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POPULAÇÕES E TERRITÓRIOS
Miguel Padeiro
Professor Auxiliar, Universidade de Coimbra
7. As migrações
Conteúdos
Conceitos e indicadores
1
Migrações internas
2
Migrações internacionais
3
Migrações forçadas
4
1Conceitos e indicadores
(quase) Tudo migra
Areias do Saara
(quase) Tudo migra, com diversos motivos
Seguir as precipitações para encontrar ervas em áreas de estepe e savana, independentemente da época do ano: gafanhotos
Seguir outros animais ou insectos para se alimentar: carnívoros e aves (e populações nómadas – caçadores-recolectores)
Migrações sazonais para fugir ao inverno e atingir áreas verdes: borboleta monarca, aves migratórias, gnu
Migração como ciclo de vida: salmão, enguia…
https://youtu.be/CJdT6QcSbQ0
Década de 1970 – 1-2 milhões de
pessoas saem do Vietname após a
sua entrada na área de influência
da União Soviética.
200 a 400 mil morrem no mar.
Década de 1980 – 2,58
milhões de pessoas
deslocadas no contexto da
Guerra no Afeganistão
1882-hoje (principalmente
após 1948) – 3,6 milhões
de pessoas viajam de
Europa para Israel
1976-hoje – 160 milhões
de Chineses saem das
áreas rurais do Interior
para as cidades (Pequim,
Shanghai, e outras)
Exemplos entre muitos outros…
1855-1930 : 1 milhão de emigrantes
1960-1989: outro milhão
Há 2,3 milhões de Portugueses fora do país hoje
10% da população da região de Paris é portuguesa (natural ou
de origem)
Fotografias Gerald Bloncourt
Número de emigrantes por ano
Vários tipos de migrações
• Mobilidade turística (estadia curta sem alteração de residência associada) não é migração
• Mobilidade residencial: dentro de um aglomerado urbano (não
abordado aqui)
• Migrações internas: dentro do país
• Migrações internacionais: entre países
• Migrações forçadas: refugiados, exilados
Tecnicamente também é
mobilidade residencial, mas
por comodidade
distinguem-se da primeira
2020: 272 milhões de
migrantes no mundo (3,5%
da população mundial)
Definição vaga e difícil de operacionalizar
• No espaço• Não se mede a distância exacta
• Influência das áreas (passar de um concelho pequeno para um concelho vizinho vs permanecer no mesmo concelho, muito extenso)
• Áreas transfronteiriças – curta distância (Suiça-França, Portugal-Espanha…)
• 300 mil Franceses (Bélgica, Suiça, Luxemburgo, Alemanha, Itália, Espanha)
• 50 mil Portugueses
Definição vaga e difícil de operacionalizar
• No tempo• Qual o horizonte adequado
para contabilizar a existência de uma migração?
• O que é temporário ou definitivo/de longa duração?
