36
#10 FEV/MAR 2014 €5 OFERTA FLEXíVEL E MAIOR CONTACTO COM O CLIENTE GRANDE ENTREVISTA FRANCESCO SIGNORETI, CEO BRAVOFLY-RUMBO OPINIãO Aeroportos: a evolução para um maior foco no cliente ANáLISE Quais os passos para abrir uma agência de viagens? ATUALIDADE A influência dos grandes eventos desportivos no Turismo EM FOCO O Museu dos Bacalhaus: um novo equipamento em Ílhavo

Ponto Turismo 10

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Ponto Turismo 10

#10FEV/MAR2014 €5

Oferta flexível e maiOr cOntactO cOm O cliente

GranDe entreviStaFRAncEsco signoREti, cEo BRAVoFly-RuMBo

OpiniãOAeroportos:

a evolução para um maior foco

no cliente

análiSeQuais os passos

para abrir uma agência de

viagens?

atualiDaDeA influência dos

grandes eventos desportivos no

turismo

em fOcOo Museu dos

Bacalhaus: um novo equipamento

em Ílhavo

Page 2: Ponto Turismo 10
Page 3: Ponto Turismo 10

#10 FEV/MAR 2014

3 editorial

Somos mais que muitos!“A vida não pode existir em sociedade

senão através de concessões recíprocas.”› Samuel Johnson

quer costas são largas. A verdadeira responsabilidade de quem nos representa é fazer isso mesmo: Representar-nos! E a todos, de preferência, tal como qualquer governa-ção minimamente democrática o exige. Por isso, senhores diretores, presidentes ou secretários gerais de diferentes órgãos de representação, procurem consensos e compro-missos em vez de divisões. Procurem apoios, interesses comuns e gerais em vez de lobbies mesquinhos e reduto-res. negoceiem com todos e não excluam quem não tem as mesmas opiniões ou simpatias. no fundo, façam por se tornarem mais indispensáveis...nota: seguramente que o leitor mais informado sabe que não me dirijo a todas as associações ou organismos de representação. Apenas a alguns.no décimo número da Ponto, a entrevista central com o diretor da Agência de Viagens Rumbo, toca em temas sensíveis nomeadamente a entrada no “corporate” e a dinâmica da venda online. Destaque particular para os artigos de Armando Rocha sobre a influência mútua dos aeroportos e turismo e de Alberto Barroso sobre como so-mos avaliados na internet, enquanto potenciais clientes. Finalmente destacaria a entrevista do caderno Amadeus, com o diretor da agência de viagens Açoribérica – Vítor gonçalves – a demonstrar que a insularidade não belisca o dinamismo e cultura de cliente. Espero que gostem.Até daqui a dois meses e… boa leitura!

Miguel QuintasDiretor geral

Hoje dei-me ao trabalho de ir ao sítio do turismo de Portugal pesquisar o número de associações nacionais que oficialmente são consideradas para o instituto. são 36! As oficiais, naturalmen-

te. conheço pelo menos mais umas outras tantas.

oiço, há muitos anos, que o nosso setor tem demasiadas asso-

ciações, instituições e outros grupos de interesses ou de “pressão”. Já perdi na me-mória do tempo a primeira vez que me comentaram o assunto. oiço também, com regularidade, que esta “atomização” da re-

presentatividade é má para os centros de decisão. Que

prejudica a criação de consen-sos e compromissos. Que as vo-

zes “pequenas” não têm força para se fazer ouvir, etc. coincidência ou não,

estas afirmações vêm com demasiada frequên-cia precisamente dos diretores ou responsáveis máximos dessas mesmas entidades. Aqueles que mais elevam a voz nesse sentido apresentam-se, muitas vezes, como os principais contribuidores para o “estado de sítio” que temos em matéria de número de organizações turísti-cas de representação. seja porque foram eles próprios a constituir mais uma associação, seja porque, com os

seus discursos e ações geraram graves cisões que desaguaram em novas organizações con-

correntes. Parece que por vezes se es-quecem que são eles as partes inte-

grantes, maiores ou menores, do próprio problema. Parece que se esquecem que quando al-guém não se vê representado, procura quem o represente. A responsabilidade de quem nos representa não termina após comer o croquete em

mais uma festa ou receção ou dar um “tapa” no ombro de quem

subsidiou um evento. Para isso qualquer boca serve. Para isso quais-

“A verdadeira

responsabilidade de quem nos representa é fazer isso mesmo:

Representar-nos! E a todos, de preferência”

Page 4: Ponto Turismo 10

APOIO: TODAS AS INFORMAÇÕES EM:ORGANIZAÇÃO

Todo o PaísOnde?

Estudantes > Turismo, Marketing, Gestão

Empresas > Todo o setor do Turismo

Para quem?

Programa de apoio à contratação de jovens qualificados

O que é?

Inicio a partir do mês de Outubro

Quando?

Reconhecimento e valorização da carreiraIntegração de jovens nas empresasAumento da competitividade para as empresas

Para quê?

www.forumturismo21.orgwww.facebook.com/forumturismo21

PROGRAMAVALORIZA-TE

Page 5: Ponto Turismo 10

5

#10 FEV/MAR 2014

5 índice ficha técnica

8propriedade Amadeus soluciones tecnologicas, s.A.

sucursal em Portugal

SedeRua de são José, 35 - 4º andar

1150-321 lisboa, Portugaltel.: 21 321 30 99 - Fax: 21 322 58 75E-mail: [email protected]

Diretor GeralMiguel Quintas

Diretora da ponto turismo Helena torres

Bimestral · Ano - 2014 - Edição 10

coordenação [email protected] · tel.: 21 321 30 99

produção de conteúdos e ediçãoMediapearl - Comunicação e Serviços, Lda.tel.: 214 037 656 · [email protected]

[email protected] · tel.: 21 321 30 99

ilustração capaPedro taquelim

fotografiaMediapearl

produçãoMediapearl - Comunicação e Serviços, Lda.

centro Empresarial tejoRua de Xabregas, lote A, Piso 1, sala 13

1900-440 [email protected]

impressão e acabamentoRBM - Artes gráficas

tiragem1300 exemplares

registo na erc n.º 126281

Depósito legal n.º 350109/12

A revista Ponto turismo é uma publicação da Amadeus Portugal. A empresa não se identifica necessariamene com o conteúdo dos artigos nem com as opiniões dos seus colaboradores. É proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização prévia da empresa editora.

tecnologiaBehavioural targeting:como estamos a ser ‘estudados’ na internet

análisePequeno guia de orientaçãocomo abrir uma agência de viagens? os passos a dar

Fórum turismo 2.1Para uma nova geração de profissionais de viagens, turismo e eventos

atualidadeA importância do Desporto e dos Mega Eventos para o turismo do Brasil

lifestyle Design de interiores bem estruturadoé uma mais valia num espaço comercial

viagem de: iva Domingues“Viagens é dinheiro que eu gasto com prazer”

OpiniãoAeroportos e turismo

Grande entrevistaFrancesco signoretti - cEo Bravofly Rumbo

em foconovo aquário no Museu Marítimo:À descoberta do bacalhau em Ílhavo

entrevista cadernoVítor gonçalvesDiretor geral Açoribérica

Soluções“Amadeus travel Preferences Manager”

notíciasnovo posicionamento da marcaAmadeus muda de logótipo, imagem, website

“temos de estar preparados para ser

competitivos nos diferentes suportes”

um dos desafios para os próximos anos na Bravofly-Rumbo

passa por oferecer aos clientes uma experiência de consumo

diferente para cada dispositivo. o grupo está a trabalhar nisso e faz

disso uma prioridade.

13 30 32

06 24

26

30

08

13

15

19

2132

34

Page 6: Ponto Turismo 10

armando calvão rocha

Sócio da neoturis - Consultoria em Turismo

Em constante evoluçãoaeroportos e turismo

A evolução nos aeroportos é constante e muitos operadores já perceberam que estas infraestruturas já são mais do que locais para apanhar aviões. Agora são também centros de lazer com uma oferta de serviços muito alargada e melhorada a pensar no conforto do passageiro que muitas vezes, é obrigado a passar ali várias horas.

#10 FEV/MAR 2014

6

neste ano que ora terminou, em que os aeroportos, internacio-nais, pelas mais variadas razões estiveram na ordem do dia, na maior parte dos casos pelas piores, começamos o ano com uma lufada de otimismo.

todos nós temos bem presentes as imagens oferecidas pelas televisões a mostrarem as consequências do mau tempo no Reino unido, e nalgu-mas cidades dos Estados unidos que colocou os aeroportos num caos ao terem que ser cancelados a maioria dos voos.o triste espetáculo de milhares de pessoas em vésperas de natal, desta vez culpa da neve, acantonadas pelos aeroportos dos EuA veio confirmar o quão difícil e dramático se torna viajar, nos dias de hoje.ninguém gosta de ficar retido, seja em trânsito ou longas esperas, e mui-to menos num aeroporto, pelas mais variadas razões!infelizmente, para a maioria dos passageiros que passaram por esta ter-rível experiência neste natal que ora passou, viajar deixou de ser um luxo, uma necessidade, ou mesmo um prazer para passar a ser um pesadelo.Felizmente alguns dos maiores e mais movimentados aeroportos do mundo entenderam que os aeroportos deixaram de ser, apenas, locais onde se apanham aviões, mas também, espaços de lazer onde o con-forto dos passageiros é cada vez mais importante, pelo que assistimos a investimentos, fora do normal, na maioria das aerogares (lisboa inclu-ído), tendo em vista melhorar a qualidade dos serviços oferecidos aos passageiros.os aeroportos já são, também, centros de lazer, senão veja-se o exemplo do casino no aeroporto de Amesterdão, o fabuloso centro comercial de lo-jas de artigos de luxo dos aeroportos de singapura e Hong Kong, e o con-

forto e ambiente sereno do aeroporto de Munique (embora à sua escala).os aeroportos mais criticados, nos últimos tempos, pela sua falta de ca-pacidade e de condições para receberem tantos passageiros – os aero-portos do Reino unido – estão na dianteira em termos de melhoramentos e investimentos.Estamos a falar, em particular, de Heathrow, que com o terminal 5, irá receber 35 milhões de passageiros adicionais...De igual modo a nossa vizinha Espanha e em particular, o aeroporto de Barajas tem feito um esforço financeiro incomensurável para dotar as suas infraestruturas aeroportuárias com as melhores condições operacio-nais e de conforto de passageiros.Em Portugal, embora com os constrangimentos que todos conhecemos, lisboa tem vindo a melhorar a sua atenção para com os passageiros e o Porto é já uma realidade, com uma excelente aerogare, tendo em conta que os aeroportos nacionais continuam a crescer em número de passageiros recebidos.Em lisboa quem não nota a significativa melhoria do conforto para os passageiros criando novos espaços de descanso bem como as zonas co-merciais mais parecendo um centro comercial que um aeroporto.Por outro lado foi notável a melhoria extraordinária de despacho de ba-

