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Poluição da água Poluição da água é a introdução de partículas estranhas ao ambiente natural , bem como induzir condições em um determinado curso ou corpo de água, direta ou indiretamente, sendo por isso potencialmente nocivos à fauna, flora, bem como populações humanas vizinhas a tal local ou que utilizem essa água. Hoje em dia a poluição da água é questão a ser tratada em um contexto global . Considera-se que esta é a maior causadora de mortes e doenças pelo todo o mundo e que seja responsável pela morte de cerca de 14000 pessoas diariamente. A água é geralmente considerada poluída quando está impregnada de contaminantes antropogênicos, não podendo, assim, ser utilizada para nenhum fim de consumo estritamente humano, como água potável ou para banho, ou então quando sofre uma radical perda de capacidade de sustento de comunidades bióticas (capacidade de abrigar peixes, por exemplo). Fenômenos naturais, como erupções vulcânicas, algas marinhas, tempestades e terremotos são causa de uma alteração da qualidade da água disponível e em sua condição no ecossistema . Há três formas principais de contaminação de um corpo ou curso de água, a forma química, a física e a biológica:

Poluição da água

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Poluição da água

Poluição da água é a introdução de partículas estranhas ao ambiente natural, bem como induzir condições em um determinado curso ou corpo de água, direta ou indiretamente, sendo por isso potencialmente nocivos à fauna, flora, bem como populações humanas vizinhas a tal local ou que utilizem essa água.

Hoje em dia a poluição da água é questão a ser tratada em um contexto global. Considera-se que esta é a maior causadora de mortes e doenças pelo todo o mundo e que seja responsável pela morte de cerca de 14000 pessoas diariamente.

A água é geralmente considerada poluída quando está impregnada de contaminantes antropogênicos, não podendo, assim, ser utilizada para nenhum fim de consumo estritamente humano, como água potável ou para banho, ou então quando sofre uma radical perda de capacidade de sustento de comunidades bióticas (capacidade de abrigar peixes, por exemplo). Fenômenos naturais, como erupções vulcânicas, algas marinhas, tempestades e terremotos são causa de uma alteração da qualidade da água disponível e em sua condição no ecossistema.

Há três formas principais de contaminação de um corpo ou curso de água, a forma química, a física e a biológica:

a forma química altera a composição da água e com esta reagem; a forma física, ao contrário da química, não reage com a água, porém afeta

negativamente a vida daquele ecossistema; a forma biológica, consiste na introdução de organismos ou microorganismos

estranhos àquele ecossistema, ou então no aumento danoso de determinado organismo ou microorganismo já existente.

Como principais contaminantes da água, pode-se citar:

elementos que contenham CO2 em excesso (como fumaça industrial, por exemplo)

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contaminação térmica substâncias tóxicas agentes tensoativos compostos orgânicos biodegradáveis agentes patogênicos partículas sólidas nutrientes em excessos (eutrofização) substâncias radioativas

Como recurso hídrico indispensável, torna-se cada vez mais importante a conscientização sobre a melhor forma de tratamento da água como sustentáculo da vida no planeta. Ainda mais se pensarmos que a maioria das comunidades espalhadas pelo planeta possuem pouca consciência sobre a melhor forma de tratamento de um de seus recursos mais importantes.

http://www.infoescola.com/ecologia/poluicao-da-agua/

Fontes de poluição da água Há varias fontes de poluição, como veremos a seguir.

 

A conseqüência da falta de tratamento de esgoto

O grande número de dejetos dos populosos núcleos residenciais, descarregado em córregos, rios e mares provoca a poluição e a contaminação das águas. Febre tifóide, hepatite, cólera e muitas verminoses são doenças transmitidas por essas águas.

Há rios como o Tietê e o Guaíba - em cujas margens surgiram a cidade de São Paulo e Porto Alegre - que já estão comprometidos. Além desses, há vários rios expostos à degradação ambiental.

 

Tietê em obras em São Paulo para retirada de lixo depositado.

 

A mineração, a extração e o transporte de petróleo

Atividades econômicas importantes têm causado inúmeros acidentes ecológicos graves. O petróleo extraído dos mares e os metais ditos pesados usados na mineração (por exemplo, o mercúrio, no Pantanal), lançados na água por acidente, ou negligência, têm provocado a poluição das águas com prejuízos ambientais, muitas vezes irreversíveis.

 

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Derramamento de petróleo ocorrido na Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, Jun. 2000

 

A poluição causada pelas indústrias

Mesmo havendo leis que proíbam, muitas indústrias, continuam a lançar resíduos tóxicos em grande quantidade nos rios.

