução do Passivo Cambial
15
Relação Dívida/PIB xTaxa de Câmbio Real Efetiva
65
abr
70
90
110
130
Méd
ia 1
994/
2004
= 1
00
Taxa de Câmbio Real Efetiva
dez
190
60 17055
150
40
45
% d
o PI
B 50Dívida Líquida/PIB
35
30
25
jul abr jan out jul abr jan out jul abr jan out jul94 95 96 96 97 98 99 99 00 01 02 02 03 04 04
Fonte: Bacen
16
Rolagem da Dívida Cambial Doméstica
167,2%170
150
130
110
90 77,8%%
69,3%70
50
30
10 5,1%
2001 2002 2003 2004
Fonte: Bacen
17
Taxa de Rolagem da Dívida Cambial
100
Média 2003: 69,3%
80De janeiro a maio de 2004, e de setembro 2004 a fevereiro 2005,
o Bacen não rolou instrumentos cambiais
60
%
40
20
0% 0%0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%0jan03
abr03
jul03
out03
jan04
abr04
jul04
out04
jan05
Fonte: Bacen
18
US
Dívida Cambial Doméstica em USD$
bil
45
2004redução US$ 25,6 b
75
65
hões
2002redução US$ 11,7 b
2003redução US$ 9,5 b55
35
25jan abr jul out jan abr jul out jan abr jul out jan02 02 02 02 03 03 03 03 04 04 04 04 05
Fonte: Bacen
19
Melhora no Perfil da Dívida PúblicaDívida Cambial / Dívida Total Sensibilidade da Dívida
à Variação Cambial60 0.40
55
15
20
25
30
35
40%
45
50
jan97
jan98
jan99
jan00
jan01
jan02
jan03
jan04
0.35
0.30
0.25%
0.20
0.15
0.10
0.05jan97
jan98
jan99
jan00
jan01
jan02
jan03
jan04
Fonte: Bacen
20
Queda da Relação Dívida/PIB Explicada Pela Dinâmica da Dívida
%
1999 2000 2001 2002 2003 2004Dívida líquida (final de ano) 48,7 48,8 52,6 55,5 57,2 51,8Aumento da dívida líquida 7,0 0,1 3,9 2,9 1,7 -5,41. Superávit primário -2,9 -3,3 -3,5 -3,3 -4,1 -4,42. Juros nominais 8,3 6,7 6,9 7,2 9,1 6,93. Dívida interna indexada ao câmbio 3,8 0,8 1,5 4,8 -1,4 -0,24. Dívida Externa 2,8 0,8 1,5 4,4 -1,6 -0,35. Reconhecimento de dívidas 1,3 0,8 1,5 0,9 0,0 0,46. Privatizações -0,8 -1,8 -0,1 -0,2 0,0 0,07. Efeito crescimento do PIB -5,3 -3,9 -3,9 -11,0 -0,3 -7,7
0,1 -5,2Dinâmica da dívida (1+2+7)Câmbio (3+4)“Esqueletos” líquidos (5+6)
-0,51,6
-1,0
-0,53,01,4
-7,19,20,7
4,7-3,00,0
6,6 -0,50,40,5
21
Tópicos da Agenda Dipom 2005
III. Administração da Liquidez no
Mercado Aberto
22
Administração de liquidez
Contexto: Regime de metas de inflação com câmbio flutuante, onde a política monetária é comunicada através de fixação de taxa primária e atas/documentos publicados pelo BC.
Princípios de atuação:
Manutenção da taxa de juros primária próxima à meta definida pelo COPOM
Instrumentos de mercado aberto utilizados:
operações overnight ou de curtíssimo prazo
operações compromissadas pós-fixadas de 1 mês
operações compromissadas pré-fixadas de 3 meses
troca e venda definitiva de títulos da carteira do BC
23
Taxa Selic vs. Meta
Fonte: Bacen
Meta Selicescala esquerda
Taxa Selicescala esquerda
Diferencial Taxa Selic – Metaescala direita
318,7
0
-318,2-6
17,7-9
17,2% a
.a.
p.b.