Opinião Aeroportos e turismo

Page 7: Ponto Turismo 10

7nome do conteúdo do capítulo nome do capítulo

#10 FEV/MAR 2014

7Aeroportos e turismo Opinião

não apenas por razões que se prendem com a sua operacionalidade mas também pelo facto de que por muitos investimentos que se façam a sua saturação será uma realidade, face ao aumento de tráfego, bem mais próxima do que alguns “vaticínios” e quem continuar a dizer que há que manter a Portela, ou não passa no ae-roporto pelas “agruras” de qualquer passageiro mesmo com as recentes melhorias, ou pura e simplesmente não viaja, para não falar da com-petitividade do destino, que irá sofrer ao não ser tomada uma decisão.Por último resta-me relembrar que, segundo um estudo da eMarketter, em 2013 pratica-mente dois terços dos potenciais viajantes, antes de viajarem fizeram a sua pesquisa na net, passando algum tempo a pesquisar, coisa impensável há 3 ou 4 anos, ou seja, a internet no Mundo do turismo veio para ficar, e vai conti-

gagens à chegada e aumento de capacidade dessa zona.Para os menos atentos, todas essas obras fo-ram ainda feitas com o Estado como acionis-ta único da AnA e anteriores à privatização da empresa.Esperemos que os novos acionistas continuem a privilegiar o consumidor passageiro e que o anunciado aumento de taxas de aeroporto, já contestado pelas companhias a operarem na Portela, não ponha em causa a competitividade de lisboa como destino e não fique conhecida como a primeira grande decisão da AnA priva-da, pelas piores razões.Por outro lado um tema do qual pouco se tem falado e cuja decisão continua a ser adiada; Ha-verá ou não novo aeroporto?Depois de tanta polémica, tantos rios de tinta escritos sobre a mesma, um sem número de estudos e de correntes de opinião a favor e con-tra, umas bem fundamentadas outras apenas para atear achas à fogueira, o que é um facto é que, seja ele onde for, necessitamos de um novo aeroporto uma vez que o atual não serve,

nuar imparável, o que, a acrescentar às abertu-ras de hotéis previstas para 2014, exatamente 1900…num total de 480.000 novas camas pelo Mundo fora, com particular relevo para a Ásia, que contará com 869 novos hotéis; são boas notícias num Ano que agora começa. l

Boas viagens em 2014!

Espanha tem feito um

esforço financeiro para dotar os seus aeroportos

com as melhores condições operacionais

e de conforto de passageiros

Page 8: Ponto Turismo 10

#10 FEV/MAR 2014

8

francesco Signoretti

CEO Bravofly Rumbo

Grande entrevista Francesco signoretti

Page 9: Ponto Turismo 10

Francesco signoretti chegou à Bravofly em 2010 e já sabia que se tratava de um dos principais operadores online no setor das viagens e turismo na Europa graças, sobretudo, à sua oferta de voos, hotéis, pacotes de férias, cruzeiros, rent-a-car. Hoje faz uma análise do grupo, anuncia os principais eixos de crescimento e expansão e faz um balanço desde a compra da Rumbo.

Compra da Rumbopara duplicar a

capacidade tecnológica e de desenvolvimento

Foto: ADolFo cAllEJo

9

#10 FEV/MAR 2014

f.S. › sim, acreditamos fir-memente nela. Em Portu-gal e Espanha temos a Rumbo; em itália temos a Volagratis e usamos a Bravofly ou Rumbo em outros mercados. Pode-mos estar presentes em

diversos países através de marcas diferentes segmen-

tadas por produtos. Por exem-plo, em Espanha está a viajar.

com, mais dedicada ao negócio de lazer, o que nos permite centrar mais em

pacotes do que em voos como acontece com a Rumbo. A oferta é tão ampla que oferecemos todos os produtos, mas os que mais nos diferencia é que pode-mos fazer uma aproximação com diferentes marcas no mesmo país.

ponto t. › Vão haver novas aquisições?f.S. › Este é um período em que a tendência é para a consolidação na indústria. Existem muitas oportunidades, por isso estamos abertos a avaliar outras possibilidades quanto se apresentem mas não temos um plano especí-fico traçado. tanto em crescimento como em aquisições,

Francesco signoretti Grande entrevista

Estamos muito

satisfeitos. Somos líderes e estamos

muito satisfeitos com os resultados em Portugal.

Espanha é, para o grupo, o mercado

principal

ponto turismo › A Bravofly comprou a Rumbo há pouco mais de um ano. O que é a Rumbo trouxe à Bravofly?francesco Signoretti ›Em primeiro lugar, a com-plementaridade geográfica porque a Bravofly não estava presente nem em Espanha nem em Portu-gal, onde abriu negócio.A Rumbo trouxe muito co-nhecimento, por exemplo, nos setores de engenharia e tecnologias de informação, nos quais duplicámos a nossa capacidade. Além disso trouxe-nos muita experiência em companhias aé-reas gDs. A Bravofly era muito mais forte em low cost, assim complementaram-se!

ponto t. › A Bravofly opera em muitos mercados, como está o negócio em Portugal e Espanha com a crise?f.S. › Estamos muito satisfeitos. somos líderes e esta-mos muito satisfeitos com os resultados em Portugal.Espanha é, para o grupo, o mercado principal atualmente, à frente da itália e de França. Estamos a crescer em todos os mercados por isso, vejo a luz ao fundo do túnel.

ponto t. › Bravofly, Viajar, Rumbo...vão manter a es-tratégia multimarca?

Page 10: Ponto Turismo 10

Foto: ADolFo cAllEJo

#10 FEV/MAR 2014

10 Grande entrevista Francesco signoretti

França e Alemanha seriam interessantes. no que diz respeito a crescimento num sen-tido mais amplo, o sudeste da Ásia interes-sa-nos muito. Estamos lá em alguns países, mas temos planos para abrir noutros novos num futuro muito próximo.

ponto t. › O mercado asiático é muito dife-rente?f.S. › É diferente, mas com a nossa plataforma atual podemos ter êxito lá desde que a personalizemos de acordo com as necessidades locais. Mas sim, estamos a constatar que existe um grande terreno para explorar. Pessoalmente acho que o importante é ofe-recer uma boa tecnologia e websites fáceis de usar, não há outra receita. isso funciona em qualquer lugar.

ponto t. › Como é que distribuem a vossa oferta?f.S. › os voos são, claramente, o produto principal, o que utilizamos como cartão de visita em cada país. É a nossa especialidade, sobretudo no que refere a combinações de voos de diferentes companhias, e especialmente na Europa, onde há muitas companhias aéreas e muitas delas são low cost. os voos são a nossa marca de identidade. nos países novos tam-bém os oferecemos como serviço básico a partir do qual trabalhamos para ampliar a oferta para o cliente através de serviços complementares.

ponto t. › Como é que estão a funcionar esses serviços

f.S. › Muito bem. Estamos muito contentes e focados neles. Por exemplo, oferecemos a possi-

bilidade de realizar o check-in no nosso site. isto é muito importante no caso das low cost porque mui-

tas obrigam a fazer o check-in nos sites e se as pessoas se esquecem são obrigadas a pagar. nós oferecemos este tipo

de serviços, pacotes ou seguros que oferecem proteção em caso de can-celamento; aplicações para que o processo de booking seja mais fácil e menos intrusivo, estacionamento os aeroportos, transferes… realmente o futuro está nas receitas dos serviços complementares aos voos.

ponto t. › Quanto é que representam esses serviços no seu volume de negócios?f.S. › Depende do país e dos casos. Estão a ser cobradas importâncias em todos os sítios e em todos os ramos, não só nas low cost. Mas, além dos ancillaries, a outra grande aposta estratégica é no lazer: nos pacotes. concebemos pacotes dinâmicos a partir da grande variedade de voos que dispomos. não se trata apenas do típico voo mais hotel que se ofe-rece normalmente, mas sim construir um serviço para permitir poupar ao cliente. no nosso caso, oferecer flexibilidade no momento de preparar pacotes tem muito peso na nossa estratégia.

“oferecer flexibilidade no

momento de preparar pacotes tem muito

peso na nossa estratégia”

Page 11: Ponto Turismo 10

11

#10 FEV/MAR 2014

Francesco Signoretti Grande Entrevista

Ponto T. › Qual é o perfil dos vossos clientes?F.S. › O perfil típico é mulher, en-tre os 35 e 40 anos. Quando pensamos no cliente, pensa-mos nesse target. Pessoas que procuram viagens que lhe convenham, baratas e fáceis de comprar.

Ponto T. › Sempre se disse que o cliente procura a venda ‘online’ por causa do preço…F.S. › Claro que o preço é impor-tante. Mas também o são as infinitas possibilidades de escolher entre muitís-simas opções e escolher a melhor de forma fácil. A oportunidade de comparar e filtrar as ofertas para encontrar um bom preço por exemplo. E isso não é fácil por muito que digam que os têm. É preciso procurá-los de forma exaustiva. Creio que a nossa principal mais-valia é poder transmitir ao cliente qual é a melhor oferta. Por exemplo, se o cliente procurar uma viagem em datas concretas, nós mostramos imediatamente quais são os melhores preços e se ele for um pouco flexível em um ou dois dias, pode realmente poupar muito dinheiro. Assim, concorremos com o preço, mas também com a oferta.

Ponto T. › Mas também está o serviço ao cliente…F.S. › Também. Temos um bom serviço de atendimento ao cliente uma vez que atendemos em 15 idiomas du-rante 24 horas/dia. Isto é essencial porque muitas com-panhias aéreas não oferecem assistência ao cliente no seu próprio idioma. É um dos pontos importantes na inter-nacionalização. Atualmente temos cerca de 500 agentes a trabalhar para nós. Dedicamos esforço e pessoal em re-giões distintas. Temos pessoas em Tunes, em Budapeste, Praga, Tânger… e para estes países oferecemos serviços nas línguas próprias.

Ponto T. › Qual é a vossa relação com a Ryanair, prin-cipalmente depois do conflito legal que tiveram?F.S. › Nós temos uma obrigação perante o cliente que é oferecer-lhe sempre todas as ofertas disponíveis e isso inclui as low cost. Estamos a respeitar as regras. O nosso valor principal perante o cliente é dar-lhe a escolher todas as possibilidades disponíveis. É obrigação nossa oferecer o que existe. Doutra forma não seria um serviço completo.

Ponto T. › E perante o crescimento das agências ‘on-line’, o que é que lhe parece que irá acontecer com as agências de viagens tradicionais?F.S. › Devem encontrar uma forma de trazer valor ao cliente. Por exemplo, nós vemos que produtos diferentes requerem uma maior atenção no serviço ao cliente. É o caso dos cruzeiros. Eu diria que 90% deles são atendidos telefonicamente. As pessoas procuram o bilhete no nos-so site e depois realizam a compra connosco através do

telefone. É um produto em que possivel-mente se necessita oferecer um lado

mais humano, dar informação… é uma questão de confiança.

Claro que na internet a nossa percentagem neste tipo de produtos está a crescer…Por outro lado estão os voos, onde não é tão necessário este tipo de atenção perso-nalizada. Por isso creio que

uma agência de viagens deve focar-se nesses produtos que

requerem um maior aconselha-mento e um contacto mais estreito.