Na superfície da água, é comum formar-se uma pequena espuma ácida, que, dependendo da fonte de poluição, pode ser composta principalmente de chumbo e mercúrio. Essa espuma pode causar a mortandade da flora e da fauna desses rios. E esses agentes poluidores contaminam também o organismo de quem consome peixes ou quaisquer outros produtos dessas águas.

 

Acidente no rio dos Sinos onde milhares de peixes morreram pela contaminação do rio com dejetos químicos lançados pelas empresas, Rio Grande do Sul, outubro, 2006.

 

As estações de tratamento da água

Muitas casas das grandes cidades recebem água encanada, vinda de rios ou represas. Essa água é submetida a tratamentos especiais para eliminar as impurezas e os micróbios que prejudicam a saúde.

Primeiramente, a água do rio ou da represa é levada através de canos grossos, chamados adutoras, para estações de tratamento de água. Depois de purificada, a água é levada para grandes reservatórios e daí é distribuída para as casas.

 

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Na estação de tratamento, a água passa por tanques de cimento e recebe produtos como o sulfato de alumínio e o hidróxido de cálcio (cal hidratada). Essas substâncias fazem as partículas finas de areia e  de argila presentes na água se juntarem, formando partículas maiores, os flocos. Esse processo é chamado floculação. Como essas partículas são maiores e mais pesadas, elas vão se depositando aos poucos no fundo de outro tanque, o tanque de decantação. Desse modo, algumas impurezas sólidas da água ficam retidas.

Após algumas horas no tanque de decantação, a água que fica por cima das impurezas, e que está mais limpa, passa por um filtro formado por várias camadas de pequenas pedras (cascalho) e areias. À medida que a água vai passando pelo filtro, as partículas de areia ou de argila que não se depositaram vão ficando presas nos espaços entre os grãos de areia. Parte dos micróbios também fica presa nos filtros. É a etapa conhecida como filtração.

Mas nem todos os micróbios que podem causar doenças se depositam no fundo do tanque ou são retidos pelo filtro. Por isso, a água recebe produtos contendo o elemento cloro, que mata os micróbios (cloração), e o flúor, um mineral importante para a formação dos dentes.

A água é então levada através de encanamentos subterrâneos para as casas ou os edifícios.

Mesmo quem recebe água da estação de tratamento deve filtrá-la para o consumo. Isso porque pode haver contaminação nas caixas d'água dos edifícios ou das casas ou infiltrações nos canos. As caixas-d'água devem ficar sempre bem tampadas e ser limpas pelo menos a cada seis meses. Além disso, em certas épocas, quando o risco de doenças transmitidas pela água aumenta, é necessário tomar cuidados

O Tratamento de Esgoto

Ao chegar à estação de tratamento, o esgoto passa por grades de metal que separam objetos (como plástico, latas, tecidos, papéis, vidros etc.) da matéria orgânica, da areia e de outros tipos de partículas.

O esgoto passa, lentamente, por grandes tanques, a fim de que a areia e as outras partículas se depositem.

O lodo com a matéria orgânica pode seguir para um equipamento chamado biodigestor, onde sofre ação decompositora das bactérias. Nesse processo, há desprendimento de gases, entre eles o metano, que pode ser utilizado como combustível.

A parte líquida, que ficou acima do lodo, também é atacada por bactérias, pois ainda apresenta matéria orgânica dissolvida, essa parte é agitada por grandes hélices, que garantem a oxigenação da água. Também podem ser utilizados para essa oxigenação bombas de ar ou mesmo certos tipos de algas, que produzirão o oxigênio na fotossíntese.

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Só depois desse tratamento, o esgoto pode ser lançado em rios, lagos ou mares.

A água já utilizada, após o tratamento retorna ao meio ambiente com seu efeito poluente diminuído. Caso contrário, pode causar grave contaminação da água e, assim, riscos à população que dela se utiliza.

A falta de tratamento de esgoto pode provocar a contaminação do solo e da água, contribuindo para a proliferação de várias doenças. Muitas dessas doenças podem levar a morte muitas crianças, principalmente no seu primeiro ano de vida. Assim, garantir o tratamento de esgoto em todo o Brasil é uma meta a ser alcançada na busca de saúde e qualidade de vida da população.