• Geralmente 5 anos ou inter-censo• Se diz que morava noutra região
ou país há 5 anos, é considerado migrante
• Pode falhar movimentos múltiplos (várias migrações, regresso antes de 5 anos)
Indicadores
• Número (e %) de estrangeiros: nacionalidade, naturalidade• Naturalidade: refere-se ao país de nascimento, mas podem ser
Portugueses (pais portugueses ou naturalização)
• Nacionalidade: refere-se ao vínculo jurídico entre uma pessoa e um Estado• Portugal: à volta de 590 mil estrangeiros com estatuto de residentes legais (5,5%)
• Provenientes do Brasil (150 mil), Cabo Verde (37 mil), Ucrânia (29 mil), Roménia (30 mil), China (28 mil), UK (22 mil), Angola (23 mil), França (23 mil)
• Se os imigrantes tiverem adquirido a nacionalidade portuguesa, não estão incluídos nestes números
https://www.pordata.pt/Portugal/Popula%c3%a7%c3%a3o+estrangeira+com+estatuto
+legal+de+residente+total+e+por+algumas+nacionalidades-24
Indicadores
• Taxa de imigração
• Taxa de emigração
(diferente da proporção de estrangeiros, os quais podem estar no país há vários anos – aqui, mede-se um ano específico, o de chegada ou o de partida)
TE=𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙× 1000
𝑇𝐼 =𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙× 1000
Expresso em ‰
(por mil habitantes)
𝑇𝐸2019 =𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙× 1000 =
77 040
10 562 178× 1000 = 7,3‰
𝑇𝐼2014 =𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙× 1000 =
72 725
10 562 178× 1000 = 6,9‰
Portugal
Indicadores
• Saldo migratório: número de entradas – número de saídas
• Taxa de migração líquida
𝑇𝑀 =𝑠𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙× 1000
Expresso em ‰ (por mil
habitantes)
Nota: saldo positivo em Portugal pela primeira vez desde 2010
2Migrações internas
Migrações internas em Portugal
• Século XV a finais do século XVII, mobilidade interna reduzida aos territórios vizinhos das paróquias.• Associação entre “imobilidade” relativa e pobreza: “os camponeses
nunca se atravem a mudar-se de uma terra para outra; a uma légua de onde vivem parece-lhes que são as Índias; e imaginam que mais além há pessoas que comem os homens vivos” (Cristobal de Villalón)
• Entre 1760 e 1863, uso do passaporte interno para deslocações dentro do território nacional (sinais de identificação, duração, objectivos e caminho da viagem)
• Século XIX-XX: migrações temporárias (sazonais)• Segadores (ceifa ou segada em Trás-os-Montes e Espanha)
• Rogas (vindimas do Douro)
• Charnecos ou cortelhões (apanha da azeitona, cortiça, Beira
Baixa, vindos do centro da Beira)
• Ratinhos (arrozais, vindos da Beira Alta)
• Gaibéus (arrozais, vindos do Alto Ribatejo e da Beira Baixa)
• Caramelos (arrozais Ribatejo + arroteamentos Palmela, vindos da
Beira Litoral)
• Avieiros (pesca, de Leiria para Vila Franca de Xira)
• Carvoeiros (Alentejo)
• Castelejos (do Fundão para a Covilhã)
Trecho de António de Oliveira, 1995,
Migrações internas e de média distância em Portugal, 1500-1900
Êxodo rural
• 1864, população de Lisboa representava cerca de 4% do país
• 1960-1981 a AML passa de 1,51 para 2,48 milhões de hab. (+65%)
• Porto: crescimento mais progressivo
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
Evolução da população de Lisboa e do Porto
Lisboa Porto
Quem migra hoje? De e para onde?
• Forte selectividade dos migrantes• Idade: os jovens activos
migram mais que os outros; os estudantes migram um pouco menos; alguns idosos migram na altura da reforma
• Educação: os mais qualificados migram mais
Em 2016, cerca de 6%
dos residentes
declararam ter uma
morada diferente,
noutro concelho, 5 anos
antes
Porque as pessoas migram?
Porque as pessoas migram?
• Teoria macro-económica: push and pull factors• Origem da teoria: a mão-de-obra desloca-se de locais onde os salários
são baixos para locais onde os salários são elevados
Porque as pessoas migram?
• Teorias do ciclo de vida (Rossi): as alterações no ciclo de vida traduzem-se frequentemente numa mudança de residência
• Deixar a casa dos pais
• Casamento
• Aumento da família (filhos)
• Diminuição da saúde
3Migrações internacionais
Migrações internacionais
• O tipo de migrações mais debatido
• Está na base da construção de países como EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia
Ellis Island (NYC) Pier 21, Halifax, Canada
“Convicts”, Austrália
Migrações internacionais
• 2020: 272 milhões de migrantes no mundo• Dos quais 2/3 milhões passaram para os países desenvolvidos
• Fluxos duplicaram entre 1985 e 2005 (para 191 milhões), e aumentaram 42% entre 2005 e 2020.