E nós estamos a fazê-lo. Também esta-mos a vender pacotes de férias pelo telefone.

Acreditamos que existem certos produtos em que se va-loriza muito a relação direta com o cliente.

Ponto T. › Como tem sido a evolução do Business Travel da para o grupo Bravofly Rumbo?F.S. › Tanto na Rumbo como na Bravofly existe espaço para o Business Travel. Trata-se, sem dúvida, de um ne-gócio muito diferente. Oferecemos serviços sobretudo a pequenas empresas, porque é fácil operar connosco e isso é importante. Para nós é um negócio relevante.

Ponto T. › As companhias americanas não têm tido muito sucesso quando tentam aterrar na Europa. Porque é que acha que isto acontece?F.S. › Porque, novamente, as low cost na Europa são mui-to importantes. Não podemos dar-nos ao luxo de não as vender e além disso são complicadas. Não só é necessá-rio ter tecnologia, mas também capacidade de realizar operações. É um modelo de negócio muito diferente ao que existe nos Estados Unidos onde o mercado é mais simples. Ali é muito mais fácil. Na Europa temos low cost muito diferentes entre si, muitas companhias aéreas, muitas formas diferentes de pagamentos… se se aplica-rem os padrões dos Estados Unidos a esta combinação tão particular de oferta europeia com especificidades lo-cais, não se consegue ter sucesso.

Ponto T. › Qual é a sua opinião sobre os grandes gru-pos que estão a especializar-se em viagens (Kayak, TripAdvisor)? Qual é a estratégia da Bravofly Rumbo Group para concorrer com eles? F.S. › Não concorremos com eles. Na maioria dos casos, colaboramos. Os metabuscadores são nossos parceiros. Mais uma vez, o cliente é quem escolhe. Existem clien-tes que são fiéis e procuram apenas um bom preço, de modo que farão sempre uma busca geral. Temos que vender-lhe o nosso produto e estar ali. Fazemos parte de uma indústria que cresce tão rapidamente e que está a especializar-se tanto que vemos mais esse tipo de em-presas como uma oportunidade. Colaboramos com eles. Utilizamos o TripAdvisor por exemplo no nosso serviço de

“Tanto na Rumbo

como na Bravofly existe espaço para o

Business Travel. Trata-se de um negócio muito diferente”

Page 12: Ponto Turismo 10

FOTO: ADOlFO CAllEjO

#10 FEV/MAR 2014

12 Grande Entrevista Francesco Signoretti

hotéis e o Kayak como complemento. Utilizamos as reservas de hotéis de mais de 27 bancos de hotéis com os quais estamos integrados e a colaborar com as low cost… porque em definitivo, este é um negócio em que é preciso fomentar a colaboração.

Ponto T. › A tecnologia é um ponto-chave para o marketing. É por isso que também precisam dos metabuscadores?F.S. › Sim, os metabuscadores são uma forma muito rápida de penetrar em novos mercados. Fazem parte do marketing mix. Nem tudo é Google: aplicamos um marketing combinado bastante sofisticado. Experimenta-mos cada vez mais em publicidade e na venda cruzada. Os voos são mui-

to valiosos na exploração das possibilidades do marketing porque é algo que não está ainda muito desenvolvido. A percentagem dos pacotes que vendemos é muito menor do que a dos voos, de forma que precisamos desenvolvê-lo, atrair mais clientes e ganharmos a confiança dos que já contratam voos. Também utilizamos muito o telefone. Não só anuncia-mos estes produtos na Web, mas também há um número para o qual se pode telefonar.

Ponto T. › O que é que pesa mais no ‘online’, o marketing ou a tecnologia?

F.S. › Não existe uma regra. Agrada-nos dizer que não temos um orça-mento fixo para o marketing. Investimos quando vemos oportunidades de negócio, por isso não há limites, apenas a nossa capacidade de estar presentes nos países. Depende apenas de nós. No que diz respeito à tec-nologia, a principal razão porque comprámos a Rumbo foi para duplicar a nossa capacidade tecnológica e de desenvolvimento. Agora temos mais de cem engenheiros, metade dos quais em Madrid e a outra metade em Chiasso, e que são o nosso maior ativo. Nós somos uma empresa tec-

nológica.

Ponto T. › Qual é a sua opinião sobre as redes sociais e de que forma influenciam as vendas ‘online’? Como é que a Bravofly se posiciona nas redes sociais?F.S. › Estamos muito focados nas redes sociais. São tam-bém um dos nossos aliados, não só no que se refere ao marketing, mas no que diz respeito ao serviço ao cliente. Tratamos cada vez mais assuntos que dizem respeito aos clientes através das redes. Também recolhemos informa-ção para eles, especialmente nos produtos mais sofisti-cados como os pacotes ou os cruzeiros. Por isso, a nossa presença é importante. Por exemplo, em Espanha o nosso Facebook tem mais de 100 mil seguidores.

Ponto T. › Qual é a sua opinião sobre os tablets, smar-tphones e toda a revolução móvel? De que forma afe-tam o seu negócio?F.S. › São cada vez mais importantes. É interessante por-que na realidade, é o que os clientes utilizam cada vez mais e, o que é mais importante, não têm apenas um dis-positivo para fazer as suas buscas. Provavelmente come-çam a procurar alguma coisa através do telefone, depois continuam noutro dispositivo, porque o processo engloba diferentes terminais. Por isso, não se trata de focar-se ne-les, mas sim ser capazes de seguir o cliente através dos di-ferentes dispositivos que utiliza. É o nosso desafio para os próximos anos, porque é preciso oferecer uma experiência de consumo diferente para cada dispositivo. Estamos a tra-balhar nisso e investimos muito para diferenciar os nossos serviços; temos de estar preparados para ser competitivos nos diferentes suportes. É claramente a nossa prioridade de desenvolvimento para os próximos anos.

Ponto T. › E de todos eles, o telemóvel é a chave?F.S. › Sim, os telemóveis serão a chave para nós em ter-mos de assistência, também após a venda. Vemos neles

muitas oportunidades para vender serviços complementares de compa-nhias aéreas por exemplo, uma fez feita a reserva do voo. Nestes casos o telemóvel seria a melhor ferramenta de marketing para chegar aos nos-sos clientes para as pequenas compras. Por exemplo podia-se vender um lugar de estacionamento ou um seguro, inclusive durante a viagem e desta forma seguir o cliente enquanto está de férias. A estratégia deve centrar-se necessariamente no que está em redor do cliente. l

Autor: Natalia Huidobrotraduzido por Mediapearl

Page 13: Ponto Turismo 10

#10 FEV/MAR 2014

13

Novo aquário no Museu MarítimoÀ descoberta do

bacalhau em Ílhavo

Ainda um ‘recém-nascido’ o Aquário dos Bacalhaus é o mais recente equipamento de Ílhavo mas que já tem sucesso garantido. Instalado numa nova área do Museu Marítimo da cidade, o Aquário dos Bacalhaus abriu como uma aposta daquele município na promoção da cultura marinheira e para comemorar a passagem dos 75 anos do museu.

À descoberta do bacalhau em Ílhavo Em Foco

“Os visitantes reagem com simpatia aos nossos bacalhaus. A interação é forte e envolvente, fatores que são potenciados pela arquitetura do aquário, que possibilita múltiplos acessos ao tanque principal, em vários ângulos e proximidades”, diz ainda Hugo Pequeno.O Aquário dos Bacalhaus teve um investimento de 2,8 milhões de euros, e integra-se no Programa de Regeneração Urbana do Centro Histórico de Ílhavo.O novo edifício de ampliação do Museu Marítimo desenvolve-se com uma ligação direta à atual estrutura do museu e ao edifício do Centro de Investigação e Empreendedorismo do Mar. O novo edifício contempla uma área onde está o Aquário para Bacalhaus, uma área social e tam-bém uma zona dedicada às reservas do Museu.

É uma das mais recentes novidades de Ílhavo, mais precisamente do Museu Marítimo. O Aquário dos Bacalhaus, uma nova área de exposição dentro da estrutura museológica, atrai centenas de vi-sitantes desde que abriu. Todos quantos ali entram querem ficar

a conhecer um pouco mais sobre o ‘fiel amigo’ mas desta vez, não pro-curam receitas de gastronomia, procuram o conhecimento da espécie e interagir com os peixes ‘no seu meio natural’.Os números mais recentes indicam que em 2013, o Museu Marítimo teve um record absoluto de visitas, com 77.111 pessoas, tornando-o no me-lhor ano desde que abriu em 1937.A ideia de construir um aquário de bacalhaus partiu do executivo munici-pal “numa aposta forte na promoção da cultura marinheira do Município Capital Portuguesa do Bacalhau e uma forma de comemorar os 75 anos do Museu Marítimo de Ílhavo”, disse à Ponto Turismo o responsável pela Comunicação do Museu Marítimo de Ílhavo, Hugo Pequeno.

Page 14: Ponto Turismo 10

#10 FEV/MAR 2014

14

CADERNO

Em Foco À descoberta do bacalhau em Ílhavo

Antes de chegarem ao aquá-rio, onde cabem 120 metros cúbicos de água que estão a uma temperatura média de 12º, a ideal para aque-les peixes, os visitantes dispõem de uma exposição

dedicada ao bacalhau onde fi-cam a saber curiosidades como

por exemplo: “o nosso bacalhau”, aquele que há séculos os portugue-

ses pescam e consomem, é o bacalhau do Atlântico e que existem particularidades

que ajudam a distingui-lo dos outros parentes mais próxi-mos. Descobrem que o “nosso bacalhau” tem uma forma robusta, lateralmente é achatado e o corpo vai afilando em direção à cauda e que a cabeça do bacalhau é gran-de: pode ter um quarto do comprimento total do peixe, sendo de salientar o maxilar superior e o barbilho, este muito útil na deteção de presas.Outras curiosidades científicas que os visitantes ficam a conhecer incluem a coloração que no bacalhau é verde-azeitona ou acastanhada, possuindo numerosas man-chas negras, arredondadas no dorso. A linha lateral mais clara é a que distingue o bacalhau dos restantes gadíde-os, nome da família do bacalhau onde também figuram espécies como o escamudo, o bacalhau do pacífico, o pa-loco, a abrótea, a maruca, entre outros.O bacalhau-do-atlântico é o maior de todos e aquele que tem a carne mais branca, refere ainda o material exposto no museu.Além da temperatura de 12º, a construção de um am-biente onde os bacalhaus pudessem estar o mais pró-

ximo possível do seu habital natural, incluiu também as condições de salinidade. As mais próximas das existentes em liberdade incluem a utilização de um sal medicinal importado da Alemanha, diz a informação do museu. A necessidade de importação do sal da Alemanha explica-se pelo facto do “sal nacional não reunir as características técnicas necessárias”. Quanto à alimentação, enquanto que em liberdade os bacalhaus “têm que fazer pela vida” alimentando-se da vida marinha que abunda nas zonas onde se cruzam as correntes quentes e frias do Oceano como acontece nos grandes bancos da Terra Nova, com uma dieta variada e abundante que os faz crescer depressa, em Ílhavo, no aquário, a comida ‘é-lhes servida à mesa’ pela APARA - Associação de Pesca Artesanal da Ria de Aveiro.Os visitantes quando compram a entrada para o museu compram também o acesso ao aquário, havendo tam-bém bilhetes para grupos.Hugo Pequeno referiu ainda a disponibilidade do museu marítimo para realizar parcerias com agências de via-gens. A partir de março o museu abre todos os dias com exceção de segunda-feira, entre as 10h00 e as 18h00. Ao domingo o horário de funcionamente é das 14h00 às 18h00. l