Doenças transmitidas pela águaA falta de água potável e de esgoto tratado facilita a transmissão de doenças que, calcula-se, provocam cerca de 30 mil mortes diariamente no mundo. A maioria delas acontece entre crianças, principalmente as de classes mais pobres, que morrem desidratadas, vítimas de diarréia causadas por micróbios. No Brasil, infelizmente mais de 3 milhões de famílias não recebem água tratada e um número de casas duas vezes e meia maior que esse não tem esgoto. Isso é muito grave.

Estima-se que o acesso à água limpa e ao esgoto reduziria em pelo menos um quinto a mortalidade infantil.

Para evitar doenças transmitidas pela água devemos tomar os seguintes cuidados:

Proteger açudes e poços utilizados para o abastecimento; tratar a água eliminando micróbios e impurezas nocivas a saúde humana; filtrar e ferver a água; não lavar alimentos que serão consumidos crus com água não tratada como verduras,

frutas e hortaliças.

As principais doenças transmitidas pela água são:

Diarréia infecciosa Cólera Leptospirose Hepatite Esquistossomose

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Agua/Agua7.php

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Poluição da Água

1.0 – Introdução.

A crescente preocupação com a disponibilidade Mundial da Água vem exigindo de todos nós uma nova consciência em relação à utilização desse recurso e sua preservação. A água potável encontrada na natureza é essencial para a vida no nosso planeta. No entanto, esta riqueza tem se tornado cada vez mais escassa. Pois 97,50% da disponibilidade mundial da água estão nos oceanos, ou seja, água imprópria para o consumo humano, a não ser que seja realizado um processo de dessanilização, o que requer um investimento muito alto. Logo em seguida, temos 2, 493% que se encontram em regiões polares ou subterrâneas, os chamados aqüíferos. Somente 0 007% da água disponível é própria para o consumo humano, e está em rios, lagos e pântanos. A tendência para os próximos anos é um aumento ainda maior no seu consumo, devido à demanda e o crescimento populacional acentuado e desordenado, principalmente nos grandes centros urbanos. Por isso, Programas de Uso Racional da Água são realizados por todo o mundo, através de leis, orientações e conscientização da população, e principalmente, tecnologia de ponta aplicada a aparelhos hidráulicos sanitários. A palavra poluição vem de um vocabulário latino (polluere) que quer dizer sujar. As águas superficiais e subterrâneas são utilizadas, por vezes, para descarga direta ou indireta de águas residuais. Estas águas encontram-se poluídas quando as suas características físicas, químicas e/ou biológicas se encontram alteradas, pela ação do homem, de tal modo que a sua utilização para o fim a que se destina, fica comprometida. Os efeitos nocivos de poluição das águas afetam diretamente as pessoas, causando perturbações na saúde e alterações no comportamento das populações, na economia (indústria, turismo) e no ambiente pela degradação da paisagem e pela perturbação ou alteração dos ecossistemas.

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2.0 – Desenvolvimento.

As águas são poluídas, basicamente, por dois tipos de resíduos: os orgânicos, formados por cadeias de carbono ligadas a moléculas de oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, e os inorgânicos, que têm composições diferentes. Os resíduos orgânicos normalmente têm origem animal ou vegetal e provêm dos esgotos domésticos e de diversos processos industriais ou agropecuários. São biodegradáveis, ou seja, são destruídos naturalmente por microorganismos. Entretanto, esse processo de destruição acaba consumindo a maior parte do oxigênio dissolvido na água, o que pode compreender a sobrevivência de organismos aquáticos. Já os resíduos inorgânicos vêm de indústrias - principalmente as químicas e petroquímicas - e não podem ser decompostos naturalmente. Entre os mais comuns estão chumbo, cádmio e mercúrio. Conforme sua composição e concentração, os poluentes hídricos têm a capacidade de intoxicar e matar microorganismos, plantas e animais aquáticos, tornando a água imprópria para o consumo ou para o banho.

2.1 – Poluição da água doce.

Água doce é o corpo de água que contenha resíduo mineral menor do que 0,1%, com proporções variáveis de carbonato, bicarbonato e sulfatos. Elas podem ser superficiais, quando se mostram na superfície da terra (ex.: rios) ou subterrâneas, quando está localizada a certa profundidade do solo (ex.: lençol freático). Seu uso é indispensável à sobrevivência do homem e sua importância alcança também a irrigação, navegação, aqüicultura e harmonia paisagística. A água é considerada poluída quando a sua composição for alterada, tornando-a imprópria para alguma ou todas as suas utilizações em estado natural. As causas mais comuns da poluição da água doce são os dejetos humanos e industriais, os produtos químicos e radioativos. A Resolução n. 20, de 18/6/86,

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do CONAMA, estabelece os níveis suportáveis de presença de elementos potencialmente prejudiciais nas águas.

