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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática Márcio Antonio Coêlho Furtado Junior PROPOSTA DE ENSINO DE MICROBIOLOGIA PRÁTICA NA ESCOLA FUNDAMENTAL UTILIZANDO LABORATÓRIO ALTERNATIVO Belo Horizonte 2017

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática

Márcio Antonio Coêlho Furtado Junior

PROPOSTA DE ENSINO DE MICROBIOLOGIA PRÁTICA NA ESCOLA

FUNDAMENTAL UTILIZANDO LABORATÓRIO ALTERNATIVO

Belo Horizonte

2017

Márcio Antonio Coêlho Furtado Junior

PROPOSTA DE ENSINO DE MICROBIOLOGIA PRÁTICA NA ESCOLA

FUNDAMENTAL UTILIZANDO LABORATÓRIO ALTERNATIVO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais,

como requisito parcial para obtenção do título de

Mestre em Ensino de Biologia.

Orientadora: Profa. Dra. Claudia de Vilhena Schayer

Sabino

Belo Horizonte

2017

FICHA CATALOGRÁFICA

Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Furtado Junior, Márcio Antônio Coêlho

F992p Proposta de ensino de microbiologia prática na escola fundamental utilizando

laboratório alternativo / Márcio Antônio Coêlho Furtado Junior. Belo

Horizonte, 2017.

146 f.: il.

Orientadora: Claudia de Vilhena Schayer Sabino

Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática

1. Ensino fundamental - Manuais de laboratórios. 2. Matemática na oficina.

3. Laboratórios microbiológicos. 4. Educação de jovens e adultos. 5. Estratégias

de aprendizagem. I. Sabino, Claudia de Vilhena Schayer. II. Pontifícia

Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Ensino

de Ciências e Matemática. III. Título.

CDU: 576.8

Márcio Antonio Coêlho Furtado Junior

PROPOSTA DE ENSINO DE MICROBIOLOGIA PRÁTICA NA ESCOLA

FUNDAMENTAL UTILIZANDO LABORATÓRIO ALTERNATIVO

Dissertação apresentada ao programa de Pós-

Graduação em Ensino de Ciências e Matemática

da Pontifícia Universidade Católica de Minas

Gerais, como requisito parcial para obtenção do

título de Mestre em Ensino de Ciências e

Matemática.

_______________________________________________________________________

Prof.ª Dr.ª Cláudia de Vilhena Schayer Sabino (Orientadora) - PUC Minas

_______________________________________________________________________

Prof.ª Dr.ª Zenilde das Graças Guimarães Viola - CIT - Campos CETEC - Banca

Examinadora

_______________________________________________________________________

Prof.ª Dr.ª Andréa Carla Leite Chaves - PUC Minas - PUC Minas – Banca Examinadora

Belo Horizonte, 02 de março de 2017.

AGRADECIMENTOS

" Agradeço a Deus por me iluminar e amparar nos momentos de dificuldades enfrentadas.

Meus Pais que se dispuseram para que eu concluísse com êxito esta conquista. E à

Orientadora e Professora Dra. Claudia que me acolheu sempre com presteza e reconhecimento

dos meus esforços..."

Gratidão é uma das maiores virtudes dos seres mortais.

RESUMO

Este trabalho apresenta os procedimentos técnicos empregados na montagem de um

laboratório alternativo para escolas públicas que carecem de laboratório convencional. Para

testar a montagem foram desenvolvidas, aplicadas e avaliadas oficinas com sequências

didáticas. O primeiro passo foi preparar os alunos para iniciar a atividade nesse espaço, com

instruções sobre cuidados e possíveis riscos à saúde. Houve necessidade do uso de

equipamentos de proteção individual. O passo seguinte foi montar e utilizar um microscópio

alternativo. O laboratório alternativo serviu para o ensino de Microbiologia com a preparação

de meios de cultura com materiais alternativos; cultivo de bactérias e fungos; além de evadir a

Microbiologia, estudando microestruturas de animais invertebrados e plantas. Em todos os

experimentos foram utilizados materiais simples e fáceis de serem obtidos ou confeccionados

pelos alunos e professor. Os estudantes responderam a questionários pré-teste e pós-teste para

verificação da aprendizagem. O resultado das oficinas demonstrou que o laboratório

alternativo é um recurso pedagógico com bons resultados. Participaram do trabalho 44 alunos

do 4° ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Doutor Custódio Junqueira, situada no

município de Argirita, Minas Gerais.

Palavras-chave: laboratório alternativo. Ensino de Microbiologia. Ensino Fundamental.

Oficinas temáticas.

ABSTRACT

This paper presents the technical procedures used in the installation of an alternative

laboratory for public schools that lack conventional laboratory. To test the installation were

developed, applied and evaluated workshops with practical classes. The first step was to

prepare the students to start the activity, with instructions on care and possible health risks.

There was necessary the use of personal protective equipment. The next step was to assemble

and use an alternative microscope. Forty-four students from the 4th and 5th year of

Fundamental School Doctor Custódio Junqueira, located in Argirita, Minas Gerais,

participated in the study. The alternative laboratory was used for teaching Microbiology and

the thematic workshops were: How to prepare culture media with alternative materials?

Cultivating bacteria and fungi; Studying invertebrate animals and their microstructures and

Studying plants. In all the experiments were used simple and easy to be obtained or made

materials. Students completed pre-test and post-test questionnaires to evaluation. The results

demonstrated that the alternative laboratory is a pedagogical resource with excellent results.

Keywords: Alternative laboratory. Microbiology teaching. Alternative microscope. Thematic

workshops.

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - Distribuição de tempo nas sequências didáticas ............................................... 36

QUADRO 2 - Folha de preenchimento em sala de aula........................................................... 37

QUADRO 3 - Aspectos utilizados para a avaliação processual ............................................... 37

QUADRO 4 - Esquema da Oficina: Como proceder no laboratório de Microbiologia com

segurança .................................................................................................................................. 45

QUADRO 5 - Distribuição do tempo da oficina: Como proceder no laboratório de

Microbiologia com segurança .................................................................................................. 45

QUADRO 6 - Resultados do pré-teste da oficina: Como proceder no laboratório de

Microbiologia com segurança .................................................................................................. 45

QUADRO 7 - Resultados do pós-teste da oficina: Como proceder no laboratório de

Microbiologia com segurança .................................................................................................. 46

QUADRO 8 – Esquema da Oficina: A construção de um microscópio alternativo ................. 50

QUADRO 9- Distribuição do tempo da oficina: A construção de um microscópio alternativo

.................................................................................................................................................. 50

QUADRO 10- Resultados do pré-teste da oficina: A construção de um microscópio

alternativo ................................................................................................................................. 51

QUADRO 11 - Resultados do pós-teste da oficina: A construção de um microscópio

alternativo ................................................................................................................................. 52

QUADRO 12 - Esquema da Oficina: Como preparar meios de cultura com materiais

alternativos ............................................................................................................................... 56

QUADRO 13- Distribuição do tempo da oficina: Como preparar meios de cultura com

materiais alternativos ................................................................................................................ 56

QUADRO 14 - Resultados do pré-teste da oficina: Como preparar meios de cultura com

materiais alternativos ................................................................................................................ 57

QUADRO 15 - Resultados do pós-teste da oficina: Como preparar meios de cultura com

materiais alternativos ................................................................................................................ 58

QUADRO 16 - Esquema da Oficina: Cultivando bactérias ..................................................... 62

QUADRO 17- Distribuição do tempo da oficina: Cultivando bactérias .................................. 62

QUADRO 18 - Resultado do pré-teste da oficina: Cultivando bactérias ................................. 63

QUADRO 19 - Resultados do pós-teste da oficina: Cultivando bactérias ............................... 63

QUADRO 20 - Esquema da Oficina: Cultivando Fungos ........................................................ 68

QUADRO 21 - Distribuição do tempo da oficina: Cultivando fungos .................................... 68

QUADRO 22 - Resultados do pré-teste da oficina: Cultivando fungos ................................... 69

QUADRO 23 - Resultados do pós-teste da oficina: Cultivando fungos .................................. 70

QUADRO 24 - Esquema da Oficina: Estudando microestruturas de animais invertebrados .. 73

QUADRO 25 - Distribuição do tempo da oficina: Estudando microestruturas de animais

invertebrados ............................................................................................................................ 73

QUADRO 26 - Resultados do pré-teste da oficina: Estudando microestruturas de animais

invertebrados ............................................................................................................................ 73

QUADRO 27 - Resultados do pós-teste da oficina: Estudando microestruturas de animais

invertebrados ............................................................................................................................ 75

QUADRO 28 - Esquema da Oficina: Estudando as microestruturas das plantas .................... 78

QUADRO 29 - Distribuição do tempo da oficina: Estudando as microestruturas das plantas 78

QUADRO 30 - Resultados do pré-teste da oficina: Estudando as microestruturas das plantas

.................................................................................................................................................. 79

QUADRO 31- Resultados do pós-teste da oficina: Estudando as microestruturas das plantas 80

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Fotos relacionadas à oficina: Como proceder no laboratório de Microbiologia

com segurança .......................................................................................................................... 44

FIGURA 2 - Fotos relacionadas à Oficina: A construção de um microscópio alternativo ...... 49

FIGURA 3 - Fotos relacionadas à Oficina: Como preparar meios de cultura com materiais

alternativos ............................................................................................................................... 55

FIGURA 4 - Fotos relacionadas à Oficina: Cultivando bactérias ............................................ 61

FIGURA 5 - Fotos relacionadas à Oficina: Cultivando fungos................................................ 67

FIGURA 6 - Fotos relacionadas à Oficina: Estudando microestruturas de animais

invertebrados ............................................................................................................................ 72

FIGURA 7 - Fotos relacionadas à Oficina: Estudando as microestruturas das plantas ........... 77

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 19

2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 23

2.1 O ensino de microbiologia no ensino fundamental ........................................................ 23 2.2 A Importância do laboratório no ensino fundamental ................................................. 25 2.3 Estratégias didáticas para o ensino de microbiologia ................................................... 26 2.4 Laboratório alternativo no ensino de ciências: .............................................................. 29 2.5 O uso de sequências didáticas no ensino ......................................................................... 30

3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 35 3.1 Apresentação ..................................................................................................................... 35

3.2 Título .................................................................................................................................. 35 3.3 Público alvo ....................................................................................................................... 35 3.4 Problematização................................................................................................................ 35

3.5 Objetivo geral .................................................................................................................... 36 3.6 Objetivos específicos ......................................................................................................... 36

3.7 Conteúdos .......................................................................................................................... 36 3.8 Distribuição de tempo ...................................................................................................... 36 3.9 Avaliação ........................................................................................................................... 37

4 DESENVOLVIMENTO ...................................................................................................... 39

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 43 5.1 Sequência 1 - Como proceder no laboratório de Microbiologia com segurança. ....... 43

5.2 Sequência 2 - A construção de um microscópio alternativo ......................................... 48

5.3 Sequência 3 - como preparar meios de cultura com materiais alternativos ............... 53

5.4 Sequência 4 - Cultivando bactérias ................................................................................. 59 5.5 Sequência 5 - Cultivando fungos ..................................................................................... 65

5.6 Sequência 6 - Estudando microestruturas de animais invertebrados ......................... 71 5.7 Sequência 7 - Estudando as microestruturas das plantas ............................................. 76

6 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 83

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 85

APÊNDICE A - Produto ....................................................................................................... 87

19

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta uma contribuição para profissionais na área de ensino de

Ciências Naturais que pretendam dinamizar suas aulas com atividades pedagógicas

diferenciadas, sobretudo, em Microbiologia, utilizando laboratório alternativo, razão deste

estudo. Devido às carências de espaços destinados ao estudo experimental, principalmente,

em escolas públicas das redes municipais e estaduais, sugere-se a utilização de materiais

alternativos que possam supri-las. Isto, sem dúvida, motivou a elaborar um estudo que levasse

em conta esses fatores e proporcionasse uma opção para realizar aulas criativas e dinâmicas.

No laboratório alternativo proposto, foi montado, a partir de materiais simples, ao

alcance de educadores e alunos, equipamentos para viabilizar aulas práticas e que podem

servir de modelo a ser adotado por várias escolas de periferia e até mesmo por aquelas bem

localizadas, mas que não dispõem destes recursos.

Para realização do empreendimento, trabalhou-se com 44 alunos dos quartos anos do

Ensino Fundamental I (faixa etária de 10 a 12 anos), da Escola Municipal Doutor Custódio

Junqueira, situada no município de Argirita, Estado de Minas Gerais. A escolha das turmas se

deu em função da matéria estudada pelos alunos ter conteúdo de Microbiologia.

As instituições educacionais enfrentam o desafio não apenas de incorporar as novas

tecnologias como conteúdo do ensino, mas também reconhecer e partir das concepções de que

as crianças têm sobre estas tecnologias para elaborar, desenvolver e avaliar práticas

pedagógicas que promovam o desenvolvimento de uma disposição reflexiva sobre os

conhecimentos e os usos tecnológicos. (MERCADO, 1998).

O presente trabalho teve como objetivo desenvolver, aplicar e avaliar um Manual com

sequências didáticas para o ensino de Microbiologia no Ensino Fundamental utilizando

laboratório alternativo, com recursos de materiais caseiros e acessíveis, para suprir a falta dos

laboratórios convencionais e proporcionar um curso de Ciências mais interessante e

enriquecedor, favorecendo a aproximação ao universo microscópio, facilitando a

aprendizagem dos alunos. As sequências didáticas foram aplicadas e avaliadas como oficinas.

Para concretizar as ideias, utilizou-se as teorias de suporte de pesquisadores como:

AMABIS & MARTHO, 2009; AYRES, 2014; KASVI, 2015; GENTILE, 2005; KENJI

YOSHINO, apud ROSSIN, 2014; KIMURA, 2013; LINHARES & GEWANDSZNAJDER,

(2005); LOPES & ROSSO, 2013; MENDONÇA & LAURENCE, 2010; OLIVEIRA et al.,

1986.

20

A primeira oficina teve como objetivo apresentar medidas de prevenção e segurança

no laboratório, sobretudo de Microbiologia, abordando o cuidado e utilização de técnicas que

assegurem a integridade física dos seus usuários.

Na construção de laboratórios, para que haja sucesso no processo de ensino-

aprendizagem - incentivo para o aluno buscar informações, que satisfaçam suas dúvidas -

torna-se imprescindível a disponibilidade de instrumentos que o docente possa utilizar para

viabilização do ensino/aprendizagem; uma vez que o laboratório necessita de ferramentas

capazes de atender às expectativas deste processo. Como exemplo, cita-se o microscópio,

ferramenta essencial e indispensável para análises, fazendo-se necessário, ensinar como é

usado, priorizando o conhecimento de suas partes e funções, preparando os alunos para

utilização do equipamento em suas práticas.

Assim, a próxima oficina teve como objetivo construir e aplicar, através de sequência

didática, um microscópio alternativo, objetivando eficiência e significação do conteúdo

microbiológico. Buscou também, aumentar a visão de microrganismos e microestruturas a fim

de serem estudados e conhecidos; auxiliar nos estudos de estruturas microscópicas e motivar

os alunos com tal ferramenta e prática.

A análise microbiológica não é possível, se não houver substratos necessários para o

desenvolvimento dos microrganismos – os meios de cultura. Assim sendo, foi proposta a

terceira oficina para prepará-los em como saber lidar com os materiais alternativos no

laboratório, próprios para a cultura de bactérias e fungos. Visou também propor a utilização

de materiais caseiros e de fácil acesso para o estudo de fungos e bactérias (microrganismos

coloniais); auxiliar nos estudos de microrganismos como fungos e bactérias e motivar os

alunos nas aulas de Ciências, tornando-as mais interessantes.

A quarta oficina teve como objetivo estudar as bactérias, que podem ser visualizadas

ao microscópio, além de, visualizar e analisar o desenvolvimento destas em diferentes

substratos, coletadas de partes diversificadas do corpo, evidenciando-se que este contém

muitos microrganismos; favorecer a aproximação dos alunos à Microbiologia, viabilizando o

ensino/aprendizagem de Ciências; visualizar as bactérias utilizando-se o microscópio

alternativo e propor o emprego de materiais caseiros e que são acessíveis em atividades

práticas, para estudar as bactérias.

A quinta oficina visou verificar o desenvolvimento dos fungos, em função dos

diferentes ambientes e temperaturas; favorecer a aproximação dos alunos com o universo

microscópico, além de observar os fungos utilizando-se o microscópio alternativo.

A sexta oficina teve como objetivo visualizar e analisar microestruturas de animais

21

invertebrados que não podem ser vistas a olho nu, utilizando-se o microscópio; propor a

utilização de materiais caseiros e de fácil acesso em atividades práticas, para o estudo da

Microbiologia.

A sétima oficina visou observar as microestruturas das plantas; favorecer a

aproximação dos alunos com o universo microscópico, viabilizando o ensino/aprendizagem

de Ciências.

Dessa forma, as oficinas temáticas foram planejadas, aplicadas e avaliadas,

objetivando o estudo de Microbiologia, com materiais e métodos alternativos, para que as

aulas se tornassem mais prazerosas e produtivas.

Todas as sequências didáticas foram montadas contendo apresentação, público-alvo,

problematização, objetivos geral, objetivos específicos, conteúdos, práticas no laboratório,

distribuição do tempo, processos de avaliação, questionário pré-teste e questionário pós-teste.

Acredita-se que este trabalho possa render frutos e atender às expectativas de quem for

utilizar tal metodologia em suas atividades pedagógicas.

23

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O ensino de microbiologia no ensino fundamental

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN, (2000), a Biologia

contribui para a formação de sujeitos curiosos e atuantes com seus conhecimentos; para

planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade natural.

Microrganismos interagem conosco no dia a dia, sendo assim, o conhecimento da

Microbiologia e a compreensão de sua existência, e de como estão associados à propagação

de doenças, aos benefícios à saúde, ao funcionamento e manutenção da vida em padrões

ecológicos, é de fato muito importante. (BARBOSA & OLIVEIRA, 2015).

Segundo Antunes, et al. 2012, em um trabalho realizado a fim de analisar a

importância de se ensinar Microbiologia, foi levantado o seguinte questionamento: Qual é a

importância de se aprender sobre os microrganismos? A maioria dos alunos (88%) respondeu

que precisam aprender sobre os microrganismos para evitarem contaminação e também

prevenir doenças; e a minoria (12%) disse que os microrganismos trazem benefícios aos seres

humanos. Isso sugere que a visão dos alunos sobre os microrganismos é a de que eles são

causadores de doenças, e é essa visão que prevalece.

Apesar de sua grande relevância, a Microbiologia é muitas vezes negligenciada pelos

professores. Uma das possíveis causas disso refere-se às dificuldades para o desenvolvimento

de estratégias de ensino-aprendizagem mais dinâmicas e atraentes para os estudantes. O

mundo microbiológico pode ser extremamente abstrato para os alunos do Ensino

Fundamental, pois, embora seja parte importante de nosso dia a dia, não podemos percebê-lo

diretamente por meio dos sentidos. (CASSANTI et al. 2007).

Essa falta de conexão que o estudo da Microbiologia estabelece com o cotidiano dos

alunos, dificulta o aprendizado. Nesse caso, há necessidade de se desenvolver estratégias e

tecnologias para que a aprendizagem de fato aconteça. Estas estratégias auxiliam o professor e

estimula os alunos a conhecerem os microrganismos e a relação que estabelecem com a vida

cotidiana, possibilitando o despertar e a conscientização dos mesmos sobre a importância

desta ciência para a vida das pessoas. (KIMURA, 2013).

O ensino de Microbiologia necessita de atividades que permitam a percepção de um

universo totalmente novo. Tais atividades devem ser suficientemente significativas para

promoverem mudanças de hábitos e atitudes por parte daqueles que participam do processo de

aprendizagem e assimilação de conteúdos relacionados. (BARBOSA & BARBOSA, 2010).

24

Para Kimura (2013), a troca de experiências que as escolas públicas junto à

universidade estabelecem, traz grandes benefícios. Assim, o projeto “Praticando

Microbiologia e Parasitologia no Ensino Básico e Profissionalizante”, apresentado por

Kimura, se insere, com o objetivo de enfocar a dinâmica de um Laboratório de Microbiologia,

que está ausente na realidade da maioria das escolas públicas. Isso reduz a aprendizagem, pois

o acesso aos laboratórios estimula o poder crítico do educando, fazendo da sala de aula um

espaço construtivista e dinâmico de conhecimentos, que acontece conjuntamente e todos se

sentem responsáveis pelo sucesso. Sugere-se avaliar a relação entre o cotidiano dos alunos

com a Microbiologia buscando gerar reflexões que visam contribuir para a formação dos

alunos, enquanto cidadãos críticos aptos a atuarem na sociedade à qual estão inseridos; além

de trabalhar o efeito da educação científica e tecnológica. A contextualizaçao do tema é

possível segundo Inglez:

Se sua escola tem laboratório de Ciências bem montado, ótimo! Mas a falta de

microscópio não vai impedir você de tratar desse conteúdo. Nas primeiras séries, o

professor pode ensinar regras de higiene, contar histórias que tenham germes como

personagens ou passar vídeos. Para os alunos mais velhos, é indicado experiências

com materiais alternativos. (GENTILE apud INGLEZ, 2005).

Para Cruz, 2009: “é preciso dar oportunidades e estimular os jovens estudantes a fim

de que possam alçar voos mais longos. É a escola o local adequado. Basta capacitar o pessoal

técnico, de modo que esteja apto a alavancar o progresso dos educandos”. Para isso, o

professor pode usar técnicas que aperfeiçoem o processo ensino-aprendizagem. A teoria dada

em sala de aula pode estar relacionada a uma atividade prática que possibilite ao aluno aplicar

o conceito apresentado de preferência a um acontecimento cotidiano. (BARBOSA &

OLIVEIRA, 2015). O mesmo autor, afirma que vincular a teoria à prática acontece quando é

dada ao aluno a chance de tocar, ver, observar ou acompanhar um processo teórico em sala de

aula, fortalecendo a construção de um conceito científico em evidências que ele mesmo

acompanhou.

O professor deve buscar, por meio das preocupações e vivências dos alunos, os temas

de maior importância para serem trabalhados na sala de aula. Assim, os alunos conseguirão

relacioná-los melhor se estes tiverem relação com sua vida e com seu cotidiano. Portanto,

caberia ao professor de Ciências e Biologia tornar relevantes os aspectos mais científicos e

contextualizados da Microbiologia para os alunos. (ANTUNES, et al. 2012).

25

2.2 A Importância do laboratório no ensino fundamental

A experimentação se fez presente desde o processo evolutivo do homem. Tudo é

resultado de experimentos ocorridos em algum lugar. No entanto, a teoria sempre se fez

importante nas descobertas e nas pesquisas. O laboratório deve acoplar as ideias e o concreto

da realidade física, sendo precedido ou acompanhado de aulas teóricas. (CRUZ, 2009).

O laboratório ajuda a testar e comprovar diversos conceitos, favorecendo a capacidade

de abstração do aluno, auxiliando nas situações-problema do cotidiano, permitindo a

construção de conhecimentos e reflexão sobre diversos aspectos, fazendo-o mais

compreensivo, desenvolvendo-o.” (CRUZ, 2009, p. 22).

Philippsen et. al (2013), considera o espaço de laboratório como o local onde são

ministradas atividades experimentais, podendo ser: o laboratório de Ciências da Natureza, os

laboratórios disciplinares (Biologia, Ciências, Física e Química), os laboratórios dos cursos

técnicos, dentre estes, os laboratórios do Programa Brasil Profissionalizado, criado pelo

Governo Federal em 2007, ou outro espaço equivalente para esse fim.

O uso do laboratório se torna extremamente válido aos professores em suas aulas.

Contudo, nem todos o utilizam, dificultando a assimilação da aprendizagem do educando,

pela ausência das práticas. A falta de interesse por parte dos docentes e a pouca ou nenhuma

realização dessas atividades, na prática pedagógica, podem estar relacionadas à falta de

clareza que ainda se tem quanto ao papel do laboratório no processo ensino-aprendizagem.

(CRUZ, 2009).

Muito se tem dito sobre o impacto das TICs no processo de ensino e aprendizagem.

Entretanto, preocupa o distanciamento do professor, sobretudo na educação básica,

da incorporação das tecnologias em seu processo de trabalho. Em pesquisa

encomendada pela UNESCO, identificou-se o descompasso entre o nível de

equipagem tecnológica das escolas e o conteúdo curricular dos cursos de formação

que habilitam os docentes a trabalharem com as TICs. Apesar de 10% a 30% das

escolas públicas de educação básica poderem contar com laboratórios de informática

e ciências, o nível de preparação tecnológica dos professores não chegaria a 2%.

(SANTOS, 2012, p. 121).

Em contrapartida, há formação por parte do professor, mas faltam recursos nas

escolas. Este descompasso ocorre frequentemente na realidade da maioria das práticas

pedagógicas. O que compromete muito o ensino e consequente aprendizagem dos alunos.

(MANESCHY, 2012).

Sendo a escola, uma unidade de educação, incentivo e produção de conhecimentos,

deve-se apresentar aos alunos a pesquisa, priorizando suas técnicas bem como seus

26

instrumentos, as competências, as atitudes e valores. Assim, a necessidade da alfabetização

científica e formação dos indivíduos, com destaque a conexão entre as teorias e as práticas são

fundamentais, fazendo-se essencial o uso do laboratório nas escolas, na era moderna. (CRUZ,

2009). Na atualidade, algumas escolas proporcionam aulas de laboratório aos alunos, no

entanto, isso não modificou o encontro existente entre a teoria e a prática, pois estas servem

respectivamente, para a obtenção de notas nos exames, e consequente aprovação; e para

ilustrar as aulas teóricas e expositivas. (OLIVEIRA, 2010).

Atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e os Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN), apontam que as escolas devem desenvolver projetos de ação

para integrar o abstrato ao concreto [...]. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação no

seu Artigo 35, Inciso IV: “É essencial a compreensão dos fundamentos científico-

tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada

disciplina” .(CRUZ, 2009).

Não contando com o espaço de laboratório, as escolas podem arrumar outro local,

desde que seja ventilado e adequado, respeitando as orientações de segurança e de vigilância

sanitária, para ser utilizado como espaço de laboratório de Ciências da Natureza, conforme as

exigências contidas na Resolução SESA n. 0318/2002 adotada pela Superintendência de

Desenvolvimento Educacional (SUDE). A própria sala de aula pode ser utilizada para esse

fim, quando não se dispõe de espaços de laboratório para a realização de atividades

experimentais, dependendo dos materiais e reagentes a serem utilizados no experimento,

desde que seja garantida a integridade e segurança dos educandos. (PHILIPPSEN et. al,

2013).

É importante reforçar, porém, que o uso do laboratório, nas escolas, não objetiva a

formação do aluno para o ensino técnico, nem a garantia de que a teoria vai se tornar algo

fútil. É fundamental que se tenha a devida clareza nas finalidades a que se pretende chegar,

estabelecendo regras e rotinas específicas para sua utilização, ao contrário, incorre-se em

erros antigos, levando o laboratório a ser mais um recurso didático frustrado, como tantos

outros já presenciados no ensino. (CRUZ, 2009).