Migrações nos séculos XVI a XIX
• Imperialismo britânico, francês e ibérico• Necessidades da
colonização, abertura de redes comerciais (peles, minerais, algodão…)
• Industrialização e desenvolvimento das redes de transporte (a rede ferroviária nos EUA é multiplicada por 5 entre 1870 e 1913)
Migrações nos séculos XVI a XIX
• Imperialismo britânico, francês e ibérico• Comércio triangular
(escravatura)
• Perto de 12 milhões de pessoas são deportadas para as Américas
Migrações nos séculos XVI a XIX
• Evolução demográfica• Disponibilidade de terras nas Américas vs população em crescimento
na Europa
• Crescimento demográfico devido ao crescimento económico
• População essencialmente agrícola, poucos aumentos de terras disponíveis na Europa, forte aumento do número de pessoas sem propriedade
• Transição demográfica mais lenta nas áreas rurais do que nas áreas urbanas
Emigração europeia nos séculos XVI a XIX
• Evolução económica• Revolução Industrial séculos XVIII e XIX
• Aumento da produtividade => parte da mão-de-obra em crescimento demográfico torna-se supérflua
Emigração europeia nos séculos XVI a XIX
• Balanço• Finais do século XVIII: 8 milhões de Europeus vivem nas Américas
• Entre 1846 e 1932:• 18 milhões emigram das Ilhas Britânicas
• 11,1 milhões da Itália
• 6,5 milhões de Espanha e Portugal
• 5,2 milhões de Áustria-Hungria
Grandes fluxos internacionais
• Quantos migrantes existem no mundo hoje?• Cerca de 272 milhões de pessoas: 3,4% da pop. mundial
• Em Portugal, cerca de 590 mil (5,5% da pop)
• Cerca de 2,3 milhões de Portugueses fora do país
• Três tipos de migrações internacionais• Entre países desenvolvidos: pessoas qualificadas, movimentos menos intensos
• De países em desenvolvimento para países desenvolvidos: com muitos controlos, diversidade de situações individuais (qualificados e não qualificados)• Principais receptores: EUA, Canadá, Austrália, Europa Ocidental, Escandinávia, Rússia
• Oportunidades nos países receptores => pull factors
• Entre países em desenvolvimento: trabalhadores pouco qualificados
Teorias das migrações internacionais
• Teoria neo-clássica: macro-level• As migrações ocorrem devido a desequilíbrios na oferta e procura de mão-
de-obra
• Os indivíduos vão à procura de trabalho e de melhores salários
• Nos países receptores: diminuição da procura de mão-de-obra e diminuição dos salários
• Nos países de origem: aumento da procura de mão-de-obra e aumento dos salários
• A aplicação estrita da teoria significaria um equilíbrio final nos salários entre países
Teorias das migrações internacionais
• Teorias da causa cumulativa e da rede social: micro-level• Decisão individual é influenciada pela existência de contactos prévios
(familiares e amigos) no país de destino
• Os fluxos intensificam-se por efeito de acumulação
• A ocupação de determinados empregos por uma população imigrante tende a criar procura da mesma população para ocupar vagas semelhantes
Impactos da imigração para o país de destino
• Carácter explosivo do tema, principalmente na Europa actual
Impactos da imigração para o país de destino
• O exemplo dos Irlandeses dos EUA
Ilustrações anti-irlandesas
EUA, século XIX
Impactos da imigração para o país de destino
• O exemplo dos Irlandeses dos EUA• Crise da batata (1845-1848)
• Economia fortemente dependente da produção de batata• Consumo: 7 milhões de batatas por ano
• Cada homem consome em média 6 kg de batata por dia (mulheres 5 kg)
• Inglaterra recusa-se a intervir• Política de laisser-faire capitalista: o mercado é suposto reequilibrar a situação
• Desprezo em relação à Irlanda católica