2.2 – Poluição da água marinha. A poluição de águas marinhas tem tratamento legal diferente e específico. Sabidamente, a poluição do mar, principalmente pelo derrame de petróleo, é um dos problemas que mais preocupa a humanidade. Os danos ambientais causados ainda não foram bem compreendidos no Brasil e por isso temos uma reprovável tolerância. O óleo no mar, nas praias e costões mata algas, peixes, moluscos e crustáceos. Em grandes quantidades impedem ou reduzem a passagem dos raios solares e a insuficiência de luz reduz a fotossíntese (produção de oxigênio a partir do gás carbônico) feita pelas algas. Há enorme prejuízo à fauna e à flora, prejudicando diretamente a cadeia alimentar.

Obs: Classificação de poluição???

2.3 – Meios de poluir a água.

• Esgotos - em todo o planeta 2,4 bilhões de pessoas despejam seus esgotos a céu aberto, no solo ou em corpos d'água que passem perto de suas casas, porque não têm acesso a um sistema de coleta. No Brasil, a rede coletora chega a 53,8% da população

urbana. Entretanto, a maior parte do volume recolhido não recebe nenhum tratamento e é despejada nesse estado em rios e represas ou no oceano. Apenas 35,5% dos esgotos

coletados são submetidos a algum tipo de tratamento.

• Resíduos químicos - geralmente descartados por indústrias e pela mineração, são difíceis de degradar. Por isso, podem ficar boiando na água ou se depositar no fundo de

rios, lagos e mares, onde permanecem inalterados por muitos anos. Dentre os mais nocivos estão os chamados metais pesados - chumbo, mercúrio, cádmio, cromo e níquel.

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Se ingeridos, podem causar diversas disfunções pulmonares, cardíacas, renais e do sistema nervoso central, entre outras. Um dos mais tóxicos é o mercúrio, comumente

descartado por garimpeiros após ser empregado na separação do ouro.

• Nitratos - presentes no esgoto doméstico e nos descartes de indústrias e pecuaristas, os nitratos representam especial risco à saúde de crianças, causando danos neurológicos ou redução da oxigenação do corpo. Além disso, a presença excessiva de nitratos em rios ou

mares estimula o crescimento de algas, fenômeno conhecido como eutrofização. Em casos extremos, essas algas podem colorir a água e emitir substâncias tóxicas para os

peixes (maré vermelha).

• Vinhoto - efluente orgânico resultante da fabricação do açúcar e do álcool. Pode ser usado como fertilizante, mas com freqüência é descartado diretamente em corpos d'água das regiões produtoras de cana de São Paulo e do Nordeste, embora essa prática seja

proibida por lei.

• Poluição física - algumas atividades modificam a temperatura ou a coloração da água. É o caso da indústria que usa água para resfriar seus equipamentos e depois a devolve ao rio. Ela continua limpa, mais está muito mais quente do que quando foi captada, o que causa danos aos ecossistemas. Outras atividades, como certos tipos de mineração,

podem despejar material radioativo nos rios, prejudicando a fauna e a flora.

• Detergentes - em 1985, o Brasil aprovou uma lei que proibiu a produção de detergentes que não fossem biodegradáveis. No entanto, apesar de menos nocivos, os detergentes e

sabões em pó comercializados atualmente contêm fosfatos, substâncias que podem promover um crescimento acelerado de algas nos rios. Quando elas morrem, logo são

decompostas por bactérias que consomem o oxigênio disponível na água e exalam mau cheiro.

• Organoclorados - compostos geralmente oriundos de processos industriais, formados por átomos de cloro ligados a um bicarboneto. De toxicidade variável, suspeita-se que

favoreçam o aparecimento de diversos tipos de câncer e más-formações congênitas. Os organoclorados têm a capacidade de se acumular nos tecidos gordurosos dos organismos vivos e se tornam mais concentrados nos níveis mais altos da cadeia alimentar. Ou seja: passam dos microorganismos filtradores para os moluscos, deles para os peixes e daí

para mamíferos e aves. O homem, que geralmente está no final desta cadeia, costuma ter as maiores concentrações de organoclorados em seu sangue. Alguns deles são utilizados

como agrotóxicos - DDT - Dieldin e Aldrin, mas a sua produção está proibida no Brasil.