2.3 Estratégias didáticas para o ensino de microbiologia

Atualmente, os avanços tecnológicos estão mais presentes no cotidiano do homem, no

entanto, disciplinas como a Química a Física e a Biologia não atraem o interesse dos

estudantes, ocasionando menor rendimento por parte dos mesmos nas avaliações externas.

27

(OLIVEIRA, 2010).

Para Cruz (2009), estratégias didáticas devem ser bem selecionadas para que as

atividades laboratoriais não sejam meras demonstrações, permitindo provar e comprovar os

resultados de um experimento.

As atividades experimentais exigem planejamento por parte do professor, cabendo a

ele, não só ministrar, mas orientar e acompanhar as realizações, além da organização dos

equipamentos e dos materiais a serem utilizados, precisando, portanto, do assessoramento

técnico pelo trabalho pedagógico. (PHILIPPSEN, et. al 2013).

No entanto, o que se observa é que muitas escolas e professores ainda se mantêm

muito resistentes para tais práticas, inviabilizando entre outros, o processo de letramento

científico nos alunos. Isso se deve a uma preocupação com as questões disciplinares, à falta de

incentivos que motivem os alunos, a distância das suas realidades com os temas tratados, o

ensino propedêutico, a neutralidade da concepção de ciência e tecnologia, acabando por gerar

um baixo nível de aprendizagem e má formação cultural de participação social. (AULER;

MUENCHEN, 2007 apud QUEIROZ et al. 2012).

Muitos professores acabam adotando metodologias medíocres e deslocadas da

realidade e da problemática que envolve as ciências fora da escola. Contudo, ficam

professores e alunos submetidos a um ensino arcaico, incapaz de dialogar com outras áreas, o

que conduz a uma educação bancária formando alunos passivos e coadjuvantes do processo

de ensino-aprendizagem. (SANTOS, 2012).

O cartesianismo e o positivismo são heranças filosóficas das quais é difícil se afastar,

principalmente quando se ensina ciências. O modelo no qual se abarca o pensamento

cientifico é limitante, porém, permite ao professor apresentar ao estudante um mundo simples,

bem organizado e modelar, satisfazendo às exigências de uma dada cultura escolar, cuja

importância se restringe aos livros didáticos ou às provas e exames. (OLIVEIRA, 2010).

‘’Outro obstáculo, no entanto, tem sido o não desenvolvimento de práticas dialógicas e

problematizadoras na escola”. (OLIVEIRA, 2010, p. 03). Esta se caracteriza como um dos

maiores desafios no ensino cientifico. Problematizar se caracteriza em promover a abertura

para um pensamento crítico, e não criar embaraços para quem ensina e para quem aprende, o

que tornará uma atividade relevante e criativa. (OLIVEIRA, 2010).

A educação problematizadora, reflexiva, implica num constante ato de conhecimento,

crítica e conscientização da realidade. Os educandos vão desenvolvendo seu poder de

captação e de compreensão do mundo e suas relações com ele, não como uma realidade

estática, mas como processo em transformação. A educação problematizadora, comprometida

28

com a libertação, se empenha na desmitificação. (FREIRE, 1987).

Para Kamii, (2004) [...] “A escola secundária não induz os alunos a refletirem, ao ver

que os professores não insistem na reflexão, se faz uma pergunta: Quem havia formado esses

professores? “Foram as universidades” [...]. No entanto, o que se conclui é que a capacidade

de reflexão é deixada de lado do começo ao fim de todo o sistema de educação. Isso é muito

grave quando pensamos que um indivíduo incapaz de refletir, não pode atuar de maneira

autônoma. As escolas atuais reforçam a heteronomia, e sem se darem conta, impedem que

atuem como sujeitos autônomos.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, (PCN) do Ensino Médio, a

disciplina Biologia objetiva a compreensão da ciência e da tecnologia para a sociedade e para

o homem, de modo a inseri-lo nas múltiplas questões sociopolíticas, cujo entendimento e

solução, as Ciências Naturais são uma referência importante. (BRASIL, 2000).

Alguns objetivos foram apontados, podendo ser implementados nas práticas

pedagógicas: (BRASIL, 2000, p. 96).

a) entender a relação entre o desenvolvimento das Ciências Naturais e o desenvolvimento

tecnológico, e associar as diferentes tecnologias aos problemas que se propuseram e

propõem solucionar;

b) entender o impacto das tecnologias associadas às Ciências Naturais na sua vida

pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida

social;

c) aplicar as tecnologias associadas às Ciências Naturais na escola, no trabalho e em

outros contextos relevantes para sua vida.

Os projetos, por estarem embasados em uma formação crítica de educação, se

opõem ao modelo tradicional com supervalorização do “método cientifico”, dos

conteúdos específicos de cada disciplina e da produção de conhecimentos isolados.

Estes últimos não contemplam temas atuais, desconsidera acontecimentos da

sociedade e não apresenta qualquer tipo de relevância social. (KIMURA, 2013).

Esses objetivos requerem considerações na formação inicial e na continuada,

para que os docentes adotem hábitos de trabalhar de modo interdisciplinar e

cooperativo. (OLIVEIRA, 2010).

29

Com base nessa premissa, podemos afirmar que uma educação científica de

qualidade, não pode se ater exclusivamente aos aspectos conceituais, sendo vital

integrar aspectos procedimentais, axiológicos e socioculturais. (QUEIROZ et al.,

2012, p. 237).

Neste caso, várias propostas alternativas foram apresentadas ao ensino propedêutico e

padrão das ciências, utilizando-se diferentes abordagens e seleção de conteúdos. Ainda

associa-se concepções progressistas de educação, colocando no centro do debate educacional,

propostas pedagógicas, que visam a construção da cidadania e transformação da sociedade.

(KIMURA, 2013).

2.4 Laboratório alternativo no ensino de ciências

Anteriormente à revolução educacional e pedagógica ocorrida nos últimos anos, o

objetivo primordial, ao ensinar Ciências, era formar cientistas ou se qualificar para o mercado

de trabalho. Hoje, ensinar Ciências tem por objetivo preparar o cidadão para o exercício da

cidadania e participação no processo de redemocratização, que se iniciou no ano de 1985.

(MARQUES, et al. 2012).

Por carência de conteúdos durante sua formação acadêmica, o professor recorre

somente ao livro didático e a textos eletrônicos para embasar suas aulas, que, permeadas de

conceitos, submetem o educando a uma atitude passiva frente à atividade científica e

tecnológica. Com isso, o ensino de Ciências, construtivista e dinâmico se torna entediante.

(BENETTI, 2011).

Autores, como Lorenzo et al. ( 2010 ), afirmam que: “uma das grandes dificuldades

em se trabalhar com atividades experimentais nas escolas de Ensino Médio é a falta de

laboratório, e quando existe, falta vidraria e reagentes”. Estes são fatores limitantes para as

aulas práticas. O PIBID/IFPB [Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência do

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba] possui uma linha de

pesquisa destinada à criação e desenvolvimento de um laboratório de química à base de

materiais alternativos e de baixo custo. “Além das vantagens, a construção desses

laboratórios mitiga o problema tão discutido, que é a falta dele nas escolas. Salienta-se que é

uma alternativa, mas não o substitui.”. (NASCIMENTO et al. 2013, p.1).

De acordo com Ramos et al. (2007):” O decreto 3.462/2000 deu autonomia aos

Centros Federais de Educação Tecnológica para atuarem no campo da formação de

professores [...].” O Centro de Educação Tecnológica da Paraíba [CEFET-PB] em 2004,

30

criou o curso de Licenciatura em Química, diferente de outros já ofertados por instituições

brasileiras no que diz respeito à falta de aulas práticas. Foi proposta a inclusão de duas

disciplinas no currículo: Laboratórios com Materiais Alternativos I e II, a fim de acabar ou,

pelo menos, atenuar questões relacionadas à escassez financeira para a compra de reagentes e

equipamentos.

“Os acadêmicos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade

Federal do Pampa [Unipampa] do campus São Gabriel podem contar com um espaço

denominado ’Laboratório de Didática da Biologia’ [LDBio].” (CAROSO, 2010). Assim,

podem desenvolver e testar atividades didático-pedagógicas que auxiliem para a melhoria do

ensino que será ministrado nas instituições de ensino público naquele município. Uma das

atividades já realizadas pelo LDBio foi a criação do Laboratório Alternativo de Ciências

[LAC]. “O resultado almejado com a formação do LAC, é que os docentes possam realizar

atividades práticas como ferramenta didática, mesmo com as precárias condições que muitas

escolas da rede pública enfrentam.” (CAROSO. 2010, p.1). O uso desses materiais didáticos

promove a aprendizagem dos temas tratados em aula e motiva a participação dos alunos.

A ênfase à prática do ensino de Ciências se deve ao fato de que “o interesse dos alunos

aumenta muito, quando se empregam ferramentas tecnológicas nas metodologias das aulas,

enriquecendo-as, e facilitando a aprendizagem. (SILVA et al. 2011).

Lorenzo et al. (p.1) afirmam que “o professor precisa estar em consonância com as

mudanças ocasionadas pela globalização e pelo acesso ‘quase ilimitado’ à informação,

trazendo para as suas aulas materiais didático - pedagógicos que despertem a curiosidade dos

alunos.”

De acordo com Benetti (2011): “O ensino de Ciências, nos anos iniciais do Ensino

Fundamental, é delegado a professores ditos ´polivalente’, com a incumbência, na maioria das

vezes, de ministrar conteúdos, que não aprenderam em sua formação acadêmica”, - o que os

torna inseguros. Em contrapartida, há professores com bagagem, mas faltam-lhes recursos nas

escolas. “Este descompasso ocorre, frequentemente, na realidade da maioria das práticas

pedagógicas. O que compromete muito o ensino e a aprendizagem dos alunos. (MANESCHY,

2012)”.

2.5 O uso de sequências didáticas no ensino

A Microbiologia é a ciência que estuda os microrganismos, seres vivos minúsculos

que são individualmente muito pequenos para serem visualizados sem o uso de microscópio.

31

O grupo de microrganismos inclui os protozoários, as algas microscópicas, as bactérias e os

fungos (leveduras e bolores). Inclui também os vírus, entidades acelulares muitas vezes

consideradas como o limite entre seres vivos e seres não vivos. (TORTORA et. al., 2017).

“O uso de atividades práticas em Microbiologia permite maior interação entre professor e

alunos - o que oportuniza melhor planejamento e estabelece inter-relações entre os saberes teóricos

e práticos inerentes aos processos do conhecimento”. (CASTRO et al., 2016).

Para Zabala, 1998, o processo do conhecimento engloba um conjunto de interações

baseadas na atividade entre alunos e professores, situada na zona de desenvolvimento

proximal.1 O autor vê o ensino como um processo construtivista e de significados

compartilhados, que conduzam à autonomia do aluno, como resultado de um processo, sem o

qual, dificilmente, poder-se-ia alcançar com êxito a construção de significados. É difícil

produzir aprendizagem sem a percepção das razões que a justificam. Neste pensar, é

necessário comunicar os objetivos das atividades aos alunos, ajudá-los a perceber os

resultados que se espera e que esta atividade adquira significados adequados. É condição

indispensável para que os estudantes vejam a proposta como atrativa, motivando-os a realizar

o esforço necessário para aprender.

Aquelas sequências em que as atividades são feitas sem a participação do aluno na

definição das razões, que justificam a experimentação, não são proveitosas, a não ser quanto à

decisão imposta pelo professor. Fazem-se coisas interessantes, mas não se sabe o porquê. O

que deveria ser um meio para promover a aprendizagem se converte numa finalidade em si

mesma. “A motivação é a alma da sequência. Ou os alunos estão interessados ou a sequência

se interrompe em algumas das fases. A atividade inicial pretende criar os primeiros interesses

e deve ser a que provoca as perguntas”. (ZABALA, 1998).

Para conseguir atenção dos alunos, é preciso que os objetivos a eles propostos sejam

uma consequência dos interesses detectados e que sintam que, o que fazem, satisfaz alguma

necessidade própria. Com isso, é indispensável que os meninos e meninas tenham a

oportunidade de expressar suas ideias, ampliando suas experiências com outras novas,

podendo modificá-las, se for necessário [...]. Para conseguir obter esses conhecimentos

prévios, é importante gerar um ambiente propício para que os meninos se exponham,

indaguem e comentem, por meio do diálogo e da participação, como meio de exploração

desses conhecimentos. (ZABALA, 1998).

1 Zona de desenvolvimento proximal: Também chamada de nível de desenvolvimento proximal; é a distância

entre o nível de desenvolvimento já completo na criança e a fase que encontra -se em amadurecimento,

carecendo da orientação de um adulto ou companheiros mais capazes.

32

Segundo o mesmo autor, uma das atividades adequadas para conhecer o grau de

domínio, dificuldades e os obstáculos de aprendizagem podem ser as que proponham

situações em que se utilizem conteúdos procedimentais – conjunto de ações ordenadas e

dirigidas para um objetivo, tais como: as regras, as técnicas os métodos, as habilidades, os

procedimentos.

Conhecer até que ponto sabem dialogar, debater, trabalhar em conjunto, fazer uma

pesquisa bibliográfica e outros, é possível, quando os alunos realizam essas atividades de

caráter procedimental.

Para poder constatar o que realmente os alunos necessitam e valorizam e,

principalmente, quais são suas atitudes, é necessário que na classe e na escola surjam

situações “conflitantes”, que viabilizem a observação do comportamento de cada um –

conteúdos atitudinais – conteúdos que por sua vez, pode-se agrupar em valores, atitudes e

normas.

Para Freire, 1987, os educandos vão desenvolvendo seu poder de captação e de

compreensão do mundo e suas relações com ele, não como uma realidade estática, mas como

um processo em transformação. A educação problematizadora e reflexiva, implica um

constante ato de conhecimento, crítica e conscientização da realidade A educação

problematizadora, comprometida com a libertação, empenha-se na desmistificação. (FREIRE,

1987).

Para Kimura (2013), a dinâmica de um Laboratório de Microbiologia também estimula

o poder crítico do educando, fazendo da sala de aula um espaço construtivista e dinâmico de

conhecimentos, que acontece conjuntamente, e todos se sentem responsáveis pelo sucesso da

aprendizagem. Essa reflexão pode contribuir para a formação dos alunos como cidadãos, por

trabalhar o papel da educação científica, concebendo sujeitos críticos capazes de atuarem e

optarem no meio social em que se encontram.

[...] será necessário oportunizar situações em que os meninos e meninas participem

cada vez mais intensamente na resolução das atividades e no processo de elaboração

pessoal, em vez de se limitar a copiar e reproduzir automaticamente as instruções ou

explicações dos professores. (ZABALA, 1998, p. 102).

A construção da identidade e a conquista da autonomia são processos que demandam

respeito às características individuais. Nessa medida, algumas atividades propostas de forma

sequenciada podem ajudar nesse processo. São muitas as possibilidades de trabalho, pois

estão associadas às diversas características pessoais socioculturais dos grupos. Pensar nas

33

sequências de atividades implica planejar experiências, que se organizam em etapas

diferenciadas e com graus de dificuldades diferentes, propondo atividades permanentes e

diversificadas em um mesmo tempo e espaço e uma oportunidade de propiciar a escolha.

(MEC, 2002).

De acordo com essas intenções, Zabala, (1998), apresenta uma sequência que deve ser

aplicada:

a) atividade que motive e esteja relacionada com uma situação real e conflitante da

realidade dos alunos;

b) esclarecimento das dúvidas ou problemas propostos por esta situação;

c) respostas intuitivas e hipóteses;

d) seleção das fontes de informação e planejamento da investigação;

e) coleta, seleção e classificação dos dados das fontes de informação;

f) generalização das conclusões tiradas;

g) expressão e comunicação.

Com o objetivo de conhecer sua validade, o mesmo autor estabelece uma série de

perguntas ou questões acerca das diferentes sequências didáticas:

a) existem atividades que nos permitam detectar os conhecimentos dos alunos em relação

ao que vão aprender, provocando um conflito cognitivo e promovendo sua atividade

mental?

b) os conteúdos são propostos de forma significativa e prática para os alunos? Permitem

criar zonas de desenvolvimento proximal e intervir favorecendo o avanço dos alunos?

c) as atividades são motivadoras em relação à aprendizagem dos novos conteúdos, ou

seja, o aluno pode sentir que, em certo grau, aprendeu e que seu esforço valeu a pena?

d) que os alunos aprendam certos conteúdos, mas também faz com que aprendam a

aprender e que aprendam que podem aprender.

35

3 METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa sobre “sequência didática” (SD) e quais materiais seriam

necessários para a aplicação. Os materiais utilizados nas oficinas, realizadas em sala de aula,

foram cedidos pela escola e pelo Centro de Saúde do Município: papel, xérox, caixa e óculos

de segurança para o laboratório, luvas, máscaras, toucas, lâminas de vidro e modelo de meio

de cultura.

Para realização das oficinas, foram montadas sequências didáticas e todas obedeceram

à seguinte ordem:

3.1 Apresentação

Neste tópico foi feita uma breve apresentação do tema abordado na sequência didática,

incluindo definição, classificação, fatos interessantes e contextualização.

3.2 Título

Embora seja o elemento mais simples da sequência didática - SD, o título deve ser

capaz de ser atrativo e refletir em linhas gerais a temática na qual os conteúdos serão

desenvolvidos. No presente trabalho, o título das sequências didáticas foi apresentado de

forma simples e resumida.

3.3 Público alvo

A SD, sua metodologia, deve estar de acordo com o público a que se destina. Assim

devem ser definidos: a série, semestre e a escola onde será aplicada. Neste trabalho, o público

alvo foi: Alunos do Ensino Fundamental I - 4° ano, faixa etária de 10 a 12 anos da Escola

Municipal Dr. Custódio Junqueira, 2° semestre.

3.4 Problematização

É a formulação de um problema. Problematizar é trazer à tona uma abordagem

contextualizada. Contextualizar é problematizar. É uma forma de abordar o conteúdo. É

promover o interesse do aluno a partir de perguntas bem colocadas. O aluno deve sentir - se

36

desafiado a mobilizar seus conhecimentos no sentido de responder à questão apresentada; e,

mais importante, estimulando-o a aprender mais a respeito, a fim de construir explicações

satisfatórias. Nesta pesquisa, foram citados quais conteúdos seriam abordados na sequência

específica e apresentada uma pergunta chave que despertasse a curiosidade para o estudo dos

temas abordados.

3.5 Objetivo geral

Refere-se a uma meta a ser atingida e se relaciona à aprendizagem ou a algum atributo

de desenvolvimento do aluno.

3.6 Objetivos específicos

Apresentam as intenções de ensino, e ajudam no planejamento no que se refere à

escolha das metodologias mais adequadas e das formas de avaliação.

3.7 Conteúdos

Referem-se ao conteúdo a ser trabalhado, de acordo com o combinado com o professor

regente da disciplina de Ciências. Os conteúdos devem se relacionar com os demais

elementos da SD.

3.8 Distribuição de tempo

Todas as sequências apresentam a distribuição de tempo sugerida para cada atividade.

Um exemplo está apresentado no Quadro 1.

Quadro 1 – Distribuição de tempo nas sequências didáticas 10 minutos Aula expositiva

5 minutos Questionário pré-teste

40 minutos Experiência no laboratório

5 minutos Avaliação processual e pós-teste

Fonte: Elaborado pelo autor

37

A maioria das práticas apresenta uma folha para preenchimento durante a aula. Esta

teve como finalidade fixar o conhecimento e despertar possíveis dúvidas (Quadro 2).

Quadro 2 - Folha de preenchimento em sala de aula.

Fonte: Elaborado pelo autor

3.9 Avaliação

Os métodos de avaliação precisam ter relação com os objetivos e com os conteúdos

previstos na SD. O que se avalia deve estar diretamente relacionado com o que se pretende

ensinar. A avaliação foi realizada a partir de critérios pré-estabelecidos na forma de

comentários, em cada uma das etapas realizadas, com o objetivo de aprimorar a SD ao longo

do tempo; e, em todas as sequências, foram utilizadas avaliações tradicionais: pré-teste para

avaliar o conhecimento prévio; e pós-teste, para avaliar a aprendizagem, a técnica do

“trabalho de minuto” e avaliações processuais. A avaliação processual foi feita de acordo com

o Quadro 3.

Quadro 3 - Aspectos utilizados para a avaliação processual

Nota Aspectos observados quanto à participação do aluno para avaliação do

processo

5

Participou ativamente das atividades, cooperando com os colegas e professor.

Discutiu de forma séria com os colegas ou professores sobre o(s) tema(s) em

questão. Trouxe informações importantes para a discussão. O resultado de sua

atividade foi relevante e criativo.

4 Participou das atividades, cooperando com os colegas. Discutiu com os

mesmos os conteúdos em evidência. O resultado de sua atividade foi relevante.

3 Participou pouco da atividade. Apresentou alguma contribuição, parcialmente

relevante.

38

2 Esteve presente no ambiente da atividade, mas a participação foi reduzida,

contribuiu pouco para o cumprimento das atividades.

1 Participou pouco ou não participou das atividades. Não contribuiu durante a

realização da atividade.

Fonte: Elaborado pelo autor

39

4 DESENVOLVIMENTO

A primeira atitude foi solicitar a autorização à diretoria da Escola Municipal Doutor

Custódio Junqueira para a realização da pesquisa, e esclarecer sobre a motivação e o objetivo

da mesma. Depois foi feita uma reunião com as professoras, com a mesma finalidade, bem

como explicar o interesse pela escolha das respectivas turmas como alvo de pesquisa - a

afinidade pelo conteúdo de Microbiologia estudado pelos alunos.

Posteriormente, os alunos do Ensino Fundamental I – 4° e 5° anos do primeiro turno,

foram esclarecidos sobre a atividade, bem como sua importância para o processo ensino-

aprendizagem. Um documento foi encaminhado aos pais e/ou responsáveis para que os

mesmos autorizassem a participação dos alunos, e consequente publicação das fotos na

ilustração do trabalho.

A primeira sequência didática contida no Manual de Laboratório Alternativo foi:

“Como Proceder no Laboratório de Microbiologia com Segurança”, estruturada em função da

necessidade de propor curiosidades e segurança em laboratórios, ainda que sejam práticas

simples, improvisadas e alternativas.

A segunda sequência didática: “A Construção de um Microscópio Alternativo” foi

criada para proporcionar aos alunos melhor visualização de estruturas microscópicas,

viabilizando o ensino-aprendizagem em Microbiologia.

Para iniciar, foi estudado um modelo de microscópio alternativo proposto por (KENJI

YOSHINO, apud ROSSIN, 2014), a ser montado pelos alunos, para que eles entendessem a

finalidade, funcionamento do instrumento e conhecessem suas partes constituintes. Para isso,

foi utilizado um microscópio de luz, convencional da escola, sendo permitido que os alunos o

apreciassem e explorassem.

A terceira sequência didática aplicada para os alunos, intitulada: “Como Preparar

Meios de Cultura com Materiais Alternativos” foi dentre outros, para utilização nas

sequências didáticas: “Cultivando Bactérias” e “Cultivando Fungos”, praticadas

posteriormente. Nesta sequência, a proposta é instruir professores sobre como preparar aulas

de Microbiologia utilizando materiais alternativos e acessíveis na preparação de meios de

cultura, à base de gelatina, amido de milho e fubá. A internet foi utilizada para pesquisar

sobre o assunto e estruturar a sequência segundo as bibliografias: (AYRES, 2014; KASVI,

2015; GENTILE, 2005).

As sequências didáticas: “Cultivando Bactérias” e “Cultivando Fungos” tiveram a

finalidade de propor meios alternativos de se cultivar bactérias e fungos e, consequentemente,

40

observá-los, tornando o abstrato, concreto.

Para a estruturação das sequências, foram utilizados diversos autores tais como:

LINHARES & GEWANDSZNAJDER, (2005) et al.

Foram utilizados os meios de cultura à base de gelatina, fubá e amido de milho,

preparados na sequência didática anterior, como substratos no desenvolvimento dos fungos e

das bactérias. No entanto, um dos meios de cultura à base de fubá e amido de milho, foram

cobertos com um filme de óleo de soja. Foi explicado aos alunos que eles deveriam observar

essas culturas em diferentes ambientes e temperaturas. Foram utilizados equipamentos

apropriados para este fim, como luvas, jalecos e outros que se fizeram necessários para a

realização da oficina.

As duas últimas sequências didáticas evadem a Microbiologia e tratam dentre outros,

de microestruturas de animais invertebrados e de plantas, a fim de se utilizar os microscópios

e equipamentos alternativos para laboratório.

A sequência didática: “Estudando Microestruturas de Animais Invertebrados” tem

como objetivo, visualizar as microestruturas destes organismos para serem estudadas. Para a

criação da sequência didática, foram estudados (AMABIS & MARTHO, 2019 et al).

A princípio, foi pedido aos alunos que levassem animais invertebrados já encontrados

mortos, - evidenciando que não é permitido matá-los para serem utilizados na atividade

prática. Os animais a serem capturados poderiam ser: formigas, grilos, baratas, besouros,

tanajuras, mosquitos, cupins e outros. Foram explicadas as normas de segurança necessárias

para a realização desta tarefa.

Foi utilizado o microscópio alternativo para fazer observações das estruturas

microscópicas dos animais invertebrados capturados pelos alunos e outros que foram

conservados em álcool 70%. Os materiais utilizados foram: lâminas de vidro e pinça de metal,

assim como luvas, jalecos e outros.

A última sequência didática do Manual de Laboratório Alternativo foi: “Estudando as

Microestruturas de Plantas”, elaborada com o objetivo de conhecer as microestruturas dos

vegetais, bem como sua biologia, viabilizando o processo ensino-aprendizagem. Para a

criação desta sequência, foram estudados autores tais como: (AMABIS & MARTHO, 2010;

LOPES & ROSSO, 2013).

Foi feita uma aula passeio, como proposta por (FREINET, C. apud ARRAIS, 2009),

culminando com análises do material coletado em laboratório alternativo. Durante a aula

passeio, foi utilizado um Atlas Escolar de Botânica (OLIVEIRA et al., 1986): para a

orientação dos alunos durante a visita ao local, que continha espécies variadas de plantas.

41

Anteriormente, foi informado aos alunos quais estruturas das plantas deveriam ser coletadas.

Cada aluno coletou apenas uma estrutura, para que não houvesse danos à natureza. Um

microscópio alternativo foi utilizado para fazer as observações das estruturas microscópicas

das plantas tais como: aparelhos reprodutores masculino e feminino, grão de pólen e vasos

condutores.

Em Biologia, são utilizados muitos termos próprios, no entanto, para esclarecer dúvida

dos alunos sobre isso, foi confeccionado um glossário, para cada sequência didática.