Em 2013, o Museu Marítimo

teve um record absoluto de visitas,

77.111 pessoas, desde que abriu

Page 15: Ponto Turismo 10

#10 FEV/MAR 2014

CADERNO

NotíciasA Amadeus mudou de imagem, tem um novo posicionamento, logótipo e website, seguindo a ambição de moldar o futuro das viagens

SoluçõesAmadeus Travel Preferences Manager, uma solução que permite uma ligação direta entre o processo de reserva e os perfis de clientes

agentes de viagens continuarão a ser essenciais

Vítor GonçalvesDiretor Geral Açoribérica

Vítor Gonçalves Entrevista Caderno 15

16

19

21

Page 16: Ponto Turismo 10

#10 FEV/MAR 2014

16

Caderno Amadeus

Vítor Gonçalves

DiRETOR GERAl AçORiBÉRiCA

Entrevista Caderno Vítor Gonçalves

Page 17: Ponto Turismo 10

Consultoria de viagens e know-how“As agências terão sempre

um lugar garantido no mercado”

17Nome do Conteúdo do Capítulo Nome do Capítulo

#10 FEV/MAR 2014

17

Caderno Amadeus

Vítor Gonçalves Entrevista Caderno

Para Vitor Gonçalves a implementação do pagamento semanal do BSP em 2015 vai obrigar a uma constante preocupação em não falhar nos pagamentos e em cumprir prazos tão curtos, o que no seu entender vai acabar por criar uma maior pressão no trabalho.

Ponto Turismo › A Açoribérica começou em abril de 1999. Como se escreve a história desta agência de via-gens até agora?Vítor Gonçalves › A Açoribérica nasceu pela vontade de dois amigos que se tornaram sócios e decidiram abrir a agência. Hoje somos uma empresa familiar. Com praticamente 15 anos de existência temos o orgulho de termos conseguido nos afirmar no mercado açoriano. Contamos com uma boa car-teira de clientes fidelizados e continuamos a trabalhar diaria-mente para satisfazer os nossos clientes.

Ponto T. › A Açoribérica apresenta-se como “empresa de consultoria de viagens”. É esse o futuro das agências de viagens?V. G. › Penso que sim, as agências terão sempre um

lugar garantido no mercado como empresas de consultoria de via-gens porque somos profissionais na área e temos o know-how ne-

cessário para aconselhar os clientes. Há muita informação na inter-net mas muita dela é de pouca qualidade. Nós seremos sempre uma

alternativa fiável para o consumidor que quer gastar o seu dinheiro e ter a certeza de ser bem servido. Um bom consultor de viagens não só vai aconselhar o seu cliente na melhor escolha como prestará uma assistência durante a viagem. O cliente procura a sua viagem de sonho mas muitas vezes há situações que podem correr menos bem e nós estamos preparados para resolver o que for preciso e dar resposta em tempo útil.

Ponto T. › Com o avanço da tecnologia e do social media, como considera que

vão evoluir as viagens e o que é que os agentes de viagens podem fazer para serem essenciais no processo das via-gens por parte dos consumidores?V. G. › O fluxo de passageiros vai ten-dencialmente continuar a aumentar. As pessoas têm cada vez mais vontade de

viajar e de conhecer. O turista atual dispõe de muita informação

graças às tecnologias, sabe o que quer fazer e quanto quer pagar. É preciso acompanhar a evo-

lução do mercado, funcionar no online, estar presen-te no social media, e perceber as necessidades, desejos

e exigências das pessoas.Os agentes de viagens continuarão a ser essenciais no processo de com-pra de viagens pela sua experiência no ramo. O nosso serviço não é só vender o produto mas prestar assistência no início e durante a viagem. Algumas agências facilitam o pagamento e dão crédito aos seus clientes. Ponto T. › Sendo uma agência generalista nos Açores, quais são os principais destinos que vendem?V. G. › Os açorianos procuram muito os destinos com sol, entre eles a Madeira, Canárias, Cabo Verde, Baleares e Caraíbas. Vendemos também muito viagens em circuito para a Europa. Os cruzeiros e viagens para a América do Norte são também muito solicitados.

É preciso

acompanhar a evolução do mercado, funcionar no online,

estar presente no social media, e perceber as

necessidades das pessoas.

Page 18: Ponto Turismo 10

18 Nome do Capítulo Nome do Conteúdo do Capítulo

#10 FEV/MAR 2014

18

Caderno Amadeus

Entrevista Caderno Vítor Gonçalves

Ponto T. › Como é que tem sido o ano para a Açoribérica e como perspetiva o próximo?V. G. › Os números apontam para um fecho do ano com uma descida nas vendas em relação a 2012. Mesmo assim essa descida será inferior a 1%, o que não é mau. Com a conjuntura atual e ainda a viver numa crise económica, vamos estar expetantes em relação a 2014 e esperar que seja um ano de vira-gem. A crise que vivemos já dura há muito tempo e tem feito algum estrago na vida das empresas e das pessoas. O que nos mantém esperançados é saber que o Turismo continua a crescer e que se tem prova-do ser uma industria mais resistente do que as outras em geral. Se calhar é altura de os nossos governantes e quem de direito começar a perceber que o Turismo pode e deve ser uma opção importante no desenvol-vimento do nosso País, na criação de riqueza e de postos de trabalho.

Ponto T. › As agências de viagens vão passar a ter de pagar o BSP semanalmente em 2015. Como é que vê esta decisão? Acha que é válida no contexto atual?V. G. › Neste momento estamos a pagar o BSP quin-zenalmente e está a correr bem. Para nós foi uma adaptação rápida porque o pagamento ao BSP por duas vezes ao mês permite-nos uma gestão financeira mais fácil. A implementação do pagamento semanal em 2015 vai obrigar-nos a ter uma constante preocupação em não falhar nos pagamentos e em cumprir prazos tão curtos, acabando por criar maior pres-são no nosso trabalho.

Ponto T. › Há quem defenda que os agentes de viagens não tem sabido valorizar-se. Partilha desta opinião? Porquê? V. G. › Não, os agentes têm-se valorizado e são bons profissionais. Nos últimos anos assistimos a um avanço tecnológico e os agentes de viagens e operadores turísticos não ficaram para trás conseguindo acom-panhar esta evolução. Hoje em dia estamos perfeitamente integrados nesta nova forma de estar no Turismo.

Ponto T. › O preço das viagens tem vindo a descer nos últimos tempos, sobretudo para alguns destinos. Como é que vai conseguir-se inverter a situação?V. G. › Os agentes de viagens nunca tiveram poder de decisão no preço das viagens uma vez que este depende de decisões governamentais, de delegações de Turismo e das próprias companhias aéreas. Os preços muitas vezes variam de acordo com a lei da oferta e da procu-ra. Destinos de massas vão ter sempre preços mais acessíveis.

Ponto T. › A APAVT no seu congresso realizado nos Açores, disse que as agências de viagens são uma fonte de receitas dos hotéis e companhias aéreas, a propósito da redução das comissões pagas pelas companhias aéreas. O que é que lhe parece? V. G. › Os agentes ainda representam uma boa percentagem nas ven-

das de camas de hotéis e de bilhetes de avião. E conseguimos fazê-lo em troco de comissões muito baixas. julgo que o nosso trabalho deveria ser mais recompensado pelas unidades hoteleiras e pelas companhias aéreas.

Ponto T. › Como é que vê a criação de uma Agência Nacional para a Promoção Turística? Crê que é o

caminho certo?V. G. › Parece-me que a ideia é de por os priva-

dos a intervir mais na dinâmica da promoção do País. Tentar uma agregação entre o setor publico e privado poderá ser favorável, se funcionar! E como fica o papel do Turismo de Portugal com a criação desta Agência Nacional? Será que já não haverá entidades suficientes para promover o Turismo? Since-

ramente não sei se este vai ser o caminho mas o que é certo é que só trabalhando em

conjunto e unindo esforços é que podemos che-gar a onde se pretende.

Ponto T. › Como é que vê a Amadeus como parceiro tecnológico?

V. G. › A Amadeus tem sido um parceiro muito importante para a Açori-bérica. São uma equipa de grandes profissionais. Pretendemos continuar a trabalhar com a Amadeus no futuro para poder servir cada vez melhor os nossos clientes. l

“o nosso

trabalho deveria ser mais recompensado

pelas unidades hoteleiras e pelas

companhias aéreas.”

Page 19: Ponto Turismo 10

19Nome do Conteúdo do Capítulo Nome do Capítulo

#10 FEV/MAR 2014

19

Caderno Amadeus

Amadeus Travel Preferences Manager Soluções

No Módulo Aéreo

O Amadeus Travel Preferences Manager permite uma ligação direta entre o processo de reserva e os perfis de clientes arma-zenados, permitindo criar uma reserva tendo em conta as pre-ferências de viagem de um passageiro, empresa e/ou agência.

As preferências de viagem são guardadas num perfil e podem ser defi-nidas nos módulos aéreo, de carro e de hotéis e ainda a nível pessoal ou corporativo.É possível definir regras, prioridades, excepções e preferências nos perfis de passageiros, no perfil de uma empresa ou no perfil de uma agência.Num perfil de empresa é possível criar vários tipos de viajante com prefe-rências diferentes (Diretor, empregado, etc.)

É necessário criar um perfil para que o Travel Preferences Manager possa ter acesso às políticas de viagem preferências quando se realiza uma reserva de voo, carro ou hotel. Para inserir as regras e preferências num perfil, aceda à opção .

Defina as regras e preferências para voos, carros e hotéis e mude de separador para ver todas as opções disponíveis.

Amadeus Travel Preferences Managerlocalizar, ajudar e comunicar com os seus viajantes

Trabalhar com o Travel Preferences Manager

Depois de gravar as regras e preferências no perfil mude para o módulo que pretende utilizar , ou

Para o módulo aéreo selecione a opção e clique em para definir o tipo de disponibilidade (Enriched – neutral mas com as políticas destacadas; Prefered – influenciada pelas preferên-cias guardadas) e a Categoria de viagem.

Exemplo de uma disponibilidade neutral, para a categoria Business.

Preferências de empresa ou pessoais

Preferências de agência

Preferências de agência e de empresa ou pessoais

Exclusões de empresa ou pessoais

Exclusões de agência

Exclusões de agência e de empresa ou pessoais

Exclusões específicas de empresa ou pessoais

Page 20: Ponto Turismo 10

20 Nome do Capítulo Nome do Conteúdo do Capítulo

#10 FEV/MAR 2014

20

Caderno Amadeus

Soluções Amadeus Travel Preferences Manager

Hotéis

Escolha o tipo de disponibilidade (All options (todas as opções), In policy (dentro das políticas), No policies (sem políicas) e a categoria de viagem

Escolha o tipo de disponibilidade (All options (todas as opções), In policy (dentro das políticas), No policies (sem políicas) e a categoria de viagem.