• Chorume - líquido contaminado que escorre de aterros de lixo e também de cemitérios. Há relatos de moradores das proximidades dos cemitérios Vila Nova Cachoeirinha, em

São Paulo, de que mais de uma vez as enchentes trouxeram para dentro de suas casas restos de roupas e esqueletos. Por isso, os corpos devem ser enterrados sobre solos bem impermeabilizados e protegidos, para que a contaminação não chegue ao lençol freático,

ou seja, arrastada pela chuva. A mesma regra vale para os aterros sanitários e industriais.

• Poluição no campo: A agropecuária contamina as águas de duas formas: quando utilizam fertilizantes e agrotóxicos e quando descarta efluentes com altas concentrações de

nitrogênio, sobretudo aqueles gerados nas criações de animais. A maioria dos fertilizantes enriquece o solo com altas doses de nitratos e fosfatos. Parte desses nutrientes é

absorvida pelos vegetais, aumentando seu ritmo de crescimento e seu rendimento. Outra parte é arrastada pelas chuvas para os rios ou penetra no solo e acaba alcançando o

lençol freático. Entre os agrotóxicos usados no combate às pragas incluem-se produtos de diferentes composições, algumas delas bastante tóxicas. Como os fertilizantes, eles

também podem escorrer até um rio ou lago.

• Poluição dos oceanos: Apesar de suas dimensões imensas, os oceanos são tão

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vulneráveis à poluição quanto qualquer outro ambiente natural. Contudo, sua gigantesca capacidade de diluição costuma esconder os danos produzidos. Em média, 200 mil

toneladas de óleo são derramadas nos mares todos os anos. Aproximadamente 44% desse volume têm origem na exploração, processamento e transporte do petróleo. O

restante é resultado do descarte de óleo usado por uma série de atividades.

2.4 – Responsabilidade Penal. A responsabilidade penal em crimes ambientais envolvendo águas é mínima, seja porque a legislação não auxilia, seja porque inexiste o hábito de apurar tal tipo de ocorrência. O certo é que, efetivamente, ela não tem tido maior significado. É preciso conscientizar os

operadores do Direito para esse aspecto. Totalmente diferente é a situação na Itália, onde o que preponderam são as ações penais e não as civis. Os delitos ambientais são

severamente apenados e os precedentes são incontáveis. A especialização também não é deixada de lado. Na Corte Suprema de Cassação, a 3ª seção é especializada em Direito

Penal Ambiental. No Brasil, existem dois tipos penais sobre a matéria. O primeiro, e mais antigo, está no

Código Penal. Art. 271 - Corromper ou poluir água potável, de uso comum ou particular, tornando-a

imprópria para consumo ou nociva à saúde: Pena - reclusão, de dois a cinco anos.

Se o crime é culposo: Pena - Detenção, de dois meses a um ano.

O delito em análise busca a proteção da água potável, punindo a sua corrupção, ou seja, estragá-la, alterar-lhe o sabor, ou a poluição, isto é, sujá-la. Para a sua configuração não basta à degradação da água, sendo necessário, também, que ela se torne imprópria para o consumo ou nociva à saúde. Admite a forma culposa, fato que possibilita alcançar maior

número de infratores. O que a lei procura proteger é a saúde das pessoas.

2.5 – Meios de prevenção. Evitar a poluição industrial é tecnicamente fácil, mas nem sempre barato. As indústrias

devem construir estações de tratamento de efluentes que reduzam seus teores de contaminação aos limites permitidos por lei. Essas estações podem utilizar métodos

físicos, químicos e biológicos de tratamento, conforme o tipo e o grau de contaminação. Por exemplo: grades, peneiras e decantadores são usados para separar partículas

maiores; bactérias degradam materiais biológicos; e aditivos químicos corrigem o pH. Entretanto, o ideal é que a indústria nem sequer produza resíduos. Para isso, ela deve

implantar um programa de "produção mais limpa". Este conceito propõe que se faça uma série de adaptações de modo a economizar água, energia e matérias-primas ao longo do

processo industrial criterioso de toda a linha de produção para que não se desperdice nada - afinal, qualquer perda se converte em resíduo no fim do processo. Por exemplo:

uma fábrica que usa 10 mil litros diários de água para lavar seus equipamentos e no final do dia joga fora esse efluente contaminado com óleos e gorduras tem de fazer um grande

investimento numa estação de tratamento. Entretanto, ela tem a opção de instalar um sistema mais simples de separação dos óleos e gorduras. Esses resíduos voltam para o

processo industrial, quando possível, ou são vendidos a terceiros ou ainda, em último caso, podem ser descartados num aterro. A água, agora limpa, pode ser reaproveitada na

íntegra. Dessa forma, a produção mais limpa traz ganhos econômicos para o empreendedor. Graças a esse tipo de esforço, o volume de efluentes industriais orgânicos

descartados anualmente no Brasil caiu 20% entre 1980 e meados dos anos 1990, de acordo com levantamento do Banco Mundial.