As oficinas foram finalizadas no princípio do mês de setembro do ano de 2016, com o

“Laboratório Alternativo”. Nesse período, a escola estava desenvolvendo um projeto sobre

Ética e Cidadania, o que acabou culminando com o tema do desfile cívico no dia 7 de

Setembro. Dessa forma, os alunos, envolvidos nas oficinas, foram preparados para desfilar

levando os instrumentos construídos para a realização do Laboratório, com trajes adequados e

acessórios de segurança como máscara, touca, jaleco e luvas, o que chamou bastante atenção

dos espectadores.

43

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Sequência 1 - Como proceder no laboratório de Microbiologia com segurança.

A primeira sequência didática do Manual de Laboratório Alternativo é sobre -

“Segurança em Laboratório” com o objetivo de propor meios para segurança em laboratórios,

ainda que sejam alternativos (Figura 1). Assim sendo, de início, foi questionado aos alunos:

O laboratório é um local que requer muitos cuidados e técnicas por parte de seus usuários,

quando o fizerem. Portanto, é preciso estabelecer segurança em laboratórios simples e

improvisados? A indagação teve como objetivo provocar interesse e censo crítico.

A oficina constou de aula expositiva sobre a importância das regras de segurança em

laboratórios, com exposição de meios e ideias; atividades práticas e reflexivas nas quais os

alunos puderam analisar e julgar situações que podem ocorrer no laboratório colocando em

risco os usuários. Finalizando, foi mostrado como proceder com materiais antes de serem

descartados, esterilizando-os, utilizando uma panela de pressão: técnica alternativa

semelhante à autoclave.

Durante todo o procedimento, foi feita avaliação, baseando-se no Quadro 3. Foi

realizada a técnica do “Trabalho de Minuto” interrompendo-se a oficina pouco antes do

término e pedindo aos alunos que respondessem brevemente a duas perguntas: ‘Qual foi a

experiência mais relevante nesta oficina? ’ e ‘qual foi a questão importante que ficou?’ Foram

distribuídos questionários pré-teste e o pós-teste, os quais foram respondidos pelos alunos.

Dúvidas sobre termos desconhecidos utilizados na oficina foram esclarecidas por

consulta ao glossário, confeccionado para cada sequência didática.

44

Figura 1 – Fotos relacionadas à oficina: Como proceder no laboratório de Microbiologia

com segurança

A – Materiais essenciais para segurança

em laboratório e “Manual de Laboratório

Alternativo”

B - Alunos participando da oficina 1

C – Alunos participando da oficina 1 D – Meios de cultura autoclavados antes

de serem descartados para evitar

contaminação Fonte: Fotografia do autor

Algumas das características da sequência didática estão apresentadas nas Quadros 4 e

5.

45

Quadro 4 - Esquema da Oficina: Como proceder no laboratório de Microbiologia com

segurança

Problematização

O laboratório é um local que requer muitos cuidados e técnicas por parte de seus

usuários, quando o fizerem. Portanto, é preciso estabelecer segurança em

laboratórios simples e improvisados?

Objetivo geral Estipular meios para segurança em laboratórios alternativos.

Objetivos

específicos

Propor a utilização de meios preventivos e seguros para experiências simples;

Auxiliar nos estudos práticos com microrganismos;

Resguardar os alunos de perigos nas aulas práticas de Ciências, com regras

simples e eficientes.

Conteúdos Segurança em laboratório

Microbiologia Fonte: Elaborado pelo autor

Quadro 5 - Distribuição do tempo da oficina: Como proceder no laboratório de

Microbiologia com segurança 10 minutos Conversa informal com os alunos e aula expositiva sobre a importância das regras

de segurança em laboratórios. Exposição de ideias.

5 minutos Respondendo ao questionário pré-teste.

40 minutos Atividade didática sobre os cuidados que se deve ter nas aulas de Microbiologia

no laboratório.

5 minutos Avaliação através do questionário pós-teste. Fonte: Elaborado pelo autor

Os resultados do pré e pós-teste estão apresentados nos Quadros 6 e 7.

Quadro 6 – Resultados do pré-teste da oficina: Como proceder no laboratório de

Microbiologia com segurança

Pré-Teste Respostas

1. Você sabe o que são meios de “segurança em laboratório”?

Explique: 34% dos alunos souberam

2. Assinale abaixo quais são as regras corretas a serem adotadas

para segurança no laboratório:

( x ) prender o cabelo ( ) organizar o ambiente ( x ) tomar cuidado

ao descartar materiais cortantes ( ) usar roupas curtas para evitar o

calor ambiente ( ) conversar alto

( ) manter tudo nos devidos lugares ( x ) lavar as mãos após as

atividades ( x ) usar óculos, luvas e outros equipamentos de

segurança.

47% dos alunos responderam

corretamente; considerou-se

correto quando o aluno marcou ao

menos as quatro alternativas

assinaladas ao lado, embora

pudessem assinalar também:

organizar o ambiente e manter

tudo nos devidos lugares

3. Com qual objetivo devemos assumir uma postura de segurança

no laboratório?

( ) para evitar contaminação ( ) para não se acidentar ( ) ambas

estão corretas

31% dos alunos responderam

corretamente: “ambas estão

corretas”

46

4. O laboratório é utilizado com o objetivo de fazer com que as

aulas possam ganhar caráter mais prático e significativo. No

entanto, muitas condutas devem ser proibidas. Podemos dizer que

se alimentar no laboratório é um ato incorreto? ( ) sim ( ) não

81% dos alunos responderam que

sim

5. Você acha que o uso de jaleco, luvas, máscaras e outros

equipamentos de segurança para laboratório são:

( ) desnecessários ( ) muito importantes ( ) não fazem diferença

100% dos alunos julgaram ser

muito importantes

6. Você já presenciou ou participou de alguma aula prática no

laboratório de Ciências?

( ) sim ( ) não ( ) não me recordo

19% dos alunos responderam que

sim

7. Você costuma ir quantas vezes ao laboratório? Explique. 0% dos alunos foi a um

laboratório

Fonte: Elaborado pelo autor

Quadro 7 - Resultados do pós-teste da oficina: Como proceder no laboratório de

Microbiologia com segurança

Pós-Teste Respostas

1. Você acha que as oficinas com as práticas ajudaram no seu

aprendizado?

( ) muito ( ) um pouco ( ) nada

100% dos alunos responderam

muito

2. Fale com suas palavras sobre alguma (s) aula (s) prática (s) de

Ciências que já teve no laboratório (se teve) durante seus estudos.

68% dos alunos responderam que

nunca tiveram aula prática; 27%

dos alunos falaram sobre alguma

aula prática que tiveram e 5% dos

alunos não responderam

3. Assinale abaixo quais são as regras corretas a serem adotadas

para segurança no laboratório:

( x ) prender o cabelo ( ) organizar o ambiente ( x ) tomar cuidado

ao descartar materiais cortantes ( ) usar roupas curtas para evitar o

calor ambiente ( ) conversar alto ( ) manter tudo nos devidos

lugares ( x ) lavar as mãos após as atividades ( x ) usar óculos,

luvas.

78% dos alunos responderam

corretamente; considerou-se

correto quando o aluno marcou ao

menos as quatro alternativas

assinaladas ao lado embora

pudessem assinalar também:

organizar o ambiente e manter

tudo nos devidos lugares.

4. Você sabe o que são meios de “segurança em laboratório”?

Explique:

76% dos alunos sabem e 15% não

sabem

5. O laboratório é utilizado com o objetivo de fazer com que as

aulas possam ganhar caráter mais prático e significativo. No

entanto, muitas condutas devem ser proibidas. Podemos dizer que

se alimentar no laboratório é um ato incorreto?

( ) sim ( ) não

70% dos alunos responderam que

sim

6. Ao iniciar uma prática no laboratório, um professor teria dito

que esquecera suas luvas máscaras e jaleco. Neste caso, como este

professor deve proceder?

( ) realizar a prática mesmo assim ( ) deixar a prática para o

próximo encontro ( ) nunca mais realizar esta prática ( )

não é importante ter aula prática

65% dos alunos responderam:

deixar a prática para o próximo

encontro

47

7. Para auxiliar os estudos em uma aula prática como é correto

proceder? ( ) matar animais e plantas para serem estudados ( )

estudá-los vivos ( ) eles não são importantes para auxiliar os

estudos práticos ( ) deve-se coletar os animais quando estão

mortos e em perfeitas condições.

78% dos alunos responderam

corretamente

Fonte: Elaborado pelo autor

Alguns exemplos das respostas para a questão: “Você sabe o que são meios de

‘segurança em laboratório’? Explique.” Estão apresentadas:

Questionários pré-teste

“Sim, pois é ter segurança em um laboratório antes de fazer qualquer coisa.” (Aluno

1).

“Sim. Evitar meios de contaminação, usar jalecos”. (Aluno 2).

“Sim. Proteger-se”. (Aluno 3).

Questionários pós-teste:

“Sim. São meios de segurança que devem ser tomados para você não correr risco”.

(Aluno 4).

“Sim. Deixar organizado, usar óculos, luvas, toca, sapato fechado, causa, jaleco de

manga comprida e lavar as mãos após as atividades e mascaras”. (sic). (Aluno 5).

“É ter segurança em um laboratório antes de fazer qualquer coisa e usar luva, toca,

óculos, jaleco e máscara”. (sic). ( Aluno 6).

Os alunos mostraram-se conscientes também que é importantíssimo trajar

adequadamente com o jaleco, luvas, máscara, óculos e outros equipamentos de proteção

individual que se fizerem necessários. No questionário pré-teste, 100% dos alunos julgaram

serem estes equipamentos muito importantes; no questionário pós-teste, este número caiu para

65%; o objetivo de conscientização não foi alcançado, uma vez que, após a oficina, esperava-

se que todos os alunos continuassem julgando tais equipamentos muito importantes. Contudo,

percebe-se a incipiência metodológica nas aulas de Ciências, pois a maioria dos alunos

respondeu que não teve sequer até o presente momento, uma aula prática durante seus

estudos.

Para Cassanti et al. (2007), apesar de sua grande relevância, a Microbiologia é muitas

vezes negligenciada pelos professores. Uma das possíveis causas disso refere-se às

dificuldades para o desenvolvimento de estratégias de ensino-aprendizagem mais dinâmicas e

atraentes. O mundo microbiológico pode ser extremamente abstrato para os alunos do Ensino

Fundamental, pois, embora seja parte importante de nosso dia a dia, não podemos percebê-lo

diretamente por meio dos sentidos. Algumas respostas para a questão: “Fale com suas

palavras sobre alguma (s) aula (s) prática (s) de Ciências que já teve no laboratório (se teve)

durante seus estudos.” Estão apresentadas:

48

“Nenhuma. Porque aqui não tem aula praticada”. (sic). (Aluno 7).

“Nenhuma vez fui em um laboratório. Porque na escola não tem laboratório para

estudar”. (sic). (Aluno 8).

“Nenhuma. Porque eu não sou cientista”. (Aluno 9).

“Colocamos uma bacia de água, enfiamos + um papel dentro do copo e colocamos

dentro da bacia e ela não molhou mas quando virou o copo ela molhou”. (sic).

(Aluno 10).

“Uma vez pegou um saco encheu de âgua fechou o saco e colocou no sol. Depois de

algumas horas tinha um monte de gotas no saco”. (sic). (Aluno 11).

“Com a esperiencia de fungos, coloque uma laranja boa e tampada daqui alguns dias

ela estara mofada com fungos”. (sic). (Aluno 12).

“A aula dos sólidos geométricos”. (Aluno 13).

“Não tivemos niuma aula”. (sic.). (Aluno 14).

“Não tivemos aula”. (Aluno 15).

Estes foram os depoimentos escolhidos para serem mencionados; no entanto, todos os

alunos de uma das três turmas responderam que não tiveram aula prática de Ciências como

expresso nas duas últimas respostas.

Conforme afirma Auler; Muenchen (2007 apud QUEIROZ et al., 2012):

O que se observa é que muitas escolas e professores ainda se mantêm muito

resistentes às aulas práticas, inviabilizando entre outros, o processo de letramento

científico dos alunos. Isso se deve a uma preocupação com as questões disciplinares;

à falta de incentivos, que motivem os alunos; a distância das suas realidades com os

temas tratados; o ensino propedêutico; a neutralidade da concepção de ciência e

tecnologia; acabando por gerar um baixo nível de aprendizagem e má formação

cultural e de participação social.. (Auler; Muenchen, 2007).

5.2 Sequência 2 – A construção de um microscópio alternativo

Esta oficina foi sobre microscopia, com o objetivo de “construir um microscópio

alternativo”, obedecendo à ordem das sequências didáticas contidas no “Manual de

Laboratório Alternativo”, objetivando eficiência e significação do conteúdo de Microbiologia.

De início, foi dito aos alunos sobre a importância do microscópio para o ensino e a

aprendizagem dos conteúdos. A fim de motivá-los com a atividade, foi feita uma pergunta:

Ao longo de todo o estudo de ciências, na maioria das escolas brasileiras, há carência de

laboratórios que auxiliam no estudo de microrganismos e microestruturas. Será possível criar

ferramentas como um microscópio, que supram os estudos utilizando materiais acessíveis e

alternativos?

Dando continuidade à oficina, foi apresentado o microscópio convencional, inclusive

as partes, e funções. Foi dado enfoque às partes principais como: base, braço, ocular, objetivas

e charriot, (peça que permite a lâmina se movimentar sob a ocular).

49

Cada aluno pôde apreciar e explorar um pouco o conhecimento sobre o microscópio e

o professor explicou que a imagem aumentada é conseguida pela razão da ocular com a

objetiva. Foi proposto um modelo alternativo, criado pelo aluno de pós-graduação dos EUA,

(YOSHINO, Kenji apud ROSSIN, 2014). O microscópio foi montado obedecendo passo a

passo como proposto no “Manual de laboratório Alternativo” (Figura 2). Durante todo o

procedimento, foi feita a avaliação dos alunos, baseando-se no Quadro 3. Distribuiu-se um

questionário pré-teste condizente com o conteúdo da prática antes de executá-la. Ao finalizar,

outro questionário, o pós-teste, foi respondido pelos alunos. Durante o experimento os alunos

podiam recorrer ao glossário, em caso de dúvida, sobre termos desconhecidos.

Figura 2– Fotos relacionadas à Oficina: A construção de um microscópio alternativo

A - Alunos explorando o microscópio B - Estruturas do microscópio

C – Montagem do microscópio

alternativo

D – Observação ao microscópio alternativo

Fonte: Fotografia do autor

Obs: na figura 2, A e C, os alunos não estão trajados com equipamentos de segurança

em laboratório por não estarem neste ambiente e por estarem tendo participação indireta na

atividade da sequência didática. No entanto, ressalta-se sua importância conforme proposto na

primeira sequência didática.

Algumas das características da sequência didática estão apresentadas nos Quadros 8 e

9.

50

Quadro 8 – Esquema da Oficina: A construção de um microscópio alternativo

Problematização

Ao longo de todo o estudo de ciências, na maioria das escolas brasileiras, há

carência de laboratórios que auxiliam no estudo de microrganismos e

microestruturas. Será possível criar ferramentas como um microscópio, que

supram os estudos utilizando materiais acessíveis e alternativos?

Objetivo geral Construir e aplicar um microscópio alternativo, objetivando eficiência e

significação do conteúdo microbiológico.

Objetivos

específicos

Aumentar a visão de microrganismos e microestruturas a fim de serem

estudados e conhecidos;

Auxiliar nos estudos de estruturas microscópicas;

Motivar os alunos com tal ferramenta e prática;

Conteúdos

Microscopia.

Microbiologia.

Materiais alternativos

Fonte: Elaborado pelo autor

Quadro 9- Distribuição do tempo da oficina: A construção de um microscópio

alternativo

10 minutos Aula expositiva sobre a importância do microscópio para uma boa

aprendizagem. Exposição de ideias.

5 minutos Respondendo ao questionário pré-teste.

40 minutos Oficina de microscopia onde se aprenderá a construir um microscópio

alternativo para observar colônias de fungos, bactérias, microestruturas

de animais invertebrados e vegetais.

5 minutos Avaliação, por meio de um questionário pós-teste, para verificar o

desempenho dos alunos com relação à aprendizagem. Fonte: Elaborado pelo autor

Os resultados do pré e pós-teste estão apresentados nos Quadros 10 e 11.

51

Quadro 10- Resultados do pré-teste da oficina: A construção de um microscópio

alternativo Pré-Teste Respostas

1. Assinale abaixo quais são as palavras que nomeiam as peças de

um microscópio:

( ) Charriot ( x ) lupa ( x ) revólver ( x ) ocular ( ) canhão

( ) musgo ( x ) base ( x ) objetiva ( x ) braço

15% dos alunos responderam

corretamente; considerou-se

correto quando o aluno

marcou ao menos as seis

alternativas assinaladas ao

lado, embora pudessem

assinalar também, charriot e

canhão

2. Você sabe o que é um microscópio eletrônico? Explique.

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

65% dos alunos disseram

sim, 14% disseram não ter

certeza e 14% disseram não

saber

3. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um

microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( x ) bactérias ( ) mosquito ( ) ameba

( x ) cianobactéria ( ) giárdia ( x ) vírus ( ) barata ( x ) levedura

57% dos alunos possuem

conhecimento sobre seres

microscópicos; considerou-se

correto quando o aluno

marcou ao menos as quatro

alternativas assinaladas ao

lado, embora pudessem

assinalar também, ameba e

giárdia

4. Os microscópios de luz permitem aumento da imagem em até

2.000 vezes. No entanto, esse aumento que vemos ao microscópio

é dado pela multiplicação de duas peças. Você saberia dizer quais

são elas? ( ) sim ( ) não. Explique.

0% dos alunos soube

responder

5. Na sua opinião, é possível construir um microscópio com

materiais alternativos para o estudo de microrganismos?

sim ( ) não ( )

92% dos alunos responderam

sim

6. Com qual (is) objetivo (s) utilizamos o microscópio?

( x ) para que eles enriqueçam as nossas aulas ( x ) para que eles

nos proporcionem uma visão de microrganismos que, a olho nu,

não seria possível ( ) eles não nos auxiliam em nada

100% dos alunos disseram:

para que eles nos

proporcionem uma visão de

microrganismos; embora

pudessem assinalar também:

para que eles enriqueçam as

nossas aulas

7. Você sabe o que é um microscópio alternativo?

( ) sim ( ) não. Explique.

14% dos alunos responderam

sim

Fonte: Elaborado pelo autor

52

Quadro 11- Resultados do pós-teste da oficina: A construção de um microscópio

alternativo Pós-Teste Respostas

1. Você sabe o que é um microscópio eletrônico? Explique.

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

71% dos alunos responderam

corretamente

2. Você gostou do trabalho de Ciências que realizou?

( ) sim ( ) não

97% dos alunos responderam

que sim

3. Assinale abaixo quais são as palavras que nomeiam as peças de

um microscópio:

( ) Charriot ( x ) lupa ( x ) revólver ( x ) ocular

( ) canhão ( ) musgo ( x ) base ( x ) objetiva ( x ) braço

74% dos alunos responderam

corretamente; considerou-se

correto quando o aluno

marcou ao menos as seis

alternativas assinaladas ao

lado, embora pudessem

assinalar também, charriot e

canhão

4. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um

microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( x ) bactérias ( ) mosquito ( ) ameba

( x ) cianobactéria ( ) giárdia ( x ) vírus ( ) barata ( x ) levedura

68% dos alunos responderam

corretamente; considerou-se

correto quando o aluno

marcou ao menos as quatro

alternativas assinaladas ao

lado, embora pudessem

assinalar também, ameba e

giárdia

5. Os microscópios de luz permitem aumento da imagem em até

2.000 vezes. No entanto, esse aumento, que vemos ao microscópio,

é dado pela multiplicação de duas peças. Você saberia dizer quais

são elas? ( ) Sim ( ) Não. Explique.

35% dos alunos responderam

corretamente

6. Você sabe o que é um microscópio alternativo?

( ) sim ( ) não. Explique.

27% dos alunos responderam

sim

7. Com quais objetivos utilizamos o microscópio?

( x ) para que eles enriqueçam as nossas aulas ( x ) para que eles

nos proporcionem uma visão de microrganismos que, a olho nu,

não seria possível ( ) eles não nos auxiliam em nada

68% dos alunos disseram:

para que eles nos

proporcionem uma visão de

microrganismos; embora

pudessem assinalar também:

para que eles enriqueçam as

nossas aulas Fonte: Elaborado pelo autor

Em se tratando de seres microscópicos, observa-se que muitos alunos ainda possuem

dificuldades de classificá-los, embora as análises pré e pós-teste refutam essa hipótese. E

quando mostram possuírem conhecimentos, estes se vinculam a ideias errôneas de que

microrganismos “são maus”.

Segundo Antunes, et al. (2012), em um trabalho realizado a fim de analisar a

importância de se ensinar Microbiologia, foi levantado o seguinte questionamento: Qual é a

importância de se aprender sobre os microrganismos? A maioria dos alunos (88%) respondeu

53

que precisa aprender sobre os microrganismos para evitar contaminação e também prevenir

doenças; e a minoria (12%) disse que os microrganismos trazem benefícios aos seres

humanos. Isso sugere que a visão dos alunos sobre os microrganismos é a de que eles são

causadores de doenças, e é esta visão que prevalece.

Quase todos os alunos responderam no questionário pré-teste, que há possibilidades de

se construir um microscópio utilizando materiais alternativos, embora somente 14% dos

alunos responderam no mesmo questionário que sabem o que é um microscópio alternativo.

No entanto, alguns alunos puderam aprender com as oficinas; é o que demonstra a questão de

número 6 do pós-teste, apresentando 27% de acertos.

Algumas respostas para a pergunta: “Você sabe o que é um microscópio alternativo?”,

do questionário pré-teste e pós-teste estão apresentadas:

Pré-teste

“É um microscópio que é feito com outros materiais.” (Aluno 16).

“É um que você cria ele e não compra.” (sic). (Aluno 17).

“É um microscópio que você inventa para substituir o que você compra”. (Aluno

18).

Pós-teste

“É que nós fazemos com materias que nos temos em casa”. (sic) . (Aluno 19).

“É feito em casa, e é de luz”. (Aluno 20).

“e um microscopio feito de vidro é o esmatifone”. (sic) . (Aluno 21).

Todos os alunos se mostraram conscientes da utilidade de um microscópio. No

entanto, verificou-se que para os alunos, essa utilidade está restrita somente à ampliação de

imagens. Somente 3% dos alunos demonstrou saber que, além da ampliação, o microscópio

também serve para enriquecer as aulas. Percebe-se ainda que os alunos encontram-se carentes

de aulas práticas, o que dirá do uso de microscópio. Isso pode ser comprovado com o

resultado das questões de números 1 e 4 do pré-teste, onde para a primeira, 15% dos alunos

acertaram e para a quarta questão, nenhum aluno respondeu. O que só aconteceu no

questionário pós-teste, onde 74% e 35% dos alunos responderam, concluindo-se que

aprenderam com as oficinas.

Todos os alunos mencionaram na questão de número 2 do pós-teste, que gostaram do

trabalho realizado.

5.3 Sequência 3 - como preparar meios de cultura com materiais alternativos

A terceira sequência aplicada foi: “Como preparar meios de cultura com materiais

alternativos”, que culminou com as sequências didáticas “Cultivando fungos” e “Cultivando

54

bactérias”, praticadas posteriormente.

Foi exposta aos alunos a atividade, a importância do tema para o ensino-aprendizagem

de Microbiologia.

Após conversa informal, houve um momento de reflexão acerca da pergunta: Os

microrganismos podem ser de vida livre e/ou parasitária, sendo estes últimos parasitas do

interior ou exterior do corpo. No entanto, muitos deles ao parasitarem, não ficam visíveis,

impossibilitando maiores contatos e conhecimentos. Assim sendo, é possível preparar meios

para o desenvolvimento de microrganismos a fim de serem observados e estudados? Seguido

do preenchimento do questionário pré-teste. Dando prosseguimento, foi ministrada a aula

expositiva sobre o tema e o esclarecimento de dúvidas.

Meios de cultura à base de fubá e amido de milho foram preparados junto com os

alunos, pois eles ainda não conheciam esse recurso. Também foram preparados meios de

cultura à base de gelatina incolor, adicionando caldo de carne sem gordura e colocados em

recipientes de plástico transparente (tampa de margarina). Durante a preparação, foi explicado

aos alunos a utilidade dos meios de cultura nas experiências e o objetivo desses experimentos.

Os meios de cultura foram condicionados em ambiente refrigerado (geladeira) (Figura 3).

Durante todo o procedimento, foi feita a avaliação dos alunos, baseando-se no Quadro 3. Ao

final, foi aplicado o questionário pós-teste, para verificar o conhecimento com relação ao

conteúdo apresentado. Os alunos podiam recorrer ao glossário (que foi confeccionado para

cada sequência didática), quando tivessem dúvida, sobre termos desconhecidos utilizados na

oficina.

55

Figura 3– Fotos relacionadas à Oficina: Como preparar meios de cultura com materiais

alternativos

A – Preparando os meios de cultura B – Meios de cultura prontos e estéreis

C – Meios com cultura de bactérias - e – e

fungos – d

D – Desenhos da observação dos meios

de cultura feitos pelos alunos Fonte: Fotografia do autor

Obs: na figura 3, A, os alunos não estão trajados com equipamentos de segurança em

laboratório por não estarem neste ambiente e por estarem tendo participação indireta na

atividade da sequência didática. No entanto, ressalta-se sua importância conforme proposto na

primeira sequência didática.

Algumas das características da sequência didática estão apresentadas nos Quadros 12 e

13.

56

Quadro 12 – Esquema da Oficina: Como preparar meios de cultura com materiais

alternativos

Problematização

Os microrganismos podem ser de vida livre e/ou parasitária, sendo estes

últimos parasitas do interior ou exterior do corpo. No entanto, muitos deles ao

parasitarem, não ficam visíveis, impossibilitando maiores contatos e

conhecimentos. Assim sendo, é possível preparar meios para o

desenvolvimento de microrganismos a fim de serem observados e estudados?

Objetivo geral Preparar meios de cultura alternativos para o desenvolvimento de fungos e

bactérias como alvo de estudo.

Objetivos

específicos

Propor a utilização de materiais caseiros e de fácil acesso para o estudo de

fungos e bactérias (microrganismos coloniais);

Auxiliar nos estudos de microrganismos como fungos e bactérias;

Motivar os alunos nas aulas de Ciências, tornando-as mais interessantes;

Conteúdos

Meios de cultura

Carboidratos

Microbiologia Fonte: Elaborado pelo autor

Quadro 13- Distribuição do tempo da oficina: Como preparar meios de cultura com

materiais alternativos 10 minutos Conversa informal com os alunos e aula expositiva sobre a importância da

observação do desenvolvimento dos microrganismos para uma boa

aprendizagem.

5 minutos Respondendo ao questionário pré-teste.

40 minutos Oficina onde se aprenderá a preparar meios de cultura alternativos.