-12
-1516,7 -18
-2116,2-24
15,7 -27jul04
ago04
set04
nov04
dez04
fev05
24
Saldo Líquido Financiamento BacenR
$ bi
lhõe
s
0
30
45
60
jan03
mar03
mai03
jul03
set03
nov03
jan04
mar04
mai04
jul04
set04
nov04
fev05
Total
90
75
Saldo líquido <= 30 dias
Saldo líquido > 30 dias15
Fonte: Bacen
25
Curtíssimo prazo - Doador de recursos De 2 semanas a 1 mês
Saldo Líquido de Financiamentopor Tipo de Operação
-5
15
35
55
75
95
11515
/9
29/9
6/10
%
22/9
1/10
13/1
020
/10
27/1
03/
1110
/11
17/1
124
/11
1/12
8/12
15/1
222
/12
29/1
25/
0112
/01
19/0
126
/01
2/02
9/02
16/0
218
/02
Curtíssimo prazo - Tomador de recursos 3 meses
Fonte: Bacen
26
Tópicos da Agenda Dipom 2005
IV. Avanços no Sistema de Pagamentos
27
Sistema de Pagamentos BrasileiroReestruturação
1ª Etapa - Aperfeiçoamento da Estrutura de Liquidação FinanceiraFoco: Risco SistêmicoAbrangência:
infra-estrutura legalinfra-estrutura tecnológicacâmaras e prestadores de serviços de compensação e de liquidação
2ª Etapa – Modernização do Sistema de Pagamentos de VarejoFoco: Eficiência e Segurança Abrangência:
identificação de ineficiências e riscos nas transações de varejoaumento da participação relativa dos instrumentos eletrônicos nos pagamentos de varejo
28
STR - Giro
0
100
200
300
400
fev 04
abr jun ago out dez jan 05
010
2030
4050
6070
Média Diária - Evolução Mensal R$ bilhões Milhares
0,5%8,5%
Detalhamento Valor - Jan/05
Valor Volume30,6%
60,4%Pagamentos RedescontoCompulsórios Meio Circulante
Fonte: Bacen
29
STR - Pagamentos
0
50
100
150
200
fev abr jun ago out dezjan 010
2030
4050
6070
R$ bilhões Milhares
79,2%
3,1%13,4%
2,4%1,8%
Detalhamento Valor - Jan/05
Média Diária - Evolução Mensal
04 05
Valor Volume
Operações SelicCâmarasTED IF
TED ClienteUnião/BC
Fonte: Bacen
30
Adequação das Medidas da 1ª FaseEstabilidade Sistêmica
Últimos dois anos ocorreram choques:
Aumento de volatilidade (dólar, juros e ações);
Intervenção;
Empoçamento de liquidez.
O sistema absorveu os choques sem ocorrências de externalidades adversas:
As câmaras se mostraram seguras;
Não houve contágio;
Banco Central não assumiu perdas privadas
31
Medidas Finais da 1ª Fase
Novembro de 2002Depósito prévio
Fevereiro de 2004Retirada do DOC da Compe: Redução de R$ 400 milhões/dia
Fevereiro de 2005Retirada dos cheques de alto valor (VLB: R$ 250 mil)
Redução de R$ 205 milhões/diaLiquidação Bilateral no STR
Retirada dos Bloquetos de Cobrança de alto valor (VLB: R$ 5 mil)
Redução de R$ 2,2 bilhões/diaLiquidação Bilateral no STR
32
Pagamentos - Média Diária
junho de 2002
15
3
Valo
res
em R
$ bi
lhõe
s
previsto para março de 2005
45
Compe STR – TED
2
9
Compe STR – TEDCIP – Siloc CIP – Sitraf
Fonte: Bacen
33
Esvaziamento da CompeRedução do Risco Sistêmico
Depósito Prévio Cheque e BloquetoDOC
R$
bilh
ões
6
8
10
12
18
16
14
2
4
jan2002mai set jan mai set jan mai set jan
2005mai
previsão
2003 2004
34
Sistema de Pagamentos de VarejoDiagnóstico: Pontos Relevantes
Uso intensivo de instrumentos de pagamento em papel:
Aspectos culturais
Utilização do cheque como instrumento de crédito – pré-datado
Base legal e regulamentar sólida para o cheque
Aspectos tributários
Necessidade de arcabouço legal e regulamentar consistente para os instrumentos eletrônicos:
Incerteza jurídica => risco legal => confiança
Fragmentação da Infra-estrutura de compensação e de liquidação:
Baixo aproveitamento das economias de escala e das externalidades de rede
Estrutura verticalizada na cadeia de pagamentos
35
Sistema de Pagamentos de VarejoDiagnóstico: Pontos Relevantes
Estrutura de apreçamento:Custo relativo elevado para usuários dos instrumentos eletrônicos
Apreçamento indireto
Subsídios cruzados para o cheque
Baixa cooperação entre as instituições financeiras e prestadores de serviços de compensação e liquidação:
Baixa interoperabilidade de Redes => reduzida massa crítica => dificuldades na inovação
Dificuldades de governança
36
Próximos PassosInfra-estrutura
Maior interoperabilidade entre as redes das instituições financeiras (ATM e EFTPOS)
ACH típica, processando em batch grandes volumes de pagamentos de varejo com diversidade de instrumentos
InovaçõesTruncagem de cheques
Débito direto interbancário
ResultadosUso adequado dos instrumentos de pagamentosMaior segurança nas transaçõesMenor custo para o sistemaMenor preço para o cliente
37
Rodrigo Azevedo
Fevereiro de 2005
Política Monetária:
Tópicos da agenda DIPOM 2005