• Irlandeses tinham perdido o direito de voto, de falar a própria língua (Gaeilge), de possuir terras, cavalos e armas
• “The judgement of God sent the calamity to teach the Irish a lesson, that calamity must not be too much mitigated.” (Charles E. Trevelyan)
Impactos da imigração para o país de destino
• O exemplo dos Irlandeses dos EUA• 2 milhões emigram
• 5 mil navios, viagem de 1 mês até Nova Iorque
• Em 1847, perto de 21 mil não chegariam ao destino devido às más condições da viagem
• Opinião dos Norte-Americanos• Irlandeses pobres, rejeitados pela Inglaterra
• Católicos
• Manifestações anti-irlandesas e Philadelphia
• Rancor persistente em relação ao catolicismo, origem do refúgio de protestantes na América do Norte décadas antes
Impactos da imigração para o país de destino
• O exemplo dos Irlandeses dos EUA• Boston, 100 mil habitantes, vê chegar 37 mil Irlandeses
• Integração económica difícil• Empregos mais difíceis e perigosos, menos bem pagos
• Discriminação visível nos anúncios para empregos “No Irish Need Apply”
• Desenvolvimento de sociedades anti-católicas e anti-imigrantes
• Multiplicação de manifestações anti-irlandesas e anti-católicas, agressões e assassinatos (20 mortos em 1855 em Louisville, Kentucky)
Impactos da imigração para o país de destino
• Redução do envelhecimento, com “injecção” de população jovem com maior propensão para os filhos• Aumento dos níveis de fecundidade, com impactos de longo prazo
• Alteração da composição cultural e étnica da população• EUA: entre 1990 e 2000, 1/3 do crescimento populacional deve-se à
imigração
• Diminuição da proporção de “non-Hispanic whites” (de 67 para 47% em 2050)
Impactos da imigração para o país de destino
• Impactos económicos• Marginais e positivos
• Melhoria da condição financeira dos imigrantes (embora com salários mais baixos que a população local)
• Aumento da oferta de mão-de-obra, da produção e procura de bens e serviços
• Impacto sobre o emprego dos locais é marginal
Impactos da imigração para o país de destino
Impactos da imigração para o país de destino• Impactos culturais e políticos
(incluindo opinião pública)
• Segregação vs integração• Separação espacial de alguns grupos
sociais
Impactos da emigração para o país de origem
• Remessas e investimentos no país de origem• 318 mil milhões de $ todos os anos
• Para Índia (27), China (26), México (25), Filipinas (17)
• O Egipto recebe mais dos seus trabalhadores emigrados do que do Canal de Suez
• Portugal: cerca de 3 mil milhões de euros anuais (3 500 milhões em 2017 – 1,8% do PIB) – mas cerca de 500 milhões para fora (imigrantes em Portugal)
Impactos da emigração para o país de origem
• Perda de mão-de-obra qualificada
4Migrações forçadas
Migrações forçadas na história
• Escravatura: comércio “triangular”
• Durante a Segunda Guerra Mundial• Refugiados judeus
• 11 milhões de pessoas deslocadas (prisioneiros, sobreviventes de campos de concentração, trabalhadores forçados)
• 1947: 850 mil pessoas em campos de refugiados na Europa
Refugiados
• Refugiados: definidos pela Convenção de 1951 e pelo Protocolo de 1967 relativo ao estatuto dos refugiados• “toda a pessoa que, em razão de fundados temores de perseguição devido à
sua raça (sic), religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, se encontra fora de seu país de origem e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer fazer uso da protecção desse país ou, não tendo uma nacionalidade e estando fora do país em que residia como resultado daqueles eventos, não pode ou, em razão daqueles temores, não quer regressar ao mesmo.”