5 minutos Avaliação através do questionário pós-teste. Fonte: Elaborado pelo autor

Os resultados do pré e pós-teste estão apresentados nos Quadros 14 e 15.

57

Quadro 14 - Resultados do pré-teste da oficina: Como preparar meios de cultura com

materiais alternativos

Pré-Teste Respostas

1. Você sabe o que é um meio de cultura? ( ) sim ( ) não.

Explique.

8% dos alunos responderam sim

e explicaram corretamente

2. Você sabe o que são os microrganismos?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

74% dos alunos responderam

sim, 3% dos alunos respondeu

não e 23% não têm certeza

3. Na sua opinião, a umidade é importante para o desenvolvimento

de microrganismos?

sim ( ) não ( )

86% dos alunos responderam

sim

4. Com qual objetivo os fungos e as bactérias atacam e estragam os

alimentos?

( ) por que eles são maus ( ) para eles se alimentarem

( ) eles não estragam os alimentos

80% dos alunos responderam:

para eles se alimentarem

5. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um

microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( x ) bactérias ( ) mosquito ( ) ameba

( x ) cianobactéria ( ) giárdia ( x ) vírus ( ) barata ( x ) levedura

71% dos alunos assinalaram

corretamente; considerou-se

correto quando o aluno marcou

ao menos as quatro alternativas

assinaladas ao lado, embora

pudessem assinalar também,

ameba e giárdia

6. Assinale abaixo quais são os seres vivos que podem se

desenvolver em meios de cultura:

( ) peixe ( ) fermento biológico ( ) tomateiro ( ) solitária

( ) cogumelo ( ) musgo ( x ) bactéria ( x ) fungos

48% dos alunos responderam

corretamente; considerou-se

correto quando o aluno marcou

ao menos as duas alternativas

assinaladas ao lado Fonte: Elaborado pelo autor

58

Quadro 15 - Resultados do pós-teste da oficina: Como preparar meios de cultura com

materiais alternativos

Pós-Teste Respostas

1. Existem microrganismos em qualquer ambiente?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza.

32% dos alunos responderam

sim, 46% dos alunos

responderam não e 13% não têm

certeza

2. Os microrganismos podem estragar alimentos?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza.

89% dos alunos responderam

que sim

3. Você sabe o que é um “meio de cultura”? Quais microrganismos

podem se desenvolver em um “meio de cultura”?

8% dos alunos souberam

responder a primeira pergunta e

81% dos alunos souberam

responder a segunda pergunta

4. Você acha que as oficinas com as práticas ajudaram no seu

aprendizado:

( ) muito ( ) um pouco ( ) nada

89% dos alunos responderam

muito e 11% dos alunos

responderam um pouco

5. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um

microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( x ) bactérias ( ) mosquito ( ) ameba

( x ) cianobactéria ( ) giárdia ( x ) vírus ( ) barata

( x ) levedura

51% dos alunos não possuem

conhecimento sobre seres

microscópicos; considerou-se

correto quando o aluno marcou

ao menos as quatro alternativas

assinaladas ao lado, embora

pudessem assinalar também,

ameba e giárdia

6. Assinale abaixo quais são os seres vivos que podem se

desenvolver em meios de cultura:

( ) peixe ( ) fermento biológico ( ) tomateiro ( ) solitária

( ) cogumelo ( ) musgo ( x ) bactéria ( x ) fungos

81% dos alunos responderam

corretamente; considerou-se

correto quando o aluno marcou

ao menos as duas alternativas

assinaladas ao lado Fonte: Elaborado pelo autor

Ficou claro que os alunos sabem a finalidade de um meio de cultura e quais

microrganismos podem se desenvolver em cada um, no entanto, poucos sabem explicar o que

é um meio de cultura conforme as respostas para a questão: “Você sabe o que é um meio de

cultura?”. Algumas respostas estão apresentadas:

Pré-teste

“São coloneas de Bacterias”. (sic). (Aluno 22).

“meio de cultura e ver fundo bacterias germes”. ( sic). (Aluno 23).

“a gente vai cultivar plantas, fungo e bacterias ou seja estudar as coisas”. (sic).

(Aluno 24).

Pós-teste:

“É um meio onde se cultivam microrganismos. Fungos e bactérias”. (Aluno 25).

“Sim, um meio de cultivar bactérias e fungos”. (Aluno 26).

“Sim, os fungos e as bactérias que desenvolvem em um meio de cultura”. (Aluno

27).

59

A classificação e o conhecimento sobre microrganismos ainda são deficientes -

quando se analisa as questões a eles relacionadas. Exemplo disso está expresso na questão de

número 1 do questionário pós-teste, na qual somente 32% dos alunos responderam que

microrganismos podem ser encontrados em qualquer ambiente.

Foi percebido que os alunos consideram a umidade importante para o

desenvolvimento de microrganismos.

A conscientização dos alunos é notória com relação às bactérias e aos fungos, que

atacam e deterioram alimentos para se nutrirem, e não porque “são maus”. Eles também

relacionam os alimentos estragados como sendo pela ação de microrganismos.

Todos os alunos se mostraram bastante satisfeitos com as oficinas, julgando-as como

instrumento importante para a aprendizagem - o que, de certo modo, pode ser constatado

pelas avaliações aplicadas.

5.4 Sequência 4 - Cultivando bactérias

Inicialmente, os alunos foram esclarecidos sobre a atividade bem como sua

importância para o processo pedagógico. Após conversa informal, utilizando a técnica

“tempestade de ideias”, as dúvidas foram esclarecidas e foi feito o preenchimento do

questionário pré-teste.

A aula expositiva sobre o tema teve início com a seguinte pergunta: As bactérias são

microrganismos nocivos aos outros seres vivos. Suas proliferações em determinadas partes do

corpo resultam em maus cheiros como o chulé, o cecê, o mau hálito e outros. Além de ser

uma das responsáveis pela putrefação dos alimentos que passam a possuir odores

desagradáveis. No entanto, existem algumas bactérias que são benéficas e indispensáveis aos

ecossistemas? Por quê? ”Dando seguimento à aula, meios de cultura, a base de gelatina

incolor para cultivo de bactérias, foram preparados, adicionando-se caldo de carne sem

gordura e colocados em recipientes de plástico transparente (tampa de margarina). A seguir,

foi realizada coleta da microbiota residente e/ou transitória em diversas partes do corpo dos

alunos, que se propuseram a ser voluntários tais como: palmas das mãos, entre os dedos, sola

do pé, boca, vestíbulos do nariz e ouvido; e também em objetos tais como: a carteira da sala

de aula, o lápis, a borracha, o celular, dinheiro. Todo esse material coletado foi inoculado no

meio de cultura, utilizando-se um cotonete. A cada inoculação feita, foi anotada sua

precedência.

Posteriormente, foi exposto aos alunos que, a princípio, iriam observar os meios de

60

cultura em diferentes ambientes e temperaturas. O primeiro ambiente foi o refrigerado,

utilizando-se a geladeira da escola. Transcorridos três dias, os alunos fizeram a primeira

observação, e constataram que ainda não havia mudança. O segundo ambiente, a que os

meios de cultura foram submetidos, foi o da própria sala de aula, considerando-se a

temperatura local como ótima. Com pouco menos de três dias, os alunos fizeram outra

observação, constatando que alterações ocorreram nos “meios de cultura” - colônias coloridas

se desenvolveram. Pôde-se observar que naquele ambiente, o aumento das colônias no meio

de cultura ficou evidente; os meios de cultura foram mantidos no ambiente da sala de aula por

mais três dias, onde fizeram a terceira observação.

Consequentemente foi combinado que os meios de cultura seriam condicionados em

ambiente “congelado” onde permaneceriam por mais quatro dias dentro do freezer. Neste

ambiente, foi observado que, praticamente, não houve desenvolvimento de colônias, se

comparado com o desenvolvimento no ambiente com temperatura natural. Voltamos a expô-

los ao ambiente natural e, como era de se esperar, houve aumento nas colônias. Diante das

observações, foi discutido com os alunos as mudanças significativas ocorridas nos meios de

cultura. Durante todo o procedimento, foi feita a avaliação dos alunos, baseando-se no Quadro

3. Ao final, foi aplicado o questionário pós-teste, para verificar o conhecimento com relação

ao conteúdo apresentado.

A cada dúvida, sobre termos desconhecidos na oficina, os alunos recorreram ao

glossário, confeccionado para cada sequência didática. Foi realizada a técnica do “Trabalho

de Minuto”, interrompendo-se a oficina pouco antes do término, solicitando aos alunos que

respondessem brevemente a duas perguntas: Qual foi a experiência mais interessante vista

nesta oficina? Qual foi a questão importante que ficou? Alguns detalhes da oficina estão

apresentados na Figura 4.

61

Figura 4 - Fotos relacionadas à Oficina: Cultivando bactérias

A – Meio de cultura para bactérias B – Inoculação em desenvolvimento

C – Aparecimento de colônias D – Desenhos feitos pelos alunos

Fonte: Fotografia do autor

Algumas das características da sequência didática estão apresentadas nas Quadros 16 e

17.

62

Quadro 16- Esquema da Oficina: Cultivando bactérias

Problematização

As bactérias são microrganismos nocivos aos outros seres vivos. Suas

proliferações em determinadas partes do corpo resultam em maus cheiros como

o chulé, o cecê, o mau hálito e outros. Além de ser uma das responsáveis pela

putrefação dos alimentos que passam a possuir odores desagradáveis. No

entanto, existem algumas bactérias que são benéficas e indispensáveis aos

ecossistemas? Por quê?

Objetivo geral Estudar as bactérias, podendo visualizá-las.

Objetivos

específicos

Visualizar e analisar o desenvolvimento de bactérias, em diferentes substratos,

coletadas de partes diversificadas do corpo, evidenciando-se que este contém

muitos microrganismos;

Favorecer a aproximação dos alunos ao universo microscópico, viabilizando o

ensino/aprendizagem de Ciências;

Visualizar as bactérias utilizando-se o microscópio alternativo;

Propor o emprego de materiais caseiros e que são acessíveis em

atividades práticas, para estudar as bactérias.

Conteúdos

Colônias de bactérias

Meios de cultura

Microbiologia residente e transitória. Fonte: Elaborado pelo autor

Quadro 17- Distribuição do tempo da oficina: Cultivando bactérias 10 minutos Conversa informal com os alunos sobre tipos de bactérias, meios de

contaminação, ambientes mais fáceis de serem encontradas. Tempestade de

ideias. Aula expositiva.

5 minutos Respondendo ao questionário pré-teste.

40 minutos Oficina de Microbiologia onde os alunos aprenderão a cultivar bactérias, em

meios de cultura alternativos. Essas bactérias serão coletadas de diferentes partes

do corpo, microbiota residente e/ou transitória e de outros materiais encontrados

na sala de aula, visando estudar o desenvolvimento das colônias em função dos

diferentes meios de cultura preparados.

5 minutos Avaliação através do questionário pós-teste para medir o desempenho dos alunos

com relação ao ganho de aprendizagem. Fonte: Elaborado pelo autor

Os resultados do pré e pós-teste estão apresentados nos Quadros 18 e 19.

63

Quadro 18 – Resultado do pré-teste da oficina: Cultivando bactérias Pré-Teste Respostas

1. Você sabe o que são os microrganismos?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

74% dos alunos responderam

sim, 3% dos alunos respondeu

não e 23% não têm certeza

2. É muito comum acontecer infecção por falta de cuidados e

capricho em determinadas atividades. Neste caso, as infecções de

maneira geral, são causadas por qual ser vivo?

( ) fungo ( ) bactéria ( ) planta ( ) animais

77% dos alunos responderam

corretamente

3. Na sua opinião, a umidade é importante para o desenvolvimento

de bactérias? sim ( ) não ( ) 86% dos alunos responderam sim

4. Com qual objetivo as bactérias atacam e estragam os alimentos?

( ) por que elas são más ( ) para elas se alimentarem ( ) elas

não estragam os alimentos

80% dos alunos responderam:

para elas se alimentarem

5. Você já presenciou ou participou de alguma aula prática sobre

bactérias?

( ) sim ( ) não ( ) não me recordo

69% dos alunos responderam sim

6. Qual o tipo de meio de cultura é mais indicado para bactérias? 0% dos alunos soube explicar

corretamente

Fonte: Elaborado pelo autor

Quadro 19– Resultados do pós-teste da oficina: Cultivando bactérias Pós-Teste Respostas

1. Existem bactérias em qualquer ambiente?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

30% dos alunos responderam

sim, 49% dos alunos

responderam não e 14% dos

alunos não têm certeza

2. As bactérias podem estragar alimentos?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

89% dos alunos responderam que

sim

3. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um

microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( x ) bactérias ( ) mosquito ( ) ameba

( x ) cianobactéria ( ) giárdia ( x ) vírus ( ) barata ( x ) levedura

38% dos alunos assinalaram

corretamente e 51% dos alunos

não sabem; considerou-se correto

quando o aluno marcou ao menos

as quatro alternativas assinaladas

ao lado, embora pudessem

assinalar também, ameba e

giárdia

4. É muito comum acontecer infecção por falta de cuidados e

capricho em determinadas atividades. Neste caso, as infecções de

maneira geral, são causadas por qual ser vivo?

( ) fungo ( ) bactéria ( ) planta ( ) animais

73% dos alunos responderam

corretamente

5. Com qual objetivo as bactérias atacam e estragam os alimentos?

( ) por que elas são más ( ) para elas se alimentarem ( ) elas

não estragam os alimentos

78% dos alunos responderam

corretamente

64

6. Você acha que as oficinas com as práticas ajudaram no seu

aprendizado sobre bactérias:

( ) muito ( ) um pouco ( ) nada

95% dos alunos responderam

muito e 5% dos alunos

responderam um pouco Fonte: Elaborado pelo autor

De acordo com a primeira questão do questionário pré-teste, 74% dos alunos sabem o

que são microrganismos, contudo, analisando-se a questão de número 3 do pós-teste, nota-se

que somente 38% dos alunos acertaram e 51% erraram.

Ficou claro que, de modo geral, os alunos sabem relacionar a deterioração de

alimentos como sendo consequência da ação das bactérias, e que estas atacam e estragam

muitos alimentos em benefício próprio, como meio de obterem energia. Foi percebido que os

alunos consideram a umidade importante para o desenvolvimento destes microrganismos e

que as infecções de maneira geral, são relacionadas às bactérias pelos alunos, conforme

questões de números 2 e 4 dos questionários pré-teste e pós-teste respectivamente.

69% dos alunos disseram ”sim“ com relação à participação em alguma aula prática

sobre bactérias. No entanto, foi constatado, através de todos os questionários respondidos, que

uma das 3 turmas não tiveram nenhuma prática durante o ano, muitos alunos relacionaram as

oficinas como sendo a aula prática questionada na avaliação.

A seguir são apresentados exemplos de respostas para a pergunta: “Você já presenciou

ou participou de alguma aula prática sobre bactérias?”

“Não. Infelismente não tive”. (sic). (Aluno 28).

Respostas de alunos das outras duas turmas:

“sim. pegou um saquinho enxeu de água colocol no sol e depois no saquinho tava

com uma gotinha”. (sic). (Aluno 29).

“Quando colocamos uma laranja num pote e ficou tudo estragado e fedendo”.

(Aluno 30).

“A gente fez cultura de microrganismos e fizemos a coleta dos microrganismos”.

( sic). (Aluno 31).

Ficou entendido que a última citação refere - se às oficinas do trabalho realizado com

as turmas.

Os alunos não sabem qual meio de cultura é apropriado para o desenvolvimento de

bactérias. Com relação à ubiquidade das mesmas, 49% dos alunos pensam que elas não

podem ser encontradas em todos os ambientes, ficando este conhecimento restrito a somente

30%, o que confirma o desconhecimento sobre o “mundo microscópio” pela maioria.

Isso ocorre talvez porque durante seus estudos de Microbiologia, há ausência de aulas

práticas. Para Kimura, (2013):

65

Essa falta de conexão que o estudo da Microbiologia estabelece com o cotidiano dos

alunos, dificulta o aprendizado. Nesse caso, há necessidade de se desenvolver

estratégias e tecnologias para que a aprendizagem de fato aconteça. Tal

procedimento auxilia o professor e estimula os alunos a conhecerem os

microrganismos e a relação que estabelecem com a vida cotidiana, possibilitando o

despertar e a conscientização dos mesmos sobre a importância desta ciência para a

vida das pessoas.

A maioria dos alunos disse ter aprendido muito com as oficinas e 5% disseram ter

aprendido um pouco. Aluno algum mencionou não ter aprendido nada.

5.5 Sequência 5 - Cultivando fungos

De início, os alunos foram esclarecidos sobre a atividade e importância para o ensino e

aprendizagem. Após conversa informal, foi realizado o preenchimento do questionário pré-

teste.

Para motivar e deixá-los interessados na oficina, foi feita a seguinte problematização: É muito

comum de tempos em tempos limpar determinados ambientes, armários e posteriormente

deparar com mofos habitando estes locais; mesmo fechados. Qual é a explicação para estes

microrganismos conseguirem se desenvolver e proliferar como um “passe de mágica”, nestas

condições e nestes ambientes?

A continuação da oficina ocorreu com aula expositiva sobre o tema, e esclarecimento

de dúvidas.

Um dos meios de cultura à base de fubá e amido de milho para cultivo de fungos,

preparados na oficina sobre “Como preparar meios de cultura com materiais alternativos”, foi

coberto com um filme de óleo de soja, uma estratégia de controle. O outro meio de cultura a

base de fubá ficou exposto, sem o óleo.

Posteriormente, foi explicado aos alunos que, a princípio, iriam observar o

desenvolvimento dos fungos em diferentes ambientes e temperaturas. O primeiro ambiente, a

que os meios de cultura foram colocados, foi o refrigerado, utilizando-se a geladeira da

escola. Transcorridos três dias, os alunos fizeram a primeira observação e constataram que

ainda não havia ocorrido mudança.

O segundo ambiente, a que os meios de cultura foram submetidos, foi o da própria

sala de aula, considerando-se a temperatura local como ótima. Com pouco menos de três dias,

os alunos fizeram outra observação, constatando que mudanças ocorreram: mancha rosa,

verde escuro, branca e amarela. No meio de cultura coberto com óleo, houve pouca

diferenciação, apresentando apenas duas manchas - uma de cor escura e outra avermelhada,

66

constatando-se e exaltando o que se esperava, ou seja, o óleo agiu como um inibidor.

Foi observado que mantendo naquele mesmo ambiente, o aumento dos fungos nos

meios de cultura era evidente. No meio de cultura que estava exposto, uma mancha verde

apareceu e aumentaram as manchas cinzas e as brancas, tornando estas últimas, o aspecto de

algodão.

Após a terceira observação, foi combinado que mudaríamos o ambiente para o

“congelado” onde o meio de cultura permaneceu por mais quatro dias dentro do freezer. Neste

ambiente, pôde-se observar que quase não houve nenhum desenvolvimento ao se comparar

com o ambiente com temperatura natural. Voltamos a expô-lo à temperatura ambiente. Como

era de se esperar, houve aumento nas colônias, principalmente, nas de coloração branca.

Durante todo o procedimento, foi feita a avaliação dos alunos, baseando-se no Quadro

3. Ao final, foi aplicado o questionário pós-teste, para verificar o conhecimento dos alunos

com relação ao conteúdo apresentado.

A cada dúvida, sobre termo desconhecido na oficina, os alunos recorreram ao

glossário, que foi confeccionado para cada sequência didática. Diante das observações,

discutiu-se com os alunos as mudanças significativas ocorridas nos meios de cultura,

anotando-as e desenhando-as em folha específica conforme o Quadro 2. Alguns detalhes da

oficina estão apresentados na Figura 5.

67

Figura 5 - Fotos relacionadas à Oficina: Cultivando fungos

A – Início do desenvolvimento das colônias

de fungos – e coberto – d – exposto

B – Aumento no desenvolvimento das

colônias de fungos – e coberto – d –

exposto

C – Observando colônias ao microscópio

alternativo

D – Desenhos das colônias feitos pelos

alunos Fonte: Fotografia do autor

Algumas das características da sequência didática estão apresentadas nas Quadros 20 e

21.

68

Quadro 20 - Esquema da Oficina: Cultivando Fungos

Problematização

É muito comum de tempos em tempos limpar determinados ambientes,

armários e posteriormente deparar com mofos habitando estes locais; mesmo

fechados. Qual é a explicação para estes microrganismos conseguirem se

desenvolver e proliferar como um “passe de mágica”, nestas condições e

nestes ambientes?

Objetivo geral

Observar o desenvolvimento dos fungos.

Objetivos

específicos

Visualizar o desenvolvimento dos fungos, em função dos diferentes

ambientes e temperaturas;

Favorecer a aproximação dos alunos com o universo

microscópico, viabilizando o ensino/aprendizagem de Ciências;

Observar os fungos utilizando-se o microscópio alternativo;

Conteúdos

Os fungos

Meios de cultura

Células reprodutivas Fonte: Elaborado pelo autor

Quadro 21 - Distribuição do tempo da oficina: Cultivando fungos 10 minutos Conversa informal com os alunos e aula expositiva sobre os fungos e o

aparecimento deles em lugares diversificados, como num “passe de mágica”

(reprodução). Exposição de ideias.

5 minutos Respondendo ao questionário pré-teste.

40 minutos Oficina de Microbiologia objetivando o cultivo e a observação de fungos em

meios de cultura alternativos. As observações serão feitas em dias sucessivos,

visando ao estudo das mudanças nas colônias em função de diferentes

ambientes e temperaturas.

5 minutos Avaliação através do questionário pós-teste para medir o desempenho dos

alunos com relação ao ganho de aprendizagem. Fonte: Elaborado pelo autor

Os resultados do pré e pós-teste estão apresentados nos Quadros 22 e 23.

69

Quadro 22 – Resultados do pré-teste da oficina: Cultivando fungos Pré-Teste Respostas

1. Você sabe o que são os microrganismos?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

74% dos alunos responderam

sim, 3% respondeu não e 23%

não têm certeza

2. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um

microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( ) bolor ( ) mosquito ( ) ameba

( x ) cianobactéria ( ) giárdia ( x ) vírus ( ) barata ( x ) levedura

71% dos alunos assinalaram

corretamente; considerou-se

correto quando o aluno marcou

ao menos as duas alternativas

assinaladas ao lado, embora

pudessem assinalar também:

bolor, ameba e giárdia

3. O “fermento de padaria” é utilizado no preparo de massas, com

o objetivo de fazer com que estas cresçam e tomem textura fina e

macia. Podemos dizer que o “fermento de padaria” é um ser vivo?

( ) sim ( ) não

Em caso positivo, de qual ser vivo o fermento se trata?

( ) fungo ( ) bactéria ( ) farinha ( ) fermento químico

83% dos alunos responderam

sim para a primeira pergunta e

8% dos alunos souberam

relacionar o fermento como

sendo fungo

4. Na sua opinião, a umidade é importante para o desenvolvimento

de fungos? sim ( ) não ( )

97% dos alunos responderam

sim

5. Com qual objetivo os fungos atacam e estragam os alimentos?

( ) por que eles são maus ( ) para eles se alimentarem ( ) eles

não estragam os alimentos

80% dos alunos responderam:

para eles se alimentarem

6. Você já presenciou ou participou de alguma aula prática sobre

fungos? ( ) sim ( ) não ( ) não me recordo

69% dos alunos responderam

sim

7. Qual o tipo de meio de cultura é mais indicado para fungos? Nenhum aluno soube explicar

corretamente

Fonte: Elaborado pelo autor

70

Quadro 23 - Resultados do pós-teste da oficina: Cultivando fungos Pós-Teste Respostas

1. Existem fungos em qualquer ambiente?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

31% dos alunos responderam

sim, 50% responderam não e

14% não têm certeza

2. Os fungos podem estragar alimentos?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

92% dos alunos responderam

que sim

3. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um

microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( ) bolor ( ) mosquito ( ) ameba

( x ) cianobactéria ( ) giárdia ( x ) vírus ( ) barata ( ) levedura

39% dos alunos responderam

corretamente e 53% não sabem;

considerou-se correto quando o

aluno marcou ao menos as duas

alternativas assinaladas ao lado,

embora pudessem assinalar

também: bolor, ameba e giárdia

4. O “fermento de padaria” é utilizado no preparo de massas, com

o objetivo de fazer com que estas cresçam e tomem textura fina e

macia. Podemos dizer que o “fermento de padaria” é um ser vivo?

( ) sim ( ) não

Em caso positivo, de qual ser vivo o fermento se trata?

( ) levedura ( ) bactéria ( ) farinha ( ) fermento químico

81% dos alunos responderam

sim para a primeira pergunta e

8% dos alunos souberam

relacionar o fermento como

sendo fungo

5. Com qual objetivo os fungos atacam e estragam os alimentos?

( ) por que eles são maus ( ) para eles se alimentarem ( ) eles

não estragam os alimentos

81% dos alunos responderam

corretamente

6. Você sabe algum exemplo do que comemos em nossa

alimentação, e que é proveniente dos fungos? Cite 2 exemplos de

alimentos.

31% dos alunos se mostraram

conscientes

7. Você acha que as oficinas com as práticas ajudaram no seu

aprendizado sobre fungos: ( ) muito ( ) um pouco ( ) nada

89% dos alunos disseram ter

aprendido muito, 11% disseram

ter aprendido um pouco

Fonte: Elaborado pelo autor

Concluiu-se pelas respostas aos questionários, que a oficina com as práticas de Fungos

resultou na compreensão e aprendizagem do tema pelos alunos. Houve mais entendimento,

em função da participação, interação e construção de conhecimentos, e que estes, não seriam

tão efetivos sem as aulas práticas. No entanto, a questão sobre a Microbiologia no Ensino

Fundamental ainda representa muitos desafios que deverão ser transpostos com mais aulas

práticas, uma vez que a abstração converte-se em uma visão concreta do conteúdo para os

educandos.

Segundo Barbosa & Oliveira (2015), microrganismos interagem conosco no dia a

dia, sendo assim, o conhecimento da Microbiologia e a compreensão de sua

existência, e de como estão associados à propagação de doenças, aos benefícios à

saúde, ao funcionamento e manutenção da vida em padrões ecológicos, é de fato

muito importante.

Ficou esclarecido para a maioria dos alunos que muitos dos alimentos estragam devido

71

à ação de fungos, assim sendo, faz-se necessário conservá-los em refrigerador; que os fungos

podem ser encontrados em todos os lugares, associados à presença de água.

Ficou evidente que os alunos não sabem qual meio é indicado para a cultura de

fungos.

Com relação à ubiquidade dos fungos, muitos alunos pensam que eles não podem ser

encontrados em todos os ambientes.

A maioria dos alunos disse ter aprendido muito com as oficinas e 11% disseram ter

aprendido um pouco. Não houve menção à falta de aprendizado, o que viabiliza as técnicas

utilizadas, segundo o “Manual de Laboratório Alternativo”.