• Na janela de disponibilidade aérea (em baixo)

• Ou em para os módulos de carro e de hotel

Carros

Exemplo de uma disponibilidade de carros com todas as opções selecio-nadas, para a categoria Business.

Exemplo de uma disponibilidade de hotéis com todas as opções selecio-nadas, para a categoria Business.

Exemplo de regras apli-cadas para um aluguer de Carro em Paris

Exemplo de regras aplicadas para Hotel em Madrid

legenda

legenda

Page 21: Ponto Turismo 10

21Nome do Conteúdo do Capítulo Nome do Capítulo

#10 FEV/MAR 2014

21

Caderno Amadeus

Novo posicionamento da marca Notícias

“O lema ‘vamos

moldar o futuro das viagens’ define o novo

posicionamento da marca e objetivo da

empresa”

A Amadeus mudou a sua imagem e logótipo e estabeleceu um novo posicionamento da marca definido pelo lema Let’s shape the future of travel.

A mudança, diz a Amadeus, surge na neces-sidade de comunicar uma empresa que tem como ambição moldar o futuro das viagens em conjunto com os seus clientes e parcei-ros; apresentar uma imagem visual forte, mais moderna, símbolo de inovação e que reflete a sua liderança; e apresentar um lo-gótipo renovado e mais atual.O mundo das viagens está a mudar, bem como as necessidades e desejos dos viajantes. Com base na recolha de diversos depoimentos e opiniões de funcionários da Amadeus, clientes, investi-dores, investigadores na indústria, entidades empregadoras e viajantes, a Amadeus identificou a necessidade de uma nova forma de comunicação que reflita essas mudanças. O lema ‘vamos moldar o futuro das viagens’ define o novo posiciona-mento da marca e objetivo da empresa, e que tem vindo a ser desenvol-vido desde a primeira Plataforma de Distribuição Global, até à entrada no e-commerce e desenvolvimento de soluções de TI para empresas de viagens, bem como aos prémios atribuídos nos últimos anos pelo World Travel Awards e reconhecimento pela Comissão Europeia em inovação, investigação e desenvolvimento na indústria de viagens e turismo.

Paralelamente a Amadeus Portugal lançou o novo website em www.amadeus.com mais moderno e atualizado com todas as soluções oferecidas localmente.

No website são partilhadas ideias sobre o que pensamos parecer ser o futuro, tendo identifi-

cado três grandes tendências que serão funda-mentais para a próxima geração de viagens e da

tecnologia que a aciona, designadamente personaliza-ção, conectividade e sustentabilidade. No blog da Amadeus

shapethefutureoftravel.com acolhem-se novas formas de pensamento, novas ideias dentro da indústria e viajantes, acreditando-se que juntos será possível moldar o futuro das viagens. l

Novo posicionamento da marcaAmadeus muda de

logótipo, imagem, website

Page 22: Ponto Turismo 10

22 Nome do Capítulo Nome do Conteúdo do Capítulo

#10 FEV/MAR 2014

22

Caderno Amadeus

Notícias Novo posicionamento da marca

Expansão na área de Airport IT

Amadeus Airline Fare Families

WEMEA Excellence Awards 2014

Amadeus compra UFIS Airport SolutionsA Amadeus continua a sua expansão na área de Airport IT com a aqui-sição da UFIS Airport Solutions, uma empresa líder em tecnologia de in-formação para aeroportos que aumenta significativamente a posição da empresa tecnológica naquele setor. A aquisição da UFIS traz à Amadeus um conjunto complementar de so-luções de tecnologia para aeroportos com base nos seus 25 anos de ex-periência em desenvolvimento de software de Airport IT, bem como mais de 30 aeroportos clientes importantes em todo o mundo, com especial destaque para Ásia, Médio Oriente e Europa.“Esta aquisição estratégica vem acelerar os nossos passos na indústria de Airport IT, afirmando a Amadeus como fornecedora-chave nesta área e salientando o nosso compromisso com o setor. Há inúmeras sinergias en-tre as duas empresas, incluindo equipas de gestão e de desenvolvimento muito fortes, além de inovação e foco no cliente. Juntos, estamos bem posicionados para moldar o futuro das viagens na indústria da aviação,

novas oportunidades mais rentáveis para as companhias aéreas A Amadeus, parceiro tecnológico líder na indústria das viagens e turis-mo, está a ajudar a Finnair e a Brussels Airlines a aumentarem as suas capacidades de comercialização através das agências de viagens, tanto corporativas e como de lazer, utilizando o Amadeus Airline Fare Families. As duas companhias aéreas estão a lançar o módulo da solução Ama-deus com parceiros de agências de viagens como a Finland Travel Bureau e a Sirius Travel em mercados-teste possibilitando aos agentes apresen-tar aos viajantes ofertas mais transparentes, relevantes e diferenciadas. Nesta fase, as duas companhias estão a lançar o módulo de visualização do Amadeus Fare Families. Este módulo irá permitir às operadoras criar

Amadeus Portugal eleita a melhor da região EMEA

A Amadeus Portugal foi considerada a empresa com as melhores práticas

dentro da organização para a região da Europa Ocidental, Médio Orien-te e África na categoria de Custo-mer First pelos WEMEA Excellen-ce Awards, prémios de excelência atribuídos pela Amadeus.A Amadeus Portugal competiu

com os 80 países da região onde se insere e ficou em primeiro lugar

na eleição que teve lugar a 13 de fevereiro, em Cannes, superando as

equipas finalistas de França; Itália, Bene-lux, Reino Unido & Irlanda; a equipa regional

da Europa Ocidental, Médio Oriente e África; Equipa regional da África Subsaariana e a equipa regional do Médio Oriente e Norte de ÁfricaO prémio reconhece o compromisso constante da Amadeus em Portugal para com os clientes nos últimos anos e o objetivo da empresa em gerar reconhecimento da marca e criar uma relação mais estreita com os seus parceiros e clientes através das redes sociais.Os WEMEA Excellence Awards reconhecem, premiam e celebram o talen-to dos diferentes Amadeus Commercial Organizations da Europa Ociden-tal, Médio Oriente e África, sobre a forma como cada candidato melhor tem vindo a aplicar os quatro valores da Amadeus: customers first, aiming for excellence, working together e taking responsability. “Os nossos clientes e parceiros são a razão de ser da Amadeus. Por isso, a equipa Amadeus Portugal empenha-se todos os dias, para garantir que temos uma relação com o cliente à altura da qualidade dos nossos pro-dutos”, referiu Helena Torres, Marketing Manager da Amadeus Portugal, que acrescentou “ser um grande orgulho” levar o prémio para a sua em-presa, que, sendo de menor dimensão não fica atrás das restantes.

que hoje é uma encruzilhada do modelo de negócios”, disse John Jarrell, Head of Airport IT, Amadeus.A oferta de produtos e serviços da UFIS são complementares ao conjunto dos produtos Amadeus para Airport IT, trazendo conhecimentos específi-cos nas áreas de Airport Operational Databases, Resource Management Systems, Flight Information Display Systems, Collaborative Decision Making tools e Hub Management solutions.A maioria dos funcionários da UFIS, incluindo a gestão de topo, está se-diada em Singapura. A empresa tem vindo a fornecer soluções integradas para operações únicas, multiterminal e multiairport para a comunidade aeroportuária global há mais de duas décadas. A UFIS Airport Solutions é uma empresa líder que permite aos seus clientes realizar a gestão do aeroporto em cooperação. Como resultado da operação, cerca de 54 funcionários a nível mundial, incluindo a equipa de gestão da UFIS, irão tornara-se parte do Amadeus Airport IT Group.

classes de reservas e mostrar o nome da fare family, bem como os ser-viços oferecidos (mais os disponíveis a um custo extra), permitindo uma comparação entre itens iguais. Uma vez lançada a solução completa, que estará disponível em todo o mundo durante este ano, as companhias serão capazes de criar classes de reservas, tarifas e serviços em produtos de marca para o canal das agência de viagens, cada um associado a um nome que reflete os seus atributos; diferenciar significativamente a sua oferta a partir da concor-rência, através de uma comparação de tarifas que tem como base o ser-viço e o valor, bem como preço e maximizar receitas graças a um módulo upsell, que fornece ofertas relevantes e direcionadas para os viajantes.

Page 23: Ponto Turismo 10
Page 24: Ponto Turismo 10

#10 FEV/MAR 2014

24 Tecnologia Behavioural Targeting

Este vasto universo que representa a Internet tornou-se um meio bastante apetecível para as empresas e marcas angariarem potenciais clientes, mas a facilidade com que a atenção de um internauta se pode dispersar levou a que alguém pensasse em

direcionar a sua publicidade a determinado público-alvo, e como é que conseguem isso? Pensando bem é relativamente simples, todos nós ao navegarmos pela internet, conscientemente ou não, vamos deixando pe-gadas por onde passamos, quer seja pelas escolha ou buscas que faze-mos quer pelos posts que colocamos em sites de redes sociais, ou em blogs, as informações que procuramos em motores de busca, ou mesmo as coisas que pesquisamos nas lojas online, todas estes movimentos são ‘gravados’ de um modo ou de outro, assim quando mais tarde pas-samos pelos mesmos locais vai-nos aparecer, por exemplo, publicidade relacionada com aquilo que fizemos antes. Um desses responsáveis são

uns ficheirinhos depositados pelos sites nos nossos computadores que se chamam cookies, em tempos, houve quem os interpretasse como vírus, o que não é correto. São ficheiros de texto “aparentemente” inofensivos, mas que contêm in-formações úteis para os sites que os criaram, de modo a identificar as nossas escolhas e outras informações em futuras visitas, em detalhe os cookies podem ser:- Cookies essenciais - Alguns cookies são essenciais para aceder a áreas específicas do site.Permitem a navegação no site e a utilização das suas aplicações, tal como aceder a áreas seguras do site através de login. Sem estes cookies, os serviços que o exijam não podem ser prestados.- Cookies analíticos – Este tipo de cookies são utilizados para analisar a forma como os utilizadores usam o site e monitorar a performance deste.

Behavioural targetingComo estamos a ser ‘estudados’ na internet

O Behavioural targeting é um novo conceito de marketing online direto ou segmentado, desenvolvido originalmente nos Estados Unidos como uma estratégia de captação de potenciais clientes consumidores face à massificação do uso da internet que em algumas situações ultrapassa até a própria televisão, ou outro meio tradicional de comunicação.