OBS: Indicadores de poluição???

Mat. Orgânica - DBO, DQO e OD (mg/l); Sólidos - SS e RS (ml/l); turbidez (unt); Ácidos e Álcalis - pH; Bactérias - IC (coli/100 ml); Óleos e Gorduras - OG (mg/l); Nitratos - NO3 (mg/l);

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Fosfatos - PO4 (mg/l); Temperatura - T (°C);

Metais – Metais (mg/l).

2.6 – Exemplos de catástrofes. O Brasil tem um amplo registro de acidentes industriais que comprometem seriamente a qualidade de seus rios. Dois merecem menção especial. O primeiro foi um vazamento de 4 milhões de litros de óleo de um duto da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (PR), da Petrobras, em 16 de julho de 2000, dias depois de a usina ter obtido um certificado de boa gestão ambiental da série ISO 14.000. Maior acidente envolvendo a empresa em 25 anos, ele promoveu a contaminação dos rios Barigüi e Iguaçu, no mesmo estado. O segundo episódio envolveu a indústria de papel Cataguazes, instalada na cidade mineira de mesmo nome. Em 29 de março de 2003, uma barragem de contenção da empresa se rompeu, lançando ao rio Pomba cerca de 1,2 bilhões de litros de efluentes contaminados com enxofre, soda cáustica, anilina e hipoclorito de cálcio. O rio Pomba e também o Paraíba do Sul foram seriamente contaminados. Cerca de 600 mil moradores de cidades fluminenses ficaram vários dias sem abastecimento de água e centenas de pescadores foram impedidos de trabalhar. Um dos diretores da empresa chegou a ser preso, com base na lei n.° 9.605/98, dos Crimes Ambientais, mas foi solto poucos dias depois.

2.7 – Dados sobre doenças causadas por água contaminada. Estudos da Comissão Mundial e de outros órgãos internacionais demonstram que cerca de 3 bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias. Um milhão não tem acesso a água potável. Em virtude desses graves problemas espalham-se diversas doenças como: verminose, malária, hepatite, dengue, leptospirose gastro intestinais, infecções nos olhos, ouvido e garganta, cólera, febre tifóide, febre paratifóide, disenteria bacilar, amebíase ou disenteria amebiana, que matam mais de 5 milhões de seres humanos por ano, sendo que um numero maior de doentes sobrecarregam os precários sistemas de saúde. As crianças mantendo contato direto com água poluída são as maiores vítimas.

Doenças transmitidas pela águaA falta de água potável e de esgoto tratado facilita a transmissão de doenças que, calcula-se, provocam cerca de 30 mil mortes diariamente no mundo. A maioria delas acontece entre crianças, principalmente as de classes mais pobres, que morrem desidratadas, vítimas de diarréia causadas por micróbios. No Brasil, infelizmente mais de 3 milhões de famílias não recebem água tratada e um número de casas duas vezes e meia maior que esse não tem esgoto. Isso é muito grave.

Estima-se que o acesso à água limpa e ao esgoto reduziria em pelo menos um quinto a mortalidade infantil.

Para evitar doenças transmitidas pela água devemos tomar os seguintes cuidados:

Proteger açudes e poços utilizados para o abastecimento; tratar a água eliminando micróbios e impurezas nocivas a saúde humana; filtrar e ferver a água; não lavar alimentos que serão consumidos crus com água não tratada como verduras,

frutas e hortaliças.

As principais doenças transmitidas pela água são:

Diarréia infecciosa Cólera Leptospirose Hepatite Esquistossomose

3.0 – Conclusão.

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A educação ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que o povo tome consciência da necessidade de preservação do meio ambiente, que influi diretamente na manutenção da sua qualidade de vida. Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em congressos mundiais, no cotidiano todos podemos colaborar para que não falte água potável. O problema da água é que ela não se renova ao ritmo a que os seres humanos a poluem. A ação humana conduz a alterações apreciáveis no ciclo hidrológico natural. A par dos desperdícios de água que se verificam em quase todo o mundo, a procura aumenta mais depressa do que a capacidade de reposição pelo ciclo hidrológico natural. Toda essa realidade deve ser meditada e conduzida para decisões importantes no sentido de defender a manutenção da água, das nascentes e dos mananciais. A economia e o uso racional de água devem estar presentes nas atitudes diárias de cada cidadão, pois o desperdício de água doce pode trazer drásticas conseqüências.