Ficou claro para os alunos, que o “fermento de padaria” é constituído por seres vivos,

no entanto, a maioria relacionou o fermento com bactérias e não com fungos.

É evidente que os alunos não sabem reconhecer alimentos que são provenientes de

fungos, salvo alguns poucos que responderam parcialmente correto, conforme se pode ver

abaixo nos exemplos de respostas para a pergunta:

“Você sabe algum exemplo do que comemos em nossa alimentação, e que é

proveniente dos fungos? Cite 2 exemplos de alimentos.”:

“pão femto”. (sic). (Aluno 32).

“pão, torrada”. (Aluno 33).

“pão, iorgute”. (sic). (Aluno 34).

5.6 Sequência 6 - Estudando microestruturas de animais invertebrados

A princípio, os alunos foram esclarecidos sobre a atividade proposta pela sequência

didática e sua importância para o processo pedagógico. Após conversa informal, foi realizado

o preenchimento do questionário pré-teste. Para incentivar os alunos à atividade, foi lançada

uma pergunta: Do ponto de vista macroscópico, os animais invertebrados aparentam ser muito

simples, sem microestruturas visíveis. No entanto, analisando-se ao microscópio alternativo,

essa aparência se mantém, ou microestruturas serão detectadas? Posteriormente, houve a aula

expositiva sobre o tema, com esclarecimento de dúvidas.

Foi solicitado aos alunos que levassem animais invertebrados - já encontrados mortos -

com objetivo de mostrar-lhes que não é permitido matá-los para a atividade prática. Os

animais indicados foram: formigas, grilos, baratas, besouros, tanajuras, mosquitos, cupins, e

outros. Além disso, eles deveriam certificar de que os animais estavam mortos e não os

manipular sem proteção e cuidado, uma vez que existem alguns que picam e são peçonhentos.

72

A parte mais importante da oficina foi a experiência no laboratório, utilizando o

microscópio alternativo, sedimentando teorias - antes desconhecidas pelos estudantes, que

usavam equipamentos apropriados, como luvas, jalecos e outros, necessários para a realização

da oficina com segurança.

As estruturas dos animais como asas, pernas e cerdas, foram colocadas em lâmina de

vidro (material de laboratório) para serem observadas ao microscópio com ampliação cerca de

300 vezes, possibilitando a visualização das microestruturas. Diante das observações, eles

discutiram com os colegas desenhando em folha específica. (Figura 6: A, B, C e D).

Durante todo o procedimento, foi feita a avaliação, por meio do Quadro 3. Ao final,

foi aplicado o questionário pós-teste para verificar o conhecimento dos alunos com relação ao

conteúdo apresentado.

A cada dúvida, sobre termos desconhecidos, os alunos consultavam o glossário, que

foi confeccionado para a sequência didática, identificando-os. Na apresentação do Manual, o

glossário foi unificado para simplificação.

Figura 6–Fotos relacionadas à Oficina: Estudando microestruturas de animais

invertebrados

A - Alunos observando ao microscópio B - Estruturas que foram observadas

C – Estrutura observada com aumento D - Desenhos feitos sobre as observações

Fonte: Fotografia do autor

Algumas das características da sequência didática estão apresentadas nos Quadros 24 e 25.

73

Quadro 24 – Esquema da Oficina: Estudando microestruturas de animais invertebrados

Problematização

Do ponto de vista macroscópico, os animais invertebrados aparentam ser muito

simples, sem microestruturas visíveis. No entanto, analisando-se ao microscópio

alternativo, essa aparência se mantém, ou microestruturas serão detectadas?

Objetivo geral Estudar estruturas microscópicas de animais invertebrados.

Objetivos

específicos

Visualizar e analisar microestruturas de animais invertebrados que não podem

ser vistas a olho nu, utilizando-se o microscópio;

Propor a utilização de materiais caseiros e de fácil acesso em

atividades práticas, para o estudo da Microbiologia;

Favorecer a aproximação dos alunos com o universo

microscópico, viabilizando o ensino/aprendizagem de ciências.

Conteúdos Animais invertebrados

Microestruturas Fonte: Elaborado pelo autor

Quadro 25 - Distribuição do tempo da oficina: Estudando microestruturas de animais

invertebrados 10 minutos Aula expositiva com os alunos sobre estruturas microscópicas de animais

invertebrados. Compartilhando conhecimentos.

5 minutos Aplicando o questionário pré-teste.

40 minutos Experiência no laboratório visando estudar microestruturas de animais

invertebrados.

5 minutos Avaliação processual com os alunos. Ao final da oficina, será

feita outra avaliação através do questionário pós-teste para a verificação da

aprendizagem. Fonte: Elaborado pelo autor

Os resultados do pré-teste e pós-teste estão apresentados nos Quadros 26 e 27.

Quadro 26 - Resultados do pré-teste da oficina: Estudando microestruturas de animais

invertebrados

74

Pré-Teste Respostas

1. Você sabe quais são os tipos de animais invertebrados que

existem? ( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

88% dos alunos responderam

sim

2. Assinale os tipos de animais que só podemos ver em ambientes

úmidos: ( x ) lesma ( ) lagarto ( ) tubarão ( ) mosquito ( x ) rã

( ) caranguejo ( x ) minhoca ( ) formiga ( x ) lacraia ( ) louva – a

– deus

3% dos alunos conseguiram

relacionar os animais com o

ambiente; considerou-se correto

quando o aluno marcou ao menos

as quatro alternativas assinaladas

ao lado, embora pudessem

assinalar também: caranguejo

3. O bicho-pau tem forma semelhante a um graveto, o que

representa uma maneira de enganar predadores ou presas. Esse

fenômeno, usado por vários animais para aumentar sua chance de

sobrevivência, é denominado: ( ) antibiose ( ) camuflagem ( )

herbivoria ( ) simbiose.

85% dos alunos responderam

corretamente

4. Na sua opinião, a água é importante para a reprodução de alguns

animais? sim ( ) não ( )

88% dos alunos sabem a

importância da água para a

reprodução

5. Vimos que no ciclo de vida dos animais, a reprodução sexuada é

que predomina. Entretanto, existem animais que podem se

reproduzir assexuadamente? ( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

74% dos alunos responderam

sim

6. Você sabe o que é um organismo heterótrofo? ( ) sim ( ) não.

Explique. 0% dos alunos soube a resposta

Fonte: Elaborado pelo autor

75

Quadro 27 - Resultados do pós-teste da oficina: Estudando microestruturas de animais

invertebrados

Pós-Teste Respostas

1. Os animais habitam todos os ambientes da Terra? ( ) sim ( )

não ( ) não tenho certeza

68% dos alunos responderam que

sim

2. Vimos que no ciclo de vida dos animais, a reprodução sexuada é

que predomina. Entretanto, existem animais que podem se

reproduzir assexuadamente? ( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

74% dos alunos responderam

sim

3. Assinale os tipos de animais que só podemos ver em ambientes

úmidos: ( x ) lesma ( ) lagarto ( ) tubarão ( ) mosquito ( x ) rã

( ) caranguejo ( x ) minhoca ( ) formiga ( x ) lacraia ( ) louva – a

– deus

35% dos alunos conseguiram

relacionar os animais com o

ambiente; considerou-se correto

quando o aluno marcou ao menos

as quatro alternativas assinaladas

ao lado, embora pudessem

assinalar também: caranguejo

4. O bicho-pau tem forma semelhante a um graveto, o que

representa uma maneira de enganar predadores ou presas. Esse

fenômeno, usado por vários animais para aumentar sua chance de

sobrevivência, é denominado: ( ) antibiose ( ) camuflagem ( )

herbivoria ( ) simbiose.

88% dos alunos responderam

corretamente

5. Você sabe o que é um organismo heterótrofo? ( ) sim ( ) não.

Explique.

9% dos alunos souberam a

resposta

6. Você acha que as oficinas com as práticas ajudaram no seu

aprendizado: ( ) muito ( ) um pouco ( ) nada

94% dos alunos responderam

muito

Fonte: Elaborado pelo autor

Foi percebido que do questionário pré-teste para o questionário pós–teste, houve

aprendizagem com relação ao conhecimento dos alunos sobre a adaptação dos animais aos

ambientes úmidos. No questionário pré-teste, 3% dos alunos soube relacionar os animais aos

ambientes em que vivem. No questionário pós-teste, esta proporção aumentou para 35%,

ficando evidente que as oficinas lhes proporcionaram conhecimentos.

88% dos alunos se mostraram sábios sobre os tipos de animais invertebrados

existentes na natureza. Assim, 68% dos alunos responderam que estes podem ser encontrados

em todos ambientes da terra.

A camuflagem é uma estratégia de sobrevivência bem conhecida pelos alunos. É o que

aponta o questionário pré-teste com 85% de acertos e o questionário pós-teste com 88% de

acertos; embora alguns alunos mencionassem a herbivoria como resposta.

Com relação à importância da água para o desenvolvimento dos animais, no

questionário pré-teste, foi observado que 88% dos alunos se mostraram conscientes, o que

significa que eles sabem que a água é fonte de vida.

76

A reprodução assexuada é muitas vezes relacionada aos microrganismos e plantas,

ficando claro nos questionários que esta ideia não prevaleceu, pois 74% dos alunos

responderam que sim, os animais podem se reproduzir assexuadamente.

A questão que diz respeito ao modo de obtenção de alimento, “heterótrofo”, foi um

tema difícil para os alunos; a princípio, ninguém soube responder, depois do experimento,

somente 9% dos questionários pós-teste apresentaram respostas corretas e parecidas:

“O ser heterótrofo são aqueles que não são capazes de produzir seu próprio

alimento, são consumidores.” (sic). (Alunos 35, 36, 37).

Todos os alunos se mostraram bastante satisfeitos com as oficinas, julgando-as como

instrumento importante para a aprendizagem - o que, de certo modo, pode ser constatado

pelas avaliações aplicadas.

5.7 Sequência 7 - Estudando as microestruturas das plantas

A Oficina começou com o esclarecimento sobre a atividade e sua importância para o

processo pedagógico.

Em seguida, foi realizada uma visita ao pátio da Casa de Leitura “Lya Botelho”, no

município vizinho de Leopoldina, onde há grande quantidade e tipos de plantas. O objetivo

foi conhecer um pouco sobre microestruturas, a biologia, características, e funções dos

vegetais. Participaram da atividade três professores acompanhando suas turmas (com o total

de quarenta alunos) e o pesquisador.

A princípio, os alunos foram informados sobre quais estruturas das plantas deveriam

ser coletadas - cada um deveria coletar apenas uma estrutura, para que não houvesse danos à

natureza.

Durante a visita, os alunos foram orientados a observar as plantas encontradas no

pátio, anotando se elas possuíam flores, frutos e sementes. À medida que foram pesquisando,

o professor determinou que cada aluno coletasse estruturas, tais como: flores contendo os

aparelhos reprodutores masculino e feminino com grãos de pólen, folhas, musgos e mais.

Ainda foi solicitado acrescentar outras plantas que eles quisessem conhecer, ou que tivessem

em casa, nos arredores dela e no trajeto para a escola. Sempre o professor combinava,

previamente, o que seria colhido por cada aluno, para que não houvesse exploração do meio

ambiente e consequente desperdício.

No laboratório (Figura 7 A, B, C e D) foi proposto:

77

a) Observar as estruturas femininas e masculinas (grãos de pólen). As anteras foram

colocadas em um pires, amassando-as para liberar os grãos de pólen;

b) Observar ao microscópio alternativo, registrando detalhes desta observação;

c) Desenhar as estruturas em folha de papel designada;

d) Discutir com os alunos e orientador as estruturas microscópicas não aparentes;

e) Observar outras estruturas como: os vasos condutores de água nas folhas;

f) Em caso de dúvida sobre termos desconhecidos na oficina, recorrer ao glossário,

confeccionado para cada sequência didática.

Figura 7– Fotos relacionadas à Oficina: Estudando as microestruturas das plantas

A - Alunos explorando o jardim B – Práticas no laboratório alternativo

com as plantas coletadas

C – Observação de anteras ao microscópio

alternativo

D – Desenhos das estruturas observadas

pelos alunos Fonte: Fotografia do autor

Obs: na figura 7, A, os alunos não estão trajados com equipamentos de segurança em

laboratório por não estarem neste ambiente e tendo participação indireta na atividade da

sequência didática. No entanto, ressalta-se sua importância conforme proposto na primeira

sequência didática.

Algumas das características da sequência didática estão apresentadas nas Quadros 28 e

78

29.

Quadro 28 - Esquema da Oficina: Estudando as microestruturas das plantas

Problematização

O aparelho reprodutor das plantas, bem como outras microestruturas, é um

assunto que gera bastantes alusões e dúvidas; uma destas está relacionada ao

tamanho. O estudo das microestruturas das plantas é importante para a

compreensão da ecologia como um todo?

Objetivo geral Observar as microestruturas das plantas.

Objetivos

específicos

Entender a função das microestruturas das plantas;

Favorecer a aproximação dos alunos com o universo microscópico,

viabilizando o ensino/aprendizagem de Ciências.

Conteúdos

O Reino Plantae

Estruturas microscópicas

Órgãos reprodutores Fonte: Elaborado pelo autor

Quadro 29 - Distribuição do tempo da oficina: Estudando as microestruturas das

plantas 10 minutos Exposição do conteúdo pelo professor sobre “As Plantas”- características

microscópicas.

5 minutos Respondendo ao questionário pré-teste.

40 minutos Visita a um pátio onde haja muitas quantidades e tipos de plantas. Aula

prática com os alunos no laboratório, visando analisar as estruturas

microscópicas das plantas.

5 minutos Avaliação a partir de um questionário pós-teste visando aferir o desempenho

dos alunos com relação à aprendizagem. Fonte: Elaborado pelo autor

Os resultados do pré-teste e pós-teste estão apresentados nos Quadros 30 e 31.

79

Quadro 30- Resultados do pré-teste da oficina: Estudando as microestruturas das

plantas

Pré-Teste Respostas

1. Você sabe quais são os tipos de plantas que existem?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

31% sabem; 36% não têm

certeza; 33% não sabem

2. Assinale os tipos de plantas que só podemos ver em ambientes

úmidos: ( ) goiabeira ( ) feijoeiro ( x ) avenca ( ) roseira

( ) pinheiro ( x ) samambaia ( x ) lodo ( ) cipreste ( ) abacateiro

( ) alface

19% dos alunos conseguiram

relacionar as plantas com o

ambiente; considerou-se

correto quando o aluno marcou

as três alternativas assinaladas

ao lado

3. É comum percebermos que a terra dos vasos de plantas diminuiu

com o passar do tempo. Podemos dizer que as plantas comem parte

desta terra? ( ) sim ( ) não

Em caso negativo, como elas se alimentam?

( ) através da água ( ) através do ar ( ) fazem fotossíntese

( ) dos nutrientes

42% dos alunos responderam

corretamente

4. Na sua opinião, a água é importante para a reprodução de alguns

grupos de plantas? sim ( ) não ( )

94% dos alunos responderam

que a água é importante para a

reprodução das plantas

5. Embora pensemos que as plantas só se reproduzem através de

brotamento (reprodução assexuada), elas também são capazes de

trocar material genético entre si (reprodução sexuada). Como as

plantas se reproduzem sexuadamente?

19% dos alunos responderam

corretamente

6. Você sabe o que é um ser autotrófico? ( ) sim ( ) não.

Explique. 0% dos alunos soube a resposta

80

Quadro 31- Resultados do pós-teste da oficina: Estudando as microestruturas das plantas

Fonte: Elaborado pelo autor

Foi percebido que entre a avaliação por meio do questionário pré-teste e pós–teste

houve aquisição de conhecimento pelos alunos. No pré-teste, 19% dos alunos responderam

corretamente, como acontece a reprodução sexuada em plantas:

“Algumas possui órgão reprodutor masculino e feminino e se polinizam, outras não,

só dispersam seu polén por meio de insetos aves e pelo vento”. (sic). ( Aluno 38).

“A abelha pega o nectar de uma flor e os grão de polém grarra na patinha dela e ela

vai para outra flor”. (sic). (Aluno 39).

“É levado o polen para a parti feminina da flor assim dando origem a outra flor”.

(sic). (Aluno 40).

A análise dos questionários pós-teste comprova que 43% dos alunos responderam

corretamente, indicando que aprenderam com as oficinas:

“Elas possuem os dois tipos de células reprodutivas: O grão de pólem que é

masculino vai atingir a planta feminina”.( sic ). ( Aluno 41).

Pós-Teste Respostas

1. Existem plantas em qualquer ambiente?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

66% dos alunos responderam

que sim

2. Toda planta possui estruturas tais como: folha, flor, semente e

fruto? ( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

34% dos alunos responderam

que sim

3. Assinale as estruturas abaixo que fazem parte dos aparelhos

reprodutores das plantas:

( x ) estigma ( x ) grãos de pólen ( ) pétalas ( x ) antera ( ) sépalas

( ) filete ( ) cabo ( ) folha ( ) fruto

34% dos alunos responderam

corretamente; considerou-se

correto quando o aluno marcou

ao menos as três alternativas

assinaladas ao lado, embora

pudessem assinalar também:

pétalas e filete

4. Embora pensemos que as plantas só se reproduzem através de

brotamento (reprodução assexuada), elas também são capazes de

trocar material genético entre si (reprodução sexuada). Como as

plantas se reproduzem sexuadamente?

43% dos alunos responderam

corretamente

5. É comum percebermos que a terra dos vasos de plantas diminui

com o passar do tempo. Podemos dizer que as plantas comem parte

desta terra? ( ) sim ( ) não

Em caso negativo, como elas se alimentam?

( ) através da água ( ) através do ar ( ) pela fotossíntese

( ) dos nutrients

60% dos alunos responderam

corretamente

6. Você acha que as oficinas com as práticas ajudaram no seu

aprendizado:

( ) muito ( ) um pouco ( ) nada

91% dos alunos responderam

“muito”

81

“Os grão de polém são transportados pelos pássaros, morcegos e outros animais e

também pelo vento”. (sic). ( Aluno 42).

“Com o vento e outros animais polinizadores”. (Aluno 43).

No entanto, analisando-se a questão de número 3 do pós-teste, que também está

relacionada com a reprodução das plantas, observa-se que somente 34% dos alunos acertaram.

Com relação à questão de n° 6 do questionário pré-teste, nenhum aluno soube

responder, embora estivesse relacionada à questão de n° 5 do pós-teste, que foi alvo de acerto

por 60% dos alunos.

Diante do resultado da questão de número 4 do pré-teste, foi constatado que os alunos

estão conscientes sobre a importância da água para a reprodução de alguns grupos de plantas.

No questionário pré-teste, 19% dos alunos assinalaram corretamente as plantas que só

podem ser vistas em ambientes úmidos. Entretanto, certifica-se através da questão de número

1 do pós-teste, que 66% dos alunos estão certos de que existam plantas em qualquer ambiente.

Todos os alunos se mostraram bastante satisfeitos com as oficinas, julgando-as como

meio eficiente de adquirir conhecimento. O que, de certo modo, pôde ser constatado pelas

avaliações aplicadas.

83

6 CONCLUSÃO

As aulas de laboratório, por mais simples que pareçam, são muito importantes para os

alunos, empolgando e envolvendo-os. Foi observado, na maioria dos estudantes, um grande

interesse pelas atividades práticas alternativas. Assim, sugere-se valorizar tais experiências,

como forma de superar os problemas das aulas tradicionais, unilaterais e acredita-se que desta

forma o educador pode proporcionar mais interação e aprendizagem com qualidade.

Os materiais didáticos clássicos de laboratório podem ser substituídos por outros

alternativos - quando não se dispõe dos primeiros - o que demonstra que a questão da

proposta de aulas práticas não se reduz ao material, e sim à forma como a aula é inserida e ao

momento de utilização. São ferrramentas importantes a serem utilizadas no ensino de

Ciências para dinamizar, proporcionar a interação entre educador/educando e atingir o

objetivo maior que é a aprendizagem do conteúdo apresentado, no caso, a Microbiologia,

relacionando-a à vida do aluno e integrando-o em sua comunidade pelas experiências

vivenciadas no laboratório, pois situa os educandos no tempo e no espaço, esclarecendo-os

sobre questões científicas inerentes à saúde pública. Este foi um dos objetivos deste estudo:

demonstrar que, por meio de aulas práticas, utilizando materiais alternativos no laboratório de

microbiologia, a assimilação do conteúdo pelos alunos é bem maior, tendo como

consequência, a reflexão e a construção de conhecimentos, que seriam estéreis, caso não fosse

a dinâmica de um laboratório, pois este, proporciona às aulas, mais significados e dinamismo,

o que ficou constatado com os resultados da pesquisa de campo.

Importante notar as mudanças que ocorreram na aprendizagem dos alunos com essas

experiências utilizando infraestrutura alternativa: materiais caseiros e de fácil acesso em

atividades práticas, para o estudo da Microbiologia:

a) Entenderam a postura que um pesquisador deve ter no laboratório e a necessidade do

uso de seus equipamentos de proteção individual para evitar riscos à saúde;

b) Conheceram o microscópio alternativo como instrumento para identificação de

microrganismos, favorecendo a aproximação ao universo microscópico, viabilizando o

ensino de ciências;

c) A partir da análise do conhecimento prévio dos alunos, acerca dos microrganismos e

as concepções que eles apresentavam sobre a Microbiologia, pode-se afirmar que

aprenderam através de observações, distinguir microrganismos como fungos e

bactérias e o papel que desempenham na natureza (mais benéficos do que maléficos).

84

d) Aprenderam que meios de cultura podem ser preparados utilizando-se materiais

alternativos;

e) Foram propostas formas dinâmicas e diferenciadas para o estudo das microestruturas

das plantas, dos animais invertebrados, proteção e manejo ambiental, estabelecendo

confluência com os objetivos do trabalho.

O esforço exigido nesta pesquisa foi justificado pelos resultados que foram

satisfatórios para o estudo e para os sujeitos nele envolvidos. A partir desta pesquisa, o

professor pode fornecer subsídios para outros professores enriquecerem suas aulas,

vislumbrando outros horizontes capazes de quebrar a monotonia que dificulta o conhecimento

e possibilita que alguns alunos descubram a vocação para a Ciência.

Também foi objetivo: formar cidadãos prontos para atuar e modificar suas realidades

tendo em vista o mundo científico que é apontado para eles, possibilitando-lhes o nascimento

de grandes paixões, a dedicação ao trabalho científico e a disciplina que se deve ter na

pesquisa.

Remetendo a Rubem Alves (1995, p.99): “que mágico, dentre nós, será capaz de

conduzir o fogo do amor pela Ciência? [...] Que estórias contaremos para fazer nossas

crianças e nossos jovens amar o futuro que a Ciência lhes oferece? Sem a paixão pela Ciência,

a parafernália educacional permanecerá flácida e impotente. Porque sem uma grande paixão

não existe conhecimento”.

85

REFERÊNCIAS

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professores e dos alunos. Porto Alegre: Artmed, 1998.

______. ______.

APÊNDICE A - Produto

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática

Márcio Antonio Coêlho Furtado Junior

Claudia de Vilhena Schayer Sabino

MANUAL COM SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS PARA O ENSINO DE

MICROBIOLOGIA NO ENSINO FUNDAMENTAL UTILIZANDO LABORATÓRIO

ALTERNATIVO

2017

SUMÁRIO

GLOSSÁRIO ............................................................................................................................ 97

1 REGRAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO. ........................................................ 107

2 MICROSCÓPIOS ................................................................................................................ 113

3 MEIOS DE CULTURA.......................................................................................................119

4 ESTUDO DE BACTÉRIAS ................................................................................................ 125

5. FUNGOS EM NOSSO MEIO ........................................................................................... 131

6. ANIMAIS .......................................................................................................................... 137

7. CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS PLANTAS .......................................................... 141

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 145

Apresentação do Manual

Prezado Professor

Na maioria das escolas públicas, percebe-se a ausência de aulas práticas associadas às

teóricas nas disciplinas: Ciências e Biologia. Essa dissociação está relacionada, em grande

parte, à falta de laboratórios que subsidiem as aulas práticas - o que pode dificultar o sucesso

no ensino e aprendizagem. Assim, este Manual de Laboratório Alternativo foi desenvolvido

com o objetivo de apresentar recursos para suprir a falta dos laboratórios convencionais e

proporcionar um curso de Ciências mais interessante e enriquecedor, que facilite a

aprendizagem dos alunos. Para auxiliar na compreensão, segue o glossário, com o significado

dos termos mais complexos que aparecem no decorrer do texto.

Os autores

GLOSSÁRIO

Abrigadas: contidas; encerradas.

Acessível: possível de se alcançar ou fazer.

Acidentar: ferir em acidente.

Acrílico: plástico duro, transparente, usado em peças rígidas, letreiros, etc.

Adotadas: postas em prática.

Advento: vinda, chegada.

Aeróbia: tipo de vida que ocorre somente na presença de oxigênio do ar.

Aferir: avaliar; comparar.

Ágar: substância existente em determinadas algas, como meio de cultura usado em exame

bacteriológico.

Agentes patogênicos: aqueles que causam doença.

Água-viva: organismo marinho de corpo gelatinoso, capaz de provocar queimaduras.

Alinhar: dispor em linha reta.

Alternativo: aquilo que pode substituir alguma coisa.

Alvo: objeto, motivo.

Ambas: uma e outra; as duas.

Ameba: protozoário que ocorre na água ou no solo.

Ampliação: ato de ampliar ou resultado deste ato.

Anaeróbia: que é privada de gás oxigênio.

Analisados: observados, feito análise de.

Ancestral: relativos a antecessores, antepassados.

Anelídeos: vermes de corpo mole e alongado; segmentado.

Anexo: o que se junta como acessório ou complemento.

Anfiteatros: salas com palco para apresentações teatrais, aulas.

Angiosperma: grupo de plantas cuja semente fica dentro do fruto.

Anteras: porções dilatadas do aparelho reprodutor masculino onde contêm os grãos de pólen.

Antibiose: relação entre duas espécies, em que uma delas elimina a outra.

Aparelhos reprodutores: sistema de órgãos dentro de um organismo que trabalha em conjunto

com a finalidade de reprodução.

Aparentes: visíveis.

Aplicar: pôr em prática; empregar.

Aponte: indique com o dedo, um gesto, anote.

Aproximação: ato de aproximar-se, tornar-se perto.

Arredores: região em torno de imediações.

Arruelas: chapa redonda de aço, com furo circular, onde se coloca o parafuso para proteger a

peça que será parafusada.

Aspectos: aparência de algo ou de alguém.

Assinale: marque com sinal, assine.

Atacar: lançar-se com ímpeto, sobre algo; acometer, investir.

Atentando: estando atento, atencioso, aplicado.

Ativamente: tornado ativo ou mais ativo.

Atividade metabólica: transformações químicas e biológicas que produzem a energia

necessária para o funcionamento de um organismo.

Ato: modo de proceder, procedimento.