Page 25: Ponto Turismo 10

25

#10 FEV/MAR 2014

Behavioural Targeting Tecnologia

Isto permite fornecer uma experiência de alta qualidade ao personalizar

a oferta e rapidamente identifi-car e corrigir quaisquer proble-mas que surjam. Por exem-plo, usam-se os cookies de desempenho para saber quais as páginas mais po-pulares, qual o método de ligação entre páginas que

é mais eficaz, ou para deter-minar a razão de algumas pá-

ginas estarem a receber mensa-gens de erro. Baseado na utilização

do site, pode-se também utilizar estes cookies para destacar artigos ou serviços do

site que possam ser do interesse dos utilizadores. Estes cookies são utilizados apenas para efeitos de criação e análise estatística, sem nunca recolher informação de ca-ráter pessoal.- Cookies de funcionalidade – São os cookies de fun-cionalidade que permitem relembrar as preferências do utilizador. Por exemplo, os cookies evitam digitar o nome do utilizador cada vez que este acede ao site. Usam-se, também, cookies de funcionalidade para fornecer servi-ços avançados ao utilizador, como por exemplo efetuar comentários a um artigo.Em resumo, os cookies de funcionalidade guardam as preferências do utilizador relativamente à utilização do site, de forma que não seja necessário voltar a configurar o site cada vez que o visita.- Cookies de terceiros – Servem para medir o sucesso de aplicações e a eficácia da publicidade de terceiros.- Cookies de publicidade – Servem para direcionar a publicidade em função dos interesses de cada utilizador, permitindo limitar o número de vezes do visionamento do anúncio. Estes cookies ajudam a medir a eficácia da publicidade. No entanto, não identificam o utilizador.

Os cookies utilizados podem ser:- Cookies permanentes - Ficam armazenados ao nível do navegador de internet (browser) nos seus dispositivos de acesso (pc, mobile e tablet) e são utilizados sempre que o utilizador faz uma nova visita ao site. Geralmen-te são utilizados para direcionar a navegação de acordo com os interesses do utilizador, permitindo-nos prestar um serviço mais personalizado.- Cookies de sessão - São temporários, permanecem nos cookies do seu navegador de internet (browser) até sair do site. A informação obtida permite identificar problemas e fornecer uma melhor experiência de navegação.

Não sei se já repararam ultimamente ao visitarem alguns sites existe um aviso sobre política de cookies, como este por exemplo muito discreto encontrado no meio de um site e pouco chamativo:

Ou este que sobressai logo na entrada do site:

Quantos de vós já se deram ao trabalho de clicar nas ligações onde este tipo de mensagem é explicado em detalhe? Ou seja ao carregar ‘permitir’ estamos a dar consentimento ao site em questão de poder recolher as nossas preferências e “trabalhá-las” a posteriori.Honestamente, desconheço se este tipo de mensagem tem algum fundamento de obrigatoriedade legal, mas, diria que é uma maneira de deixar o ónus da questão nas mãos do utilizador. Para além desta abordagem à utilização de cookies por cada site, os utilizadores mais experientes sabem que através da utilização dos diversos browsers existentes podem controlar (manter ou eliminar) o rasto que deixam, nomeadamente dando instruções de apagar o histórico de navegação (incluído cookies), os fi-cheiros temporários, as palavras passe, etc. Numa outra dimensão, e aqui, a meu ver já a coisa me parece mais séria, hoje em dia a complexidade da progra-mação de motores de busca, de navegadores, de, basi-camente tudo que envolva “navegar” na internet permite que algo como, por exemplo, o Google Analytics possa recolher toneladas de informação sobre o nosso compor-tamento de navegação para depois submeter essa infor-mação a um complexo tratamento de análise (Business Inteligence) e posteriormente fornecer às empresas e si-tes esses resultados e as tendências evidenciadas pelo nosso comportamento de modo que a que eles possam agir quer em termos publicitários quer até adaptações da sua oferta de produtos, isto é muito vantajoso para es-tas empresas pois podem adaptar os seus investimentos consoante um potencial mercado previamente seleciona-do. A questão que se coloca aqui é que o utilizador final não tem como se defender, os dados, sejam eles quais forem, acabam por ir parar as estas bases de dados, e chamo a atenção para os mais desprevenidos, cuidado com os formulários que preenchem, atenção às letrinhas pequeninas e às Checkboxes que escolhem, no meio de todos as informações que são recolhidas, obter os dados pessoais, torna esta informação valiosíssima, que muitas vezes é vendida a terceiros, e depois quem sabe o que acontece.Termino com a sugestão de um vídeo que espelha o que escrevi no fim: http://www.youtube.com/watch?v=F7pYHN9iC9IBoas navegações. l

Alberto BarrosoConsultor TI

a Internet

tornou-se um meio bastante apetecível para as empresas e marcas angariarem

potenciais clientes

Page 26: Ponto Turismo 10

No meu papel diário de comercial de um Grupo de gestão de agências de viagens independentes, deparo-me inúmeras vezes com pedidos de informação sobre abertura de novas agências de viagens, e quais os passos a seguir até à abertura das mesmas.

Pequeno guia de orientaçãoComo abrir uma

agência de viagens? Os passos a dar

#10 FEV/MAR 2014

26 Análise Como abrir uma agência de viagens? Os passos a dar

Nesse sentido, apresento-vos passo a passo, um pequeno guia de orientação para novos investidores na nossa área. Acredito que a área das agências de viagens é ainda muito apetecível quando comparada com outros ramos do mercado em geral.

1. Estudo de mercadoO estudo de mercado é essencial para definir pontos de partida para a viabilidade do negócio. Dentro desse estudo devemos incluir: localização e o seu potencial, nomeadamente, o número de residentes e o seu poder de compra, concorrência e facilidade de acesso, visibilidade da loja, possí-veis contactos pessoais que poderão ser transformados em clientes, bem como a recetividade de possíveis parceiros com os quais se poderão criar alianças comerciais.

2. Análise SWOT Após um bom estudo de mercado, é fundamental ser o mais honesto possível e identificar os pontos fortes e fracos da agência, assim como as ameaças e as oportunidades do mercado. A título de exemplo, como ponto forte generalista de qualquer agência de viagens, posso apresentar a facilidade de abertura do negócio que a lei atual viabiliza e como ponto fraco a forte concorrência, dada a quantidade de agências de viagens já presentes no nosso país. A grande ameaça, transversal a todos os ramos

de negócio, é, naturalmente, a conjuntura económica. A título de oportu-nidade refiro as alianças estratégicas, nomeadamente com os grandes grupos de gestão, sempre focados na criação de mais valias e rentabili-dade para as suas agências, através da negociação com os vários players do mercado.

3. Estudo de imagem/Escolha da MarcaCom base nos pontos anteriores decidimos qual a imagem mais ade-quada ao nosso público alvo e a ideia que pretendemos transmitir aos clientes e parceiros comerciais. Existem 3 possíveis opções: juntar-se a uma marca já existente através de um franchising, associar-se a um gru-po de gestão de agências de viagens independentes, tendo a sua própria marca, ou simplesmente não escolher nenhum parceiro comercial e ser uma agência totalmente independente. Em Portugal, tendo em considera-ção os principais grupos verticais existentes, poderá encontrar a opção de franchising a partir de 7500 euros ou associar-se a um grupo de gestão

Page 27: Ponto Turismo 10

27

#10 FEV/MAR 2014

Como abrir uma agência de viagens? Os passos a dar Análise

Atualmente a lei viabiliza o acesso à atividade das

agências de viagens a pessoas coletivas, sem exigir

um capital social mínimo, e a pessoas singulares

Se optar por registar a sua

própria marca, deverá ir ao Instituto Nacional

da Propriedade Industrial

cional das agências de viagens e turismo (RNAVT), tutelado pelo Turismo de Portugal, I.P., www.turis-modeportugal.pt, através do preenchimento de um formulário eletrónico. Junto deste formulário será obrigatório anexar o comprovativo da subs-crição do fundo de garantia de viagens e turismo (FGVT), criado para assegurar o pagamento dos direitos dos consumidores quando existe incum-primento dos serviços contratados às agências de viagens. O valor da subscrição é de 2500 euros. Nos anos seguintes contribuirá com 0,1 % do vo-lume de negócios da agência no ano transato, até

perfazer um total máximo de 6000 euros. Pela sua inscrição, cada agência

terá de pagar ao Turismo de Portugal, I.P. uma taxa

administrativa no valor de 1500 euros.

7. Aquisição de serviços essen-ciais para o fun-cionamento da agência

Refiro-me às tele-comunicações e à

contabilidade. A oferta é grande no que diz res-

peito às telecomunicações, basta escolher aquela que mais

se adequa às necessidades da agên-cia. Escolha um bom serviço de internet pois ela será essencial no seu dia a dia. No que diz respeito à contabilidade não só necessitará de uma entidade que faça a contabilidade organi-zada da empresa, mas também de um sistema de faturação. Também aqui a oferta é elevada e poderá encontrar sistemas adequados a partir de 30€ + Iva mensais, como é o caso do vs-Viajes, comercializado em Portugal pelo Grupo Airmet.

8. Decoração, estacionário, merchandising Esta é a fase em que devemos produzir todo o material de comunicação, visto já estar dispo-nível o número RNAVt da agência de viagens, obrigatório constar na maior parte destes ma-teriais. Os reclamos luminosos, mobiliário, car-tões de visita, folhas de carta, envelopes, porta documentos, etiquetas de bagagens são alguns exemplos. l

Susana FonsecaDelegada Comercial Centro/Sul - Airmet

a partir de 100 euros/mês.Caso opte pela sua própria marca, chega a al-tura de contratar uma empresa de webdesign para a construção do logótipo que será a base da imagem da empresa através de todo o ma-terial de estacionário, merchandising e decora-ção. Pode optar por uma marca previamente regis-tada a favor do Estado, no momento em que efetua a constituição da Empresa na Hora ou através de www.portaldaempresa.pt, ao criar a sua empresa online. Uma marca com uma classe de produtos ou serviços custa 200 euros no balcão da “Empresa na Hora” ou 100 euros se re-querida online.Se se decidir por re-gistar a sua própria marca, não pre-sente na bolsa de marcas, deverá recorrer ao Ins-tituto Nacional da Propriedade Industrial, www.marcasepatentes .pt. Nesta situação, o custo é de 123.36 euros, presencialmente no INPI de 246.72 euros. Os mesmos valo-res aplicam-se ao registo do logótipo.

4. Constituição da empresa Atualmente a lei viabiliza o acesso à atividade das agências de viagens não só a pessoas cole-tivas, sem exigência de um capital social míni-mo, mas também a pessoas singulares. Para a constituição da empresa existe a possi-bilidade de utilizar o serviço “Empresa na Hora”. O custo de constituição de sociedade é de 360 euros, incluindo publicações., e aqui poderá es-colher, se for o caso, o nome da firma, utilizando para tal os nomes disponíveis apresentados no local. http://www.empresanahora.pt.

5. Aquisição do Seguro de Responsabilidade CivilÉ obrigação de qualquer agência de viagens obter um seguro de responsabilidade civil que cubra todos os riscos inerentes à sua ativida-de, cujo montante mínimo coberto é de 75000 euros. Várias são as seguradoras que disponibi-lizam a aquisição do seguro com custos desde os 200 euros anuais.