• Confere direitos:
• Não ser repatriado contra a própria vontade
• Beneficiar de assistência sanitária, educativa
• Beneficiar de direitos civis tal como outros imigrantes
Acção internacional: UNHCR
• Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados
• Criado pela Resolução n.º 428 da Assembleia das Nações Unidas, em 14 de dezembro de 1950
• Apoio e protecção a refugiados
• Sede: Genebra (Suiça)
• Possui mandato para proteger os refugiados e procurar soluções para os seus problemas: repatriação voluntária, integração local ou reassentamento noutro país
• https://www.unhcr.org/
• https://www.unhcr.org/globaltrends2017/
Refugiados
• Decisão de atribuição do estatuto compete ao Estado
• Refugiados ambientais não reconhecidos nalguns países• Receio de imigração em massa nos EUA vindos do México (refugiados
económicos)
Refugiados
• Existem refugiados de cerca de 60 países (quase 1/3 dos países no mundo)
• Perto de 25 milhões de refugiados
• Principais países de proveniência: Afeganistão, Sudão, Burundi, Rep. Dem. Congo, Palestina, Somália, Angola, Vietname, Iraque
Outros tipos de refugiados
• Pessoas deslocadas internamente (deslocados internos): ao contrário dos refugiados, estão impossibilitados de deixar o seu país. • Áreas de conflitos
• 40 milhões de pessoas: Sudão, Colômbia, Rep. Dem. Congo, Iraque, Chade, Bósnia, Afeganistão, Líbano, Geórgia
• Intervenção dificultada pela soberania nacional
• Ausência de protecção legal e efectiva
• Refugiados ambientais (ou climáticos)• Secas, inundações, terramotos, tsunamis
Destino dos refugiados
• Repatriamento voluntário: opção privilegiada mas com maiores dificuldades em caso de conflito em curso. Apoio de ONGs (Cruz Vermelha…). Afeganistão pós-Talibã
• Instalação no país de acolhimento: opção mais frequente, à falta de melhor. Tensões frequentes com a população local: Palestinianos no Líbano (tensões entre Cristãos e Muçulmanos). Utilização de campos de refugiados por milícias (caso das milícias Hutus no Zaire aquando do genocídio no Ruanda, 1990s)
• Instalação noutro país de acolhimento: caso dos Albaneses do Kosovo (Canadá e EUA, 1990s).
Casos
• Sudão do Sul• Duas décadas de Guerra entre o governo
islâmico a Norte e o Sul cristão já tinha causa a deslocação de 1,2 milhões de pessoas
• Separou-se do Sudão em 2011 após referendo
• Litígios relativos à fronteira Norte (Sudão)
• Guerra civil com rivalidades étnicas, desde Dezembro de 2013
• Total: perto de 2,5 milhões de refugiados (Etiópia, Sudão, Uganda), e perto de 2 milhões de IDPs (deslocados internos)
Casos
• República Democrática do Congo• Ditadura de Mobutu (1965-
1997)
• Genocídio no Ruanda (1994), 800 mil mortos, refugiados nas montanhas do Kivu
Casos
• República Democrática do Congo• Ditadura de Mobutu (1965-
1997)• Genocídio no Ruanda (1994),
800 mil mortos, refugiados nas montanhas do Kivu
• Riqueza em minérios (ouro, cobalte, coltrane, pedras preciosas)
• Conflito entre etnias Tutsis e Hutus, entre outros pelo poder e acesso aos minérios
Casos
• Afeganistão• Guerra 1979-1989 com
ocupação soviética vs mujahidins apoiados pelos EUA, UK, China…
• Regime talibã instala-se ao longo da década de 1990 (guerra civil 1996-2001), apoiados pelo Paquistão
• Invasão pelos EUA a partir de 2001 na sequência dos atentados
Casos
• Síria• https://youtu.be/JFpanWNgfQY
• https://petapixel.com/2016/08/02/26-photos-show-war-changed-syria/
Aleppo, antes e depois da guerra