Aula expositiva: exposição oral/escrita do conteúdo pelo professor, o foco é o professor.

http://posgraduando.com/as-diferencas-entre-aulas-expositivas-e-aulas-dialogadas/

Aula prática: através da experimentação, alia teoria à prática.

http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1754

98

Autotróficos: organismos capazes de preparar o próprio alimento, a partir de substâncias

minerais simples, como por exemplo, gás carbônico, água e sais minerais.

Auxílio: ajuda assistência, amparo.

Avaliação processual: acontece para que se conheça o que o aluno já aprendeu e o que ele

ainda não aprendeu, para que se providenciem os meios para que ele aprenda o necessário

para a continuidade dos estudos.

http://www.portalseer.ufba.br/index.php/entreideias/article/viewFile/4555/380

Avasculares: que não têm vasos para o transporte de substâncias; que não é vascular.

http://www.dicio.com.br/avascular/

Avenca: planta ornamental, de ambiente úmido e folhas muito delicadas.

Baixos níveis: que está inferior ao seu nível.

Baseado: fundado, fundamentado.

Benéficas: que fazem bem, benignas.

Bicho-pau: inseto que tem o corpo semelhante a um pedaço pequeno de pau.

Biodegradáveis: que podem ser decompostos pelos microrganismos no meio ambiente.

Bioquímica: reações químicas que ocorrem em organismos vivos.

Biotério: local onde são criados e/ou mantidos animais vivos de qualquer espécie para a

pesquisa cientifica. http://www.unifal-mg.edu.br/bioterio/?q=oque

Bisturi: instrumento cirúrgico que tem uma lâmina muito afiada para corte.

Borda: extremidade de uma superfície; beira, beirada, margem.

Brevemente: de pouca duração.

Briófitas: divisão de plantas que vivem em lugares úmidos.

Broca: instrumento que abre orifícios circulares.

Brotamento: surgimento, aparecimento.

Caixa de segurança: normalmente contém materiais adequados ao trabalho do laboratório,

para atendimento nos casos de pequenos cortes ou queimaduras.

https://liapromulo.wordpress.com/equipamentos-de-seguranca/

Camuflagem: disfarce de modo a se confundir com o ambiente.

Caráter: especificidade, cunho, marca.

Carboidratos: açúcares, amidos, presentes em inúmeros alimentos.

Carência: falta, ausência, privação.

Catalogadas: organizadas e listadas em catálogo.

Células reprodutivas: que se reproduzem.

Celulose: constituinte principal da madeira e de outras partes dos vegetais, usada na

fabricação de papel.

Cianobactéria: microrganismo unicelular corado de azul.

Ciclo de vida: conjunto de etapas por que passa um ser vivo, do nascimento à morte.

Cipreste: árvore alta, ornamental, de madeira útil.

Clorofila: pigmento verde que é encontrado nos vegetais e é responsável pela fotossíntese.

Cloroplasto: portador da clorofila existente no interior das células verdes.

Coalhada: leite coalhado, usado em geral, como alimento.

Coletar: fazer coleta de; colher, recolher.

Colônia: conjunto de seres vivos da mesma espécie e que vivem juntos.

Compartimento: divisão.

Complexa: que é formado por várias partes reunidas com diversos tipos de relações entre si.

Complexo B: grupo ou conjunto de vitaminas, que têm ligação ou nexo entre si.

Condutas: procedimentos, comportamentos.

Conexão: ligação, relação.

Conjuntival: pertencente ou referente à conjuntiva.

https://www.google.com.br/#q=o+que+e+conjuntival

99

Consenso: concordância de ideias, de opiniões.

Consequentemente: em dedução, conclusão.

Consta: consiste, constitui-se.

Contaminação: ato de contaminar-se, provocar infecção.

Contém: tem em si; incluído.

Conter: ter em si; incluir.

Contraste: oposição.

Cooperando: ato de cooperação; colaboração, ajuda, auxílio.

Coral: animal marinho, responsável pela formação de recifes e atóis.

Cotidiano: diário.

Cultura: ato, efeito ou modo de cultivar.

Cumprimento: desempenho, preenchimento, realização.

Crustáceos: animais marinhos recobertos por uma casca dura, como a lagosta ou o siri.

Danos: estragos ou deteriorações de algo.

Decomposição: ato de decompor, ou o resultado desse ato.

Densos: muito pesados, espessos, compactos.

Derivado biológico: qualquer organismo geneticamente modificado.

http://www.ufabc.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1907

Desempenho: atuação; interpretação; representação.

Desencadear: produzir, causar.

Desenvolvimento: aumento, crescimento, progresso.

Desmembrar: separar-se em partes; dividir-se.

Desnecessários: não necessários, não indispensáveis.

Desperdício: desaproveitamento, extravio; perda.

Despertar: excitar, estimular.

Desprezados: desconsiderados.

Devidos: corretos, adequados.

Didática: a boa técnica de ensinar.

Didático: que ou quem facilita a aprendizagem.

Dióxido de carbono: gás carbônico.

Discussão: debate, questionamento.

Divisão binária: processo pelo qual uma célula se fraciona, originando duas ou mais novas

células.

Durante: no tempo de, ou pelo espaço de.

Ecossistemas: conjuntos formados pela comunidade e pelo meio ambiente: a relação que os

seres vivos de uma comunidade estabelecem com os fatores ambientais.

Eficiência: ação de produzir o efeito desejado, com bom aproveitamento do esforço a ela

aplicado.

Ensino-aprendizagem: integração dialética entre o instrutivo e o educativo que tem como

propósito essencial contribuir para a formação integral da personalidade do aluno.

http://www2.unifap.br/midias/files/2012/04/O-Processo-Ensino-Aprendizagem.pdf

Ensino Fundamental I: ensino ministrado em um ciclo: do primeiro ao quinto ano (antiga

primeira a quarta série).

Enzimas: proteínas que aumentam a velocidade de certas reações químicas.

Equipamento: conjunto de instrumentos necessários a determinada função.

Esbeltos: elegantes.

Esclarecer: dar explicação.

Esponja-do-mar: animal marinho, cujo corpo é constituído de vários poros.

Esporos: células reprodutoras assexuadas dos fungos.

Essenciais: necessários, fundamentais.

100

Estabelecer: determinar, firmar.

Esterilizado: improdutivo, infecundo.

Estigma: parte do aparelho reprodutor feminino da flor que recolhe o pólen para fazê-lo

germinar.

Estiletes: punhais de lâmina fina.

Estimula: anima, encoraja.

Estipular: determinar, impor como condição.

Estratégias: planejamento, execução de operações.

Estrela-do-mar: animal de corpo achatado, que tem o formato de estrela com cinco ou mais

braços.

Estruturas microscópicas: estruturas ou organismos revelados em escala microscópica.

http://www.aulete.com.br/microestrutura

Estudos práticos: estudos relativos à prática, experiência.

Ético: relativo ao conjunto de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano.

Eucarióticos: são os que têm o núcleo da sua célula envolvido por membrana.

Evidência: qualidade do que é claro.

Exclusivamente: somente; apenas.

Execução: ato de realização, efeito.

Experimental: relativo a, ou fundado na experiência.

Experimentos: métodos científicos que testam uma hipótese ou demonstram um fato

conhecido; experiência.

Exploração: proveito.

Explorar: procurar; descobrir.

Exposição de ideias: aquilo que pensamos sobre determinado assunto.

http://brasilescola.uol.com.br/redacao/dissertacao.htm

Exposto: que está à mostra; à vista.

Expresso: que se registra por escrito.

Extrato: substância que se extraiu de outra.

Faixa etária: intervalo entre dois limites de idade.

Favorecer: ser a favor; beneficiar.

Feixes de elétrons: conjunto de partículas que formam os átomos (dotadas de cargas elétricas

negativas) reunidas e cingidas.

Fermento biológico: composto por fungos microscópicos vivos.

http://super.abril.com.br/ciencia/qual-a-diferenca-entre-os-fermentos-biologico-e-quimico

Fermento de padaria: ver fermento biológico.

Filamentos: fios de pequeníssimos diâmetros.

Filete: pequeno fio.

Filme: película, fita.

Fixar: tornar firme, estável.

Foco: ponto para onde converge ou de onde diverge um feixe de raios luminosos paralelos.

Fotossíntese: processo químico pelo qual plantas verdes produzem matéria orgânica a partir

de dióxido de carbono e de água, sob a ação de luz solar.

Frasco: vaso de vidro, cristal.

Frequência: repetição amiudada de fatos ou acontecimentos.

Gabinetes: recintos de trabalho; escritório.

Giárdia: protozoário parasita intestinal do homem e de outros animais.

Gimnospermas: tipo de planta comum em clima temperado.

Grãos de pólen: grãos infinitamente pequenos, utilizados na germinação de novos indivíduos.

http://www.infoescola.com/plantas/polen/

Grave: conseqüência séria, trágica, dolorosa.

101

Graveto: pedaço pequeno de pau.

Habitam: ocupam como casa.

Herbivoria: alimentar-se de vegetais.

Heterotrófica: nutrição que se realiza pela ingestão e digestão de substâncias vegetais, animais

e minerais.

Hifas: quaisquer filamentos de fungos.

Ideias prévias: representação mental de coisa concreta ou abstrata; opinião; conceito que se

faz ou diz antes de outra coisa.

Identificadas: reconhecidas.

Imprescindível: necessário, indispensável.

Improvisados: inventados ou preparados à pressa; repentino.

Incolor: que não tem cor.

Indispensáveis: necessários, imprescindíveis.

Infecciosos: que produzem infecção, ou dela resultam.

Informais: que se caracterizam por serem destituídas de formalidade.

Instrução: informação, explicação ou ordem daquilo que deve ser feito.

Introduzir: instruir alguém.

In vitro: que ocorre ou se observa em tubos de ensaio.

Itens: cada um dos artigos de uma exposição escrita, de um regulamento.

Jaleco: casaco de usos profissionais para médicos, dentistas.

Justifique: dê razão a; fundamente.

Laboratórios alternativos: laboratórios escolares constituídos por materiais bem simples.

http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/laboratorio-alternativo.htm

Lacraia: animal peçonhento, centopeia.

Led: sigla do inglês que significa emissor de luz.

Levedura: fungos usados na preparação de bebidas alcoólicas e na panificação.

Líquen: nome comum a vegetal formado pela relação entre um fungo e uma alga.

Louva-a-deus: inseto predador que, pousado, parece estar orando.

Lupa: lente usada para ampliação.

Luvas: peças de vestuário que se ajustam à mão e aos dedos.

Luvas de borracha: utilizadas nos trabalhos com substâncias tóxicas, na limpeza de material e

/ou do próprio laboratório. https://liapromulo.wordpress.com/equipamentos-de-seguranca/

Maçanetas: peças por onde se pega para fazer funcionar o trinco das portas e janelas.

Malte: produto da germinação das sementes de cevada e de outros grãos, utilizados na

fabricação de cerveja.

Manipular: fazer algo com a (s) mão (s). Dominar, controlar.

Manter: fazer permanecer em algum lugar, conservar.

Materiais cortantes: materiais cortadores.

Material genético: DNA que transporta a informação genética.

http://www.todabiologia.com/dicionario/dna.htm

Material pontiagudo: material que termina com ponta; pontudo.

Meios de cultura alternativos: equipamentos simples e de baixo custo, utilizando materiais

alternativos.http://www.abaagroecologia.org.br/revistas/index.php/cad/article/view/1814/1651

Meios de segurança: condições de seguro.

Meios preventivos: próprios para prevenir ou evitar.

Metabólica: relativa aos processos referentes ao organismo.

Microbiologia: ciência que estuda os microrganismos.

Microbiologia residente: microrganismos que são encontrados regularmente em um dado

local do corpo de um hospedeiro http://www.infoescola.com/microbiologia/flora-normal/

Microbiologia transitória: microrganismos que permanecem por um curto período de tempo

102

no corpo.

Microestruturas: estruturas ou organismos revelados em escala microscópica.

http://www.aulete.com.br/microestrutura

Microrganismos: organismos microscópicos.

Microrganismos coloniais: microrganismos da mesma espécie que vivem juntos.

Microscopia: conjunto de técnicas que permitem a investigação científica por meio do

microscópio.https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chromeinstant&ion=1&espv=2&ie

=UTF-8#q=o+que+%C3%A9+microscopia

Microscópio alternativo: maneira que pode ter o estudo de Microbiologia fácil, prático e

barato, com mesmo conteúdo e mesma praticidade de um profissional binocular.

http://2015.febrace.org.br/virtual/2015/BIO/196/

Microscópio de varredura: examina a superfície do tecido, um feixe eletrônico estreito é

dirigido sobre esta superfície, ‘varrendo-a’ de um lado para outro

regularmente. http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/31077/microscopio-

eletronico-de-varredura

Microscópio eletrônico: microscópio que emprega equipamentos baseados no uso de circuitos

eletrônicos.

Minúsculas: pequenas, miúdas.

Moléculas: as menores porções de uma substância, composta de átomos.

Motivar: despertar o interesse.

Multicelulares: formados por mais de uma célula.

Musgos: vegetais pequeníssimos que crescem no solo, sobre pedras, outras plantas.

Necessária: indispensável.

Nocivos: que prejudicam ou são próprios para causar danos.

Nomeiam: chamam pelo nome.

Normas: bases ou medidas para a realização de algo; preceito.

Nutritivas: próprias para nutrir, nutriente, alimentício.

Objetiva: lente ou sistema de lentes de um instrumento, como por exemplo, câmara

fotográfica.

Objetiva-se: tem por fim, pretende-se.

Ocular: parte de um instrumento óptico onde se olha.

Óculos de segurança: objeto resistente ao impacto, com abas laterais, para garantir proteção.

https://liapromulo.wordpress.com/equipamentos-de-seguranca/

Oficina: curso prático onde se aprende e exercita atividade intelectual.

Olho nu: sem o auxilio de lentes. https://pt.wiktionary.org/wiki/a_olho_nu

Oral: relativo à boca, bucal.

Organismos decompositores: que reduzem uma coisa a elementos simples.

Parcialmente: em parte; por parte.

Parede celular: envoltório extracelular presente em todos os vegetais e em algumas bactérias.

http://brasilescola.uol.com.br/biologia/parede-celular.htm

Partículas: partes muito pequenas.

Percutânea: que tem a capacidade de atravessar a pele. http://www.dicio.com.br/percutaneo/

Permanecer: continuar a ser ou ficar; conservar-se.

Permeável: que se pode penetrar, transpassar.

PH: sigla de potencial de hidrogênio, representado por um valor numérico que indica se uma

substância química é ácida, neutra ou básica.

Placas de Petri: recipiente cilíndrico, achatado, de vidro ou plástico que profissionais de

laboratório utilizam para cultivar microrganismos.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_de_Petri

Plâncton: conjunto de animais e vegetais, geralmente pequenos, que flutuam livremente na

103

água doce.

Plastos: locais da célula vegetal capaz de formar pigmento ou de acumular reserva nutritiva.

Plataforma: área plana horizontal, mais ou menos alteada.

Pluricelulares: seres vivos constituídos por mais de uma célula.

Ponto de vista: maneira própria de encarar uma situação.

https://pt.wiktionary.org/wiki/ponto_de_vista

Porcas: peças de ferro, com furo em espiral que prende o parafuso.

Portar: carregar consigo; levar, conduzir.

Posteriormente: época ou momento que vem depois.

Postura: maneira de ser em relação a objetos, situação.

Predador: animal que caça ou mata para alimentar-se.

Predomina: domina muito; prevalece.

Pré-requisitos: condições prévias e necessárias para se alcançar certo objetivo.

Presa: animal que outro caça ou mata para se alimentar.

Presenciou: esteve presente a; assistiu.

Previamente: antes.

Prevenção: ato de prevenir-se ou resultado deste ato.

Procarióticos: são os que têm sua célula desprovida de núcleo; formado por apenas uma

célula.

Procedimento: ato ou efeito de proceder, portar-se, comportar-se.

Processo: método, técnica.

Processo pedagógico: relativo a, ou próprio da pedagogia.

Processual: relativo a processo.

Profissionais: aqueles que exercem uma atividade por profissão ou ofício.

Propiciam: oferecem condições para que algo aconteça, ajudam, favorecem.

Propor: sugerir, apresentar.

Proporcionem: dão, oferecem.

Protetor auricular: aparelho de proteção para o ouvido.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Protetor_auricular

Protistas: quaisquer organismos formados por uma só célula ou por poucas células.

Pteridófita: planta sem flores, frutos e sementes, que se reproduzem através de esporos.

Questão: assunto, tema, geralmente sujeitos a estudo.

Químico: relativo a, ou obtido por química.

Unicelulares: que têm ou são formados por uma só célula.

Universo microscópico: conjunto de tudo que existe e é muito pequeno.

Utensílios: objetos criados para determinada utilidade.

Ramo: atividade específica em qualquer trabalho ou profissão.

Reagentes tóxicos: são os que oferecem um elevado risco de envenenamento por inalação,

absorção ou ingestão. https://sites.google.com/site/etlafq/produtosquimicos

Reciclagem: tratamento de resíduos, ou de materiais usados a fim de obter sua reutilização.

Recipientes: objetos capazes de conter líquidos ou sólidos.

Recomendaria: aconselharia, indicaria.

Recordo: trago à memória; lembro-me de; relembro.

Regras de segurança: ajudam a preservar a saúde e a vida em benefício de todos que estão

próximos. https://medicalsuite.einstein.br/documents/regras-seguranca.pdf

Reino Monera: reino que abrange todos os seres vivos procarióticos.

Relevante: que tem importância, necessário.

Remova-as: retire-as para outro lugar; desloque-as; transfira-as.

Reprodução assexuada: formação de indivíduos a partir de um único indivíduo, sem haver

fusão de gametas.

104

Reprodução sexuada: formação de indivíduos a partir de um indivíduo da mesma espécie,

pela fusão de gametas.

Resguardar: defender, proteger.

Resíduos: o que sobra.

Respectivo: relativo a cada um em particular ou em separado.

Retorne: volte.

Riscos biológicos: são microrganismos que, em contato com o homem, podem provocar

inúmeras doenças. www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_biologicos.html

Rudimentar: pouco desenvolvido; primitivo.

Secreções: substâncias produzidas e expelidas.

Segurança pessoal: conjunto de prevenções, adotadas para garantir a integridade física, mental

ou moral das pessoas.

Seiva: líquido que circula no organismo vegetal.

Seleção natural: sobrevivência das variedades animais e vegetais mais adaptáveis, as menos

aptas acabam desaparecendo.

Seletivo: que ou quem faz seleção.

Sépalas: conjunto das peças do cálice da flor.

Significação: o que as coisas querem dizer ou representam.

Significativas: que contêm revelações interessantes.

Simbiose: associação de uma planta e um animal, na qual ambos recebem benefício.

Sistematizada: reduzida a um sistema, sistemático.

Smartphone: telefone celular com recursos avançados.

Sólidas: que não são vazias ou ocas, fortes, firmes.

Solitária: vermes de corpo em forma de fita, parasitas do homem e de outros vertebrados.

Submetidos: feito passar por.

Subsidiando: contribuindo; fornecendo subsídio.

Substâncias orgânicas: relativas a, ou derivadas de organismos vivos.

Substratos: os que sustentam, fundamentam algo.

Sucessivos: que vêm depois ou em seguida.

Suficientes: o que bastam.

Sugerir: apresentar como coisa proposta; propor.

Supram: Abasteçam do necessário; provêm.

Suspensos: fixados, pendurados.

Técnica: conjunto de meios e métodos usados no tratamento de uma arte ou ciência.

Tecnologias: conhecimentos, especialmente científicos que se aplicam a um determinado

ramo de atividade.

Temperaturas ambientais: maior ou menor grau de calor ou de frio que se manifestam nos

ambientes.

Tempestade de ideias: nome dado a uma técnica grupal – ou individual – de exercícios

mentais com a finalidade de resolver problemas específicos.

http://www.infoescola.com/administracao_/brainstorming/

Término: fim, limite.

Touca: peça de vestuário que cobre a cabeça.

Tóxicos: que intoxicam, envenenam.

Toxinas: substâncias venenosas.

Trajeto: espaço que alguém tem de percorrer para ir de um lugar para outro.

Transcorridos: passados além de.

Tubo de ensaio: vaso cilíndrico de vidro.

Utensílios: objetos criados para determinada utilidade.

Vacúolos: estruturas da célula vegetal que estão presentes em grande quantidade.

105

http://www.estuforma no protoplasma das células vegetaisopratico.com.br/vacuolos-tipos-e-

funcoes-desta-organela-celular/

Vasculares: que tem vasos para transporte de substâncias.

Vasos condutores: estruturas tubulares dos vegetais por onde circula a seiva mineral.

Vedado: fechado, tapado.

Verme: nome comum a todos os animais invertebrados, com exceção dos insetos.

Versa: tem por objeto; trata.

Vestíbulo: espaço aberto.

Viabilizando: tornando possível, viável.

Via cutânea: por extensão de, ou relativo à pele, ou ao couro de certos animais.

Vias de contaminação: fontes de contato.

Visando: tendo como objetivo; tendo em vista.

Visualizar: ter a percepção visual de.

Voluntário: derivado da vontade própria.

1 REGRAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO.

1.1 Apresentação

Para o desenvolvimento de um trabalho experimental seguro, é

imprescindível a organização, que contribuirá para a prevenção de

riscos biológicos e acidentes com a manipulação de aparelhos.

(Universidade Federal do ABC, 2016).

Segundo a Universidade Federal do ABC, (2016): “As seguintes

regras devem ser respeitadas em todos os laboratórios”:

sempre portar dentro do laboratório avental, sapatos fechados e

calça comprida. O avental deve estar sempre limpo, e não usá-lo

fora do ambiente de trabalho;

prenda o cabelo e, quando for necessário, usar luvas e óculos de segurança;

luvas devem ser utilizadas para proteger as mãos. Portanto, remova-as para tocar em portas,

maçanetas, livros, cadernos e telefone;

não fume, não se alimente ou beba no laboratório;

nunca jogue na pia ou no lixo comum, produtos pouco biodegradáveis;

lave suas mãos com sabão ao fim de um experimento;

nunca retire nada do laboratório sem a permissão do seu professor;

quando terminar, retorne todos os objetos para seus lugares, limpe os materiais indicados.

Todo material contaminado por microrganismos ou derivado

biológico que ofereça riscos à saúde, deverá ser esterilizado

antes de ser descartado.

Material pontiagudo ou cortante, como lâminas, bisturi, agulhas, estiletes, deverão ser

desprezados em caixas específicas e devidamente identificados. Este frasco deverá ser vedado

e descartado em lixo específico, com a devida identificação. (UNIVERSIDADE DO ABC,

2016).

108

Para o trabalho envolvendo animal, só será permitido o uso destes

mantidos dentro de biotério próprio autorizado pelo Comitê de

Ética no uso de Animais. (BRASIL, 2008).

Riscos biológicos: as principais vias de contaminação com

agentes patogênicos são a via cutânea ou percutânea, as vias

respiratórias, conjuntival e oral. (UNIVERSIDADE FEDERAL

DO ABC, 2016).

Para o Instituto de Química (2004) ”materiais infecciosos ou

tóxicos são sempre muito perigosos, por isso, devem ser tratados

com muito cuidado”. Se empregados de maneira incorreta, no

laboratório, podem ser muito perigosos para o indivíduo que está trabalhando, e para os que

estão por perto ou para a comunidade, pois os agentes patogênicos ou toxinas podem ser

espalhados a grandes distâncias através de correntes de ar. Para evitar contaminação, existe a

necessidade de aplicação das boas práticas de laboratório.

1.2 Título: como proceder no laboratório de microbiologia com segurança

1.3 Público-alvo

Alunos do Ensino Fundamental I - 4° ano, faixa etária de 10 a 12 anos.

1.4 Problematização

O laboratório é um local que requer muitos cuidados e técnicas por parte de seus usuários,

quando o fizerem. Portanto, é preciso estabelecer segurança em laboratórios simples e

improvisados?

1.5 Objetivos:

1.5.1 Geral

Estipular meios para segurança em laboratórios alternativos.

1.5.2 Específicos

• propor a utilização de meios preventivos e seguros para experiências simples;

• auxiliar nos estudos práticos com microrganismos;

• resguardar os alunos de perigos nas aulas práticas de Ciências, com regras simples e

eficientes.

109

1.6 Conteúdos

• segurança em laboratório

• meios de cultura

• Microbiologia

1.7 Práticas no laboratório

A atividade consta de várias normas que podem estar certas ou erradas, nas quais o aluno

deverá analisar e explicar o erro, ou erros ali expressos tendo em vista a importância da

segurança para evitar acidentes durante as experiências.

1) “Imagine um tubo de ensaio sobre a mesa com água derramada, papéis espalhados, tudo

desorganizado”. Este é o seu espaço de trabalho na aula prática. Responda:

a) O que há de errado?

b) Qual regra de segurança você recomendaria nessa situação?

2) Marque a alternativa abaixo que traz os nomes dos equipamentos de segurança que o

químico está usando e justifique o porquê do uso de cada um deles. (SOUZA, 2016).

a) luvas de borracha, touca, jaleco de manga longa, óculos de segurança.

b) luvas de borracha, jaleco de manga curta e óculos de segurança.

c) luvas de borracha, jaleco de manga longa e óculos de segurança.

d) luvas de borracha, protetor auricular e jaleco de manga longa.

3) O laboratório é um ambiente construído exclusivamente para a execução de experimentos.

É imprescindível que esse local seja seguro para assim garantir a segurança dos profissionais

que nele trabalham. Marque a opção que traz os pré-requisitos indispensáveis para um

laboratório seguro. (SOUZA, 2016).

a) um laboratório seguro não pode conter iluminação forte, ventilação e nem presença de

água.

b) para o laboratório ser totalmente seguro precisa conter apenas a caixa de segurança, que

traz todos os itens necessários.

110

c) é necessária a presença de água, ventilação e iluminação favoráveis.

d) o laboratório precisa contar com água acessível, ventilação e iluminação favoráveis e

objetos de segurança pessoal.

4) A imagem a seguir mostra um grave erro de procedimento em laboratório. Indique o erro e

os riscos que ele pode trazer. (SOUZA, 2016).

5) Aponte na figura a seguir o equipamento de segurança que está faltando para que a

pesquisadora esteja completamente segura em seu trabalho. (SOUZA, 2016).

2. DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO

10 minutos Conversa informal com os alunos e aula expositiva sobre a

importância das regras de segurança em laboratórios. Exposição

de ideias.

5 minutos Respondendo o questionário pré-teste.

40 minutos Atividade didática sobre os cuidados que se deve ter nas aulas de

Microbiologia no laboratório.

5 minutos Avaliação através do questionário pós-teste.

111

3. AVALIAÇÃO

Aplicar-se-á um questionário baseado na teoria ensinada em sala, antes da aula prática –

questionário pré-teste. Nessa fase, haverá avaliação processual de acordo com o Quadro a

seguir.