6. Pedido de Licenciamento – T. PortugalA partir do momento em que está constituída a entidade e adquirido o seguro de responsabilidade civil já é possível realizar a inscrição no registo na-

Page 28: Ponto Turismo 10

O Fórum Turismo 2.1, associação sem fins lucrativos de direito privado, foi fundado em 2012. E tanta coisa aconteceu desde então… mas vamos por partes:

Fórum Turismo 2.1Para uma nova

geração de profissionais de viagens, turismo e eventos

#10 FEV/MAR 2014

28 Análise Fórum Turismo 2.1

Porquê mais uma associação no setor?Esta foi certamente a pergunta que muitos de vós colocastes aquando da criação de (mais) uma Associação no nosso setor. Enquanto Fórum Turis-mo 2.1 temos os nossos objetivos bem assentes e estruturados perante o que pretendemos alcançar e o que consideramos ser uma mais-valia para todos. A base do nosso trabalho concentra-se nos seguintes aspetos: • Promoveroacessoadiferentesfontesdeinformaçãoatodososnossos

associados, bem como, o desenvolvimento e aplicação de pesquisa pro-fissional no campo das viagens e turismo;

• Apoiarosesforçosde investigaçãodasdiferentes temáticasdosetorao nível do planeamento e enquadramento técnico-jurídico fomentando redes de conhecimento e publicações sobre temas da atualidade;

• Criaroportunidadesparaainteraçãodosdiferentesstakeholders atra-vés da realização de conferências, congressos e outros eventos de âm-bito nacional e internacional;

• Articularepromoverestudoseparceriasdeâmbitoprofissionalcomasuniversidades.

Com esta base de trabalho, e por considerarmos que só em conjunto conseguimos alcançar os nossos objetivos, pretendemos chegar a três tipos de perfil de profissionais. O primeiro diz respeito aos Diretores Gerais, Ceo´s, Presidentes de Insti-tuições/Associações, entre outros altos cargos. Cremos que a reunião da primeira linha das várias empresas do mercado, através da realização de

debates com abordagens de temas pertinentes e atuais, é crucial para o (bom) desenvolvimento e crescimento do setor. A participação nestas atividades é livre e voluntária assim como, primando por uma organiza-ção idónea mostramo-nos capazes de pôr o setor a discutir assuntos por vezes pouco debatidos à luz da seriedade e da exposição pública. O segundo perfil representa todos os quadros de profissionais das diferen-tes áreas do setor. Para mantermos os profissionais atualizados sobre as melhores práticas e tendências, realizamos estudos, atividades formati-vas e eventos. Vamos buscar os melhores e o que de melhor se faz para que seja possível a quem nos acompanha continuar na linha da frente.No terceiro perfil entram os futuros profissionais de Turismo. Em parceria com Universidades e Instituições de Ensino, desenvolvemos estudos, par-cerias e programas de empregabilidade com o intuito de aproximar uma nova geração ao atual setor.

O que fizemos até hoje2013 foi, no Fórum Turismo 2.1, o ano zero. Definimos a nossa linha de orientação com o objetivo de dar a conhecer o Fórum Turismo e de de-

Page 29: Ponto Turismo 10

29

#10 FEV/MAR 2014

Em 2 meses,

conseguimos ajudar 46 profissionais

a encontrar uma oportunidade para demonstrarem o

seu valor

Fórum Turismo 2.1 Análise

o que fazer para promover e vender Portugal.Em Março iremos lançar o Programa Empre-ga Valor, que pretende apoiar o recrutamento de cerca de 200 profissionais em 2014. Esta é uma das nossas maiores missões. Apoiar a empregabilidade, reforçar os quadros das em-presas, tornar o setor mais qualificado e ainda mais competitivo.Em Abril, iremos apresentar um estudo na TH&S Week da Universidade Europeia sobre as novas perspetivas dos consumidores e das agências de viagens. A realização deste estudo, em parce-

ria com a Universidade Europeia, torna-se numa oportunidade de estarmos

mais próximos das institui-ções de ensino, conse-

guindo desenvolver matérias de estudo

para os profissio-nais do setor, bem como, apoiar a formação dos es-tudantes que no futuro estarão a

representar as nos-sas empresas.

A participação do Fó-rum Turismo 2.1 na TH&S

Week é uma demonstração de como é possível a criação e di-

namização de parcerias de sucesso, con-tribuindo para a formação dos estudantes e uma maior qualificação dos profissionais de Turismo.Ainda em Abril realizar-se-á o Portugal Tou-rism Challenges, evento organizado pelo Fó-rum Turismo 2.1, em parceria com a Marca Tu-rismo. Será o primeiro evento focado no debate sobre o lugar do marketing digital na indústria do turismo. Vários oradores, profissionais reco-nhecidos da área irão conversar sobre os novos desafios desta área e sobre as soluções que podem ser construídas em conjunto por toda a indústria para dar resposta aos mesmos.

Não queremos, nem vamos parar por aqui!O Fórum Turismo 2.1 existe para que todos os assuntos possam ser apresentados, pensados e discutidos, sem qualquer objeção. Mesmo sem o seu contributo não iremos desistir de procurar o melhor para o nosso setor, mas com o seu contributo, podemos alcançar algo nunca antes conseguido. Atualmente, já somos mais de 500 associados. Contamos convosco? “Sozinho vou mais rápido mas juntos vamos mais longe”.Fórum Turismo 2.1 l

César Valente

monstrarmos, através dos eventos e atividades realizados, que somos uma Associação de pro-fissionais para profissionais.Organizámos 2 edições do Breakfast & Busi-ness, com a participação de mais de 60 profis-sionais e empresários. Organizámos também 7 edições do Opiniões em Debates onde participaram mais de 150 pessoas e cerca de 25 oradores convidados. Debatemos temas como pricing, a IATA, a ne-gociação entre agências de viagens e operado-res turísticos e a concorrência das agências de viagens online.

A organização destas iniciativas demonstrou que é possível juntar profissionais de diversas empresas, com diferentes pontos de vista e debater temas importantes e decisivos. Em Outubro iniciámos um programa piloto de apoio ao recrutamento e empregabili-dade no setor. Em 2 meses, conseguimos ajudar 46 profissionais a encontrar uma oportu-nidade para demonstrarem o seu valor nas 14 empresas que participaram neste desafio. Apesar de ter sido o ano de arranque deste pro-jeto, os resultados alcançados superaram lar-gamente as nossas expetativas iniciais.

2014 e os nossos projetosIniciámos 2014 com a realização de um Break-fast & Business, subordinado ao tema “Portugal - Promoção Turística Nacional”, contando com a presença de Carlos Coelho (Ivity), Gavin Eccles (AESE) e Pedro Machado (Turismo do Centro) como oradores convidados.Mais de 55 profissionais ouviram e debateram com os nossos oradores as duas questões so-bre a promoção do destino Portugal, apresen-tando as suas incertezas e desconfianças sobre os modelos propostos por algumas entidades para a Promoção Turística, nomeadamente a criação de uma Agência Nacional de Promoção.Nesse sentido, o Fórum Turismo 2.1 organizou a 25 de Fevereiro, na presença do Presidente da CTP, do Presidente da AHP e do Presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, um debate aberto a todos os profis-sionais e empresários que pretenderam debater

Page 30: Ponto Turismo 10

#10 FEV/MAR 2014

30

O Brasil vai estar no foco do mundo desportivo este ano, durante a Copa do Mundo da FIFA 2014, mega evento que o nosso país se orgulha em organizar, por ser o maior evento do futebol e onde se concentram as 32 melhores seleções do planeta.

Se, desportivamente, a Copa do Mundo tem uma importância inquestio-nável, também o turismo do Brasil terá muito a ganhar. A Embratur estima a entrada de cerca de 600 mil turistas estrangeiros

O campeonato mundial de futebol a realizar no Brasil está à porta e com ele o país pretende que exista uma virada no Turismo. É uma oportunidade para consolidar o Brasil como um dos destinos turísticos mais importantes do mundo, uma plataforma para a divulgação da imagem de um país bem-disposto e hospitaleiro.

Turismo do BrasilImportância do Desporto e dos Mega Eventos

Atualidade A importância do Desporto e dos Mega Eventos para o Turismo do Brasil

para assistir à Copa, seja na arena de uma das 12 cidades-sede, ou atra-vés das diversas opções que vão ser disponibilizadas para os adeptos sem bilhetes assistirem aos jogos fora dos estádios. E o nosso objetivo, como órgão responsável pela promoção turística in-

Page 31: Ponto Turismo 10

152.101 VoluntáriosMais do que o dobro de candidatos do Mun-dial da FIFA África do Sul 2010 (70 mil) e mais do triplo do Mundial da FIFA Alemanha 2006 (45 mil)

12 Estádios,financiamento 2,95 mil milhões de reais

92.000 trabalhadorEs qualificados ou em formação

196 milhõEs dE rEaisde investimento em infraestrutura turística

3,6 milhõEsde passageiros, das quais 600 mil serão estrangeiros, deverão escolher o avião para viajar durante os jogos no Mundial

objEtiVos, açõEs E impactos:- Receber com qualidade e atenção os tu-

ristas do Mundial - Contribuir para a boa imagem do Brasil

no exterior - Transformar as conquistas em legado po-

sitivo para o país

31

#10 FEV/MAR 2014

A importância do Desporto e dos Mega Eventos para o Turismo do Brasil Atualidade

A Copa do

Mundo da FIFA 2014 é uma excelente

plataforma para a divulgação do Brasil, não

só nos 30 dias do seu decurso, como para

o futuro

ternacional, é que os adeptos conheçam as cidades-sede onde as suas seleções jogam, como também visitem as cidades vizinhas. Trabalhamos para que 25% dos turistas visi-tem outras cidades brasileiras, além das que receberão o torneio.Este poderá, portanto, ser a grande virada para o turismo brasileiro. Em 2013 atingimos a marca dos 6 milhões de turistas estrangeiros e em 2014 vamos alcançar um novo recorde, com 7 milhões de turistas a visitarem o país. Além dos vários dados e números em torno da Copa, há também uma componente que não é mensurável: o impacto que a exposição medi-ática internacional tem é enorme e trará retor-no para o Brasil durante muitos e muitos anos. Conscientes de que a Copa do Mundo coloca o Brasil no centro da atenção mundial, temos investido na divulgação do Brasil no exterior, assim como na capacitação dos profissionais do turismo. Estes investimentos permitem consolidar o nosso país como um dos destinos turísticos mais importantes do mundo e faze-mo-los a pensar no futuro, com o objetivo de consolidar cada vez mais a imagem positiva do destino Brasil.A Copa do Mundo da FIFA 2014 é uma exce-lente plataforma para a divulgação do Brasil, não só nos 30 dias do seu decurso, como para o futuro. Os brasileiros são conhecidos pela sua boa disposição e hospitalidade, pelas cores e pelo sorriso constante, e o mundo vai teste-munhar, ao vivo ou pela televisão, a beleza do