4.0 – Bibliografia.

Vladimir Passos de Freitas, Direito Ambiental. Disponível em:< http://daleth.cjf.jus.br/revista/numero3/artigo02.htm> Acesso em 11 de Fevereiro de 2011.

Poluição da água Poluição da água é a contaminação de corpos de água por elementos que podem ser nocivos ou prejudiciais aos organismos e plantas, assim como a atividade humana. O resultado da contaminação traduz-se como água poluída.

1 - Classificação A água é poluída por um grande ramo de produtos, podendo ser dividida pelas suas características: A Poluição pontual, onde o foco de poluição facilmente identificável como emissora de poluentes, como no caso de águas residuais, industriais, mistos ou de minas. commoldura|direita|imagem de uma outra água poluida Como poluição difusa, onde não existe propriamente um foco definido de poluição, sendo a origem difusa, tal como acontece nas drenagens agrícolas, águas pluviais e escorrimento de lixeiras. Os contaminantes, pode ser classificados como:

Agentes Químicos * Orgânicos (biodegradaveis ou persistentes):Proteínas, gorduras, hidratos de carbono, Ceras, solventes entre outros. * Inorgânicos: Ácidos, álcoois, tóxicos, sais solúveis ou inertes. Agentes fisicos * Radioatividade, Calor, Modificação do sistema terrestre, através de movimentação de terras ou similares.

Agentes Biológicos As coliformes são um bioindicador normalmente utilizado na análise da qualidade microbiológica da água, embora não seja uma real causa de doenças. Outras vezes microrganismos encontrados nas águas de superfície, que têm causado problemas para a saúde humana incluem: * Microscópicos, como Vírus, Bactérias, Protozoários, Helmintos (platelmintos e nematelmintos), Algas. * Macroscópicos, como animais e plantas não pertencentes ao habitat natural em sobre-exploração.

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2 - Efeitos dos poluentes nos meios aquáticos

A introdução de substancias poluentes nos corpos aquáticos, ao modificar as características do meio, altera a relação entre produtores e consumidores. Se diminuir o oxigênio dissolvido, as espécies que realizam fotossíntese têm tendência a proliferar, enquanto as que necessitam do oxigênio na respiração, podendo resultar numa situação de Hipóxia. Esta alteração da relação entre produtores e consumidores pode levar igualmente à proliferação de algas e organismos produtores de produtos tóxicos. A inserção de compostos tóxicos pode ser absorvida pelos organismos, ocorrendo bioacumulação, compostos esses que entrando na cadeia alimentar pode causar sérios danos ao ser humano. Pelo menos 2 milhões de pessoas, principalmente crianças com menos de 5 anos de idade, morrem por ano no mundo devido a doenças causadas pela água contaminada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)

2.4 - Transmissão de doenças A água poluída pode causar diversos efeitos prejudiciais à saúde humana, tais como: febre tifóide, cólera, disenteria, meningite e hepatites A e B. Pode ser igualmente por vectores de contaminação por doenças transportadas por mosquitos, como paludismo, dengue, malária, doença do sono, febre amarela. Pode conter parasitas como verminoses, enquanto a escasses da água pode gerar ou potenciar doenças como a lepra, tuberculose, tétano e difteria. As águas poluídas por efluentes líquidos industriais podem causar contaminação por metais pesados que geram tumores hepáticos e de tiróide, alterações neurológicas, dermatoses, rinites alérgicas, disfunções gastrointestinais, pulmonares e hepáticas. No caso de contaminação por mercúrio, podem ocorrer anúria e diarreia sanguinolenta. A dengue é uma doença que se propagam somente na água. Porém, essa água tem que estar parada e limpa para a criação do inseto.

3 - Controle dos níveis de poluição 3.1 - Água para consumo humano A Purificação da água é o processo de remoção de contaminantes químicos e biológicos da água bruta. O objectivo é produzir água própria para uma finalidade específica, sendo que a maior parte da água é purificada para consumo humano, mas pode ser concebido para uma variedade de outros fins, inclusive para atender às exigências da medicina, farmacologia, química e aplicações industriais. Em geral, os métodos utilizados incluem processo físico, como a filtração e sedimentação, processos biológicos, tais como filtros de areia lento ou lodos activados, processo químico, como a floculação e cloração e a utilização de radiação electromagnética, como a luz ultravioleta.