Será realizada a técnica do “Trabalho de Minuto” interrompendo-se a oficina pouco antes do

término e pedindo aos alunos que respondam brevemente a duas perguntas: ‘Qual foi a

experiência mais relevante nesta oficina?’ e ‘qual foi a questão importante que ficou?’.

Ao final, os alunos farão outra avaliação, através de um questionário elaborado para o pós-

teste, com relação à aprendizagem deles, que será sistematizada.

Quadro para avaliação processual

Nota Aspectos observados quanto à participação do aluno para

avaliação do processo

5

Participou ativamente das atividades, cooperando com os colegas

e professor. Discutiu de forma séria com os colegas ou

professores sobre o(s) tema(s) em questão. Trouxe informações

importantes para a discussão. O resultado de sua atividade foi

relevante e criativo.

4

Participou das atividades, cooperando com os colegas. Discutiu

com eles os conteúdos em evidência. O resultado de sua atividade

foi relevante.

3 Participou pouco da atividade. Apresentou alguma contribuição,

parcialmente relevante.

2 Esteve presente no ambiente da atividade, mas a participação foi

reduzida, contribuiu pouco para o cumprimento das atividades.

1 Participou pouco ou não participou das atividades. Não contribuiu

durante a realização da atividade.

3.1 QUESTIONÁRIO PRÉ-TESTE: O QUE SEI SOBRE SEGURANÇA EM

LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA?

1. Você sabe o que são meios de “segurança em laboratório”? Explique:

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2. Assinale abaixo quais são as regras corretas a serem adotadas para segurança no

laboratório:

( ) prender o cabelo ( ) organizar o ambiente ( ) tomar cuidado ao descartar materiais cortantes

( ) usar roupas curtas para evitar o calor ambiente ( ) conversar alto

( ) manter tudo nos devidos lugares ( ) lavar as mãos após as atividades ( ) usar óculos, luvas

e outros equipamentos de segurança

3. Com qual objetivo devemos assumir uma postura de segurança no laboratório?

( ) para evitar contaminação ( ) para não se acidentar ( ) ambas estão corretas

4. O laboratório é utilizado com o objetivo de fazer com que as aulas possam ganhar caráter

mais prático e significativo. No entanto, muitas condutas devem ser proibidas. Podemos dizer

112

que se alimentar no laboratório é um ato incorreto? ( ) sim ( ) não

5. Você acha que o uso de jaleco, luvas, máscaras e outros equipamentos para segurança no

laboratório são:

( ) desnecessários ( ) muito importantes ( ) não fazem diferença

6. Você já presenciou ou participou de alguma aula prática no laboratório de Ciências? Qual?

( ) sim ( ) não ( ) não me recordo

7. Você costuma ir quantas vezes ao laboratório? Explique

3.2 QUESTIONÁRIO PÓS-TESTE: O QUE APRENDI SOBRE SEGURANÇA EM

LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA?

1. Você acha que as oficinas com as práticas ajudaram no seu aprendizado?

( ) muito ( ) um pouco ( ) nada

2. Fale com suas palavras sobre alguma (s) aula (s) prática (s) de Ciências que já teve no

laboratório (se teve) durante seus estudos.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

3. Assinale abaixo quais são as regras corretas a serem adotadas para segurança no

laboratório:

( ) prender o cabelo ( ) organizar o ambiente ( ) tomar cuidado ao descartar materiais

cortantes ( ) usar roupas curtas para evitar o calor ambiente ( ) conversar alto ( ) manter tudo

nos devidos lugares ( ) lavar as mãos após as atividades ( ) usar óculos, luvas

4. Você sabe o que são meios de “segurança em laboratório”? Explique.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

5. O laboratório é utilizado com o objetivo de fazer com que as aulas possam ganhar caráter

mais prático e significativo. No entanto, muitas condutas devem ser proibidas. Podemos dizer

que se alimentar no laboratório é um ato incorreto? ( ) sim ( ) não.

6. Ao iniciar uma prática no laboratório, um professor teria dito que esquecera suas luvas,

máscaras e jaleco. Neste caso, como este professor deve proceder?

( ) realizar a prática mesmo assim ( ) deixar a prática para o próximo encontro ( ) nunca

mais realizar esta prática ( ) não é importante ter aula prática

7. Para auxiliar os estudos em uma aula prática como é correto proceder?

( ) matar animais e plantas para serem estudados ( ) estudá-los vivos

( ) eles não são importantes para auxiliar os estudos práticos ( ) deve-se coletar os animais

quando estão mortos e em perfeitas condições.

Obs.: questão complexa do ponto de vista ético, mas objetiva-se deixar claro que “não se deve

matar animais nem para serem estudados”.

113

2 MICROSCÓPIOS

2.1 Apresentação

Os microscópios (do grego mikrós: pequeno; skopeo: ver, enxergar), possibilitam o

conhecimento e o estudo de estruturas não visíveis a olho nu.

Esses aparelhos foram inventados por volta de 1595, pelos holandeses Zacharias Jansen e seu

pai Hans Jansen, ambos fabricantes de óculos.

Robert Hooke atuou em vários campos da ciência e tinha muito interesse por microscópios.

Hooke construiu seus próprios microscópios, que permitiam formação de imagens. Ele

construiu microscópios com uma e com duas lentes de aumento, associadas e unidas por um

tubo: uma lente voltada para o objeto em análise (objetiva) e outra voltada para os olhos do

observador (lente ocular). Esses microscópios permitiam a ampliação de imagens dos objetos

de estudo em cerca de 40 vezes. Embora os microscópios simples fabricados por Hooke

possuíssem aumentos de 200 a 300 vezes, foram pouco utilizados, pois eram difíceis de

manipular.

Por volta de 1668, o comerciante holandês Anton Van Leeuwenhoek, construiu vários

microscópios: um microscópio simples, cerca de 10 cm de comprimento e que necessitava de

muita luz para iluminar o objeto, mas que possuía aumento de até 200 vezes. Além de

Leeuwenhoek possuir capacidade de produzir boas lentes de aumento, era cuidadoso e

curioso, observando tudo que pudesse ser colocado sob suas lentes. Seu trabalho com os seres

microscópicos foi muito importante para a época. Em 1673, ele começou a enviar cartas para

a Royal Society of London, e em 1678, Hooke foi consultado para confirmar as informações

de Leeuwenhoek. Com a confirmação de Hooke, os trabalhos de Leeuwenhoek passaram a ser

publicados na revista científica Philosophical Transactions of the Royal Society.

2.2 Microscópios de luz

Os microscópios de luz permitem aumento de até 2.000 vezes, no entanto, mesmo com este

aumento, às vezes, não é possível observar detalhes de certas estruturas.

O aumento da imagem, que vemos ao microscópio composto, é dado pela multiplicação do

aumento da ocular pela objetiva. “Por exemplo: um microscópio composto com ocular de 10

vezes e objetiva 40 vezes possibilita ampliação de 400 vezes”.

2.3 Microscópios eletrônicos

O estudo das estruturas microscópicas veio com o advento dos microscópios eletrônicos, que

permitem uma visão maior das estruturas. Isso é possível porque esses microscópios utilizam

feixes de eletros para analisar o objeto estudado, ao invés de feixes de luz.

Os microscópios eletrônicos podem ser de transmissão ou de varredura. Os de transmissão são

utilizados para observar estruturas cortadas em fatias muito finas. Já os de varredura são

empregados para analisar a superfície do corpo dos seres vivos, células e até moléculas.

O material analisado ao microscópio eletrônico deve ser devidamente fixado e corado com

sais de metais pesados, que propiciem contrastes nas estruturas, tornando-as menos

permeáveis aos feixes de elétrons.

114

2.4 Título: a construção de um microscópio alternativo

2.5 Público-alvo

Alunos do Ensino Fundamental 1 - 4º ano, faixa etária de 10 a 12 anos.

2.6 Problematização

Ao longo de todo o estudo de ciências, na maioria das escolas brasileiras, há carência de

laboratórios que auxiliam no estudo de microrganismos e microestruturas. Será possível criar

ferramentas como um microscópio, que supram os estudos utilizando materiais acessíveis e

alternativos?

2.7 Objetivos:

2.7.1 Geral

Construir e aplicar um microscópio alternativo, objetivando eficiência e significação do

conteúdo microbiológico.

2.7.2 Específicos

• aumentar a visão de microrganismos e microestruturas a fim de serem estudados e

conhecidos;

• auxiliar nos estudos de estruturas microscópicas;

• motivar os alunos com tal ferramenta e prática;

2.8 Conteúdos

• microscopia.

• Microbiologia.

• materiais alternativos.

2.9 Materiais alternativos

Para a construção desse microscópio, serão utilizados os seguintes materiais:

3 parafusos de 4 1/2 “ x 5/16”

11 porcas de 5/16”

5 arruelas de 5/16”

1 plataforma de madeira para a base de 2 cm x 18 cm x 18 cm

1 plataforma de acrílico ou vidro para o celular de 0,3 cm x 18 cm x 18 cm

1 plataforma de acrílico ou vidro para os objetos de 0,3 cm x 7,6 cm x 18 cm

1 lente de laser de caneta (ou duas lentes, se quiser aumentar a ampliação)

1 lanterna ou LED ( necessário para visualizar amostras de contra luz)

115

Alguns materiais necessários para construção do microscópio

Ferramentas:

Broca para perfurar

Régua

PASSO A PASSO

1. Separar a lente de um laser: comprar

uma caneta com laser, (aquelas de lojas

de 1,99) desmonte-a completamente

deixando apenas a lente. Começar

tirando as baterias, usar um lápis e

alicate para retirar as demais peças.

2. Colocar a lente: a lente que foi

retirada da caneta a laser, será utilizada

para colocar no centro da plataforma,

que irá segurar o celular, a 2 cm da

borda superior.

3. Marcar a plataforma de madeira: na

parte de cima da plataforma de

madeira, marcar 2 cm da borda inferior

e 2cm da borda lateral; fazer um ponto

de cada canto da plataforma. “É como

se o ponto formasse um quadrado de 2

cm de lado”. Na parte superior, marcar

um só ponto bem no meio da borda da

plataforma também a 2 cm.

4. Alinhar as estruturas: serão duas

plataformas de acrílico ou vidro: uma

para segurar o celular, e a outra para

colocar os objetos, que serão

analisados. Coloque a plataforma que

vai segurar a câmera em cima da

116

plataforma de madeira de modo que

fiquem alinhadas. Por último, coloque

a plataforma que irá segurar os objetos,

que serão analisados.

5. Perfurar os pontos: já que as duas

plataformas de cima são transparentes,

colocar em cima da plataforma de

madeira, que já está marcada, e furar as

três de uma só vez. Depois, no centro

da plataforma, que ficará por cima,

marcar um ponto 2 cm da borda

superior e perfurar um pequeno

compartimento para encaixar a lente

retirada da caneta a laser.

6. Fazer um buraco mais raso para

encaixar a lanterna de LED: na parte

inferior da plataforma de madeira,

fazer um buraco maior, porém mais

raso, onde deverá encaixar a lanterna

de LED. Esta fonte de luz deve ficar

alinhada com a lente e,

consequentemente, com a câmera do

celular.

7. Apertar os parafusos: encaixar os

três parafusos em cada um dos buracos

feitos na plataforma de madeira, fixar

com porcas e arruelas.

8. Encaixar as duas porcas e as duas

arruelas restantes nos dois parafusos da

parte inferior e colocar por cima a

plataforma menor onde serão

colocados os objetos em análise. Esta

plataforma deve ficar distante da base.

9. Colocar mais uma porca em cada

um dos três parafusos e encaixar a

plataforma de cima onde ficará a

câmera do celular.

10. Finalizar e observar: colocar o

material desejado de análise na

plataforma do meio e alinhar a câmera

do smartphone com as lentes do

microscópio, até conseguir foco.

Com o microscópio alternativo, pode-se sugerir aos alunos estudos de colônias de bactérias,

fungos, líquens, estruturas microscópicas de animais invertebrados e de vegetais, etc.,

117

conforme as sequências didáticas anteriores.

3 DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO

10 minutos Aula expositiva sobre a importância do microscópio para uma boa

aprendizagem. Exposição de ideias.

5 minutos Respondendo ao questionário pré-teste.

40 minutos Oficina de microscopia onde se aprenderá a construir um

microscópio alternativo para observar colônias de fungos,

bactérias, microestruturas de animais invertebrados e vegetais.

5 minutos Avaliação, por meio de um questionário pós-teste, para verificar o

desempenho dos alunos com relação à aprendizagem.

4. PRÁTICAS

• Expor aos alunos a atividade, sua importância para o ensino-aprendizagem de

Microbiologia.

• Apresentar-lhes o microscópio convencional, mostrando-lhes suas partes, nomes e funções.

Dar enfoque às partes principais como: base, braço, ocular, objetivas e charriot, (peça que

permite a lâmina se movimentar sob a ocular).

• Explicar-lhes que a imagem aumentada é conseguida com a ocular pela objetiva.

• Propor-lhes um modelo alternativo, criado pelo aluno de pós-graduação dos EUA. (KENJI

YOSHINO, apud ROSSIN, 2014).

5. AVALIAÇÃO

Aplicar um questionário referente ao conteúdo ensinado antes da aula prática – questionário

pré-teste.

Durante toda a etapa, realizar avaliação processual com os alunos baseando-se no Quadro

apresentado na página 15.

Ao final, fazer outra avaliação, através do questionário pós-teste, para verificar a

aprendizagem dos alunos, que será sistematizada.

5.1 Questionário pré-teste: o que sei sobre microscopia?

1. Assinale abaixo quais são as palavras que nomeiam as peças de um microscópio:

( ) Charriot ( ) lupa ( ) revólver ( ) ocular

( ) canhão ( ) musgo ( ) base ( ) objetiva ( ) braço

2. Você sabe o que é um microscópio eletrônico? Explique

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

3. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( ) bactérias ( ) mosquito ( ) ameba

( ) cianobactéria ( ) giárdia ( ) vírus ( )barata ( ) levedura

4. Os microscópios de luz permitem aumento da imagem em até 2.000 vezes. No entanto, esse

aumento que vemos ao microscópio é dado pela multiplicação de duas peças. Você saberia

118

dizer quais são elas? ( ) sim ( ) não. Explique.

5. Na sua opinião, é possível construir um microscópio com materiais alternativos para o

estudo de microrganismos? sim ( ) não ( )

6. Com qual (is) objetivo (s) utilizamos o microscópio?

( ) para que eles enriqueçam as nossas aulas ( ) para que eles nos proporcionem uma visão

de microrganismos que ao olho nu não seria possível ( ) eles não nos auxiliam em nada

7. Você sabe o que é um microscópio alternativo? ( ) sim ( ) não. Explique.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

5.2 Questionário pós-teste: o que aprendi sobre microscopia?

1. Você sabe o que é um microscópio eletrônico? Explique.

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

2. Você gostou do trabalho de Ciências que realizou?

( ) sim ( ) não

3. Assinale abaixo quais são as palavras que nomeiam as peças de um microscópio:

( ) Charriot ( ) lupa ( ) revólver ( ) ocular

( ) canhão ( ) musgo ( ) base ( ) objetiva ( ) braço

4. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( ) bactérias ( ) mosquito ( ) ameba

( ) cianobactéria ( ) giárdia ( ) vírus ( ) barata ( ) levedura

5. Os microscópios de luz permitem aumento da imagem em até 2.000 vezes. No entanto,

esse aumento, que vemos ao microscópio, é dado pela multiplicação de duas peças. Você

saberia dizer quais são elas? ( ) Sim ( ) Não. Explique.

6. Você sabe o que é um microscópio alternativo? ( ) sim ( ) não. Explique.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

7. Com quais objetivos utilizamos o microscópio?

( ) para que eles enriqueçam as nossas aulas ( ) para que eles nos proporcionem uma visão

de microrganismos que a olho nu não seria possível ( ) eles não nos auxiliam em nada

119

3 MEIOS DE CULTURA

3.1 Apresentação

Meios de cultura são substâncias nutritivas compostas, que favorecem o desenvolvimento de

microrganismos, possibilitando a identificação dos mesmos através das suas atividades

bioquímicas e metabólicas. Além de condições ambientais como temperatura, PH, umidade,

presença ou não de oxigênio (condição aeróbia e anaeróbia). (AYRES, 2014).

Para estudar microrganismos, é preciso, na maioria das vezes, que se criem meios que

favoreçam o desenvolvimento, e isso só é possível em um ambiente in vitro adequado para o

crescimento deles. Diversos tipos de microrganismos como vírus, bactérias, fungos e

protozoários podem ser cultivados, quando se estimula seu crescimento. (KASVI, 2015).

De acordo com Kasvi, (2015) : “uma cultura de microrganismos pode ser classificada como”:

Cultura pura: quando há presenca de um único tipo de microrganismo.

Cultura mista: quando populações de organismos diferentes a constituem.

“Quando usado pela primeira vez, o meio de cultura deve ser estéril, o que significa que

nenhuma forma de vida está presente antes da inoculação com o microrganismo.”(KASVI,

2015).

Os meios de cultura podem ser sólido, quando possui agentes solidificantes, como o ágar;

semissólido, quando há consistência de ágar e gelatina; ou líquido, quando não possui

solidificantes, como um caldo. Classificação de acordo com seus estados físicos. (AYRES,

2014).

Há vários meios de cultura específicos que atendem à diversidade dos microrganismos e às

exigências para o desenvolvimento de cada um. Os meios básicos não atendem a nenhuma

condição nutricional específica de um determinado microrganismo, permitindo apenas o

crescimento. Exemplos: o caldo e o ágar simples. (AYRES, 2014).

Os meios especiais ou complexos já atendem às exigências de determinado microrganismo,

contendo substâncias que propiciam a produção de enzimas e secreções específicas de

determinados microrganismos, impededindo o crescimento de outros que não são de interesse

(seletivos). Exemplo: Manitol, um meio salino com indicador de PH que altera sua cor

quando ocorre o processo de fermentação e produção de ácido. (AYRES,2014).

3.2 Título: como preparar meios de cultura com materiais ALTERNATIVOS

3.3 Público-alvo

Alunos do Ensino Fundamental - 4º ano, faixa etária de 10 a 12 anos.

120

3.4 Problematização

Os microrganismos podem ser de vida livre e/ou parasitária, sendo stes últimos parasitas do

interior ou exterior do corpo. No entanto, muitos deles ao parasitarem, não ficam visíveis,

impossibilitando maiores contatos e conhecimentos. Por isso, é possível preparar meios para

o desenvolvimento de microrganismos a fim de serem observados e estudados?

3.5 Objetivos:

3.5.1 Geral

Preparar meios de cultura alternativos para o desenvolvimento de fungos e bactérias como

alvo de estudo.

3.5.2 Específicos

• propor a utilização de materiais caseiros e de fácil acesso para o estudo de fungos e

bactérias (microrganismos coloniais);

• auxiliar nos estudos de microrganismos como fungos e bactérias;

• motivar os alunos nas aulas de Ciências, tornando-as mais interessantes.

3.6 Materiais para o meio de cultura

Segundo Gentile (apud INGLEZ, 2005) para se preparar os meios de cultura serão utilizados

os seguintes materiais:

Para meios de cultura de bactérias à base de gelatina:

1copo de água.

1pacote de gelatina incolor.

1envelope de caldo de carne sem gordura .

Materiais utilizados para preparo de meios de cultura de bactérias à base de gelatina

121

PASSO A PASSO:

1. Dissolver a gelatina incolor na água

conforme instruções do pacote.

2. Adicionar o caldo de carne misturando-o.

3. Despejar o preparado em tampas de

margarina ou em potes rasos. O meio de

cultura deve cobrir o fundo dos recipientes.

Para meios de cultura de fungos à base de amido de milho ou fubá:

1 copo de água.

1 colher de sopa de amido de milho ou fubá.

122

Materiais utilizados para preparo de meios de cultura de bactérias à base de amido de

milho ou fubá

1. Preparar o mingau com o amido de milho

ou fubá e um copo de água.

2. Misturar bem e levar ao fogo até

engrossar.

3. Colocar o mingau ainda quente em

quantidades suficientes para cobrir o fundo

dos recipientes sugeridos.

Com os meios de cultura alternativos, pode-se proporcionar aos alunos estudos de observação

do desenvolvimento de colônias de bactérias e fungos.

123

Exemplos de desenvolvimento de colônias de bactérias e fungos nos meios de cultura

preparados.

4 DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO

10 minutos Conversa informal com os alunos e aula expositiva sobre a

importância da observação do desenvolvimento dos

microrganismos para uma boa aprendizagem.

5 minutos Respondendo ao questionário pré-teste.

40 minutos Oficina onde se aprenderá a preparar meios de cultura alternativos

para observar colônias de fungos e de bactérias.

5 minutos Avaliação através do questionário pós-teste.

5. AVALIAÇÃO

Será aplicado um questionário, referente ao conteúdo ensinado ao aluno antes da aula prática

– questionário pré-teste.

Durante todo esse procedimento, será feita avaliação dos alunos, baseando-se no Quadro

apresentado na página 15.

Ao final, será aplicado o questionário pós-teste, sistematicamente, para verificar o

conhecimento dos alunos com relação ao conteúdo apresentado.

124

5.1 Questionário pré-teste: o que sei sobre meios de cultura?

1. Você sabe o que é um meio de cultura? ( ) sim ( ) não. Explique

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

2. Você sabe o que são os microrganismos?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

3. Na sua opinião, a umidade é importante para o desenvolvimento de microrganismos?

sim ( ) não ( )

4. Com qual objetivo os fungos e as bactérias atacam e estragam os alimentos?

( ) por que eles são maus ( ) para eles se alimentarem ( ) eles não estragam os alimentos

5. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( ) bactérias ( ) mosquito ( ) ameba

( ) cianobactéria ( ) giárdia ( ) vírus ( ) barata ( ) levedura

6. Assinale abaixo quais são os seres vivos que podem se desenvolver em meios de cultura:

( ) peixe ( ) fermento biológico ( ) tomateiro ( ) solitária ( ) cogumelo ( ) musgo

( ) bactéria ( ) fungos

5.2 Questionário pós-teste: o que aprendi sobre meios de cultura?

1. Existem microrganismos em qualquer ambiente?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza.

2. Os microrganismos podem estragar alimentos?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza.

3. Você sabe o que é um “meio de cultura”? Quais microrganismos podem se desenvolver

em um “meio de cultura” ?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

4. Você acha que as oficinas com as práticas ajudaram no seu aprendizado:

( ) muito ( ) um pouco ( ) nada

5. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( ) bactérias ( ) mosquito ( ) ameba ( ) cianobactéria ( ) giárdia

( ) vírus ( ) barata ( ) levedura

6. Assinale abaixo quais são os seres vivos que podem se desenvolver em meios de cultura:

( ) peixe ( ) fermento biológico ( ) tomateiro ( ) solitária ( ) cogumelo ( ) musgo

( ) bactéria ( ) fungo

125

4 ESTUDO DE BACTÉRIAS

4.1 Apresentação

A falta de conexão do estudo da Microbiologia com o cotidiano dos alunos dificulta muito a

aprendizagem, bem como o interesse deles pela disciplina. Assim, há necessidade de o

professor utilizar recursos didáticos mais atraentes, como a tecnologia aplicada ao ensino de

Microbiologia e experimentos em laboratório, que envolvam os educandos e que, de fato, os

estimulem a conhecer os microrganismos e estabelecer a relação deles com a nossa vida; “o

despertar da consciência sobre a importância desta ciência para a vida das pessoas.”

(KIMURA, 2013).

4.2 As bactérias

“As bactérias estão classificadas no Reino Monera, como organismos constituídos de uma

única célula, ou conjuntos destas formando colônias.”(LINHARES &

GEWANDSZNAJDER, 2005).

Atualmente, sabe-se que as bactérias são os seres mais abundantes do planeta, e que somente

uma minoria é capaz de causar doenças. As bactérias são tão importantes, que sem elas não

poderia haver vida como a que existe no planeta Terra. “As bactérias estão abrigadas em

nosso corpo desde quando nascemos e vivem em nossa pele e sistema digestório. São

classificadas como procarióticas, aspecto que as distingue de outros organismos que são

eucarióticos [...]”. (AMABIS & MARTHO, 2009).

Segundo Linhares & Gewandsznajder (2005): “sua reprodução acontece principalmente de

forma assexuada também conhecida como (divisão binária) ou por esporos, células protegidas

por uma cápsula, que permite sua sobrevivência em condições adversas.” Podem se

reproduzir também por conjugação que consiste na transferência de material genético de um

ser para outro.

Os mesmos autores afirmam que as bactérias são encontradas em ambientes variados:

“algumas causam doenças ao ser humano, podendo viver em seus intestinos e fabricando

vitaminas do complexo B; outras fermentam o leite produzindo coalhada, decompondo

cadáveres e resíduos orgânicos”, sendo muito importantes para a reciclagem da matéria

orgânica na natureza

4.3 Título: cultivando bactérias

4.4 Público-alvo Alunos do Ensino Fundamental I - 4° ano, faixa etária de 10 a 12 anos.

4.5 Problematização As bactérias são microrganismos nocivos aos outros seres vivos. Suas proliferações em

determinadas partes do corpo resultam em maus cheiros como o chulé, o cecê, o mau hálito e

outros. Além de ser uma das responsáveis pela putrefação dos alimentos que passam a possuir

odores desagradáveis. No entanto, existem bactérias que são benéficas e indispensáveis à

vida? Por quê?

126

4.6 Objetivos:

4.6.1 Geral

Estudar as bactérias, podendo visualizá-las.

4.6.2 Específicos

• visualizar e analisar o desenvolvimento de bactérias em diferentes substratos, coletadas de

partes diversificadas do corpo, evidenciando-se que este contém muitos microrganismos;

• favorecer a aproximação dos alunos ao universo microscópico, viabilizando o

ensino/aprendizagem de Ciências;

• visualizar as bactérias utilizando-se o microscópio alternativo;

• propor o emprego de materiais caseiros e que são acessíveis em atividades práticas, para

estudar as bactérias.

4.7 Conteúdos:

• colônias de bactérias.

• meios de cultura.

• microbiologia residente e transitória.

5. DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO

10 minutos Conversa informal com os alunos sobre tipos de bactérias, meios

de contaminação, ambientes mais fáceis de serem encontradas.

Tempestade de ideias. Aula expositiva.

5 minutos Respondendo ao questionário pré-teste.

40 minutos Oficina de Microbiologia onde os alunos aprenderão a cultivar

bactérias, em meios de cultura alternativos. Estas bactérias serão

coletadas de diferentes partes do corpo, microbiota residente e/ou

transitória e de outros materiais encontrados na sala de aula,

visando estudar o desenvolvimento das colônias em função dos

diferentes meios de cultura preparados.

5 minutos Avaliação, através do questionário pós-teste, visando ao

desempenho dos alunos com relação à aprendizagem.

6. PRÁTICAS

Primeiramente, esclarecer os alunos sobre a atividade, bem como sua importância para o

processo pedagógico.

A seguir, preparar dois meios de cultura à base de gelatina incolor, adicionando-se em um

deles caldo de carne; o outro puro, sem o caldo. Colocá-los em recipientes de plástico

transparente (ex: tampa de margarina).