Brasil e das suas gentes. Estamos certos de que será um evento memorável, do ponto de vista desportivo e turístico.Esperamos, também, encontrar muitos portu-gueses no Brasil para acompanhar a sua Se-leção e visitar o nosso país. Portugal ocupa a décima posição em termos de países emissores turistas e é o país europeu com maior oferta de conexão aérea para o Brasil. Em 2013, o núme-ro de portugueses a visitar o Brasil subiu 4,4% em comparação com 2012 e esperamos que esta subida seja ainda mais acentuada este ano. l

leila holsbachDiretora de Mercados Internacionais da Embratur

Page 32: Ponto Turismo 10

#10 FEV/MAR 2014

32 Lifestyle Design de Interiores bem estruturado é uma mais valia num espaço comercial

Uma agência de viagens é um local de venda de sonhos. Porém os sonhos são diferentes de pessoa para pessoa. Cada indiví-duo procura diferentes experiências, mesmo que o destino seja comum. Tomo por exemplo uma viagem ao México, neste país

há quem queira ficar em resorts na praia, há quem queira ver as pirâ-mides, há quem queira experimentar a cultura e gastronomia local e há quem queira tudo isto. É o dever da agência de viagens ter em consideração cada desejo de modo a prestar um serviço personalizado de qualidade e excelência. O in-terior, ambiente e coordenação de um local deste tipo deve ter em consi-deração a nova tipologia de viajante/consumidor e conseguir ser uma loja de referência que venha a prestar um serviço diferenciado das demais lojas e das vendas online. A minha sugestão está na aposta de um espaço único, com uma tipolo-gia própria, na demarcação de uma identidade sem semelhante em que se destaque o serviço prestado aliado a um conforto no atendimento. Deste modo desenhei um modelo 3D, com a dimensão média de uma loja. São cerca de 60 metros quadrados que se quebra em 4 setores. Receção, Reunião/Espera, Escritório e Arrumos/Arquivo. Cada um destes

setores tem a sua função específica e colabora para um serviço perso-nalizado e organizacional. Assim quando chega um cliente tem de frente para a porta a rececão a que denominei de Check In, como se de um ae-roporto se tratasse, aqui é feita uma triagem rápida na avaliação do tipo de cliente e no que este procura. Caso seja algo de rápida resolução, tudo se resolve neste local, caso seja algo mais complexo como uma venda ou a pretensão de uma venda maior ou pacote de viagens este será enviado juntamente com um funcionário para o local de Reunião ou de Espera, aqui nesta simulação do interior de um avião em que há cadeiras com conforto e pode ser servido algum tipo de bebida como café, água ou chá, o vendedor consegue apelar de forma mais eficaz à venda dos produtos da agência, servindo-se de ‘armas’ como tablets e folhetos informativos.

design de interiores bem estruturadoé uma mais valia num

espaço comercial

Uma agência de viagens é um local onde são vendidos sonhos e expetativas a quem entra pelo que deverá ter em conta o tipo de consumidor e ser um espaço único, com uma tipologia própria, ser uma referência e destacar-se em relação às demais, tradicionais e online, pelo serviço prestado aliado a um conforto no atendimento.

Page 33: Ponto Turismo 10

#10 FEV/MAR 2014

33Design de Interiores bem estruturado é uma mais valia num espaço comercial Lifestyle

O serviço prestado nestas condições para um cliente cria um vínculo forte de atração pela forma como foi abordada e tratada a sua viagem, pela qual vai despender dinheiro, e aqui criam-se laços de entendimento. Este local pode também servir de sala de espera, caso haja um grande fluxo de pessoas na loja. Na parte não visível e de acesso restrito da loja encon-tra-se o escritório, neste local é feita toda a logística de manutenção do negócio e pode servir para tratar de questões mais delicadas com clientes menos satisfeitos ou que tenham questões complicadas a serem discuti-das longe do olhar e ouvidos de quem estiver a ser atendido na loja. Por último temos os arrumos/arquivos que tem como função a organização e manutenção dos outros 3 espaços da loja. Quanto ao aspeto visual da loja, decidi que o melhor seria não ser tendencioso, pois a aplicação de cartazes ou ofertas visuais imediatas podem ser um entrave a algumas conquistas por parte das vendas. Assim um espaço sem conotações seja de destinos de neve, praia, cidade, etc, pode ser um escape para tanto bombardeamento vi-sual para com o cliente, para que haja uma maior clareza na hora da decisão. Deste modo as sugestões irão aparecer em ecrãs, folhetos e tablets na loja. Outro elemento interessante por mim desen-volvido está no nome e imagem visual. Ao en-trar na loja há no chão linhas que conduzem o consumidor ao local devido, essas linhas são como os vários destinos possíveis de viagens e até o nome da loja “You Go”, pretende afirmar a deslocação do potencial cliente. Da montra, quem passa tem a noção de um espaço idílico pelo

céu azul das imagens em vinil ou tela impressa, com o conforto de uma primeira classe de um avião comercial onde há uma abordagem mais cómoda ao cliente. Os relógios com os vários fusos horários criam a von-tade de viajar para destinos mais distantes em que todo o aspeto visual do espaço pretende ser um tanto ou quanto futurista, seguro, confortável e diferente, muito diferente dos demais espaços do género. Com uso de estofo, alcatifa, bolon e outro tipo de elementos texturados, a sensação de conforto cria um antagonismo com a frieza do céu azul e das nuvens. O facto de na zona do interior do avião haver espaço para reunir com quatro pessoas ao mesmo tempo, cria a possibilidade de ser feita uma

venda para toda uma família de modo a potencializar melhor as vendas e criar oportunidade de vendas acrescidas. Tendo

por exemplo um casal que vai com filhos fazer a com-pra, pode ser aliciado a comprar pacotes extra que

beneficiem os mais novos com atividades extra ou novidades de lazer. No final o Design de In-

teriores bem estruturado é uma mais valia num espaço comercial, onde tem de haver uma boa lógica de ligação e articulação en-tre o espaço interior e o serviço a ser pres-tado. Só assim se consegue um serviço que seja totalmente diferenciado e de excelência.

Nota: este projeto, proposta visual e memória descritiva estão registados. Sendo que cópias do

mesmo suscetíveis de serem puníveis por lei. l

paulo piteira

cartazes ou ofertas

visuais imediatas podem ser um entrave a algumas conquistas

por parte das vendas

Page 34: Ponto Turismo 10

#10 FEV/MAR 2014

34 Viagem de: Iva Domingues

iva domingues “Viagens é

dinheiro que eu gasto com

prazer”

Ponto Turismo › Quais as viagens que mais gostou até hoje?Iva Domingues › As que mais gostei até agora foram várias, porque as condicionantes e as situações eram diferentes. Gostei muito da minha viagem à Tailândia porque gosto muito dessa zona do planeta, isto é a Ásia. Ou seja da primeira vez que fui fiquei completamente apaixonada e quero voltar agora se possível, para conhecer Xangai, conhecer Singapura, Tóquio, enfim a Ásia o mais possível.Gostei muito dos tailandeses porque me marcaram pela simpatia e é difícil ser mais hospitaleiros do que os portugueses porque eu acho que nós somos muito hospitaleiros mas eles são extraordinários.

Ponto T. › É o povo dos sorrisos.I.D. › Sim é o país dos sorrisos. Eu lembro-me que à ida para lá ia a ler sobre eles e de facto a serenidade daquele povo, a hospitalidade… são muito tranquilos. Tem também muito a ver com a religião deles e gostei de tudo. Gostei muito de visitar Banguecoque apesar de ser uma cidade muito confusa, com uma densidade demográfica enorme. Com muitos cheiros, muita humidade, adorei a comida, a gastronomia e vim de lá com ótimas recordações. Outra viagem que me marcou muito foi ao Rio de Janeiro porque é o português com açúcar e isso diz tudo. É uma cidade que tem muito a ver comigo.

Ponto T. › Quais são os parâmetros que a fazem escolher um de-terminado destino?I.D. › Sobretudo o que eu preciso na altura. Se preciso de descansar ou de desligar, ou então de conhecer. Quando tenho menos tempo e quero cultura e viro-me para a Europa porque há tantas cidades para conhecer e em três ou quatro dias já dá para conhecer bem e aproveitar um fim de semana prolongado e aí escolho cidades, e já conheço muitas cidades na Europa, e falta-me o triângulo Praga-Budapeste-Viena, que quero muito ir… Quando tenho mais tempo e preciso mesmo de descansar e desligar o bo-tão e ir para um sítio onde provavelmente não vou encontrar portugueses…

Ponto T. › isso é difícil…I.D. - Mas já consegui! Consegui estar em dois sítios onde não encontrei portugueses. Um deles foi na Tailândia e outro na República Dominicana. Curiosamente no Rio de Janeiro também não me cruzei com nenhum por-tuguês. Estavam lá todos, mas na semana em que estive não me cruzei com nenhum e foi bom estar incógnita.

Ponto T. › Quando diz que não se encontrou com portugueses é mais por uma questão de desligar…Sim desligar, de privacidade e de estar mais vontade e de não me sentir observada. E quando preciso de fugir é aí que escolho a Ásia. Identifico-me muito com a Ásia. Ásia ou se ama ou se odeia… é um contraste.

ponto t. › É como áfrica…I.D. - África Não conheço. É um continente que quero muito conhecer.Também gostei muito de Havana, que me custou imenso deixar, adorei os cubanos. Muito interessados, muito cultos. Tive conversas interessantíssi-mas com gente que não esperava… com o taxista, o porteiro, licenciados. Enfim não dá para escolher! É dinheiro que eu gasto com prazer. Onde eu invisto mais é nas viagens. É dinheiro que eu gasto mas venho de lá mais rica. Crescemos sempre e vimos sempre melhores pessoas. l

“É dinheiro que eu gasto mas

venho de lá mais rica. Crescemos sempre e vimos melhores

pessoas”.

Page 35: Ponto Turismo 10

Av. Visconde Valmor, 66 2º 1050-242 Lisboa - PortugalTel. (+351) 217 909 000 | Fax (+351) 217 909 040 RN

ATV

2092

A CONSOLIDAÇÃO LEVADA A SÉRIO

DESCUBRA TUDO O QUE PODEMOS FAZER POR SI

√√√√√√

Há 10 anos atrás a ST Ticketing acreditou no Amadeus e fomos a 1ª empresa em Portugal a oferecer serviços de consolida-

ção com a plataforma, na altura, chamada ProTempo.

O tempo passou, a Amadeus cresceu, a plataforma melhorou, o nome mudou, várias funcionalidades foram incorporadas e

nós acompanhamos essa evolução.

Crescemos com o sistema, aprendemos, evoluímos e hoje somos ESPECIALISTAS EM AMADEUS SELLING PLATFORM.

Os nossos serviços funcionam 24/24hrs e o mais simples que fazemos é a emissão de um bilhete.

O importante está por trás disso: o nosso apoio ao SEU NEGÓCIO, a nossa vontade de ver o SEU CRESCIMENTO.

Help-desk técnico

Help-desk comercial

Contratação exclusiva para o seu modelo de negócio

Negociação de tarifas e grupos

Assistência aeroportuária em LIS em seu nome (brevemente em OPO)

Assistência telefónica 24horas para o seu Cliente em seu nome

………. também emitimos bilhetes

Peça-nos uma proposta para [email protected]

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Page 36: Ponto Turismo 10