3.2 - Águas residuais O tratamento de efluentes residenciais, ocorrem nas ETAR's, onde se procede à eliminação de contaminantes de águas residuais de origem doméstica, ou as provenientes da Escorrência superficial, maioritariamente água da chuva. O processo inclui operações físicas, químicas e processos biológicos para remover físicos, químicos e biológicos contaminantes, com o objectivo de reduzir a carga de poluentes. Numa ETAR as águas residuais passam por vários processos de tratamento com o objectivo de separar ou diminuir a quantidade da matéria poluente da água.

3.3 - Tratamento de efluentes Industriais

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O Tratamento de Efluentes Industriais abrange os mecanismos e processos utilizados para o tratamento de águas que foram contaminadas, de alguma forma por antropogénicas actividades industriais ou comerciais antes da sua libertação no ambiente ou a sua reutilização. Geralmente os efluentes possuem altas concentrações de poluentes convencionais como óleo ou graxa, poluentes tóxicos, como por exemplo, metais pesados, compostos orgânicos voláteis, ou outros poluentes, como amónia, precisam de tratamento especializado. Algumas destas instalações pode instalar um pré-tratamento para eliminar o sistema de componentes tóxicos e, em seguida, enviar os efluentes pré-tratados para o sistema municipal.

Apresentação: A poluição atualmente é o resultado da falta de inteligência do ser humano, pois a agua é um recurso indispensável para nossa vida e o ser humano está destruindo este meio pelo qual sobrevivemos.

Conclusão: Devemos usar de forma racional nossa agua e também evitar poluí-la, pois necessitamos dela para a nossa existência neste planeta.

Dicas para ajudar a diminuir a poluição das águas: não jogar lixos em rios, praias, lagos, etc. Não descartar óleo de fritura na rede de esgoto. Não utilizar agrotóxicos e defensivos agrícolas em áreas próximas à fontes de água. Não lançar esgoto doméstico em córregos. Não jogar produtos químicos, combustíveis ou detergentes nas águas.

Resumo: A água é um bem precioso e cada vez mais tema de debates no mundo todo. O uso irracional e a poluição de fontes importantes (rios e lagos) podem ocasionar a falta de água doce muito em breve, caso nenhuma providência seja tomada.

Causas da poluição das águas do planeta As principais causas de deteriorização dos rios, lagos e dos oceanos são: poluição e contaminação por poluentes e esgotos. O ser humano tem causado todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle. Em função destes problemas, os governos preocupados, tem incentivado a exploração de aquíferos (grandes reservas de água doce subterrânea). Na América do Sul, temos o Aquífero Guarani, um dos maiores do mundo e ainda pouco utilizado. Grande parte das águas deste aquífero situa-se em subsolo brasileiro.

Problemas gerados pela poluição das águas Estudos da Comissão Mundial de Água e de outros organismos internacionais demonstram que cerca de 3 bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias. Um milhão não tem acesso à água potável. Em virtude desses graves problemas, espalham-se diversas doenças como diarreia, esquistossomose, hepatite e febre tifoide, que matam mais de 5 milhões de seres humanos por ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os precários sistemas de saúde destes países.

Soluções Com o objetivo de buscar soluções para os problemas dos recursos hídricos da Terra, foi

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realizado no Japão, em março de 2003, o III Fórum Mundial de Água. Políticos, estudiosos e autoridades do mundo todo aprovaram medidas e mecanismos de preservação dos recursos hídricos. Estes documentos reafirmam que a água doce é extremamente importante para a vida e saúde das pessoas e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento das necessidades básicas da população, a garantia do abastecimento de alimentos, a proteção dos ecossistemas e mananciais, a administração de riscos, a valorização da água, a divisão dos recursos hídricos e a eficiente administração dos recursos hídricos. Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em congressos mundiais, no cotidiano todos podem colaborar para que a água doce não falte. A economia e o uso racional da água devem estar presentes nas atitudes diárias de cada cidadão. A pessoa consciente deve economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer drásticas conseqüências num futuro pouco distante.

(2013, 06). Poluição Das Águas. TrabalhosFeitos.com. Retirado 06, 2013, de

http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Polui%C3%A7%C3%A3o-Das-%C3%81guas/

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