1- Fazer uma cultura da microbiota residente e/ou transitória em diversas partes do corpo de

um dos alunos que se proponha ser voluntário como: palmas das mãos, entre os dedos, sola do

pé, boca, vestíbulos do nariz e ouvido; também de objetos tais como: a carteira da sala de

aula, o lápis, a borracha, o celular, dinheiro.

127

2- Inocular no meio de cultura, utilizando-se um cotonete.

3- Anotar a origem das mesmas a cada inoculação feita nos meios de cultura.

4- Como são meios de cultura alternativos, à base de gelatina, o primeiro ambiente a ser

exposto será o interior da geladeira. Transcorridos três dias, fazer a primeira observação.

5- Fazer outra observação e manter a frequência de tempo, de acordo com o fluxograma da

experiência.

6- Diante das observações, deve-se discutir com os alunos as mudanças aparentes ocorridas

ou não nos meios de cultura.

7. FLUXOGRAMA DA EXPERIÊNCIA

8. AVALIAÇÃO

Aplicar um questionário baseado no conteúdo ensinado ao aluno em sala de aula, antes da

aula prática – questionário pré-teste.

Realizar avaliação processual com os alunos de acordo com o Quadro apresentado na página

15.

Realizar a técnica do “Trabalho de Minuto”, interrompendo-se a oficina pouco antes do

término e pedir aos alunos que respondam brevemente a duas perguntas: Qual foi a

experiência mais interessante vista nesta oficina? Qual foi a questão importante que ficou?

Ao final, fazer outra avaliação através do questionário pós-teste visando ao desempenho deles

com relação à aprendizagem - que será sistematizada.

8.1 Questionário pré-teste: o que sei sobre bactérias?

1. Você sabe o que são os microrganismos?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

2. É muito comum acontecer infecção por falta de cuidados e capricho em determinadas

atividades. Neste caso, as infecções de maneira geral, são causadas por qual ser vivo?

( ) fungo ( ) bactéria ( ) planta ( ) animais

3. Na sua opinião, a umidade é importante para o desenvolvimento de bactérias?

sim ( ) não ( )

4. Com qual objetivo as bactérias atacam e estragam os alimentos?

( ) por que elas são más ( ) para elas se alimentarem ( ) elas não estragam os alimentos

5. Você já presenciou ou participou de alguma aula prática sobre bactérias?

( ) sim ( ) não ( ) não me recordo

6. Qual o tipo de meio de cultura é mais indicado para bactérias?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

__________________________________________________________________

8.2 Questionário pós-teste: o que aprendi sobre bactérias?

1. Existem bactérias em qualquer ambiente?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

2. As bactérias podem estragar alimentos?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

3. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( ) bactérias ( ) mosquito ( ) ameba

( ) cianobactéria ( ) giárdia ( ) vírus ( ) barata ( ) levedura

4. É muito comum acontecer infecção por falta de cuidados e capricho em determinadas

atividades. Neste caso, as infecções de maneira geral, são causadas por qual ser vivo?

130

( ) fungo ( ) bactéria ( ) planta ( ) animais

5. Com qual objetivo as bactérias atacam e estragam os alimentos?

( ) por que elas são más ( ) para elas se alimentarem ( ) elas não estragam os alimentos

6. Você acha que as oficinas com as práticas ajudaram no seu aprendizado sobre bactérias:

( ) muito ( ) um pouco ( ) nada

131

5. FUNGOS EM NOSSO MEIO

5.1 Apresentação

[...] Os fungos são encontrados em quase todo lugar. Junto com algumas bactérias são os

organismos decompositores. Eles obtêm energia através da decomposição de plantas e

animais para poderem crescer e se reproduzir.

Há mais de 100.000 espécies diferentes de fungos.

Os fungos são essenciais na reciclagem dos nutrientes para o solo e lançamento de dióxido de

carbono no ar. Contudo, os fungos podem causar danos para os seres humanos.

Por exemplo, podem atacar frutos que estão caídos no chão ou na geladeira. Fungos atacam

organismos vivos e são fontes de doenças em plantas e animais. Crescem bem em ambientes

úmidos e podem atacar roupas, quadro, papel, couro e fotografias.

Os diferentes tipos de fungos que crescem na umidade são chamados de mofos. Fungos se

espalham por produzirem esporos - minúsculas partículas que podem permanecer suspensas

no ar por longos períodos de tempo. O pó e o aparecimento de cores luminosas de muitos

tipos de mofos normalmente são causados pelos esporos que eles produzem.

Alguns fungos, tais como leveduras (fermentos), são organismos unicelulares. Contudo, a

maioria consiste de esbeltos tubos ou hifas. Em alguns fungos, as hifas estão soltas e fáceis

de serem vistas. Noutros, as hifas são pacotes bem densos, estas estruturas são sólidas.

Cogumelos são bons exemplos de estruturas compostas de filamentos empacotados que

produzem esporos.

Fungos podem crescer no interior de prédios nos lugares úmidos, tais como chuveiros,

cortinas, despensas de alimentos, janelas e ar condicionado. Os esporos produzidos por mofos

podem contribuir significativamente para a poluição do ar e podem desencadear reações

alérgicas em alguns indivíduos. Poluição aérea por esporos de mofos pode ser controlada por

manter baixos níveis de umidade (abaixo de 30%), e manter a área ventilada. Mofo de pão

(Rhizopus stolonifer), é um fungo comum e fácil para observar crescendo [...]

5.2 Título: cultivando fungos

5.3 Público-alvo

Alunos do Ensino Fundamental I – 4° ano, faixa etária de 10 a 12 anos.

5.4 Problematização

É muito comum de tempos em tempos limpar determinados ambientes, armários e

posteriormente deparar com mofos habitando estes locais; mesmo fechados. Qual é a

explicação para estes microrganismos conseguirem se desenvolver e proliferar como um

“passe de mágica”, nestas condições e nestes ambientes?

5.5 Objetivos:

5.5.1 Geral

Observar o desenvolvimento dos fungos.

5.5.2 Específicos

132

• visualizar o desenvolvimento dos fungos, em função dos diferentes ambientes e

temperaturas;

• favorecer a aproximação dos alunos com o universo microscópico, viabilizando o

ensino/aprendizagem de Ciências;

• observar os fungos utilizando-se o microscópio alternativo;

5.6 Conteúdos:

• os fungos.

• meios de cultura.

• células reprodutivas.

6. DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO

10 minutos Conversa informal com os alunos e aula expositiva sobre os

fungos e o aparecimento deles em lugares diversificados, como

um “passe de mágica” (reprodução). Exposição de ideias.

5 minutos Respondendo ao questionário pré-teste.

40 minutos Oficina de Microbiologia objetivando o cultivo e a observação de

fungos em meios de cultura alternativos. As observações serão

feitas em dias consecutivos, visando ao estudo das mudanças nas

colônias em função de diferentes ambientes e temperaturas.

5 minutos Avaliação utilizando-se um questionário pós-teste para medir o

desempenho dos alunos com relação ao ganho de aprendizagem.

7. PRÁTICAS

1. Esclarecer aos alunos sobre a atividade, bem como a sua importância para o processo

pedagógico.

2. Preparar meios de cultura com amido de milho ou fubá, colocá-los em dois recipientes de

plástico com quantidades iguais e apresentar aos alunos. No entanto, um destes meios de

cultura será coberto com um filme de óleo de soja e o outro ficará exposto. Os mesmos serão

submetidos a temperaturas ambientais diferentes.

Meios de cultura de fungos à base de amido de milho

133

Meio de cultura de fungos à base de fubá

3. O primeiro ambiente, a serem expostos os meios de cultura, será o refrigerado, (geladeira).

Transcorridos três dias, os alunos farão a primeira observação.

4. O segundo ambiente, a que os meios de cultura serão submetidos, é o da própria sala de

aula, considerando-se a temperatura local como ótima.

5. Após três dias, os alunos farão outra observação nos meios de cultura no ambiente da sala

de aula, mantendo-os neste por mais três dias. Em seguida, os levarão para o ambiente

“congelado” onde permanecerão por quatro dias dentro do freezer. Passados estes dias,

exponha-os novamente no ambiente com temperatura natural.

Diante das observações, deve-se discutir com os alunos as mudanças significativas ocorridas

nos meios de cultura, anotá-las e desenhá-las em folha específica conforme sugerido no

Quadro a seguir.

FOLHA PARA PREENCHIMENTO EM SALA DE AULA

134

8. FLUXOGRAMA DA EXPERIÊNCIA

9. AVALIAÇÃO

Aplicar um questionário baseado no conteúdo ensinado ao aluno em sala de aula antes da aula

prática – questionário pré-teste.

Realizar avaliação processual com os alunos (Página 15). Ao final,

fazer outra avaliação através de um questionário pós-teste, para verificação da aprendizagem,

que será sistematizada.

9.1 Questionário pré-teste: o que sei sobre fungos?

1. Você sabe o que são os microrganismos?

135

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

2. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( ) bolor ( ) mosquito ( ) ameba

( ) cianobactéria ( ) giárdia ( ) vírus ( ) barata ( ) levedura

3. O “fermento de padaria” é utilizado no preparo de massas, com o objetivo de fazer com que

estas cresçam e tomem textura fina e macia. Podemos dizer que o “fermento de padaria” é um

ser vivo? ( ) sim ( ) não

Em caso positivo, de qual ser vivo o fermento se trata?

( ) fungo ( ) bactéria ( ) farinha ( ) fermento químico

4. Na sua opinião, a umidade é importante para o desenvolvimento de fungos? sim ( ) não ( )

5. Com qual objetivo os fungos atacam e estragam os alimentos?

( ) por que eles são maus ( ) para eles se alimentarem ( ) eles não estragam os alimentos

6. Você já presenciou ou participou de alguma aula prática sobre fungos?

( ) sim ( ) não ( ) não me recordo

7. Qual o tipo de meio de cultura é mais indicado para fungos?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

__________________________________________________________________

9.2 Questionário pós-teste: o que aprendi sobre fungos?

1. Existem fungos em qualquer ambiente?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

2. Os fungos podem estragar alimentos?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

3. Assinale os seres vivos que só podemos ver com auxílio de um microscópio:

( ) verme ( ) feijão ( ) bolor ( ) mosquito ( ) ameba

( ) cianobactéria ( ) giárdia ( ) vírus ( ) barata ( ) levedura

4. O “fermento de padaria” é utilizado no preparo de massas, com o objetivo de fazer com que

estas cresçam e tomem textura fina e macia. Podemos dizer que o “fermento de padaria” é um

ser vivo? ( ) sim ( ) não

Em caso positivo, de qual ser vivo o fermento se trata?

( ) levedura ( ) bactéria ( ) farinha ( ) fermento químico

5. Com qual objetivo os fungos atacam e estragam os alimentos?

( ) por que eles são maus ( ) para eles se alimentarem ( ) eles não estragam os alimentos

6. Você sabe algum exemplo do que comemos em nossa alimentação, e que é proveniente dos

fungos? Cite 2 exemplos de alimentos.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

136

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

7. Você acha que as oficinas com as práticas ajudaram no seu aprendizado sobre fungos:

( ) muito ( ) um pouco ( ) nada

137

6. ANIMAIS

6.1 Apresentação

Existem mais de um milhão de espécies de animais catalogadas, mas acredita-se que há entre

três e trinta milhões de espécies de animais viventes. São organismos eucarióticos como os

fungos, protistas e plantas, e diferem das bactérias que são seres procarióticos, são

multicelulares (ou pluricelulares). Outra característica dos animais é a nutrição heterotrófica,

como a dos fungos, diferindo-se das plantas e das algas que são autotróficas fotossintetizantes

(AMABIS & MARTHO, 2010).

De acordo com Mendonça & Laurence (2010), “no ciclo de vida dos animais, a reprodução

sexuada predomina, no entanto, existem animais que se reproduzem assexuadamente”.

Informalmente, os animais são classificados em dois grandes grupos - os vertebrados, que têm

vértebras, representados pelos peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos; e os animais

invertebrados, que não têm vértebras, representados por um grupo muito grande como os

insetos, os anelídeos, os crustáceos e muitos outros. Nem todo animal vertebrado tem

vértebras, como os do grupo das feiticeiras, que não apresentam vértebras, mas apresentam

crânio rudimentar que protege a região do sistema nervoso. (MENDONÇA & LAURENCE,

2010).

Com exceção das esponjas, que não possuem tecidos verdadeiros, os animais têm diversos

tecidos corporais como o tecido muscular e o nervoso, que representam um traço marcante do

grupo que é a movimentação ativa com grande rapidez e precisão. (MENDONÇA &

LAURENCE, 2010).

6.2 Título: estudando microestruturas de animais invertebrados

6.3 Público-alvo Alunos do Ensino Fundamental I - 4° ano, faixa etária de 10 a 12 anos.

6.4 Problematização

Do ponto de vista macroscópico, os animais invertebrados aparentam ser muito simples, sem

microestruturas visíveis. No entanto, analisando-se ao microscópio alternativo essa aparência

se mantém ou microestruturas serão detectadas?

6.5 Objetivos:

6.5.1 geral

Estudar os animais invertebrados e suas estruturas microscópicas.

6.5.2 Específicos

• visualizar e analisar estruturas e microestruturas de animais invertebrados que não podem

ser vistas a olho nu, utilizando-se o microscópio;

• propor a utilização de materiais caseiros e de fácil acesso em atividades práticas, para o

estudo da Microbiologia;

138

• favorecer a aproximação dos alunos com o universo microscópico viabilizando o

ensino/aprendizagem de Ciências.

6.6 Conteúdos:

• animais invertebrados.

• microestruturas.

7. DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO

10 minutos Aula expositiva com os alunos sobre estruturas microscópicas de

animais invertebrados. Compartilhando conhecimentos.

5 minutos Aplicando o questionário pré-teste.

40 minutos Experiência no laboratório visando estudar microestruturas de

animais invertebrados.

5 minutos Avaliação processual com os alunos. Ao final da oficina, será

feita outra avaliação através do questionário pós-teste para a

verificação da aprendizagem.

8. PRÁTICAS

I- Pedir aos alunos que levem animais invertebrados que já foram encontrados mortos,

evidenciando que não é permitido matar os animais para serem utilizados para a atividade

prática. Os animais a serem capturados podem ser: formigas, grilos, baratas, besouros,

tanajuras, mosquitos, cupins, e outros. Os alunos devem estar atentos para não manipular os

animais sem proteção e cuidado, uma vez que existem alguns que picam e são peçonhentos;

II- Esclarecer sobre a atividade, bem como sua importância para o processo de ensino-

aprendizagem;

III- Realizar a experiência no laboratório, utilizando o microscópio alternativo, sedimentando

teorias, a princípio, desconhecidas pelos estudantes.

IV- Esses alunos deverão portar equipamentos apropriados para este fim, como luvas, jalecos

e outros que se fizerem necessários para a realização da oficina que abrangerá conteúdos de

estruturas microscópicas de animais, visando introduzi-los no “mundo das ciências”;

V- Procedimento no laboratório:

1- Desmembrar os animais utilizando uma pinça pequena. Colocar as estruturas como asas,

pernas, cerdas etc. em lâmina de vidro (material de laboratório);

2- Observar as lâminas ao microscópio alternativo, que segundo informações do autor KENJI

YOSHINO, apud ROSSIN, 2014, amplia base de 300 vezes, possibilitando a visualização das

microestruturas;

3- Desenhar as estruturas e microestruturas observadas em folha (a seguir);

4- Observar as lâminas dos colegas;

5- Durante toda a oficina, será realizada avaliação processual com os alunos;

6- Ao final, fazer outra avaliação através do questionário pós-teste visando aferir o

desempenho dos alunos com relação à aprendizagem, por meio da oficina.

FOLHA PARA O PREENCHIMENTO EM SALA DE AULA

139

9. AVALIAÇÃO

Aplicar um questionário que foi baseado no conteúdo ensinado antes da aula prática – pré-

teste.

Durante toda a prática realizar avaliação processual com os alunos, baseando-se no Quadro

apresentado na página 15.

Ao final, realizar outra avaliação através de um questionário elaborado para o pós-

teste visando à competência deles com relação à aprendizagem, que será sistematizada.

9.1 Questionário pré-teste: o que sei sobre microestruturas dos animais invertebrados?

1. Você sabe quais são os tipos de animais invertebrados que existem? ( ) sim ( ) não ( ) não

tenho certeza

Cite 3 exemplos destes.

2. Assinale os tipos de animais que só podemos ver em ambientes úmidos:

( ) lesma ( ) lagarto ( ) tubarão ( ) mosquito ( ) rã

( ) caranguejo ( ) minhoca ( ) formiga ( ) lacraia ( ) louva – a – deus

3. O bicho-pau tem forma semelhante a um graveto, o que representa uma maneira de enganar

predadores ou presas. Esse fenômeno, usado por vários animais para aumentar sua chance de

sobrevivência, é denominado:

( ) antibiose ( ) camuflagem ( ) herbivoria ( ) simbiose.

140

4. Na sua opinião, a água é importante para a reprodução de alguns animais?

sim ( ) não ( )

5. Vimos que no ciclo de vida dos animais, a reprodução sexuada é que predomina.

Entretanto, existem animais que podem se reproduzir assexuadamente?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

6. Você sabe o que é um organismo heterótrofo? ( ) sim ( ) não. Explique.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

9.2 Questionário pós-teste: o que aprendi sobre microestruturas dos animais

invertebrados?

1. Os animais habitam todos os ambientes da Terra?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

2. Vimos que no ciclo de vida dos animais, a reprodução sexuada é que predomina.

Entretanto, existem animais que podem se reproduzir assexuadamente?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

3. Assinale os tipos de animais que só podemos ver em ambientes úmidos:

( ) lesma ( ) lagarto ( ) tubarão ( ) mosquito ( ) rã

( ) caranguejo ( ) minhoca ( ) formiga ( ) lacraia ( ) louva-a-deus

4. O bicho-pau tem forma semelhante a um graveto, o que representa uma maneira de enganar

predadores ou presas. Esse fenômeno, usado por vários animais para aumentar sua chance de

sobrevivência, é denominado:

( ) antibiose ( ) camuflagem ( ) herbivoria ( ) simbiose

5. Você sabe o que é um organismo heterótrofo? ( ) sim ( ) não. Explique.

___________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

6. Você acha que as oficinas com as práticas ajudaram no seu aprendizado:

( ) muito ( ) um pouco ( ) nada

141

7. CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS PLANTAS

7.1 Apresentação

As plantas são seres vivos eucarióticos, multicelulares, e autotróficos, capazes de produzirem

por meio da fotossíntese, substâncias orgânicas que lhes servem de alimento. Suas células

têm parede celular de celulose, grandes vacúolos e plastos. Nas partes das plantas expostas à

luz, os plastos estão especializados na fotossíntese e contêm clorofila, sendo por isso

denominados cloroplastos. (AMABIS & MARTHO, 2010).

Atualmente, são conhecidas mais de 300 mil espécies de plantas. Elas costumam ser divididas

em quatro grupos informais de acordo com sua organização corporal e características

reprodutivas: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas, podendo ser vasculares,

por portarem vasos condutores de seiva; ou avasculares, plantas que não possuem vasos

condutores ou estes são muito pequenos como os encontrados nas briófitas. (AMABIS &

MARTHO, 2010).

O ramo da Biologia que estuda as plantas é a Botânica. Acredita-se que as plantas terrestres

tenham surgido de um grupo ancestral de algas verdes, pois existem várias características que

as aproximam, como a presença de parede celular constituída principalmente de celulose e

clorofila a e b nos cloroplastos. Na passagem evolutiva das algas verdes para as plantas

terrestres, surgiram muitas características que se mantiveram presentes por seleção natural,

pois se revelaram adaptativas no ambiente terrestre. (LOPES & ROSSO, 2013).

7.2 Título: estudando as microestruturas das plantas

7.3 Público-alvo

Alunos do Ensino Fundamental I - 4° ano, faixa etária de 10 a 12 anos.

7.4 Problematização

O aparelho reprodutor das plantas, bem como outras microestruturas, é um assunto que gera

bastantes alusões e dúvidas; uma destas está relacionada ao tamanho. O estudo das

microestruturas das plantas é importante para a compreensão da ecologia como um todo?

7.5 Objetivos:

7.5.1 Geral Observar as microestruturas das plantas.

7.5.2 Específicos

• entender a função das microestruturas das plantas

• favorecer a aproximação dos alunos com o universo microscópico, viabilizando o

ensino/aprendizagem de Ciências.

7.6 Conteúdos

• O Reino Plantae.

• estruturas microscópicas.

• órgãos reprodutivos.

142

8. DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO

10 minutos Exposição do conteúdo pelo professor sobre “As Plantas”-

características microscópicas.

5 minutos Respondendo ao questionário pré-teste.

80 minutos Visita a um pátio onde haja muitas quantidades e tipos de plantas.

Aula prática com os alunos no laboratório, visando analisar as

estruturas microscópicas das plantas.

5 minutos Avaliação a partir de um questionário pós-teste visando aferir o

desempenho dos alunos com relação à aprendizagem.

9. PRÁTICAS

Esclarecer aos alunos sobre a atividade, bem como sua importância para o processo

pedagógico.

I- Fazer uma visita onde haja muita quantidade e tipos de plantas. O objetivo é conhecer um

pouco sobre a biologia e características microscópicas das plantas, suas microestruturas e

funções;

II- Informar para os alunos quais estruturas das plantas deverão ser coletadas, para a análise

das microestruturas. Cada aluno deve coletar apenas uma estrutura, para que não haja danos à

natureza;

III- Durante a visita, orientar os alunos a observarem as plantas que forem encontrando no

pátio;

IV- Solicitar que façam anotações sobre as características, se as plantas possuem flores, frutos

e sementes;

V- À medida que forem observando, coletar estruturas das plantas, designadas para cada

aluno tais como: flores contendo os aparelhos reprodutores masculino e feminino com grãos

de pólen, folhas, musgos;

VI- Registre o dia e a hora da visita.

Obs.: Acrescentar outras plantas que os alunos queiram conhecer e que ocorram em casa, nos

arredores dela e no trajeto para a escola. Sempre combinando previamente o que será coletado

por cada aluno, para que não haja exploração do meio ambiente e consequente desperdício.

1- No laboratório, trabalhar as estruturas microscópicas das plantas que foram coletadas pelos

alunos em consenso tais como: folhas contendo vasos condutores, flores contendo aparelhos

reprodutores masculino e feminino, musgos.

2- Observar as microestruturas masculinas (grãos de pólen), colocando as anteras em um

pires, e amassando-as para liberar os grãos de pólen.

3- Observar ao microscópio alternativo, fazer registros detalhados do que está sendo

observado.

4- Desenhar as estruturas em folha (a seguir).

5- Discutir com os alunos as estruturas microscópicas não aparentes.

6- Outras estruturas, como as estruturas reprodutoras femininas, podem ser observadas.

6.1- Basta colocá-las na objetiva do microscópio e analisá-las.

143

FOLHA PARA PREENCHIMENTO EM SALA DE AULA

10. AVALIAÇÃO

Será aplicado um questionário baseado no conteúdo ensinado antes da aula prática -

questionário pré-teste.

Durante toda a prática, será realizada avaliação processual com os alunos baseando-se no

Quadro apresentado na Página 15.

Ao final, será feita outra avaliação através de um questionário, o pós-teste, para verificar a

competência deles em relação à aprendizagem, que será sistematizada.

10.1 Questionário pré-teste: o que sei sobre microestruturas das plantas?

1. Você sabe quais são os tipos de plantas que existem?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

2. Assinale os tipos de plantas que só podemos ver em ambientes úmidos:

( ) goiabeira ( ) feijoeiro ( ) avenca ( ) roseira ( ) pinheiro

( ) samambaia ( ) lodo ( ) cipreste ( ) abacateiro( ) alface

3. É comum percebermos que a terra dos vasos de plantas diminuiu com o passar do tempo.

Podemos dizer que as plantas comem parte desta terra? ( ) sim ( ) não

Em caso negativo, como elas se alimentam?

( ) através da água ( ) através do ar ( ) fazem fotossíntese ( ) dos nutrientes

144

4. Na sua opinião, a água é importante para o desenvolvimento de alguns grupos de plantas?

sim ( ) não ( )

5. Embora pensemos que as plantas só se reproduzem através de brotamento (reprodução

assexuada), elas também são capazes de trocar material genético entre si (reprodução

sexuada). Como as plantas se reproduzem sexuadamente?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

6. Você sabe o que é um ser autotrófico? ( ) sim ( ) não. Explique.

___________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

10.2 Questionário pós-teste: o que aprendi sobre microestruturas das plantas?

1. Existem plantas em qualquer ambiente?

( ) sim ( ) não ( ) não tenho certeza

2. Toda planta possui estruturas tais como: folha, flor, semente e fruto?

( ) sim ( ) Não ( ) não tenho certeza

3. Assinale as estruturas abaixo que fazem parte dos aparelhos reprodutores das plantas:

( ) estigma ( ) grãos de pólen ( ) pétalas ( ) antera

( ) sépalas ( ) filete ( ) cabo( ) folha ( ) fruto

4. Embora pensemos que as plantas só se reproduzem através de brotamento (reprodução

assexuada), elas também são capazes de trocar material genético entre si (reprodução

sexuada). Como as plantas se reproduzem sexuadamente?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

5. É comum percebermos que a terra dos vasos de plantas diminui com o passar do tempo.

Podemos dizer que as plantas comem parte desta terra? ( ) sim ( ) não

Em caso negativo, como elas se alimentam?

( ) através da água ( ) através do ar ( ) pela fotossíntese ( ) dos nutrientes

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

6. Você acha que as oficinas com as práticas ajudaram no seu aprendizado:

( ) muito ( ) um pouco ( ) nada

145

REFERÊNCIAS

AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia: Biologia dos organismos. In:______.

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poríferos e cnidários. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2010. v.2.

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LOPES, S. ROSSO, S. Bio: Manual do Professor. In: ______.Citologia e envoltórios

celulares. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

146

LOPES, S. ROSSO, S. Bio: Manual do Professor. In:______. Evolução e classificação das

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MENDONÇA, V. LAURENCE, J. Biologia: Os Seres Vivos. In:______. Introdução ao

Reino Animal Porifera e Cnidaria. São Paulo: Nova Geração, 2010. V. 2.

ROSSIN, G. Aprenda como transformar seu smartphone em um microscópio caseiro.

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http://quimicamonalisaaraujo.blogspot.com.br/

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http://www.icb.usp.br/bmm/index.php?option=com_content&view=article&catid=16%3Aestr

utura-interna&id=38%3Asetor-de-apoio-tecnico-sat-&lang=en

http://pt.dreamstime.com/imagens-de-stock-royalty-free-experincia-falhada-image28221059

https://aulanapratica.files.wordpress.com/2015/07/exercc3adcios-com-as-regras-de-

seguranc3a7a-no-laboratc3b3rio.pdf